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AUDITORIA

GOVERNAMENTAL
Auditoria Governamental

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
AUDITORIA GOVERNAMENTAL
Auditoria Governamental
Marcelo Aragão

Apresentação..................................................................................................................4
Auditoria Governamental............................................................................................... 11
Bases Conceituais da Auditoria Governamental............................................................. 13
Accountability............................................................................................................... 15
Auditoria Governamental no Brasil. ............................................................................... 19
Auditoria Contábil. ........................................................................................................ 20
Auditoria Financeira..................................................................................................... 20
Auditoria Orçamentária................................................................................................ 20
Auditoria Operacional................................................................................................... 20
O Controle Interno.........................................................................................................23
Tipos de Fiscalização do Controle Interno.....................................................................25
Objetivos e Finalidades dos Sistemas de Controle Interno.............................................26
Relacionamento entre o Controle Externo e o Controle Interno..................................... 27
Auditoria de Conformidade e Auditoria Operacional...................................................... 31
Processo Resumido da Auditoria de Conformidade.......................................................35
Auditoria Operacional.................................................................................................... 37
Dimensões da Auditoria Operacional.............................................................................38
Outras dimensões........................................................................................................ 40
Modalidades de Auditoria Operacional......................................................................... 40
Ciclo ou Processo Resumido da Auditoria Operacional..................................................43
Estratégias e técnicas em auditoria operacional...........................................................46
Etapa de Monitoramento...............................................................................................52
Controle de Qualidade em Auditorias Operacionais.......................................................52

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Instrumentos de Fiscalização: Auditoria, Levantamento, Monitoramento, Acompanhamento


e Inspeção.....................................................................................................................53
Auditoria.......................................................................................................................55
Inspeção........................................................................................................................55
Levantamento...............................................................................................................56
Acompanhamento.........................................................................................................56
Monitoramento............................................................................................................. 57
Resumo........................................................................................................................ 58
Mapa Mental................................................................................................................. 60
Questões de Concurso................................................................................................... 61
Gabarito........................................................................................................................ 73
Gabarito Comentado. ..................................................................................................... 74
Referências.................................................................................................................. 101

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Apresentação

Olá, concurseiro(a),
Tudo bem?
Meu nome é Marcelo Aragão, sou professor de auditoria e controle governamental. Estou
iniciando mais um curso em parceria com o Gran Cursos Online, nesta oportunidade de auditoria
governamental para o concurso de Analista de Controle Externo do Tribunal de Contas do
estado do Rio de Janeiro – TCE/RJ.
A banca organizadora é o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Pro-
moção de Eventos (Cebraspe), que realizará o concurso utilizando o método Cespe de seleção.
A disciplina de auditoria governamental compõe a prova de conhecimentos básicos para
os quatro cargos e especialidades e de conhecimentos específicos para a área de controle –
especialidade: controle externo.
Nesta aula 1, além de apresentar o conteúdo, o programa e a metodologia adotada no cur-
so, daremos dicas importantes de estudo. Na sequência, abordaremos os assuntos indicados
na programação das aulas, conforme quadro específico do tópico 2, relativo ao conteúdo e à
metodologia do curso.

Apresentação do professor

Inicialmente, peço licença para uma breve apresentação pessoal.


Meu nome é Marcelo Chaves Aragão e sou formado em Administração pela Universidade
Federal Fluminense, com especialização em Administração Pública na Fundação Getúlio Var-
gas e em Auditoria Interna e Controle Governamental no Instituto Serzedello Corrêa.
Possuo experiência de 10 anos de trabalho no setor privado, nas áreas de administração
e finanças, e há aproximadamente 27 anos exerço cargos e funções públicas na área de con-
trole e auditoria governamental.
Em verdade, eu escolhi ser auditor e nesses quase 27 anos de experiência como auditor
governamental participei da realização, da coordenação e da supervisão como gerente de
inúmeros trabalhos de fiscalização, sempre procurando agregar valor à gestão pública.
Meu primeiro concurso público foi em 1992 para o cargo de Analista de Finanças e Con-
trole do Tesouro Nacional, no segundo concurso organizado para a carreira. Como disse, eu

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queria ser auditor e os meus conhecimentos de auditoria e de contabilidade fizeram com que
obtivesse êxito logo no primeiro desafio.
Assim, durante 14 anos fui Analista de Finanças e Controle do Sistema de Controle Inter-
no do Poder Executivo Federal, tendo a oportunidade de exercer várias funções de direção na
Secretaria Federal de Controle Interno e na Controladoria-Geral da União. Posso dizer que tive
participação ativa na construção e na consolidação do Sistema de Controle Interno Federal.
Em 2004, em virtude da necessidade de novos desafios e entendendo que a minha missão
no Controle Interno estava cumprida, estabeleci a meta de me tornar auditor governamental
externo do TCU. Eu passei no concurso do Tribunal daquele ano, cheguei a concluir o curso de
formação, mas não pude tomar posse em virtude de um problema familiar.
Após o curso de formação, retornei à Controladoria-Geral da União, mas sem esquecer o
TCU. Em 2006, voltei a fazer o concurso para Auditor de Controle Externo e novamente obtive
êxito no concurso e pude tomar posse sem problemas.
Logo no primeiro ano de Tribunal, fui convidado para participar de um projeto importante
de reestruturação da área técnica. Posteriormente, passei a ocupar funções gerenciais na
casa, sendo as duas últimas como Secretário de Controle Externo no Estado de Alagoas e
Chefe de Assessoria da Ouvidoria do TCU.
Além do exercício da auditoria, sempre gostei de lecionar e de ajudar a formar novos au-
ditores. Sou instrutor formado pela ESAF e pelo ISC/TCU e coordenei a disciplina de auditoria
em cursos de formação e de progressão da carreira de finanças e controle na ESAF.
Iniciei minha trajetória de professor de cursos preparatórios para concursos públicos em
2007, logo depois de ter entrado no TCU. Tenho lecionado as disciplinas de auditoria contábil,
auditoria governamental, controle interno e controle externo na administração pública em várias
instituições de ensino. Também ministro aulas em cursos profissionais e de pós-graduação.
Orgulho-me de ter sido professor de muitos colegas de trabalho, hoje auditores do TCU!
Tenho dois livros de auditoria publicados pela Editora Método e lancei, recentemente, uma
nova obra em conjunto com professores de outras disciplinas intitulada Questões Discursivas
Comentadas – Tribunal de Contas.

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Portanto, essa experiência me credencia a ajudá-lo na preparação para o concurso do


Tribunal de Contas do estado do Rio de Janeiro.
Vamos fazer a diferença com o nosso curso!

O conteúdo e a metodologia do curso


O curso compreende 8 aulas, divididas pelos assuntos exigidos no edital do concurso
para a disciplina auditoria governamental. O quadro abaixo detalha o conteúdo de cada aula,
mantendo-se a numeração definida no programa.
AULA ASSUNTOS
2 Auditoria governamental.
2.1 Controle interno.
Aula 1 2.2 Auditoria de conformidade e auditoria operacional.
2.3 Instrumentos de fiscalização.
2.3.1 Auditoria, levantamento, monitoramento, acompanhamento e inspeção.
1 Compliance aplicada à gestão pública.
Aula 2 1.1 Conceito, princípios e normas.
3 Gestão de riscos no setor público.
2.4 Planejamento de auditoria.
4 Plano de auditoria baseado no risco.
4.1 Atividades preliminares.
4.2 Determinação de escopo.
Aula 3
4.3 Materialidades, risco e relevância.
4.4 Exame e avaliação do controle interno. 4.5 Risco inerente, de controle e de detecção.
4.6 Risco de auditoria.
4.7 Matriz de Planejamento.
4.8 Roteiros de auditoria.
4.10 Testes de auditoria.
5 Execução da auditoria.
Aula 4
5.1 Técnicas e procedimentos.
5.1.1 Exame documental, inspeção física, conferência de cálculos, observação, entrevista,
circularização, conciliações, análise de contas contábeis, revisão analítica.
Aula 5 4.11 Importâncias da amostragem estatística em auditoria.
6 Evidências.
Aula 6 6.1 Caracterizações de achados de auditoria.
6.2 Matrizes de achados e matriz de responsabilização.
7 Comunicação dos resultados.
7.1 Relatórios de auditoria.
8 Monitoramento.
Aula 7
9 Documentação da auditoria.
10 Supervisão e controle de qualidade.
4.9 Papéis de trabalho.

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AULA ASSUNTOS
11 Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público (NBASP):
Nível 1 – Princípios Basilares e Pré-Requisitos para o Funcionamento dos Tribunais de
Aula 8 Contas Brasileiros,
Nível 2 – Princípios Fundamentais de Auditoria do Setor Público,
Nível 3 – Requisitos Mandatórios para Auditorias do Setor Público.

O curso será completo com teoria e exercícios, contendo a solução de questões de


provas aplicadas em concursos anteriores, com prioridade para questões elaboradas pelo
Cespe/Cebraspe.
Vale notar que alguns temas são novos e ainda não explorados em provas do Cebraspe,
como, por exemplo, “Compliance aplicada à gestão pública” e “Normas Brasileiras de Auditoria
do Setor Público (NBASP)”. Para esses assuntos, utilizarei questões relevantes de autoria de
outras bancas organizadoras, caso existentes, e ainda questões inéditas de minha autoria.

Dicas iniciais de estudo

Ressalto que para cada assunto do edital, a banca adota algumas referências importantes
para elaborar questões, com destaque para os livros: Auditoria, de William Boynton e outros,
da Atlas, e Manual de Auditoria Governamental, de Maria da Glória Arraes Peter e Marcus Vi-
nicius Veras Machado, também da Atlas.
A seguir, indico as referências adotadas pelo Cebraspe nas provas que elabora para os as-
suntos mais relevantes e que iremos estudar neste curso, lembrando que os temas “Complian-
ce aplicada à gestão pública” e “Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público (NBASP)”
não foram objeto de provas anteriores da banca.
Não estranhe o fato de indicar normas e estudos do TCU para um concurso do TCE/RJ.
Embora o TCE disponha de um manual de auditoria governamental, são frequentes questões
em provas para tribunais de contas, baseadas em normas do TCU. Isso porque as normas e
metodologias do TCU constituem grande referência para o meio acadêmico e para os demais
tribunais de contas no Brasil em seus trabalhos de fiscalização e julgados.

Assunto do edital: Auditoria de regularidade e auditoria operacional.


Referências importantes:
• Normas de Auditoria do TCU. Portaria TCU n. 280/2010 (definições).
• Manual de Auditoria Operacional do TCU. Portaria Segecex n. 4/2009 (capítulo inicial).
• Livro: Manual de Auditoria Governamental. Peter e Machado, Atlas (capítulo 3).
• Manual de Auditoria do TCE/RJ, aprovado pela Segecex em 2000.

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Assunto do edital: Gestão de riscos no setor público.


Referências importantes:
• Estudo do Coso – Estrutura Integrada de Gerenciamento de Riscos (coso.org).
Obs.: Em prova recente do Cebraspe para o TCE/RO, a banca elaborou questão sobre gestão de riscos com
base no Referencial de Combate à Fraude e à Corrupção do TCU.
Assunto do edital: Planejamento de auditoria. Plano de auditoria baseado no risco. Atividades preliminares.
Referências importantes:
• Normas de Auditoria do TCU. Portaria TCU n. 280/2010.
• Manual de Auditoria Operacional do TCU. Portaria Segecex n. 4/2009.
• Manual de Auditoria do TCE/RJ.
Assunto do edital: Determinação de escopo.
Referências importantes:
• Normas de Auditoria do TCU. Portaria TCU n. 280/2010 (capítulo 3).
• Livro: Manual de Auditoria Governamental. Peter e Machado, Atlas (capítulo 5).
Assunto do edital: Materialidade, risco e relevância.
Referências importantes:
• Resolução TCU n. 185/2005.
• Instrução Normativa TCU n. 63/2010.
Assunto do edital: Exame e avaliação do controle interno.
Referências importantes:
• Livro: Auditoria Contábil. Crepaldi, Atlas.
• Livro: Auditoria – Conceitos e Aplicações. Attie, Atlas.
Assunto do edital: Risco de auditoria. Risco inerente, de controle e de detecção.
Referências importantes:
• Norma: NBC TA 200 – Resolução CFC 1203/2009.
• Livro: Auditoria. William Boynton e outros, Atlas (capítulo 8).
Assunto do edital: Matriz de Planejamento. Programa de auditoria.
Referências importantes:
• Padrões de Auditoria de Conformidade do TCU. Portaria TCU n. 90/2003.
• Manual de Auditoria Operacional do TCU. Portaria Segecex n. 4/2009.
• Livro: Manual de Auditoria Governamental. Peter e Machado, Atlas (capítulo 5).
• Manual de Auditoria do TCE/RJ.
Assunto do edital: Documentação de Auditoria e Papéis de trabalho.
Referências importantes:
• Livro: Auditoria Contábil. Franco e Marra, Atlas.
• Normas de Auditoria do TCU. Portaria TCU n. 280/2010.
• NBC TA 230 – Norma do CFC sobre documentação de auditoria.
Assunto do edital: Testes de auditoria.
Referências importantes:
• Livro: Auditoria. William Boynton e outros, Atlas.
• Livro: Auditoria Contábil. Franco e Marra, Atlas.
• Livro: Auditoria Contábil. Crepaldi, Atlas.

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Assunto do edital: Importância da amostragem estatística em auditoria.


Referências importantes:
• NBC TA 530 – Norma do CFC sobre amostragem em auditoria.
• Livro: Auditoria. William Boynton e outros, Atlas (capítulos 12 e 13).
• Livro: Manual de Auditoria Governamental. Peter e Machado, Atlas (capítulo 6).
Assunto do edital: Técnicas e procedimentos: exame documental, inspeção física, conferência de cálculos,
observação, entrevista, circularização, conciliações, análise de contas contábeis, revisão analítica.
Referências:
• Livro: Manual de Auditoria Governamental. Peter e Machado, Atlas (capítulo 6).
• Livro: Auditoria. William Boynton e outros, Atlas (capítulo 6).
• Livro: Auditoria Contábil. Crepaldi, Atlas.
• Manual de Técnicas de Entrevista do TCU.
• Manual de Técnicas de Observação Direta do TCU.
• NBC TA 500 – Norma do CFC acerca de evidência de auditoria.
• NBC TA 505 – Norma do CFC acerca de confirmação externa.
Assunto do edital: Evidências. Caracterização de achados de auditoria.
Referências:
• Normas de Auditoria do TCU. Portaria TCU n. 280/2010 (tcu.gov.br)
• Livro: Manual de Auditoria Governamental. Peter e Machado, Atlas (capítulo 7)
• Livro Auditoria. William Boynton e outros, Atlas (capítulo 6).
• Manual de Auditoria do TCE/RJ.
Obs.: O Cebraspe elaborou questão recente sobre evidências com base no Manual de Orientações Técnicas
da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo Federal, publicado pela CGU.
Assunto do edital: Matriz de Achados e Matriz de Responsabilização.
Referências:
• Padrões de Auditoria de Conformidade do TCU. Portaria TCU n. 90/2003.
• Norma de Auditoria Operacional do TCU. Portaria Segecex n. 4/2009.
• Livro: Manual de Auditoria Governamental. Peter e Machado, Atlas (capítulo 7).
• Manual de Auditoria do TCE/RJ.
Assunto do edital: Comunicação dos resultados: relatórios de auditoria.
Referências:
• Manual de Auditoria Operacional do TCU. Portaria Segecex n. 4/2009 (capítulo de relatório).
• Livro: Auditoria Contábil. Franco e Marra, Atlas (capítulo de relatórios e pareceres).
• Livro: Manual de Auditoria Governamental. Peter e Machado, Atlas (capítulo 9).
• Normas: NBC TA 700 e NBC TA 705 – Resoluções do CFC sobre formação de opinião do auditor in-
dependente e opinião modificada.
Assunto do edital: Monitoramento. Supervisão e Controle de Qualidade.
Referências Importantes:
• Normas de Auditoria do TCU. Portaria TCU n. 280/2010.
• Manual de Auditoria Operacional do TCU. Portaria Segecex n. 4/2009.

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Quanto às Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público (NBASP), informo que elas
estão disponíveis no site do Instituto Rui Barbosa, sendo exigidas as normas nos níveis 1
(NBASP 1), 2 (NBASP 2) e 3 (NBASP 3).
Feitas as apresentações necessárias, vamos dar início ao nosso curso.

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AUDITORIA GOVERNAMENTAL
Inicialmente, entendo relevante que você conheça a evolução da auditoria governamental.
O surgimento da auditoria governamental, embora que empiricamente, está associada à
prática que a administração pública exercia no controle da arrecadação de tributos.
No Brasil, a auditoria governamental encontra seu amparo legal, com a emissão da Lei n.
4.728 de julho de 1965, que veio normatizar o funcionamento do mercado financeiro e criou à
obrigatoriedade da prática da Auditoria Governamental no Brasil.
A auditoria contábil foi a primeira abordagem de auditoria que surgiu no setor público.
Entretanto, era necessário, não só verificar a adequação e a fidedignidade das demonstrações
financeiras, mas também a obediência a normas, regulamentos e de salvaguardar ativos de
fraudes e desvios de recursos, dando-se origem, assim, a outra modalidade muito próxima da
auditoria contábil, denominada de auditoria de conformidade (compliance audit).
A fusão das abordagens contábil ou financeira e de conformidade originou o conceito ge-
nérico de auditoria de legalidade ou auditoria de regularidade (regularity audit).
A auditoria de regularidade, portanto, passou a englobar aspectos financeiros, de certifi-
cação de contas, bem como aspectos de conformidade ou legalidade. Praticamente todos os
governos do mundo se valem das duas abordagens citadas para efeito de accountability, que
pode ser entendida como capacidade de prestar contas e responder pelos atos e decisões
perante a sociedade.
Cabe alertar que, no Brasil, prevalece a auditoria de conformidade ou regularidade no pla-
no federal, uma vez que a implantação do SIAFI – Sistema de Administração Financeira do
Governo Federal praticamente eliminou, na Administração Direta, a necessidade da auditoria
financeira em sua versão mais difundida de atestar os demonstrativos financeiros, restringindo
sua necessidade às empresas estatais. Atualmente, estão em curso ações para a realização
de auditorias contábeis/financeiras no âmbito do setor público.
A partir da evolução da auditoria financeira tradicional, em função da necessidade de infor-
mações sobre a eficácia e a eficiência das organizações, originou-se o conceito de performance
audit, nas suas diferentes denominações: auditoria operacional, auditoria de desempenho,
auditoria de otimização de recursos, auditoria de economia, eficiência e eficácia ou auditoria
de resultado. No Brasil, esse tipo de auditoria foi denominado de auditoria operacional.

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Embora não se possa afirmar com certeza se essa modalidade de auditoria se originou
no setor privado ou no setor público, constata-se que a auditoria operacional, devido a suas
finalidades, sempre concorreu diretamente com outras formas de diagnóstico e intervenção
organizacional provenientes da ciência administrativa, tais como administração estratégica, por
objetivos, desenvolvimento organizacional etc., de ampla aceitação e utilizadas pelas princi-
pais empresas de auditoria e consultoria no mundo.
Na verdade, a auditoria de desempenho ou operacional foi incorporando diversas técnicas
de análise e resolução de problemas administrativos tais como benchmarking, análise SWOT,
grupo focal, entre outras, aproximando-se, por vezes, do trabalho de consultoria.
Atualmente, a maioria das entidades fiscalizadoras superiores – EFS dos países adota a
definição do termo performance audit (auditoria de desempenho), que abrange o exame dos
três “Es” (eficácia, eficiência e economicidade) de entidades públicas, programas e atividades
governamentais.
O que distingue uma auditoria operacional de uma auditoria financeira ou de conformidade
é que a operacional, como o próprio nome sugere, relaciona-se com operações não financeiras
e especialmente porque seu foco está voltado para resultados, embora também sejam exami-
nadas questões de conformidade, principalmente em avaliações de programas.
Em que pese não haver um consenso entre as EFS na definição da auditoria desempe-
nho, expresso no conceito adotado pela INTOSAI, não se observa a existência de um con-
junto de metodologias e práticas uniformes nos diversos países que praticam a auditoria
de desempenho e também não existe uma definição única que contemple o significado da
auditoria de desempenho.
Nos tempos atuais, a auditoria governamental constitui-se num importante instrumento
de controle, à medida que possibilita uma melhor alocação de recursos públicos, contribuindo
para detectar e propor correção dos desperdícios de recursos, da improbidade administrativa,
a negligência e a omissão e, principalmente antecipando-se a essas ocorrências, procurando
garantir a observância de normas que regulamentam a aplicação destes recursos, bem como
na busca de garantir os resultados pretendidos, em consonância com as boas práticas de
transparência da administração pública.

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Bases Conceituais da Auditoria Governamental


Uma dificuldade quanto ao estudo da auditoria governamental, é que existem diferentes
conceitos de auditoria, alguns de forma restrita e outros de forma ampla.
De forma restrita, tem-se a definição de auditoria conforme os seus diferentes tipos ou
modalidades em virtude de seu objetivo específico ou aquele que mais prevalece no trabalho.
Nesse sentido, a auditoria governamental é aquela que tem o objetivo de atestar a situação
patrimonial e financeira, bem como o resultado das operações de um órgão ou entidade em
determinado período, geralmente registrados nas suas demonstrações financeiras.
Esse é o conceito de um dos tipos de auditoria governamental: a auditoria contábil ou
financeira. Conforme os objetivos do trabalho existem ainda a auditoria de conformidade
(ou de regularidade), a auditoria operacional, a avaliação de programas etc.
De forma ampla, tem-se a seguinte definição contida nas Normas de Auditoria Governa-
mental Aplicáveis ao Controle Externo Brasileiro – NAGs, adotadas também pelo TCE/RJ:

A auditoria governamental consiste em um exame objetivo, sistemático e independente, pauta-


do em normas técnicas e profissionais, efetuado em entidades estatais e parestatais, funções,
subfunções, programas, projetos, atividades, operações especiais, ações, áreas, processos, ciclos
operacionais, serviços, sistemas e na guarda e aplicação de recursos, em relação aos aspectos
contábeis, orçamentários, financeiros, econômicos, patrimoniais e operacionais, assim como acer-
ca da confiabilidade do sistema de controle interno, por servidores públicos integrantes do quadro
permanente das Entidades Fiscalizadoras Superiores – EFS, denominados de profissionais de au-
ditoria governamental.
Esses profissionais realizam levantamentos de informações, análises imparciais, avaliações inde-
pendentes e apresentação de informações seguras, devidamente consubstanciadas em provas,
segundo os critérios de legalidade, legitimidade, economicidade, eficiência, eficácia, efetividade,
equidade, ética e preservação do meio ambiente, além de observar a probidade administrativa e a
responsabilidade social dos gestores da coisa pública.

Repare que a definição contida nas NAGs é específica para as EFS, que no Brasil são os
Tribunais de Contas (Controle Externo).
O professor Inaldo Araújo ensina que a auditoria governamental é o tipo de auditoria que
está voltado para o acompanhamento das ações empreendidas pelos órgãos e entidades que
compõem a administração direta e indireta das três esferas de governo, ou seja, que gerem a res
publica. Normalmente é realizada por entidades superiores de fiscalização, sob a forma de tri-
bunais de contas ou controladorias, e organismos de controle interno da administração pública.

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AUDITORIA GOVERNAMENTAL
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Considerando essa última definição, cabe lembrar que, no Brasil, a auditoria governamen-
tal é exercida pelos tribunais de contas e (auditoria governamental externa) e pelos órgãos de
controle interno (auditoria governamental interna).
• auditoria governamental externa – realizada pelos tribunais de contas (controle externo).
• auditoria governamental interna – realizada pelos órgãos de controle interno ou
controladorias (controle interno).

Também de forma ampla, em conformidade com as Normas de Auditoria do TCU, a audi-


toria é conceituada como o exame independente e objetivo de uma situação ou condição, em
confronto com um critério ou padrão preestabelecido, para que se possa opinar ou comentar
a respeito para um destinatário predeterminado.
Esse conceito de auditoria é composto das seguintes definições:
• Exame independente e objetivo significa que a auditoria deve ser realizada por pessoas
com independência em relação ao seu objeto, de modo a assegurar imparcialidade no
julgamento. O exame objetivo significa que os fatos devem ser avaliados com a mente
livre de vieses, de modo a conduzir a julgamentos imparciais, precisos e a preservar a
confiança no trabalho do auditor.
• Situação ou condição é a condição ou o estado do objeto de auditoria encontrado pelo
auditor. Comumente denominada situação encontrada, representa o que está ocorren-
do, é o fato concreto.
• Critério ou padrão preestabelecido configura a situação ideal, o grau ou nível de exce-
lência, de desempenho, qualidade e demais expectativas preestabelecidas em relação
ao objeto da auditoria; é o que deveria ser ou o que deveria estar ocorrendo.
• Opinião ou comentário refere-se à comunicação dos resultados da auditoria, seu pro-
duto final. Expressa a extensão na qual o critério ou padrão preestabelecido foi ou está
sendo atendido.
• Destinatário predeterminado é o cliente da auditoria. É quem, na grande maioria das
vezes, estabelece o objetivo da auditoria e determina os seus critérios ou padrões.

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AUDITORIA GOVERNAMENTAL
Auditoria Governamental
Marcelo Aragão

Veja a seguir questão do Cebraspe acerca dessa definição de auditoria. Já caiu em prova!

Questão 1 (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) Auditoria é um processo sistemático em


que o auditor procura avaliar se as evidências encontradas produzem informação conver-
gente com os critérios preestabelecidos e se essas evidências são competentes e suficientes
para lhe permitir fundamentar sua opinião.

Certo.
De acordo com as normas de auditoria governamental, a auditoria é um processo sistemático
de obtenção e avaliação objetivas de evidências sobre afirmações a respeito de ações e even-
tos econômicos, para aquilatação do grau de correspondência entre as afirmações e critérios
estabelecidos, e de comunicação dos resultados a usuários interessados.

O Tribunal de Contas da União publicou ao final de 2010 as suas Normas Gerais de


Auditoria (NAT), mediante a Portaria-TCU n. 280, de 8 de dezembro de 2010, que se tornou
uma grande referência normativa para o exercício da auditoria governamental no Brasil.
O referencial normativo do Tribunal apresenta as bases conceituais da auditoria pública,
que passamos a expor a seguir.

Accountability
As normas de auditoria da Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Su-
periores (Intosai) conceituam a accountability pública como a obrigação que têm as pessoas
ou entidades às quais se tenham confiado recursos, incluídas as empresas e corporações
públicas, de assumir as responsabilidades de ordem fiscal, gerencial e programática que lhes
foram conferidas, e de informar a quem lhes delegou essas responsabilidades. E, ainda, como
obrigação imposta, a uma pessoa ou entidade auditada, de demonstrar que administrou ou
controlou os recursos que lhe foram confiados em conformidade com os termos segundo os
quais lhe foram entregues.

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AUDITORIA GOVERNAMENTAL
Auditoria Governamental
Marcelo Aragão

 Obs.: O termo accountability, que não possui tradução precisa para o nosso idioma, repre-
senta, segundo definição extraída do Manual de Auditoria Integrada do Escritório do
Auditor-Geral do Canadá (OAG), a obrigação de responder por uma responsabilidade
outorgada. Pressupõe a existência de pelo menos duas partes: uma que delega a
responsabilidade e outra que a aceita, mediante o compromisso de prestar contas
sobre como essa responsabilidade foi cumprida. O termo sintetiza a preservação dos
interesses dos cidadãos por meio da transparência, responsabilização e prestação de
contas pela administração pública.

O conceito de accountability é fundamental para a compreensão da prática da boa go-


vernança e da auditoria governamental. Ele envolve, no contexto das relações que se esta-
belecem entre os administradores públicos, o Parlamento e a sociedade, pelo menos três
dimensões – informação, justificação e sanção – como formas básicas pelas quais se pode
prevenir o abuso de poder.
A sociedade, que delega os recursos e poderes para que o Estado execute as ações de
realização do bem comum, o Parlamento, que a representa, e outros agentes públicos e pri-
vados não podem prescindir de informação, necessária para aferir se tais recursos e poderes
estão sendo usados em conformidade com os princípios de administração pública, as leis e
os regulamentos aplicáveis, exigindo-se, pois, que a utilização desses recursos e o exercício
desses poderes ocorram de forma transparente.
A delegação de recursos e poderes recebida da sociedade, por intermédio do Parlamento,
implica, por parte do gestor público, a obrigação constante de prestação de contas quanto ao
alinhamento de suas ações às diretrizes fixadas pelo poder público e, portanto, a obrigação
de informar deve estar associada à obrigação de que os atos sejam devidamente justificados.
Além de informar e justificar, a relação de accountability envolve ainda a dimensão relativa
aos elementos que obrigam ao cumprimento da lei, sujeitando o abuso de poder e a negligên-
cia no uso dos recursos públicos ao exercício das sanções legais.
Em síntese, a relação de accountability envolve pelo menos três dimensões:
• informação: transparência das informações, como forma de prestação de contas à
sociedade;

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Auditoria Governamental
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• justificação: os gestores devem justificar a correta aplicação dos recursos e competên-


cias que lhe foram delegados;
• sanção: caso os gestores não cumpram suas obrigações legais e os princípios que re-
gulam a administração pública, devem ser responsabilizados e sancionados.

A missão institucional do Tribunal de Contas, de assegurar a efetiva e regular gestão dos


recursos públicos em benefício da sociedade, o coloca na posição de órgão de controle
externo das relações de accountability que se estabelecem entre os administradores públicos,
o Parlamento e a sociedade.
Para bem desincumbir-se dessa missão, o Tribunal propugna que todos os agentes de
órgãos, entidades, programas e fundos públicos devem contribuir para aumentar a confiança
sobre a forma como são geridos os recursos colocados à sua disposição, reduzindo a incer-
teza dos membros da sociedade sobre o que acontece no interior da administração pública.
A auditoria, no contexto da accountability, conforme o conceito desenvolvido pelo Escritório
do Auditor-Geral do Canadá (OAG) é a ação independente de um terceiro sobre uma relação de
accountability, objetivando expressar uma opinião ou emitir comentários e sugestões sobre
como essa relação está sendo obedecida.
O gráfico abaixo ilustra essa ação da auditoria governamental sobre a relação de accou-
ntability ou de agência.

Perceba que existe na relação de accountability alguém que delega competências,


denominado de principal e alguém que aceita a delegação, assumindo as competências,
denominado de agente. Como exemplo de principal tem-se o parlamento ou o núcleo es-
tratégico do governo. Como agente, existem os gestores públicos.

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A auditoria governamental funciona, então, como um instrumento de governança para re-


duzir o conflito existente nas relações entre o principal e o agente, denominado de conflitos de
agência. Cabe perceber que ela é um mecanismo do principal, e não do agente. O principal, ao
fazer uma delegação de recursos, busca na confirmação de um terceiro, independente, uma as-
seguração de que tais recursos estão sendo geridos mediante estratégias e ações adequadas
para atingir os objetivos por ele estabelecidos. O principal, portanto, é o cliente da auditoria.
Na Constituição Federal do nosso país esta relação de accountability está positivada no
art. 70 e seu parágrafo único. É neste último dispositivo que encontramos a essência do
accountability, denominado entre nós de princípio da prestação de contas:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União […]
será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie, ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

No setor público, o poder legislativo é quem representa os interesses do cidadão. Assim, é


este poder que assume o papel de principal na relação de accountability que se estabelece entre o
Estado e os gestores públicos de um modo geral, mas, a exemplo do que ocorre no setor privado, a
auditoria deve trabalhar numa perspectiva de que o seu cliente final são os cidadãos, verdadeiros
proprietários dos recursos transferidos ao Estado para realização do bem comum.
A auditoria, um mecanismo do principal, atua como limitador das ações do agente, que
por saber estar sendo monitorado, terá reduzida a sua tendência de contrariar os interesses
daquele. A auditoria terá que pautar suas ações em princípios éticos rigorosos, manter sua
independência, avaliar os fatos com objetividade de modo a conduzir a julgamentos impar-
ciais e precisos, dado que não só o principal, mas o público em geral e as entidades auditadas,
esperam que a conduta e o enfoque da auditoria sejam irretocáveis, não suscitem suspeitas
e sejam dignos de respeito e confiança.
A ação independente exercida pelo Tribunal de Contas, por meio de auditorias, de estímu-
lo à transparência da gestão e de outras ações de controle externo, incluindo a aplicação de
sanções, constitui-se instrumento da governança pública cujo objetivo, ao final, é assegurar a

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accountability pública, contribuindo para reduzir as incertezas sobre o que ocorre no interior
da administração pública, fornecendo à sociedade e ao Congresso Nacional uma razoável
segurança de que os recursos e poderes delegados aos administradores públicos estão sendo
geridos mediante ações e estratégias adequadas para alcançar os objetivos estabelecidos
pelo poder público, de modo transparente, em conformidade com os princípios de adminis-
tração pública, as leis e os regulamentos aplicáveis.
Reparou como a palavra accountability foi utilizada até aqui? Isso decorre da valorização
que as normas de auditoria dão a esse termo, que não tem tradução para a língua portuguesa.

Auditoria Governamental no Brasil

No que tange ao poder-dever de controle dos recursos públicos, a Constituição Federal


atribuiu essa função a determinados órgãos, prescrevendo a fiscalização como o instrumento
para efetivá-lo:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União […]
será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle in-
terno de cada Poder.

Portanto, a fiscalização no nível interno de cada Poder é realizada por órgãos de suas
próprias estruturas, os denominados órgãos ou unidades de controle interno, e a fiscalização
externa é exercida pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas. É por intermédio
da fiscalização desses órgãos que se dá efetividade ao poder-dever de controle do Estado
sobre a administração pública.
Mais adiante, no inciso IV do art. 71, a Constituição menciona as inspeções e auditorias
que se somam a outras formas de fiscalização contidas nos demais incisos, o que nos leva
a concluir que essas são formas, não exclusivas, pelas quais os órgãos responsáveis pelo
controle das finanças públicas executam a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, com o fim de dar efetividade ao controle da administração pública,
no que tange a gestão dos recursos públicos.
O texto constitucional, no art. 71, inciso IV, elenca cinco tipos de auditoria ou fiscalização:
contábil; financeira; orçamentária; operacional; e, patrimonial.

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Auditoria Contábil
A fiscalização contábil está relacionada à aplicação dos recursos públicos conforme as
técnicas contábeis. Tem como propósito verificar se os fatos relacionados com a gestão dos
recursos públicos estão sendo escriturados de acordo com as normas contábeis aplicadas ao
caso. Além da conformidade dos registros, verifica-se a adequada elaboração e divulgação
dos demonstrativos contábeis – balanços.

Auditoria Financeira
A fiscalização financeira está relacionada ao fluxo de recursos (ingressos e saídas) ge-
ridos pelo administrador, independentemente de serem ou não recursos orçamentários.
Constitui objeto da fiscalização financeira a verificação da legalidade e legitimidade na re-
alização das despesas, observando se o gestor público cumpriu os princípios e as regras
estabelecidas para as aquisições de bens e serviços e de liquidação da despesa pública.

Auditoria Orçamentária
A fiscalização orçamentária está relacionada à aplicação dos recursos públicos, confor-
me as leis orçamentárias, acompanhando a arrecadação dos recursos e a aplicação. Ou seja,
o seu objetivo é verificar se as receitas e despesas públicas guardam conformidade com as
peças orçamentárias: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei do
Orçamento Anual (LOA). Verifica se foram respeitados os limites e destinações estabelecidos
nas leis orçamentárias.

Auditoria Operacional
A fiscalização operacional está relacionada à verificação do cumprimento de metas, resul-
tados, eficácia e eficiência da gestão dos recursos públicos. Por meio desta modalidade de fis-
calização, é feito o acompanhamento da execução de programas e projetos governamentais. É
um tipo de fiscalização que tem por enfoque orientar e fornecer apoio aos gestores públicos, de
modo que possam otimizar a aplicação dos recursos financeiros para atingimento das metas.

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Auditoria patrimonial

A fiscalização patrimonial está relacionada ao controle, salvaguarda, conservação e aliena-


ção de bens públicos. Portanto, verifica-se o adequado controle e proteção dos bens públicos,
incluindo-se a proteção e conservação do meio ambiente. Também constitui objeto dessa fis-
calização a transferência de bens públicos para o setor privado e a concessão de uso.
No caput do artigo 70 da CF, estão especificados ainda os grandes critérios com que
essas auditorias serão realizadas: legalidade1, legitimidade2 e economicidade3.
A auditoria de gestão pública, prevista na Constituição Federal, classifica-se nas duas
vertentes contidas na expressão que traduz a missão dos órgãos de controle interno e externo
de “zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
• Boa diz respeito aos resultados satisfatórios que devem ser alcançados pela gestão,
cuja aferição é realizada por meio da auditoria operacional (ou de desempenho) e cujos
critérios são, além da economicidade, a eficiência, a eficácia e a efetividade.
• Regular diz respeito à regularidade dos atos de gestão praticados, cuja aferição é
realizada por meio da auditoria de conformidade, cujos critérios são a legalidade e
a legitimidade.

Essa classificação converge com a adotada pela Intosai: a performance audit (auditoria
de desempenho ou operacional) e a regularity audit (auditoria de regularidade ou conformi-
dade) constituem duas partes de um mesmo todo, cujo objetivo é garantir a accountability do
setor público em duas diferentes perspectivas: regularidade e desempenho.
Na auditoria de conformidade, o auditor está preocupado em verificar se o gestor público
agiu conforme os mandamentos legais. Esse tipo de auditoria abrange a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária e patrimonial, quanto à legalidade e à legitimidade.
Já a auditoria operacional se preocupa em verificar o desempenho e os resultados alcança-
dos pelo gestor público, ou seja, a eficácia, a eficiência, a economicidade e a efetividade da gestão.
1
Observância de leis e regulamentos aplicáveis.
2
Adequação ao interesse público.
3
Minimização do custo dos recursos na consecução de uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade.

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 Obs.: SAIBA MAIS:

 Legalidade: aderência da aplicação dos recursos ao ordenamento jurídico (Constitui-

ção, leis, decretos, normas etc.).

 Legitimidade: pressupõe a aderência, além da legalidade, à moralidade e à ética, ou

seja, se atendeu ao interesse público.

 Economicidade: minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de

uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade. Refere-se à capa-

cidade de uma instituição gerir adequadamente os recursos financeiros colocados à

sua disposição.

 Eficiência: relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e

os custos dos insumos empregados para produzi-los em um determinado período de

tempo, mantidos os padrões de qualidade.

 Eficácia: grau de alcance das metas programadas (de produtos e serviços) em um

determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados. O con-

ceito de eficácia diz respeito à capacidade da gestão de cumprir objetivos imediatos

traduzidos em metas de produção ou de atendimento, ou seja, a capacidade de prover

bens ou serviços de acordo com o estabelecido no planejamento das ações.

 Efetividade: diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo

prazo. Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em

termos de efeitos sobre a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pre-

tendidos (impactos esperados).

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Mapa Mental – Auditoria Governamental

Tipos Tipos de
de Auditoria Fiscalização

Operacional Contábil
Regularidade Financeira
Auditoria Orçamentária
Governamental Patrimonial
Operacional

Aspectos
Objetivos
Fiscalizados

Verificar legalidade Legalidade


Verificar demonstrações Legitimidade
Analisar operações Economicidade
Avaliar desempenho Aplicação de subvenções
Analisar resultados Renúncia de receitas
Recomendar melhorias

O Controle Interno

O edital do concurso cobra o estudo acerca do “controle interno” sem mencionar qual o

controle interno será cobrado.

Vou explicar melhor!

Existe o controle interno administrativo que compreende o conjunto de subsistemas de

controles contábeis, financeiros, administrativos e outros — que abarcam a estrutura orga-

nizacional, os métodos, os procedimentos — estabelecido pela administração como parte de

seus objetivos corporativos para:

• ajudar a realizar as operações da entidade auditada de forma regular, econômica,

eficiente, eficaz e efetiva;

• permitir a observância às políticas administrativas;

• salvaguardar os bens e recursos públicos;

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• assegurar a exatidão e a completude dos registros contábeis; e


• produzir informação financeira e gerencial oportuna e confiável.

Esse é o controle do administrador, para assegurar o cumprimento dos objetivos da


gestão, portanto, denominado por muitos como controle interno administrativo.
A definição de controle interno mais conhecida no mundo e muito cobrada pelo Cebraspe
em concursos é a estabelecida pelo Comitê das Entidades Patrocinadoras – o COSO:

Controle interno é um processo, conduzido pelo conselho de administração, diretoria e por todo o
pessoal da organização, projetado para fornecer segurança razoável quanto à realização de obje-
tivos nas seguintes categorias:
operacional (eficácia e eficiência das operações);
comunicação (confiabilidade das informações e relatórios);
(cumprimento de leis e regulamentações aplicáveis).

Essa definição reflete certos conceitos fundamentais. Segundo o COSO, o controle interno
é orientado para a consecução de objetivos em uma ou mais categorias – operacionais, de
comunicação e de conformidade.
• Objetivos Operacionais: Esses objetivos são relacionados com a eficiência e eficácia dos
processos operacionais, incluindo o desempenho quanto ao alcance das metas financei-
ras e/ou operacionais, e também a salvaguarda dos ativos contra a ameaça de perdas.
• Objetivos de Comunicação ou Divulgação: Esses objetivos relacionam-se a divulgações
financeiras e não financeiras, internas e externas, podendo abranger os requisitos de
confiabilidade, oportunidade, transparência ou outros termos estabelecidos pelas auto-
ridades normativas, órgãos normatizadores reconhecidos, ou às políticas da entidade.
• Conformidade (compliance): Esses objetivos dizem respeito à aderência a normas, leis
e regulamentos em que a organização tem obrigação.

O controle interno é um processo constituído de tarefas e atividades contínuas. O con-


trole não é um fato ou circunstância ou um fim em si mesmo, mas uma série de ações que
permeiam as atividades da entidade com determinado fim. Essas ações se dão em todas as
operações da entidade, de modo contínuo. São ações inerentes à maneira pela qual a gerên-
cia administra a organização. O sistema de controle interno deve ser interligado às atividades

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da entidade e torna-se mais efetivo quando é concebido dentro da estrutura organizacional


da entidade e é parte integrante da essência da organização.
O controle interno é efetuado por pessoas, portanto, não se trata apenas de políticas e
manuais acerca de procedimentos, sistemas e formulários, mas de pessoas e as ações que
elas tomam em todos os níveis de uma organização para efetuar o controle interno.
O controle interno é capaz de fornecer uma garantia ou segurança razoável. Não importa
quão bem planejado ou executado esteja, o controle interno não pode dar segurança absoluta
aos gestores em relação ao alcance dos objetivos gerais. Apenas um nível razoável de segu-
rança pode ser alcançado. A segurança razoável reflete a noção sobre incerteza e os riscos
futuros que não podem ser previstos com segurança absoluta e reconhece que o custo do
controle interno não deve exceder os benefícios que dele derivam.
Vimos até aqui o controle interno da administração. Existe ainda o controle interno ava-
liativo ou fiscalizador que corresponde ao sistema de controle interno de cada Poder, referido
no final do art. 70 da CF/1988, que é exercido por órgãos de controle interno e tem por objeto
a fiscalização da gestão orçamentária, financeira, patrimonial, contábil e operacional no âm-
bito do referido Poder, em cada nível de governo. O artigo 74 da Constituição Federal trata das
finalidades do Sistema de Controle Interno de cada Poder.
A meu ver, como o edital pontua o controle interno como um subitem da auditoria go-
vernamental, o foco de nosso estudo deve ser o controle interno avaliativo ou o sistema de
controle interno previsto nos artigos 70 e 74 da Constituição Federal, sem esquecer, contudo,
o controle interno administrativo.

Tipos de Fiscalização do Controle Interno

O caput do art. 70 da CF estabelece que a fiscalização contábil, orçamentária, financeira,


patrimonial e operacional será realizada tanto pelo controle externo (Poder Legislativo auxi-
liado pelos tribunais de contas) quanto pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Logo, os trabalhos de fiscalização ou auditoria realizados pelo controle interno poderão
ser de cinco tipos, que já vimos em nossa aula: contábil, orçamentária, financeira, patrimonial
e operacional.

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Conforme o mesmo dispositivo constitucional, esses trabalhos abrangerão ainda a lega-


lidade, a legitimidade, a economicidade, a aplicação de subvenções e a renúncia de receitas.
Repare, portanto, a abrangência da atuação do controle interno: envolve a gestão contábil,
orçamentária, financeira, patrimonial e operacional, e alcança a legalidade de receitas e des-
pesas e ainda a renúncia de receita decorrente de incentivos fiscais, creditícios e financeiros.

Objetivos e Finalidades dos Sistemas de Controle Interno


Com a Constituição Federal de 1988, a atividade de Controle Interno teve descritas as
suas finalidades, com o desenho que tem hoje, conforme o disposto no artigo 74:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-
mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Logo, a Constituição estabelece o seguinte modelo para o Sistema de Controle Interno:


• implantação do Controle Interno em cada Poder (Legislativo, Executivo e Judiciário); e
• funcionamento do Controle Interno de forma sistêmica e integrada.

Ainda de acordo com o texto constitucional, o controle interno assume um caráter avalia-
tivo da ação governamental.
Adota a filosofia de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimo-
nial dos órgãos e entidades da administração direta e indireta, ultrapassando os limites da
legalidade, para abranger, também, o exame da legitimidade, eficácia, eficiência e economici-
dade dos gastos públicos.
Dessa forma, permite avaliar os gastos governamentais em relação aos interesses da
sociedade, conhecer a organização e o funcionamento dos órgãos e entidades, além de pos-
sibilitar aferir os resultados dos programas e projetos governamentais.

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Outro aspecto relevante é que a fiscalização por parte do sistema de controle interno
alcança a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado, a exemplo de
ONGs, OCIPs e organizações sociais que recebem recursos do Estado mediante convênios
ou transferências legais.
As finalidades do sistema de controle interno estão descritas em termos de objetivos no
art. 3º do Decreto n. 3.591/2000, a saber:
• a avaliação do cumprimento das metas do Plano Plurianual visa a comprovar a confor-
midade da sua execução.
• a avaliação da execução dos programas de governo visa a comprovar o nível de execução
das metas, o alcance dos objetivos e a adequação do gerenciamento.
• a avaliação da execução dos orçamentos visa a comprovar a conformidade da execução
com os limites e destinações estabelecidos na legislação pertinente.
• a avaliação da gestão dos administradores públicos visa a comprovar a legalidade e a
legitimidade dos atos e a examinar os resultados quanto à economicidade, à eficiência
e à eficácia da gestão orçamentária, financeira, patrimonial, de pessoal e demais sistemas
administrativos e operacionais.
• o controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres da União visa a
aferir a sua consistência e a adequação dos controles internos.

É preciso ter muita atenção em prova quanto às finalidades dos sistemas de controle interno
de cada poder, pois as bancas tentam confundir os candidatos, por vezes incluindo algum de-
talhe que não consta do texto constitucional ou trocando uma finalidade do controle interno
por uma competência dos tribunais de contas. Por exemplo, não compete ao controle interno
julgar as contas dos gestores e aplicar sanções. Estas são competências privativas dos Tri-
bunais de Contas estabelecidas no art. 71 da CF.

Relacionamento entre o Controle Externo e o Controle Interno


Uma das finalidades dos órgãos que compõem os sistemas de controle interno de
cada Poder estabelecida no art. 74 da CF é apoiar o controle externo no exercício de sua
missão institucional.

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Nesse sentido, existe uma cooperação entre os controles interno (organismos próprios
de controle e de auditoria de cada Poder) e externo (órgão do Poder Legislativo e Tribunal de
Contas) em prol de uma fiscalização da gestão pública mais eficiente e efetiva.
Talvez o principal apoio seja a realização das auditorias nos processos de contas (anu-
ais e especiais) pelos órgãos de controle interno, com o objetivo de subsidiar o julgamento
dessas contas pelo Tribunal de Contas.
Todavia, esse apoio se dá também pela obrigação estabelecida no § 1º do art. 74, refletida
nas constituições estaduais, qual seja:

§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregulari-


dade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsa-
bilidade solidária.

Assim, os dirigentes dos órgãos de controle interno de cada Poder, ao tomarem conheci-
mento de qualquer irregularidade (desvio de recursos, fraudes, prejuízos etc.) ou ilegalidade
(descumprimento de lei e princípios), praticadas no âmbito dos órgãos e entidades que estão
sob a sua jurisdição, devem de imediato comunicar ao Tribunal de Contas. A omissão não jus-
tificada poderá ensejar a responsabilidade do dirigente de controle interno omisso, de forma
solidária com quem praticou o ato ilícito.
Apesar de uma das finalidades dos sistemas de controle interno ser apoiar o exercício do
controle externo, cabe ressaltar que não há hierarquia entre os sistemas de controle externo e
interno. Eles atuam de forma complementar!
A seguir, veja as questões que caíram na prova da Controladoria Geral do Município de João
Pessoa em 2018, elaborada pelo Cebraspe, sobre a abrangência e as finalidades do sistema de
controle interno e sua comparação com o controle interno administrativo, segundo o COSO.

Questão 2 (CESPE/PMJP/CGM/2018) De acordo com o art. 74 da Constituição Federal de


1988 (CF), os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sis-
tema de controle interno com algumas finalidades. Nesse sentido, julgue os itens a seguir, a
respeito da governança no setor público.

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A avaliação dos resultados tem dois parâmetros: a eficácia e a eficiência tanto da gestão or-
çamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal quanto
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

Certo.
Uma das finalidades do SCI de cada Poder é comprovar a legalidade e avaliar os resultados,
quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entida-
des de direito privado.

Questão 3 Aos controles internos compete verificar a utilização dos recursos públicos, mas
estão dispensados de analisar recursos administrados por entidades de direito privado, como
é o caso de parcerias público-privadas, em que há aplicação de recursos públicos e privados.

Errado.
O controle interno alcança a verificação da aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado, como, por exemplo, as parcerias público-privadas.

Questão 4 Entre as finalidades dos controles internos, excluem-se a de comprovar a legali-


dade e a de avaliar os resultados da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.

Errado.
Ao contrário do que afirma o item, entre as finalidades dos controles internos, incluem-se a
de comprovar a legalidade e a de avaliar os resultados da gestão orçamentária, financeira
e patrimonial.

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Questão 5 Ao mencionar que os controles internos devem “avaliar o cumprimento das me-
tas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos
da União”, o inciso I do artigo constitucional em questão mostra-se contraditório com as
características descritas pelo COSO ICIF 2013, em que o controle interno é planejado para
assegurar tanto o alcance dos objetivos relacionados às operações, quanto a produção de
relatórios e a adequação às normas.

Errado.
Não há contradição entre os objetivos do controle interno avaliativo ou fiscalizador estabele-
cido na Constituição e do controle interno administrativo, conforme definido pelo COSO (ICIF
2013). Ambos visam a assegurar a conformidade/legalidade, a adequação dos relatórios e a
eficiência e eficácia da gestão.

Mapa Mental – Controle Interno

Finalidades

Avaliar cumprimento metas PPA


Avaliar execução dos orçamentos e programas
Comprovar a legalidade e avaliar resultados da gestão
Controle Avaliar a aplicação de recursos por entidades privadas
Interno Controlar operações de crédito, havers etc
Apoiar a missão do controle externo

Responsabilidade

Diante de ilegalidades e irregularidades...


Comunicar o Tribunal de Contas
Sob pena de responsabilidade solidária

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Vamos estudar a seguir as características que distinguem as auditorias de regularidade


e operacional.

Auditoria de Conformidade e Auditoria Operacional


Tendo como referência as normas internacionais de auditoria, as auditorias realizadas
pelos tribunais de contas no Brasil são basicamente de dois tipos: auditoria de conformidade
ou regularidade e auditoria operacional.
Outros órgãos de controle e de auditoria governamental no Brasil preferem uma clas-
sificação diferente para as suas auditorias, como a classificação adotada pelo Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo Federal, que é mais elástica e contempla cinco tipos de
auditoria: avaliação de gestão, acompanhamento de gestão, contábil, operacional e especial.
A auditoria de regularidade é uma espécie de auditoria governamental, utilizada pelo tribu-
nal de contas para examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis
sujeitos a sua jurisdição, quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial.
Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de conformidade e as auditorias
contábeis ou financeiras.
Assim, caso o Tribunal de Contas pretenda realizar uma auditoria na folha de pagamento
de órgão público, com o objetivo de verificar a regularidade dos pagamentos ou uma auditoria
nos processos de aquisição de bens e serviços do órgão, avaliando a legalidade dos proces-
sos licitatórios e contratuais, realizará uma auditoria de regularidade ou de conformidade.
Já a auditoria operacional é utilizada para avaliar o desempenho dos órgãos e entidades
jurisdicionados, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades governamentais,
quanto aos aspectos de economicidade, eficiência, eficácia e efetividade dos atos praticados.
Enquanto a auditoria de regularidade verifica se o gestor público cumpriu os mandamen-
tos legais e a legitimidade e a probidade dos atos administrativos, a auditoria operacional se
preocupa em verificar o desempenho e os resultados alcançados pelo gestor público, ou seja,
a eficácia, a eficiência, a economicidade e a efetividade da gestão.
A auditoria operacional tem por objetivo examinar a economicidade, eficiência, eficácia
e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de
promover o aperfeiçoamento da gestão pública.

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O gráfico abaixo demonstra de forma comparativa os aspectos abordados em um e outro


tipo de auditoria dos TCs:

Note que não é a área a ser auditada que define se auditoria é do tipo regularidade/con-
formidade ou operacional, mas o objetivo que mais prevalece no trabalho. Contudo, sabemos
que a auditoria de conformidade é muito utilizada para auditoria em licitações e contratos,
aposentadorias, setores de patrimônio e folhas de pagamento.
As auditorias operacionais possuem características próprias que as distinguem das au-
ditorias tradicionais. Ao contrário das auditorias de regularidade, que adotam padrões relati-
vamente fixos, as auditorias operacionais, devido à variedade e complexidade das questões
tratadas, possuem maior flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria, métodos
de trabalho e forma de comunicar as conclusões de auditoria. Empregam ampla seleção de
métodos de avaliação e investigação de diferentes áreas do conhecimento, em especial das
ciências sociais. Além disso, essa modalidade de auditoria requer do auditor flexibilidade,
imaginação e capacidade analítica.
Algumas áreas de estudo, em função de sua especificidade, necessitam de conhecimen-
tos especializados e abordagem diferenciada, como é o caso das avaliações de programa,
auditoria de tecnologia de informação e de meio ambiente.

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Nas auditorias de regularidade, as conclusões assumem a forma de opinião concisa e de


formato padronizado sobre demonstrativos financeiros e sobre a conformidade das transa-
ções com leis e regulamentos, ou sobre temas como a inadequação dos controles internos,
atos ilegais ou fraude.
Nas auditorias operacionais, o relatório trata da economicidade e da eficiência na aqui-
sição e aplicação dos recursos, assim como da eficácia e da efetividade dos resultados
alcançados. Tais relatórios podem variar consideravelmente em escopo e natureza, infor-
mando, por exemplo, sobre a adequada aplicação dos recursos, sobre o impacto de políticas
e programas e recomendando mudanças destinadas a aperfeiçoar a gestão.
Pela sua natureza, as auditorias operacionais são mais abertas a julgamentos e interpreta-
ções e seus relatórios, consequentemente, são mais analíticos e argumentativos. Enquanto nas
auditorias de regularidade o exame da materialidade está diretamente relacionado ao montante
de recursos envolvidos, nas auditorias operacionais essa é uma questão mais subjetiva e pode
basear-se em considerações sobre a natureza ou o contexto do objeto auditado.
A participação do gestor e de sua equipe é fundamental em várias etapas do ciclo de uma
auditoria operacional. Desde a etapa de seleção do tema e definição do escopo da auditoria
até a caracterização dos achados e possíveis recomendações, a equipe deve contar com a
imprescindível colaboração do auditado.
Para que a auditoria contribua efetivamente para o aperfeiçoamento da gestão, o gestor
precisa apoiar o trabalho e estar disposto a colaborar, facilitando a identificação das áreas re-
levantes a serem examinadas. Por sua vez, o envolvimento do gestor favorece a apropriação
dos resultados da auditoria e a efetiva implementação das recomendações propostas.
Mais adiante, veremos um pouco mais acerca da auditoria operacional e uma de suas
modalidades, que é a auditoria de avaliação de programa.
O quadro a seguir resume as principais diferenças entre as auditorias de conformidade
e operacional.

Auditorias de Regularidade ou Conformidade Auditorias Operacionais


Objetivam avaliar a legalidade e a legitimidade dos Tem a finalidade de promover o aperfeiçoamento da
atos de gestão. gestão pública.

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Auditorias de Regularidade ou Conformidade Auditorias Operacionais


Adotam padrões relativamente fixos, ou seja, os Maior flexibilidade na escolha de temas, objetos de
métodos são mais tradicionais. Os critérios utiliza- auditoria, métodos de trabalho e forma de comunicar
dos estão previstos nas normas. as conclusões de auditoria.
O enfoque dos exames é no passado. O enfoque é voltado para o presente e futuro.
Em função de sua especificidade, necessitam de conhe-
Menor necessidade de conhecimentos especializados.
cimentos especializados e abordagem diferenciada.
As conclusões assumem a forma de opinião concisa e O relatório trata da economicidade e da eficiência na
de formato padronizado sobre demonstrativos finan- aquisição e aplicação dos recursos, assim como da
ceiros e sobre a conformidade das transações com eficácia e da efetividade dos resultados alcançados.
leis e regulamentos, ou sobre temas como a inade- Tais relatórios podem variar consideravelmente em
quação dos controles internos, atos ilegais ou fraude. escopo e natureza.
A materialidade é uma questão mais subjetiva e pode
O exame da materialidade está diretamente relacio-
basear-se em considerações sobre a natureza ou o
nado ao montante de recursos envolvidos.
contexto do objeto auditado.
A participação do gestor e de sua equipe é funda-
O gestor não participa dos trabalhos de auditoria. mental em várias etapas do ciclo de uma auditoria
operacional.

Mapa Mental – Auditorias de Regularidade e Operacional

economia, efi ciência, efi cácia e efetividade


promover aper feiçoamentos
enfoque no presente e no futuro
Operacional
maior flexibilidade e criatividade
relatório analíti co e construtivo (com recomendações)
maior necessidade de contar com especialistas

Auditoria
Governamental

legalidade e legitimidade
espécies: contábil ou legalidade
padrões e critérios fixos (leis, normas etc)
De regularidade
enfoque no passado
opinião concisa e padronizada
menor necessidade de contar com especialistas

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A seguir, veremos um pouco do processo da auditoria de conformidade, de acordo com as


Normas de Auditoria do TCU e do TCE-RJ.

Processo Resumido da Auditoria de Conformidade

Para que seja realizada uma auditoria, o primeiro passo é a designação da equipe de auditoria
mediante ato formal, mediante Portaria de Fiscalização, por exemplo, na qual são identificados o
coordenador, os demais membros da equipe e o supervisor, bem como o objetivo dos trabalhos,
o órgão/entidade fiscalizado, a deliberação que originou a fiscalização, a fase de planejamento e,
quando conhecidas, as fases de execução e de elaboração do relatório.
Uma vez designada, a equipe procederá ao planejamento do trabalho, que envolve os
seguintes aspectos básicos:
• nível de detalhamento suficiente, de modo a maximizar a relação entre o provável bene-
fício da fiscalização e o seu custo total;
• obtenção e análise das informações disponíveis e necessárias sobre o objeto fiscalizado,
inclusive quanto aos sistemas informatizados e aos controles internos a ele associados;
• suficiente discussão, no âmbito da equipe de auditoria e entre esta e o supervisor, a
respeito da definição do escopo, dos procedimentos e técnicas a serem utilizados;
• teste e revisão dos formulários, questionários e roteiros de entrevista, a serem utilizados
na fase de execução.

Na fase de planejamento, deve ser elaborada a Matriz de Planejamento, que você verá na
aula 3, quando estudarmos o planejamento da auditoria governamental.
Na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve, preliminarmente, construir uma
visão geral do objeto a ser fiscalizado, podendo fazer uso de diversas fontes de informação,
internas e externas, como sistemas informatizados; legislação e normas específicas; con-
tas dos últimos exercícios; auditorias anteriores; notícias veiculadas na mídia; e trabalhos
acadêmicos publicados.
Uma vez concluído o planejamento, passa-se à fase de execução, com a apresentação da
equipe aos dirigentes do órgão ou entidade auditada.

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Durante a fase de execução, a equipe de auditoria deve utilizar as fontes de informação e


aplicar os procedimentos previstos na Matriz de Planejamento em busca de achados.
Achado é a discrepância entre a situação existente e o critério. Achados são situações
verificadas pelo auditor durante o trabalho de campo que serão usadas para responder às
questões de auditoria. O achado contém os seguintes atributos: critério (o que deveria ser),
condição (o que é), causa (razão do desvio com relação ao critério) e efeito (consequência
da situação encontrada). Quando o critério é comparado com a situação existente, surge o
achado de auditoria.
O achado de auditoria deve atender, necessariamente, aos seguintes requisitos básicos:
• ser relevante para que mereça ser relatado;
• estar fundamentado em evidências juntadas ao relatório;
• ser apresentado de forma objetiva;
• respaldar as propostas de encaminhamento dele resultantes;
• apresentar consistência, de modo a mostrar-se convincente a quem não participou
da auditoria.

Os esclarecimentos acerca dos indícios devem ser colhidos por escrito ao longo da fase
de execução, por intermédio de ofícios de requisição, evitando-se mal-entendidos e minimi-
zando o recolhimento de informações posteriores.
A análise dos achados de auditoria é realizada mediante utilização da Matriz de Achados.
Para os achados que resultem em propostas de audiência ou conversão em tomada de contas
especial para fins de citação, é necessário o preenchimento da Matriz de Responsabilização, na
qual fica identificada a responsabilidade pela ocorrência. Você verá as Matrizes de Achados e
de Responsabilização na aula 6.
Ao aplicar os procedimentos, o auditor obtém evidências, elementos essenciais e compro-
batórios do achado, que devem ter os seguintes atributos:
a) validade – a evidência deve ser legítima, ou seja, baseada em informações precisas e
confiáveis;
b) confiabilidade – garantia de que serão obtidos os mesmos resultados se a fiscalização for
repetida. Para obter evidências confiáveis, é importante considerar que: é conveniente usar

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diferentes fontes; é interessante usar diferentes abordagens; fontes externas, em geral,


são mais confiáveis que internas; evidências documentais são mais confiáveis que orais;
evidências obtidas por observação direta ou análise são mais confiáveis que aquelas ob-
tidas indiretamente;
c) relevância – a evidência é relevante se for relacionada, de forma clara e lógica, aos
critérios e objetivos da fiscalização;
d) suficiência – a quantidade e qualidade das evidências obtidas devem persuadir o leitor
de que os achados, conclusões, recomendações e determinações da auditoria estão
bem fundamentados. É importante lembrar que a quantidade de evidências não subs-
titui a falta dos outros atributos (validade, confiabilidade, relevância). Quanto maior a
materialidade do objeto fiscalizado, o risco, e o grau de sensibilidade do fiscalizado a
determinado assunto, maior será a necessidade de evidências mais robustas.

Ao final da fase de execução, realiza-se a reunião de encerramento, na qual a equipe apre-


senta verbalmente os achados de auditoria ao gestor do órgão/entidade fiscalizado e outros res-
ponsáveis, cuja participação seja considerada oportuna, ou representantes por eles designados.
A última etapa de auditoria de regularidade é a de elaboração do relatório. O relatório é o
instrumento formal e técnico por intermédio do qual a equipe de auditoria comunica aos
leitores: o objetivo e as questões de auditoria; a metodologia utilizada; os achados de auditoria;
as conclusões; e a proposta de encaminhamento.
Na redação do relatório, a equipe de auditoria deve orientar-se pelos requisitos resumidos
na palavra “CERTO”: Clareza, Concisão, Convicção, Exatidão, Relevância, Tempestividade e
Objetividade.
Visto o processo de auditoria de conformidade, ainda que de forma sintética, saiba um
pouco mais a respeito da auditoria operacional.

Auditoria Operacional
Segundo as NBASPs, o principal objetivo da auditoria operacional é promover, construtiva-
mente, a governança econômica, efetiva e eficaz. Ela também contribui para a accountability
e transparência.

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A auditoria operacional promove a accountability ao ajudar aqueles com responsabili-


dades de governança e supervisão a melhorar o desempenho. Isso é feito ao examinar se
as decisões tomadas pelo legislativo ou pelo executivo são formuladas e implementadas de
forma eficiente e eficaz e se os contribuintes ou cidadãos têm recebido em retorno o valor
justo dos tributos pagos.
Não se trata de questionar as intenções e decisões do legislativo, mas examinar se al-
guma deficiência nas leis e nos regulamentos ou na sua forma de implementação esteja
impedindo que os objetivos especificados sejam alcançados. A auditoria operacional foca
em áreas nas quais pode agregar valor para os cidadãos e que têm o maior potencial para
aperfeiçoamento. Ela proporciona incentivos construtivos para que as partes responsáveis
desenvolvam as ações apropriadas.
A auditoria operacional promove a transparência ao proporcionar ao parlamento, aos con-
tribuintes e a outras fontes de financiamento, àqueles que são alvo das políticas de governo e à
mídia, uma perspectiva sobre a gestão e os resultados de diferentes atividades governamentais.
Desse modo, contribui diretamente para fornecer ao cidadão informações úteis e, ao mes-
mo tempo, serve de base para aprendizado e melhorias. Na auditoria operacional, as EFS são
livres para decidir, dentro de seu mandato, o quê, quando e como auditar, e não devem ser
impedidas de publicar seus achados.

A auditoria operacional não tem suas raízes na forma de auditoria que é habitual no setor
privado. Tem suas raízes na necessidade de análises independentes e de amplo escopo acer-
ca da economia, da eficiência e da eficácia dos programas e organismos da Administração,
efetuadas em caráter não periódico. A auditoria que é habitual no setor privado, realizada em
caráter periódico, é a auditoria contábil.

Dimensões da Auditoria Operacional


As normas de auditoria governamental apresentam as principais dimensões de análise em
auditoria operacional: economicidade, eficiência, eficácia e efetividade. O diagrama de insumo-
-produto ilustra os conceitos-chave empregados em auditoria operacional e suas inter-relações.

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Efetividade

Economicidade

Compromisso Insumos Ação/Produção Produto Resultados


objetivos recursos ações bens e serviços objetivos
definidos alocados desenvolvidas providos atingidos

Eficiência
Eficácia

Fonte: Adaptado de ISSAI 3000/1.4, 2004


Fonte: Manual de Auditoria Operacional do TCU (pág. 11).

A economicidade é a minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de


uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade. Refere-se à capacidade de
uma instituição gerir adequadamente os recursos financeiros colocados à sua disposição.
O exame da economicidade em auditorias operacionais poderá abranger a verificação de
práticas gerenciais, sistemas de gerenciamento, benchmarking de processos de compra e
outros procedimentos afetos à auditoria de desempenho, enquanto o exame estrito da lega-
lidade de procedimentos de licitação, fidedignidade de documentos, eficiência dos controles
internos e outros deverão ser objeto de auditoria de conformidade.
A eficiência é definida como a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por
uma atividade e os custos dos insumos empregados para produzi-los em um determinado
período de tempo, mantidos os padrões de qualidade. Essa dimensão, portanto, relaciona-
-se com o conceito de economicidade e mede o esforço do processo de transformação de
insumos em produtos.
A eficácia é definida como o grau de alcance das metas programadas (de produtos e ser-
viços) em um determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados.
O conceito de eficácia diz respeito à capacidade da gestão de cumprir objetivos imediatos
traduzidos em metas de produção ou de atendimento, ou seja, a capacidade de prover bens
ou serviços de acordo com o estabelecido no planejamento das ações.

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A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo.
Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de efeitos
sobre a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos esperados).
Trata-se de verificar a ocorrência de mudanças na população-alvo que se poderia razoavel-
mente atribuir às ações do programa avaliado.

Outras dimensões
Além das quatro dimensões de desempenho examinadas, outras, a elas relacionadas,
poderão ser explicitadas em razão de sua relevância para a delimitação do escopo das au-
ditorias operacionais. Aspectos como a qualidade dos serviços, o grau de adequação dos
resultados dos programas às necessidades das clientelas (geração de valor público), a justiça
na distribuição dos serviços e dos seus custos econômicos, sociais e políticos (equidade)
podem ser tratados em auditorias operacionais com o objetivo de subsidiar a accountability
de desempenho da ação governamental.
O exame da equidade, que pode ser derivado da dimensão de efetividade da política
pública, baseia-se no princípio que reconhece a diferença entre os indivíduos e a necessidade
de tratamento diferenciado. Promover a equidade é garantir as condições para que todos
tenham acesso ao exercício de seus direitos civis (liberdade de expressão, de acesso à infor-
mação, de associação, de voto, igualdade entre gêneros), políticos e sociais (saúde, educação,
moradia, segurança). Portanto, as políticas públicas de proteção e de desenvolvimento social
têm papel fundamental na construção da equidade.
Em relação aos critérios pelos quais o auditor operacional mede o desempenho/resulta-
dos, eles são amplos (leis, definidos pela Administração, pelos auditores, auditorias anterio-
res, outras instituições ou programas etc.). Os critérios em auditorias contábeis são relativa-
mente fixos e padronizados.

Modalidades de Auditoria Operacional


Existem duas espécies ou modalidades de auditorias operacionais:
• a auditoria de desempenho operacional: Exame da ação governamental quanto aos
aspectos da economicidade, eficiência, eficácia; e

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• a avaliação de programas: Exame da efetividade dos programas e projetos governa-


mentais, o que inclui a dimensão de equidade.

A auditoria de desempenho operacional focaliza o processo de gestão, enquanto a avaliação


de programa prioriza os efeitos produzidos pela intervenção governamental.
No primeiro caso, investiga-se o funcionamento dos programas e projetos e o cumpri-
mento de metas quantificáveis, como, por exemplo, o número de escolas construídas, de va-
cinas aplicadas, de servidores treinados ou de estradas recuperadas em relação ao previsto
nos planos de governo ou na legislação específica.
No segundo, deve-se agregar à análise dimensões que permitam à equipe pronunciar-se,
por exemplo, sobre a redução da evasão escolar, a erradicação de doenças contagiosas, a
qualidade dos serviços prestados pela administração ou a redução dos índices de acidentes
no trânsito.
É importante fazer a distinção entre essas duas abordagens, uma vez que o cumprimento
de uma meta física ou a disponibilidade de um serviço pode ser uma condição necessária,
mas não suficiente para que determinado problema seja efetivamente resolvido ou para que
determinada necessidade seja atendida. Muitas vezes, o efeito esperado pode não ocorrer ou
ser insignificante.
Além do mais, uma intervenção governamental específica pode provocar efeitos ines-
perados, tanto negativos, quanto positivos. Nas duas situações, ao proceder a uma ava-
liação de programa, deve-se buscar identificar as relações de causa e efeito subjacentes
aos fenômenos observados, procurando identificar os efeitos atribuíveis exclusivamente ao
programa ou projeto.
Trata-se, portanto, de verificar, valendo-se de uma estratégia metodológica apropriada,
em que medida os efeitos observados, intencionais ou não, foram causados por essa
intervenção específica. Embora a auditoria de desempenho operacional e a avaliação de
programa possam ser realizadas de maneira independente, as informações produzidas em
cada uma delas proporcionam uma análise completa da atuação governamental, podendo ser
entendidas como complementares.

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As auditorias de desempenho operacional focam na gestão dos órgãos e entidades, pro-


curando avaliar e melhorar a economicidade, a eficiência e a eficácia. Para tanto, utiliza-se
de um conjunto de metodologias e de técnicas de diagnóstico organizacional e de coleta e
análise de dados.
Essas metodologias e técnicas também são utilizadas para avaliação de programas, com
o propósito de avaliar a execução de projetos e programas e, especialmente, a efetividade ou
o impacto da ação de governo. As metodologias específicas para avaliação de impacto ou de
causa-e-efeito são os modelos experimentais e quase-experimentais, portanto, exclusivos da
avaliação de programa.

Avaliação de programa

Merece destaque a crescente integração da performance audit com outra atividade


analítica de grande influência no setor público: a avaliação de programas públicos (pro-
gram evaluation).
Originada das ciências sociais na década de 30, a avaliação de programas consistia ori-
ginalmente na aplicação sistemática de procedimentos de pesquisa científica, quantitativos
e qualitativos, para medir o impacto ou a efetividade dos programas de intervenção social.
Com a crescente intervenção das EFS no exame de programas governamentais, as meto-
dologias de avaliação sofreram adaptações que possibilitaram a execução de trabalhos em
períodos menores que as avaliações tradicionais, facilitando sua difusão nas referidas EFS, me-
rendo destaque a experiência do Government Accontability Office (GAO), EFS norte-americana,
por ser o país em que a prática da avaliação de programas era talvez mais desenvolvida que em
qualquer outro local no mundo.
Como resultado dessa integração da performance audit com a avaliação de programas, pas-
saram então a fazer parte do cardápio metodológico da última, técnicas como estudo de caso,
pesquisa, delineamento experimental, quase-experimental e não experimental, entre outras.
Assim, vinculada a atividades de pesquisas ou a estudos, a avaliação de programas bus-
ca analisar os processos por impactos desses programas. A primeira atividade – processos
– visa verificar se o programa está sendo implementado conforme seus objetivos, diretrizes

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e prioridades e se seus produtos estão atingindo as metas previstas com a necessária efici-
ência. A segunda atividade – impactos – busca aferir se as transformações primárias e/ou
secundárias, na realidade, são atribuíveis às ações do programa, estabelecendo as devidas
relações de causalidade.
Para a INTOSAI, a avaliação de programa é um tipo de estudo ou modalidade de auditoria ope-
racional cujo propósito é mensurar o funcionamento de um programa e melhorar seus resultados.
A avaliação de programa tem como propósito avaliar a efetividade de um programa ou
projeto, ou seja, os benefícios e impactos gerados com ação governamental.

Ciclo ou Processo Resumido da Auditoria Operacional

O gráfico abaixo demonstra o ciclo completo das auditorias operacionais no âmbito dos
Tribunais de Contas, que é o seguinte:

O ciclo completo da auditoria operacional compreende as etapas de seleção, planejamento,


execução, análise, elaboração de relatório, comentário do gestor, apreciação pela Corte, divul-
gação e monitoramento.

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A seleção das auditorias é a primeira etapa do processo, a partir da qual são definidos os
programas e/ou órgãos a ser avaliados. Nessa fase, examinam-se as prioridades de governo,
a relevância das ações para reduzir os problemas da sociedade, a materialidade dos recursos
envolvidos e o risco de não se alcançarem os resultados esperados.
• Materialidade é o volume de recursos envolvidos, ou seja, a representatividade do valor
do orçamento aprovado para o órgão ou programa de trabalho, do montante dos gastos
realizados ou do patrimônio gerido.
• Relevância envolve aspecto ou fato considerado importante, em geral no contexto do
objetivo delineado, ainda que não seja material ou economicamente significativo.
Relevância pode também ser definida como a importância social ou econômica de um
órgão ou programa governamental.
• Risco é a possibilidade de algo acontecer e ter impacto nos objetivos, sendo medido em
termos de consequências e probabilidades.

Os estudos de viabilidade indicam a oportunidade e a modalidade de fiscalização mais ade-


quada à auditoria, considerando os potenciais problemas que comprometem o desempenho.
A fase de planejamento destina-se à definição do escopo da auditoria (problema a ser
resolvido pela auditoria, objetivos, extensão e profundidade dos exames), bem como da
elaboração dos procedimentos a serem utilizados para coleta de dados.
O planejamento consiste das seguintes atividades:
a) análise preliminar do objeto de auditoria;
b) definição do objetivo e escopo da auditoria;
c) especificação dos critérios de auditoria;
d) elaboração da matriz de planejamento;
e) validação da matriz de planejamento;
f) elaboração de instrumentos de coleta de dados;
g) teste-piloto; e
h) elaboração do projeto de auditoria.

Na aula 3, veremos detalhadamente cada uma dessas atividades. Por enquanto, é preciso
que você saiba que, nesta fase, define-se o projeto de auditoria que é apresentado no instru-
mento denominado Matriz de Planejamento.

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Para tanto se aplicam as técnicas de diagnóstico de problemas com vistas a identificar


os principais problemas que comprometem o desempenho do programa/órgão. O proble-
ma constitui o escopo da auditoria e será examinado a partir de questões que objetivam
averiguar o resultado das ações implementadas. Essas questões relacionam o problema às
dimensões examinadas nos trabalhos dessa natureza, ou seja: economicidade, eficiência,
eficácia, efetividade e equidade.
Ainda na fase de análise preliminar, podem ser utilizadas técnicas com a finalidade de
traçar diagnóstico a partir da interpretação sistemática das informações coletadas e da iden-
tificação dos principais problemas relativos ao desempenho do objeto selecionado. O quadro
abaixo resume as técnicas mais empregadas e os objetivos a que se propõem.

Técnica de diagnóstico Objetivo


• Identificar as forças e fraquezas do ambiente interno do objeto da au-
ditoria e as oportunidades e ameaças do ambiente externo.
SWOT • Identificar possíveis áreas a investigar.
• Identificar fatores de risco e conhecer a capacidade organizacional
para o seu gerenciamento.
• Identificar principais grupos de interesse (atores interessados).
Análise stakeholder
• Identificar opiniões e conflitos de interesses e informações relevantes.
• Conhecer os principais objetivos de uma entidade ou programa.
Mapa de
• Representar as relações de dependência entre os produtos.
produtos e Indicadores
• Os responsáveis pelos produtos críticos.
de desempenho
• Desenvolver indicadores de desempenho.
• Conhecer o funcionamento de processos de trabalho.
• Identificar boas práticas.
Mapa de processos
• Identificar oportunidades para racionalização e aperfeiçoamento de
processos de trabalho.

Além das técnicas acima, outras, como análise de Ishikawa, análise RECI e marco lógico
também podem ser úteis nessa etapa do trabalho de auditoria.
A Matriz de Planejamento apresenta para cada questão de auditoria: as informações que
serão necessárias para a sua análise; onde serão obtidas – fontes; a estratégia metodológica
para coleta e análise das informações; as limitações dela decorrente; e, os potenciais resultados

esperados (o que a análise vai permitir dizer ou os possíveis achados).

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Na fase de execução, a equipe de auditoria realiza os trabalhos de campo e as pesquisas


necessárias à coleta de dados – por meio de entrevistas, aplicação de questionários, obser-
vação direta, grupos focais, consultas a documentos e bases de dados.
As principais atividades realizadas durante a execução são:
a) desenvolvimento dos trabalhos de campo;
b) análise dos dados coletados;
c) elaboração da matriz de achados; e
d) validação da matriz de achados.
Após os trabalhos de campo, a equipe elabora a Matriz de Achados, síntese dos resulta-
dos obtidos nessa fase.
Cabe observar que tanto a Matriz de Planejamento, como a Matriz de Achados, são apre-
sentadas e discutidas nos Painéis de Referência realizados pelo Tribunal com a participação
de representantes de grupos de interesse, como Controle Interno, Sociedade Civil, Academia e
Consultorias Legislativas do Congresso. Nessas ocasiões busca-se verificar a consistência da
proposta de auditoria, bem como a relevância e adequação das conclusões (achados de audito-
ria) e propostas de recomendações. As sugestões dos participantes são incorporadas à versão
final das respectivas matrizes e apresentadas à consideração dos gestores dos programas.
Concluída a análise dos dados e das evidências, elabora-se o relatório preliminar, a ser
submetido ao gestor público para comentários, ainda em caráter reservado. Depois de apre-
ciado o relatório final pelo Tribunal de Contas, dá-se ampla publicidade, visando a promover a
transparência e o controle social das ações governamentais.
A etapa de divulgação do relatório tem a finalidade de ampliar o conhecimento da socie-
dade sobre os resultados das ações estatais avaliadas, contribuindo para aumentar a efetivi-
dade do controle, por meio da mobilização da comunidade no acompanhamento e na aprecia-
ção dos objetivos, da implementação e dos resultados das políticas públicas.
Para assegurar que as recomendações formuladas pelo Tribunal sejam implementadas, pro-
cede-se ao monitoramento das recomendações durante, em média, um período de dois anos.

Estratégias e técnicas em auditoria operacional


O Manual de Auditoria Operacional do TCU apresenta um apêndice contendo síntese das
estratégias metodológicas utilizadas nas auditorias operacionais, bem como das principais

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técnicas de diagnóstico, utilizadas na fase de planejamento da auditoria operacional, e das


técnicas de coleta e análise de dados aplicadas na fase de execução das auditorias.

Estratégias metodológicas

A estratégia metodológica é a forma geral do desenho investigativo que será adotado na


auditoria. Entre os métodos mais empregados nas auditorias operacionais estão pesquisa do-
cumental, estudo de caso e pesquisa (survey). A pesquisa experimental, quase-experimental e
não experimental, utilizadas em avaliação de programas, também fazem parte das opções de
estratégia metodológica.
• Pesquisa documental: abrange o exame de toda espécie de registros administrativos,
inclusive estatísticas oficiais. Além de material produzido pela instituição auditada, são
pesquisados relatórios de auditorias anteriores do TC e do Controle Interno, assim como
estudos realizados por outras instituições. Denomina-se pesquisa bibliográfica a que
abrange a bibliografia tornada pública em relação ao tema de estudo. Ao se realizar
pesquisa documental é necessário avaliar a confiabilidade das informações divulgadas,
assim como determinar a natureza, localização e disponibilidade dos documentos no
início da auditoria. Esses cuidados têm por objetivo garantir o melhor aproveitamento da
informação ao menor custo possível e verificar a viabilidade de se responder à questão.
• Estudo de Caso: é um método usado para conhecer uma situação complexa, baseado
em compreensão abrangente da situação, obtida a partir de sua ampla descrição e
análise, considerada como um todo e no seu contexto. (GAO, 1990, p.14). Em auditorias
operacionais, estudos de caso são frequentemente complementados por outras es-
tratégias metodológicas, como a pesquisa. Estudos de caso tornam-se especialmente
úteis quando é necessário entender algum problema específico ou situação em gran-
de profundidade e onde é possível identificar casos ricos em informação – ricos no
sentido de que muito pode ser aprendido de uma pequena amostra do fenômeno em
questão. Por exemplo, geralmente muito pode ser aprendido sobre como aperfeiçoar
um programa estudando desistências, fracassos e sucessos selecionados.
• Pesquisa: é uma estratégia metodológica que permite obter informações de caráter
quantitativo e qualitativo relacionadas tanto aos aspectos operacionais e gerenciais,

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como aos resultados esperados. Com frequência, é utilizada em conjunto com estu-
dos de caso como suporte para as análises de caráter qualitativo, típicas dessa últi-
ma estratégia. Quando a pesquisa for baseada em amostragem estatística, é possível
generalizar as conclusões para toda a população. Para garantir essa generalização,
a amostra deve refletir as características da população-alvo. Qualquer deficiência do
método amostral utilizado deve ser levada em conta na interpretação dos resultados da
pesquisa e ser devidamente relatada.
• Pesquisa Experimental: na pesquisa experimental, para verificar se um programa é
a causa de determinado efeito, selecionam-se dois grupos de unidades de pesquisa
(pessoas, escolas, hospitais etc.): 1) o grupo experimental ou de tratamento, que será
exposto ao programa; 2) o grupo de controle, que não será exposto. As diferenças ob-
servadas nos resultados obtidos por esses grupos, com algumas qualificações, po-
derão ser atribuídas à presença do programa. O procedimento, para ser considerado
um experimento em sentido estrito, requer que as unidades de pesquisa, em ambos
os grupos, sejam selecionadas de forma randômica ou aleatória. Isso visa fortalecer a
conclusão sobre o vínculo causal, garantindo que a maioria dos fatores não manipula-
dos pelo programa e que poderiam influenciar os seus resultados está uniformemente
distribuída entre os dois grupos. Dessa forma, apenas os efeitos do programa explica-
riam as diferenças observadas.

Técnicas de coleta de dados

Uma vez definida a estratégia metodológica, deve-se detalhar na matriz de planejamen-


to os procedimentos que serão empregados na coleta de dados, utilizando-se as técnicas
apropriadas. As técnicas mais utilizadas são: questionário, entrevista, observação direta e
utilização de dados existentes.
• Questionário: trata-se de método estruturado de coleta de dados, por meio de formulá-
rio, usado para quantificar informação padronizada sobre grande número de unidades
de pesquisa. Elabora-se um conjunto de perguntas com o objetivo de verificar deter-
minado aspecto da empresa/entidade auditada. O questionário deve ser preenchido e

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enviado previamente à entidade de auditoria, para ser analisado antes do trabalho de


campo. O questionário serve para coletar informações quantitativas ou qualitativas de
uma ampla população.
• Consulta a Especialista (grupo focal): é a técnica de pesquisa qualitativa que tem como
fonte de coleta de dados discussões ocorridas entre participantes de um determinado
grupo sobre tema de interesse.
• Entrevista: método presencial de obtenção de informação por meio de perguntas e res-
postas. Podem ser individuais ou coletivas, estruturadas (questões fechadas), não es-
truturadas (questões abertas ou semiestruturadas (duas modalidades de questões).
Grande parte da auditoria operacional é baseada em entrevistas. De acordo com o ob-
jetivo de cada etapa do trabalho, são aplicadas entrevistas preparatórias; entrevistas
para coletar dados e informações; entrevistas para identificar atitudes e argumentos;
entrevistas para gerar e avaliar ideias e sugestões. Podem ser empregadas para confir-
mar fatos e corroborar dados de outras fontes ou explorar potenciais recomendações.
• Observação direta: registro presencial e sistemático de informações, predefinidas em
roteiro. Requer treinamento e preparação específica em, por exemplo, técnicas de ano-
tação de campo, bem como capacidade de concentração e percepção seletiva. O ob-
servador treinado deve ser capaz de coletar informações exatas, válidas e confiáveis.
• Uso de dados existentes: o uso de dados existentes requer cuidados especiais por
parte da equipe de auditoria. Além da confiabilidade dos dados, outras questões
devem ser consideradas:
– Que tipo de dado está disponível?
– Ele se adapta à questão que se pretende investigar?
– Os dados estão completos e o período de abrangência é suficiente para a análise?
– De que forma o dado está armazenado?
– Quais as limitações relativas à forma dos dados e quais as dificuldades existentes
para a sua obtenção?
– Que atividades de coleta são realizadas regularmente?

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– Foi realizada coleta de dados com objetivo específico?


– Há outras fontes relevantes de dados para o tema a ser investigado?

Técnicas de análise de dados

Deve-se detalhar na matriz de planejamento os procedimentos que serão empregados na


análise de dados. Técnicas de análise de dados são ferramentas usadas para organizar os
dados coletados e investigar as relações que se pretende estabelecer entre as variáveis se-
lecionadas para responder às questões de auditoria. A especificação da técnica é parte fun-
damental do projeto de auditoria e deve, portanto, constar da matriz de planejamento. Essas
ferramentas têm correspondência com as técnicas adotadas na coleta de dados.
Geralmente, a análise de dados é um procedimento interativo, isto é, realizam-se análises
iniciais na fase de planejamento e, à medida que a auditoria progride, as análises são refi-
nadas. Ampla variedade de técnicas de análise pode ser usada em auditoria operacional, in-
cluindo análise estatística multivariada, análise por envoltória de dados, análise de regressão.
Usa-se ainda a análise qualitativa, com base em julgamento profissional da equipe ou
de especialistas consultados, das informações coletadas ou produzidas pela equipe, regis-
tradas em mapas de processo, indicadores de desempenho, documentos oficiais, avaliações
realizadas por outros agentes. O tipo de análise depende do problema a ser investigado e dos
recursos disponíveis para o trabalho.
As análises qualitativas abrangem a comparação e o contraste entre informações prove-
niente de fontes diferentes, de unidades de pesquisa que apresentam boas e más práticas,
comparações mais gerais entre unidades de pesquisa.
Na análise e interpretação de dados qualitativos, pode-se adotar ainda:
a) Análise de conteúdo: técnica de análise sistemática de informação textual, organizada
de forma padronizada, que permite realizar inferência sobre seu conteúdo. Pode ser
usada para analisar transcrições de entrevistas, grupos focais e documentos, como
relatórios, descrição de política pública. Recomenda-se usar software adequado em
caso de grande quantidade de material a ser analisado.

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b) Triangulação: uso de diferentes métodos de pesquisa e/ou de coleta de dados para


estudar a mesma questão, com o objetivo de fortalecer as conclusões finais, podendo
assumir as formas a seguir indicadas:
• coletar dados de diferentes fontes sobre a mesma questão;
• empregar diferentes entrevistadores e pesquisadores de campo para evitar vieses na
coleta de dados;
• usar múltiplos métodos de pesquisa para estudar a mesma questão;
• usar teorias diferentes para interpretar os dados coletados.

c) Interpretações alternativas: uma vez formulada uma interpretação a partir das princi-
pais relações identificadas na análise, devem-se buscar interpretações alternativas;
caso não sejam encontradas evidências substantivas que sustentem essas interpre-
tações, reforça-se a confiança na interpretação originalmente formulada. Em uma au-
ditoria operacional de qualidade, os argumentos sustentados pela equipe devem ser
confrontados com os melhores contra-argumentos possíveis.
d) Caso negativo: relacionado ao item anterior, trata-se de identificar as situações que
não seguem a interpretação principal ou corrente em razão de circunstâncias es-
pecíficas e que, por isso mesmo, funcionam como “exceções (casos negativos) que
confirmam a regra” e que ajudam a esclarecer os limites e as características da in-
terpretação principal.

A efetividade dos procedimentos tratados acima se apoia na honestidade intelectual do


analista, que deve despender na busca de casos negativos ou de evidências que deem sus-
tentação às hipóteses alternativas, o mesmo esforço empregado na construção da interpre-
tação principal.
O processo de análise é interativo e compartilhado pela equipe, com a participação do su-
pervisor, bem como com a consulta a outros auditores experientes, especialistas e gestores.
À medida que as informações são estruturadas, comparadas, confrontadas, discutidas com
atores internos e externos, o relatório deve ser rascunhado, avaliado e reescrito. Pode ser

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necessário discutir esses textos preliminares com gestores e especialistas, para confirmar
dados, desenvolver argumentos e propostas de recomendação.

Etapa de Monitoramento

Monitoramento é a verificação do cumprimento das deliberações do TC e dos resultados


delas advindos, com o objetivo de verificar as providências adotadas e aferir seus efeitos.
O principal objetivo do monitoramento é aumentar a probabilidade de resolução dos pro-
blemas identificados durante a auditoria, seja pela implementação das deliberações ou pela
adoção de outras medidas de iniciativa do gestor. A expectativa de controle criada pela rea-
lização sistemática de monitoramentos contribui para aumentar a efetividade da auditoria.
Considerando que o gestor tem a responsabilidade de solucionar as ocorrências aponta-
das durante a auditoria, cabe a ele apresentar proposta das medidas a adotar e o respectivo
cronograma. Isso é feito por meio do plano de ação.
O plano de ação é um documento apresentado pelo gestor ao TC que formaliza as ações
que serão tomadas para atender as deliberações propostas no sentido de corrigir os proble-
mas identificados durante a auditoria. Envolve, basicamente, um cronograma em que são
definidos responsáveis, atividades e prazos para a implementação das deliberações. Esse
instrumento norteia o processo de monitoramento e tende a aumentar a sua efetividade.

Controle de Qualidade em Auditorias Operacionais

Controle de qualidade nas auditorias operacionais é o conjunto de políticas, sistemas, e


procedimentos estabelecidos para proporcionar adequada segurança de que os trabalhos
alcancem seus objetivos, tenham excelência técnica e satisfaçam as normas e os padrões
profissionais estabelecidos.
O controle de qualidade é um processo contínuo que abrange as atividades de supervisão
e orientação da equipe pelo supervisor em todas as fases do ciclo das auditorias operacionais,
bem como as atividades de iniciativa da equipe e a revisão do trabalho por outros agentes. O
controle de qualidade pode ser concomitante ou a posteriori.

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O controle de qualidade nas auditorias operacionais é realizado com o auxílio de determina-


das técnicas e procedimentos rotineiros que facilitam a sua aplicação. As principais ferramentas
de controle de qualidade são:
a) checklists de qualidade;
b) cronograma;
c) matriz de planejamento;
d) matriz de achados;
e) painéis de referência;
f) comentários dos gestores.

Nas próximas aulas você verá o processo de auditoria do Tribunal de Contas de forma
mais aprofundada. Por enquanto, o mais importante é que você entenda os objetivos e as
características dos dois tipos de auditoria do Tribunal de Contas e saiba distinguir a auditoria
de conformidade/regularidade da auditoria operacional.
A seguir, conheça os demais instrumentos de fiscalização. A auditoria é um deles.

Instrumentos de Fiscalização: Auditoria, Levantamento, Monitoramento,


Acompanhamento e Inspeção

Entre as competências dos tribunais de contas estabelecidas no art. 71 da CF, o inciso


IV define que compete ao Tribunal realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados,
do Senado Federal, de comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natu-
reza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades adminis-
trativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no
inciso II do mesmo artigo.
Assim, pelo texto constitucional, os instrumentos de fiscalização dos tribunais de contas
são a inspeção e a auditoria.
Vale lembrar que, pelo princípio da simetria, as Constituições Estaduais também desta-
cam a inspeção e a auditoria como instrumentos de fiscalização dos Tribunais de Contas

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locais, mas sabemos que existem ainda mais três instrumentos previstos no Regimento
Interno dos Tribunais ou em normas específicas.
Uma das razões para a CF prever apenas a inspeção e a auditoria, é que esses dois instru-
mentos ou procedimentos são utilizados pelo Tribunal para buscar informações diretamente
nos locais onde serão produzidas ou armazenadas pelos gestores públicos. Por meio delas,
representado por suas equipes técnicas, o Tribunal vai até as repartições da Administração,
coletar os dados necessários ao controle da gestão.

Diferença Básica entre Inspeção e Auditoria:


Quando o trabalho visa informações pontuais e é de curta duração (geralmente variando de
um dia a uma semana) é classificado como inspeção. Caso o que se pretenda seja a coleta de
um conjunto mais complexo de dados ou o exame de um conjunto de atos administrativos,
exigindo para esse trabalho um planejamento mais elaborado e de execução mais longa –
geralmente, duas semanas ou mais –, o procedimento é definido como auditoria. Nada impede,
porém, auditorias mais curtas (Chaves, 2009: Controle Externo da Gestão Pública).

Quanto à iniciativa de realização das auditorias e a inspeções, o TC pode executá-las


de ofício (por iniciativa própria) ou por provocação ou solicitação das Casas Legislativas e
suas comissões.
Com relação à abrangência da fiscalização, como vimos nesta aula, temos aspectos ob-
jetivos e subjetivos:
• aspectos objetivos: a inspeção e a auditoria podem ser de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial;
• aspectos subjetivos: podem ser realizadas nas unidades administrativas de todos os
Poderes e demais entidades da Administração Indireta.

Além da auditoria e inspeção, os Tribunais de Contas dispõem ainda do levantamento, do


acompanhamento e do monitoramento.

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Auditoria

A auditoria é o tipo de fiscalização utilizado pelos tribunais de contas com os seguintes


objetivos:
• examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos
a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial
(auditoria de conformidade/regularidade); e
• avaliar o desempenho dos órgãos e entidades jurisdicionados, assim como dos sistemas,
programas, projetos e atividades governamentais, quanto aos aspectos de economicidade,
eficiência e eficácia dos atos praticados (auditoria operacional);

Alguns tribunais de contas, a exemplo do TCU, definem ainda em suas normas que a audi-
toria também tem como objetivo subsidiar a apreciação dos atos sujeitos a registro.
Como visto nesta aula, os dois tipos de auditoria que os Tribunais de Contas realizam são
a auditoria de regularidade e a auditoria operacional.

Inspeção

Inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões e lacunas de


informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações quanto à legalidade,
à legitimidade e à economicidade de fatos da administração e de atos administrativos
praticados por qualquer responsável sujeito à sua jurisdição.
Vale ressaltar dois aspectos relevantes quanto à inspeção. O primeiro é que a inspeção
pode ser utilizada para três propósitos:
(1) suprir omissões e lacunas de informações;
(2) esclarecer dúvidas; ou
(3) apurar denúncias ou representações.
O segundo é quanto aos aspectos apurados em uma inspeção, quais sejam: legalidade,
legitimidade e economicidade dos atos de gestão.

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Levantamento

Levantamento é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal de Contas para


alcançar as seguintes finalidades:
• conhecer a organização e o funcionamento dos órgãos e entidades da administração
direta, indireta e fundacional dos Poderes, incluindo fundos e demais instituições que
lhe sejam jurisdicionadas, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades
governamentais no que se refere aos aspectos contábeis, financeiros, orçamentários,
operacionais e patrimoniais;
• identificar objetos e instrumentos de fiscalização; e
• avaliar a viabilidade da realização de fiscalizações.

Repare que são três os objetivos e as finalidades dos levantamentos:


(1) conhecer o objeto fiscalizado;
(2) identificar objetos e instrumentos de fiscalização; e
(3) avaliar a viabilidade da realização de fiscalizações.
Quando existe pouca informação disponível sobre o órgão/entidade ou sobre o objeto
a ser auditado, o instrumento de fiscalização a ser adotado é o levantamento, cujo relatório
deverá propor a realização de auditoria(s) com escopo(s) definido(s) ou concluir pela inviabi-
lidade da realização de auditoria.

Acompanhamento

Mediante o acompanhamento, o Tribunal de Contas tem por objetivo:


• examinar, ao longo de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos
atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil,
financeiro, orçamentário e patrimonial; e
• avaliar, ao longo de um período predeterminado, o desempenho dos órgãos e entidades ju-
risdicionadas, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades governamen-
tais, quanto aos aspectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos praticados.

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Assim como nas auditorias, os acompanhamentos também podem ser de regularidade/con-


formidade ou de desempenho/resultado. A diferença é que o acompanhamento examina ou ava-
lia esses aspectos em um período de tempo determinado, podendo se estender até dois anos.
O acompanhamento das atividades dos jurisdicionados é seletivo e concomitante, por
intermédio de informações obtidas:
• pela publicação no Diário Oficial e mediante consulta a sistemas informatizados adota-
dos pela administração pública da Lei do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamen-
tárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) da abertura de créditos adicionais; dos
editais de licitação, dos extratos de contratos e de convênios, acordos, ajustes, termos
de parceria ou outros instrumentos congêneres, bem como dos atos sujeitos a registro;
• por meio de expedientes e documentos solicitados pelo Tribunal ou colocados à
sua disposição;
• por meio de vistas técnicas ou participações em eventos promovidos por órgãos e
entidades da administração pública.

Monitoramento
O monitoramento tem por objetivo verificar o cumprimento das deliberações dos tribunais
de contas (recomendações e determinações) e os resultados delas advindos.
De acordo com as normas de auditoria, as deliberações proferidas pelo Tribunal devem ser
devidamente acompanhadas quanto ao seu cumprimento ou à sua implementação, observan-
do-se que as determinações endereçadas aos jurisdicionados serão obrigatoriamente monito-
radas e as recomendações o serão a critério do Tribunal, do relator ou da unidade técnica.
A proposição de determinações e o seu consequente monitoramento observarão o dis-
posto em padrões e procedimentos estabelecidos para esse fim. Determinações e recomen-
dações anteriores, bem como os resultados de monitoramentos devem ser levados em con-
sideração no planejamento de futuras ações de controle.
Ao formular determinações e recomendações e posteriormente monitorá-las, o auditor
deve manter sua objetividade e independência e, portanto, preocupar-se em verificar mais
a correção dos problemas e das deficiências identificadas do que o cumprimento formal de
deliberações específicas.

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AUDITORIA GOVERNAMENTAL
Auditoria Governamental
Marcelo Aragão

RESUMO
Nesta aula, aprendemos que o surgimento da auditoria governamental, embora que em-
piricamente, está associada à prática que a administração pública exercia no controle da
arrecadação de tributos. Vimos que o primeiro tipo de auditoria no setor público foi a audi-
toria contábil, evoluindo para a auditoria de regularidade (contábil + legalidade dos atos de
gestão). A partir da evolução da auditoria financeira tradicional, em função da necessidade
de informações sobre a eficácia e a eficiência das organizações, originou-se o conceito de
performance audit, denominada no Brasil de auditoria operacional.
Você aprendeu ainda que a auditoria governamental pode ser conceituada de forma am-
pla como o exame independente e objetivo de uma situação ou condição, em confronto com
um critério ou padrão preestabelecido, para que se possa opinar ou comentar a respeito para
um destinatário predeterminado.
Você já sabe que o controle interno está relacionado ao alcance de objetivos e que exis-
tem o Controle Interno Administrativo e Controle Interno avaliativo.
Controle interno administrativo é um processo, conduzido pelos gestores e demais servi-
dores de um órgão/entidade, projetado para fornecer segurança razoável quanto à realização
de objetivos nas seguintes categorias:
• operacional (eficácia e eficiência das operações);
• comunicação (confiabilidade das informações e relatórios);
• conformidade (cumprimento de leis e regulamentações aplicáveis).

Controle interno avaliativo corresponde ao sistema de controle interno fiscalizador de


cada Poder estabelecido nos arts. 70 e 74 da CF cujas finalidades são:
• avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos progra-
mas de governo e dos orçamentos da União;
• comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal,
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

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Auditoria Governamental
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• exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos
e haveres da União;
• apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Você aprendeu ainda que os órgãos de auditoria governamental no Brasil, com destaque
para os tribunais de contas, realizam dois tipos de auditoria governamental: a de regularidade
e a operacional, a saber:

AUDITORIA DE REGULARIDADE AUDITORIA OPERACIONAL


Objetivam avaliar a legalidade e a legitimidade Tem a finalidade de promover o aperfeiçoamento da
dos atos de gestão. gestão pública.
Adotam padrões relativamente fixos, ou seja, os Maior flexibilidade na escolha de temas, objetos de
métodos são mais tradicionais. Os critérios utili- auditoria, métodos de trabalho e forma de comunicar
zados estão previstos nas normas. as conclusões de auditoria.
O enfoque dos exames é no passado. O enfoque é voltado para o presente e futuro.
Menor necessidade de conhecimentos especiali- Em função de sua especificidade, necessitam de conhe-
zados. cimentos especializados e abordagem diferenciada.
O relatório trata da economicidade e da eficiência na
As conclusões assumem a forma de opinião con-
aquisição e aplicação dos recursos, assim como da efi-
cisa e de formato padronizado sobre demons-
cácia e da efetividade dos resultados alcançados. Tais
trativos financeiros e sobre a conformidade das
relatórios podem variar consideravelmente em escopo
transações com leis e regulamentos.
e natureza.
A materialidade é uma questão mais subjetiva e pode
O exame da materialidade está diretamente rela-
basear-se em considerações sobre a natureza ou o
cionado ao montante de recursos envolvidos.
contexto do objeto auditado.
A participação do gestor e de sua equipe é fundamental
O gestor não participa dos trabalhos de auditoria.
em várias etapas do ciclo de uma auditoria operacional.

Vimos que são cinco os instrumentos de fiscalização:

Instrumentos de Fiscalização
• Levantamento: Destina-se a acumular conhecimento sobre o órgão ou programa;
• Auditoria: Procedimento de maior profundidade e dimensão, podendo ser de regulari-
dade ou operacional;
• Inspeção: Adotada no curso de um processo; in loco; apuração de denúncias;
• Acompanhamento: Não exige a presença in loco da equipe de fiscalização; durante um
período de tempo; seletivo;
• Monitoramento: Verifica o cumprimento das deliberações do Tribunal.

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MAPA MENTAL
Instrumentos de Fiscalização

Supervisionar o objeto Examinar legalidade e legitimidade

Sugerir providências Avaliar o desempenho

Acumular experiência Acompanhamento Auditoria Economia, eficiência, eficácia e


efetividade
Avaliar o objeto
Subsidiar a apreciação de atos
sujeitos a registro

Instrumentos
de Fiscalização

Conhecer a organização Suprir omissões

Identificar objetos Esclarecer dúvidas

Avaliar a viabilidade de fisc. Levantamento Inspeção Apurar legalidade, legit., e economi-


cidade de atos
Subsidiar o planejamento
Apurar denúncias e representações

Atestar o cumprimento
de determinação
A implementação de
recomendações
Monitoramento
Avaliar o impacto

Concluímos a parte teórica desta primeira aula do nosso curso.


Veja como os assuntos tratados nesta aula caem em prova!
Resolva as questões/itens abaixo que separei para você e compare com o gabarito ao final.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Auditoria Governamental e Controle Interno

Questão 1 (CESPE/FUB/AUDITOR/2013) A função precípua da auditoria é a detecção de


fraudes com base nos registros contábeis e na documentação existente na entidade. A
obtenção de informações de terceiros e o caráter preventivo das ações realizadas pela auditoria
são o efeito residual e aleatório de sua atuação.

Questão 2 (CESPE/AGU/2013) Uma autoridade pública federal responsável pelo sistema


de controle interno que, após tomar conhecimento de uma irregularidade ou ilegalidade
praticada no âmbito do órgão em que atue, dela não der ciência ao TCU estará sujeita a ser
solidariamente responsabilizada pelo ato irregular ou ilegal.

Questão 3 (CESPE/ANTAQ/2014) O sistema de controle interno da União fiscaliza os atos


administrativos inerentes à atividade financeira e orçamentária dos Poderes Executivo, Legis-
lativo e Judiciário e do Ministério Público da União, no que se refere à legalidade e legitimidade.

Questão 4 (CESPE/TCE-ES/ANALISTA/2013) Constitui função do sistema de controle


interno avaliar o cumprimento das metas previstas na lei orçamentária.

Questão 5 (CESPE/ANTAQ/2014) O controle interno está hoje mais voltado à cultura da


gestão do que aos aspectos policiais propriamente ditos.

Questão 6 (CESPE/TCE-PB/PROCURADOR/2014) Acerca dos controles interno e externo


da administração pública, assinale a opção correta.
a) O controle externo, hierarquicamente superior ao controle interno, atua sobre a totalidade
da administração pública e é exercido pelos que representam, por delegação, a sociedade
politicamente organizada.
b) Cabe ao controle interno auxiliar o Poder Legislativo no julgamento das contas prestadas
anualmente pelo presidente da República.

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c) O controle interno feito por meio de auditoria a fim de acompanhar a execução do orçamen-
to tem por objetivo verificar a legalidade na aplicação do dinheiro público e auxiliar o tribunal
de contas no exercício de sua missão institucional.
d) O controle interno permite verificar se a administração respeitou disposições imperativas
no exercício de suas atribuições, não se caracterizando como um controle de mérito.
e) O controle externo, efetivado por órgão pertencente à estrutura do ente responsável
pela atividade controlada, abrange a fiscalização e a correção dos atos ilegais, inconve-
nientes e inoportunos.

Questão 7 (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2015) Os responsáveis pelo controle interno poderão


sofrer ação punitiva do Tribunal de Contas da União, caso não o cientifiquem de irregularidade
ou de ilegalidade de que tomou conhecimento.

Questão 8 (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2015) Os órgãos e unidades do sistema de con-


trole interno do Poder Executivo federal devem monitorar o Tribunal de Contas da União
no momento da realização de auditoria na gestão de recursos públicos federais sob a
responsabilidade de entidades do setor privado.

Questão 9 (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) A competência do sistema de controle interno nos


poderes da União restringe-se ao exercício do controle sobre entidades da administração
pública direta, indireta, fundacional e autárquica.

Questão 10 (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2015) No Brasil, a relação de accountability entre o


Congresso Nacional, o administrador público e o auditor de tribunal de contas pode ser assim
contextualizada: as leis propiciam condições ao administrador público para aplicar de forma
eficiente e eficaz os recursos para suprir a necessidade da população, enquanto ao auditor
cabe verificar a regularidade e a economicidade da aplicação desses recursos e reportar ao
parlamento o resultado dos exames realizados.

Questão 11 (CESPE/TCE-RN/SERVIDOR/2015) Cabe aos sistemas de controle interno de


cada um dos poderes prestar informações ao Poder Legislativo quando da constatação de
irregularidades ou ilegalidades.

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Questão 12 (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2015) Os responsáveis pelo controle interno poderão


sofrer ação punitiva do Tribunal de Contas da União, caso não o cientifiquem de irregularidade
ou de ilegalidade de que tomou conhecimento.

Questão 13 (CESPE/TCE-PR/2016) De acordo com os postulados básicos de auditoria


governamental, é obrigação dos órgãos de controle externo
a) alertar a autoridade administrativa para que instaure tomada de contas especial em relação
a irregularidades conhecidas.
b) realizar auditorias solicitadas pelo sistema de controle interno.
c) estabelecer, juntamente com a administração, um sistema adequado de controle interno no
âmbito da entidade auditada.
d) enviar, no caso de auditoria em órgão da administração direta, relatório de auditoria ao
titular do Poder Executivo.
e) apresentar recomendações acerca de controles inadequados ou inexistentes nas entidades
auditadas.

Questão 14 (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Cabe aos responsáveis pelo controle interno


dar ciência ao respectivo tribunal de contas de qualquer irregularidade ou ilegalidade de que
tenham conhecimento, sob pena de responsabilidade solidária.

Questão 15 (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) O controle interno, ao qual compete a fiscali-


zação contábil, financeira, orçamentária e operacional, bem como o apoio ao controle externo,
não se caracteriza como controle de mérito.

Questão 16 (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018) A Carta Magna, em seu art. 74, determina que


o sistema de controle interno deve ser mantido pelos três poderes de forma integrada, tendo
como um dos seus principais alvos
a) promover a padronização e a consolidação das contas nacionais.
b) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias bem como dos direitos e
haveres da União.
c) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal na adminis-
tração direta e indireta.

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d) elaborar e executar a programação financeira da União.


e) aplicar, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções
previstas em lei.

Questão 17 (CESPE/TCM/BA/AUDITOR/2018) Conforme disposição expressa da Constitui-


ção Federal de 1988 (CF), os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento
de ilegalidades, devem comunicar ao
a) Conselho Nacional de Justiça, sob pena de responsabilização administrativa pela omissão
funcional.
b) Conselho Nacional de Justiça, sob pena de responsabilidade subsidiária pelas ilegalidades.
c) Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária pelas ilegalidades.
d) Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade subsidiária pelas ilegalidades.
e) Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilização administrativa pela omissão
funcional, mas sem responsabilização vinculada à do infrator pelas ilegalidades.

Questão 18 (CESPE/TCE-MG/AUDITOR/2019) O sistema de controle interno, mantido de


forma integrada pelos Poderes da União, tem, entre suas finalidades, a atribuição de
a) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União.
b) promover a consolidação das contas nacionais.
c) elaborar e executar a programação financeira da União.
d) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal na adminis-
tração direta e indireta.
e) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa.

Auditoria de Regularidade e Auditoria Operacional

Questão 19 (CESPE/TCU/2007) Considere que, em cumprimento à decisão do TCU, tenha


sido elaborado relatório de auditoria na área de licitações e contratos de determinado tribunal
e tenham sido constatadas as seguintes falhas na condução de procedimentos licitatórios:

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edital de licitação com imposições restritivas à competição; prévio cadastramento de licitan-


tes no sistema integrado de cadastramento unificado de fornecedores; exigências, durante a
fase de habilitação de licitantes, de documentos não previstos em lei específica; falta de critério
de aceitabilidade dos preços unitário e global. Nesse caso, a situação descrita caracteriza
uma auditoria operacional.

Questão 20 (CESPE/TCU/2007) Suponha que uma auditoria, realizada em uma escola agrí-
cola federal subordinada ao Ministério da Educação, tenha constatado falhas e deficiências
na área orçamentário-financeira, no sistema escola-fazenda e na área de recursos humanos.
Nessa situação hipotética, a auditoria descrita é um exemplo de auditoria de natureza ope-
racional, que abrange, inclusive, avaliação de programas, o que permite à equipe de auditoria
pronunciar-se sobre o aumento da evasão escolar em virtude da situação.

Questão 21 (CESPE/MC/CONTADOR/2008) Há duas modalidades de atuação da auditoria


externa governamental: auditoria de desempenho operacional e avaliação de programa.
A auditoria de desempenho operacional verifica em que medida as ações implementadas
lograram produzir os efeitos pretendidos pela administração e a avaliação de programa
busca apurar, além da eficiência operativa, o grau de cumprimento das metas, comparan-
do as previstas com as realizadas.

Questão 22 (CESPE/TCU/2008) Na auditoria operacional realizada no âmbito de um órgão


ou programa governamental, os critérios ou objetivos pelos quais eficiência e eficácia são
medidas devem ser especificados pelos auditores e, não, pela administração, e os pareceres
relativos a esses trabalhos não podem conter recomendações ou sugestões.

Questão 23 (CESPE/SAD/PE/ANALISTA/2009) Na classificação dos tipos de auditoria, a que


avalia a eficácia dos resultados em relação aos recursos disponíveis, bem como a economicidade,
a eficiência, a efetividade e a qualidade dos controles internos existentes, é denominada auditoria
a) contábil.
b) de gestão.
c) de sistemas.

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d) operacional.
e) de qualidade.

Questão 24 (CESPE/MPU/CI/2010) Por meio de auditoria operacional, emite-se opinião acer-


ca da gestão quanto a eficiência, eficácia e economicidade, a fim de auxiliar a administração da
entidade auditada na gerência e no alcance dos resultados.

Questão 25 (CESPE/SECGE/PE/2010) Constitui objeto da auditoria operacional


a) o exame de fatos ou situações relevantes, de natureza incomum, realizado mediante soli-
citação de autoridade superior.
b) a verificação de registros e documentos, em consonância com os princípios contábeis e
demais normas legais pertinentes.
c) a emissão de opinião sobre a regularidade das contas e a execução dos contratos e
instrumentos afins.
d) a análise dos processos por meio dos quais os dados e as informações são obtidos,
tratados e fornecidos.
e) a avaliação da eficiência, eficácia, economicidade e efetividade da gestão, considerando o
uso dos recursos e os resultados alcançados.

Questão 26 (CESPE/TCU/2011) A CF, ao conferir ao TCU competência para realizar, inclusive


por conta própria, auditorias de natureza operacional, reconheceu que, além de o controle
externo ter como balizamento para sua atuação fiscalizadora os aspectos de legalidade, legi-
timidade e economicidade, deve também contemplar os critérios da eficiência — com status
de princípio constitucional da administração pública —, eficácia e efetividade.

Questão 27 (CESPE/ANAC/2012) Utiliza-se a auditoria operacional para avaliação do de-


sempenho da administração, dos sistemas de planejamento e de controle de qualidade
relativos às operações financeiras da entidade auditada.

Questão 28 (CESPE/ANAC/2012) A auditoria de regularidade, assim como os demais tipos


de auditorias, tem por finalidade principal auxiliar a administração da entidade auditada a

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melhorar a eficiência, a eficácia e economicidade de suas operações. Trata-se, portanto, de

atividade voltada para o futuro.

Questão 29 (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Considere que um auditor tenha verificado a

definição de indicadores de desempenho sobre os resultados obtidos na condução de um ne-

gócio, tendo avaliado, ainda, o desempenho das ações implementadas após sua execução, com

foco nos resultados da empresa. Nessa situação, a auditoria realizada é de conformidade.

Questão 30 (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Suponha que o Tribunal de Contas da União

tenha realizado uma auditoria na Agência Nacional ABCTEL, visando conhecer a organização,

os sistemas, as operações, as atividades e as peculiaridades dessa entidade, a fim de subsi-

diar a elaboração e a implementação de novas técnicas. Nessa situação, é correto afirmar que

a auditoria realizada é do tipo operacional.

Questão 31 (CESPE/CNJ/2013) A auditoria que tem como objetivo específico o melhora-

mento das operações examinadas, consubstanciada na análise da eficiência, eficácia e eco-

nomicidade da ação administrativa, é denominada auditoria de gestão.

Questão 32 (CESPE/UNIPAMPA/CONTADOR/2013) Considerando-se a tabela abaixo, que

apresenta dados relativos a um curso em dois períodos sucessivos, e desconsiderando-se

outros fatores, como o número de alunos matriculados, o padrão de qualidade do ensino e a

inserção profissional dos formados, é correto afirmar que a instituição responsável pelo curso

melhorou os resultados apresentados, do período 1 para o período 2, do ponto de vista estrito

da eficiência e da eficácia.

Período 1 Período 2
Número de professores 50 40
Quantidade de alunos formados 1.500 1.600
Duração média para a conclusão do curso (em anos) 4 5

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Questão 33 (CESPE/TCE-PB/2014) Nas auditorias de desempenho, instrumento de controle


utilizado pelo TCU, examina-se a efetividade de programas, políticas e projetos governamentais,
avaliando-se a medida em que estes produziram os efeitos desejados.

Questão 34 (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) A auditoria operacional é um processo


destinado especificamente à avaliação do desempenho real dos controles gerenciais e à
confrontação desse desempenho com o esperado, o que raramente culmina com recomen-
dações de auditoria.

Questão 35 (CESPE/TCE-SC/2016) A abrangência da auditoria de gestão pública transcen-


de o conceito tradicional, pois, entre outros aspectos, não se restringe à mera verificação a
posteriori, nem às questões de caráter estritamente legal; está voltada para a economicidade,
a eficiência, a eficácia e a efetividade da aplicação dos recursos públicos.

Questão 36 (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Assinale a opção correta, com referência à


auditoria de regularidade.
a) O requisito de exatidão para o relatório de auditoria de regularidade estabelece que ele dis-
corra apenas e tão somente a respeito do que é importante dentro do contexto do trabalho.
b) Auditoria contábil e auditoria patrimonial constituem subespécies de auditoria de regularidade.
c) Impropriedades relacionadas a achados negativos em uma auditoria de regularidade refe-
rem-se à prática de atos de gestão ilegal que impliquem danos ao erário.
d) A auditoria de regularidade visa examinar a legalidade e a legitimidade de atos de gestão
de agentes sujeitos à jurisdição de tribunal de contas.
e) Veracidade, confiabilidade e relevância são os atributos de evidência considerados sufi-
cientes nos trabalhos da auditoria de regularidade.

Questão 37 (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Com relação à auditoria operacional, assinale


a opção correta.
a) São as seguintes as etapas de planejamento de uma auditoria operacional: especificação dos
critérios, sistematização dos instrumentos de coleta de dados, teste final e elaboração do projeto.

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b) Um exemplo de ferramenta de controle de qualidade na execução de uma auditoria opera-


cional é a matriz de achados, que, entre outros usos possíveis, auxilia no exame de evidências,
causas e efeitos e demais elementos do relatório de auditoria.
c) Comparadas às auditorias de regularidade, as auditorias operacionais são menos flexíveis
na escolha de temas, objetos de auditoria e metodologias de trabalho.
d) O monitoramento de uma auditoria operacional consiste no exame da situação existente,
identificada e documentada durante a execução dos trabalhos.
e) Em auditoria operacional, o requisito eficácia refere-se ao alcance dos resultados pretendidos
por prazo indeterminado.

Questão 38 (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018) Assinale a opção que apresenta característica


da auditoria de regularidade.
a) flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria e métodos de trabalho.
b) ampla seleção de métodos de investigação de diferentes áreas do conhecimento, em
especial das ciências sociais.
c) relatório com aspectos de economicidade e eficiência na aquisição e aplicação dos recursos.
d) conclusões expressas sob a forma de opinião concisa e de formato padronizado sobre os
demonstrativos financeiros.
e) exame da materialidade com base em considerações sobre a natureza ou o contexto do
objeto auditado.

Instrumentos de Fiscalização

Questão 39 (CESPE/TCU/AUDITOR/2013) Considere que, após o exame da prestação de


contas de uma entidade, o TCU tenha determinado uma série de providências para a regulari-
zação da situação dessa entidade. Nessa situação, a verificação do cumprimento das delibe-
rações e os resultados delas advindos serão objeto de inspeções.

Questão 40 (CESPE/TCU/TÉCNICO/2015) A verificação do cumprimento, pelos entes fiscali-


zados, das deliberações do TCU é realizada por meio de monitoramento.

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Questão 41 (CESPE/TCU/TÉCNICO/2015) Para avaliar se a execução de uma fiscalização


será viável, o TCU realiza levantamentos.

Questão 42 (CESPE/TCU/TÉCNICO/2015) A inspeção é o instrumento de fiscalização desti-


nado a avaliar aspectos relativos à economicidade, efetividade e eficácia dos atos praticados
no exercício das atividades governamentais.

Questão 43 (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) O instrumento conhecido por levantamento é


utilizado para avaliar a viabilidade de realização de inspeção, desde que seja confirmada a
existência de riscos que justifique a realização de trabalhos de fiscalização diretamente na
sede do ente público.

Questão 44 (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) A inspeção é o instrumento de fiscalização utili-


zado para esclarecer dúvidas, suprir omissões e lacunas de informações; no entanto, quando
o foco for apuração de denúncias, exige-se plano de fiscalização suplementar ao plano de
auditoria para legitimar os trabalhos dos auditores responsáveis pelo exame de regularidade
dos atos e fatos delatados.

Questão 45 (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Uma auditoria em empresa pública de deter-


minado estado da Federação constatou várias irregularidades. O tribunal de contas estadual
deliberou, em acórdão, por vários mandados, e o plenário autorizou a verificação de seu cum-
primento. Nesse caso hipotético, o instrumento de fiscalização a ser adotado para verificação
de cumprimento dos mandados é denominado
a) monitoramento.
b) levantamento.
c) validação.
d) inspeção.
e) acompanhamento.

Questão 46 (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Acerca dos instrumentos de fiscalização,


assinale a opção correta.

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a) Inspeção é o instrumento de fiscalização que examina a legalidade e a legitimidade dos


atos de gestão e avalia o desempenho das organizações auditadas.
b) Auditoria consiste no instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões e lacunas
de informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias quanto à organização auditada.
c) O levantamento tem como função o acúmulo de informações acerca do funcionamento da
instituição e dos objetos a serem auditados.
d) O monitoramento é o instrumento de fiscalização empregado para examinar e avaliar, ao
longo de período predeterminado, o desempenho da organização auditada.
e) O acompanhamento corresponde ao instrumento de fiscalização utilizado pelo tribunal de
contas para a verificação do cumprimento de suas deliberações e dos resultados delas advindos.

Questão 47 (CESPE/EMAP/ANALISTA/CARGO 5/2018) Acerca dos instrumentos de fiscali-


zação, julgue os itens seguintes.
Denomina-se levantamento o instrumento de fiscalização utilizado para examinar, ao longo
de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão, quanto aos
aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial.

Questão 48 (CESPE/EMAP/ANALISTA/CARGO 5/2018) Por meio do instrumento de fiscaliza-


ção denominado auditoria avalia-se o desempenho organizacional, bem como os sistemas, os
programas, os projetos e as atividades governamentais, quanto à economicidade, à eficiência e
à eficácia dos atos praticados.

Questão 49 (CESPE/EMAP/ANALISTA/CARGO 5/2018) A inspeção é o instrumento de fis-


calização empregado para suprir omissões e lacunas de informações, esclarecer dúvidas
ou apurar denúncias ou representações no que diz respeito à legalidade, à legitimidade e à
economicidade de fatos e atos administrativos.

Questão sobre Diversos Assuntos Tratados nesta Aula

Questão 50 (CESPE/TCE-RO/AUDITOR/2019) Com relação à auditoria governamental,


assinale a opção correta.

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a) A prioridade dos controles internos administrativos é a correção de eventuais desvios em


relação a parâmetros estabelecidos.
b) Em auditoria operacional, o estudo de caso é o método mais empregado para situações
singelas; ele abrange o exame de toda espécie de registros administrativos produzidos pela
instituição auditada bem como relatórios de auditorias anteriores.
c) O monitoramento é um instrumento de fiscalização dos tribunais de contas para examinar,
ao longo de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão
quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial.
d) Para ser atingido o objetivo da fiscalização, o escopo da auditoria deve estar relacionado
com a profundidade e a amplitude do trabalho.
e) O programa de auditoria limita-se não só à evidenciação do objetivo e do escopo, mas
também ao universo e à amostra a serem examinados bem como aos procedimentos e
técnicas a serem utilizados.

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GABARITO
1. E 28. E
2. C 29. E
3. E 30. C
4. C 31. E
5. C 32. C
6. c 33. E
7. C 34. E
8. E 35. C
9. E 36. d
10. C 37. b
11. E 38. d
12. C 39. E
13. e 40. C
14. C 41. C
15. E 42. E
16. b 43. E
17. c 44. E
18. a 45. a
19. E 46. c
20. C 47. E
21. E 48. C
22. E 49. C
23. d 50. d
24. C
25. e
26. C
27. E

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GABARITO COMENTADO
Auditoria Governamental e Controle Interno

Questão 1 (CESPE/FUB/AUDITOR/2013) A função precípua da auditoria é a detecção de


fraudes com base nos registros contábeis e na documentação existente na entidade. A
obtenção de informações de terceiros e o caráter preventivo das ações realizadas pela au-
ditoria são o efeito residual e aleatório de sua atuação.

Errado.
A primeira parte do item apresenta erro, pois a função precípua da auditoria não é a detecção
de fraudes. A segunda parte também apresenta erro ao afirmar que a obtenção de informa-
ções de terceiros e o caráter preventivo das ações realizadas pela auditoria são o efeito resi-
dual e aleatório de sua atuação. Como visto, a auditoria baseia-se em informações obtidas
fora da empresa, tais como as relativas à confirmação de contas de terceiros e de saldos
bancários. As confirmações obtidas de fontes externas geralmente oferecem melhores carac-
terísticas de credibilidade do que aquelas obtidas dentro da própria entidade auditada. Sobre
esse objeto, a auditoria exerce sua ação preventiva, saneadora e moralizadora, para confirmar
a veracidade dos registros e a confiabilidade dos comprovantes, com o fim de opinar sobre a
adequação das situações e informações contidas nas demonstrações contábeis.

Questão 2 (CESPE/AGU/2013) Uma autoridade pública federal responsável pelo sistema


de controle interno que, após tomar conhecimento de uma irregularidade ou ilegalidade pra-
ticada no âmbito do órgão em que atue, dela não der ciência ao TCU estará sujeita a ser soli-
dariamente responsabilizada pelo ato irregular ou ilegal.

Certo.
Conforme o § 1º do art. 74 da CF, os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conheci-
mento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da
União, sob pena de responsabilidade solidária.

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Questão 3 (CESPE/ANTAQ/2014) O sistema de controle interno da União fiscaliza os atos ad-


ministrativos inerentes à atividade financeira e orçamentária dos Poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário e do Ministério Público da União, no que se refere à legalidade e legitimidade.

Errado.
Questão maldosa! Não existe controle interno uno ou da União. O art. 74 da CF prevê a
criação de sistemas de controle interno em cada Poder, que devem funcionar de forma
sistêmica e integrada.

Questão 4 (CESPE/TCE-ES/ANALISTA/2013) Constitui função do sistema de controle


interno avaliar o cumprimento das metas previstas na lei orçamentária.

Certo.
Questão complicada! O inciso I do art. 74 da CF estabelece que uma das finalidades do sis-
tema de controle interno dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário é avaliar o cumpri-
mento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União. Logo, a CF refere-se à avaliação do cumprimento das metas apenas
para o PPA. Quanto à Lei Orçamentária, o controle interno avalia a sua execução.
Ocorre que o item não faz referência à CF. De acordo com o art. 3º do Decreto n. 3.591/2000, a
avaliação da execução dos programas de governo visa a comprovar o nível de execução das me-
tas, o alcance dos objetivos e a adequação do gerenciamento. Assim, damos o item como certo.

Questão 5 (CESPE/ANTAQ/2014) O controle interno está hoje mais voltado à cultura da


gestão do que aos aspectos policiais propriamente ditos.

Certo.
O controle interno, de fato, se volta mais ao acompanhamento da gestão e à avaliação das
políticas públicas e programas de governo, atuando, normalmente, de forma prévia e conco-
mitante, sem poderes para sancionar e com um caráter mais consultivo e orientador.

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Questão 6 (CESPE/TCE-PB/PROCURADOR/2014) Acerca dos controles interno e externo


da administração pública, assinale a opção correta.
a) O controle externo, hierarquicamente superior ao controle interno, atua sobre a totalidade
da administração pública e é exercido pelos que representam, por delegação, a sociedade
politicamente organizada.
b) Cabe ao controle interno auxiliar o Poder Legislativo no julgamento das contas prestadas
anualmente pelo presidente da República.
c) O controle interno feito por meio de auditoria a fim de acompanhar a execução do orçamen-
to tem por objetivo verificar a legalidade na aplicação do dinheiro público e auxiliar o tribunal
de contas no exercício de sua missão institucional.
d) O controle interno permite verificar se a administração respeitou disposições imperativas
no exercício de suas atribuições, não se caracterizando como um controle de mérito.
e) O controle externo, efetivado por órgão pertencente à estrutura do ente responsável pela
atividade controlada, abrange a fiscalização e a correção dos atos ilegais, inconvenientes
e inoportunos.

Letra c.
A auditoria é uma das técnicas de trabalho utilizadas pelo controle interno para cumprir suas
atribuições constitucionais, previstas no art. 74 da CF, dentre elas a de acompanhar a exe-
cução do orçamento para verificar a legalidade na aplicação do dinheiro público (inciso I) e
auxiliar o tribunal de contas no exercício de sua missão institucional (inciso IV).
a) Errada. O controle externo não é hierarquicamente superior ao controle interno. Embora o
controle interno tenha a missão constitucional de auxiliar o controle externo (CF, art. 74, IV),
não há relação de hierarquia entre eles.
b) Errada. Quem auxilia o Poder Legislativo no julgamento das contas prestadas anualmente
pelo Presidente da República é o Tribunal de Contas, mediante a emissão de parecer prévio
(CF, art. 71, I).
d) Errada. Além de “verificar se a administração respeitou disposições imperativas no exercí-
cio de suas atribuições”, o que caracteriza um controle de conformidade ou de legalidade, o

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controle de mérito também é próprio do sistema de controle interno, o qual tem a missão de
auxiliar o gestor a alcançar os objetivos sob sua responsabilidade.
e) Errada. O controle externo é efetivado por órgão não pertencente à estrutura do ente res-
ponsável pela atividade controlada, contudo, o controle externo, em regra, não compreende a
correção de atos inconvenientes e inoportunos, notadamente quando respeitados os limites
legais da discricionariedade do administrador público, pois esse tipo de correção é feito ape-
nas no âmbito da autotutela, pela própria administração (revogação de atos discricionários).

Questão 7 (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2015) Os responsáveis pelo controle interno poderão


sofrer ação punitiva do Tribunal de Contas da União, caso não o cientifiquem de irregularidade
ou de ilegalidade de que tomou conhecimento.

Certo.
Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsa-
bilidade solidária. Essa responsabilidade solidária pode ser administrativa, civil e criminal,
incluindo a responsabilização pelo Tribunal de Contas da União.

Questão 8 (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2015) Os órgãos e unidades do sistema de controle


interno do Poder Executivo federal devem monitorar o Tribunal de Contas da União no
momento da realização de auditoria na gestão de recursos públicos federais sob a responsa-
bilidade de entidades do setor privado.

Errado.
Monitorar o Tribunal de Contas da União, no momento da realização de auditoria na gestão
de recursos públicos federais, sob a responsabilidade de entidades do setor privado, não faz
parte do rol de competências e obrigações dos órgãos e unidades do sistema de controle
interno do Poder Executivo Federal. Ao realizarem auditoria na gestão de recursos públicos
federais sob a responsabilidade de entidades do setor privado, caso constatem ilegalidades e

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irregularidades, devem os responsáveis pelo controle interno darem ciência ao TCU, sob pena
de responsabilidade solidária.

Questão 9 (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) A competência do sistema de controle interno nos


poderes da União restringe-se ao exercício do controle sobre entidades da administração pú-
blica direta, indireta, fundacional e autárquica.

Errado.
A competência do sistema de controle interno nos poderes da União não se restringe ao exercício
do controle sobre entidades da administração pública direta, indireta, fundacional e autárquica,
pois alcança, também, a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

Questão 10 (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2015) No Brasil, a relação de accountability entre o


Congresso Nacional, o administrador público e o auditor de tribunal de contas pode ser assim
contextualizada: as leis propiciam condições ao administrador público para aplicar de forma
eficiente e eficaz os recursos para suprir a necessidade da população, enquanto ao auditor
cabe verificar a regularidade e a economicidade da aplicação desses recursos e reportar ao
parlamento o resultado dos exames realizados.

Certo.
A questão expressa de forma correta a relação de accountability entre o Congresso Nacio-
nal, representando os cidadãos, o administrador público e o auditor do Tribunal de Contas. A
missão institucional do TC de assegurar a efetiva e regular gestão dos recursos públicos em
benefício da sociedade, coloca-o na posição de órgão de controle externo das relações de
accountability que se estabelecem entre os administradores públicos, o Parlamento e a socie-
dade, e, para bem desincumbir-se dessa missão, o Tribunal propugna que todos os agentes de
órgãos, entidades, programas e fundos públicos devem contribuir para aumentar a confiança
sobre a forma como são geridos os recurso colocados à sua disposição, reduzindo a incerteza
dos membros da sociedade sobre o que acontece no interior da administração pública.

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Questão 11 (CESPE/TCE-RN/SERVIDOR/2015) Cabe aos sistemas de controle interno de


cada um dos poderes prestar informações ao Poder Legislativo quando da constatação de
irregularidades ou ilegalidades.

Errado.
Cabe aos sistemas de controle interno de cada um dos poderes prestar informações ao Tribunal
de Contas quando da constatação de irregularidades ou ilegalidades.

Questão 12 (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2015) Os responsáveis pelo controle interno pode-


rão sofrer ação punitiva do Tribunal de Contas da União, caso não o cientifiquem de irregula-
ridade ou de ilegalidade de que tomou conhecimento.

Certo.
Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabi-
lidade solidária. Essa responsabilidade solidária pode ser administrativa, civil e criminal,
incluindo a responsabilização pelo Tribunal de Contas da União.

Questão 13 (CESPE/TCE-PR/2016) De acordo com os postulados básicos de auditoria


governamental, é obrigação dos órgãos de controle externo
a) alertar a autoridade administrativa para que instaure tomada de contas especial em relação
a irregularidades conhecidas.
b) realizar auditorias solicitadas pelo sistema de controle interno.
c) estabelecer, juntamente com a administração, um sistema adequado de controle interno no
âmbito da entidade auditada.
d) enviar, no caso de auditoria em órgão da administração direta, relatório de auditoria ao
titular do Poder Executivo.
e) apresentar recomendações acerca de controles inadequados ou inexistentes nas entidades
auditadas.

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Letra e.
É obrigação dos órgãos de controle externo (tribunais de contas) apresentar recomendações
acerca de controles inadequados ou inexistentes nas entidades auditadas.
a) Errada. Quem tem a obrigação legal de alertar a autoridade administrativa para que ins-
taure tomada de contas especial em relação a irregularidades conhecidas são os órgãos de
controle interno, em apoio ao controle externo.
b) Errada. Inverteu. O sistema de controle interno é quem realiza auditorias solicitadas pelo
tribunal de contas (controle externo). Só quem pode solicitar a realização de auditorias ao
TC é o Poder Legislativo.
c) Errada. Quem estabelece um sistema adequado de controle interno no âmbito da entidade
auditada é a administração; o Tribunal de Contas recomenda ou determina a implantação, de
forma independente.
d) Errada. Não existe essa regra de envio do relatório de auditoria ao titular do Poder Executivo!
O tribunal de contas envia o relatório de auditoria a quem entender competente para tomar as
decisões, geralmente sendo o gestor e no máximo até o ministro da Pasta.

Questão 14 (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Cabe aos responsáveis pelo controle interno


dar ciência ao respectivo tribunal de contas de qualquer irregularidade ou ilegalidade de que
tenham conhecimento, sob pena de responsabilidade solidária.

Certo.
É a regra estabelecida na Constituição. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade ou abuso, dele darão ciência ao Tribunal de Contas,
sob pena de responsabilidade solidária.

Questão 15 (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) O controle interno, ao qual compete a fiscali-


zação contábil, financeira, orçamentária e operacional, bem como o apoio ao controle externo,
não se caracteriza como controle de mérito.

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Errado.
Se entendermos o controle interno como o controle do administrador, cabe ao próprio rever
os seus atos quanto ao mérito, ou seja, quanto à conveniência e oportunidade. Contudo, o
sentido da questão é considerar o controle de mérito como um controle que abrange outros
aspectos, além da legalidade, como, por exemplo, a legitimidade, a economicidade etc. Nessa
linha, também a questão se encontra errada, pois a Constituição atribui ao Sistema de
Controle Interno de cada Poder competência fiscalizadora bem abrangente, conforme se
verifica no caput dos artigos 70 e 74 da CF.

Questão 16 (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018) A Carta Magna, em seu art. 74, determina que


o sistema de controle interno deve ser mantido pelos três poderes de forma integrada, tendo
como um dos seus principais alvos
a) promover a padronização e a consolidação das contas nacionais.
b) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias bem como dos direitos e
haveres da União.
c) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal na adminis-
tração direta e indireta.
d) elaborar e executar a programação financeira da União.
e) aplicar, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previs-
tas em lei.

Letra b.
De acordo com o art. 74 da CF, o sistema de controle interno deve ser mantido pelos três pode-
res de forma integrada, tendo como um de suas finalidades exercer o controle das operações
de crédito, avais e garantias bem como dos direitos e haveres da União. As letras “a” e “d” cor-
respondem a competências do órgão central de contabilidade e programação financeira que é a
Secretaria do Tesouro Nacional. As letras “c” e “e” relacionam-se a competências exclusivas do
Tribunal de Contas da União.

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Questão 17 (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018) Conforme disposição expressa da Constitui-


ção Federal de 1988 (CF), os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento
de ilegalidades, devem comunicar ao
a) Conselho Nacional de Justiça, sob pena de responsabilização administrativa pela omissão
funcional.
b) Conselho Nacional de Justiça, sob pena de responsabilidade subsidiária pelas ilegalidades.
c) Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária pelas ilegalidades.
d) Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade subsidiária pelas ilegalidades.
e) Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilização administrativa pela omissão
funcional, mas sem responsabilização vinculada à do infrator pelas ilegalidades.

Letra c.
De acordo com o § 1º do art. 74 da CF, os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

Questão 18 (CESPE/TCE-MG/AUDITOR/2019) O sistema de controle interno, mantido de


forma integrada pelos Poderes da União, tem, entre suas finalidades, a atribuição de
a) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União.
b) promover a consolidação das contas nacionais.
c) elaborar e executar a programação financeira da União.
d) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal na adminis-
tração direta e indireta.
e) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa.

Letra a.
Uma das finalidades do sistema de controle interno, mantido de forma integrada pelos Poderes
da União e dos Estados e Municípios é exercer o controle das operações de crédito, avais e
garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

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b) Errada. Promover a consolidação das contas nacionais compete ao sistema de contabili-


dade pública, que tem a Secretaria do Tesouro Nacional como órgão central do sistema.
c) Errada. Elaborar e executar a programação financeira da União também é uma competência
da Secretaria do Tesouro Nacional.
d) Errada. A apreciação, para fins de registro, da legalidade dos atos de admissão de pessoal
na administração direta e indireta é uma competência exclusiva do TCU.
e) Errada. Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regu-
lamentar ou dos limites de delegação legislativa é uma competência privativa do Poder
Legislativo, quando exerce o seu controle parlamentar e político, conforme as hipóteses
estabelecidas na Constituição.

Auditoria de Regularidade e Auditoria Operacional

Questão 19 (CESPE/TCU/2007) Considere que, em cumprimento à decisão do TCU, tenha


sido elaborado relatório de auditoria na área de licitações e contratos de determinado tribunal
e tenham sido constatadas as seguintes falhas na condução de procedimentos licitatórios:
edital de licitação com imposições restritivas à competição; prévio cadastramento de licitan-
tes no sistema integrado de cadastramento unificado de fornecedores; exigências, durante a
fase de habilitação de licitantes, de documentos não previstos em lei específica; falta de crité-
rio de aceitabilidade dos preços unitário e global. Nesse caso, a situação descrita caracteriza
uma auditoria operacional.

Errado.
Todas as constatações da auditoria apontadas na questão referem-se à conformidade ou à
legalidade dos procedimentos licitatórios, com base na Lei n. 8.666/1993 e demais dispositivos
legais/normativos. Assim, o tipo de auditoria utilizado é o de conformidade ou regularidade.
Para caracterizar uma auditoria operacional, os aspectos abordados no relatório seriam a
eficiência na utilização dos recursos e a eficácia da gestão, em termos de metas e objetivos
atingidos pela área auditada.

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Questão 20 (CESPE/TCU/2007) Suponha que uma auditoria, realizada em uma escola agrí-
cola federal subordinada ao Ministério da Educação, tenha constatado falhas e deficiências
na área orçamentário-financeira, no sistema escola-fazenda e na área de recursos humanos.
Nessa situação hipotética, a auditoria descrita é um exemplo de auditoria de natureza ope-
racional, que abrange, inclusive, avaliação de programas, o que permite à equipe de auditoria
pronunciar-se sobre o aumento da evasão escolar em virtude da situação.

Certo.
Questão interessante! As falhas e deficiências constatadas na auditoria dizem respeito ao
processo de gestão dos recursos de uma escola agrícola ou mesmo de execução de um pro-
grama governamental com o propósito de formar técnicos agrícolas para melhorar o setor
agropecuário do país. Como são aspectos relativos à eficiência e à eficácia da gestão da es-
cola, cabe concluir tratar-se de uma auditoria de natureza operacional. Na segunda parte da
questão, referindo-se à situação hipotética colocada, afirma-se corretamente que a auditoria
é um exemplo de auditoria operacional, que abrange a avaliação de programas. Como vimos
em nossa aula, a avaliação de programa é uma das formas de ANOP com o propósito de ava-
liar os efeitos produzidos pela intervenção governamental, sendo certo que o aumento ou a
redução da evasão escolar constitui um possível indicador de efetividade do programa.

Questão 21 (CESPE/MC/CONTADOR/2008) Há duas modalidades de atuação da auditoria


externa governamental: auditoria de desempenho operacional e avaliação de programa.
A auditoria de desempenho operacional verifica em que medida as ações implementadas
lograram produzir os efeitos pretendidos pela administração e a avaliação de programa
busca apurar, além da eficiência operativa, o grau de cumprimento das metas, comparan-
do as previstas com as realizadas.

Errado.
O item inverteu os objetivos dessas modalidades de auditoria operacional. A auditoria de avalia-
ção de programa verifica em que medida as ações implementadas lograram produzir os efeitos

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pretendidos pela administração e a de desempenho operacional busca apurar, além da eficiên-


cia operativa, o grau de cumprimento das metas, comparando as previstas com as realizadas.
Em sala de aula, alguns alunos já me perguntaram se não haveria erro também no fato da
questão ter omitido a auditoria de conformidade. A meu ver, o erro é somente quanto à inver-
são dos objetivos das modalidades de auditoria operacional do Tribunal. Se há os dois tipos
de auditoria indicados, independentemente de existirem outros, a afirmativa está certa.

Questão 22 (CESPE/TCU/2008) Na auditoria operacional realizada no âmbito de um órgão


ou programa governamental, os critérios ou objetivos pelos quais eficiência e eficácia são
medidas devem ser especificados pelos auditores e, não, pela administração, e os pareceres
relativos a esses trabalhos não podem conter recomendações ou sugestões.

Errado.
Em uma auditoria operacional, os critérios ou padrões pelos quais o desempenho de um ór-
gão ou programa será aferido devem ser definidos para cada auditoria. Os critérios podem
ser definidos em função de: a) objetivos e metas fixados em lei ou determinados pela admi-
nistração; b) opiniões de especialistas; c) desempenho de entidades similares; e d) desem-
penho de anos anteriores.
Como o propósito dessas auditorias é melhorar o desempenho de órgãos e programas, os re-
latórios produzidos pelos auditores operacionais devem conter recomendações ou sugestões
para o aprimoramento da gestão, dos processos, controles, resultados etc. Portanto, a meu
ver, o item apresenta três erros: quando afirma que os critérios não devem ser especificados
pela administração e que os pareceres (o certo seria relatórios) não devem conter recomen-
dações ou sugestões.

Questão 23 (CESPE/SAD-PE/ANALISTA/2009) Na classificação dos tipos de auditoria, a que


avalia a eficácia dos resultados em relação aos recursos disponíveis, bem como a economici-
dade, a eficiência, a efetividade e a qualidade dos controles internos existentes, é denominada
auditoria

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a) contábil.
b) de gestão.
c) de sistemas.
d) operacional.
e) de qualidade.

Letra d.
A auditoria que avalia a eficácia dos resultados em relação aos recursos disponíveis, bem
como a economicidade, a eficiência, a efetividade e a qualidade dos controles internos
existentes, é denominada auditoria operacional.

Questão 24 (CESPE/MPU/CI/2010) Por meio de auditoria operacional, emite-se opinião


acerca da gestão quanto a eficiência, eficácia e economicidade, a fim de auxiliar a administração
da entidade auditada na gerência e no alcance dos resultados.

Certo.
O auditor operacional emite opinião/relatório sobre a eficiência, eficácia, economia e efe-
tividade da gestão, tendo como objetivos ainda auxiliar a entidade auditoria a melhorar o
desempenho e o alcance dos seus resultados.

Questão 25 (CESPE/SECGE-PE/2010) Constitui objeto da auditoria operacional


a) o exame de fatos ou situações relevantes, de natureza incomum, realizado mediante
solicitação de autoridade superior.
b) a verificação de registros e documentos, em consonância com os princípios contábeis e
demais normas legais pertinentes.
c) a emissão de opinião sobre a regularidade das contas e a execução dos contratos e
instrumentos afins.
d) a análise dos processos por meio dos quais os dados e as informações são obtidos, tratados
e fornecidos.

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e) a avaliação da eficiência, eficácia, economicidade e efetividade da gestão, considerando o


uso dos recursos e os resultados alcançados.

Letra e.
Constitui objeto da auditoria operacional a avaliação da eficiência, eficácia, economicidade e
efetividade da gestão, considerando o uso dos recursos e os resultados alcançados.
a) Errada. Auditoria especial.
b) Errada. Auditoria contábil.
c) Errada. Auditoria de gestão.
d) Errada. Auditoria de sistemas.

Questão 26 (CESPE/TCU/2011) A CF, ao conferir ao TCU competência para realizar, inclusive


por conta própria, auditorias de natureza operacional, reconheceu que, além de o controle
externo ter como balizamento para sua atuação fiscalizadora os aspectos de legalidade, legi-
timidade e economicidade, deve também contemplar os critérios da eficiência — com status
de princípio constitucional da administração pública —, eficácia e efetividade.

Certo.
As auditorias operacionais ampliaram o escopo da fiscalização pública, abrangendo aspectos
de eficiência, eficácia e efetividade da gestão pública.

Questão 27 (CESPE/ANAC/2012) Utiliza-se a auditoria operacional para avaliação do de-


sempenho da administração, dos sistemas de planejamento e de controle de qualidade rela-
tivos às operações financeiras da entidade auditada.

Errado.
Cuidado com a “pegadinha”. A auditoria operacional é utilizada para avaliação do desempe-
nho da administração, dos sistemas de planejamento e de controle de qualidade relativos às
atividades operacionais da entidade auditada. Quando o objeto da auditoria é o sistema con-
tábil ou as operações financeiras da entidade auditada, a auditoria é contábil ou financeira.

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Questão 28 (CESPE/ANAC/2012) A auditoria de regularidade, assim como os demais tipos


de auditorias, tem por finalidade principal auxiliar a administração da entidade auditada a
melhorar a eficiência, a eficácia e economicidade de suas operações. Trata-se, portanto, de
atividade voltada para o futuro.

Errado.
A auditoria que tem por finalidade principal auxiliar a administração da entidade auditada a
melhorar a eficiência, a eficácia e economicidade de suas operações é a auditoria operacional.
Além desse erro, existe outro na parte final do item. Quanto ao enfoque dos exames – passa-
do ou futuro – a auditoria operacional tem uma abordagem mais construtiva, em função de
suas avaliações e recomendações. As normas da Intosai definem que os relatórios de audi-
toria operacional, ao invés de se limitarem a criticar fatos passados, devem ser construtivos.
As conclusões e recomendações do auditor constituem um aspecto importante da auditoria.
Logo, as auditorias contábil e de conformidade possuem enfoque voltado para o passado,
enquanto a auditoria operacional é voltada para o passado, presente e futuro.

Questão 29 (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Considere que um auditor tenha verificado a


definição de indicadores de desempenho sobre os resultados obtidos na condução de um ne-
gócio, tendo avaliado, ainda, o desempenho das ações implementadas após sua execução, com
foco nos resultados da empresa. Nessa situação, a auditoria realizada é de conformidade.

Errado.
A auditoria que verifica a definição de indicadores de desempenho sobre os resultados obti-
dos na condução de um negócio e avalia o desempenho das ações implementadas após sua
execução, com foco nos resultados da empresa é a auditoria operacional.

Questão 30 (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Suponha que o Tribunal de Contas da União


tenha realizado uma auditoria na Agência Nacional ABCTEL, visando conhecer a organização,
os sistemas, as operações, as atividades e as peculiaridades dessa entidade, a fim de subsidiar

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a elaboração e a implementação de novas técnicas. Nessa situação, é correto afirmar que a


auditoria realizada é do tipo operacional.

Certo.
Como o enunciado do item afirma que o TCU está realizando uma auditoria, de acordo com seus
objetivos ou ela é uma auditoria de regularidade/conformidade ou operacional. A auditoria que
visa a conhecer a organização, os sistemas, as operações, as atividades e as peculiaridades
dessa entidade, a fim de subsidiar a elaboração e a implementação de novas técnicas seria
classificada como operacional.

Questão 31 (CESPE/CNJ/2013) A auditoria que tem como objetivo específico o melho-


ramento das operações examinadas, consubstanciada na análise da eficiência, eficácia e
economicidade da ação administrativa, é denominada auditoria de gestão.

Errado.
A auditoria que tem como objetivo específico o melhoramento das operações examinadas,
consubstanciada na análise da eficiência, eficácia e economicidade da ação administrativa, é
denominada auditoria operacional.

Questão 32 (CESPE/UNIPAMPA/CONTADOR/2013) Considerando-se a tabela abaixo, que


apresenta dados relativos a um curso em dois períodos sucessivos, e desconsiderando-se
outros fatores, como o número de alunos matriculados, o padrão de qualidade do ensino e a
inserção profissional dos formados, é correto afirmar que a instituição responsável pelo curso
melhorou os resultados apresentados, do período 1 para o período 2, do ponto de vista estrito
da eficiência e da eficácia.

Período 1 Período 2
Número de professores 50 40
Quantidade de alunos formados 1.500 1.600
Duração média para a conclusão do curso (em anos) 4 5

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Certo.
Questões desta natureza não são fáceis de serem solucionadas, pois não apresentam de for-
ma completa todas as informações necessárias para fundamentar determinadas afirmações.
De todo modo, é de se perceber que, do ponto de vista da eficácia, que mede o alcance das
metas e objetivos fixados, como o curso formou 1.500 alunos no período 1 e 1.600 no período
2, cabe concluir ter melhorado a eficácia, do período 1 para o período 2.
Do ponto de vista da eficiência, que é a maximização do esforço e pode ser medida pela relação
positiva entre o custo e os bens ou serviços produzidos (custo/benefício ou custo/eficácia),
perceba que o curso melhorou o seu desempenho quanto à eficiência do período 1 para o perí-
odo 2, posto que formou mais alunos, com menor quantidade de professores. O curso realizou
mais com menor custo, por isso, ganhou em eficiência.
Poderia haver dúvida em relação ao indicador “duração média para a conclusão do curso
(em anos)”, já que é um indicador que pode servir para medição da eficiência do curso.
Quanto maior a duração média do curso, pior a eficiência. Contudo, no contexto de todos
os dados apresentados na questão, esse indicador não permite concluir que houve perda
de eficiência do período 1 para o 2, dado que a quantidade de alunos formados aumentou,
mesmo com menor quantidade de insumos (professores).

Questão 33 (CESPE/TCE-PB/2014) Nas auditorias de desempenho, instrumento de controle


utilizado pelo TCU, examina-se a efetividade de programas, políticas e projetos governamen-
tais, avaliando-se a medida em que estes produziram os efeitos desejados.

Errado.
O exame da efetividade de programas, políticas e projetos governamentais, avaliando-se a
medida em que estes produziram os efeitos desejados é objetivo da avaliação de programas,
espécie de auditoria operacional.

Questão 34 (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) A auditoria operacional é um processo desti-


nado especificamente à avaliação do desempenho real dos controles gerenciais e à confrontação
desse desempenho com o esperado, o que raramente culmina com recomendações de auditoria.

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Errado.
A auditoria operacional avalia o desempenho do objeto (órgão, entidade, programa, projeto
etc.), mas não é destinado especificamente à avaliação do desempenho real dos controles
gerenciais e à confrontação desse desempenho com o esperado, pois também envolve exame
dos resultados alcançados (eficácia e efetividade), além de outros aspectos. Outro erro está
na afirmação de que raramente culmina com recomendações de auditoria. Estas são ele-
mentos sempre presentes nos relatórios de auditoria operacional, dado que o seu propósito é
contribuir para o aperfeiçoamento da gestão.

Questão 35 (CESPE/TCE-SC/2016) A abrangência da auditoria de gestão pública transcen-


de o conceito tradicional, pois, entre outros aspectos, não se restringe à mera verificação a
posteriori, nem às questões de caráter estritamente legal; está voltada para a economicidade,
a eficiência, a eficácia e a efetividade da aplicação dos recursos públicos.

Certo.
A auditoria operacional é um trabalho abrangente, envolvendo vários aspectos de desempe-
nho e resultados (economicidade, a eficiência, a eficácia e a efetividade etc.), tendo caráter
preventivo e construtivo.

Questão 36 (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Assinale a opção correta, com referência à


auditoria de regularidade.
a) O requisito de exatidão para o relatório de auditoria de regularidade estabelece que ele dis-
corra apenas e tão somente a respeito do que é importante dentro do contexto do trabalho.
b) Auditoria contábil e auditoria patrimonial constituem subespécies de auditoria de regularidade.
c) Impropriedades relacionadas a achados negativos em uma auditoria de regularidade refe-
rem-se à prática de atos de gestão ilegal que impliquem danos ao erário.
d) A auditoria de regularidade visa examinar a legalidade e a legitimidade de atos de gestão
de agentes sujeitos à jurisdição de tribunal de contas.

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e) Veracidade, confiabilidade e relevância são os atributos de evidência considerados suficientes


nos trabalhos da auditoria de regularidade.

Letra d.
A auditoria de regularidade visa examinar a legalidade e a legitimidade de atos de gestão contá-
bil, orçamentária, financeira e patrimonial de agentes sujeitos à jurisdição de tribunal de contas.
a) Errada. O requisito de relevância para o relatório de auditoria de regularidade estabelece
que ele discorra apenas e tão somente a respeito do que é importante dentro do contexto do
trabalho, não se devendo discorrer sobre ocorrências que não resultem em conclusões.
b) Errada. Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de conformidade e as auditorias
contábeis.
c) Errada. A prática de atos de gestão ilegal que impliquem danos ao erário corresponde a
irregularidades relacionadas a achados negativos em uma auditoria de regularidade.
e) Errada. Validade, confiabilidade, relevância e suficiência são os atributos de evidência nos
trabalhos da auditoria de regularidade.

Questão 37 (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Com relação à auditoria operacional, assinale


a opção correta.
a) São as seguintes as etapas de planejamento de uma auditoria operacional: especificação
dos critérios, sistematização dos instrumentos de coleta de dados, teste final e elaboração
do projeto.
b) Um exemplo de ferramenta de controle de qualidade na execução de uma auditoria
operacional é a matriz de achados, que, entre outros usos possíveis, auxilia no exame de
evidências, causas e efeitos e demais elementos do relatório de auditoria.
c) Comparadas às auditorias de regularidade, as auditorias operacionais são menos flexíveis
na escolha de temas, objetos de auditoria e metodologias de trabalho.
d) O monitoramento de uma auditoria operacional consiste no exame da situação existente,
identificada e documentada durante a execução dos trabalhos.
e) Em auditoria operacional, o requisito eficácia refere-se ao alcance dos resultados pretendidos
por prazo indeterminado.

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Letra b.
Um exemplo de ferramenta de controle de qualidade na execução de uma auditoria operacio-
nal é a matriz de achados, que, entre outros usos possíveis, auxilia no exame de evidências,
causas e efeitos e demais elementos do relatório de auditoria. A alternativa “b” está correta.
a) Errada. São as seguintes as atividades ou etapas de planejamento de uma auditoria ope-
racional: a) análise preliminar do objeto de auditoria; b) definição do objetivo e escopo da au-
ditoria; c) especificação dos critérios de auditoria; d) elaboração da matriz de planejamento;
e) Errada. Validação da matriz de planejamento; f) elaboração de instrumentos de coleta de
dados; g) teste-piloto; e h) elaboração do projeto de auditoria
c) Errada. Comparadas às auditorias de regularidade, as auditorias operacionais são mais
flexíveis na escolha de temas, objetos de auditoria e metodologias de trabalho.
d) Errada. O monitoramento de uma auditoria operacional consiste na verificação do cumpri-
mento das deliberações do TC e dos resultados delas advindos, com o objetivo de verificar as
providências adotadas e aferir seus efeitos.
e) Errada. Em auditoria operacional, o requisito eficácia refere-se ao alcance dos resultados
pretendidos (alcance das metas programadas) em um determinado período de tempo, inde-
pendentemente dos custos implicados.

Questão 38 (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018) Assinale a opção que apresenta característica


da auditoria de regularidade.
a) flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria e métodos de trabalho
b) ampla seleção de métodos de investigação de diferentes áreas do conhecimento, em es-
pecial das ciências sociais
c) relatório com aspectos de economicidade e eficiência na aquisição e aplicação dos recursos
d) conclusões expressas sob a forma de opinião concisa e de formato padronizado sobre os
demonstrativos financeiros
e) exame da materialidade com base em considerações sobre a natureza ou o contexto do
objeto auditado

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Letra d.
Uma característica da auditoria de regularidade são as conclusões expressas sob a forma de
opinião concisa e de formato padronizado sobre os demonstrativos financeiros, que é típico
da auditoria contábil, espécie de auditoria de regularidade. As demais alternativas referem-se
a características da auditoria operacional.

Instrumentos de Fiscalização

Questão 39 (CESPE/TCU/AUDITOR/2013) Considere que, após o exame da prestação de con-


tas de uma entidade, o TCU tenha determinado uma série de providências para a regularização
da situação dessa entidade. Nessa situação, a verificação do cumprimento das deliberações e
os resultados delas advindos serão objeto de inspeções.

Errado.
A verificação do cumprimento das deliberações e os resultados delas advindos serão objeto
de monitoramento.

Questão 40 (CESPE/TCU/TÉCNICO/2015) A verificação do cumprimento, pelos entes fiscali-


zados, das deliberações do TCU é realizada por meio de monitoramento.

Certo.
O monitoramento é o instrumento de fiscalização utilizado para a verificação do cumprimen-
to, pelos entes fiscalizados, das deliberações do TC.

Questão 41 (CESPE/TCU/TÉCNICO/2015) Para avaliar se a execução de uma fiscalização


será viável, o TCU realiza levantamentos.

Certo.
O levantamento tem como propósitos: a) conhecer a organização e o funcionamento dos
órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional dos Poderes da União,

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incluindo fundos e demais instituições que lhe sejam jurisdicionadas, assim como dos siste-
mas, programas, projetos e atividades governamentais no que se refere aos aspectos contábeis,
financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais; b) identificar objetos e instrumentos
de fiscalização; e c) avaliar a viabilidade da realização de fiscalizações.

Questão 42 (CESPE/TCU/TÉCNICO/2015) A inspeção é o instrumento de fiscalização desti-


nado a avaliar aspectos relativos à economicidade, efetividade e eficácia dos atos praticados
no exercício das atividades governamentais.

Errado.
A inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões e lacunas de
informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações quanto à legalidade,
à legitimidade e à economicidade de fatos da administração e de atos administrativos
praticados por qualquer responsável sujeito à sua jurisdição. A avaliação do desempenho dos
órgãos e entidades jurisdicionados, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades
governamentais, quanto aos aspectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos
praticados é objeto da auditoria.

Questão 43 (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) O instrumento conhecido por levantamento é uti-


lizado para avaliar a viabilidade de realização de inspeção, desde que seja confirmada a exis-
tência de riscos que justifique a realização de trabalhos de fiscalização diretamente na sede
do ente público.

Errado.
O instrumento conhecido por levantamento é utilizado para avaliar a viabilidade de realiza-
ção dos demais instrumentos de fiscalização; não tem como objetivo avaliar a viabilidade
de realização de inspeção, condicionada à existência de riscos que justifique a realização de
trabalhos de fiscalização diretamente na sede do ente público.

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Questão 44 (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) A inspeção é o instrumento de fiscalização utili-


zado para esclarecer dúvidas, suprir omissões e lacunas de informações; no entanto, quando
o foco for apuração de denúncias, exige-se plano de fiscalização suplementar ao plano de
auditoria para legitimar os trabalhos dos auditores responsáveis pelo exame de regularidade
dos atos e fatos delatados.

Errado.
A inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões e lacunas de in-
formações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações quanto à legalidade,
à legitimidade e à economicidade de fatos da administração e de atos administrativos prati-
cados por qualquer responsável sujeito à sua jurisdição. Não se exige plano de fiscalização
suplementar ao plano de auditoria para legitimar os trabalhos dos auditores responsáveis
pelo exame de regularidade dos atos e fatos delatados.

Questão 45 (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Uma auditoria em empresa pública de deter-


minado estado da Federação constatou várias irregularidades. O tribunal de contas estadual
deliberou, em acórdão, por vários mandados, e o plenário autorizou a verificação de seu cum-
primento. Nesse caso hipotético, o instrumento de fiscalização a ser adotado para verificação
de cumprimento dos mandados é denominado
a) monitoramento.
b) levantamento.
c) validação.
d) inspeção.
e) acompanhamento.

Letra a.
O instrumento de fiscalização a ser adotado para verificação de cumprimento dos mandados
é denominado monitoramento.

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Questão 46 (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Acerca dos instrumentos de fiscalização,


assinale a opção correta.
a) Inspeção é o instrumento de fiscalização que examina a legalidade e a legitimidade dos
atos de gestão e avalia o desempenho das organizações auditadas.
b) Auditoria consiste no instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões e lacunas
de informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias quanto à organização auditada.
c) O levantamento tem como função o acúmulo de informações acerca do funcionamento da
instituição e dos objetos a serem auditados.
d) O monitoramento é o instrumento de fiscalização empregado para examinar e avaliar, ao
longo de período predeterminado, o desempenho da organização auditada.
e) O acompanhamento corresponde ao instrumento de fiscalização utilizado pelo tribunal de
contas para a verificação do cumprimento de suas deliberações e dos resultados delas advindos.

Letra c.
O levantamento tem por um dos objetivos conhecer a organização e o funcionamento dos
órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional dos Poderes da União,
incluindo fundos e demais instituições que lhe sejam jurisdicionadas, assim como dos siste-
mas, programas, projetos e atividades governamentais no que se refere aos aspectos contá-
beis, financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais.
a) Errada. A auditoria é o instrumento de fiscalização que examina a legalidade e a legitimidade
dos atos de gestão e avalia o desempenho das organizações auditadas.
b) Errada. A inspeção consiste no instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões e
lacunas de informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias quanto à organização auditada.
d) Errada. O acompanhamento é o instrumento de fiscalização empregado para examinar e
avaliar, ao longo de período predeterminado, o desempenho da organização auditada.
e) Errada. O monitoramento corresponde ao instrumento de fiscalização utilizado pelo tribunal de
contas para a verificação do cumprimento de suas deliberações e dos resultados delas advindos.

Questão 47 (CESPE/EMAP/ANALISTA – CARGO 5/2018) Acerca dos instrumentos de fisca-


lização, julgue os itens seguintes.

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Denomina-se levantamento o instrumento de fiscalização utilizado para examinar, ao longo


de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão, quanto aos
aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial.

Errado.
O instrumento de fiscalização utilizado para examinar, ao longo de um período predeterminado,
a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão, quanto aos aspectos contábil, financeiro,
orçamentário e patrimonial é o acompanhamento.

Questão 48 (CESPE/EMAP/ANALISTA – CARGO 5/2018) Por meio do instrumento de fisca-


lização denominado auditoria avalia-se o desempenho organizacional, bem como os siste-
mas, os programas, os projetos e as atividades governamentais, quanto à economicidade, à
eficiência e à eficácia dos atos praticados.

Certo.
As auditorias podem ser operacionais ou de conformidade. O instrumento de fiscalização
denominado auditoria operacional avalia-se o desempenho organizacional, bem como os
sistemas, os programas, os projetos e as atividades governamentais, quanto à economicidade,
à eficiência e à eficácia dos atos praticados.

Questão 49 A inspeção é o instrumento de fiscalização empregado para suprir omissões e


lacunas de informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações no que
diz respeito à legalidade, à legitimidade e à economicidade de fatos e atos administrativos.

Certo.
A inspeção é o instrumento de fiscalização empregado para suprir omissões e lacunas de
informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações no que diz respeito
à legalidade, à legitimidade e à economicidade de fatos e atos administrativos.

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Questão sobre Diversos Assuntos Tratados nesta Aula

Questão 50 (CESPE/TCE-RO/AUDITOR/2019) Com relação à auditoria governamental,


assinale a opção correta.
a) A prioridade dos controles internos administrativos é a correção de eventuais desvios em
relação a parâmetros estabelecidos.
b) Em auditoria operacional, o estudo de caso é o método mais empregado para situações
singelas; ele abrange o exame de toda espécie de registros administrativos produzidos pela
instituição auditada bem como relatórios de auditorias anteriores.
c) O monitoramento é um instrumento de fiscalização dos tribunais de contas para examinar,
ao longo de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão
quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial.
d) Para ser atingido o objetivo da fiscalização, o escopo da auditoria deve estar relacionado
com a profundidade e a amplitude do trabalho.
e) O programa de auditoria limita-se não só à evidenciação do objetivo e do escopo, mas
também ao universo e à amostra a serem examinados bem como aos procedimentos e
técnicas a serem utilizados.

Letra d.
Para ser atingido o objetivo da fiscalização, o escopo da auditoria deve estar relacionado com
a abrangência, à época, a profundidade e a amplitude do trabalho.
a) Errada. A prioridade dos controles internos administrativos é a prevenção de eventuais
desvios, evitando a ocorrência de impropriedades e irregularidades, por meio dos princípios e
instrumentos próprios.
b) Errada. Estudo de Caso é um método usado para conhecer uma situação complexa,
baseado em compreensão abrangente da situação, obtida a partir de sua ampla descrição e
análise, considerada como um todo e no seu contexto. Em auditorias operacionais, estudos
de caso são frequentemente complementados por outras estratégias metodológicas, como
a pesquisa. Estudos de caso tornam-se especialmente úteis quando é necessário entender
algum problema específico ou situação em grande profundidade e onde é possível identificar
casos ricos em informação.

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c) Errada. O acompanhamento é um instrumento de fiscalização dos tribunais de contas para


examinar, ao longo de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos atos de
gestão quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial.
e) Errada. A incorreção está na afirmação de que o programa de auditoria limita-se a esses
aspectos. Segundo as Normas de Auditoria do TCU (NAT), o programa de auditoria, elaborado
com base nos elementos obtidos na visão geral do objeto, objetiva estabelecer, diante da de-
finição precisa dos objetivos do trabalho, a forma de alcançá-los e deve evidenciar: o objetivo
e o escopo da auditoria; o universo e a amostra a serem examinados; os procedimentos e as
técnicas a serem utilizados, os critérios de auditoria, as informações requeridas e suas fontes,
as etapas a serem cumpridas com respectivos cronogramas; a quantificação dos recursos
necessários à execução do trabalho.

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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Marcelo C. Auditoria. Um curso moderno e completo. São Paulo: Atlas, 2009.

ARAGÃO, Marcelo Chaves. Auditoria. CESPE: questões comentadas e organizadas por assun-
to. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2013.

BARRETO, Davi; GRAEFF, Fernando. Auditoria. Teoria e exercícios comentados. 2. ed. São Paulo:
Método, 2011.

BORGERTH, Vânia Maria da Costa. SOX: entendendo a Lei Sarbanes-Oxley. São Paulo: Cengage
Learning, 2009.

BOYTON, W. C.; JOHNSON, R. N.; KELL, W. G. Auditoria. São Paulo: Atlas, 2002.

CASTRO, Domingos Poubel. Auditoria e controle interno na administração pública: evolução


do controle interno no Brasil: do código de contabilidade de 1922 até a criação da CGU em
2003. São Paulo: Atlas, 2015.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: teoria e prática. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil. 4. ed. São Paulo, Atlas, 2001.

LONGO, Claudio Gonçalo. Manual de Auditoria e revisão de Demonstrações Financeiras. 2. ed.


São Paulo: Atlas, 2011.

PETER, Maria da Glória Arrais; MACHADO, Marcus Vinícius Veras. Manual de Auditoria Gover-
namental. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

Marcelo Aragão
Auditor Federal de Controle Externo do TCU desde 2006. Foi Analista de Finanças e Controle do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal (SCI) durante 14 anos. No Tribunal, exerce atualmente
a função de Ouvidor e já ocupou, entre outras, as funções de assessor do Secretário-Geral de Controle
Externo, coordenador do projeto Controle Externo do Mercosul, chefe do Serviço de Coordenação de
Redes de Controle, coordenador das Ações de Controle sobre os projetos da Copa do Mundo FIFA 2014 e
secretário de Controle Externo no estado de Alagoas. É professor das disciplinas Controle Interno e Externo
e Auditoria Geral e Governamental em diversas instituições de ensino. Além disso, é autor de dois livros
de auditoria pela editora Método. Graduado em Administração pela Universidade Federal Fluminense,
possui especialização em Administração Pública (FGV) e Auditoria Interna e Controle Governamental
(ISC/CEFOR).

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