(Eficaz para auditorias de demonstrações financeiras para períodos que comecem ou após 15 de
Dezembro de 2004)¨
ÍNDICE
Parágrafo
Introdução 1-4
A Norma Internacional de Auditoria (ISA) 610, “Considerar o Trabalho de Auditoria Interna” deve ser lida
no contexto do “Prefácio às Normas Internacionais de Controlo de Qualidade, de Auditoria, de Exame
Simplificado, de Outras Garantias de Fiabilidade e de Serviços Relacionados”, que estabelece a aplicação
e autoridade das ISAs.
Introdução
2. O auditor externo deve tomar em consideração as actividades de auditoria interna e o seu efeito, se
houver, nos procedimentos de auditoria externa.
3. "Auditoria interna" significa uma actividade de apreciação estabelecida dentro de uma entidade como
um serviço para a entidade. As suas funções incluem, entre outras coisas, monitorar o controlo interno.
4. Embora o auditor externo tenha a exclusiva responsabilidade pela opinião de auditoria expressa e por
determinar a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria externa, determinadas
partes do trabalho de auditoria interna podem ser úteis para o auditor interno.
• Exame da informação financeira e operacional. Isto pode incluir a revisão dos meios usados para
identificar, mensurar, classificar e relatar tal informação e indagações específicas de itens individuais
incluindo teste pormenorizado de transacções, saldos e procedimentos.
• Revisão da economia, eficiência e eficácia das operações incluindo controlos não financeiros de
uma entidade.
• Revisão da conformidade com leis, regulamentos e outros requisitos externos e com as políticas
e directivas da gerência e outros requisitos internos.
6. O papel da auditoria interna é determinado pela gerência, e os seus objectivos diferem dos do
auditor externo que é designado para relatar independentemente sobre as demonstrações financeiras.
Os objectivos da função de auditoria interna variam de acordo com as necessidades da gerência. A
primeira preocupação do auditor externo é se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções
materiais.
7. Não obstante alguns dos meios de atingir os seus respectivos objectivos serem muitas vezes
similares e assim determinados aspectos de auditoria interna podem ser úteis na determinação da
natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria externos.
9. O auditor externo deve obter um conhecimento suficiente das actividades de auditoria interna
para identificar e avaliar os riscos de distorção material das demonstrações financeiras, e para conceber
e executar procedimentos adicionais de auditoria.
10. Uma auditoria interna eficaz permitirá muitas vezes uma modificação na natureza e
oportunidade, e uma redução na extensão dos procedimentos de auditoria executados pelo auditor
externo mas não pode eliminá-los inteiramente. Nalguns casos, porém, tendo tomado em consideração
as actividades de auditoria interna, o auditor externo pode decidir que a auditoria interna não
teráqualquer efeito nos procedimentos de auditoria externos.
11. O auditor externo deve levar a efeito uma avaliação da função de auditoria interna quando a
auditoria interna for relevante para a avaliação do risco pelo auditor externo.
13. Ao obter a compreensão e levar a efeito uma avaliação preliminar da função de auditoria
interna, os critérios importantes são os seguintes:
(a) Situação organizacional: a situação específica da auditoria interna na entidade e o efeito que
isto tem na sua capacidade de ser objectiva. Na situação ideal, a auditoria interna reportará ao mais alto
nível da gerência e estará livre de qualquer outra responsabilidade operacional. Quaisquer limitações ou
restrições colocadas na auditoria interna pela gerência necessitarão de ser cuidadosamente
consideradas. Em particular, os auditores internos necessitarão de estarem livres para comunicar
completamente com o auditor externo.
(b) Âmbito da função: a natureza e extensão das missões de auditoria interna levadas a efeito. O
auditor externo necessitará também de considerar se a gerência actua sobre as recomendações de
auditoria interna e como isto é evidenciado.
(c) Competência técnica: se a auditoria interna é levada a efeito por pessoas que tenham o
adequado treino e proficiência técnicos como auditores internos. O auditor externo pode, por exemplo,
rever as políticas de contratação e de treino do pessoal de auditoria interna e a sua experiência e
qualificações profissionais.
(d) Devido zelo profissional: se a auditoria interna é ou não devidamente planeada, supervisionada,
revista e documentada. Será tomado em consideração a existência de manuais de auditoria adequados,
de programas de trabalho e de papéis de trabalho.
Calendarização das Ligações e Coordenação
14. Quando planear usar o trabalho de auditoria interna, o auditor externo necessitará de tomar em
consideração o plano de tentativa de auditoria interna para o período e debatê-lo numa fase tão inicial
quanto possível. Quando o trabalho de auditoria interna seja um factor na determinação da natureza,
oportunidade e extensão dos procedimentos do auditor, é desejável acordar de antemão o calendário
de trabalho, a extensão da cobertura de auditoria, níveis de materialidade e métodos propostos de
selecção de amostras, documentação do trabalho executado e procedimentos de auditoria e de relato.
15. As ligações com a auditoria interna são mais eficazes quando se fazem reuniões a intervalos
apropriados durante o período. O auditor externo necessitará de ser informado e de ter acesso aos
relatórios relevantes de auditoria interna e ser mantido informado de qualquer matéria significativa que
chame a atenção do auditor interno que possa afectar o trabalho do auditor externo. De forma
semelhante, o auditor externo informará normalmente o auditor interno de quaisquer matérias
significativas que possam afectar a auditoria interna.
16. Quando o auditor externo pretender usar trabalho específico de auditoria interna, o auditor
externo deve avaliar e executar procedimentos de auditoria sobre esse trabalho para confirmar a sua
adequação para as finalidades do auditor externo.
(a) O trabalho é executado por pessoas que tenham o adequado treino e proficiência técnicas como
auditores internos e o trabalho de auxiliares é devidamente supervisionado, revisto e documentado;
(b) É obtida prova de auditoria apropriada suficiente para servir de base para conclusões razoáveis;
(c) São apropriadas as conclusões atingidas nas circunstâncias e quaisquer relatórios preparados
são consistentes com os resultados do trabalho executado; e
(d) Quaisquer excepções ou matérias não usuais divulgadas pela auditoria interna são devidamente
resolvidas.