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Atividade Reflexiva

Disciplina: Auditoria Contábil


Profª Ma. Edileusa Cristina Borçato

ROTEIRO DE RESPOSTA - ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM - ATIVIDADE REFLEXIVA

Pesquisa: Exploratória e Qualitativa


Temática: Auditoria interna e Auditoria independente
Disciplina: Auditoria Contábil
Profª. Ma. Edileusa Cristina Borçato

NOME: KARLA GRACIÉLE GUNTZEL


R.A: 09033406

Objetivo do estudo:

Elaborar um resumo expandido diferenciando Auditoria Interna e Auditoria Independente, com foco
nas formações acadêmicas e profissionais, nas formas de contratações, nos princípios éticos, nos
tipos de planejamento e procedimentos, e tipos de relatório.

Os acadêmicos deverão, individualmente, elaborar o texto no formato de um resumo


expandido, conforme as instruções descritas na etapa 4 do Roteiro da atividade Reflexiva.

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AUDITORIA INTERNA E AUDITORIA INDEPENDENTE: ENTENDA A
DIFERENÇA

Atividade Reflexiva
Disciplina: Auditoria Contábil

Karla Graciéle Guntzel


Profª Ma. Edileusa Cristina Borçato
karla_gracielly@hotmail.com

RESUMO

A auditoria consiste em um processo de análise da situação financeira e patrimonial da


companhia para identificar a eficiência da elaboração das demonstrações contábeis e encontrar erros
ou possíveis irregularidades que podem prejudicar o negócio, permitindo assim uma tomada de
decisões mais consciente. Ela pode ser dividida em auditoria interna e auditoria externa.
É importante que conheça essa diferença, pois isso gera dúvidas em muitos empresários. A
auditoria interna ocorre quando o auditor está ligado à empresa. Ele pode ser alguém da equipe do
setor contábil ou um contador. Já na auditoria externa também conhecida como auditoria
independente, o auditor é independente da organização, ou seja, é um terceiro, contratado
particularmente para esse fim.

INTRODUÇÃO

Com o crescimento do mercado de auditoria ao longo dos anos, muitos nichos importantes
foram explorados. Neste contexto, dois principais escopos no mercado de auditoria surgiram. Na
Itália do século XV, os primeiros auditores surgiram através do trabalho excepcional como guarda-
livros, que trabalhavam para os mercadores da época.
Ao longo dos anos, com a regulamentação da profissão, surgiram empresas especializadas,
ocupando o nicho de serviços de auditorias independentes. Para regulamentar esse trabalho, foi
necessária a criação de regras e padrões. Nasciam, então, os principais órgãos vinculados à profissão
de auditoria. Acredita-se, portanto, que a auditoria no Brasil surgiu em função da necessidade de

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busca por capital internacional, pela necessidade das empresas em expandir seu negócio (ATTIE,
2011). Outro marco foi a criação de normas de auditoria do Banco Central do Brasil, publicadas
através do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), sob a Resolução de nº 321, do ano de 1972,
que aprova os procedimentos e normas de auditoria, conforme citado por Attie (2011, p. 9):

A Lei das Sociedades por Ações determinou que as companhias abertas


além de observarem as normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários, serão obrigatoriamente auditadas por auditores
independentes registrados na mesma comissão (ATTIE, 2011, p. 9)

Existem dois tipos de auditoria que são desempenhadas de maneiras semelhantes, porém
guardam diferenças e objetivos diferentes uma da outra. Estes dois tipos são denominados de
Auditoria Externa e Auditoria Interna.
Neste texto, você vai conhecer as diferenças entre o trabalho dos auditores internos e externos.

OBJETIVO

Demostrar a diferença da Auditoria Interna e Auditoria Independente, com foco nas formações
acadêmicas e profissionais, nas formas de contratações, nos princípios éticos, nos tipos de
planejamento e procedimentos, e tipos de relatórios.

METODOLOGIA

A metodologia usada para realização desse trabalho foi a pesquisa bibliográfica em artigos,
livros e referências em plataformas eletrônicas. O trabalho foi estruturado com base nos fundamentos
de vários teóricos como Attie (2009), Crepaldi (2016), Longo (2015), Franco (2001), entre outros. Os
resultados obtidos neste estudo demonstraram que, tanto a auditoria interna como a externa, são
importantes e traz benefícios para as empresas, com eficácia no controle de processos e
demonstrações contábeis.

DESENVOLVIMENTO

Segundo a citação abaixo, os autores conceituaram a auditoria contábil, uma técnica


que vem da necessidade de garantir a rotação de informações e de seus registros contábeis a fim de
auxiliar empresas na tomada de decisões. O objetivo da auditoria é compreender o livro caixa, fluxo

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de caixas, demonstrações contábeis, financeiras, registros a fim de averiguar a exatidão de possíveis
erros ocorridos pela mesma que alteram o patrimônio da empresa.
As normas da auditoria são regras DITADAS por órgãos específicos a fim de
estabelecer diretrizes de seu trabalho, atualmente essas normas são emitidas pelo CFC, IBRACOM,
Banco Central do Brasil, CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a Superintendência de seguros
privados.
A Auditoria pode ser dividida em dois ramos: Auditoria Interna e Auditoria Externa,
onde há a presença de diferenças e semelhanças abordadas mais à frente.
De acordo com a resolução CFC nº 1.208/09 define os objetivos do auditor são:

(a) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente no que se refere a


conformidade com as disposições das leis e regulamentos geralmente
reconhecidos por ter efeito direto na determinação dos valores e divulgações
relevantes nas demonstrações contábeis;
(b) executar procedimentos de auditoria específicos para ajudar a identificar
casos de não conformidade com outras leis e regulamentos que possam ter
efeito relevante sobre as demonstrações contábeis; e
(c) responder adequadamente á não conformidade ou suspeita de não
conformidade com leis e regulamentos identificados durante a auditoria.

Os objetivos do auditor se englobam na conformidade dos princípios contábeis, averiguar se


a entidade está seguindo as normas da contabilidade, identificando através de demonstrações
contábeis a veracidade das informações os quais afetam o patrimônio líquido e suas mutações, é saber
evidenciar os erros ocorridos e responder com ética a contabilidade, não protegendo a entidade que
prestou o serviço, tanto quanto de forma interna quanto de forma externa.

AUDITORIA INTERNA

A auditoria interna desempenha uma função extremamente importante dentro das


organizações, seu papel é prestar serviço a alta administração da empresa, apoiando no controle dos
bens ativos, no acompanhamento do andamento de processos e cumprimento das normas internas.
Cabe à auditoria interna garantir um ambiente de controles internos saudável, bem como realizar as
devidas recomendações sobre possíveis melhorias, quando necessário. O trabalho do auditor interno
deve transmitir confiança para alta ad- ministração, pois eles são os olhos e os ouvidos da alta cúpula
da empresa em meio aos processos.
O principal objetivo da auditoria interna é aumentar o valor do funcionamento de uma
organização e monitorizar o controle interno, a verificação interna e o sistema de gestão de risco da
entidade. Uma auditoria interna é conduzida pelos auditores internos que são os funcionários da
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organização. É um departamento separado, dentro da organização, onde é realizada uma auditoria
contínua ao longo do ano.
Nesse sentido, é importante informar que o auditor interno deve transitar com total
liberdade por todas as áreas da empresa, para que ele possa ter uma visão macro e sistêmica dos
negócios. Somente dessa forma, poderá cumprir alguns de seus objetivos, que são dar suporte às
rotinas administrativas e financeiras da empresa e realizar uma incursão nos demais processos
transacionais e não transacionais da empresa.

AUDITORIA EXTERNA

Já na Auditoria Externa o exame periódico, sistemático e independente das


demonstrações financeiras da empresa é realizado por terceiros para fins específicos, conforme
exigido por estatuto. Seu principal objetivo é expressar publicamente uma opinião sobre a veracidade
e justiça das demonstrações financeiras da empresa; os registros contábeis são completos em todos
os aspectos e preparados de acordo com as políticas descritas pelos princípios contábeis, geralmente
aceitos ou não, sendo que todos os fatos relevantes são divulgados nas contas anuais (LONGO, 2015).
Para a realização de uma auditoria externa, o auditor é nomeado pelos sócios da
empresa. Ele deve ser independente, ou seja, não deve estar conectado, por qualquer que seja o
vínculo, à organização, para que possa trabalhar de forma imparcial sem qualquer influência (ATTIE,
2009).
Desta forma, o auditor tem o direito de acessar os livros de contas para obter as
informações necessárias e fornecer sua opinião aos membros por meio do relatório de auditoria, sendo
o relatório apresentado sob os tipos: Modificado e Não modificado. Caso o relatório seja sob o tipo
Modificado, o auditor deve fundamentar o mesmo (CREPALDI, 2016).
Os auditores precisam assegurar que estas demonstrações representem adequadamente
a posição financeira e patrimonial da entidade. As empresas de grande porte são obrigadas pela Lei
11.638/074 a sujeitar suas demonstrações contábeis a análise de auditores externos registrados na
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) (FRANCO, 2001).
O objetivo principal dessa obrigatoriedade é o de que as demonstrações financeiras e
contábeis das empresas de grande porte, principalmente as que negociam suas ações em bolsa,
transmitam segurança aos acionistas quanto à fidedignidade dos dados apresentados (FRANCO,
2001).

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Os auditores externos mantem total independência em relação à empresa auditada,
evitando qualquer tipo de relação que venha prejudicar sua opinião ou parecer sobre as demonstrações
auditadas. Essas empresas de auditoria possuem autorização da CVM para atuarem e emitirem seus
pareceres (ATTIE, 2011).
Grandes empresas e potências nacionais são auditadas por grandes empresas de
auditoria independente, que possuem a capacidade necessária para emitir um parecer acerca do nível
de segurança que as demonstrações dessas empresas possuem. Esse parecer é publicado em grandes
meios de informação (jornais, revistas, etc.) para que os investidores possam realizar suas análises e
decidir em qual delas investir (ELDER, 2010).
A auditoria externa, ou auditoria independente, cumpre uma função muito importante
na sociedade. Seu trabalho se assemelha ao trabalho do auditor interno em alguns aspectos, porém há
importantes fatores que diferenciam esses profissionais. O primeiro deles, e de maior importância é
o vínculo trabalhista. O auditor externo não tem vínculo trabalhista com a empresa auditada, ele é um
prestador de serviço, fato que gera maior independência nos trabalhos e, consequentemente, na
emissão do parecer.
A independência é tão importante para o trabalho do auditor externo, que a comissão
de valores imobiliários (CVM) institui normas relativas ao prazo em que uma firma de auditoria pode
permanecer prestando serviço para uma empresa auditada. A norma estipula um prazo máximo de
vínculo de 5 anos, depois desse prazo, a auditada deve buscar uma nova firma de auditoria externa
para avaliar suas demonstrações contábeis, e só poderá recontratar o antigo parceiro, depois de três
anos. Está regra se aplica, fundamentalmente, a todas as empresas vinculadas a CVM.
Veja, no Quadro 1, a seguir, as principais diferenças entre essas duas profissões.

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CONCLUSÃO

Os controles internos são vitais para proteger os ativos financeiros e físicos de uma empresa.
A auditoria é um método de teste da eficácia dos controles internos de negócios e, por si só, um
mecanismo de controle. Auditorias internas formais e aleatórias trabalham para descobrir casos de
fraude, erros e ações que podem prejudicar a reputação de uma empresa e colocar seu futuro em risco.
As auditorias externas não apenas fornecem outra camada de controle, mas também criam
transparência e melhoram a imagem pública de uma empresa.
As auditorias internas e externas são uma medida de prevenção de fraudes. Uma empresa que
institui fortes controles internos e conduz auditorias aleatórias e regulares envia uma mensagem
importante aos funcionários.
Saber que a empresa se preocupa e está trabalhando ativamente para salvaguardar os ativos
da empresa pode efetivamente impedir um funcionário ou um fornecedor externo de considerar roubo
ou ações que constituam fraude.
Diante das informações pesquisadas, foi possível perceber as diferenças e características da
Auditoria Interna e Auditoria Externa, bem como o impacto e nível de confiabilidade que ambas
representam no desempenho financeiro corporativo.
A Auditoria Interna e a Auditoria Externa não se opõem, mas, elas se complementam. O
Auditor Externo pode usar o trabalho do Auditor Interno, se achar pertinente e adequado, mas isso
não reduz a responsabilidade do Auditor Externo. A Auditoria Interna atua como um verificador das
atividades da empresa e auxilia assessorando em diversos assuntos para ganho de eficiência
operacional.
Por outro lado, a Auditoria Externa é totalmente independente, na qual um terceiro é trazido
à organização para realizar o procedimento. Ela verifica a exatidão e a validade das contas anuais da
organização.
Dessa forma, se confirma a grande importância na precisão das contas de gerenciamento para
uma empresa. A auditoria pode revelar erros sistemáticos que ocorrem ao longo do ano, sendo
imprescindível para a tomada de decisão de uma organização.
O processo pelo qual uma auditoria é realizada, desafia a robustez dos controles e processos
internos que uma organização possui, fornecendo uma perspectiva externa e parecer valioso. Diante
disso, a relação de interdependência entre auditoria interna e externa é pertinente e se faz necessária
para que os resultados sejam o mais fidedigno possível, ou seja, uma deve complementar a outra.

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REFERÊNCIAS

ATTIE, Wiliam. Auditoria Interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas brasileiras de contabilidade. Resolução n° 1229,


de 2009. Aprova aNBC TA 610: Utilização do trabalho de auditoria interna. Disponível em:
http://www1.cfc.org.br/sisweb/ SRE/docs/NBCTA610.pdf. Acesso em: 16/03/2021.

CREPALDI, S. A.; CREPALDI, Guilherme Simões. Auditoria Contábil: teoria e prática. 10. ed. São Paulo:
Atlas, 2016.

CHRISTOPHER, J., SARENS, G. & LEUNG P. Uma análise crítica da independência da função de
auditoria interna. Evidence from Australia. Emerald Group Publishing Limited, 2008.

ELDER, R., BEASLEY, M. & ARENS, A. Serviços de auditoria e garantia. 3ª ed. Pearson Education Inc.
New Jersey, 2010.

FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

LONGO, Claudio. Manual de Auditoria e Revisão de Demonstrações Financeiras. 3. ed. São Paulo: Atlas,
2015.

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