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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Economia
Disciplina de Finanças Públicas
Questões a considerar na preparação de Exame Normal
Temas: 1) Finanças Públicas e o papel do Estado; 2) Orçamento do Estado; 3) Política Orçamental; e
4) Despesas Pública
Parte I: Escolha a(s) alternativa(s) correcta(s) e marque com um círculo.
1. A economia clássica considera que a função essencial do Estado é:
a. Afectação.
b. Redistribuição do rendimento.
c. Estabilização.
d. Afectação e redistribuição do rendimento.

2. A provisão pública de um bem público é sempre ineficiente porque:


a. A exclusão não é possível e o racionamento do consumo não se traduz em benefício social.
b. A exclusão não é possível.
c. O racionamento do consumo não se traduz em benefício social.
d. A provisão pública é mais eficiente.

3. As finanças públicas modernas são um misto de:


a. Finanças clássicas e intervencionistas.
b. Finanças clássicas e constitucionalismo financeiro.
c. Finanças clássicas, intervencionistas e constitucionalismo financeiro.
d. Finanças intervencionistas e constitucionalismo financeiro.

4. A função redistribuição do Estado tem a ver com:


a. Provisão pública de bens de mérito.
b. Provisão pública de bens públicos.
c. Pagamento de prestações sociais.
d. Tributação progressiva do rendimento.

5. Em Finanças Públicas as variáveis de análise instrumental dizem respeito a:


a. Receitas e Despesa Públicas.
b. Regras e Instituições na implementação das Políticas Públicas.
c. Política Orçamental
d. Regras das instituições que operaram no sector público para a implementação das políticas públicas
desejáveis.

6. Nas Finanças Públicas a Análise de Equidade visa:


a. Determinar os efeitos da distribuição da carga fiscal e dos benefícios da despesa pública no bem-
estar.
b. Melhorar a situação dos mais desfavorecidos e diminuir as desigualdades e a pobreza.
c. Conhecer aquilo que as pessoas desejam em termos de bens públicos.
d. Determinar a dimensão ideal do sector público em relação ao privado no âmbito da afectação
eficiente de recursos

7. A regulação sobre bens de consumo público através da Associação da Defesa ao Consumo diz respeito
a intervenção pública face
a. Fracassos do governo.
b. Fracassos do mercado
c. Externalidades
d. Assimetrias de informação

8. Nos preços fiscais de Lindahl para bens públicos


a. Os indivíduos pagam para a produção do nível óptimo do bem público ao nível dos seus
benefícios.

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b. O nível de provisão óptima do bem público pode ser determinado pela condição de Samuelson
c. O preço é igual a disposição marginal a pagar pela quantidade óptima
d. Todas as pessoas pagam a mesma quantia.

9. A programação financeira plurianual do orçamento do Estado tem as seguinte vantagens:


a. Adiar a implementação de medidas de consolidação orçamental
b. Favorece a implementação de reformas estruturais
c. Favorecer a implementação de medidas fiscais
d. Facilitar as previsões macroeconómicas

10. O município de Maputo concessionou a uma empresa privada o tratamento do lixo e os munícipes pagam
uma tarifa que cobre os custos de produção. Neste caso está-se perante:
a. Provisão pública e produção pública.
b. Provisão privada e produção pública.
c. Provisão pública e produção privada.
d. Provisão privada e produção privada.

11. As Finanças Públicas Modernas caracterizam-se por:


a. Parcelar o orçamento do Estado.
b. Incluir a actividade empresarial do Estado.
c. Sustentabilidade financeira.
d. Comportar apenas o modelo intervencionista

12. Um imposto Pigouviano:


a. Iguala o benefício marginal externo ao nível óptimo da produção inicial.
b. Iguala o custo marginal externo para o nível óptimo de produção.
c. Iguala a diferença entre o benefício marginal social e privado óptimo.
d. Iguala a diferença entre custo marginal privado e externo óptimo.

13. Qual das seguintes situações não está associada a um fracasso de mercado:
a. Desigualidade na distribuição de rendimento.
b. Provisão mercantil de bens públicos.
c. Correcção privada de externalidades.
d. Informação completa aos consumidores.

14. Rawls e Nozick consideram que a melhoria do bem estar social se verifica necessariamente quando:
a. Aumenta o rendimento médio da sociedade.
b. Aumenta o bem-estar dos que estão pior na sociedade.
c. As desigualdades não resultam do roubo e extorsão.
d. Nenhuma correcta.

15. A metodologia bottom-down consiste em:


a. Pré-fixação de qualquer tecto sectorial.
b. Não-pré-fixação de qualquer tecto sectorial
c. Fixação de qualquer tecto sectorial.
d. Nenhuma correcta.

16. A metodologia top-down na elaboração do Orçamento do Estado consiste em:


a. Fixação, mais ou menos rígida, dos tectos da receita por ministério.
b. Fixação, mais ou menos rígida, dos tectos da despesa por ministério.
c. Pré-Fixação, mais ou menos rígida, dos tectos da receita por ministério.
d. Nenhuma correcta.

17. Constituem elementos que incorporam o Orçamento do Estado os seguintes:


a. Cultural; político e jurídico.
b. Económico; político e jurídico.
c. Económico; social e jurídico.
d. Nenhuma correcta.

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18. A despesa pública tem a característica de:
a. Contribuir para o rendimento nacional no período em que é realizada.
b. Contribuir para o rendimento nacional no período subsequente da sua realização.
c. Não contribuir para o rendimento nacional no período em que é realizada.
d. Nenhuma das alternativas está correcta.

19. A dotação provisional é para pagar:


a. Despesas correntes previstas.
b. Despesas de capitais não previstas.
c. Despesas inadiáveis
d. Nenhuma correcta.

20. O princípio de legalidade da receita preconiza que:


a. A receita pode ser cobrada se não tiver existência legal.
b. Nenhuma receita pode ser cobrada se não tiver existência legal.
c. Nenhuma receita pode ser cobrada se tiver existência legal.
d. Nenhuma correcta.

21. O aumento do imposto sobre o álcool pode ter a seguinte consequência:


a. Melhorar a transparência e a equidade.
b. Melhorar a eficiência, mas piorar a equidade.
c. Melhorar a flexibilidade, mas piorar a eficiência.
e. Nenhuma correcta.

22. Os critérios classificativos das receitas públicas podem ser:


a. Natureza jurídica.
b. Natureza política.
c. Natureza económica.
d. Nenhuma correcta.

23. A regra de “não compensação” do Orçamento do Estado exige que:


a. As receitas e as despesas sejam inscritas pelos valores deduzidos.
b. As receitas e as despesas sejam inscritas pelos valores ilíquidos.
c. As receitas e as despesas sejam inscritas pelos valores líquidos.
d. Nenhuma correcta.

24. A função redistribuição do Estado tem a ver entre outras coisas com a:
a. Promoção do investimento privado.
b. Produção de bens públicos puros.
c. Pagamento de prestações sociais.
d. Nenhuma correcta.

25. A eficácia da despesa pública significa:


a. A maximização do seu impacto no bem - estar social.
b. A minimização do seu impacto no desenvolvimento económico do país.
c. A maximização do seu impacto no desenvolvimento económico do país.
d. Nenhuma correcta.

26. A introdução de portagem em estradas com elevado tráfego para além de encaixe financeiro, a medida
destina-se a:
a. Eficiência.
b. Equidade em termos de capacidade de pagar.
c. Liberdade.
d. Igualdade.

27. Os principais critérios de classificação da despesa são:


a. Orgânica; política; económica; e por programa.
b. Orgânica; funcional; económica e por programa.
c. Orgânica; desfuncional; económica e por programa.

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d. Nenhuma correcta.

28. Qual das seguintes afirmações é falsa:


a. Os defensores do Estado mínimo consideram que o mercado é um processo justo.
b. Os defensores do Estado de bem-Estar dão sobretudo ênfase à função afectação do sector público.
c. Os defensores do Estado imperfeito dão ênfase aos fracassos do governo e à necessidade de controlo.
d. As finanças clássicas advogam que o orçamento do Estado deve ser equilibrado.

29. A provisão pública de um bem público puro em geral não é completamente eficiente porque:
a. A provisão pública comporta sempre custos superiores à provisão privada.
b. Um bem público puro é aquele em que não há rivalidade no consumo.
c. É difícil conhecer as verdadeiras disposições a pagar por esse bem, logo a quantidade óptima do
bem.
d. Como ninguém paga pelo acesso todos querem consumir mais do que devem.

30. A necessidade acrescida de serviços públicos está associada a:


a. Redução da população.
b. Aumento da população.
c. Mobilidade das pessoas.
d. Nenhuma correcta.

31. A política orçamental é uma das políticas que garante a estabilidade da actividade económica a:
a. Médio prazo.
b. Curto prazo.
c. Médio e longo prazos.
d. Nenhuma correcta.

32. O saldo orçamental estrutural procura determinar qual o valor de défice orçamental que se verificaria
caso a economia estivesse no nível de:
a. Subemprego.
b. Desemprego.
c. Pleno emprego.
d. Nenhuma das anteriores.

33. A política orçamental é considerada discricionária quando se observam alterações deliberadas na sua
implementação, visando responder às condições:
a. Políticas e sociais.
b. Jurídicas.
c. Económicas.
d. Nenhuma correcta.

34. Os estabilizadores automáticos (por convenção) são algumas rubricas orçamentais cujos valores se
ajustam de forma:
a. Progressiva.
b. Mecânica.
c. Automática.
d. Nenhuma correcta.

35. A regra do ouro das finanças públicas diz que o défice orçamental
a. Não deverá ser inferior ao valor das despesas de capital
b. Deverá ser nulo.
c. Não deverá ser superior ao valor das despesas de investimento.
d. Nenhuma correcta.

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Parte II. Responda as questões abaixo

36. Explique qual é a concepção do Estado e tipo de finanças públicas subjacente na seguinte afirmação “o
melhor de todos os planos financeiros é gastar pouco e o melhor de todos os impostos é aquele que for
menor” In: Jean Baptiste Say, apud Pereira (2009).

37. Explique, dando 2 exemplos concretos, como o Orçamento do Estado pode influenciar o quadro
macroeconómico.

38. Indique três medidas de políticas públicas em Moçambique cuja racionalidade fundamental assenta
respectivamente num critério de: i) Eficiência; ii) Equidade; e iii) Liberdade.

39. “O Estado deve envolver-se na correcção das assimetrias na distribuição dos rendimentos e da riqueza
e na promoção activa da igualdade de oportunidades”.
a) Em que concepção de Estado e das finanças públicas esse envolvimento mais se fundamenta?
Justifique.
b) Dê exemplos de instrumentos orçamentais que possam utilizar na função de Musgrave expressa na
afirmação.

40. O nível óptimo de produção de estradas em Moçambique pode ser ultrapassado. Estando as estradas
construídas, mesmo a nível excessivo, ter-se-á que pagar a sua manutenção de alguma forma de
impostos, contribuições ou taxas de utilização.
a) Qual a forma, do ponto de vista teórico, permitiria determinar o nível óptimo de estradas a construir
em Moçambique.
b) Explique as dificuldades de se saber com exactidão qual é esse nível óptimo.
c) Discuta as formas alternativas que permitiriam contudo, encontrar uma resposta satisfatória ao
problema.

41. Qual é a diferença entre os fracassos do governo e fracassos do mercado. Discuta os três principais
fracassos do governo dando exemplos concretos em Moçambique.

42. Indique os vários critérios da organização da despesa pública no Orçamento do Estado e justifique as
vantagens de se optar por esses critérios.

43. Indique e explique os princípios da execução da despesa pública e da receita pública.

44. Explique a diferença entre a teoria de Wagner e a teoria Keynesiana. Será que estas teorias são aplicáveis
em Moçambique? Justifique a sua resposta, recorrendo a exemplos concretos se possível.

45. Explique o significado da eficiência da despesa pública no domínio da educação e de saúde.

46. Porquê razão é preciso observar a regra de unicidade orçamental?

47. Qual é a racionalidade de se aplicar a regra de não consignação? Dê exemplos do quanto esta regra não
pode ser ignorada.

48. Qual é o entendimento que se deve ter da regra de equilíbrio orçamental? Esta regra é sempre aplicável?
Porquê?

49. Explique os critérios de classificação económica das despesas e receitas públicas.

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50. Explique porquê o Estado tem que fazer a avaliação dos projectos de investimento? E quais são os
instrumentos de análise que utiliza?

51. Partindo do conceito da despesa pública, explique as causas que podem provocar um aumento mais que
proporcional das despesas públicas em Moçambique.

52. Explique as fases do ciclo orçamental.

53. Tendo em conta as três grandes funções do sector público propostas por Musgrave. Indique-as e explique
aquela que melhor caracteriza a noção do Estado de Bem-Estar.

54. Examinando a situação actual do nosso país, e considerando as componentes de Política Orçamental.
Quais seriam as políticas a recomendar ou sugerir às autoridades que lidam com orçamentos? Justifica
a sua resposta, mostrando as vantagens e desvantagens dessas opções na promoção de bem-estar dos
cidadãos.

Bom trabalho.

Novembro de 2020
Grupo de disciplina: S. Nhabinde & A. Nhabinde

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