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AUDITORIA

Auditoria. Distinção entre Auditoria Interna,


Auditoria Independente e Perícia Contábil

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
MARCELO ARAGÃO

Auditor Federal de Controle Externo do TCU


desde 2006. Foi Analista de Finanças e Controle
do Sistema de Controle Interno do Poder Exe-
cutivo Federal (SCI) durante 14 anos. No Tribu-
nal, exerce atualmente a função de Ouvidor e já
ocupou, entre outras, as funções de assessor do
Secretário-Geral de Controle Externo, coorde-
nador do projeto Controle Externo do Mercosul,
chefe do Serviço de Coordenação de Redes de
Controle, coordenador das Ações de Controle
sobre os projetos da Copa do Mundo FIFA 2014
e secretário de Controle Externo no estado de
Alagoas. É professor das disciplinas Controle
Interno e Externo e Auditoria Geral e Governa-
mental em diversas instituições de ensino. Além
disso, é autor de dois livros de auditoria pela
editora Método. Graduado em Administração
pela Universidade Federal Fluminense, possui
especialização em Administração Pública (FGV)
e Auditoria Interna e Controle Governamental
(ISC/CEFOR).

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Auditoria. Distinção entre Auditoria Interna,
Auditoria Independente e Perícia Contábil
Prof. Marcelo Aragão

Auditoria. Distinção entre Auditoria Interna, Auditoria Independente e Perícia


Contábil.....................................................................................................8
Auditoria: Conceitos e Objetivos....................................................................8
Conceito e Definição de Auditoria...................................................................8
Conceitos Relativos à Pessoa do Auditor....................................................... 13
Competência Técnico-profissional................................................................ 14
Independência e Objetividade..................................................................... 16
Zelo Profissional........................................................................................ 17
Sigilo Profissional...................................................................................... 17
Rodízio dos Líderes de Equipe de Auditoria.................................................... 18
Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração....................................... 18
Expectativas dos Usuários e Níveis de Asseguração........................................ 20
Trabalhos de Atestação e Trabalhos Diretos................................................... 24
Elementos de um Trabalho de Asseguração................................................... 25
Objetivo da Auditoria................................................................................. 35
Conjunto Completo de Demonstrações Financeiras Adotadas no Brasil.............. 39
Responsabilidades da Administração e do Auditor.......................................... 40
Objetivos Gerais do Auditor........................................................................ 43
Outras Responsabilidades de Comunicação................................................... 45
Requisitos para o Exercício da Auditoria........................................................ 46
Requisitos Éticos....................................................................................... 46
Ceticismo Profissional................................................................................. 47
Julgamento Profissional.............................................................................. 49
Evidência de Auditoria Apropriada e Suficiente............................................... 50

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Risco de Auditoria...................................................................................... 52
Limitação Inerente da Auditoria e Asseguração Razoável................................. 53
Condução da Auditoria em Conformidade com NBC TAs.................................. 58
Distinção entre Auditoria Interna, Auditoria Independente e Perícia Contábil...... 59
Auditoria Interna....................................................................................... 60
Auditoria Externa...................................................................................... 60
Cooperação entre a Auditoria Externa e a Auditoria Interna............................. 61
Independência.......................................................................................... 62
Surgimento.............................................................................................. 63
Enfoques e Responsabilidade do Auditor....................................................... 63
Fraudes e Erros......................................................................................... 64
Responsabilidade quanto aos Controles Internos............................................ 65
Extensão dos Trabalhos.............................................................................. 65
Metodologia de Trabalho............................................................................. 66
Comunicação de Resultados e Relatório de Auditoria...................................... 68
Perícia Contábil x Auditoria Contábil............................................................. 70
Resumo.................................................................................................... 74
Questões de Concurso................................................................................ 80
Gabarito................................................................................................... 96
Gabarito Comentado.................................................................................. 97
Referências............................................................................................. 133

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Apresentação do Professor

Inicialmente, peço licença para uma breve apresentação pessoal.

Meu nome é Marcelo Chaves Aragão e sou formado em Administração pela

Universidade Federal Fluminense, com especialização em Administração Pública

na Fundação Getúlio Vargas e em Auditoria Interna e Controle Governamental no

Instituto Serzedello Corrêa.

Possuo experiência de 10 anos de trabalho no setor privado, nas áreas de admi-

nistração e finanças, e de aproximadamente 26 anos no setor público, na área de

controle e auditoria governamental.

Durante 14 anos fui Analista de Finanças e Controle do Sistema de Controle

Interno do Poder Executivo Federal, onde exerci várias funções de direção na Se-

cretaria Federal de Controle Interno e na Controladoria-Geral da União.

Desde 2006, sou Auditor Federal de Controle Externo no Tribunal de Contas da

União, já tendo exercido várias funções gerenciais, as últimas como Secretário do

Tribunal de Contas da União no Estado de Alagoas e Chefe de Assessoria da Ouvi-

doria do TCU – ouvidor.

Sou instrutor formado pela ESAF e pelo ISC/TCU e coordenei a disciplina audi-

toria em cursos de formação e de progressão da carreira de finanças e controle na

ESAF. Tenho lecionado as disciplinas auditoria pública e privada, controle interno e

controle externo na administração pública em cursos preparatórios para concursos

públicos em várias instituições de ensino, e também em cursos de treinamento

profissional e de pós-graduação.

Tenho dois livros de auditoria publicados pela Editora Método e lancei, recen-

temente, uma nova obra em concom professores de outras disciplinas intitulada

Questões Discursivas Comentadas – Tribunal de Contas.

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Apresentação do Conteúdo e da Metodologia do Curso

O curso será ministrado em 8 aulas, divididas pelos assuntos do edital da se-

guinte forma:

Aula Assuntos
1 Auditoria: conceitos, objetivos e exercícios práticos.
1
2 Distinção entre auditoria interna, auditoria independente e perícia contábil.
8 Planejamento da auditoria.
10 Relevância na auditoria.
2
11 Riscos da auditoria.
13 Estudo e avaliação do sistema contábil e de controles internos.
21 Evidência em auditoria.
22 Avaliação do negócio.
3 Procedimentos de auditoria.
3
4 Testes de observância.
5 Testes substantivos.
7 Normas de execução dos trabalhos de auditoria.
6 Papéis de trabalho e documentação de auditoria.
4
9 Fraude e erro.
5 15 Amostragem: tamanho, tipos e avaliação dos resultados.
12 Supervisão e controle de qualidade.
16 Processamento eletrônico de dados.
6 17 Estimativas contábeis.
18 Transações com partes relacionadas.
19 Contingências.
14 Continuidade normal dos negócios da entidade.
7 20 Transações e eventos subsequentes.
23 Carta de responsabilidade da administração.
24 Relatório de auditoria. 24.1 Relatório sem ressalva. 24.2 Relatório com ressalva. 24.3
8
Relatório adverso. 24.4 Relatório com abstenção de opinião, parágrafo de ênfase.

Como dito, o curso será completo com teoria e exercícios.

Para facilitar o aprendizado e a memorização, em cada aula faremos a sistema-

tização do conteúdo utilizando mapas mentais e resumos.

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Anoto que ao final desta aula constam as principais referências bibliográficas

que utilizei para elaborar o curso.

Feitas as apresentações e orientações relevantes, daremos início à nossa aula.

Antes, porém, considerando que o controle de qualidade é fundamental para

a melhoria contínua de nossas aulas e o alcance de nossos objetivos em comum,

pedimos que proceda à avaliação da presente aula em nossa plataforma de ensino.

A sua participação é importante!

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AUDITORIA. DISTINÇÃO ENTRE AUDITORIA INTERNA,


AUDITORIA INDEPENDENTE E PERÍCIA CONTÁBIL
Auditoria: Conceitos e Objetivos
Quanto aos conceitos de auditoria, veremos os conceitos fundamentais de au-

ditoria e da pessoa do auditor de acordo com a literatura especializada, contudo,

alerto que não é um assunto geralmente cobrado em prova pelo Cebraspe.

Em se tratando de uma aula conceitual e para concurso da área contábil, cujo

foco é a auditoria contábil, entendo relevante estudarmos a norma que estabelece

a estrutura conceitual para trabalhos de asseguração, conforme a Resolução do

CFC 2015/NBC TA – Estrutura Conceitual.

Alerto que o Cebraspe vem cobrando essa estrutura em provas recentes de au-

ditoria.

Quanto aos objetivos da auditoria, temos que ter especial atenção, pois a banca

pode cobrar os diversos aspectos definidos na NBC TA 200 – Objetivos Gerais do

Auditor Independente e Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de

Auditoria, principal norma de auditoria independente das demonstrações contábeis,

chamada por Claudio Gonçalo Longo de a “mãe das demais normas”, pois ela define

o alcance, a autoridade e a estrutura das normas de auditoria.

Prefiro pecar por excesso que por omissão!

Conceito e Definição de Auditoria


Hilário Franco e Ernesto Marra, em Auditoria Contábil, ensinam que a auditoria

compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de

informações e confirmações, internas e externas, relacionadas com o controle do

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patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações

contábeis deles decorrentes.

Os mesmos autores consideram que a auditoria é a técnica contábil utilizada

para avaliar as informações relativas à estrutura e à composição do patrimônio de

uma entidade e, portanto, apresentam a seguinte definição para auditoria:

A técnica contábil que – através de procedimentos específicos que lhe são peculiares,
aplicados no exame de registros e documentos, inspeções, e na obtenção de infor-
mações e confirmações, relacionados com o controle de patrimônio de uma entidade
– objetiva obter elementos de convicção que permitam julgar se os registros contábeis
foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais e normas de Contabilidade
e se as demonstrações contábeis deles decorrentes refletem adequadamente a situação
econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado
e as demais situações nelas demonstradas.

Logo, podemos concluir que a auditoria é um dos meios de que a contabilidade

dispõe para atingir suas finalidades.

O objeto da contabilidade é o patrimônio administrado. A auditoria, sendo um

dos meios utilizados pela Contabilidade, tem o mesmo objeto: o patrimônio, espe-

cificamente no tange ao seu controle e às informações sobre o seu estado e varia-

ções.

Como meios para atingir os seus fins, a Contabilidade utiliza o registro dos fatos

contábeis, a exposição sintética da situação patrimonial e suas variações, através

das demonstrações contábeis e, complementarmente, a técnica auditorial destina-

da a comprovar os fatos registrados e suas demonstrações.

A auditoria completa e valoriza a contabilidade, pois:

• fiscaliza o controle do objeto comum – o patrimônio;

• confirma a confiabilidade dos meios que ela utiliza – o registro dos fatos e as

demonstrações contábeis;

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• aperfeiçoa seus fins – divulgação de informações para fins de orientação ad-

ministrativa e de investidores, cumprimento de obrigações legais e fiscais e

controle patrimonial;

• atesta a adequação dos registros; e

• informa as deficiências observadas.

Vale notar que as definições feitas por Franco e Marra referem-se ao conceito

de auditoria em sentido estrito, pois se referem exclusivamente a auditoria contábil

(ou financeira), que é aquela em que o auditor tem por objetivo emitir uma opinião

sobre a adequação e correção das demonstrações contábeis ou financeiras.

William Boynton e outros autores, no livro Auditoria, apresentam uma definição

completa (auditoria em sentido lato), que permite a compreensão do processo de

auditoria: “Auditoria é um processo sistemático de obtenção e avaliação objetivas

de evidências sobre afirmações a respeito de ações e eventos econômicos, para

aquilatação do grau de correspondência entre as afirmações e critérios estabeleci-

dos, e de comunicação dos resultados a usuários interessados”.

Da definição acima, os autores destacam os seguintes atributos:

• Processo sistemático dá uma conotação de uma série de procedimentos

lógicos, estruturados e organizados, estabelecidos em normas de auditoria;

• Obtenção e avaliação objetivas significa exame da fundamentação das

afirmações e avaliação criteriosa dos resultados, sem preconcepções favorá-

veis ou desfavoráveis sobre quem faz as afirmações;

• Afirmações a respeito de ações e eventos econômicos são as represen-

tações feitas pelo indivíduo ou entidade – o objeto da auditoria. Afirmações

compreendem informações contidas nas demonstrações contábeis e em rela-

tórios operacionais internos;

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• Grau de correspondência refere-se a quão proximamente as afirmações

podem ser identificadas com critérios estabelecidos;


• Critérios estabelecidos são as normas pelas quais as afirmações ou re-
presentações são julgadas. Podem ser estabelecidos pela legislação, por or-
çamentos ou medidas de desempenho definidos pela administração ou por
princípios contábeis;
• Comunicação dos resultados materializa-se em relatório ou parecer por
escrito que indica o grau de correspondência entre as afirmações e os crité-
rios estabelecidos, o qual aumenta ou diminui a credibilidade das afirmações;
• Usuários interessados são indivíduos que utilizam os resultados da audito-
ria. Em um ambiente de negócios, compreendem os acionistas, administra-
ção, credores, agências governamentais e o público em geral.

De acordo com esse conceito amplo, a administração auditada faz afirmações


e o auditor obtém evidência de que essas afirmações estão em conformidade ou
não com determinados critérios, comunicando o resultado dessa avaliação aos usu-
ários interessados.
Conforme pode ser observado no esquema a seguir, auditoria é o processo de
confrontação entre uma situação encontrada (condição) com um determinado pa-
drão preestabelecido (critério), ou seja, a comparação entre o fato ocorrido com o
que deveria ocorrer.

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AUDITOR USUÁRIOS

Como resultado

Avalia um produz um

objeto relatório

CONDIÇÃO CRITÉRIO

Veja que esse conceito amplo de auditoria já foi cobrado em prova do CESPE.

Questão 1    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) No que diz respeito aos conceitos

e às classificações aplicados à auditoria, julgue os itens a seguir.

Auditoria é um processo sistemático em que o auditor procura avaliar se as evi-

dências encontradas produzem informação convergente com os critérios preesta-

belecidos e se essas evidências são competentes e suficientes para lhe permitir

fundamentar sua opinião.

Certo.

Conforme visto, a auditoria é um processo sistemático de obtenção e avaliação ob-

jetivas de evidências sobre afirmações a respeito de ações e eventos econômicos,

para aquilatação do grau de correspondência entre as afirmações e critérios esta-

belecidos, e de comunicação dos resultados a usuários interessados.

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Conceitos Relativos à Pessoa do Auditor


Para o exercício da função de auditor independente, o profissional deverá ser

contador e registrado em Conselho Regional de Contabilidade – CRC. Além disso,

para atuar em determinadas áreas regulamentadas, como no mercado de capitais e

companhias abertas, o auditor deverá providenciar o seu registro junto aos respec-

tivos órgãos controladores, como a Comissão de Valores Mobiliários, por exemplo.

A formação em contabilidade e o registro no CRC, contudo, não são condições

suficientes para a realização da auditoria contábil! O contador, na função de auditor

independente, deve manter seu nível de competência profissional pelo conheci-

mento atualizado dos princípios contábeis, das Normas Brasileiras de Contabilida-

de, das técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação ine-

rente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação específica

aplicável à entidade auditada.

Portanto, além da formação adequada, o auditor tem que possuir conhecimento

técnico e experiência profissional, que lhe permita realizar a auditoria com compe-

tência e eficiência.

Além disso, para assumir a responsabilidade por uma auditoria das demonstra-

ções contábeis, o auditor deve ter conhecimento da atividade da entidade auditada,

de forma suficiente para que lhe seja possível identificar e compreender as tran-

sações realizadas pela mesma e as práticas contábeis aplicadas, que possam ter

efeitos relevantes sobre a posição patrimonial e financeira da entidade, e a opinião

a ser por ele emitida sobre as demonstrações contábeis.

A seguir, apresento uma síntese dos principais requisitos éticos e profissionais

acerca da pessoa do auditor.

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Competência Técnico-profissional

O contador, na função de auditor independente, deve manter seu nível de com-

petência profissional. Antes de aceitar o trabalho, o auditor deverá obter conheci-

mento preliminar da atividade da entidade a ser auditada, de modo a poder avaliar

se está capacitado a assumir a responsabilidade pelo trabalho a ser realizado. Esta

avaliação deve ficar evidenciada de modo a poder ser comprovado o grau de pru-

dência e zelo na contratação dos serviços.

O auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar adequa-

damente capacitado para desenvolvê-los. Contudo, pode utilizar especialistas em

outras áreas, em face da especialização requerida e dos objetivos do contratante,

como, por exemplo, advogados, engenheiros etc.

Com relação à competência técnico-profissional, algumas bancas tem cobrado em

provas recentes uma definição contida na NBC TA 230 acerca de auditor expe-

riente.

Segundo a referida norma, auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo

à firma de auditoria) que possui experiência prática de auditoria e conhecimento

razoável de:

• processos de auditoria;

• normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;

• ambiente de negócios em que opera a entidade; e

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• assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes ao setor de ativida-

de da entidade.

Cuidado, pois as bancas tentam confundir os candidatos quanto aos assuntos ou

normas que um auditor considerado experiente tem que conhecer. Note que a

norma considera um auditor experiente aquele que possua conhecimento razoável

dos processos e normas de auditoria e não de outras normas e assuntos como, por

exemplo, normas tributárias, financeiras, demandas judiciais etc.

Atenção também quanto ao fato da norma não exigir tempo de experiência e atu-

ação em auditoria para se considerar um auditor experiente.

Embora a prioridade em nosso curso seja para questões Cespe, apresento interes-

sante questão que caiu na prova de Contador do Ministério da Fazenda, elaborada

pela então banca organizadora de concursos do Ministério das Fazenda, a Esaf.

Questão 2    (ESAF/MF/CONTADOR/2013) Em conformidade com as normas de au-

ditoria, para que um auditor seja considerado experiente, deve demonstrar que

tem experiência prática de auditoria e conhecimento razoável de:

a) processos de auditoria, demandas judiciais e de relatórios econômicos e finan-

ceiros que servem de base para a estratégia de negócios semelhantes e dos con-

correntes.

b) normas tributárias, processos de produção das principais atividades econômicas

e formação em administração de empresas, economia ou contabilidade.

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c) ambiente de negócios que opera a entidade, experiência prática de planejamen-

to de auditorias em empresas semelhantes e concorrentes, atuação em auditoria

em tempo superior a 5 anos.

d) normas de auditoria e exigências legais, assuntos de auditoria e de relatório

financeiro relevantes ao setor de atividade da entidade e processos de auditoria.

e) normas contábeis, identificação de fraudes e atuação em auditoria em tempo

superior a 3 anos.

Letra d.

Conforme as normas de auditoria, auditor experiente é um indivíduo (interno ou

externo à firma de auditoria) que possui experiência prática de auditoria e conhe-

cimento razoável de:

• processos de auditoria;

• normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;

• ambiente de negócios em que opera a entidade; e

• assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes ao setor de ativida-

de da entidade.

Independência e Objetividade

O auditor deve expressar sua opinião baseado nas evidências obtidas dos exa-

mes de auditoria, não se deixando influenciar por fatores estranhos ao trabalho,

seja por preconceitos, fatores materiais ou afetivos que pressuponham perda de

sua independência.

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Zelo Profissional

O auditor deve aplicar o máximo de cuidado e zelo na realização dos trabalhos

e na exposição de suas conclusões e ao opinar sobre as demonstrações contábeis,

o auditor deve ser imparcial.

O exame das demonstrações contábeis não tem por objetivo precípuo a desco-

berta de fraudes. Todavia, o auditor independente deve considerar a possibilidade

de sua ocorrência. Quando eventuais distorções, por fraude ou erro, afetarem as

demonstrações contábeis de forma relevante, cabe ao auditor independente, caso

não tenha feito ressalva específica em seu parecer, demonstrar que seus exames

foram conduzidos de forma a atender às Normas de Auditoria Independente das

Demonstrações Contábeis e às normas profissionais

Sigilo Profissional

O Auditor não deve revelar, em nenhuma hipótese, salvo as situações especiais

permitidas na norma e na legislação, as informações que obteve e tem conheci-

mento em função de seu trabalho na entidade auditada.

O sigilo profissional do Auditor deve ser observado nas seguintes circunstân-

cias: na relação entre o Auditor Independente e a entidade auditada; na relação

entre os Auditores Independentes; na relação entre o Auditor Independente e os

organismos reguladores e fiscalizadores; e na relação entre o Auditor Independen-

te e demais terceiros.

O Auditor Independente, sob pena de infringir o sigilo profissional, somente

deve divulgar a terceiros, informações sobre a entidade auditada ou sobre o traba-

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lho por ele realizado, caso seja autorizado, por escrito, pela administração

da entidade com poderes para tanto, que contenha, de forma clara e objetiva,

os limites das informações a serem fornecidas.

Rodízio dos Líderes de Equipe de Auditoria

A utilização dos mesmos profissionais de liderança (sócio, diretor e gerente) na

equipe de auditoria, numa mesma entidade auditada, por longo período, pode criar

a perda da objetividade e do ceticismo, necessários na auditoria.

O risco dessa perda deve ser eliminado adotando-se a rotação, a cada inter-

valo menor ou igual a cinco anos consecutivos, das lideranças da equipe de

trabalho de auditoria.

A NBC PA 290 estabelece que, em trabalhos de auditoria de entidade de in-

teresse público, o profissional não deve atuar como sócio-chave da auditoria por

mais de cinco anos. Depois desse período de cinco anos, a pessoa não deve

ser membro da equipe de trabalho ou sócio-chave da auditoria para o cliente pelo

prazo de dois anos.

Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração

A evolução de conceitos e práticas relacionados à auditoria reflete o aumento

das expectativas do público usuário dos resultados das auditorias. Esses usuários

esperam que os relatórios produzidos pelos auditores contenham informações rele-

vantes e proporcionem segurança às suas tomadas de decisões, de modo a agregar

valor aos seus processos decisórios.

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Nesse sentido, seguindo o que dispõe as normas internacionais de auditoria,

o Conselho Federal de Contabilidade aprovou a Estrutura Conceitual para Trabalhos

de Asseguração, que são úteis para o entendimento do trabalho de auditoria e das

normas de auditoria.

Segundo a estrutura conceitual, trabalho de asseguração significa um tra-

balho no qual o auditor independente expressa uma conclusão com a finalidade

de aumentar o grau de confiança dos outros usuários previstos, que não seja a

parte responsável, acerca do resultado da avaliação ou mensuração de determina-

do objeto de acordo com os critérios aplicáveis.

Repare que novamente é estabelecida a definição geral de auditoria como um

processo de comparação de uma situação encontrada em relação ao objeto ava-

liado com os critérios utilizados para essa avaliação, sendo que o resultado da

avaliação pelo auditor é materializado em um relatório por escrito endereçado aos

usuários, com a finalidade de aumentar o grau de confiança no objeto avaliado e

nas informações produzidas.

Gonçalo Longo nos ensina que o termo asseguração vem do inglês assurance,

que é o mesmo que pledge (garantia), cujo verbo assure tem como sinônimo insure

e a explicação igual à da expressão to give confidence to… (dar confiança a…).

Os grupos de estudo do Conselho Federal de Contabilidade preferiram, ao tra-

duzir as normas internacionais de auditoria contábil, batizar assurance como “as-

seguração” ou “segurança”, passando-se pela análise dos termos atestação,

certificação e outros. No setor público, as normas de auditoria adotam a expressão

certificação.

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Trabalho de asseguração: trabalho no qual o profissional expressa uma conclu-

são destinada a aumentar o grau de confiança dos usuários previstos, que não a

parte responsável, sobre o resultado da mensuração ou avaliação de um objeto em

relação a critérios.

Por exemplo, em auditoria de demonstrações contábeis, a administração elabora

a informação financeira e o auditor, de forma independente, aplica procedimentos

e obtém evidência quanto à conformidade das demonstrações financeiras com os

critérios utilizados, que são as normas, práticas e princípios contábeis, o que as

normas denominam de estrutura de relatório financeiro.

O resultado dessa avaliação é expresso em um relatório de auditoria contendo a

certificação (opinião) de que as demonstrações são fidedignas, confiáveis e relevan-

tes e isso tem o efeito de aumentar a confiança dos usuários nas demonstrações.

Logo, o objetivo dos trabalhos de asseguração, no caso da auditoria contábil, é me-

lhorar as informações, ajudando os usuários dos relatórios a tomarem melhores

decisões, além de aprimorar as informações de que eles dispõem.

Por isso, todo trabalho de auditoria, independente do seu tipo ou espécie, é consi-
derado um trabalho de asseguração!

Expectativas dos Usuários e Níveis de Asseguração

Se por um lado, os usuários dos relatórios esperam ter segurança sobre a con-
fiabilidade e relevância das informações, por meio dos relatórios de auditoria; por
outro, os auditores têm a responsabilidade de assegurar que as informações sejam

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não apenas confiáveis, mas também abordem o que de fato é relevante para su-
portar os processos decisórios.
Além disso, ao assumir a responsabilidade de conduzir uma auditoria, o auditor
deve seguir rigorosamente as normas técnicas, incluindo aplicação de ceticismo,
julgamento e devido zelo, ao longo de todo o processo de auditoria, de modo a
demonstrar que o seu comportamento profissional é apropriado para atender às
necessidades de segurança dos usuários, fornecendo o nível de asseguração por
estes requerido.

Ceticismo profissional significa manter distanciamento profissional e uma ati-

tude alerta e questionadora quando avalia a suficiência e adequação da evidência

obtida ao longo da auditoria. Também significa manter a mente aberta e receptiva

a todos os pontos de vista e argumentos.

Julgamento profissional significa a aplicação coletiva de conhecimentos, habili-

dades e a experiência dos membros da equipe ao processo de auditoria.

Devido zelo significa que o auditor deve planejar e executar auditorias de uma

maneira diligente. Os auditores devem evitar qualquer conduta que possa desacre-

ditar seu trabalho.

Uma das principais qualidades para que informações sejam úteis à tomada de

decisões é a sua confiabilidade, e esse aspecto deve ser uma preocupação ele-

mentar do auditor, que deve manter uma atitude alerta e questionadora. Deve ain-

da levar em consideração o fato de que informações, além de suscetíveis a erros,

podem ser adulteradas, falsificadas ou simuladas; enfim, distorcidas para encobrir

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desvios de recursos, apropriação de ativos, mau desempenho, ilegalidades, não

conformidades, entre outros fins.

Informações relevantemente distorcidas, seja por erro ou fraude, não detecta-

das no decorrer dos trabalhos de auditoria, por certo levarão o auditor a produzir

relatórios inadequados e, consequentemente, fará com que o trabalho não atenda

a uma das principais expectativas dos usuários.

Outra qualidade essencial da informação é a sua relevância, um conceito re-

lacionado à representatividade quantitativa ou qualitativa de uma informação em

relação às necessidades daqueles que irão utilizá-la em seus processos decisórios.

Uma informação é relevante se a sua omissão ou distorção puder influenciar as

decisões dos usuários.

A relevância é um conceito diretamente ligado a outro conceito importante em

auditoria: o conceito de materialidade, tanto na perspectiva quantitativa quanto

na qualitativa. A relevância também está diretamente ligada ao conceito de risco

de auditoria. Isso porque quando distorções, independentemente se causadas por

fraude ou erro, são relevantes e não são detectadas no curso do trabalho, o rela-

tório de auditoria – ou mais especificamente, a conclusão ou opinião de auditoria

– será inadequado nas circunstâncias do trabalho, e é precisamente isso o que se

denomina risco de auditoria.


Vale notar que os relatórios de auditoria normalmente expressam conclusões ou

opiniões fazendo referência a “todos os aspectos relevantes”, ou seja, não cobrem

100% dos aspectos, mas abrangem todos aqueles que são relevantes, de acordo
com os conceitos acima, que são intrínsecos ao conceito de asseguração em audi-
toria. Por isso se diz que as auditorias podem fornecer asseguração razoável,
mas não absoluta!
Tudo bem até aqui?

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Falando de nível de asseguração, segundo a Estrutura Conceitual, existem dois


tipos de trabalhos de asseguração cuja execução é permitida ao auditor indepen-
dente: trabalho de asseguração razoável (exemplo: auditoria das demonstra-
ções financeiras) e trabalho de asseguração limitada (exemplo: revisão de infor-
mações financeiras trimestrais para atender às exigências da CVM).
Um nível de asseguração razoável não é exigido sempre. Na verdade, essa exi-
gência vai depender das necessidades dos usuários e das características do objeto
de auditoria. Por sua vez, existem trabalhos que são típicos de asseguração limita-
da, como os de revisão de demonstrações financeiras intermediárias.
O nível de asseguração requerido deve ser estabelecido nos termos do tra-
balho, antes do seu início, e levado em consideração na definição da estratégia
global de auditoria. O auditor deve ter clareza dos objetivos e das necessidades
de informação dos usuários, de modo que possa desenvolver um plano de audi-
toria que permita expressar uma conclusão ou opinião de auditoria de acordo com
o nível de asseguração requerido.
• Asseguração razoável: o objetivo do trabalho de asseguração razoável é
reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo,
considerando as circunstâncias do trabalho como base para uma forma posi-
tiva de expressão da conclusão do auditor independente. É um nível de asse-
guração alto, mas não absoluto, pelo fato de que as auditorias têm limitações
que lhes são inerentes e, portanto, nunca poderão fornecer uma asseguração
absoluta;
• Asseguração limitada: o objetivo do trabalho de asseguração limitada é o

de reduzir o risco de trabalho de asseguração a um nível que seja aceitável,

considerando as circunstâncias do trabalho, mas em que o risco seja maior do

que no trabalho de asseguração razoável, como base para uma forma negati-

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va de expressão da conclusão do auditor independente. É um nível mais baixo

de asseguração, pois os procedimentos de auditoria planejados e executados

são propositadamente limitados em comparação com os que seriam necessá-

rios para fornecer asseguração razoável. Não obstante, é esperado que seja

significativo para os usuários.

- Asseguração alta, mas não absoluta


- Reuniu evidências suficientes para a conclusão
Razoável (risco aceitavelmente baixo)
- Conclusão positiva

- É um nível mais baixo de asseguração

Limitada - O risco é reduzido a um nível aceitável


- Conclusão negativa

Trabalhos de Atestação e Trabalhos Diretos

No trabalho de atestação, o profissional, que não seja o auditor independen-

te, por exemplo, a administração da entidade auditada, deve mensurar ou avaliar

o objeto de acordo com os critérios aplicáveis. O referido profissional também deve

apresentar, frequentemente, a informação resultante do objeto no relatório ou afir-

mação. Em alguns casos, contudo, a informação do objeto pode ser apresentada

pelo auditor independente no relatório de asseguração. A conclusão do auditor

deve mencionar se a informação do objeto está livre de distorções relevantes.

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Exemplo: auditoria das demonstrações contábeis, no qual a administração mensu-

ra o objeto (a situação financeira) de acordo com os critérios (normas e princípios

contábeis) e divulga as demonstrações contábeis, cabendo ao auditor verificar a

aderência aos critérios e, consequentemente, se as demonstrações estão livres de

distorções relevantes.

No trabalho direto, o auditor deve mensurar ou avaliar o objeto de acordo

com os critérios aplicáveis. Adicionalmente, o auditor deve aplicar as habilidades

e técnicas de asseguração para obter evidências apropriadas e suficientes sobre o

resultado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os critérios apli-

cáveis. O auditor independente pode obter essa evidência simultaneamente com a

mensuração ou avaliação do objeto, mas também pode obtê-la antes ou após tal

mensuração ou avaliação.

Podemos citar outros tipos de auditoria, que não a auditoria das demonstrações

contábeis anuais de uma entidade, como exemplos de trabalhos diretos, como a

auditoria operacional e a auditoria de conformidade.

Elementos de um Trabalho de Asseguração

Um trabalho de asseguração possui cinco elementos, que são os seguintes:

• relacionamento entre três partes, envolvendo o auditor independente, a par-

te responsável e os usuários previstos;

• objeto apropriado;

• critérios adequados;

• evidências apropriadas e suficientes; e

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• relatório de asseguração escrito na forma apropriada para trabalho de asse-

guração razoável ou para trabalho de asseguração limitada.

1 – Relacionamento entre três partes

Os trabalhos de asseguração envolvem três partes distintas:

• o auditor independente;

• a parte responsável; e

• os usuários previstos.

A parte responsável é a pessoa (ou as pessoas) que é responsável pelo ob-

jeto do trabalho de auditoria ou pela informação sobre o objeto (a afirmação). Em

auditoria de demonstrações contábeis, a parte responsável pelas demonstrações

financeiras é a administração da entidade. A parte responsável pode ser ou pode

não ser a parte que contrata o auditor independente (a parte contratante).

Os usuários previstos são as pessoas ou o grupo de pessoas para quem o

auditor independente submete seu relatório de asseguração. A parte responsável

pode ser um dos usuários previstos, mas não pode ser o único.

A parte responsável e os usuários previstos podem ser de diferentes entidades

ou da mesma entidade. Como exemplo do último caso, na estrutura de adminis-

tração dualista, o conselho de administração pode procurar asseguração acerca da

informação proporcionada pela diretoria executiva da entidade.

O relacionamento entre a parte responsável e os usuários previstos necessita

ser visto no contexto de trabalho específico e pode diferir de linhas de responsabi-

lidade mais tradicionalmente definidas.

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Exemplo: um executivo da alta administração da entidade (usuário previsto) pode

contratar o auditor independente para executar um trabalho de asseguração sobre

um aspecto particular das atividades da entidade, aspecto esse que é da responsa-

bilidade imediata de um nível mais baixo de gestão (parte responsável), mas pelo

qual o executivo, em última análise, é responsável.

2 – Objeto

O objeto e a informação sobre o objeto de trabalho de asseguração podem to-

mar várias formas, como:

• desempenho ou condições financeiras (por exemplo, posição patrimonial e

financeira histórica ou prospectiva, desempenho das operações e fluxos de

caixa) para os quais a informação sobre o objeto pode ser o reconhecimento,

a mensuração, a apresentação e a divulgação nas demonstrações contábeis;

• desempenho ou condições não financeiras (por exemplo, desempenho da en-

tidade) para os quais a informação sobre o objeto pode ser o principal indica-

dor de eficiência e eficácia;

• características físicas (por exemplo, capacidade de instalação) para os quais a

informação sobre o objeto pode ser um documento de especificações;

• sistemas e processos (por exemplo, o controle interno da entidade ou o sis-

tema de tecnologia da informação) para os quais a informação sobre o objeto

pode ser uma afirmação acerca da sua eficácia;

• o comportamento (por exemplo, governança corporativa da entidade, confor-

midade com regulamentação, práticas de recursos humanos) para o qual a

informação sobre o objeto pode ser uma declaração de conformidade ou uma

declaração de eficácia.

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Os objetos têm diferentes características, incluindo o grau em que a informação

acerca deles é qualitativa versus quantitativa, objetiva versus subjetiva, histórica

versus prospectiva, e se relaciona a uma determinada data-base ou abrange um

período. Essas características afetam a precisão com que o objeto pode ser avalia-

do ou mensurado de acordo com os critérios e a persuasão da evidência disponível.

Um objeto apropriado tem as seguintes características:

• é identificável: passível de avaliação ou mensuração baseada em critérios

identificados; e

• é evidenciável: as informações sobre esse objeto podem ser submetidas

aos procedimentos que proporcionem evidência suficiente e que permitam

uma conclusão apropriada, quer se trate de asseguração razoável quer de

asseguração limitada. Ou seja, existe viabilidade investigativa!

3 – Critérios

Os critérios são os pontos de referência (benchmarks) usados para avaliar ou

mensurar o objeto, incluindo, sempre que relevante, referências para a apresen-

tação e a divulgação. Os critérios podem ser formais; por exemplo, na elaboração

de demonstrações contábeis, os critérios podem ser as práticas contábeis adotadas

no Brasil.

São exigidos critérios adequados para a avaliação ou para a mensuração razoa-

velmente consistente de um objeto dentro do contexto de julgamento profissional.

Sem uma base de referência proporcionada por critérios adequados, qualquer con-

clusão está sujeita à interpretação individual e a mal-entendidos.

Critérios adequados apresentam as seguintes características:

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• Relevância: critérios relevantes resultam na informação do objeto que auxi-

lia a tomada de decisões dos usuários previstos;

• Integralidade: critérios são plenos quando a informação do objeto prepara-

da de acordo com eles não omite fatores relevantes que poderiam se esperar,

razoavelmente, que afetem decisões dos usuários previstos feitas com base

nessa informação;

• Confiabilidade: critérios confiáveis permitem a mensuração ou avaliação

consistente de determinado objeto, incluindo, se relevante, apresentação e

divulgação, quando usadas em circunstâncias similares por auditores inde-

pendentes diferentes;

• Neutralidade: critérios neutros resultam em informação do objeto que está

livre de tendências como apropriado nas circunstâncias do trabalho;

• Compreensibilidade: critérios compreensíveis resultam em informação do

objeto que pode ser compreendida pelos usuários previstos.

A seguir, uma questão do Cebraspe de nível avançado sobre critérios em trabalhos

de asseguração.

Questão 3    (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) Um auditor independente exami-

nou se determinado critério de avaliação do objeto de asseguração inclui os devi-

dos pontos de referência e pode influenciar as conclusões no contexto do trabalho.

Nessa situação hipotética, o auditor realizou o exame de

a) entendimento.

b) relevância.

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c) confiabilidade.
d) neutralidade.
e) integridade.

Letra e.
Questão muito específica e com grau elevado de dificuldade, já que exigiu que o
candidato soubesse distinguir cada uma das caraterísticas dos critérios utilizados
em um trabalho de asseguração. E o pior, a banca nem elaborou a questão de acor-
do com a estrutura conceitual básica para trabalhos de auditoria e revisão: a NBC
TA 01, que estudamos nesta aula. Elaborou com base na estrutura conceitual de
outros trabalhos de asseguração: a NBC TO 01. De acordo com a referida norma,
o auditor deve avaliar a adequação dos critérios de avaliação ou de mensuração do
objeto. Critérios adequados têm as seguintes características:

• Relevância – critérios relevantes contribuem para a tomada de decisão pelos

usuários previstos;
• Integridade – critérios são suficientemente completos quando os fatores re-
levantes, que podem influenciar nas conclusões no contexto do trabalho, não
foram omitidos. Critérios completos incluem, quando relevantes, pontos de
referência (benchmarks) para divulgação e apresentação;
• Confiabilidade – critérios confiáveis permitem avaliação ou mensuração razo-
avelmente uniformes do objeto que inclui, quando relevante, a apresentação
e a divulgação, de acordo com a prática de mercado reconhecida em situa-
ções similares;
• Neutralidade – critérios neutros contribuem para conclusões sem vícios;

• Entendimento – critérios compreensíveis possibilitam conclusões claras e

completas e sem risco de interpretações significativamente diferentes.

Logo, verifica-se que a alternativa correta é a letra “e”.

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4 – Evidências

O auditor independente planeja e executa o trabalho de asseguração com atitu-

de de ceticismo profissional para obter evidência apropriada e suficiente sobre se a

informação relativa ao objeto está livre de distorções relevantes.

O auditor independente considera a materialidade, o risco do trabalho de asse-

guração, a quantidade e a qualidade das evidências disponíveis quando planeja e

executa o trabalho, em especial quando determina a natureza, a época ou a exten-

são dos procedimentos de obtenção de evidência.

Ceticismo profissional implica que o auditor deve estar sempre alerta para ou-

tras evidências que possam comprometer um entendimento inicial ou que colo-

quem em dúvida a confiabilidade de uma informação ou documento.

Evidências são informações ou provas obtidas pelo auditor sobre determinado

objeto para que ele alcance segurança razoável de que este objeto esteja em con-

formidade com o critério ou livre de distorções relevantes.

5 – Relatório de asseguração

O auditor apresenta relatório contendo uma conclusão que expresse a seguran-

ça obtida acerca da informação sobre o objeto. Trata-se do produto final gerado

pelo trabalho do auditor, que é o seu relatório conclusivo.

O auditor independente forma sua conclusão com base nas evidências obtidas

e emite o relatório escrito contendo uma expressão clara dessa conclusão de asse-

guração.

No trabalho de asseguração razoável, a conclusão do auditor independente é

expressa na forma positiva para transmitir a sua opinião sobre o resultado da

mensuração ou avaliação do objeto. Por exemplo, quando expressa nos termos da

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informação do objeto e dos critérios aplicáveis: “Em nossa opinião, as demonstrações

contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição pa-

trimonial e financeira da entidade em [data], o desempenho de suas operações e seus

fluxos de caixa para o exercício findo naquela data de acordo com a estrutura XYZ”;

No trabalho de asseguração limitada, a conclusão do auditor independente é expres-

sa de forma a transmitir se, com base no trabalho realizado, algum fato chegou ao seu

conhecimento que o levasse a acreditar que a informação do objeto esteja distorcida

de forma relevante, como por exemplo, “Com base nos procedimentos realizados e nas

evidências obtidas, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar

que a entidade não tenha cumprido, em todos os aspectos relevantes, com a lei XYZ.”

O auditor independente pode escolher o modelo de relatório de forma curta ou de

forma longa para facilitar a efetividade da comunicação com os usuários previstos.

Relatórios de forma curta geralmente incluem apenas os elementos básicos.

Os relatórios de forma longa incluem outras informações e explicações que não afetam

a conclusão do auditor independente.

Relatórios em forma longa podem descrever com detalhe os termos do traba-

lho, os critérios usados, as constatações relativas a aspectos específicos do trabalho,

os detalhes sobre as qualificações e experiência do auditor independente e de outros

envolvidos com o trabalho, a divulgação dos níveis de materialidade e, em alguns ca-

sos, as recomendações. A inclusão de qualquer dessas informações depende da sua

relevância para os usuários previstos.

A conclusão do auditor independente é claramente separada das outras informações

ou explicações que não pretendem afetar a sua conclusão, incluindo quaisquer Ênfases,

Outros Assuntos, constatações relativas a aspectos específicos do trabalho, recomen-

dações ou informações adicionais incluídas no relatório de asseguração. A redação

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utilizada deixa bem claro que uma Ênfase, Outros Assuntos, constatações, recomenda-

ções ou informações adicionais não pretendem afetar a conclusão do auditor.

O auditor deve expressar uma conclusão modificada nas seguintes circunstân-

cias:

• quando, no julgamento profissional do auditor independente, existe uma li-

mitação de escopo, cujo efeito do assunto pode ser relevante. Em tais casos,

o auditor independente expressa uma conclusão com ressalva, ou se abstém

de uma conclusão. Em alguns casos, o auditor pode considerar se retirar do

trabalho;

• quando, no julgamento profissional do auditor independente, a informação

do objeto está relevantemente distorcida. Em tais casos, o auditor expressa

uma conclusão com ressalva ou adversa. No caso de trabalhos diretos onde a

informação do objeto é a conclusão do auditor independente, se ele concluir

que parte, ou todos os objetos, não está de acordo, em todos os aspectos

relevantes, com os critérios, tal conclusão também deve ser expressa com

ressalvas (ou adversa, conforme o caso).

A conclusão com ressalvas é expressa quando os efeitos, ou possíveis efeitos,

de um assunto das distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes,

mas não generalizados a ponto de requerer uma conclusão adversa ou a abstenção

de conclusão.

Se, após o trabalho ter sido aceito, for descoberto que uma ou mais precondi-

ções para o trabalho de asseguração não estão presentes, o auditor independente

discute a questão com as partes apropriadas e estabelece:

• se o assunto pode ser resolvido de modo a satisfazer o auditor independente;

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• se é apropriado dar continuidade ao trabalho; e

• se, em caso afirmativo, como comunicar o assunto no relatório de assegura-

ção.

Se, após a aceitação do trabalho, for descoberto que parte ou todos os crité-

rios são inadequados ou que parte ou todos os objetos não são apropriados para

o trabalho de asseguração, o auditor independente pode considerar retirar-se do

trabalho, caso seja possível de acordo com lei ou regulamento. Se o auditor der

continuidade ao trabalho, ele expressa:

• conclusão com ressalvas ou adversa dependendo de quanto o assunto

for relevante e generalizado, quando, no julgamento profissional do auditor,

o critério inadequado ou objeto inapropriado estiver propenso a induzir os

usuários previstos ao erro; ou

• conclusão com ressalvas ou abstenção da conclusão, dependendo do

julgamento profissional do auditor independente de quanto o assunto for re-

levante e generalizado, em outros casos.

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Conceito aumentar o grau de confiança dos usuários

razoável: risco aceitavelmente baixo


Níveis de asseguração
limitada: risco aceitável

Trabalhos
de asseguração

trabalho de atestação
Tipos de asseguração
trabalho de relatório direto

- relacionamento entre três partes


- objeto apropriado
Elementos
- critérios adequados
- evidência suficiente e apropriada
- relatório por escrito

A seguir, vamos estudar o objetivo da auditoria e os objetivos gerais do auditor

independente, segundo a NBC TA 200.

Objetivo da Auditoria

De acordo com a NBC TA 200 que é a “mãe das demais normas de auditoria

das demonstrações contábeis” e que define o alcance e a autoridade das demais

normas, o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demons-

trações contábeis por parte dos usuários e esse objetivo é alcançado mediante a

expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram

elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura

de relatório financeiro aplicável.

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Para deixar bem claro o que significa esse objetivo e o processo de auditoria

contábil, vamos abordar alguns aspectos dessa definição:

• Aumentar o grau de confiança. A opinião profissional e independente do

auditor sobre as demonstrações contábeis é que aumenta a confiança e a

credibilidade sobre as mesmas. Assim, usuários de demonstrações contábeis

beneficiam-se da segurança, trazida pela auditoria, de que elas não contêm

distorções relevantes, causadas por erro e/ou por fraude;

• Por parte dos usuários. São muitos os usuários das demonstrações finan-

ceiras acompanhadas do relatório, contendo a opinião do auditor, como, por

exemplo, os acionistas investidores, o conselho de administração, o comitê de

auditoria, a diretoria da empresa, o fisco e o mercado em geral. É por isso que

se diz que o auditor independente assume uma responsabilidade de ordem

pública;

• Expressão de opinião. A auditoria conduzida em conformidade com as nor-

mas de auditoria e exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar

a opinião sobre as demonstrações. O auditor busca evidências suficientes

e adequadas que lhe deem segurança razoável sobre se as demonstrações

estão livres de distorções relevantes. A opinião será expressa mediante re-

latório de auditoria em forma de parecer, a ser publicado em concom as de-

monstrações contábeis;

• Em todos os aspectos relevantes. A relevância ou a materialidade consti-

tui aspecto fundamental em auditoria contábil. O conceito reconhece que al-

gumas questões contábeis são importantes para uma apresentação adequada

das demonstrações contábeis, e outras, não. Portanto, mediante julgamento

profissional, o auditor define o que é relevante para as demonstrações e o que

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significaria uma distorção capaz de influenciar as decisões econômicas de um

usuário das demonstrações. Nesse sentido, o auditor planeja seus exames

para encontrar omissões ou distorções que, individualmente ou em conjunto,

sejam materiais e capazes de prejudicar os usuários.

A materialidade ou relevância será vista de forma aprofundada na aula 2.

Em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

Estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatório financeiro ado-

tada pela administração e, quando apropriado, pelos responsáveis pela governança

na elaboração das demonstrações contábeis, que é aceitável em vista da natureza


da entidade e do objetivo das demonstrações contábeis ou que seja exigida por lei

ou regulamento.

Dito de outra forma, a estrutura de relatório financeiro corresponde ao conjunto

de normas e práticas contábeis estabelecido pela lei e pelos órgãos normatizadores

que definem o arcabouço das demonstrações financeiras (balanço patrimonial, de-

monstração do resultado do exercício etc.) que uma entidade se obriga a cumprir

ao elaborar e publicar suas demonstrações financeiras, para prover informação a


diversos usuários (acionistas, investidores, fisco etc.).

A NBC TA 200 diferencia e define as estruturas de relatório financeiro: estrutura

de apresentação adequada e estrutura de conformidade.

A expressão “estrutura de apresentação adequada” é utilizada para se referir

a uma estrutura de relatório financeiro que exige conformidade com as exigências

dessa estrutura e:

• reconhece explícita ou implicitamente que, para conseguir a apresentação

adequada das demonstrações contábeis, pode ser necessário que a adminis-

tração forneça divulgações além das especificamente exigidas pela estrutu-

ra; ou

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• reconhece explicitamente que pode ser necessário que a administração se

desvie de uma exigência da estrutura para conseguir a apresentação adequa-

da das demonstrações contábeis. Espera-se que tais desvios sejam necessá-

rios apenas em circunstâncias extremamente raras.

A expressão “estrutura de conformidade” (compliance) é utilizada para se refe-

rir a uma estrutura de relatório financeiro que exija a conformidade com as exigên-

cias dessa estrutura, mas não reconhece os aspectos contidos em (a) e (b) acima.

A forma da opinião do auditor depende da estrutura de relatório financeiro apli-

cável e de lei ou regulamento, que sejam aplicáveis.

Por exemplo, quando a estrutura de relatório financeiro é uma estrutura de

apresentação adequada, como geralmente ocorre no caso de demonstrações

contábeis para fins gerais, a opinião exigida pelas normas é se as demonstrações

contábeis foram apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes.

Quando a estrutura de relatório financeiro é uma estrutura de conformidade,

a opinião exigida é se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os

aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura.

Entenderam a diferença entre estrutura de apresentação adequada e estrutura

de conformidade?

A diferença básica é que na de conformidade não se permite que a administra-

ção faça divulgações adicionais além das exigidas na estrutura e a administração

deixe de cumprir excepcionalmente uma determinada exigência. Essa flexibilidade

existe na estrutura de apresentação adequada, como na maioria das empresas

que aplicam as normas e práticas contábeis publicadas pelo CFC ou pelo Comitê de

Pronunciamento Contábil – CPA e publicam Balanço Patrimonial, Demonstração de

Resultado, Fluxo de Caixa, Mutações do Patrimônio Líquido e as Notas Explicativas.

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A Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação de Demonstrações Contá-

beis, aprovada pelo CFC, é uma estrutura de apresentação adequada. Dessa

forma, as demonstrações financeiras de uso geral, preparadas pelas entidades para

atender às necessidades dos mais diversos usuários (acionistas, bancos, forne-

cedores, órgãos reguladores etc.), são auditadas no contexto de apresentação

adequada.

Embora a opção de auditoria no contexto de conformidade seja pouco ou raramente

utilizada no Brasil, ela existe e nada impede de um órgão regulador, por exemplo,

passe a requerer que as entidades por ele reguladas passem a preparar outro jogo

adicional de demonstrações financeiras de acordo com as normas específicas esta-

belecidas por ele (estrutura de conformidade), além das demonstrações financeiras

elaboradas de acordo com as práticas adotadas no Brasil (estrutura de apresenta-

ção adequada).

Conjunto Completo de Demonstrações Financeiras Adotadas


no Brasil

Gonçalo Longo nos ensina que a estrutura de relatório financeiro (estrutura con-

tábil) também determina o que seja o conjunto completo de demonstrações finan-

ceiras. No caso brasileiro, a Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação

de Demonstrações Contábeis emitida pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis

– CPC e aprovada pelo CFC e órgãos reguladores (CVM, Banco Central e outros)

estabelece que as demonstrações financeiras devem fornecer informações sobre

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a posição patrimonial e financeira, que é proporcionada pelo balanço patrimonial,

sobre o desempenho por meio da demonstração de resultado, sobre as mutações

do patrimônio líquido e sobre os fluxos de caixa.

Assim sendo, as demonstrações básicas para atender as necessidades gerais

compreendem o balanço patrimonial e as demonstrações do resultado, das muta-

ções do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, acompanhadas das respectivas

notas explicativas necessárias ao seu completo entendimento. No caso das compa-

nhias abertas, a Lei n. 6.404/76 requer mais uma demonstração compreendendo

os valores adicionados (DVA), que em outros países é considerada informação su-

plementar.

Responsabilidades da Administração e do Auditor

As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, elaboradas

pela sua administração, com supervisão geral dos responsáveis pela governança.

As normas de auditoria independente não impõem responsabilidades à adminis-

tração ou aos responsáveis pela governança e não se sobrepõem às leis e regula-

mentos que governam as suas responsabilidades.

Contudo, a auditoria é conduzida com base na premissa de que a adminis-

tração e os responsáveis pela governança têm conhecimento de certas respon-

sabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria e a auditoria das

demonstrações contábeis não exime dessas responsabilidades a administração ou

os responsáveis pela governança, quais sejam:

• Responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis em confor-

midade com a estrutura de relatório financeiro aplicável, incluindo quando

relevante sua apresentação adequada;

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• Responsabilidade pelo tipo de controle interno que seja necessário para per-

mitir a elaboração de demonstrações contábeis que estejam livres de distor-

ção relevante devido a fraude ou erro;

• Fornecer ao auditor acesso a todas as informações que tenham conhecimento

e que sejam relevantes para a elaboração e apresentação das demonstrações

contábeis, tais como registros e documentação, e outros assuntos;

• Fornecer ainda informações adicionais que o auditor possa solicitar da ad-

ministração e, quando adequado, dos responsáveis pela governança para a

finalidade da auditoria; e

• Permitir acesso irrestrito às pessoas da entidade das quais o auditor determi-

ne ser necessário obter evidências de auditoria.

Nos termos da NBC TA 200, responsável pela governança é a pessoa ou or-

ganização com a responsabilidade de supervisionar de forma geral a direção estra-

tégica da entidade e obrigações relacionadas com a responsabilidade da entidade.

Isso inclui a supervisão geral do processo de relatório financeiro.

Nas grandes empresas, existem os responsáveis pela gestão (diretoria) e os res-

ponsáveis pela governança (conselho de administração, comitês etc.). Os gestores

ou diretores conduzem os negócios da empresa e prestam contas, elaborando as

demonstrações contábeis e outros relatórios. Os responsáveis pela governança de-

finem estratégias e supervisionam e controlam os atos de gestão. Os responsáveis

pela governança assumem uma função mais de controle, representando o dono da

empresa (acionistas e cotistas). É por isso que muitos afirmam que o Conselho de

Administração é o principal agente de governança nas empresas.

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As NBC TAs estabelecem que, geralmente, a administração é responsável por

elaborar as demonstrações e os responsáveis pela governança por supervisionar

essa tarefa. Contudo, em algumas empresas essas funções são compartilhadas,

não havendo separação clara entre administração e governança. Nesses casos,

todos são responsáveis pela elaboração das demonstrações e implantação e ma-

nutenção dos controles.

A elaboração das demonstrações contábeis, pela administração e, quando ade-

quado, pelos responsáveis pela governança requer:

• a identificação da estrutura de relatório financeiro aplicável, no contexto de

leis ou regulamentos relevantes;

• a elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com essa estru-

tura;

• a inclusão de descrição adequada dessa estrutura nas demonstrações contá-

beis.

A elaboração das demonstrações contábeis exige que a administração exer-

ça julgamento ao fazer estimativas contábeis razoáveis nas circunstâncias, assim

como ao selecionar e ao aplicar políticas contábeis adequadas. Esses julgamentos

são estabelecidos no contexto da estrutura de relatório financeiro aplicável.

As responsabilidades do auditor independente estão restritas ao seu objetivo

principal de expressar opinião sobre as demonstrações contábeis. Portanto, deve

o auditor aplicar os procedimentos de auditoria, em cumprimento às normas e à

legislação, para obter evidência de auditoria suficiente e adequada que lhe dê se-

gurança razoável para expressar opinião sobre as demonstrações financeiras.

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Qualquer que seja a estrutura de relatório financeiro adotado pela entidade,

o auditor deve expressar sua opinião sobre as demonstrações no seu relatório ou

parecer, contendo de forma concisa a conclusão se as demonstrações financeiras

foram ou não elaboradas, em todos os seus aspectos relevantes, de acordo com a

estrutura de relatório que seja aplicável.

A opinião do auditor não fornece qualquer segurança sobre a viabilidade futura da

entidade, nem quanto à eficiência e eficácia de como são conduzidos os negócios

da entidade, pois esse não é o objetivo da auditoria de demonstrações contábeis.

Uma entidade pode ter seus negócios conduzidos de forma péssima, mas o seu ba-

lanço patrimonial pode espelhar de forma apropriada a péssima posição patrimonial

e financeira e, portanto, a opinião do auditor sobre o balanço não conterá qualquer

ressalva. Logo, um relatório ou parecer de auditoria sem ressalvas não significa um

atestado de boa gestão ou garantia de viabilidade futura da entidade.

Objetivos Gerais do Auditor


A NBC TA 200 define que, ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis,

os objetivos gerais do auditor são:

• obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um

todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas

por fraude ou erro, possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião

sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os as-

pectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro

aplicável; e

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• apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se

como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do au-

ditor.

O mapa mental a seguir pode ajudar na memorização dos objetivos gerais do

auditor, assunto muito cobrado em prova.

obter segurança razoável de que as DC como um todo estão


livres de distorção relevante
independentes causadas por fraude e erro
Objetivos para expressar opinião se as DC foram elaboradas
gerais do
auditor em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estru-
tura de relatório financeiro aplicável
apresentar relatório sobre as DC e comunicar-se como exigido
pelas NBV TAs

Perceba que o objetivo do auditor é obter segurança razoável de que as demons-

trações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante. Logo, jamais

se alcança segurança absoluta no contexto de um trabalho executado por um

auditor, que se vale de procedimentos que permitem fornecer um nível apropriado

de segurança aos usuários de um trabalho de asseguração razoável, a um tempo e

custo razoáveis.

Logo, o nível de segurança a ser alcançado pelo auditor pela aplicação dos proce-

dimentos de auditoria e obtenção de evidência é elevado, mas não absoluto, pois

não existe “risco zero” em auditoria. Como vimos, a auditoria é um trabalho de

asseguração razoável!

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Outro cuidado em prova é ficar atento às artimanhas da banca ao tentar con-

fundir o candidato quanto ao objetivo da auditoria e aos objetivos gerais do auditor.

O objetivo da auditoria de DC é aumentar o grau de confiança dos usuários das

demonstrações e um dos objetivos gerais do auditor é obter segurança razoável de

que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante,

possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações

contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade

com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

Outras Responsabilidades de Comunicação

O relatório (parecer) do auditor sobre as demonstrações contábeis não é o úni-

co “produto” da auditoria. O auditor também pode ter outras responsabilidades de

comunicação e de relatório, perante os usuários, a administração, os responsáveis

pela governança ou partes fora da entidade, a respeito dos assuntos decorrentes

da auditoria.

Essas outras responsabilidades podem ser estabelecidas pelas NBC TAs, por lei

ou regulamento aplicável, como, por exemplo, NBC TA 260 – Comunicação com os

Responsáveis pela Governança, e item 43 da NBC TA 240 que trata da responsabi-

lidade do auditor em relação a fraude, no contexto da auditoria de demonstrações

contábeis.

Entre as questões a serem discutidas e/ou comunicadas à administração e aos

responsáveis pela governança, incluem-se:

• controles internos;

• práticas contábeis importantes;

• estimativas contábeis e julgamentos realizados pela administração;

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• ajustes contábeis significativos;

• descobertas de fraudes;

• divergências com a administração;

• dificuldades encontradas na realização da auditoria.

Requisitos para o Exercício da Auditoria


A NBC TA 200 estabelece alguns requisitos necessários para o exercício da au-

ditoria independente:

• Requisitos Éticos;

• Ceticismo Profissional;

• Julgamento Profissional;

• Evidência de Auditoria Apropriada e Suficiente e Risco de Auditoria;

• Condução da auditoria em conformidade com as NBC TAs.

Requisitos Éticos

O auditor está sujeito a exigências éticas relevantes, inclusive as relativas à

independência, no que diz respeito a trabalhos de auditoria de demonstrações con-

tábeis. As exigências éticas relevantes abrangem o Código de Ética Profissional do

Contabilista, relacionados à auditoria de demonstrações contábeis bem como as

NBC PAs aplicáveis.

Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor quan-

do da condução de auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos no Có-

digo de Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de

qualidade. Esses princípios estão em linha com os princípios do Código de Ética do

IFAC, cujo cumprimento é exigido dos auditores. Esses princípios são:

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• integridade – ser franco e honesto em todos os relacionamentos profissio-


nais e comerciais;
• objetividade – não permitir que comportamento tendencioso, conflito de
interesse ou influência indevida de outros afetem o julgamento profissional
ou de negócio;
• competência profissional e devido zelo – manter o conhecimento e a
habilidade profissionais no nível necessário para assegurar que o cliente ou
empregador receba serviços profissionais competentes com base em acon-
tecimentos atuais referentes à prática, legislação e técnicas, e agir diligente-
mente e de acordo com as normas técnicas e profissionais aplicáveis;
• sigilo profissional – respeitar o sigilo das informações obtidas em decor-
rência de relacionamentos profissionais e comerciais e, portanto, não divulgar
nenhuma dessas informações a terceiros, a menos que haja algum direito ou
dever legal ou profissional de divulgação, nem usar as informações para ob-
tenção de vantagem pessoal ilícita pelo auditor ou por terceiros;
• comportamento ou conduta profissional – cumprir as leis e os regula-
mentos pertinentes e evitar qualquer ação que desacredite a profissão.

Ceticismo Profissional

Muita atenção quanto ao conceito de ceticismo profissional e os requisitos esta-


belecidos na NBC TA 200. É um dos assuntos mais cobrados em prova!
As normas de auditoria destacam que a auditoria deve ser planejada e execu-
tada com o necessário ceticismo de que existem situações que causam distorções
nas demonstrações financeiras.

Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e

alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude

e uma avaliação crítica das evidências de auditoria.

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O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, a:

• evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas;

• informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e res-

postas a indagações a serem usadas como evidências de auditoria;

• condições que possam indicar possível fraude;

• circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de auditoria além

dos exigidos pelas NBC TAs.

A manutenção do ceticismo profissional ao longo de toda a auditoria é necessá-

ria, por exemplo, para que o auditor reduza os riscos de:

• ignorar circunstâncias não usuais;

• generalização excessiva ao tirar conclusões das observações de auditoria;

• uso inadequado de premissas ao determinar a natureza, a época e a extensão

dos procedimentos de auditoria e ao avaliar os resultados destes.

O ceticismo profissional é necessário para a avaliação crítica das evidências de

auditoria. Isso inclui questionar evidências de auditoria contraditórias e a confiabili-

dade dos documentos e respostas a indagações e outras informações obtidas junto

à administração e aos responsáveis pela governança. Também inclui a consideração

da suficiência e adequação das evidências de auditoria obtidas considerando as cir-


cunstâncias, por exemplo, no caso de existência de fatores de risco de fraude e um
documento individual, de natureza suscetível de fraude, for a única evidência que
corrobore um valor relevante da demonstração contábil.
Embora tenha que se manter cético, o auditor pode aceitar registros e docu-
mentos como genuínos, a menos que tenha razão para crer no contrário! Contudo,

exige-se que o auditor considere a confiabilidade das informações a serem usadas

como evidências de auditoria.

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E se o auditor tiver dúvida a respeito da confiabilidade das informações ou indi-

cações de possível fraude, como, por exemplo, desconfiar que um documento pode

não ser autêntico ou que termos de documento podem ter sido falsificados?

Nesse caso, as normas de auditoria exigem que o auditor faça investigações

adicionais e determine que modificações ou adições aos procedimentos de auditoria

são necessários para solucionar o assunto. Isso é em essência agir com ceticismo

profissional!

Não se pode esperar que o auditor desconsidere a experiência passada de ho-

nestidade e integridade da administração da entidade e dos responsáveis pela go-

vernança. Contudo, a crença de que a administração e os responsáveis pela gover-

nança são honestos e têm integridade não livra o auditor da necessidade de manter

o ceticismo profissional ou permitir que ele se satisfaça com evidências de auditoria

menos que persuasivas na obtenção de segurança razoável.

Julgamento Profissional

Julgamento profissional é a aplicação do treinamento, conhecimento e expe-

riência relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de auditoria, con-

tábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a respeito dos cursos de ação

apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria.

O julgamento profissional é essencial para a condução apropriada da auditoria.

Isso porque a interpretação das exigências éticas e profissionais relevantes, das

normas de auditoria e as decisões informadas requeridas ao longo de toda a audito-

ria não podem ser feitas sem a aplicação do conhecimento e experiência relevantes

para os fatos e circunstâncias.

O julgamento profissional é necessário, em particular, nas decisões sobre:

• determinação do nível de materialidade e avaliação do risco de auditoria;

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• determinação da natureza, a época e a extensão dos procedimentos de audi-

toria aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e

a coleta de evidências de auditoria;

• avaliação se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se algo

mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBC TAs e,

com isso, os objetivos gerais do auditor;

• avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório

financeiro aplicável da entidade;

• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, por

exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela adminis-

tração na elaboração das demonstrações contábeis.

O julgamento profissional precisa ser exercido ao longo de toda a auditoria. Ele

também precisa ser adequadamente documentado. Neste aspecto, é exigido que

o auditor elabore documentação de auditoria suficiente para possibilitar que outro

auditor experiente, sem nenhuma ligação prévia com a auditoria, entenda os jul-

gamentos profissionais significativos exercidos para se atingir as conclusões sobre

assuntos significativos surgidos durante a auditoria.

Evidência de Auditoria Apropriada e Suficiente

Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fun-

damentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de audi-

toria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demons-

trações contábeis e outras informações.

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Portanto, as evidências constituem todos os meios de prova obtidos pelo au-

ditor para ajudá-lo a formar uma base razoável para emissão de opinião sobre as

demonstrações contábeis que estão sendo auditadas.

A evidência de auditoria é de natureza cumulativa e primariamente obtida a

partir de procedimentos de auditoria executados durante o curso da auditoria. Con-

tudo, também pode incluir informações obtidas de outras fontes, como auditorias

anteriores ou procedimentos de controle de qualidade do auditor para aceitação e

continuidade de clientes.

Além de outras fontes dentro e fora da entidade, os registros contábeis da enti-

dade são uma fonte importante de evidência de auditoria. Além disso, informações

que possam ser usadas como evidências de auditoria podem ter sido elaboradas

por especialista empregado ou contratado pela entidade.

As evidências de auditoria abrangem informações que sustentam e corroboram

as afirmações da administração e informações que contradizem tais afirmações.

Além disso, em alguns casos, a ausência de informações (por exemplo, a recusa da

administração de fornecer uma representação solicitada) é usada pelo auditor e,

portanto, também constitui evidência de auditoria.

A maior parte do trabalho do auditor na formação de sua opinião consiste na

obtenção e avaliação da evidência de auditoria.

A suficiência e adequação das evidências de auditoria estão inter-relaciona-

das.

A suficiência é a medida da quantidade de evidência de auditoria. A quanti-

dade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação pelo auditor dos

riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos avaliados, maior a probabilida-

de de que seja necessária mais evidência de auditoria) e também pela qualidade

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de tais evidências de auditoria (quanto melhor a qualidade, menos evidência pode


ser necessária). A obtenção de mais evidência de auditoria, porém, pode não com-
pensar a sua má qualidade.
A adequação é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a sua
relevância e confiabilidade no suporte das conclusões em que se baseia a opinião
do auditor. A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte e sua natu-
reza e depende das circunstâncias individuais em que são obtidas.
O que é uma distorção?
É a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação
de uma demonstração contábil relatada (divulgada nas demonstrações) e o valor,
a classificação, a apresentação ou a divulgação que é exigida para que o item es-
teja de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
Portanto, pode envolver o registro de uma operação por valor inadequado, um
erro de classificação ou uma falha na divulgação de informação em Nota Explicati-
va, por exemplo.
As distorções podem originar-se de erro ou fraude. Quando o auditor expressa
uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram apresentadas adequada-
mente, em todos os aspectos relevantes, as distorções também incluem os ajustes
de valor, classificação, apresentação ou divulgação que, no julgamento do auditor,
são necessários para que as demonstrações contábeis estejam apresentadas ade-
quadamente, em todos os aspectos relevantes.

Risco de Auditoria

Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor expressar uma opinião inade-


quada sobre demonstrações contábeis que apresentem distorções relevantes. Ou

seja, é o risco de o auditor emitir opinião sem ressalva acerca de demonstrações

contábeis que contenham erros ou fraudes (distorções) relevantes.

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Em auditoria contábil, o auditor deve reduzir o risco de auditoria a um nível bai-

xo aceitável, mediante a obtenção de evidência de auditoria suficiente e apropria-

da. Com isso, o auditor alcança a asseguração razoável para formar a sua opinião

sobre as demonstrações contábeis.

Na aula 2, veremos o risco de auditoria e seus elementos de forma aprofundada.

Antes de abordamos os últimos aspetos da NBC TA 200, para facilitar a memo-

rização, apresentamos um mapa mental acerca dos requisitos da auditoria contábil.

Suficiente
Evidência de
auditoria Apropriada

Julgamento
profissional

Condução c/
REQUISITOS DA AUDITORIA as normas

Ceticismo
profissional

integridade
objetividade
Requisitos competência
éticos sigilo
conduta

Limitação Inerente da Auditoria e Asseguração Razoável


Como base para a opinião do auditor, as normas exigem que ele obtenha segu-

rança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de

distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro.

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Como vimos, asseguração razoável é um nível elevado de segurança. Esse


nível é conseguido quando o auditor obtém evidência de auditoria apropriada e
suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente baixo o risco de auditoria (isto é,
o risco de que o auditor expresse uma opinião inadequada quando as demonstra-
ções contábeis contiverem distorção relevante).
Asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança. O auditor não é
obrigado e não pode reduzir o risco de auditoria a zero, e, portanto, não pode obter
segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção
relevante devido à fraude ou erro. Isso porque uma auditoria tem limitações ine-
rentes, e, como resultado, a maior parte das evidências de auditoria que propiciam
ao auditor obter suas conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas
(convincentes) ao invés de conclusivas.
As limitações inerentes de uma auditoria originam-se da:
• natureza das informações contábeis;
• natureza dos procedimentos de auditoria; e
• necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período de tem-
po razoável e a um custo razoável.

Natureza das Informações Contábeis

A elaboração das demonstrações contábeis envolve o julgamento da adminis-


tração na aplicação das exigências da estrutura de relatório financeiro aplicável aos

fatos e circunstâncias da entidade.

Além disso, muitas demonstrações contábeis envolvem decisões ou avaliações

subjetivas ou um grau de incerteza, e pode haver uma série de interpretações ou

julgamentos aceitáveis que podem ser estabelecidos.

Consequentemente, alguns itens das demonstrações contábeis estão sujeitos

a um nível inerente de variabilidade que não pode ser eliminado pela aplicação de

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procedimentos adicionais de auditoria. Este é o caso de certas estimativas con-

tábeis. Contudo, as normas de auditoria exigem que o auditor considere especi-

ficamente se as estimativas contábeis são razoáveis no contexto da estrutura de

relatório financeiro aplicável e divulgações relacionadas, e os aspectos qualitativos

das práticas contábeis da entidade, inclusive indicadores de possível tendência nos

julgamentos da administração.

Natureza dos Procedimentos de Auditoria

Há limites práticos e legais à capacidade do auditor de obter evidências de audi-

toria. Por exemplo, existe a possibilidade de que a administração ou outros possam

não fornecer, intencionalmente ou não, as informações completas que são relevan-

tes para a elaboração das demonstrações contábeis ou que tenham sido solicitadas

pelo auditor. Portanto, o auditor não pode ter certeza da integridade da informa-

ção, embora tenha executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de

que todas as informações relevantes foram obtidas.

A fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados

para sua ocultação. Portanto, os procedimentos de auditoria aplicados para coletar

evidências de auditoria podem ser ineficazes para a detecção de distorção rele-

vante que envolva, por exemplo, conluio para a falsificação de documentação que

possa fazer o auditor acreditar que a evidência de auditoria é válida quando ela

não é. O auditor não é treinado nem obrigado a ser especialista na verificação de

autenticidade de documentos.

A auditoria não é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o auditor

não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de busca, que podem ser

necessários para tal investigação.

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Equilíbrio entre Custo e Benefício

A dificuldade, falta de tempo ou custo envolvido não são, por si só, base válida

para que o auditor omita um procedimento de auditoria para o qual não há alterna-

tiva ou que deva ser satisfeito com evidências de auditoria menos que persuasivas.

O planejamento adequado ajuda a tornar suficientes o tempo e os recursos dis-

poníveis para a condução da auditoria. Apesar disso, a relevância da informação e,

por meio dela, o seu valor tende a diminuir ao longo do tempo, e há um equilíbrio

a ser atingido entre a confiabilidade das informações e o seu custo.

Isso é reconhecido em certas estruturas de relatório financeiro, como por exem-

plo, no Brasil, a “Estrutura para a Elaboração e Apresentação de Demonstrações

Contábeis” aprovada pelo CFC. Portanto, os usuários de demonstrações contábeis

têm a expectativa de que o auditor formará uma opinião sobre as demonstrações

contábeis dentro de um período de tempo e a custo razoáveis, reconhecendo que

é impraticável tratar de todas as informações que possam existir ou tratar cada

assunto exaustivamente com base na premissa de que as informações são erradas

ou fraudulentas até prova em contrário.

Consequentemente, é necessário que o auditor:

• planeje a auditoria de modo que ela seja executada de maneira eficaz;

• dirija o esforço de auditoria às áreas com maior expectativa de distorção re-

levante, independentemente se causada por fraude ou a erro, com esforço

correspondentemente menor dirigido a outras áreas; e

• aplique testes e outros meios para examinar populações em busca de distor-

ções.

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Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um risco inevitá-

vel de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis não sejam

detectadas, embora a auditoria seja adequadamente planejada e executada em

conformidade com as normas de auditoria. Portanto, descoberta posterior de uma

distorção relevante das demonstrações contábeis, resultante de fraude ou erro,

não indica por si só, uma falha na condução de uma auditoria em conformidade

com as normas de auditoria.

Contudo, os limites inerentes de uma auditoria não são justificativas para que

o auditor se satisfaça com evidências de auditoria menos que persuasivas (con-

vincentes). Se o auditor executou ou não uma auditoria em conformidade com as

normas de auditoria é determinado pelos procedimentos de auditoria executados

nas circunstâncias, a suficiência e adequação das evidências de auditoria obtidas

como resultado desses procedimentos e a adequação do relatório do auditor com

base na avaliação dessas evidências considerando os objetivos gerais do auditor.

E quando o auditor não consegue obter segurança razoável para opinar sobre as

demonstrações contábeis?

Nesse caso, a NBC TA 200 estabelece que, quando a opinião com ressalva no

relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos usuários

previstos das demonstrações contábeis, o auditor deve abster-se de emitir sua

opinião ou renunciar ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo com

lei ou regulamentação aplicável.

Portanto, diante de uma limitação no trabalho ou ausência de evidência e, por

consequência, de segurança razoável, o auditor tem três saídas:

• se a limitação é relevante, mas não generalizada, o auditor pode optar pela

opinião com ressalva em seu relatório;

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• se a ressalva for insuficiente nas circunstâncias para atender aos usuários,

o auditor deve optar pela abstenção de opinião em seu relatório;

• se é muito grave a limitação e o auditor conclui que não existe segurança

para continuar o trabalho, ele pode renunciar, caso a renúncia seja possível e

permitida por lei ou regulamento.

Condução da Auditoria em Conformidade com NBC TAs

A NBC TA 200 estabelece ainda que o auditor deve observar todas as NBC TAs
relevantes para a auditoria. Uma NBC TA é relevante para a auditoria quando ela
está em vigor e as circunstâncias tratadas nela existem na situação específica.
O auditor não deve declarar conformidade com as normas de auditoria (brasi-
leiras e internacionais) no seu relatório, a menos que ele tenha cumprido com as
exigências desta Norma e de todas as demais NBC TAs relevantes para a auditoria.
Portanto, o auditor deve cumprir com cada exigência de uma NBC TA, a menos
que, nas circunstâncias da auditoria:

• a NBC TA inteira não seja relevante. Por exemplo, se a entidade não tem a

função de auditoria interna, nenhum aspecto da NBC TA 610 – Utilização do

Trabalho de Auditoria Interna é relevante;


• a exigência não seja relevante por ser condicional e a condição não existir.
Por exemplo, o requisito de modificar a opinião do auditor se houver uma
limitação de alcance (NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Inde-

pendente) representa uma exigência condicional explícita.

Em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário não considerar


uma exigência relevante em uma NBC TA. Em tais circunstâncias, o auditor deve
executar procedimentos de auditoria alternativos para cumprir o objetivo dessa
exigência.

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Se um objetivo em uma NBC TA relevante não pode ser cumprido, o auditor

deve avaliar se isso o impede de cumprir os objetivos gerais de auditoria e se isso

exige que ele, em conformidade com as NBC TAs, modifique sua opinião ou renun-

cie ao trabalho (quando a renúncia seja possível de acordo com lei ou regulamento

aplicável).

São responsabilidades do auditor indepen- Não são responsabilidades ou obrigações


dente das demonstrações contábeis: do auditor independente das DC:
Avaliar riscos de distorções relevantes nas DC; Atestar a eficácia da administração;
Obter evidência suficiente e apropriada/segu- Assegurar a continuidade da empresa auditada;
rança razoável; Revelar distorções (erros e fraudes) irrelevan-
Emitir opinião/relatório sobre as DC; tes;
Comunicar-se de acordo com as normas (Não Prevenir e detectar fraudes;
conformidades, fraudes etc.); Eliminar o risco de auditoria;
Cumprir as exigências éticas relevantes, inclu- Elaborar demonstrações contábeis e implantar
sive as pertinentes à independência; normas;
Planejar e executar a auditoria com ceticismo Ter certeza da integridade das informações for-
profissional; necidas pela entidade;
Exercer julgamento profissional ao planejar e Proceder à investigação de fraude mediante
executar a auditoria; busca e apreensão de documentos;
Observar todas as NBC TAs relevantes para a Cumprir normas que não sejam relevantes para
auditoria. a auditoria.

Distinção entre Auditoria Interna, Auditoria Independente


e Perícia Contábil

De uma forma geral, as auditorias nas empresas públicas ou privadas podem

ser realizadas por meio de auditores que pertencem aos quadros da empresa, ou

seja, pela auditoria interna, ou por intermédio de auditores independentes ou em-

presas de auditoria independente, denominados de auditoria externa.

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Auditoria Interna

A auditoria interna é uma atividade realizada por empregados de uma organiza-

ção com o propósito de assistir à administração no cumprimento de seus objetivos,

mediante exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações para ava-

liar a integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos,

dos sistemas de informações e de controles internos interessados ao ambiente e de

gerenciamento de riscos.

A auditoria interna tem por finalidade agregar valor ao resultado da organiza-

ção, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e

dos controles internos, por meio de recomendação de soluções para as não confor-

midades.

Portanto, diz-se que os trabalhos e os resultados da auditoria interna são de

interesse maior dos administradores da organização, realizada mais para fins ad-

ministrativos internos.

Auditoria Externa

A auditoria externa ou independente tem por objetivo o exame das demonstra-

ções contábeis e a emissão de parecer sobre a adequação com que as demonstra-

ções apresentam a posição patrimonial e financeira, o resultado das operações e as

modificações na posição patrimonial e financeira, de conformidade com princípios

contábeis.

Segundo as atuais normas do CFC, que tratam dos objetivos gerais do auditor

independente, o objetivo da auditoria externa é aumentar o grau de confiança nas

demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a

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expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram

elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura

de relatório financeiro aplicável.

Portanto, diferentemente da auditoria interna, os trabalhos e os resultados da

auditoria externa são de interesse maior de terceiros, ou seja, dos acionistas, cre-

dores, Estado, fisco etc. É por isso que se diz que a auditoria externa é realizada

como uma forma de prestação de contas a terceiros.

Dada a amplitude dos usuários interessados no parecer do auditor, é correto

afirmar-se que o auditor externo assume uma responsabilidade de ordem pública.

Como o auditor assume, através do parecer, responsabilidade técnico-profissional

definida, inclusive de ordem pública, é indispensável que tal documento obedeça

às características intrínsecas e extrínsecas estabelecidas nas normas de auditoria.

Cooperação entre a Auditoria Externa e a Auditoria Interna

Apesar da finalidade e dos objetivos da auditoria interna serem diferentes da

auditoria externa, cabe ressaltar que as auditorias interna e externa, geralmente,

trabalham de forma articulada e em colaboração, programando em conjunto os

serviços.

Segundo Franco e Marra, as auditorias interna e externa podem se completar.

A auditoria interna poderá deixar de executar procedimentos que ela sabe serem

executados pela auditoria externa, enquanto esta poderá determinar a profundi-

dade de seus exames e a quantidade de seus testes segundo a confiança que lhe
merecer a auditoria interna, que constitui uma das formas de controle interno.

A permanência de ambos na empresa é garantia de maior controle.


Vale lembrar uma norma profissional do auditor interno, já revogada, mas que

ainda é destacada em livros especializados e muito utilizada em provas. A norma

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estabelece que o auditor interno, quando previamente estabelecido com a adminis-

tração da entidade em que atua, e no âmbito de planejamento conjunto do trabalho

a realizar, deve apresentar os seus papéis de trabalho ao auditor indepen-

dente e entregar-lhe cópias, quando este entender necessário.

Independência

Uma das características que distingue a auditoria externa da interna é o grau de

independência que o auditor externo deve manter em relação à entidade audita-

da. Essa é a característica mais abordada pela doutrina, afirmando que a auditoria

interna possui menor grau de independência e a auditoria externa maior grau

de independência.

Contudo, o mais correto seria afirmar que os auditores externos possuem total

independência. Por sua vez, os auditores internos não possuem independên-

cia, por serem empregados da organização e sofrerem algum tipo de influência.

Considerando que as normas profissionais do auditor interno estabelecem que, não

obstante sua posição funcional, o auditor interno deve preservar sua autonomia

profissional, diz-se que o auditor externo possui independência e o interno possui

autonomia. Portanto, atenção na prova!

De todo modo, a auditoria interna alcança independência em função de status

organizacional, de acordo com o seu posicionamento na estrutura organizacional.


Esse posicionamento deve ser suficientemente elevado para permitir-lhe desincum-

bir-se de suas responsabilidades com abrangência e independência.

O gerente da auditoria interna deve reportar-se a uma pessoa com autoridade

suficiente para propiciar independência e assegurar ampla cobertura à auditoria,

atenção e consideração adequadas para seus relatórios e providências efetivas para

colocar em prática as recomendações apresentadas.

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Para poder atuar de fato como uma função de apoio institucional à administra-
ção e preservar sua independência profissional, recomenda-se que:
Nas organizações que contarem com um conselho de administração ou órgão
equivalente, a Auditoria Interna seja, sempre que possível, subordinada a esse or-
ganismo de direção.
Nas organizações que contarem com um comitê de auditoria ou órgão equiva-
lente, o gerente da Auditoria Interna seja membro, efetivo ou convidado, desse
organismo.
Nas organizações que contarem com um conselho fiscal, que o gerente da Au-
ditoria Interna participe das reuniões de trabalho desse conselho, voltadas à apro-
vação das demonstrações financeiras e demais planos da organização.
A independência aumenta quando a Alta Administração participa da decisão de
nomear ou retirar do cargo o gerente da Auditoria Interna.

Surgimento

O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das empresas


de captarem recursos de terceiros, constituindo-se em uma resposta à necessida-
de de independência do exame das transações da empresa em relação aos seus
dirigentes.
Já a auditoria interna surgiu como decorrência da necessidade de um acompa-
nhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa, sendo execu-
tada mais para fins administrativos, internos, do que para prestação de contas a
terceiros.

Enfoques e Responsabilidade do Auditor

Alguns autores destacam que, enquanto o auditor interno realiza auditoria con-

tábil e operacional e tem responsabilidade trabalhista, o auditor externo realiza

somente auditoria contábil (em regra) e possui responsabilidade civil e criminal.

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Nesse sentido, o auditor interno realiza tanto a auditoria operacional, ajudando

a organização a melhorar o desempenho de seus processos e de sua gestão, quan-

to a auditoria contábil, examinando demonstrações financeiras mensais ou periódi-

cas, bem como os relatórios de natureza contábil, de qualquer espécie, de caráter

formal e institucional, elaborados e editados pela área contábil.

Atenção em prova, pois o auditor interno examina as demonstrações financeiras

mensais ou periódicas da organização, mas não tem a obrigação de emitir parecer

sobre as demonstrações contábeis, pois esta é a finalidade específica da auditoria

externa.

Fraudes e Erros

A responsabilidade primeira na prevenção e identificação de fraudes e/ou erros

é da administração da entidade, mediante a manutenção de adequado sistema de

controle interno, que, entretanto, não elimina o risco de sua ocorrência.

A auditoria interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de

prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de

maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades

detectadas no decorrer de seu trabalho. Essa comunicação por escrito se fará por

relatório parcial elaborado pelo auditor interno.

O auditor interno auxilia a Administração a prevenir e detectar fraudes, porém

tem maior papel de assessoramento na prevenção.

O auditor externo considera a possibilidade de fraudes relevantes e planeja os

exames em função dos riscos. Deve sempre comunicar à administração da entidade

auditada descobertas factuais envolvendo fraude – dependendo das circunstâncias,

de forma verbal ou escrita, tão cedo quanto possível, mesmo que o efeito potencial

sobre as demonstrações contábeis seja irrelevante.

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O auditor interno comunica à Administração indícios ou ocorrência de fraude sem-


pre por escrito, já o auditor externo deve comunicar circunstâncias de fraudes, por
escrito ou de forma verbal, conforme a materialidade ou relevância das circunstân-
cias.

Responsabilidade quanto aos Controles Internos

Auditores internos examinam e contribuem para a eficácia do sistema de con-


trole interno através de suas avaliações e recomendações, mas não possuem res-
ponsabilidade primária pelo planejamento, implementação, manutenção e docu-
mentação do processo.
Auditores externos avaliam os controles internos contábeis, para dimensionar
o risco de auditoria e, consequentemente, planejar os testes substantivos, porém,
podem contribuir com recomendações para seu aprimoramento. Da mesma forma
do auditor interno, os auditores externos não possuem responsabilidade de imple-
mentar e manter controles internos. Essa é uma responsabilidade dos administra-
dores e demais funcionários da entidade auditada!

Entretanto, pode-se afirmar que o auditor interno se preocupa mais com os

controles internos administrativos e gerenciais e o auditor externo tem como foco

principal os controles internos contábeis.

Extensão dos Trabalhos

A auditora interna constitui o conjunto de procedimentos que tem por objetivo

examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informa-

ções físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade.

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Portanto, em função de seu objetivo e da natureza dos trabalhos, a auditoria

interna possui um escopo mais amplo do que a auditoria externa, abrangendo não

só as operações financeiras e contábeis, mas também as operações não financeiras

e gerenciais da entidade a qual pertence. Além de maior abrangência, a auditoria

interna aplica os seus procedimentos com maior extensão e profundidade.

Pelo fato de permanecerem em tempo integral na empresa, os auditores inter-

nos podem realizar uma auditoria mais ampla e permanente, em um processo de

revisão quase que integral das operações da empresa.

Já a auditoria externa realiza menor volume de testes, pois o auditor externo

está interessado em erros que individualmente ou cumulativamente possam alterar

de maneira substancial as informações das demonstrações contábeis.

Nesse sentido, a doutrina aponta que o escopo dos trabalhos feitos pelo auditor

interno normalmente é determinado pela gerência, enquanto a extensão do exame

do auditor externo é determinada pelas normas usuais reconhecidas no país ou

requeridas por legislação específica.

Metodologia de Trabalho

Em essência, não obstante as diferenças já apontadas, os trabalhos tanto da

auditoria interna quanto da auditoria externa são efetuados em geral por métodos

idênticos. Conforme nos ensina Crepaldi, o auditor interno segue mais as rotinas

de cunho interno, ou seja, observa o cumprimento rígido das normas internas, pois

ele tem domínio da cultura da empresa, enquanto o auditor externo observa mais o

cumprimento das normas associadas às leis de forma bem ampla, ele tem melhor

domínio dos aspectos de interesse coletivo.

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Os trabalhos de ambos compreendem os mesmos procedimentos básicos de

auditoria para obtenção de evidências, quais sejam: observação, inspeção, cálculo,

confirmação e revisão analítica.

Por outro lado, tanto uma quanto a outra aplicam os procedimentos básicos

para testar os controles internos, denominados de testes de observância ou de

controles, ou para buscar evidências quanto à validade, suficiência e exatidão das

informações divulgadas pela entidade auditada, mediante testes substantivos.

Outro aspecto importante é que as normas de auditoria das demonstrações

contábeis definem que o auditor independente utiliza as técnicas ou procedimentos

básicos de auditoria (inspeção, observação, confirmação externa, indagação, recál-

culo, reexecução e procedimentos analíticos) para aplicar testes de observância e

testes substantivos.

Por sua vez, a norma de auditoria interna do CFC (NBC TI 01) define que o au-

ditor interno utiliza a inspeção, a observação e a investigação e confirmação para

aplicar testes de observância, visando a testar o funcionamento e a eficácia de

controles internos.

Isso não quer dizer que a auditoria interna somente utilize esses três proce-

dimentos básicos ou que não aplique testes substantivos. Significa apenas que,

quando o auditor interno pretenda testar os controles internos da organização a

qual pertença, ele utilizará um ou mais desses três procedimentos básicos:

• inspeção;

• observação; e

• investigação e confirmação.

Por fim, cabe lembrar que ambas as auditorias podem ser realizadas com base

em testes parciais mediante amostragem. O uso da amostragem em auditoria – estatística

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ou não – é facultativo, a depender das circunstâncias e da relação custo/benefício


do trabalho.

Comunicação de Resultados e Relatório de Auditoria

O relatório é o documento pelo qual a auditoria interna apresenta o resultado


dos seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de
forma a expressar, claramente, suas conclusões, recomendações e providências a
serem tomadas pela administração da entidade.
Um relatório por escrito e assinado pelo gerente da auditoria interna deve ser
encaminhado aos níveis adequados da estrutura organizacional após a conclusão
dos exames programados pela auditoria.
O relatório da auditoria interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o
trabalho ou a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do
seu conteúdo.
A auditoria interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial,
na hipótese de constatar impropriedades/irregularidades/ ilegalidades que neces-
sitem providências imediatas da administração da entidade, e que não possam
aguardar o final dos exames.
Quanto à auditoria externa, a principal comunicação das descobertas da audi-
toria está contida no parecer do auditor sobre as demonstrações contábeis (relató-
rio curto), que, todavia, pode ser acompanhado de um relatório em forma longa,
contendo a descrição dos trabalhos realizados ou uma carta-comentário sobre os
controles internos, ressaltando as deficiências e fazendo as recomendações para
melhoria desses controles.

Os tipos de opinião ou de parecer na auditoria externa são: parecer sem ressal-

vas (opinião não modificada), parecer com ressalvas, parecer adverso e abstenção

de opinião.

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Os auditores independentes podem apresentar relatórios formais e informações

verbais aos clientes dos trabalhos da auditoria e aos responsáveis pela governança

da empresa.

Com relação à descoberta de fraudes, o auditor externo tem responsabilidades

pela comunicação à administração e a outras partes. Sempre que determinar que

existem evidências de fraude, mesmo que irrelevantes, deve levar o assunto à

atenção da administração para adoção das providências de sua competência.

Qualquer fraude que envolva a alta administração ou perpetrada em qualquer

nível que gere demonstrações contábeis que contenham distorções relevantes deve

ser relatada pelo auditor diretamente ao Comitê de Auditoria ou ao Conselho de

Administração.

Em função de obrigações éticas e legais, o auditor externo está impedido de

divulgar fraudes a partes externas ao cliente. Contudo, em certas circunstâncias,

o dever de confidencialidade pode ser passado por cima por estatuto, lei ou tribu-

nais de direito (ordem judicial). No Brasil, o auditor de instituição financeira tem

o dever de relatar a ocorrência de fraude a autoridades de supervisão. Em outros

segmentos, o auditor também tem o dever de relatar distorções nos casos em que

a administração e os responsáveis pela governança deixam de adotar ações corre-

tivas.

Por fim, cabe consignar que, em condições normais, o parecer do auditor in-

dependente é enviado aos acionistas, membros do conselho de administração e

diretores. Em condições específicas, os pareceres são encaminhados a quem tenha

contratado os serviços do auditor independente.

O quadro abaixo resume as principais diferenças entre auditoria interna e ex-

terna:

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Elementos Auditoria Interna Auditoria Externa

Auditor interno (funcionário da


Sujeito Profissional independente
empresa)

Grau de independência Menos amplo Mais amplo

Exame das demonstrações contá-


Objeto Exame dos controles internos
beis

Finalidade Promover melhorias na gestão Opinar sobre demonstrações

Papel em relação aos con- Apontar deficiências nos controles


Melhorar a sua eficácia
troles internos contábeis

Auxiliar na prevenção e comuni-


Papel em relação a frau- Detectar fraudes de efeito relevante
car a ocorrência à administração
des sobre as demonstrações
por escrito

Interessados no trabalho A administração A empresa e o público em geral

Extensão dos trabalhos Maior Menor

Recomendações de controle Parecer sobre as demonstrações


Relatório principal
interno e eficiência administrativa contábeis

Perícia Contábil x Auditoria Contábil

A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e científicos,

destinado a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar

à justa solução do litígio, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial

contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação

específica no que for pertinente.

A perícia contábil, tanto a judicial como a extrajudicial e a arbitral, é de com-

petência exclusiva de contador registrado em Conselho Regional de Contabilidade.

Os procedimentos de perícia contábil visam fundamentar as conclusões que se-

rão levadas ao laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil, e abrangem, total

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ou parcialmente, segundo a natureza e a complexidade da matéria, exame, visto-

ria, indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e certificação.

O exame é a análise de livros, registros das transações e documentos.

A vistoria é a diligência que objetiva a verificação e a constatação de situação,

coisa ou fato, de forma circunstancial.

A indagação é a busca de informações mediante entrevista com conhecedores

do objeto da perícia.

A investigação é a pesquisa que busca trazer ao laudo pericial contábil ou pa-

recer pericial contábil o que está oculto por quaisquer circunstâncias.

O arbitramento é a determinação de valores ou a solução de controvérsia por

critério técnico.

A mensuração é o ato de quantificação física de coisas, bens, direitos e obri-

gações.

A avaliação é o ato de estabelecer o valor de coisas, bens, direitos, obrigações,

despesas e receitas.

A certificação é o ato de atestar a informação trazida ao laudo pericial contábil

pelo perito-contador, conferindo-lhe caráter de autenticidade pela fé pública atri-

buída a este profissional.

Concluídas as diligências, o perito-contador apresentará laudo pericial contábil,

e os peritos-contadores assistentes seus pareceres periciais contábeis, obedecendo

aos respectivos prazos.

Ao compararmos os textos das normas profissionais do contador ou auditor ex-

terno com as normas profissionais do perito-contador, podemos concluir que exis-

tem mais pontos de semelhança que de diferença. Em verdade, as duas atividades

são especializações profissionais do contador que, na prática, exigem conhecimen-

tos e comportamentos éticos semelhantes.

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Todavia, cabe apontar as diferenças a seguir descritas.

A perícia contábil envolve o exame de um fato ou um conjunto de fatos citados

nos autos de um processo (caso de perícia judicial) ou citados no contrato ou carta-

-proposta para a prestação de serviços profissionais (caso de perícia extrajudicial)

e cuida apenas desses fatos. A auditoria externa tem por objeto toda a escrituração

de um determinado período, geralmente um ano.

O trabalho pericial examina a fundo a questão debatida nos autos, realizando

um exame completo de todos os documentos e lançamentos relacionados com

determinada operação. O trabalho de auditoria externa pode valer-se das técnicas

estatísticas, como, por exemplo, a amostragem.

O perito se preocupa apenas e tão-somente com o fato objeto da lide. Dele não

se esperam orientações sobre procedimentos. A auditoria externa está preocupa-

da com os sistemas de controle interno e o funcionamento da administração da


empresa. Pode apresentar, além do parecer sobre as demonstrações, uma carta
contendo recomendações para alteração dos procedimentos de controles internos.
Quanto à duração, o trabalho do perito contábil é sempre por mandato temporá-
rio e eventual, para apurar determinado fato ou emitir certo parecer, ao passo que
o trabalho do auditor, em geral, é permanente, podendo também, em certos casos,
ter um fim especial, com fixação de prazo para sua conclusão.
Quanto à forma, especialmente quando judicial, o trabalho de perícia é realizado
mediante quesitos que lhe são formulados, os quais, respondidos, constituem seu
laudo, enquanto que o trabalho do auditor, geralmente, é apresentado mediante
relatório ou certificado.

Quanto aos fins, a perícia contábil quase sempre é realizada para constatar fa-

tos consumados, decorrentes de controvérsias ou oposição de interesses. A audito-

ria tem sentido mais espontâneo, salvo quando imposta por exigência de terceiros.

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As semelhanças mais relevantes são:

• O conhecimento do negócio: tanto o perito contador como o auditor contá-

bil terão mais sucesso e serão mais eficazes em seu trabalho quando tiverem

pleno conhecimento do tema objeto de investigação;

• A compreensão do sistema contábil: é fundamental para o exercício de

ambas as atividades de perito e de auditor o entendimento do sistema contá-

bil para, no final, aceitar ou refutar as demonstrações contábeis, os resumos

das operações fiscais etc. Além disso, para o perito contador, o conhecimento

do fato objeto de investigação é fundamental para que seu laudo seja mere-

cedor de credibilidade técnica;

• Risco técnico/profissional: ambos os profissionais defrontam-se com a

possibilidade de serem iludidos por demonstrações contábeis falsificadas,

parciais, adulteradas etc.;

• Organização dos trabalhos: neste item também há muitas semelhanças,

pois ambos os profissionais organizam os trabalhos considerando o tempo ne-

cessário para terminá-lo, a complexidade do objeto de exame, a necessidade

de supervisionar uma equipe de colaboradores, as especialidades técnicas

necessárias para conduzir os exames com eficácia e, no final, a absoluta ne-

cessidade de revisão, pois o trabalho final de ambos:

– o PARECER sobre as demonstrações contábeis pelo auditor; e

– a confecção do LAUDO PERICIAL CONTÁBIL pelo perito devem basear-se

apenas nos fatos observados, nos cálculos feitos e revisados e não em

eventuais hipóteses levantadas pelos interlocutores.

Exercite o que aprendeu nesta aula e perceba como cai em prova!

Resolva as questões a seguir e compare com o gabarito.

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RESUMO
Você estudou nesta aula os conceitos e objetivos da auditoria, incluindo as

disposições contidas na estrutura conceitual para trabalhos de asseguração e os

objetivos gerais do auditor ao conduzir a auditoria das demonstrações contábeis.

Também estudamos a distinção entre a auditoria interna, a auditoria independente

e a perícia contábil. A seguir, tem-se um resumo do que foi estudado acerca desses

temas.

Auditoria é um processo sistemático de obtenção e avaliação objetivas de evi-

dências sobre afirmações a respeito de ações e eventos econômicos, para aquilata-

ção do grau de correspondência entre as afirmações e critérios estabelecidos, e de

comunicação dos resultados a usuários interessados.

Auditoria é um trabalho de asseguração, no qual o auditor expressa uma conclu-

são com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos outros usuários previs-

tos, que não seja a parte responsável, acerca do resultado da avaliação ou mensu-

ração de determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis. Toda a auditoria

é um trabalho de asseguração!

Os cinco elementos de um trabalho de asseguração:

• relacionamento entre três partes, envolvendo o auditor independente, a par-

te responsável e os usuários previstos;

• objeto apropriado;

• critérios adequados;

• evidências apropriadas e suficientes; e

• relatório de asseguração escrito na forma apropriada para trabalho de asse-

guração razoável ou para trabalho de asseguração limitada.

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Trabalho de asseguração significa um trabalho no qual o auditor independente

expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos ou-

tros usuários previstos, que não seja a parte responsável, acerca do resultado da

avaliação ou mensuração de determinado objeto de acordo com os critérios aplicá-

veis. Toda a auditoria é um trabalho de asseguração!

Asseguração razoável: nível alto, mas não absoluto. No tra-


balho de asseguração razoável, o auditor reduz o risco do
trabalho para um nível aceitavelmente baixo nas circunstân-
cias do trabalho como base para a sua conclusão. A conclu-
são do auditor é expressa de forma positiva.
Existem dois tipos de
Asseguração limitada: nível mais baixo, mas significativo para
trabalho de asseguração
usuário. No trabalho de asseguração limitada, o auditor reduz o
risco do trabalho para um nível que é aceitável nas circunstâncias
do trabalho, mas que ainda é maior do que para um trabalho de
asseguração razoável. A conclusão do auditor é expressa de forma
negativa.

Trabalhos de Atestação e Trabalhos Diretos

No trabalho de atestação, a administração da entidade auditada deve mensurar

ou avaliar o objeto de acordo com os critérios aplicáveis e também deve apresen-

tar, frequentemente, a informação resultante do objeto no relatório ou afirmação.

A conclusão do auditor deve mencionar se a informação do objeto está livre de

distorções relevantes. O exemplo mais importante de um trabalho de atestação é

auditoria das demonstrações contábeis.

No trabalho direto, o auditor deve mensurar ou avaliar o objeto de acordo com

os critérios aplicáveis. Adicionalmente, o auditor deve aplicar as habilidades e téc-

nicas de asseguração para obter evidências apropriadas e suficientes sobre o re-

sultado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os critérios aplicá-

veis. O auditor independente pode obter essa evidência simultaneamente com a

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mensuração ou avaliação do objeto, mas também pode obtê-la antes ou após tal

mensuração ou avaliação. Exemplos de trabalho direto são a auditoria operacional

e auditoria de conformidade.

Objetivo da Auditoria

O objetivo da auditoria contábil é aumentar o grau de confiança nas demonstra-

ções contábeis por parte dos usuários.

Esse objetivo é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor

sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos re-

levantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

Objetivos Gerais do Auditor

Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo

estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou

erro, possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demons-

trações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em confor-

midade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

Apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como

exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do auditor.

Asseguração razoável é um nível elevado de segurança, mas não é absoluto,

pois o auditor não é obrigado e não pode reduzir o risco de auditoria a zero.

Esse nível de segurança razoável é conseguido quando o auditor obtém evi-

dência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente

baixo o risco de auditoria. Isso porque uma auditoria tem limitações inerentes, e,

como resultado, a maior parte das evidências de auditoria que propiciam ao auditor

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obter suas conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas (convincen-

tes) ao invés de conclusivas.

As Responsabilidades da Administração da Entidade

Responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis em conformida-

de com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

Responsabilidade pelo tipo de controle interno necessário para permitir a elabo-

ração de demonstrações contábeis que estejam livres de distorção relevante devido

a fraude ou erro.

Responsabilidade por fornecer ao auditor acesso a todas as informações e às

pessoas da entidade das quais o auditor determine ser necessário obter evidências

de auditoria.

As Responsabilidades do Auditor Independente

Aplicar os procedimentos de auditoria, em cumprimento às normas e à legisla-

ção, para obter evidência de auditoria suficiente e adequada de que as demonstra-

ções estão livres de distorções relevantes por fraude e erro.

Reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo para alcançar segu-

rança razoável para expressar opinião sobre as demonstrações financeiras.

Requisitos para o Exercício da Auditoria

Requisitos Éticos (integridade, objetividade, competência e zelo, confidenciali-

dade e conduta profissional).

Ceticismo Profissional.

Julgamento Profissional.

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Evidência de Auditoria Apropriada e Suficiente e Risco de Auditoria.

Condução da auditoria em conformidade com as NBC TAs.

Ceticismo profissional significa manter distanciamento profissional e uma ati-

tude alerta e questionadora quando avalia a suficiência e adequação da evidência

obtida ao longo da auditoria e atenção a fraudes. Também significa manter a mente

aberta e receptiva a todos os pontos de vista e argumentos.

Julgamento profissional significa a aplicação coletiva de conhecimentos, ha-

bilidades e a experiência dos membros da equipe ao processo de auditoria.

a viabilidade futura da entidade;


A opinião do auditor NÃO fornece
a eficiência e eficácia de como são conduzidos os negócios
qualquer segurança sobre
da entidade.

Auditoria Interna versus Auditoria Externa

AUDITORIA AUDITORIA
ELEMENTOS
INTERNA EXTERNA
Sujeito Auditor interno (funcionário da empresa) Profissional independente
Grau de independência Menos amplo Mais amplo
Objeto Controles internos Demonstrações contábeis
Opinar sobre demonstra-
Finalidade Promover melhorias na gestão
ções
Realiza somente a audito-
Realiza a auditoria contábil e a opera-
ria contábil e possui res-
Responsabilidade cional e possui responsabilidade essen-
ponsabilidade profissional,
cialmente trabalhista
civil e criminal
Papel em relação aos con- Apontar deficiências nos
Melhorar a sua eficácia
troles internos controles contábeis
Detectar fraudes de
Papel em relação a frau- Auxiliar na prevenção e comunicar a
efeito relevante sobre as
des ocorrência à administração por escrito
demonstrações

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AUDITORIA AUDITORIA
ELEMENTOS
INTERNA EXTERNA
A empresa e o público
Interessados no trabalho A administração
em geral
Extensão dos trabalhos Maior Menor
Recomendações de controle interno e Parecer sobre as demons-
Relatório principal
eficiência administrativa trações contábeis

Fim da aula!

Bons estudos e até a próxima aula!

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QUESTÕES DE CONCURSO
Assunto: Conceitos e Objetivos da Auditoria

Questão 1    (CESPE/SEDUC-AM/2011) Considerando os conceitos e as aplicações


da auditoria, julgue o item seguinte.
Asseguração razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão
livres de distorção relevante, para efeito de emissão da opinião do auditor, corres-
ponde a um nível elevado de segurança ou a um risco suficientemente baixo de
uma opinião equivocada quando as demonstrações contiverem distorção relevante.

Questão 2    (CESPE/CNPQ/ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA/2011) Com


base nas normas aplicáveis à auditoria independente, julgue o item que se segue.
Ao emitir parecer, o auditor torna-se responsável pela detecção das distorções
ocorridas na demonstração contábil, sejam elas relevantes ou irrelevantes para a
demonstração considerada como um todo.

Questão 3    (CESPE/ANAC/2012) Em relação a instrumentos de fiscalização, tipos,


escopo e execução de auditorias, julgue o item seguinte.
O planejamento e a execução de uma auditoria devem ser realizados com base no
conceito de materialidade, a fim de que se avaliem o efeito das distorções identi-
ficadas em relação às demonstrações contábeis e à formação da opinião expressa
no relatório do auditor.

Questão 4    (CESPE/ANP/2012) Em relação à natureza, campo de atuação e no-


ções básicas de auditoria interna e externa, julgue o item subsequente.
Quanto à natureza dos procedimentos realizados durante a auditoria, o auditor é
limitado em sua investigação pela possibilidade de distorção nas informações for-
necidas pela administração da auditada.

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(CESPE/MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES/2013) Com relação a aspectos gerais,


princípios e normas de auditoria, julgue os itens.

Questão 5    Um dos principais objetivos do auditor é definir e realizar os procedi-


mentos de auditoria apropriados para a emissão de uma opinião fundamentada
relativa às evidências obtidas.

Questão 6    Considere que uma conta contábil apresente saldo divergente da ava-
liação patrimonial realizada no curso de uma auditoria, devido a erro de classifi-
cação contábil de elementos patrimoniais. Nessa situação, esse fato não pode ser
considerado uma distorção.

Questão 7    Uma evidência de auditoria pode ser considerada suficiente e adequa-
da para a finalidade a que se destina se forem aplicados os procedimentos de audi-
toria apropriados a sua avaliação, podendo incluir informações obtidas pelo auditor
em fontes diversas.

Questão 8    No caso de auditoria realizada em entidade da administração indireta


ligada ao Ministério das Comunicações, a avaliação da materialidade de diferença
de valor nas retenções de tributos efetuadas pela auditada pode ser afetada por
responsabilidade atribuída ao auditor em norma específica para o setor público,
independentemente das normas de auditoria.

Questão 9    (CESPE/TCU/2013) Em relação às responsabilidades da administração


da entidade e do auditor independente, de acordo a NBC TA 200, julgue o próxi-

mo item.

De acordo a NBC TA 200, os mandatos para auditoria de demonstrações contábeis

de entidade do setor público podem ser mais detalhados que os de outras entida-
des, o que implicaria responsabilidades adicionais para a administração, tais como

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a responsabilidade pela execução de transações e eventos em conformidade com a

legislação, regulamentação ou outra autoridade.

Questão 10    (CESPE/FUB/AUDITOR/2013) Com relação aos conceitos gerais so-

bre auditoria, julgue o item subsequente.

A função precípua da auditoria é a detecção de fraudes com base nos registros

contábeis e na documentação existente na entidade. A obtenção de informações

de terceiros e o caráter preventivo das ações realizadas pela auditoria são o efeito

residual e aleatório de sua atuação.

(CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) A respeito de conceitos e princípios de audito-

ria, julgue os itens que se seguem.

Questão 11    Os relatórios de auditoria devem ser exatos e objetivos, sendo a ob-

jetividade um princípio fundamental de ética profissional que deve ser observado

pelos auditores independentes.

Questão 12    Em serviços de asseguração limitada, os procedimentos de obtenção

de evidências são mais limitados, ou seja, há menor risco de detecção, se compa-

rados aos procedimentos de um serviço de asseguração razoável.

Questão 13    Caso um auditor pretenda emitir à entidade auditada cartas de confir-

mação externa para avaliar as informações obtidas internamente, ele estará justi-

ficando seu ceticismo profissional.

(CESPE/CGE-PI/2014) Com relação a elaboração, divulgação, auditoria de relató-

rios contábil-financeiros e trabalhos de auditoria independente em geral, julgue os

itens que se seguem.

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Questão 14    O conjunto de responsabilidades às quais está obrigado o auditor in-

dependente é aquele contido nas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC TAs).

Questão 15    Se um auditor independente constatar que, após o trabalho ter sido

aceito, o objeto não é apropriado para o trabalho de asseguração, ele deverá emitir

uma conclusão com ressalvas, independentemente de quão relevante lhe parecer

o fato.

Questão 16    O principal objetivo da preparação e divulgação de relatórios contá-

bil-financeiros pelas empresas é subsidiar as ações governamentais de fiscalização

tributária.

Questão 17    Uma auditoria independente é feita com base na premissa de que a

administração da entidade auditada é responsável pela elaboração das demonstra-

ções contábeis segundo a estrutura de relatório financeiro aplicável.

Questão 18    (CESPE/TCE-SC/2016) Julgue os itens a seguir, a respeito de normas

técnicas de auditoria.

Embora a opinião do auditor independente a respeito das demonstrações contábeis

geralmente não modifique as decisões gerenciais, pode haver situações específicas

em que ele deve expressar a sua opinião a respeito de outros temas que sejam

relevantes para o alcance dos objetivos gerais do seu trabalho.

Questão 19    (CESPE/TELEBRAS/2013) Com relação aos testes e procedimentos

de auditoria, julgue os itens subsecutivos.

Quando o auditor detecta inconsistência entre evidências oriundas de fontes di-

ferentes, o julgamento profissional é o parâmetro para decidir qual a fonte mais

confiável.

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Questão 20    (CESPE/TELEBRAS/2013) Com relação aos testes e procedimentos

de auditoria, julgue os itens subsecutivos.

Caso desconfie que um documento analisado não seja fidedigno e pretenda carac-

terizar possível fraude de adulteração desse documento, o auditor deve aplicar um

procedimento adicional de auditoria que busque aumentar a quantidade de indícios

da irregularidade, o que se relaciona com a adequação da evidência.

Questão 21    (CESPE/TCE-RN/2016) No que se refere às normas e procedimento

de auditorias, julgue os seguintes itens.

As exigências relevantes expressas em NBC–TA são de cumprimento obrigatório

por todo profissional de auditoria.

Questão 22    (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) Relativamente às normas internacio-

nais para o exercício profissional da auditoria, julgue o item que se segue.

O auditor deve aplicar o conceito de julgamento profissional em todas as fases do

processo da auditoria.

Questão 23    (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2015) As normas brasileiras de auditoria

definem e descrevem elementos, objetivos e outros aspectos dos trabalhos de as-

seguração. A respeito desse assunto, assinale a opção correta.

a) ao conduzir os trabalhos de auditoria, o auditor deve procurar obter asseguração

razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorções relevantes e

em conformidade com a estrutura do relatório financeiro, bem como deve apresen-

tar o relatório de auditoria em conformidade com as suas constatações.

b) as normas brasileiras de auditoria estabelecem dois tipos de trabalhos de asse-

guração: razoável e limitado. O objetivo do primeiro tipo é reduzir o risco de trabalho

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de asseguração a um nível aceitável e o do segundo tipo é reduzir o risco do traba-

lho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo.

c) no planejamento da auditoria, devem-se considerar aspectos como: procedi-

mentos analíticos a serem aplicados, como, por exemplo, os de avaliação de risco;

entendimento global da estrutura jurídica e do ambiente regulatório da entidade e

como ela cumpre com os requerimentos dessa estrutura; a determinação da ma-

terialidade, independentemente da relevância, bem como o envolvimento de espe-

cialistas e a aplicação de outros procedimentos de avaliação de risco.

d) a estrutura conceitual estabelece normas próprias e exigências relativas a pro-

cedimentos para a execução de trabalhos de asseguração.

e) a documentação de auditoria deve fornecer evidências do cumprimento dos ob-

jetivos específicos para os quais a auditoria foi contratada. Entre esses objetivos

inclui-se evitar fraudes nas informações contábeis decorrentes da gestão.

Questão 24    (CESPE/TRE-BA/ANALISTA/2017) A atitude de ceticismo profissional

refere-se à maneira pela qual o auditor independente avalia criticamente, de forma

mentalmente questionadora, a validade da evidência obtida e mantém-se alerta


para qualquer evidência que contradiga ou ponha em dúvida a confiabilidade de

documentos ou representações da parte responsável. A partir dessa informação,

assinale a opção que corresponde à realidade de auditoria quanto ao ceticismo

profissional.

a) as situações que o auditor deve observar com cuidado mais apurado não in-

cluem aquelas que possam indicar possíveis fraudes, pois tais situações ensejam a

instauração de inquérito policial.

b) o auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, man-

tendo-se alerta para circunstâncias que causem distorções relevantes nas demons-

trações financeiras.

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c) o ceticismo profissional inclui executar a auditoria com máximo zelo, o que não

obriga a considerar evidências de auditoria que contradigam outras evidências ob-

tidas.

d) informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e res-

postas às indagações a ser usadas como evidências de auditoria em exame são

fatos para a análise das futuras auditorias.

e) circunstâncias que gerem a necessidade de outros procedimentos de auditoria,

que não estejam previstos nos padrões profissionais, não correspondem a possíveis

alertas no que se refere a ceticismo profissional.

Questão 25    (CESPE/SDS-PE/PERITO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2016) Acerca de

auditoria de demonstrações contábeis, assinale a opção correta.

a) O trabalho do auditor deve restringir-se a segmentos específicos e determinados

das demonstrações contábeis.

b) São as normas de contabilidade que estabelecem as responsabilidades de go-

vernança da administração das entidades auditadas.

c) O conceito de materialidade é objetivo, de utilização obrigatória e está expres-

samente determinado nas Normas Brasileiras de Contabilidade.

d) auditor obtém evidência de que o risco de auditoria é reduzido a níveis aceita-

velmente baixos.

e) A identificação das fraudes cometidas na fase de elaboração dessas demonstra-

ções é o principal objetivo da auditoria.

Questão 26    (CESPE/STM/ANALISTA/CONTABILIDADE/2018) À luz das Normas

Brasileiras de Contabilidade do Conselho Federal de Contabilidade que tratam do

auditor independente e da auditoria independente de informação contábil histórica,

julgue o item subsequente.

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Os objetivos gerais do auditor na condução de auditoria de demonstrações contá-

beis consistem em: obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis

como um todo estão livres de distorção relevante; apresentar relatório sobre as

demonstrações contábeis em conformidade com as normas.

Questão 27    (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018) Na situação hipotética do texto

1A5AAA, o auditor

a) deverá provocar o Poder Judiciário no caso de identificar ou suspeitar de fraude.

b) poderia garantir que não houve fraude bem erro somente se tivesse acesso a

uma amostragem mais robusta.

c) será responsabilizado, com a diretoria da empresa, em caso de fraude.

d) deverá emitir parecer de auditoria excluindo a responsabilidade do contador

quanto à fraude.

e) não poderá garantir que o trabalho de auditoria realizado está livre de fraude.

Questão 28    (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018) Na situação hipotética descrita

no texto 1A5AAA, o auditor estará correto se concluir que

a) parte do lucro obtido foi distribuído indevidamente.

b) o resultado do exercício apresentou distorções em razão de mudanças de práti-

cas contábeis.

c) as demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes.

d) as demonstrações contábeis espelham fielmente a situação econômica da em-

presa.

e) o balanço patrimonial carece de notas explicativas.

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Questão 29    (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018) A respeito de auditoria de de-

monstrações financeiras, assinale a opção correta.

a) o controle interno é responsável por preparar demonstrações financeiras livres

de distorções, fraudes e erros.

b) para que o trabalho do auditor seja realizado com eficiência, basta que a ele seja

franqueado o acesso às informações consideradas no processo de elaboração das

demonstrações.

c) cabe ao auditor fazer estimativas contábeis, selecionar e aplicar políticas e prá-

ticas contábeis adequadas.

d) as notas explicativas devem atender exclusivamente a usuários específicos, com

propósitos especiais.

e) a auditoria realizada nas demonstrações financeiras não exime a responsabilida-

de da administração pela sua elaboração.

Questão 30    (CESPE/AFTE-RS/2019) As normas brasileiras de auditoria tratam

dos riscos do trabalho e os diferenciam em relação aos trabalhos de asseguração

razoável e de asseguração limitada, existindo diferentes impactos no relatório de

auditoria. A respeito desse assunto, assinale a opção correta, de acordo com as

normas vigentes.

a) no trabalho de asseguração razoável, o auditor independente reduz o risco do

trabalho para um nível que seja aceitável nas circunstâncias do trabalho, mas que

ainda é maior do que para um trabalho de asseguração limitada.

b) a impossibilidade de obter evidências apropriadas e suficientes para formar uma

conclusão de asseguração razoável é razão aceitável para alterar o trabalho de as-

seguração razoável para um trabalho de asseguração limitada.

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c) opinião não modificada no trabalho de asseguração razoável deve ser mantida

se as circunstâncias impedem que o auditor independente obtenha as evidências

necessárias para reduzir os riscos de trabalho ao nível apropriado.

d) se a administração impõe uma restrição que impede o auditor de obter as evi-

dências necessárias para reduzir o risco no trabalho de asseguração razoável ao

nível apropriado, deve ser emitida uma opinião não modificada no relatório de au-

ditoria.

e) no trabalho de asseguração razoável, a conclusão do auditor é expressa na for-

ma positiva para transmitir a sua opinião sobre o resultado da avaliação do objeto,

diferentemente do que ocorre no trabalho de asseguração limitada.

Assunto: Distinção entre Auditoria Interna, Externa e Perícia

Questão 31    (CESPE/CGE-PB/2008) Com relação às origens da auditoria e seus

tipos, assinale a opção correta.

a) O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das empresas

de captarem recursos de terceiros.

b) Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior necessidade

de recorrer aos auditores independentes para aferir a segurança, liquidez e renta-

bilidade de seus investimentos na empresa.

c) A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um acompanha-

mento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa.

d) A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do exame

das transações da empresa em relação aos seus dirigentes.

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e) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as demonstrações

contábeis que a empresa é obrigada a publicar.

(CESPE/TST/ANALISTA/CONTADOR/2008) Com relação às normas brasileiras para

o exercício da auditoria interna, julgue os próximos itens.

Questão 32    Os papéis de trabalho dos auditores internos são aqueles elaborados
com vistas a evidenciarem, perante a auditoria independente, a adequação e a su-
ficiência das tarefas realizadas e a avaliação das recomendações formuladas.

Questão 33    Caso a auditoria interna, durante a realização de seus trabalhos, cons-
tate que estão ocorrendo fraudes por descumprimento de normas legais em de-
terminada área, deverá comunicá-las imediatamente à administração da entidade,
por escrito e de forma reservada.

Questão 34    (CESPE/TJ-CE/ANALISTA/2008) A respeito das normas brasileiras


para o exercício da auditoria interna, julgue o seguinte item.
O trabalho dos auditores internos não deve ser levado em conta pelos auditores
independentes que forem contratados, exceto a título de colaboração eventual,
quando for elaborado o planejamento dos trabalhos. Além da inexistência de qual-
quer relação de subordinação, a auditoria interna pode funcionar, seguidamente,
com pouca autonomia e até de forma preventiva em face de falhas ou irregularida-
des passíveis de ocorrerem por ações ou omissões da administração.

Questão 35    (CESPE/MC/CONTADOR/2008) Acerca dos tipos de auditoria em ór-


gãos públicos e das especificidades dos controles internos, julgue o item a seguir.
A auditoria interna deve avaliar e apresentar recomendações apropriadas para a
melhoria do processo de governança corporativa da empresa onde atua. Assim,
a auditoria interna deve coordenar, de forma eficiente, eficaz e efetiva suas ativi-

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dades, além de fomentar a comunicação entre o conselho, os auditores, externos e


internos e a administração.

Questão 36    (CESPE/TCE-TO/2009) De acordo com a relação do auditor com a

entidade auditada, distinguem-se as auditorias interna e externa. Acerca desse

assunto, assinale a opção correta.

a) O vínculo de emprego do auditor interno lhe retira a independência profissional

desejável para atuar nos termos das normas vigentes.

b) As empresas, de um modo geral, independentemente de seu porte e da relação

custo-benefício, devem dispor de auditoria interna permanente.

c) A auditoria interna não tem como objetivo precípuo a emissão de parecer sobre

as demonstrações contábeis, sendo executada mais para fins administrativos inter-

nos do que para prestação de contas a terceiros.

d) A auditoria externa deve prescindir do concurso da auditoria interna, sob pena

de ser induzida em seus exames e perder a desejável independência.

e) A auditoria externa deve atuar permanentemente e continuamente, exercendo

um controle prévio, concomitante e consequente.

Questão 37    (CESPE/SEDUC-AM/2011) Julgue o item seguinte.

A função da auditoria interna de uma entidade pode ser relevante para os auditores

independentes, caso as atividades e as responsabilidades da auditoria interna te-

nham como referência os relatórios contábeis da entidade e os auditores indepen-

dentes almejem utilizar esse trabalho para reduzir a extensão dos procedimentos

a serem adotados.

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Questão 38    (CESPE/SEDUC-AM/2011) Julgue o item seguinte.

O assessoramento ao conselho fiscal ou órgão de atribuições semelhantes é de res-

ponsabilidade dos auditores independentes, sendo vedado aos auditores internos,

sob pena de comprometimento de sua independência e imparcialidade.

(CESPE/ANP/2012) Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de

auditoria interna e externa, julgue os itens subsequentes.

Questão 39    Com a evolução da atividade empresarial e o crescimento da captação

de recursos de terceiros, os investidores precisam conhecer a posição financeira e

patrimonial das entidades, o que ocorre por meio do parecer emitido pela auditoria

interna das entidades a respeito da adequação das demonstrações contábeis.

Questão 40    O escopo dos trabalhos do auditor interno deve ser fixado pela gerên-

cia, contudo o trabalho do auditor externo é predefinido no contrato.

Questão 41    (CESPE/CNJ/2013) Julgue o item que se segue.

O auditor interno deve preservar sua autonomia profissional, logo não lhe cabe

prestar assessoria ao conselho fiscal ou a órgãos equivalentes.

Questão 42    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) A respeito de conceitos, princí-

pios, origens e classificações de auditoria, julgue o item que se segue.

Embora os exames para a avaliação da eficácia, eficiência e economicidade dos pro-

cessos operacionais estejam no campo da auditoria operacional, a auditoria interna

também emprega exames e análises para a avaliação da integridade, adequação,

eficácia, eficiência e economicidade dos processos e dos sistemas de informações

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da entidade, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de

seus objetivos.

(CESPE/BACEN/2013) Com relação à auditoria interna e externa, julgue os itens

que se seguem.

Questão 43    Ao suspeitar da ocorrência de fraude na entidade sob seu controle,

o auditor interno deve levar o fato ao conhecimento da administração da entidade,

realizando essa comunicação em conversa reservada.

Questão 44    Os auditores internos de determinada entidade desobrigam-se de

prestar ajuda ou assessoramento a equipe de auditoria independente contratada

para examinar as demonstrações contábeis da referida entidade.

Questão 45    (CESPE/TCU/AUDITOR/2013) Com relação aos conceitos gerais de

auditoria e às disposições aplicáveis ao setor público, julgue o item a seguir.

As atribuições dos auditores internos e externos diferem, pois, no primeiro caso,

estão fixadas no contrato de trabalho, como empregado da empresa, e, no segun-

do, no contrato de prestação de serviços com o profissional ou empresa. O auditor

interno tem responsabilidade essencialmente trabalhista; o externo, responsabili-

dade profissional, civil e criminal.

Questão 46    (CESPE/AFTE/2013) Com base nas normas brasileiras para o exercí-

cio da auditoria interna, julgue o item a seguir.

A entrega dos papéis de trabalho elaborados pelos auditores internos por solicita-

ção dos auditores independentes está condicionada ao que for estabelecido com a

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administração da entidade e se insere no âmbito de um planejamento conjunto do

trabalho a ser realizado em cooperação entre as duas auditorias.

Questão 47    (CESPE/TCE-RN/2015) Quanto à distinção entre a auditoria interna e

externa, julgue o item seguinte.

Embora as técnicas de trabalho das auditorias interna e externa não apresentem

diferenças fundamentais, a auditoria interna goza de maior credibilidade perante

os usuários do campo externo da empresa, por conhecer melhor a situação desta e

por dispor de informações mais detalhadas. Em compensação, a auditoria externa


está mais habilitada a perceber as ineficiências de ordem administrativa e opera-

cional.

Questão 48    (CESPE/TC-DF/ACE/2014) A respeito das normas de auditoria, jul-

gue o item seguinte.

A auditoria interna consiste na realização de atividades estabelecidas ou providas

como um serviço direcionado à entidade e inclui, entre outros, o exame, a avalia-

ção e o monitoramento da adequação e efetividade dos controles internos.

Questão 49    (CESPE/PMJP/CGM/AUDITOR DE CI/2018) A respeito dos objetivos e

dos procedimentos do auditor na realização do seu trabalho, julgue o item a seguir.

A auditoria interna e a externa são atividades que presumem independência na

execução de seus trabalhos, independentemente se o auditor é terceiro contratado

ou servidor público.

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Questão 50    (CESPE/SEFAZ-RS/AFTE/2019) João, contador em situação regular

no Conselho Regional de Contabilidade de sua jurisdição, emitiu, após ter sido inti-

mado pelo Poder Judiciário, laudo e parecer técnico-contábil para subsidiar a solu-

ção de um litígio. Nesse caso, João realizou atividade de

a) auditoria independente.

b) auditoria interna.

c) auditoria operacional.

d) consultoria financeira.

e) perícia contábil.

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GABARITO
1. C 25. d 49. C

2. E 26. C 50. e

3. C 27. e

4. C 28. c

5. E 29. e

6. E 30. e

7. C 31. a

8. C 32. E

9. C 33. C

10. E 34. E

11. C 35. C

12. E 36. c

13. C 37. C

14. E 38. E

15. E 39. E

16. E 40. E

17. C 41. E

18. C 42. C

19. E 43. E

20. E 44. C

21. E 45. C

22. C 46. C

23. a 47. E

24. b 48. C

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GABARITO COMENTADO
Assunto: Conceitos e Objetivos da Auditoria

Questão 1    (CESPE/SEDUC-AM/2011) Considerando os conceitos e as aplicações


da auditoria, julgue o item seguinte.
Asseguração razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão
livres de distorção relevante, para efeito de emissão da opinião do auditor, corres-
ponde a um nível elevado de segurança ou a um risco suficientemente baixo de
uma opinião equivocada quando as demonstrações contiverem distorção relevante.

Certo.
A auditoria de demonstrações financeiras é um trabalho de asseguração razoável,
posto que a opinião expressa pelo auditor não oferece segurança absoluta, uma
vez que o auditor se vale de técnicas e procedimentos que permitem fornecer um
nível apropriado de segurança aos usuários de um trabalho de asseguração razo-
ável, por um custo não proibitivo. Logo, asseguração razoável é um nível elevado
de segurança; não é um nível absoluto. Esse nível é conseguido quando o auditor
obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir a um nível acei-
tavelmente baixo o risco de auditoria, isto é, o risco de que o auditor expresse
uma opinião inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção
relevante.

Questão 2    (CESPE/CNPQ/ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA/2011) Com


base nas normas aplicáveis à auditoria independente, julgue o item que se segue.
Ao emitir parecer, o auditor torna-se responsável pela detecção das distorções

ocorridas na demonstração contábil, sejam elas relevantes ou irrelevantes para a

demonstração considerada como um todo.

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Errado.

Primeiro que a emissão do parecer pelo auditor não elimina a responsabilidade

principal da administração de elaborar demonstrações contábeis livres de distorção

relevante. Segundo, que o Auditor tem a responsabilidade por detectar distorções

que sejam relevantes para a demonstração considerada como um todo.

Questão 3    (CESPE/ANAC/2012) Em relação a instrumentos de fiscalização, tipos,

escopo e execução de auditorias, julgue o item seguinte.

O planejamento e a execução de uma auditoria devem ser realizados com base no

conceito de materialidade, a fim de que se avaliem o efeito das distorções identi-

ficadas em relação às demonstrações contábeis e à formação da opinião expressa

no relatório do auditor.

Certo.

O conceito de materialidade ou relevância é aplicado pelo auditor no planejamento

e na execução da auditoria, e na avaliação do efeito de distorções identificadas na

auditoria e de distorções não corrigidas, se houver, sobre as demonstrações contá-

beis e na formação da opinião no relatório do auditor independente.

Questão 4    (CESPE/ANP/2012) Em relação à natureza, campo de atuação e no-

ções básicas de auditoria interna e externa, julgue o item subsequente.

Quanto à natureza dos procedimentos realizados durante a auditoria, o auditor é

limitado em sua investigação pela possibilidade de distorção nas informações for-

necidas pela administração da auditada.

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Certo.

A natureza dos procedimentos de auditoria é considerada como limitação inerente

da auditoria. Por exemplo, os procedimentos de auditoria são realizados a base de

testes e aplicados para coletar evidências de auditoria podem ser ineficazes para a

detecção de distorção relevante que envolva, por exemplo, conluio para a falsifica-

ção de documentação que possa fazer o auditor acreditar que a evidência de audi-

toria é válida quando ela não é. Existe a possibilidade de que a administração ou

outros possam não fornecer, intencionalmente ou não, as informações completas

que são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis ou que tenham

sido solicitadas pelo auditor. Portanto, o auditor não pode ter certeza da integridade

da informação, embora tenha executado os procedimentos de auditoria para obter

certeza de que todas as informações relevantes foram obtidas.

(CESPE/MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES/2013) Com relação a aspectos gerais,

princípios e normas de auditoria, julgue os itens.

Questão 5    Um dos principais objetivos do auditor é definir e realizar os procedi-

mentos de auditoria apropriados para a emissão de uma opinião fundamentada

relativa às evidências obtidas.

Errado.

Em conformidade com a NBC TA 200, ao conduzir a auditoria de demonstrações

contábeis, os objetivos gerais do auditor são obter segurança razoável de que as

demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante e apre-

sentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido

pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do auditor. Logo, definir e

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realizar os procedimentos de auditoria apropriados para a emissão de uma opinião

fundamentada relativa às evidências obtidas não constitui um dos objetivos gerais

ou principais do auditor independente.

Questão 6    Considere que uma conta contábil apresente saldo divergente da ava-

liação patrimonial realizada no curso de uma auditoria, devido a erro de classifi-

cação contábil de elementos patrimoniais. Nessa situação, esse fato não pode ser

considerado uma distorção.

Errado.

Distorção é a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a divul-

gação de uma demonstração contábil relatada (divulgada nas demonstrações) e o

valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação que é exigida para que o item

esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Portanto, pode

envolver o registro de uma operação por valor inadequado, um erro de classificação

ou uma falha na divulgação de informação em Nota Explicativa, por exemplo.

Questão 7    Uma evidência de auditoria pode ser considerada suficiente e adequa-

da para a finalidade a que se destina se forem aplicados os procedimentos de audi-

toria apropriados a sua avaliação, podendo incluir informações obtidas pelo auditor

em fontes diversas.

Certo.

Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamen-

tar suas conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria in-

cluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações

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contábeis e outras informações, obtidas diretamente pelo auditor como resultado

da aplicação dos seus procedimentos de auditoria ou obtidas de fontes diversas.

Questão 8    No caso de auditoria realizada em entidade da administração indireta

ligada ao Ministério das Comunicações, a avaliação da materialidade de diferença

de valor nas retenções de tributos efetuadas pela auditada pode ser afetada por

responsabilidade atribuída ao auditor em norma específica para o setor público,

independentemente das normas de auditoria.

Certo.

De acordo com a NBC TA 200, as responsabilidades do auditor do setor público

podem ser afetadas pelo contrato de auditoria ou por obrigações sobre entidades

do setor público decorrentes de lei, regulamento ou outra autoridade (por exem-

plo, diretrizes ministeriais, exigências de política governamental ou resoluções do

legislativo), que podem ter um alcance mais amplo do que uma auditoria de de-

monstrações contábeis em conformidade com as NBC TAs. Essas responsabilidades

adicionais não são discutidas nas NBC TAs. Elas podem ser discutidas nos pronun-

ciamentos normatizadores nacionais, ou em orientação desenvolvida pelas agên-

cias de auditoria governamentais.

Questão 9    (CESPE/TCU/2013) Em relação às responsabilidades da administração

da entidade e do auditor independente, de acordo a NBC TA 200, julgue o próxi-

mo item.

De acordo a NBC TA 200, os mandatos para auditoria de demonstrações contábeis

de entidade do setor público podem ser mais detalhados que os de outras entida-

des, o que implicaria responsabilidades adicionais para a administração, tais como

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a responsabilidade pela execução de transações e eventos em conformidade com a

legislação, regulamentação ou outra autoridade.

Certo.

Conforme prevê a NBC TA 200 (A13), os mandatos de auditoria para auditoria de

demonstrações contábeis de entidade do setor público podem ser mais detalhados

do que os de outras entidades. Como resultado, a premissa relativa às responsabi-

lidades da administração sobre a qual é conduzida a auditoria das demonstrações

contábeis do setor público pode incluir responsabilidades adicionais, tais como a

responsabilidade pela execução de transações e eventos em conformidade com a

legislação, regulamentação ou outra autoridade.

Questão 10    (CESPE/FUB/AUDITOR/2013) Com relação aos conceitos gerais so-

bre auditoria, julgue o item subsequente.

A função precípua da auditoria é a detecção de fraudes com base nos registros

contábeis e na documentação existente na entidade. A obtenção de informações

de terceiros e o caráter preventivo das ações realizadas pela auditoria são o efeito

residual e aleatório de sua atuação.

Errado.

A primeira parte do item apresenta erro, pois a função precípua da auditoria não é

a detecção de fraudes. A segunda parte também apresenta erro ao afirmar que a

obtenção de informações de terceiros e o caráter preventivo das ações realizadas

pela auditoria são o efeito residual e aleatório de sua atuação. Como visto, a audi-

toria baseia-se em informações obtidas fora da empresa, tais como as relativas à

confirmação de contas de terceiros e de saldos bancários. As confirmações obtidas

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de fontes externas geralmente oferecem melhores características de credibilidade

do que aquelas obtidas dentro da própria entidade auditada. Sobre esse objeto,

a auditoria exerce sua ação preventiva, saneadora e moralizadora, para confirmar

a veracidade dos registros e a confiabilidade dos comprovantes, com o fim de opi-

nar sobre a adequação das situações e informações contidas nas demonstrações

contábeis.

(CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) A respeito de conceitos e princípios de audito-

ria, julgue os itens que se seguem.

Questão 11    Os relatórios de auditoria devem ser exatos e objetivos, sendo a ob-

jetividade um princípio fundamental de ética profissional que deve ser observado

pelos auditores independentes.

Certo.

Segundo a NBC TA 200, a objetividade é um dos princípios fundamentais de ética

profissional que deve ser observado pelos auditores independentes.

Questão 12    Em serviços de asseguração limitada, os procedimentos de obtenção

de evidências são mais limitados, ou seja, há menor risco de detecção, se compa-

rados aos procedimentos de um serviço de asseguração razoável.

Errado.

Em serviços de asseguração limitada, como o auditor não aplica todas as normas

e procedimentos de auditoria, o nível de asseguração é menor do que o alcançado

em serviços de asseguração razoável. Logo, há um risco de detecção (de não serem

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detectadas distorções pelos testes de auditoria) maior nos serviços de asseguração

limitada comparado com o risco nos serviços de asseguração razoável.

Questão 13    Caso um auditor pretenda emitir à entidade auditada cartas de confir-

mação externa para avaliar as informações obtidas internamente, ele estará justi-

ficando seu ceticismo profissional.

Certo.

A obtenção de evidências externas, mediante a confirmação de informações com

terceiros, para confirmar as informações obtidas internamente, demonstra um es-

forço adicional empreendido pelo auditor para ter segurança de que as informações

obtidas são fidedignas e que as evidências de auditoria obtidas são suficientes,

o que corresponde ao requisito profissional denominado de ceticismo profissional.

(CESPE/CGE-PI/2014) Com relação a elaboração, divulgação, auditoria de relató-

rios contábil-financeiros e trabalhos de auditoria independente em geral, julgue os

itens que se seguem.

Questão 14    O conjunto de responsabilidades às quais está obrigado o auditor in-

dependente é aquele contido nas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC TAs).

Errado.

Pegadinha do CESPE! Primeiro que as responsabilidades do auditor, dependendo

do contexto, podem ser estabelecidas também na legislação. Porém, repare que

há uma incompletude na afirmação das normas que estabelecem as obrigações

do auditor. A sigla NBC TA significa Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas

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de Auditoria Independente e não apenas Normas Brasileiras de Contabilidade, que


compreendem ainda outras normas, como as de auditoria interna e de perícia con-
tábil. Que maldade, hein?

Questão 15    Se um auditor independente constatar que, após o trabalho ter sido
aceito, o objeto não é apropriado para o trabalho de asseguração, ele deverá emitir
uma conclusão com ressalvas, independentemente de quão relevante lhe parecer
o fato.

Errado.
O objeto apropriado é um dos elementos essenciais de um trabalho de asseguração
ou de auditoria. De acordo com as normas de auditoria, quando for identificado,
após o trabalho ter sido aceito, que os critérios são inadequados ou que o objeto
não é apropriado para o trabalho de asseguração, o auditor expressa uma conclu-
são com ressalva ou uma conclusão adversa, dependendo de quão relevante ou
disseminado seja o assunto, quando critérios ou objetos não apropriados induzirem
os usuários previstos a erro, ou ainda, uma conclusão com ressalvas ou uma abs-
tenção de conclusão, dependendo de quão relevante ou disseminado seja o assun-
to, nos demais casos.

Questão 16    O principal objetivo da preparação e divulgação de relatórios contá-


bil-financeiros pelas empresas é subsidiar as ações governamentais de fiscalização
tributária.

Errado.

O principal objetivo da preparação e divulgação de relatórios contábil-financeiros

pelas empresas é promover a accountability e subsidiar as análises e decisões por

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parte dos usuários da informação financeira que, além do fisco, compreende o mer-

cado, os acionistas, os investidores etc.

Questão 17    Uma auditoria independente é feita com base na premissa de que a

administração da entidade auditada é responsável pela elaboração das demonstra-

ções contábeis segundo a estrutura de relatório financeiro aplicável.

Certo.

A auditoria é conduzida com base na premissa de que a administração e os res-

ponsáveis pela governança têm conhecimento de certas responsabilidades que são

fundamentais para a condução da auditoria. A auditoria das demonstrações contá-

beis não exime dessas responsabilidades a administração ou os responsáveis pela

governança. Entre as responsabilidades inclui-se a de elaboração das demonstra-

ções contábeis em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável,

incluindo quando relevante sua apresentação adequada.

Questão 18    (CESPE/TCE-SC/2016) Julgue os itens a seguir, a respeito de normas

técnicas de auditoria.

Embora a opinião do auditor independente a respeito das demonstrações contábeis

geralmente não modifique as decisões gerenciais, pode haver situações específicas

em que ele deve expressar a sua opinião a respeito de outros temas que sejam

relevantes para o alcance dos objetivos gerais do seu trabalho.

Certo.
A opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis trata de determinar se as
demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em

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conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Em algumas si-

tuações, porém, lei e regulamento aplicáveis podem exigir que o auditor forneça

opinião sobre outros assuntos específicos, tais como a eficácia do controle interno

ou a compatibilidade de um relatório separado da administração com as demons-

trações contábeis. Embora as NBCs TA incluam exigências e orientação em relação

a tais assuntos na medida em que sejam relevantes para a formação de uma opi-

nião sobre as demonstrações contábeis, seria exigido que o auditor empreendesse

trabalho adicional se tivesse responsabilidades adicionais no fornecimento de tais

opiniões.

Questão 19    (CESPE/TELEBRAS/2013) Com relação aos testes e procedimentos

de auditoria, julgue os itens subsecutivos.

Quando o auditor detecta inconsistência entre evidências oriundas de fontes di-

ferentes, o julgamento profissional é o parâmetro para decidir qual a fonte mais

confiável.

Errado.

Questão interessante! Ela tenta confundir o candidato com relação aos requisitos

do ceticismo e do julgamento profissional. Quando o auditor detecta inconsistência

entre evidências oriundas de fontes diferentes, o auditor deve aplicar o ceticismo


profissional, buscando evidência adicional, por exemplo, junto a uma terceira fonte.

Questão 20    (CESPE/TELEBRAS/2013) Com relação aos testes e procedimentos

de auditoria, julgue os itens subsecutivos.

Caso desconfie que um documento analisado não seja fidedigno e pretenda carac-

terizar possível fraude de adulteração desse documento, o auditor deve aplicar um

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procedimento adicional de auditoria que busque aumentar a quantidade de indícios

da irregularidade, o que se relaciona com a adequação da evidência.

Errado.

O item apresenta dois erros. O primeiro está na afirmação de que o auditor deve

aplicar um procedimento adicional de auditoria que busque aumentar a quantidade

de indícios da irregularidade. Diante de um risco de fraude, o auditor deve aplicar

procedimento adicional que forneça mais evidência e não indício. O outro erro refe-

re-se ao requisito da adequação da evidência. Como o auditor está buscando mais

evidência, ou seja, maior quantidade, o requisito é o da suficiência. A adequação

está relacionada ao aspecto qualitativo das evidências (relevância e confiabilidade).

Questão 21    (CESPE/TCE-RN/2016) No que se refere às normas e procedimento

de auditorias, julgue os seguintes itens.

As exigências relevantes expressas em NBC–TA são de cumprimento obrigatório

por todo profissional de auditoria.

Errado.

Questão polêmica, envolvendo a interpretação das normas. Ocorre que a NBC TA

200 estabelece que o auditor deve observar todas as NBC TAs relevantes para a

auditoria. Uma NBC TA é relevante para a auditoria quando ela está em vigor e as

circunstâncias tratadas nela existem na situação específica. Contudo, ela prevê

que, em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário não consi-

derar uma exigência relevante em uma NBC TA. Em tais circunstâncias, o auditor
deve executar procedimentos de auditoria alternativos para cumprir o objetivo des-

sa exigência. Logo, nem todas as exigências relevantes expressas em uma norma

são de cumprimento obrigatório por todo profissional de auditoria.

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Questão 22    (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) Relativamente às normas internacio-

nais para o exercício profissional da auditoria, julgue o item que se segue.

O auditor deve aplicar o conceito de julgamento profissional em todas as fases do

processo da auditoria.

Certo.

Segundo a NBC TA 200, julgamento profissional é a aplicação do treinamento, co-

nhecimento e experiência relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas

de auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a respeito dos

cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria. O julga-

mento profissional precisa ser exercido ao longo de toda a auditoria e também pre-

cisa ser adequadamente documentado.

Questão 23    (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2015) As normas brasileiras de auditoria

definem e descrevem elementos, objetivos e outros aspectos dos trabalhos de as-

seguração. A respeito desse assunto, assinale a opção correta.

a) ao conduzir os trabalhos de auditoria, o auditor deve procurar obter asseguração

razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorções relevantes e

em conformidade com a estrutura do relatório financeiro, bem como deve apresen-


tar o relatório de auditoria em conformidade com as suas constatações.

b) as normas brasileiras de auditoria estabelecem dois tipos de trabalhos de asse-

guração: razoável e limitado. O objetivo do primeiro tipo é reduzir o risco de tra-

balho de asseguração a um nível aceitável e o do segundo tipo é reduzir o risco do

trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo.

c) no planejamento da auditoria, devem-se considerar aspectos como: procedi-

mentos analíticos a serem aplicados, como, por exemplo, os de avaliação de risco;

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entendimento global da estrutura jurídica e do ambiente regulatório da entidade e

como ela cumpre com os requerimentos dessa estrutura; a determinação da ma-

terialidade, independentemente da relevância, bem como o envolvimento de espe-

cialistas e a aplicação de outros procedimentos de avaliação de risco.

d) a estrutura conceitual estabelece normas próprias e exigências relativas a pro-

cedimentos para a execução de trabalhos de asseguração.

e) a documentação de auditoria deve fornecer evidências do cumprimento dos ob-

jetivos específicos para os quais a auditoria foi contratada. Entre esses objetivos

inclui-se evitar fraudes nas informações contábeis decorrentes da gestão.

Letra a.

Ao realizar a auditoria das demonstrações contábeis, são objetivos gerais do audi-

tor obter segurança razoável de que as demonstrações como um todo estão livres

de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, pos-

sibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações

contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade

com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e apresentar relatório sobre as

demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs.

b) Errada. O objetivo dos trabalhos de asseguração razoável (auditoria) é reduzir

o risco de trabalho de asseguração a um nível aceitável baixo, enquanto que o ob-

jetivo dos trabalhos de asseguração limitada é reduzir o risco a um nível aceitável.

c) Errada. A determinação da materialidade depende da relevância da informação

financeira para os usuários das demonstrações.

d) Errada. A estrutura conceitual não estabelece exigências relativas a procedi-

mentos para a execução de trabalhos de asseguração. A estrutura estabelece ape-

nas os objetivos e os elementos dos trabalhos de asseguração.

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e) Errada. Não são objetivos da auditoria das demonstrações financeiras prevenir

ou evitar fraudes nas informações contábeis.

Questão 24    (CESPE/TRE-BA/ANALISTA/2017) A atitude de ceticismo profissional

refere-se à maneira pela qual o auditor independente avalia criticamente, de forma

mentalmente questionadora, a validade da evidência obtida e mantém-se alerta

para qualquer evidência que contradiga ou ponha em dúvida a confiabilidade de

documentos ou representações da parte responsável. A partir dessa informação,

assinale a opção que corresponde à realidade de auditoria quanto ao ceticismo

profissional.

a) as situações que o auditor deve observar com cuidado mais apurado não in-

cluem aquelas que possam indicar possíveis fraudes, pois tais situações ensejam a

instauração de inquérito policial.

b) o auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, man-

tendo-se alerta para circunstâncias que causem distorções relevantes nas demons-

trações financeiras.

c) o ceticismo profissional inclui executar a auditoria com máximo zelo, o que não

obriga a considerar evidências de auditoria que contradigam outras evidências ob-

tidas.

d) informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e res-

postas às indagações a ser usadas como evidências de auditoria em exame são

fatos para a análise das futuras auditorias.

e) circunstâncias que gerem a necessidade de outros procedimentos de auditoria,

que não estejam previstos nos padrões profissionais, não correspondem a possíveis

alertas no que se refere a ceticismo profissional.

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Letra b.

As normas de auditoria destacam que a auditoria deve ser planejada e executada

com o necessário ceticismo de que existem situações que causam distorções nas

demonstrações financeiras. Ceticismo profissional é a postura que inclui uma men-

te questionadora e alerta para condições que possam indicar possível distorção

devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria.

a) Errada. As situações que o auditor deve observar com cuidado mais apurado

incluem aquelas que possam indicar possíveis fraudes; não constitui objetivo da

auditoria a instauração de inquérito policial.

c) Errada. O ceticismo profissional inclui executar a auditoria com máximo zelo,

o que obriga o auditor a considerar evidências de auditoria que contradigam outras

evidências obtidas.

d) Errada. Em casos de dúvida a respeito da confiabilidade das informações ou

indicações de possível fraude (por exemplo, se condições identificadas durante a

auditoria fizerem o auditor crer que um documento pode não ser autêntico ou que

termos de documento podem ter sido falsificados), as normas de auditoria exigem

que o auditor faça investigações adicionais e determine que modificações ou adi-

ções aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto.

e) Errada. O ceticismo requer que o auditor esteja alerta à possibilidade de aplicar

procedimentos de auditoria adicionais.

Questão 25    (CESPE/SDS-PE/PERITO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2016) Acerca de

auditoria de demonstrações contábeis, assinale a opção correta.

a) O trabalho do auditor deve restringir-se a segmentos específicos e determinados

das demonstrações contábeis.

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b) São as normas de contabilidade que estabelecem as responsabilidades de go-

vernança da administração das entidades auditadas.

c) O conceito de materialidade é objetivo, de utilização obrigatória e está expres-

samente determinado nas Normas Brasileiras de Contabilidade.

d) auditor obtém evidência de que o risco de auditoria é reduzido a níveis aceita-

velmente baixos.

e) A identificação das fraudes cometidas na fase de elaboração dessas demonstra-

ções é o principal objetivo da auditoria.

Letra d.

Um grau elevado de segurança, ou asseguração razoável, ocorre quando o auditor

obtém evidência de que o risco de auditoria por reduzido a níveis aceitavelmente

baixos.

a) Errada. O trabalho do auditor não se restringe a segmentos específicos e de-

terminados das demonstrações contábeis. Geralmente, o auditor é contratado para

auditar todos os segmentos das demonstrações.

b) Errada. As NBCs TA não impõem responsabilidades à administração ou aos res-

ponsáveis pela governança e não se sobrepõe às leis e regulamentos que governam

as suas responsabilidades.

c) Errada. O conceito de materialidade envolve o julgamento profissional do audi-

tor, portanto, não é correto afirmar-se que é objetivo.

e) Errada. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstra-

ções contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de

uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas,

em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório

financeiro aplicável.

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Questão 26    (CESPE/STM/ANALISTA/CONTABILIDADE/2018) À luz das Normas

Brasileiras de Contabilidade do Conselho Federal de Contabilidade que tratam do

auditor independente e da auditoria independente de informação contábil histórica,

julgue o item subsequente.

Os objetivos gerais do auditor na condução de auditoria de demonstrações contá-

beis consistem em: obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis

como um todo estão livres de distorção relevante; apresentar relatório sobre as

demonstrações contábeis em conformidade com as normas.

Certo.

Segundo a NBC TA 200, os objetivos gerais do auditor são:

• obter segurança razoável de queas demonstrações contábeis como um todo

estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por frau-

de ou erro, possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se

as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos rele-

vantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e

• apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como

exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do auditor.

Questão 27    (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018) Na situação hipotética do texto

1A5AAA, o auditor

a) deverá provocar o Poder Judiciário no caso de identificar ou suspeitar de fraude.

b) poderia garantir que não houve fraude bem erro somente se tivesse acesso a

uma amostragem mais robusta.

c) será responsabilizado, com a diretoria da empresa, em caso de fraude.

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d) deverá emitir parecer de auditoria excluindo a responsabilidade do contador

quanto à fraude.

e) não poderá garantir que o trabalho de auditoria realizado está livre de fraude.

Letra e.

Apesar do examinador não ter sido feliz na redação da letra “e”, já que não é o

trabalho do auditor que está livre de fraude, mas as informações contidas nas de-

monstrações, ela é a única alternativa que pode ser considerada como correta. Em

função das limitações inerentes, o auditor não poderá garantir que as demonstra-

ções financeiras auditadas estejam livres de fraude.

Questão 28    (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018) Na situação hipotética descrita

no texto 1A5AAA, o auditor estará correto se concluir que

a) parte do lucro obtido foi distribuído indevidamente.

b) o resultado do exercício apresentou distorções em razão de mudanças de práti-

cas contábeis.

c) as demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes.

d) as demonstrações contábeis espelham fielmente a situação econômica da em-

presa.

e) o balanço patrimonial carece de notas explicativas.

Letra c.

A situação hipotética descrita no texto 1A5AAA refere-se a duas distorções, uma

que se refere ao equívoco no valor bruto das vendas de longo prazo, em vez do

lucro dessas vendas, na apuração do valor da reserva de lucros a realizar e outra

causada por apropriação indébita de ativo (fraude). Logo, são duas distorções que

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afetam o patrimônio líquido e os estoques e que causam distorções relevantes nas

demonstrações contábeis.

Questão 29    (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018) A respeito de auditoria de de-

monstrações financeiras, assinale a opção correta.

a) o controle interno é responsável por preparar demonstrações financeiras livres

de distorções, fraudes e erros.

b) para que o trabalho do auditor seja realizado com eficiência, basta que a ele seja

franqueado o acesso às informações consideradas no processo de elaboração das

demonstrações.

c) cabe ao auditor fazer estimativas contábeis, selecionar e aplicar políticas e prá-

ticas contábeis adequadas.

d) as notas explicativas devem atender exclusivamente a usuários específicos, com

propósitos especiais.

e) a auditoria realizada nas demonstrações financeiras não exime a responsabilida-

de da administração pela sua elaboração.

Letra e.

De acordo com a NBC TA 200, a auditoria em conformidade com as normas de

auditoria é conduzida com base na premissa de que a administração e, quando

apropriado, os responsáveis pela governança têm conhecimento de certas respon-

sabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria. A auditoria das

demonstrações contábeis não exime dessas responsabilidades a administração ou

os responsáveis pela governança. Logo, a auditoria realizada nas demonstrações

financeiras não exime a responsabilidade da administração pela sua elaboração.

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Questão 30    (CESPE/AFTE-RS/2019) As normas brasileiras de auditoria tratam

dos riscos do trabalho e os diferenciam em relação aos trabalhos de asseguração

razoável e de asseguração limitada, existindo diferentes impactos no relatório de

auditoria. A respeito desse assunto, assinale a opção correta, de acordo com as

normas vigentes.

a) no trabalho de asseguração razoável, o auditor independente reduz o risco do

trabalho para um nível que seja aceitável nas circunstâncias do trabalho, mas que

ainda é maior do que para um trabalho de asseguração limitada.

b) a impossibilidade de obter evidências apropriadas e suficientes para formar uma

conclusão de asseguração razoável é razão aceitável para alterar o trabalho de as-

seguração razoável para um trabalho de asseguração limitada.

c) opinião não modificada no trabalho de asseguração razoável deve ser mantida

se as circunstâncias impedem que o auditor independente obtenha as evidências

necessárias para reduzir os riscos de trabalho ao nível apropriado.

d) se a administração impõe uma restrição que impede o auditor de obter as evi-

dências necessárias para reduzir o risco no trabalho de asseguração razoável ao

nível apropriado, deve ser emitida uma opinião não modificada no relatório de au-

ditoria.

e) no trabalho de asseguração razoável, a conclusão do auditor é expressa na for-

ma positiva para transmitir a sua opinião sobre o resultado da avaliação do objeto,

diferentemente do que ocorre no trabalho de asseguração limitada.

Letra e.

De acordo com a estrutura conceitual de trabalhos de asseguração, o objetivo do

trabalho de asseguração razoável é reduzir o risco do trabalho de asseguração a um

nível aceitavelmente baixo, considerando as circunstâncias do trabalho como base

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para uma forma positiva de expressão da conclusão do auditor independente. Já no


trabalho de asseguração limitada, a opinião é negativa.
a) Errada. De acordo com a estrutura conceitual, no trabalho de asseguração ra-
zoável o objetivo é reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível aceitavel-
mente baixo, considerando as circunstâncias do trabalho.
b) Errada. A impossibilidade de obter evidências apropriadas e suficientes em tra-
balho de asseguração razoável não o torna um trabalho de asseguração limitada.
Este corresponde a um nível mais baixo de asseguração, pois os procedimentos de
auditoria planejados e executados são propositadamente limitados em comparação
com os que seriam necessários para fornecer asseguração razoável. Não obstante,
é esperado que seja significativo para os usuários, mediante a obtenção de evidên-
cias apropriadas e suficientes.
c) Errada. Se o auditor não obtém evidências necessárias para reduzir os riscos do
trabalho ao nível apropriado (aceitavelmente baixo, no trabalho de asseguração),
a opinião tem que ser obrigatoriamente modificada.
d) Errada. Se houve restrição que impede o auditor de obter evidência, a opinião
será necessariamente modificada.

Assunto: Distinção entre Auditoria Interna, Externa e Perícia

Questão 31    (CESPE/CGE-PB/2008) Com relação às origens da auditoria e seus


tipos, assinale a opção correta.

a) O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das empresas

de captarem recursos de terceiros.

b) Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior necessidade

de recorrer aos auditores independentes para aferir a segurança, liquidez e renta-

bilidade de seus investimentos na empresa.

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c) A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um acompanha-

mento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa.

d) A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do exame

das transações da empresa em relação aos seus dirigentes.

e) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as demonstrações

contábeis que a empresa é obrigada a publicar.

Letra a.

Na medida em que as empresas passam a captar recursos de terceiros, em forma

de investimentos, empréstimos, fornecimentos etc., surge a necessidade de uma

auditoria externa, independente dos administradores, para atestar a situação fi-

nanceira e patrimonial dessas entidades.

b) Errada. Os acionistas mais distantes da administração das empresas são aque-

les que apresentam maior necessidade de recorrer aos auditores independentes

para aferir a segurança de seus investimentos na empresa.

c) Errada. A auditoria interna que surgiu como decorrência da necessidade de um

acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa.

d) Errada. A auditoria externa é que constitui uma resposta à necessidade de in-

dependência do exame das transações da empresa em relação aos seus dirigentes.

A auditoria interna surge para dar uma resposta mais gerencial, de controle, asses-

soria e administração aos dirigentes das organizações.

e) Errada. O auditor externo é quem direciona o foco do trabalho para as demons-

trações contábeis, com o propósito de emitir uma opinião, geralmente materializa-

da em um parecer, sobre a exatidão dessas demonstrações. O âmbito de trabalho

ou escopo da auditoria interna compreende todas as áreas, operações e sistemas

de informação das organizações, inclusive o sistema contábil e financeiro.

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(CESPE/TST/ANALISTA/CONTADOR/2008) Com relação às normas brasileiras para

o exercício da auditoria interna, julgue os próximos itens.

Questão 32    Os papéis de trabalho dos auditores internos são aqueles elaborados

com vistas a evidenciarem, perante a auditoria independente, a adequação e a su-

ficiência das tarefas realizadas e a avaliação das recomendações formuladas.

Errado.

Os papéis de trabalho dos auditores internos são o conjunto de documentos e

apontamentos com informações e provas coligidas pelo auditor interno que con-

substanciam o trabalho executado. Há um relacionamento importante entre audi-

toria externa e interna, podendo o auditor externo acessar e obter cópia dos papéis

de trabalho da auditoria interna, em busca de uma auditoria mais eficiente. Entre-

tanto, o auditor interno não elabora a sua documentação para provar a realização

do trabalho ao auditor externo.

Questão 33    Caso a auditoria interna, durante a realização de seus trabalhos, cons-

tate que estão ocorrendo fraudes por descumprimento de normas legais em de-

terminada área, deverá comunicá-las imediatamente à administração da entidade,

por escrito e de forma reservada.

Certo.

A responsabilidade primária pela prevenção e identificação de fraudes e/ou erros

é da administração da entidade, mediante a manutenção de adequado sistema de

controle interno, que, entretanto, não elimina o risco de sua ocorrência. A Audito-

ria Interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção

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de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira

reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas

no decorrer de seu trabalho. Essa comunicação formal é feita por meio de relatório

parcial elaborado pelo auditor interno.

Questão 34    (CESPE/TJ-CE/ANALISTA/2008) A respeito das normas brasileiras

para o exercício da auditoria interna, julgue o seguinte item.

O trabalho dos auditores internos não deve ser levado em conta pelos auditores

independentes que forem contratados, exceto a título de colaboração eventual,

quando for elaborado o planejamento dos trabalhos. Além da inexistência de qual-

quer relação de subordinação, a auditoria interna pode funcionar, seguidamente,

com pouca autonomia e até de forma preventiva em face de falhas ou irregularida-

des passíveis de ocorrerem por ações ou omissões da administração.

Errado.

Recomenda-se que os auditores internos e externos trabalhem em colaboração,

programando em conjunto os serviços, de forma que o auditor interno realize um

trabalho mais analítico e até de revisão integral dos registros contábeis, ao passo

que o auditor externo faria a revisão desses serviços, para planejar os seus e exe-

cutá-los de forma complementar ao dos auditores internos. Portanto, o trabalho

dos auditores internos deve ser levado em conta pelos auditores independentes.

A segunda parte da questão refere-se à atuação da auditoria interna e ao seu vín-

culo com a administração. A auditoria interna está subordinada à alta administra-

ção (conselho de administração ou presidência da empresa), todavia, esse vínculo

ou subordinação não deve lhe retirar a autonomia e a independência necessárias

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ao exercício de suas funções, devendo gozar de liberdade para planejar e executar

os seus trabalhos e relatar as não conformidades constatadas.

Questão 35    (CESPE/MC/CONTADOR/2008) Acerca dos tipos de auditoria em ór-

gãos públicos e das especificidades dos controles internos, julgue o item a seguir.

A auditoria interna deve avaliar e apresentar recomendações apropriadas para a

melhoria do processo de governança corporativa da empresa onde atua. Assim,

a auditoria interna deve coordenar, de forma eficiente, eficaz e efetiva suas ativi-

dades, além de fomentar a comunicação entre o conselho, os auditores, externos e

internos e a administração.

Certo.

A auditoria interna tem como um dos seus propósitos contribuir para a melhoria

da eficácia do processo de governança da organização a qual pertence. Essa con-

tribuição se efetiva, dentre outras ações, mediante a avaliação pela auditoria das

políticas de integridade da organização, dos mecanismos de controle e gerencia-

mento de risco, fortalecendo-os, bem como do processo de comunicação, amplian-

do a transparência e a comunicação entre os agentes (conselho, diretoria, auditoria

etc.), e assegurando a prestação de contas dos gestores. Portanto, o item reproduz

de forma correta o papel da auditoria interna perante o processo de governança.

Questão 36    (CESPE/TCE-TO/2009) De acordo com a relação do auditor com a

entidade auditada, distinguem-se as auditorias interna e externa. Acerca desse

assunto, assinale a opção correta.

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a) O vínculo de emprego do auditor interno lhe retira a independência profissional

desejável para atuar nos termos das normas vigentes.

b) As empresas, de um modo geral, independentemente de seu porte e da relação

custo-benefício, devem dispor de auditoria interna permanente.

c) A auditoria interna não tem como objetivo precípuo a emissão de parecer sobre

as demonstrações contábeis, sendo executada mais para fins administrativos inter-

nos do que para prestação de contas a terceiros.

d) A auditoria externa deve prescindir do concurso da auditoria interna, sob pena

de ser induzida em seus exames e perder a desejável independência.

e) A auditoria externa deve atuar permanentemente e continuamente, exercendo

um controle prévio, concomitante e consequente.

Letra c.

Segundo Franco e Marra, uma das características que distingue a auditoria externa

é justamente o grau de independência que o auditor pode, e deve manter em rela-

ção à entidade auditada. Isso porque a auditoria interna geralmente não objetiva a

emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis, sendo executada mais para

fins administrativos internos do que para prestação de contas a terceiros.

a) Errada. O vínculo empregatício do auditor interno com a empresa e sua subor-

dinação à alta administração não lhe deve retirar a independência e a autonomia

necessárias ao bom desempenho de suas funções, que devem ser exercidas com a

mais absoluta independência, sem interferência da administração, que apesar de

sua função superiormente hierárquica, deve sujeitar-se também ao seu controle e

submeter a seu exame todos os atos por ela praticados.

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b) Errada. Somente empresas de porte acima do médio comportam a manuten-

ção de auditor interno, para um controle permanente. A relação custo/benefício

não compensa a manutenção de uma atividade de auditoria interna em pequenas

organizações.

d) Errada. É desejável que os auditores internos e externos trabalhem em cola-

boração, programando em conjunto os serviços, de forma a evitar o retrabalho e

assegurar um controle mais eficiente e efetivo.

e) Errada. A auditoria interna é que atua permanentemente e continuamente,

exercendo um controle prévio, concomitante e consequente de todos os atos da

administração.

Questão 37    (CESPE/SEDUC-AM/2011) Julgue o item seguinte.

A função da auditoria interna de uma entidade pode ser relevante para os auditores

independentes, caso as atividades e as responsabilidades da auditoria interna te-

nham como referência os relatórios contábeis da entidade e os auditores indepen-

dentes almejem utilizar esse trabalho para reduzir a extensão dos procedimentos

a serem adotados.

Certo.

Conforme as normas (NBC TA), existe a probabilidade de que a função de audito-

ria interna da entidade seja relevante para a auditoria externa se a natureza das

responsabilidades e atividades da função de auditoria interna estiver relacionada

com os relatórios contábeis da entidade e se o auditor espera utilizar o trabalho

dos auditores internos para modificar a natureza, época ou reduzir a extensão dos

procedimentos de auditoria a serem executados. Portanto, a função da auditoria

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interna será relevante para a auditoria das demonstrações contábeis se o auditor

externo puder utilizar o trabalho dos auditores internos, modificando os seus pro-

cedimentos, como, por exemplo, deixando de aplicar um procedimento que o au-

ditor interno já aplicou ou reduzindo a extensão dos procedimentos e a quantidade

de evidências a serem obtidas.

Questão 38    (CESPE/SEDUC-AM/2011) Julgue o item seguinte.

O assessoramento ao conselho fiscal ou órgão de atribuições semelhantes é de res-

ponsabilidade dos auditores independentes, sendo vedado aos auditores internos,

sob pena de comprometimento de sua independência e imparcialidade.

Errado.

Não é papel dos auditores independentes prestar assessoramento ao conselho fis-

cal ou a qualquer outro agente de governança da organização auditada. As res-

ponsabilidades do auditor externo restringem-se ao cumprimento das normas de

auditoria, com o intuito de emitir opinião sobre as demonstrações contábeis e co-

municar à administração e aos responsáveis pela governança a ocorrência de erros

e fraudes. Já o auditor interno, entre outras atribuições e competências, deve estar

capacitado a prestar o apoio necessário ao Conselho Fiscal ou a órgãos equivalen-

tes, no tocante à explanação, comparação, análise, avaliação e opinião sobre os


dados, cifras e fatos gerados pela organização e fornecidos a esse conselho.

(CESPE/ANP/2012) Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de

auditoria interna e externa, julgue os itens subsequentes.

Questão 39    Com a evolução da atividade empresarial e o crescimento da captação

de recursos de terceiros, os investidores precisam conhecer a posição financeira e

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patrimonial das entidades, o que ocorre por meio do parecer emitido pela auditoria
interna das entidades a respeito da adequação das demonstrações contábeis.

Errado.
A auditoria externa é que oferece mais segurança aos investidores mediante a
emissão de parecer a respeito da adequação das demonstrações contábeis.

Questão 40    O escopo dos trabalhos do auditor interno deve ser fixado pela gerên-
cia, contudo o trabalho do auditor externo é predefinido no contrato.

Errado.
O escopo dos trabalhos feitos pelo auditor interno normalmente é determinado pela
gerência (administração), enquanto a extensão do exame do auditor externo é de-
terminada pelas normas usuais reconhecidas no país ou requeridas por legislação
específica.

Questão 41    (CESPE/CNJ/2013) Julgue o item que se segue.


O auditor interno deve preservar sua autonomia profissional, logo não lhe cabe
prestar assessoria ao conselho fiscal ou a órgãos equivalentes.

Errado.
As normas profissionais estabelecem que cabe ao auditor interno, quando solicita-
do, prestar assessoria ao conselho fiscal ou a órgãos equivalentes e este assesso-

ramento não elimina ou diminui a sua autonomia profissional.

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Questão 42    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) A respeito de conceitos, princí-

pios, origens e classificações de auditoria, julgue o item que se segue.

Embora os exames para a avaliação da eficácia, eficiência e economicidade dos pro-

cessos operacionais estejam no campo da auditoria operacional, a auditoria interna

também emprega exames e análises para a avaliação da integridade, adequação,

eficácia, eficiência e economicidade dos processos e dos sistemas de informações

da entidade, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de

seus objetivos.

Certo.
Os aspectos abordados em uma auditoria operacional são também abordados pela
auditoria interna, já que ambas abordam aspectos relacionados à adequação, eficá-
cia, eficiência e economicidade dos processos e dos sistemas de informações da en-
tidade, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus
objetivos. Esses objetivos são distintos dos objetivos da auditoria independente.

(CESPE/BACEN/2013) Com relação à auditoria interna e externa, julgue os itens


que se seguem.

Questão 43    Ao suspeitar da ocorrência de fraude na entidade sob seu controle,


o auditor interno deve levar o fato ao conhecimento da administração da entidade,
realizando essa comunicação em conversa reservada.

Errado.
Ao suspeitar da ocorrência de fraude na entidade sob seu controle, o auditor in-
terno deve levar o fato ao conhecimento da administração da entidade, necessa-
riamente, por escrito e de forma reservada, preservada a confidencialidade. Logo,

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o item apresenta erro quando afirma que a comunicação será feita em conversa
com a administração.

Questão 44    Os auditores internos de determinada entidade desobrigam-se de


prestar ajuda ou assessoramento a equipe de auditoria independente contratada
para examinar as demonstrações contábeis da referida entidade.

Certo.

Trata-se de uma questão que causou polêmica, em virtude da natural e frequente

colaboração entre a auditoria interna e a auditoria externa, prevista inclusive em

norma. Por ocasião do concurso para o Bacen, as normas então vigentes estabele-

ciam que auditor interno deve apresentar os seus papéis de trabalho ao auditor in-

dependente e entregar-lhe cópias, quando este entender necessário, quando pre-

viamente estabelecido com a administração da entidade em que atua, e no

âmbito de planejamento conjunto do trabalho a realizar. Logo, não existe

uma obrigação por parte dos auditores internos de prestar ajuda e, especialmente,

assessoramento à equipe de auditoria independente contratada para examinar as

demonstrações contábeis da referida entidade. Apesar da redação confusa, concor-

damos com o gabarito oficial.

Questão 45    (CESPE/TCU/AUDITOR/2013) Com relação aos conceitos gerais de

auditoria e às disposições aplicáveis ao setor público, julgue o item a seguir.

As atribuições dos auditores internos e externos diferem, pois, no primeiro caso,

estão fixadas no contrato de trabalho, como empregado da empresa, e, no segun-

do, no contrato de prestação de serviços com o profissional ou empresa. O auditor

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interno tem responsabilidade essencialmente trabalhista; o externo, responsabili-

dade profissional, civil e criminal.

Certo.

O item trata das atribuições dos auditores interno e externo. No caso dos auditores

internos, as atribuições ou obrigações estão fixadas no contrato de trabalho do au-

ditor interno, já que este é empregado da entidade auditada. No caso dos auditores

externos, as atribuições serão fixadas no contrato de prestação de serviços com

o profissional (auditor independente individual) ou empresa de auditoria indepen-

dente.

Quanto às responsabilidades, o auditor interno tem responsabilidade essencial-

mente trabalhista e o auditor externo, responsabilidade profissional (perante os

órgãos reguladores), civil (em caso de prejuízos causados a terceiros) e criminal.

Questão 46    (CESPE/AFTE/2013) Com base nas normas brasileiras para o exercí-

cio da auditoria interna, julgue o item a seguir.

A entrega dos papéis de trabalho elaborados pelos auditores internos por solicita-

ção dos auditores independentes está condicionada ao que for estabelecido com a

administração da entidade e se insere no âmbito de um planejamento conjunto do

trabalho a ser realizado em cooperação entre as duas auditorias.

Certo.

Segundo a NBC PI 01 (norma profissional do auditor interno vigente à época do

concurso), quando previamente estabelecido com a administração da entidade em

que atua, e no âmbito de planejamento conjunto do trabalho a realizar, o auditor

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interno deve apresentar os seus papéis de trabalho ao auditor independente e en-

tregar-lhe cópias, quando este entender necessário.

Questão 47    (CESPE/TCE-RN/2015) Quanto à distinção entre a auditoria interna e


externa, julgue o item seguinte.
Embora as técnicas de trabalho das auditorias interna e externa não apresentem
diferenças fundamentais, a auditoria interna goza de maior credibilidade perante
os usuários do campo externo da empresa, por conhecer melhor a situação desta e
por dispor de informações mais detalhadas. Em compensação, a auditoria externa

está mais habilitada a perceber as ineficiências de ordem administrativa e opera-

cional.

Errado.

O item inverteu os papéis da auditoria interna e da externa. A auditoria externa

goza de maior credibilidade perante os usuários do campo externo da empresa, por

conhecer melhor a situação desta e por dispor de informações mais detalhadas. Em

compensação, a auditoria interna está mais habilitada a perceber as ineficiências

de ordem administrativa e operacional.

Questão 48    (CESPE/TC-DF/ACE/2014) A respeito das normas de auditoria, jul-

gue o item seguinte.

A auditoria interna consiste na realização de atividades estabelecidas ou providas

como um serviço direcionado à entidade e inclui, entre outros, o exame, a avalia-

ção e o monitoramento da adequação e efetividade dos controles internos.

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Certo.

Um dos objetos que fazem parte do escopo da auditoria são os controles internos;

cabe ao auditor interno proceder ao exame, avaliação e monitoramento da adequa-

ção e efetividade dos controles internos.

Questão 49    (CESPE/PMJP/CGM/AUDITOR DE CI/2018) A respeito dos objetivos e


dos procedimentos do auditor na realização do seu trabalho, julgue o item a seguir.
A auditoria interna e a externa são atividades que presumem independência na
execução de seus trabalhos, independentemente se o auditor é terceiro contratado
ou servidor público.

Certo.
Embora a independência ou objetividade do auditor externo seja maior do que a
do auditor interno, de uma forma geral, a independência do auditor em relação ao
objeto a ser auditado é um princípio fundamental, seja ele servidor público ou ter-
ceirizado.

Questão 50    (CESPE/SEFAZ-RS/AFTE/2019) João, contador em situação regular


no Conselho Regional de Contabilidade de sua jurisdição, emitiu, após ter sido inti-
mado pelo Poder Judiciário, laudo e parecer técnico-contábil para subsidiar a solu-
ção de um litígio. Nesse caso, João realizou atividade de
a) auditoria independente.
b) auditoria interna.
c) auditoria operacional.
d) consultoria financeira.
e) perícia contábil.

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AUDITORIA
Auditoria. Distinção entre Auditoria Interna,
Auditoria Independente e Perícia Contábil
Prof. Marcelo Aragão

Letra e.
A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e científicos, des-
tinado a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar à
justa solução do litígio, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial con-
tábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação es-

pecífica no que for pertinente.

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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Marcelo C. Auditoria: um curso moderno e completo. São Paulo:

Atlas, 2009.

BARRETO, Davi; GRAEFF, Fernando. Auditoria. Teoria e exercícios comentados. 2.

ed. São Paulo: Editora Método, 2011.

BOYTON, W. C.; JOHNSON, R. N.; KELL, W. G. Auditoria. São Paulo: Atlas, 2002.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 8. ed. São Paulo:

Atlas, 2012.

FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo, Atlas: 2001.

LONGO, Claudio Gonçalo. Manual de auditoria e revisão de demonstrações

financeiras. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

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