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AUDITORIA

GOVERNAMENTAL
Conceito, Evolução. Distinção entre
Auditorias

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
AUDITORIA GOVERNAMENTAL
Conceito, Evolução. Distinção entre Auditorias
Marcelo Aragão

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................4
Apresentação do Professor. . ......................................................................................................................................4
Conceito, Evolução. Distinção entre Auditorias.............................................................................................6
Bases Conceituais da Auditoria Governamental. ...........................................................................................6
Accountability....................................................................................................................................................................8
Papel dos Tribunais de Contas de Fortalecer a Accountability, a Transparência e a
Integridade dos Órgãos/Entidades Governamentais................................................................................12
Evolução da Auditoria..................................................................................................................................................12
Auditoria Governamental no Brasil. . ....................................................................................................................18
Auditoria Contábil..........................................................................................................................................................19
Auditoria Financeira.. ....................................................................................................................................................19
Auditoria Orçamentária. . .............................................................................................................................................19
Auditoria Operacional..................................................................................................................................................19
Auditoria Patrimonial.. ................................................................................................................................................20
Auditoria Interna Versus Auditoria Externa (Papéis).............................................................................. 24
Auditoria Interna. . .......................................................................................................................................................... 24
Auditoria Externa..........................................................................................................................................................25
Cooperação entre a Auditoria Externa e a Auditoria Interna. ..............................................................26
Independência. . ................................................................................................................................................................27
Enfoques e Responsabilidade do Auditor....................................................................................................... 28
Extensão dos Trabalhos. . ..........................................................................................................................................30
Metodologia de Trabalho. . .........................................................................................................................................31
Comunicação de Resultados e Relatórios de Auditoria...........................................................................31
Auditorias Interna e Externa Governamental...............................................................................................33
Auditoria Governamental Segundo a Intosai (International Organization of Supreme
Audit Institutions). . .......................................................................................................................................................37
Função Essencial de Uma EFS Segundo a INTOSAI. ..................................................................................39

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Objetivo da Auditoria Segundo a INTOSAI......................................................................................................39


Tipos de Auditoria no Setor Público. . .................................................................................................................40
Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público (NBASP): NBASP 100 (ISSAI 100)
Princípios Fundamentais de Auditoria do Setor Público. .......................................................................40
Propósito e Aplicabilidade das ISSAI.. ................................................................................................................41
Marco Referencial para Auditoria do Setor Público. .................................................................................42
Elementos de Auditoria do Setor Público.......................................................................................................46
Princípios de Auditoria Pública.............................................................................................................................53
Princípios Relacionados ao Processo de Auditoria. .................................................................................. 59
Resumo................................................................................................................................................................................65
Questões Comentadas em Aula.. ........................................................................................................................... 72
Exercícios............................................................................................................................................................................ 76
Gabarito...............................................................................................................................................................................86
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 87
Referências......................................................................................................................................................................109

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Apresentação
Olá, concurseiro(a),
Meu nome é Marcelo Aragão, sou professor de auditoria e controle governamental e, em
parceria com o Gran Cursos Online, estamos iniciando o curso de Auditoria Governamental.
Pensando na melhoria contínua de nossos cursos, gostaríamos do seu feedback em rela-
ção à qualidade de nossa aula. Nesse sentido, pedimos que proceda à avaliação das aulas em
nossa plataforma de ensino.

Apresentação do Professor
Inicialmente, peço licença para uma breve apresentação pessoal.
Meu nome é Marcelo Chaves Aragão e sou formado em Administração pela Universidade
Federal Fluminense, com especialização em Administração Pública na Fundação Getúlio Var-
gas e em Auditoria Interna e Controle Governamental no Instituto Serzedello Corrêa.
Possuo experiência de 10 anos de trabalho no setor privado, nas áreas de administração
e finanças, e há aproximadamente 30 anos exerço cargos e funções públicas na área de con-
trole e auditoria governamental.
Em verdade, eu escolhi ser auditor e nesses longos anos de experiência como auditor
governamental participei da realização, da coordenação e da supervisão como gerente de
inúmeros trabalhos de fiscalização, sempre procurando agregar valor à gestão pública.
Meu primeiro concurso público foi em 1992 para o cargo de Analista de Finanças e Con-
trole do Tesouro Nacional, no segundo concurso organizado para a carreira. Como disse, eu
queria ser auditor e os meus conhecimentos de auditoria e de contabilidade fizeram com que
obtivesse êxito logo no primeiro desafio.
Assim, durante 14 anos fui Analista de Finanças e Controle do Sistema de Controle Inter-
no do Poder Executivo Federal, tendo a oportunidade de exercer várias funções de direção na
Secretaria Federal de Controle Interno e na Controladoria-Geral da União. Posso dizer que tive
participação ativa na construção e na consolidação do Sistema de Controle Interno Federal.
Em 2004, em virtude da necessidade de novos desafios e entendendo que a minha missão
no Controle Interno estava cumprida, estabeleci a meta de me tornar auditor governamental
externo do TCU. Eu passei no concurso do Tribunal daquele ano, cheguei a concluir o curso de
formação, mas não pude tomar posse em virtude de um problema familiar.
Após o curso de formação, retornei à Controladoria-Geral da União, mas sem esquecer o
TCU. Em 2006, voltei a fazer o concurso para Auditor de Controle Externo e novamente obtive
êxito no concurso e pude tomar posse sem problemas.
Logo no primeiro ano de Tribunal, fui convidado para participar de um projeto importante
de reestruturação da área técnica. Posteriormente, passei a ocupar funções gerenciais na

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casa, sendo as três últimas como Secretário de Controle Externo no Estado de Alagoas, Chefe
de Assessoria da Ouvidoria do TCU e Secretário de Controle Externo na Saúde, função que
ocupo no momento.
Além do exercício da auditoria, sempre gostei de lecionar e de ajudar a formar novos au-
ditores. Sou instrutor formado pela ESAF e pelo ISC/TCU e coordenei a disciplina de auditoria
em cursos de formação e de progressão da carreira de finanças e controle na ESAF.
Iniciei minha trajetória de professor de cursos preparatórios para concursos públicos em
2007, logo depois de ter entrado no TCU. Tenho lecionado as disciplinas de auditoria con-
tábil, auditoria governamental, controle interno e controle externo na administração pública
em várias instituições de ensino. Também ministro aulas em cursos profissionais e de pós-
-graduação.
Tenho dois livros de auditoria publicados pela Editora Método e lancei, recentemente, uma
nova obra em conjunto com professores de outras disciplinas, intitulada Questões Discursi-
vas Comentadas – Tribunal de Contas.
Portanto, essa experiência me credencia a ajudá-lo na preparação para o seu concurso.
Vamos fazer a diferença com o nosso curso!

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CONCEITO, EVOLUÇÃO. DISTINÇÃO ENTRE AUDITORIAS


Bases Conceituais da Auditoria Governamental
Uma dificuldade quanto ao estudo da auditoria governamental, é que existem diferentes
conceitos de auditoria, alguns de forma restrita e outros de forma ampla.
De forma restrita, tem-se a definição de auditoria conforme os seus diferentes tipos ou
modalidades em virtude de seu objetivo específico ou aquele que mais prevalece no trabalho.
Nesse sentido, a auditoria governamental é aquela que tem o objetivo de atestar a situação
patrimonial e financeira, bem como o resultado das operações de um órgão ou entidade em
determinado período, geralmente registrados nas suas demonstrações financeiras.
Esse é o conceito de um dos tipos de auditoria governamental: a auditoria contábil ou
financeira. Conforme os objetivos do trabalho existem ainda a auditoria de conformidade (ou
de regularidade), a auditoria operacional, a avaliação de programas etc.
De forma ampla, segundo as Normas de Auditoria Governamental, podemos conceituar
a auditoria governamental como um exame objetivo, sistemático e independente, pautado
em normas técnicas e profissionais, efetuado em entidades estatais e parestatais, funções,
programas, projetos, atividades, operações especiais, ações, áreas, processos, ciclos ope-
racionais, serviços, sistemas e na guarda e aplicação de recursos, em relação aos aspectos
contábeis, orçamentários, financeiros, econômicos, patrimoniais e operacionais, assim como
acerca da confiabilidade do sistema de controle interno, por servidores públicos integrantes
do quadro permanente das Entidades Fiscalizadoras Superiores - EFS, denominados de pro-
fissionais de auditoria governamental.
Esses profissionais (auditores governamentais) realizam levantamentos de informações,
análises imparciais, avaliações independentes e apresentação de informações seguras, devi-
damente consubstanciadas em provas, segundo os critérios de legalidade, legitimidade, eco-
nomicidade, eficiência, eficácia, efetividade, equidade, ética e preservação do meio ambiente,
além de observar a probidade administrativa e a responsabilidade social dos gestores da
coisa pública.
Repare que a definição ampla de auditoria apresentada acima é específica para as EFS
que, no Brasil, geralmente são representadas pelos Tribunais de Contas (Controle Externo).
Contudo, a auditoria governamental pode ser realizada pelos tribunais de contas, controlado-
rias e organismos de controle interno da administração pública.
Nesse sentido, podemos classificar a auditoria governamental em externa, quando exer-
cida pelos tribunais de contas, e em interna, quando realizada pelos órgãos que compõem o
sistema de controle interno de cada Poder. No âmbito federal, por exemplo, o Tribunal de Con-
tas da União representa a auditoria governamental externa e a Controladoria-Geral da União,
no âmbito do Poder Executivo Federal, a auditoria governamental interna do Poder Executivo.

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Também de forma ampla, em conformidade com as Normas de Auditoria do TCU, a audi-


toria é conceituada como o exame independente e objetivo de uma situação ou condição, em
confronto com um critério ou padrão preestabelecido, para que se possa opinar ou comentar
a respeito para um destinatário predeterminado.
Esse conceito de auditoria é composto das seguintes definições:
Exame independente e objetivo significa que a auditoria deve ser realizada por pessoas
com independência em relação ao seu objeto, de modo a assegurar imparcialidade no jul-
gamento. O exame objetivo significa que os fatos devem ser avaliados com a mente livre de
vieses, de modo a conduzir a julgamentos imparciais, precisos e a preservar a confiança no
trabalho do auditor.
Situação ou condição é a condição ou o estado do objeto de auditoria encontrado pelo
auditor. Comumente denominada situação encontrada, representando o que está ocorrendo;
é o fato concreto.
Critério ou padrão preestabelecido configura a situação ideal, o grau ou nível de excelên-
cia, de desempenho, qualidade e demais expectativas preestabelecidas em relação ao objeto
da auditoria; é o que deveria ser ou o que deveria estar ocorrendo.
Opinião ou comentário refere-se à comunicação dos resultados da auditoria, seu produ-
to final. Expressa a extensão na qual o critério ou padrão preestabelecido foi ou está sen-
do atendido.
Destinatário predeterminado é o cliente da auditoria. É quem, na grande maioria das ve-
zes, estabelece o objetivo da auditoria e determina os seus critérios ou padrões.
Veja a seguir uma questão acerca dessa definição de auditoria. Já caiu em prova!

001. (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) Auditoria é um processo sistemático em que o au-


ditor procura avaliar se as evidências encontradas produzem informação convergente com
os critérios preestabelecidos e se essas evidências são competentes e suficientes para lhe
permitir fundamentar sua opinião.

De acordo com as normas de auditoria governamental, a auditoria é um processo sistemático


de obtenção e avaliação objetivas de evidências sobre afirmações a respeito de ações e even-
tos econômicos, para aquilatação do grau de correspondência entre as afirmações e critérios
estabelecidos, e de comunicação dos resultados a usuários interessados.
Certo.

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O Tribunal de Contas da União publicou ao final de 2010 as suas Normas Gerais de Audi-
toria (NAT), mediante a Portaria-TCU 280, de 8/12/2010, que se tornou uma grande referência
normativa para o exercício da auditoria governamental no Brasil.
O referencial normativo do Tribunal apresenta as bases conceituais da auditoria pública,
que passamos a expor a seguir.

Accountability
As normas de auditoria da Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Su-
periores (Intosai) conceituam a accountability pública como a obrigação que têm as pessoas
ou entidades às quais se tenham confiado recursos, incluídas as empresas e corporações
públicas, de assumir as responsabilidades de ordem fiscal, gerencial e programática que lhes
foram conferidas, e de informar a quem lhes delegou essas responsabilidades. E, ainda, como
obrigação imposta, a uma pessoa ou entidade auditada, de demonstrar que administrou ou
controlou os recursos que lhe foram confiados em conformidade com os termos segundo os
quais lhe foram entregues.

 Obs.: O termo accountability, que não possui tradução precisa para o nosso idioma, repre-
senta, segundo definição extraída do Manual de Auditoria Integrada do Escritório do
Auditor-Geral do Canadá (OAG), a obrigação de responder por uma responsabilida-
de outorgada. Pressupõe a existência de pelo menos duas partes: uma que delega
a responsabilidade e outra que a aceita, mediante o compromisso de prestar contas
sobre como essa responsabilidade foi cumprida. O termo sintetiza a preservação dos
interesses dos cidadãos por meio da transparência, responsabilização e prestação de
contas pela administração pública.

O conceito de accountability é fundamental para a compreensão da prática da boa go-


vernança e da auditoria governamental. Ele envolve, no contexto das relações que se esta-
belecem entre os administradores públicos, o Parlamento e a sociedade, pelo menos três
dimensões – informação, justificação e sanção – como formas básicas pelas quais se pode
prevenir o abuso de poder.
A sociedade, que delega os recursos e poderes para que o Estado execute as ações de
realização do bem comum, o Parlamento, que a representa, e outros agentes públicos e pri-
vados não podem prescindir de informação, necessária para aferir se tais recursos e poderes
estão sendo usados em conformidade com os princípios de administração pública, as leis e
os regulamentos aplicáveis, exigindo-se, pois, que a utilização desses recursos e o exercício
desses poderes ocorram de forma transparente.
Veja a questão abaixo acerca dessa relação de accountability.

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002. (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2015) No Brasil, a relação de accountability entre o Congresso


Nacional, o administrador público e o auditor de tribunal de contas pode ser assim contextua-
lizada: as leis propiciam condições ao administrador público para aplicar de forma eficiente e
eficaz os recursos para suprir a necessidade da população, enquanto ao auditor cabe verificar
a regularidade e a economicidade da aplicação desses recursos e reportar ao parlamento o
resultado dos exames realizados.

A questão expressa de forma correta a relação de accountability entre o Congresso Nacio-


nal, representando os cidadãos, o administrador público e o auditor do Tribunal de Contas. A
missão institucional do TC de assegurar a efetiva e regular gestão dos recursos públicos em
benefício da sociedade, coloca-o na posição de órgão de controle externo das relações de ac-
countability que se estabelecem entre os administradores públicos, o Parlamento e a socieda-
de, e, para bem desincumbir-se dessa missão, o Tribunal propugna que todos os agentes de
órgãos, entidades, programas e fundos públicos devem contribuir para aumentar a confiança
sobre a forma como são geridos os recurso colocados à sua disposição, reduzindo a incer-
teza dos membros da sociedade sobre o que acontece no interior da administração pública.
Certo.

A delegação de recursos e poderes recebida da sociedade, por intermédio do Parlamento,


implica, por parte do gestor público, a obrigação constante de prestação de contas quanto ao
alinhamento de suas ações às diretrizes fixadas pelo poder público e, portanto, a obrigação
de informar deve estar associada à obrigação de que os atos sejam devidamente justificados.
Além de informar e justificar, a relação de accountability envolve ainda a dimensão relativa
aos elementos que obrigam ao cumprimento da lei, sujeitando o abuso de poder e a negligên-
cia no uso dos recursos públicos ao exercício das sanções legais.
Em síntese, a relação de accountability envolve pelo menos três dimensões:
• informação: transparência das informações, como forma de prestação de contas à
sociedade;
• justificação: os gestores devem justificar a correta aplicação dos recursos e competên-
cias que lhe foram delegados;
• sanção: caso os gestores não cumpram suas obrigações legais e os princípios que re-
gulam a administração pública, devem ser responsabilizados e sancionados.

A missão institucional do Tribunal de Contas, de assegurar a efetiva e regular gestão dos


recursos públicos em benefício da sociedade, o coloca na posição de órgão de controle ex-

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terno das relações de accountability que se estabelecem entre os administradores públicos,


o Parlamento e a sociedade.
Para bem desincumbir-se dessa missão, o Tribunal propugna que todos os agentes de
órgãos, entidades, programas e fundos públicos devem contribuir para aumentar a confiança
sobre a forma como são geridos os recursos colocados à sua disposição, reduzindo a incer-
teza dos membros da sociedade sobre o que acontece no interior da administração pública.
A auditoria, no contexto da accountability, conforme o conceito desenvolvido pelo Escritó-
rio do Auditor-Geral do Canadá (OAG) é a ação independente de um terceiro sobre uma rela-
ção de accountability, objetivando expressar uma opinião ou emitir comentários e sugestões
sobre como essa relação está sendo obedecida.
O gráfico abaixo ilustra essa ação da auditoria governamental sobre a relação de accoun-
tability ou de agência.

Perceba que existe na relação de accountability alguém que delega competências, deno-
minado de principal e alguém que aceita a delegação, assumindo as competências, denomi-
nado de agente. Como exemplo de principal tem-se o parlamento ou o núcleo estratégico do
governo. Como agente, existem os gestores públicos.
A auditoria governamental funciona, então, como um instrumento de governança para
reduzir o conflito existente nas relações entre o principal e o agente, denominado de conflitos
de agência. Importante saber que ela é um mecanismo do principal, e não do agente. O princi-
pal, ao fazer uma delegação de recursos, busca na confirmação de um terceiro, independente,
uma asseguração de que tais recursos estão sendo geridos mediante estratégias e ações
adequadas para atingir os objetivos por ele estabelecidos. O principal, portanto, é o cliente da
auditoria.
Na Constituição Federal do nosso país esta relação de accountability está positivada no
art. 70 e seu parágrafo único. É neste último dispositivo que encontramos a essência do ac-
countability, denominado entre nós de princípio da prestação de contas:

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Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União [...]
será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle in-
terno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie, ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

No setor público, o poder legislativo é quem representa os interesses do cidadão. Assim,


é este poder que assume o papel de principal na relação de accountability que se estabelece
entre o Estado e os gestores públicos de um modo geral, mas, a exemplo do que ocorre no
setor privado, a auditoria deve trabalhar numa perspectiva de que o seu cliente final são os
cidadãos, verdadeiros proprietários dos recursos transferidos ao Estado para realização do
bem comum.
A auditoria, um mecanismo do principal, atua como limitador das ações do agente, que
por saber estar sendo monitorado, terá reduzida a sua tendência de contrariar os interesses
daquele. A auditoria terá que pautar suas ações em princípios éticos rigorosos, manter sua
independência, avaliar os fatos com objetividade de modo a conduzir a julgamentos impar-
ciais e precisos, dado que não só o principal, mas o público em geral e as entidades auditadas,
esperam que a conduta e o enfoque da auditoria sejam irretocáveis, não suscitem suspeitas
e sejam dignos de respeito e confiança.
A ação independente exercida pelo Tribunal de Contas, por meio de auditorias, de estímu-
lo à transparência da gestão e de outras ações de controle externo, incluindo a aplicação de
sanções, constitui-se instrumento da governança pública cujo objetivo, ao final, é assegurar
a accountability pública.
Desta forma, o Tribunal contribui para reduzir as incertezas sobre o que ocorre no interior
da administração pública, fornecendo à sociedade e ao Congresso Nacional uma razoável se-
gurança de que os recursos e poderes delegados aos administradores públicos estão sendo
geridos mediante ações e estratégias adequadas para alcançar os objetivos estabelecidos
pelo poder público, de modo transparente, em conformidade com os princípios de adminis-
tração pública, as leis e os regulamentos aplicáveis.

Reparou como a palavra accountability foi utilizada até aqui?

Isso decorre da valorização que as normas de auditoria dão a esse termo, que não tem
tradução para a língua portuguesa.
Pode-se afirmar que a accountability representa o compromisso ético e legal de se res-
ponder por uma responsabilidade delegada. Alguns a associam ao dever de prestar contas e
outros apregoam que não é só a obrigação de prestar de contas, mas também de responder

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por uma delegação de competência e de assumir boas práticas de gestão dos recursos públi-
cos, de forma transparente e responsável.

Papel
dos Tribunais de Contas de Fortalecer a Accountability, a
Transparência e a Integridade dos Órgãos/Entidades Governamentais
Conforme as normas brasileiras de auditoria no setor público – NBASP, nível 1, os Tri-
bunais de Contas exercem ação independente, por meio de auditorias, de formulação de de-
terminações e recomendações e de outras ações de controle externo, incluindo a aplicação
de sanções.
A atuação dos Tribunais de Contas é instrumento da governança pública cujo objetivo é
assegurar a accountability pública, contribuindo para reduzir as incertezas sobre o que ocor-
re no interior da administração pública, fornecendo à sociedade e ao Poder Legislativo uma
razoável segurança de que os recursos e poderes delegados aos administradores públicos
estão sendo geridos mediante ações e estratégias adequadas para alcançar os objetivos es-
tabelecidos pelo poder público, de modo transparente, em conformidade com os princípios de
administração pública, as leis e os regulamentos aplicáveis.
Os Tribunais de Contas têm a responsabilidade de assegurar que seja cumprido o dever de
prestar contas por parte de qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a
Administração responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Além disso, as ações de controle externo apoiam os responsáveis pela governança do se-
tor público no exercício de suas responsabilidades ao monitorar e reportar sobre as medidas
adotadas para sanar falhas, aperfeiçoar atividades e aproveitar oportunidades de melhoria,
assim, completando o ciclo de accountability.

Evolução da Auditoria
Com relação à origem e à evolução da auditoria, normalmente os primeiros capítulos dos
livros fazem referência à origem e ao progresso da auditoria. Importante aqui é que você com-
preenda as razões do surgimento e da valorização da auditoria.
Alguns autores citam passagens bíblicas para afirmar que há muito já existia a auditoria.
Outros vinculam a origem da auditoria às civilizações mais antigas.
Para o concurso, preferimos a orientação de Hilário Franco e Ernesto Marra, em Auditoria
Contábil, que nos ensina que a auditoria, enquanto prática sistematizada surgiu no século
XIX na Inglaterra, à época potência hegemônica do comércio mundial, a partir do advento das
grandes companhias de comércio e do imposto sobre a renda dessas corporações.
Essa visão é compartilhada por Inaldo Araújo em seu livro Introdução à Auditoria, quan-
do afirma que a atividade auditorial, nos moldes que conhecemos nos dias atuais, teve seu

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início na Inglaterra nos idos do século XIX, em decorrência da revolução industrial verificada
alguns anos antes. Era necessário auditar as novas corporações que substituíam a produção
artesanal.
De fato, em função do crescimento das empresas, tornou-se impossível que os proprie-
tários realizassem a gestão e controlassem sozinhos todos os atos de seus subordinados,
surgindo daí a necessidade de se confiar a tarefa de gestão e controle a terceiros, administra-
dores profissionais.
Essa delegação a terceiros trouxe outra necessidade que era a de produzir informação
acerca da situação dos negócios e da real situação patrimonial, financeira e econômica da
empresa, como uma forma de prestação de contas aos controladores e proprietários do ca-
pital. Esse importante instrumento de transparência e controle são as demonstrações contá-
beis e financeiras.
Era necessário, contudo, que alguém verificasse a correção e a fidedignidade das demons-
trações financeiras de forma profissional e independente, tarefa que foi confiada a auditores
independentes individuais ou a firmas de auditoria independente.
Veja a seguinte questão acerca da origem e evolução da auditoria.

003. (CESPE/FUB/AUDITOR/2013) A origem da auditoria nas empresas está associada ao au-


mento de seu tamanho e à sua expansão geográfica, circunstâncias que favoreceram o surgi-
mento de administradores profissionais, que não se confundem com os próprios acionistas.

A origem da auditoria nas empresas está associada ao aumento de seu tamanho e à sua ex-
pansão geográfica, cuja complexidade e ramificações tornam impossível aos próprios acio-
nistas, donos do capital, de controlar a boa gestão dos recursos investidos. Esse cenário
favoreceu o surgimento de administradores profissionais (conselheiros de administração e
executivos), que não se confundem com os próprios acionistas, bem como do auditor externo
e independente, para confirmação dos registros contábeis e proteção ao seu patrimônio.
Certo.

As demonstrações e informações contábeis destinam-se não somente a auxiliar os ges-


tores das próprias organizações no controle do patrimônio, mas também a resguardar os in-
teresses que terceiros têm quanto a esse patrimônio, como investidores (titulares do patrimô-
nio), credores, o fisco e trabalhadores, que participam da atividade produtiva e se beneficiam
das contribuições da entidade aos fundos de assistência, de previdência social e de garantia
do tempo de serviço dos empregados.

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AUDITORIA GOVERNAMENTAL
Conceito, Evolução. Distinção entre Auditorias
Marcelo Aragão

Assim, a auditoria externa e contábil passa a ter uma importância muito grande em função
do crescimento das empresas, interessando não só aos sócios proprietários e administrado-
res mas, sobretudo, a terceiros que não participam da gestão das empresas e necessitam de
uma opinião independente e confiável quanto à situação do patrimônio das empresas. Nesse
último grupo – terceiros -, temos os sócios investidores, os credores e o próprio Estado inte-
ressado no resultado das empresas, em função de arrecadação do imposto de renda, além de
outros interesses.
A questão abaixo tratou desse assunto.

004. (CESPE/ANP/2012) Com a evolução da atividade empresarial e o crescimento da cap-


tação de recursos de terceiros, os investidores precisam conhecer a posição financeira e pa-
trimonial das entidades, o que ocorre por meio do parecer emitido pela auditoria interna das
entidades a respeito da adequação das demonstrações contábeis.

A auditoria externa é que oferece mais segurança aos investidores mediante a emissão de
parecer a respeito da adequação das demonstrações contábeis.
Errado.

Segundo Franco e Marra, o surgimento e o progresso da auditoria, em todos os países do mun-


do, são consequências dos seguintes fatores:
a) o crescimento de empresas cuja complexidade e ramificações tornaram impossível aos
administradores controlar todos os atos de seus subordinados.
b) o aparecimento, cada vez em maior número, de sociedades abertas.
c) a utilização, sempre crescente, de capitais de terceiros por parte das empresas, principal-
mente de financiamentos de entidades particulares e empréstimos junto ao público.
d) o crescimento da importância do imposto de renda – baseado no resultado do exercício - na
receita pública de muitos países.
e) o controle, cada vez maior, do Poder Público sobre as empresas particulares e entidades que
exercem atividades relacionadas com o interesse público.
f) a exportação de capitais, ou seja, a instalação de subsidiárias de empresas multinacionais,
exigindo a fiscalização e o controle das atividades dessas subsidiárias. Igualmente, a associa-
ção de multinacionais com empresas locais, gerando o interesse das alienígenas em controlar
seu investimento.

Portanto, a auditoria externa interessa mais a terceiros que não participam diretamente
da gestão das organizações.
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Conceito, Evolução. Distinção entre Auditorias
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E a auditoria interna?

A auditoria interna interessa mais aos administradores, para fins administrativos, inter-
nos, do que para prestação de contas a terceiros. Nada impede que ambas as auditorias se
completem, mas a auditoria interna tem um papel mais gerencial, atendendo a uma neces-
sidade de um controle mais amplo sobre todas as operações de uma entidade, constituindo
uma das formas de controle interno.
A vantagem da auditoria interna é que ela não pretende emitir uma opinião somente sobre
as demonstrações contábeis. Seu propósito é avaliar os sistemas de informação, os proces-
sos e mecanismos de controle de uma organização, auxiliando-a a atingir seus objetivos.
A questão abaixo tratou da origem e dos tipos de auditoria.

005. (CESPE/CGE-PB/AUDITOR/2008) Com relação às origens da auditoria e seus tipos, as-


sinale a opção correta.
a) O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das empresas de capta-
rem recursos de terceiros.
b) Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior necessidade de recorrer
aos auditores independentes para aferir a segurança, liquidez e rentabilidade de seus inves-
timentos na empresa.
c) A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um acompanhamento sis-
temático e mais aprofundado da situação da empresa.
d) A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do exame das transa-
ções da empresa em relação aos seus dirigentes.
e) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as demonstrações contábeis
que a empresa é obrigada a publicar.

a) Certa. Na medida em que as empresas passam a captar recursos de terceiros, em forma


de investimentos, empréstimos, fornecimentos etc, surge a necessidade de uma auditoria
externa, independente dos administradores, para atestar a situação financeira e patrimonial
dessas entidades.
b) Errada. Os acionistas mais distantes da administração das empresas são aqueles que
apresentam maior necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a segu-
rança de seus investimentos na empresa.
c) Errada. A auditoria interna que surgiu como decorrência da necessidade de um acompa-
nhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa.

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d) Errada. A auditoria externa é que constitui uma resposta à necessidade de independência


do exame das transações da empresa em relação aos seus dirigentes. A auditoria interna
surge para dar uma resposta mais gerencial, de controle, assessoria e administração aos di-
rigentes das organizações.
e) Errada. O auditor externo é quem direciona o foco do trabalho para as demonstrações
contábeis, com o propósito de emitir uma opinião, geralmente materializada em um parecer,
sobre a exatidão dessas demonstrações. O âmbito de trabalho ou escopo da auditoria interna
compreende todas as áreas, operações e sistemas de informação das organizações, inclusive
o sistema contábil e financeiro.
Letra a.

Nesse processo de evolução da auditoria, vale destacar ainda a evolução do enfoque da


auditoria, especialmente da auditoria interna, pela expectativa que se tem no seu papel de
agregar valor às organizações e de contribuir para o alcance dos seus objetivos.
Pode-se afirmar que, em seus primórdios, a auditoria interna tinha o enfoque semelhante
ao da auditoria externa, de conferir e atestar as operações e informações contábeis, passando
com o tempo a assumir um enfoque de identificar irregularidades e fraudes. Mais recente-
mente, a auditoria interna assumiu um papel relevante dentro das organizações, com foco
nos processos organizacionais com enfoque nos riscos do negócio e numa orientação mais
abrangente e gerencial e de apoio aos gestores, não somente na verificação da conformidade
legal e normativa de atos.
Veja a questão abaixo acerca dessa evolução.

006. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) A auditoria, que inicialmente era voltada para a preven-


ção de riscos, interpretação e orientação das operações, hoje se ocupa da tecnologia de revi-
são dos registros contábeis.

Ao contrário do que afirma a questão, inicialmente, a auditoria ocupava-se da tecnologia de


revisão dos registros contábeis e de assegurar a conformidade dos atos, passando a ado-
tar um papel e enfoque voltados para a prevenção de riscos, interpretação e orientação das
operações.
Errado.

E quanto à evolução da auditoria governamental?

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O surgimento da auditoria governamental, embora que empiricamente, está associada à


prática que a administração pública exercia no controle da arrecadação de tributos.
No Brasil, a auditoria governamental encontra seu amparo legal, com a emissão da Lei
4.728, de julho de 1965, que veio normatizar o funcionamento do mercado financeiro e criou à
obrigatoriedade da prática da Auditoria Governamental no Brasil.
A auditoria contábil foi a primeira abordagem de auditoria que surgiu no setor público.
Entretanto, era necessário, não só verificar a adequação e a fidedignidade das demonstrações
financeiras, mas também a obediência a normas, regulamentos e de salvaguardar ativos de
fraudes e desvios de recursos, dando-se origem, assim, a outra modalidade muito próxima da
auditoria contábil, denominada de auditoria de conformidade (compliance audit).
A fusão das abordagens contábil ou financeira e de conformidade/legalidade originou o
conceito genérico de auditoria de auditoria de regularidade (regularity audit). Recentemente, o
TCU passou a denominar a auditoria das contas públicas como uma auditoria integrada finan-
ceira e de legalidade.
A auditoria de regularidade, portanto, passou a englobar aspectos financeiros, de certifi-
cação de contas, bem como aspectos de conformidade ou legalidade. Praticamente todos os
governos do mundo se valem das duas abordagens citadas para efeito de accountability, que
pode ser entendida como capacidade de prestar contas e responder pelos atos e decisões
perante a sociedade.
Cabe alertar que, no Brasil, prevalece a auditoria de conformidade ou regularidade no pla-
no federal, uma vez que a implantação do SIAFI – Sistema de Administração Financeira do
Governo Federal praticamente eliminou, na Administração Direta, a necessidade da auditoria
financeira em sua versão mais difundida de atestar os demonstrativos financeiros, restringin-
do sua necessidade às empresas estatais. Atualmente, estão em curso ações para a retoma-
da e o fortalecimento das auditorias financeiras no âmbito do setor público.
A partir da evolução da auditoria financeira tradicional, em função da necessidade de infor-
mações sobre a eficácia e a eficiência das organizações, originou-se o conceito de performan-
ce audit, nas suas diferentes denominações: auditoria operacional, auditoria de desempenho,
auditoria de otimização de recursos, auditoria de economia, eficiência e eficácia ou auditoria
de resultado. No Brasil, esse tipo de auditoria foi denominado de auditoria operacional.
Embora não se possa afirmar com certeza se essa modalidade de auditoria se originou
no setor privado ou no setor público, constata-se que a auditoria operacional, devido a suas
finalidades, sempre concorreu diretamente com outras formas de diagnóstico e intervenção
organizacional provenientes da ciência administrativa, tais como administração estratégica,
por objetivos, desenvolvimento organizacional etc, de ampla aceitação e utilizadas pelas prin-
cipais empresas de auditoria e consultoria no mundo.
Na verdade, a auditoria de desempenho ou operacional foi incorporando diversas técnicas
de análise e resolução de problemas administrativos tais como benchmarking, análise SWOT,
grupo focal, entre outras, aproximando-se, por vezes, do trabalho de consultoria.

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Atualmente, a maioria das entidades fiscalizadoras superiores - EFS dos países adota a
definição do termo performance audit (auditoria de desempenho), que abrange o exame dos
três “Es” (eficácia, eficiência e economicidade) de entidades públicas, programas e atividades
governamentais.
O que distingue uma auditoria operacional de uma auditoria financeira ou de conformida-
de é que a operacional, como o próprio nome sugere, relaciona-se com operações não finan-
ceiras e especialmente porque seu foco está voltado para resultados, embora também sejam
examinadas questões de conformidade, principalmente em avaliações de programas.
Em que pese não haver um consenso entre as EFS na definição da auditoria desempenho,
expresso no conceito adotado pela INTOSAI, não se observa a existência de um conjunto de
metodologias e práticas uniformes nos diversos países que praticam a auditoria de desem-
penho e também não existe uma definição única que contemple o significado da auditoria de
desempenho.
Nos tempos atuais, a auditoria governamental constitui-se num importante instrumento
de controle, à medida que possibilita uma melhor alocação de recursos públicos, contribuindo
para detectar e propor correção dos desperdícios de recursos, da improbidade administrativa,
a negligência e a omissão e, principalmente antecipando-se a essas ocorrências, procurando
garantir a observância de normas que regulamentam a aplicação destes recursos, bem como
na busca de garantir os resultados pretendidos, em consonância com as boas práticas de
transparência da administração pública.

Auditoria Governamental no Brasil


No que tange ao poder-dever de controle dos recursos públicos, a Constituição Federal
atribuiu essa função a determinados órgãos, prescrevendo a fiscalização como o instrumento
para efetivá-lo. Conforme o caput do art. 70 da CF, a fiscalização contábil, financeira, orça-
mentária, operacional e patrimonial da União [...] será exercida pelo Congresso Nacional, me-
diante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Portanto, a fiscalização no nível interno de cada Poder é realizada por órgãos de suas
próprias estruturas, os denominados órgãos ou unidades de controle interno, e a fiscalização
externa é exercida pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas. É por intermé-
dio da fiscalização desses órgãos que se dá efetividade ao poder-dever de controle do Estado
sobre a administração pública.
Mais adiante, no inciso IV do art. 71, a Constituição menciona as inspeções e auditorias
que se somam a outras formas de fiscalização contidas nos demais incisos, o que nos leva a
concluir que essas são formas, não exclusivas, pelas quais os órgãos responsáveis pelo con-
trole das finanças públicas executam a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, ope-
racional e patrimonial, com o fim de dar efetividade ao controle da administração pública, no
que tange a gestão dos recursos públicos.

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O texto constitucional, no art. 71, inciso IV, elenca cinco tipos de auditoria ou fiscalização:
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial.

Auditoria Contábil
A fiscalização contábil está relacionada à aplicação dos recursos públicos conforme as
técnicas contábeis. Tem como propósito verificar se os fatos relacionados com a gestão dos
recursos públicos estão sendo escriturados de acordo com as normas contábeis aplicadas ao
caso. Além da conformidade dos registros, verifica-se a adequada elaboração e divulgação
dos demonstrativos contábeis – balanços.

Auditoria Financeira
A fiscalização financeira está relacionada ao fluxo de recursos (ingressos e saídas) geri-
dos pelo administrador, não importando se são recursos orçamentários ou extraorçamentá-
rios. Constitui objeto da fiscalização financeira a verificação da legalidade e legitimidade na
realização das despesas, observando se o gestor público cumpriu os princípios e as regras
estabelecidas para as aquisições de bens e serviços e de liquidação da despesa pública.

Auditoria Orçamentária
A fiscalização orçamentária está relacionada à aplicação dos recursos públicos, confor-
me as leis orçamentárias, acompanhando a arrecadação dos recursos e a aplicação. Ou seja,
o seu objetivo é verificar se as receitas e despesas públicas guardam conformidade com as
peças orçamentárias: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei do
Orçamento Anual (LOA). Verifica se foram respeitados os limites e destinações estabelecidos
nas leis orçamentárias.

Auditoria Operacional
A fiscalização operacional está relacionada à verificação do bom desempenho (economi-
cidade e eficiência) e do cumprimento de metas e alcance de resultados (eficácia e eficiên-
cia) da gestão dos recursos públicos.
Por meio desta modalidade de fiscalização, é feito o acompanhamento da execução de
programas e projetos governamentais. É um tipo de fiscalização que tem por enfoque orientar
e fornecer apoio aos gestores públicos, de modo que possam otimizar a aplicação dos recur-
sos financeiros para atingimento das metas.
A economicidade é a minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de
uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade. Refere-se à capacidade de
uma instituição gerir adequadamente os recursos financeiros colocados à sua disposição.

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A eficiência é definida como a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por
uma atividade e os custos dos insumos empregados para produzi-los em um determinado
período de tempo, mantidos os padrões de qualidade. Essa dimensão, portanto, relaciona-
-se com o conceito de economicidade e mede o esforço do processo de transformação de
insumos em produtos. Pode ser examinada sob duas perspectivas: minimização do custo
total ou dos meios necessários para obter a mesma quantidade e qualidade de produto; ou
otimização da combinação de insumos para maximizar o produto quando o gasto total está
previamente fixado. Portanto, o conceito de eficiência está relacionado ao de economicidade.
A eficácia é definida como o grau de alcance das metas programadas (de produtos e
serviços) em um determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados.
O conceito de eficácia diz respeito à capacidade da gestão de cumprir objetivos imediatos,
traduzidos em metas de produção ou de atendimento, ou seja, a capacidade de prover bens
ou serviços de acordo com o estabelecido no planejamento das ações.
A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo.
Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de efei-
tos sobre a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos es-
perados). Trata-se de verificar a ocorrência de mudanças na população-alvo que se poderia
razoavelmente atribuir às ações do programa avaliado.

Auditoria Patrimonial
A fiscalização patrimonial está relacionada ao controle, salvaguarda, conservação e alie-
nação de bens públicos. Portanto, verifica-se o adequado controle e proteção dos bens públi-

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cos, incluindo-se a proteção e conservação do meio ambiente. Também constitui objeto des-
sa fiscalização a transferência de bens públicos para o setor privado e a concessão de uso.

No caput do artigo 70 da CF, estão especificados ainda os grandes critérios com que essas
auditorias serão realizadas: legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de subven-
ções e renúncias de receitas:
• legalidade – aderência da aplicação dos recursos ao ordenamento jurídico (Constitui-
ção, leis, decretos, normas etc.).
• legitimidade – pressupõe a aderência, além da legalidade, à moralidade e à ética, ou
seja, se atendeu ao interesse público. Nenhum ato pode ser legítimo se não for legal,
porém, pode ser legal e agredir a legitimidade.
• economicidade – minimização dos custos incorridos com os gastos públicos. Deve-
-se observar se os preços dos produtos adquiridos estão de acordo com o preço de
mercado.
• aplicação de subvenções – aplicação dos recursos públicos transferidos a entidades
públicas ou privadas para determinadas despesas ou fins.

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• renúncia de receitas – são benefícios tributários e fiscais, financeiros e creditícios para


incentivo a determinado setor ou atividade, como, por exemplo, a isenção fiscal, a redu-
ção de base de cálculo ou de alíquota de tributos.

Veja interessante questão da FGV acerca dos critérios adotados no controle e na fiscali-
zação governamental.

007. (FGV/NITERÓI/AUDITOR/2018) Um Município em crise financeira, sem conseguir arcar


com os salários de seus servidores, decide realizar a compra, já prevista na Lei Orçamentária
Anual, de uma frota de carros de luxo para os secretários municipais. Com base nos focos
de fiscalização pertinentes ao controle externo, esse tipo de ato deveria ser analisado sob a
perspectiva da
a) legalidade.
b) legitimidade.
c) eficácia.
d) efetividade.
e) excelência.

Repare que a despesa é legal, pois estava prevista na Lei Orçamentária Anual, mas não atende
ao interesse público, pois o Município está em crise financeira, sem conseguir arcar com os
salários de seus servidores, e os gestores decidem realizar a compra de uma frota de carros
de luxo para os secretários municipais.
Letra b.

A auditoria de gestão pública, prevista na Constituição Federal, classifica-se nas duas


vertentes contidas na expressão que traduz a missão dos órgãos de controle interno e exter-
no de “zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.

• Boa diz respeito aos resultados satisfatórios que devem ser alcançados pela gestão,
cuja aferição é realizada por meio da auditoria operacional (ou de desempenho) e cujos
critérios são, além da economicidade, a eficiência, a eficácia e a efetividade.
• Regular diz respeito à regularidade dos atos de gestão praticados, cuja aferição é rea-
lizada por meio da auditoria de conformidade, cujos critérios são a legalidade e a legi-
timidade.

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Essa classificação converge com a adotada pela Intosai: a performance audit (auditoria de
desempenho ou operacional) e a regularity audit (auditoria de regularidade ou conformidade)
constituem duas partes de um mesmo todo, cujo objetivo é garantir a accountability do setor
público em duas diferentes perspectivas: regularidade e desempenho.
Na auditoria de conformidade, o auditor está preocupado em verificar se o gestor público
agiu conforme os mandamentos legais. Esse tipo de auditoria abrange a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária e patrimonial, quanto à legalidade e à legitimidade.
Já a auditoria operacional se preocupa em verificar o desempenho e os resultados alcan-
çados pelo gestor público, ou seja, a eficácia, a eficiência, a economicidade e a efetividade
da gestão.

 Obs.: RESUMO DOS ASPECTOS A SEREM AUDITADOS E FISCALIZADOS:

 Legalidade: aderência da aplicação dos recursos ao ordenamento jurídico (Constitui-


ção, leis, decretos, normas etc.).
 Legitimidade: pressupõe a aderência, além da legalidade, à moralidade e à ética, ou
seja, se atendeu ao interesse público.
 Economicidade: minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de
uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade. Refere-se à capaci-
dade de uma instituição gerir adequadamente os recursos financeiros colocados à sua
disposição.
 Eficiência: relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e
os custos dos insumos empregados para produzi-los em um determinado período de
tempo, mantidos os padrões de qualidade.
 Eficácia: grau de alcance das metas programadas (de produtos e serviços) em um
determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados. O concei-
to de eficácia diz respeito à capacidade da gestão de cumprir objetivos imediatos tra-
duzidos em metas de produção ou de atendimento, ou seja, a capacidade de prover
bens ou serviços de acordo com o estabelecido no planejamento das ações.
 Efetividade: diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo.
Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos
de efeitos sobre a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos
(impactos esperados).

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Auditoria Interna Versus Auditoria Externa (Papéis)


De uma forma geral, as auditorias realizadas nas entidades públicas ou privadas podem
ser realizadas por meio de auditores que pertencem aos quadros da empresa, ou seja, pela
auditoria interna, ou por intermédio de auditores independentes ou firmas de auditoria inde-
pendente, denominados de auditoria externa.

Auditoria Interna
A auditoria interna é uma atividade realizada por empregados de uma organização com o
propósito de assistir à administração no cumprimento de seus objetivos, mediante exames,
análises, avaliações, levantamentos e comprovações para avaliar a integridade, adequação,
eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de con-
troles internos interessados ao ambiente e de gerenciamento de riscos.
A auditoria interna tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização, apresen-
tando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos,
por meio de recomendação de soluções para as não conformidades.
Portanto, diz-se que os trabalhos e os resultados da auditoria interna são de interesse
maior dos administradores da organização, realizada mais para fins administrativos internos.
Os objetivos e o alcance da auditoria interna geralmente incluem as atividades de assuran-
ce (avaliação) e consultoria planejadas para avaliar e aprimorar a eficácia dos processos de
governança, gestão de risco e controle interno da entidade tais como:
• Atividades relacionadas à governança. A auditoria interna pode avaliar o processo de
governança na concretização dos seus objetivos éticos e valores, na gestão do de-
sempenho e prestação de contas (ou accountability) da administração, comunicação

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de risco e controle de informação para as áreas apropriadas da organização e eficácia


da comunicação entre os responsáveis pela governança, auditores internos, auditores
independentes e a administração.
• Atividades relacionadas à gestão de risco. A auditoria interna pode auxiliar a entidade
identificar e avaliar exposições significativas ao risco e contribuir no aprimoramento
da gestão de risco e do controle interno (incluindo a eficácia do processo das demons-
trações contábeis). A auditoria interna pode executar procedimentos para auxiliar a
entidade na detecção de fraude.
• Avaliação do controle interno. A auditoria interna pode ter responsabilidade específi-
ca para revisar controles, avaliar o seu funcionamento e recomendar melhorias a es-
ses controles. Ao fazê-las, a auditoria interna fornece segurança sobre o controle. Por
exemplo, a auditoria interna pode planejar e executar testes ou outros procedimentos
para fornecer segurança à gerência e aos responsáveis pela governança relativos ao
planejamento, implantação e eficácia operacional do controle interno, incluindo os con-
troles que sejam relevantes para a auditoria.
• Análise da informação operacional e financeira. A auditoria interna pode ser designada
para revisar os meios usados para identificar, reconhecer, mensurar, classificar e repor-
tar as informações financeiras e operacionais e realizar investigação específica de itens
individualizados, incluindo testes detalhados de transações, saldos e procedimentos.
• Revisão das atividades operacionais. A auditoria interna pode ser designada para revi-
sar a economicidade, a eficiência e a eficácia das atividades operacionais, incluindo as
atividades não financeiras de uma entidade.
• Revisão da observância às legislações e regulamentações. A auditoria interna pode
ser designada para revisar a observância das legislações e regulamentações, outros
requisitos externos, além das políticas e diretrizes da administração e outros requisitos
internos.

Auditoria Externa
A auditoria externa tem por objetivo o exame das demonstrações contábeis e a emissão
de parecer sobre a adequação com que as demonstrações apresentam a posição patrimonial
e financeira, o resultado das operações e as modificações na posição patrimonial e financeira,
de conformidade com princípios contábeis.
A NBC TA 200, norma que trata dos objetivos gerais do auditor independente, define que
o objetivo da auditoria externa é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis
por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes,
em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

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 Obs.: Estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatório ou de demonstra-


ção financeira adotada pela administração e aceitável em vista da natureza da entidade
e do objetivo das demonstrações contábeis ou que seja exigida por lei ou regulamento.

Portanto, diferentemente da auditoria interna, os trabalhos e os resultados da auditoria


externa são de interesse maior de terceiros, ou seja, dos acionistas, credores, Estado, fisco
etc. É por isso que se diz que a auditoria externa é realizada como uma forma de prestação
de contas a terceiros.
Dada a amplitude dos usuários interessados no parecer do auditor, é correto afirmar-se
que o auditor externo assume uma responsabilidade de ordem pública. Como o auditor as-
sume, através do parecer, responsabilidade técnico-profissional definida, inclusive de ordem
pública, é indispensável que tal documento obedeça às características intrínsecas e extrínse-
cas estabelecidas nas normas de auditoria.
A questão abaixo tratou dos papéis da auditoria interna e externa.

008. (CESPE/TCE/RN/INSPETOR/2015) Embora as técnicas de trabalho das auditorias inter-


na e externa não apresentem diferenças fundamentais, a auditoria interna goza de maior cre-
dibilidade perante os usuários do campo externo da empresa, por conhecer melhor a situação
desta e por dispor de informações mais detalhadas. Em compensação, a auditoria externa
está mais habilitada a perceber as ineficiências de ordem administrativa e operacional.

O item inverteu os papéis da auditoria interna e da externa. A auditoria externa goza de maior
credibilidade perante os usuários do campo externo da empresa, por conhecer melhor a situa-
ção desta e por dispor de informações mais detalhadas. Em compensação, a auditoria interna
está mais habilitada a perceber as ineficiências de ordem administrativa e operacional.
Errado.

Cooperação entre a Auditoria Externa e a Auditoria Interna


Apesar da finalidade e dos objetivos da auditoria interna serem diferentes da auditoria
externa, cabe ressaltar que as auditorias interna e externa, geralmente, trabalham de forma
articulada e em colaboração, programando em conjunto os serviços.
Segundo Franco e Marra, as auditorias interna e externa podem se completar. A auditoria
interna poderá deixar de executar procedimentos que ela sabe serem executados pela audito-
ria externa, e esta poderá determinar a profundidade de seus exames e a quantidade de seus

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testes segundo a confiança que lhe merecer a auditoria interna, que constitui uma das formas
de controle interno. A permanência de ambos na entidade é garantia de maior controle.
Vale ressaltar que o auditor interno, quando previamente estabelecido com a administra-
ção da entidade em que atua, e no âmbito de planejamento conjunto do trabalho a realizar,
deve apresentar os seus papéis de trabalho ao auditor independente e entregar-lhe cópias,
quando este entender necessário.
A questão a seguir tratou desse assunto.

009. (CESPE/MTE/AUDITOR FISCAL DO TRABALHO/2013) A entrega dos papéis de trabalho


elaborados pelos auditores internos por solicitação dos auditores independentes está condi-
cionada ao que for estabelecido com a administração da entidade e se insere no âmbito de um
planejamento conjunto do trabalho a ser realizado em cooperação entre as duas auditorias.

Segundo a norma profissional do auditor interno vigente à época do concurso, quando pre-
viamente estabelecido com a administração da entidade em que atua, e no âmbito de plane-
jamento conjunto do trabalho a realizar, o auditor interno deve apresentar os seus papéis de
trabalho ao auditor independente e entregar-lhe cópias, quando este entender necessário.
Certo.

Independência
Uma das características que distingue a auditoria externa da interna é o grau de indepen-
dência que o auditor externo deve manter em relação à entidade auditada. Essa é a caracte-
rística mais abordada pela doutrina, afirmando que a auditoria interna possui menor grau de
independência e a auditoria externa maior grau de independência.
Alguns autores afirmam que, por não pertencem aos quadros da empresa auditada, os au-
ditores externos possuem total independência. Por sua vez, os auditores internos não possuem
independência, por serem empregados da organização e sofrerem algum tipo de influência.
Considerando que as normas profissionais do auditor interno estabelecem que, não obstante
sua posição funcional, o auditor interno deve preservar sua autonomia profissional, diz-se que o
auditor externo possui independência e o interno possui autonomia. Portanto, atenção na prova!
De todo modo, a auditoria interna alcança maior independência em função de status orga-
nizacional, de acordo com o seu posicionamento na estrutura organizacional.
O posicionamento da auditoria interna na organização deve ser suficientemente ele-
vado para permitir-lhe desincumbir-se de suas responsabilidades com abrangência e in-
dependência.

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O gerente da auditoria interna deve reportar-se a uma pessoa com autoridade suficiente
para propiciar independência e assegurar ampla cobertura à auditoria, atenção e considera-
ção adequadas para seus relatórios e providências efetivas para pôr em prática as recomen-
dações apresentadas.
Para poder atuar de fato como uma função de apoio institucional à administração e pre-
servar sua independência profissional, recomenda-se que:
• Nas organizações que contarem com um conselho de administração ou órgão equiva-
lente, a Auditoria Interna seja, sempre que possível, subordinada a esse organismo de
direção.
• Nas organizações que contarem com um comitê de auditoria ou órgão equivalente, o
gerente da Auditoria Interna seja membro, efetivo ou convidado, desse organismo.
• Nas organizações que contarem com um conselho fiscal, que o gerente da Auditoria
Interna participe das reuniões de trabalho desse conselho, voltadas à aprovação das
demonstrações financeiras e demais planos da organização.

A independência aumenta quando a alta administração participa da decisão de nomear ou


retirar do cargo o gerente da Auditoria Interna.

Enfoques e Responsabilidade do Auditor


Segundo a literatura especializada, enquanto o auditor interno realiza auditoria contábil
e operacional e tem responsabilidade trabalhista, o auditor externo realiza somente auditoria
contábil e possui responsabilidade profissional, civil e criminal.
Nesse sentido, o auditor interno realiza tanto a auditoria operacional, ajudando a orga-
nização a melhorar o desempenho de seus processos e de sua gestão, quanto a auditoria
contábil, examinando demonstrações financeiras mensais ou periódicas, bem como os rela-
tórios de natureza contábil, de qualquer espécie, de caráter formal e institucional, elaborados
e editados pela área contábil.
Porém, atenção em prova, pois o auditor interno examina as demonstrações financeiras
mensais ou periódicas da organização, mas não tem a obrigação de emitir parecer sobre as
demonstrações contábeis, pois esta é a finalidade específica da auditoria externa.
Veja a questão abaixo sobre o enfoque e a responsabilidade das auditorias.

010. (CESPE/TCU/AUDITOR/2013) As atribuições dos auditores internos e externos diferem,


pois, no primeiro caso, estão fixadas no contrato de trabalho, como empregado da empresa,
e, no segundo, no contrato de prestação de serviços com o profissional ou empresa. O auditor
interno tem responsabilidade essencialmente trabalhista; o externo, responsabilidade profis-
sional, civil e criminal.

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É de se notar que, diferentemente do item anterior, este item trata das atribuições e responsa-
bilidades dos auditores interno e externo. No caso dos auditores internos, as atribuições ou
obrigações estão fixadas no contrato de trabalho do auditor interno, já que este é empregado
da entidade auditada. No caso dos auditores externos, as atribuições serão fixadas no contra-
to de prestação de serviços com o profissional (auditor independente individual) ou empresa
de auditoria independente. Quanto às responsabilidades, o auditor interno tem responsabili-
dade essencialmente trabalhista e o auditor externo, responsabilidade profissional (perante
os órgãos reguladores), civil (em caso de prejuízos causados a terceiros) e criminal.
Certo.

Responsabilidade perante Fraudes e Erros

A responsabilidade primeira na prevenção e identificação de fraudes e/ou erros é da ad-


ministração da entidade, mediante a manutenção de adequado sistema de controle interno,
que, entretanto, não elimina o risco de sua ocorrência.
A auditoria interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção
de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira reservada, sobre
quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu traba-
lho. Essa comunicação por escrito se fará por relatório parcial elaborado pelo auditor interno.
O auditor interno auxilia a Administração a prevenir e detectar fraudes, porém tem maior
papel de assessoramento na prevenção.
O auditor externo considera a possibilidade de fraudes relevantes e planeja os exames em
função dos riscos. Deve sempre comunicar à administração da entidade auditada descober-
tas factuais envolvendo fraude – dependendo das circunstâncias, de forma verbal ou escrita,
tão cedo quanto possível, mesmo que o efeito potencial sobre as demonstrações contábeis
seja irrelevante.

O auditor interno comunica à Administração indícios ou ocorrência de fraude sempre por escri-
to, já o auditor externo deve comunicar circunstâncias de fraudes, por escrito ou verbal, confor-
me a materialidade ou relevância.

Responsabilidade quanto aos Controles Internos

Auditores internos examinam e contribuem para a eficácia do sistema de controle interno


através de suas avaliações e recomendações, mas não possuem responsabilidade primária
pelo planejamento, implementação, manutenção e documentação do processo.

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Auditores externos avaliam os controles internos contábeis, para dimensionar o risco de


auditoria e, consequentemente, planejar os testes substantivos, porém, podem contribuir com
recomendações para seu aprimoramento. Da mesma forma do auditor interno, os auditores
externos não possuem responsabilidade de implementar e manter controles internos. Essa é
uma responsabilidade dos administradores e demais funcionários da entidade auditada!
Entretanto, pode-se afirmar que o auditor interno se preocupa mais com os controles in-
ternos administrativos e gerenciais e o auditor externo tem como foco principal os controles
internos contábeis.

Extensão dos Trabalhos


A auditora interna constitui o conjunto de procedimentos que tem por objetivo examinar a
integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis,
financeiras e operacionais da entidade.
Em função de seu objetivo e da natureza dos trabalhos, a auditoria interna possui um es-
copo mais amplo do que a auditoria externa, abrangendo não só as operações financeiras e
contábeis, mas também as operações não financeiras e gerenciais da entidade a qual perten-
ce. Além de maior abrangência, a auditoria interna aplica os seus procedimentos com maior
extensão e profundidade.
Pelo fato de permanecerem em tempo integral na empresa, os auditores internos podem
realizar uma auditoria mais ampla e permanente, em um processo de revisão quase que inte-
gral das operações da empresa.
Já a auditoria externa realiza menor volume de testes, pois o auditor externo está interes-
sado em erros que individualmente ou cumulativamente possam alterar de maneira substan-
cial as informações das demonstrações contábeis.
Nesse sentido, a doutrina aponta que o escopo dos trabalhos feitos pelo auditor interno,
ou seja, o que o auditor vai examinar e a natureza, época e extensão dos procedimentos que
pretende aplicar, normalmente é determinado pela gerência, enquanto a extensão do exame
do auditor externo é determinada pelas normas usuais reconhecidas no país ou requeridas
por legislação específica.
A questão abaixo tratou justamente desse ensinamento doutrinário.

011. (CESPE/ANP/2012) O escopo dos trabalhos do auditor interno deve ser fixado pela ge-
rência, contudo o trabalho do auditor externo é predefinido no contrato.

A literatura especializada ensina que o escopo dos trabalhos feitos pelo auditor interno nor-
malmente é determinado pela gerência (administração), enquanto a extensão do exame do

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auditor externo é determinada pelas normas usuais reconhecidas no país ou requeridas por
legislação específica. Em função da independência da auditoria externa, não é o contrato en-
tre a entidade contratante e o auditor externo que irá definir o que, quando, como e quanto o
auditor irá examinar; esses aspectos são definidos nas normas de auditoria.
Errado.

Metodologia de Trabalho
Em essência, não obstante as diferenças já apontadas, os trabalhos tanto da auditoria
interna quanto da auditoria externa são efetuados em geral por métodos idênticos. Conforme
nos ensina Crepaldi, o auditor interno segue mais as rotinas de cunho interno, ou seja, obser-
va o cumprimento rígido das normas internas, pois ele tem domínio da cultura da empresa,
enquanto o auditor externo observa mais o cumprimento das normas associadas às leis de
forma bem ampla, ele tem melhor domínio dos aspectos de interesse coletivo.
Os trabalhos de ambos compreendem os mesmos procedimentos básicos de auditoria
para obtenção de evidências, quais sejam: observação, inspeção, cálculo, confirmação e re-
visão analítica.
Por outro lado, tanto uma quanto a outra aplicam os procedimentos básicos para testar
os controles internos, denominados de testes de observância ou de controles, ou para buscar
evidências quanto à validade, suficiência e exatidão das informações divulgadas pela entida-
de auditada, mediante testes substantivos.
Vale ressaltar que a norma de auditoria interna do CFC – a NBC TI 01, define que o auditor
interno utiliza a inspeção, a observação e a investigação e confirmação para aplicar testes de
observância, objetivando testar o funcionamento e a eficácia de controles internos.
Isso não quer dizer que a auditoria interna somente aplique esses três procedimentos bá-
sicos ou que não utilize testes substantivos. Significa apenas que, quando o auditor interno
pretenda testar os controles internos da organização a qual pertença, ele utilizará um ou mais
desses três procedimentos básicos: inspeção, observação e confirmação.
Por fim, anoto que ambas as auditorias podem ser realizadas com base em testes parciais
mediante amostragem estatística ou não estatística. O uso da amostragem em auditoria –
estatística ou não - é facultativo, a depender das circunstâncias e da relação custo/benefício
do trabalho.

Comunicação de Resultados e Relatórios de Auditoria


O relatório é o documento pelo qual a auditoria interna apresenta o resultado dos seus
trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a expressar, cla-
ramente, suas conclusões, recomendações e providências a serem tomadas pela administra-
ção da entidade.

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Um relatório por escrito e assinado pelo gerente da auditoria interna deve ser encaminha-
do aos níveis adequados da estrutura organizacional após a conclusão dos exames progra-
mados pela auditoria.
O relatório da auditoria interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho
ou a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo.
A auditoria interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial, na hipótese
de constatar impropriedades/irregularidades/ ilegalidades que necessitem providências ime-
diatas da administração da entidade, e que não possam aguardar o final dos exames.
Quanto à auditoria externa, a principal comunicação das descobertas da auditoria está
contida no parecer do auditor sobre as demonstrações contábeis (relatório curto), que, to-
davia, pode ser acompanhado de um relatório em forma longa, contendo a descrição dos
trabalhos realizados ou uma carta-comentário sobre os controles internos, ressaltando as
deficiências e fazendo as recomendações para melhoria desses controles.
Os tipos de opinião ou de parecer na auditoria externa são: parecer sem ressalvas (opinião
não modificada), parecer com ressalvas, parecer adverso e abstenção de opinião.
Os auditores independentes podem apresentar relatórios formais e informações verbais
aos clientes dos trabalhos da auditoria e aos responsáveis pela governança da empresa.
Com relação à descoberta de fraudes, o auditor externo tem responsabilidades pela co-
municação à administração e a outras partes. As principais responsabilidades são:
• Sempre que determinar que existem evidências de fraude, mesmo que irrelevantes,
deve levar o assunto à atenção da administração para adoção das providências de sua
competência;
• Qualquer fraude que envolva a alta administração e qualquer fraude perpetrada em
qualquer nível que gere demonstrações contábeis que contenham distorções relevan-
tes deve ser relatada pelo auditor diretamente ao comitê de auditoria ou ao conselho
de administração.
• Em função de obrigações éticas e legais, o auditor externo está impedido de divulgar
fraudes a partes externas ao cliente. Contudo, a responsabilidade legal do auditor e,
em certas circunstâncias, o dever de confidencialidade pode ser passado por cima por
estatuto, lei ou tribunais de direito (ordem judicial). No Brasil, o auditor de instituição fi-
nanceira tem o dever de relatar a ocorrência de fraude a autoridades de supervisão. Em
outros segmentos o auditor também tem dever de relatar distorções nos casos em que
a administração e os responsáveis pela governança deixam de adotar ações corretivas.

Por fim, cabe consignar que, em condições normais, o parecer do auditor independente é
enviado aos acionistas, membros do conselho de administração e diretores. Em condições
específicas, os pareceres são encaminhados a quem tenha contratado os serviços do auditor
independente.

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O quadro abaixo resume as principais diferenças entre auditoria interna e externa:

AUDITORIA AUDITORIA
ELEMENTOS
INTERNA EXTERNA

Auditor interno (funcionário


Sujeito Profissional independente
da empresa)

Grau de independência Menos amplo Mais amplo

Exame dos controles Exame das demonstrações


Objeto
internos contábeis

Promover melhorias na Opinar sobre


Finalidade
gestão demonstrações

Papel em relação aos Apontar deficiências nos


Melhorar a sua eficácia
controles internos controles contábeis

Auxiliar na prevenção e Detectar fraudes de


Papel em relação a fraudes comunicar a ocorrência à efeito relevante sobre as
administração por escrito demonstrações

A empresa e o público
Interessados no trabalho A administração
em geral

Extensão dos trabalhos Maior Menor

Recomendações de
Parecer sobre as
Relatório principal controle interno e eficiência
demonstrações contábeis
administrativa

Auditorias Interna e Externa Governamental


No âmbito governamental, os órgãos responsáveis pela realização das auditorias são os
organismos de controle interno de cada Poder (auditoria governamental interna) e os Tribu-
nais de Contas (auditoria governamental externa).
Apesar de possuírem finalidades e competências distintas, os órgãos de controle e de
auditoria interna e externa trabalham em cooperação, sendo uma das finalidades do contro-
le interno apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional, realizando as
auditorias de gestão sobre as contas prestadas pelos gestores públicos e comunicando aos
Tribunais as ilegalidades e irregularidades constatadas.
A auditoria governamental interna (realizada pelos órgãos de controle interno de cada
Poder) é aplicada para atender as seguintes atividades:

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• avaliar a gestão de recursos públicos sob a responsabilidade de órgãos públicos e en-


tidades privadas, bem como nos projetos de cooperação técnica envolvendo organis-
mos internacionais;
• apurar atos e fatos inquinados de ilegais ou irregulares, praticados por agentes públi-
cos ou privados, na utilização de recursos públicos;
• avaliar a consistência das informações produzidas pelos sistemas contábil, financeiro,
de pessoal e de controles administrativos e operacionais.
• examinar a regularidade e avaliar a eficiência e eficácia da gestão administrativa e dos
resultados alcançados nas ações de governo;
• confirmar dados constantes do processo de Tomada de Contas Especial em apoio ao
Tribunal de Contas; e
• examinar os procedimentos administrativos e os controles internos dos órgãos da ad-
ministração direta, no papel equivalente à auditoria interna empresarial.

TOME NOTA!
Tomada de Contas Especial - TCE é um processo devidamente formalizado, com rito próprio,
para apurar responsabilidade por ocorrência de dano à administração pública federal e obten-
ção do devido ressarcimento. O procedimento de TCE tem como objetivos básicos:
a) apurar os fatos que resultaram em prejuízo ao Erário (O QUÊ);
b) identificar e qualificar os agentes causadores do dano (QUEM e COMO); e
c) quantificar o prejuízo sofrido pelos cofres públicos (QUANTO).

Peter e Machado ensinam que a auditoria governamental tem como finalidade comprovar
a legalidade e legitimidade e avaliar os resultados, quanto à economicidade, eficiência e efi-
cácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nas unidades da administração direta
e entidades supervisionadas da Administração Pública, bem como a aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado, dando suporte ao pleno exercício da supervisão
ministerial.
Essa finalidade foi extraída do art. 74 da Constituição Federal de 1988 que estabelece a
criação de um sistema de controle interno integrado no âmbito de cada Poder e descreve as
suas finalidades, com o desenho que tem hoje:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-
mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

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III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e have-
res da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

De acordo com o texto constitucional, a auditoria governamental interna assume um ca-


ráter avaliativo da ação governamental. Adota a filosofia de controle e fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e entidades da administração
direta e indireta. Ultrapassa os limites estreitos da pura legalidade, para abranger também o
exame da legitimidade, eficácia, eficiência e economicidade dos gastos públicos.
Dessa forma, permite avaliar os gastos governamentais em relação aos interesses da
sociedade, conhecer a organização e o funcionamento dos órgãos e entidades, além de pos-
sibilitar aferir os resultados dos programas e projetos governamentais.
Quanto ao apoio ao controle externo, sem prejuízo do disposto em legislação específica,
consiste no fornecimento de informações e dos resultados das ações do Sistema de Controle
Interno para o respectivo tribunal de contas.
Todavia, esse apoio se dá também, como já mencionamos antes, por meio das auditorias
que os órgãos de controle interno realizam sobre os processos de tomadas e prestações de
contas, para subsidiar o julgamento pelo Tribunal de Contas e também pela obrigação esta-
belecida no § 1º do art. 74, no qual os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhe-
cimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da
União, sob pena de responsabilidade solidária.
Logo, os dirigentes dos órgãos de controle interno de cada Poder, ao tomarem conheci-
mento de qualquer irregularidade (desvio de recursos, fraudes, prejuízos etc.) ou ilegalidade
(descumprimento de lei e princípios), praticadas no âmbito dos órgãos e entidades que estão
sob a sua jurisdição, devem de imediato comunicar ao Tribunal de Contas. A omissão não jus-
tificada poderá ensejar a responsabilidade do dirigente de controle interno omisso, de forma
solidária com quem praticou o ato ilícito.
Veja que a FGV elaborou questão recente acerca das finalidades da auditoria governa-
mental interna ou do sistema de controle interno.

012. (FGV/MP-AL/AUDITOR/2018) De acordo com a Constituição da República de 1988, os


Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistemas de con-
trole interno. Esse sistema deve atender às finalidades listadas a seguir, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
b) Prevenir fraudes nos sistemas contábeis dos órgãos e entidades da administração federal.

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c) Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União.
d) Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União.
e) Comprovar a legalidade dos resultados da gestão orçamentária e financeira dos órgãos da
administração federal, quanto à eficácia e à eficiência.

Prevenir fraudes nos sistemas contábeis dos órgãos e entidades da administração federal
não é uma das finalidades do SCI, estabelecidas no art. 74 da CF.
Letra b.

No âmbito governamental, a auditoria externa praticada pelos Tribunais de Contas possui


objetivo e escopo muito maiores do que a auditoria externa nas empresas. Nestas, vimos que
a auditoria externa realiza somente a auditoria contábil. No setor público, os Tribunais de Con-
tas praticam vários tipos de auditoria, com diferentes abordagens e objetivos, tais como: veri-
ficar a legalidade, avaliar os resultados, combater a corrupção, opinar sobre os balanços etc.
Os tribunais de contas podem determinar medidas corretivas diante de ilegalidades e ir-
regularidades constatadas, sob pena de sanção aos gestores em caso de omissão na adoção
das medidas determinadas, ou ainda recomendar adoção de providências diante de oportu-
nidades de melhoria.
A questão abaixo tratou justamente das competências da auditoria governamental prati-
cada pelos controles interno e externo.

013. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) De acordo com os postulados básicos de auditoria


governamental, é obrigação dos órgãos de controle externo
a) alertar a autoridade administrativa para que instaure tomada de contas especial em rela-
ção a irregularidades conhecidas.
b) realizar auditorias solicitadas pelo sistema de controle interno.
c) estabelecer, juntamente com a administração, um sistema adequado de controle interno no
âmbito da entidade auditada.
d) enviar, no caso de auditoria em órgão da administração direta, relatório de auditoria ao
titular do Poder Executivo.
e) apresentar recomendações acerca de controles inadequados ou inexistentes nas entida-
des auditadas.

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a) quem tem a obrigação legal de alertar a autoridade administrativa para que instaure to-
mada de contas especial em relação a irregularidades conhecidas são os órgãos de controle
interno, em apoio ao controle externo.
b) inverteu. O sistema de controle interno é quem realiza auditorias solicitadas pelo tribunal
de contas (controle externo). Só quem pode solicitar a realização de auditorias ao TC é o Po-
der Legislativo.
c) quem estabelece um sistema adequado de controle interno no âmbito da entidade auditada
é a administração; o Tribunal de Contas recomenda ou determina a implantação, de forma
independente.
d) não existe essa regra de envio do relatório de auditoria ao titular do Poder Executivo! O
tribunal de contas envia o relatório de auditoria a quem entender competente para tomar as
decisões, geralmente sendo o gestor e no máximo até o ministro da Pasta.
e) é obrigação dos órgãos de controle externo (tribunais de contas) apresentar recomenda-
ções acerca de controles inadequados ou inexistentes nas entidades auditadas.
Letra e.

Auditoria Governamental Segundo a Intosai (International Organiza-


tion of Supreme Audit Institutions)

Cabe ressaltar que, neste tópico, veremos apenas os principais conceitos ou definições so-
bre auditoria governamental à luz das normas da INTOSAI, lembrando que o edital do concurso
exige ainda o estudo da NBASP 100 (ISSAI 100), que trata dos Princípios Gerais de Auditoria no
Setor Público, que veremos mais à frente nesta aula.
Inicialmente, entendo pertinente que você saiba em que consiste a INTOSAI e as normas
profissionais publicadas pela entidade.
A INTOSAI – The International Organization of Supreme Audit Institutions, ou seja, a Organi-
zação Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores é um organismo autônomo e apo-
lítico que opera como uma organização guarda-chuva para a comunidade de auditoria externa
de governos.
Fundada em 1953, por iniciativa de Emilio Fernandez Camus, então presidente da Entida-
de Superior de Controle de Cuba, quando 34 países, dentre eles o Brasil, se encontraram para
o 1º Congresso da Intosai naquele país. Atualmente a Organização congrega 195 entidades
fiscalizadoras superiores (EFS), 5 organizações associadas e um membro afiliado.
A organização é autônoma, independente e não política. Sua natureza não governamental
lhe permite ter status consultivo especial junto ao Conselho Econômico e Social (ECOSOC)
das Nações Unidas.

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AUDITORIA GOVERNAMENTAL
Conceito, Evolução. Distinção entre Auditorias
Marcelo Aragão

Atualmente, o TCU é um dos 21 países que fazem parte do Conselho Gestor da instituição.
Os princípios fundamentais que regem a organização estão consolidados na Declaração de
Lima sobre Diretrizes para Preceitos de Auditoria adotada em outubro de 1977, na IX INCOSAI
realizada em Lima (Peru).
Dentre seus objetivos encontram-se a promoção do desenvolvimento permanente e trans-
ferência de conhecimento, aperfeiçoamento da auditoria governamental de maneira global e
incremento das capacidades profissionais, além de ser um norteador para as EFS em seus
respectivos países para o bom controle de gastos públicos. Para que esses objetivos sejam
alcançados de forma plena, os países membros dividem-se em suas áreas de expertise e
contribuem com o melhor que têm em vários comitês, subcomitês e grupos de trabalho com
o fito de garantir o desenvolvimento almejado.
As normas da INTOSAI, denominadas Normas Internacionais de Auditoria das Entidades
de Fiscalização Superior (ISSAI), formam uma coleção completa e atualizada de normas pro-
fissionais e de melhores práticas para auditores do setor público.
Destinam-se, em princípio, à comunidade de auditoria externa de governos, que, no Brasil,
é composta pelos Tribunais de Contas da União, dos estados, do DF e de municípios. Todavia,
por constituírem boas práticas para auditores do setor público, com orientações técnicas de-
senvolvidas por uma comunidade internacional de auditores governamentais, a sua utilização
pelos demais órgãos de controle da gestão pública é uma prática recomendável que deve ser
fortemente encorajada.
A estrutura das ISSAI é composta de quatro níveis:

NÍVEL 1 CONTEÚDO

ISSAI 1 Princípios fundamentais das EFS (Declaração de Lima)

NÍVEL 2 CONTEÚDO

ISSAI 10 Declaração do México sobre a independência das EFS

ISSAI 11 Orientações e boas práticas relacionadas à independência

ISSAI 20 Princípios de transparência e accountability

ISSAI 21 Princípios de transparência – boas práticas

ISSAI 30 Código de Ética

ISSAI 40 Controle de qualidade de auditorias

NÍVEL 3 CONTEÚDO

ISSAI 100 Normas de auditoria: Princípios básicos de auditoria

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ISSAI 200 Normas de Auditoria Financeira

ISSAI 300 Normas de Auditoria Operacional

ISSAI 400 Normas de Auditoria de Conformidade

NÍVEL 4 CONTEÚDO

Orientações para realização de auditorias específicas: auditorias


financeiras, auditorias operacionais, auditorias de conformidade,
ISSAI 1000 A 5500
auditorias ambientais, auditorias em privatizações, auditorias em TI,
auditoria de dívidas públicas etc.

Bom, agora que você sabe o que é a INTOSAI, vamos estudar o que a instituição normati-
zou acerca da função das EFS e da auditoria no setor público.

Função Essencial de Uma EFS Segundo a INTOSAI


Segundo a INTOSAI, a função essencial da Entidade Fiscalizadora Superior – EFS é asse-
gurar e promover a accountability no setor público, incluindo-se o apoio e o estímulo às boas
práticas de gestão.
O cumprimento da obrigação de prestar contas no setor público será promovido mais efe-
tivamente quando a competência legal da EFS permitir-lhe executar ou dirigir a execução de
auditorias de conformidade e de desempenho em todas as organizações públicas.

Objetivo da Auditoria Segundo a INTOSAI


Conforme definição contida na Declaração de Lima, o controle das finanças públicas não
é um fim em si mesmo, pois representa um elemento indispensável de um sistema regulador,
que tem por finalidade assinalar, oportunamente, os desvios relativos à norma e o desrespeito
aos princípios da legalidade, da eficiência, da eficácia e da economia da gestão das finanças
públicas, de modo que se possa, em cada caso, tomar medidas corretivas, apontar a respon-
sabilidade, obter a reparação ou tomar medidas para impedir a repetição de infrações.
Portanto, segundo a INTOSAI, os objetivos da auditoria governamental são apontar os
desvios e as irregularidades, para adoção das medidas corretivas, e as responsabilidades,
para obtenção de reparação ou a implementação de medidas para impedir a repetição de
infrações.

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Tipos de Auditoria no Setor Público


Segundo a norma ISSAI 100, que veremos na sequência de nossa aula, as auditorias do
setor público podem ser classificadas em um ou mais de três tipos principais: auditorias de
demonstrações financeiras, auditorias de conformidade e auditorias operacionais. Os objeti-
vos de cada auditoria irão determinar as normas que lhe são aplicáveis.

Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público (NBASP):


NBASP 100 (ISSAI 100) Princípios Fundamentais de Auditoria do
Setor Público
As normas de auditoria do setor público - ISSAI 100, convergidas aqui no Brasil pelos tri-
bunais de contas na NBASP 100, tratam dos princípios fundamentais de auditoria do setor pú-
blico que se aplicam a todos os tipos de auditoria (financeira, operacional e de conformidade).
A ISSAI 100 fornece informações detalhadas sobre:
• o propósito e a aplicabilidade das ISSAI;
• o contexto da auditoria no setor público;
• os elementos de auditoria do setor público;
• os princípios aplicáveis à auditoria do setor público.

As ISSAI 200, 300 e 400 baseiam-se nesses princípios e adicionalmente os desenvolvem


para ser aplicados no contexto das auditorias financeiras, operacionais e de conformidade,
respectivamente. Assim, devem ser aplicados em conjunto com os princípios estabelecidos
na ISSAI 100.

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Conceito, Evolução. Distinção entre Auditorias
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Propósito e Aplicabilidade das ISSAI


A ISSAI 100 estabelece princípios fundamentais que são aplicáveis a todos os trabalhos
de auditoria do setor público, independentemente de sua forma ou contexto.
Uma observação importante contida na ISSAI 100, é que os princípios de maneira nenhu-
ma se sobrepõem às leis, aos regulamentos ou mandatos nacionais, nem impedem as EFS de
realizar investigações, revisões ou outros trabalhos que não sejam especificamente cobertos
pelas ISSAI existentes.

Os princípios de maneira nenhuma se sobrepõem às leis, aos regulamentos ou mandatos na-


cionais. Logo, as normas e princípios estabelecidos pela Intosai não são de cumprimento obri-
gatório pelas Entidades Fiscalizadoras Superiores – EFS de cada país, especialmente quando
houver alguma incompatibilidade entre as normas da Intosai e as normas de cada país que
regulam as competências e a atuação da EFS.

Os Princípios Fundamentais de Auditoria formam o núcleo das Diretrizes Gerais de Audi-


toria no nível 4 do marco referencial das ISSAI. Os princípios podem ser usados para estabe-
lecer normas oficiais de três formas:
• como base sobre a qual as EFS podem desenvolver normas próprias;
• como base para a adoção de normas nacionais consistentes com esses princípios;
• como base para a adoção das Diretrizes Gerais de Auditoria como normas oficiais.

As EFS podem optar por compilar um único documento normativo, uma série de tais do-
cumentos ou uma combinação de documentos normativos e outros documentos oficiais.
As EFS devem declarar quais normas elas aplicam na execução de suas auditorias, e essa
declaração deve ser acessível para os usuários dos seus relatórios. Quando as normas forem
baseadas em várias fontes em conjunto, isso também deve ser declarado. As EFS são enco-
rajadas a tornar essas declarações parte de seus relatórios de auditoria, entretanto formas
mais gerais de comunicação podem ser usadas.
Uma EFS pode declarar que as normas por ela desenvolvidas ou adotadas são baseadas
ou são consistentes com os Princípios Fundamentais de Auditoria somente se essas normas
cumprirem integralmente todos os princípios relevantes.
Os relatórios de auditoria podem incluir uma referência ao fato de que as normas utiliza-
das são baseadas ou são consistentes com a ISSAI ou ISSAI relevantes para o trabalho de
auditoria realizado. Essa referência pode ser feita declarando-se:
“Conduzimos nossa auditoria em conformidade com [normas], que são baseadas em [ou
são consistentes com] os Princípios Fundamentais de Auditoria (ISSAI 100-999) das Normas
Internacionais das Entidades Fiscalizadoras Superiores.”

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Para adotar ou desenvolver apropriadamente normas de auditoria baseadas nos Princí-


pios Fundamentais de Auditoria é necessária uma compreensão de todo o texto desses prin-
cípios. Para alcançar isso, pode ser útil consultar as orientações pertinentes nas Diretrizes
Gerais de Auditoria.
As EFS podem decidir adotar as Diretrizes Gerais de Auditoria como suas normas oficiais.
Em tais casos, o auditor deve cumprir com todas as ISSAI relevantes para a auditoria. A refe-
rência às ISSAI aplicadas pode ser feita declarando-se:
“Conduzimos nossa(s) auditoria(s) em conformidade com as Normas Internacionais das
Entidades Fiscalizadoras Superiores.”

Marco Referencial para Auditoria do Setor Público


Mandato

Uma EFS exercerá sua função de auditoria do setor público dentro de um ordenamento
constitucional específico e em virtude de sua missão e mandato, que lhe garantem suficiente
independência e poder discricionário para desempenhar suas atribuições. O mandato de uma
EFS pode definir suas responsabilidades gerais no campo da auditoria do setor público e fazer
disposições adicionais relativamente a auditorias e outros trabalhos a realizar.
As EFS podem ter mandatos para realizar muitos tipos de trabalho sobre qualquer assun-
to de relevância para as responsabilidades da administração e responsáveis pela governança
e do uso apropriado de recursos e bens públicos. A abrangência ou forma desses trabalhos
e dos relatórios deles decorrentes variará segundo o mandato conferida por lei à EFS. No
caso do TCM-SP, a abrangência e o alcance de sua fiscalização serão estabelecidos em sua
lei orgânica.
Em certos países, a EFS é um tribunal, composto por “juízes” (julgadores), com autoridade
sobre os contabilistas do Estado e outros agentes públicos que lhe devem prestar contas.
Nesses casos, existe uma importante relação entre essa função jurisdicional (ou judicante) e
as características da auditoria do setor público. A função jurisdicional requer que a EFS as-
segure que seja responsabilizado quem quer que esteja encarregado de lidar com recursos
públicos, e, nesse sentido, esteja sujeito à sua jurisdição.

 Obs.: Quando se afirma que as EFS organizadas em forma de tribunal possuem função juris-
dicional significa que possuem jurisdição (dizer do direito) sobre os atos praticados
pelos gestores públicos, que estão obrigados a lhe prestar contas acerca da boa e
regular aplicação dos recursos públicos, cabendo à EFS o julgamento dessas contas
(função judicante e sancionadora).

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Uma EFS pode tomar decisões estratégicas para cumprir as exigências de seu mandato
e outras exigências legais. Tais decisões podem incluir a definição das normas de auditoria
aplicáveis, os trabalhos a ser realizados e como eles serão priorizados.

A Auditoria do Setor Público e seus Objetivos

O ambiente da auditoria do setor público é aquele no qual governos e outras entidades do


setor público são responsáveis pelo uso de recursos provenientes de tributação e outras fon-
tes, para a prestação de serviços aos cidadãos e outros beneficiários. Essas entidades devem
prestar contas de sua gestão e desempenho, assim como do uso dos recursos, tanto para
aqueles que proveem os recursos como para aqueles que dependem dos serviços prestados
com a utilização de tais recursos, incluindo os cidadãos.
A auditoria do setor público ajuda a criar condições apropriadas e a fortalecer a expec-
tativa de que as entidades do setor público e os servidores públicos desempenharão suas
atribuições de modo efetivo, eficiente, ético e em conformidade com as leis e os regulamentos
aplicáveis.

Em geral, a auditoria do setor público pode ser descrita como um processo sistemático de ob-
ter e avaliar objetivamente evidência para determinar se a informação ou as condições reais de
um objeto estão de acordo com critérios estabelecidos. Portanto, é um trabalho de verificação
da conformidade do objeto com os critérios utilizados, cujas fontes podem ser a legislação ou
as boas práticas de gestão, dependendo do tipo de auditoria.

A auditoria do setor público é essencial, pois, fornece aos órgãos legislativos e de contro-
le, bem como aos responsáveis pela governança e ao público em geral, informações e avalia-
ções independentes e objetivas acerca da gestão e do desempenho de políticas, programas e
operações governamentais.
Conforme pode ser observado no esquema a seguir, auditoria é o processo de confronta-
ção entre uma situação encontrada (condição) com um determinado padrão preestabelecido
(critério), ou seja, a comparação entre o fato ocorrido com o que deveria ocorrer.

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Figura 1: Descrição da auditoria no setor público

As EFS estão a serviço desse objetivo como importantes pilares dos sistemas democrá-
ticos e como mecanismos de governança nacionais, e desempenham um importante papel
no aperfeiçoamento da administração pública ao enfatizar os princípios de transparência,
accountability, governança e desempenho.
As auditorias do setor público partem de objetivos que podem ser distintos, dependendo
do tipo de auditoria que está sendo realizada. No entanto, todas elas contribuem para a boa
governança:
• fornecendo aos usuários previstos, com independência, informações objetivas e con-
fiáveis, conclusões ou opiniões baseadas em evidência suficientes e apropriada, rela-
tivas às entidades públicas;
• aperfeiçoando a accountability e a transparência, promovendo melhorias contínuas e
permanente confiança no uso apropriado de recursos e bens públicos e no desempe-
nho da administração pública;
• fortalecendo a efetividade dos órgãos que, dentro do ordenamento constitucional, exer-
cem funções gerais de controle e correição sobre o governo, bem como dos responsá-
veis pela gestão de atividades financiadas com recursos públicos;
• criando incentivos para mudança ao proporcionar conhecimento, análises abrangentes
e recomendações bem fundamentadas para aprimoramentos.

As auditorias do setor público podem ser classificadas em um ou mais de três tipos princi-
pais: auditorias de demonstrações financeiras, auditorias de conformidade e auditorias ope-
racionais. Os objetivos de cada auditoria irão determinar as normas que lhe são aplicáveis.

Tipos de Auditoria do Setor Público

Como vimos, os três tipos principais de auditoria do setor público são definidos como segue:

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AUDITORIA FINANCEIRA foca em determinar se a informação financeira de uma entidade


é apresentada em conformidade com a estrutura de relatório financeiro e o marco regulatório
aplicável. Isso é alcançado obtendo-se evidência de auditoria suficiente e apropriada para
permitir o auditor expressar uma opinião quanto a estarem as informações financeiras livres
de distorções relevantes devido a fraude ou erro.
AUDITORIA OPERACIONAL foca em determinar se intervenções, programas e instituições
estão operando em conformidade com os princípios de economicidade, eficiência e efetivi-
dade, bem como se há espaço para aperfeiçoamento. O desempenho é examinado segundo
critérios adequados, e as causas de desvios desses critérios ou outros problemas são ana-
lisados. O objetivo é responder a questões-chave de auditoria e apresentar recomendações
para aperfeiçoamento!
AUDITORIA DE CONFORMIDADE foca em determinar se um particular objeto está em con-
formidade com normas identificadas como critérios. A auditoria de conformidade é realizada
para avaliar se atividades, transações financeiras e informações cumprem, em todos os as-
pectos relevantes, as normas que regem a entidade auditada. Essas normas podem incluir
regras, leis, regulamentos, resoluções orçamentárias, políticas, códigos estabelecidos, acor-
dos ou os princípios gerais que regem a gestão financeira responsável do setor público e a
conduta dos agentes públicos.
As EFS podem realizar auditorias ou outros trabalhos sobre qualquer tema de relevância
para as responsabilidades de gestores e responsáveis pela governança e o apropriado uso de
recursos públicos. Esses trabalhos podem incluir relatórios sobre os produtos e resultados
quantitativos das atividades de prestação de serviços da entidade, relatórios de sustentabi-
lidade, necessidades futuras de recursos, aderência a padrões de controle interno, auditorias
de projetos em tempo real ou outros assuntos. As EFS podem também realizar auditorias
combinadas, incorporando aspectos financeiros, operacionais e/ou de conformidade.

As normas de auditoria da Intosai estabelecem que as EFS podem realizar três tipos de audito-
ria no setor público, conforme os objetivos do trabalho, que são a auditoria financeira, a audito-
ria operacional e a auditoria de conformidade. As normas preveem ainda que as EFS abordem
em um único trabalho de auditoria aspectos financeiros, operacionais e/ou de conformidade.

Veja uma interessante questão acerca dos tipos de auditoria governamental definidos na
ISSAI 100.

014. (FCC/TCE-RS/AUDITOR/2018) O ISSAI 100 define auditoria operacional como o tipo de


auditoria que foca em determinar se

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Conceito, Evolução. Distinção entre Auditorias
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a) a informação financeira de uma entidade é apresentada em conformidade com o marco


regulatório aplicável.
b) um particular objeto está em conformidade com normas identificadas como critérios.
c) intervenções, programas e instituições operam em conformidade com os princípios da
economicidade, eficiência e efetividade.
d) uma determinada operação está em conformidade com normas identificadas como critérios.
e) atividades ou transações financeiras estão em operação.

Conforme a ISSAI 100, refere-se à auditoria operacional, que tem como foco determinar se
intervenções, programas e instituições estão operando em conformidade com os princípios
de economicidade, eficiência e efetividade, bem como se há espaço para aperfeiçoamento.
As letras a, b e d referem-se à auditoria de conformidade. Quanto à letra e, embora se apro-
xime mais da auditoria financeira, as informações contidas na alternativa “e” não permitem
identificar com precisão o tipo de auditoria governamental.
Letra c.

Elementos de Auditoria do Setor Público


A auditoria do setor público é indispensável para a administração pública, uma vez que
a gestão de recursos públicos é uma questão de confiança. A responsabilidade pela gestão
de recursos públicos de acordo com as finalidades previstas é confiada a uma entidade ou
pessoa que atua em nome do público. A auditoria do setor público aumenta a confiança dos
usuários previstos, fornecendo informações e avaliações independentes e objetivas a respei-
to de desvios dos padrões aceitos ou dos princípios de boa governança.
Muita atenção em prova quanto aos elementos de uma auditoria pública. Segundo a ISSAI
100, todas as auditorias do setor público contam com os mesmos elementos básicos:
• o auditor, a parte responsável, os usuários previstos (as três partes da auditoria);
• os critérios para avaliar o objeto; e
• a informação resultante da avaliação do objeto.

A seguir, veremos cada um desses elementos de forma detalhada.

As Três Partes

As auditorias do setor público envolvem pelo menos três partes distintas: o auditor, uma
parte responsável e os usuários previstos. A relação entre as partes deve ser vista no contexto
específico do ordenamento constitucional para cada tipo de auditoria.

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• O auditor: na auditoria do setor público, o papel de auditor é desempenhado pelo titular


da EFS e pelas pessoas a quem é delegada a tarefa de conduzir auditorias. A respon-
sabilidade geral pela auditoria do setor público é aquela definida no mandato da EFS.
• A parte responsável: na auditoria do setor público, as principais responsabilidades são
determinadas pelo ordenamento constitucional ou legal. As partes responsáveis po-
dem ser responsáveis pela elaboração da informação sobre o objeto, pela gestão do
objeto ou por atender recomendações acerca do objeto, e podem ser pessoas ou orga-
nizações.
• Os usuários previstos: as pessoas, organizações ou grupos destas para quem o auditor
elabora o relatório de auditoria. Os usuários previstos podem ser órgãos legislativos ou
de controle, responsáveis pela governança ou o público em geral.

Figura 2: As Três Partes da Auditoria

A questão abaixo tratou das três partes das auditorias no setor público.

015. (FCC/TCE-RS/AUDITOR/2018) As Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público do


nível 2 − Princípios Fundamentais de Auditoria do Setor Público correspondem às normas
internacionais ISSAI 100 a ISSAI 400. Dentre os elementos de auditoria do setor público re-
conhecidos em tal documento, são consideradas envolvidas ao menos três partes distintas,
quais sejam:
a) o auditor, uma parte responsável e os usuários previstos.
b) o Tribunal de Contas, o administrador e os administrados.
c) o fato, o valor e a norma.
d) o controle externo, o controle interno e o controle social.
e) o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário.

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Nas auditorias do setor público são consideradas envolvidas ao menos três partes distintas,
quais sejam: o auditor, uma parte responsável e os usuários previstos.
Letra a.

Objeto, Critérios e Informação sobre o Objeto

O objeto refere-se à informação, condição ou atividade que é mensurada ou avaliada de


acordo com certos critérios. Pode assumir várias formas e ter diferentes características, de-
pendendo do objetivo da auditoria. Um objeto de auditoria apropriado é identificável e pas-
sível de avaliação ou mensuração consistente baseada em critérios, de modo que possa ser
submetido a procedimentos para obtenção de evidência de auditoria suficiente e apropriada
para fundamentar a opinião ou conclusão de auditoria.
Os critérios são as referências usadas para avaliar o objeto. Cada auditoria deve ter cri-
térios adequados às circunstâncias daquela auditoria. Na determinação da adequação dos
critérios, o auditor deve considerar sua relevância e compreensibilidade para os usuários pre-
vistos, assim como sua integridade, confiabilidade e objetividade (neutralidade, aceitabilidade
geral e comparabilidade com os critérios utilizados em auditorias similares).
Os critérios utilizados podem depender de uma série de fatores, incluindo os objetivos e
o tipo de auditoria. Critérios podem ser específicos ou mais gerais, e podem ser extraídos de
várias fontes, incluindo leis, regulamentos, padrões, princípios sólidos e boas práticas. Os cri-
térios devem estar disponíveis para os usuários previstos para lhes permitir entender como o
objeto foi avaliado ou mensurado.
A informação sobre o objeto refere-se ao resultado da avaliação ou mensuração do ob-
jeto de acordo com os critérios. Pode assumir várias formas e ter diferentes características,
dependendo do objetivo e do escopo da auditoria.
Por exemplo, em auditoria financeira, o objeto refere-se a posição patrimonial e financeira,
o desempenho, o fluxo de caixa ou outros elementos que são reconhecidos, mensurados e
apresentados em demonstrações financeiras preparadas pela administração. A informação
do objeto são as demonstrações financeiras.

Tipos de Trabalho

Os trabalhos de auditoria no setor público podem ser classificados em dois tipos diferen-
tes: trabalhos de certificação e trabalhos de relatório direto.
Nos trabalhos de certificação a parte responsável mensura o objeto de acordo com os crité-
rios e apresenta a informação do objeto, sobre a qual o auditor então obtém evidência de audito-
ria suficiente e apropriada para proporcionar uma base razoável para expressar uma conclusão.

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Nos trabalhos de relatório direto é o auditor quem mensura ou avalia o objeto de acordo
com os critérios. O auditor seleciona o objeto e os critérios, levando em consideração risco e
materialidade. O resultado da mensuração do objeto de acordo com os critérios é apresen-
tado no relatório de auditoria na forma de achados, conclusões, recomendações ou de uma
opinião. A auditoria do objeto pode também proporcionar novas informações, análises ou
novas perspectivas.
As auditorias financeiras são sempre trabalhos de certificação, uma vez que são basea-
das em informações financeiras apresentadas pela parte responsável. As auditorias opera-
cionais são, normalmente, trabalhos de relatório direto. As auditorias de conformidade podem
ser trabalhos de certificação, de relatório direto ou ambos ao mesmo tempo.
A questão abaixo tratou do assunto.

016. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) As auditorias financeiras são sempre trabalhos de certifi-


cação, uma vez que o auditor deve considerar o risco e a materialidade ao selecionar o objeto
e os critérios a serem adotados no exame a ser realizado.

De acordo com a ISSAI 100, os trabalhos de auditoria no setor público podem ser classifi-
cados em dois tipos diferentes: trabalhos de certificação e trabalhos de relatório direto. As
auditorias financeiras são sempre trabalhos de certificação, uma vez que são baseadas em
informações financeiras apresentadas pela parte responsável. As auditorias operacionais
são, normalmente, trabalhos de relatório direto. As auditorias de conformidade podem ser
trabalhos de certificação, de relatório direto ou ambos ao mesmo tempo. Nos trabalhos de
certificação, a parte responsável mensura o objeto de acordo com os critérios e apresenta a
informação do objeto, sobre a qual o auditor então obtém evidência de auditoria suficiente e
apropriada para proporcionar uma base razoável para expressar uma conclusão.
Logo, existe erro na assertiva quando afirma que, na auditoria financeira, o auditor seleciona
o objeto e os critérios a serem adotados no exame a ser realizado.
Errado.

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Figura 3: Trabalhos de Certificação x Trabalhos de Relatório Direto

Como visto antes, constituem o objeto ou a informação sobre o objeto nos três tipos de
auditoria cobertos pelos ISSAI os seguintes:
Auditoria financeira: o objeto de uma auditoria financeira é a posição financeira, o desem-
penho, o fluxo de caixa ou outros elementos que são reconhecidos, mensurados e apresen-
tados em demonstrações financeiras. A informação sobre o objeto são as demonstrações
financeiras.
Auditoria operacional: o objeto de uma auditoria operacional é definido pelos objetivos e
questões de auditoria. Os objetos podem ser programas específicos, entidades, fundos ou cer-
tas atividades (com seus produtos, resultados e impactos), situações encontradas (incluindo
causas e efeitos), assim como informações financeiras ou não financeiras sobre qualquer um
desses elementos. O auditor mensura ou avalia o objeto para avaliar a extensão na qual os
critérios estabelecidos foram ou não atendidos.
Auditoria de conformidade: o objeto de uma auditoria de conformidade é definido pelo
escopo da auditoria. Podem ser atividades, transações financeiras ou informações.
Em trabalhos de certificação sobre conformidade, o auditor foca na informação sobre o
objeto, que pode ser uma declaração de conformidade com uma estrutura de relatório esta-
belecida e padronizada.

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Conceito, Evolução. Distinção entre Auditorias
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Resumindo os Elementos das Auditorias do Setor Público

• auditor – pessoa que tem a responsabilidade pela auditoria ou as pessoas a quem é


delegada a tarefa de conduzir auditorias (ISSAI 100, 25);
• parte responsável – aquela que tem a incumbência de gestão do objeto, de elaboração
da informação sobre o objeto ou de atender recomendações e cumprir determinações
acerca do objeto, e podem ser pessoas ou organizações (ISSAI 100, 25);
• usuários previstos – pessoas, organizações ou grupos destas para quem o auditor ela-
bora o relatório de auditoria. Podem ser órgãos legislativos, de controle, responsáveis
pela governança ou o público em geral (ISSAI 100, 25);
• objeto – refere-se à informação, condição ou atividade que é mensurada ou avaliada de
acordo com certos critérios (ISSAI 100, 26). É o item que é mensurado ou avaliado de
acordo com os critérios aplicáveis;
• critérios – referências usadas para avaliar ou mensurar o objeto. Dependem dos obje-
tivos e do tipo de auditoria e podem ser extraídos de várias fontes, incluindo leis, regu-
lamentos, padrões, princípios sólidos e boas práticas (ISSAI 100, 27);
• informação do objeto – resultado da avaliação ou mensuração do objeto de acordo
com os critérios aplicáveis (ISSAI 100, 28). Em trabalhos de certificação, a informação
do objeto é elaborada e apresentada pela parte responsável (p. ex., demonstrações
financeiras, prestações de contas); em trabalhos de relatório direto, a informação do
objeto é preparada e apresentada pelo próprio auditor no seu relatório (p. ex., auditorias
operacionais).

Confiança e Asseguração na Auditoria do Setor Público

Os usuários previstos desejam ter segurança sobre a confiabilidade e relevância da in-


formação que eles utilizam como base para a tomada de decisões. Portanto, as auditorias
devem fornecer informação baseada em evidência suficiente e apropriada, e os auditores
devem executar procedimentos para reduzir ou administrar o risco de chegar a conclusões
inadequadas.
O nível de asseguração que pode ser fornecido aos usuários previstos deve ser comunica-
do de forma transparente. Contudo, devido a limitações que lhes são inerentes, as auditorias
nunca poderão oferecer uma asseguração absoluta.

Formas de Fornecer Asseguração

Dependendo da auditoria e das necessidades dos usuários previstos, a asseguração pode


ser comunicada de duas maneiras:

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• Por meio de opiniões e conclusões que transmitem explicitamente o nível de asse-


guração. Isso se aplica a todos os trabalhos de certificação e a certos trabalhos de
relatório direto.
• De outras formas. Em alguns trabalhos de relatório direto, o auditor não dá uma de-
claração explícita de asseguração sobre o objeto. Em tais casos, o auditor fornece aos
usuários o grau de confiança necessário descrevendo explicitamente como achados,
critérios e conclusões foram desenvolvidos, de uma maneira equilibrada e razoável, e
porque as combinações de achados e critérios resultaram em uma determinada con-
clusão geral ou recomendação.

Níveis de Asseguração

A asseguração pode ser razoável ou limitada.


A asseguração razoável é alta, mas não absoluta. A conclusão da auditoria é expressa de
forma positiva, transmitindo que, na opinião do auditor, o objeto está ou não em conformida-
de em todos os aspectos relevantes, ou, quando for o caso, que a informação sobre o objeto
fornece uma visão verdadeira e justa, de acordo com os critérios aplicáveis.
Ao fornecer uma asseguração limitada, a conclusão da auditoria afirma que, com base
nos procedimentos executados, nada veio ao conhecimento do auditor para fazê-lo acreditar
que o objeto não está em conformidade com os critérios aplicáveis.

Os procedimentos executados em uma auditoria de asseguração limitada são limitados


em comparação com os que são necessários para obter asseguração razoável, mas é espe-
rado que o nível de asseguração, baseado no julgamento profissional do auditor, seja signifi-

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cativo para os usuários previstos. Um relatório de asseguração limitada transmite a natureza


limitada da asseguração fornecida.
O mapa mental a seguir resume os principais aspectos das auditorias do setor público,
com base nos princípios gerais da ISSAI 100:

Princípios de Auditoria Pública


Os princípios detalhados a seguir são fundamentais para a condução de uma auditoria.
A auditoria é um processo cumulativo e iterativo. No entanto, para fins de apresentação, os
princípios fundamentais são agrupados por princípios relacionados aos requisitos organi-
zacionais das EFS, princípios gerais que o auditor deve considerar antes do início e em mais
de um momento durante a auditoria e princípios relacionados com as etapas específicas do
processo de auditoria.

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A seguir, veremos os princípios gerais e, na sequência, os princípios relacionados ao pro-


cesso de auditoria.

Princípios Gerais

Ética e independência:
Os auditores devem cumprir exigências éticas relevantes e ser independentes.
Princípios éticos devem estar incorporados ao comportamento profissional do auditor.
As EFS devem ter políticas abordando exigências éticas e enfatizando a necessidade de seu

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cumprimento pelos auditores. Os auditores devem manter-se independentes, de modo que


seus relatórios sejam imparciais e sejam visto como tal pelos usuários previstos.
Os auditores podem encontrar orientação sobre independência profissional na “ISSAI 10
– Declaração do México sobre a Independência das EFS”. Orientações sobre os princípios
éticos fundamentais de integridade, objetividade, competência pessoal, devido zelo, confi-
dencialidade e comportamento profissional são definidos na “ISSAI 30 – Código de Ética”.

Julgamento, devido zelo e ceticismo profissionais:


Os auditores devem manter comportamento profissional apropriado, aplicando ceticismo
profissional e julgamento profissional e exercendo devido zelo ao longo de toda a auditoria.
A atitude do auditor deve ser caracterizada pelo ceticismo profissional e pelo julgamento
profissional, que devem ser aplicados quando tomam decisões sobre o curso de ação apro-
priado. Os auditores devem exercer devido zelo para assegurar que seu comportamento pro-
fissional é apropriado.
Ceticismo profissional significa manter distanciamento profissional e uma atitude alerta
e questionadora quando avalia a suficiência e adequação da evidência obtida ao longo da
auditoria. Também significa manter a mente aberta e receptiva a todos os pontos de vista e
argumentos.
A questão abaixo tratou do ceticismo profissional.

017. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) De acordo com as ISSAI, ceticismo profissional é uma


atitude de descrença e contestação que deve ser mantida, durante toda a auditoria, na avalia-
ção da suficiência e da idoneidade da evidência obtida.

Ceticismo profissional não é uma atitude de descrença e contestação. Significa manter dis-
tanciamento profissional e uma atitude alerta e questionadora quando avalia a suficiência
e adequação da evidência obtida ao longo da auditoria. Também significa manter a mente
aberta e receptiva a todos os pontos de vista e argumentos.
Errado.

Julgamento profissional significa a aplicação coletiva de conhecimentos, habilidades e a


experiência dos membros da equipe ao processo de auditoria. Devido zelo significa que o au-
ditor deve planejar e executar auditorias de uma maneira diligente. Os auditores devem evitar
qualquer conduta que possa desacreditar seu trabalho.
A questão a seguir abordou o julgamento profissional.

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018. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) O auditor deve aplicar o conceito de julgamento profissio-


nal em todas as fases do processo da auditoria.

Os auditores devem manter comportamento profissional apropriado, aplicando ceticismo


profissional e julgamento profissional e exercendo o devido zelo ao longo de toda a auditoria.
Certo.

Controle de qualidade:
Os auditores devem realizar a auditoria em conformidade com normas profissionais de
controle de qualidade.
As políticas e os procedimentos de controle de qualidade de uma EFS devem estar em
conformidade com normas profissionais, a fim de assegurar que as auditorias sejam realiza-
das com um nível de qualidade consistentemente elevado. Os procedimentos de controle de
qualidade devem abranger questões tais como a direção, revisão e supervisão do processo
de auditoria e a necessidade de consulta a fim de alcançar decisões em assuntos difíceis ou
controversos.

Gestão de equipes de auditoria e habilidades:


Os auditores devem possuir ou ter acesso às habilidades necessárias.
Os membros da equipe de auditoria devem possuir, coletivamente, o conhecimento, as
habilidades e a competência necessários para concluir com êxito a auditoria. Isso inclui com-
preensão e experiência prática acerca do tipo de auditoria que está sendo realizada, familia-
ridade com as normas e a legislação aplicáveis, entendimento das operações da entidade e
habilidade e experiência para exercer julgamento profissional.
Comum a todas as auditorias é a necessidade de recrutar pessoas com qualificações
adequadas, oferecer desenvolvimento e treinamento do pessoal, elaborar manuais e outras
orientações e instruções escritas, relacionados à condução de auditorias, e atribuir recursos
suficientes para a auditoria. Os auditores devem manter sua competência profissional por
meio de desenvolvimento profissional contínuo.
Quando for relevante ou necessário e alinhado com o mandato da EFS e com a legisla-
ção aplicável, o auditor pode usar o trabalho de auditores internos, de outros auditores ou de
especialistas. Os procedimentos do auditor devem fornecer uma base suficiente para usar o
trabalho de outros e, em todos os casos, ele deve obter evidência da competência e indepen-
dência dos outros auditores ou especialistas e da qualidade do trabalho que realizaram.
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De qualquer maneira, a EFS é a única responsável por qualquer opinião ou relatório de


auditoria que possa ser produzido sobre o objeto; essa responsabilidade não é reduzida pelo
uso do trabalho realizado por outras partes.
Os objetivos da auditoria interna são diferentes daqueles da auditoria externa. No entanto,
tanto a auditoria interna quanto a externa promovem boa governança ao contribuírem para a
transparência e accountability pelo uso de recursos públicos, assim como para a economia,
eficiência e efetividade na administração pública. Isso oferece oportunidades para a coorde-
nação e a cooperação e a possibilidade de eliminar a duplicação de esforços.
Algumas EFS utilizam o trabalho de outros auditores em nível estadual, provincial, regio-
nal, distrital ou local, ou de firmas de auditoria que tenham concluído trabalhos de auditoria
relacionados ao objetivo da auditoria. Devem ser tomadas medidas para assegurar que qual-
quer um desses trabalhos tenha sido realizado em conformidade com as normas de auditoria
do setor público.
As auditorias podem exigir técnicas especializadas, métodos ou habilidades de discipli-
nas que não estão disponíveis dentro da EFS. Em tais casos, especialistas podem ser usados
para fornecer conhecimento, para realizar tarefas específicas ou para outros propósitos.

Risco de auditoria:
Os auditores devem gerenciar os riscos de fornecer um relatório que seja inadequado nas
circunstâncias da auditoria.
O risco de auditoria é o risco de que o relatório de auditoria possa ser inadequado. O au-
ditor executa procedimentos para reduzir ou administrar o risco de chegar conclusões inade-
quadas, reconhecendo que as limitações inerentes a todas as auditorias significam que uma
auditoria nunca pode fornecer absoluta certeza da condição objeto.
Quando o objetivo é fornecer asseguração razoável, o auditor deve reduzir o risco de audi-
toria a um nível aceitavelmente baixo, dadas as circunstâncias da auditoria. A auditoria pode
também visar fornecer asseguração limitada, caso em que o risco aceitável de não confor-
midade com critérios é maior do que em uma auditoria de asseguração razoável. A auditoria
de asseguração limitada fornece um nível de asseguração que, no julgamento profissional do
auditor, será significativo para os usuários previstos.

 Obs.: Trabalho de Asseguração Razoável – o risco é reduzido a um nível aceitavelmente baixo.


 Trabalho de Asseguração Limitada - o risco é reduzido a um nível aceitável.

Materialidade:
Os auditores devem considerar a materialidade durante todo o processo de auditoria.

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A materialidade é relevante em todas as auditorias. Uma questão pode ser julgada material
se o seu conhecimento é suscetível de influenciar as decisões dos usuários previstos.
Determinar a materialidade é uma questão de julgamento profissional e depende da in-
terpretação do auditor acerca das necessidades dos usuários. Esse julgamento pode se rela-
cionar a um item individual ou a um grupo de itens, tomados em conjunto. A materialidade é
muitas vezes considerada em termos de valor, mas também tem aspectos quantitativos, bem
como qualitativos. As características inerentes a um item ou grupo de itens podem tornar
uma questão material por sua própria natureza. Uma questão pode, também, ser material por
causa do contexto em que ela ocorre.
As considerações sobre materialidade afetam as decisões relativas à natureza, época e
extensão dos procedimentos de auditoria, e a avaliação dos resultados da auditoria. Essas
considerações podem incluir preocupações das partes interessadas, interesse público, exi-
gências regulatórias e consequências para a sociedade.

Documentação:
Os auditores devem preparar documentação de auditoria que seja suficientemente deta-
lhada para fornecer uma compreensão clara do trabalho realizado, da evidência obtida e das
conclusões alcançadas.
A documentação de auditoria deve incluir uma estratégia de auditoria e um plano de audi-
toria. Deve registrar os procedimentos executados e a evidência obtida e apoiar a comunica-
ção dos resultados da auditoria.
A documentação deve ser suficientemente detalhada para permitir a um auditor experien-
te, sem nenhum conhecimento prévio da auditoria, entender a natureza, a época, o escopo e
os resultados dos procedimentos executados, a evidência obtida para apoiar as conclusões e
recomendações da auditoria, o raciocínio por trás de todas as questões relevantes que exigi-
ram o exercício do julgamento profissional e as respectivas conclusões.

Comunicação:
Os auditores devem estabelecer uma comunicação eficaz durante todo o processo de
auditoria.
É essencial que a entidade auditada seja mantida informada de todas as questões rela-
cionadas com a auditoria. Esta é a chave para o desenvolvimento de uma relação de trabalho
construtiva.
A comunicação deve incluir a obtenção de informação relevante para a auditoria e a dis-
ponibilização oportuna de observações e achados de auditoria à administração e aos respon-
sáveis pela governança durante o trabalho.
O auditor também pode ter a responsabilidade de comunicar fatos relacionados à audito-
ria a outras partes interessadas, tais como órgãos legislativos e de controle.

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Princípios Relacionados ao Processo de Auditoria


Planejando uma Auditoria

Os auditores devem assegurar que os termos da auditoria sejam claramente estabelecidos.


As auditorias podem ser exigidas pela legislação, solicitadas por um órgão legislativo ou
de controle, iniciadas pela EFS ou realizadas por simples acordo com a entidade auditada.
Em todos os casos, o auditor, a administração da entidade auditada, os responsáveis pela
governança e outros, conforme aplicável, devem chegar a um entendimento comum e formal
acerca dos termos da auditoria e dos seus respectivos papéis e responsabilidades.
Informações importantes podem incluir o objeto, o escopo e os objetivos da auditoria, o
acesso aos dados, o relatório que resultará da auditoria, o processo da auditoria, as pessoas
de contato e os papéis e responsabilidades das diferentes partes envolvidas no trabalho.
Os auditores devem obter um entendimento da natureza da entidade ou do programa a
ser auditado.
Isso inclui entender os objetivos relevantes, as operações, o ambiente regulatório, os con-
troles internos, o sistema financeiro e outros sistemas e processos de negócio, pesquisando
as potenciais fontes de evidência de auditoria.
O conhecimento pode ser obtido a partir de interação regular com a administração, os
responsáveis pela governança e outras partes interessadas. Isso pode significar consultar
especialistas e examinar documentos (incluindo estudos anteriores e outras fontes), a fim de
obter um amplo entendimento do objeto a ser auditado e seu contexto.
Os auditores devem realizar uma avaliação de risco ou análise de problema, e revisá-la, se
necessário, em resposta aos achados de auditoria.

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A natureza dos riscos identificados variará de acordo com o objetivo da auditoria.


O auditor deve considerar e avaliar o risco de diferentes tipos de deficiências, desvios ou
distorções que possam ocorrer em relação ao objeto. Tanto os riscos gerais como os especí-
ficos devem ser considerados. Isso pode ser alcançado mediante procedimentos que servem
para obter um entendimento da entidade ou do programa e seu ambiente, incluindo os con-
troles internos relevantes.
O auditor deve avaliar as respostas da administração aos riscos identificados, incluindo o
desenho e a implementação de controles internos para tratá-los.
Em uma análise de problemas, o auditor deve considerar as indicações atuais de proble-
mas ou desvios do que deveria ser ou é esperado. Esse processo envolve examinar vários
indicadores de problemas a fim de definir os objetivos da auditoria. A identificação de riscos
e seus impactos na auditoria deve ser considerada ao longo de todo o processo de auditoria.
Os auditores devem identificar e avaliar os riscos de fraude relevantes para os objetivos
da auditoria.
Os auditores devem fazer indagações e executar procedimentos para identificar e res-
ponder aos riscos de fraude que sejam relevantes para os objetivos da auditoria. Eles devem
manter uma atitude de ceticismo profissional e estar alertas para a possibilidade de fraude,
durante todo o processo de auditoria.
Os auditores devem planejar seu trabalho para assegurar que a auditoria seja conduzida
de uma maneira eficiente e eficaz.
O planejamento de uma auditoria específica envolve aspectos estratégicos e operacionais.
Estrategicamente, o planejamento deve definir o escopo, os objetivos e a abordagem da
auditoria. Os objetivos referem-se àquilo que a auditoria pretende alcançar. O escopo refere-
-se ao objeto e aos critérios que os auditores utilizarão para avaliar e relatar acerca do objeto,
e está diretamente relacionado com os objetivos. A abordagem descreverá a natureza e ex-
tensão dos procedimentos a serem aplicados para reunir evidências de auditoria. A auditoria
deve ser planejada para reduzir os riscos de auditoria a um nível aceitavelmente baixo.
Operacionalmente, o planejamento implica estabelecer um cronograma para a auditoria
e a definir a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria. Durante o plane-
jamento, os auditores devem designar os membros de suas equipes de modo apropriado e
identificar outros recursos que possam ser necessários, tais como especialistas na matéria.
O planejamento de auditoria deve ser responsivo a mudanças significativas nas circuns-
tâncias e condições. É um processo iterativo que ocorre ao longo de toda a auditoria.

Executando uma auditoria

Os auditores devem executar procedimentos de auditoria que forneçam evidência de au-


ditoria suficiente e apropriada para respaldar o relatório de auditoria.

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As decisões do auditor sobre a natureza, época e extensão dos procedimentos de audito-


ria irão impactar na evidência de auditoria a ser obtida. A escolha dos procedimentos depen-
derá da avaliação de risco ou análise de problema.
Evidência de auditoria é qualquer informação utilizada pelo auditor para comprovar que o
objeto está ou não em conformidade com os critérios aplicáveis.
A evidência pode tomar várias formas, tais como registros de transações em papel ou
meio eletrônico, comunicações externas escritas ou em meio eletrônico, observações feitas
pelo auditor e testemunho oral ou escrito de agentes da entidade auditada.
Os métodos de obtenção de evidência de auditoria podem incluir inspeção, observação,
indagação, confirmação, recálculo, reexecução, procedimentos analíticos e/ou outras técni-
cas de pesquisa. A evidência deve ser tanto suficiente (quantidade) para persuadir uma pes-
soa bem-informada de que os achados são razoáveis, quanto apropriada (qualidade) – isto é,
relevante, válida e confiável.
A avaliação de evidência pelo auditor deve ser objetiva, justa e equilibrada. Os achados
preliminares devem ser comunicados e discutidos com a entidade auditada para confirmar
sua validade.
Os auditores devem avaliar a evidência de auditoria e tirar conclusões.
Após completar os procedimentos de auditoria, o auditor revisará a documentação de
auditoria para determinar se objeto foi suficiente e adequadamente auditado. Antes de tirar
conclusões, o auditor reconsidera a avaliação inicial de risco e a materialidade, à luz das evi-
dências coletadas, inicialmente e determina se precisam ser realizados procedimentos adi-
cionais de auditoria.
O auditor deve avaliar as evidências de auditoria com vistas à identificar achados de au-
ditoria. Na avaliação das evidências de auditoria e da relevância dos achados, o auditor deve
levar em consideração tanto aspectos quantitativos como qualitativos.
Com base nos achados, o auditor deve exercer seu julgamento profissional para chegar a
uma conclusão acerca do objeto de auditoria ou da informação sobre o objeto.

Relatando e Monitorando

Os auditores devem elaborar um relatório baseado nas conclusões alcançadas.


O processo de auditoria envolve a elaboração de um relatório para comunicar os resul-
tados da auditoria às partes interessadas, aos responsáveis pela governança e ao público
em geral. O propósito também é facilitar o monitoramento de ações corretivas. Em função
jurisdicional, isso pode incluir a emissão de relatórios juridicamente vinculantes ou decisões
judiciais.
Os relatórios devem ser de fácil compreensão, livres de imprecisões ou ambiguidades e
completos. Devem ser objetivos e justos, incluindo somente informações respaldadas por

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evidência de auditoria suficiente e apropriada. Devem, ainda, assegurar que os achados sejam
colocados em perspectiva e dentro do contexto.
A forma e o conteúdo de um relatório dependerão da natureza da auditoria, dos usuários
previstos, das normas aplicáveis e dos requisitos legais. O mandato da EFS e outras leis ou
regulamentos aplicáveis podem especificar o formato e a redação dos relatórios, que podem
ser de forma longa ou forma curta.

Relatórios de forma longa Relatórios de forma curta

Geralmente descrevem em detalhes o


escopo, os achados e as conclusões da
São mais condensados e geralmente
auditoria, incluindo os efeitos potenciais
elaborados em formato mais padronizado.
e as recomendações construtivas para
possibilitar a adoção de medidas corretivas.

Relatório de Auditoria em Trabalhos de Certificação e de Relatório Direto

Nos trabalhos de certificação, o relatório de auditoria pode expressar uma opinião quanto
a estar a informação sobre o objeto, em todos os aspectos relevantes, livre de distorções ou
se o objeto está em conformidade, em todos os aspectos relevantes, com os critérios esta-
belecidos. Em um trabalho de certificação, o relatório é, geralmente, chamado de Relatório
do Auditor.
Nos trabalhos de relatório direto, o relatório precisa declarar os objetivos da auditoria e
descrever como eles foram abordados na auditoria. Isso inclui os achados e as conclusões
sobre o objeto e pode também incluir recomendações. Informações adicionais sobre critérios,
metodologia e fontes de dados podem também ser incluídas, e quaisquer limitações ao esco-
po da auditoria devem ser descritas.
O relatório de auditoria deve explicar como a evidência obtida foi utilizada e justificar as
conclusões que foram alcançadas. Isso permitirá que o relatório de auditoria proporcione aos
usuários previstos o grau de confiança necessário.
Veja uma interessante questão acerca dos relatórios de auditoria.

019. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) Um relatório de auditoria em que o auditor pode expres-


sar uma opinião se o objeto está em conformidade, em todos os aspectos relevantes, com os
critérios estabelecidos é emitido em trabalhos de:
a) asseguração limitada;
b) certificação;

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c) monitoramento;
d) relatório direto;
e) revisão analítica.

Um relatório de auditoria em que o auditor pode expressar uma opinião se o objeto está em
conformidade, em todos os aspectos relevantes, com os critérios estabelecidos é emitido em
trabalhos de certificação.
Letra b.

Opinião

Quando uma opinião de auditoria é utilizada para transmitir o nível de asseguração, a opi-
nião deve ser em um formato padronizado. A opinião pode ser não modificada ou modificada.
Uma opinião não modificada é usada tanto para asseguração razoável como para assegura-
ção limitada. Uma opinião modificada pode ser:
• qualificada (exceto por) – quando o auditor discorda com, ou é incapaz de obter evi-
dência de auditoria suficiente a apropriada acerca de, certos itens do objeto que são ou
podem ser relevantes mas não generalizados;
• adversa – quando o auditor, após ter obtido evidência de auditoria suficiente e apro-
priada, conclui que desvios ou distorções, quer individualmente ou no agregado, são
relevantes e generalizados;
• abstenção – quando o auditor é incapaz de obter evidência de auditoria suficiente e
apropriada, devido a uma incerteza ou limitação de escopo que é tanto relevante quan-
to generalizada.

Quando a opinião é modificada, as razões devem ser colocadas em perspectiva, explican-


do claramente, com referência aos critérios aplicáveis, a natureza e extensão da modificação.
Dependendo do tipo de auditoria, recomendações para ações corretivas e eventuais contri-
buições para deficiências do controle interno podem também ser incluídas no relatório.
Os tipos de opinião em auditoria do setor público também foram objeto de questão re-
cente da FGV.

020. (FGV/TCE-PI/AUDITOR/2021) Em geral, os relatórios de auditoria apresentam a opinião


do auditor. Quando o relatório é utilizado para transmitir o nível de asseguração, a opinião
deve ser apresentada em um formato padronizado. Assim, quando o auditor for incapaz de
obter evidência de auditoria suficiente e apropriada acerca de certos itens do objeto auditado,
que podem ser relevantes, mas não generalizados, ele deve emitir uma opinião:

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a) modificada adversa;
b) modificada com abstenção;
c) modificada qualificada (exceto por);
d) não modificada;
e) não modificada qualificada.

Conforme a ISSAI 100, quando o auditor for incapaz de obter evidência de auditoria suficiente
e apropriada acerca de certos itens do objeto auditado, que podem ser relevantes, mas não
generalizados, ele deve emitir uma opinião modificada qualificada (exceto por).
Letra c.

Monitoramento

As EFS têm um papel no monitoramento das ações tomadas pela parte responsável em
resposta às questões levantadas em um relatório de auditoria. O foco do monitoramento está
em verificar se a entidade auditada deu tratamento adequado às questões levantadas, in-
cluindo quaisquer implicações mais amplas. Ações insuficientes ou insatisfatórias por parte
da entidade auditada podem exigir um relatório adicional por parte da EFS.
Concluímos a parte teórica desta primeira aula do nosso curso.
Veja a seguir um resumo da aula e uma relação de questões que selecionei e preparei para
você. Resolva e compare com o gabarito ao final.

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Conceito, Evolução. Distinção entre Auditorias
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RESUMO
Surgimento e Evolução da Auditoria

Nesta aula, aprendemos que o surgimento da auditoria governamental, embora que em-
piricamente, está associada à prática que a administração pública exercia no controle da
arrecadação de tributos. Vimos que o primeiro tipo de auditoria no setor público foi a audi-
toria contábil, evoluindo para a auditoria de regularidade (contábil + legalidade dos atos de
gestão). A partir da evolução da auditoria financeira tradicional, em função da necessidade
de informações sobre a eficácia e a eficiência das organizações, originou-se o conceito de
performance audit, denominada no Brasil de auditoria operacional.

Conceito de Auditoria

Você aprendeu ainda que a auditoria governamental pode ser conceituada de forma am-
pla como o exame independente e objetivo de uma situação ou condição, em confronto com
um critério ou padrão preestabelecido, para que se possa opinar ou comentar a respeito para
um destinatário predeterminado.

Auditoria Interna Versus Auditoria Externa

AUDITORIA AUDITORIA
ELEMENTOS
INTERNA EXTERNA

Auditor interno (funcionário


Sujeito Profissional independente
da empresa)

Grau de independência Menos amplo Mais amplo

Objeto Controles internos Demonstrações contábeis

Promover melhorias na Opinar sobre


Finalidade
gestão demonstrações

Realiza a auditoria Realiza somente a


contábil e a operacional e auditoria contábil e
Responsabilidade
possui responsabilidade possui responsabilidade
essencialmente trabalhista profissional, civil e criminal

Papel em relação aos Apontar deficiências nos


Melhorar a sua eficácia
controles internos controles contábeis

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AUDITORIA AUDITORIA
ELEMENTOS
INTERNA EXTERNA

Auxiliar na prevenção e Detectar fraudes de


Papel em relação a fraudes comunicar a ocorrência à efeito relevante sobre as
administração por escrito demonstrações

A empresa e o público
Interessados no trabalho A administração em geral

Extensão dos trabalhos Maior Menor

Recomendações de Parecer sobre as


Relatório principal controle interno e eficiência demonstrações contábeis
administrativa

Auditoria Governamental Segundo a INTOSAI

• Segundo a INTOSAI, a função essencial da Entidade Fiscalizadora Superior – EFS é as-


segurar e promover a accountability no setor público, incluindo-se o apoio e o estímulo
às boas práticas de gestão.
• O controle das finanças públicas não é um fim em si mesmo, pois representa um ele-
mento indispensável de um sistema regulador, que tem por finalidade assinalar, opor-
tunamente, os desvios relativos à norma e o desrespeito aos princípios da legalidade,
da eficiência, da eficácia e da economia da gestão das finanças públicas, de modo que
se possa, em cada caso, tomar medidas corretivas, apontar a responsabilidade, obter a
reparação ou tomar medidas para impedir a repetição de infrações (Declaração de Lima
da INTOSAI).
• Em geral, as auditorias do setor público podem ser classificadas em um ou mais de três
tipos principais: auditorias de demonstrações financeiras, auditorias de conformidade
e auditorias operacionais.

ISSAI 100 – Princípios Gerais Aplicáveis às Auditorias Públicas

Auditoria do Setor Público

• Todas as auditorias do setor público são trabalhos de asseguração, cujo relatório des-
tina-se a aumentar a confiança dos usuários sobre o resultado da mensuração ou ava-
liação de um objeto em relação a critérios. Tal relatório pode ser de forma longa ou
curta, mas deve expressar uma conclusão geral ou opinião do auditor acerca da men-
suração ou avaliação do objeto, bem como transmitir claramente o nível de assegura-
ção fornecido.
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Elementos Básicos das Auditorias do Setor Público

• o auditor, a parte responsável, os usuários previstos (as três partes da auditoria);


• os critérios para avaliar o objeto; e
• a informação resultante da avaliação do objeto.

As Três Partes da Auditoria

Os Três Tipos Principais de Auditoria do Setor Público

• Auditoria financeira - foca em determinar se a informação financeira de uma entidade


é apresentada em conformidade com a estrutura de relatório financeiro e o marco re-
gulatório aplicável.
• Auditoria operacional - foca em determinar se intervenções, programas e instituições
estão operando em conformidade com os princípios de economicidade, eficiência e
efetividade, bem como se há espaço para aperfeiçoamento.
• Auditoria de conformidade - foca em determinar se um particular objeto está em con-
formidade com normas identificadas como critérios. A auditoria de conformidade é re-
alizada para avaliar se atividades, transações financeiras e informações cumprem, em
todos os aspectos relevantes, as normas que regem a entidade auditada.

Tipos de Trabalhos de Asseguração

• Nos trabalhos de certificação a parte responsável mensura o objeto de acordo com os


critérios e apresenta a informação do objeto, sobre a qual o auditor então obtém evi-
dência de auditoria suficiente e apropriada para proporcionar uma base razoável para
expressar uma conclusão.

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• Nos trabalhos de relatório direto é o auditor quem mensura ou avalia o objeto de acordo
com os critérios. O auditor seleciona o objeto e os critérios, levando em consideração
risco e materialidade. O resultado da mensuração do objeto de acordo com os critérios
é apresentado no relatório de auditoria na forma de achados, conclusões, recomenda-
ções ou de uma opinião. A auditoria do objeto pode também proporcionar novas infor-
mações, análises ou novas perspectivas.

Níveis de Asseguração

• Asseguração razoável é alta, mas não absoluta. A conclusão da auditoria é expressa


de forma positiva, transmitindo que, na opinião do auditor, o objeto está ou não em
conformidade em todos os aspectos relevantes, ou, quando for o caso, que a informa-
ção sobre o objeto fornece uma visão verdadeira e justa, de acordo com os critérios
aplicáveis.
• Asseguração limitada, a conclusão da auditoria afirma que, com base nos procedimen-
tos executados, nada veio ao conhecimento do auditor para fazê-lo acreditar que o
objeto não está em conformidade com os critérios aplicáveis.

Trabalhos de Certificação x Trabalhos de Relatório Direto

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Princípios Gerais da Auditoria no Setor Público

• Os auditores devem cumprir exigências éticas relevantes e ser independentes.


• Os auditores devem manter comportamento profissional apropriado, aplicando ceticis-
mo profissional e julgamento profissional e exercendo devido zelo ao longo de toda a
auditoria.
• Ceticismo profissional significa manter distanciamento profissional e uma atitude aler-
ta e questionadora quando avalia a suficiência e adequação da evidência obtida ao lon-
go da auditoria. Também significa manter a mente aberta e receptiva a todos os pontos
de vista e argumentos.
• Julgamento profissional significa a aplicação coletiva de conhecimentos, habilidades e
a experiência dos membros da equipe ao processo de auditoria.
• Os auditores devem possuir ou ter acesso às habilidades necessárias. Quando for re-
levante ou necessário e alinhado com o mandato da EFS e com a legislação aplicável,
o auditor pode usar o trabalho de auditores internos, de outros auditores ou de espe-
cialistas.
• Os auditores devem gerenciar os riscos de fornecer um relatório que seja inadequado
nas circunstâncias da auditoria. O risco de auditoria é o risco de que o relatório de au-
ditoria possa ser inadequado.

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• Os auditores devem considerar a materialidade durante todo o processo de auditoria. A


materialidade é relevante em todas as auditorias. Uma questão pode ser julgada mate-
rial se o seu conhecimento é suscetível de influenciar as decisões dos usuários previs-
tos. Determinar a materialidade é uma questão de julgamento profissional e depende
da interpretação do auditor acerca das necessidades dos usuários.
• A documentação de auditoria deve incluir uma estratégia de auditoria e um plano de
auditoria. Deve registrar os procedimentos executados e a evidência obtida e apoiar a
comunicação dos resultados da auditoria. A documentação deve ser suficientemente
detalhada para permitir a um auditor experiente, sem nenhum conhecimento prévio da
auditoria, entender a natureza, a época, o escopo e os resultados dos procedimentos
executados.
• Os auditores devem estabelecer uma comunicação eficaz durante todo o processo de
auditoria. É essencial que a entidade auditada seja mantida informada de todas as
questões relacionadas com a auditoria.

Planejamento

• Os auditores devem assegurar que os termos da auditoria sejam claramente


estabelecidos.
• Os auditores devem obter um entendimento da natureza da entidade ou do programa a
ser auditado. O conhecimento pode ser obtido a partir de interação regular com a ad-
ministração, os responsáveis pela governança e outras partes interessadas. Isso pode
significar consultar especialistas e examinar documentos.
• Os auditores devem realizar uma avaliação de risco ou análise de problema, e revisá-la,
se necessário, em resposta aos achados de auditoria.
• Os auditores devem identificar e avaliar os riscos de fraude relevantes para os objeti-
vos da auditoria. Devem manter o ceticismo profissional.
• Os auditores devem planejar seu trabalho para assegurar que a auditoria seja con-
duzida de uma maneira eficiente e eficaz. O planejamento é estratégico: definição do
escopo, dos objetivos e da abordagem da auditoria; e operacional: estabelecimento de
um cronograma para a auditoria e definição da natureza, época e extensão dos proce-
dimentos de auditoria.

Execução

• Os auditores devem executar procedimentos de auditoria que forneçam evidência de


auditoria suficiente (quantidade) e apropriada (qualidade – válida, relevante e confiá-
vel) para respaldar o relatório de auditoria.
• Os auditores devem avaliar a evidência de auditoria e tirar conclusões.

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Relatório

• Os auditores devem elaborar um relatório baseado nas conclusões alcançadas.


• Os relatórios podem ser de forma longa (geralmente descrevem em detalhes o escopo,
os achados e as conclusões da auditoria, incluindo os efeitos potenciais e as recomen-
dações construtivas para possibilitar a adoção de medidas corretivas) e de forma curta
(mais condensados e geralmente elaborados em formato mais padronizado).
• Em trabalhos de certificação - relatório contém opinião padronizada; em trabalhos
de relatório direto - relatório declara os objetivos da auditoria e descreve como eles
foram abordados na auditoria, os achados e as conclusões sobre o objeto e também
as recomendações.
• A opinião pode ser não modificada ou modificada. Uma opinião modificada pode ser:
a) qualificada (exceto por) – quando o auditor discorda com, ou é incapaz de obter
evidência de auditoria suficiente a apropriada acerca de, certos itens do objeto que
são ou podem ser relevantes mas não generalizados; b) adversa – quando o auditor,
após ter obtido evidência de auditoria suficiente e apropriada, conclui que desvios ou
distorções, quer individualmente ou no agregado, são relevantes e generalizados; ou
c) abstenção – quando o auditor é incapaz de obter evidência de auditoria suficiente e
apropriada, devido a uma incerteza ou limitação de escopo que é tanto relevante quan-
to generalizada.

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) Auditoria é um processo sistemático em que o au-
ditor procura avaliar se as evidências encontradas produzem informação convergente com
os critérios preestabelecidos e se essas evidências são competentes e suficientes para lhe
permitir fundamentar sua opinião.

002. (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2015) No Brasil, a relação de accountability entre o Congresso


Nacional, o administrador público e o auditor de tribunal de contas pode ser assim contextua-
lizada: as leis propiciam condições ao administrador público para aplicar de forma eficiente e
eficaz os recursos para suprir a necessidade da população, enquanto ao auditor cabe verificar
a regularidade e a economicidade da aplicação desses recursos e reportar ao parlamento o
resultado dos exames realizados.

003. (CESPE/FUB/AUDITOR/2013) A origem da auditoria nas empresas está associada ao au-


mento de seu tamanho e à sua expansão geográfica, circunstâncias que favoreceram o surgi-
mento de administradores profissionais, que não se confundem com os próprios acionistas.

004. (CESPE/ANP/2012) Com a evolução da atividade empresarial e o crescimento da cap-


tação de recursos de terceiros, os investidores precisam conhecer a posição financeira e pa-
trimonial das entidades, o que ocorre por meio do parecer emitido pela auditoria interna das
entidades a respeito da adequação das demonstrações contábeis.

005. (CESPE/CGE-PB/AUDITOR/2008) Com relação às origens da auditoria e seus tipos, as-


sinale a opção correta.
a) O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das empresas de capta-
rem recursos de terceiros.
b) Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior necessidade de recorrer
aos auditores independentes para aferir a segurança, liquidez e rentabilidade de seus inves-
timentos na empresa.
c) A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um acompanhamento sis-
temático e mais aprofundado da situação da empresa.
d) A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do exame das transa-
ções da empresa em relação aos seus dirigentes.
e) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as demonstrações contábeis
que a empresa é obrigada a publicar.

006. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) A auditoria, que inicialmente era voltada para a preven-


ção de riscos, interpretação e orientação das operações, hoje se ocupa da tecnologia de revi-
são dos registros contábeis.

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007. (FGV/NITERÓI/AUDITOR/2018) Um Município em crise financeira, sem conseguir arcar


com os salários de seus servidores, decide realizar a compra, já prevista na Lei Orçamentária
Anual, de uma frota de carros de luxo para os secretários municipais. Com base nos focos
de fiscalização pertinentes ao controle externo, esse tipo de ato deveria ser analisado sob a
perspectiva da
a) legalidade.
b) legitimidade.
c) eficácia.
d) efetividade.
e) excelência.

008. (CESPE/TCE/RN/INSPETOR/2015) Embora as técnicas de trabalho das auditorias inter-


na e externa não apresentem diferenças fundamentais, a auditoria interna goza de maior cre-
dibilidade perante os usuários do campo externo da empresa, por conhecer melhor a situação
desta e por dispor de informações mais detalhadas. Em compensação, a auditoria externa
está mais habilitada a perceber as ineficiências de ordem administrativa e operacional.

009. (CESPE/MTE/AUDITOR FISCAL DO TRABALHO/2013) A entrega dos papéis de trabalho


elaborados pelos auditores internos por solicitação dos auditores independentes está condi-
cionada ao que for estabelecido com a administração da entidade e se insere no âmbito de um
planejamento conjunto do trabalho a ser realizado em cooperação entre as duas auditorias.

010. (CESPE/TCU/AUDITOR/2013) As atribuições dos auditores internos e externos diferem,


pois, no primeiro caso, estão fixadas no contrato de trabalho, como empregado da empresa,
e, no segundo, no contrato de prestação de serviços com o profissional ou empresa. O auditor
interno tem responsabilidade essencialmente trabalhista; o externo, responsabilidade profis-
sional, civil e criminal.

011. (CESPE/ANP/2012) O escopo dos trabalhos do auditor interno deve ser fixado pela ge-
rência, contudo o trabalho do auditor externo é predefinido no contrato.

012. (FGV/MP-AL/AUDITOR/2018) De acordo com a Constituição da República de 1988, os


Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistemas de con-
trole interno. Esse sistema deve atender às finalidades listadas a seguir, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
b) Prevenir fraudes nos sistemas contábeis dos órgãos e entidades da administração federal.

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c) Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União.
d) Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União.
e) Comprovar a legalidade dos resultados da gestão orçamentária e financeira dos órgãos da
administração federal, quanto à eficácia e à eficiência.

013. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) De acordo com os postulados básicos de auditoria


governamental, é obrigação dos órgãos de controle externo
a) alertar a autoridade administrativa para que instaure tomada de contas especial em rela-
ção a irregularidades conhecidas.
b) realizar auditorias solicitadas pelo sistema de controle interno.
c) estabelecer, juntamente com a administração, um sistema adequado de controle interno no
âmbito da entidade auditada.
d) enviar, no caso de auditoria em órgão da administração direta, relatório de auditoria ao
titular do Poder Executivo.
e) apresentar recomendações acerca de controles inadequados ou inexistentes nas entida-
des auditadas.

014. (FCC/TCE-RS/AUDITOR/2018) O ISSAI 100 define auditoria operacional como o tipo de


auditoria que foca em determinar se
a) a informação financeira de uma entidade é apresentada em conformidade com o marco
regulatório aplicável.
b) um particular objeto está em conformidade com normas identificadas como critérios.
c) intervenções, programas e instituições operam em conformidade com os princípios da
economicidade, eficiência e efetividade.
d) uma determinada operação está em conformidade com normas identificadas como critérios.
e) atividades ou transações financeiras estão em operação.

015. (FCC/TCE-RS/AUDITOR/2018) As Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público do


nível 2 − Princípios Fundamentais de Auditoria do Setor Público correspondem às normas
internacionais ISSAI 100 a ISSAI 400. Dentre os elementos de auditoria do setor público re-
conhecidos em tal documento, são consideradas envolvidas ao menos três partes distintas,
quais sejam:
a) o auditor, uma parte responsável e os usuários previstos.
b) o Tribunal de Contas, o administrador e os administrados.
c) o fato, o valor e a norma.
d) o controle externo, o controle interno e o controle social.
e) o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário.

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016. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) As auditorias financeiras são sempre trabalhos de certifi-


cação, uma vez que o auditor deve considerar o risco e a materialidade ao selecionar o objeto
e os critérios a serem adotados no exame a ser realizado.

017. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) De acordo com as ISSAI, ceticismo profissional é uma


atitude de descrença e contestação que deve ser mantida, durante toda a auditoria, na avalia-
ção da suficiência e da idoneidade da evidência obtida.

018. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) O auditor deve aplicar o conceito de julgamento profissio-


nal em todas as fases do processo da auditoria.

019. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) Um relatório de auditoria em que o auditor pode expres-


sar uma opinião se o objeto está em conformidade, em todos os aspectos relevantes, com os
critérios estabelecidos é emitido em trabalhos de:
a) asseguração limitada;
b) certificação;
c) monitoramento;
d) relatório direto;
e) revisão analítica.

020. (FGV/TCE-PI/AUDITOR/2021) Em geral, os relatórios de auditoria apresentam a opinião


do auditor. Quando o relatório é utilizado para transmitir o nível de asseguração, a opinião
deve ser apresentada em um formato padronizado. Assim, quando o auditor for incapaz de
obter evidência de auditoria suficiente e apropriada acerca de certos itens do objeto auditado,
que podem ser relevantes, mas não generalizados, ele deve emitir uma opinião:
a) modificada adversa;
b) modificada com abstenção;
c) modificada qualificada (exceto por);
d) não modificada;
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EXERCÍCIOS
021. (CESPE/FUNASA/ATIVIDADES INTELECTUAIS/2013) Cabe aos tribunais de contas o
exercício da fiscalização por meio de controle externo no que diz respeito à legalidade, à legi-
timidade, à economicidade e à aplicação das subvenções e renúncia de receitas.

022. (INÉDITA/2022) Acerca da origem, evolução e características da auditoria governamen-


tal, é correto afirmar que
a) a origem e a importância da auditoria estão associadas à teoria da agência, o que remete
ao conceito amplo de auditoria como a ação independente de um terceiro sobre uma relação
de accountability.
b) a auditoria governamental funciona como um instrumento de governança para reduzir os
conflitos de agência, sendo um mecanismo do agente.
c) a auditoria governamental do ponto de vista da gestão pública visa exclusivamente à com-
provação da legalidade e legitimidade doas atos de gestão.
d) o aspecto da eficiência refere-se à ocorrência de resultados que demonstram a minimiza-
ção dos custos incorridos a à capacidade da organização de gerir, adequadamente, os recur-
sos postos à disposição.
e) os Tribunais de Contas têm a responsabilidade de assegurar que seja cumprido o dever
de prestar contas por parte de qualquer pessoa jurídica pública, não alcançando as pessoas
físicas e as entidades jurídicas privadas.

023. (CESPE/MPC-PA/PROCURADOR/2019) A fiscalização contábil, financeira, orçamentá-


ria, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta
será exercida
a) pelo Congresso Nacional, somente.
b) pelo sistema de controle de cada entidade, somente.
c) pelos tribunais de conta de cada estado.
d) pelo Congresso Nacional e pelo sistema de controle de cada entidade.
e) pelo TCU.

024. (FGV/SENADO/ANALISTA/CONTADOR/2012) No que concerne à auditoria governamen-


tal, NÃO é correto afirmar que:
a) nenhum processo, documento ou informação poderá ser sonegado aos servidores do sis-
tema de controle interno, no desempenho de suas atribuições inerentes às atividades de au-
ditoria e fiscalização, devendo seus servidores guardar o sigilo das informações, conforme
previsto na legislação.
b) os responsáveis pelo sistema de controle interno do Poder Executivo Federal, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência de imediato ao
Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

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c) no que se refere à abrangência, constituem objetos de exames realizados pelo sistema de


controle interno os sistemas administrativos e operacionais utilizados na gestão orçamen-
tária, financeira, patrimonial, operacional e de pessoal, assim como a execução dos planos,
programas, projetos e atividades que envolvam aplicação de recursos públicos federais.
d) estão sujeitos à atuação do sistema de controle interno quaisquer pessoas físicas ou ju-
rídicas, públicas ou privadas, que utilizem, arrecadem, guardem, gerenciem ou administrem
dinheiros, bens e valores públicos.
e) controle assistemático tem como premissa a existência de um processo detalhado de pla-
nejamento como base para deflagração das ações do controle. O planejamento adotado pres-
supõe obrigatoriamente o conhecimento amplo do problema, a definição de uma estratégia
de atuação focada nos pontos críticos do processo de execução e o estabelecimento de cro-
nologias, formas e instrumentos de atuação capazes de garantir um padrão de cobertura e
segurança compatíveis com as características e especificidades do objeto controlado.

025. (CESPE/TCE-TO/ANALISTA/2009) De acordo com a relação do auditor com a entidade


auditada, distinguem-se as auditorias interna e externa. Acerca desse assunto, assinale a
opção correta.
a) O vínculo de emprego do auditor interno lhe retira a independência profissional desejável
para atuar nos termos das normas vigentes.
b) As empresas, de um modo geral, independentemente de seu porte e da relação custo-be-
nefício, devem dispor de auditoria interna permanente.
c) A auditoria interna não tem como objetivo precípuo a emissão de parecer sobre as de-
monstrações contábeis, sendo executada mais para fins administrativos internos do que para
prestação de contas a terceiros.
d) A auditoria externa deve prescindir do concurso da auditoria interna, sob pena de ser indu-
zida em seus exames e perder a desejável independência.
e) A auditoria externa deve atuar permanentemente e continuamente, exercendo um controle
prévio, concomitante e consequente.O 58

026. (CESPE/SEDUC-AM/CONTADOR/2011) O assessoramento ao conselho fiscal ou órgão de


atribuições semelhantes é de responsabilidade dos auditores independentes, sendo vedado
aos auditores internos, sob pena de comprometimento de sua independência e imparcialidade.

027. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Se forem constatadas irregularidades em uma auditoria


interna, o relatório final deverá ser emitido sem conhecimento ou interferência do auditado.

028. (CESPE/PMJP/CGM/2018) A auditoria interna e a externa são atividades que presumem


independência na execução de seus trabalhos, independentemente se o auditor é terceiro
contratado ou servidor público.

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029. (INÉDITA/2022) Acerca dos papéis da auditoria interna e externa, é incorreto afirmar que
a) as funções da auditoria externa incluem o monitoramento do controle interno e o exame
das informações contábeis e operacionais da organização.
b) embora a auditoria externa tenha a obrigação de emitir opinião sobre as demonstrações
financeiras, ela tem como dever assessorar a administração no trabalho de prevenção de
fraudes e erros.
c) tanto na auditoria externa, quanto na interna, há a possibilidade de se contar com o traba-
lho de especialistas.
d) o risco da auditoria interna está relacionado à possibilidade de não se atingir, de forma sa-
tisfatória, o objetivo dos trabalhos, enquanto o risco de auditoria externa é expressar opinião
inadequada acerca das demonstrações financeiras auditadas.
e) a responsabilidade do auditor interno é para com a gerência, enquanto a responsabilidade
do auditor independente geralmente é mais ampla.

030. (CESPE/TCDF/ACE/2014) A auditoria interna consiste na realização de atividades esta-


belecidas ou providas como um serviço direcionado à entidade e inclui, entre outros, o exame,
a avaliação e o monitoramento da adequação e efetividade dos controles internos.

031. (VUNESP/CÂMARA MUN. DE MAUÁ/CONTADOR/2019) Assinale a alternativa correta so-


bre Auditoria no Setor Público.
a) A asseguração pode ser completa ou adversa, apresentando conclusões negativas ou po-
sitivas, respectivamente.
b) As partes responsáveis pela coleta de evidências materiais possuem suas principais res-
ponsabilidades determinadas pela Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade.
c) O objeto pode ser programas específicos, entidades, fundos, certas atividades, situações
existentes e informações financeiras e não financeiras.
d) O relatório da auditoria é referência usada para avaliar os critérios de auditoria encontrados.
e) Os usuários principais são o Fundo Monetário Internacional e a Organização das Na-
ções Unidas.

032. (FUNDATEC/IPE SAUDE-RS/ANALISTA/2022) Considerando os tipos de auditoria no se-


tor público, “A Auditoria _____________ é realizada para avaliar se atividades, transações fi-
nanceiras e informações cumprem, em todos os aspectos relevantes, as normas que regem a
entidade auditada. Essas normas podem incluir regras, leis, regulamentos, resoluções orça-
mentárias, políticas, códigos estabelecidos, acordos ou os princípios gerais que regem a ges-
tão financeira responsável do setor público e a conduta dos agentes públicos”. (ISSAI 100).
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima.
a) de Conformidade
b) Financeira

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c) Patrimonial
d) Operacional
e) Econômica

033. (FCC/TCM-GO/AUDITOR/2015) As Entidades Fiscalizadoras Superiores − EFS do setor


público, nas quais incluem-se os Tribunais de Contas, devem observar as normas emitidas
pela International Organization of Supreme Audit Institutios − INTOSAI, que em sua norma
ISSAI 100 aponta três tipos de auditoria. A auditoria que objetiva examinar a economicidade,
eficiência, eficácia, efetividade e qualidade de organizações, programas e atividades governa-
mentais, com a finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da
gestão pública, segundo o manual de auditoria do TCU adaptado às normas internacionais, é
a Auditoria
a) dos Sistemas ou TI.
b) das Demonstrações Contábeis.
c) operacional.
d) de Conformidade.
e) de Qualidade.

034. (CESPE/TCDF/AUDITOR/2012) Sendo a auditoria operacional etapa preparatória para a


auditoria de regularidade, devido às suas peculiaridades, essas auditorias não podem, na prá-
tica, ser realizadas concomitantemente.

035. (CESPE/TCDF/AUDITOR/2012) Com a finalidade de facilitar a fiscalização contínua das


operações, dos programas e das atividades da entidade auditada, os tribunais de contas po-
derão designar servidores de seus quadros para atuarem junto à referida entidade, participan-
do, inclusive, de seus processos decisórios.

036. (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) Denomina-se auditoria financeira, de acordo com as nor-


mas da INTOSAI (International Organization of Supreme Audit Institutions), a realização de
avaliação independente com o objetivo de obter-se garantia razoável de opinião, por meio da
verificação da conformidade, com os relatórios, da condição financeira, dos resultados e do
uso de recursos da entidade examinada.

037. (CESPE/TCE-RN/INSPETOR/2015) Na execução do escopo de uma auditoria do setor


público, as normas aplicáveis são determinadas no momento em que o auditor define o objeto
da auditoria que será realizada, diferentemente dos princípios fundamentais aplicáveis, que
independem do contexto da auditoria.

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038. (CESPE/TCDF/ACE/2014) É responsabilidade dos tribunais de contas garantir que todas


as pessoas físicas ou jurídicas encarregadas da administração de bens ou valores públicos
prestem contas dos recursos utilizados nos prazos e nas condições estabelecidas por lei.

039. (CESPE/TCDF/ACE/2014) Com a finalidade de manter a independência dos trabalhos de


auditoria, as informações acerca do objeto da auditoria devem ser obtidas pelo auditor sem a
colaboração da administração do órgão ou projeto a ser auditado ou daqueles encarregados
de sua governança.

040. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) O objetivo da auditoria operacional é responder a ques-


tões-chave de auditoria e apresentar recomendações para aperfeiçoamento de procedimen-
tos para evitar possíveis fragilidades.

041. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) A integridade exige que os auditores mantenham normas


irretocáveis de conduta profissional, ajustem-se tanto à forma quanto ao espírito das normas
de auditoria e de ética e evitem tomar decisões contrárias aos interesses públicos.

042. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) O auditor, ao conferir a regularidade da execução do objeto


examinado, deve manter atitude profissional alerta e questionadora quando deparar com não
conformidades formais dos processos e emitir opinião adversa sobre a exatidão da docu-
mentação obtida.

043. (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) As auditorias realizadas no âmbito do setor público


têm o objetivo único de contribuir para a governança cooperativa, o que é uma vantagem, já
que as regras aplicadas pelo auditor serão as mesmas, independentemente do escopo da
auditoria.

044. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Cabe aos tribunais de contas garantir procedimentos


suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social, sendo-lhes facul-
tado observar as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público.

045. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Os auditores do setor público podem assessorar ou


prestar serviços distintos de auditoria a uma entidade auditada, mas, em todos os casos,
estão impedidos de assumir responsabilidade na gestão dos negócios, que é de competência
dos dirigentes da entidade.

046. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) As auditorias de legitimidade, de regularidade e ope-


racional são os tipos de auditoria que a entidade de fiscalização superior utiliza para cumprir
suas finalidades.

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047. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Para o sucesso de uma auditoria governamental, é


suficiente que a entidade de fiscalização não sofra influências externas e que seus membros
e diretores sejam independentes da entidade auditada.

048. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) O objetivo específico de uma auditoria governamental


consiste em encontrar e responsabilizar civil e penalmente aqueles que incorrerem em desvios.

049. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) No que tange ao exercício profissional da auditoria, de


acordo com a INTOSAI, assinale a opção correta.
a) São três as exigências éticas para o exercício profissional do auditor: integridade; indepen-
dência e objetividade; e publicidade.
b) O parecer pleno será emitido pelo auditor mesmo quando houver incertezas relacionadas
às demonstrações contábeis.
c) O auditor deverá emitir o parecer adverso quando restrições à execução de sua ativida-
de o impedirem de obter evidências suficientes acerca da veracidade das demonstrações
contábeis.
d) A integridade constitui um dos princípios de conduta do profissional de auditoria: ele deve
valer-se de honradez e imparcialidade na execução de seu trabalho.
e) O auditor, a fim de chamar a atenção do leitor para determinados pontos importantes de
seu relatório de auditoria, vale-se do denominado parágrafo de epíteto.

050. (FUNDATEC/IPE SAUDE-RS/ANALISTA/2022) A partir da apresentação dos princípios


gerais da auditoria no setor público estabelecidos na ISSAI 100, analise a descrição a seguir,
verificando a qual dentre os princípios gerais ela corresponde: “Os auditores devem manter
comportamento profissional apropriado, aplicando ceticismo profissional e julgamento pro-
fissional e exercendo devido zelo ao longo de toda a auditoria”.
a) Ética e independência.
b) Controle de qualidade.
c) Gerenciamento de equipes e habilidades.
d) Risco de auditoria.
e) Julgamento, devido zelo e ceticismo profissionais.

051. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018) Conforme a INTOSAI, a norma de auditoria destinada


a determinar a existência dos parentescos adequados entre as rubricas e entre seus elemen-
tos, de forma que se possam detectar possíveis erros e tendências irregulares, denomina-se
a) planejamento.
b) provas de auditoria.
c) supervisão e revisão.
d) exame das contas.
e) exame e avaliação do controle interno.

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052. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA/2021) A contribuição da auditoria operacional limita-se ao


aperfeiçoamento da transparência, economicidade e eficiência dos processos.

053. (CESPE/TCDF/AUDITOR/2021) Para conferir objetividade aos trabalhos de auditoria, a


materialidade deve ser um critério exclusivamente quantitativo.

054. (CESPE/TCDF/AUDITOR/2021) Os princípios fundamentais de auditoria no nível 3 foram


elaborados a partir da Declaração de Lima, segundo a qual democracia e estado de direito são
premissas essenciais para uma auditoria independente.

055. (INÉDITA/2022) Com relação aos princípios gerais aplicáveis às auditorias no setor pú-
blico definidos na ISSAI 100, é correto afirmar que
a) as normas e princípios estabelecidos pela Intosai são de cumprimento obrigatório pelas EFS.
b) as auditorias do setor público são classificadas em auditorias de demonstrações financei-
ras, auditorias operacionais e auditorias integradas.
c) as auditorias no setor público envolvem somente duas partes: o auditor e a parte respon-
sável pela informação.
d) o objeto da auditoria refere-se à informação, condição ou atividade que é mensurada ou
avaliada de acordo com certos critérios
e) todas as auditorias no setor público são consideradas trabalhos de certificação.

056. (INÉDITA/2022) São elementos básicos da auditoria governamental segundo a INTO-


SAI, exceto
a) auditor.
b) objeto.
c) usuários previstos.
d) achado.
e) critérios.

057. (INÉDITA/2022) Considere que está sendo realizada uma auditoria em um programa de
governo, com o objetivo de avaliar se as ações governamentais estão aderentes aos critérios
estabelecidos para uma execução eficiente. Considere ainda que a equipe de auditoria desig-
nada pelo Tribunal de Contas tenha mantido postura questionadora e, ao desconfiar da con-
fiabilidade de informação obtida junto à administração, adotou procedimento de confirmação
da informação junto a uma fonte independente. Nesse caso, de acordo com as normas de au-
ditoria da Intosai, o tipo de auditoria e o requisito profissional adotado foram, respectivamente
a) auditoria operacional e ceticismo profissional.
b) auditoria de conformidade e julgamento profissional.

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c) auditoria de regularidade e zelo profissional.


d) auditoria operacional e julgamento profissional.
e) auditoria de conformidade e ceticismo profissional.

058. (INÉDITA/2022) De acordo com as ISSAI, a auditoria financeira


a) procura responder a questões-chave de auditoria.
b) tem por objetivo apresentar recomendações.
c) é sempre um trabalho de certificação.
d) foca em determinar se atividades e transações financeiras estão em conformidade com
as normas.
e) reduz o risco de auditoria a um nível aceitável.

059. (INÉDITA/2022) O trabalho de auditoria operacional que tem como foco investigar se os
recursos têm sido utilizados de forma ótima ou satisfatória, ou se resultados iguais ou seme-
lhantes em termos de quantidade, qualidade e prazo de entrega poderiam ser alcançados com
menos recursos é uma auditoria de
a) economicidade
b) efetividade
c) equidade
d) qualidade
e) eficiência

060. (INÉDITA/2022) Um trabalho de asseguração limitada apresenta a seguinte característica


a) o relatório transmite a natureza limitada da asseguração fornecida.
b) o risco é reduzido a um nível aceitavelmente baixo.
c) a conclusão é expressa de forma positiva.
d) a conclusão assegura que o objeto está ou não em conformidade em todos os aspectos
relevantes.
c) o nível de asseguração esperado não será significativo para os usuários previstos

061. (INÉDITA/2022) Quanto aos padrões de auditoria da Intosai, é correto afirmar que
a) a auditoria operacional é o exame independente, objetivo e confiável que analisa se progra-
mas, atividades ou organizações do governo estão funcionando de acordo com os princípios
de legalidade e economicidade.
b) as auditorias no setor público podem ser realizadas em conformidade tanto com as Dire-
trizes Gerais de Auditoria estabelecidas nas ISSAI como com normas provenientes de outras
fontes, mesmo que haja contradições.

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c) a auditoria financeira foca em determinar se atividades e transações financeiras estão em


conformidade com as normas e pode ser um trabalho de certificação ou de relatório direto.
d) a auditoria do setor público é um processo sistemático de obter e avaliar objetivamente
evidência para determinar se a informação ou as condições reais de um objeto estão de acor-
do com critérios estabelecidos.
e) em auditoria do setor público, as partes responsáveis correspondem às pessoas, organiza-
ções ou grupos destas para quem o auditor elabora o relatório de auditoria, como os órgãos
legislativos ou de controle.

062. (INÉDITA/2022) O tipo de auditoria em que o objeto é definido pelo escopo da auditoria,
podendo ser atividades, transações financeiras ou informações e, em trabalhos de certifica-
ção, o auditor foca na informação sobre o objeto, que pode ser uma declaração de conformi-
dade com uma estrutura de relatório estabelecida e padronizada é a auditoria
a) auditoria financeira.
b) auditoria de conformidade.
c) auditoria operacional.
d) auditoria integrada.
e) auditoria combinada.

063. (INÉDITA/2022) De acordo com a ISSAI 100, o risco de auditoria em trabalho de assegu-
ração razoável deve ser reduzido a um nível
a) aceitável.
b) limitado.
c) quase nulo.
d) aceitavelmente baixo.
e) reduzido.

064. (INÉDITA/2022) Segundo as ISSAI 100, quando o auditor discorda ou é incapaz de obter
evidência de auditoria suficiente a apropriada acerca de, certos itens do objeto que são ou
podem ser relevantes mas não generalizados, deve expressar uma opinião
a) adversa.
b) pela irregularidade.
c) qualificada.
b) não modificada.
e) com abstenção.

(CESPE/TCDF/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/2021) Considerando os princípios básicos de au-


ditoria no âmbito do setor público, julgue os itens a seguir.

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065. O nível de independência dos auditores externos é maior que o dos auditores internos.

066. As auditorias governamentais devem ser realizadas nas instalações da institui-


ção auditada.

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GABARITO
1. C 37. C
2. C 38. C
3. C 39. E
4. E 40. C
5. a 41. C
6. E 42. E
7. b 43. E
8. E 44. E
9. C 45. C
10. C 46. E
11. E 47. E
12. b 48. E
13. e 49. d
14. c 50. e
15. a 51. d
16. E 52. E
17. E 53. E
18. C 54. C
19. b 55. d
20. c 56. d
21. C 57. a
22. a 58. c
23. d 59. e
24. e 60. a
25. c 61. d
26. E 62. b
27. E 63. b
28. C 64. c
29. b 65. C
30. C 66. E
31. c
32. a
33. c
34. E
35. E
36. C

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GABARITO COMENTADO
021. (CESPE/FUNASA/ATIVIDADES INTELECTUAIS/2013) Cabe aos tribunais de contas o
exercício da fiscalização por meio de controle externo no que diz respeito à legalidade, à legi-
timidade, à economicidade e à aplicação das subvenções e renúncia de receitas.

De acordo com o art. 70 c/c o art. 71 da CF, a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto
à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas,
será exercida pelo Congresso Nacional, apoiado pelo TCU, mediante controle externo, e pelo
sistema de controle interno de cada Poder.
Certo.

022. (INÉDITA/2022) Acerca da origem, evolução e características da auditoria governamen-


tal, é correto afirmar que
a) a origem e a importância da auditoria estão associadas à teoria da agência, o que remete
ao conceito amplo de auditoria como a ação independente de um terceiro sobre uma relação
de accountability.
b) a auditoria governamental funciona como um instrumento de governança para reduzir os
conflitos de agência, sendo um mecanismo do agente.
c) a auditoria governamental do ponto de vista da gestão pública visa exclusivamente à com-
provação da legalidade e legitimidade doas atos de gestão.
d) o aspecto da eficiência refere-se à ocorrência de resultados que demonstram a minimiza-
ção dos custos incorridos a à capacidade da organização de gerir, adequadamente, os recur-
sos postos à disposição.
e) os Tribunais de Contas têm a responsabilidade de assegurar que seja cumprido o dever
de prestar contas por parte de qualquer pessoa jurídica pública, não alcançando as pessoas
físicas e as entidades jurídicas privadas.

a) a origem e a importância da auditoria estão associadas à teoria da agência, o que remete


ao conceito amplo de auditoria como a ação independente de um terceiro sobre uma relação
de accountability, objetivando expressar uma opinião ou emitir comentários e sugestões so-
bre como essa relação está sendo obedecida.
b) a auditoria governamental funciona como um instrumento de governança para reduzir o
conflito existente nas relações entre o principal e o agente, denominado de conflitos de agên-
cia, sendo um mecanismo do mecanismo do principal, e não do agente.

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c) a auditoria governamental do ponto de vista da gestão pública diz respeito à atuação das
controladorias e dos tribunais de contas e visa à comprovação da legalidade e legitimidade,
adequação dos sistemas de controles internos e dos resultados obtidos quanto aos aspectos
da economicidade, eficiência e eficácia da aplicação dos recursos públicos.
d) o aspecto da economicidade refere-se à ocorrência de resultados que demonstram a mi-
nimização dos custos incorridos a à capacidade da organização de gerir, adequadamente, os
recursos postos à disposição. A eficiência é medida pela relação entre os produtos (bens e
serviços) gerados e os custos dos insumos empregados para produzi-los, em determinado
período de tempo, mantidos os padrões de qualidade.
e) os Tribunais de Contas têm a responsabilidade de assegurar que seja cumprido o dever de
prestar contas por parte de qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a
Administração responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Letra a.

023. (CESPE/MPC-PA/PROCURADOR/2019) A fiscalização contábil, financeira, orçamentá-


ria, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta
será exercida
a) pelo Congresso Nacional, somente.
b) pelo sistema de controle de cada entidade, somente.
c) pelos tribunais de conta de cada estado.
d) pelo Congresso Nacional e pelo sistema de controle de cada entidade.
e) pelo TCU.

Nos termos do caput do art. 70 da CF, a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, opera-
cional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta será exercida
pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de
cada Poder.
Letra d.

024. (FGV/SENADO/ANALISTA/CONTADOR/2012) No que concerne à auditoria governamen-


tal, NÃO é correto afirmar que:
a) nenhum processo, documento ou informação poderá ser sonegado aos servidores do sis-
tema de controle interno, no desempenho de suas atribuições inerentes às atividades de au-
ditoria e fiscalização, devendo seus servidores guardar o sigilo das informações, conforme
previsto na legislação.
b) os responsáveis pelo sistema de controle interno do Poder Executivo Federal, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência de imediato ao
Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

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c) no que se refere à abrangência, constituem objetos de exames realizados pelo sistema de


controle interno os sistemas administrativos e operacionais utilizados na gestão orçamen-
tária, financeira, patrimonial, operacional e de pessoal, assim como a execução dos planos,
programas, projetos e atividades que envolvam aplicação de recursos públicos federais.
d) estão sujeitos à atuação do sistema de controle interno quaisquer pessoas físicas ou ju-
rídicas, públicas ou privadas, que utilizem, arrecadem, guardem, gerenciem ou administrem
dinheiros, bens e valores públicos.
e) controle assistemático tem como premissa a existência de um processo detalhado de pla-
nejamento como base para deflagração das ações do controle. O planejamento adotado pres-
supõe obrigatoriamente o conhecimento amplo do problema, a definição de uma estratégia
de atuação focada nos pontos críticos do processo de execução e o estabelecimento de cro-
nologias, formas e instrumentos de atuação capazes de garantir um padrão de cobertura e
segurança compatíveis com as características e especificidades do objeto controlado.

A única alternativa incorreta é a que afirma ter o controle assistemático a premissa da exis-
tência de um processo detalhado de planejamento como base para deflagração das ações do
controle. Em verdade, a então vigente IN SFC 1, de 2001, estabelecia que o Controle Sistemá-
tico tem como premissa a existência de um processo detalhado de planejamento como base
para deflagração das ações do controle. O planejamento adotado pressupõe obrigatoriamen-
te o conhecimento amplo do problema, a definição de uma estratégia de atuação focada nos
pontos críticos do processo de execução e o estabelecimento de cronologias, formas e ins-
trumentos de atuação capazes de garantir um padrão de cobertura e segurança compatíveis
com as características e especificidades do objeto controlado.
As demais alternativas correspondem a características da auditoria governamental realizada
pelo sistema de controle interno do Poder Executivo Federal.
Letra e.

025. (CESPE/TCE-TO/ANALISTA/2009) De acordo com a relação do auditor com a entidade


auditada, distinguem-se as auditorias interna e externa. Acerca desse assunto, assinale a
opção correta.
a) O vínculo de emprego do auditor interno lhe retira a independência profissional desejável
para atuar nos termos das normas vigentes.
b) As empresas, de um modo geral, independentemente de seu porte e da relação custo-be-
nefício, devem dispor de auditoria interna permanente.
c) A auditoria interna não tem como objetivo precípuo a emissão de parecer sobre as de-
monstrações contábeis, sendo executada mais para fins administrativos internos do que para
prestação de contas a terceiros.

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d) A auditoria externa deve prescindir do concurso da auditoria interna, sob pena de ser indu-
zida em seus exames e perder a desejável independência.
e) A auditoria externa deve atuar permanentemente e continuamente, exercendo um controle
prévio, concomitante e consequente.O 58

a) Errada. O vínculo empregatício do auditor interno com a empresa e sua subordinação à


alta administração não lhe deve retirar a independência e a autonomia necessárias ao bom
desempenho de suas funções, que devem ser exercidas com a mais absoluta independên-
cia, sem interferência da administração, que apesar de sua função superiormente hierárqui-
ca, deve sujeitar-se também ao seu controle e submeter a seu exame todos os atos por ela
praticados.
b) Errada. Somente empresas de porte acima do médio comportam a manutenção de auditor
interno, para um controle permanente. A relação custo/benefício não compensa a manuten-
ção de uma atividade de auditoria interna em pequenas organizações.
c) Certa. Segundo Franco e Marra, uma das características que distingue a auditoria externa é
justamente o grau de independência que o auditor pode, e deve manter em relação à entidade
auditada. Isso porque a auditoria interna geralmente não objetiva a emissão de parecer sobre
as demonstrações contábeis, sendo executada mais para fins administrativos internos do
que para prestação de contas a terceiros.
d) Errada. É desejável que os auditores internos e externos trabalhem em colaboração, pro-
gramando em conjunto os serviços, de forma a evitar o retrabalho e assegurar um controle
mais eficiente e efetivo.
e) Errada. A auditoria interna é que atua permanentemente e continuamente, exercendo um
controle prévio, concomitante e consequente de todos os atos da administração.
Letra c.

026. (CESPE/SEDUC-AM/CONTADOR/2011) O assessoramento ao conselho fiscal ou ór-


gão de atribuições semelhantes é de responsabilidade dos auditores independentes, sendo
vedado aos auditores internos, sob pena de comprometimento de sua independência e im-
parcialidade.

Inicialmente, anoto que não é papel dos auditores independentes prestar assessoramento ao
conselho fiscal ou a qualquer outro agente de governança da organização auditada. As res-
ponsabilidades do auditor externo restringem-se ao cumprimento das normas de auditoria,
com o intuito de emitir opinião sobre as demonstrações contábeis e comunicar à administra-

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ção e aos responsáveis pela governança a ocorrência de erros e fraudes. Já o auditor interno,
na execução do seu programa de auditoria na área contábil, tem a responsabilidade de exa-
minar sistemas, critérios e procedimentos contábeis adotados pela organização, a eficácia
e qualidade da estrutura de controles internos, bem como sua observância. Dentre outras
atribuições e competências, nesse sentido, o auditor interno deve estar capacitado a prestar
o apoio necessário ao Conselho Fiscal ou a órgãos equivalentes, no tocante à explanação,
comparação, análise, avaliação e opinião sobre os dados, cifras e fatos gerados pela organi-
zação e fornecidos a esse conselho. Logo, cabe ao auditor interno, quando solicitado, prestar
assessoria ao conselho fiscal ou a órgãos equivalentes.
Errado.

027. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Se forem constatadas irregularidades em uma auditoria


interna, o relatório final deverá ser emitido sem conhecimento ou interferência do auditado.

Conforme as normas da auditoria interna, caso esta constate a ocorrência de ilegalidade ou


irregularidade, deve comunicar à administração por escrito (relatório parcial), para a adoção
de providências imediatas e que não possam aguardar o final dos exames.
Errado.

028. (CESPE/PMJP/CGM/2018) A auditoria interna e a externa são atividades que presumem


independência na execução de seus trabalhos, independentemente se o auditor é terceiro
contratado ou servidor público.

Embora a independência do auditor interno seja menor do que a esperada de um auditor ex-
terno, a independência é um requisito fundamental para o exercício de qualquer auditoria, seja
interna ou externa e independentemente se o auditor é terceiro contratado ou servidor público.
Certo.

029. (INÉDITA/2022) Acerca dos papéis da auditoria interna e externa, é incorreto afirmar que
a) as funções da auditoria externa incluem o monitoramento do controle interno e o exame
das informações contábeis e operacionais da organização.
b) embora a auditoria externa tenha a obrigação de emitir opinião sobre as demonstrações
financeiras, ela tem como dever assessorar a administração no trabalho de prevenção de
fraudes e erros.

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c) tanto na auditoria externa, quanto na interna, há a possibilidade de se contar com o traba-


lho de especialistas.
d) o risco da auditoria interna está relacionado à possibilidade de não se atingir, de forma sa-
tisfatória, o objetivo dos trabalhos, enquanto o risco de auditoria externa é expressar opinião
inadequada acerca das demonstrações financeiras auditadas.
e) a responsabilidade do auditor interno é para com a gerência, enquanto a responsabilidade
do auditor independente geralmente é mais ampla.

a) Certa. São funções do auditor interno, entre outras, o monitoramento do controle interno,
o exame das informações contábeis e operacionais, a revisão das atividades operacionais; a
revisão da conformidade com leis e regulamentos.
b) Errada. Quem tem o papel e o dever de assessorar a administração no trabalho de preven-
ção de fraudes e erros é a auditoria interna
c) Certa. Tanto na auditoria externa quanto na auditoria interna, há a possibilidade de se con-
tar com o trabalho de especialistas, havendo previsão normativa nesse sentido.
d) Certa. A análise dos riscos da auditoria interna deve ser feita na fase de planejamento dos
trabalhos; estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o objeti-
vo dos trabalhos. Já a NBC TA 200 define que o risco da auditoria externa e independente é o
risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstra-
ções contábeis contiverem distorção relevante.
e) Certa. A responsabilidade do auditor interno é para com a gerência (realizada para fins ad-
ministrativos), enquanto a responsabilidade do auditor independente geralmente é mais am-
pla, como forma de prestação de contas para terceiros, sendo vários os usuários do relatório
do auditor (acionistas, investidores, mercado, Fisco etc.).
Letra b.

030. (CESPE/TCDF/ACE/2014) A auditoria interna consiste na realização de atividades esta-


belecidas ou providas como um serviço direcionado à entidade e inclui, entre outros, o exame,
a avaliação e o monitoramento da adequação e efetividade dos controles internos.

Um dos objetos que fazem parte do escopo da auditoria são os controles internos; cabe ao
auditor interno proceder ao exame, avaliação e monitoramento da adequação e efetividade
dos controles internos.
Certo.

031. (VUNESP/CÂMARA MUN. DE MAUÁ/CONTADOR/2019) Assinale a alternativa correta so-


bre Auditoria no Setor Público.

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a) A asseguração pode ser completa ou adversa, apresentando conclusões negativas ou po-


sitivas, respectivamente.
b) As partes responsáveis pela coleta de evidências materiais possuem suas principais res-
ponsabilidades determinadas pela Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade.
c) O objeto pode ser programas específicos, entidades, fundos, certas atividades, situações
existentes e informações financeiras e não financeiras.
d) O relatório da auditoria é referência usada para avaliar os critérios de auditoria encontrados.
e) Os usuários principais são o Fundo Monetário Internacional e a Organização das Na-
ções Unidas.

a) Errada. Segundo a ISSAI 100, a asseguração pode ser limitada ou razoável, apresentando
conclusões negativas ou positivas, respectivamente.
b) Errada. Na auditoria do setor público, as principais responsabilidades são determinadas
pelo ordenamento constitucional ou legal. As partes responsáveis podem ser responsáveis
pela elaboração da informação do objeto, pela gestão do objeto ou por atender recomenda-
ções acerca do objeto, e podem ser pessoas ou organizações.
c) Certa. O objeto de auditoria refere-se à informação, condição ou atividade que é mensurada
ou avaliada de acordo com certos critérios. Pode assumir várias formas e ter diferentes ca-
racterísticas, dependendo do objetivo da auditoria.
d) Errada. Inverteu. Os critérios são as referências usadas para avaliar o objeto.
e) Errada. Os usuários previstos da auditoria no setor público são as pessoas, organizações
ou grupos destas para quem o auditor elabora o relatório de auditoria. Os usuários previs-
tos podem ser órgãos legislativos ou de controle, responsáveis pela governança ou o públi-
co em geral.
Letra c.

032. (FUNDATEC/IPE SAUDE-RS/ANALISTA/2022) Considerando os tipos de auditoria no se-


tor público, “A Auditoria _____________ é realizada para avaliar se atividades, transações fi-
nanceiras e informações cumprem, em todos os aspectos relevantes, as normas que regem a
entidade auditada. Essas normas podem incluir regras, leis, regulamentos, resoluções orça-
mentárias, políticas, códigos estabelecidos, acordos ou os princípios gerais que regem a ges-
tão financeira responsável do setor público e a conduta dos agentes públicos”. (ISSAI 100).
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima.
a) de Conformidade
b) Financeira
c) Patrimonial
d) Operacional
e) Econômica

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O item 22 da ISSAI 100 trata dos tipos de auditoria no setor público. A auditoria de conformi-
dade foca em determinar se um particular objeto está em conformidade com normas iden-
tificadas como critérios. A auditoria de conformidade é realizada para avaliar se atividades,
transações financeiras e informações cumprem, em todos os aspectos relevantes, as normas
que regem a entidade auditada. Essas normas podem incluir regras, leis, regulamentos, reso-
luções orçamentárias, políticas, códigos estabelecidos, acordos ou os princípios gerais que
regem a gestão financeira responsável do setor público e a conduta dos agentes públicos.
Letra a.

033. (FCC/TCM-GO/AUDITOR/2015) As Entidades Fiscalizadoras Superiores − EFS do setor


público, nas quais incluem-se os Tribunais de Contas, devem observar as normas emitidas
pela International Organization of Supreme Audit Institutios − INTOSAI, que em sua norma
ISSAI 100 aponta três tipos de auditoria. A auditoria que objetiva examinar a economicidade,
eficiência, eficácia, efetividade e qualidade de organizações, programas e atividades governa-
mentais, com a finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da
gestão pública, segundo o manual de auditoria do TCU adaptado às normas internacionais, é
a Auditoria
a) dos Sistemas ou TI.
b) das Demonstrações Contábeis.
c) operacional.
d) de Conformidade.
e) de Qualidade.

A auditoria que objetiva examinar a economicidade, eficiência, eficácia, efetividade e qualida-


de de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de avaliar o seu
desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública é a auditoria operacional.
Letra c.

034. (CESPE/TCDF/AUDITOR/2012) Sendo a auditoria operacional etapa preparatória para a


auditoria de regularidade, devido às suas peculiaridades, essas auditorias não podem, na prá-
tica, ser realizadas concomitantemente.

Segundo a INTOSAI, pode haver, na prática, uma sobreposição entre as auditorias de regula-
ridade e de desempenho e, neste caso, a classificação da auditoria dependerá de seu objetivo

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principal. Os dois tipos de auditoria - de regularidade e de desempenho - podem, na prática,


ser realizados concomitantemente, porquanto são mutuamente reforçadoras: a auditoria de
conformidade sendo preparatória para a de gestão e a última levando à correção de situações
causadoras de irregularidades.
Errado.

035. (CESPE/TCDF/AUDITOR/2012) Com a finalidade de facilitar a fiscalização contínua das


operações, dos programas e das atividades da entidade auditada, os tribunais de contas po-
derão designar servidores de seus quadros para atuarem junto à referida entidade, participan-
do, inclusive, de seus processos decisórios.

Para preservar a independência da EFS, os auditores não devem ocupar-se em instruir fun-
cionários da entidade fiscalizada sobre seus deveres. Nos casos em que a EFS decida esta-
belecer um “escritório” dentro da entidade fiscalizada com a finalidade de facilitar o exame
continuado de suas operações, programas e atividades, os auditores ou funcionários da EFS
não devem participar de nenhum processo de tomada de decisões ou de aprovação que se
considere reponsabilidade da direção da entidade fiscalizada.
Errado.

036. (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) Denomina-se auditoria financeira, de acordo com as nor-


mas da INTOSAI (International Organization of Supreme Audit Institutions), a realização de
avaliação independente com o objetivo de obter-se garantia razoável de opinião, por meio da
verificação da conformidade, com os relatórios, da condição financeira, dos resultados e do
uso de recursos da entidade examinada.

Apesar de um pouco confusa a definição, ela está certa quanto à descrição da auditoria fi-
nanceira. Corresponde à realização de avaliação independente com o objetivo de obter-se
garantia razoável de opinião (com risco baixo), de que a informação financeira (estrutura de
relatório financeiro) reflete adequadamente a situação patrimonial, financeira, os resultados e
o uso de recursos da entidade examinada.
Certo.

037. (CESPE/TCE-RN/INSPETOR/2015) Na execução do escopo de uma auditoria do setor


público, as normas aplicáveis são determinadas no momento em que o auditor define o objeto
da auditoria que será realizada, diferentemente dos princípios fundamentais aplicáveis, que
independem do contexto da auditoria.

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No momento em que o auditor define o objeto da auditoria que será realizada, ele define o tipo
de auditoria e, por conseguinte, quais as normas que serão aplicadas (ISSAI 200: financeira;
300: operacional; ou ISSAI 400: conformidade). Diferentemente dos princípios fundamentais
aplicáveis à auditoria do setor público, previstos na ISSAI 100, que são gerais e se aplicam a
qualquer tipo de auditoria e, portanto, independem do contexto da auditoria.
Certo.

038. (CESPE/TCDF/ACE/2014) É responsabilidade dos tribunais de contas garantir que todas


as pessoas físicas ou jurídicas encarregadas da administração de bens ou valores públicos
prestem contas dos recursos utilizados nos prazos e nas condições estabelecidas por lei.

O papel fundamental dos tribunais de contas, como entidades fiscalizadoras superiores, é


assegurar o dever de accountability pública, ou seja, garantir que todas as pessoas físicas
ou jurídicas encarregadas da administração de bens ou valores públicos prestem contas dos
recursos utilizados nos prazos e nas condições estabelecidas por lei.
Certo.

039. (CESPE/TCDF/ACE/2014) Com a finalidade de manter a independência dos trabalhos de


auditoria, as informações acerca do objeto da auditoria devem ser obtidas pelo auditor sem a
colaboração da administração do órgão ou projeto a ser auditado ou daqueles encarregados
de sua governança.

Em auditoria financeira, a administração da entidade assume a responsabilidade de colaborar


com a auditoria e fornecer ao auditor as informações e documentos que o auditor necessita
para aplicar os seus procedimentos e obter evidência de auditoria. Em auditoria operacional,
a colaboração da administração no trabalho é ainda maior.
Errado.

040. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) O objetivo da auditoria operacional é responder a ques-


tões-chave de auditoria e apresentar recomendações para aperfeiçoamento de procedimen-
tos para evitar possíveis fragilidades.

A auditoria operacional foca em determinar se intervenções, programas e instituições es-


tão operando em conformidade com os princípios de economicidade, eficiência e efetividade,
bem como se há espaço para aperfeiçoamento. O desempenho é examinado segundo crité-

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rios adequados, e as causas de desvios desses critérios ou outros problemas são analisa-
dos. O objetivo é responder a questões-chave de auditoria e apresentar recomendações para
aperfeiçoamento.
Certo.

041. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) A integridade exige que os auditores mantenham normas


irretocáveis de conduta profissional, ajustem-se tanto à forma quanto ao espírito das normas
de auditoria e de ética e evitem tomar decisões contrárias aos interesses públicos.

De acordo com as ISSAI, a integridade é um princípio ético fundamental a ser respeitado pelo
auditor, que significa agir honestamente, confiavelmente, de boa fé e no interesse público.
Certo.

042. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) O auditor, ao conferir a regularidade da execução do objeto


examinado, deve manter atitude profissional alerta e questionadora quando deparar com não
conformidades formais dos processos e emitir opinião adversa sobre a exatidão da docu-
mentação obtida.

De acordo com as ISSAI, o ceticismo profissional é fundamental para todos os trabalhos de


auditoria. O auditor planeja e executa um trabalho de asseguração com uma atitude de ce-
ticismo profissional, reconhecendo que podem existir circunstâncias que causem distorção
relevante nas informações do objeto. Uma atitude de ceticismo profissional significa que o
auditor realiza uma avaliação crítica, com uma mente questionadora da validade da evidência
obtida e está atento a evidências que contradigam ou levantam dúvidas sobre a confiabilida-
de dos documentos ou representações da parte responsável.
Logo, há erro na questão quando afirma que o ceticismo (atitude profissional alerta e questio-
nadora) deve ser mantido pelo auditor diante não conformidades formais dos processos; ele
é importante diante de distorções relevantes por fraudes.
Outro erro é quanto à opinião do auditor. Não conformidades formais não são suficientes
para o auditor emitir opinião adversa sobre as demonstrações. O auditor deve expressar uma
opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria suficiente e apropriada, conclui
que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas nas de-
monstrações financeiras.
Errado.

043. (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) As auditorias realizadas no âmbito do setor público


têm o objetivo único de contribuir para a governança cooperativa, o que é uma vantagem, já

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que as regras aplicadas pelo auditor serão as mesmas, independentemente do escopo da


auditoria.

Segundo a ISSAI 100, todas as auditorias do setor público contribuem para a boa governança,
mas elas partem de objetivos que podem ser distintos, dependendo do tipo de auditoria que
está sendo realizada: financeira, operacional e de conformidade. Conforme o escopo ou obje-
tivo do trabalho a normas a ser aplicada será específica.
Errado.

044. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Cabe aos tribunais de contas garantir procedimentos


suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social, sendo-lhes facul-
tado observar as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público.

De acordo com as ISSAI, cabe aos tribunais de contas garantir procedimentos suficientes de
prestação de contas e instrumentalização do controle social, devendo observar as normas e
técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público.
Errado.

045. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Os auditores do setor público podem assessorar ou


prestar serviços distintos de auditoria a uma entidade auditada, mas, em todos os casos,
estão impedidos de assumir responsabilidade na gestão dos negócios, que é de competência
dos dirigentes da entidade.

Quando os auditores estão autorizados a fornecer assessoria ou serviços que não sejam de
auditoria a uma entidade auditada, todos os cuidados devem ser tomados para que esses
serviços não resultem em conflitos de interesses. Em particular, os auditores devem assegu-
rar que essas assessorias ou serviços não incluam responsabilidades ou poderes de gestão,
que devem permanecer firmemente com a administração da entidade auditada.
Certo.

046. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) As auditorias de legitimidade, de regularidade e ope-


racional são os tipos de auditoria que a entidade de fiscalização superior utiliza para cumprir
suas finalidades.

Os tipos de auditoria, segundo as ISSAI, são as auditorias financeira (contábil), operacional e


de conformidade.
Errado.

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047. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Para o sucesso de uma auditoria governamental, é


suficiente que a entidade de fiscalização não sofra influências externas e que seus membros
e diretores sejam independentes da entidade auditada.

Para o sucesso de uma auditoria governamental, não é suficiente que a entidade de fiscali-
zação não sofra influências externas e que seus membros e diretores sejam independentes
da entidade auditada, pois o trabalho tem que ser realizado por pessoal competente e com a
máxima qualidade.
Errado.

048. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) O objetivo específico de uma auditoria governamental


consiste em encontrar e responsabilizar civil e penalmente aqueles que incorrerem em desvios.

O objetivo específico de uma auditoria governamental não consiste em encontrar e responsa-


bilizar civil e penalmente aqueles que incorrerem em desvios. Segundo as ISSAI, a auditoria
do setor público é essencial, pois, fornece aos órgãos legislativos e de controle, bem como
aos responsáveis pela governança e ao público em geral, informações e avaliações indepen-
dentes e objetivas acerca da gestão e do desempenho de políticas, programas e operações
governamentais. As auditorias do setor público partem de objetivos que podem ser distintos,
dependendo do tipo de auditoria que está sendo realizada. No entanto, todas elas contribuem
para a boa governança.
Errado.

049. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) No que tange ao exercício profissional da auditoria, de


acordo com a INTOSAI, assinale a opção correta.
a) São três as exigências éticas para o exercício profissional do auditor: integridade; indepen-
dência e objetividade; e publicidade.
b) O parecer pleno será emitido pelo auditor mesmo quando houver incertezas relacionadas
às demonstrações contábeis.
c) O auditor deverá emitir o parecer adverso quando restrições à execução de sua ativida-
de o impedirem de obter evidências suficientes acerca da veracidade das demonstrações
contábeis.
d) A integridade constitui um dos princípios de conduta do profissional de auditoria: ele deve
valer-se de honradez e imparcialidade na execução de seu trabalho.
e) O auditor, a fim de chamar a atenção do leitor para determinados pontos importantes de
seu relatório de auditoria, vale-se do denominado parágrafo de epíteto.

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a) Errada. São cinco as exigências éticas para o exercício profissional do auditor: integrida-
de; independência e objetividade; competência, conduta profissional e confidencialidade e
transparência.
b) Errada. O parecer pleno será emitido pelo auditor quando julgar que as demonstrações
refletem adequadamente a situação patrimonial, financeira e econômica da entidade. Incer-
tezas geralmente levam o auditor a modificar a sua opinião, como, por exemplo, uma absten-
ção de opinião, que será emitida quando o auditor é incapaz de obter evidência de auditoria
suficiente e apropriada, devido a uma incerteza ou limitação de escopo que é tanto relevante
quanto generalizada.
c) Errada. O auditor deverá emitir o parecer com abstenção de opinião quando restrições à
execução de sua atividade o impedirem de obter evidências suficientes acerca da veracidade
das demonstrações contábeis.
d) Certa. A integridade constitui um dos princípios de conduta do profissional de auditoria
previstos no Código de Ética do Auditor Governamental, que deve valer-se de honradez e im-
parcialidade na execução de seu trabalho.
e) Errada. Em auditoria financeira, existe o chamado parágrafo de ênfase, quando o auditor
quer chamar a atenção dos usuários para um assunto ou assuntos apresentados ou divul-
gados nas demonstrações contábeis, de tal relevância que são fundamentais para o enten-
dimento das demonstrações contábeis. As normas de auditoria não preveem o parágrafo
de epíteto.
Letra d.

050. (FUNDATEC/IPE SAUDE-RS/ANALISTA/2022) A partir da apresentação dos princípios


gerais da auditoria no setor público estabelecidos na ISSAI 100, analise a descrição a seguir,
verificando a qual dentre os princípios gerais ela corresponde: “Os auditores devem manter
comportamento profissional apropriado, aplicando ceticismo profissional e julgamento pro-
fissional e exercendo devido zelo ao longo de toda a auditoria”.
a) Ética e independência.
b) Controle de qualidade.
c) Gerenciamento de equipes e habilidades.
d) Risco de auditoria.
e) Julgamento, devido zelo e ceticismo profissionais.

Os princípios gerais são “Julgamento, devido zelo e ceticismo profissionais”.


Letra e.

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051. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018) Conforme a INTOSAI, a norma de auditoria destinada


a determinar a existência dos parentescos adequados entre as rubricas e entre seus elemen-
tos, de forma que se possam detectar possíveis erros e tendências irregulares, denomina-se
a) planejamento.
b) provas de auditoria.
c) supervisão e revisão.
d) exame das contas.
e) exame e avaliação do controle interno.

A norma de auditoria destinada a determinar a existência dos parentescos adequados entre


as rubricas e entre seus elementos, de forma que se possam detectar possíveis erros e ten-
dências irregulares é a Norma de Procedimentos na Execução da Auditoria corresponden-
te à Análise das Demonstrações Financeiras, que também pode ser denominada de “exame
das contas”.
O candidato poderia matar a questão por eliminação, da seguinte forma:
A norma de planejamento corresponde ao objetivo de garantir que sejam de alta qualidade,
bem como sejam executadas de forma econômica, eficiente, eficaz e oportuna.
A norma de provas de auditoria refere-se à obtenção de informações probatórias que sejam
adequadas, pertinentes e razoáveis para fundamentar a opinião e as conclusões do auditor
quanto à organização, programa, atividade ou função auditada.
A norma de supervisão e revisão corresponde à necessidade de que o trabalho do pessoal
encarregado da auditoria, em todos os seus níveis e fases, deve ser adequadamente super-
visionado durante sua execução e um funcionário hierarquicamente superior deve revisar a
documentação obtida.
A norma de exame e avaliação do controle interno corresponde à definição pelo auditor da
extensão e do âmbito da auditoria, mediante o estudo e a avaliação da confiabilidade do con-
trole interno.
Logo, a única alternativa possível seria de fato a letra d.
Letra d.

052. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA/2021) A contribuição da auditoria operacional limita-se ao


aperfeiçoamento da transparência, economicidade e eficiência dos processos.

Os objetivos da auditoria interna são diferentes daqueles da auditoria externa. Não obstan-
te, tanto a auditoria interna quanto a externa governamental promovem boa governança ao
contribuírem para a transparência e accountability pelo uso de recursos públicos, assim como
para a economia, eficiência e efetividade na administração pública. Isso oferece oportuni-

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dades para a coordenação e a cooperação, assim como para a possibilidade de eliminar a


duplicação de esforços (ISSAI 100, 39).
Logo, está errada afirmação de que a contribuição da auditoria operacional se limita ao aper-
feiçoamento da transparência, economicidade e eficiência dos processos.
Errado.

053. (CESPE/TCDF/AUDITOR/2021) Para conferir objetividade aos trabalhos de auditoria, a


materialidade deve ser um critério exclusivamente quantitativo.

A materialidade é muitas vezes considerada em termos de valor, mas também tem aspectos
quantitativos, bem como qualitativos. As características inerentes a um item ou grupo de
itens podem tornar uma questão material por sua própria natureza. Uma questão pode, tam-
bém, ser material por causa do contexto em que ela ocorre (ISSAI 100, 41).
Errado.

054. (CESPE/TCDF/AUDITOR/2021) Os princípios fundamentais de auditoria no nível 3 foram


elaborados a partir da Declaração de Lima, segundo a qual democracia e estado de direito são
premissas essenciais para uma auditoria independente.

Os Princípios Fundamentais de Auditoria no nível 3 (ISSAI 100-999) decorrem e foram ela-


borados a partir da ISSAI 1 – A Declaração de Lima e das ISSAI de nível 2, e fornecem uma
estrutura normativa de referência internacional definindo a auditoria do setor público.
Certo.

055. (INÉDITA/2022) Com relação aos princípios gerais aplicáveis às auditorias no setor pú-
blico definidos na ISSAI 100, é correto afirmar que
a) as normas e princípios estabelecidos pela Intosai são de cumprimento obrigatório pelas EFS.
b) as auditorias do setor público são classificadas em auditorias de demonstrações financei-
ras, auditorias operacionais e auditorias integradas.
c) as auditorias no setor público envolvem somente duas partes: o auditor e a parte respon-
sável pela informação.
d) o objeto da auditoria refere-se à informação, condição ou atividade que é mensurada ou
avaliada de acordo com certos critérios
e) todas as auditorias no setor público são consideradas trabalhos de certificação.

a) Errada. As normas e princípios estabelecidos pela INTOSAI não são de cumprimento


obrigatório pelas Entidades Fiscalizadoras Superiores.

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b) Errada. As auditorias do setor público podem ser classificadas em um ou mais de três tipos
principais: auditorias de demonstrações financeiras, auditorias de conformidade e auditorias
operacionais.
c) Errada. As auditorias envolvem sempre três partes: o auditor, a parte responsável, os usu-
ários previstos (as três partes da auditoria).
d) Certa. O objeto refere-se à informação, condição ou atividade que é mensurada ou avaliada
de acordo com certos critérios.
e) Errada. Os trabalhos de auditoria no setor público podem ser classificados em dois tipos
diferentes: trabalhos de certificação e de relatório direto.
Letra d.

056. (INÉDITA/2022) São elementos básicos da auditoria governamental segundo a INTO-


SAI, exceto
a) auditor.
b) objeto.
c) usuários previstos.
d) achado.
e) critérios.

Segundo a ISSAI 100, todas as auditorias do setor público possuem os mesmos elementos
básicos: auditor – pessoa que tem a responsabilidade pela auditoria ou as pessoas a quem é
delegada a tarefa de conduzir auditorias; parte responsável – aquela que tem a incumbência
de gestão do objeto, de elaboração da informação sobre o objeto ou de atender recomen-
dações e cumprir determinações acerca do objeto, e podem ser pessoas ou organizações;
usuários previstos – pessoas, organizações ou grupos destas para quem o auditor elabora o
relatório de auditoria; objeto – refere-se à informação, condição ou atividade que é mensura-
da ou avaliada de acordo com certos critérios; critérios – referências usadas para avaliar ou
mensurar o objeto; informação do objeto – resultado da avaliação ou mensuração do objeto
de acordo com os critérios aplicáveis.
Letra d.

057. (INÉDITA/2022) Considere que está sendo realizada uma auditoria em um programa de
governo, com o objetivo de avaliar se as ações governamentais estão aderentes aos critérios
estabelecidos para uma execução eficiente. Considere ainda que a equipe de auditoria desig-
nada pelo Tribunal de Contas tenha mantido postura questionadora e, ao desconfiar da con-
fiabilidade de informação obtida junto à administração, adotou procedimento de confirmação
da informação junto a uma fonte independente. Nesse caso, de acordo com as normas de au-
ditoria da Intosai, o tipo de auditoria e o requisito profissional adotado foram, respectivamente

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a) auditoria operacional e ceticismo profissional.


b) auditoria de conformidade e julgamento profissional.
c) auditoria de regularidade e zelo profissional.
d) auditoria operacional e julgamento profissional.
e) auditoria de conformidade e ceticismo profissional.

A auditoria é do tipo operacional, cujo objetivo é determinar se intervenções, programas e


instituições estão operando em conformidade com os princípios de economicidade, eficiência
e efetividade, bem como se há espaço para aperfeiçoamento. A equipe adotou o ceticismo
profissional que significa manter distanciamento profissional e uma atitude alerta e questio-
nadora quando avalia a suficiência e adequação da evidência obtida ao longo da auditoria.
Também significa manter a mente aberta e receptiva a todos os pontos de vista e argumentos.
Letra a.

058. (INÉDITA/2022) De acordo com as ISSAI, a auditoria financeira


a) procura responder a questões-chave de auditoria.
b) tem por objetivo apresentar recomendações.
c) é sempre um trabalho de certificação.
d) foca em determinar se atividades e transações financeiras estão em conformidade com
as normas.
e) reduz o risco de auditoria a um nível aceitável.

a) Errada. A auditoria operacional tem por objetivo responder a questões-chave de auditoria.


b) Errada. A auditoria operacional tem por objetivo apresentar recomendações para aper-
feiçoamento.
c) Certa. A auditoria financeira foca em determinar se a informação financeira de uma en-
tidade é apresentada em conformidade com a estrutura de relatório financeiro e o marco
regulatório aplicável. A auditoria financeira é sempre trabalho de certificação, uma vez que é
baseada em informações financeiras apresentadas pela parte responsável.
d) Errada. A auditoria de conformidade é realizada para avaliar se atividades, transações fi-
nanceiras e informações cumprem, em todos os aspectos relevantes, as normas que regem a
entidade auditada.
e) Errada. A auditoria financeira é um trabalho de asseguração razoável em que o risco de
auditoria é reduzido a um nível aceitavelmente baixo.
Letra c.

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059. (INÉDITA/2022) O trabalho de auditoria operacional que tem como foco investigar se os
recursos têm sido utilizados de forma ótima ou satisfatória, ou se resultados iguais ou seme-
lhantes em termos de quantidade, qualidade e prazo de entrega poderiam ser alcançados com
menos recursos é uma auditoria de
a) economicidade
b) efetividade
c) equidade
d) qualidade
e) eficiência

A auditoria de eficiência tem como foco investigar se os recursos têm sido utilizados de for-
ma ótima ou satisfatória, ou se resultados iguais ou semelhantes em termos de quantidade,
qualidade e prazo de entrega poderiam ser alcançados com menos recursos.
Letra e.

060. (INÉDITA/2022) Um trabalho de asseguração limitada apresenta a seguinte característica


a) o relatório transmite a natureza limitada da asseguração fornecida.
b) o risco é reduzido a um nível aceitavelmente baixo.
c) a conclusão é expressa de forma positiva.
d) a conclusão assegura que o objeto está ou não em conformidade em todos os aspectos
relevantes.
c) o nível de asseguração esperado não será significativo para os usuários previstos

Ao fornecer uma asseguração limitada, a conclusão da auditoria afirma que, com base nos
procedimentos executados, nada veio ao conhecimento do auditor para fazê-lo acreditar que
o objeto não está em conformidade com os critérios aplicáveis. Os procedimentos executa-
dos em uma auditoria de asseguração limitada são limitados em comparação com os que são
necessários para obter asseguração razoável, mas é esperado que o nível de asseguração,
baseado no julgamento profissional do auditor, seja significativo para os usuários previstos.
As alternativas “b”, “c” e “d” referem-se a um trabalho de asseguração razoável.
Letra a.

061. (INÉDITA/2022) Quanto aos padrões de auditoria da Intosai, é correto afirmar que
a) a auditoria operacional é o exame independente, objetivo e confiável que analisa se progra-
mas, atividades ou organizações do governo estão funcionando de acordo com os princípios
de legalidade e economicidade.
b) as auditorias no setor público podem ser realizadas em conformidade tanto com as Dire-
trizes Gerais de Auditoria estabelecidas nas ISSAI como com normas provenientes de outras
fontes, mesmo que haja contradições.

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c) a auditoria financeira foca em determinar se atividades e transações financeiras estão em


conformidade com as normas e pode ser um trabalho de certificação ou de relatório direto.
d) a auditoria do setor público é um processo sistemático de obter e avaliar objetivamente
evidência para determinar se a informação ou as condições reais de um objeto estão de acor-
do com critérios estabelecidos.
e) em auditoria do setor público, as partes responsáveis correspondem às pessoas, organiza-
ções ou grupos destas para quem o auditor elabora o relatório de auditoria, como os órgãos
legislativos ou de controle.

a) Errada. A auditoria operacional realizada pelas EFS é o exame independente, objetivo e


confiável que analisa se empreendimentos, sistemas, operações, programas, atividades ou
organizações do governo estão funcionando de acordo com os princípios de economicidade,
eficiência e efetividade e se há espaço para aperfeiçoamento.
b) Errada. As auditorias podem ser realizadas em conformidade tanto com as Diretrizes Ge-
rais de Auditoria como com normas provenientes de outras fontes, desde que não haja con-
tradições. Nesses casos, deve ser feita referência tanto a tais normas como às ISSAI.
c) Errada. A auditoria financeira foca em determinar se a informação financeira de uma enti-
dade é apresentada em conformidade com a estrutura de relatório financeiro e o marco regu-
latório aplicável. Isso é alcançado obtendo-se evidência de auditoria suficiente e apropriada
para permitir o auditor expressar uma opinião quanto a estarem as informações financeiras
livres de distorções relevantes devido a fraude ou erro. A auditoria de conformidade é reali-
zada para avaliar se atividades, transações financeiras e informações cumprem, em todos os
aspectos relevantes, as normas que regem a entidade auditada. Outro erro é que a auditoria
financeira é sempre trabalho de certificação, uma vez que é baseada em informações finan-
ceiras apresentadas pela parte responsável.
d) Certa. Em geral, a auditoria do setor público pode ser descrita como um processo sistemá-
tico de obter e avaliar objetivamente evidência para determinar se a informação ou as condi-
ções reais de um objeto estão de acordo com critérios estabelecidos
e) Errada. As partes responsáveis podem ser responsáveis pela elaboração da informação so-
bre o objeto, pela gestão do objeto ou por atender recomendações acerca do objeto, e podem
ser pessoas ou organizações. Os usuários previstos são as pessoas, organizações ou grupos
destas para quem o auditor elabora o relatório de auditoria. Os usuários previstos podem ser
órgãos legislativos ou de controle, responsáveis pela governança ou o público em geral.
Letra d.

062. (INÉDITA/2022) O tipo de auditoria em que o objeto é definido pelo escopo da auditoria,
podendo ser atividades, transações financeiras ou informações e, em trabalhos de certifica-

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ção, o auditor foca na informação sobre o objeto, que pode ser uma declaração de conformi-
dade com uma estrutura de relatório estabelecida e padronizada é a auditoria
a) auditoria financeira.
b) auditoria de conformidade.
c) auditoria operacional.
d) auditoria integrada.
e) auditoria combinada.

Trata-se da auditoria de conformidade. O objeto de uma auditoria de conformidade é definido


pelo escopo da auditoria. Podem ser atividades, transações financeiras ou informações. Em
trabalhos de certificação sobre conformidade, o auditor foca na informação sobre o objeto,
que pode ser uma declaração de conformidade com uma estrutura de relatório estabelecida
e padronizada.
Letra b.

063. (INÉDITA/2022) De acordo com a ISSAI 100, o risco de auditoria em trabalho de assegu-
ração razoável deve ser reduzido a um nível
a) aceitável.
b) limitado.
c) quase nulo.
d) aceitavelmente baixo.
e) reduzido.

O risco de auditoria é o risco de que o relatório de auditoria possa ser inadequado. Quando
o objetivo é fornecer asseguração razoável, o auditor deve reduzir o risco de auditoria a um
nível aceitavelmente baixo, dadas as circunstâncias da auditoria. A auditoria pode também
visar fornecer asseguração limitada, caso em que o risco aceitável de não conformidade com
critérios é maior do que em uma auditoria de asseguração razoável. A auditoria de assegura-
ção limitada fornece um nível de asseguração que, no julgamento profissional do auditor, será
significativo para os usuários previstos.
Letra b.

064. (INÉDITA/2022) Segundo as ISSAI 100, quando o auditor discorda ou é incapaz de obter
evidência de auditoria suficiente a apropriada acerca de, certos itens do objeto que são ou
podem ser relevantes mas não generalizados, deve expressar uma opinião
a) adversa.
b) pela irregularidade.

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c) qualificada.
b) não modificada.
e) com abstenção.

Se a opinião é qualificada (exceto por), quando o auditor discorda com, ou é incapaz de obter
evidência de auditoria suficiente a apropriada acerca de, certos itens do objeto que são ou
podem ser relevantes, mas não generalizados, ela é modificada.
Letra c.

(CESPE/TCDF/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/2021) Considerando os princípios básicos de au-


ditoria no âmbito do setor público, julgue os itens a seguir.

065. O nível de independência dos auditores externos é maior que o dos auditores internos.

Por não terem qualquer vínculo com a entidade, o nível de independência dos auditores exter-
nos é maior do que os auditores internos.
Certo.

066. As auditorias governamentais devem ser realizadas nas instalações da institui-


ção auditada.

As auditorias governamentais podem ser realizadas dentro ou fora das instalações do


ente auditado.
Errado.

Fim.
Bons estudos e até a próxima aula.

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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M. C. Auditoria – Um curso moderno e completo. São Paulo: Atlas, 2009.

ARAGÃO, M. C. Auditoria – CESPE – Questões comentadas e organizadas por assunto, 2. ed.


Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2013.

BARRETO, D.; GRAEFF, F. Auditoria. Teoria e Exercícios Comentados. 2. ed. São Paulo: Editora
Método, 2011.

BOYTON, W.C.; JOHNSON, R.N.; KELL, W.G. Auditoria. São Paulo: Atlas, 2002.

BORGERTH, V. M da C. SOX – Entendendo a Lei Sarbanes-Oxley, São Paulo: Cengage Lear-


ning, 2009.

CASTRO, D. P. Auditoria e controle interno na administração pública: evolução do controle in-


terno no Brasil: do código de contabilidade de 1922 até a criação da CGU em 2003. São Paulo:
Atlas, 2015.

CREPALDI, S. A. Auditoria contábil – teoria e prática. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

FRANCO, H.; MARRA, E. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo, Atlas, 2001.

LONGO, C. G. Manual de auditoria e revisão de demonstrações financeiras. 2. ed. São Paulo:


Atlas, 2011.

PETER, M. da G. A.; MACHADO, M. V. V. Manual de auditoria governamental. 2. ed. São Paulo:


Atlas, 2014.

Marcelo Aragão
Auditor Federal de Controle Externo do TCU desde 2006. Foi Analista de Finanças e Controle do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal (SCI) durante 14 anos. No Tribunal, exerce atualmente
a função de Ouvidor e já ocupou, entre outras, as funções de assessor do Secretário-Geral de Controle
Externo, coordenador do projeto Controle Externo do Mercosul, chefe do Serviço de Coordenação de
Redes de Controle, coordenador das Ações de Controle sobre os projetos da Copa do Mundo FIFA 2014 e
secretário de Controle Externo no estado de Alagoas. É professor das disciplinas Controle Interno e Externo
e Auditoria Geral e Governamental em diversas instituições de ensino. Além disso, é autor de dois livros
de auditoria pela editora Método. Graduado em Administração pela Universidade Federal Fluminense,
possui especialização em Administração Pública (FGV) e Auditoria Interna e Controle Governamental
(ISC/CEFOR).

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