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GOVERNAMENTAL
Auditoria Governamental
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
AUDITORIA GOVERNAMENTAL
Auditoria Governamental
Marcelo Aragão
Apresentação..................................................................................................................4
Auditoria Governamental............................................................................................... 11
Bases Conceituais da Auditoria Governamental............................................................. 13
Accountability............................................................................................................... 15
Auditoria Governamental no Brasil. ............................................................................... 19
Auditoria Contábil. ........................................................................................................ 20
Auditoria Financeira..................................................................................................... 20
Auditoria Orçamentária................................................................................................ 20
Auditoria Operacional................................................................................................... 20
O Controle Interno.........................................................................................................23
Tipos de Fiscalização do Controle Interno.....................................................................25
Objetivos e Finalidades dos Sistemas de Controle Interno.............................................26
Relacionamento entre o Controle Externo e o Controle Interno..................................... 27
Auditoria de Conformidade e Auditoria Operacional...................................................... 31
Processo Resumido da Auditoria de Conformidade.......................................................35
Auditoria Operacional.................................................................................................... 37
Dimensões da Auditoria Operacional.............................................................................38
Outras dimensões........................................................................................................ 40
Modalidades de Auditoria Operacional......................................................................... 40
Ciclo ou Processo Resumido da Auditoria Operacional..................................................43
Estratégias e técnicas em auditoria operacional...........................................................46
Etapa de Monitoramento...............................................................................................52
Controle de Qualidade em Auditorias Operacionais.......................................................52
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Auditoria Governamental
Marcelo Aragão
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Apresentação
Olá, concurseiro(a),
Tudo bem?
Meu nome é Marcelo Aragão, sou professor de auditoria e controle governamental. Estou
iniciando mais um curso em parceria com o Gran Cursos Online, nesta oportunidade de auditoria
governamental para o concurso de Analista de Controle Externo do Tribunal de Contas do
estado do Rio de Janeiro – TCE/RJ.
A banca organizadora é o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Pro-
moção de Eventos (Cebraspe), que realizará o concurso utilizando o método Cespe de seleção.
A disciplina de auditoria governamental compõe a prova de conhecimentos básicos para
os quatro cargos e especialidades e de conhecimentos específicos para a área de controle –
especialidade: controle externo.
Nesta aula 1, além de apresentar o conteúdo, o programa e a metodologia adotada no cur-
so, daremos dicas importantes de estudo. Na sequência, abordaremos os assuntos indicados
na programação das aulas, conforme quadro específico do tópico 2, relativo ao conteúdo e à
metodologia do curso.
Apresentação do professor
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queria ser auditor e os meus conhecimentos de auditoria e de contabilidade fizeram com que
obtivesse êxito logo no primeiro desafio.
Assim, durante 14 anos fui Analista de Finanças e Controle do Sistema de Controle Inter-
no do Poder Executivo Federal, tendo a oportunidade de exercer várias funções de direção na
Secretaria Federal de Controle Interno e na Controladoria-Geral da União. Posso dizer que tive
participação ativa na construção e na consolidação do Sistema de Controle Interno Federal.
Em 2004, em virtude da necessidade de novos desafios e entendendo que a minha missão
no Controle Interno estava cumprida, estabeleci a meta de me tornar auditor governamental
externo do TCU. Eu passei no concurso do Tribunal daquele ano, cheguei a concluir o curso de
formação, mas não pude tomar posse em virtude de um problema familiar.
Após o curso de formação, retornei à Controladoria-Geral da União, mas sem esquecer o
TCU. Em 2006, voltei a fazer o concurso para Auditor de Controle Externo e novamente obtive
êxito no concurso e pude tomar posse sem problemas.
Logo no primeiro ano de Tribunal, fui convidado para participar de um projeto importante
de reestruturação da área técnica. Posteriormente, passei a ocupar funções gerenciais na
casa, sendo as duas últimas como Secretário de Controle Externo no Estado de Alagoas e
Chefe de Assessoria da Ouvidoria do TCU.
Além do exercício da auditoria, sempre gostei de lecionar e de ajudar a formar novos au-
ditores. Sou instrutor formado pela ESAF e pelo ISC/TCU e coordenei a disciplina de auditoria
em cursos de formação e de progressão da carreira de finanças e controle na ESAF.
Iniciei minha trajetória de professor de cursos preparatórios para concursos públicos em
2007, logo depois de ter entrado no TCU. Tenho lecionado as disciplinas de auditoria contábil,
auditoria governamental, controle interno e controle externo na administração pública em várias
instituições de ensino. Também ministro aulas em cursos profissionais e de pós-graduação.
Orgulho-me de ter sido professor de muitos colegas de trabalho, hoje auditores do TCU!
Tenho dois livros de auditoria publicados pela Editora Método e lancei, recentemente, uma
nova obra em conjunto com professores de outras disciplinas intitulada Questões Discursivas
Comentadas – Tribunal de Contas.
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AULA ASSUNTOS
11 Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público (NBASP):
Nível 1 – Princípios Basilares e Pré-Requisitos para o Funcionamento dos Tribunais de
Aula 8 Contas Brasileiros,
Nível 2 – Princípios Fundamentais de Auditoria do Setor Público,
Nível 3 – Requisitos Mandatórios para Auditorias do Setor Público.
Ressalto que para cada assunto do edital, a banca adota algumas referências importantes
para elaborar questões, com destaque para os livros: Auditoria, de William Boynton e outros,
da Atlas, e Manual de Auditoria Governamental, de Maria da Glória Arraes Peter e Marcus Vi-
nicius Veras Machado, também da Atlas.
A seguir, indico as referências adotadas pelo Cebraspe nas provas que elabora para os as-
suntos mais relevantes e que iremos estudar neste curso, lembrando que os temas “Complian-
ce aplicada à gestão pública” e “Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público (NBASP)”
não foram objeto de provas anteriores da banca.
Não estranhe o fato de indicar normas e estudos do TCU para um concurso do TCE/RJ.
Embora o TCE disponha de um manual de auditoria governamental, são frequentes questões
em provas para tribunais de contas, baseadas em normas do TCU. Isso porque as normas e
metodologias do TCU constituem grande referência para o meio acadêmico e para os demais
tribunais de contas no Brasil em seus trabalhos de fiscalização e julgados.
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Quanto às Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público (NBASP), informo que elas
estão disponíveis no site do Instituto Rui Barbosa, sendo exigidas as normas nos níveis 1
(NBASP 1), 2 (NBASP 2) e 3 (NBASP 3).
Feitas as apresentações necessárias, vamos dar início ao nosso curso.
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Inicialmente, entendo relevante que você conheça a evolução da auditoria governamental.
O surgimento da auditoria governamental, embora que empiricamente, está associada à
prática que a administração pública exercia no controle da arrecadação de tributos.
No Brasil, a auditoria governamental encontra seu amparo legal, com a emissão da Lei n.
4.728 de julho de 1965, que veio normatizar o funcionamento do mercado financeiro e criou à
obrigatoriedade da prática da Auditoria Governamental no Brasil.
A auditoria contábil foi a primeira abordagem de auditoria que surgiu no setor público.
Entretanto, era necessário, não só verificar a adequação e a fidedignidade das demonstrações
financeiras, mas também a obediência a normas, regulamentos e de salvaguardar ativos de
fraudes e desvios de recursos, dando-se origem, assim, a outra modalidade muito próxima da
auditoria contábil, denominada de auditoria de conformidade (compliance audit).
A fusão das abordagens contábil ou financeira e de conformidade originou o conceito ge-
nérico de auditoria de legalidade ou auditoria de regularidade (regularity audit).
A auditoria de regularidade, portanto, passou a englobar aspectos financeiros, de certifi-
cação de contas, bem como aspectos de conformidade ou legalidade. Praticamente todos os
governos do mundo se valem das duas abordagens citadas para efeito de accountability, que
pode ser entendida como capacidade de prestar contas e responder pelos atos e decisões
perante a sociedade.
Cabe alertar que, no Brasil, prevalece a auditoria de conformidade ou regularidade no pla-
no federal, uma vez que a implantação do SIAFI – Sistema de Administração Financeira do
Governo Federal praticamente eliminou, na Administração Direta, a necessidade da auditoria
financeira em sua versão mais difundida de atestar os demonstrativos financeiros, restringindo
sua necessidade às empresas estatais. Atualmente, estão em curso ações para a realização
de auditorias contábeis/financeiras no âmbito do setor público.
A partir da evolução da auditoria financeira tradicional, em função da necessidade de infor-
mações sobre a eficácia e a eficiência das organizações, originou-se o conceito de performance
audit, nas suas diferentes denominações: auditoria operacional, auditoria de desempenho,
auditoria de otimização de recursos, auditoria de economia, eficiência e eficácia ou auditoria
de resultado. No Brasil, esse tipo de auditoria foi denominado de auditoria operacional.
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Embora não se possa afirmar com certeza se essa modalidade de auditoria se originou
no setor privado ou no setor público, constata-se que a auditoria operacional, devido a suas
finalidades, sempre concorreu diretamente com outras formas de diagnóstico e intervenção
organizacional provenientes da ciência administrativa, tais como administração estratégica, por
objetivos, desenvolvimento organizacional etc., de ampla aceitação e utilizadas pelas princi-
pais empresas de auditoria e consultoria no mundo.
Na verdade, a auditoria de desempenho ou operacional foi incorporando diversas técnicas
de análise e resolução de problemas administrativos tais como benchmarking, análise SWOT,
grupo focal, entre outras, aproximando-se, por vezes, do trabalho de consultoria.
Atualmente, a maioria das entidades fiscalizadoras superiores – EFS dos países adota a
definição do termo performance audit (auditoria de desempenho), que abrange o exame dos
três “Es” (eficácia, eficiência e economicidade) de entidades públicas, programas e atividades
governamentais.
O que distingue uma auditoria operacional de uma auditoria financeira ou de conformidade
é que a operacional, como o próprio nome sugere, relaciona-se com operações não financeiras
e especialmente porque seu foco está voltado para resultados, embora também sejam exami-
nadas questões de conformidade, principalmente em avaliações de programas.
Em que pese não haver um consenso entre as EFS na definição da auditoria desempe-
nho, expresso no conceito adotado pela INTOSAI, não se observa a existência de um con-
junto de metodologias e práticas uniformes nos diversos países que praticam a auditoria
de desempenho e também não existe uma definição única que contemple o significado da
auditoria de desempenho.
Nos tempos atuais, a auditoria governamental constitui-se num importante instrumento
de controle, à medida que possibilita uma melhor alocação de recursos públicos, contribuindo
para detectar e propor correção dos desperdícios de recursos, da improbidade administrativa,
a negligência e a omissão e, principalmente antecipando-se a essas ocorrências, procurando
garantir a observância de normas que regulamentam a aplicação destes recursos, bem como
na busca de garantir os resultados pretendidos, em consonância com as boas práticas de
transparência da administração pública.
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Repare que a definição contida nas NAGs é específica para as EFS, que no Brasil são os
Tribunais de Contas (Controle Externo).
O professor Inaldo Araújo ensina que a auditoria governamental é o tipo de auditoria que
está voltado para o acompanhamento das ações empreendidas pelos órgãos e entidades que
compõem a administração direta e indireta das três esferas de governo, ou seja, que gerem a res
publica. Normalmente é realizada por entidades superiores de fiscalização, sob a forma de tri-
bunais de contas ou controladorias, e organismos de controle interno da administração pública.
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Considerando essa última definição, cabe lembrar que, no Brasil, a auditoria governamen-
tal é exercida pelos tribunais de contas e (auditoria governamental externa) e pelos órgãos de
controle interno (auditoria governamental interna).
• auditoria governamental externa – realizada pelos tribunais de contas (controle externo).
• auditoria governamental interna – realizada pelos órgãos de controle interno ou
controladorias (controle interno).
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Veja a seguir questão do Cebraspe acerca dessa definição de auditoria. Já caiu em prova!
Certo.
De acordo com as normas de auditoria governamental, a auditoria é um processo sistemático
de obtenção e avaliação objetivas de evidências sobre afirmações a respeito de ações e even-
tos econômicos, para aquilatação do grau de correspondência entre as afirmações e critérios
estabelecidos, e de comunicação dos resultados a usuários interessados.
Accountability
As normas de auditoria da Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Su-
periores (Intosai) conceituam a accountability pública como a obrigação que têm as pessoas
ou entidades às quais se tenham confiado recursos, incluídas as empresas e corporações
públicas, de assumir as responsabilidades de ordem fiscal, gerencial e programática que lhes
foram conferidas, e de informar a quem lhes delegou essas responsabilidades. E, ainda, como
obrigação imposta, a uma pessoa ou entidade auditada, de demonstrar que administrou ou
controlou os recursos que lhe foram confiados em conformidade com os termos segundo os
quais lhe foram entregues.
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Obs.: O termo accountability, que não possui tradução precisa para o nosso idioma, repre-
senta, segundo definição extraída do Manual de Auditoria Integrada do Escritório do
Auditor-Geral do Canadá (OAG), a obrigação de responder por uma responsabilidade
outorgada. Pressupõe a existência de pelo menos duas partes: uma que delega a
responsabilidade e outra que a aceita, mediante o compromisso de prestar contas
sobre como essa responsabilidade foi cumprida. O termo sintetiza a preservação dos
interesses dos cidadãos por meio da transparência, responsabilização e prestação de
contas pela administração pública.
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Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União […]
será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie, ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
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accountability pública, contribuindo para reduzir as incertezas sobre o que ocorre no interior
da administração pública, fornecendo à sociedade e ao Congresso Nacional uma razoável
segurança de que os recursos e poderes delegados aos administradores públicos estão sendo
geridos mediante ações e estratégias adequadas para alcançar os objetivos estabelecidos
pelo poder público, de modo transparente, em conformidade com os princípios de adminis-
tração pública, as leis e os regulamentos aplicáveis.
Reparou como a palavra accountability foi utilizada até aqui? Isso decorre da valorização
que as normas de auditoria dão a esse termo, que não tem tradução para a língua portuguesa.
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União […]
será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle in-
terno de cada Poder.
Portanto, a fiscalização no nível interno de cada Poder é realizada por órgãos de suas
próprias estruturas, os denominados órgãos ou unidades de controle interno, e a fiscalização
externa é exercida pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas. É por intermédio
da fiscalização desses órgãos que se dá efetividade ao poder-dever de controle do Estado
sobre a administração pública.
Mais adiante, no inciso IV do art. 71, a Constituição menciona as inspeções e auditorias
que se somam a outras formas de fiscalização contidas nos demais incisos, o que nos leva
a concluir que essas são formas, não exclusivas, pelas quais os órgãos responsáveis pelo
controle das finanças públicas executam a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, com o fim de dar efetividade ao controle da administração pública,
no que tange a gestão dos recursos públicos.
O texto constitucional, no art. 71, inciso IV, elenca cinco tipos de auditoria ou fiscalização:
contábil; financeira; orçamentária; operacional; e, patrimonial.
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Auditoria Contábil
A fiscalização contábil está relacionada à aplicação dos recursos públicos conforme as
técnicas contábeis. Tem como propósito verificar se os fatos relacionados com a gestão dos
recursos públicos estão sendo escriturados de acordo com as normas contábeis aplicadas ao
caso. Além da conformidade dos registros, verifica-se a adequada elaboração e divulgação
dos demonstrativos contábeis – balanços.
Auditoria Financeira
A fiscalização financeira está relacionada ao fluxo de recursos (ingressos e saídas) ge-
ridos pelo administrador, independentemente de serem ou não recursos orçamentários.
Constitui objeto da fiscalização financeira a verificação da legalidade e legitimidade na re-
alização das despesas, observando se o gestor público cumpriu os princípios e as regras
estabelecidas para as aquisições de bens e serviços e de liquidação da despesa pública.
Auditoria Orçamentária
A fiscalização orçamentária está relacionada à aplicação dos recursos públicos, confor-
me as leis orçamentárias, acompanhando a arrecadação dos recursos e a aplicação. Ou seja,
o seu objetivo é verificar se as receitas e despesas públicas guardam conformidade com as
peças orçamentárias: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei do
Orçamento Anual (LOA). Verifica se foram respeitados os limites e destinações estabelecidos
nas leis orçamentárias.
Auditoria Operacional
A fiscalização operacional está relacionada à verificação do cumprimento de metas, resul-
tados, eficácia e eficiência da gestão dos recursos públicos. Por meio desta modalidade de fis-
calização, é feito o acompanhamento da execução de programas e projetos governamentais. É
um tipo de fiscalização que tem por enfoque orientar e fornecer apoio aos gestores públicos, de
modo que possam otimizar a aplicação dos recursos financeiros para atingimento das metas.
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Auditoria patrimonial
Essa classificação converge com a adotada pela Intosai: a performance audit (auditoria
de desempenho ou operacional) e a regularity audit (auditoria de regularidade ou conformi-
dade) constituem duas partes de um mesmo todo, cujo objetivo é garantir a accountability do
setor público em duas diferentes perspectivas: regularidade e desempenho.
Na auditoria de conformidade, o auditor está preocupado em verificar se o gestor público
agiu conforme os mandamentos legais. Esse tipo de auditoria abrange a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária e patrimonial, quanto à legalidade e à legitimidade.
Já a auditoria operacional se preocupa em verificar o desempenho e os resultados alcança-
dos pelo gestor público, ou seja, a eficácia, a eficiência, a economicidade e a efetividade da gestão.
1
Observância de leis e regulamentos aplicáveis.
2
Adequação ao interesse público.
3
Minimização do custo dos recursos na consecução de uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade.
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sua disposição.
Eficiência: relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e
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Tipos Tipos de
de Auditoria Fiscalização
Operacional Contábil
Regularidade Financeira
Auditoria Orçamentária
Governamental Patrimonial
Operacional
Aspectos
Objetivos
Fiscalizados
O Controle Interno
O edital do concurso cobra o estudo acerca do “controle interno” sem mencionar qual o
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Controle interno é um processo, conduzido pelo conselho de administração, diretoria e por todo o
pessoal da organização, projetado para fornecer segurança razoável quanto à realização de obje-
tivos nas seguintes categorias:
operacional (eficácia e eficiência das operações);
comunicação (confiabilidade das informações e relatórios);
(cumprimento de leis e regulamentações aplicáveis).
Essa definição reflete certos conceitos fundamentais. Segundo o COSO, o controle interno
é orientado para a consecução de objetivos em uma ou mais categorias – operacionais, de
comunicação e de conformidade.
• Objetivos Operacionais: Esses objetivos são relacionados com a eficiência e eficácia dos
processos operacionais, incluindo o desempenho quanto ao alcance das metas financei-
ras e/ou operacionais, e também a salvaguarda dos ativos contra a ameaça de perdas.
• Objetivos de Comunicação ou Divulgação: Esses objetivos relacionam-se a divulgações
financeiras e não financeiras, internas e externas, podendo abranger os requisitos de
confiabilidade, oportunidade, transparência ou outros termos estabelecidos pelas auto-
ridades normativas, órgãos normatizadores reconhecidos, ou às políticas da entidade.
• Conformidade (compliance): Esses objetivos dizem respeito à aderência a normas, leis
e regulamentos em que a organização tem obrigação.
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Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-
mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Ainda de acordo com o texto constitucional, o controle interno assume um caráter avalia-
tivo da ação governamental.
Adota a filosofia de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimo-
nial dos órgãos e entidades da administração direta e indireta, ultrapassando os limites da
legalidade, para abranger, também, o exame da legitimidade, eficácia, eficiência e economici-
dade dos gastos públicos.
Dessa forma, permite avaliar os gastos governamentais em relação aos interesses da
sociedade, conhecer a organização e o funcionamento dos órgãos e entidades, além de pos-
sibilitar aferir os resultados dos programas e projetos governamentais.
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Outro aspecto relevante é que a fiscalização por parte do sistema de controle interno
alcança a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado, a exemplo de
ONGs, OCIPs e organizações sociais que recebem recursos do Estado mediante convênios
ou transferências legais.
As finalidades do sistema de controle interno estão descritas em termos de objetivos no
art. 3º do Decreto n. 3.591/2000, a saber:
• a avaliação do cumprimento das metas do Plano Plurianual visa a comprovar a confor-
midade da sua execução.
• a avaliação da execução dos programas de governo visa a comprovar o nível de execução
das metas, o alcance dos objetivos e a adequação do gerenciamento.
• a avaliação da execução dos orçamentos visa a comprovar a conformidade da execução
com os limites e destinações estabelecidos na legislação pertinente.
• a avaliação da gestão dos administradores públicos visa a comprovar a legalidade e a
legitimidade dos atos e a examinar os resultados quanto à economicidade, à eficiência
e à eficácia da gestão orçamentária, financeira, patrimonial, de pessoal e demais sistemas
administrativos e operacionais.
• o controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres da União visa a
aferir a sua consistência e a adequação dos controles internos.
É preciso ter muita atenção em prova quanto às finalidades dos sistemas de controle interno
de cada poder, pois as bancas tentam confundir os candidatos, por vezes incluindo algum de-
talhe que não consta do texto constitucional ou trocando uma finalidade do controle interno
por uma competência dos tribunais de contas. Por exemplo, não compete ao controle interno
julgar as contas dos gestores e aplicar sanções. Estas são competências privativas dos Tri-
bunais de Contas estabelecidas no art. 71 da CF.
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Nesse sentido, existe uma cooperação entre os controles interno (organismos próprios
de controle e de auditoria de cada Poder) e externo (órgão do Poder Legislativo e Tribunal de
Contas) em prol de uma fiscalização da gestão pública mais eficiente e efetiva.
Talvez o principal apoio seja a realização das auditorias nos processos de contas (anu-
ais e especiais) pelos órgãos de controle interno, com o objetivo de subsidiar o julgamento
dessas contas pelo Tribunal de Contas.
Todavia, esse apoio se dá também pela obrigação estabelecida no § 1º do art. 74, refletida
nas constituições estaduais, qual seja:
Assim, os dirigentes dos órgãos de controle interno de cada Poder, ao tomarem conheci-
mento de qualquer irregularidade (desvio de recursos, fraudes, prejuízos etc.) ou ilegalidade
(descumprimento de lei e princípios), praticadas no âmbito dos órgãos e entidades que estão
sob a sua jurisdição, devem de imediato comunicar ao Tribunal de Contas. A omissão não jus-
tificada poderá ensejar a responsabilidade do dirigente de controle interno omisso, de forma
solidária com quem praticou o ato ilícito.
Apesar de uma das finalidades dos sistemas de controle interno ser apoiar o exercício do
controle externo, cabe ressaltar que não há hierarquia entre os sistemas de controle externo e
interno. Eles atuam de forma complementar!
A seguir, veja as questões que caíram na prova da Controladoria Geral do Município de João
Pessoa em 2018, elaborada pelo Cebraspe, sobre a abrangência e as finalidades do sistema de
controle interno e sua comparação com o controle interno administrativo, segundo o COSO.
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A avaliação dos resultados tem dois parâmetros: a eficácia e a eficiência tanto da gestão or-
çamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal quanto
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
Certo.
Uma das finalidades do SCI de cada Poder é comprovar a legalidade e avaliar os resultados,
quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entida-
des de direito privado.
Questão 3 Aos controles internos compete verificar a utilização dos recursos públicos, mas
estão dispensados de analisar recursos administrados por entidades de direito privado, como
é o caso de parcerias público-privadas, em que há aplicação de recursos públicos e privados.
Errado.
O controle interno alcança a verificação da aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado, como, por exemplo, as parcerias público-privadas.
Errado.
Ao contrário do que afirma o item, entre as finalidades dos controles internos, incluem-se a
de comprovar a legalidade e a de avaliar os resultados da gestão orçamentária, financeira
e patrimonial.
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Questão 5 Ao mencionar que os controles internos devem “avaliar o cumprimento das me-
tas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos
da União”, o inciso I do artigo constitucional em questão mostra-se contraditório com as
características descritas pelo COSO ICIF 2013, em que o controle interno é planejado para
assegurar tanto o alcance dos objetivos relacionados às operações, quanto a produção de
relatórios e a adequação às normas.
Errado.
Não há contradição entre os objetivos do controle interno avaliativo ou fiscalizador estabele-
cido na Constituição e do controle interno administrativo, conforme definido pelo COSO (ICIF
2013). Ambos visam a assegurar a conformidade/legalidade, a adequação dos relatórios e a
eficiência e eficácia da gestão.
Finalidades
Responsabilidade
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Note que não é a área a ser auditada que define se auditoria é do tipo regularidade/con-
formidade ou operacional, mas o objetivo que mais prevalece no trabalho. Contudo, sabemos
que a auditoria de conformidade é muito utilizada para auditoria em licitações e contratos,
aposentadorias, setores de patrimônio e folhas de pagamento.
As auditorias operacionais possuem características próprias que as distinguem das au-
ditorias tradicionais. Ao contrário das auditorias de regularidade, que adotam padrões relati-
vamente fixos, as auditorias operacionais, devido à variedade e complexidade das questões
tratadas, possuem maior flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria, métodos
de trabalho e forma de comunicar as conclusões de auditoria. Empregam ampla seleção de
métodos de avaliação e investigação de diferentes áreas do conhecimento, em especial das
ciências sociais. Além disso, essa modalidade de auditoria requer do auditor flexibilidade,
imaginação e capacidade analítica.
Algumas áreas de estudo, em função de sua especificidade, necessitam de conhecimen-
tos especializados e abordagem diferenciada, como é o caso das avaliações de programa,
auditoria de tecnologia de informação e de meio ambiente.
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Auditoria
Governamental
legalidade e legitimidade
espécies: contábil ou legalidade
padrões e critérios fixos (leis, normas etc)
De regularidade
enfoque no passado
opinião concisa e padronizada
menor necessidade de contar com especialistas
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Para que seja realizada uma auditoria, o primeiro passo é a designação da equipe de auditoria
mediante ato formal, mediante Portaria de Fiscalização, por exemplo, na qual são identificados o
coordenador, os demais membros da equipe e o supervisor, bem como o objetivo dos trabalhos,
o órgão/entidade fiscalizado, a deliberação que originou a fiscalização, a fase de planejamento e,
quando conhecidas, as fases de execução e de elaboração do relatório.
Uma vez designada, a equipe procederá ao planejamento do trabalho, que envolve os
seguintes aspectos básicos:
• nível de detalhamento suficiente, de modo a maximizar a relação entre o provável bene-
fício da fiscalização e o seu custo total;
• obtenção e análise das informações disponíveis e necessárias sobre o objeto fiscalizado,
inclusive quanto aos sistemas informatizados e aos controles internos a ele associados;
• suficiente discussão, no âmbito da equipe de auditoria e entre esta e o supervisor, a
respeito da definição do escopo, dos procedimentos e técnicas a serem utilizados;
• teste e revisão dos formulários, questionários e roteiros de entrevista, a serem utilizados
na fase de execução.
Na fase de planejamento, deve ser elaborada a Matriz de Planejamento, que você verá na
aula 3, quando estudarmos o planejamento da auditoria governamental.
Na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve, preliminarmente, construir uma
visão geral do objeto a ser fiscalizado, podendo fazer uso de diversas fontes de informação,
internas e externas, como sistemas informatizados; legislação e normas específicas; con-
tas dos últimos exercícios; auditorias anteriores; notícias veiculadas na mídia; e trabalhos
acadêmicos publicados.
Uma vez concluído o planejamento, passa-se à fase de execução, com a apresentação da
equipe aos dirigentes do órgão ou entidade auditada.
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Os esclarecimentos acerca dos indícios devem ser colhidos por escrito ao longo da fase
de execução, por intermédio de ofícios de requisição, evitando-se mal-entendidos e minimi-
zando o recolhimento de informações posteriores.
A análise dos achados de auditoria é realizada mediante utilização da Matriz de Achados.
Para os achados que resultem em propostas de audiência ou conversão em tomada de contas
especial para fins de citação, é necessário o preenchimento da Matriz de Responsabilização, na
qual fica identificada a responsabilidade pela ocorrência. Você verá as Matrizes de Achados e
de Responsabilização na aula 6.
Ao aplicar os procedimentos, o auditor obtém evidências, elementos essenciais e compro-
batórios do achado, que devem ter os seguintes atributos:
a) validade – a evidência deve ser legítima, ou seja, baseada em informações precisas e
confiáveis;
b) confiabilidade – garantia de que serão obtidos os mesmos resultados se a fiscalização for
repetida. Para obter evidências confiáveis, é importante considerar que: é conveniente usar
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Auditoria Operacional
Segundo as NBASPs, o principal objetivo da auditoria operacional é promover, construtiva-
mente, a governança econômica, efetiva e eficaz. Ela também contribui para a accountability
e transparência.
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A auditoria operacional não tem suas raízes na forma de auditoria que é habitual no setor
privado. Tem suas raízes na necessidade de análises independentes e de amplo escopo acer-
ca da economia, da eficiência e da eficácia dos programas e organismos da Administração,
efetuadas em caráter não periódico. A auditoria que é habitual no setor privado, realizada em
caráter periódico, é a auditoria contábil.
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Efetividade
Economicidade
Eficiência
Eficácia
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A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo.
Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de efeitos
sobre a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos esperados).
Trata-se de verificar a ocorrência de mudanças na população-alvo que se poderia razoavel-
mente atribuir às ações do programa avaliado.
Outras dimensões
Além das quatro dimensões de desempenho examinadas, outras, a elas relacionadas,
poderão ser explicitadas em razão de sua relevância para a delimitação do escopo das au-
ditorias operacionais. Aspectos como a qualidade dos serviços, o grau de adequação dos
resultados dos programas às necessidades das clientelas (geração de valor público), a justiça
na distribuição dos serviços e dos seus custos econômicos, sociais e políticos (equidade)
podem ser tratados em auditorias operacionais com o objetivo de subsidiar a accountability
de desempenho da ação governamental.
O exame da equidade, que pode ser derivado da dimensão de efetividade da política
pública, baseia-se no princípio que reconhece a diferença entre os indivíduos e a necessidade
de tratamento diferenciado. Promover a equidade é garantir as condições para que todos
tenham acesso ao exercício de seus direitos civis (liberdade de expressão, de acesso à infor-
mação, de associação, de voto, igualdade entre gêneros), políticos e sociais (saúde, educação,
moradia, segurança). Portanto, as políticas públicas de proteção e de desenvolvimento social
têm papel fundamental na construção da equidade.
Em relação aos critérios pelos quais o auditor operacional mede o desempenho/resulta-
dos, eles são amplos (leis, definidos pela Administração, pelos auditores, auditorias anterio-
res, outras instituições ou programas etc.). Os critérios em auditorias contábeis são relativa-
mente fixos e padronizados.
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Avaliação de programa
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e prioridades e se seus produtos estão atingindo as metas previstas com a necessária efici-
ência. A segunda atividade – impactos – busca aferir se as transformações primárias e/ou
secundárias, na realidade, são atribuíveis às ações do programa, estabelecendo as devidas
relações de causalidade.
Para a INTOSAI, a avaliação de programa é um tipo de estudo ou modalidade de auditoria ope-
racional cujo propósito é mensurar o funcionamento de um programa e melhorar seus resultados.
A avaliação de programa tem como propósito avaliar a efetividade de um programa ou
projeto, ou seja, os benefícios e impactos gerados com ação governamental.
O gráfico abaixo demonstra o ciclo completo das auditorias operacionais no âmbito dos
Tribunais de Contas, que é o seguinte:
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A seleção das auditorias é a primeira etapa do processo, a partir da qual são definidos os
programas e/ou órgãos a ser avaliados. Nessa fase, examinam-se as prioridades de governo,
a relevância das ações para reduzir os problemas da sociedade, a materialidade dos recursos
envolvidos e o risco de não se alcançarem os resultados esperados.
• Materialidade é o volume de recursos envolvidos, ou seja, a representatividade do valor
do orçamento aprovado para o órgão ou programa de trabalho, do montante dos gastos
realizados ou do patrimônio gerido.
• Relevância envolve aspecto ou fato considerado importante, em geral no contexto do
objetivo delineado, ainda que não seja material ou economicamente significativo.
Relevância pode também ser definida como a importância social ou econômica de um
órgão ou programa governamental.
• Risco é a possibilidade de algo acontecer e ter impacto nos objetivos, sendo medido em
termos de consequências e probabilidades.
Na aula 3, veremos detalhadamente cada uma dessas atividades. Por enquanto, é preciso
que você saiba que, nesta fase, define-se o projeto de auditoria que é apresentado no instru-
mento denominado Matriz de Planejamento.
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Além das técnicas acima, outras, como análise de Ishikawa, análise RECI e marco lógico
também podem ser úteis nessa etapa do trabalho de auditoria.
A Matriz de Planejamento apresenta para cada questão de auditoria: as informações que
serão necessárias para a sua análise; onde serão obtidas – fontes; a estratégia metodológica
para coleta e análise das informações; as limitações dela decorrente; e, os potenciais resultados
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Estratégias metodológicas
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como aos resultados esperados. Com frequência, é utilizada em conjunto com estu-
dos de caso como suporte para as análises de caráter qualitativo, típicas dessa últi-
ma estratégia. Quando a pesquisa for baseada em amostragem estatística, é possível
generalizar as conclusões para toda a população. Para garantir essa generalização,
a amostra deve refletir as características da população-alvo. Qualquer deficiência do
método amostral utilizado deve ser levada em conta na interpretação dos resultados da
pesquisa e ser devidamente relatada.
• Pesquisa Experimental: na pesquisa experimental, para verificar se um programa é
a causa de determinado efeito, selecionam-se dois grupos de unidades de pesquisa
(pessoas, escolas, hospitais etc.): 1) o grupo experimental ou de tratamento, que será
exposto ao programa; 2) o grupo de controle, que não será exposto. As diferenças ob-
servadas nos resultados obtidos por esses grupos, com algumas qualificações, po-
derão ser atribuídas à presença do programa. O procedimento, para ser considerado
um experimento em sentido estrito, requer que as unidades de pesquisa, em ambos
os grupos, sejam selecionadas de forma randômica ou aleatória. Isso visa fortalecer a
conclusão sobre o vínculo causal, garantindo que a maioria dos fatores não manipula-
dos pelo programa e que poderiam influenciar os seus resultados está uniformemente
distribuída entre os dois grupos. Dessa forma, apenas os efeitos do programa explica-
riam as diferenças observadas.
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c) Interpretações alternativas: uma vez formulada uma interpretação a partir das princi-
pais relações identificadas na análise, devem-se buscar interpretações alternativas;
caso não sejam encontradas evidências substantivas que sustentem essas interpre-
tações, reforça-se a confiança na interpretação originalmente formulada. Em uma au-
ditoria operacional de qualidade, os argumentos sustentados pela equipe devem ser
confrontados com os melhores contra-argumentos possíveis.
d) Caso negativo: relacionado ao item anterior, trata-se de identificar as situações que
não seguem a interpretação principal ou corrente em razão de circunstâncias es-
pecíficas e que, por isso mesmo, funcionam como “exceções (casos negativos) que
confirmam a regra” e que ajudam a esclarecer os limites e as características da in-
terpretação principal.
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necessário discutir esses textos preliminares com gestores e especialistas, para confirmar
dados, desenvolver argumentos e propostas de recomendação.
Etapa de Monitoramento
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Nas próximas aulas você verá o processo de auditoria do Tribunal de Contas de forma
mais aprofundada. Por enquanto, o mais importante é que você entenda os objetivos e as
características dos dois tipos de auditoria do Tribunal de Contas e saiba distinguir a auditoria
de conformidade/regularidade da auditoria operacional.
A seguir, conheça os demais instrumentos de fiscalização. A auditoria é um deles.
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locais, mas sabemos que existem ainda mais três instrumentos previstos no Regimento
Interno dos Tribunais ou em normas específicas.
Uma das razões para a CF prever apenas a inspeção e a auditoria, é que esses dois instru-
mentos ou procedimentos são utilizados pelo Tribunal para buscar informações diretamente
nos locais onde serão produzidas ou armazenadas pelos gestores públicos. Por meio delas,
representado por suas equipes técnicas, o Tribunal vai até as repartições da Administração,
coletar os dados necessários ao controle da gestão.
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Auditoria
Alguns tribunais de contas, a exemplo do TCU, definem ainda em suas normas que a audi-
toria também tem como objetivo subsidiar a apreciação dos atos sujeitos a registro.
Como visto nesta aula, os dois tipos de auditoria que os Tribunais de Contas realizam são
a auditoria de regularidade e a auditoria operacional.
Inspeção
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Levantamento
Acompanhamento
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Monitoramento
O monitoramento tem por objetivo verificar o cumprimento das deliberações dos tribunais
de contas (recomendações e determinações) e os resultados delas advindos.
De acordo com as normas de auditoria, as deliberações proferidas pelo Tribunal devem ser
devidamente acompanhadas quanto ao seu cumprimento ou à sua implementação, observan-
do-se que as determinações endereçadas aos jurisdicionados serão obrigatoriamente monito-
radas e as recomendações o serão a critério do Tribunal, do relator ou da unidade técnica.
A proposição de determinações e o seu consequente monitoramento observarão o dis-
posto em padrões e procedimentos estabelecidos para esse fim. Determinações e recomen-
dações anteriores, bem como os resultados de monitoramentos devem ser levados em con-
sideração no planejamento de futuras ações de controle.
Ao formular determinações e recomendações e posteriormente monitorá-las, o auditor
deve manter sua objetividade e independência e, portanto, preocupar-se em verificar mais
a correção dos problemas e das deficiências identificadas do que o cumprimento formal de
deliberações específicas.
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Auditoria Governamental
Marcelo Aragão
RESUMO
Nesta aula, aprendemos que o surgimento da auditoria governamental, embora que em-
piricamente, está associada à prática que a administração pública exercia no controle da
arrecadação de tributos. Vimos que o primeiro tipo de auditoria no setor público foi a audi-
toria contábil, evoluindo para a auditoria de regularidade (contábil + legalidade dos atos de
gestão). A partir da evolução da auditoria financeira tradicional, em função da necessidade
de informações sobre a eficácia e a eficiência das organizações, originou-se o conceito de
performance audit, denominada no Brasil de auditoria operacional.
Você aprendeu ainda que a auditoria governamental pode ser conceituada de forma am-
pla como o exame independente e objetivo de uma situação ou condição, em confronto com
um critério ou padrão preestabelecido, para que se possa opinar ou comentar a respeito para
um destinatário predeterminado.
Você já sabe que o controle interno está relacionado ao alcance de objetivos e que exis-
tem o Controle Interno Administrativo e Controle Interno avaliativo.
Controle interno administrativo é um processo, conduzido pelos gestores e demais servi-
dores de um órgão/entidade, projetado para fornecer segurança razoável quanto à realização
de objetivos nas seguintes categorias:
• operacional (eficácia e eficiência das operações);
• comunicação (confiabilidade das informações e relatórios);
• conformidade (cumprimento de leis e regulamentações aplicáveis).
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• exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos
e haveres da União;
• apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Você aprendeu ainda que os órgãos de auditoria governamental no Brasil, com destaque
para os tribunais de contas, realizam dois tipos de auditoria governamental: a de regularidade
e a operacional, a saber:
Instrumentos de Fiscalização
• Levantamento: Destina-se a acumular conhecimento sobre o órgão ou programa;
• Auditoria: Procedimento de maior profundidade e dimensão, podendo ser de regulari-
dade ou operacional;
• Inspeção: Adotada no curso de um processo; in loco; apuração de denúncias;
• Acompanhamento: Não exige a presença in loco da equipe de fiscalização; durante um
período de tempo; seletivo;
• Monitoramento: Verifica o cumprimento das deliberações do Tribunal.
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MAPA MENTAL
Instrumentos de Fiscalização
Instrumentos
de Fiscalização
Atestar o cumprimento
de determinação
A implementação de
recomendações
Monitoramento
Avaliar o impacto
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Auditoria Governamental
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QUESTÕES DE CONCURSO
Auditoria Governamental e Controle Interno
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c) O controle interno feito por meio de auditoria a fim de acompanhar a execução do orçamen-
to tem por objetivo verificar a legalidade na aplicação do dinheiro público e auxiliar o tribunal
de contas no exercício de sua missão institucional.
d) O controle interno permite verificar se a administração respeitou disposições imperativas
no exercício de suas atribuições, não se caracterizando como um controle de mérito.
e) O controle externo, efetivado por órgão pertencente à estrutura do ente responsável
pela atividade controlada, abrange a fiscalização e a correção dos atos ilegais, inconve-
nientes e inoportunos.
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Questão 20 (CESPE/TCU/2007) Suponha que uma auditoria, realizada em uma escola agrí-
cola federal subordinada ao Ministério da Educação, tenha constatado falhas e deficiências
na área orçamentário-financeira, no sistema escola-fazenda e na área de recursos humanos.
Nessa situação hipotética, a auditoria descrita é um exemplo de auditoria de natureza ope-
racional, que abrange, inclusive, avaliação de programas, o que permite à equipe de auditoria
pronunciar-se sobre o aumento da evasão escolar em virtude da situação.
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d) operacional.
e) de qualidade.
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gócio, tendo avaliado, ainda, o desempenho das ações implementadas após sua execução, com
tenha realizado uma auditoria na Agência Nacional ABCTEL, visando conhecer a organização,
diar a elaboração e a implementação de novas técnicas. Nessa situação, é correto afirmar que
inserção profissional dos formados, é correto afirmar que a instituição responsável pelo curso
da eficiência e da eficácia.
Período 1 Período 2
Número de professores 50 40
Quantidade de alunos formados 1.500 1.600
Duração média para a conclusão do curso (em anos) 4 5
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Instrumentos de Fiscalização
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Auditoria Governamental
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GABARITO
1. E 28. E
2. C 29. E
3. E 30. C
4. C 31. E
5. C 32. C
6. c 33. E
7. C 34. E
8. E 35. C
9. E 36. d
10. C 37. b
11. E 38. d
12. C 39. E
13. e 40. C
14. C 41. C
15. E 42. E
16. b 43. E
17. c 44. E
18. a 45. a
19. E 46. c
20. C 47. E
21. E 48. C
22. E 49. C
23. d 50. d
24. C
25. e
26. C
27. E
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GABARITO COMENTADO
Auditoria Governamental e Controle Interno
Errado.
A primeira parte do item apresenta erro, pois a função precípua da auditoria não é a detecção
de fraudes. A segunda parte também apresenta erro ao afirmar que a obtenção de informa-
ções de terceiros e o caráter preventivo das ações realizadas pela auditoria são o efeito resi-
dual e aleatório de sua atuação. Como visto, a auditoria baseia-se em informações obtidas
fora da empresa, tais como as relativas à confirmação de contas de terceiros e de saldos
bancários. As confirmações obtidas de fontes externas geralmente oferecem melhores carac-
terísticas de credibilidade do que aquelas obtidas dentro da própria entidade auditada. Sobre
esse objeto, a auditoria exerce sua ação preventiva, saneadora e moralizadora, para confirmar
a veracidade dos registros e a confiabilidade dos comprovantes, com o fim de opinar sobre a
adequação das situações e informações contidas nas demonstrações contábeis.
Certo.
Conforme o § 1º do art. 74 da CF, os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conheci-
mento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da
União, sob pena de responsabilidade solidária.
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Errado.
Questão maldosa! Não existe controle interno uno ou da União. O art. 74 da CF prevê a
criação de sistemas de controle interno em cada Poder, que devem funcionar de forma
sistêmica e integrada.
Certo.
Questão complicada! O inciso I do art. 74 da CF estabelece que uma das finalidades do sis-
tema de controle interno dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário é avaliar o cumpri-
mento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União. Logo, a CF refere-se à avaliação do cumprimento das metas apenas
para o PPA. Quanto à Lei Orçamentária, o controle interno avalia a sua execução.
Ocorre que o item não faz referência à CF. De acordo com o art. 3º do Decreto n. 3.591/2000, a
avaliação da execução dos programas de governo visa a comprovar o nível de execução das me-
tas, o alcance dos objetivos e a adequação do gerenciamento. Assim, damos o item como certo.
Certo.
O controle interno, de fato, se volta mais ao acompanhamento da gestão e à avaliação das
políticas públicas e programas de governo, atuando, normalmente, de forma prévia e conco-
mitante, sem poderes para sancionar e com um caráter mais consultivo e orientador.
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Letra c.
A auditoria é uma das técnicas de trabalho utilizadas pelo controle interno para cumprir suas
atribuições constitucionais, previstas no art. 74 da CF, dentre elas a de acompanhar a exe-
cução do orçamento para verificar a legalidade na aplicação do dinheiro público (inciso I) e
auxiliar o tribunal de contas no exercício de sua missão institucional (inciso IV).
a) Errada. O controle externo não é hierarquicamente superior ao controle interno. Embora o
controle interno tenha a missão constitucional de auxiliar o controle externo (CF, art. 74, IV),
não há relação de hierarquia entre eles.
b) Errada. Quem auxilia o Poder Legislativo no julgamento das contas prestadas anualmente
pelo Presidente da República é o Tribunal de Contas, mediante a emissão de parecer prévio
(CF, art. 71, I).
d) Errada. Além de “verificar se a administração respeitou disposições imperativas no exercí-
cio de suas atribuições”, o que caracteriza um controle de conformidade ou de legalidade, o
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controle de mérito também é próprio do sistema de controle interno, o qual tem a missão de
auxiliar o gestor a alcançar os objetivos sob sua responsabilidade.
e) Errada. O controle externo é efetivado por órgão não pertencente à estrutura do ente res-
ponsável pela atividade controlada, contudo, o controle externo, em regra, não compreende a
correção de atos inconvenientes e inoportunos, notadamente quando respeitados os limites
legais da discricionariedade do administrador público, pois esse tipo de correção é feito ape-
nas no âmbito da autotutela, pela própria administração (revogação de atos discricionários).
Certo.
Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsa-
bilidade solidária. Essa responsabilidade solidária pode ser administrativa, civil e criminal,
incluindo a responsabilização pelo Tribunal de Contas da União.
Errado.
Monitorar o Tribunal de Contas da União, no momento da realização de auditoria na gestão
de recursos públicos federais, sob a responsabilidade de entidades do setor privado, não faz
parte do rol de competências e obrigações dos órgãos e unidades do sistema de controle
interno do Poder Executivo Federal. Ao realizarem auditoria na gestão de recursos públicos
federais sob a responsabilidade de entidades do setor privado, caso constatem ilegalidades e
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irregularidades, devem os responsáveis pelo controle interno darem ciência ao TCU, sob pena
de responsabilidade solidária.
Errado.
A competência do sistema de controle interno nos poderes da União não se restringe ao exercício
do controle sobre entidades da administração pública direta, indireta, fundacional e autárquica,
pois alcança, também, a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
Certo.
A questão expressa de forma correta a relação de accountability entre o Congresso Nacio-
nal, representando os cidadãos, o administrador público e o auditor do Tribunal de Contas. A
missão institucional do TC de assegurar a efetiva e regular gestão dos recursos públicos em
benefício da sociedade, coloca-o na posição de órgão de controle externo das relações de
accountability que se estabelecem entre os administradores públicos, o Parlamento e a socie-
dade, e, para bem desincumbir-se dessa missão, o Tribunal propugna que todos os agentes de
órgãos, entidades, programas e fundos públicos devem contribuir para aumentar a confiança
sobre a forma como são geridos os recurso colocados à sua disposição, reduzindo a incerteza
dos membros da sociedade sobre o que acontece no interior da administração pública.
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Errado.
Cabe aos sistemas de controle interno de cada um dos poderes prestar informações ao Tribunal
de Contas quando da constatação de irregularidades ou ilegalidades.
Certo.
Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabi-
lidade solidária. Essa responsabilidade solidária pode ser administrativa, civil e criminal,
incluindo a responsabilização pelo Tribunal de Contas da União.
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Letra e.
É obrigação dos órgãos de controle externo (tribunais de contas) apresentar recomendações
acerca de controles inadequados ou inexistentes nas entidades auditadas.
a) Errada. Quem tem a obrigação legal de alertar a autoridade administrativa para que ins-
taure tomada de contas especial em relação a irregularidades conhecidas são os órgãos de
controle interno, em apoio ao controle externo.
b) Errada. Inverteu. O sistema de controle interno é quem realiza auditorias solicitadas pelo
tribunal de contas (controle externo). Só quem pode solicitar a realização de auditorias ao
TC é o Poder Legislativo.
c) Errada. Quem estabelece um sistema adequado de controle interno no âmbito da entidade
auditada é a administração; o Tribunal de Contas recomenda ou determina a implantação, de
forma independente.
d) Errada. Não existe essa regra de envio do relatório de auditoria ao titular do Poder Executivo!
O tribunal de contas envia o relatório de auditoria a quem entender competente para tomar as
decisões, geralmente sendo o gestor e no máximo até o ministro da Pasta.
Certo.
É a regra estabelecida na Constituição. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade ou abuso, dele darão ciência ao Tribunal de Contas,
sob pena de responsabilidade solidária.
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Errado.
Se entendermos o controle interno como o controle do administrador, cabe ao próprio rever
os seus atos quanto ao mérito, ou seja, quanto à conveniência e oportunidade. Contudo, o
sentido da questão é considerar o controle de mérito como um controle que abrange outros
aspectos, além da legalidade, como, por exemplo, a legitimidade, a economicidade etc. Nessa
linha, também a questão se encontra errada, pois a Constituição atribui ao Sistema de
Controle Interno de cada Poder competência fiscalizadora bem abrangente, conforme se
verifica no caput dos artigos 70 e 74 da CF.
Letra b.
De acordo com o art. 74 da CF, o sistema de controle interno deve ser mantido pelos três pode-
res de forma integrada, tendo como um de suas finalidades exercer o controle das operações
de crédito, avais e garantias bem como dos direitos e haveres da União. As letras “a” e “d” cor-
respondem a competências do órgão central de contabilidade e programação financeira que é a
Secretaria do Tesouro Nacional. As letras “c” e “e” relacionam-se a competências exclusivas do
Tribunal de Contas da União.
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Letra c.
De acordo com o § 1º do art. 74 da CF, os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
Letra a.
Uma das finalidades do sistema de controle interno, mantido de forma integrada pelos Poderes
da União e dos Estados e Municípios é exercer o controle das operações de crédito, avais e
garantias, bem como dos direitos e haveres da União.
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Errado.
Todas as constatações da auditoria apontadas na questão referem-se à conformidade ou à
legalidade dos procedimentos licitatórios, com base na Lei n. 8.666/1993 e demais dispositivos
legais/normativos. Assim, o tipo de auditoria utilizado é o de conformidade ou regularidade.
Para caracterizar uma auditoria operacional, os aspectos abordados no relatório seriam a
eficiência na utilização dos recursos e a eficácia da gestão, em termos de metas e objetivos
atingidos pela área auditada.
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Questão 20 (CESPE/TCU/2007) Suponha que uma auditoria, realizada em uma escola agrí-
cola federal subordinada ao Ministério da Educação, tenha constatado falhas e deficiências
na área orçamentário-financeira, no sistema escola-fazenda e na área de recursos humanos.
Nessa situação hipotética, a auditoria descrita é um exemplo de auditoria de natureza ope-
racional, que abrange, inclusive, avaliação de programas, o que permite à equipe de auditoria
pronunciar-se sobre o aumento da evasão escolar em virtude da situação.
Certo.
Questão interessante! As falhas e deficiências constatadas na auditoria dizem respeito ao
processo de gestão dos recursos de uma escola agrícola ou mesmo de execução de um pro-
grama governamental com o propósito de formar técnicos agrícolas para melhorar o setor
agropecuário do país. Como são aspectos relativos à eficiência e à eficácia da gestão da es-
cola, cabe concluir tratar-se de uma auditoria de natureza operacional. Na segunda parte da
questão, referindo-se à situação hipotética colocada, afirma-se corretamente que a auditoria
é um exemplo de auditoria operacional, que abrange a avaliação de programas. Como vimos
em nossa aula, a avaliação de programa é uma das formas de ANOP com o propósito de ava-
liar os efeitos produzidos pela intervenção governamental, sendo certo que o aumento ou a
redução da evasão escolar constitui um possível indicador de efetividade do programa.
Errado.
O item inverteu os objetivos dessas modalidades de auditoria operacional. A auditoria de avalia-
ção de programa verifica em que medida as ações implementadas lograram produzir os efeitos
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Errado.
Em uma auditoria operacional, os critérios ou padrões pelos quais o desempenho de um ór-
gão ou programa será aferido devem ser definidos para cada auditoria. Os critérios podem
ser definidos em função de: a) objetivos e metas fixados em lei ou determinados pela admi-
nistração; b) opiniões de especialistas; c) desempenho de entidades similares; e d) desem-
penho de anos anteriores.
Como o propósito dessas auditorias é melhorar o desempenho de órgãos e programas, os re-
latórios produzidos pelos auditores operacionais devem conter recomendações ou sugestões
para o aprimoramento da gestão, dos processos, controles, resultados etc. Portanto, a meu
ver, o item apresenta três erros: quando afirma que os critérios não devem ser especificados
pela administração e que os pareceres (o certo seria relatórios) não devem conter recomen-
dações ou sugestões.
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Auditoria Governamental
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a) contábil.
b) de gestão.
c) de sistemas.
d) operacional.
e) de qualidade.
Letra d.
A auditoria que avalia a eficácia dos resultados em relação aos recursos disponíveis, bem
como a economicidade, a eficiência, a efetividade e a qualidade dos controles internos
existentes, é denominada auditoria operacional.
Certo.
O auditor operacional emite opinião/relatório sobre a eficiência, eficácia, economia e efe-
tividade da gestão, tendo como objetivos ainda auxiliar a entidade auditoria a melhorar o
desempenho e o alcance dos seus resultados.
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Letra e.
Constitui objeto da auditoria operacional a avaliação da eficiência, eficácia, economicidade e
efetividade da gestão, considerando o uso dos recursos e os resultados alcançados.
a) Errada. Auditoria especial.
b) Errada. Auditoria contábil.
c) Errada. Auditoria de gestão.
d) Errada. Auditoria de sistemas.
Certo.
As auditorias operacionais ampliaram o escopo da fiscalização pública, abrangendo aspectos
de eficiência, eficácia e efetividade da gestão pública.
Errado.
Cuidado com a “pegadinha”. A auditoria operacional é utilizada para avaliação do desempe-
nho da administração, dos sistemas de planejamento e de controle de qualidade relativos às
atividades operacionais da entidade auditada. Quando o objeto da auditoria é o sistema con-
tábil ou as operações financeiras da entidade auditada, a auditoria é contábil ou financeira.
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Errado.
A auditoria que tem por finalidade principal auxiliar a administração da entidade auditada a
melhorar a eficiência, a eficácia e economicidade de suas operações é a auditoria operacional.
Além desse erro, existe outro na parte final do item. Quanto ao enfoque dos exames – passa-
do ou futuro – a auditoria operacional tem uma abordagem mais construtiva, em função de
suas avaliações e recomendações. As normas da Intosai definem que os relatórios de audi-
toria operacional, ao invés de se limitarem a criticar fatos passados, devem ser construtivos.
As conclusões e recomendações do auditor constituem um aspecto importante da auditoria.
Logo, as auditorias contábil e de conformidade possuem enfoque voltado para o passado,
enquanto a auditoria operacional é voltada para o passado, presente e futuro.
Errado.
A auditoria que verifica a definição de indicadores de desempenho sobre os resultados obti-
dos na condução de um negócio e avalia o desempenho das ações implementadas após sua
execução, com foco nos resultados da empresa é a auditoria operacional.
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Certo.
Como o enunciado do item afirma que o TCU está realizando uma auditoria, de acordo com seus
objetivos ou ela é uma auditoria de regularidade/conformidade ou operacional. A auditoria que
visa a conhecer a organização, os sistemas, as operações, as atividades e as peculiaridades
dessa entidade, a fim de subsidiar a elaboração e a implementação de novas técnicas seria
classificada como operacional.
Errado.
A auditoria que tem como objetivo específico o melhoramento das operações examinadas,
consubstanciada na análise da eficiência, eficácia e economicidade da ação administrativa, é
denominada auditoria operacional.
Período 1 Período 2
Número de professores 50 40
Quantidade de alunos formados 1.500 1.600
Duração média para a conclusão do curso (em anos) 4 5
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Certo.
Questões desta natureza não são fáceis de serem solucionadas, pois não apresentam de for-
ma completa todas as informações necessárias para fundamentar determinadas afirmações.
De todo modo, é de se perceber que, do ponto de vista da eficácia, que mede o alcance das
metas e objetivos fixados, como o curso formou 1.500 alunos no período 1 e 1.600 no período
2, cabe concluir ter melhorado a eficácia, do período 1 para o período 2.
Do ponto de vista da eficiência, que é a maximização do esforço e pode ser medida pela relação
positiva entre o custo e os bens ou serviços produzidos (custo/benefício ou custo/eficácia),
perceba que o curso melhorou o seu desempenho quanto à eficiência do período 1 para o perí-
odo 2, posto que formou mais alunos, com menor quantidade de professores. O curso realizou
mais com menor custo, por isso, ganhou em eficiência.
Poderia haver dúvida em relação ao indicador “duração média para a conclusão do curso
(em anos)”, já que é um indicador que pode servir para medição da eficiência do curso.
Quanto maior a duração média do curso, pior a eficiência. Contudo, no contexto de todos
os dados apresentados na questão, esse indicador não permite concluir que houve perda
de eficiência do período 1 para o 2, dado que a quantidade de alunos formados aumentou,
mesmo com menor quantidade de insumos (professores).
Errado.
O exame da efetividade de programas, políticas e projetos governamentais, avaliando-se a
medida em que estes produziram os efeitos desejados é objetivo da avaliação de programas,
espécie de auditoria operacional.
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Errado.
A auditoria operacional avalia o desempenho do objeto (órgão, entidade, programa, projeto
etc.), mas não é destinado especificamente à avaliação do desempenho real dos controles
gerenciais e à confrontação desse desempenho com o esperado, pois também envolve exame
dos resultados alcançados (eficácia e efetividade), além de outros aspectos. Outro erro está
na afirmação de que raramente culmina com recomendações de auditoria. Estas são ele-
mentos sempre presentes nos relatórios de auditoria operacional, dado que o seu propósito é
contribuir para o aperfeiçoamento da gestão.
Certo.
A auditoria operacional é um trabalho abrangente, envolvendo vários aspectos de desempe-
nho e resultados (economicidade, a eficiência, a eficácia e a efetividade etc.), tendo caráter
preventivo e construtivo.
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Letra d.
A auditoria de regularidade visa examinar a legalidade e a legitimidade de atos de gestão contá-
bil, orçamentária, financeira e patrimonial de agentes sujeitos à jurisdição de tribunal de contas.
a) Errada. O requisito de relevância para o relatório de auditoria de regularidade estabelece
que ele discorra apenas e tão somente a respeito do que é importante dentro do contexto do
trabalho, não se devendo discorrer sobre ocorrências que não resultem em conclusões.
b) Errada. Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de conformidade e as auditorias
contábeis.
c) Errada. A prática de atos de gestão ilegal que impliquem danos ao erário corresponde a
irregularidades relacionadas a achados negativos em uma auditoria de regularidade.
e) Errada. Validade, confiabilidade, relevância e suficiência são os atributos de evidência nos
trabalhos da auditoria de regularidade.
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Letra b.
Um exemplo de ferramenta de controle de qualidade na execução de uma auditoria operacio-
nal é a matriz de achados, que, entre outros usos possíveis, auxilia no exame de evidências,
causas e efeitos e demais elementos do relatório de auditoria. A alternativa “b” está correta.
a) Errada. São as seguintes as atividades ou etapas de planejamento de uma auditoria ope-
racional: a) análise preliminar do objeto de auditoria; b) definição do objetivo e escopo da au-
ditoria; c) especificação dos critérios de auditoria; d) elaboração da matriz de planejamento;
e) Errada. Validação da matriz de planejamento; f) elaboração de instrumentos de coleta de
dados; g) teste-piloto; e h) elaboração do projeto de auditoria
c) Errada. Comparadas às auditorias de regularidade, as auditorias operacionais são mais
flexíveis na escolha de temas, objetos de auditoria e metodologias de trabalho.
d) Errada. O monitoramento de uma auditoria operacional consiste na verificação do cumpri-
mento das deliberações do TC e dos resultados delas advindos, com o objetivo de verificar as
providências adotadas e aferir seus efeitos.
e) Errada. Em auditoria operacional, o requisito eficácia refere-se ao alcance dos resultados
pretendidos (alcance das metas programadas) em um determinado período de tempo, inde-
pendentemente dos custos implicados.
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Letra d.
Uma característica da auditoria de regularidade são as conclusões expressas sob a forma de
opinião concisa e de formato padronizado sobre os demonstrativos financeiros, que é típico
da auditoria contábil, espécie de auditoria de regularidade. As demais alternativas referem-se
a características da auditoria operacional.
Instrumentos de Fiscalização
Errado.
A verificação do cumprimento das deliberações e os resultados delas advindos serão objeto
de monitoramento.
Certo.
O monitoramento é o instrumento de fiscalização utilizado para a verificação do cumprimen-
to, pelos entes fiscalizados, das deliberações do TC.
Certo.
O levantamento tem como propósitos: a) conhecer a organização e o funcionamento dos
órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional dos Poderes da União,
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incluindo fundos e demais instituições que lhe sejam jurisdicionadas, assim como dos siste-
mas, programas, projetos e atividades governamentais no que se refere aos aspectos contábeis,
financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais; b) identificar objetos e instrumentos
de fiscalização; e c) avaliar a viabilidade da realização de fiscalizações.
Errado.
A inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões e lacunas de
informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações quanto à legalidade,
à legitimidade e à economicidade de fatos da administração e de atos administrativos
praticados por qualquer responsável sujeito à sua jurisdição. A avaliação do desempenho dos
órgãos e entidades jurisdicionados, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades
governamentais, quanto aos aspectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos
praticados é objeto da auditoria.
Errado.
O instrumento conhecido por levantamento é utilizado para avaliar a viabilidade de realiza-
ção dos demais instrumentos de fiscalização; não tem como objetivo avaliar a viabilidade
de realização de inspeção, condicionada à existência de riscos que justifique a realização de
trabalhos de fiscalização diretamente na sede do ente público.
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Errado.
A inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões e lacunas de in-
formações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações quanto à legalidade,
à legitimidade e à economicidade de fatos da administração e de atos administrativos prati-
cados por qualquer responsável sujeito à sua jurisdição. Não se exige plano de fiscalização
suplementar ao plano de auditoria para legitimar os trabalhos dos auditores responsáveis
pelo exame de regularidade dos atos e fatos delatados.
Letra a.
O instrumento de fiscalização a ser adotado para verificação de cumprimento dos mandados
é denominado monitoramento.
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Letra c.
O levantamento tem por um dos objetivos conhecer a organização e o funcionamento dos
órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional dos Poderes da União,
incluindo fundos e demais instituições que lhe sejam jurisdicionadas, assim como dos siste-
mas, programas, projetos e atividades governamentais no que se refere aos aspectos contá-
beis, financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais.
a) Errada. A auditoria é o instrumento de fiscalização que examina a legalidade e a legitimidade
dos atos de gestão e avalia o desempenho das organizações auditadas.
b) Errada. A inspeção consiste no instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões e
lacunas de informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias quanto à organização auditada.
d) Errada. O acompanhamento é o instrumento de fiscalização empregado para examinar e
avaliar, ao longo de período predeterminado, o desempenho da organização auditada.
e) Errada. O monitoramento corresponde ao instrumento de fiscalização utilizado pelo tribunal de
contas para a verificação do cumprimento de suas deliberações e dos resultados delas advindos.
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Errado.
O instrumento de fiscalização utilizado para examinar, ao longo de um período predeterminado,
a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão, quanto aos aspectos contábil, financeiro,
orçamentário e patrimonial é o acompanhamento.
Certo.
As auditorias podem ser operacionais ou de conformidade. O instrumento de fiscalização
denominado auditoria operacional avalia-se o desempenho organizacional, bem como os
sistemas, os programas, os projetos e as atividades governamentais, quanto à economicidade,
à eficiência e à eficácia dos atos praticados.
Certo.
A inspeção é o instrumento de fiscalização empregado para suprir omissões e lacunas de
informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações no que diz respeito
à legalidade, à legitimidade e à economicidade de fatos e atos administrativos.
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Letra d.
Para ser atingido o objetivo da fiscalização, o escopo da auditoria deve estar relacionado com
a abrangência, à época, a profundidade e a amplitude do trabalho.
a) Errada. A prioridade dos controles internos administrativos é a prevenção de eventuais
desvios, evitando a ocorrência de impropriedades e irregularidades, por meio dos princípios e
instrumentos próprios.
b) Errada. Estudo de Caso é um método usado para conhecer uma situação complexa,
baseado em compreensão abrangente da situação, obtida a partir de sua ampla descrição e
análise, considerada como um todo e no seu contexto. Em auditorias operacionais, estudos
de caso são frequentemente complementados por outras estratégias metodológicas, como
a pesquisa. Estudos de caso tornam-se especialmente úteis quando é necessário entender
algum problema específico ou situação em grande profundidade e onde é possível identificar
casos ricos em informação.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Marcelo C. Auditoria. Um curso moderno e completo. São Paulo: Atlas, 2009.
ARAGÃO, Marcelo Chaves. Auditoria. CESPE: questões comentadas e organizadas por assun-
to. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2013.
BARRETO, Davi; GRAEFF, Fernando. Auditoria. Teoria e exercícios comentados. 2. ed. São Paulo:
Método, 2011.
BORGERTH, Vânia Maria da Costa. SOX: entendendo a Lei Sarbanes-Oxley. São Paulo: Cengage
Learning, 2009.
BOYTON, W. C.; JOHNSON, R. N.; KELL, W. G. Auditoria. São Paulo: Atlas, 2002.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: teoria e prática. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil. 4. ed. São Paulo, Atlas, 2001.
PETER, Maria da Glória Arrais; MACHADO, Marcus Vinícius Veras. Manual de Auditoria Gover-
namental. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Marcelo Aragão
Auditor Federal de Controle Externo do TCU desde 2006. Foi Analista de Finanças e Controle do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal (SCI) durante 14 anos. No Tribunal, exerce atualmente
a função de Ouvidor e já ocupou, entre outras, as funções de assessor do Secretário-Geral de Controle
Externo, coordenador do projeto Controle Externo do Mercosul, chefe do Serviço de Coordenação de
Redes de Controle, coordenador das Ações de Controle sobre os projetos da Copa do Mundo FIFA 2014 e
secretário de Controle Externo no estado de Alagoas. É professor das disciplinas Controle Interno e Externo
e Auditoria Geral e Governamental em diversas instituições de ensino. Além disso, é autor de dois livros
de auditoria pela editora Método. Graduado em Administração pela Universidade Federal Fluminense,
possui especialização em Administração Pública (FGV) e Auditoria Interna e Controle Governamental
(ISC/CEFOR).
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