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SUMÁRIO
AUDITORIA INTERNA, AUDITORIA EXTERNA (INDEPENDENTE) E PERÍCIA CONTÁBIL ....................................... 2
AUDITORIA INTERNA VERSUS AUDITORIA EXTERNA..................................................................................... 2
COOPERAÇÃO ENTRE A AUDITORIA EXTERNA E A AUDITORIA INTERNA.................................................. 3
DIFERENÇAS ENTRE A AUDITORIA INTERNA E A AUDITORIA EXTERNA .................................................... 4
PERÍCIA CONTÁBIL ......................................................................................................................................... 5
DEFINIÇÃO E PROCEDIMENTOS ................................................................................................................. 5
PERÍCIA CONTÁBIL E AUDITORIA CONTÁBIL.............................................................................................. 5

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AUDITORIA INTERNA, AUDITORIA EXTERNA


(INDEPENDENTE) E PERÍCIA CONTÁBIL
AUDITORIA INTERNA VERSUS AUDITORIA EXTERNA
De uma forma geral, as auditorias nas entidades públicas ou privadas podem ser
realizadas por meio de auditores que pertencem aos quadros da empresa, ou seja, pela
auditoria interna ou por intermédio de auditores independentes ou firmas de auditoria
independente, denominados de auditoria externa.

A auditoria interna é uma atividade realizada por empregados de uma organização com
o propósito de assistir à administração no cumprimento de seus objetivos, mediante exames,
análises, avaliações, levantamentos e comprovações para avaliar a integridade, adequação,
eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles
internos interessados ao ambiente e de gerenciamento de riscos.

A auditoria interna tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização,


apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles
internos, por meio de recomendação de soluções para as não conformidades.

Portanto, diz-se que os trabalhos e os resultados da auditoria interna são de interesse


maior dos administradores da organização, realizada mais para fins administrativos internos.

A auditoria externa (independente) tem por objetivo o exame das demonstrações


contábeis e a emissão de parecer sobre a adequação com que as demonstrações apresentam a
posição patrimonial e financeira, o resultado das operações e as modificações na posição
patrimonial e financeira, de conformidade com princípios contábeis.

Segundo as atuais normas do CFC, que tratam dos objetivos gerais do auditor
independente, o objetivo da auditoria externa é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma
opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

Portanto, diferentemente da auditoria interna, os trabalhos e os resultados da auditoria


externa são de interesse maior de terceiros, ou seja, dos acionistas, credores, Estado, fisco etc.
É por isso que se diz que a auditoria externa é realizada como uma forma de prestação de contas
a terceiros.

Dada a amplitude dos usuários interessados no parecer do auditor, é correto afirmar-se


que o auditor externo assume uma responsabilidade de ordem pública. Como o auditor assume,
através do parecer, responsabilidade técnico-profissional definida, inclusive de ordem pública,
é indispensável que tal documento obedeça às características intrínsecas e extrínsecas
estabelecidas nas normas de auditoria.

Uma das características que distingue a auditoria externa da interna é o grau de


independência que o auditor externo deve manter em relação à entidade auditada. Essa é a
característica mais abordada na literatura especializada, afirmando-se que a auditoria interna
possui menor grau de independência e a auditoria externa maior grau de independência.

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O mais correto, contudo, seria afirmar que os auditores externos possuem total
independência. Por sua vez, os auditores internos possuem menor independência, por
serem empregados da organização e sofrerem algum tipo de influência. Não obstante sua
posição funcional, o auditor interno deve preservar sua autonomia profissional. É por isso que
alguns autores dizem que o auditor externo possui independência e o interno possui
autonomia!

De todo modo, a atividade de auditoria interna alcança independência em função de status


organizacional, de acordo com o seu posicionamento na estrutura organizacional. Esse
posicionamento deve ser suficientemente elevado para permitir-lhe desincumbir-se de suas
responsabilidades com abrangência e independência.

As normas internacionais de auditoria interna apregoam que o gerente da auditoria


interna deve reportar-se a uma pessoa com autoridade suficiente para propiciar independência
e assegurar ampla cobertura à auditoria, atenção e consideração adequadas para seus
relatórios e providências efetivas para colocar em prática as recomendações apresentadas.

Para poder atuar de fato como uma função de apoio institucional à administração e
preservar sua independência profissional, recomenda-se que nas organizações que contarem
com um conselho de administração ou órgão equivalente, a auditoria interna seja, sempre que
possível, subordinada a esse organismo de direção.

COOPERAÇÃO ENTRE A AUDITORIA EXTERNA E A AUDITORIA INTERNA

Apesar de a finalidade e de os objetivos da auditoria interna serem diferentes da auditoria


externa, cabe ressaltar que, geralmente, as auditorias interna e externa trabalham de forma
articulada e em colaboração, programando em conjunto os serviços.

Segundo Franco e Marra, as auditorias interna e externa podem se completar. A auditoria


interna poderá deixar de executar procedimentos que ela sabe serem executados pela auditoria
externa, enquanto esta poderá determinar a profundidade de seus exames e a quantidade de
seus testes segundo a confiança que lhe merecer a auditoria interna, que constitui uma das
formas de controle interno. A permanência de ambos na empresa é garantia de maior controle.

Vale lembrar uma norma profissional do auditor interno, já revogada, mas que ainda é
destacada em livros especializados e muito utilizada em provas. A norma estabelece que o
auditor interno, quando previamente estabelecido com a administração da entidade em que
atua, e no âmbito de planejamento conjunto do trabalho a realizar, deve apresentar os seus
papéis de trabalho ao auditor independente e entregar-lhe cópias, quando este entender
necessário.

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DIFERENÇAS ENTRE A AUDITORIA INTERNA E A AUDITORIA EXTERNA


A seguir, apresenta-se uma tabela comparativa entre os dois tipos de auditoria,
destacando-se as principais diferenças frequentemente exploradas em prova.
ELEMENTOS AUDITORIA INTERNA AUDITORIA EXTERNA

Sujeito Auditor interno (funcionário da Profissional independente


empresa)

Grau de Menor Total


independência

Exame das demonstrações


Objeto Exame dos controles internos contábeis

Opinar sobre demonstrações,


Promover melhorias na gestão aumentando o grau de
Finalidade
confiança dos usuários

Apontar deficiências nos


Papel em relação aos Melhorar a sua eficácia controles contábeis
controles internos

O auditor interno realiza O auditor externo realiza


auditoria contábil e operacional somente auditoria contábil
Responsabilidade
e tem responsabilidade (em regra) e tem
essencialmente trabalhista responsabilidade
administrativa, civil e criminal
Auxiliar na prevenção e Detectar fraudes de efeito
Papel em relação a comunicar a ocorrência à relevante sobre as
fraudes administração por escrito demonstrações

Interessados no A empresa e o público em


trabalho A administração geral

Maior (trabalho amplo e Menor (trabalho periódico e


Extensão dos permanente, que compreende preocupação apenas com
trabalhos todas as áreas) distorções relevantes nas DC)

Relatório contendo Parecer contendo opinião


recomendações de controle sobre as demonstrações
Relatório principal interno e eficiência contábeis
administrativa

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PERÍCIA CONTÁBIL
DEFINIÇÃO E PROCEDIMENTOS
A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e científicos, destinado
a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do
litígio, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil, em conformidade com
as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for pertinente.

A perícia contábil, tanto a judicial como a extrajudicial e a arbitral, é de competência


exclusiva de contador registrado em Conselho Regional de Contabilidade.

Os procedimentos de perícia contábil visam a fundamentar as conclusões que serão


levadas ao laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil e abrangem, total ou
parcialmente, segundo a natureza e a complexidade da matéria, exame, vistoria, indagação,
investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e certificação:

• O exame é a análise de livros, registros das transações e documentos.


• A vistoria é a diligência que objetiva a verificação e a constatação de situação,
coisa ou fato, de forma circunstancial.
• A indagação é a busca de informações mediante entrevista com conhecedores do
objeto da perícia.
• A investigação é a pesquisa que busca trazer ao laudo pericial contábil ou
parecer pericial contábil o que está oculto por quaisquer circunstâncias.
• O arbitramento é a determinação de valores ou a solução de controvérsia por
critério técnico.
• A mensuração é o ato de quantificação física de coisas, bens, direitos e
obrigações.
• A avaliação é o ato de estabelecer o valor de coisas, bens, direitos, obrigações,
despesas e receitas.
• A certificação é o ato de atestar a informação trazida ao laudo pericial contábil
pelo perito-contador, conferindo-lhe caráter de autenticidade pela fé pública
atribuída a este profissional.
Concluídas as diligências, o perito-contador apresentará laudo pericial contábil, e os
peritos-contadores assistentes seus pareceres periciais contábeis, obedecendo aos respectivos
prazos.
PERÍCIA CONTÁBIL E AUDITORIA CONTÁBIL
Ao compararmos os textos das normas profissionais do contador ou auditor externo com
as normas profissionais do perito-contador, podemos concluir que existem mais pontos de
semelhança que de diferença. Em verdade, as duas atividades são especializações profissionais
do contador que, na prática, exigem conhecimentos e comportamentos éticos semelhantes.
Todavia, cabe apontar as diferenças a seguir descritas:
• A perícia contábil envolve o exame de um fato ou um conjunto de fatos citados
nos autos de um processo (caso de perícia judicial) ou citados no contrato ou
carta-proposta para a prestação de serviços profissionais (caso de perícia
extrajudicial) e cuida apenas desses fatos. A auditoria externa tem por objeto toda
a escrituração de um determinado período, geralmente um ano.

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• O trabalho pericial examina a fundo a questão debatida nos autos, realizando um


exame completo de todos os documentos e lançamentos relacionados com
determinada operação. O trabalho de auditoria externa pode valer-se das
técnicas estatísticas, por exemplo, a amostragem.
• O perito se preocupa apenas e tão-somente com o fato objeto da lide. Dele não se
esperam orientações sobre procedimentos. A auditoria externa está preocupada
com os sistemas de controle interno e o funcionamento da administração da
empresa. Pode apresentar, além do parecer sobre as demonstrações, uma carta
contendo recomendações para alteração dos procedimentos de controles
internos.
• Quanto à duração, o trabalho do perito contábil é sempre por mandato
temporário e eventual, para apurar determinado fato ou emitir certo parecer, ao
passo que o trabalho do auditor, em geral, é permanente, podendo também, em
certos casos, ter um fim especial, com fixação de prazo para sua conclusão.
• Quanto à forma, especialmente quando judicial, o trabalho de perícia é realizado
mediante quesitos que lhe são formulados, os quais, respondidos, constituem seu
laudo. Já o trabalho do auditor, geralmente, é apresentado mediante relatório ou
certificado.
• Quanto aos fins, a perícia contábil quase sempre é realizada para constatar fatos
consumados, decorrentes de controvérsias ou oposição de interesses. A auditoria
tem sentido mais espontâneo, salvo quando imposta por exigência de terceiros.

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