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Auditoria e Verificação de Contas

Palestra III

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Objectivos da Unidade
No final desta aula, o estudante deve ser capaz de:

 Descrever o Funcionamento das Normas Internacionais como:


 NIA 210 (Carta de Compromisso);
 NIA 300 (Planeamento de Auditoria);
 NIA 310/315 (Conhecimento de Negócio da Empresa);
 NIA 240 (Erros e Fraudes);
 NIA 450 (Sistemas de Informação e Controle Interno);
 NIA 320 (Materialidade e Risco de Auditoria);
 NIA 500 (Prova de Auditoria);
 NIA 570 (Continuidade de Empresa);
 NIA 610 (Uso da Auditoria Interna);
 NIA 620 (Uso do Trabalho de Perito);
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Cont…
 NIA 700 (Relatório de Auditoria);
 NIA 810 (Auditoria de Informação Prospectiva);
 NIA 550 (Partes Relacionadas).

Por: Abdul Mussa, LCA & MBA 3


1. NIA 210 (Carta de Compromisso)

Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA)


aborda as responsabilidades do auditor quando
acorda os termos do trabalho de auditoria com a
gerência e, quando apropriado, com os
encarregados da governação. Isto inclui a
verificação de que estão presentes determinadas
pré-condições para uma auditoria, cuja
responsabilidade é da gerência e, quando
apropriado, dos encarregados da governação.
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Cont…
O objectivo do auditor perante esta NIA é o de aceitar
ou continuar um trabalho de auditoria apenas quando
tenha sido acordada a base em que este deve ser
executado, através da:
 Verificação de que estão presentes as pré-condições
para uma auditoria; e
 Confirmação de que há um entendimento comum
sobre os termos do trabalho de auditoria entre o
auditor e a gerência e, quando apropriado, os
encarregados da governação.
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Cont…

Pré-condições para uma Auditoria


A fim de determinar se estão presentes as pré-
condições para uma auditoria, o auditor deverá:
Determinar se o referencial de relato financeiro
a aplicar na preparação das demonstrações
financeiras é aceitável;
Obter a confirmação da gerência de que esta
reconhece e entende a sua responsabilidade:

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Cont…

a) Pela preparação das demonstrações


financeiras de acordo com o referencial de relato
financeiro aplicável incluindo, quando relevante,
a sua apresentação apropriada;
b) Pelo controlo interno que a gerência
determine ser necessário para possibilitar a
preparação de demonstrações financeiras isentas
de distorção material, quer devido a fraude quer
a erro;
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Cont…
c) Por proporcionar ao auditor:
 Acesso a toda a informação de que a gerência tenha
conhecimento e que seja relevante para a preparação
de demonstrações financeiras, como registos,
documentação e outras matérias;
 Informação adicional que o auditor possa pedir á
gerência para efeitos da auditoria; e
 Acesso sem restrições às pessoas da entidade das
quais o auditor determina que é necessário obter
prova de auditoria.
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Cont…
Limitação no Âmbito Anterior à Aceitação do
Trabalho de Auditoria:
Se a gerência ou os encarregados da governação
impuserem uma limitação no âmbito do trabalho do
auditor no quadro dos termos do trabalho de auditoria
proposto que seja tal que o auditor considera que
resultará numa escusa de opinião sobre as
demonstrações financeiras, o auditor não deve aceitar tal
trabalho limitado como um trabalho de auditoria, salvo
se isso lhe for exigido por lei ou regulamento.
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Cont…
Carta de Compromisso de Auditoria ou Outra
Forma de Acordo Escrito:
É no interesse, tanto da entidade quanto do auditor, que
antes de iniciar o trabalho este envie uma carta de
compromisso, com respeito à auditoria. Porém, nalguns
países o objectivo e o âmbito de uma auditoria e as
responsabilidades da gerência e do auditor podem estar
suficientemente estabelecidos por lei, ou seja, as
matérias poderão já estar estabelecidas numa carta de
compromisso para informação da gerência. de modo a
evitar equívocos.
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Cont…
Forma e Conteúdo da Carta de Compromisso de
Auditoria:
A forma e o conteúdo da carta de compromisso de
auditoria podem variar de entidade para entidade. A
informação incluída na carta de compromisso de
auditoria sobre as responsabilidades do auditor pode
basear-se na ISA 200. onde também trata a descrição
das responsabilidades da gerência. Além de incluir as
matérias exigidas, uma carta de compromisso de
auditoria pode também fazer referência, por exemplo:
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Cont…
 À definição do âmbito da auditoria, incluindo referência à
legislação, regulamentação, às ISA e a regras éticas ou outras
de organizações profissionais a que o auditor adere.
 À forma de qualquer outra comunicação dos resultados do
trabalho de auditoria.
 Ao facto de que, devido às limitações inerentes a uma
auditoria, juntamente com as limitações inerentes ao controlo
interno, existe um risco inevitável de que algumas distorções
materiais possam não ser detectadas, mesmo que a auditoria
seja devidamente planeada e executada de acordo com as ISA.
 Aos acordos respeitantes ao planeamento e execução da
auditoria, incluindo a composição da equipa de auditoria.
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Cont…
 À expectativa de que a gerência prestará declarações escritas
 Ao acordo da gerência para disponibilizar ao auditor versões
preliminares das demonstrações financeiras e qualquer outra
informação anexa a tempo de permitir que o auditor conclua a
sua auditoria de acordo com o calendário proposto.
 Ao acordo da gerência para informar o auditor dos factos que
possam afectar as demonstrações financeiras de que a gerência
possa ter tomado conhecimento durante o período que medeia
entre a data do relatório do auditor e a data em que as
demonstrações financeiras são emitidas.
 À base sobre a qual são calculados os honorários e quaisquer
acordos de faturação.
 A um pedido para que a gerência acuse a recepção da carta de
compromisso de auditoria e aceite os termos do trabalho nela
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previstos.
2. NIA 300 (Planeamento de Auditoria)

Esta Norma Internacional de Auditoria


(ISA) aborda a responsabilidade do auditor
ao planear uma auditoria de demonstrações
financeiras. Esta ISA está escrita no
contexto de auditorias recorrentes, sendo
identificadas separadamente as
considerações adicionais aplicáveis em
trabalhos de auditoria iniciais.
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O Papel e a Oportunidade do Planeamento:
Planear uma auditoria envolve estabelecer uma estratégia global
de auditoria para o trabalho e desenvolver um plano de auditoria.
Um planeamento adequado favorece a auditoria de
demonstrações financeiras de várias formas, nomeadamente:
 Ajuda o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas
relevantes da auditoria.
 Ajuda o auditor a identificar e resolver os potenciais
problemas em tempo oportuno.
 Ajuda o auditor a organizar e gerir devidamente o trabalho de
auditoria, para que seja executado de maneira eficaz e
eficiente.
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Cont…
 Ajuda a seleccionar membros da equipa de trabalho com
capacidade e competência apropriadas para responder aos
riscos antecipados e a afectar adequadamente o trabalho aos
mesmos.
 Facilita a orientação e supervisão dos membros da equipa de
trabalho e a revisão do seu trabalho.
 Apoia, quando aplicável, a coordenação dos trabalhos por
auditores de componentes e por peritos.
Objectivo
O objectivo do auditor nesta NIA é planear a auditoria de modo a
que esta seja executada com eficácia.

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Actividades Preliminares do Trabalho:
O auditor deve realizar as seguintes actividades no início do
trabalho da auditoria corrente:
 Executar os procedimentos exigidos pela ISA 220, respeitante
à continuação do relacionamento com o cliente e do trabalho
específico de auditoria;
 Apreciar o cumprimento dos requisitos éticos relevantes,
incluindo a independência, de acordo com a ISA 220; e
 Estabelecer um entendimento dos termos do trabalho,
conforme exigido pela ISA 210

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Actividades de Planeamento
O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que
fixe o âmbito, a oportunidade e a direcção da auditoria e que
oriente o desenvolvimento do plano de auditoria.
1. Ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve:
 Identificar as características do trabalho que definem o seu
âmbito;
 Certificar-se dos objectivos de relato do trabalho para planear
a oportunidade da auditoria e a natureza das comunicações
exigidas;
 Considerar os factores que, no seu julgamento profissional, são
significativos para direccionar os esforços da equipa de
trabalho;
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Cont…
 Considerar os resultados das actividades preliminares do
trabalho e, quando aplicável, se é relevante o conhecimento
obtido pelo sócio responsável pelo trabalho noutros trabalhos
executados para a entidade; e
 Certificar-se da natureza, oportunidade e extensão dos recursos
necessários para executar o trabalho.

2. O auditor deve desenvolver um plano de auditoria que inclua


uma descrição:
 Da natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de
avaliação do risco planeados, conforme determinado pela ISA
315;
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Cont…
 Da natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de
auditoria adicionais planeados ao nível de asserção, conforme
determinado pela ISA 330.
 De outros procedimentos de auditoria planeados cuja
realização é exigida para que o trabalho cumpra com as ISA.

3. O auditor deve actualizar e alterar a estratégia global de


auditoria e o plano de auditoria sempre que necessário no decurso
da auditoria.
4. O auditor deve planear a natureza, oportunidade e extensão da
direcção e supervisão dos membros da equipa de trabalho e da
revisão do seu trabalho.
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Cont…
Envolvimento dos Principais Membros da Equipa de Trabalho
O sócio responsável pelo trabalho e outros membros chave da equipa de
trabalho devem estar envolvidos no planeamento da auditoria, incluindo o
planeamento e participação em discussões com os membros da equipa de
trabalho.

Documentação
O auditor deve incluir na documentação de auditoria:
 A estratégia global de auditoria;
 O plano de auditoria; e
 Quaisquer alterações significativas feitas durante o trabalho de auditoria à
estratégia global de auditoria ou ao plano de auditoria e as razões para tais
alterações.

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Considerações Adicionais para Trabalhos de
Auditoria Iniciais
O auditor deve desenvolver as seguintes actividades
antes de começar uma auditoria inicial:
 Executar os procedimentos exigidos pela ISA 220
relativos à aceitação do relacionamento com o cliente
e do trabalho de auditoria específico;
 Comunicar com o seu antecessor, em caso de
mudança do auditor, em conformidade com os
requisitos éticos relevantes.
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Cont…
O Plano de Auditoria
O plano de auditoria é mais detalhado do que a estratégia global de
auditoria, na medida em que inclui a natureza, oportunidade e extensão dos
procedimentos de auditoria a executar pelos membros da equipa de
trabalho. O planeamento destes procedimentos de auditoria realiza-se no
decurso da auditoria, à medida que se vai desenvolvendo o plano de
auditoria relativo ao trabalho. Por exemplo, o planeamento dos
procedimentos de auditoria para avaliação do risco ocorre cedo no
processo de auditoria. Porém, o planeamento da natureza, oportunidade e
extensão de procedimentos adicionais de auditoria específicos dependerá
do resultado desses procedimentos de avaliação do risco. Além disso, o
auditor pode iniciar a execução de outros procedimentos de auditoria para
algumas classes de transações, saldos de contas e divulgações antes de
planear todos os restantes procedimentos adicionais de auditoria.
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3. NIA 315 (Conhecimento de Negócio
da Empresa)
Esta Norma Internacional de Auditoria
(ISA) aborda a responsabilidade do auditor
de identificar e avaliar os riscos de
distorção material nas demonstrações
financeiras através do conhecimento da
entidade e do seu ambiente, incluindo o seu
controlo interno.

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Cont…

Objectivo
O objectivo do auditor nesta NIA é identificar e
avaliar os riscos de distorção material devido a
fraude ou a erro, ao nível das demonstrações
financeiras e ao nível de asserção, através do
conhecimento da entidade e do seu ambiente,
incluindo o seu controlo interno, proporcionando
assim uma base para conceber e implementar
respostas aos riscos de distorção material
avaliados. 25
Cont…
Procedimentos de Avaliação do Risco e Actividades
Relacionadas:
1. O auditor deve executar procedimentos de avaliação
do risco que proporcionem uma base para a
identificação e avaliação dos riscos de distorção
material ao nível das demonstrações financeiras e ao
nível de asserção. Porém, os procedimentos de
avaliação do risco não proporcionam, por si só, prova de
auditoria suficiente e apropriada para basear a opinião
de auditoria.
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Cont…
2. Os procedimentos de avaliação do risco devem incluir:
 Indagações à gerência e a outras pessoas da entidade que, no
julgamento do auditor, possam ter informação que ajude a
identificar os riscos de distorção material devido a fraude ou
erro;
 Procedimentos analíticos; e
 Observação e inspecção.

3. O auditor deve considerar se a informação obtida no processo


de aceitação ou de continuação do relacionamento com o cliente é
relevante para identificar os riscos de distorção material.

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Cont…
4. Se o sócio responsável pelo trabalho tiver executado
outros trabalhos para a entidade, deve considerar se a
informação obtida é relevante para identificar riscos de
distorção material.

5. Quando o auditor pretender usar informação obtida


da sua experiência anterior com a entidade e dos
procedimentos de auditoria executados em auditorias
anteriores, deve determinar se ocorreram alterações
desde a auditoria anterior que possam afectar a sua
relevância para a auditoria corrente.
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Cont…

6. O sócio responsável pelo trabalho e outros


membros chave da equipa de trabalho devem
discutir a susceptibilidade das demonstrações
financeiras da entidade a distorção material e a
aplicação do referencial de relato financeiro
aplicável aos factos e circunstâncias da entidade.
O sócio responsável pelo trabalho deve
determinar quais as matérias que devem ser
comunicadas aos membros da equipa de trabalho
não envolvidos na discussão. 29
Cont…
Conhecimento Exigido da Entidade e do Seu Ambiente, Incluindo
o seu Controlo Interno
A Entidade e o Seu Ambiente:
O auditor deve inteirar-se dos seguintes elementos:
1. Factores sectoriais, de regulação e outros factores externos
relevantes, incluindo o referencial de relato financeiro aplicável.
2. Natureza da entidade, incluindo:
a) operações;
b) propriedade e estruturas de governação;
c) tipos de investimentos que a entidade tem efectuado e planeia
efectuar, incluindo investimentos em entidades com finalidade
especial; e 30
Cont…
d) modo como a entidade está estruturada e é
financiada, de modo a perceber que classes de
transacções, saldos de contas e divulgações irão em
princípio constar nas demonstrações financeiras.
3. Selecção e aplicação de politicas contabilísticas pela
entidade, incluindo as razões para alterações às mesmas.
O auditor deve avaliar se as políticas contabilísticas da
entidade são apropriadas para o seu negócio e
consistentes com o referencial de relato financeiro
aplicável e com as políticas contabilísticas usadas no
sector relevante.
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Cont…

4. Objectivos e estratégias da entidade e os


respectivos riscos de negócio que possam
resultar em riscos de distorção material.

5. Mensuração e revisão do desempenho


financeiro da entidade.

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Cont…
O Controlo Interno da Entidade:
O auditor deve inteirar-se do controlo interno
relevante para a auditoria. Se bem que a maior parte
dos controlos relevantes para a auditoria se
relacionem provavelmente com o relato financeiro,
nem todos os controlos que se relacionam com o
relato financeiro são relevantes para a auditoria. Se
um controlo é ou não relevante para a auditoria,
individualmente ou em combinação com outros, é
uma matéria de julgamento profissional do auditor.
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4. NIA 240 (Erros e Fraudes)

Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA)


aborda as responsabilidades do auditor relativas
a fraude numa auditoria de demonstrações
financeiras.
Especificamente, desenvolve a forma como a
ISA 315 e a ISA 330 devem ser aplicadas em
relação aos riscos de distorção material devido a
fraude.

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Cont…
Características da Fraude
As distorções nas demonstrações financeiras podem resultar de
fraude ou de erro. O que distingue a fraude do erro é se a acção
subjacente que resulta na distorção das demonstrações financeiras
foi intencional ou não intencional.

Embora a fraude seja um conceito jurídico amplo, para efeito das ISA o auditor
preocupa-se com a fraude que dá origem a uma distorção material nas
demonstrações financeiras. Dois tipos de distorções materiais intencionais são
relevantes para o auditor – distorções resultantes de relato financeiro
fraudulento e distorções resultantes de apropriação indevida de activos. Se
bem que o auditor possa suspeitar ou, em casos raros, identificar a ocorrência
de fraude, não lhe compete extrair conclusões de natureza legal sobre se
ocorreu realmente uma fraude.
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Cont…
Responsabilidade pela Prevenção e Detecção da
Fraude
A responsabilidade primária pela prevenção e detecção
da fraude cabe aos encarregados da governação da
entidade e à gerência. É importante que a gerência, com
a supervisão dos encarregados da governação, coloque
uma forte ênfase na prevenção da fraude, que pode
reduzir as oportunidades de ocorrência da fraude, e no
desencorajamento da fraude, que pode persuadir os
indivíduos a não cometer fraude devido à probabilidade
de detecção e punição.
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Cont…
Para tal, terá de existir o empenho de criar uma cultura
de honestidade e de comportamento ético, que pode ser
reforçada por uma supervisão activa dos encarregados
da governação. A supervisão pelos encarregados da
governação inclui considerar a potencial derrogação de
controlos ou outra influência inapropriada sobre o
processo de relato financeiro, tais como esforços da
gerência para gerir os resultados de modo a influenciar
as percepções dos analistas quanto ao desempenho e
rentabilidade da entidade.

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Cont…
Responsabilidades doAuditor:
Um auditor que conduza uma auditoria de acordo com
as ISA é responsável por obter garantia razoável de
fiabilidade de que as demonstrações financeiras tomadas
como um todo estão isentas de distorção material
causada por fraude ou por erro. Dadas as limitações
inerentes de uma auditoria, existe um risco inevitável de
que algumas distorções materiais das demonstrações
financeiras possam não ser detectadas, embora a
auditoria seja devidamente planeada e executada de
acordo com as ISAs.
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Cont…
Objectivos
Os objectivos do auditor nesta NIA são:
 Identificar e avaliar os riscos de distorção material
das demonstrações financeiras devido a fraude;
 Obter prova de auditoria suficiente e apropriada
quanto aos riscos avaliados de distorção material
devido a fraude, por meio da concepção e
implementação de respostas apropriadas; e
 Responder apropriadamente à fraude ou suspeita de
fraude identificada durante a auditoria.
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Cont…
Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes
definições:
Fraude – Um acto intencional praticado por um ou
mais indivíduos de entre a gerência, encarregados da
governação, empregados ou terceiros, envolvendo o uso
propositado de falsidades para obter uma vantagem
injusta ou ilegal.
Factores de risco de fraude – Acontecimentos ou
condições que indicam um incentivo ou pressão ou
proporcionam uma oportunidade para cometer fraude.
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Cont…

Cepticismo Profissional
De acordo com a ISA 200, o auditor deve manter
cepticismo profissional ao longo de toda a
auditoria, reconhecendo a possibilidade de que
possa existir uma distorção material devido a
fraude, não obstante a sua experiência passada
quanto à honestidade e integridade da gerência e
dos encarregados da governação da entidade.

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Cont…
Salvo se tiver razões para acreditar o contrário, o
auditor pode aceitar como genuínos os registos e
documentos. Se as condições identificadas durante a
auditoria o levarem a crer que um documento pode
não ser autêntico ou que os termos de um documento
foram modificados mas não lhe foram divulgados, o
auditor deve aprofundar a sua investigação.
Quando as respostas a indagações à gerência ou aos
encarregados da governação forem inconsistentes, o
auditor deve investigar as inconsistências.
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Cont…
Discussão entre a Equipa de Trabalho
A ISA 315 exige uma discussão entre os membros da equipa de
trabalho e uma decisão pelo sócio responsável pelo trabalho
quanto às matérias que devem ser comunicadas aos membros da
equipa não envolvidos na discussão.
Esta discussão deve incidir em particular sobre como e quando as
demonstrações financeiras podem ser sensíveis a distorção
material devido a fraude e, nomeadamente, sobre como a fraude
se poderá concretizar. A discussão deve ter lugar pondo de parte
as eventuais convicções dos membros da equipa de trabalho
quanto à honestidade e à integridade da gerência e dos
encarregados da governação.
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5. NIA 450 (Sistemas de Informação e
Controle Interno)
Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA) aborda a
responsabilidade do auditor na apreciação dos efeitos de
distorções identificadas na auditoria e de distorções não
corrigidas, se existirem, nas demonstrações financeiras.

Objectivo
O objectivo do auditor nesta NIA é apreciar:
 O efeito de distorções identificadas na auditoria; e
 O efeito de distorções não corrigidas, se existirem, nas
demonstrações financeiras.

Por: Abdul Mussa, LCA & MBA 44


Cont…

Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes


definições:
Distorção – Uma diferença entre a quantia,
classificação, apresentação ou divulgação de um
item relatado nas demonstrações financeiras e a
quantia, classificação, apresentação ou
divulgação que é exigida para o item ficar de
acordo com o referencial de relato financeiro
aplicável. As distorções podem decorrer de erro
ou de fraude. 45
Cont…
Quando o auditor expressa uma opinião sobre se as
demonstrações financeiras estão apresentadas de
forma apropriada, em todos os aspectos materiais, ou
dão uma imagem verdadeira e apropriada, as
distorções também incluem os ajustamentos de
quantias, classificações, apresentação ou divulgações
que, no seu julgamento, são necessários para que as
demonstrações financeiras sejam apresentadas de
forma apropriada, em todos os aspectos materiais ou
apresentem uma imagem verdadeira e apropriada.
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Cont…

Distorções não corrigidas – Distorções que o


auditor identificou durante a auditoria e que não
foram corrigidas.
Acumulação de Distorções Identificadas
O auditor deve acumular as distorções
identificadas durante a auditoria, com excepção
das que sejam claramente insignificantes.

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Cont…
Consideração de Distorções Identificadas à Medida que
a Auditoria Progride
O auditor deve determinar se a estratégia global de auditoria
e o plano de auditoria necessitam de ser revistos se:
 A natureza de distorções identificadas e as circunstâncias
da sua ocorrência indicarem que possam existir outras
distorções que, quando agregadas com distorções
acumuladas durante a auditoria, possam ser materiais; ou
 O agregado das distorções acumuladas durante a auditoria
está próximo da materialidade determinada de acordo
com a ISA 320.
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Cont…

Se, a pedido do auditor, a gerência examinou


uma classe de transacções, saldo de conta ou
divulgação e corrigiu as distorções detectadas, o
auditor deve executar procedimentos de auditoria
adicionais para determinar se continuam a existir
distorções.

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Cont…
Comunicação e Correcção de Distorções
Salvo se proibido por lei ou regulamento, o auditor deve
comunicar em tempo oportuno todas as distorções acumuladas
durante a auditoria ao nível apropriado da gerência. O auditor
deve pedir à gerência para corrigir essas distorções.

Se a gerência recusar corrigir algumas ou todas as distorções


comunicadas pelo auditor, o auditor deve tomar conhecimento
das razões da gerência para não fazer as correcções e deve tomar
em consideração esse conhecimento ao avaliar se as
demonstrações financeiras como um todo estão isentas de
distorção material.
50
Cont…
O auditor deve também comunicar aos encarregados da
governação o efeito de distorções não corrigidas
relativas a períodos anteriores sobre as classes de
transacções, saldos de contas ou divulgações relevantes
e sobre as demonstrações financeiras como um todo.

51
Cont…

Declarações Escritas
O auditor deve pedir uma declaração escrita da
gerência e, quando apropriado, dos encarregados
da governação sobre se consideram que os
efeitos de distorções não corrigidas,
individualmente e em agregado, são imateriais
para as demonstrações financeiras como um
todo. Um resumo de tais itens deve ser incluído
na declaração escrita ou num anexo à mesma.
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Cont…

Documentação
 O auditor deve incluir na documentação de
auditoria:
 A quantia abaixo da qual as distorções deverão ser
vistas como insignificantes;
 Todas as distorções acumuladas durante a auditoria
e se foram corrigidas; e
 A conclusão do auditor sobre se as distorções não
corrigidas são materiais, individualmente ou em
agregado, e a base para essa conclusão
53
6. NIA 320 (Materialidade e Risco de
Auditoria)
Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA)
aborda a responsabilidade do auditor no sentido
de aplicar o conceito de materialidade no
planeamento e na execução de uma auditoria de
demonstrações financeiras. A ISA 450 explica
como a materialidade é aplicada na avaliação do
efeito de distorções identificadas na auditoria e
de distorções não corrigidas, se existirem, nas
demonstrações financeiras.
Por: Bizelbi Barros, LCA 54
Cont…
A Materialidade no Contexto de uma Auditoria
Os referenciais de relato financeiro debatem muitas vezes o
conceito da materialidade no contexto da preparação e
apresentação de demonstrações financeiras. Se bem que os
referenciais de relato financeiro possam debater a
materialidade em diferentes termos, geralmente explicam
que:
1. As distorções, incluindo as omissões, são consideradas
materiais se se esperar que, individualmente ou em
conjunto, influenciem as decisões económicas tomadas
pelos utentes com base nas demonstrações financeiras.
55
Cont…
2. Os julgamentos acerca da materialidade são feitos à
luz das circunstâncias envolventes e são afectados pela
dimensão ou natureza de uma distorção ou pela
combinação de ambas; e
3. Os julgamentos sobre questões que sejam materiais
para os utentes das demonstrações financeiras baseiam-
se na consideração das necessidades comuns de
informação financeira dos utentes como um grupo. Não
é considerado o possível efeito de distorções sobre
utentes individuais específicos, cujas necessidades
podem variar amplamente.
56
Cont…

Objectivo
O objectivo do auditor perante esta NIA é aplicar
o conceito de materialidade de forma apropriada
no planeamento e execução de uma auditoria.

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Cont…
Para efeito das ISA, a materialidade de execução significa a
quantia ou quantias estabelecidas pelo auditor, inferiores à
materialidade estabelecida para as demonstrações
financeiras como um todo, com vista a reduzir para um nível
apropriadamente baixo a probabilidade de as distorções não
corrigidas e não detectadas agregadas excederem a
materialidade para as demonstrações financeiras como um
todo. Se aplicável, a materialidade de execução refere-se
também à quantia ou quantias estabelecidas pelo auditor,
inferiores ao nível ou níveis de materialidade, para classes
particulares de transacções, saldos de contas ou divulgações.

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Cont…
Determinar a Materialidade e a Materialidade de
Execução ao Planear a Auditoria
1. Ao definir a estratégia global de auditoria, o
auditor deve determinar a materialidade para as
demonstrações financeiras como um todo. Se, nas
circunstâncias específicas da entidade, existirem
uma ou mais classes particulares de transacções,
saldos de contas ou divulgações relativamente às
quais se possa pensar que as distorções de quantias
inferiores à materialidade para as demostrações
59
Cont…
financeiras como um todo irão influenciar as decisões
económicas de utentes tomadas com base nas
demonstrações financeiras, o auditor deve também
determinar o nível ou níveis de materialidade a aplicar a
essas classes particulares de transacções, saldos de
contas ou divulgações.
2. O auditor deve determinar a materialidade de
execução para efeito da avaliação dos riscos de
distorção material e da determinação da natureza,
oportunidade e extensão de procedimentos adicionais de
auditoria.
60
Cont…

Revisão à Medida que a Auditoria Progride


1. O auditor deve rever a materialidade para as
demonstrações financeiras como um todo (e, se
aplicável, o nível ou níveis de materialidade para
classes particulares de transacções, saldos de
contas ou divulgações) se, no decorrer da
auditoria, tomar conhecimento de informação
que faria com que tivesse determinado
inicialmente uma quantia (ou quantias)
diferente(s). 61
Cont…

2. Se o auditor concluir que é apropriada uma


materialidade mais baixa para as demonstrações
financeiras como um todo (e, se aplicável, para o
nível ou níveis de materialidade para classes
particulares de transacções, saldos de contas ou
divulgações) do que a inicialmente determinada,
deve determinar se é necessário rever a
materialidade de execução e se a natureza,
oportunidade e extensão dos procedimentos
adicionais de auditoria permanecem apropriadas. 62
Cont…
Documentação
O auditor deve incluir na documentação de auditoria as
seguintes quantias e os factores considerados na sua
determinação:
 A materialidade para as demonstrações financeiras como
um todo;
 Se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes
particulares de transacções, saldos de contas ou
divulgações;
 A materialidade de execução; e
 Qualquer revisão dos números (1)-(3) à medida que a
auditoria foi avançando 63
7. NIA 500 (Prova de Auditoria)
Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA) explica o
que constitui prova de auditoria numa auditoria de
demonstrações financeiras e aborda a responsabilidade
do auditor no sentido de conceber e executar
procedimentos de auditoria para obter prova de
auditoria suficiente e apropriada que o habilite a extrair
conclusões razoáveis sobre as quais baseia a sua
opinião. Esta ISA é aplicável a toda a prova de
auditoria obtida no decurso de uma auditoria.

Por: Bizelbi Barros, LCA 64


Cont…

Objectivo
O objectivo do auditor nesta NIA é conceber e
executar procedimentos de auditoria de tal forma
que possa obter prova de auditoria suficiente e
apropriada para o habilitar a extrair conclusões
razoáveis sobre as quais baseia a sua opinião.

65
Cont…
Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes
definições:
 Apropriação (da prova de auditoria) – A medida da
qualidade da prova de auditoria, isto é, a sua relevância e
a sua fiabilidade ao proporcionar suporte para as
conclusões sobre as quais se baseia a opinião do auditor.
 Perito da gerência – Um indivíduo ou organização que
possui competências especializadas numa área distinta da
contabilidade ou da auditoria e cujo trabalho nessa área é
usado pela entidade como auxiliar na preparação das
demonstrações financeiras.
66
Cont…

Prova de auditoria – Informação usada pelo


auditor para chegar às conclusões sobre as quais
baseia a sua opinião. A prova de auditoria inclui
não só a informação contida nos registos
contabilísticos subjacentes às demonstrações
financeiras mas também outras informações.

67
Cont…
Registos contabilísticos – Registos de lançamentos
contabilísticos iniciais e registos de suporte, tais
como cheques e registos de transferências
electrónicas de fundos; facturas; contratos; o razão
geral e razões auxiliares, os lançamentos de diário e
outros ajustamentos às demonstrações financeiras
que não estejam reflectidos em lançamentos de
diário; e outros registos, como folhas de trabalho e
de cálculo, que suportem imputações de custos,
cálculos, reconciliações e divulgações.
68
Cont…

Suficiência (da prova de auditoria) – A medida


da quantidade da prova de auditoria. A
quantidade da prova de auditoria necessária é
afectada pela avaliação pelo auditor dos riscos de
distorção material e também pela qualidade de
tal prova de auditoria.

69
Cont…
Prova de Auditoria Suficiente e Apropriada
O auditor deve conceber e executar procedimentos de
auditoria que sejam apropriados nas circunstâncias para
a finalidade de obter prova de auditoria suficiente e
apropriada.

Informação a Usar como Prova de Auditoria


1. Ao conceber e executar procedimentos de auditoria, o
auditor deve considerar a relevância e a fiabilidade da
informação a usar como prova de auditoria.
70
Cont…
2. Se a informação a usar como prova de auditoria tiver
sido preparada usando o trabalho de um perito da
gerência, o auditor, na medida do necessário e tendo em
atenção a importância do trabalho desse perito para as
finalidades do auditor, deve:
 Avaliar a competência, capacidades e objectividade
desse perito;
 Inteirar-se do trabalho desse perito;
 Avaliar a apropriação do trabalho desse perito como
prova de auditoria para a asserção relevante.
71
Cont…

3. Quando usar informação produzida pela


entidade, o auditor deve avaliar se essa informação
é suficientemente fiável para os fins do auditor,
incluindo, conforme necessário nas circunstâncias:
Obter prova de auditoria acerca da correcção e
plenitude da informação; e
Avaliar se a informação é suficientemente
precisa e pormenorizada para as finalidades do
auditor.
72
Cont…
Seleccionar Itens a Testar para Obter Prova de Auditoria
Ao conceber testes aos controlos e testes de detalhe, o auditor deve
determinar meios de seleccionar itens para teste que permitam
satisfazer a finalidade do procedimento de auditoria.

Inconsistência na Prova de Auditoria ou Dúvidas sobre a sua


Fiabilidade
Se:
 a prova de auditoria obtida de uma fonte for inconsistente com a
obtida de uma outra; ou
 o auditor tiver dúvidas sobre a fiabilidade da informação a usar
como prova de auditoria, o auditor deve determinar que
modificações ou adições aos procedimentos de auditoria são
necessárias para resolver a questão e considerar, se existir, o efeito
dessas matérias sobre outros aspectos da auditoria. 73
8. NIA 570 (Continuidade de Empresa)
Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA) aborda a
responsabilidade do auditor, numa auditoria de
demonstrações financeiras, no que respeita ao uso pela
gerência do pressuposto da continuidade na preparação das
demonstrações financeiras.
Pressuposto da Continuidade
Segundo o pressuposto da continuidade, uma entidade é
vista como continuando o negócio no futuro previsível. As
demonstrações financeiras com finalidade geral são
preparadas numa base de continuidade, a não ser que a
gerência pretenda liquidar a entidade ou cessar operações ou
não tenha outra alternativa realista senão fazê-lo. 74
Cont…
Responsabilidade pela Apreciação da Capacidade da
Entidade para Prosseguir em Continuidade
Alguns referenciais de relato financeiro contêm um
requisito explícito para a gerência fazer uma apreciação
específica da capacidade da entidade para prosseguir em
continuidade e normas respeitantes às matérias a
considerar e divulgações a fazer no que respeita à
continuidade. Por exemplo, a Norma Internacional de
Contabilidade (IAS) 1 exige que a gerência faça uma
apreciação da capacidade de uma entidade para
prosseguir em continuidade.
75
Cont…
Noutros referenciais de relato financeiro, pode não existir
um requisito explícito para a gerência fazer uma apreciação
específica da capacidade da entidade para prosseguir em
continuidade. Apesar disso, uma vez que o pressuposto da
continuidade é um princípio fundamental na preparação de
demonstrações financeiras conforme referido anteriormente.
A apreciação pela gerência da capacidade da entidade para
prosseguir em continuidade envolve fazer um julgamento,
num determinado momento, acerca do desfecho futuro, que
é por definição incerto, de acontecimentos ou condições. Os
factores que se seguem são relevantes para esse julgamento:
76
Cont…

1. O grau de incerteza associado ao desfecho de


um acontecimento ou condição aumenta
significativamente quanto mais longínquo no
futuro for o acontecimento ou condição ou o seu
desfecho. Por essa razão, a maioria dos
referenciais de relato financeiro que exigem uma
apreciação explícita da gerência especificam o
período relativamente ao qual se exige que a
gerência considere toda a informação disponível.
77
Cont…
2. A dimensão e a complexidade da entidade, a
natureza e a condição do seu negócio e o grau em que
é afectado por factores externos afectam o julgamento
respeitante ao desfecho de acontecimentos ou
condições.
3. Qualquer julgamento acerca do futuro é baseado na
informação disponível no momento em que é feito.
Acontecimentos subsequentes podem resultar em
desfechos inconsistentes com os julgamentos que
eram razoáveis no momento em que foram feitos.
78
Cont…
Responsabilidades do Auditor
A responsabilidade do auditor é obter prova de auditoria
suficiente e apropriada acerca da adequação do uso pela
gerência do pressuposto da continuidade na preparação e
apresentação das demonstrações financeiras e concluir se
existe uma incerteza material acerca da capacidade da
entidade para prosseguir em continuidade.
Porém, conforme descrito na ISA 200, os potenciais efeitos
de limitações inerentes à capacidade do auditor para detectar
distorções materiais são maiores para acontecimentos ou
condições futuros que possam dar origem a que uma
entidade não consiga prosseguir em continuidade. 79
Cont…
Objectivos
Os objectivos do auditor nesta NIA são:
 Obter prova de auditoria suficiente e apropriada respeitante
ao uso apropriado pela gerência do pressuposto da
continuidade na preparação das demonstrações financeiras;
 Concluir, com base na prova de auditoria obtida, se existe
uma incerteza material relacionada com acontecimentos ou
condições que coloquem dúvidas significativas sobre a
capacidade da entidade para prosseguir em continuidade; e
 Determinar as implicações para o relatório do auditor.

80
Cont…
Período para Além da Apreciação da Gerência
O auditor deve questionar a gerência quanto ao seu conhecimento
de acontecimentos ou condições para além do período apreciado
pela gerência que possam colocar dúvidas significativas sobre a
capacidade da entidade para prosseguir em continuidade.

Conclusões da Auditoria e Relato


Com base na prova de auditoria obtida, o auditor deve concluir
se, no seu julgamento, existe uma incerteza material relacionada
com acontecimentos ou condições que, individual ou
colectivamente, possam colocar dúvidas significativas sobre a
capacidade da entidade para prosseguir em continuidade.
81
Cont…
Comunicação com os Encarregados da Governação
Salvo se todos os encarregados da governação estiverem
envolvidos na gestão da entidade, o auditor deve comunicar aos
encarregados da governação acontecimentos ou condições
identificados que possam colocar dúvidas significativas sobre a
capacidade da entidade para prosseguir em continuidade.
Essa comunicação aos encarregados da governação deve incluir:
 Se os acontecimentos ou condições constituem uma incerteza
material;
 Se o uso do pressuposto da continuidade é apropriado na
preparação e apresentação das demonstrações financeiras; e
 A adequação das respectivas divulgações nas demonstrações
82
financeiras.
Cont…
Atraso Significativo na Aprovação das Demonstrações
Financeiras
Se existir um atraso significativo na aprovação das
demonstrações financeiras pela gerência ou pelos encarregados
da governação após a data das demonstrações financeiras, o
auditor deve indagar quanto às razões do atraso.
Se o auditor considerar que o atraso pode estar relacionado com
acontecimentos ou condições relacionados com a apreciação da
continuidade, deve executar os procedimentos de auditoria
adicionais necessários, bem como considerar o respectivo efeito
nas suas conclusões respeitantes à existência de uma incerteza
material.
83
9. NIA 610 (Uso da Auditoria Interna)
Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA) aborda
as responsabilidades do auditor externo relativas ao
trabalho dos auditores internos quando o auditor
externo tiver determinado, de acordo com a ISA
315, que é provável que a função de auditoria
interna seja relevante para a auditoria.
Esta ISA não aborda os casos em que auditores
internos prestam assistência directa ao auditor
externo na realização de procedimentos de auditoria.

84
Cont…
Relacionamento entre a Função de Auditoria
Interna e o Auditor Externo
Os objectivos da função de auditoria interna são
determinados pela gerência e, quando aplicável,
pelos encarregados da governação. Embora os
objectivos da função de auditoria interna e os do
auditor externo sejam diferentes, podem ser
similares algumas das formas como a função de
auditoria interna e o auditor externo atingem os seus
objectivos.
85
Cont…

Independentemente do grau de autonomia e


objectividade da função de auditoria interna, tal
função não é independente da entidade, como se
exige do auditor externo quando expressa uma
opinião sobre as demonstrações financeiras. O
auditor externo tem a responsabilidade exclusiva
pela opinião de auditoria que expressa,
responsabilidade essa que não é reduzida pelo
facto de usar o trabalho dos auditores internos.

86
Cont…
Objectivos
Os objectivos do auditor externo, quando a entidade tem
uma função de auditoria interna que o auditor externo
determinou será provavelmente relevante para a
auditoria, nesta NIA são:
 Determinar se e até que ponto deve usar trabalho
específico dos auditores internos; e
 Se usar o trabalho específico dos auditores internos,
determinar se esse trabalho é adequado para as
finalidades da auditoria.
87
Cont…
Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes
definições:
 Auditores internos – Os indivíduos que executam as
actividades da função de auditoria interna. Os auditores
internos podem pertencer a um departamento de
auditoria interna ou função equivalente.
 Função de auditoria interna – Uma actividade de
análise estabelecida ou proporcionada como um serviço
para a entidade. Estas funções incluem nomeadamente
examinar, avaliar e monitorizar a adequação e a eficácia
do controlo interno.
88
Cont…
Determinar Se e Até Que Ponto Usar o Trabalho
de Auditores Internos
O auditor externo deve determinar:
 Se é provável que o trabalho dos auditores
internos seja adequado para as finalidades da
auditoria; e
 Em caso afirmativo, o efeito planeado do trabalho
dos auditores internos sobre a natureza,
oportunidade e extensão dos procedimentos do
auditor externo.
89
Cont…
Ao determinar se é provável que o trabalho dos
auditores internos seja adequado para as finalidades
da auditoria, o auditor externo deve avaliar:
 A objectividade da função de auditoria interna;
 A competência técnica dos auditores internos;
 Se é provável que o trabalho dos auditores
internos tenha sido feito com o devido zelo
profissional; e
 Se é provável uma comunicação eficaz entre os
auditores internos e o auditor externo. 90
Cont…
Ao determinar o efeito planeado do trabalho dos auditores
internos sobre a natureza, oportunidade ou extensão dos
seus procedimentos, o auditor externo deve considerar:
 A natureza e âmbito do trabalho específico executado
ou a executar pelos auditores internos;
 Os riscos avaliados de distorção material ao nível da
asserção para classes de transacções, saldos de contas e
divulgações específicos; e
 O grau de subjectividade envolvido na avaliação da
prova de auditoria recolhida pelos auditores internos
como suporte das asserções relevantes.
91
Cont…
Usar Trabalho Específico de Auditores Internos
Para usar trabalho específico dos auditores internos, o auditor
externo deve apreciar e executar procedimentos de auditoria
sobre esse trabalho para determinar a sua adequação para as
finalidades que pretende atingir.
Para determinar a adequação do trabalho específico executado
pelos auditores internos para as finalidades que pretende
atingir, o auditor externo deve apreciar se:
 O trabalho foi executado por auditores internos com
adequada formação técnica e competência;
 O trabalho foi devidamente supervisionado, revisto e
documentado;
92
Cont…
 Foi obtida prova de auditoria adequada que possibilite aos
auditores internos tirar conclusões razoáveis;
 As conclusões atingidas são apropriadas nas circunstâncias
e quaisquer relatórios preparados pelos auditores internos
são consistentes com os resultados do trabalho executado; e
 Quaisquer excepções ou matérias não usuais divulgadas
pelos auditores internos foram devidamente resolvidas.
Documentação
Se o auditor externo usar trabalho específico dos auditores
internos, deve incluir na documentação de auditoria as
conclusões atingidas no que respeita à apreciação da
adequação do trabalho dos auditores internos e aos
procedimentos executados sobre esse trabalho.
93
10. NIA 620 (Uso do Trabalho de Perito)
Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA) aborda as responsabilidades
do auditor relativas ao trabalho de um indivíduo ou de uma organização
numa área de especialização que não seja a contabilidade ou auditoria,
quando esse trabalho é utilizado para ajudar o auditor a obter prova de
auditoria suficiente e apropriada.
Esta ISA não aborda:
1. Situações em que a equipa de trabalho inclua um membro ou consulte
um indivíduo ou uma organização com competências especializadas numa
área da contabilidade ou auditoria, situações essas que são tratadas na ISA
220; ou
2. O uso pelo auditor do trabalho de um indivíduo ou de uma organização
com competências especializadas numa área que não seja a contabilidade
ou auditoria e cujo trabalho nessa área é usado pela entidade para a apoiar
na preparação das demonstrações financeiras (um perito da gerência),
situação que é tratada na ISA 500. 94
Cont…
A Responsabilidade do Auditor pela Opinião de
Auditoria
O auditor tem a responsabilidade exclusiva pela opinião
de auditoria expressa, responsabilidade essa que não é
reduzida pela utilização do trabalho de um perito do
auditor. No entanto, se o auditor usar o trabalho de um
perito e, tendo seguido esta ISA, concluir que o trabalho
desse perito é adequado para as suas finalidades, pode
aceitar os resultados ou conclusões desse perito como
prova de auditoria apropriada
95
Cont…
Objectivos
Os objectivos do auditor patentes nesta NIA são:
 Determinar se deve usar o trabalho de um perito do
auditor; e
 Se usar o trabalho de um perito do auditor, determinar
se esse trabalho é adequado para as suas finalidades.

96
Cont…
Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes
definições:
Competências especializadas – Habilitações,
conhecimentos e experiência numa dada área.
Perito da gerência - Um indivíduo ou organização
com competências especializadas numa área que
não seja a contabilidade ou auditoria, cujo trabalho
nessa área é utilizado pela entidade para a ajudar na
preparação das demonstrações financeiras.
97
Cont…
 Perito do auditor – Um indivíduo ou
organização com competências especializadas
numa área que não seja a contabilidade ou
auditoria, cujo trabalho nessa área é usado pelo
auditor para o ajudar a obter prova de auditoria
suficiente e apropriada. Um perito do auditor
pode ser interno (que seja sócio ou pertença ao
pessoal técnico, incluindo o pessoal técnico
temporário, da firma do auditor ou de uma firma
da rede) ou externo.
98
Cont…
Determinar a Necessidade de um Perito do Auditor
Se forem necessárias competências especializadas numa
área que não seja a contabilidade ou auditoria para
obter prova de auditoria suficiente e apropriada, o
auditor deve determinar se deve usar o trabalho de um
perito do auditor.
Natureza, Oportunidade e Extensão dos
Procedimentos de Auditoria
A natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos
do auditor com respeito aos requisitos irão variar
dependendo das circunstâncias. 99
Cont…
Ao determinar a natureza, oportunidade e extensão desses
procedimentos, o auditor deve considerar matérias como:
 A natureza da matéria com que se relaciona o trabalho do
perito;
 Os riscos de distorção material na matéria com que se
relaciona o trabalho do perito;
 A importância do trabalho desse perito no contexto da
auditoria;
 O conhecimento e experiência do auditor em trabalhos
anteriores executados por esse perito; e
 Se o trabalho do perito está sujeito às políticas e
procedimentos de controlo de qualidade da firma do auditor.
100
Cont…
Competência, Capacidades e Objectividade do Perito do
Auditor
O auditor deve apreciar se o perito do auditor tem a competência,
capacidades e objectividade necessárias para as suas finalidades. No
caso de um perito externo do auditor, a apreciação da objectividade
deve incluir indagações respeitantes a interesses e relações que possam
criar uma ameaça à objectividade do perito.
Tomar Conhecimento da Área de Especialização do Perito do
Auditor
 O auditor deve obter um conhecimento suficiente da área de
especialização do perito do auditor que o habilite a:
 Determinar a natureza, âmbito e objectivos do trabalho desse perito
para as suas finalidades; e
 Apreciar a adequação desse trabalho para as suas finalidades.
101
Cont…
Acordo com o Perito do Auditor
O auditor deve acordar, por escrito quando apropriado, sobre
as seguintes matérias com o seu perito:
 A natureza, âmbito e objectivos do trabalho desse perito;
 As funções e responsabilidades respectivas do auditor e
desse perito;
 A natureza, oportunidade e extensão das comunicações
entre o auditor e esse perito, incluindo a forma de qualquer
relatório que o perito deva fornecer; e
 A necessidade de o perito do auditor observar requisitos de
confidencialidade.
102
Cont…
Apreciar a Adequação do Trabalho do Perito do Auditor
O auditor deve apreciar a adequação do trabalho do perito do
auditor para as suas finalidades, incluindo:
 A relevância e razoabilidade dos resultados ou conclusões
desse perito e a sua consistência com outra prova de auditoria.
 Se o trabalho desse perito envolver a utilização de
pressupostos e métodos significativos, a relevância e
razoabilidade desses pressupostos e métodos nas
circunstâncias; e
 Se o trabalho desse perito envolver o uso de dados de base que
sejam significativos para o seu trabalho, a relevância,
plenitude e rigor desses dados de base.
103
Cont…
Se o auditor determinar que o trabalho do perito do auditor não é adequado
para as suas finalidades, deve:
Acordar com esse perito a natureza e extensão de trabalho adicional que
deverá executar; ou
Executar procedimentos de auditoria adicionais apropriados às circunstâncias.

Referência ao Perito no Relatório do Auditor


O auditor não se deve referir ao trabalho do seu perito num relatório do auditor
que contenha uma opinião não modificada, salvo se tal lhe for exigido por lei
ou regulamento. Se tal referência for exigida por lei ou regulamento, o auditor
deve indicar no seu relatório que a referência não reduz a responsabilidade do
auditor pela sua opinião.
Se o auditor fizer referência ao trabalho de um perito do auditor no seu
relatório porque tal referência é relevante para a compreensão de uma
modificação na opinião do auditor, deve indicar no seu relatório que tal
referência não reduz a sua responsabilidade por essa opinião.
104
11. NIA 700 (Relatório de Auditoria)
Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA) aborda a
responsabilidade do auditor no sentido de formar uma
opinião sobre as demonstrações financeiras. Aborda também
a forma e conteúdo do relatório do auditor emitido em
consequência de uma auditoria de demonstrações
financeiras. A ISA 705 e a ISA 706 abordam a maneira
como a forma e o conteúdo do relatório do auditor são
afectados quando o auditor expressa uma opinião
modificada ou inclui um parágrafo de Ênfase ou um
parágrafo de Outras Matérias no seu relatório.
Esta ISA está escrita no contexto de um conjunto completo
de demonstrações financeiras com finalidade geral.
105
Cont…
Objectivos
Os objectivos do auditor constantes nesta NIA são:
 Formar uma opinião sobre as demonstrações
financeiras baseada numa avaliação das conclusões
extraídas da prova de auditoria obtida; e
 Expressar claramente essa opinião através de um
relatório escrito que descreve também a base para
essa opinião.

106
Cont…
Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes definições:
 Demonstrações financeiras com finalidade geral –
Demonstrações financeiras preparadas de acordo com um
referencial de relato com finalidade geral.
 Opinião não modificada – A opinião expressa pelo auditor
quando conclui que as demonstrações financeiras estão
preparadas, em todos os aspectos materiais, de acordo com o
referencial de relato financeiro aplicável.
 Referencial de Relato com finalidade geral – Um referencial de
relato financeiro concebido para satisfazer as necessidades
comuns de informação financeira de um conjunto alargado de
utentes. O referencial de relato financeiro pode ser um referencial
de apresentação apropriada ou um referencial de cumprimento.
107
Cont…
A expressão “referencial de apresentação apropriada” é usada
para referir um referencial de relato financeiro cujos requisitos
são de cumprimento obrigatório e que:
a) Reconhece explícita ou implicitamente que, para conseguir
uma apresentação apropriada das demonstrações financeiras,
pode ser necessário que a gerência faça divulgações para além
das especificamente exigidas pelo referencial; ou
b) Reconhece explicitamente que pode ser necessário que a
gerência não aplique um requisito do referencial para
conseguir uma apresentação apropriada das demonstrações
financeiras. Estas situações só deverão ser necessárias em
circunstâncias extremamente raras.
108
Cont…

A expressão “referencial de cumprimento” é usada para referir


um referencial de relato financeiro cujos requisitos são de
cumprimento obrigatório mas que não contém os
reconhecimentos descritos nas alíneas (a) ou (b) supra.
A referência a “demonstrações financeiras” nesta ISA significa
“um conjunto completo de demonstrações financeiras com
finalidade geral, incluindo as respectivas notas”. As respectivas
notas compreendem geralmente um resumo das políticas
contabilísticas significativas e outra informação explicativa.

109
Cont…

Os requisitos do referencial de relato financeiro aplicável


determinam a forma e o conteúdo das demonstrações financeiras
e o que constitui um conjunto completo de demonstrações
financeiras.
A referência a “Normas Internacionais de Relato Financeiro”
nesta ISA significa as Normas Internacionais de Relato
Financeiro emitidas pelo International Accounting Standards
Board e a referência a “Normas Internacionais de Contabilidade
do Sector Público” significa as Normas Internacionais de
Contabilidade do Sector Público emitidas pelo International
Public Sector Accounting Standards Board.

110
Cont…
Formar uma Opinião sobre as Demonstrações Financeiras
O auditor deve formar uma opinião sobre se as demonstrações
financeiras estão preparadas, em todos os aspectos materiais, de acordo
com o referencial de relato financeiro aplicável.
Para formar essa opinião, o auditor deve concluir se obteve garantia
razoável sobre se as demonstrações financeiras como um todo estão
isentas de distorção material devido a fraude ou a erro. Essa conclusão
deve ter em conta:
 A conclusão do auditor, de acordo com a ISA 330, sobre se foi obtida
prova de auditoria suficiente e apropriada;
 A conclusão do auditor, de acordo com a ISA 450, sobre se as
distorções por corrigir são materiais, individualmente ou em
agregado; e
 As avaliações exigidas que serão apresentadas a seguir.
111
Cont…
O auditor deve avaliar se as demonstrações financeiras estão
preparadas, em todos os aspectos materiais, de acordo com os
requisitos do referencial de relato financeiro aplicável. Esta
avaliação deve incluir a consideração dos aspectos qualitativos
das práticas contabilísticas da entidade, incluindo indicadores de
possíveis faltas de isenção nos julgamentos da sua gerência.
Em particular, o auditor deve avaliar se, tendo em conta os
requisitos do referencial de relato financeiro aplicável:
 As demonstrações financeiras divulgam adequadamente as
políticas contabilísticas significativas seleccionadas e
aplicadas;
 As políticas contabilísticas seleccionadas e aplicadas são
consistentes com o referencial de relato financeiro aplicável e
são apropriadas;
112
Cont…
 As estimativas contabilísticas feitas pela gerência são
razoáveis,
 A informação apresentada nas demonstrações financeiras é
relevante, fiável, comparável e compreensível;
 As demonstrações financeiras proporcionam divulgações
adequadas para habilitar os utentes a quem se destinam a
compreender o efeito de transacções e acontecimentos
materiais sobre a informação transmitida pelas demonstrações
financeiras; e
 A terminologia usada nas demonstrações financeiras, incluindo
o título de cada demonstração financeira, é apropriada.

113
Cont…
A avaliação do auditor sobre se as demonstrações financeiras
atingem uma apresentação apropriada deve incluir a
consideração:
 Da apresentação, estrutura e conteúdo global das
demonstrações financeiras; e
 Se as demonstrações financeiras, incluindo as respectivas
notas, representam as transacções e acontecimentos
subjacentes de uma forma que atinja apresentação apropriada.
O auditor deve avaliar se as demonstrações financeiras referem
adequadamente ou descrevem o referencial de relato financeiro
aplicável.

114
Cont…
Forma de Opinião
O auditor deve expressar uma opinião não modificada quando
concluir que as demonstrações financeiras estão preparadas, em
todos os aspectos materiais, de acordo com o referencial de relato
financeiro aplicável.
Se o auditor:
concluir, com base na prova de auditoria obtida, que as
demonstrações financeiras como um todo não estão isentas de
distorção material; ou não conseguir obter prova de auditoria
suficiente e apropriada para concluir que as demonstrações
financeiras como um todo estão isentas de distorção material,
deve modificar a opinião no seu relatório de acordo com a ISA
705.
115
Cont…
Se as demonstrações financeiras preparadas de acordo com os
requisitos de um referencial de apresentação apropriada não
atingirem uma apresentação apropriada, o auditor deve discutir a
matéria com a gerência e, dependendo dos requisitos do
referencial de relato financeiro aplicável e da forma como a
matéria é resolvida, deve determinar se é necessário modificar a
opinião no seu relatório de acordo com a ISA 705.
Quando as demonstrações financeiras forem preparadas de
acordo com um referencial de cumprimento, não se exige que o
auditor avalie se as demonstrações financeiras atingem uma
apresentação apropriada. Porém, se, em circunstâncias
extremamente raras, o auditor concluir que tais demonstrações
financeiras são enganadoras, deve discutir o assunto com a
gerência e, dependendo da forma como for resolvido, determinar
se e como se deve referir ao mesmo no seu relatório. 116
Cont…
Relatório do Auditor
O relatório do auditor será feito por escrito.
Relatório do Auditor para Auditorias Conduzidas de Acordo com as Normas
Internacionais de Auditoria.
Título:
O relatório do auditor deve ter um título que indique claramente que se trata do
relatório de um auditor independente.
Destinatário:
O relatório do auditor deve ter um destinatário, conforme exigido pelas
circunstâncias do trabalho.
Parágrafo Introdutório:
O parágrafo introdutório do relatório do auditor deve:
 Identificar a entidade cujas demonstrações financeiras foram auditadas;
 Declarar que as demonstrações financeiras foram auditadas;
 Identificar o título de cada demonstração que integra as demonstrações
financeiras;
117
Cont…
 Remeter para o resumo das políticas contabilísticas
significativas e para outras notas explicativas; e
 Especificar a data ou período cobertos por cada demonstração
financeira que integra as demonstrações financeiras.

Responsabilidade da Gerência pelas Demonstrações


Financeiras
Esta secção do relatório do auditor descreve a responsabilidade
daqueles que são responsáveis na organização pela preparação
das demonstrações financeiras. O relatório do auditor não
necessita de se referir especificamente à “gerência”, mas deve
usar a expressão que seja apropriada no quadro legal da
jurisdição envolvida. Em algumas jurisdições a referência
apropriada poderá ser aos encarregados da governação.
118
Cont…
Responsabilidade do Auditor
O relatório do auditor deve incluir uma secção com o título
“Responsabilidade do Auditor”. O relatório do auditor deve
declarar que a responsabilidade do auditor é a de expressar
uma opinião sobre as demonstrações financeiras com base
na auditoria.
O relatório do auditor deve declarar que a auditoria foi
conduzida de acordo com as Normas Internacionais de
Auditoria. O relatório do auditor deve também explicar que
essas normas exigem que o auditor cumpra requisitos éticos
e que planeie e execute a auditoria para obter garantia
razoável de fiabilidade sobre se as demonstrações
financeiras estão isentas de distorção material.
119
Cont…
Opinião do Auditor
O relatório do auditor deve incluir uma secção com o título
“Opinião”. Quando expressar uma opinião não modificada
sobre demonstrações financeiras preparadas de acordo com um
referencial de apresentação apropriada, a opinião do auditor
deve, a menos que de outra forma exigido por lei ou
regulamento, usar uma das seguintes frases, que são
consideradas equivalentes:
 As demonstrações financeiras apresentam de forma
apropriada, em todos os aspectos materiais, ... de acordo
com o referencial de relato financeiro aplicável; ou
 As demonstrações financeiras dão uma imagem verdadeira
e apropriada ... de acordo com o referencial de relato
financeiro aplicável.
120
Cont…
Assinatura do Auditor
O relatório do auditor deve ser assinado.
Data do Relatório do Auditor
O relatório do auditor não deve ter data anterior à data em que o auditor
obteve prova de auditoria suficiente e apropriada em que baseia a sua
opinião sobre as demonstrações financeiras, incluindo prova de que:
 Foram preparadas todas as demonstrações que integram as
demonstrações financeiras, incluindo as respectivas notas; e
 Os detentores da autoridade reconhecida assumiram expressamente
a responsabilidade por essas demonstrações financeiras.
Domicílio do Auditor
O relatório do auditor deve indicar o local da jurisdição em que o
auditor exerce. ..\Manual 3ª Unidade\Elementos de Relatório do
Auditor Prescrito por Lei ou Regulamento.docx
121
TIPOS DE EMISSÃO DE RELATÓRIO DE AUDITORIA

• São várias as formas de definir o tipo de relatório de


auditoria, contudo, o auditor deve estabelecer um
sistema de emissão de relatório que se adequa ao
momento ou situação, em que os factos estejam a
acontecer ou fruto do resultados apurados.

• Pode-se dividir em 5 (cinco) tipos de relatórios de


auditoria, nomeadamente
RELATÓRIOS FINAIS SINTÉTICOS

• São os que se resumem numa simples e rápida forma


de transmissão de factos e exigem maior capacidade
do auditor.

• O relatório sintético é aquele que geralmente se usa


para informar a alta direcção da empresa, de forma
rápida e sucinta, o que esta indo bem ou necessita de
correcção.
RELATÓRIOS
RELATÓRIOS FINAIS
FINAIS ANALÍTICOS
ANALITICOS

• São os relatórios que devem levar os sectores auditados todas


as informações e detalhes que permitem melhores soluções de
problemas, sem longas e infindáveis relações numéricas e
cifras que não conduzem na prática a nada.

• Os factos de menor relevância podem ser achados nos papeis


de trabalhos, que podem ser oferecidos pelos auditores, ou
podem ser relacionados a parte se for necessário.
Cont…
Cont.

• O relatório analítico é a via de comunicação que o


auditor possui para se relacionar com os vários
sectores envolvidos nos trabalhos executados.

• É a maneira de comunicar com os trabalhadores em


nível de execução, e por isso, é sempre apresentado
de forma clara e simples.
RELATÓRIOS
RELATÓRIOS ESPECIAIS
ESPECIAIS

• São aqueles que fogem do quotidiano.

• São igualmente considerados relatórios confidenciais. Tem a


particularidade de ser solicitado exclusivamente pelo director
da empresa, com interesse exclusivo relacionado com um
determinado assunto ou item que somente a ele interessa.

• Este tipo de relatório serve também para reportar fraudes


indesejadas com reserva.,
RELATÓRIOS
RELATÓRIOS PARCIAIS
PARCIAIS

• Durante o exame, são várias as vezes que o auditor se confronta com


evidências ou ocorrências que devem ser reportadas com urgência a
gerência ou direcção da empresa. Como também é frequente ao longo da
auditoria, surgirem problemas que necessitem de correcções
imediatamente, de modo a se evitar continuidade de falhas, e proporcione-
se tempo suficiente para que seja efectuado o relatório final.
• O relatório parcial pode ser apresentado numa simples folha de papel de
trabalho, devidamente identificada.
• Serve para informar dificuldades ou qualquer tipo de ocorrência que esteja
a interferir directamente no trabalho em execução, ou que esteja
relacionado com a actividade do auditor.
RELATÓRIOS
RELATÓRIOS VERBAIS
VERBAIS

• Todos os conceitos dos relatórios escritos aplicam-se nos


relatório verbais, diferendo apenas no facto de não existirem
rascunhos para ser corrigido antes da redacção final.
• Num relatório escrito, o auditor pode querendo rescrever os
parágrafos, mudar as orações e períodos, melhorando o texto
antes de entregar o destinatário.
• Por sua vez, no relatório verbal, quando não há uma excelente
preparação, o auditor torna-se mais vulnerável e sujeito a
expor condições desfavorável a ele próprio.
Cont…
Cont.

• O auditor deve ser claro e objectivo, tornando a sua fala


facilmente compreensível e assimilada, uma vez que terminado o
relatório verbal não existem fontes para serem consultadas
aspectos que não tenham ficado claro na apresentação.

• Por isso, deve ser previamente planificado e estruturado, o


auditor deve estar preparado para chamar a atenção dos ouvintes,
por via dos factos, recomendações ou sugestões, bem
fundamentadas para que haja interesse comum em solucionar os
problemas detectados.
12. NIA 810 (Auditoria de Informação
Prospectiva)
Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA) aborda as
responsabilidades do auditor relativas a um trabalho para relatar
sobre demonstrações financeiras resumidas extraídas de
demonstrações financeiras auditadas de acordo com as ISA pelo
mesmo auditor.
Objectivos
Os objectivos do auditor constantes nesta NIA são:
 Determinar se é apropriado aceitar o trabalho para relatar sobre
demonstrações financeiras resumidas; e
 Se for contratado para relatar sobre demonstrações financeiras
resumidas:
130
Cont…
a) Formar uma opinião sobre as demonstrações financeiras
resumidas baseada numa avaliação das conclusões tiradas da
prova obtida; e
b) Expressar claramente essa opinião por meio de um relatório
escrito que também descreve as bases para a mesma.
Para efeito desta ISA, os termos que se seguem têm os
significados adiante atribuídos:
 Critérios aplicados – Os critérios aplicados pela gerência na
preparação das demonstrações financeiras resumidas.
 Demonstrações financeiras auditadas – Demonstrações
financeiras auditadas pelo auditor de acordo com as ISA e a
partir das quais foram extraídas as demonstrações financeiras
resumidas. 131
Cont…
 Demonstrações financeiras resumidas – Informação
financeira histórica que é extraída de demonstrações
financeiras, mas que contém menos detalhes que as
demonstrações financeiras, embora proporcionando ainda
uma representação estruturada consistente com a que é
proporcionada pelas demonstrações financeiras sobre os
recursos económicos ou as obrigações da entidade numa
determinada data ou as suas alterações durante um
período de tempo. Jurisdições diferentes podem usar
terminologia diferente para descrever tal informação
financeira histórica.

132
Cont…
Aceitação do Trabalho
O auditor apenas deve aceitar um trabalho para relatar sobre
demonstrações financeiras resumidas de acordo com esta ISA
quando tiver sido contratado para conduzir, de acordo com as
ISA, uma auditoria das demonstrações financeiras das quais as
demonstrações financeiras resumidas foram extraídas.
Antes de aceitar um trabalho para relatar sobre demonstrações
financeiras resumidas o auditor deve:
 Determinar se os critérios aplicados são aceitáveis;
 Obter o acordo da gerência de que reconhece e entende a sua
responsabilidade
 Acordar com a gerência a forma de opinião a ser expressa
sobre as demonstrações financeiras resumidas 133
Cont…
Natureza dos Procedimentos
O auditor deve executar os procedimentos que se
seguem e quaisquer outros procedimentos que considere
necessários como base para a sua opinião sobre as
demonstrações financeiras resumidas:
 Avaliar se as demonstrações financeiras resumidas
divulgam adequadamente a sua natureza resumida e
se identificam as demonstrações financeiras
auditadas;
 Quando as demonstrações financeiras resumidas não
forem acompanhadas pelas demonstrações financeiras
auditadas, avaliar se aquelas claramente descrevem:
134
Cont…
a) A partir de quem ou aonde as demonstrações financeiras estão
disponíveis; ou
b) A lei ou o regulamento que especifica que as demonstrações
financeiras auditadas não necessitam ser disponibilizadas aos
destinatários das demonstrações financeiras resumidas e que
estabelece os critérios para a preparação de demonstrações
financeiras resumidas;
 Avaliar se as demonstrações financeiras resumidas divulgam
adequadamente os critérios aplicados;
 Comparar as demonstrações financeiras resumidas com a
informação relacionada nas demonstrações financeiras
auditadas para determinar se as demonstrações financeiras
resumidas concordam com informação relacionada das
demonstrações financeiras auditadas ou podem ser
recalculadas a partir dessa informação; 135
Cont…
 Avaliar se as demonstrações financeiras resumidas são
preparadas de acordo com os critérios aplicados;
 Avaliar, atendendo à finalidade das demonstrações financeiras
resumidas, se as mesmas contêm a informação necessária e
apresentam o nível apropriado de agregação, de forma a, nas
circunstâncias, não induzirem em erro;
 Avaliar se as demonstrações financeiras auditadas estão
disponíveis para os utentes das demonstrações financeiras
resumidas sem dificuldades injustificadas, salvo se a lei ou
regulamento dispuser que não necessitam de ser
disponibilizadas e estabelecer os critérios para a preparação
das demonstrações financeiras resumidas.
136
Cont…
Forma de Opinião
Quando o auditor concluir que é apropriada uma opinião não
modificada sobre as demonstrações financeiras resumidas, a
opinião deve, salvo se exigido de outra forma por lei ou
regulamento, usar uma das seguintes frases:
 As demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em
todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras
auditadas, de acordo com [os critérios aplicados]; ou
 As demonstrações financeiras resumidas são um sumário
apropriado das demonstrações financeiras auditadas, de acordo
com os critérios aplicados.

137
Cont…
Se a lei ou um regulamento prescreverem a redacção da opinião
sobre demonstrações financeiras resumidas em termos que sejam
diferentes dos descritos anteriormente, o auditor deve:
 Aplicar os procedimentos descritos de quaisquer
procedimentos adicionais necessários para habilitar o auditor a
expressar a opinião prescrita; e
 Avaliar se os utentes das demonstrações financeiras resumidas
podem não entender a opinião do auditor sobre as
demonstrações financeiras resumidas e, em caso afirmativo, se
uma explicação adicional no relatório do auditor sobre as
demonstrações financeiras resumidas pode mitigar possíveis
mal-entendidos.
138
Cont…
Se, no caso anterior, o auditor concluir que explicações adicionais
no relatório sobre demonstrações financeiras resumidas não são
suficientes para mitigar possíveis mal-entendidos, o auditor não
deve aceitar o trabalho, salvo se tal for exigido por lei ou
regulamento. Um trabalho conduzido de acordo com tal lei ou
regulamento não cumpre esta ISA.
Consequentemente, o relatório do auditor sobre as demonstrações
financeiras resumidas não deve referir que o trabalho foi
conduzido de acordo com esta ISA.
..\Manual 3ª Unidade\Elementos de Relatório do Auditor sobre
Demonstrações Financeiras Resumidas.docx

139
13. NIA 550 (Partes Relacionadas)
Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA) aborda as
responsabilidades do auditor respeitantes aos relacionamentos e
transacções com partes relacionadas quando executa uma
auditoria de demonstrações financeiras. Especificamente,
desenvolve a forma como a ISA 315, a ISA 330, e a ISA 240
devem ser aplicadas em relação aos riscos de distorção material
associados aos relacionamentos e transacções com partes
relacionadas.

140
Cont…
Natureza dos Relacionamentos e Transacções com Partes
Relacionadas
Muitas transacções com partes relacionadas realizam-se no
âmbito normal da actividade. Nestas circunstâncias, não
acarretam risco mais alto de distorção material das demonstrações
financeiras do que transacções similares com partes não
relacionadas. Porém, a natureza das relações e das transacções
com partes relacionadas pode, nalgumas circunstâncias, dar
origem a riscos mais altos de distorção material das
demonstrações financeiras do que transacções com partes não
relacionadas.

141
Cont…
Responsabilidades do Auditor
Dado que as partes relacionadas não são independentes umas das
outras, muitos referenciais de relato financeiro estabelecem
requisitos específicos de contabilização e divulgação para as
relações, transacções e saldos com partes relacionadas, para
permitir que os utentes das demonstrações financeiras possam
compreender a sua natureza e os seus efeitos reais ou potenciais
sobre as demonstrações financeiras. Quando o referencial de
relato financeiro aplicável estabelecer tais requisitos, o auditor
tem a responsabilidade de executar procedimentos de auditoria
para identificar, avaliar e responder aos riscos de distorção
material provenientes da não contabilização e divulgação
apropriadas pela entidade das relações, transacções e saldos com
partes relacionadas de acordo com os requisitos do referencial.
142
Cont…
Objectivos
Os objectivos do auditor nesta NIA são:
 Independentemente de o referencial de relato financeiro
aplicável estabelecer ou não requisitos sobre partes
relacionadas, obter um conhecimento suficiente dos
relacionamentos e transacções com partes relacionadas para
ser capaz de:
1. Reconhecer factores de risco de fraude, se existirem,
provenientes de relacionamentos e transacções com partes
relacionadas e que sejam relevantes para a identificação e
avaliação dos riscos de distorção material devido a fraude; e

143
Cont…
2. Concluir, com base na prova de auditoria obtida, se as
demonstrações financeiras, na medida em que são afectadas por
esses relacionamentos e transacções:
a) Garantem uma apresentação apropriada (para referenciais de
apresentação apropriada); ou
b) Não são enganadoras (para referenciais de cumprimento); e
c) Além disso, quando o referencial de relato financeiro
aplicável estabelecer requisitos sobre partes relacionadas,
obter prova de auditoria suficiente e apropriada sobre se os
relacionamentos e transacções com partes relacionadas foram
apropriadamente identificados, contabilizados e divulgados
nas demonstrações financeiras de acordo com o referencial.
144
Cont…
Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes definições:
Parte relacionada – Uma parte que é:
1. Uma parte relacionada como definido no referencial de
relato financeiro aplicável; ou
2. No caso de um referencial de relato financeiro aplicável que
estabelece requisitos mínimos ou não estabelece requisitos sobre
partes relacionadas:
a) Uma pessoa ou outra entidade que tem controlo ou
influência significativa, directa ou indirectamente por meio de um
ou mais intermediários, sobre a entidade que relata;

145
Cont…
b) Uma outra entidade sobre a qual a entidade que relata tem
controlo ou influência significativa directa ou indirectamente por
meio de um ou mais intermediários; ou
c) Uma outra entidade que está sob controlo comum com a
entidade que relata tendo:
i. Controlo de propriedade comum;
ii. Proprietários que são membros próximos da família; ou
iii. Gerência principal comum. Porém, as entidades que estão
sob controlo comum por um Estado (isto é, um governo nacional,
regional ou local) não são consideradas relacionadas salvo se
empreenderem transacções significativas ou partilharem recursos
numa extensão significativa umas com as outras.
146
Cont…
Transacção entre partes não relacionadas – Uma transacção
efectuada em determinados termos e condições, de livre vontade,
entre um comprador e um vendedor que não são relacionados e
que actuam de forma independente um do outro na defesa dos
seus próprios interesses.
Procedimentos de Avaliação do Risco e Actividades
Relacionadas
No âmbito dos procedimentos de avaliação do risco e actividades
relacionadas que a ISA 315 e a ISA 240 exigem que o auditor
execute durante a auditoria, o auditor deve executar os
procedimentos de auditoria e actividades relacionadas
estabelecidos para obter informação relevante para identificar os
riscos de distorção material associados a relacionamentos e
transacções com partes relacionadas.
147
Cont…
Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Material
Associados a Relacionamentos e Transacções com Partes
Relacionadas
Em cumprimento dos requisitos da ISA 315 no sentido de
identificar e avaliar os riscos de distorção materia, o auditor deve
identificar e avaliar os riscos de distorção material associados a
relacionamentos e transacções com partes relacionadas e
determinar se quaisquer desses riscos constituem riscos
significativos. Ao fazer esta determinação, o auditor deve tratar as
transacções significativas com partes relacionadas identificadas
fora do âmbito normal da actividade da entidade como dando
origem a riscos significativos.
148
Cont…
Se o auditor identificar factores de risco de fraude (incluindo
circunstâncias relativas à existência de uma parte relacionada
com influência dominante) quando executa os procedimentos de
avaliação do risco e actividades relacionadas associadas a partes
relacionadas, deve considerar tal informação quando identifica e
avalia os riscos de distorção material devido a fraude ou erro de
acordo com a ISA 240.
Resposta aos Riscos de Distorção Material Associados a
Relacionamentos e Transacções com Partes Relacionadas
Como parte do requisito da ISA 330 no sentido de que o auditor
dê resposta aos riscos avaliados, ele concebe e executa
procedimentos de auditoria adicionais para obter prova de
auditoria suficiente e apropriada sobre os riscos avaliados de
distorção material associados aos relacionamentos e transacções
com partes relacionadas. 149
Cont…
Declarações Escritas
Quando o referencial de relato financeiro estabelece requisitos
sobre partes relacionadas, o auditor deve obter declarações
escritas da gerência e, quando apropriado, dos encarregados da
governação no sentido de que:
 Divulgaram ao auditor a identidade das partes relacionadas da
entidade e todos os relacionamentos e transacções com partes
relacionadas de que têm conhecimento; e
 Contabilizaram e divulgaram apropriadamente tais
relacionamentos e transacções de acordo com os requisitos do
referencial.

150
Cont…
Comunicação com os Encarregados da Governação
Salvo se todos os encarregados da governação estiverem
envolvidos na gestão da entidade, o auditor deve comunicar aos
encarregados da governação as matérias significativas que
surgiram durante a auditoria em conexão com as partes
relacionadas da entidade.

Documentação
O auditor deve incluir na documentação de auditoria os nomes
das partes relacionadas identificadas e a natureza dos
relacionamentos em causa.

151
Para Pesquisar…..

Conceito de Controle Interno;


Tarefas do Auditor Interno;
Tipos de Controle Interno;
Elementos Fundamentais do Controle Interno;
Objectivos e Componentes do Controle
Interno; e
Importância do Controle Interno .
152
Referências Bibliográficas

Costa, C. B. (2000). Auditoria Financeira. Teoria e prática (8


ed.). Lisboa: Editora Rei dos Livros.

Costa, C. B. (2010). Auditoria Financeira. Teoria e prática (9


ed.). Lisboa: Editora Rei dos Livros.

.IFAC, OROC, (2018). Manual das Normas Internacionais de


Controlo de Qualidade, Auditoria, Revisão, Outros
Trabalhos de Garantia de Fiabilidade e Serviços
Relacionados (I Parte ed.). 153

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