Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Palestra III
1
Objectivos da Unidade
No final desta aula, o estudante deve ser capaz de:
6
Cont…
16
Cont…
Actividades Preliminares do Trabalho:
O auditor deve realizar as seguintes actividades no início do
trabalho da auditoria corrente:
Executar os procedimentos exigidos pela ISA 220, respeitante
à continuação do relacionamento com o cliente e do trabalho
específico de auditoria;
Apreciar o cumprimento dos requisitos éticos relevantes,
incluindo a independência, de acordo com a ISA 220; e
Estabelecer um entendimento dos termos do trabalho,
conforme exigido pela ISA 210
17
Cont…
Actividades de Planeamento
O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que
fixe o âmbito, a oportunidade e a direcção da auditoria e que
oriente o desenvolvimento do plano de auditoria.
1. Ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve:
Identificar as características do trabalho que definem o seu
âmbito;
Certificar-se dos objectivos de relato do trabalho para planear
a oportunidade da auditoria e a natureza das comunicações
exigidas;
Considerar os factores que, no seu julgamento profissional, são
significativos para direccionar os esforços da equipa de
trabalho;
18
Cont…
Considerar os resultados das actividades preliminares do
trabalho e, quando aplicável, se é relevante o conhecimento
obtido pelo sócio responsável pelo trabalho noutros trabalhos
executados para a entidade; e
Certificar-se da natureza, oportunidade e extensão dos recursos
necessários para executar o trabalho.
Documentação
O auditor deve incluir na documentação de auditoria:
A estratégia global de auditoria;
O plano de auditoria; e
Quaisquer alterações significativas feitas durante o trabalho de auditoria à
estratégia global de auditoria ou ao plano de auditoria e as razões para tais
alterações.
21
Cont…
Considerações Adicionais para Trabalhos de
Auditoria Iniciais
O auditor deve desenvolver as seguintes actividades
antes de começar uma auditoria inicial:
Executar os procedimentos exigidos pela ISA 220
relativos à aceitação do relacionamento com o cliente
e do trabalho de auditoria específico;
Comunicar com o seu antecessor, em caso de
mudança do auditor, em conformidade com os
requisitos éticos relevantes.
22
Cont…
O Plano de Auditoria
O plano de auditoria é mais detalhado do que a estratégia global de
auditoria, na medida em que inclui a natureza, oportunidade e extensão dos
procedimentos de auditoria a executar pelos membros da equipa de
trabalho. O planeamento destes procedimentos de auditoria realiza-se no
decurso da auditoria, à medida que se vai desenvolvendo o plano de
auditoria relativo ao trabalho. Por exemplo, o planeamento dos
procedimentos de auditoria para avaliação do risco ocorre cedo no
processo de auditoria. Porém, o planeamento da natureza, oportunidade e
extensão de procedimentos adicionais de auditoria específicos dependerá
do resultado desses procedimentos de avaliação do risco. Além disso, o
auditor pode iniciar a execução de outros procedimentos de auditoria para
algumas classes de transações, saldos de contas e divulgações antes de
planear todos os restantes procedimentos adicionais de auditoria.
23
3. NIA 315 (Conhecimento de Negócio
da Empresa)
Esta Norma Internacional de Auditoria
(ISA) aborda a responsabilidade do auditor
de identificar e avaliar os riscos de
distorção material nas demonstrações
financeiras através do conhecimento da
entidade e do seu ambiente, incluindo o seu
controlo interno.
24
Cont…
Objectivo
O objectivo do auditor nesta NIA é identificar e
avaliar os riscos de distorção material devido a
fraude ou a erro, ao nível das demonstrações
financeiras e ao nível de asserção, através do
conhecimento da entidade e do seu ambiente,
incluindo o seu controlo interno, proporcionando
assim uma base para conceber e implementar
respostas aos riscos de distorção material
avaliados. 25
Cont…
Procedimentos de Avaliação do Risco e Actividades
Relacionadas:
1. O auditor deve executar procedimentos de avaliação
do risco que proporcionem uma base para a
identificação e avaliação dos riscos de distorção
material ao nível das demonstrações financeiras e ao
nível de asserção. Porém, os procedimentos de
avaliação do risco não proporcionam, por si só, prova de
auditoria suficiente e apropriada para basear a opinião
de auditoria.
26
Cont…
2. Os procedimentos de avaliação do risco devem incluir:
Indagações à gerência e a outras pessoas da entidade que, no
julgamento do auditor, possam ter informação que ajude a
identificar os riscos de distorção material devido a fraude ou
erro;
Procedimentos analíticos; e
Observação e inspecção.
27
Cont…
4. Se o sócio responsável pelo trabalho tiver executado
outros trabalhos para a entidade, deve considerar se a
informação obtida é relevante para identificar riscos de
distorção material.
32
Cont…
O Controlo Interno da Entidade:
O auditor deve inteirar-se do controlo interno
relevante para a auditoria. Se bem que a maior parte
dos controlos relevantes para a auditoria se
relacionem provavelmente com o relato financeiro,
nem todos os controlos que se relacionam com o
relato financeiro são relevantes para a auditoria. Se
um controlo é ou não relevante para a auditoria,
individualmente ou em combinação com outros, é
uma matéria de julgamento profissional do auditor.
33
4. NIA 240 (Erros e Fraudes)
34
Cont…
Características da Fraude
As distorções nas demonstrações financeiras podem resultar de
fraude ou de erro. O que distingue a fraude do erro é se a acção
subjacente que resulta na distorção das demonstrações financeiras
foi intencional ou não intencional.
Embora a fraude seja um conceito jurídico amplo, para efeito das ISA o auditor
preocupa-se com a fraude que dá origem a uma distorção material nas
demonstrações financeiras. Dois tipos de distorções materiais intencionais são
relevantes para o auditor – distorções resultantes de relato financeiro
fraudulento e distorções resultantes de apropriação indevida de activos. Se
bem que o auditor possa suspeitar ou, em casos raros, identificar a ocorrência
de fraude, não lhe compete extrair conclusões de natureza legal sobre se
ocorreu realmente uma fraude.
35
Cont…
Responsabilidade pela Prevenção e Detecção da
Fraude
A responsabilidade primária pela prevenção e detecção
da fraude cabe aos encarregados da governação da
entidade e à gerência. É importante que a gerência, com
a supervisão dos encarregados da governação, coloque
uma forte ênfase na prevenção da fraude, que pode
reduzir as oportunidades de ocorrência da fraude, e no
desencorajamento da fraude, que pode persuadir os
indivíduos a não cometer fraude devido à probabilidade
de detecção e punição.
36
Cont…
Para tal, terá de existir o empenho de criar uma cultura
de honestidade e de comportamento ético, que pode ser
reforçada por uma supervisão activa dos encarregados
da governação. A supervisão pelos encarregados da
governação inclui considerar a potencial derrogação de
controlos ou outra influência inapropriada sobre o
processo de relato financeiro, tais como esforços da
gerência para gerir os resultados de modo a influenciar
as percepções dos analistas quanto ao desempenho e
rentabilidade da entidade.
37
Cont…
Responsabilidades doAuditor:
Um auditor que conduza uma auditoria de acordo com
as ISA é responsável por obter garantia razoável de
fiabilidade de que as demonstrações financeiras tomadas
como um todo estão isentas de distorção material
causada por fraude ou por erro. Dadas as limitações
inerentes de uma auditoria, existe um risco inevitável de
que algumas distorções materiais das demonstrações
financeiras possam não ser detectadas, embora a
auditoria seja devidamente planeada e executada de
acordo com as ISAs.
38
Cont…
Objectivos
Os objectivos do auditor nesta NIA são:
Identificar e avaliar os riscos de distorção material
das demonstrações financeiras devido a fraude;
Obter prova de auditoria suficiente e apropriada
quanto aos riscos avaliados de distorção material
devido a fraude, por meio da concepção e
implementação de respostas apropriadas; e
Responder apropriadamente à fraude ou suspeita de
fraude identificada durante a auditoria.
39
Cont…
Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes
definições:
Fraude – Um acto intencional praticado por um ou
mais indivíduos de entre a gerência, encarregados da
governação, empregados ou terceiros, envolvendo o uso
propositado de falsidades para obter uma vantagem
injusta ou ilegal.
Factores de risco de fraude – Acontecimentos ou
condições que indicam um incentivo ou pressão ou
proporcionam uma oportunidade para cometer fraude.
40
Cont…
Cepticismo Profissional
De acordo com a ISA 200, o auditor deve manter
cepticismo profissional ao longo de toda a
auditoria, reconhecendo a possibilidade de que
possa existir uma distorção material devido a
fraude, não obstante a sua experiência passada
quanto à honestidade e integridade da gerência e
dos encarregados da governação da entidade.
41
Cont…
Salvo se tiver razões para acreditar o contrário, o
auditor pode aceitar como genuínos os registos e
documentos. Se as condições identificadas durante a
auditoria o levarem a crer que um documento pode
não ser autêntico ou que os termos de um documento
foram modificados mas não lhe foram divulgados, o
auditor deve aprofundar a sua investigação.
Quando as respostas a indagações à gerência ou aos
encarregados da governação forem inconsistentes, o
auditor deve investigar as inconsistências.
42
Cont…
Discussão entre a Equipa de Trabalho
A ISA 315 exige uma discussão entre os membros da equipa de
trabalho e uma decisão pelo sócio responsável pelo trabalho
quanto às matérias que devem ser comunicadas aos membros da
equipa não envolvidos na discussão.
Esta discussão deve incidir em particular sobre como e quando as
demonstrações financeiras podem ser sensíveis a distorção
material devido a fraude e, nomeadamente, sobre como a fraude
se poderá concretizar. A discussão deve ter lugar pondo de parte
as eventuais convicções dos membros da equipa de trabalho
quanto à honestidade e à integridade da gerência e dos
encarregados da governação.
43
5. NIA 450 (Sistemas de Informação e
Controle Interno)
Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA) aborda a
responsabilidade do auditor na apreciação dos efeitos de
distorções identificadas na auditoria e de distorções não
corrigidas, se existirem, nas demonstrações financeiras.
Objectivo
O objectivo do auditor nesta NIA é apreciar:
O efeito de distorções identificadas na auditoria; e
O efeito de distorções não corrigidas, se existirem, nas
demonstrações financeiras.
47
Cont…
Consideração de Distorções Identificadas à Medida que
a Auditoria Progride
O auditor deve determinar se a estratégia global de auditoria
e o plano de auditoria necessitam de ser revistos se:
A natureza de distorções identificadas e as circunstâncias
da sua ocorrência indicarem que possam existir outras
distorções que, quando agregadas com distorções
acumuladas durante a auditoria, possam ser materiais; ou
O agregado das distorções acumuladas durante a auditoria
está próximo da materialidade determinada de acordo
com a ISA 320.
48
Cont…
49
Cont…
Comunicação e Correcção de Distorções
Salvo se proibido por lei ou regulamento, o auditor deve
comunicar em tempo oportuno todas as distorções acumuladas
durante a auditoria ao nível apropriado da gerência. O auditor
deve pedir à gerência para corrigir essas distorções.
51
Cont…
Declarações Escritas
O auditor deve pedir uma declaração escrita da
gerência e, quando apropriado, dos encarregados
da governação sobre se consideram que os
efeitos de distorções não corrigidas,
individualmente e em agregado, são imateriais
para as demonstrações financeiras como um
todo. Um resumo de tais itens deve ser incluído
na declaração escrita ou num anexo à mesma.
52
Cont…
Documentação
O auditor deve incluir na documentação de
auditoria:
A quantia abaixo da qual as distorções deverão ser
vistas como insignificantes;
Todas as distorções acumuladas durante a auditoria
e se foram corrigidas; e
A conclusão do auditor sobre se as distorções não
corrigidas são materiais, individualmente ou em
agregado, e a base para essa conclusão
53
6. NIA 320 (Materialidade e Risco de
Auditoria)
Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA)
aborda a responsabilidade do auditor no sentido
de aplicar o conceito de materialidade no
planeamento e na execução de uma auditoria de
demonstrações financeiras. A ISA 450 explica
como a materialidade é aplicada na avaliação do
efeito de distorções identificadas na auditoria e
de distorções não corrigidas, se existirem, nas
demonstrações financeiras.
Por: Bizelbi Barros, LCA 54
Cont…
A Materialidade no Contexto de uma Auditoria
Os referenciais de relato financeiro debatem muitas vezes o
conceito da materialidade no contexto da preparação e
apresentação de demonstrações financeiras. Se bem que os
referenciais de relato financeiro possam debater a
materialidade em diferentes termos, geralmente explicam
que:
1. As distorções, incluindo as omissões, são consideradas
materiais se se esperar que, individualmente ou em
conjunto, influenciem as decisões económicas tomadas
pelos utentes com base nas demonstrações financeiras.
55
Cont…
2. Os julgamentos acerca da materialidade são feitos à
luz das circunstâncias envolventes e são afectados pela
dimensão ou natureza de uma distorção ou pela
combinação de ambas; e
3. Os julgamentos sobre questões que sejam materiais
para os utentes das demonstrações financeiras baseiam-
se na consideração das necessidades comuns de
informação financeira dos utentes como um grupo. Não
é considerado o possível efeito de distorções sobre
utentes individuais específicos, cujas necessidades
podem variar amplamente.
56
Cont…
Objectivo
O objectivo do auditor perante esta NIA é aplicar
o conceito de materialidade de forma apropriada
no planeamento e execução de uma auditoria.
57
Cont…
Para efeito das ISA, a materialidade de execução significa a
quantia ou quantias estabelecidas pelo auditor, inferiores à
materialidade estabelecida para as demonstrações
financeiras como um todo, com vista a reduzir para um nível
apropriadamente baixo a probabilidade de as distorções não
corrigidas e não detectadas agregadas excederem a
materialidade para as demonstrações financeiras como um
todo. Se aplicável, a materialidade de execução refere-se
também à quantia ou quantias estabelecidas pelo auditor,
inferiores ao nível ou níveis de materialidade, para classes
particulares de transacções, saldos de contas ou divulgações.
58
Cont…
Determinar a Materialidade e a Materialidade de
Execução ao Planear a Auditoria
1. Ao definir a estratégia global de auditoria, o
auditor deve determinar a materialidade para as
demonstrações financeiras como um todo. Se, nas
circunstâncias específicas da entidade, existirem
uma ou mais classes particulares de transacções,
saldos de contas ou divulgações relativamente às
quais se possa pensar que as distorções de quantias
inferiores à materialidade para as demostrações
59
Cont…
financeiras como um todo irão influenciar as decisões
económicas de utentes tomadas com base nas
demonstrações financeiras, o auditor deve também
determinar o nível ou níveis de materialidade a aplicar a
essas classes particulares de transacções, saldos de
contas ou divulgações.
2. O auditor deve determinar a materialidade de
execução para efeito da avaliação dos riscos de
distorção material e da determinação da natureza,
oportunidade e extensão de procedimentos adicionais de
auditoria.
60
Cont…
Objectivo
O objectivo do auditor nesta NIA é conceber e
executar procedimentos de auditoria de tal forma
que possa obter prova de auditoria suficiente e
apropriada para o habilitar a extrair conclusões
razoáveis sobre as quais baseia a sua opinião.
65
Cont…
Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes
definições:
Apropriação (da prova de auditoria) – A medida da
qualidade da prova de auditoria, isto é, a sua relevância e
a sua fiabilidade ao proporcionar suporte para as
conclusões sobre as quais se baseia a opinião do auditor.
Perito da gerência – Um indivíduo ou organização que
possui competências especializadas numa área distinta da
contabilidade ou da auditoria e cujo trabalho nessa área é
usado pela entidade como auxiliar na preparação das
demonstrações financeiras.
66
Cont…
67
Cont…
Registos contabilísticos – Registos de lançamentos
contabilísticos iniciais e registos de suporte, tais
como cheques e registos de transferências
electrónicas de fundos; facturas; contratos; o razão
geral e razões auxiliares, os lançamentos de diário e
outros ajustamentos às demonstrações financeiras
que não estejam reflectidos em lançamentos de
diário; e outros registos, como folhas de trabalho e
de cálculo, que suportem imputações de custos,
cálculos, reconciliações e divulgações.
68
Cont…
69
Cont…
Prova de Auditoria Suficiente e Apropriada
O auditor deve conceber e executar procedimentos de
auditoria que sejam apropriados nas circunstâncias para
a finalidade de obter prova de auditoria suficiente e
apropriada.
80
Cont…
Período para Além da Apreciação da Gerência
O auditor deve questionar a gerência quanto ao seu conhecimento
de acontecimentos ou condições para além do período apreciado
pela gerência que possam colocar dúvidas significativas sobre a
capacidade da entidade para prosseguir em continuidade.
84
Cont…
Relacionamento entre a Função de Auditoria
Interna e o Auditor Externo
Os objectivos da função de auditoria interna são
determinados pela gerência e, quando aplicável,
pelos encarregados da governação. Embora os
objectivos da função de auditoria interna e os do
auditor externo sejam diferentes, podem ser
similares algumas das formas como a função de
auditoria interna e o auditor externo atingem os seus
objectivos.
85
Cont…
86
Cont…
Objectivos
Os objectivos do auditor externo, quando a entidade tem
uma função de auditoria interna que o auditor externo
determinou será provavelmente relevante para a
auditoria, nesta NIA são:
Determinar se e até que ponto deve usar trabalho
específico dos auditores internos; e
Se usar o trabalho específico dos auditores internos,
determinar se esse trabalho é adequado para as
finalidades da auditoria.
87
Cont…
Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes
definições:
Auditores internos – Os indivíduos que executam as
actividades da função de auditoria interna. Os auditores
internos podem pertencer a um departamento de
auditoria interna ou função equivalente.
Função de auditoria interna – Uma actividade de
análise estabelecida ou proporcionada como um serviço
para a entidade. Estas funções incluem nomeadamente
examinar, avaliar e monitorizar a adequação e a eficácia
do controlo interno.
88
Cont…
Determinar Se e Até Que Ponto Usar o Trabalho
de Auditores Internos
O auditor externo deve determinar:
Se é provável que o trabalho dos auditores
internos seja adequado para as finalidades da
auditoria; e
Em caso afirmativo, o efeito planeado do trabalho
dos auditores internos sobre a natureza,
oportunidade e extensão dos procedimentos do
auditor externo.
89
Cont…
Ao determinar se é provável que o trabalho dos
auditores internos seja adequado para as finalidades
da auditoria, o auditor externo deve avaliar:
A objectividade da função de auditoria interna;
A competência técnica dos auditores internos;
Se é provável que o trabalho dos auditores
internos tenha sido feito com o devido zelo
profissional; e
Se é provável uma comunicação eficaz entre os
auditores internos e o auditor externo. 90
Cont…
Ao determinar o efeito planeado do trabalho dos auditores
internos sobre a natureza, oportunidade ou extensão dos
seus procedimentos, o auditor externo deve considerar:
A natureza e âmbito do trabalho específico executado
ou a executar pelos auditores internos;
Os riscos avaliados de distorção material ao nível da
asserção para classes de transacções, saldos de contas e
divulgações específicos; e
O grau de subjectividade envolvido na avaliação da
prova de auditoria recolhida pelos auditores internos
como suporte das asserções relevantes.
91
Cont…
Usar Trabalho Específico de Auditores Internos
Para usar trabalho específico dos auditores internos, o auditor
externo deve apreciar e executar procedimentos de auditoria
sobre esse trabalho para determinar a sua adequação para as
finalidades que pretende atingir.
Para determinar a adequação do trabalho específico executado
pelos auditores internos para as finalidades que pretende
atingir, o auditor externo deve apreciar se:
O trabalho foi executado por auditores internos com
adequada formação técnica e competência;
O trabalho foi devidamente supervisionado, revisto e
documentado;
92
Cont…
Foi obtida prova de auditoria adequada que possibilite aos
auditores internos tirar conclusões razoáveis;
As conclusões atingidas são apropriadas nas circunstâncias
e quaisquer relatórios preparados pelos auditores internos
são consistentes com os resultados do trabalho executado; e
Quaisquer excepções ou matérias não usuais divulgadas
pelos auditores internos foram devidamente resolvidas.
Documentação
Se o auditor externo usar trabalho específico dos auditores
internos, deve incluir na documentação de auditoria as
conclusões atingidas no que respeita à apreciação da
adequação do trabalho dos auditores internos e aos
procedimentos executados sobre esse trabalho.
93
10. NIA 620 (Uso do Trabalho de Perito)
Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA) aborda as responsabilidades
do auditor relativas ao trabalho de um indivíduo ou de uma organização
numa área de especialização que não seja a contabilidade ou auditoria,
quando esse trabalho é utilizado para ajudar o auditor a obter prova de
auditoria suficiente e apropriada.
Esta ISA não aborda:
1. Situações em que a equipa de trabalho inclua um membro ou consulte
um indivíduo ou uma organização com competências especializadas numa
área da contabilidade ou auditoria, situações essas que são tratadas na ISA
220; ou
2. O uso pelo auditor do trabalho de um indivíduo ou de uma organização
com competências especializadas numa área que não seja a contabilidade
ou auditoria e cujo trabalho nessa área é usado pela entidade para a apoiar
na preparação das demonstrações financeiras (um perito da gerência),
situação que é tratada na ISA 500. 94
Cont…
A Responsabilidade do Auditor pela Opinião de
Auditoria
O auditor tem a responsabilidade exclusiva pela opinião
de auditoria expressa, responsabilidade essa que não é
reduzida pela utilização do trabalho de um perito do
auditor. No entanto, se o auditor usar o trabalho de um
perito e, tendo seguido esta ISA, concluir que o trabalho
desse perito é adequado para as suas finalidades, pode
aceitar os resultados ou conclusões desse perito como
prova de auditoria apropriada
95
Cont…
Objectivos
Os objectivos do auditor patentes nesta NIA são:
Determinar se deve usar o trabalho de um perito do
auditor; e
Se usar o trabalho de um perito do auditor, determinar
se esse trabalho é adequado para as suas finalidades.
96
Cont…
Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes
definições:
Competências especializadas – Habilitações,
conhecimentos e experiência numa dada área.
Perito da gerência - Um indivíduo ou organização
com competências especializadas numa área que
não seja a contabilidade ou auditoria, cujo trabalho
nessa área é utilizado pela entidade para a ajudar na
preparação das demonstrações financeiras.
97
Cont…
Perito do auditor – Um indivíduo ou
organização com competências especializadas
numa área que não seja a contabilidade ou
auditoria, cujo trabalho nessa área é usado pelo
auditor para o ajudar a obter prova de auditoria
suficiente e apropriada. Um perito do auditor
pode ser interno (que seja sócio ou pertença ao
pessoal técnico, incluindo o pessoal técnico
temporário, da firma do auditor ou de uma firma
da rede) ou externo.
98
Cont…
Determinar a Necessidade de um Perito do Auditor
Se forem necessárias competências especializadas numa
área que não seja a contabilidade ou auditoria para
obter prova de auditoria suficiente e apropriada, o
auditor deve determinar se deve usar o trabalho de um
perito do auditor.
Natureza, Oportunidade e Extensão dos
Procedimentos de Auditoria
A natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos
do auditor com respeito aos requisitos irão variar
dependendo das circunstâncias. 99
Cont…
Ao determinar a natureza, oportunidade e extensão desses
procedimentos, o auditor deve considerar matérias como:
A natureza da matéria com que se relaciona o trabalho do
perito;
Os riscos de distorção material na matéria com que se
relaciona o trabalho do perito;
A importância do trabalho desse perito no contexto da
auditoria;
O conhecimento e experiência do auditor em trabalhos
anteriores executados por esse perito; e
Se o trabalho do perito está sujeito às políticas e
procedimentos de controlo de qualidade da firma do auditor.
100
Cont…
Competência, Capacidades e Objectividade do Perito do
Auditor
O auditor deve apreciar se o perito do auditor tem a competência,
capacidades e objectividade necessárias para as suas finalidades. No
caso de um perito externo do auditor, a apreciação da objectividade
deve incluir indagações respeitantes a interesses e relações que possam
criar uma ameaça à objectividade do perito.
Tomar Conhecimento da Área de Especialização do Perito do
Auditor
O auditor deve obter um conhecimento suficiente da área de
especialização do perito do auditor que o habilite a:
Determinar a natureza, âmbito e objectivos do trabalho desse perito
para as suas finalidades; e
Apreciar a adequação desse trabalho para as suas finalidades.
101
Cont…
Acordo com o Perito do Auditor
O auditor deve acordar, por escrito quando apropriado, sobre
as seguintes matérias com o seu perito:
A natureza, âmbito e objectivos do trabalho desse perito;
As funções e responsabilidades respectivas do auditor e
desse perito;
A natureza, oportunidade e extensão das comunicações
entre o auditor e esse perito, incluindo a forma de qualquer
relatório que o perito deva fornecer; e
A necessidade de o perito do auditor observar requisitos de
confidencialidade.
102
Cont…
Apreciar a Adequação do Trabalho do Perito do Auditor
O auditor deve apreciar a adequação do trabalho do perito do
auditor para as suas finalidades, incluindo:
A relevância e razoabilidade dos resultados ou conclusões
desse perito e a sua consistência com outra prova de auditoria.
Se o trabalho desse perito envolver a utilização de
pressupostos e métodos significativos, a relevância e
razoabilidade desses pressupostos e métodos nas
circunstâncias; e
Se o trabalho desse perito envolver o uso de dados de base que
sejam significativos para o seu trabalho, a relevância,
plenitude e rigor desses dados de base.
103
Cont…
Se o auditor determinar que o trabalho do perito do auditor não é adequado
para as suas finalidades, deve:
Acordar com esse perito a natureza e extensão de trabalho adicional que
deverá executar; ou
Executar procedimentos de auditoria adicionais apropriados às circunstâncias.
106
Cont…
Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes definições:
Demonstrações financeiras com finalidade geral –
Demonstrações financeiras preparadas de acordo com um
referencial de relato com finalidade geral.
Opinião não modificada – A opinião expressa pelo auditor
quando conclui que as demonstrações financeiras estão
preparadas, em todos os aspectos materiais, de acordo com o
referencial de relato financeiro aplicável.
Referencial de Relato com finalidade geral – Um referencial de
relato financeiro concebido para satisfazer as necessidades
comuns de informação financeira de um conjunto alargado de
utentes. O referencial de relato financeiro pode ser um referencial
de apresentação apropriada ou um referencial de cumprimento.
107
Cont…
A expressão “referencial de apresentação apropriada” é usada
para referir um referencial de relato financeiro cujos requisitos
são de cumprimento obrigatório e que:
a) Reconhece explícita ou implicitamente que, para conseguir
uma apresentação apropriada das demonstrações financeiras,
pode ser necessário que a gerência faça divulgações para além
das especificamente exigidas pelo referencial; ou
b) Reconhece explicitamente que pode ser necessário que a
gerência não aplique um requisito do referencial para
conseguir uma apresentação apropriada das demonstrações
financeiras. Estas situações só deverão ser necessárias em
circunstâncias extremamente raras.
108
Cont…
109
Cont…
110
Cont…
Formar uma Opinião sobre as Demonstrações Financeiras
O auditor deve formar uma opinião sobre se as demonstrações
financeiras estão preparadas, em todos os aspectos materiais, de acordo
com o referencial de relato financeiro aplicável.
Para formar essa opinião, o auditor deve concluir se obteve garantia
razoável sobre se as demonstrações financeiras como um todo estão
isentas de distorção material devido a fraude ou a erro. Essa conclusão
deve ter em conta:
A conclusão do auditor, de acordo com a ISA 330, sobre se foi obtida
prova de auditoria suficiente e apropriada;
A conclusão do auditor, de acordo com a ISA 450, sobre se as
distorções por corrigir são materiais, individualmente ou em
agregado; e
As avaliações exigidas que serão apresentadas a seguir.
111
Cont…
O auditor deve avaliar se as demonstrações financeiras estão
preparadas, em todos os aspectos materiais, de acordo com os
requisitos do referencial de relato financeiro aplicável. Esta
avaliação deve incluir a consideração dos aspectos qualitativos
das práticas contabilísticas da entidade, incluindo indicadores de
possíveis faltas de isenção nos julgamentos da sua gerência.
Em particular, o auditor deve avaliar se, tendo em conta os
requisitos do referencial de relato financeiro aplicável:
As demonstrações financeiras divulgam adequadamente as
políticas contabilísticas significativas seleccionadas e
aplicadas;
As políticas contabilísticas seleccionadas e aplicadas são
consistentes com o referencial de relato financeiro aplicável e
são apropriadas;
112
Cont…
As estimativas contabilísticas feitas pela gerência são
razoáveis,
A informação apresentada nas demonstrações financeiras é
relevante, fiável, comparável e compreensível;
As demonstrações financeiras proporcionam divulgações
adequadas para habilitar os utentes a quem se destinam a
compreender o efeito de transacções e acontecimentos
materiais sobre a informação transmitida pelas demonstrações
financeiras; e
A terminologia usada nas demonstrações financeiras, incluindo
o título de cada demonstração financeira, é apropriada.
113
Cont…
A avaliação do auditor sobre se as demonstrações financeiras
atingem uma apresentação apropriada deve incluir a
consideração:
Da apresentação, estrutura e conteúdo global das
demonstrações financeiras; e
Se as demonstrações financeiras, incluindo as respectivas
notas, representam as transacções e acontecimentos
subjacentes de uma forma que atinja apresentação apropriada.
O auditor deve avaliar se as demonstrações financeiras referem
adequadamente ou descrevem o referencial de relato financeiro
aplicável.
114
Cont…
Forma de Opinião
O auditor deve expressar uma opinião não modificada quando
concluir que as demonstrações financeiras estão preparadas, em
todos os aspectos materiais, de acordo com o referencial de relato
financeiro aplicável.
Se o auditor:
concluir, com base na prova de auditoria obtida, que as
demonstrações financeiras como um todo não estão isentas de
distorção material; ou não conseguir obter prova de auditoria
suficiente e apropriada para concluir que as demonstrações
financeiras como um todo estão isentas de distorção material,
deve modificar a opinião no seu relatório de acordo com a ISA
705.
115
Cont…
Se as demonstrações financeiras preparadas de acordo com os
requisitos de um referencial de apresentação apropriada não
atingirem uma apresentação apropriada, o auditor deve discutir a
matéria com a gerência e, dependendo dos requisitos do
referencial de relato financeiro aplicável e da forma como a
matéria é resolvida, deve determinar se é necessário modificar a
opinião no seu relatório de acordo com a ISA 705.
Quando as demonstrações financeiras forem preparadas de
acordo com um referencial de cumprimento, não se exige que o
auditor avalie se as demonstrações financeiras atingem uma
apresentação apropriada. Porém, se, em circunstâncias
extremamente raras, o auditor concluir que tais demonstrações
financeiras são enganadoras, deve discutir o assunto com a
gerência e, dependendo da forma como for resolvido, determinar
se e como se deve referir ao mesmo no seu relatório. 116
Cont…
Relatório do Auditor
O relatório do auditor será feito por escrito.
Relatório do Auditor para Auditorias Conduzidas de Acordo com as Normas
Internacionais de Auditoria.
Título:
O relatório do auditor deve ter um título que indique claramente que se trata do
relatório de um auditor independente.
Destinatário:
O relatório do auditor deve ter um destinatário, conforme exigido pelas
circunstâncias do trabalho.
Parágrafo Introdutório:
O parágrafo introdutório do relatório do auditor deve:
Identificar a entidade cujas demonstrações financeiras foram auditadas;
Declarar que as demonstrações financeiras foram auditadas;
Identificar o título de cada demonstração que integra as demonstrações
financeiras;
117
Cont…
Remeter para o resumo das políticas contabilísticas
significativas e para outras notas explicativas; e
Especificar a data ou período cobertos por cada demonstração
financeira que integra as demonstrações financeiras.
132
Cont…
Aceitação do Trabalho
O auditor apenas deve aceitar um trabalho para relatar sobre
demonstrações financeiras resumidas de acordo com esta ISA
quando tiver sido contratado para conduzir, de acordo com as
ISA, uma auditoria das demonstrações financeiras das quais as
demonstrações financeiras resumidas foram extraídas.
Antes de aceitar um trabalho para relatar sobre demonstrações
financeiras resumidas o auditor deve:
Determinar se os critérios aplicados são aceitáveis;
Obter o acordo da gerência de que reconhece e entende a sua
responsabilidade
Acordar com a gerência a forma de opinião a ser expressa
sobre as demonstrações financeiras resumidas 133
Cont…
Natureza dos Procedimentos
O auditor deve executar os procedimentos que se
seguem e quaisquer outros procedimentos que considere
necessários como base para a sua opinião sobre as
demonstrações financeiras resumidas:
Avaliar se as demonstrações financeiras resumidas
divulgam adequadamente a sua natureza resumida e
se identificam as demonstrações financeiras
auditadas;
Quando as demonstrações financeiras resumidas não
forem acompanhadas pelas demonstrações financeiras
auditadas, avaliar se aquelas claramente descrevem:
134
Cont…
a) A partir de quem ou aonde as demonstrações financeiras estão
disponíveis; ou
b) A lei ou o regulamento que especifica que as demonstrações
financeiras auditadas não necessitam ser disponibilizadas aos
destinatários das demonstrações financeiras resumidas e que
estabelece os critérios para a preparação de demonstrações
financeiras resumidas;
Avaliar se as demonstrações financeiras resumidas divulgam
adequadamente os critérios aplicados;
Comparar as demonstrações financeiras resumidas com a
informação relacionada nas demonstrações financeiras
auditadas para determinar se as demonstrações financeiras
resumidas concordam com informação relacionada das
demonstrações financeiras auditadas ou podem ser
recalculadas a partir dessa informação; 135
Cont…
Avaliar se as demonstrações financeiras resumidas são
preparadas de acordo com os critérios aplicados;
Avaliar, atendendo à finalidade das demonstrações financeiras
resumidas, se as mesmas contêm a informação necessária e
apresentam o nível apropriado de agregação, de forma a, nas
circunstâncias, não induzirem em erro;
Avaliar se as demonstrações financeiras auditadas estão
disponíveis para os utentes das demonstrações financeiras
resumidas sem dificuldades injustificadas, salvo se a lei ou
regulamento dispuser que não necessitam de ser
disponibilizadas e estabelecer os critérios para a preparação
das demonstrações financeiras resumidas.
136
Cont…
Forma de Opinião
Quando o auditor concluir que é apropriada uma opinião não
modificada sobre as demonstrações financeiras resumidas, a
opinião deve, salvo se exigido de outra forma por lei ou
regulamento, usar uma das seguintes frases:
As demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em
todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras
auditadas, de acordo com [os critérios aplicados]; ou
As demonstrações financeiras resumidas são um sumário
apropriado das demonstrações financeiras auditadas, de acordo
com os critérios aplicados.
137
Cont…
Se a lei ou um regulamento prescreverem a redacção da opinião
sobre demonstrações financeiras resumidas em termos que sejam
diferentes dos descritos anteriormente, o auditor deve:
Aplicar os procedimentos descritos de quaisquer
procedimentos adicionais necessários para habilitar o auditor a
expressar a opinião prescrita; e
Avaliar se os utentes das demonstrações financeiras resumidas
podem não entender a opinião do auditor sobre as
demonstrações financeiras resumidas e, em caso afirmativo, se
uma explicação adicional no relatório do auditor sobre as
demonstrações financeiras resumidas pode mitigar possíveis
mal-entendidos.
138
Cont…
Se, no caso anterior, o auditor concluir que explicações adicionais
no relatório sobre demonstrações financeiras resumidas não são
suficientes para mitigar possíveis mal-entendidos, o auditor não
deve aceitar o trabalho, salvo se tal for exigido por lei ou
regulamento. Um trabalho conduzido de acordo com tal lei ou
regulamento não cumpre esta ISA.
Consequentemente, o relatório do auditor sobre as demonstrações
financeiras resumidas não deve referir que o trabalho foi
conduzido de acordo com esta ISA.
..\Manual 3ª Unidade\Elementos de Relatório do Auditor sobre
Demonstrações Financeiras Resumidas.docx
139
13. NIA 550 (Partes Relacionadas)
Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA) aborda as
responsabilidades do auditor respeitantes aos relacionamentos e
transacções com partes relacionadas quando executa uma
auditoria de demonstrações financeiras. Especificamente,
desenvolve a forma como a ISA 315, a ISA 330, e a ISA 240
devem ser aplicadas em relação aos riscos de distorção material
associados aos relacionamentos e transacções com partes
relacionadas.
140
Cont…
Natureza dos Relacionamentos e Transacções com Partes
Relacionadas
Muitas transacções com partes relacionadas realizam-se no
âmbito normal da actividade. Nestas circunstâncias, não
acarretam risco mais alto de distorção material das demonstrações
financeiras do que transacções similares com partes não
relacionadas. Porém, a natureza das relações e das transacções
com partes relacionadas pode, nalgumas circunstâncias, dar
origem a riscos mais altos de distorção material das
demonstrações financeiras do que transacções com partes não
relacionadas.
141
Cont…
Responsabilidades do Auditor
Dado que as partes relacionadas não são independentes umas das
outras, muitos referenciais de relato financeiro estabelecem
requisitos específicos de contabilização e divulgação para as
relações, transacções e saldos com partes relacionadas, para
permitir que os utentes das demonstrações financeiras possam
compreender a sua natureza e os seus efeitos reais ou potenciais
sobre as demonstrações financeiras. Quando o referencial de
relato financeiro aplicável estabelecer tais requisitos, o auditor
tem a responsabilidade de executar procedimentos de auditoria
para identificar, avaliar e responder aos riscos de distorção
material provenientes da não contabilização e divulgação
apropriadas pela entidade das relações, transacções e saldos com
partes relacionadas de acordo com os requisitos do referencial.
142
Cont…
Objectivos
Os objectivos do auditor nesta NIA são:
Independentemente de o referencial de relato financeiro
aplicável estabelecer ou não requisitos sobre partes
relacionadas, obter um conhecimento suficiente dos
relacionamentos e transacções com partes relacionadas para
ser capaz de:
1. Reconhecer factores de risco de fraude, se existirem,
provenientes de relacionamentos e transacções com partes
relacionadas e que sejam relevantes para a identificação e
avaliação dos riscos de distorção material devido a fraude; e
143
Cont…
2. Concluir, com base na prova de auditoria obtida, se as
demonstrações financeiras, na medida em que são afectadas por
esses relacionamentos e transacções:
a) Garantem uma apresentação apropriada (para referenciais de
apresentação apropriada); ou
b) Não são enganadoras (para referenciais de cumprimento); e
c) Além disso, quando o referencial de relato financeiro
aplicável estabelecer requisitos sobre partes relacionadas,
obter prova de auditoria suficiente e apropriada sobre se os
relacionamentos e transacções com partes relacionadas foram
apropriadamente identificados, contabilizados e divulgados
nas demonstrações financeiras de acordo com o referencial.
144
Cont…
Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes definições:
Parte relacionada – Uma parte que é:
1. Uma parte relacionada como definido no referencial de
relato financeiro aplicável; ou
2. No caso de um referencial de relato financeiro aplicável que
estabelece requisitos mínimos ou não estabelece requisitos sobre
partes relacionadas:
a) Uma pessoa ou outra entidade que tem controlo ou
influência significativa, directa ou indirectamente por meio de um
ou mais intermediários, sobre a entidade que relata;
145
Cont…
b) Uma outra entidade sobre a qual a entidade que relata tem
controlo ou influência significativa directa ou indirectamente por
meio de um ou mais intermediários; ou
c) Uma outra entidade que está sob controlo comum com a
entidade que relata tendo:
i. Controlo de propriedade comum;
ii. Proprietários que são membros próximos da família; ou
iii. Gerência principal comum. Porém, as entidades que estão
sob controlo comum por um Estado (isto é, um governo nacional,
regional ou local) não são consideradas relacionadas salvo se
empreenderem transacções significativas ou partilharem recursos
numa extensão significativa umas com as outras.
146
Cont…
Transacção entre partes não relacionadas – Uma transacção
efectuada em determinados termos e condições, de livre vontade,
entre um comprador e um vendedor que não são relacionados e
que actuam de forma independente um do outro na defesa dos
seus próprios interesses.
Procedimentos de Avaliação do Risco e Actividades
Relacionadas
No âmbito dos procedimentos de avaliação do risco e actividades
relacionadas que a ISA 315 e a ISA 240 exigem que o auditor
execute durante a auditoria, o auditor deve executar os
procedimentos de auditoria e actividades relacionadas
estabelecidos para obter informação relevante para identificar os
riscos de distorção material associados a relacionamentos e
transacções com partes relacionadas.
147
Cont…
Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Material
Associados a Relacionamentos e Transacções com Partes
Relacionadas
Em cumprimento dos requisitos da ISA 315 no sentido de
identificar e avaliar os riscos de distorção materia, o auditor deve
identificar e avaliar os riscos de distorção material associados a
relacionamentos e transacções com partes relacionadas e
determinar se quaisquer desses riscos constituem riscos
significativos. Ao fazer esta determinação, o auditor deve tratar as
transacções significativas com partes relacionadas identificadas
fora do âmbito normal da actividade da entidade como dando
origem a riscos significativos.
148
Cont…
Se o auditor identificar factores de risco de fraude (incluindo
circunstâncias relativas à existência de uma parte relacionada
com influência dominante) quando executa os procedimentos de
avaliação do risco e actividades relacionadas associadas a partes
relacionadas, deve considerar tal informação quando identifica e
avalia os riscos de distorção material devido a fraude ou erro de
acordo com a ISA 240.
Resposta aos Riscos de Distorção Material Associados a
Relacionamentos e Transacções com Partes Relacionadas
Como parte do requisito da ISA 330 no sentido de que o auditor
dê resposta aos riscos avaliados, ele concebe e executa
procedimentos de auditoria adicionais para obter prova de
auditoria suficiente e apropriada sobre os riscos avaliados de
distorção material associados aos relacionamentos e transacções
com partes relacionadas. 149
Cont…
Declarações Escritas
Quando o referencial de relato financeiro estabelece requisitos
sobre partes relacionadas, o auditor deve obter declarações
escritas da gerência e, quando apropriado, dos encarregados da
governação no sentido de que:
Divulgaram ao auditor a identidade das partes relacionadas da
entidade e todos os relacionamentos e transacções com partes
relacionadas de que têm conhecimento; e
Contabilizaram e divulgaram apropriadamente tais
relacionamentos e transacções de acordo com os requisitos do
referencial.
150
Cont…
Comunicação com os Encarregados da Governação
Salvo se todos os encarregados da governação estiverem
envolvidos na gestão da entidade, o auditor deve comunicar aos
encarregados da governação as matérias significativas que
surgiram durante a auditoria em conexão com as partes
relacionadas da entidade.
Documentação
O auditor deve incluir na documentação de auditoria os nomes
das partes relacionadas identificadas e a natureza dos
relacionamentos em causa.
151
Para Pesquisar…..