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1 - Conceitos Introdutórios
Todo o trabalho do auditor é feito com a intenção de chegar a uma opinião que seja
bem próxima da realidade. Em uma auditoria contábil, o foco central do auditor está em
confirmar se as informações contidas nas demonstrações contábeis condizem com a realidade
dos fatos que foram apurados.
O uso dos testes é uma importante ferramenta, pois esses podem indicar em que ponto
os dados da contabilidade não são confiáveis. Usam-se testes para que as suspeitas do auditor
possam ser validadas e ele consiga formar uma linha de pensamento para a conclusão dos
seus serviços de auditoria.
Esses testes levam o auditor à apuração das evidências. Essas evidências são as
provas levantadas pelo profissional acerca de algum tipo de distorção (fraudes ou erros) que
pode ser encontrada nas informações apresentadas pela administração da entidade.
Entretanto, como são conseguidas essas evidências? Elas são resultado da análise de
contas ou grupos de contas em específico. É olhando as rubricas lançadas na contabilidade e
os respectivos registros que o auditor vai conseguir chegar à conclusão de falhas ou poder
afirmar com segurança que os dados não apresentam distorções relevantes, resultando nesse
último caso, em uma opinião sem ressalva.
Só que não pode o auditor analisar todas as contas lançadas no Balanço Patrimonial e
na Demonstração do Resultado do Exercício. Seria muito caro e demorado conferir todos os
fatos registrados. Até mesmo por isso, como já vimos, o auditor usa o expediente da
amostragem.
A seleção dos itens a serem analisados passa a ser muito importante. O auditor deve
selecionar as contas ou grupo de contas de uma forma que o risco de emitir uma opinião
incorreta seja minimizado. Para isso, o auditor, inclusive baseado em sua experiência, vai
escolher alguns pontos que, normalmente, são pontos críticos e que apresentam distorções.
Alguns grupos de contas, pela sua própria natureza, são mais passíveis de serem
fraudados. O auditor terá que gastar um tempo maior para ter certeza que tais contas estão
livres de falhas relevantes.
Não pode o profissional deixar de utilizar os testes de auditoria nesses grupos de
contas. Os testes de procedimentos substantivos, aqueles que confirmam os saldos das
contas, são indispensáveis para validar os registros e poder fazer com que o auditor, emita sua
opinião com menos chance de errar.
Falaremos de algumas contas que são as mais usualmente usadas pelo profissional
quando da execução do trabalho em si. Os pontos mais sensíveis das demonstrações serão
aqui comentados e que tipos de testes ou técnicas de auditoria devem ser empregados para
trazer maior segurança ao auditor sobre sua conclusão.
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2 - Caixas e Bancos
As disponibilidades como já é de nosso conhecimento fazem parte do Ativo Circulante
e representam o “dinheiro vivo” para as empresas. Esses valores podem ser usados de forma
imediata e sua liquidez é altíssima.
A Lei 6.404/76 nos indica no seu artigo 179:
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício
social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
II - ...
E, analisemos agora o que diz o artigo 178 sobre a liquidez:
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise
da situação financeira da companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos
elementos nelas registrados.
O maior benefício das contas de disponibilidades que é sua altíssima liquidez também
nos remeta à sua maior desvantagem que é o risco de apropriação indébita. Como sua liquidez
é imediata, a possibilidade de fraudes acerca dessas contas também é, geralmente, grande.
As contas de “Caixa e Bancos” são os ativos mais sensíveis e de maior risco, portanto
o auditor deve dar especial atenção a essas contas. Exatamente por isso, o auditor eleva o
número de testes nesse tipo de conta. Os testes são direcionados para que seja analisada a
superavaliação dos saldos (veremos um pouco mais sobre eles a seguir).
A principal conferência feita pelo auditor é acerca da existência do ativo. Os exames,
então, serão direcionados para confirmar a existência desses valores lançados na
contabilidade.
Para ter segurança sobre a veracidade das informações indicadas nas demonstrações
contábeis, o auditor faz uso de alguns procedimentos. Comentaremos abaixo alguns deles.
É a contagem dos valores recebidos em espécie, que
estão em poder do caixa. Normalmente, é aplicável para
as empresas que efetuam suas vendas à vista (lojas, por
exemplo) e que, poderiam ter um valor significativo em
caixa, em uma data próxima do balanço.
Contagem de caixa O ideal é que a contagem seja feita de surpresa e que o
auditor esteja atento para situações anormais (cheques
antigos, cheques pessoais do responsável pelo
recebimento do caixa, comprovantes de desembolso do
caixa sem data, etc.)
Trata-se de uma carta de confirmação dos saldos das
contas endereçada aos bancos, para averiguar se os
Confirmação ou saldos existentes na contabilidade da empresa conferem
circularização dos saldos com aqueles que estão nos extratos bancários.
bancários A ideia é obter uma carta do banco confirmando os saldos
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lançados na contabilidade que nem sempre são os
mesmos lançados no extrato bancário.
O corte é uma interrupção na continuidade das
operações, ou seja, consiste em anotar os últimos
cheques emitidos antes do exame da auditoria, de forma
que o auditor tenha um referencial temporal para que
Corte (Cut-off) de cheques possa avaliar as demonstrações.
Com o objetivo de se certificar de que os cheques estão
registrados no período de competência e que as
conciliações bancárias não têm incorreções, o corte de
períodos para os cheques é importante, pois, sempre
haverá inconsistências entre o razão da conta “Bancos” e
o extrato e algum período deve ser definido como
parâmetro.
Normalmente as empresas fazem a conciliação bancária
mensalmente. A conciliação representa o confronto entre
o extrato bancário e os lançamentos feitos no livro razão.
Elas demonstram as transações registradas pelo banco e
não pela empresa e as contabilizadas pela empresa e não
Testes de conciliações pelo banco.
bancárias Na prática, a reconciliação toma como base o último dia
do mês e consiste em eliminar as transações que
aparecem em ambos os registros. As que sobram
representam itens pendentes.
Testes das transferências Verificação das compensações feitas interbancos (TED,
bancárias DOC, etc.).
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A empresa, quando vende a prazo, parte do pressuposto de que o cliente vai pagar sua
dívida, caso contrário, não venderia. Porém, por uma série de motivos, alguns clientes não
pagam.
Como consequência, as vendas e as contas a receber ficam superavaliadas,
distorcendo os dados das demonstrações contábeis. Devido a esses fatos, a empresa deve
constituir uma provisão para devedores duvidosos no montante que dê para cobrir todas as
possíveis perdas a serem incorridas no recebimento de contas a receber.
O valor necessário da provisão é determinado levando-se em conta a identificação das
perdas já conhecidas e a estimativa das perdas com clientes, com base na experiência de anos
anteriores ou com base nas empresas do mesmo ramo. O cálculo utilizado é uma média das
duplicatas a receber consideradas incobráveis.
Procedimentos a serem utilizados em duplicatas a receber
Confirmação dos saldos de créditos a receber com
Confirmação de contas a receber terceiros através de circularização enviadas aos
de clientes (circularização) clientes.
Testes dos valores futuros de Cálculo dos valores das contas a receber a prazo,
contas a receber trazidos a trazidos a valores atuais e buscando-se apurar o valor
valores atuais líquido a ser recebido pela entidade.
Cálculo para confirmar os valores lançados nas rubricas
Testes com as PDD de PDD em função do total atual a receber de clientes e
das baixas como incobráveis em períodos anteriores.
4 – Estoques
Os estoques são bens destinados à venda ou à fabricação, relacionados com os
objetivos e atividades da empresa. Eles são importantes na apuração do lucro líquido de cada
exercício e na determinação do valor do capital circulante líquido do balanço patrimonial.
As principais classes de estoques compreendem:
matérias-primas: bens comprados e destinados à produção;
produtos em processo: bens que estão sendo produzidos;
produtos acabados: bens prontos e destinados à venda;
mercadorias: bens comprados e destinados à revenda.
As principais verificações que o auditor busca em sua análise dos estoques são:
a) se as quantidades de bens declaradas realmente existem;
b) se o custo desses estoques foram apropriados corretamente;
c) se as informações acerca dos estoques foram divulgadas corretamente.
d) se os estoques são “podres” (obsoletos, fora de linha ou com defeitos).
e) se está avaliado das formas previstas em lei.
A partir das informações que devem ser confirmadas e verificadas, temos os seguintes
procedimentos a serem utilizados:
Inspeção física e observação da contagem do
Confirmação da existência física inventário (estoques) para obter segurança da
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existência do ativo.
Análise do inventário frente os Confronto entre os registros contábeis com
registros contábeis aquilo que foi apurado na contagem física.
Definição do momento em que os registros
contábeis refletem o inventário, ou seja,
consiste em definir uma data-limite para
interromper a contabilização de novas
transações.
O corte é importante, pois, o processo de
entrada e saída de mercadoria nos estoques
Cortes das operações (cut off) é intenso. Não teria condição de toda a
empresa parar para que o auditor contasse os
estoques.
Assim, o auditor define uma data e o que
estiver fora dessa data, não entrará na
contagem.
Verificação se os itens baixados dos estoques
Controle de entrada e saída para a em direção à produção foram realmente
produção recepcionados na área de produção.
Conferência de cálculos a partir dos métodos
Testes dos métodos de avaliação de controles de estoques (PEPS, UEPS,
de estoques Custo Médio, etc).
6 – Investimentos
As empresas aplicam recursos em títulos e outros direitos, com vários objetivos. Entre
eles:
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tornar rentável o excesso temporário de recursos;
estabelecer relações comerciais com outras empresas;
aumentar sua participação no mercado com a compra de ações de outras
companhias ou mesmo criando novas entidades;
se financiar com busca de capital a custo mais barato.
No processo de auditoria, os ativos – investimentos mais importantes a serem
analisados - são aqueles relevantes em outras empresas. Neles, o profissional deverá
examinar e avaliar esses investimentos para poder opinar sobre a real situação patrimonial e
financeira de uma empresa.
Esses investimentos significam que a entidade que compra as ações da outra
companhia, acaba esperando que a investida tenha um resultado satisfatório para que possa
auferir ganhos efetivos. Ou seja, é primordial que a investida lucre para que a investidora possa
reconhecer esse ganho em suas próprias demonstrações.
Os investimentos de uma forma muito simplificada podem ser divididos em dois tipos:
a) valores mobiliários: aqueles adquiridos com a intenção de especulação.
Como a ideia da empresa não é tê-los de forma permanente em seu
patrimônio, ela classifica-os como ativo circulante;
b) investimentos permanentes: são aqueles que, desde o momento da
aquisição, já se tem a intenção de mantê-los por prazo longo e de forma
permanente. São classificados no ativo não circulante – investimentos.
Importante dizer que além do aspecto da intenção de mantê-los ou não no patrimônio,
há outra variável que modifica a característica do investimento: a relevância.
Os investimentos em sociedades coligadas ou sociedades controladas são avaliados
pelo método de equivalência patrimonial.
São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa.
Influência significativa é quando a investidora detém ou exerce o poder de participar das
decisões políticas e financeiras da investida ou operacionais, sem controlá-la. Seria por
exemplo, o caso de ser o único fornecedor da investida.
Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de
outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
Mas o que é mais importante aqui é saber que os investimentos em coligadas e
controladas são feitos pelo método de equivalência patrimonial. Os que não se encaixam nessa
situação serão feitos pelo método de custo(valor justo).
O método de custo é a forma de contabilizar os investimentos pelo valor da compra.
Nesse caso, em cada vez que a investida apura lucros, não há alteração na conta
“Investimentos” da investidora.
O lançamento fica assim:
D – Dividendos a receber/Caixa/Bancos
C- Receita com dividendos
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Já no método de equivalência patrimonial, cada alteração do PL da investida,
representa alteração na conta “Investimentos” da investidora.
Exemplo numérico:
Investida: Alfa Empreendimentos S/A.
Patrimônio Líquido de Alfa em 31/12/X0: 1.000.000,00
Investidora: Beta Empreendimentos S/A
Investimento: 20% do capital votante de Alfa Empreendimentos S/A, adquiridos por
200.000,00.
A contabilização da aquisição do investimento será:
D – Investimento permanente em Alfa
C – Caixa ______________________________________________ 200.000
Ao fim do período X1, a empresa Alfa apurou um lucro de 400.000. Nesse caso, a
investidora deverá ajustar o valor do seu investimento, para reconhecer a variação sofrida no
PL da investida. Como a participação é de 20% do capital da Alfa, a variação a ser reconhecida
será igual a 20% do lucro apurado, ou seja, 80.000.
Contabilizando o lucro também pelo método da equivalência patrimonial.
D – Investimento permanente em Alfa
C – Receita de Equivalência Patrimonial____________________ 80.000
Assim, a partir desse registro o valor do investimento registrado no ativo não circulante
de investidora será de 280.000(200.000 + 80.000).
E se a investida distribuísse, nesse mesmo período, 300.000,00 em dividendos? Nesse
caso, a investidora deveria reconhecer o valor de dividendos a receber em contrapartida à
conta do investimento. A contabilização pelo reconhecimento do dividendo a receber seria:
D – Dividendos a Receber
C – Investimento permanente em Alfa _____________________ 60.000
Só lembrando que a participação de Beta em Alfa é de 20%. Se os dividendos a serem
distribuídos são de 300.000, então, 300.000 x 20% = 60.000.
Feitas as devidas explicações acerca dos métodos de avaliação dos investimentos,
comentemos os procedimentos a serem utilizados nos testes:
Verificação (inspeção física) através de
documentos a existência dos investimentos
Exame documental dos títulos de como as ações (papéis), os certificados ao
investimento portador, os contratos, etc.
Analisar o correto lançamento das contas
partindo-se do conceito do método de custo
ou da equivalência patrimonial.
Avaliação dos investimentos Além disso, é normalmente analisado:
considerando a relevância As baixas e aquisições;
Ágios e deságios nas compras;
Forma de aquisição.
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Confronto entre o que foi contabilizado e o
Cálculos das participações que é demonstrado na análise documental a
partir dos devidos cálculos.
7 – Imobilizado
O imobilizado de uma empresa geralmente representa um percentual significativo em
relação ao ativo total, por isso é fundamental que este grupo seja auditado, pois, estes bens,
mensalmente, são depreciados e muitas vezes baixados ou alienados. O objetivo do trabalho
de auditoria é assegurar-se de que o custo corrigido desses bens não representa
superavaliação e que as depreciações não estão subavaliadas, bem como verificar a existência
dos bens.
A auditoria no imobilizado tem por finalidade verificar a existência do bem em confronto
com os registros contábeis, bem como averiguar se os registros foram efetuados de acordo
com os princípios de contabilidade aceitos.
Para determinação do custo do imobilizado a empresa deve levar em consideração
todos os custos envolvidos em sua aquisição, instalação. Em alguns casos, esses custos são
acrescidos também de reavaliação, o qual representa a diferença entre o valor de mercado do
bem e seu valor contábil.
De acordo com ATTIE (1998), “o exame de auditoria deve ser cuidadoso, pois as
operações realizadas e contabilizadas inadequadamente podem influir nos saldos das contas
do imobilizado devido às diferenças de taxas de depreciação aplicáveis aos grupos de bens do
imobilizado”.
Um dos principais objetivos da auditoria nessa área: avaliação da existência e da
correta contabilização do ativo, identificando possíveis superavaliações.
Outro ponto importante a ser verificado pelo auditor é a situação das depreciações.
Essas são as deduções contábeis feitas em bens do imobilizado, lançadas como custos ou
despesas, e que reconhecem a perda física do bem.
Os cálculos da depreciação devem ser revisados para que se diminua a possibilidade
de subavaliação dessas despesas visando uma diminuição do lucro com consequente
recolhimento a menor de tributos.
Principais procedimentos que o auditor pode aplicar nesse grupo de contas:
Inspeção física que visa a confirmação da
existência do bem. A contagem dos bens
Existência física do bem imobilizados é muito importante, pois,
minimiza a ocorrência de roubo quando é
feita periodicamente.
Análise da propriedade dos bens através de
contrato de compra, escritura lavrada em
Confirmação da propriedade cartório, etc.. Além disso, o auditor deve
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analisar a situação de ocorrência de reserva
de domínio (bens financiados).
Valor do bem Confirmação para análise do correto registro
dos valores pagos pelos bens.
Registro das depreciações Revisão dos cálculos para a confirmação dos
valores lançados como custo ou despesa.
8 – Intangível
Esse grupo de contas foi introduzido pela lei nº 11.638/07 e está relacionado a direitos
que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da entidade ou exercidos
com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido (art. 179 inciso VI). Serão
avaliados pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva amortização.
As condições para se reconhecer no balanço um ativo intangível são:
a) é provável que sejam gerados em favor da entidade os benefícios econômicos
futuros esperados atribuíveis ao seu ativo.
b) o custo do ativo pode ser mensurado com segurança.
c) é identificável e separável, ou seja, pode ser separado da entidade e vendido,
transferido, licenciado, alugado ou trocado, tanto individualmente, ou em
conjunto com um contrato, ativo ou passivo relacionado (ágio derivado da
expectativa de rentabilidade futura, reconhecimento em combinação de
negócios).
Formas de contabilização
a) O reconhecimento como ativo intangível deve ser feito de forma prospectiva, a
partir da data de transição e da data em que são satisfeitos os critérios de
reconhecimento segundo o Pronunciamento Técnico CPC – 04 – Ativo
Intangível.
b) Quando um ativo não cumprir os critérios de reconhecimento de ativo
intangível, mas for anteriormente reconhecido como ativo, este deve ser
baixado na data da transação, mediante o registro em conta de lucros ou
prejuízos acumulados, líquido dos efeitos fiscais (imposto de renda e
contribuição social).
c) Devem ser mantidos os critérios de amortização que a entidade vinha
adotando para seus ativos intangíveis, enquanto não surgir pronunciamento
específico.
Ativos Intangíveis enquadrados no CPC 04
a) Direitos cedidos por meio de contratos de licenciamentos para itens como
filmes cinematográficos, gravações em vídeo, peças, manuscritos, patentes e
direitos autorais;
b) Listas de clientes;
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c) Software;
d) Outros gastos incorridos (pré-operacionais) por indústrias extrativas ou
seguradoras;
e) Direitos sobre hipotecas;
f) Licenças de pesca;
g) Franquias, relacionamento com clientes e fornecedores, fidelidade de clientes,
participação no mercado e direitos de comercialização;
Gastos de pesquisa e desenvolvimento
Fase de pesquisa
Nenhum ativo intangível resultante da pesquisa deve ser reconhecido. Devem os
gastos com pesquisa ser reconhecidos como despesa quando incorridos.
Exemplos de atividades de pesquisa:
a) Atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento;
b) Busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de pesquisa ou
outros conhecimentos;
c) Busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos,
sistemas ou serviços;
d) Formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis para
materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou
aperfeiçoados.
Fase de desenvolvimento
Deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a
seguir enumerados:
viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja
disponibilizado para uso ou venda;
intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;
capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre
outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado para os
produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se
destine ao uso interno, a sua utilidade;
disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados
para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível;
capacidade de mensurar com segurança os gastos atribuíveis ao ativo
intangível durante seu desenvolvimento.
Exemplos de atividades de desenvolvimento:
a) Projeto, construção e teste de protótipos e modelos pré-produção ou pré-
utilização;
b) projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam nova
tecnologia;
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c) projeto, construção e operação de fábrica-piloto, desde que já não esteja em
escala economicamente viável para produção comercial;
d) projeto, construção e teste da alternativa escolhida de materiais, dispositivos,
produtos, processos, sistemas e serviços novos ou aperfeiçoados.
Os procedimentos de auditoria mais usados em intangíveis são:
Inspeção de documentos para a confirmação
Existência documental do direito de que o direito contabilizado realmente tem
comprovação documental.
De acordo com as cláusulas contratuais e/ou
condições negociais devem ser feitas as
Teste de amortizações contabilizações da amortização seguindo o
disposto em legislação. O auditor deve
confirmar tais valores (recálculo).
Valor de baixas ou aquisições Conferência das entradas e saídas do
período.
9 – Passivo exigível
O exame de auditoria do exigível, requer, sob vários aspectos, uma filosofia diferente
daquela empregada relativamente aos ativos.
Na auditoria do ativo os auditores possuem meios mais efetivos de comprovação da
existência, fundamentando-se em confirmação ou observação pessoal direta. Essa evidência
concreta não é obtida prontamente na verificação das exigibilidades.
Os auditores têm de reconhecer que o exigível constitui uma área de grande risco, pela
forte tendência de sua apresentação em valores fora da realidade.
A Lei 6.404/76 indica como critério de avaliação do passivo que as obrigações,
encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo prazo serão ajustados ao seu valor
presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: passivo circulante,
passivo não circulante e patrimônio líquido, este dividido em capital social, reservas de capital,
ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados.
As obrigações da Companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do
ativo não circulante, serão classificados no passivo circulante, quando vencerem no exercício
seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior. Deverá ser
observado o ciclo operacional da entidade se tiver duração maior que o exercício social para
fins de classificação no passivo circulante.
Objetivos
De maneira geral os objetivos de auditoria, aplicáveis às contas do passivo são:
Objetivos Ações
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a) Segregação de funções entre o controle
das contas a pagar, contabilidade e
Verificação da adequação dos tesouraria.
controles internos: O sistema de b) Aprovação formal das operações por
controle interno sobre o passivo deve pessoa autorizada.
servir de garantia de que todas as c) Critérios para realização dos pagamentos
obrigações são exatamente através de cheques nominais aos
comunicadas, de que todas as favorecidos.
obrigações da entidade são lançadas d) Cancelamento formal dos documentos
nos registros contábeis, de que todos os pagos para evitar sua reapresentação
itens registrados no passivo constituem para novo pagamento.
obrigações legítimas da entidade e de e) Análise dos critérios para conferência de
que são liquidadas de acordo com as documentos e cálculos de atualização das
políticas estabelecidas pela direção da obrigações.
entidade. f) Conciliação mensal do saldo dos
controles analíticos com os registros
contábeis.
g) Evidência do recebimento das
mercadorias ou serviços, visando
assegurar que os passivos constituem
obrigações legítimas.
a) A correta apresentação das dívidas reais
ou contingentes;
b) A comprovação de que todas essas
dívidas são da entidade;
Determinar a razoabilidade e a c) Todas as garantias existentes
propriedade dos passivos relacionadas a essas dívidas e sua
registrados. correta divulgação nas notas às
demonstrações financeiras;
d) A avaliação dos passivos de acordo com
os princípios contábeis e aplicação
uniforme dos mesmos.
Certificar-se de que todo o passivo foi a) Análise das contas de compras com os
registrado, ou seja, de que não há respectivos pagamentos;
obrigações não registradas. b) Confirmação do desembolso de salários e
encargos com a respectiva folha;
Dois aspectos importantíssimos da apresentação
do passivo nas demonstrações contábeis são a
classificação correta e a divulgação adequada. O
primeiro exige que se enquadrem as contas nas
categorias de circulante e de não circulante.
Determinar se os itens de passivo
Dentre essas categorias pode haver um critério de
estão corretamente apresentados nas
ordenação baseado na data do vencimento,
demonstrações contábeis.
subordinação, ou outro qualquer. As parcelas a
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vencer a curto prazo, das obrigações a longo
prazo, normalmente devem ser calculadas e
apresentadas como passivo circulante.
10 – Patrimônio líquido
O patrimônio líquido representa os ativos líquidos, pertencentes aos proprietários, ou
seja, a diferença entre o ativo real e o passivo real em determinado momento. O patrimônio
líquido é dividido em:
a) capital social
b) reservas de capital
c) ajustes de avaliação patrimonial
d) reservas de lucros
e) ações em tesouraria
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f) prejuízos acumulados
Capital Social
Compreende a soma dos bens investidos no negócio que corresponde à situação
líquida inicial. Esse capital só será alterado quando os proprietários realizarem novos
investimentos adicionais ou desinvestimentos. Em resumo, as principais características do
capital social de uma sociedade anônima são as seguintes:
a) seu valor é fixado pelo estatuto e deverá ser expresso em moeda nacional;
b) pode ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de
bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.
O capital social é representado por ações (sociedades anônimas) ou quotas (outros
tipos de sociedades). As principais características das ações são as seguintes:
seu número será fixado pelo estatuto, que estabelecerá se as mesmas terão ou
não, valor nominal;
podem ser ordinárias ou preferenciais
Reservas de Capital
Reservas são constituídas por exigências legais. As reservas de capital são parte do
capital próprio da entidade, que tem por fim fortalecer a integridade do capital social. São
provenientes de:
a) contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte
do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a
importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de
conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias (ágio na emissão
de ações);
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
Reservas de Lucros
Podem ser utilizadas para absorver prejuízos, distribuir dividendos ou incorporar ao
capital social. São provenientes das apropriações de lucros e são as seguintes:
a) legal
b) estatutárias
c) para contingências:
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d) de lucros a realizar
e) para reinvestimento ou expansão.
f) de incentivos fiscais
As reservas: legal, para contingências e de lucros a realizar, devem ser constituídas
antes do cálculo do dividendo obrigatório. De modo geral, as reservas destinam-se a preservar
o capital da entidade e possibilitar sua expansão.
O saldo de reserva de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de
lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingido o limite, a assembleia
deliberará sobre a aplicação do excesso: aumento de capital ou distribuição de dividendos.
Ações em Tesouraria
Ocorre quando a empresa compra suas próprias ações. As ações em tesouraria
deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registra
a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
Prejuízos Acumulados
Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os
prejuízos acumulados e a provisão para o imposto sobre a renda. O prejuízo líquido do
exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e
pela reserva legal, nessa ordem.
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Reservas:
exame da movimentação das contas para determinar que as reservas foram
constituídas e utilizadas de acordo com as disposições legais, estatutárias e
decisões dos acionistas ou sócios de sociedades de grande porte;
conferência de cálculos.
Lucros (ou Prejuízos) Acumulados:
verificação da aprovação dos acionistas para a movimentação havida na conta
e a adequação dos lançamentos efetuados;
verificação dos pagamentos de dividendos e juros de capital próprio com
exame de cálculos e recibos;
verificação dos ajustes de exercícios anteriores, que poderão ser feitos na
conta de lucros ou prejuízos acumulados.
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passivo circulante, também está superavaliada. Da mesma forma, quando se testam as contas
credoras para subavaliação (teste principal), as contas devedoras estão sendo testadas
secundariamente nessa mesma direção.
Na análise de auditoria da conta credora de fornecedores a pagar (testado para
subavaliação), o auditor descobre que uma fatura de compra de matéria-prima não foi
registrada na contabilidade; consequentemente, as contas de fornecedores a pagar e matéria-
prima (conta devedora classificada no grupo de estoque do ativo circulante está subavaliada).
Vejamos alguns testes que são possíveis de ocorrer:
1. Teste principal para Na época da auditoria de conta de matéria-prima,
superavaliação de uma conta o auditor observou que uma compra realizada em
do ativo e teste secundário janeiro/2014 foi contabilizada erroneamente em
para superavaliação de uma 2013. Consequentemente, a conta de matéria-
conta do passivo. prima (teste principal) e a conta de fornecedores a
pagar (teste secundário) estavam superavaliadas.
Na auditoria de conta de maquinários (ativo
imobilizado), o auditor observou que foram
2. Teste principal para ativadas (debitadas no ativo) peças aplicadas na
superavaliação de uma conta manutenção, que, de acordo com os princípios
do ativo e teste secundário contábeis, deveriam ser registradas como
para subavaliação de despesa despesas. Portanto, a conta de máquinas e
equipamentos (teste principal) estava
superavaliada e o grupo de despesas (teste
secundário) subavaliado.
Na auditoria de conta de duplicatas a receber
3. Teste principal para (ativo circulante), o auditor constatou que uma
superavaliação de uma conta venda realizada em 2014 foi contabilizada em
do ativo e teste secundário 2013. Como consequência, a conta de duplicatas
para superavaliação de a receber (teste principal) e a conta de receita na
receita. venda de bens (testes secundários) estavam
superavaliados em 2013.
Na auditoria de conta de fornecedores a pagar
(passivo circulante), o auditor notou que uma nota
4. Teste principal para fiscal de competência de 2013 foi registrada
subavaliação do passivo e somente por ocasião de seu efetivo pagamento
teste secundário para em 2014. Como consequência, a conta de
subavaliação do ativo fornecedores a pagar (teste principal) e a conta de
estoques (testes secundários) estavam
subavaliados (em 2013).
No exame da conta de empréstimos a pagar, o
auditor constatou que um contrato foi registrado
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5. Teste principal para indevidamente na conta de fornecedores a pagar.
subavaliação do passivo e O auditor descobriu esse problema por ocasião do
teste secundário para confronto dos contratos de financiamentos com os
superavaliação de outra conta valores efetivamente contabilizados na conta de
do passivo. empréstimos a pagar. Portanto, a conta de
empréstimos a pagar (teste principal) estava
subavaliada e a conta de fornecedores a pagar
(teste secundário) estava superavaliada.
O auditor observou, por ocasião da inspeção dos
contratos de empréstimos, que os juros devidos e
6. Teste principal para não pagos, até a data de encerramento do
subavaliação do passivo e exercício social, não foram provisionados. Como
teste secundário para consequência, a conta de juros a pagar (teste
subavaliação de despesa principal) e a conta de despesa de juros (teste
secundário) estavam subavaliadas.
Durante o exame da conta de despesa de
7. Teste principal para encargos sociais, o auditor verificou que juros
superavaliação de despesa e sobre empréstimos foram classificados
teste secundário para indevidamente nessa conta. Por conseguinte, a
subavaliação de outra conta conta de despesa de encargos sociais (teste
de despesa. principal) estava superavaliada e a conta de
despesas financeiras (teste secundário)
subavaliada.
No exame de conta de receita na venda de bens o
8. Teste principal de receita auditor comprovou que algumas faturas não foram
para subavaliação e teste registradas. Portanto, a conta de receita na venda
secundário de ativo para de bens (teste principal) e a conta de duplicatas a
subavaliação. receber (teste secundário) estavam subavaliadas.
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Seria o caso de termos o registro de um veículo lançado no grupo imobilizado do ativo,
entretanto, sem a confirmação de sua existência física na inspeção.
O “Passivo Fictício” acontece quando há o registro contábil de uma obrigação, mas a
mesma já foi quitada, financeiramente falando.
Ocorre o “Ativo Oculto” quando temos a existência física de um ativo confirmada na
contagem e este não aprece nos registros contábeis. O mesmo vale para o “Passivo Oculto”.
Vejam que esses conceitos guardam relação com os anteriores: os de superavaliação
e os de subavaliação. Observem que, se ocorre a situação de um ativo ou passivo fictício,
esses grupos estarão com valores lançados na contabilidade sem o correspondente ativo ou
passivo físico. Isso quer dizer que, na prática, não existem. Se não existem e estão nas
demonstrações contábeis, essas estarão superavaliadas.
Para ativos e passivos ocultos é exatamente o contrário. Eles existem e não estão nas
demonstrações contábeis. Se não foram registrados, estamos diante de saldos subavaliados.
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Já sabemos que a conta “Caixa” é uma conta de ativo e, portanto, tem natureza de
saldo devedor. Dessa forma, só se admitem duas situações possíveis para os seus registros:
saldo nulo (muito raro) ou saldo positivo.
Jamais, em situações normais, a conta caixa deverá apresentar saldo credor, pois, tal
situação indica a realização de pagamentos em montante superior ao disponível para tanto.
Para que ocorra o saldo credor de caixa, sem que tenha havido um erro de fato, só se
pode presumir que foi utilizado pela empresa recursos que não constavam na contabilidade
para pagamento, ou seja, há omissão de receita.
Suprimentos de Caixa
A presunção de omissão de receita, neste caso, tem seu fundamento na ideia de que o
“caixa dois”, suprido por receita omitida da contabilidade, vem abastecer o caixa contábil,
quando este necessita de recursos. Assim, simula-se um suprimento do caixa, cuja origem
estaria na pessoa do sócio.
Quando algum sócio assim proceder, é importante que estes recursos sejam
perfeitamente identificáveis, especialmente quanto à origem. Recomenda-se repassar o
dinheiro emprestado para a empresa por cheque ou transferência eletrônica de fundos. Assim,
fica inquestionável a origem e a efetividade do suprimento de caixa, via operação bancária.
Depósitos Bancários
Caracterizam-se também como omissão de receita os valores creditados em conta de
depósito ou de investimento mantida junto à instituição financeira, em relação aos quais a
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empresa não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos
utilizados nessas operações.
A situação mais comum é a existência de contas bancárias não contabilizadas, em
nome da pessoa jurídica. Como não estão registrados, os valores de depósitos ou créditos nas
respectivas contas dificilmente podem ter sua origem comprovada. Daí a presunção de
omissão de receita.
EXERCÍCIOS
Para as questões a seguir, indique a alternativa correta e justifique
sua resposta.
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d) para realizar os testes, não é necessário conhecimento prévio sobre administração
financeira.
e) os testes devem ser em um maior volume de amostragem, por ser um ativo sujeito a
um risco maior, em virtude de sua pronta liquidez.
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5 - Para certificar-se que direitos de crédito efetivamente existem em determinada data,
o auditor independente utiliza, principalmente, o procedimento de:
a) revisão analítica de recebíveis.
b) inspeção de ativos tangíveis.
c) circularização dos devedores da companhia.
d) conferência do cálculo dos créditos.
e) observação de processo de controle.
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8 - Na auditoria de investimentos (participações societárias permanentes), dentre os
procedimentos mencionados nas alternativas abaixo, relacionados à aplicação do método da
equivalência patrimonial (MEP), aquele que deve ser considerado INCORRETO pelo auditor é:
a) Registro da participação da investidora no lucro da investida como resultado da
investidora.
b) Recebimento de dividendos contabilizados como receita na investidora.
c) Avaliação pelo MEP de investimentos em empresas que sejam controladas ou
coligadas da investidora.
d) Registro de ágio por rentabilidade futura quando a investidora adquire ações da
investida por um valor superior ao seu valor justo, quando este último for igual ao valor
patrimonial das ações.
e) Exclusão do lucro da investida, decorrente da venda de ativos para a investidora, do
valor do investimento avaliado pelo MEP, quando o lucro não for considerado realizado.
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b) a regularidade do pagamento aos fornecedores.
c) a mudança no método de avaliar os estoques.
d) o resultado das investigações realizadas pelas autoridades fiscais.
e) as providências tomadas ou não para corrigir irregularidades nas análises das
contas.
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d) a Depreciação Acumulada está com o saldo acumulado correto.
e) o Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado.
18- A empresa Séria Ltda. está adquirindo terreno para construção de sua sede. No
processo de aquisição, em decorrência do terreno localizar-se em área ocupada por empresa
que produzia produtos poluentes, solicitou que fossem feitos exames do solo, os quais
evidenciaram a contaminação. O valor estimado da multa ambiental para esse tipo de
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contaminação é de R$ 2.000.000,00. Não foram encontrados registros de provisões ou
reservas para o fato, evidenciando para o auditor um:
a) ativo fictício.
b) ativo oculto.
c) passivo fictício.
d) passivo oculto.
e) omissão de receita.
19 - O auditor fiscal, ao avaliar o extrato bancário da conta, pela qual a empresa realiza
suas cobranças, constata que o volume de recursos existentes nessa conta, somados às
cobranças em aberto, superam em 20% o total do faturamento do mês contabilizado na conta
de vendas. Com essa informação pode o auditor concluir que:
a) o saldo da conta caixa se encontra negativo.
b) existem ativos ocultos na empresa.
c) existe evidência de suprimentos não comprovados.
d) existe omissão de pagamentos efetuados pela empresa.
e) os registros estão adequados, sendo necessário somente conciliar as contas.
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22 - Há diversos pressupostos legais de sonegação de receita pelo desvio, por uma
entidade, de recursos por omissão de receitas tributáveis, que se exteriorizam quando a
infratora necessita aplicar parcelas dos recursos, assim desviados, por exigências do giro dos
seus próprios negócios. Passa a existir, nessas condições, dois caixas: um oficial, no qual
circulam valores correspondentes às operações regulares, contabilizadas, portanto, e outro que
compreende os valores sonegados, vulgarmente denominado "caixa dois", mesmo que inexista
controle extracontábil para este. Cabe ao Auditor Fiscal, no exercício da fiscalização de uma
empresa, detectar a exteriorização de tais irregularidades, dentre as quais se destacam as
denominadas:
I. Estouro de Caixa dissimulado;
II. Simulação de Suprimentos de Caixa;
III. Despesas Pagas Não Contabilizadas;
IV. Passivo Fictício;
V. Ativos Não Contabilizados.
Como pode ser percebido, todas essas irregularidades decorrem de insuficiência de
saldo de caixa para atender desembolsos, efetivamente ocorridos, sem que esteja esclarecida
a origem do numerário que lhes deu suporte. Tais situações exigem que o Auditor Fiscal intime
a empresa sob fiscalização para que comprove a origem do numerário utilizado em tais
aplicações. Caso o contribuinte não logre atendê-la, indicando os recursos já tributados,
isentos ou tributados exclusivamente na fonte, que dêem suporte a tais ocorrências, será
autuado por sonegação de receita. Atenção:
Cada uma das alternativas a seguir indica sinais que permitem identificar uma dessas
irregularidades. Assinale a qual dos incisos o sinal se prestaria.
Sinal: Empréstimos recorrentes em conta corrente específica com saldo crescente:
a) estouro de caixa dissimulado.
b) passivo fictício.
c) despesas pagas não contabilizadas.
d) simulação de suprimentos de caixa.
e) ativo não contabilizados.
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c) omitir, antecipar ou atrasar o reconhecimento, nas demonstrações contábeis, de
eventos e operações que tenham ocorrido durante o período das demonstrações contábeis que
estão sendo apresentadas.
d) ocultar ou não divulgar fatos que possam afetar os valores registrados nas
demonstrações contábeis.
e) contratar operações complexas, que são estruturadas para refletir erroneamente a
situação patrimonial ou o desempenho da entidade.
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