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AUDITORIA E

CONTROLE NA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Auditoria: Finalidades, Formas e Tipos e
Normas de Auditoria

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
AUDITORIA E CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Auditoria: Finalidades, Formas e Tipos e Normas de Auditoria
Marcelo Aragão

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................4
Auditoria................................................................................................................................................................................6

Conceito e Definição de Auditoria. . .........................................................................................................................6


Responsabilidade Legal e Ética Profissional..................................................................................................9
Conceitos Relativos à Pessoa do Auditor. ........................................................................................................11
Competência Técnico-Profissional. . ......................................................................................................................11
Independência e Objetividade. . ................................................................................................................................13
Zelo Profissional. . ...........................................................................................................................................................13
Sigilo Profissional. . ........................................................................................................................................................13
Rodízio dos Líderes de Equipe de Auditoria....................................................................................................14
Bases Conceituais da Auditoria Governamental. .........................................................................................14
Accountability..................................................................................................................................................................16
Auditoria Governamental no Brasil. . ....................................................................................................................19
Finalidades e Objetivos da Auditoria Governamental. ............................................................................. 22
Abrangência da Auditoria e do Controle Governamental. ...................................................................... 24
Objetos Sujeitos à Atuação do Controle/Auditoria Governamental................................................ 24
Pessoas Sujeitas ao Controle Interno ou à Auditoria Governamental...........................................25
Entidades da Administração Indireta.. ...............................................................................................................26
Recursos.............................................................................................................................................................................26
Tipos e Formas de Auditoria no Setor Público.............................................................................................26
Auditoria Operacional..................................................................................................................................................31
Outros Tipos de Auditoria Governamental.....................................................................................................34
Formas de Execução das Auditorias do Setor Público............................................................................37
Normas Relativas à Execução dos Trabalhos...............................................................................................38
Livre Acesso......................................................................................................................................................................38
Planejamento dos Trabalhos..................................................................................................................................39
Avaliação dos Controles Internos Administrativos..................................................................................39

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Supervisão das Atividades de Controle e de Auditoria...........................................................................40


Obtenção de Evidências..............................................................................................................................................41
Tratamento de Impropriedades e Irregularidades.....................................................................................42
Normas Relativas à Opinião do Auditor/Relatórios e Pareceres de Auditoria.........................43
Composição ou Requisitos do Certificado de Auditoria. .........................................................................46
Eventos ou Transações Subsequentes.............................................................................................................47
Normas de Relatório....................................................................................................................................................50
Relatório e Parecer em Auditoria de Demonstrações Contábeis......................................................55
Objetivos do Auditor e Formação de Opinião. ................................................................................................56
Tipos de Opinião.............................................................................................................................................................58
Consequência da impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente devido a uma limitação imposta pela administração depois da aceitação
do trabalho pelo auditor. . ...........................................................................................................................................61
Formação de Opinião na Auditoria Financeira..............................................................................................62
Inclusão de Parágrafos de Ênfase e de Outros Assuntos no Relatório. ........................................62
Resumo................................................................................................................................................................................65
Questões Comentadas em Aula.. ........................................................................................................................... 76
Exercícios............................................................................................................................................................................ 79
Gabarito...............................................................................................................................................................................98
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................99
Bibliografia......................................................................................................................................................................134

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Marcelo Aragão

Apresentação
Inicialmente, peço licença para uma breve apresentação pessoal.
Meu nome é Marcelo Chaves Aragão e sou formado em Administração pela Universidade
Federal Fluminense, com especialização em Administração Pública na Fundação Getúlio Var-
gas e em Auditoria Interna e Controle Governamental no Instituto Serzedello Corrêa.
Possuo experiência de 10 anos de trabalho no setor privado, nas áreas de administração
e finanças, e de aproximadamente 30 anos no setor público, na área de controle e auditoria
governamental.
Durante 14 anos fui Analista de Finanças e Controle do Sistema de Controle Interno do Po-
der Executivo Federal, onde exerci várias funções de direção na Secretaria Federal de Controle
Interno e na Controladoria-Geral da União.
Desde 2006, sou Auditor Federal de Controle Externo no Tribunal de Contas da União, já
tendo exercido várias funções gerenciais, as últimas como Secretário do Tribunal de Contas
da União no Estado de Alagoas, Chefe de Assessoria da Ouvidoria do TCU e, atualmente, sou o
Secretário de Controle Externo da Saúde, envolvido no dia a dia com as questões relacionadas
à pandemia.
Sou instrutor formado pela ESAF e pelo ISC/TCU e coordenei a disciplina Auditoria em
cursos de formação e de progressão da carreira de finanças e controle na ESAF. Tenho lecio-
nado as disciplinas Auditoria Pública e Privada, Controle Interno e Controle Externo na Admi-
nistração Pública em cursos preparatórios para concursos públicos em várias instituições de
ensino, bem como cursos de treinamento profissional e de pós-graduação.
Tenho dois livros de Auditoria publicados pela Editora Método e sou autor de outras obras
com professores de outras disciplinas, por algumas editoras.
O presente curso será ministrado em 6 (seis) aulas, contendo os seguintes assuntos, con-
forme o edital do concurso:

AULA CONTEÚDO
Auditoria: finalidades, objetivo, formas, tipos, conceitos relevantes, obrigatoriedade,
legislação aplicável, independência, competência profissional, responsabilidade social,
1
âmbito do trabalho e execução do trabalho. Normas de auditoria: relativas à execução
dos trabalhos, relativas à opinião do auditor, relativas aos relatórios e pareceres.
Normas brasileiras e internacionais para o exercício da auditoria interna:
2 independência, competência profissional, âmbito do trabalho, execução do trabalho,
tipos de pareceres e administração do órgão de auditoria interna.
Técnicas e procedimentos de auditoria: planejamento dos trabalhos, programas de
3
auditoria, papéis de trabalho.

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AULA CONTEÚDO
Técnicas e procedimentos de auditoria: testes de auditoria, revisão analítica,
entrevista, conferência de cálculo, confirmação, interpretação das informações,
4
observação. Procedimentos de auditoria em áreas específicas das demonstrações
contábeis. eventos e transações subsequentes.
5 Técnicas e procedimentos de auditoria: amostragem estatística em auditoria.
Controle da Administração Pública: controle interno e controle externo; conceito;
abrangência. Sistema de controle externo. Controle externo no Brasil. Controles
externo e interno na Constituição da República Federativa do Brasil. A Constituição
6
e o controle externo: fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial; aspectos da legalidade, legitimidade e economicidade; Decreto-Lei n.
201/1967.

Quanto à metodologia, nosso curso será completo com teoria, dicas importantes e bateria
de questões do IDECAN e de outras bancas, como a FGV, o Cebraspe e a Vunesp.
Para facilitar o aprendizado e a memorização, em cada aula farei a sistematização do
conteúdo utilizando mapas mentais e resumos.
Anoto que ao final desta aula constam as principais referências bibliográficas que utilizei
para elaborar o curso e que, a meu ver, também serão adotadas pela banca examinadora.
Considerando que o controle de qualidade é fundamental para a melhoria contínua de
nossas aulas e o alcance de nossos objetivos em comum, peço que proceda à avaliação da
presente aula em nossa plataforma de ensino. A sua participação é importante!
Feitas as apresentações necessárias, vamos iniciar a nossa aula!

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Auditoria: Finalidades, Formas e Tipos e Normas de Auditoria
Marcelo Aragão

AUDITORIA
Conceito e Definição de Auditoria
Hilário Franco e Ernesto Marra, em Auditoria Contábil, ensinam que a auditoria compreen-
de o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confir-
mações, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensu-
rar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes.
Os mesmos autores consideram que a auditoria é a técnica contábil utilizada para avaliar
as informações relativas à estrutura e à composição do patrimônio de uma entidade e, por-
tanto, apresentam a seguinte definição para auditoria:

A técnica contábil que – através de procedimentos específicos que lhe são peculiares, aplicados
no exame de registros e documentos, inspeções, e na obtenção de informações e confirmações,
relacionados com o controle de patrimônio de uma entidade – objetiva obter elementos de convic-
ção que permitam julgar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios
fundamentais e normas de Contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes re-
fletem adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período
administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas.

Logo, podemos concluir que a auditoria é um dos meios de que a contabilidade dispõe
para atingir suas finalidades.
O objeto da contabilidade é o patrimônio administrado. A auditoria, sendo um dos meios
utilizados pela Contabilidade, tem o mesmo objeto: o patrimônio, especificamente no tange
ao seu controle e às informações sobre o seu estado e variações.
Como meios para atingir os seus fins, a Contabilidade utiliza-se das seguintes técnicas
contábeis: a escrituração (registro dos fenômenos patrimoniais), as demonstrações contábeis
(exposição sintética da situação patrimonial e suas variações), a auditoria (técnica auditorial
destinada a comprovar os fatos registrados e suas demonstrações) e a análise de balanços
(permite decompor, comparara e interpretar essas demonstrações contábeis).
A seguinte questão explorou justamente essas técnicas contábeis.

001. (FADESP/PREFEITURA DE MARABÁ/CONTROLE INTERNO/2019) As técnicas contábeis


consistem em um conjunto organizado de procedimentos adotados para por em prática a
contabilidade e seus princípios e têm como objetivos o registo, o controle, a exposição, a
verificação, a correção e a interpretação do patrimônio e suas variações. NÃO é considerada
uma técnica contábil

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a) as demonstrações contábeis, que consistem na exposição da situação financeira e patri-


monial da entidade em determinada data e de suas variações durante certo período.
b) a auditoria, por meio da qual o auditor verifica se a escrituração e as demonstrações con-
tábeis foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
c) a perícia contábil, que é o conjunto de procedimentos técnicos e científicos que levam à
instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio, me-
diante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil.
d) a análise das demonstrações contábeis, que é utilizada na decomposição, comparação e
interpretação do conteúdo das demonstrações contábeis, com o objetivo de gerar informação
útil ao usuário.

A literatura especializada não aponta a perícia contábil como uma das técnicas contábeis.
Letra c.

A auditoria completa e valoriza a contabilidade, pois:


• fiscaliza o controle do objeto comum – o patrimônio;
• confirma a confiabilidade dos meios que ela utiliza – o registro dos fatos e as demons-
trações contábeis;
• aperfeiçoa seus fins – divulgação de informações para fins de orientação administrati-
va e de investidores, cumprimento de obrigações legais e fiscais e controle patrimonial;
• atesta a adequação dos registros; e
• informa as deficiências observadas.

Vale notar que as definições feitas por Franco e Marra referem-se ao conceito de auditoria
em sentido estrito, pois se referem exclusivamente a auditoria contábil (ou financeira), que é
aquela em que o auditor tem por objetivo emitir uma opinião sobre a adequação e correção
das demonstrações contábeis ou financeiras.
William Boynton e outros autores, no livro Auditoria, apresentam uma definição completa
(auditoria em sentido lato), que permite a compreensão do processo de auditoria: “Auditoria é
um processo sistemático de obtenção e avaliação objetivas de evidências sobre afirmações a
respeito de ações e eventos econômicos, para aquilatação do grau de correspondência entre as
afirmações e critérios estabelecidos, e de comunicação dos resultados a usuários interessados”.
Da definição acima, os autores destacam os seguintes atributos:
• Processo sistemático dá uma conotação de uma série de procedimentos lógicos, es-
truturados e organizados, estabelecidos em normas de auditoria;
• Obtenção e avaliação objetivas significa exame da fundamentação das afirmações e
avaliação criteriosa dos resultados, sem preconcepções favoráveis ou desfavoráveis
sobre quem faz as afirmações;

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• Afirmações a respeito de ações e eventos econômicos são as representações feitas


pelo indivíduo ou entidade – o objeto da auditoria. Afirmações compreendem informa-
ções contidas nas demonstrações contábeis e em relatórios operacionais internos;
• Grau de correspondência refere-se a quão proximamente as afirmações podem ser
identificadas com critérios estabelecidos;
• Critérios estabelecidos são as normas pelas quais as afirmações ou representações
são julgadas. Podem ser estabelecidos pela legislação, por orçamentos ou medidas de
desempenho definidos pela administração ou por princípios contábeis;
• Comunicação dos resultados materializa-se em relatório ou parecer por escrito que in-
dica o grau de correspondência entre as afirmações e os critérios estabelecidos, o qual
aumenta ou diminui a credibilidade das afirmações;
• Usuários interessados são indivíduos que utilizam os resultados da auditoria. Em um
ambiente de negócios, compreendem os acionistas, administração, credores, agências
governamentais e o público em geral.

De acordo com esse conceito amplo, a administração auditada faz afirmações e o auditor
obtém evidência de que essas afirmações estão em conformidade ou não com determinados
critérios, comunicando o resultado dessa avaliação aos usuários interessados.
Conforme pode ser observado no esquema a seguir, auditoria é o processo de confronta-
ção entre uma situação encontrada (condição) com um determinado padrão preestabelecido
(critério), ou seja, a comparação entre o fato ocorrido com o que deveria ocorrer.

Veja que esse conceito amplo de auditoria já foi cobrado em prova do CESPE.

002. (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) No que diz respeito aos conceitos e às classifica-


ções aplicados à auditoria, julgue os itens a seguir.

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Auditoria é um processo sistemático em que o auditor procura avaliar se as evidências en-


contradas produzem informação convergente com os critérios preestabelecidos e se essas
evidências são competentes e suficientes para lhe permitir fundamentar sua opinião.

Conforme visto, a auditoria é um processo sistemático de obtenção e avaliação objetivas de


evidências sobre afirmações a respeito de ações e eventos econômicos, para aquilatação do
grau de correspondência entre as afirmações e critérios estabelecidos, e de comunicação dos
resultados a usuários interessados.
Certo.

Responsabilidade Legal e Ética Profissional


As normas de auditoria independente das demonstrações contábeis distinguem as res-
ponsabilidades da administração e do auditor. Embora as normas de auditoria não tenham
o objetivo de impor nenhuma responsabilidade à administração da entidade no processo de
elaboração das demonstrações financeiras, elas destacam uma série de aspectos e respon-
sabilidades da administração, que são considerados premissas básicas pelo auditor em uma
auditoria de demonstrações contábeis.
As normas de auditoria não se sobrepõem às leis e regulamentos que governam as res-
ponsabilidades da administração, já que são dirigidas aos auditores e não à administração
e ao conselho de administração. Contudo, a auditoria é conduzida com base na premissa de
que a administração e os responsáveis pela governança têm conhecimento de certas respon-
sabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria. A auditoria das demons-
trações contábeis não exime dessas responsabilidades a administração ou os responsáveis
pela governança. As responsabilidades são as seguintes:
• Responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis em conformidade
com a estrutura de relatório financeiro aplicável, incluindo quando relevante sua apre-
sentação adequada;
• Responsabilidade pelo tipo de controle interno que como administradores e, quando
apropriado, os responsáveis pela governança determinam ser necessário para permitir
a elaboração de demonstrações contábeis que estejam livres de distorção relevante
devido a fraude ou erro; e
• Responsabilidade por fornecer ao auditor: (i) acesso a todas as informações, as quais
a administração e, quando apropriado, aqueles responsáveis pela governança tenham
conhecimento, que sejam relevantes para a elaboração e apresentação das demons-
trações contábeis; (ii) tais como registros e documentação, e outros assuntos; infor-
mações adicionais que o auditor possa solicitar da administração e, quando adequado,

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dos responsáveis pela governança para a finalidade da auditoria; e (iii) acesso irrestrito
às pessoas da entidade das quais o auditor determine ser necessário obter evidências
de auditoria.

As responsabilidades do auditor estão restritas ao seu objetivo principal de expressar


opinião sobre as demonstrações contábeis. Portanto, deve o auditor aplicar os procedimen-
tos de auditoria, em cumprimento às normas e à legislação, para obter evidência de auditoria
suficiente e adequada que lhe dê segurança razoável para expressar opinião sobre as de-
monstrações financeiras.
Qualquer que seja a estrutura de relatório financeiro adotado pela entidade, o auditor deve
expressar sua opinião sobre as demonstrações no seu relatório ou parecer, contendo de for-
ma concisa a conclusão se as demonstrações financeiras foram ou não elaboradas, em todos
os seus aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório que seja aplicável.
Um aspecto importante para a prova é a responsabilidade do auditor quanto a fraudes e
erros. O auditor não é responsável nem pode ser responsabilizado pela prevenção de fraudes
e erros. Entretanto, deve planejar seu trabalho avaliando o risco de sua ocorrência, de forma
que tenha grande probabilidade de detectar aqueles que impliquem efeitos relevantes nas
demonstrações contábeis.
Quando o auditor detectar erros e fraudes tem a obrigação de comunicá-los à administra-
ção da entidade e sugerir medidas corretivas, informando sobre os possíveis efeitos em seu
relatório, caso elas não sejam adotadas.
As normas profissionais do auditor são também denominadas de ou normas da pessoa
do auditor.
As normas profissionais do auditor externo ou normas de significado ético, atualmente
em vigor, são aquelas relacionadas aos princípios éticos a serem observados pelos profis-
sionais de contabilidade, incluindo o auditor independente, regulados pela NBC PG 100, de
24/1/2014 - Aplicação Geral aos Profissionais da Contabilidade, quais sejam:
• integridade – ser franco e honesto em todos os relacionamentos profissionais e co-
merciais;
• objetividade – não permitir que comportamento tendencioso, conflito de interesse ou
influência indevida de outros afetem o julgamento profissional ou de negócio;
• competência profissional e devido zelo – manter o conhecimento e a habilidade profis-
sionais no nível necessário para assegurar que o cliente ou empregador receba servi-
ços profissionais competentes com base em acontecimentos atuais referentes à prá-
tica, legislação e técnicas, e agir diligentemente e de acordo com as normas técnicas e
profissionais aplicáveis;
• sigilo profissional – respeitar o sigilo das informações obtidas em decorrência de re-
lacionamentos profissionais e comerciais e, portanto, não divulgar nenhuma dessas

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informações a terceiros, a menos que haja algum direito ou dever legal ou profissional
de divulgação, nem usar as informações para obtenção de vantagem pessoal ilícita
pelo auditor ou por terceiros;
• comportamento ou conduta profissional – cumprir as leis e os regulamentos pertinen-
tes e evitar qualquer ação que desacredite a profissão.

Conceitos Relativos à Pessoa do Auditor


Para o exercício da função de auditor independente, o profissional deverá ser contador e
registrado em Conselho Regional de Contabilidade - CRC. Além disso, para atuar em determi-
nadas áreas regulamentadas, como no mercado de capitais e companhias abertas, o auditor
deverá providenciar o seu registro junto aos respectivos órgãos controladores, como a Co-
missão de Valores Mobiliários, por exemplo.
A formação em contabilidade e o registro no CRC, contudo, não são condições suficientes
para a realização da auditoria contábil! O contador, na função de auditor independente, deve
manter seu nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado dos princípios
contábeis, das Normas Brasileiras de Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente
na área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administra-
tivas e da legislação específica aplicável à entidade auditada.
Portanto, além da formação adequada, o auditor tem que possuir conhecimento técnico
e experiência profissional, que lhe permita realizar a auditoria com competência e eficiência.
Além disso, para assumir a responsabilidade por uma auditoria das demonstrações con-
tábeis, o auditor deve ter conhecimento da atividade da entidade auditada, de forma suficiente
para que lhe seja possível identificar e compreender as transações realizadas pela mesma e as
práticas contábeis aplicadas, que possam ter efeitos relevantes sobre a posição patrimonial
e financeira da entidade, e a opinião a ser por ele emitida sobre as demonstrações contábeis.
A seguir, apresento uma síntese dos principais requisitos éticos e profissionais acerca da
pessoa do auditor.

Competência Técnico-Profissional
O contador, na função de auditor independente, deve manter seu nível de competência
profissional. Antes de aceitar o trabalho, o auditor deverá obter conhecimento preliminar da
atividade da entidade a ser auditada, de modo a poder avaliar se está capacitado a assumir a
responsabilidade pelo trabalho a ser realizado. Esta avaliação deve ficar evidenciada de modo
a poder ser comprovado o grau de prudência e zelo na contratação dos serviços.
O auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar adequadamente ca-
pacitado para desenvolvê-los. Contudo, pode utilizar especialistas em outras áreas, em face
da especialização requerida e dos objetivos do contratante, como, por exemplo, advogados,
engenheiros, etc.

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O PULO DO GATO
Com relação à competência técnico-profissional, algumas bancas costumam cobrar em pro-
va a definição contida na NBC TA 230 acerca de auditor experiente.
Segundo a referida norma, auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à firma de
auditoria) que possui experiência prática de auditoria e conhecimento razoável de:
(i) processos de auditoria;
(ii) normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
(iii) ambiente de negócios em que opera a entidade; e
(iv) assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes ao setor de atividade da entidade.
Cuidado, pois as bancas tentam confundir os candidatos quanto aos assuntos ou normas que
um auditor considerado experiente tem que conhecer. Note que a norma considera um auditor
experiente aquele que possua conhecimento razoável dos processos e normas de auditoria e
não de outras normas e assuntos como, por exemplo, normas tributárias, financeiras, deman-
das judiciais etc.
Atenção também quanto ao fato da norma não exigir tempo de experiência e atuação em au-
ditoria para se considerar um auditor experiente.

Embora a ESAF já não mais organize concursos públicos, apresento interessante questão
que caiu na prova de Contador do Ministério da Fazenda, elaborada pela então banca organi-
zadora de concursos para aquela Pasta Ministerial e outras.

003. (ESAF/MF/CONTADOR/2013) Em conformidade com as normas de auditoria, para que


um auditor seja considerado experiente, deve demonstrar que tem experiência prática de au-
ditoria e conhecimento razoável de:
a) processos de auditoria, demandas judiciais e de relatórios econômicos e financeiros que
servem de base para a estratégia de negócios semelhantes e dos concorrentes.
b) normas tributárias, processos de produção das principais atividades econômicas e forma-
ção em administração de empresas, economia ou contabilidade.
c) ambiente de negócios que opera a entidade, experiência prática de planejamento de au-
ditorias em empresas semelhantes e concorrentes, atuação em auditoria em tempo supe-
rior a 5 anos.
d) normas de auditoria e exigências legais, assuntos de auditoria e de relatório financeiro re-
levantes ao setor de atividade da entidade e processos de auditoria.
e) normas contábeis, identificação de fraudes e atuação em auditoria em tempo supe-
rior a 3 anos.

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Conforme as normas de auditoria, auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à


firma de auditoria) que possui experiência prática de auditoria e conhecimento razoável de:
(i) processos de auditoria; (ii) normas de auditoria e exigências legais e regulamentares apli-
cáveis; (iii) ambiente de negócios em que opera a entidade; e (iv) assuntos de auditoria e de
relatório financeiro relevantes ao setor de atividade da entidade.
Letra d.

Independência e Objetividade
O auditor deve expressar sua opinião baseado nas evidências obtidas dos exames de au-
ditoria, não se deixando influenciar por fatores estranhos ao trabalho, seja por preconceitos,
fatores materiais ou afetivos que pressuponham perda de sua independência.

Zelo Profissional
O auditor deve aplicar o máximo de cuidado e zelo na realização dos trabalhos e na expo-
sição de suas conclusões e ao opinar sobre as demonstrações contábeis, o auditor deve ser
imparcial.
O exame das demonstrações contábeis não tem por objetivo precípuo a descoberta de
fraudes. Todavia, o auditor independente deve considerar a possibilidade de sua ocorrência.
Quando eventuais distorções, por fraude ou erro, afetarem as demonstrações contábeis de
forma relevante, cabe ao auditor independente, caso não tenha feito ressalva específica em
seu parecer, demonstrar que seus exames foram conduzidos de forma a atender às Normas
de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis e às normas profissionais

Sigilo Profissional
O Auditor não deve revelar, em nenhuma hipótese, salvo as situações especiais permitidas
na norma e na legislação, as informações que obteve e tem conhecimento em função de seu
trabalho na entidade auditada.
O sigilo profissional do Auditor deve ser observado nas seguintes circunstâncias: na rela-
ção entre o Auditor Independente e a entidade auditada; na relação entre os Auditores Inde-
pendentes; na relação entre o Auditor Independente e os organismos reguladores e fiscaliza-
dores; e na relação entre o Auditor Independente e demais terceiros.
O Auditor Independente, sob pena de infringir o sigilo profissional, somente deve divulgar
a terceiros, informações sobre a entidade auditada ou sobre o trabalho por ele realizado, caso
seja autorizado, por escrito, pela administração da entidade com poderes para tanto, que con-
tenha, de forma clara e objetiva, os limites das informações a serem fornecidas.

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Auditoria: Finalidades, Formas e Tipos e Normas de Auditoria
Marcelo Aragão

Rodízio dos Líderes de Equipe de Auditoria


A utilização dos mesmos profissionais de liderança (sócio, diretor e gerente) na equipe de
auditoria, numa mesma entidade auditada, por longo período, pode criar a perda da objetivi-
dade e do ceticismo, necessários na auditoria.
O risco dessa perda deve ser eliminado adotando-se a rotação, a cada intervalo menor ou
igual a cinco anos consecutivos, das lideranças da equipe de trabalho de auditoria.
Segundo a NBC PA 400, norma de independência do Auditor, quando a pessoa fica envolvi-
da em trabalho de auditoria por longo tempo, ameaças de familiaridade e de interesse próprio
podem ser criadas. Em trabalhos de auditoria de entidade de interesse público, o profissional
não deve atuar como sócio chave da auditoria por mais de sete anos. Depois desse período
de sete anos como responsável pela auditoria, a pessoa não deve ser membro da equipe de
trabalho ou sócio chave da auditoria para o cliente pelo prazo de cinco anos.
Vimos até aqui os conceitos e finalidades da auditoria geral e da auditoria independente
das demonstrações contábeis. A seguir, veremos as finalidades, objetivos e tipos e formas de
auditoria governamental.

Bases Conceituais da Auditoria Governamental


Uma dificuldade quanto ao estudo da auditoria governamental, é que existem diferentes
conceitos de auditoria, alguns de forma restrita e outros de forma ampla.
De forma restrita, tem-se a definição de auditoria conforme os seus diferentes tipos ou
modalidades em virtude de seu objetivo específico ou aquele que mais prevalece no trabalho.
Nesse sentido, a auditoria governamental é aquela que tem o objetivo de atestar a situação
patrimonial e financeira, bem como o resultado das operações de um órgão ou entidade em
determinado período, geralmente registrados nas suas demonstrações financeiras.
Esse é o conceito de um dos tipos de auditoria governamental: a auditoria contábil ou
financeira. Conforme os objetivos do trabalho existem ainda a auditoria de conformidade (ou
de regularidade), a auditoria operacional, a avaliação de programas etc.
De forma ampla, podemos definir a auditoria governamental como um exame objetivo,
sistemático e independente, pautado em normas técnicas e profissionais, efetuado em en-
tidades estatais e parestatais, funções, subfunções, programas, projetos, atividades, opera-
ções especiais, ações, áreas, processos, ciclos operacionais, serviços, sistemas e na guarda
e aplicação de recursos, em relação aos aspectos contábeis, orçamentários, financeiros, eco-
nômicos, patrimoniais e operacionais, assim como acerca da confiabilidade do sistema de
controle interno, por servidores públicos integrantes do quadro permanente das Entidades
Fiscalizadoras Superiores - EFS, denominados de profissionais de auditoria governamental.
Esses profissionais (auditores) realizam levantamentos de informações, análises impar-
ciais, avaliações independentes e apresentação de informações seguras, devidamente con-

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Auditoria: Finalidades, Formas e Tipos e Normas de Auditoria
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substanciadas em provas, segundo os critérios de legalidade, legitimidade, economicidade,


eficiência, eficácia, efetividade, equidade, ética e preservação do meio ambiente, além de ob-
servar a probidade administrativa e a responsabilidade social dos gestores da coisa pública.
Repare que a definição descrita acima é específica para as EFS, que no Brasil são os Tri-
bunais de Contas (Controle Externo).
O professor Inaldo Araújo ensina que a auditoria governamental é o tipo de auditoria que
está voltado para o acompanhamento das ações empreendidas pelos órgãos e entidades que
compõem a administração direta e indireta das três esferas de governo, ou seja, que gerem
a res publica. Normalmente é realizada por entidades superiores de fiscalização, sob a forma
de tribunais de contas ou controladorias, e organismos de controle interno da administra-
ção pública.
Considerando essa última definição, cabe lembrar que, no Brasil, a auditoria governamen-
tal é exercida pelos tribunais de contas e (auditoria governamental externa) e pelos órgãos de
controle interno (auditoria governamental interna).

• auditoria governamental externa – realizada pelos tribunais de contas (controle externo).


• auditoria governamental interna – realizada pelos órgãos de controle interno ou con-
troladorias (controle interno).

Também de forma ampla, em conformidade com as Normas de Auditoria do TCU, a audi-


toria é conceituada como o exame independente e objetivo de uma situação ou condição, em
confronto com um critério ou padrão preestabelecido, para que se possa opinar ou comentar
a respeito para um destinatário predeterminado.
Esse conceito de auditoria é composto das seguintes definições:
Exame independente e objetivo significa que a auditoria deve ser realizada por pessoas
com independência em relação ao seu objeto, de modo a assegurar imparcialidade no jul-
gamento. O exame objetivo significa que os fatos devem ser avaliados com a mente livre de
vieses, de modo a conduzir a julgamentos imparciais, precisos e a preservar a confiança no
trabalho do auditor.
Situação ou condição é a condição ou o estado do objeto de auditoria encontrado pelo
auditor. Comumente denominada situação encontrada, representa o que está ocorrendo, é o
fato concreto.
Critério ou padrão preestabelecido configura a situação ideal, o grau ou nível de excelên-
cia, de desempenho, qualidade e demais expectativas preestabelecidas em relação ao objeto
da auditoria; é o que deveria ser ou o que deveria estar ocorrendo.
Opinião ou comentário refere-se à comunicação dos resultados da auditoria, seu produ-
to final. Expressa a extensão na qual o critério ou padrão preestabelecido foi ou está sen-
do atendido.

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Destinatário predeterminado é o cliente da auditoria. É quem, na grande maioria das ve-


zes, estabelece o objetivo da auditoria e determina os seus critérios ou padrões.
O Tribunal de Contas da União publicou ao final de 2010 as suas Normas Gerais de Au-
ditoria (NAT), mediante a Portaria-TCU n. 280, de 8/12/2010, que se tornou uma grande re-
ferência normativa para o exercício da auditoria governamental no Brasil e para as bancas
organizadoras de concurso na elaboração de questões de auditoria governamental.
O referencial normativo do Tribunal apresenta as bases conceituais da auditoria pública,
que passamos a expor a seguir.

Accountability
As normas de auditoria da Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Su-
periores (Intosai) conceituam a accountability pública como a obrigação que têm as pessoas
ou entidades às quais se tenham confiado recursos, incluídas as empresas e corporações
públicas, de assumir as responsabilidades de ordem fiscal, gerencial e programática que lhes
foram conferidas, e de informar a quem lhes delegou essas responsabilidades. E, ainda, como
obrigação imposta, a uma pessoa ou entidade auditada, de demonstrar que administrou ou
controlou os recursos que lhe foram confiados em conformidade com os termos segundo os
quais lhe foram entregues.

 Obs.: O termo accountability, que não possui tradução precisa para o nosso idioma, repre-
senta, segundo definição extraída do Manual de Auditoria Integrada do Escritório do
Auditor-Geral do Canadá (OAG), a obrigação de responder por uma responsabilida-
de outorgada. Pressupõe a existência de pelo menos duas partes: uma que delega
a responsabilidade e outra que a aceita, mediante o compromisso de prestar contas
sobre como essa responsabilidade foi cumprida. O termo sintetiza a preservação dos
interesses dos cidadãos por meio da transparência, responsabilização e prestação de
contas pela administração pública.

O conceito de accountability é fundamental para a compreensão da prática da boa go-


vernança e da auditoria governamental. Ele envolve, no contexto das relações que se esta-
belecem entre os administradores públicos, o Parlamento e a sociedade, pelo menos três
dimensões – informação, justificação e sanção – como formas básicas pelas quais se pode
prevenir o abuso de poder.
A sociedade, que delega os recursos e poderes para que o Estado execute as ações de
realização do bem comum, o Parlamento, que a representa, e outros agentes públicos e pri-
vados não podem prescindir de informação, necessária para aferir se tais recursos e poderes
estão sendo usados em conformidade com os princípios de administração pública, as leis e
os regulamentos aplicáveis, exigindo-se, pois, que a utilização desses recursos e o exercício
desses poderes ocorram de forma transparente.

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A delegação de recursos e poderes recebida da sociedade, por intermédio do Parlamento,


implica, por parte do gestor público, a obrigação constante de prestação de contas quanto ao
alinhamento de suas ações às diretrizes fixadas pelo poder público e, portanto, a obrigação
de informar deve estar associada à obrigação de que os atos sejam devidamente justificados.
Além de informar e justificar, a relação de accountability envolve ainda a dimensão relativa
aos elementos que obrigam ao cumprimento da lei, sujeitando o abuso de poder e a negligên-
cia no uso dos recursos públicos ao exercício das sanções legais.
Em síntese, a relação de accountability envolve pelo menos três dimensões:
• informação: transparência das informações, como forma de prestação de contas à
sociedade;
• justificação: os gestores devem justificar a correta aplicação dos recursos e competên-
cias que lhe foram delegados;
• sanção: caso os gestores não cumpram suas obrigações legais e os princípios que re-
gulam a administração pública, devem ser responsabilizados e sancionados.

A missão institucional do Tribunal de Contas, de assegurar a efetiva e regular gestão dos


recursos públicos em benefício da sociedade, o coloca na posição de órgão de controle ex-
terno das relações de accountability que se estabelecem entre os administradores públicos,
o Parlamento e a sociedade.
Para bem desincumbir-se dessa missão, o Tribunal propugna que todos os agentes de
órgãos, entidades, programas e fundos públicos devem contribuir para aumentar a confiança
sobre a forma como são geridos os recursos colocados à sua disposição, reduzindo a incer-
teza dos membros da sociedade sobre o que acontece no interior da administração pública.
A auditoria, no contexto da accountability, conforme o conceito desenvolvido pelo Escritó-
rio do Auditor-Geral do Canadá (OAG) é a ação independente de um terceiro sobre uma rela-
ção de accountability, objetivando expressar uma opinião ou emitir comentários e sugestões
sobre como essa relação está sendo obedecida.
O gráfico abaixo ilustra essa ação da auditoria governamental sobre a relação de accoun-
tability ou de agência.

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Perceba que existe na relação de accountability alguém que delega competências, deno-
minado de principal e alguém que aceita a delegação, assumindo as competências, denomi-
nado de agente. Como exemplo de principal tem-se o parlamento ou o núcleo estratégico do
governo. Como agente, existem os gestores públicos.
A auditoria governamental funciona, então, como um instrumento de governança para
reduzir o conflito existente nas relações entre o principal e o agente, denominado de conflitos
de agência. Cabe perceber que ela é um mecanismo do principal, e não do agente. O principal,
ao fazer uma delegação de recursos, busca na confirmação de um terceiro, independente,
uma asseguração de que tais recursos estão sendo geridos mediante estratégias e ações
adequadas para atingir os objetivos por ele estabelecidos. O principal, portanto, é o cliente da
auditoria.
Na Constituição Federal do nosso país esta relação de accountability está positivada no
art. 70 e seu parágrafo único. É neste último dispositivo que encontramos a essência do ac-
countability, denominado entre nós de princípio da prestação de contas:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União [...]
será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle in-
terno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie, ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

No setor público, o poder legislativo é quem representa os interesses do cidadão. Assim,


é este poder que assume o papel de principal na relação de accountability que se estabelece
entre o Estado e os gestores públicos de um modo geral, mas, a exemplo do que ocorre no
setor privado, a auditoria deve trabalhar numa perspectiva de que o seu cliente final são os
cidadãos, verdadeiros proprietários dos recursos transferidos ao Estado para realização do
bem comum.
A auditoria, um mecanismo do principal, atua como limitador das ações do agente, que
por saber estar sendo monitorado, terá reduzida a sua tendência de contrariar os interesses
daquele. A auditoria terá que pautar suas ações em princípios éticos rigorosos, manter sua
independência, avaliar os fatos com objetividade de modo a conduzir a julgamentos impar-
ciais e precisos, dado que não só o principal, mas o público em geral e as entidades auditadas,
esperam que a conduta e o enfoque da auditoria sejam irretocáveis, não suscitem suspeitas
e sejam dignos de respeito e confiança.
A ação independente exercida pelo Tribunal de Contas, por meio de auditorias, de estímu-
lo à transparência da gestão e de outras ações de controle externo, incluindo a aplicação de
sanções, constitui-se instrumento da governança pública cujo objetivo, ao final, é assegurar
a accountability pública, contribuindo para reduzir as incertezas sobre o que ocorre no interior

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da administração pública, fornecendo à sociedade e ao Congresso Nacional uma razoável se-


gurança de que os recursos e poderes delegados aos administradores públicos estão sendo
geridos mediante ações e estratégias adequadas para alcançar os objetivos estabelecidos
pelo poder público, de modo transparente, em conformidade com os princípios de adminis-
tração pública, as leis e os regulamentos aplicáveis.
Reparou como a palavra accountability foi utilizada até aqui? Isso decorre da valorização
que as normas de auditoria dão a esse termo, que não tem tradução para a língua portuguesa.

Auditoria Governamental no Brasil


No que tange ao poder-dever de controle dos recursos públicos, a Constituição Federal
atribuiu essa função a determinados órgãos, prescrevendo a fiscalização como o instrumento
para efetivá-lo. Dispõe o art. 70 da CF que a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União [...] será exercida pelo Congresso Nacional, mediante con-
trole externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Portanto, a fiscalização no nível interno de cada Poder é realizada por órgãos de suas
próprias estruturas, os denominados órgãos ou unidades de controle interno, e a fiscalização
externa é exercida pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas. É por intermé-
dio da fiscalização desses órgãos que se dá efetividade ao poder-dever de controle do Estado
sobre a administração pública.
Mais adiante, no inciso IV do art. 71, a Constituição menciona as inspeções e auditorias
que se somam a outras formas de fiscalização contidas nos demais incisos, o que nos leva a
concluir que essas são formas, não exclusivas, pelas quais os órgãos responsáveis pelo con-
trole das finanças públicas executam a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, ope-
racional e patrimonial, com o fim de dar efetividade ao controle da administração pública, no
que tange a gestão dos recursos públicos.
O texto constitucional, no art. 71, inciso IV, elenca cinco tipos de auditoria ou fiscalização:
contábil; financeira; orçamentária; operacional; e, patrimonial.

Auditoria Contábil

A fiscalização contábil está relacionada à aplicação dos recursos públicos conforme as


técnicas contábeis. Tem como propósito verificar se os fatos relacionados com a gestão dos
recursos públicos estão sendo escriturados de acordo com as normas contábeis aplicadas ao
caso. Além da conformidade dos registros, verifica-se a adequada elaboração e divulgação
dos demonstrativos contábeis – balanços.

Auditoria Financeira

A fiscalização financeira está relacionada ao fluxo de recursos (ingressos e saídas) geri-


dos pelo administrador, independentemente de serem ou não recursos orçamentários. Cons-

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titui objeto da fiscalização financeira a verificação da legalidade e legitimidade na realização


das despesas, observando se o gestor público cumpriu os princípios e as regras estabeleci-
das para as aquisições de bens e serviços e de liquidação da despesa pública.

Auditoria Orçamentária

A fiscalização orçamentária está relacionada à aplicação dos recursos públicos, confor-


me as leis orçamentárias, acompanhando a arrecadação dos recursos e a aplicação. Ou seja,
o seu objetivo é verificar se as receitas e despesas públicas guardam conformidade com as
peças orçamentárias: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei do
Orçamento Anual (LOA). Verifica se foram respeitados os limites e destinações estabelecidos
nas leis orçamentárias.

Auditoria Operacional

A fiscalização operacional está relacionada à verificação do cumprimento de metas, re-


sultados, eficácia e eficiência da gestão dos recursos públicos. Por meio desta modalidade de
fiscalização, é feito o acompanhamento da execução de programas e projetos governamen-
tais. É um tipo de fiscalização que tem por enfoque orientar e fornecer apoio aos gestores pú-
blicos, de modo que possam otimizar a aplicação dos recursos financeiros para atingimento
das metas.

Auditoria Patrimonial

A fiscalização patrimonial está relacionada ao controle, salvaguarda, conservação e alie-


nação de bens públicos. Portanto, verifica-se o adequado controle e proteção dos bens públi-
cos, incluindo-se a proteção e conservação do meio ambiente. Também constitui objeto des-
sa fiscalização a transferência de bens públicos para o setor privado e a concessão de uso.
No caput do artigo 70 da CF, estão especificados ainda os grandes critérios com que essas
auditorias serão realizadas: legalidade1, legitimidade2 e economicidade3.
A auditoria de gestão pública, prevista na Constituição Federal, classifica-se nas duas
vertentes contidas na expressão que traduz a missão dos órgãos de controle interno e exter-
no de “zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.

• Boa diz respeito aos resultados satisfatórios que devem ser alcançados pela gestão,
cuja aferição é realizada por meio da auditoria operacional (ou de desempenho) e cujos
critérios são, além da economicidade, a eficiência, a eficácia e a efetividade.
1
Observância de leis e regulamentos aplicáveis.
2
Adequação ao interesse público.
3
Minimização do custo dos recursos na consecução de uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade.

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• Regular diz respeito à regularidade dos atos de gestão praticados, cuja aferição é re-
alizada por meio da auditoria de conformidade, cujos critérios são a legalidade e a
legitimidade.

Essa classificação converge com a adotada pela Intosai: a performance audit (auditoria de
desempenho ou operacional) e a regularity audit (auditoria de regularidade ou conformidade)
constituem duas partes de um mesmo todo, cujo objetivo é garantir a accountability do setor
público em duas diferentes perspectivas: regularidade e desempenho.
Na auditoria de conformidade, o auditor está preocupado em verificar se o gestor público
agiu conforme os mandamentos legais. Esse tipo de auditoria abrange a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária e patrimonial, quanto à legalidade e à legitimidade.
Já a auditoria operacional se preocupa em verificar o desempenho e os resultados alcan-
çados pelo gestor público, ou seja, a eficácia, a eficiência, a economicidade e a efetividade
da gestão.

Saiba mais:
• Legalidade: aderência da aplicação dos recursos ao ordenamento jurídico (Constitui-
ção, leis, decretos, normas etc.).
• Legitimidade: pressupõe a aderência, além da legalidade, à moralidade e à ética, ou
seja, se atendeu ao interesse público.
• Economicidade: minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de
uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade. Refere-se à capaci-
dade de uma instituição gerir adequadamente os recursos financeiros colocados à sua
disposição.
• Eficiência: relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e
os custos dos insumos empregados para produzi-los em um determinado período de
tempo, mantidos os padrões de qualidade.
• Eficácia: grau de alcance das metas programadas (de produtos e serviços) em um de-
terminado período de tempo, independentemente dos custos implicados. O conceito de
eficácia diz respeito à capacidade da gestão de cumprir objetivos imediatos traduzidos
em metas de produção ou de atendimento, ou seja, a capacidade de prover bens ou
serviços de acordo com o estabelecido no planejamento das ações.
• Efetividade: diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo.
Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos
de efeitos sobre a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos
(impactos esperados).

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Mapa Mental – Auditoria Governamental

Finalidades e Objetivos da Auditoria Governamental


A auditoria do setor público é aplicada para atender as seguintes atividades:
• avaliar a gestão de recursos públicos sob a responsabilidade de órgãos públicos e en-
tidades privadas, bem como nos projetos de cooperação técnica envolvendo organis-
mos internacionais;
• apurar atos e fatos inquinados de ilegais ou irregulares, praticados por agentes públi-
cos ou privados, na utilização de recursos públicos;
• avaliar a consistência das informações produzidas pelos sistemas contábil, financeiro,
de pessoal e de controles administrativos e operacionais.
• examinar a regularidade e avaliar a eficiência e eficácia da gestão administrativa e dos
resultados alcançados nas ações de governo;
• confirmar dados constantes do processo de Tomada de Contas Especial em apoio ao
Tribunal de Contas; e
• examinar os procedimentos administrativos e os controles internos dos órgãos da ad-
ministração direta, no papel equivalente à auditoria interna empresarial.

Tomada de Contas Especial - TCE é um processo devidamente formalizado, com rito próprio,
para apurar responsabilidade por ocorrência de dano à administração pública federal e obten-
ção do devido ressarcimento. O procedimento de TCE tem como objetivos básicos:
a) apurar os fatos que resultaram em prejuízo ao Erário (O QUÊ);
b) identificar e qualificar os agentes causadores do dano (QUEM e COMO); e
c) quantificar o prejuízo sofrido pelos cofres públicos (QUANTO).

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Peter e Machado ensinam que a auditoria governamental tem como finalidade comprovar
a legalidade e legitimidade e avaliar os resultados, quanto à economicidade, eficiência e efi-
cácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nas unidades da administração direta
e entidades supervisionadas da Administração Pública, bem como a aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado, dando suporte ao pleno exercício da supervisão
ministerial.
Essa finalidade foi extraída do art. 74 da Constituição Federal de 1988 que estabelece a
criação de um sistema de controle interno integrado no âmbito de cada Poder e descreve as
suas finalidades, com o desenho que tem hoje:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-
mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e have-
res da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

De acordo com o texto constitucional, a auditoria governamental interna assume um ca-


ráter avaliativo da ação governamental. Adota a filosofia de controle e fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e entidades da administração
direta e indireta. Ultrapassa os limites estreitos da pura legalidade, para abranger também o
exame da legitimidade, eficácia, eficiência e economicidade dos gastos públicos.
Dessa forma, permite avaliar os gastos governamentais em relação aos interesses da
sociedade, conhecer a organização e o funcionamento dos órgãos e entidades, além de pos-
sibilitar aferir os resultados dos programas e projetos governamentais.
Quanto ao apoio ao controle externo, sem prejuízo do disposto em legislação específica,
consiste no fornecimento de informações e dos resultados das ações do Sistema de Controle
Interno para o respectivo tribunal de contas.
Todavia, esse apoio se dá também mediante as auditorias que os órgãos de controle in-
terno realizam sobre os processos de tomadas e prestações de contas, para subsidiar o jul-
gamento pelo Tribunal de Contas e também pela obrigação estabelecida no § 1º do art. 74,
no qual os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irre-
gularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
responsabilidade solidária.
Logo, os dirigentes dos órgãos de controle interno de cada Poder, ao tomarem conheci-
mento de qualquer irregularidade (desvio de recursos, fraudes, prejuízos etc) ou ilegalidade

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(descumprimento de lei e princípios), praticadas no âmbito dos órgãos e entidades que estão
sob a sua jurisdição, devem de imediato comunicar ao Tribunal de Contas. A omissão não jus-
tificada poderá ensejar a responsabilidade do dirigente de controle interno omisso, de forma
solidária com quem praticou o ato ilícito.

Abrangência da Auditoria e do Controle Governamental


A abrangência de atuação da auditoria governamental ou do controle interno está rela-
cionada com os objetos (operações, programas, instrumentos, etc) e as pessoas (físicas ou
jurídicas, públicas ou privadas) em alcance ou sujeitos ao controle.

Objetos Sujeitos à Atuação do Controle/Auditoria Governamental

• os sistemas administrativos e operacionais de controle interno administrativo utiliza-


dos na gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional e de pessoal;
• a execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam aplicação de
recursos públicos federais;
• a aplicação dos recursos do Tesouro Nacional transferidos a entidades públicas ou
privadas;
• os contratos firmados por gestores públicos com entidades públicas ou privadas para
prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais;
• os processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade;
• os instrumentos e sistemas de guarda e conservação dos bens e do patrimônio sob
responsabilidade das unidades da Administração Direta e entidades da Administração
Indireta Federal;
• os atos administrativos que resultem direitos e obrigações para o Poder Público Fede-
ral, em especial, os relacionados com a contratação de empréstimos internos ou exter-
nos, assunção de dívidas, securitizações e concessão de avais;
• a arrecadação, a restituição e as renúncias de receitas de tributos federais;
• os sistemas eletrônicos de processamento de dados, suas informações de entrada e
de saída, objetivando constatar: a) segurança física do ambiente e das instalações do
centro de processamento de dados; b) segurança lógica e a confidencialidade nos sis-
temas desenvolvidos em computadores de diversos portes; c) eficácia dos serviços
prestados pela área de informática; d) eficiência na utilização dos diversos computa-
dores existentes na entidade;
• verificação do cumprimento da legislação pertinente;
• os processos de Tomadas de Contas Especial, sindicância, inquéritos administrativos e
outros atos administrativos de caráter apuratório;

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• os processos de admissão e desligamento de pessoal e os de concessão de aposen-


tadoria, reforma e pensão; e
• os projetos de cooperação técnica com organismos internacionais e projetos de finan-
ciamento ou doação de organismos multilaterais de crédito com qualquer órgão ou
entidade no país.

A abrangência de atuação da auditoria governamental inclui as atividades de gestão das


unidades da administração direta, entidades da Administração Indireta Federal, programas
de trabalho, recursos e sistemas de controles administrativo, operacional e contábil, projetos
financiados por recursos externos, projetos de cooperação junto a organismos internacio-
nais, a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante contratos de gestão,
transferências a fundo, convênio, acordo, ajuste ou outro instrumento congênere.

Pessoas Sujeitas ao Controle Interno ou à Auditoria Governamental


De acordo com o parágrafo único do art. 70 da CF, estão sujeitas à auditoria qualquer pes-
soa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta,
assuma obrigações de natureza pecuniária.
O primeiro aspecto que devemos absorver deste dispositivo é que os bens, dinheiros e
valores púbicos a que se refere o texto são de origem federal. Contudo, não há necessidade
de esses recursos serem somente de origem federal, pois mesmo que haja gasto por meio de
recursos de origem não-federal, mas que, por algum motivo, a União venha a responder por
esses gastos, será necessária a prestação de contas.
Vale destacar a amplitude do alcance do controle e da auditoria governamental, posto
que, à luz do dispositivo constitucional, estão sujeitas à fiscalização qualquer pessoa, desde
que UTILIZEM, ARRECADEM, GUARDEM, GERENCIEM OU ADMINISTREM bens e valores públi-
cos. Portanto, pessoas ou empresas privadas ou que não pertençam à Administração Pública
também são passíveis de ser fiscalizadas, em certos casos.
Assim, os responsáveis por um depósito ou armazém privado que assumem a obrigação
de simplesmente guardar um bem público, como, por exemplo, o armazenamento de esto-
ques reguladores do governo (arroz e milho), estão sujeitos à prestação de contas e à audi-
toria pública.
Albuquerque e Cunha lembram que o constituinte, preocupado com os gastos públicos,
disciplinou que a obrigação de prestar contas deve abranger, também, os bens e valores pú-
blicos pelos quais a União responda, mesmo que esses recursos não lhe pertençam.
Exemplo típico dessa situação ocorre quando a União realiza licitação em que seja neces-
sário depositar caução para participar do certame. Os valores depositados não pertencem à

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união, mas sim aos licitantes. Como os recursos transitam por conta pública, o gestor deve
prestar contas do que foi recebido a título de caução e o que foi devolvido aos licitantes.
O dever de prestar contas também abrange aqueles que assumem obrigação de natureza
pecuniária em nome da União, como, por exemplo, em uma operação de crédito externa fei-
ta por um ente da federação com o aval da União. Assim, cumpre ao ente prestar contas de
como está cumprindo a obrigação assumida.

Entidades da Administração Indireta


Estão sujeitas ao controle interno e à auditoria pública as seguintes entidades:
• autarquias;
• empresas públicas;
• sociedades de economia mista;
• fundações públicas;
• agências reguladoras;
• fundos especiais e fundos setoriais de investimentos;
• empresas subsidiárias, controladas, coligadas ou quaisquer outras cujo capital a União
tenha o controle direto ou indireto;
• empresas interestaduais de cujo capital social a União participe de forma direta ou in-
direta, mos termos de seus tratados constitutivos, inclusive em virtude de incorporação
ao patrimônio público;
• empresas supranacionais de cujo capital a União participe de forma direta ou indireta,
nos termos de seus tratados constitutivos.

Recursos
Estão sujeitos à auditoria no setor público todos os recursos originários da lei orçamen-
tária anual, de créditos adicionais, de operações de crédito da União, assim como as receitas
próprias e as aplicações da Administração Direta e Indireta, inclusive fundos especiais.

Tipos e Formas de Auditoria no Setor Público


Tendo como referência as normas internacionais de auditoria, as auditorias governamen-
tais realizadas pelos órgãos de controle no Brasil são basicamente de dois tipos:
• auditoria de conformidade; ou
• regularidade e auditoria operacional.

A auditoria de regularidade é uma espécie de auditoria governamental, utilizada pelo tri-


bunal de contas para examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos respon-

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sáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e
patrimonial.
Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de conformidade e as auditorias
contábeis ou financeiras.
Assim, caso o Tribunal de Contas pretenda realizar uma auditoria na folha de pagamento
de órgão público, com o objetivo de verificar a regularidade dos pagamentos ou uma auditoria
nos processos de aquisição de bens e serviços do órgão, avaliando a legalidade dos proces-
sos licitatórios e contratuais, realizará uma auditoria de regularidade ou de conformidade.
A auditoria operacional é utilizada para avaliar o desempenho dos órgãos e entidades ju-
risdicionados, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades governamentais,
quanto aos aspectos de economicidade, eficiência, eficácia e efetividade dos atos praticados.
Enquanto a auditoria de regularidade verifica se o gestor público cumpriu os mandamen-
tos legais e a legitimidade e a probidade dos atos administrativos, a auditoria operacional se
preocupa em verificar o desempenho e os resultados alcançados pelo gestor público, ou seja,
a eficácia, a eficiência, a economicidade e a efetividade da gestão.
A auditoria operacional tem por objetivo examinar a economicidade, eficiência, eficácia
e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de
promover o aperfeiçoamento da gestão pública.
O gráfico abaixo demonstra de forma comparativa os aspectos abordados em um e outro
tipo de auditoria dos TC’s:

Note que não é a área a ser auditada que define se auditoria é do tipo regularidade/con-
formidade ou operacional, mas o objetivo que mais prevalece no trabalho. Contudo, sabemos
que a auditoria de conformidade é muito utilizada para auditoria em licitações e contratos,
aposentadorias, setores de patrimônio e folhas de pagamento.

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As questões a seguir tratam da classificação das auditorias conforme os seus objetivos.

004. (FGV/MP-AL/AUDITOR/2018) Uma entidade, para verificar a implementação de políticas


públicas pela Administração, em relação aos princípios da eficácia, economicidade, eficiência,
equidade e efetividade, deve adotar a Auditoria
a) de Conformidade.
b) Operacional.
c) de Demonstrações Contábeis.
d) de Sistemas Contábeis.
e) de Obras Públicas.

O tipo de auditoria que tem por objetivo verificar se na implementação de uma política pública
foram observados os princípios da eficácia, economicidade, eficiência, equidade e efetividade
é a auditoria operacional.
Letra b.

005. (FGV/NITERÓI/AUDITOR/2018) Assinale a opção que indica o instrumento de Audito-


ria Governamental que deve ser adotado quando se examina a legalidade, a legitimidade e
a economicidade dos atos de gestão, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário,
patrimonial e operacional.
a) Auditoria Operacional.
b) Auditoria de Demonstrações Contábeis.
c) Auditoria de Conformidade.
d) Auditoria Orçamentária.
e) Auditoria de Sistemas Contábeis e Financeiros Informatizados.

O tipo de auditoria que examina a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de


gestão, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário, patrimonial e operacional é a
auditoria de regularidade ou de conformidade.
Letra c.

As auditorias operacionais possuem características próprias que as distinguem das au-


ditorias tradicionais. Ao contrário das auditorias de regularidade, que adotam padrões relati-
vamente fixos, as auditorias operacionais, devido à variedade e complexidade das questões
tratadas, possuem maior flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria, métodos
de trabalho e forma de comunicar as conclusões de auditoria. Empregam ampla seleção de

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métodos de avaliação e investigação de diferentes áreas do conhecimento, em especial das


ciências sociais. Além disso, essa modalidade de auditoria requer do auditor flexibilidade,
imaginação e capacidade analítica.
Algumas áreas de estudo, em função de sua especificidade, necessitam de conhecimen-
tos especializados e abordagem diferenciada, como é o caso das avaliações de programa,
auditoria de tecnologia de informação e de meio ambiente.
Nas auditorias de regularidade, as conclusões assumem a forma de opinião concisa e de
formato padronizado sobre demonstrativos financeiros e sobre a conformidade das transa-
ções com leis e regulamentos, ou sobre temas como a inadequação dos controles internos,
atos ilegais ou fraude.
Nas auditorias operacionais, o relatório trata da economicidade e da eficiência na aquisi-
ção e aplicação dos recursos, assim como da eficácia e da efetividade dos resultados alcan-
çados. Tais relatórios podem variar consideravelmente em escopo e natureza, informando,
por exemplo, sobre a adequada aplicação dos recursos, sobre o impacto de políticas e pro-
gramas e recomendando mudanças destinadas a aperfeiçoar a gestão.
Pela sua natureza, as auditorias operacionais são mais abertas a julgamentos e interpre-
tações e seus relatórios, consequentemente, são mais analíticos e argumentativos. Enquanto
nas auditorias de regularidade o exame da materialidade está diretamente relacionado ao
montante de recursos envolvidos, nas auditorias operacionais essa é uma questão mais sub-
jetiva e pode basear-se em considerações sobre a natureza ou o contexto do objeto auditado.
A participação do gestor e de sua equipe é fundamental em várias etapas do ciclo de uma
auditoria operacional. Desde a etapa de seleção do tema e definição do escopo da auditoria
até a caracterização dos achados e possíveis recomendações, a equipe deve contar com a
imprescindível colaboração do auditado.
Para que a auditoria contribua efetivamente para o aperfeiçoamento da gestão, o gestor
precisa apoiar o trabalho e estar disposto a colaborar, facilitando a identificação das áreas re-
levantes a serem examinadas. Por sua vez, o envolvimento do gestor favorece a apropriação
dos resultados da auditoria e a efetiva implementação das recomendações propostas.
O quadro a seguir resume as principais diferenças entre as auditorias de regularidade/
conformidade e operacional.

AUDITORIAS DE AUDITORIAS
REGULARIDADE OPERACIONAIS
Objetivam avaliar a legalidade e a legitimidade Tem a finalidade de promover o
dos atos de gestão. aperfeiçoamento da gestão pública.
Maior flexibilidade na escolha de temas,
Adotam padrões relativamente fixos, ou seja,
objetos de auditoria, métodos de trabalho
os métodos são mais tradicionais. Os critérios
e forma de comunicar as conclusões de
utilizados estão previstos nas normas.
auditoria.
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AUDITORIAS DE AUDITORIAS
REGULARIDADE OPERACIONAIS
O enfoque dos exames é no passado. O enfoque é voltado para o presente e futuro.
Em função de sua especificidade, necessitam
Menor necessidade de conhecimentos
de conhecimentos especializados e abordagem
especializados.
diferenciada.
As conclusões assumem a forma de opinião
O relatório trata da economicidade e da
concisa e de formato padronizado sobre
eficiência na aquisição e aplicação dos
demonstrativos financeiros e sobre a
recursos, assim como da eficácia e da
conformidade das transações com leis
efetividade dos resultados alcançados. Tais
e regulamentos, ou sobre temas como a
relatórios podem variar consideravelmente em
inadequação dos controles internos, atos
escopo e natureza.
ilegais ou fraude.
O exame da materialidade está diretamente A materialidade é uma questão mais subjetiva
relacionado ao montante de recursos e pode basear-se em considerações sobre a
envolvidos. natureza ou o contexto do objeto auditado.
A participação do gestor e de sua equipe é
O gestor não participa dos trabalhos de
fundamental em várias etapas do ciclo de uma
auditoria.
auditoria operacional.

Mapa Mental

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Auditoria Operacional
O principal objetivo da auditoria operacional é promover, construtivamente, a governança
econômica, efetiva e eficaz. Ela também contribui para a accountability e transparência.
A auditoria operacional promove a accountability ao ajudar aqueles com responsabilidades
de governança e supervisão a melhorar o desempenho. Isso é feito ao examinar se as decisões
tomadas pelo legislativo ou pelo executivo são formuladas e implementadas de forma eficiente e
eficaz e se os contribuintes ou cidadãos têm recebido em retorno o valor justo dos tributos pagos.
Não se trata de questionar as intenções e decisões do legislativo, mas examinar se alguma de-
ficiência nas leis e nos regulamentos ou na sua forma de implementação esteja impedindo que os
objetivos especificados sejam alcançados. A auditoria operacional foca em áreas nas quais pode
agregar valor para os cidadãos e que têm o maior potencial para aperfeiçoamento. Ela proporcio-
na incentivos construtivos para que as partes responsáveis desenvolvam as ações apropriadas.
A auditoria operacional promove a transparência ao proporcionar ao parlamento, aos con-
tribuintes e a outras fontes de financiamento, àqueles que são alvo das políticas de governo e à
mídia, uma perspectiva sobre a gestão e os resultados de diferentes atividades governamentais.
Desse modo, contribui diretamente para fornecer ao cidadão informações úteis e, ao mes-
mo tempo, serve de base para aprendizado e melhorias. Na auditoria operacional, as EFS são
livres para decidir, dentro de seu mandato, o quê, quando e como auditar, e não devem ser
impedidas de publicar seus achados.

Principais Dimensões da Auditoria Operacional

Figura 1 – Principais Dimensões da Auditoria Operacional

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A economicidade é a minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de


uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade. Refere-se à capacidade de
uma instituição gerir adequadamente os recursos financeiros colocados à sua disposição. O
exame da economicidade em auditorias operacionais poderá abranger a verificação de práti-
cas gerenciais, sistemas de gerenciamento, benchmarking de processos de compra e outros
procedimentos afetos à auditoria de desempenho, enquanto o exame estrito da legalidade de
procedimentos de licitação, fidedignidade de documentos, eficiência dos controles internos e
outros deverão ser objeto de auditoria de conformidade.
A questão abaixo tratou do assunto.

006. (CESPE/TCDF/ACE/2014) Quando, em um parecer de auditoria, se fizer referência à eco-


nomicidade de determinada aquisição de bens ou serviços realizada por órgão público, se
estará referindo à oportunidade de redução de custos na compra auditada, mantendo-se um
nível adequado de qualidade.

O conceito de economicidade está atrelado à qualidade, pois a economicidade representa a


minimização dos custos dos insumos e da transformação em bens em serviços, sem prejuízo
à qualidade.
Certo.

A eficiência é definida como a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por
uma atividade e os custos dos insumos empregados para produzi-los em um determinado
período de tempo, mantidos os padrões de qualidade. Essa dimensão, portanto, relaciona-se
com o conceito de economicidade e mede o esforço do processo de transformação de insu-
mos em produtos.
A eficácia é definida como o grau de alcance das metas programadas (de produtos e ser-
viços) em um determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados. O
conceito de eficácia diz respeito à capacidade da gestão de cumprir objetivos imediatos tra-
duzidos em metas de produção ou de atendimento, ou seja, a capacidade de prover bens ou
serviços de acordo com o estabelecido no planejamento das ações.
A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo.
Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de efei-
tos sobre a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos es-
perados). Trata-se de verificar a ocorrência de mudanças na população-alvo que se poderia
razoavelmente atribuir às ações do programa avaliado.

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Exemplo de Aplicação dos Conceitos de Desempenho

O Manual de Auditoria Operacional do TCU apresenta um interessante exemplo de aplica-


ção dos conceitos de economia, eficiência, eficácia, efetividade e equidade pode ser entendida,
de maneira simplificada, por meio do exemplo de um programa de vacinação contra sarampo.
Se o gerente do programa adquiriu as vacinas mais baratas (mantendo os padrões de
qualidade, o prazo de entrega e os outros requisitos estabelecidos), pode-se dizer que ele agiu
de forma econômica.
Suponha que os principais custos da vacinação sejam o pagamento dos enfermeiros va-
cinadores e as vacinas. Suponha também que os custos unitários desses insumos sejam os
mesmos em diferentes municípios. O município A, com dez enfermeiros, vacinou cem crian-
ças em uma semana e o município B (com condições similares ao município A), também com
dez enfermeiros, vacinou 120 crianças em uma semana. Pode-se dizer que o programa de
vacinação do município B foi mais eficiente, porque seu custo de vacinação por criança foi
menor, considerando que todos trabalharam com a mesma qualidade.
Se o município A tinha a meta de vacinar duzentas crianças em um mês e a meta foi
alcançada, isso significa que o município foi eficaz. Se, nos próximos anos, diminuiu a inci-
dência de sarampo entre as crianças do município A, o programa foi efetivo. Se o programa
incluiu ação para alcançar crianças que habitam em áreas onde o acesso ao serviço de
vacinação é difícil, pode-se dizer que o gestor do programa buscou agir de acordo com o
conceito de equidade.

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Outras Dimensões da Auditoria Operacional

Além das quatro dimensões de desempenho examinadas, outras, a elas relacionadas, po-
derão ser explicitadas em razão de sua relevância para a delimitação do escopo das audito-
rias operacionais. Aspectos como a qualidade dos serviços; o grau de adequação dos resul-
tados dos programas às necessidades das clientelas (geração de valor público); e a justiça
na distribuição dos serviços e dos seus custos econômicos, sociais e políticos (equidade)
podem ser tratados em auditorias operacionais com o objetivo de subsidiar a accountability
de desempenho da ação governamental.
O exame da equidade, que pode ser derivado da dimensão de efetividade da política pú-
blica, baseia-se no princípio que reconhece a diferença entre os indivíduos e a necessidade
de tratamento diferenciado. Promover a equidade é garantir as condições para que todos
tenham acesso ao exercício de seus direitos civis (liberdade de expressão, de acesso à infor-
mação, de associação, de voto, igualdade entre gêneros), políticos e sociais (saúde, educação,
moradia, segurança). Portanto, as políticas públicas de proteção e de desenvolvimento social
têm papel fundamental na construção da equidade.

Outros Tipos de Auditoria Governamental


A literatura especializada prevê ainda outros tipos de auditoria governamental, conforme
o objetivo do trabalho. São eles:
• Auditoria de avaliação de gestão (ou de gestão): Esse tipo de auditoria objetiva emitir
opinião com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execução de con-
tratos, acordos, convênios ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros públicos
e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados,
compreendendo, entre outros, os seguintes aspectos: exame das peças que instruem
os processos de tomada ou prestação de contas; exame da documentação comproba-
tória dos atos e fatos administrativos; verificação da eficiência dos sistemas de con-
troles administrativo e contábil; verificação do cumprimento da legislação pertinente; e
avaliação dos resultados operacionais e da execução dos programas de governo quan-
to à economicidade, eficiência e eficácia dos mesmos.
• Auditoria de acompanhamento de gestão: É a auditoria realizada ao longo dos pro-
cessos de gestão, com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos efetivos e
os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade ou entidade federal, que
contém evidências e relatos sobre melhorias e economias existentes no processo ou
oportunidades de prevenção de gargalos ao desempenho da missão institucional.
• Auditoria contábil: É a auditoria de natureza contábil, que contém a opinião do au-
ditor se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios funda-
mentais de contabilidade e se as demonstrações deles originárias refletem, adequa-

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damente, em seus aspectos mais relevantes, a situação econômico-financeira do


patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais situa-
ções nelas demonstradas.
• Auditoria de recursos externos: A auditoria contábil tem por objeto, também, verificar
a efetividade e a aplicação de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e
organismos internacionais, por unidades ou entidades públicas executoras de projetos
celebrados com aqueles organismos com vistas a emitir opinião sobre a adequação e
fidedignidade das demonstrações financeiras. Logo, no Brasil, a auditoria realizada nos
projetos financiados por organismos internacionais, como o Banco Mundial – BIRD e o
Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, são realizadas por órgãos públicos
responsáveis pelo controle e auditoria governamental.
• Auditoria especial: É o trabalho de auditoria governamental relativo ao exame de fatos
ou situações consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, para
atender determinação expressa de autoridade competente. Classificam-se nesse tipo
os demais trabalhos de auditoria não inseridos em outras classes de atividades. Cui-
dado em prova, pois a auditoria especial ocorre em situações relevantes e incomuns ou
extraordinárias para atender a uma solicitação de uma autoridade, como um Ministro
de Estado ou o Procurador-Geral da República.
• Auditoria de Programas: Tem o objetivo de examinar, avaliar e observar a execução de
programas e projetos governamentais específicos, bem como a aplicação de recursos
descentralizados.
• Auditoria de Sistema: Observando as normas estabelecidas e a legislação específica,
tem o objetivo assegurar a adequação, privacidade dos dados e informações vindas
dos sistemas eletrônicos de processamento de dados.

Veja a seguir uma questão do IDECAN acerca dos tipos de auditoria no setor público.

007. (IDECAN/CÂMARA MUN. DA SERRA/AUDITOR/2014) A auditoria tem por objetivo pri-


mordial garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública. Essa auditoria é exer-
cida nos meandros da máquina pública em todos as unidades e entidades públicas federais,
observando os aspectos relevantes relacionados à avaliação dos programas de governo e
da gestão pública. De acordo com a Instrução Normativa n. 01/2001 são classificações da
auditoria, EXCETO:
a) Auditoria contábil.
b) Auditoria de avaliação da gestão.
c) Auditoria de fiscalização da gestão.
d) Auditoria de acompanhamento da gestão.

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Embora a questão faça menção à antiga IN SFC 1, de 2001, você já sabe quais são os tipos de
auditoria governamental existentes no Brasil. Das alternativas da questão, o único tipo inexis-
tente é a auditoria de fiscalização da gestão.
Letra c.

Pela relevância do tema, veja mais uma questão interessante, de autoria da FGV, acerca da
auditoria operacional e demais tipos de auditoria no setor público.

008. (FGV/NITERÓI/AUDITOR/2018) Sobre os objetivos da Auditoria Operacional, assinale a


afirmativa correta.
a) Acompanha ações gerenciais, avalia a eficácia dos resultados em relação aos recursos
disponíveis e auxilia a administração na gerência e nos resultados, por recomendações que
visem aprimorar os procedimentos.
b) Obtém elementos comprobatórios que permitem opinar se os registros contábeis foram
efetuados de acordo com os princípios e se as demonstrações deles originárias refletem,
adequadamente, a situação do patrimônio.
c) Examina fatos ou situações consideradas relevantes, incomuns ou extraordinárias, para
atender determinação do Prefeito do Município, do Controlador Geral, dos Secretários Muni-
cipais ou de outras autoridades.
d) Acompanha, examina e avalia a execução dos programas e projetos governamentais, bem
como a aplicação de recursos descentralizados.
e) Assegura a adequação, a privacidade dos dados e as informações oriundas de processa-
mento de dados, observando a legislação específica.

Com o apoio de uma tabela, vamos correlacionar os objetivos aos tipos de auditoria no se-
tor público:

Objetivo Tipo de Auditoria


a) Acompanha ações gerenciais, avalia a eficácia dos resultados em
relação aos recursos disponíveis e auxilia a administração na gerência
OPERACIONAL
e nos resultados, por recomendações que visem aprimorar os
procedimentos.

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Auditoria: Finalidades, Formas e Tipos e Normas de Auditoria
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Objetivo Tipo de Auditoria


b) Obtém elementos comprobatórios que permitem opinar se os
registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios e
CONTÁBIL
se as demonstrações deles originárias refletem, adequadamente, a
situação do patrimônio.
c) Examina fatos ou situações consideradas relevantes, incomuns ou
extraordinárias, para atender determinação do Prefeito do Município,
ESPECIAL
do Controlador Geral, dos Secretários Municipais ou de outras
autoridades.
d) Acompanha, examina e avalia a execução dos programas e projetos
DE PROGRAMAS
governamentais, bem como a aplicação de recursos descentralizados.
e) Assegura a adequação, a privacidade dos dados e as informações
oriundas de processamento de dados, observando a legislação DE SISTEMAS
específica.
Letra a.

Formas de Execução das Auditorias do Setor Público


Além dos tipos de auditoria, existe a classificação estabelecida na revogada IN SFC 1/2001
(Manual do SCI), mas ainda consagrada em alguns livros, quanto às formas de execução da
auditoria no setor público federal: direta (centralizada, descentralizada e integrada), indireta
(compartilhada e terceirizada) e simplificada.
1. Forma Direta  quando as atividades de auditoria são executadas diretamente por pes-
soal ou servidores dos órgãos de controle, com atribuição de auditoria, sendo subdivididas em:
a) centralizada  executada exclusivamente por auditores em exercício nos órgãos cen-
tral ou setoriais do Sistema de Controle.
b) descentralizada  executada exclusivamente por auditores em exercício nas unidades
regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno governamental.
c) integrada  executada conjuntamente por auditores em exercício no órgão central,
setoriais e unidades regionais. A coordenação é do órgão central de controle com a utilização
de auditores do próprio órgão e auditores das unidades regionais.
2. Forma Indireta  trata-se das atividades de auditoria executadas com a participação de
servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de Controle, que desempenham ati-
vidades de auditoria em quaisquer instituições da Administração Pública ou entidade privada.
a) compartilhada  coordenada pelo Sistema de Controle Interno ou órgão de auditoria
governamental, com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou privadas. Um exemplo seria
uma auditoria realizada pela CGU com a participação de um auditor ou um técnico do Banco
Central do Brasil.

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b) terceirizada  executada por instituições privadas, ou seja, pelas denominadas em-


presas de auditoria externa. Um exemplo seria um trabalho de auditoria em uma entidade da
Administração Pública Indireta contratado junto a uma empresa de auditoria independente.
3. Auditoria Simplificada  trata-se das atividades de auditoria realizadas, por servidores
de qualquer unidade do Sistema de Controle, sobre informações obtidas por meio de exame
de processos e por meio eletrônico, específico das unidades ou entidades federais, cujo cus-
to-benefício não justifica o deslocamento de uma equipe para o órgão. Essa forma de execu-
ção de auditoria pressupõe a utilização de indicadores de desempenho que fundamentam a
opinião do agente executor das ações de controle. É uma auditoria à distância ou “de mesa”.

RESUMO

TIPOS OU ESPÉCIES DE AUDITORIA NO FORMAS DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA


SETOR PÚBLICO NO SETOR PÚBLICO
1 - de regularidade ou conformidade;
2 - operacional;
1 - direta: centralizada; descentralizada e
3 - de avaliação de gestão;
integrada;
4 - de acompanhamento de gestão;
2 - indireta: compartilhada e terceirizada;
5 - contábil;
3 - simplificada.
6 - de recursos externos;
7 - especial.

Normas Relativas à Execução dos Trabalhos


As normas relativas à execução do trabalho da auditoria no setor público compõem-se
dos seis elementos abaixo discriminados:
• Livre acesso;
• Planejamento dos trabalhos;
• Avaliação dos controles internos administrativos;
• Supervisão das atividades;
• Obtenção de evidências;
• Tratamento de impropriedade e irregularidades.

Livre Acesso
O auditor governamental, no exercício de suas funções, terá livre acesso a todas as de-
pendências do órgão/entidade examinada, assim como a documentos, valores e livros con-
siderados indispensáveis ao cumprimento de suas atribuições, não lhe podendo ser sonega-
do, sob qualquer pretexto, nenhum processo, documento ou informação, devendo o servidor
guardar o sigilo das informações caso elas estejam protegidas legalmente.

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Quando houver limitação da ação, o fato deverá ser comunicado, de imediato, por escrito,
ao dirigente do órgão ou da entidade examinada, solicitando as providências necessárias.

Planejamento dos Trabalhos


O trabalho de auditoria deve ser adequadamente planejado, compreendendo as seguintes
atividades:
I – Exame Preliminar - com o objetivo de obter os elementos necessários ao planejamento
dos trabalhos, o auditor governamental deve examinar as informações constantes da ordem
de serviço e dos planos estratégico e operacional a que se vincula o objeto do controle. Para
tanto, deve considerar a legislação aplicável, normas e instruções vigentes, bem como os
resultados dos últimos trabalhos realizados e diligências pendentes de atendimento, quando
for o caso.
II – Elaboração do programa de trabalho - o programa de trabalho consta da ordem de
serviço preparada pela área de controle que elabora o plano estratégico e operacional. A ela-
boração de um adequado programa de trabalho exige:
a) a determinação precisa dos objetivos do exame, ou seja, a identificação sobre o que se
deseja obter com a auditoria;
b) a identificação do universo a ser examinado;
c) a definição e o alcance dos procedimentos a serem utilizados;
d) a localização do objeto ou unidade examinada;
e) o estabelecimento das técnicas apropriadas;
f) a estimativa dos homens x horas necessários à execução dos trabalhos; e
g) referência quanto ao uso de material e/ou documentos de exames prévios ou outras
instruções específicas.

Avaliação dos Controles Internos Administrativos


Quando ficar identificada a necessidade de avaliação dos controles internos administra-
tivos, o auditor deve efetuar um adequado exame com vistas à avaliação da capacidade e da
efetividade dos sistemas de controles internos administrativos – contábil, financeiro, patri-
monial, de pessoal, de suprimento de bens e serviços e operacional - das unidades da admi-
nistração direta, entidades da administração indireta, projetos e programas.
I – Capacidade dos sistemas de controle interno - avaliar os procedimentos, políticas
e registros que compõem os controles, com o objetivo de constatar se estes proporcionam
razoável segurança de que as atividades e operações se realizam, de forma a possibilitar o
atingimento das metas, em termos satisfatórios de economia, eficiência e eficácia.
II – Efetividade - realizar exame das operações que se processam nos sistemas de con-
trole interno, com o propósito de verificar se os procedimentos, políticas, mecanismos, re-
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gistros e outros dados relevantes, funcionam de acordo com o previsto e se os objetivos de


controle estão sendo atendidos, de forma permanente, sem desvios.
III – Exame dos objetivos de controle – as unidades e entidades adotam sistemas de
controle interno que compreendem um plano de organização e de todos os métodos e pro-
cedimentos, de forma ordenada, para: proteger seus recursos; obter informações oportunas
e confiáveis; e promover a eficiência operacional, assegurar a observância das leis, normas e
políticas vigentes, com o intuito de alcançar o cumprimento das metas e objetivos estabele-
cidos. Deverá, ainda:
a) certificar a existência e propriedade dos procedimentos e mecanismos de salvaguarda
dos recursos humanos, financeiros e materiais, assim como do devido uso e funcionamento
dos mesmos;
b) constatar se os sistemas de registros incluem a totalidade das operações realizadas e
se os métodos e procedimentos utilizados permitem confiar se as informações, financeira e
operacional, oriundas daqueles, refletem, adequadamente, a boa e regular utilização dos re-
cursos, bem como o cumprimento das metas e dos objetivos dos programas;
c) certificar a existência e a idoneidade dos critérios, para identificar, classificar e mensu-
rar dados relevantes das operações, verificando, igualmente, se estão sendo adotados parâ-
metros adequados para avaliação da efetividade, eficiência, eficácia e economicidade dessas
operações; e
d) comprovar se os procedimentos estabelecidos asseguram, razoavelmente, o cumpri-
mento das diretrizes governamentais, das leis, regulamentos, normas e outras disposições de
observância obrigatória.
IV – Prevenção de impropriedades e irregularidades - os sistemas de controle interno
administrativo, instituídos em uma unidade ou entidade, devem conter procedimentos, meca-
nismos e diretrizes que prevejam ou minimizem o percentual de impropriedades ou irregula-
ridades. Um bom sistema de controle interno administrativo reduz a probabilidade de ocorrer
tais impropriedades ou irregularidades, ainda que não possa evitá-las totalmente.

A responsabilidade pela prevenção de irregularidades cabe ao gestor, mediante a adoção de


adequado e efetivo sistema de controles internos e não à auditoria. A auditoria governamental
auxilia o gestor na prevenção, avaliando riscos e aprimoramento sistemas e mecanismos de
controles internos.

Supervisão das Atividades de Controle e de Auditoria


Todo trabalho de auditoria, desde seu planejamento até a emissão do parecer, deve ser
adequadamente supervisionado pela chefia ou por auditor a quem a função for formalmen-
te delegada.

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I – Responsabilidade de quem dirige a função - o titular do órgão de auditoria deve super-


visionar, pessoalmente, todas as atividades que envolvem a execução do trabalho, podendo
delegar parte das tarefas a supervisores, devendo para isso, estabelecer mecanismos e pro-
cedimentos adequados para avaliar a atuação desses supervisores, assegurando-se de que
esses possuam conhecimentos técnicos e capacidade profissional suficientes ao adequado
cumprimento das atribuições que lhes são conferidas.
II – Supervisão das equipes de trabalho – os auditores com atribuições de supervisão,
com maior experiência, conhecimentos técnicos e capacidade profissional, deverão instruir
e dirigir, adequadamente, seus subordinados, no que tange à execução dos trabalhos e ao
cumprimento dos programas de auditoria, devendo, ainda, contribuir para o desenvolvimento
dos seus conhecimentos e capacidade profissional.
III – Intensidade de supervisão - o grau de intensidade da supervisão exercida sobre a
equipe está diretamente relacionado aos seguintes fatores: conhecimento e capacidade pro-
fissional dos membros da equipe; o grau de dificuldade previsível dos trabalhos; e alcance de
prováveis impropriedades ou irregularidades a detectar no órgão ou entidade examinada. As
evidências da supervisão exercida deverão ficar registradas nos próprios papéis de trabalho.
IV – Áreas e enfoques da supervisão - a supervisão deve abranger a verificação:
a) do correto planejamento dos trabalhos de acordo com o programa de auditoria;
b) da aplicação de procedimentos e técnicas para o atingimento das metas/objetivos pre-
vistos para a execução dos trabalhos, de acordo com o programa fornecido;
c) da adequada formulação dos papéis de trabalho;
d) da necessária consistência das observações e conclusões;
e) da fiel observância dos objetivos estabelecidos no programa de auditoria;
f) do cumprimento das normas e dos procedimentos de aplicação geral.

Obtenção de Evidências
Em atendimento aos objetivos da atividade, o auditor deve realizar, na extensão julgada
necessária, os testes adequados nas circunstâncias, para obter evidências qualitativamente
aceitáveis que fundamentem, de forma objetiva, seu trabalho.
I – Finalidade da evidência - consiste na obtenção suficiente de elementos para sustentar
a emissão de sua opinião, permitindo chegar a um grau razoável de convencimento da reali-
dade dos fatos e situações observadas, da veracidade da documentação examinada, da con-
sistência da contabilização dos fatos e fidedignidade das informações e registros gerenciais
para fundamentar, solidamente, seu trabalho. A validade do seu trabalho depende diretamente
da qualidade das evidências que é considerada satisfatória quando reúne as características
de suficiência, adequação e pertinência.
a) Suficiência da evidência – ocorre quando, mediante a aplicação de testes que resultem
na obtenção de uma ou várias provas, o servidor do Sistema de Controle Interno do Poder

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Executivo Federal é levado a um grau razoável de convencimento a respeito da realidade ou


veracidade dos fatos examinados.
b) Adequação da evidência - entende-se como tal, quando os testes ou exames realizados
são apropriados à natureza e características dos fatos examinados.
c) Pertinência da evidência - a evidência é pertinente quando há coerência com as obser-
vações, conclusões e recomendações eventualmente formuladas.
II – Critérios para obtenção da evidência - na obtenção da evidência, o auditor deve guiar-
-se pelos critérios de importância relativa e de níveis de riscos prováveis. A importância re-
lativa refere-se ao significado da evidência no conjunto de informações. Os níveis de riscos
prováveis referem-se à probabilidade de erro na obtenção e comprovação da evidência.

Tratamento de Impropriedades e Irregularidades


O auditor, no decorrer de qualquer atividade, deve prestar especial atenção àquelas tran-
sações ou situações que denotem indícios de irregularidades e, quando sejam obtidas evi-
dências das mesmas, deverá ser dado o devido tratamento, com vistas a permitir que os
dirigentes possam adotar as providências corretivas pertinentes, quando couber.
I – Caracterização de impropriedade e irregularidade – impropriedade consiste em falhas
de natureza formal de que não resulte dano ao erário, porém evidencia-se a não observância
aos princípios de legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e economicidade. A irregulari-
dade é caracterizada pela não observância desses princípios, constatando-se a existência de
desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificá-
vel para o Erário.
II – Detecção de impropriedades e irregularidades – apesar de não ser o objetivo pri-
mordial da auditoria a busca de impropriedades ou de irregularidades, o auditor deve estar
consciente da probabilidade de, no decorrer dos exames, defrontar-se com tais ocorrências.
Compete-lhe assim, prestar especial atenção às transações ou situações que apresentem
indícios de irregularidades e, quando obtidas evidências, comunicar o fato aos dirigentes para
adoção das medidas corretivas cabíveis. A aplicação dos procedimentos especificados no
programa de auditoria não garante necessariamente, a detecção de toda impropriedade ou
irregularidade. Portanto, a identificação posterior de situação imprópria ou irregular, ocorrida
no período submetido a exame, não significa que o trabalho tenha sido inadequado.

Vale notar que a busca de impropriedades ou de irregularidades não é objetivo primordial das
atividades do Sistema de Controle Interno (auditoria governamental). É uma consequência do
trabalho e não um fim.

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III – Apuração de impropriedades e irregularidades - exige do auditor extrema prudência e


profissionalismo. Ao verificar a ocorrência de irregularidades, o auditor deve levar o assunto,
por escrito, ao conhecimento do dirigente da unidade ou entidade examinada, solicitando os
esclarecimentos e as justificativas pertinentes, quando isso não implicar risco pessoal. Na hi-
pótese de risco pessoal, deve informar a ocorrência ao seu dirigente que o orientará e adotará
as providências necessárias.

Distinção entre impropriedade e irregularidade:


Impropriedade  consiste em falhas de natureza formal de que não resulte dano ao erário,
porém evidencia-se a não observância aos princípios de legalidade, legitimidade, eficiência,
eficácia e economicidade.
Irregularidade  é caracterizada pela não observância desses princípios, constatando a exis-
tência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo
quantificável para o Erário.

Normas Relativas à Opinião do Auditor/Relatórios e Pareceres de


Auditoria
Em primeiro lugar, destaque-se que a opinião emitida não é do auditor, mas sim do órgão
ou unidade de auditoria governamental, a qual é expressa por meio de quatro tipos de docu-
mentos que são genericamente denominados de formas de comunicação: Relatório, Certifi-
cado, Parecer e Nota.
Esses documentos devem refletir os resultados dos exames efetuados, de acordo com a
forma ou tipo de atividade, e serem elaborados seguindo os padrões usualmente adotados
na auditoria do setor público, admitindo-se, em determinadas circunstâncias, as adaptações
necessárias à melhor interpretação e avaliação dos resultados dos trabalhos.
Os Relatórios constituem‑se na forma pela qual os resultados dos trabalhos realizados
são levados ao conhecimento das autoridades competentes, com as seguintes finalidades:
a) à direção, fornecendo dados para tomada de decisões sobre a política de área su-
pervisionada;
b) às gerências executivas, com vistas ao atendimento das recomendações sobre as ope-
rações de sua responsabilidade;
c) aos responsáveis pela execução das tarefas, para correção de erros detectados;
d) ao Tribunal de Contas, como resultado dos exames efetuados; e
e) a outras autoridades interessadas, dependendo do tipo ou forma de auditoria/fiscali-
zação realizada.
Portanto, em qualquer trabalho de auditoria governamental é emitido um relatório de au-
ditoria para comunicar o resultado dos exames ao cliente do trabalho ou usuário do relatório.

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O Certificado é o documento que representa a opinião do órgão de controle sobre a exati-


dão e regularidade, ou não, da gestão e a adequação, ou não, das peças examinadas, devendo
ser assinado pelo chefe da unidade de auditoria.
Há três tipos de certificados, conforme as constatações verificadas:
• Certificado de Regularidade  será emitido quando o órgão ou unidade de auditoria
formar a opinião de que na gestão dos recursos públicos foram adequadamente obser-
vados os princípios da legalidade, legitimidade e economicidade.
• Certificado de Regularidade com Ressalvas  será emitido quando o órgão ou unidade
de auditoria constatar falhas, omissões ou impropriedades de natureza formal no cum-
primento das normas e diretrizes governamentais, quanto à legalidade, legitimidade e
economicidade e que, pela sua irrelevância ou imaterialidade, não caracterizem irregu-
laridade de atuação dos agentes responsáveis.
• Certificado de Irregularidade  será emitido quando o órgão ou unidade de audito-
ria verificar a não observância da aplicação dos princípios de legalidade, legitimidade
e economicidade, constatando a existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para a Fazenda Pública e/ou
comprometam, substancialmente, as demonstrações financeiras e a respectiva gestão
dos agentes responsáveis, no período ou exercício examinado.

Note que os tipos de opinião (certificado) da auditoria governamental sobre a gestão pú-
blica são diferentes dos tipos de opinião (parecer) do auditor independente sobre a adequa-
ção das demonstrações contábeis.
A seguir, a título de comparação, apresentamos os tipos de opinião do auditor indepen-
dente e do auditor público:

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AUDITORIA CONTABIL
AUDITORIA DE GESTÃO
(Com base nas novas normas de
(Com base nas normas de opinião dos
opinião e emissão de relatório – NBC
órgãos de controle)
TA 700 e 750)
I – Relatório sem ressalva (ou opinião não
modificada) - é a opinião expressa pelo auditor I – Certificado de Regularidade - será emitido
quando ele conclui que as demonstrações quando o Órgão ou Unidade de Controle
contábeis são elaboradas, em todos os formar a opinião de que na gestão dos recursos
aspectos relevantes, de acordo com a públicos foram adequadamente observados
estrutura de relatório financeiro aplicável. os princípios da legalidade, legitimidade e
II – Opinião com ressalva - quando o economicidade.
auditor, tendo obtido evidência de auditoria II – Certificado de Regularidade com Ressalvas
apropriada e suficiente, conclui que as - será emitido quando o Órgão ou Unidade
distorções, individualmente ou em conjunto, de Controle constatar falhas, omissões
são relevantes, mas não generalizadas nas ou impropriedades de natureza formal
demonstrações contábeis; ou ele não consegue no cumprimento das normas e diretrizes
obter evidência apropriada e suficiente governamentais, quanto à legalidade,
de auditoria para suportar sua opinião, legitimidade e economicidade e que, pela
mas ele conclui que os possíveis efeitos de sua irrelevância ou imaterialidade, não
distorções não detectadas, se houver, sobre caracterizem irregularidade de atuação dos
as demonstrações contábeis poderiam ser agentes responsáveis.
relevantes, mas não generalizados. III – Certificado de Irregularidade - será
III – Opinião adversa – quando o auditor, emitido quando o Órgão ou Unidade de
tendo obtido evidência de auditoria Controle verificar a não observância da
apropriada e suficiente, conclui que as aplicação dos princípios de legalidade,
distorções, individualmente ou em conjunto, legitimidade e economicidade, constatando
são relevantes e generalizadas para as a existência de desfalque, alcance, desvio
demonstrações contábeis. de bens ou outra irregularidade de que
IV – Abstenção de opinião - é aquele em que resulte prejuízo quantificável para o erário
o auditor deixa de emitir opinião sobre as e/ou comprometam, substancialmente, as
demonstrações contábeis, por não ter obtido demonstrações financeiras e a respectiva
comprovação suficiente para fundamentá-la gestão dos agentes responsáveis, no período
ou em circunstâncias extremamente raras ou exercício examinado.
envolvendo diversas incertezas.

O certificado de auditoria deve ser emitido levando-se em consideração a jurisprudência


do Tribunal de Contas, suas súmulas e decisões julgadas em casos semelhantes, de modo a
garantir adequada uniformidade de entendimento.
Repare que na auditoria da gestão pública não existe certificado ou parecer com absten-
ção de opinião.
Opinião sobrestada. Quando o órgão de auditoria não obtiver elementos comprobatórios
suficientes e adequados, de tal modo que o impeça de formar opinião quanto à regularidade
da gestão, a opinião decorrente dos exames fica sobrestada, por prazo previamente fixado

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para o cumprimento de diligência pelo órgão ou entidade examinados, quando então, median-
te novos exames, o órgão de auditoria emitirá o competente Certificado.
Neste caso, quando sobrestado o exame, o órgão do Sistema de Controle Interno deve dar
ciência da ocorrência ao Tribunal de Contas.
O Parecer do dirigente do órgão de controle interno é peça compulsória a ser inserida nos
processos de tomada e prestação de contas, que serão remetidos ao Tribunal de Contas. O
parecer constitui-se na peça documental que expressa a avaliação conclusiva do órgão de
controle sobre a gestão examinada, para que os autos sejam submetidos à autoridade minis-
terial que se pronunciará sobre as contas.
O parecer consignará qualquer irregularidade ou ilegalidade constatada, indicando as me-
didas adotadas para corrigir as falhas identificadas, bem como avaliará a eficiência e a eficá-
cia da gestão, inclusive quanto à economia na utilização dos recursos públicos.
Portanto, além do certificado de auditoria, o órgão de controle interno responsável pela
auditoria de gestão emite ainda um parecer assinado pelo seu dirigente de controle (titular do
órgão ou unidade) onde:
(1) expressa a sua avaliação conclusiva sobre a gestão examinada; e
(2) indica as medidas adotadas para corrigir as falhas e irregularidades identificadas.
A Nota é o documento destinado a dar ciência ao gestor/administrador da área examina-
da, no decorrer dos exames, das impropriedades ou irregularidades constatadas ou apuradas
no desenvolvimento dos trabalhos. Tem a finalidade de obter a manifestação dos agentes
sobre fatos que resultaram em prejuízo à Fazenda Pública ou de outras situações que neces-
sitem de esclarecimentos formais.

Composição ou Requisitos do Certificado de Auditoria


O parecer/certificado de auditoria requer o atendimento dos seguintes requisitos:
1. indicar o número do processo, exercício examinado, unidade gestora/entidade
examinada;
2. parágrafo inicial – mencionar no parágrafo inicial o escopo do trabalho em função do
tipo de auditoria realizada;
3. parágrafo intermediário – citar no parágrafo intermediário, as impropriedades ou irre-
gularidades que:
a) caracterizem a inobservância de normas legais e regulamentares;
b) afetem a gestão ou situação examinada;
c) comprometam a economicidade, legalidade e legitimidade da gestão ou situação
examinada; e
d) resultem ou não em prejuízo à Fazenda Pública;
4. parágrafo final – conclusão com emissão de opinião quanto à regularidade, ou não, da
gestão examinada;

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5. deve conter data correspondente ao dia de sua emissão e a assinatura do chefe da


Unidade de Auditoria;
6. conter assinatura do gerente de auditoria; e
7. no caso de auditoria contábil, conter o nome e o número de registro no Conselho Re-
gional de Contabilidade do auditor que examinou as demonstrações financeiras.
O Órgão de Auditoria Governamental deve usar de toda acuidade e prudência no mo-
mento de definir o tipo de Certificado que emitirá como resultado dos trabalhos realizados.
Deve levar em conta, principalmente, que determinadas constatações relacionadas com
falhas, omissões e impropriedades, podem significar, situações simplesmente impróprias,
quando caberá a emissão de Certificado de Regularidade ou de Regularidade com Ressal-
vas, ou até mesmo irregulares, quando caberá a emissão de Certificado de Regularidade
com Ressalvas ou de Irregularidade.
O auditor deverá avaliar, em conjunto, fatores tais como: frequência da incidência no
exercício; reincidência de constatação em exercícios anteriores; descumprimento a reco-
mendações anteriores; evidência da intenção; ocorrência de prejuízo à Fazenda Pública;
jurisprudência de decisões do Tribunal de Contas na apreciação de casos semelhantes; e
outros fatores que possam contribuir para a adequada definição do tipo de certificado a
ser emitido.

Eventos ou Transações Subsequentes


Na ocorrência de eventos ou transações subsequentes ao período examinado que, pela
sua relevância, possam influir substancialmente na posição financeira e patrimonial da uni-
dade ou entidade examinada, é indispensável que esses fatos sejam considerados em seu
Certificado.

Natureza da Opinião do Auditor Governamental

As bancas têm elaborado questões sobre a opinião do auditor governamental, confor-


me as Normas de Auditoria Governamental aplicáveis ao Controle Externo Brasileiro - NAG.
Embora essas normas tenham sido substituídas recentemente pelas NBASP – Normas Bra-
sileiras de Auditoria no Setor Público, os examinadores de uma forma geral desconhecem
este fato e continuam cobrando em prova alguns aspectos das NAG, até porque muitos
tribunais de contas ainda adotam essas normas e não atualizaram os seus manuais de
auditoria. A natureza da opinião do auditor governamental é um desses aspectos, que ve-
remos a seguir.
Os relatórios da auditoria governamental podem ser classificados quanto à natureza da
opinião do profissional de auditoria governamental da seguinte forma:

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• Relatório sem ressalvas, limpo ou pleno:

Relato indicando que o profissional de auditoria governamental está convencido de que os


eventos, as transações e demais atos de gestão pública examinados foram realizados conso-
ante legislação e normas específicas, que os registros e demonstrações contábeis representam
adequadamente a posição orçamentária, contábil, financeira e patrimonial do ente auditado,
em todos os aspectos relevantes, e que o desempenho da gestão e os resultados produzidos
pelas ações governamentais estão compatíveis com as metas e indicadores planejados.
Implica ainda que, tendo havido alterações nas práticas contábeis, administrativas ou
operacionais, em relação a exercícios anteriores, ou alterações em relação a outros proce-
dimentos, estas tiveram seus efeitos adequadamente revelados e avaliados nas evidências
apresentadas.

• Relatório com ressalvas:

Relato emitido quando o profissional de auditoria governamental conclui que o efeito de


qualquer discordância ou dúvida quanto a um ou mais elementos específicos que sejam rele-
vantes, assim como a restrição na extensão ou limitação ao escopo de um trabalho, não é de
tal magnitude que requeira parecer adverso ou abstenção de opinião.
O conjunto das informações sobre o assunto objeto da ressalva deve permitir aos usuá-
rios claro entendimento de sua natureza e de seus efeitos em relação aos eventos, às transa-
ções e demais atos examinados, aos registros e demonstrações contábeis, à posição orça-
mentária, contábil, financeira e patrimonial do ente auditado, e ao desempenho da gestão e
resultados produzidos pelas ações governamentais.
O relatório com ressalvas deve obedecer ao modelo sem ressalva, com a utilização das
expressões: “exceto por”; “exceto quanto” ou “com exceção de”, referindo-se aos efeitos do
assunto objeto da ressalva, apresentados durante os trabalhos, não sendo aceitável nenhuma
outra expressão na redação desse tipo de parecer. No caso de limitação na extensão do tra-
balho, o parágrafo referente à extensão também deverá refletir tal circunstância.
O profissional de auditoria governamental deve relatar, de maneira clara, todas as razões
que fundamentaram a sua opinião, devendo revelar em parágrafo(s) intermediário(s), imedia-
tamente anterior(es) ao parágrafo de opinião, todas as razões para a sua emissão, buscando
sempre quantificar o efeito financeiro desses pontos, embora nem sempre isso seja viável ou
pertinente.

• Relatório adverso:

Relato emitido quando o profissional de auditoria governamental conclui que os eventos,


as transações e demais atos de gestão pública examinados não estão em conformidade com

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a legislação e as normas específicas no que for pertinente, que registros ou demonstrações


contábeis não representam adequadamente a posição orçamentária, contábil, financeira e
patrimonial do ente auditado, ou que o desempenho da gestão ou os resultados produzidos
pelas ações governamentais não estão compatíveis com as metas e indicadores planejados,
ou, ainda, quando julgar que as informações colhidas estão incorretas ou incompletas, em tal
magnitude que impossibilitem a emissão do parecer com ressalva.
Quando o profissional de auditoria governamental emitir um relatório adverso, deve re-
velar, em parágrafo intermediário ou em vários, se necessário, imediatamente anteriores ao
parágrafo de opinião, todas as razões fundamentais para a sua emissão e os efeitos princi-
pais dessas razões no erário, se tais efeitos puderem ser razoavelmente determinados. Se os
efeitos não puderem ser determinados, deve-se revelar o fato.

• Relatório com abstenção ou negativa de opinião:

Relato em que o profissional de auditoria governamental deixa de emitir uma opinião so-
bre os eventos, as transações e demais atos de gestão pública examinados, os registros e
demonstrações contábeis, o desempenho da gestão ou os resultados produzidos pelas ações
governamentais, por não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá-la, havendo in-
certezas ou restrições ao escopo da auditoria tão fundamentais que tornem inadequada a
emissão de um parecer com ressalvas.
A abstenção de opinião não elimina a responsabilidade de o profissional de auditoria go-
vernamental mencionar, no relatório, qualquer desvio ou reserva relevante que possa influen-
ciar a decisão do usuário das peças examinadas.
Quando o profissional de auditoria governamental se abstiver de dar sua opinião, ele deve
mencionar, em parágrafo(s) intermediário(s) específico(s), todas as razões importantes para
assim proceder e revelar quaisquer outras reservas que ele tenha a respeito dos princípios,
métodos e normas adotados.

• Relatório com parágrafo de ênfase ou incertezas:

Relato no qual o profissional de auditoria governamental inclui um parágrafo especial


após o parágrafo da opinião, contendo:
− Ênfase: chamada de atenção que o profissional de auditoria governamental deseja
dar em seu relatório, a um item suficientemente importante, com o fim único de
divulgá-lo.
− Incertezas: são ocorrências que podem influenciar a gestão da coisa pública ou
revelações nelas contidas, mas que não se prestam a estimativas razoáveis. Podem
estar relacionadas a fatos específicos, cujos possíveis efeitos podem ser isolados,
ou fatos complexos, com impactos no erário.

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A discordância com a administração do ente auditado a respeito do conteúdo e da forma


de apresentação das transações examinadas deve conduzir à opinião com ressalva ou à opi-
nião adversa, com os esclarecimentos que permitam a sua correta interpretação.
A questão abaixo tratou da natureza da opinião do auditor governamental.

009. (FGV/MP-AL/AUDITOR/2018) O auditor, ao realizar auditoria governamental, concluiu


que os eventos, as transações e os demais atos de gestão pública examinados não estavam
em conformidade com a legislação e as normas específicas, de modo que as demonstrações
contábeis não representavam adequadamente a posição orçamentária, contábil, financeira e
patrimonial do ente auditado. Em relação à natureza da opinião do auditor, o profissional de
auditoria governamental deve emitir um relatório
a) de auditoria especial.
b) com ressalvas.
c) adverso.
d) com abstenção ou negativa de opinião.
e) de revisão limitada.

Repare que, além da conclusão do auditor de que os eventos, as transações e os demais atos
de gestão pública examinados não estavam em conformidade com a legislação e as nor-
mas específicas, constatou-se ainda que as demonstrações contábeis não representavam
adequadamente a posição orçamentária, contábil, financeira e patrimonial do ente auditado.
Logo, as contas apresentam distorções relevantes e de efeito generalizado, devendo ser ob-
jeto de parecer adverso.
Letra c.

Normas de Relatório
Segundo as normas nacionais e internacionais (normas da Intosai), o relatório é o instru-
mento formal e técnico por intermédio do qual a equipe de auditoria comunica aos leitores:
• o objetivo e as questões de auditoria;
• o escopo e as limitações de escopo;
• a metodologia utilizada;
• os achados de auditoria;
• as conclusões; e
• as propostas de encaminhamento.

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Para cada auditoria, os auditores devem preparar um relatório por escrito, em linguagem
impessoal, cujo conteúdo deve ser objetivo, convincente, construtivo, útil e de fácil compreen-
são, isento de imprecisões e ambiguidades, incluindo apenas informações relevantes para os
objetivos da auditoria, devidamente apoiadas por evidências adequadas e pertinentes.
Os relatórios devem ser minuciosamente revisados pelo coordenador da equipe de audi-
toria e pelo auditor responsável pela supervisão do trabalho, com vistas a assegurar o atendi-
mento dos requisitos apontados anteriormente e, ainda, que as conclusões e as propostas de
encaminhamento são aderentes e decorrem logicamente dos fatos apresentados.
De maneira geral, os relatórios de auditoria devem contemplar:
• a deliberação que autorizou a auditoria e as razões que motivaram a deliberação, se
necessário;
• uma declaração de conformidade com as normas de auditoria;
• o objetivo e as questões de auditoria;
• a metodologia da auditoria, o escopo e as limitações de escopo;
• a visão geral do objeto da auditoria, revisada após a execução;
• os resultados da auditoria, incluindo os achados, as conclusões, os benefícios estimados
ou esperados, o volume de recursos fiscalizados e as propostas de encaminhamento;
• a natureza de qualquer informação confidencial ou sensível omitida, se aplicável.

Requisitos de Qualidade dos Relatórios

Na redação do relatório, a equipe de auditoria deve orientar-se pelos requisitos resumidos


na palavra “CERTO”: Clareza, Concisão, Convicção, Exatidão, Relevância, Tempestividade e
Objetividade:
CLAREZA - Produzir textos de fácil compreensão para qualquer leitor. Evitar a erudição, o
preciosismo, o jargão, a ambiguidade e restringir ao máximo a utilização de expressões em
outros idiomas, exceto quando se tratar de expressões que não possuam tradução adequada
para o português e que já se tornaram corriqueiras. Termos técnicos e siglas menos conhe-
cidos devem ser utilizados desde que necessários e devidamente definidos em glossário.
Quando possível, complementar os textos com ilustrações, figuras e tabelas.
CONVICÇÃO - Expor os achados e as conclusões com firmeza. Não utilizar expressões
que denotem insegurança, como “SMJ”, “parece que” ou “entendemos”.
CONCISÃO - Dizer apenas o que é requerido, de modo econômico, isto é, eliminar o supér-
fluo, o floreio, as fórmulas e os clichês. A transcrição de trechos de doutrina e/ou jurisprudên-
cia que componham o critério de auditoria deve restringir-se ao mínimo necessário. A trans-
crição de trechos de evidências documentais somente deverá ser feita quando for essencial
ao entendimento do raciocínio. O relatório não deve exceder trinta páginas, excluídos a folha
de rosto, o resumo, o sumário, as listas de figuras e tabelas, os anexos e os documentos

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juntados, exceto quando houver achados de alta complexidade ou em grande quantidade, a


critério do titular da Unidade Técnica Coordenadora.
EXATIDÃO - Apresentar as necessárias evidências para sustentar seus achados, conclu-
sões e propostas, procurando não deixar espaço para contra argumentações. A exatidão é
necessária para assegurar ao leitor que o que foi relatado é fidedigno e confiável. Um erro
pode pôr em dúvida a validade de todo o relatório e pode desviar a atenção da substância do
que se quer comunicar. As evidências relatadas devem demonstrar a justeza e a razoabilida-
de dos fatos descritos. Retratar corretamente significa descrever com exatidão o alcance e a
metodologia, e apresentar os achados e as conclusões de uma forma coerente com o escopo
da fiscalização.
RELEVÂNCIA - Expor apenas aquilo que tem importância dentro do contexto e que deve
ser levado em consideração. Não discorrer sobre ocorrências que não resultem em conclu-
sões. Os relatos não precisam incluir todas as situações encontradas, cujo registro fica pre-
servado nos papéis de trabalho.
TEMPESTIVIDADE - Cumprir o prazo previsto para a elaboração do relatório, sem compro-
meter a qualidade.
OBJETIVIDADE - Apresentar o relatório de forma equilibrada em termos de conteúdo e
tom. A credibilidade de um relatório é reforçada quando as evidências são apresentadas de
forma imparcial. A comunicação deve ser justa e não enganosa, resguardando-se contra a
tendência de exagerar ou superenfatizar deficiências. Interpretações devem ser baseadas no
conhecimento e compreensão de fatos e condições. Os achados e o relatório devem estar
baseados nas evidências obtidas. Os fatos devem ser registrados de acordo com a sua rele-
vância para o escopo da auditoria. Fatos relevantes não devem ser excluídos, nem pequenas
falhas devem ser exageradas. Os fatos devem ser apresentados separadamente das opini-
ões. O relatório de auditoria deve apontar tanto achados negativos quanto fatos positivos. Em
auditoria operacional, apesar de o relatório ser focado em falhas e desempenho insuficiente, a
apresentação de evidências de forma não viesada contribui para aumentar sua credibilidade.
A apresentação de fragilidades e achados críticos deve ocorrer de modo que induza a corre-
ção, bem como aperfeiçoe sistemas e diretrizes internas.
A questão a seguir tratou dos requisitos de qualidade do relatório. Fique atento, pois é um
assunto muito potencial para a prova!

010. (FGV/MP-AL/AUDITOR/2018) Entre os requisitos de qualidade do relatório de auditoria


governamental está a relevância. Em relação à relevância, assinale a afirmativa correta.
a) Os relatórios, em face dos objetivos da auditoria, devem expor apenas o que tem importân-
cia dentro do contexto.
b) Os relatórios devem apresentar as evidências necessárias para sustentar seus achados e
conclusões, não deixando espaço para contra-argumentos.

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c) Os relatórios devem ser emitidos tempestivamente para que tenham utilidade para os des-
tinatários, particularmente para aqueles que devem tomar as providências necessárias.
d) Os relatórios devem ser apresentados de forma equilibrada em termos de conteúdo e tom.
e) Os relatórios devem incluir todos os elementos necessários para satisfazer os objetivos da
auditoria, permitindo a correta compreensão dos fatos e das situações relatadas.

Com o apoio de uma tabela, vamos correlacionar cada assertiva com os respectivos requisi-
tos de qualidade do relatório:

Caraterística Requisito
a) Os relatórios, em face dos objetivos da auditoria, devem expor
RELEVÂNCIA
apenas o que tem importância dentro do contexto.
b) Os relatórios devem apresentar as evidências necessárias para
sustentar seus achados e conclusões, não deixando espaço para EXATIDÃO
contra-argumentos.
c) Os relatórios devem ser emitidos tempestivamente para que
tenham utilidade para os destinatários, particularmente para aqueles TEMPESTIVIDADE
que devem tomar as providências necessárias.
d) Os relatórios devem ser apresentados de forma equilibrada em
OBJETIVIDADE
termos de conteúdo e tom.
e) Os relatórios devem incluir todos os elementos necessários
para satisfazer os objetivos da auditoria, permitindo a correta COMPLETUDE
compreensão dos fatos e das situações relatadas.
Letra a.

Dando prosseguimento, anoto que o relatório deve estar estruturado nas seguintes seções:
a) Folha de Rosto;
b) Resumo;
c) Sumário;
d) Listas de figuras e tabelas, se houver;
e) Apresentação, se houver;
f) Introdução;
g) Achados de Auditoria (situação encontrada, critério, causa, efeito, evidência, responsá-
vel, manifestação da área auditada/responsável, análise da manifestação, conclusão e enca-
minhamento);
h) Achados não decorrentes da investigação de questões de auditoria, se houver;
i) Conclusão;
j) Proposta de Encaminhamento;
l) Anexos do Relatório, se houver.

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Devem constar necessariamente do relatório os aspectos: situação encontrada, critério


de auditoria, evidências, causas, responsável: qualificação, conduta, nexo de causalidade e
culpabilidade, conclusão da equipe de auditoria e proposta de encaminhamento.

Apresentação dos Achados

De acordo com as normas de auditoria, os auditores devem relatar seus achados numa
perspectiva de descrever a natureza e a extensão dos fatos e do trabalho realizado que resul-
tou na conclusão. Para dar ao leitor uma base para avaliar a importância e as consequências
de seus achados, os auditores devem, conforme aplicável, relatar as situações encontradas
em termos da população ou do número de casos examinados e quantificar os resultados em
termos de valor monetário ou de outras medidas, conforme o caso. Se não puder mensurar,
os auditores devem limitar adequadamente suas conclusões.
Em auditorias operacionais, a forma de apresentação dos achados pode diferir da utiliza-
da em auditorias de conformidade, podendo, inclusive, variar entre um e outro trabalho.
Os capítulos principais do relatório compõem-se do relato articulado e argumentado sobre
os achados de auditoria, que devem ser apresentados em ordem decrescente de relevância,
isto é, inicia-se pelo tema que se revelou mais importante. O mesmo aplica-se à apresentação
dos achados dentro de cada capítulo, em subtítulos apresentados em ordem decrescente de
relevância.

Encaminhamento do Relatório Preliminar ao Gestor

Um dos modos mais efetivos para assegurar que um relatório seja imparcial, objetivo e
completo é submeter o relatório preliminar para obtenção de comentários por parte dos diri-
gentes da entidade auditada. A inclusão desses comentários no relatório final resulta em um
documento que não só apresenta os achados, as conclusões e as propostas da equipe, mas
também a perspectiva dos dirigentes da entidade e as ações corretivas que pretendem tomar.
Nas auditorias operacionais, a regra é submeter o relatório preliminar aos comentários
dos gestores, inclusive os achados, as conclusões e as propostas de encaminhamento for-
muladas pela equipe.
Nas demais auditorias, o encaminhamento do relatório preliminar aos gestores é obriga-
tório se houver achados de alta complexidade ou de grande impacto, e opcional nas demais
situações, a critério do dirigente da unidade técnica. Nessas auditorias, em regra, o relatório
preliminar a ser encaminhado deve conter os achados e as conclusões da equipe, cabendo
ao titular da unidade decidir quanto à necessidade, oportunidade e conveniência de incluir as
propostas de encaminhamento formuladas pela equipe. Em todos os casos, as propostas de
encaminhamento não devem ser incluídas no relatório preliminar a ser comentado caso a sua
divulgação coloque em risco os objetivos da auditoria.

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O relatório preliminar a ser submetido aos gestores deve ser antes revisado pelo super-
visor e deve ser remetido por intermédio de ofício da unidade técnica, estipulando-se prazo
reduzido, porém factível, para que os gestores encaminhem seus comentários. O ofício deve
informar que a obtenção desses comentários não representa abertura do contraditório e, por-
tanto, não significa exercício de direito de defesa, o qual, se necessário, poderá ser exerci-
do nas etapas processuais posteriores. Deve, ainda, esclarecer que a não apresentação dos
comentários, no prazo estipulado, não impedirá o andamento normal do processo nem será
considerada motivo de sanção.
Os comentários dos gestores devem, sempre que possível, ser incorporados, de forma
resumida, no relato dos achados e serão analisados pela equipe juntamente com os de-
mais fatos.

Critérios para Divulgação de Resultados

Os resultados das auditorias só podem ser divulgados após a apreciação pela direção do
órgão. No caso dos tribunais de contas, só depois da apreciação dos colegiados, salvo ex-
pressa autorização do relator ou dos próprios colegiados.
Os resultados de uma auditoria podem ser comunicados com variações na forma e no
conteúdo, dependendo dos destinatários e da finalidade da divulgação, bem como do público
alvo que deve ser informado a respeito, cabendo a normas específicas dispor acerca de co-
municações por outros meios, que não o relatório.
Como alertei no início da aula, embora o edital exija o estudo da auditoria no setor público,
por prudência, entendo também importante que você estude o relatório da auditoria contábil,
com base nas normas de auditoria independente das demonstrações contábeis editadas pelo
Conselho Federal de Contabilidade (NBC TA), seguindo as normas internacionais.

Relatório e Parecer em Auditoria de Demonstrações Contábeis


A etapa final no processo de auditoria contábil é avaliar a evidência de auditoria obtida,
considerar o impacto de quaisquer distorções identificadas, formar uma opinião de auditoria
e elaborar um relatório de auditoria adequadamente redigido.
Inicialmente, vale lembrar de alguns aspectos do relatório ou parecer do auditor que são
muito explorados em provas.
O primeiro é quanto à responsabilidade do auditor. Não compete ao auditor preparar as
demonstrações contábeis e nem a responsabilidade pelo seu conteúdo. A responsabilidade
do auditor é emitir opinião sobre essas demonstrações e sugerir ajustes, quando necessário.
Outro aspecto importante é a data do relatório do auditor. A data do relatório/parecer deve
coincidir com o dia de conclusão dos trabalhos de campo na entidade auditada, para delimi-
tar a responsabilidade do auditor perante transações e eventos subsequentes e seu efeito

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sobre as DC e sobre o parecer. Segundo as normas de auditoria vigentes, a data do relatório


do auditor não pode ser anterior à data em que ele obteve evidência de auditoria suficiente e
apropriada para opinar sobre as demonstrações.
Aproveitando o ensejo, em decorrência de transações e eventos subsequentes relevantes
à conclusão dos trabalhos, e anteriores à emissão do parecer, anoto que poderá haver neces-
sidade de menção de mais de uma data no parecer (parecer dupla data) ou atualização da
data original.
Quem assina o parecer é o auditor responsável com registro no CRC. Mesmo que este atue
com o apoio de equipe de assistentes, não há compartilhamento de responsabilidades, ou
seja, os membros da equipe não assinam o parecer e não assumem responsabilidades pela
opinião contida no mesmo.
O parecer do auditor independente tem por limite os próprios objetivos da auditoria das
demonstrações contábeis e não representa, pois, garantia de viabilidade futura da entidade
ou algum tipo de atestado de eficácia da administração na gestão dos negócios.
Por fim, vale ressaltar que o relatório do auditor independente é normalmente endereçado
às pessoas para quem o relatório de auditoria é elaborado, frequentemente para os acionistas
ou para os responsáveis pela governança da entidade, cujas demonstrações contábeis estão
sendo auditadas.

Objetivos do Auditor e Formação de Opinião


Os objetivos do auditor independente e os requisitos para formação de sua opinião estão
regulados na NBC TA 700.
É bom esclarecer que essa norma aplica-se para auditoria de um conjunto completo de
demonstrações contábeis para fins gerais e foi redigida nesse contexto. As exigências da
NBC TA 700 têm como objetivo propiciar o equilíbrio apropriado entre a necessidade de con-
sistência e comparabilidade do relatório do auditor em mercado globalizado e a necessidade
de aumentar o valor do relatório do auditor ao tornar as informações nele contidas mais rele-
vantes para os usuários.
Segundo a NBC TA 700, os objetivos do auditor são:
• formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na avaliação das
conclusões alcançadas pela evidência de auditoria obtida; e
• expressar claramente essa opinião por meio de relatório por escrito.

O auditor deve formar sua opinião sobre se as demonstrações contábeis são elaboradas,
em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
Estrutura de relatório financeiro para fins gerais é a estrutura de relatório financeiro ela-
borada para satisfazer as necessidades de informações financeiras comuns de ampla gama

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de usuários. A estrutura de relatório financeiro pode ser uma estrutura de apresentação ade-
quada ou uma estrutura de conformidade.
O termo “estrutura de apresentação adequada” é usado para se referir à estrutura de rela-
tório financeiro que exige conformidade com as exigências dessa estrutura e:
• reconhece explícita ou implicitamente que, para se obter a apresentação adequada das
demonstrações contábeis, pode ser que a administração tenha que fornecer divulga-
ções além das especificamente exigidas pela estrutura; ou
• reconhece explicitamente que pode ser que a administração tenha que se desviar de
uma exigência da estrutura para obter a apresentação adequada das demonstrações
contábeis. Espera-se que tais desvios sejam necessários apenas em circunstâncias
extremamente raras.

O termo “estrutura de conformidade” é usado para se referir à estrutura de relatório finan-


ceiro que requer a conformidade com as exigências dessa estrutura, mas não reconhece os
aspectos contidos em (i) ou (ii) acima.
Para formar essa opinião, o auditor deve concluir se as demonstrações contábeis toma-
das em conjunto não apresentam distorções relevantes, independentemente se causadas por
fraude ou erro.
Essa conclusão deve levar em consideração se o auditor conseguiu obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente e se na avaliação do auditor as distorções identificadas e
não corrigidas são relevantes, individualmente ou em conjunto.
Além disso, o auditor deve avaliar se as demonstrações contábeis são elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, de acordo com os requisitos da estrutura de relatório finan-
ceiro aplicável, o que compreende a consideração dos aspectos qualitativos das políticas
contábeis da entidade, incluindo indicadores de possível tendenciosidade nos julgamentos
da administração.
Nos termos da NBC TA 700, o auditor, especificamente, deve avaliar se, segundo os requi-
sitos da estrutura de relatório financeiro aplicável:
a) as demonstrações contábeis divulgam apropriadamente as principais políticas con-
tábeis selecionadas e aplicadas. Ao realizar essa avaliação, o auditor deve considerar a
relevância das políticas contábeis para a entidade e se elas foram elaboradas de forma
compreensível;
b) as políticas contábeis selecionadas e aplicadas são consistentes com a estrutura de
relatório financeiro aplicável e se são apropriadas;
c) as estimativas contábeis feitas pela administração são razoáveis;
d) as informações apresentadas nas demonstrações contábeis são relevantes, confiáveis,
comparáveis e compreensíveis;

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e) as demonstrações contábeis fornecem divulgações adequadas para permitir que os


usuários previstos entendam o efeito de transações e eventos relevantes sobre as informa-
ções incluídas nas demonstrações contábeis; e
f) a terminologia utilizada nas demonstrações contábeis, incluindo o título de cada de-
monstração contábil, é apropriada.
Quando as demonstrações contábeis são elaboradas de acordo com a estrutura de apre-
sentação adequada, a avaliação requerida, conforme exposto acima, deve incluir, também, se
as demonstrações contábeis propiciam uma apresentação adequada.

Note que a avaliação de que as demonstrações contábeis propiciam uma apresentação ade-
quada é obrigatória apenas para demonstrações contábeis elaboradas de acordo com a es-
trutura de apresentação adequada. Não há a obrigação desta a avaliação para estruturas de
conformidade!

A avaliação do auditor de que as demonstrações contábeis propiciam uma apresentação


adequada deve incluir considerações sobre a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo
das demonstrações contábeis e se as mesmas representam as transações e eventos subja-
centes de modo a alcançar uma apresentação adequada.
O auditor deve avaliar ainda se as demonstrações contábeis fazem referência ou descre-
vem adequadamente a estrutura de relatório financeiro aplicável.

Tipos de Opinião
Os tipos de opinião do auditor sobre as demonstrações são:

Quando o auditor está satisfeito quanto à apresentação das demonstrações contábeis e


que foram atendidos todos os requisitos apontados anteriormente, ele pode expressar uma
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Auditoria: Finalidades, Formas e Tipos e Normas de Auditoria
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opinião não modificada, também denominada de opinião sem ressalvas, cuja conclusão é que
as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo
com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
De uma forma geral, as seguintes situações exigem que o auditor modifique a opinião no
seu relatório de auditoria:
• se concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações con-
tábeis tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes, como, por exemplo,
discordância junto à administração quanto a procedimentos contábeis de efeitos re-
levantes nas demonstrações; descumprimento de princípio contábil; erros e fraudes
relevantes etc. Nesse caso, a opinião será modificada, sendo com ressalva ou adversa.
• se não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se
as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções rele-
vantes, em virtude de limitação no escopo e na extensão dos trabalhos. Nesse caso, a
opinião será modificada, contendo o relatório ressalva ou abstenção de opinião.

A NBC TA 705 estabelece três tipos de opinião modificada, a saber: opinião com ressalva,
opinião adversa e abstenção de opinião. A decisão sobre que tipo de opinião modificada é
apropriado depende da:
• natureza do assunto que deu origem à modificação, ou seja, se as demonstrações con-
tábeis apresentam distorção relevante ou, no caso de impossibilidade de obter evidên-
cia de auditoria apropriada e suficiente, podem apresentar distorção relevante; e
• opinião do auditor sobre a disseminação dos efeitos ou possíveis efeitos do assunto
sobre as demonstrações contábeis.

A tabela a seguir mostra como a opinião do auditor sobre a natureza do assunto que gerou
a modificação, e a disseminação de forma generalizada dos seus efeitos ou possíveis efeitos
sobre as demonstrações contábeis, afeta o tipo de opinião a ser expressa.

Julgamento do auditor sobre a disseminação de


forma generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos
Natureza do assunto que sobre as demonstrações contábeis
gerou a modificação
Relevante, mas não
Relevante e generalizado
generalizado
As demonstrações contábeis
OPINIÃO COM OPINIÃO
apresentam distorções
RESSALVA ADVERSA
relevantes
Impossibilidade de obter
OPINIÃO COM ABSTENÇÃO DE
evidência de auditoria
RESSALVA OPINIÃO
apropriada e suficiente

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Opinião com Ressalva

O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando obtém evidência e conclui
que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas NÃO generalizadas
nas demonstrações contábeis.
Outra hipótese em que o auditor expressa uma opinião com ressalva é quando ele não
consegue obter evidência de auditoria para suportar sua opinião, mas ele conclui que os pos-
síveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis
poderiam ser relevantes, mas NÃO generalizados.

Opinião Adversa

O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de audi-
toria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são
relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis.

Definição de Efeito Generalizado

Generalizado é o termo usado, no contexto de distorções, para descrever os efeitos de


distorções sobre as demonstrações contábeis ou os possíveis efeitos de distorções sobre
as demonstrações contábeis, se houver, que não são detectados devido à impossibilidade de
obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. Efeitos generalizados sobre as demons-
trações contábeis são aqueles que, no julgamento do auditor:
• não estão restritos aos elementos, contas ou itens específicos das demonstrações
contábeis;
• se estiverem restritos, representam ou poderiam representar uma parcela substancial
das demonstrações contábeis; ou
• em relação às divulgações, são fundamentais para o entendimento das demonstrações
contábeis pelos usuários;

Abstenção de Opinião

O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência
de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele conclui que os possíveis
efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam
ser relevantes e generalizadas.
O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando, em circunstâncias extrema-
mente raras envolvendo diversas incertezas, o auditor conclui que, independentemente de ter
obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é

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possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível intera-
ção das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis.
Chamo a sua atenção para o fato de que a abstenção de opinião não elimina a responsa-
bilidade do auditor de mencionar, no relatório, os desvios relevantes que normalmente seriam
incluídos como ressalvas.

Consequência da impossibilidade de obter evidência de auditoria


apropriada e suficiente devido a uma limitação imposta pela administração
depois da aceitação do trabalho pelo auditor

Se, depois de aceitar o trabalho, o auditor tomar conhecimento que a administração im-
pôs uma limitação ao alcance da auditoria que tem, segundo ele, probabilidade de resultar
na necessidade de expressar uma opinião com ressalva ou abster-se de expressar uma opi-
nião sobre as demonstrações contábeis, o auditor deve solicitar que a administração retire a
limitação.
No caso de a administração se recusar a retirar a limitação, o auditor deve comunicar o
assunto aos responsáveis pela governança, assim como determinar se é possível executar
procedimentos alternativos para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.
Se persistir a limitação e o auditor não conseguir obter evidência apropriada e suficiente
de auditoria, o auditor deve determinar as implicações como segue:
a) se ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre
as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes, mas não generalizados, o auditor deve
emitir uma opinião com ressalva; ou
b) se ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre
as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizados de modo que uma res-
salva na opinião seria não adequada para comunicar a gravidade da situação, o auditor deve:
• renunciar ao trabalho de auditoria, quando praticável e possível, de acordo com as leis
ou regulamentos aplicáveis; ou
• se a renúncia ao trabalho de auditoria antes da emissão do seu relatório de auditoria
independente não for viável ou possível, abster-se de expressar uma opinião sobre as
demonstrações contábeis.

Se o auditor renunciar ao trabalho, antes da renúncia, ele deve comunicar aos responsá-
veis pela governança quaisquer assuntos relativos a distorções identificadas durante a audi-
toria que dariam origem a uma opinião modificada.
Quando o auditor considera necessário expressar uma opinião adversa ou abster-se de
expressar opinião sobre as demonstrações contábeis como um todo, o seu relatório não deve
incluir, também, uma opinião não modificada com relação à mesma estrutura de relatório
financeiro sobre quadro isolado das demonstrações contábeis ou sobre um ou mais elemen-
tos, contas ou itens específicos da demonstração contábil.

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A inclusão de uma opinião não modificada no mesmo relatório nessas circunstâncias


contrariaria a opinião adversa ou a abstenção de opinião do auditor sobre as demonstrações
contábeis como um todo.
O esquema abaixo sintetiza o processo de formação da opinião do auditor quando obteve
evidência de auditoria suficiente e apropriada.

Formação de Opinião na Auditoria Financeira

Mapa Mental

Inclusão de Parágrafos de Ênfase e de Outros Assuntos no Relatório


A NBC TA 706 trata das considerações do auditor para adição de parágrafos após a seção
da opinião de seu relatório/parecer de auditoria. Esses parágrafos adicionais podem estar
relacionados com dois aspectos:

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ÊNFASE OUTROS ASSUNTOS


quando o auditor deseja chamar a atenção dos
quando o assunto está apropriadamente usuários de seu relatório para um aspecto que
apresentado no corpo das demonstrações contribui para o entendimento da auditoria
financeiras ou adequadamente divulgado realizada, das responsabilidades do auditor
nas notas explicativas, mas o auditor o ou do relatório de auditoria. Diferentemente
considera vital para o entendimento dessas do parágrafo de ênfase, o assunto abordado
demonstrações e decide chamar a atenção do nesse parágrafo de outros assuntos NÃO está
usuário delas para esse assunto, adicionando divulgado nas demonstrações financeiras, pois
um parágrafo de ênfase. está relacionado com o trabalho do auditor e
não com as demonstrações financeiras.

Parágrafos de Ênfase

O parágrafo de ênfase é utilizado no relatório de auditoria para chamar a atenção para um


assunto apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que, segundo o julgamento
do auditor, é fundamental para o entendimento dos usuários das demonstrações contábeis.
O parágrafo de ênfase é incluído em uma seção separada no relatório do auditor e a sua
localização depende da natureza das informações a serem comunicadas e do julgamento do
auditor sobre a relevância dessas informações para os usuários previstos em comparação
com outros elementos que devam ser incluídos no relatório.
O auditor deve incluir no parágrafo uma referência clara ao assunto enfatizado e à nota
explicativa que descreve de forma completa o assunto nas demonstrações contábeis e indi-
car que a opinião não se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado.
Muito cuidado em prova, pois o parágrafo de ênfase tem como objetivo alertar o usuário
do relatório para uma situação, e não modificar a opinião do auditor. Portanto, uma ênfase no
relatório não é uma ressalva!
Contudo, nada impede que o auditor aponte uma ressalva em seu relatório/opinião e
acrescente um parágrafo de ênfase nesse mesmo relatório sobre outro assunto, devido a uma
incerteza ou a um evento subsequente relevante devidamente divulgado nas demonstrações.
Nesse caso, a ressalva não tem nada a ver com a ênfase. São situações distintas, por isso
existem em um mesmo relatório com ressalva. Por conclusão, um parágrafo de ênfase pode
ser acrescentado em um relatório/parecer sem ressalva, com ressalva ou adverso.
Os exemplos mais comuns de parágrafos de ênfase estão relacionados com os seguintes
assuntos adequadamente divulgados:
• existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio excepcional ou ação
regulatória;
• a entidade é componente de um empreendimento maior;
• transações importantes efetuadas com partes relacionadas;

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• assunto contábil que afeta a comparabilidade;


• grande catástrofe com efeito significativo sobre a posição patrimonial e financeira da
entidade;
• evento subsequente relevante.

Além dos assuntos indicados acima, existem ainda mais duas situações que ensejam a
adição de parágrafo de ênfase no relatório do auditor que já foram explorados em prova.
A primeira é quando as demonstrações financeiras são elaboradas para propósitos espe-
ciais, devendo o relatório conter o objetivo das demonstrações de uso especial ou se referir à
nota que o descreve, assim como deve conter um alerta (parágrafo de ênfase) de que essas
demonstrações foram preparadas de acordo com uma estrutura de propósito especial e que
pode não servir para outras finalidades.
A outra situação é quando existem diferenças entre as práticas contábeis adotadas no
Brasil e as práticas/normas internacionais de contabilidade: IFRS. Esse é o caso da avaliação
dos investimentos em controladas, coligadas e empreendimentos controlados em conjunto
pelo método de equivalência patrimonial e à manutenção do diferido nas demonstrações con-
tábeis individuais.

Parágrafos de Outros Assuntos

Conforme ensina Gonçalo Longo, na prática, tem sido bastante comum a inclusão de uma
informação adicional no Parecer do Auditor para destacar um aspecto relacionado com o
trabalho. O autor destaca que a situação mais comum é quando ocorreu a substituição do au-
ditor e o auditor atual adiciona, em parágrafo próprio, a informação de que as demonstrações
financeiras do exercício anterior, apresentadas para fins de comparação, foram examinadas
por outros auditores independentes, que emitiram opinião sem ressalvas (ou outro tipo de
opinião) na data X.
Outro aspecto comumente relatado em parágrafo de outros assuntos é o exame da De-
monstração do Valor Adicionado (DVA), cuja apresentação é requerida pela legislação socie-
tária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRS (nor-
mas internacionais).
De acordo com as atuais normas de auditoria, essas informações passam a fazer parte de
uma seção específica do relatório, cuja localização depende da natureza das informações a
serem comunicadas e do julgamento do auditor sobre a relevância dessas informações para
os usuários previstos em comparação com outros elementos que devam ser incluídos no
relatório. Assim como ocorre com a ênfase, a situação informada nos parágrafos de outros
assuntos não constitui ressalva, mas apenas informação relevante!

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RESUMO
Tipos de Auditoria Governamental

A auditoria governamental é aplicada para atender as seguintes atividades:


• avaliar a gestão de recursos públicos sob a responsabilidade de órgãos públicos e en-
tidades privadas, bem como nos projetos de cooperação técnica envolvendo organis-
mos internacionais;
• apurar atos e fatos inquinados de ilegais ou irregulares, praticados por agentes públi-
cos ou privados, na utilização de recursos públicos;
• avaliar a consistência das informações produzidas pelos sistemas contábil, financeiro,
de pessoal e de controles administrativos e operacionais.
• examinar a regularidade e avaliar a eficiência e eficácia da gestão administrativa e dos
resultados alcançados nas ações de governo;
• confirmar dados constantes do processo de Tomada de Contas Especial em apoio ao
Tribunal de Contas; e
• examinar os procedimentos administrativos e os controles internos dos órgãos da ad-
ministração direta, no papel equivalente à auditoria interna empresarial.

Finalidades da auditoria interna governamental:


• avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos progra-
mas de governo e dos orçamentos da União;
• comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração fede-
ral, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
• exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos
e haveres da União;
• apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Para os Tribunais de Contas, a auditoria é um instrumento de fiscalização utilizado pelo


tribunal para:
• examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos
a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. A
auditoria realizada com esses objetivos é denominada de auditoria de conformidade; e
• avaliar o desempenho dos órgãos e entidades jurisdicionados, assim como dos sis-
temas, programas, projetos e atividades governamentais, quanto aos aspectos de
economicidade, eficiência e eficácia dos atos praticados, denominada de auditoria
operacional.

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Auditoria de regularidade x Auditoria operacional

AUDITORIA DE AUDITORIA
REGULARIDADE OPERACIONAL
Objetivam avaliar a legalidade e a legitimidade Tem a finalidade de promover o
dos atos de gestão. aperfeiçoamento da gestão pública.
Maior flexibilidade na escolha de temas,
Adotam padrões relativamente fixos, ou seja,
objetos de auditoria, métodos de trabalho
os métodos são mais tradicionais. Os critérios
e forma de comunicar as conclusões de
utilizados estão previstos nas normas.
auditoria.
O enfoque dos exames é no passado. O enfoque é voltado para o presente e futuro.
Em função de sua especificidade, necessitam
Menor necessidade de conhecimentos
de conhecimentos especializados e abordagem
especializados.
diferenciada.
As conclusões assumem a forma de opinião
O relatório trata da economicidade e da
concisa e de formato padronizado sobre
eficiência na aquisição e aplicação dos
demonstrativos financeiros e sobre a
recursos, assim como da eficácia e da
conformidade das transações com leis
efetividade dos resultados alcançados. Tais
e regulamentos, ou sobre temas como a
relatórios podem variar consideravelmente em
inadequação dos controles internos, atos
escopo e natureza.
ilegais ou fraude.
O exame da materialidade está diretamente A materialidade é uma questão mais subjetiva
relacionado ao montante de recursos e pode basear-se em considerações sobre a
envolvidos. natureza ou o contexto do objeto auditado.

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AUDITORIA DE AUDITORIA
REGULARIDADE OPERACIONAL
A participação do gestor e de sua equipe é
O gestor não participa dos trabalhos de
fundamental em várias etapas do ciclo de uma
auditoria.
auditoria operacional.

Dimensões da auditoria operacional:


• Principais dimensões: economicidade, eficiência, eficácia e efetividade.
• Outras dimensões: qualidade dos serviços, o grau de adequação dos resultados dos
programas às necessidades das clientelas (geração de valor público), a justiça na dis-
tribuição dos serviços e dos seus custos econômicos, sociais e políticos (equidade)
podem ser tratados em auditorias operacionais com o objetivo de subsidiar a accoun-
tability de desempenho da ação governamental.

Outros tipos de auditoria no setor público:


• Auditoria de avaliação de gestão - Esse tipo de auditoria objetiva emitir opinião com
vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execução de contratos, acordos,
convênios ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou
administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados.
• Auditoria de acompanhamento de gestão - É a auditoria realizada ao longo dos pro-
cessos de gestão, com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos efetivos e
os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade ou entidade federal, que
contém evidências e relatos sobre melhorias e economias existentes no processo ou
oportunidades de prevenção de gargalos ao desempenho da missão institucional.
• Auditoria contábil - É a auditoria de natureza contábil, que contém a opinião do auditor
se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais
de contabilidade e se as demonstrações deles originárias refletem, adequadamente, em
seus aspectos mais relevantes, a situação econômico-financeira do patrimônio, os resul-
tados do período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas.
• Auditoria de recursos externos - A auditoria contábil tem por objeto, também, verificar
a efetividade e a aplicação de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e
organismos internacionais, por unidades ou entidades públicas executoras de projetos
celebrados com aqueles organismos com vistas a emitir opinião sobre a adequação e
fidedignidade das demonstrações financeiras.
• Auditoria especial - É o trabalho de auditoria governamental relativo ao exame de fatos
ou situações consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, para
atender determinação expressa de autoridade competente. Classificam-se nesse tipo
os demais trabalhos de auditoria não inseridos em outras classes de atividades.

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Formas de Execução

As formas de execução da auditoria no setor público federal são a direta (centralizada,


descentralizada e integrada), a indireta (compartilhada e terceirizada) e a simplificada.

Normas Relativas à Execução dos Trabalhos

• Livre acesso: o auditor governamental terá livre acesso a todas as dependências do ór-
gão ou entidade examinados, assim como a documentos, valores e livros considerados
indispensáveis ao cumprimento de suas atribuições, não lhe podendo ser sonegado,
sob qualquer pretexto, nenhum processo, documento ou informação, devendo o servi-
dor guardar o sigilo das informações caso elas estejam protegidas legalmente. Quando
houver limitação da ação, o fato deverá ser comunicado, de imediato, por escrito, ao
dirigente do órgão ou da entidade examinada, solicitando as providências necessárias.
• Planejamento dos trabalhos: O trabalho de auditoria deve ser adequadamente plane-
jado, compreendendo as seguintes atividades: o exame preliminar e a elaboração do
programa de trabalho.
• Prevenção de impropriedades e irregularidades: Os sistemas de controle interno ad-
ministrativo, instituídos em uma unidade ou entidade, devem conter procedimentos,
mecanismos e diretrizes que prevejam ou minimizem o percentual de impropriedades
ou irregularidades. Um bom sistema de controle interno administrativo reduz a proba-
bilidade de ocorrer tais impropriedades ou irregularidades, ainda que não possa evitá-
-las totalmente.
• Supervisão das atividades de controle e de auditoria: Todo trabalho de auditoria, desde
seu planejamento até a emissão do parecer, deve ser adequadamente supervisiona-
do pela chefia ou por auditor a quem a função for formalmente delegada. O grau de
intensidade da supervisão exercida sobre a equipe está diretamente relacionado aos
seguintes fatores: conhecimento e capacidade profissional dos membros da equipe; o
grau de dificuldade previsível dos trabalhos; e alcance de prováveis impropriedades ou
irregularidades a detectar no órgão ou entidade examinada.
• Obtenção de evidências: Em atendimento aos objetivos da atividade, o auditor deve
realizar, na extensão julgada necessária, os testes ou provas adequadas nas circuns-
tâncias, para obter evidências qualitativamente aceitáveis que fundamentem, de forma
objetiva, seu trabalho. Na obtenção da evidência, o auditor deve guiar-se pelos critérios
de importância relativa e de níveis de riscos prováveis. A importância relativa refere-se
ao significado da evidência no conjunto de informações. Os níveis de riscos prováveis
referem-se à probabilidade de erro na obtenção e comprovação da evidência.

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Tratamento de impropriedades e irregularidades:


Impropriedade consiste em falhas de natureza formal de que não resulte dano ao erário,
porém evidencia-se a não observância aos princípios de legalidade, legitimidade, eficiência,
eficácia e economicidade. A irregularidade é caracterizada pela não observância desses prin-
cípios, constatando-se a existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregulari-
dade de que resulte prejuízo quantificável para o Erário.
Embora não seja o objetivo primordial da auditoria a busca de impropriedades ou de ir-
regularidades, o auditor deve estar consciente da probabilidade de, no decorrer dos exames,
defrontar-se com tais ocorrências.
Ao verificar a ocorrência de irregularidades, o auditor deve levar o assunto, por escrito,
ao conhecimento do dirigente da unidade ou entidade examinada, solicitando os esclareci-
mentos e as justificativas pertinentes, quando isso não implicar risco pessoal. Na hipótese
de risco pessoal, deve informar a ocorrência ao seu dirigente que o orientará e adotará as
providências necessárias.

Normas Relativas à Opinião do Auditor

Os Relatórios constituem‑se na forma pela qual os resultados dos trabalhos realizados


são levados ao conhecimento das autoridades competentes, com as seguintes finalidades:
a) à direção, fornecendo dados para tomada de decisões sobre a política de área su-
pervisionada;
b) às gerências executivas, com vistas ao atendimento das recomendações sobre as ope-
rações de sua responsabilidade;
c) aos responsáveis pela execução das tarefas, para correção de erros detectados;
d) ao Tribunal de Contas da União, como resultado dos exames efetuados; e
e) a outras autoridades interessadas, dependendo do tipo ou forma de auditoria/fiscali-
zação realizada.

Certificação em Auditoria de Contas (de Gestão)

O Certificado é o documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno


sobre a exatidão e regularidade, ou não, da gestão e a adequação, ou não, das peças exami-
nadas. Tipos de certificado:

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Opinião sobrestada: Quando o órgão de auditoria não obtiver elementos comprobatórios


suficientes e adequados, de tal modo que o impeça de formar opinião quanto à regularidade
da gestão, a opinião decorrente dos exames fica sobrestada, por prazo previamente fixado
para o cumprimento de diligência pelo órgão ou entidade examinados, quando então, median-
te novos exames, o órgão de auditoria emitirá o competente Certificado.
O Parecer do dirigente do órgão de controle interno é peça compulsória a ser inserida nos
processos de tomada e prestação de contas, que serão remetidos ao Tribunal de Contas da
União. O parecer constitui-se na peça documental que expressa a avaliação conclusiva do
Sistema de Controle Interno sobre a gestão examinada, para que os autos sejam submeti-
dos à autoridade competente. O parecer consignará qualquer irregularidade ou ilegalidade
constatada, indicando as medidas adotadas para corrigir as falhas identificadas, bem como
avaliará a eficiência e a eficácia da gestão, inclusive quanto à economia na utilização dos
recursos públicos.
A Nota é o documento destinado a dar ciência ao gestor/administrador da área examina-
da, no decorrer dos exames, das impropriedades ou irregularidades constatadas ou apuradas
no desenvolvimento dos trabalhos. Tem a finalidade de obter a manifestação dos agentes
sobre fatos que resultaram em prejuízo ao erário ou de outras situações que necessitem de
esclarecimentos formais.
Eventos ou Transações Subsequentes - Na ocorrência de eventos ou transações sub-
sequentes ao período examinado que, pela sua relevância, possam influir substancialmente
na posição financeira e patrimonial da unidade ou entidade examinada, é indispensável que
esses fatos sejam considerados em seu Certificado.

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Relatório da auditoria governamental

O Relatório Comunica ao Leitor:

Requisitos de Qualidade dos Relatórios:

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Marcelo Aragão

CLAREZA: produzir textos de fácil compreensão.


CONVICÇÃO: expor os achados e as conclusões com firmeza, demonstrando
certeza da informação comunicada.

C CONCISÃO: ir direto ao assunto, utilizando linguagem sucinta, transmitindo o


máximo de informações de forma breve, exata e precisa.
COMPLETUDE: apresentar toda a informação e todos os elementos necessários
para satisfazer os objetivos da auditoria, permitir a correta compreensão dos fatos
e situações relatadas.
EXATIDÃO: apresentar as necessárias evidências para sustentar seus
E achados, conclusões e propostas, procurando não deixar espaço para contra-
argumentações.
RELEVÂNCIA: expor apenas aquilo que tem importância dentro do contexto e que
R
deve ser levado em consideração em face dos objetivos da auditoria.
TEMPESTIVIDADE: emitir tempestivamente os relatórios de auditoria para
T que sejam mais úteis aos leitores destinatários, particularmente aqueles a quem
cabem tomar as providências necessárias.
OBJETIVIDADE: harmonizar o relatório em termos de conteúdo e tom. A
O credibilidade de um relatório é reforçada quando as evidências são apresentadas
de forma imparcial.

Dicas importantes sobre relatório da auditoria governamental:


• Para cada auditoria, elabora-se um relatório escrito;
• Eventuais limitações ao escopo do trabalho devem ser relatadas;
• Os relatórios de auditoria devem incluir uma declaração dos auditores de que os traba-
lhos foram realizados em conformidade com as Normas, desde que todos os requisitos
nelas previstos tenham sido observados;
• O principal instrumento de apoio à elaboração do relatório de auditoria é a matriz de
achados;
• Os achados devem ser relatados por ordem decrescente de importância;
• Podem ser citadas obras técnicas, sem autorização prévia do autor, desde que citada
a autoria;
• É prática comum encaminhar uma versão preliminar do relatório ao auditado, para que
apresente suas manifestações e justificativas, que devem ser analisadas pela equipe
de auditoria e o resultado da análise relatado;
• No caso de TCs, os resultados das auditorias só podem ser divulgados após a apre-
ciação pelos colegiados, salvo expressa autorização do relator ou do próprio Tribunal;
• Os relatórios devem preservar informações sigilosas; informações e documentos pro-
tegidos por sigilo constitucional ou legal somente poderão integrar autos de processos
de controle externo mediante autorização judicial para seu compartilhamento.

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Formação da opinião em auditoria contábil


O auditor, especificamente, deve avaliar se, segundo os requisitos da estrutura de relatório
financeiro aplicável:
• as demonstrações contábeis divulgam apropriadamente as principais políticas contá-
beis selecionadas e aplicadas. Ao realizar essa avaliação, o auditor deve considerar a
relevância das políticas contábeis para a entidade e se elas foram elaboradas de forma
compreensível;
• as políticas contábeis selecionadas e aplicadas são consistentes com a estrutura de
relatório financeiro aplicável e se são apropriadas;
• as estimativas contábeis feitas pela administração são razoáveis;
• as informações apresentadas nas demonstrações contábeis são relevantes, confiáveis,
comparáveis e compreensíveis;
• as demonstrações contábeis fornecem divulgações adequadas para permitir que os
usuários previstos entendam o efeito de transações e eventos relevantes sobre as in-
formações incluídas nas demonstrações contábeis; e
• a terminologia utilizada nas demonstrações contábeis, incluindo o título de cada de-
monstração contábil, é apropriada.

Quando as demonstrações contábeis são elaboradas de acordo com a estrutura de apre-


sentação adequada, a avaliação requerida, conforme exposto acima, deve incluir, também, se
as demonstrações contábeis propiciam uma apresentação adequada.
Tipos de Opinião em Auditoria Contábil:

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Distorções

• Distorções relevantes ensejam opinião com ressalva ou adversa. A opção pela ressalva
ou opinião adversa depende da generalização dos efeitos.
• Distorção é a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação de
uma demonstração contábil relatada (divulgada nas demonstrações) e o valor, a classi-
ficação, a apresentação ou a divulgação que é exigida para que o item esteja de acordo
com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

Data do relatório do auditor:


• A data do relatório/parecer do auditor não pode ser anterior à data em que ele obteve
evidência de auditoria suficiente e apropriada para opinar sobre as demonstrações.

Limite da opinião do auditor:


• O parecer/opinião do auditor independente tem por limite os próprios objetivos da au-
ditoria das demonstrações contábeis e não representa, pois, garantia de viabilidade
futura da entidade ou algum tipo de atestado de eficácia da administração na gestão
dos negócios.

Parágrafos de ênfase x Parágrafos de outros assuntos:

Parágrafo de ênfase no relatório do auditor:


• O parágrafo é incluído em uma seção separada do relatório;
• O parágrafo de ênfase faz referência à nota explicativa que descreve de forma completa
o assunto;
• Deve indicar ainda que a opinião não se modifica no que diz respeito ao assunto enfa-
tizado (ênfase não é distorção; não é ressalva!).
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• Não confundir parágrafo de ênfase com principais assuntos de auditoria e com pará-
grafo de outros assuntos;
• Localização do § de ênfase no relatório do auditor: depende da natureza das informa-
ções a serem comunicadas e do julgamento do auditor sobre a relevância das informa-
ções para os usuários.

A seguir, listamos as questões vistas nesta aula e comentamos questões adicionais sobre
os assuntos estudados.

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (FADESP/PREFEITURA DE MARABÁ/CONTROLE INTERNO/2019) As técnicas contábeis
consistem em um conjunto organizado de procedimentos adotados para por em prática a
contabilidade e seus princípios e têm como objetivos o registo, o controle, a exposição, a
verificação, a correção e a interpretação do patrimônio e suas variações. NÃO é considerada
uma técnica contábil
a) as demonstrações contábeis, que consistem na exposição da situação financeira e patri-
monial da entidade em determinada data e de suas variações durante certo período.
b) a auditoria, por meio da qual o auditor verifica se a escrituração e as demonstrações con-
tábeis foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
c) a perícia contábil, que é o conjunto de procedimentos técnicos e científicos que levam à
instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio, me-
diante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil.
d) a análise das demonstrações contábeis, que é utilizada na decomposição, comparação e
interpretação do conteúdo das demonstrações contábeis, com o objetivo de gerar informação
útil ao usuário.

002. (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) No que diz respeito aos conceitos e às classifica-


ções aplicados à auditoria, julgue os itens a seguir.
Auditoria é um processo sistemático em que o auditor procura avaliar se as evidências en-
contradas produzem informação convergente com os critérios preestabelecidos e se essas
evidências são competentes e suficientes para lhe permitir fundamentar sua opinião.

003. (ESAF/MF/CONTADOR/2013) Em conformidade com as normas de auditoria, para que


um auditor seja considerado experiente, deve demonstrar que tem experiência prática de au-
ditoria e conhecimento razoável de:
a) processos de auditoria, demandas judiciais e de relatórios econômicos e financeiros que
servem de base para a estratégia de negócios semelhantes e dos concorrentes.
b) normas tributárias, processos de produção das principais atividades econômicas e forma-
ção em administração de empresas, economia ou contabilidade.
c) ambiente de negócios que opera a entidade, experiência prática de planejamento de au-
ditorias em empresas semelhantes e concorrentes, atuação em auditoria em tempo supe-
rior a 5 anos.
d) normas de auditoria e exigências legais, assuntos de auditoria e de relatório financeiro re-
levantes ao setor de atividade da entidade e processos de auditoria.
e) normas contábeis, identificação de fraudes e atuação em auditoria em tempo supe-
rior a 3 anos.

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004. (FGV/MP-AL/AUDITOR/2018) Uma entidade, para verificar a implementação de políticas


públicas pela Administração, em relação aos princípios da eficácia, economicidade, eficiência,
equidade e efetividade, deve adotar a Auditoria
a) de Conformidade.
b) Operacional.
c) de Demonstrações Contábeis.
d) de Sistemas Contábeis.
e) de Obras Públicas.

005. (FGV/NITERÓI/AUDITOR/2018) Assinale a opção que indica o instrumento de Audito-


ria Governamental que deve ser adotado quando se examina a legalidade, a legitimidade e
a economicidade dos atos de gestão, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário,
patrimonial e operacional.
a) Auditoria Operacional.
b) Auditoria de Demonstrações Contábeis.
c) Auditoria de Conformidade.
d) Auditoria Orçamentária.
e) Auditoria de Sistemas Contábeis e Financeiros Informatizados.

006. (CESPE/TCDF/ACE/2014) Quando, em um parecer de auditoria, se fizer referência à eco-


nomicidade de determinada aquisição de bens ou serviços realizada por órgão público, se
estará referindo à oportunidade de redução de custos na compra auditada, mantendo-se um
nível adequado de qualidade.

007. (IDECAN/CÂMARA MUN. DA SERRA/AUDITOR/2014) A auditoria tem por objetivo pri-


mordial garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública. Essa auditoria é exer-
cida nos meandros da máquina pública em todos as unidades e entidades públicas federais,
observando os aspectos relevantes relacionados à avaliação dos programas de governo e
da gestão pública. De acordo com a Instrução Normativa n. 01/2001 são classificações da
auditoria, EXCETO:
a) Auditoria contábil.
b) Auditoria de avaliação da gestão.
c) Auditoria de fiscalização da gestão.
d) Auditoria de acompanhamento da gestão.

008. (FGV/NITERÓI/AUDITOR/2018) Sobre os objetivos da Auditoria Operacional, assinale a


afirmativa correta.

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a) Acompanha ações gerenciais, avalia a eficácia dos resultados em relação aos recursos
disponíveis e auxilia a administração na gerência e nos resultados, por recomendações que
visem aprimorar os procedimentos.
b) Obtém elementos comprobatórios que permitem opinar se os registros contábeis foram
efetuados de acordo com os princípios e se as demonstrações deles originárias refletem,
adequadamente, a situação do patrimônio.
c) Examina fatos ou situações consideradas relevantes, incomuns ou extraordinárias, para
atender determinação do Prefeito do Município, do Controlador Geral, dos Secretários Muni-
cipais ou de outras autoridades.
d) Acompanha, examina e avalia a execução dos programas e projetos governamentais, bem
como a aplicação de recursos descentralizados.
e) Assegura a adequação, a privacidade dos dados e as informações oriundas de processa-
mento de dados, observando a legislação específica.

009. (FGV/MP-AL/AUDITOR/2018) O auditor, ao realizar auditoria governamental, concluiu


que os eventos, as transações e os demais atos de gestão pública examinados não estavam
em conformidade com a legislação e as normas específicas, de modo que as demonstrações
contábeis não representavam adequadamente a posição orçamentária, contábil, financeira e
patrimonial do ente auditado. Em relação à natureza da opinião do auditor, o profissional de
auditoria governamental deve emitir um relatório
a) de auditoria especial.
b) com ressalvas.
c) adverso.
d) com abstenção ou negativa de opinião.
e) de revisão limitada.

010. (FGV/MP-AL/AUDITOR/2018) Entre os requisitos de qualidade do relatório de auditoria


governamental está a relevância. Em relação à relevância, assinale a afirmativa correta.
a) Os relatórios, em face dos objetivos da auditoria, devem expor apenas o que tem importân-
cia dentro do contexto.
b) Os relatórios devem apresentar as evidências necessárias para sustentar seus achados e
conclusões, não deixando espaço para contra-argumentos.
c) Os relatórios devem ser emitidos tempestivamente para que tenham utilidade para os des-
tinatários, particularmente para aqueles que devem tomar as providências necessárias.
d) Os relatórios devem ser apresentados de forma equilibrada em termos de conteúdo e tom.
e) Os relatórios devem incluir todos os elementos necessários para satisfazer os objetivos da
auditoria, permitindo a correta compreensão dos fatos e das situações relatadas.

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EXERCÍCIOS
011. (FGV/CI/PE/ANALISTA/2009) O conjunto de procedimentos de auditoria aplicados com
o objetivo avaliar o desempenho e a eficácia/efetividade das operações, dos sistemas de in-
formação e dos métodos de administração, é denominado:
a) auditoria especial.
b) auditoria contábil.
c) auditoria externa.
d) auditoria operacional.
e) auditoria estratégica operacional.

012. (FGV/FUNDAÇÃO PRO-SANGUE/SP/2013) A auditoria governamental que dá ênfase em


avaliar aos controles utilizados nas diversas atividades desenvolvidas pelo ente público, com
base no levantamento das rotinas e procedimentos adotados e na realização de exames para
validar os controles existentes e identificar a necessidade de aperfeiçoamento ou implemen-
tação de outros controles, é uma Auditoria
a) contábil.
b) de Rotina.
c) de Conformidade.
d) operacional.
e) sistêmica.

013. (FGV/CONDER/CONTADOR/2013) Com relação à auditoria no setor público, analise as


afirmativas a seguir
I – Sua finalidade básica é comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos e fatos adminis-
trativos e avaliar os resultados alcançados.
II – Seu objetivo primordial é o de garantir resultados operacionais na gerência da coi-
sa pública.
III – A abrangência de atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal
inclui as atividades de gestão das unidades da administração direta e entidades da Adminis-
tração Indireta.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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014. (FGV/TCE/BA/ANALISTA/2013) Sobre auditoria governamental, analise as afirmati-


vas a seguir.
I – O exame da legitimidade é mais importante no tipo de auditoria de conformidade.
II – A auditoria de avaliação de programas de governo é adequada para avaliar os processos
licitatórios de compras e serviços com a finalidade do cumprimento do projeto ou da ativida-
de aprovada no orçamento.
III – A forma mais adequada de auditoria governamental é a indireta integrada, por oferecer
maior isenção ou neutralidade no parecer.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

015. (FGV/SUDENE/PE/ANALISTA CI/2013) O tipo de auditoria governamental que “atua nas


áreas inter‐relacionadas do órgão/entidade, avaliando a eficácia dos seus resultados em re-
lação aos recursos materiais, humanos e tecnológicos disponíveis, bem como a economici-
dade e eficiência dos controles internos existentes para a gestão dos recursos públicos” é
denominada
a) burocrática.
b) programática.
c) operacional.
d) sistêmica.
e) contábil.

016. (FGV/CONDER/CONTADOR/2013) Na emissão do Relatório de Auditoria segundo as nor-


mas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal, é necessário que sejam observados
os requisitos apresentados a seguir, à exceção de um. Assinale‐o.
a) Identificar o número do processo, o período e a unidade ou entidade examinada.
b) Relatar sobre o cumprimento, ou não, das diretrizes governamentais e normas le-
gais vigentes.
c) Definir o objetivo da auditoria e identificar as demonstrações financeiras examinadas, no
caso de auditoria contábil.
d) Declarar que o exame foi efetuado em toda sua extensão, sem destacar o risco e a amos-
tragem utilizada.
e) Identificar o local em que foi realizado o trabalho.

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017. (FGV/SEGEP/MA/AUDITOR/2014) Assinale a alternativa que indica a auditoria que, com


a finalidade de aperfeiçoar a gestão pública, promove o exame independente e objetivo da
economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades go-
vernamentais.
a) Auditoria Funcional Programática.
b) Auditoria de Regularidade.
c) Auditoria Operacional.
d) Auditoria de Gestão.
e) Auditoria Financeira.

018. (FGV/TCE/RJ/AUDITOR/2015) O procedimento de auditoria governamental realizado


com o objetivo de avaliação da performance da Administração Pública quanto à economici-
dade, à eficiência, à eficácia e à efetividade denomina-se:
a) tomada de contas especial;
b) auditoria de conformidade;
c) inspeção extraordinária;
d) análise econômico-financeira;
e) auditoria operacional.

019. (FGV/NITERÓI/AUDITOR/2018) O relatório é o principal produto de uma auditoria, sendo


o meio pelo qual a equipe de auditoria expressa sua opinião e emite seus comentários e suas
sugestões. Assinale a opção que indica o requisito de qualidade que deve orientar a redação
do relatório.
a) Tempestividade: o relatório deve ser de fácil leitura e compreensão para o usuário
destinatário.
b) Clareza: o relatório não deve se estender para transmitir e respaldar a mensagem, uma
vez que detalhes excessivos, além de ocultar a mensagem real, podem confundir ou distrair
os usuários.
c) Concisão: deve-se maximizar o uso do relatório de auditoria, fornecendo informações rele-
vantes a tempo de responder às necessidades legítimas dos gestores da entidade, autorida-
des do legislativo e outros usuários.
d) Completude: o relatório deve conter evidências suficientes e apropriadas, necessárias para
satisfazer os objetivos da auditoria e promover o entendimento das questões relatadas.
e) Objetividade: a validade dos achados, a razoabilidade das conclusões e o benefício da im-
plementação das recomendações são mais convincentes quando suportados por evidências
suficientes e apropriadas.

020. (ESAF/CVM/2010) Uma das finalidades da Auditoria Governamental é dar suporte ao


exercício pleno da supervisão ministerial, por meio das seguintes atividades básicas, exceto:

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a) avaliar a execução dos programas de governo, dos contratos, convênios, acordos, ajustes
e outros instrumentos congêneres.
b) gerenciar os sistemas de informações e a utilização dos recursos computacionais das uni-
dades da administração direta e entidades supervisionadas.
c) observar o cumprimento, pelos órgãos e entidades, dos princípios fundamentais de plane-
jamento, coordenação, descentralização, delegação de competência e controle.
d) avaliar o desempenho administrativo e operacional das unidades da administração direta
e entidades supervisionadas.
e) verificar o controle e a utilização dos bens e valores sob uso e guarda dos administradores
ou gestores.

021. (FCC/DPE/RS/CONTADOR/2013) É um dos objetos sujeitos à atuação do Sistema de


Controle Interno do Poder Executivo Federal, nos órgãos da Administração Direta, entidades
da Administração Indireta e entidades privadas:
a) apreciação das contas prestadas anualmente pelos administradores públicos, mediante
parecer prévio, que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento.
b) os processos de concessão de empréstimos a Estados e Municípios destinados a cobrir
déficit orçamentário.
c) avaliação do cumprimento dos limites mínimos de gastos com a segurança pública, a edu-
cação e a saúde realizados pelos entes da federação em cada exercício financeiro.
d) os contratos firmados por gestores públicos com entidades públicas ou privadas para
prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais.
e) verificação do cumprimento dos limites e condições relativos à realização de operações de
crédito dos entes da Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou indi-
retamente, em cada exercício financeiro.

022. (FCC/DPE/RS/CONTADOR/2013) Com relação ao Sistema de Controle Interno do Poder


Executivo Federal, a abrangência de sua atuação, dentre outros, inclui
a) projetos financiados por recursos externos e projetos de cooperação junto a organismos
internacionais.
b) avaliação do cumprimento, em cada exercício financeiro, dos limites de gastos com pes-
soal, com a amortização da dívida, de cada ente da federação, para efeito de autorização de
operações de crédito.
c) aplicação aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa, multa proporcional ao
dano causado ao erário, comunicando a decisão ao Ministério Público.
d) exame da regularidade e a avaliação da eficiência e a eficácia da gestão administrativa e
dos resultados alcançados pelas empresas prestadoras de serviços públicos.
e) realização, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, inspeções
e auditoria de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nos ór-
gãos e entidades da administração pública federal.

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023. (CESPE/SECGE/PE/ANALISTA/2010) Constitui objeto da auditoria operacional


a) o exame de fatos ou situações relevantes, de natureza incomum, realizado mediante soli-
citação de autoridade superior.
b) a verificação de registros e documentos, em consonância com os princípios contábeis e
demais normas legais pertinentes.
c) a emissão de opinião sobre a regularidade das contas e a execução dos contratos e instru-
mentos afins.
d) a análise dos processos por meio dos quais os dados e as informações são obtidos, trata-
dos e fornecidos.
e) a avaliação da eficiência, eficácia, economicidade e efetividade da gestão, considerando o
uso dos recursos e os resultados alcançados.

024. (FCC/TRT/12ª REG/ANALISTA/2013) Uma auditoria realizada com o objetivo de exami-


nar se os recursos estão sendo usados eficientemente em um programa da área da saúde é
denominada de auditoria
a) de conformidade.
b) contábil.
c) operacional.
d) de regularidade.
e) de legalidade.

025. (FCC/TRT/18ª REG/ANALISTA/2013) Entre as cinco naturezas de auditorias citadas no


Art. 71 da Constituição Federal de 1988, a orçamentária é considerada pelas Normas de Au-
ditoria do Tribunal de Contas da União como auditoria
a) de conformidade.
b) operacional.
c) contábil.
d) de sistemas.
e) de qualidade.

026. (FCC/TRE/CE/ANALISTA/2012) Segundo as normas de auditoria do TCU, adotadas a


partir da Portaria no 280/2010, alterada pela Portaria 168/2011, em relação à classificação
das auditorias, aquela que “objetiva examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efeti-
vidade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de ava-
liar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública” classifica-se
como auditoria
a) de conformidade.
b) contábil.

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c) operacional.
d) de sistema.
e) interna.

027. (CESPE/TCM/BA/AUDITOR/2018) Assinale a opção que apresenta característica da au-


ditoria de regularidade.
a) a flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria e métodos de trabalho
b) ampla seleção de métodos de investigação de diferentes áreas do conhecimento, em es-
pecial das ciências sociais
c) relatório com aspectos de economicidade e eficiência na aquisição e aplicação dos recursos
d) conclusões expressas sob a forma de opinião concisa e de formato padronizado sobre os
demonstrativos financeiros
e) exame da materialidade com base em considerações sobre a natureza ou o contexto do
objeto auditado

028. (VUNESP/TCE-SP/AGENTE DE FISCALIAÇÃO/2017) No que diz respeito à auditoria go-


vernamental, é correto afirmar:
a) o escopo abrange as auditorias de regularidade e as operacionais.
b) a metodologia deve abranger exame de legalidade, legitimidade, razoabilidade, impessoali-
dade, publicidade e moralidade dos atos administrativos, independentemente dos resultados
das políticas públicas e vedada, em qualquer hipótese, a revisão de programas de governo.
c) tem por objetivo detectar erros, fraudes e outras irregularidades que afetem a posição pa-
trimonial, econômica e financeira do ente auditado.
d) não alcança o sistema de controle interno e as funções de auditoria interna dos órgãos e
entidades da Administração Pública.
e) a opinião do auditado acerca dos achados constatados não deve ser considerada na elabo-
ração do relatório pelos profissionais de auditoria, em respeito ao princípio da imparcialidade.

029. (VUNESP/TCE-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO/2017) Em artigo de opinião publicado no


Jornal Folha de São Paulo, em 9 de março de 2016, intitulado “Muito além dos Jardins do
TCE”, o presidente – na ocasião – do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP),
conselheiro Dimas Ramalho, afirma:
“Equivoca-se quem considera nosso trabalho um mero imperativo burocrático de controle de
orçamentos e licitações. Os serviços que prestamos representam uma análise precisa das
políticas públicas, o que nos dá a honrosa missão de zelar pelos direitos mais fundamentais.
Só avançaremos nesse sentido, porém, se formos além de critérios formais. (...). A evolução
técnica que impulsionamos também precisa vir acompanhada do reconhecimento do TCE-SP
como instituição acessível. Cabe a nós trabalhar para que o cidadão se sinta legitimado a ser
o fiscal em última instância. Com esse propósito, o tribunal ampliará os canais da ouvidoria,

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simplificará a linguagem em suas ações de comunicação e continuará transmitindo suas


sessões pela internet.”
Essa passagem desvela duas tendências da Nova Gestão Pública para a função de controle
exercida pelos Tribunais de Contas (TCs) no Brasil, quais sejam:
a) o crescimento da avaliação dos resultados das ações governamentais e a implantação de
instituições participativas informais de controle externo extrainstitucional.
b) a adoção da auditoria de gestão que analisa a conformidade dos atos da administração
com a legislação e a complementação entre o controle interno e o externo.
c) a emissão de pareceres extraformais sobre a adequação e regularidade da gestão pú-
blica e a transparência passiva e inteligibilidade para a população da fiscalização realizada
pelos TCs.
d) a institucionalização da auditoria operacional na fiscalização da gestão pública e o acerca-
mento entre o controle externo dos TCs e o controle social levado a cabo pela sociedade civil.
e) a mensuração do desempenho das políticas públicas e a responsabilização da sociedade
civil pela desburocratização e melhoria dos processos de controle externo na gestão pública.

030. (FGV/TCE-PI/AUDITOR/2021) De acordo com as especificidades do objeto e do escopo


do trabalho de auditoria, essa pode ser classificada em diversos tipos. A atividade de auditoria
definida como um processo de avaliação do desempenho real, em confronto com o esperado,
seguida da apresentação de recomendações para melhoria do desempenho da organização,
é classificada como auditoria:
a) de compliance;
b) de regularidade;
c) de sistemas;
d) especial;
e) operacional.

031. (FCC/TRE-SP/ANALISTA/2012) Em auditoria governamental, o documento que repre-


senta a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regularidade, ou não, da
gestão e a adequação, ou não, das peças examinadas, devendo ser assinado pela autoridade
competente para tal fim é denominado
a) Relatório.
b) Certificado.
c) Nota.
d) Parecer.
e) Solicitação de auditoria.

032. (ESAF/CGU/ANALISTA/2012) O documento destinado a dar ciência ao gestor/ adminis-


trador da área examinada, no decorrer dos exames, das impropriedades ou irregularidades
constatadas no desenvolvimento dos trabalhos, é denominado:

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a) Certificado.
b) Parecer de Auditoria.
c) Nota.
d) Registro das Constatações.
e) Solicitação de Auditoria.

033. (FCC/TRE/RO/ANALISTA/2013) Na auditoria realizada sobre a prestação de contas anu-


al de determinada fundação pública relativa ao exercício de 2012, em alguns itens auditados
foram verificados irregularidades e impropriedades sem prejuízos ao erário. Em função dos
exames realizados, no âmbito do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, a
opinião sobre as contas da entidade constará do documento denominado
a) relatório.
b) certificado.
c) parecer adverso.
d) acórdão.
e) parecer com ressalvas.

034. (INÉDITA/2019) Acerca da supervisão das auditorias realizadas no setor público federal,
é possível afirmar que
a) o titular do órgão de auditoria deve supervisionar, pessoalmente, todas as atividades que
envolvem a execução do trabalho, não podendo delegar parte das tarefas a supervisores.
b) quanto maior o risco de prováveis impropriedades ou irregularidades, menor será o grau de
intensidade da supervisão exercida sobre a equipe.
c) o grau de intensidade da supervisão independe da capacidade profissional dos membros
da equipe.
d) as evidências da supervisão exercida deverão ficar registradas somente nos relatórios de
auditoria.
e) a supervisão deve abranger a verificação da fiel observância dos objetivos estabelecidos no
programa de auditoria e do cumprimento das normas e dos procedimentos de aplicação geral.

035. (INÉDITA/2019) Relativamente aos requisitos do Certificado de Auditoria, assinale a al-


ternativa correta.
a) o Certificado deve conter assinatura do responsável pela execução dos trabalhos de
auditoria.
b) o parágrafo intermediário deve conter as justificativas do gestor, em face das irregularida-
des apontadas.
c) a data do certificado corresponde à data de assinatura do relatório de auditoria.
d) no parágrafo inicial, deve-se citar o escopo do trabalho em razão do tipo de auditoria
realizada.
e) a opinião quanto à regularidade ou não da gestão examinada deverá ser incluída no pará-
grafo intermediário, observadas as impropriedades ou irregularidades apuradas.

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036. (CESPE/SECGE/PE/2010) No âmbito do Poder Executivo federal, o órgão ou unidade de


controle interno deve elaborar documentos que, como forma de comunicação, reflitam os re-
sultados dos exames realizados. Constitui atributo de qualidade
a) coerência, como expressão da compatibilidade entre as diversas manifestações sobre o
mesmo auditado.
b) integridade, que diz respeito à confiabilidade no caráter do auditor.
c) oportunidade, que se refere à capacidade de só divulgar os resultados na ocasião apropriada.
d) concisão, que corresponde à utilização de linguagem sucinta e resumida, transmitindo o
máximo de informações.
e) convicção, que significa a capacidade do auditor de persuadir o auditado a aceitar as suas
conclusões.

037. (ESAF/CGU/ANALISTA/2012) Se compararmos as normas aplicáveis à auditoria inde-


pendente com as normas aplicáveis à auditoria no setor público, no que tange à emissão de
opinião, é correto afirmar que:
a) na auditoria independente, uma opinião deve ser sempre emitida.
b) grosso modo, uma opinião adversa equivale a um Certificado de Regularidade.
c) o auditor independente pode emitir sua opinião ou abster-se de fazê-lo.
d) ao lidar com fraudes contábeis, o auditor independente deve opinar pela irregularidade.
e) apenas no setor público é possível a abstenção de opinião.

038. (FCC/SEFAZ-PI/AUDITOR/2015) Relativamente à comunicação dos trabalhos de audi-


toria interna, independente e/ou perícia contábil, quando se verificar a não observância da
aplicação dos princípios de legalidade, legitimidade e economicidade, constatando-se a exis-
tência de desfalque ou alcance, que resulte prejuízo quantificável para a fazenda e/ou com-
prometa, substancialmente, as demonstrações financeiras e respectiva gestão dos agentes
responsáveis, no período examinado, a opinião do órgão ou Unidade de Controle Interno de-
signado para o exame deve ser expressa por meio de
a) Certificado de Irregularidade.
b) Certificado de Regularidade com Ressalvas.
c) Laudo Pericial Contábil.
d) Parecer Pericial Contábil em Separado.
e) Relatório com Ressalvas, ou parágrafo de ênfase.

039. (VUNESP/PM ATIBAIA/AUDITOR/2014) O parecer de um auditor sobre demonstração


contábil é assim categorizado como:
a) com ressalva, com abstenção, negativa e sem abstenção.
b) com ressalva, sem ressalva, com abstenção e adverso.

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c) com qualificação, sem qualificação, com ressalva e sem ressalva.


d) com ressalva, qualificado, inverso e negativo.
e) ressalvado, não ressalvado, sem abstenção e com positiva de opinião.

040. (VUNESP/DESENVOLVE SP/AUDITOR/2014) No que tange ao relatório da auditoria, o au-


ditor, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações con-
tábeis e deverá
a) expressar uma opinião parcial.
b) abster-se de opinar.
c) emitir um relatório sem ressalva.
d) expressar uma opinião adversa.
e) emitir um relatório qualificado.

041. (VUNESP/PM ATIBAIA/AUDITOR/2014) Ao conduzir uma auditoria de demonstrações


contábeis, um dos objetivos gerais do auditor é o de apresentar relatório sobre as demons-
trações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as
constatações do auditor, bem como, e sem prejuízo, em obter segurança razoável de que
as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorções relevantes, indepen-
dentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando, assim, que o auditor expresse
sua opinião
a) sobre a estrutura de controles internos.
b) sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes,
em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
c) adversa, devido a indícios de fraudes ocorridas em detrimento das demonstrações
contábeis.
d) sobre se os responsáveis pela governança na elaboração das demonstrações contábeis
seguiram parcialmente os pronunciamentos contábeis aplicados.
e) sobre a forma como as demonstrações contábeis foram elaboradas.

042. (FCC/TCM-GO/CONSELHEIRO/2015) O Auditor deve formar sua opinião sobre se as de-


monstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com
a estrutura de relatório financeiro aplicável. O Auditor deve concluir que as demonstrações
contábeis não apresentam distorções relevantes. Essa conclusão deve considerar, se
a) as informações apresentadas nas demonstrações contábeis são importantes, fidedignas
e inteligíveis.
b) as demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes
ajustadas, com base em evidência de auditoria obtida.

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c) foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente.


d) as demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, representam as transações e
eventos de modo a revelar uma apresentação exata.
e) a terminologia usada nas demonstrações contábeis, incluindo o título de cada demonstra-
ção contábil, é padronizada.

043. (VUNESP/TJ/SP/CONTADOR/2015) A opinião de um auditor no Relatório de Audito-


ria pode ser
a) sem ressalva, quando não é possível obter evidência apropriada para suportar a opinião da
auditoria.
b) com ressalva, quando as demonstrações contábeis estão elaboradas de acordo com a es-
trutura do relatório financeiro.
c) com ressalva, quando as distorções existentes são relevantes e generalizadas para as de-
monstrações contábeis.
d) adversa, quando não é possível obter evidência apropriada para suportar a opinião da
auditoria.
e) adversa, quando as distorções existentes são relevantes e generalizadas para as demons-
trações contábeis.

044. (VUNESP/COTIA-SP/CONTADOR/2017) O profissional de auditoria governamental ao


concluir que o efeito de qualquer discordância ou dúvida quanto a um ou mais elementos es-
pecíficos que sejam relevantes, assim como a restrição na extensão ou limitação ao escopo
de um trabalho, mas que não seja de grande magnitude que restrinja ou limite sua opinião,
nesse caso, emitirá um relatório de auditoria
a) adverso.
b) negativa de opinião.
c) abstenção de opinião.
d) sem ressalva.
e) com ressalva.

045. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018) Opinião adversa aplica-se


a) quando a obtenção de auditoria apropriada e suficiente for possível.
b) às demonstrações contábeis que apresentam distorções relevantes, mas não generalizadas.
c) às demonstrações contábeis que apresentam distorções relevantes, mas generalizadas.
d) às demonstrações contábeis que apresentam distorções generalizadas, mas não relevantes.
e) quando a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente for impossível.

046. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018) Denominam-se efeitos generalizados de distorções


nas demonstrações financeiras os efeitos que

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a) são secundários para o entendimento dos usuários quanto às divulgações.


b) apresentam divergência em um grupo específico de contas do ativo.
c) decorrem de ausência de evidências apropriadas para transações específicas da receita.
d) são restritos a uma parte das demonstrações e as afetam de maneira superficial.
e) se encontram disseminados em vários elementos, contas ou itens da demonstração
financeira.

047. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018) No relatório de auditoria o parágrafo de ênfase deve


ser incluído quando o auditor
a) identificar limitação do escopo na fase de execução ou planejamento de auditoria.
b) emitir opinião adversa ou abster-se de emitir opinião em função das evidências.
c) considerar necessário complementar as informações da nota explicativa.
d) identificar distorção relevante e generalizada nas demonstrações financeiras.
e) estiver satisfeito com seu trabalho e não identificar qualquer limitação a ele.

048. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) A respeito da formação da opinião do auditor e da


emissão do relatório de auditoria, assinale a opção correta.
a) a conclusão do auditor deve restringir-se à obtenção de evidência de auditoria apropriada.
b) a avaliação da adequação da apresentação das demonstrações contábeis é obrigatória.
c) o parágrafo introdutório do relatório deve fazer referência ao resumo das principais práti-
cas contábeis.
d) o relatório do auditor independente pode ser emitido por escrito ou oralmente.
e) o relatório do auditor independente deve ser endereçado com exclusividade à administra-
ção da entidade auditada.

049. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) O auditor independente que, ao realizar trabalho de


asseguração em determinada entidade, verificar que os efeitos ou possíveis efeitos de distor-
ções são relevantes, mas não generalizados, deverá emitir conclusão
a) com ressalvas.
b) pela abstenção.
c) adversa.
d) favorável.
e) pela retirada do trabalho.

050. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) Se determinado auditor examinar demonstrações


contábeis que, em sua opinião, não atinjam uma apresentação adequada, embora estejam de
acordo com os requisitos de apresentação das normas técnicas, ele deverá
a) ignorar a forma de apresentação.
b) abster-se de emitir sua opinião.

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c) expressar opinião não modificada.


d) concluir pela existência de distorções relevantes.
e) consultar a administração da entidade e, se necessário, modificar sua opinião.

051. (VUNESP/MP-SP/CONTADOR/2018) Assinale a alternativa correta a respeito do parecer


que deve ser emitido pelo auditor externo, após finalizado o trabalho de auditoria.
a) cabe ao profissional responsável pela auditoria redigir esse parecer de acordo com uma
redação própria, sem levar em conta um modelo pré-fixado.
b) o parecer emitido pelo auditor independente estrutura-se em três pontos: identificação das
demonstrações contábeis e definição das responsabilidades da administração e dos audito-
res; extensão dos trabalhos; e a opinião sobre as demonstrações contábeis.
c) o parecer deve abordar o aspecto tridimensional da gestão: adequação à teoria contábil;
conformação com a legislação vigente; e qualidade dos controles internos da entidade.
d) o parecer deve abordar: previsões de fluxos de caixa para a entidade, considerando-se uma
razoável dose de incerteza; probabilidade de continuidade da entidade para o próximo perío-
do; cenários econômicos para o ramo de negócios da entidade auditada.
e) o parecer emitido pelo auditor é uma etapa de um trabalho que é realizado para as em-
presas de capital aberto. Nesse contexto, deve abordar: cenários econômicos para o ramo
de negócios; previsão de fluxos de caixa para a entidade e sua probabilidade de ocorrência;
aspectos de governança corporativa relacionados.

052. (FCC/CAMARA LEG. DF/ADMINISTRADOR/2018) Suponha que a auditoria das contas


do exercício financeiro de determinada empresa pública tenha identificado evidências de in-
consistência em determinada transação cuja receita tenha sido considerada no respectivo
balanço como Contas a Receber. Tendo em vista a aplicação do critério de competência para
reconhecimento da referida receita, o auditor concluiu que a mesma deveria ter sido conside-
rada no exigível de longo prazo. Considerando as normas de auditoria governamental, caberá
a) relatório com recomendações, que, embora importe aprovação integral das contas, indica
as medidas corretivas de natureza estritamente patrimonial e sem impacto financeiro.
b) a edição de relatório com parágrafo de ênfase, descrevendo a discordância do auditor em
relação ao referido lançamento contábil e apontando a adequação necessária.
c) abstenção de opinião por parte do auditor, tendo em vista a inviabilidade de emissão de
parecer conclusivo em decorrência da inconsistência identificada, eis que passível de afetar
a fidedignidade das contas.
d) a emissão de relatório parcial ou com limitação de escopo, expurgando do exame efetuado
os itens e transações que estejam em desconformidade com as normas contábeis aplicáveis.
e) a emissão de relatório com ressalva quanto ao referido item, desde que o auditor considere
que a extensão do efeito da referida inconsistência não é de magnitude suficiente para ense-
jar parecer adverso.

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053. (VUNESP/MP-SP/CONTADOR/2018) O parecer de auditoria pode configurar-se como


parecer sem ressalva; parecer com ressalva; parecer adverso; e parecer com abstenção de
opinião. Considerada essa classificação, assinale a alternativa correta.
a) o parecer com ressalva implica a total rejeição das demonstrações contábeis e tem essa
situação confirmada pelo parecer com abstenção de opinião, na revisão pelos pares.
b) o parecer com abstenção de opinião busca manter a objetividade do trabalho de auditoria
empreendido e implica a ausência de aspectos de controles internos a ressaltar.
c) o parecer sem ressalvas implica que a entidade está em conformidade com as normas
internacionais de controles internos, como, por exemplo, as emitidas pelo COSO, e apresenta
um cenário econômico adequado para investimento.
d) o parecer adverso deve ser redigido quando o auditor verificar a existência de efeitos, do
ponto de vista de distorções provocadas, ou apresentação incompleta que sejam de tal rele-
vância que comprometam o conjunto das demonstrações contábeis.
e) o parecer adverso pode ser redigido com ressalvas, que se classificam em: com absten-
ção por limitação de extensão; ou por incertezas quanto às práticas contábeis adotadas
pela entidade.

054. (VUNESP/ISS/GUARULHOS-SP/2019) Se as distorções existentes nas demonstrações


são relevantes, mas não generalizadas, o parecer do auditor deve ser
a) sem ressalva.
b) com ressalva.
c) adverso.
d) favorável.
e) com abstenção de opinião.

055. (VUNESP/PM VALINHOS/AUDITOR/2019) O auditor identificou um assunto não apre-


sentado ou não divulgado nas demonstrações contábeis e que, de acordo com o seu julga-
mento, tal assunto é relevante para os usuários entenderem a auditoria, as responsabilida-
des do auditor e seu relatório. Nesse caso, para divulgar esse assunto, o auditor incluirá em
seu relatório
a) um parágrafo de ênfase.
b) uma ressalva.
c) um parágrafo de outros assuntos.
d) uma negativa de opinião.
e) uma modificação no escopo do trabalho.

056. (VUNESP/PM VALINHOS/AUDITOR/2019) No caso da discordância da administração da


empresa em assinar a carta de representação da administração (representação formal – por

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escrito), incluindo suas responsabilidades como administradores sobre a preparação das de-
monstrações financeiras, o auditor deverá
a) cancelar o contrato com o cliente.
b) incluir um parágrafo de ênfase.
c) exigir que o assunto seja incluído em nota explicativa.
d) abster-se de emitir uma opinião.
e) emitir um relatório não modificado.

057. (CESPE/AFTE-RS/AUDITOR/2019) Assinale a opção que apresenta circunstância que


justifique a inclusão de um parágrafo de ênfase no relatório de determinado auditor.
a) sinistro em uma das unidades de armazenamento da empresa auditada que já tenha sido
relatado em notas explicativas e que tenha ocasionado perda de estoques.
b) apreensão, por autoridade governamental, de todos os registros contábeis objeto dos exa-
mes da auditoria, por tempo indeterminado.
c) negativa, pela administração, de acesso aos relatórios de auditoria referentes a investi-
mentos realizados em controlada e não consolidados nas demonstrações contábeis.
d) ausência de registro a valor presente de parcela relevante da conta fornecedores, com con-
sequente efeito generalizado nas demonstrações contábeis.
e) aplicação antecipada e sem autorização legal — já relatada em notas explicativas — de
nova norma contábil, com efeito disseminado de forma generalizada nas demonstrações
contábeis.

058. (CESPE/AFTE-RS/AUDITOR/2019) Considerando que, no relatório de auditoria, o auditor


independente deve emitir opinião acerca da análise realizada das demonstrações contábeis,
assinale a opção que apresenta situação que, encontrada durante auditoria independente
em sociedade anônima, permita ao auditor manter o relatório de auditoria sem mudança
de opinião.
a) existência de nota explicativa às demonstrações financeiras que descreva incerteza rela-
cionada ao resultado de ação judicial trabalhista movida contra a empresa auditada.
b) avaliação de investimento relevante em sociedade controlada pelo custo histórico de
aquisição.
c) adoção do método de avaliação de estoques último que entra primeiro que sai (UEPS).
d) impossibilidade de obtenção de evidência de auditoria acerca das contas a pagar e a rece-
ber da entidade examinada, com efeitos generalizados nas demonstrações financeiras.
e) existência de registro de item de despesa como ativo, cujo impacto tenha sido considerado
em parcela substancial das demonstrações financeiras.

059. (CESPE/CGE-CE/AUDITOR/2019) Auditor independente considera necessário destacar


em seu relatório assunto que tenha sido divulgado ou apresentado nas demonstrações con-

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tábeis e que seja relevante para o melhor entendimento da auditoria pelos usuários. Caso o
tópico não tenha sido destacado como principal assunto de auditoria nem se tenha exigido
modificação de opinião, o auditor deverá incluir em seu relatório um(a)
a) parágrafo de outros assuntos.
b) parágrafo de ênfase.
c) parágrafo de opinião.
d) seção de incerteza relevante.
e) seção de responsabilidade do auditor.

060. (CESPE/TCE-RO/AUDITOR/2019) A auditoria em um ente público foi realizada com a


aplicação de todas as normas e procedimentos adequados. Foram obtidas as comprovações
suficientes para que o auditor responsável fundamentasse a sua opinião de que os eventos,
as transações e os atos de gestão examinados estavam em pouca conformidade com a legis-
lação e com as normas específicas. Além disso, as demonstrações contábeis não representa-
vam adequadamente nem a posição orçamentária, a contábil, a financeira nem a patrimonial
do ente auditado. Nesse caso, o auditor deverá elaborar um relatório
a) com ressalvas.
b) com abstenção de opinião.
c) adverso.
d) de revisão limitada.
e) de natureza especial.

061. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) A não obtenção de evidência de auditoria apropriada e


suficiente para fundamentar sua opinião implica que o auditor:
a) expresse uma opinião adversa, se concluir também que as distorções são relevantes e ge-
neralizadas para as demonstrações contábeis;
b) expresse uma opinião com parágrafo de ênfase, se concluir também que os possíveis efei-
tos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes
e generalizados;
c) expresse uma opinião com ressalva, se concluir também que os possíveis efeitos de dis-
torções não detectadas sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes, mas não
generalizados;
d) expresse uma opinião não modificada, se concluir também que as distorções são relevan-
tes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis;
e) se abstenha de opinar, se concluir também que as distorções poderiam ser relevantes, mas
não generalizadas nas demonstrações contábeis.

062. (FGV/FUNSAUDE/AUDITOR/2021) Um relatório de auditoria com opinião modificada


compreende um relatório com opinião

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a) com ressalva, somente.


b) com ressalva ou adversa, somente.
c) adversa ou abstenção de opinião, somente.
d) com ressalva ou abstenção de opinião, somente.
e) com ressalva, adversa ou abstenção de opinião.

063. (FGV/FUNSAUDE/AUDITOR/2021) Um auditor independente obteve evidência de audito-


ria apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas encontradas em seu trabalho. No
entanto, ele concluiu que não seria possível expressar uma opinião sobre as demonstrações
contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre
essas demonstrações contábeis.
Nesse caso, o relatório do auditor deve ser
a) opinião sem ressalva.
b) opinião com ressalva.
c) opinião adversa.
d) abstenção de opinião.
e) não modificado.

064. (FGV/FUNSAUDE/AUDITOR/2021) Quando o auditor independente modifica a opinião


sobre as demonstrações contábeis e a modificação for decorrente da impossibilidade de se
obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, o auditor deve incluir as razões dessa
impossibilidade na seção
a) base para opinião.
b) principais assuntos de auditoria.
c) responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis.
d) responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações contábeis.
e) outras informações que acompanham as demonstrações contábeis e o relatório do auditor.

(VUNESP/PREF. DE FERRAZ DE VASCONCELOS/CONTADOR/2021) Considere os dados a se-


guir para responder à questão 65.
Observe algumas informações de custos de uma determinada entidade industrial:

Unitário em em R$
Preço de venda 100,00
Custo variável 25,00
Despesa variável 35,00
Global em R$

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Unitário em em R$
Custo fixo 170.000,00
Despesa fixa 130.000,00
Quantidade de unidades produzidas no período 10 000
Capacidade de produção 12 000

065. Sobre o Relatório de Auditoria, é correto afirmar que


a) o auditor deve emitir uma opinião adversa quando não conseguir obter evidência de au-
ditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião e ele concluir que os possíveis
efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam
ser relevantes e generalizados.
b) opinião modificada compreende “Opinião sem ressalva”, “Opinião adversa” ou “Abstenção
de opinião” sobre as demonstrações contábeis.
c) quando o auditor expressa uma “Abstenção de Opinião”, ele deve especificar os motivos na
seção “Base para opinião adversa”.
d) quando o auditor se abstém de expressar uma opinião devido à impossibilidade de se obter
evidência de auditoria, ele não expressa opinião sobre as demonstrações contábeis.
e) se, depois de aceitar o trabalho, o auditor tomar conhecimento que a administração impôs
uma limitação ao alcance da auditoria que tem, segundo ele, probabilidade de resultar na
necessidade de expressar uma “Opinião com ressalva” ou abster-se de expressar uma opi-
nião sobre as demonstrações contábeis, o auditor deve solicitar que o conselho fiscal retire a
limitação.

066. (VUNESP/PREFEITURA DE JAGUARIÚNA/CONTADOR/2021) Se o auditor considera ne-


cessário chamar a atenção dos usuários para um assunto apresentado ou divulgado nas de-
monstrações contábeis que, segundo seu julgamento, é de tal importância que é fundamental
para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis, ele deve incluir, desde
que, como resultado desse assunto, não fosse exigido que o auditor modificasse a opinião, ou
o assunto não tenha sido determinado como um principal assunto de auditoria a ser comuni-
cado no relatório do auditor
a) uma ressalva no seu relatório.
b) uma opinião adversa em seu exame.
c) uma negativa de opinião.
d) um parágrafo de informação reportado.
e) um parágrafo de ênfase no seu relatório.

067. (VUNESP/CODEN/CONTADOR/2021) O auditor, na impossibilidade, de fato, de se obter


evidência de auditoria apropriada e suficiente em seus trabalhos de exame de demonstrações
financeiras, emitirá um relatório

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a) com ressalva, apenas.


b) com abstenção de opinião.
c) de controles internos.
d) com opinião adversa.
e) com negativa de opinião.

068. (FGV/SEFAZ-AM/AUDITOR FISCAL/2022) No relatório do auditor independente, uma de-


monstração contábil deve ser mencionada no parágrafo de Outros Assuntos. Assinale a op-
ção que indica, de acordo com as normas de auditoria, a demonstração contábil e o motivo
para a apresentação.
a) Demonstração do Valor Adicionado, por ter obrigatoriedade recente no Brasil.
b) Demonstração do Valor Adicionado, por não ser obrigatória de acordo com as normas in-
ternacionais.
c) Demonstração do Resultado Abrangente, por ter obrigatoriedade recente no Brasil.
d) Demonstração do Resultado Abrangente, por poder ser apresentada em conjunto com ou-
tras demonstrações contábeis.
e) Demonstração dos Fluxos de Caixa, por ter substituído a Demonstração de Origens e Apli-
cações de Recursos.

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GABARITO
1. c 37. c
2. C 38. a
3. d 39. b
4. b 40. d
5. c 41. b
6. C 42. c
7. c 43. e
8. a 44. e
9. c 45. c
10. a 46. e
11. d 47. e
12. d 48. c
13. e 49. a
14. a 50. e
15. c 51. b
16. d 52. e
17. c 53. d
18. e 54. b
19. d 55. c
20. b 56. d
21. d 57. a
22. a 58. a
23. e 59. b
24. c 60. c
25. a 61. c
26. c 62. e
27. d 63. d
28. a 64. a
29. d 65. d
30. e 66. e
31. b 67. b
32. c 68. b
33. b
34. e
35. d
36. d

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GABARITO COMENTADO
011. (FGV/CI/PE/ANALISTA/2009) O conjunto de procedimentos de auditoria aplicados com
o objetivo avaliar o desempenho e a eficácia/efetividade das operações, dos sistemas de in-
formação e dos métodos de administração, é denominado:
a) auditoria especial.
b) auditoria contábil.
c) auditoria externa.
d) auditoria operacional.
e) auditoria estratégica operacional.

O conjunto de procedimentos de auditoria, aplicado com o objetivo avaliar o desempenho (efi-


ciência/economia) e os resultados alcançados (eficácia/efetividade) das operações, dos sis-
temas de informação e dos métodos de administração, é denominado auditoria operacional.
Letra d.

012. (FGV/FUNDAÇÃO PRO-SANGUE/SP/2013) A auditoria governamental que dá ênfase em


avaliar aos controles utilizados nas diversas atividades desenvolvidas pelo ente público, com
base no levantamento das rotinas e procedimentos adotados e na realização de exames para
validar os controles existentes e identificar a necessidade de aperfeiçoamento ou implemen-
tação de outros controles, é uma Auditoria
a) contábil.
b) de Rotina.
c) de Conformidade.
d) operacional.
e) sistêmica.

A auditoria que dá ênfase em avaliar aos controles utilizados nas diversas atividades desen-
volvidas pelo ente público, com base no levantamento das rotinas e procedimentos adotados
e na realização de exames para validar os controles existentes e identificar a necessidade de
aperfeiçoamento ou implementação de outros controles é a auditoria operacional.
O escopo de uma auditoria operacional é muito extenso, abrangendo não só a verificação do
desempenho e dos resultados alcançados por um órgão, entidade, programa etc, mas tam-
bém os seguintes objetivos: comprovar a conformidade às diretrizes, políticas, estratégias e
ao universo normativo; avaliar os controles internos; identificar procedimentos desnecessá-
rios ou em duplicidade e recomendar sua correção; identificar as áreas críticas e riscos po-
tenciais, proporcionado as bases para sua eliminação ou redução; melhorar o desempenho e

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aumentar o êxito das organizações; avaliar as medidas adotadas para a preservação dos ati-
vos e do patrimônio para evitar o desperdício de recursos; aferir a confiabilidade, a segurança,
a fidedignidade e a consistência dos sistemas administrativos, gerenciais e de informação;
avaliar o alcance dos objetivos e metas identificando as causas dos desvios, quando houver;
identificar áreas que concorrem para aumento e/ou diminuição de custos e/ou receitas; reco-
mendar e assessorar a implantação de mudanças.
Letra d.

013. (FGV/CONDER/CONTADOR/2013) Com relação à auditoria no setor público, analise as


afirmativas a seguir
I – Sua finalidade básica é comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos e fatos adminis-
trativos e avaliar os resultados alcançados.
II – Seu objetivo primordial é o de garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública.
III – A abrangência de atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal
inclui as atividades de gestão das unidades da administração direta e entidades da Adminis-
tração Indireta.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Afirmativa I – Correto. A finalidade básica da auditoria governamental é comprovar a legalida-


de e legitimidade dos atos e fatos administrativos e avaliar os resultados alcançados, quan-
to aos aspectos de eficiência, eficácia e economicidade da gestão orçamentária, financeira,
patrimonial, operacional, contábil e finalística das unidades e das entidades da administra-
ção pública, em todas as suas esferas de governo e níveis de poder, bem como a aplicação
de recursos públicos por entidades de direito privado, quando legalmente autorizadas nes-
se sentido.
Afirmativa II – Correto. O objetivo primordial da auditoria é o de garantir resultados operacio-
nais na gerência da coisa pública. Essa auditoria é exercida nos meandros da máquina públi-
ca em todas as unidades e entidades públicas federais, observando os aspectos relevantes
relacionados à avaliação dos programas de governo e da gestão pública.
Afirmativa III – Correto. A abrangência de atuação do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal (auditoria governamental interna) inclui, entre outros aspectos, as ativida-
des de gestão das unidades da administração direta e entidades da Administração Indireta.
Letra e.

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014. (FGV/TCE/BA/ANALISTA/2013) Sobre auditoria governamental, analise as afirmati-


vas a seguir.
I – O exame da legitimidade é mais importante no tipo de auditoria de conformidade.
II – A auditoria de avaliação de programas de governo é adequada para avaliar os processos
licitatórios de compras e serviços com a finalidade do cumprimento do projeto ou da ativida-
de aprovada no orçamento.
III – A forma mais adequada de auditoria governamental é a indireta integrada, por oferecer
maior isenção ou neutralidade no parecer.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Afirmativa I – Correto. O exame da legitimidade é mais importante no tipo de auditoria de


conformidade. A auditoria de conformidade envolve o exame da legalidade e da legitimidade
da gestão contábil, financeira, orçamentária e patrimonial.
Afirmativa II – Incorreto. A auditoria de avaliação de programas de governo é adequada para
avaliar a efetividade da ação governamental, verificando em que medida foram alcança-
dos os resultados de longo prazo ou os efeitos de um programa governamental. A auditoria
que verifica a legalidade dos processos licitatórios de compras e serviços é a auditoria de
conformidade.
Afirmativa III – Incorreto. Não existe uma forma de auditoria mais adequada. Além disso não
existe a auditoria indireta integrada.
Letra a.

015. (FGV/SUDENE/PE/ANALISTA CI/2013) O tipo de auditoria governamental que “atua nas


áreas inter-relacionadas do órgão/entidade, avaliando a eficácia dos seus resultados em re-
lação aos recursos materiais, humanos e tecnológicos disponíveis, bem como a economici-
dade e eficiência dos controles internos existentes para a gestão dos recursos públicos” é
denominada
a) burocrática.
b) programática.
c) operacional.
d) sistêmica.
e) contábil.

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O tipo de auditoria governamental que “atua nas áreas inter-relacionadas do órgão/entidade,


avaliando a eficácia dos seus resultados em relação aos recursos materiais, humanos e tec-
nológicos disponíveis, bem como a economicidade e eficiência dos controles internos exis-
tentes para a gestão dos recursos públicos” é denominada de auditoria operacional.
Letra c.

016. (FGV/CONDER/CONTADOR/2013) Na emissão do Relatório de Auditoria segundo as nor-


mas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal, é necessário que sejam observados
os requisitos apresentados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) Identificar o número do processo, o período e a unidade ou entidade examinada.
b) Relatar sobre o cumprimento, ou não, das diretrizes governamentais e normas le-
gais vigentes.
c) Definir o objetivo da auditoria e identificar as demonstrações financeiras examinadas, no
caso de auditoria contábil.
d) Declarar que o exame foi efetuado em toda sua extensão, sem destacar o risco e a amos-
tragem utilizada.
e) Identificar o local em que foi realizado o trabalho.

A alternativa incorreta é a que diz que deve ser declarado no relatório que o exame foi efetu-
ado em toda sua extensão, sem destacar o risco e a amostragem utilizada. O risco e a amos-
tragem devem sim ser relatados.
Letra d.

017. (FGV/SEGEP/MA/AUDITOR/2014) Assinale a alternativa que indica a auditoria que, com


a finalidade de aperfeiçoar a gestão pública, promove o exame independente e objetivo da
economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades go-
vernamentais.
a) Auditoria Funcional Programática.
b) Auditoria de Regularidade.
c) Auditoria Operacional.
d) Auditoria de Gestão.
e) Auditoria Financeira.

Mais uma questão acerca dos tipos de auditoria governamental, com foco na auditoria opera-
cional. A auditoria que possui a finalidade de aperfeiçoar a gestão pública, promove o exame

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independente e objetivo da economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações,


programas e atividades governamentais é a auditoria operacional.
Letra c.

018. (FGV/TCE/RJ/AUDITOR/2015) O procedimento de auditoria governamental realizado


com o objetivo de avaliação da performance da Administração Pública quanto à economici-
dade, à eficiência, à eficácia e à efetividade denomina-se:
a) tomada de contas especial;
b) auditoria de conformidade;
c) inspeção extraordinária;
d) análise econômico-financeira;
e) auditoria operacional.

Entendo desnecessário tecer maiores comentários acerca da solução desta questão. Você já
sabe quais são os objetivos e objetos da auditoria operacional!
Letra e.

019. (FGV/NITERÓI/AUDITOR/2018) O relatório é o principal produto de uma auditoria, sendo


o meio pelo qual a equipe de auditoria expressa sua opinião e emite seus comentários e suas
sugestões. Assinale a opção que indica o requisito de qualidade que deve orientar a redação
do relatório.
a) Tempestividade: o relatório deve ser de fácil leitura e compreensão para o usuário
destinatário.
b) Clareza: o relatório não deve se estender para transmitir e respaldar a mensagem, uma
vez que detalhes excessivos, além de ocultar a mensagem real, podem confundir ou distrair
os usuários.
c) Concisão: deve-se maximizar o uso do relatório de auditoria, fornecendo informações rele-
vantes a tempo de responder às necessidades legítimas dos gestores da entidade, autorida-
des do legislativo e outros usuários.
d) Completude: o relatório deve conter evidências suficientes e apropriadas, necessárias para
satisfazer os objetivos da auditoria e promover o entendimento das questões relatadas.
e) Objetividade: a validade dos achados, a razoabilidade das conclusões e o benefício da im-
plementação das recomendações são mais convincentes quando suportados por evidências
suficientes e apropriadas.

a) Errada. A letra “a” está incorreta, pois o requisito é da clareza.


b) Errada. A letra “b” também está incorreta, na medida em que o requisito é o da concisão.

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c) Errada. A letra “c” apresenta incorreção, na medida em que maximizar o uso do relatório de
auditoria, fornecendo informações relevantes a tempo de responder às necessidades legíti-
mas dos gestores da entidade, autoridades do legislativo e outros usuários corresponde ao
requisito da relevância.
d) Certa. Completude corresponde a um relatório que contém evidências suficientes e apro-
priadas, necessárias para satisfazer os objetivos da auditoria e promover o entendimento das
questões relatadas.
e) Errada. A letra “e” também está incorreta, pois a objetividade significa a harmonização do
relatório em termos de conteúdo e tom, assegurando-se a credibilidade do relatório mediante
a apresentação das evidências de forma imparcial. Os aspectos apontados na assertiva mais
se aproximam da exatidão.
Letra d.

020. (ESAF/CVM/2010) Uma das finalidades da Auditoria Governamental é dar suporte ao


exercício pleno da supervisão ministerial, por meio das seguintes atividades básicas, exceto:
a) avaliar a execução dos programas de governo, dos contratos, convênios, acordos, ajustes
e outros instrumentos congêneres.
b) gerenciar os sistemas de informações e a utilização dos recursos computacionais das uni-
dades da administração direta e entidades supervisionadas.
c) observar o cumprimento, pelos órgãos e entidades, dos princípios fundamentais de plane-
jamento, coordenação, descentralização, delegação de competência e controle.
d) avaliar o desempenho administrativo e operacional das unidades da administração direta
e entidades supervisionadas.
e) verificar o controle e a utilização dos bens e valores sob uso e guarda dos administradores
ou gestores.

A auditoria governamental tem como finalidade comprovar a legalidade e legitimidade e ava-


liar os resultados, quanto à economicidade, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, fi-
nanceira e patrimonial nas unidades da administração direta e entidades supervisionadas da
Administração Pública, bem como a aplicação de recursos públicos por entidades de direito
privado, dando suporte ao pleno exercício da supervisão ministerial.
Nesse sentido, a auditoria governamental é aplicada para atender as seguintes atividades:
avaliar a gestão de recursos públicos sob a responsabilidade de órgãos públicos e entidades
privadas, bem como nos projetos de cooperação técnica envolvendo organismos internacio-
nais; apurar atos e fatos inquinados de ilegais ou irregulares, praticados por agentes públicos
ou privados, na utilização de recursos públicos federais; avaliar a consistência das informa-
ções produzidas pelos sistemas contábil, financeiro, de pessoal e de controles administrati-
vos e operacionais; examinar a regularidade e avaliar a eficiência e eficácia da gestão admi-

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nistrativa e dos resultados alcançados nas ações de governo; confirmar dados constantes
do processo de Tomada de Contas Especial em apoio ao Tribunal de Contas; e examinar os
procedimentos administrativos e os controles internos dos órgãos da administração direta,
no papel equivalente à auditoria interna empresarial.
Logo, verifica-se que não constitui atividade básica da auditoria governamental gerenciar os
sistemas de informações e a utilização dos recursos computacionais das unidades da admi-
nistração direta e entidades supervisionadas. Essa é uma atividade que compete a cada gestor.
Letra b.

021. (FCC/DPE/RS/CONTADOR/2013) É um dos objetos sujeitos à atuação do Sistema de


Controle Interno do Poder Executivo Federal, nos órgãos da Administração Direta, entidades
da Administração Indireta e entidades privadas:
a) apreciação das contas prestadas anualmente pelos administradores públicos, mediante
parecer prévio, que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento.
b) os processos de concessão de empréstimos a Estados e Municípios destinados a cobrir
déficit orçamentário.
c) avaliação do cumprimento dos limites mínimos de gastos com a segurança pública, a edu-
cação e a saúde realizados pelos entes da federação em cada exercício financeiro.
d) os contratos firmados por gestores públicos com entidades públicas ou privadas para
prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais.
e) verificação do cumprimento dos limites e condições relativos à realização de operações de
crédito dos entes da Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou indi-
retamente, em cada exercício financeiro.

São os objetos da atuação da auditoria: os sistemas administrativos e operacionais de con-


trole interno administrativo utilizados na gestão orçamentária, financeira, patrimonial, ope-
racional e de pessoal; a execução dos planos, programas, projetos e atividades que envol-
vam aplicação de recursos públicos federais; a aplicação dos recursos do Tesouro Nacional
transferidos a entidades públicas ou privadas; os contratos firmados por gestores públicos
com entidades públicas ou privadas para prestação de serviços, execução de obras e forne-
cimento de materiais; os processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade; os instru-
mentos e sistemas de guarda e conservação dos bens e do patrimônio sob responsabilidade
das unidades da Administração Direta e entidades da Administração Indireta Federal; os atos
administrativos que resultem direitos e obrigações para o Poder Público Federal, em espe-
cial, os relacionados com a contratação de empréstimos internos ou externos, assunção de
dívidas, securitizações e concessão de avais; a arrecadação, a restituição e as renúncias de
receitas de tributos federais; os sistemas eletrônicos de processamento de dados, suas infor-
mações de entrada e de saída, objetivando constatar: a) segurança física do ambiente e das

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instalações do centro de processamento de dados; b) segurança lógica e a confidencialidade


nos sistemas desenvolvidos em computadores de diversos portes; c) eficácia dos serviços
prestados pela área de informática; d) eficiência na utilização dos diversos computadores
existentes na entidade; verificação do cumprimento da legislação pertinente; os processos
de Tomadas de Contas Especial, sindicância, inquéritos administrativos e outros atos admi-
nistrativos de caráter apuratório; os processos de admissão e desligamento de pessoal e os
de concessão de aposentadoria, reforma e pensão; e os projetos de cooperação técnica com
organismos internacionais e projetos de financiamento ou doação de organismos multilate-
rais de crédito com qualquer órgão ou entidade no país.
Letra d.

022. (FCC/DPE/RS/CONTADOR/2013) Com relação ao Sistema de Controle Interno do Poder


Executivo Federal, a abrangência de sua atuação, dentre outros, inclui
a) projetos financiados por recursos externos e projetos de cooperação junto a organismos
internacionais.
b) avaliação do cumprimento, em cada exercício financeiro, dos limites de gastos com pes-
soal, com a amortização da dívida, de cada ente da federação, para efeito de autorização de
operações de crédito.
c) aplicação aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa, multa proporcional ao
dano causado ao erário, comunicando a decisão ao Ministério Público.
d) exame da regularidade e a avaliação da eficiência e a eficácia da gestão administrativa e
dos resultados alcançados pelas empresas prestadoras de serviços públicos.
e) realização, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, inspeções
e auditoria de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nos ór-
gãos e entidades da administração pública federal.

a) Certa. A abrangência de atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal


inclui as atividades de gestão das unidades da administração direta, entidades da Adminis-
tração Indireta Federal, programas de trabalho, recursos e sistemas de controles administra-
tivo, operacional e contábil, projetos financiados por recursos externos, projetos de coopera-
ção junto a organismos internacionais, a aplicação de quaisquer recursos repassados pela
União mediante contratos de gestão, transferências a fundo, convênio, acordo, ajuste ou outro
instrumento congênere.
b) Errada. A avaliação do cumprimento, em cada exercício financeiro, dos limites de gastos
com pessoal, com a amortização da dívida, de cada ente da federação, para efeito de auto-
rização de operações de crédito compete ao respetivo órgão de controle no âmbito do ente
governamental.

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c) Errada. A aplicação aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa, de multa propor-


cional ao dano causado ao erário é uma competência exclusiva do Tribunal de Contas.
d) Errada. Não cabe ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal o exame da
regularidade e a avaliação da eficiência e a eficácia da gestão administrativa e dos resulta-
dos alcançados pelas empresas prestadoras de serviços públicos. Quanto a essas empresas,
compete aos órgãos de controle verificar a boa e regular execução do contrato firmado com
a Administração Pública.
e) Errada. A realização, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,
de inspeções e auditoria de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patri-
monial, nos órgãos e entidades da administração pública federal é uma competência privativa
do Tribunal de Contas da União.
Letra a.

023. (CESPE/SECGE/PE/ANALISTA/2010) Constitui objeto da auditoria operacional


a) o exame de fatos ou situações relevantes, de natureza incomum, realizado mediante soli-
citação de autoridade superior.
b) a verificação de registros e documentos, em consonância com os princípios contábeis e
demais normas legais pertinentes.
c) a emissão de opinião sobre a regularidade das contas e a execução dos contratos e instru-
mentos afins.
d) a análise dos processos por meio dos quais os dados e as informações são obtidos, trata-
dos e fornecidos.
e) a avaliação da eficiência, eficácia, economicidade e efetividade da gestão, considerando o
uso dos recursos e os resultados alcançados.

Constitui objeto da auditoria operacional a avaliação da eficiência, eficácia, economicidade e


efetividade da gestão, considerando o uso dos recursos e os resultados alcançados.
Letra e.

024. (FCC/TRT/12ª REG/ANALISTA/2013) Uma auditoria realizada com o objetivo de exami-


nar se os recursos estão sendo usados eficientemente em um programa da área da saúde é
denominada de auditoria
a) de conformidade.
b) contábil.
c) operacional.
d) de regularidade.
e) de legalidade.

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Uma auditoria realizada com o objetivo de examinar se os recursos estão sendo usados de
forma econômica, eficiente, eficaz e/ou efetiva é denominada de auditoria operacional.
Letra c.

025. (FCC/TRT/18ª REG/ANALISTA/2013) Entre as cinco naturezas de auditorias citadas no


Art. 71 da Constituição Federal de 1988, a orçamentária é considerada pelas Normas de Au-
ditoria do Tribunal de Contas da União como auditoria
a) de conformidade.
b) operacional.
c) contábil.
d) de sistemas.
e) de qualidade.

A auditoria de conformidade ou de regularidade abrange as auditorias contábil, orçamentária,


financeira e patrimonial.
Letra a.

026. (FCC/TRE/CE/ANALISTA/2012) Segundo as normas de auditoria do TCU, adotadas a


partir da Portaria no 280/2010, alterada pela Portaria 168/2011, em relação à classificação
das auditorias, aquela que “objetiva examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efeti-
vidade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de ava-
liar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública” classifica-se
como auditoria
a) de conformidade.
b) contábil.
c) operacional.
d) de sistema.
e) interna.

A auditoria que objetiva examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de or-


ganizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de avaliar o seu de-
sempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública” classifica-se como auditoria
OPERACIONAL.
Letra c.

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027. (CESPE/TCM/BA/AUDITOR/2018) Assinale a opção que apresenta característica da au-


ditoria de regularidade.
a) a flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria e métodos de trabalho
b) ampla seleção de métodos de investigação de diferentes áreas do conhecimento, em es-
pecial das ciências sociais
c) relatório com aspectos de economicidade e eficiência na aquisição e aplicação dos recursos
d) conclusões expressas sob a forma de opinião concisa e de formato padronizado sobre os
demonstrativos financeiros
e) exame da materialidade com base em considerações sobre a natureza ou o contexto do
objeto auditado

São características da auditoria de regularidade ou de conformidade as conclusões expres-


sas sob a forma de opinião concisa e de formato padronizado sobre os demonstrativos finan-
ceiros. As demais alternativas referem-se a características da auditoria operacional.
Letra d.

028. (VUNESP/TCE-SP/AGENTE DE FISCALIAÇÃO/2017) No que diz respeito à auditoria go-


vernamental, é correto afirmar:
a) o escopo abrange as auditorias de regularidade e as operacionais.
b) a metodologia deve abranger exame de legalidade, legitimidade, razoabilidade, impessoali-
dade, publicidade e moralidade dos atos administrativos, independentemente dos resultados
das políticas públicas e vedada, em qualquer hipótese, a revisão de programas de governo.
c) tem por objetivo detectar erros, fraudes e outras irregularidades que afetem a posição pa-
trimonial, econômica e financeira do ente auditado.
d) não alcança o sistema de controle interno e as funções de auditoria interna dos órgãos e
entidades da Administração Pública.
e) a opinião do auditado acerca dos achados constatados não deve ser considerada na elabo-
ração do relatório pelos profissionais de auditoria, em respeito ao princípio da imparcialidade.

a) Certa. O escopo da auditoria governamental abrange as auditorias de regularidade e as


operacionais.
b) Errada. A metodologia da auditoria governamental deve abranger o exame da legalidade,
legitimidade, razoabilidade, impessoalidade, publicidade e moralidade dos atos administrati-
vos quanto aos aspectos orçamentários, financeiros, contábeis e patrimoniais, assim como a
avaliação do sistema de controles internos (SCI) e dos aspectos operacionais de desempenho
da gestão e de resultados das políticas públicas, sob os critérios de economicidade, eficiên-
cia, eficácia, efetividade, equidade, ética e proteção do meio ambiente.

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c) Errada. O objetivo de um exame de auditoria governamental é expressar opinião ou emitir


comentários sobre a adequação da matéria examinada e, portanto, não é destinado especifi-
camente a detectar erros, fraudes e outras irregularidades.
d) Errada. A auditoria governamental alcança o sistema de controle interno e as funções de
auditoria interna dos órgãos e entidades da Administração Pública.
e) Errada. A opinião do auditado acerca dos achados constatados deve ser considerada na
elaboração do relatório pelos profissionais de auditoria.
Letra a.

029. (VUNESP/TCE-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO/2017) Em artigo de opinião publicado no


Jornal Folha de São Paulo, em 9 de março de 2016, intitulado “Muito além dos Jardins do
TCE”, o presidente – na ocasião – do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP),
conselheiro Dimas Ramalho, afirma:
“Equivoca-se quem considera nosso trabalho um mero imperativo burocrático de controle de
orçamentos e licitações. Os serviços que prestamos representam uma análise precisa das
políticas públicas, o que nos dá a honrosa missão de zelar pelos direitos mais fundamentais.
Só avançaremos nesse sentido, porém, se formos além de critérios formais. (...). A evolução
técnica que impulsionamos também precisa vir acompanhada do reconhecimento do TCE-SP
como instituição acessível. Cabe a nós trabalhar para que o cidadão se sinta legitimado a ser
o fiscal em última instância. Com esse propósito, o tribunal ampliará os canais da ouvidoria,
simplificará a linguagem em suas ações de comunicação e continuará transmitindo suas
sessões pela internet.”
Essa passagem desvela duas tendências da Nova Gestão Pública para a função de controle
exercida pelos Tribunais de Contas (TCs) no Brasil, quais sejam:
a) o crescimento da avaliação dos resultados das ações governamentais e a implantação de
instituições participativas informais de controle externo extrainstitucional.
b) a adoção da auditoria de gestão que analisa a conformidade dos atos da administração
com a legislação e a complementação entre o controle interno e o externo.
c) a emissão de pareceres extraformais sobre a adequação e regularidade da gestão pú-
blica e a transparência passiva e inteligibilidade para a população da fiscalização realizada
pelos TCs.
d) a institucionalização da auditoria operacional na fiscalização da gestão pública e o acerca-
mento entre o controle externo dos TCs e o controle social levado a cabo pela sociedade civil.
e) a mensuração do desempenho das políticas públicas e a responsabilização da sociedade
civil pela desburocratização e melhoria dos processos de controle externo na gestão pública.

Quando o trecho do artigo expõe que os serviços que os TCs prestam representam uma análi-
se precisa das políticas públicas, o que lhes dá a honrosa missão de zelar pelos direitos mais

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fundamentais está se referindo às auditorias operacionais, cujo propósito é avaliar o desem-


penho e os resultados da gestão e contribuir para o seu aperfeiçoamento. Já no trecho: “Cabe
a nós trabalhar para que o cidadão se sinta legitimado a ser o fiscal em última instância. Com
esse propósito, o tribunal ampliará os canais da ouvidoria, simplificará a linguagem em suas
ações de comunicação e continuará transmitindo suas sessões pela internet” está se referin-
do ao fomento ao controle social.
Letra d.

030. (FGV/TCE-PI/AUDITOR/2021) De acordo com as especificidades do objeto e do escopo


do trabalho de auditoria, essa pode ser classificada em diversos tipos. A atividade de auditoria
definida como um processo de avaliação do desempenho real, em confronto com o esperado,
seguida da apresentação de recomendações para melhoria do desempenho da organização,
é classificada como auditoria:
a) de compliance;
b) de regularidade;
c) de sistemas;
d) especial;
e) operacional.

A auditoria que avalia o desempenho real, em confronto com o esperado, seguida da apre-
sentação de recomendações para melhoria do desempenho da organização é a operacional.
Letra e.

031. (FCC/TRE-SP/ANALISTA/2012) Em auditoria governamental, o documento que repre-


senta a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regularidade, ou não, da
gestão e a adequação, ou não, das peças examinadas, devendo ser assinado pela autoridade
competente para tal fim é denominado
a) Relatório.
b) Certificado.
c) Nota.
d) Parecer.
e) Solicitação de auditoria.

O documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e


regularidade, ou não, da gestão e a adequação, ou não, das peças examinadas, devendo ser
assinado pela autoridade competente para tal fim é denominado de Certificado.
Letra b.

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032. (ESAF/CGU/ANALISTA/2012) O documento destinado a dar ciência ao gestor/ adminis-


trador da área examinada, no decorrer dos exames, das impropriedades ou irregularidades
constatadas no desenvolvimento dos trabalhos, é denominado:
a) Certificado.
b) Parecer de Auditoria.
c) Nota.
d) Registro das Constatações.
e) Solicitação de Auditoria.

Trata-se da Nota ou Nota de Auditoria, que é o documento destinado a dar ciência ao gestor/
administrador da área examinada, no decorrer dos exames, das impropriedades ou irregulari-
dades constatadas no desenvolvimento dos trabalhos.
Letra c.

033. (FCC/TRE/RO/ANALISTA/2013) Na auditoria realizada sobre a prestação de contas anu-


al de determinada fundação pública relativa ao exercício de 2012, em alguns itens auditados
foram verificados irregularidades e impropriedades sem prejuízos ao erário. Em função dos
exames realizados, no âmbito do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, a
opinião sobre as contas da entidade constará do documento denominado
a) relatório.
b) certificado.
c) parecer adverso.
d) acórdão.
e) parecer com ressalvas.

Na auditoria realizada sobre a prestação de contas anual de determinada fundação pública,


em função dos exames realizados, a opinião do SCI sobre as contas da entidade constará do
documento denominado certificado.
Letra b.

034. (INÉDITA/2019) Acerca da supervisão das auditorias realizadas no setor público federal,
é possível afirmar que
a) o titular do órgão de auditoria deve supervisionar, pessoalmente, todas as atividades que
envolvem a execução do trabalho, não podendo delegar parte das tarefas a supervisores.
b) quanto maior o risco de prováveis impropriedades ou irregularidades, menor será o grau de
intensidade da supervisão exercida sobre a equipe.

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c) o grau de intensidade da supervisão independe da capacidade profissional dos membros


da equipe.
d) as evidências da supervisão exercida deverão ficar registradas somente nos relatórios de
auditoria.
e) a supervisão deve abranger a verificação da fiel observância dos objetivos estabelecidos
no programa de auditoria e do cumprimento das normas e dos COMENTÁRIO
a) Errada. O titular do órgão de auditoria deve supervisionar, pessoalmente, todas as ativida-
des que envolvem a execução do trabalho, mas pode delegar parte das tarefas a supervisores.
b) Errada. Quanto maior o risco de prováveis impropriedades ou irregularidades, maior será o
grau de intensidade da supervisão exercida sobre a equipe.
c) Errada. O grau de intensidade da supervisão depende ou está diretamente relacionado com
a capacidade profissional dos membros da equipe.
d) Errada. A norma estabelece que as evidências da supervisão exercida deverão ficar regis-
tradas nos papéis de trabalho da auditoria.
e) Certa. A supervisão deve abranger a verificação da fiel observância dos objetivos esta-
belecidos no programa de auditoria e do cumprimento das normas e dos procedimentos de
aplicação geral. Outros aspectos a serem supervisionados são o correto planejamento dos
trabalhos de acordo com o programa de auditoria; a aplicação de procedimentos e técnicas
para o atingimento das metas/objetivos previstos para a execução dos trabalhos, de acordo
com o programa fornecido, a adequada formulação dos papéis de trabalho e a necessária
consistência das observações e conclusões.
Letra e.

035. (INÉDITA/2019) Relativamente aos requisitos do Certificado de Auditoria, assinale a al-


ternativa correta.
a) o Certificado deve conter assinatura do responsável pela execução dos trabalhos de
auditoria.
b) o parágrafo intermediário deve conter as justificativas do gestor, em face das irregularida-
des apontadas.
c) a data do certificado corresponde à data de assinatura do relatório de auditoria.
d) no parágrafo inicial, deve-se citar o escopo do trabalho em razão do tipo de auditoria
realizada.
e) a opinião quanto à regularidade ou não da gestão examinada deverá ser incluída no pará-
grafo intermediário, observadas as impropriedades ou irregularidades apuradas.

a) Errada. O Certificado deve conter assinatura do chefe da unidade de auditoria.


b) Errada. O parágrafo intermediário contém somente as impropriedades e irregularidades
constatadas.

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c) Errada. A data do certificado corresponde à data de sua emissão. Geralmente, o relatório e


o certificado de auditoria são assinados na mesma data, mas não necessariamente. A equipe
poderia emitir o relatório em 30 de março e o chefe da unidade de auditoria expedir o certifi-
cado em 10 de abril.
d) Certa. O parágrafo inicial ou introdutório é aquele em que a equipe descreve o objetivo do
trabalho, registra a entidade auditada, o período de gestão e o escopo do trabalho, mencio-
nando a natureza e a extensão dos exames.
e) Errada. A opinião quanto à regularidade ou não da gestão examinada deverá ser incluída
no parágrafo final, observadas as impropriedades ou irregularidades apuradas e registradas
no parágrafo intermediário.
Letra d.

036. (CESPE/SECGE/PE/2010) No âmbito do Poder Executivo federal, o órgão ou unidade de


controle interno deve elaborar documentos que, como forma de comunicação, reflitam os re-
sultados dos exames realizados. Constitui atributo de qualidade
a) coerência, como expressão da compatibilidade entre as diversas manifestações sobre o
mesmo auditado.
b) integridade, que diz respeito à confiabilidade no caráter do auditor.
c) oportunidade, que se refere à capacidade de só divulgar os resultados na ocasião apropriada.
d) concisão, que corresponde à utilização de linguagem sucinta e resumida, transmitindo o
máximo de informações.
e) convicção, que significa a capacidade do auditor de persuadir o auditado a aceitar as suas
conclusões.

a) Errada. A coerência dar-se-á entre as evidências e os relatos e as conclusões.


b) Errada. A integridade como característica do relatório refere-se à sua completude e não à
confiabilidade do caráter do auditor.
c) Errada. A oportunidade refere-se à tempestividade e época oportuna de concluir e apresen-
tar o relatório.
d) Certa. O requisito da concisão requer que o auditor vá direto ao assunto, utilizando lingua-
gem sucinta, transmitindo o máximo de informações de forma breve, exata e precisa.
e) Errada. A convicção não significa persuadir o auditado, mas sim convencer os usuários das
conclusões do relatório.
Letra d.

037. (ESAF/CGU/ANALISTA/2012) Se compararmos as normas aplicáveis à auditoria inde-


pendente com as normas aplicáveis à auditoria no setor público, no que tange à emissão de
opinião, é correto afirmar que:

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a) na auditoria independente, uma opinião deve ser sempre emitida.


b) grosso modo, uma opinião adversa equivale a um Certificado de Regularidade.
c) o auditor independente pode emitir sua opinião ou abster-se de fazê-lo.
d) ao lidar com fraudes contábeis, o auditor independente deve opinar pela irregularidade.
e) apenas no setor público é possível a abstenção de opinião.

Questão interessante que compara os tipos de opinião do auditor governamental com os do


auditor independente. O auditor independente pode emitir opinião sem ressalva, com ressalva
ou adversa ou abster-se de emitir opinião. Na auditoria do setor público (de gestão), a opinião
é pela regularidade, regularidade com ressalvas ou irregularidade, não cabendo a abstenção
de opinião. Contudo, quando o auditor governamental realiza uma auditoria contábil, cabe
emitir relatório com abstenção de opinião.
Letra c.

038. (FCC/SEFAZ-PI/AUDITOR/2015) Relativamente à comunicação dos trabalhos de audi-


toria interna, independente e/ou perícia contábil, quando se verificar a não observância da
aplicação dos princípios de legalidade, legitimidade e economicidade, constatando-se a exis-
tência de desfalque ou alcance, que resulte prejuízo quantificável para a fazenda e/ou com-
prometa, substancialmente, as demonstrações financeiras e respectiva gestão dos agentes
responsáveis, no período examinado, a opinião do órgão ou Unidade de Controle Interno de-
signado para o exame deve ser expressa por meio de
a) Certificado de Irregularidade.
b) Certificado de Regularidade com Ressalvas.
c) Laudo Pericial Contábil.
d) Parecer Pericial Contábil em Separado.
e) Relatório com Ressalvas, ou parágrafo de ênfase.

A opinião do órgão ou Unidade de Controle Interno designado para o exame deve ser expres-
sa por meio de certificado pela regularidade, regularidade com ressalvas ou irregularidade.
Quando se verificar a não observância da aplicação dos princípios de legalidade, legitimidade
e economicidade, constatando-se a existência de desfalque ou alcance, que resulte prejuí-
zo quantificável para a fazenda e/ou comprometa, substancialmente, as demonstrações fi-
nanceiras e respectiva gestão dos agentes responsáveis, no período examinado o certificado
conterá opinião pela irregularidade das contas.
Letra a.

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039. (VUNESP/PM ATIBAIA/AUDITOR/2014) O parecer de um auditor sobre demonstração


contábil é assim categorizado como:
a) com ressalva, com abstenção, negativa e sem abstenção.
b) com ressalva, sem ressalva, com abstenção e adverso.
c) com qualificação, sem qualificação, com ressalva e sem ressalva.
d) com ressalva, qualificado, inverso e negativo.
e) ressalvado, não ressalvado, sem abstenção e com positiva de opinião.

Os tipos de parecer ou de opinião do auditor independente são: sem ressalva, com ressalva,
adverso e com abstenção de opinião.
Letra b.

040. (VUNESP/DESENVOLVE SP/AUDITOR/2014) No que tange ao relatório da auditoria, o au-


ditor, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações con-
tábeis e deverá
a) expressar uma opinião parcial.
b) abster-se de opinar.
c) emitir um relatório sem ressalva.
d) expressar uma opinião adversa.
e) emitir um relatório qualificado.

Quando o auditor obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente e conclui que as dis-
torções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstra-
ções contábeis, ele deverá expressar opinião adversa.
Letra d.

041. (VUNESP/PM ATIBAIA/AUDITOR/2014) Ao conduzir uma auditoria de demonstrações


contábeis, um dos objetivos gerais do auditor é o de apresentar relatório sobre as demons-
trações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as
constatações do auditor, bem como, e sem prejuízo, em obter segurança razoável de que
as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorções relevantes, indepen-
dentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando, assim, que o auditor expresse
sua opinião
a) sobre a estrutura de controles internos.
b) sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes,
em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

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c) adversa, devido a indícios de fraudes ocorridas em detrimento das demonstrações


contábeis.
d) sobre se os responsáveis pela governança na elaboração das demonstrações contábeis
seguiram parcialmente os pronunciamentos contábeis aplicados.
e) sobre a forma como as demonstrações contábeis foram elaboradas.

O auditor deve expressar sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elabora-
das, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório finan-
ceiro aplicável.
Letra b.

042. (FCC/TCM-GO/CONSELHEIRO/2015) O Auditor deve formar sua opinião sobre se as de-


monstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com
a estrutura de relatório financeiro aplicável. O Auditor deve concluir que as demonstrações
contábeis não apresentam distorções relevantes. Essa conclusão deve considerar, se
a) as informações apresentadas nas demonstrações contábeis são importantes, fidedignas
e inteligíveis.
b) as demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes
ajustadas, com base em evidência de auditoria obtida.
c) foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente.
d) as demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, representam as transações e
eventos de modo a revelar uma apresentação exata.
e) a terminologia usada nas demonstrações contábeis, incluindo o título de cada demonstra-
ção contábil, é padronizada.

Questão difícil! Segundo a NBC TA 700 (formação da opinião do auditor), o auditor deve con-
cluir que as demonstrações contábeis não apresentam distorções relevantes. Essa conclusão
deve considerar, se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente e se as distorções
não corrigidas são relevantes, individualmente ou em conjunto.
Nas demais alternativas, há incorreções sutis, que somente seriam identificadas por candida-
to bem preparado e atento, quais sejam:
a) Errada. O auditor verifica se as informações apresentadas nas demonstrações contábeis
são relevantes, confiáveis, comparáveis e compreensíveis.
b) Errada. As demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções rele-
vantes não corrigidas, com base em evidência de auditoria obtida.
d) Errada. As demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, representam as tran-
sações e eventos de modo a revelar uma apresentação adequada.

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e) Errada. A terminologia utilizada nas demonstrações contábeis, incluindo o título de cada


demonstração contábil, é apropriada.
Letra c.

043. (VUNESP/TJ/SP/CONTADOR/2015) A opinião de um auditor no Relatório de Audito-


ria pode ser
a) sem ressalva, quando não é possível obter evidência apropriada para suportar a opinião da
auditoria.
b) com ressalva, quando as demonstrações contábeis estão elaboradas de acordo com a es-
trutura do relatório financeiro.
c) com ressalva, quando as distorções existentes são relevantes e generalizadas para as de-
monstrações contábeis.
d) adversa, quando não é possível obter evidência apropriada para suportar a opinião da
auditoria.
e) adversa, quando as distorções existentes são relevantes e generalizadas para as demons-
trações contábeis.

a) Errada. A opinião será sem ressalva, quando for possível obter evidência apropriada para
suportar a opinião da auditoria e o auditor conclui que as demonstrações contábeis estão
livres de distorção relevante.
b) Errada. A opinião será com ressalva, quando as demonstrações contábeis apresentarem
distorções relevantes, mas não generalizadas.
c) Errada. A opinião será com ressalva, quando as distorções existentes são relevantes e não
generalizadas para as demonstrações contábeis.
d) Errada. A opinião será adversa, quando for possível obter evidência apropriada e suficiente
e o auditor concluir que as demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes e
generalizadas.
e) Certa. A opinião do auditor no Relatório de Auditoria será adversa, quando o auditor obtiver
evidências de que há distorções relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis.
Letra e.

044. (VUNESP/COTIA-SP/CONTADOR/2017) O profissional de auditoria governamental ao


concluir que o efeito de qualquer discordância ou dúvida quanto a um ou mais elementos es-
pecíficos que sejam relevantes, assim como a restrição na extensão ou limitação ao escopo
de um trabalho, mas que não seja de grande magnitude que restrinja ou limite sua opinião,
nesse caso, emitirá um relatório de auditoria
a) adverso.
b) negativa de opinião.

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c) abstenção de opinião.
d) sem ressalva.
e) com ressalva.

A questão foi elaborada com base nas NAGs – Normas de Auditoria Governamental aplicáveis
ao Controle Externo brasileiro. Segundo as NAGs, relatório com ressalvas é o relato emitido
quando o profissional de auditoria governamental conclui que o efeito de qualquer discordân-
cia ou dúvida quanto a um ou mais elementos específicos que sejam relevantes, assim como
a restrição na extensão ou limitação ao escopo de um trabalho, não é de tal magnitude que re-
queira parecer adverso ou abstenção de opinião. O conjunto das informações sobre o assunto
objeto da ressalva deve permitir aos usuários claro entendimento de sua natureza e de seus
efeitos em relação aos eventos, às transações e demais atos examinados, aos registros e
demonstrações contábeis, à posição orçamentária, contábil, financeira e patrimonial do ente
auditado, e ao desempenho da gestão e resultados produzidos pelas ações governamentais.
Letra e.

045. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018) Opinião adversa aplica-se


a) quando a obtenção de auditoria apropriada e suficiente for possível.
b) às demonstrações contábeis que apresentam distorções relevantes, mas não generalizadas.
c) às demonstrações contábeis que apresentam distorções relevantes, mas generalizadas.
d) às demonstrações contábeis que apresentam distorções generalizadas, mas não relevantes.
e) quando a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente for impossível.

Opinião adversa aplica-se às demonstrações contábeis que apresentam distorções relevan-


tes e generalizadas.
Na letra a, não há informação suficiente para sabermos qual seria o tipo de opinião; contudo,
como não diz haver distorção ou limitação, a opinião mais adequada seria sem ressalva. Na
letra b, a opinião seria com ressalva. Na letra d, a opinião seria sem ressalva. O auditor so-
mente modifica a sua opinião quando há distorção ou limitação relevante. Na letra e, o relató-
rio seria com abstenção de opinião.
Letra c.

046. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018) Denominam-se efeitos generalizados de distorções


nas demonstrações financeiras os efeitos que
a) são secundários para o entendimento dos usuários quanto às divulgações.
b) apresentam divergência em um grupo específico de contas do ativo.

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c) decorrem de ausência de evidências apropriadas para transações específicas da receita.


d) são restritos a uma parte das demonstrações e as afetam de maneira superficial.
e) se encontram disseminados em vários elementos, contas ou itens da demonstração
financeira.

Denominam-se efeitos generalizados de distorções nas demonstrações financeiras os efei-


tos que se encontram disseminados em vários elementos, contas ou itens da demonstração
financeira.
Letra e.

047. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018) No relatório de auditoria o parágrafo de ênfase deve


ser incluído quando o auditor
a) identificar limitação do escopo na fase de execução ou planejamento de auditoria.
b) emitir opinião adversa ou abster-se de emitir opinião em função das evidências.
c) considerar necessário complementar as informações da nota explicativa.
d) identificar distorção relevante e generalizada nas demonstrações financeiras.
e) estiver satisfeito com seu trabalho e não identificar qualquer limitação a ele.

Questão polêmica! Entre as alternativas da questão, a única que poderia ser relacionada à in-
clusão de um parágrafo de ênfase no relatório do auditor é a que afirma que o auditor está sa-
tisfeito com seu trabalho e não identificou qualquer limitação a ele. Isso porque um parágrafo
de ênfase não corresponde a uma limitação ou mesmo distorção. Vale notar, contudo, que o
enunciado solicita que se identifique a alternativa em que o auditor deve incluir um parágrafo
de ênfase em seu relatório, sendo que, na prática, o auditor pode estar satisfeito com o seu
trabalho e não identificar qualquer limitação a ele e mesmo assim não precisar enfatizar ne-
nhuma informação relevante em seu relatório. A banca não foi feliz na elaboração da questão,
que merecia ser anulada. De todo modo, as demais alternativas da questão não têm qualquer
relação com o parágrafo de ênfase.
Letra e.

048. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) A respeito da formação da opinião do auditor e da


emissão do relatório de auditoria, assinale a opção correta.
a) a conclusão do auditor deve restringir-se à obtenção de evidência de auditoria apropriada.
b) a avaliação da adequação da apresentação das demonstrações contábeis é obrigatória.
c) o parágrafo introdutório do relatório deve fazer referência ao resumo das principais práti-
cas contábeis.
d) o relatório do auditor independente pode ser emitido por escrito ou oralmente.
e) o relatório do auditor independente deve ser endereçado com exclusividade à administra-
ção da entidade auditada.

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A banca entendeu que a letra c está correta, em função do que dispõe a NBC TA 700, em seu
item 24. De acordo com a NBC TA 700, a seção “Opinião” do relatório do auditor, que é a pri-
meira seção do relatório, também deve: identificar a entidade cujas demonstrações contábeis
foram auditadas; afirmar que as demonstrações contábeis foram auditadas; identificar o títu-
lo de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis; fazer referência às notas
explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis; e especificar a data ou o
período de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis.
Ocorre que com o advento da nova NBC TA 700, republicada em junho de 2016 (Resolução
de 17 de junho de 2016), modificou-se a estrutura do relatório do auditor e excluiu-se o pará-
grafo introdutório, estabelecendo em seu lugar a seção de opinião. Agora, existe uma seção
intitulada de “Opinião”, cujo primeiro parágrafo apresenta as informações previstas no item
24 da NBC TA 700 e o segundo parágrafo a opinião do auditor.
Logo, a meu ver, não existe mais o chamado parágrafo introdutório do Relatório do Auditor.
Provavelmente a banca se baseou na estrutura de relatório antiga. De todo modo, as demais
alternativas estão incorretas, como veremos a seguir.
a) Errada. A conclusão do auditor não se restringe à obtenção de evidência de auditoria apro-
priada (aspecto qualitativo), pois ela também tem que ser suficiente (quantidade).
b) Errada. A adequação das demonstrações é um aspecto fundamental e obrigatório caso a
estrutura de relatório financeiro aplicável seja de apresentação adequada. Isso porque existe
a estrutura de conformidade e, nesse caso, a avaliação da adequação não seria obrigatória.
De acordo com o item 19 da NBC TA 700, quando as demonstrações contábeis são elabora-
das de acordo com a estrutura de conformidade, o auditor não precisa avaliar se as demons-
trações contábeis atingem uma apresentação adequada.
d) Errada. O relatório do auditor independente será sempre emitido por escrito, seja na forma
impressa ou eletrônica.
e) Errada. O relatório do auditor deve ser endereçado aos acionistas, à administração da enti-
dade auditada ou, excepcionalmente, ao contratante dos serviços.
Letra c.

049. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) O auditor independente que, ao realizar trabalho de


asseguração em determinada entidade, verificar que os efeitos ou possíveis efeitos de distor-
ções são relevantes, mas não generalizados, deverá emitir conclusão
a) com ressalvas.
b) pela abstenção.
c) adversa.
d) favorável.
e) pela retirada do trabalho.

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A obtenção de evidência quanto à existência de distorções relevantes, mas cujos efeitos não
são generalizados ou a não obtenção de evidências cujo possível efeito seria relevante, mas
não generalizado, fará com que o auditor emita uma conclusão ou opinião com ressalvas em
seu relatório.
Letra a.

050. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) Se determinado auditor examinar demonstrações


contábeis que, em sua opinião, não atinjam uma apresentação adequada, embora estejam de
acordo com os requisitos de apresentação das normas técnicas, ele deverá
a) ignorar a forma de apresentação.
b) abster-se de emitir sua opinião.
c) expressar opinião não modificada.
d) concluir pela existência de distorções relevantes.
e) consultar a administração da entidade e, se necessário, modificar sua opinião.

Conforme o item 18 da NBC TA 700, se as demonstrações contábeis elaboradas de acordo


com os requisitos de estrutura de apresentação adequada não atingem uma apresentação
adequada, o auditor deve discutir o assunto com a administração e, dependendo dos requi-
sitos da estrutura de relatório financeiro aplicável e de como o assunto for resolvido, ele deve
determinar se é necessário modificar a opinião no seu relatório de acordo com a NBC TA 705.
Letra e.

051. (VUNESP/MP-SP/CONTADOR/2018) Assinale a alternativa correta a respeito do parecer


que deve ser emitido pelo auditor externo, após finalizado o trabalho de auditoria.
a) cabe ao profissional responsável pela auditoria redigir esse parecer de acordo com uma
redação própria, sem levar em conta um modelo pré-fixado.
b) o parecer emitido pelo auditor independente estrutura-se em três pontos: identificação das
demonstrações contábeis e definição das responsabilidades da administração e dos audito-
res; extensão dos trabalhos; e a opinião sobre as demonstrações contábeis.
c) o parecer deve abordar o aspecto tridimensional da gestão: adequação à teoria contábil;
conformação com a legislação vigente; e qualidade dos controles internos da entidade.
d) o parecer deve abordar: previsões de fluxos de caixa para a entidade, considerando-se uma
razoável dose de incerteza; probabilidade de continuidade da entidade para o próximo perío-
do; cenários econômicos para o ramo de negócios da entidade auditada.
e) o parecer emitido pelo auditor é uma etapa de um trabalho que é realizado para as em-
presas de capital aberto. Nesse contexto, deve abordar: cenários econômicos para o ramo

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de negócios; previsão de fluxos de caixa para a entidade e sua probabilidade de ocorrência;


aspectos de governança

a) Errada. O profissional responsável pela auditoria redige o parecer de acordo com uma es-
trutura ou modelo pré-fixado em norma.
b) Certa. Apesar do item limitar um pouco as informações contidas no parecer do auditor, cujo
conteúdo foi bem ampliado com a revisão das normas de auditoria ocorrida em 2016, pode-se
considerar como correta a afirmação de que ele se estrutura em três pontos: identificação das
demonstrações contábeis e definição das responsabilidades da administração e dos audito-
res; extensão dos trabalhos; e a opinião sobre as demonstrações contábeis.
c) Errada. O parecer restringe-se às demonstrações contábeis e não aborda aspectos da ges-
tão da entidade.
d) Errada. Um dos aspectos verificados na auditoria das demonstrações contábeis é se elas
foram elaboradas de acordo com o pressuposto da continuidade operacional, mas o parecer
não aborda especificamente as previsões de fluxos de caixa para a entidade; a probabilidade
de continuidade da entidade para o próximo período e os cenários econômicos para o ramo
de negócios da entidade auditada. As notas explicativas devem destacar esses aspectos re-
lacionados à incerteza quanto à continuidade e o auditor eventualmente pode enfatizar em
seu relatório.
e) Errada. O parecer emitido pelo auditor é o produto do trabalho que é realizado para as em-
presas de capital aberto. Não há obrigação do auditor de abordar os cenários econômicos
para o ramo de negócios; a previsão de fluxos de caixa para a entidade e sua probabilidade de
ocorrência e, principalmente, aspectos de governança corporativa relacionados.
Letra b.

052. (FCC/CAMARA LEG. DF/ADMINISTRADOR/2018) Suponha que a auditoria das contas


do exercício financeiro de determinada empresa pública tenha identificado evidências de in-
consistência em determinada transação cuja receita tenha sido considerada no respectivo
balanço como Contas a Receber. Tendo em vista a aplicação do critério de competência para
reconhecimento da referida receita, o auditor concluiu que a mesma deveria ter sido conside-
rada no exigível de longo prazo. Considerando as normas de auditoria governamental, caberá
a) relatório com recomendações, que, embora importe aprovação integral das contas, indica
as medidas corretivas de natureza estritamente patrimonial e sem impacto financeiro.
b) a edição de relatório com parágrafo de ênfase, descrevendo a discordância do auditor em
relação ao referido lançamento contábil e apontando a adequação necessária.
c) abstenção de opinião por parte do auditor, tendo em vista a inviabilidade de emissão de
parecer conclusivo em decorrência da inconsistência identificada, eis que passível de afetar
a fidedignidade das contas.

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d) a emissão de relatório parcial ou com limitação de escopo, expurgando do exame efetuado


os itens e transações que estejam em desconformidade com as normas contábeis aplicáveis.
e) a emissão de relatório com ressalva quanto ao referido item, desde que o auditor considere
que a extensão do efeito da referida inconsistência não é de magnitude suficiente para ense-
jar parecer adverso.

Como o auditor constatou que registros e demonstrações contábeis não estão em conformi-
dade com as normas e princípios contábeis, levando a uma representação inadequada da po-
sição contábil, financeira e patrimonial do ente auditado, isso o leva a expressar opinião com
ressalva ou adversa sobre as demonstrações, dependendo da magnitude da distorção. Se-
gundo as normas de auditoria governamental, o auditor emitirá relatório com ressalva quanto
ao referido item, desde que considere que a extensão do efeito da referida inconsistência não
é de magnitude suficiente para ensejar parecer adverso.
Letra e.

053. (VUNESP/MP-SP/CONTADOR/2018) O parecer de auditoria pode configurar-se como


parecer sem ressalva; parecer com ressalva; parecer adverso; e parecer com abstenção de
opinião. Considerada essa classificação, assinale a alternativa correta.
a) o parecer com ressalva implica a total rejeição das demonstrações contábeis e tem essa
situação confirmada pelo parecer com abstenção de opinião, na revisão pelos pares.
b) o parecer com abstenção de opinião busca manter a objetividade do trabalho de auditoria
empreendido e implica a ausência de aspectos de controles internos a ressaltar.
c) o parecer sem ressalvas implica que a entidade está em conformidade com as normas
internacionais de controles internos, como, por exemplo, as emitidas pelo COSO, e apresenta
um cenário econômico adequado para investimento.
d) o parecer adverso deve ser redigido quando o auditor verificar a existência de efeitos, do
ponto de vista de distorções provocadas, ou apresentação incompleta que sejam de tal rele-
vância que comprometam o conjunto das demonstrações contábeis.
e) o parecer adverso pode ser redigido com ressalvas, que se classificam em: com absten-
ção por limitação de extensão; ou por incertezas quanto às práticas contábeis adotadas
pela entidade.

a) Errada. O parecer com ressalva não implica a total rejeição das demonstrações contábeis
e tampouco será confirmado por revisão pelos pares com parecer com abstenção de opinião.
Se a revisão externa pelos pares confirmar o parecer com ressalva, o parecer como resultado
da revisão por outrso auditores será sem ressalva.

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b) Errada. O parecer com abstenção de opinião está relacionado à ausência de evidências que
impedem o auditor de expressar sua opinião; não implica a ausência de aspectos de controles
internos a ressaltar.
c) Errada. O parecer sem ressalvas implica que não há distorções relevantes nas demonstra-
ções financeiras; não é objeto do parecer opinar sobre os controles internos.
d) Certa. O parecer adverso deve ser redigido quando o auditor verificar a existência de efeitos,
do ponto de vista de distorções provocadas, ou apresentação incompleta que sejam de tal
relevância que comprometam o conjunto das demonstrações contábeis. A opinião adversa
está relacionada a ocorrência de distorções não corrigidas que sejam relevantes e de efeito
generalizado sobre as demonstrações financeiras.
e) Errada. A letra “e” confunde os tipos de pareceres. Os pareceres são sem ressalvas, com
ressalvas, com opinião adversa ou com abstenção de opinião.
Letra d.

054. (VUNESP/ISS/GUARULHOS-SP/2019) Se as distorções existentes nas demonstrações


são relevantes, mas não generalizadas, o parecer do auditor deve ser
a) sem ressalva.
b) com ressalva.
c) adverso.
d) favorável.
e) com abstenção de opinião.

Se o auditor encontrou distorções relevantes, mas cujo efeito sobre as demonstrações contá-
beis não foi generalizado, o parecer/opinião será com ressalva.
Letra b.

055. (VUNESP/PM VALINHOS/AUDITOR/2019) O auditor identificou um assunto não apre-


sentado ou não divulgado nas demonstrações contábeis e que, de acordo com o seu julga-
mento, tal assunto é relevante para os usuários entenderem a auditoria, as responsabilida-
des do auditor e seu relatório. Nesse caso, para divulgar esse assunto, o auditor incluirá em
seu relatório
a) um parágrafo de ênfase.
b) uma ressalva.
c) um parágrafo de outros assuntos.
d) uma negativa de opinião.
e) uma modificação no escopo do trabalho.

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Assunto que o auditor identificou não apresentado/divulgado nas demonstrações contábeis


e que, de acordo com o seu julgamento, é relevante para os usuários entenderem a auditoria,
as responsabilidades do auditor e seu relatório devem ser registrados em um parágrafo de
outros assuntos no relatório do auditor.
Letra c.

056. (VUNESP/PM VALINHOS/AUDITOR/2019) No caso da discordância da administração da


empresa em assinar a carta de representação da administração (representação formal – por
escrito), incluindo suas responsabilidades como administradores sobre a preparação das de-
monstrações financeiras, o auditor deverá
a) cancelar o contrato com o cliente.
b) incluir um parágrafo de ênfase.
c) exigir que o assunto seja incluído em nota explicativa.
d) abster-se de emitir uma opinião.
e) emitir um relatório não modificado.

Quando a administração se recusa a apresentar as representações formais solicitadas pelo


auditor e que são exigidas nas normas de auditoria, a limitação leva a ausência de evidência
de auditoria e, consequentemente, a um relatório com abstenção de opinião.
Letra d.

057. (CESPE/AFTE-RS/AUDITOR/2019) Assinale a opção que apresenta circunstância que


justifique a inclusão de um parágrafo de ênfase no relatório de determinado auditor.
a) sinistro em uma das unidades de armazenamento da empresa auditada que já tenha sido
relatado em notas explicativas e que tenha ocasionado perda de estoques.
b) apreensão, por autoridade governamental, de todos os registros contábeis objeto dos exa-
mes da auditoria, por tempo indeterminado.
c) negativa, pela administração, de acesso aos relatórios de auditoria referentes a investi-
mentos realizados em controlada e não consolidados nas demonstrações contábeis.
d) ausência de registro a valor presente de parcela relevante da conta fornecedores, com con-
sequente efeito generalizado nas demonstrações contábeis.
e) aplicação antecipada e sem autorização legal — já relatada em notas explicativas — de
nova norma contábil, com efeito disseminado de forma generalizada nas demonstrações
contábeis.

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O auditor deve acrescentar um parágrafo de ênfase em seu relatório para chamar a atenção
para uma informação que está devidamente divulgada nas demonstrações financeiras, geral-
mente em notas explicativas. Note que o sinistro em uma das unidades de armazenamento
da empresa auditada e que ocasionou a perda de estoques foi relatado em notas explicativas.
Logo, a alternativa que satisfaz o enunciado é a letra “a”. As demais alternativas ou consti-
tuem uma distorção nas demonstrações ou uma limitação na extensão da auditoria, ensejan-
do, portanto, uma modificação da opinião do auditor e não uma ênfase.
Letra a.

058. (CESPE/AFTE-RS/AUDITOR/2019) Considerando que, no relatório de auditoria, o auditor


independente deve emitir opinião acerca da análise realizada das demonstrações contábeis,
assinale a opção que apresenta situação que, encontrada durante auditoria independente
em sociedade anônima, permita ao auditor manter o relatório de auditoria sem mudança
de opinião.
a) existência de nota explicativa às demonstrações financeiras que descreva incerteza rela-
cionada ao resultado de ação judicial trabalhista movida contra a empresa auditada.
b) avaliação de investimento relevante em sociedade controlada pelo custo histórico de
aquisição.
c) adoção do método de avaliação de estoques último que entra primeiro que sai (UEPS).
d) impossibilidade de obtenção de evidência de auditoria acerca das contas a pagar e a rece-
ber da entidade examinada, com efeitos generalizados nas demonstrações financeiras.
e) existência de registro de item de despesa como ativo, cujo impacto tenha sido considerado
em parcela substancial das demonstrações financeiras.

Se a situação não enseja a modificação da opinião do auditor, é porque não corresponde a


uma distorção e a única alternativa que não constitui distorção é a letra “a”, já que representa
incerteza quanto ao resultado de uma ação judicial trabalhista e devidamente divulgada em
nota explicativa. Seria objeto de um parágrafo de ênfase no relatório do auditor, cuja opinião
permanece na condição de não modicada ou sem ressalva.
As demais alternativas obrigam o auditor a modificar a sua opinião, a saber:
b) Errada. Opinião com ressalva ou adversa, a depender da generalização do efeito da distor-
ção sobre as demonstrações financeiras.
c) Errada. Também corresponde a uma distorção, já que o método UEPS não é aceito pela
legislação brasileira. A opinião seria com ressalva ou adversa.
d) Errada. Seria relatório com abstenção de opinião.

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e) Errada. Como a distorção tem impacto ou efeito sobre parcela substancial das demonstra-
ções financeiras, isso sugere opinião adversa.
Letra a.

059. (CESPE/CGE-CE/AUDITOR/2019) Auditor independente considera necessário destacar


em seu relatório assunto que tenha sido divulgado ou apresentado nas demonstrações con-
tábeis e que seja relevante para o melhor entendimento da auditoria pelos usuários. Caso o
tópico não tenha sido destacado como principal assunto de auditoria nem se tenha exigido
modificação de opinião, o auditor deverá incluir em seu relatório um(a)
a) parágrafo de outros assuntos.
b) parágrafo de ênfase.
c) parágrafo de opinião.
d) seção de incerteza relevante.
e) seção de responsabilidade do auditor.

Trata-se do parágrafo de ênfase, no qual o auditor chama a atenção para fato relevante devi-
damente divulgado nas demonstrações financeiras.
Letra b.

060. (CESPE/TCE-RO/AUDITOR/2019) A auditoria em um ente público foi realizada com a


aplicação de todas as normas e procedimentos adequados. Foram obtidas as comprovações
suficientes para que o auditor responsável fundamentasse a sua opinião de que os eventos,
as transações e os atos de gestão examinados estavam em pouca conformidade com a legis-
lação e com as normas específicas. Além disso, as demonstrações contábeis não representa-
vam adequadamente nem a posição orçamentária, a contábil, a financeira nem a patrimonial
do ente auditado. Nesse caso, o auditor deverá elaborar um relatório
a) com ressalvas.
b) com abstenção de opinião.
c) adverso.
d) de revisão limitada.
e) de natureza especial.

Considerando que as transações e os atos de gestão examinados estavam em pouca con-


formidade com a legislação e com as normas específicas e que as demonstrações contábeis
não representavam adequadamente nem a posição orçamentária, a contábil, a financeira nem
a patrimonial do ente auditado, o parecer ou opinião do auditor em seu relatório será adversa,

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já que existem distorções relevantes e de efeito generalizado, que fazem com que as demons-
trações sejam enganosas.
Letra c.

061. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) A não obtenção de evidência de auditoria apropriada e


suficiente para fundamentar sua opinião implica que o auditor:
a) expresse uma opinião adversa, se concluir também que as distorções são relevantes e ge-
neralizadas para as demonstrações contábeis;
b) expresse uma opinião com parágrafo de ênfase, se concluir também que os possíveis efei-
tos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes
e generalizados;
c) expresse uma opinião com ressalva, se concluir também que os possíveis efeitos de dis-
torções não detectadas sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes, mas não
generalizados;
d) expresse uma opinião não modificada, se concluir também que as distorções são relevan-
tes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis;
e) se abstenha de opinar, se concluir também que as distorções poderiam ser relevantes, mas
não generalizadas nas demonstrações contábeis.

A não obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua opi-
nião implica que o auditor expressa uma opinião modificada, que será com ressalva, caso o
auditor conclua que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstra-
ções contábeis poderiam ser relevantes, mas não generalizados, ou com abstenção de opi-
nião, caso entenda que os possíveis efeitos de distorções não detectadas seriam relevantes
e generalizados.
A alternativa correta é a que afirma ser a opinião com ressalva, se concluir também que os
possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis poderiam
ser relevantes, mas não generalizados.
Letra c.

062. (FGV/FUNSAUDE/AUDITOR/2021) Um relatório de auditoria com opinião modificada


compreende um relatório com opinião
a) com ressalva, somente.
b) com ressalva ou adversa, somente.
c) adversa ou abstenção de opinião, somente.
d) com ressalva ou abstenção de opinião, somente.
e) com ressalva, adversa ou abstenção de opinião.

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Um relatório de auditoria com opinião modificada compreende um relatório com opinião com
ressalva, adversa e abstenção de opinião.
Letra e.

063. (FGV/FUNSAUDE/AUDITOR/2021) Um auditor independente obteve evidência de audito-


ria apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas encontradas em seu trabalho. No
entanto, ele concluiu que não seria possível expressar uma opinião sobre as demonstrações
contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre
essas demonstrações contábeis.
Nesse caso, o relatório do auditor deve ser
a) opinião sem ressalva.
b) opinião com ressalva.
c) opinião adversa.
d) abstenção de opinião.
e) não modificado.

A questão tenta confundir o candidato logo no início de seu anunciado informando que um
auditor independente obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma
das incertezas encontradas em seu trabalho. Contudo, esclarece a seguir que ele concluiu
não ser possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível
interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contá-
beis. Logo, o relatório do auditor deve ser com abstenção de opinião.
O item 10 da NBC TA 705 estabelece que o auditor deve se abster de expressar uma opinião
quando, em circunstâncias extremamente raras envolvendo diversas incertezas, concluir que,
independentemente de ter obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada
uma das incertezas, não é possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contá-
beis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas
demonstrações contábeis.
Letra d.

064. (FGV/FUNSAUDE/AUDITOR/2021) Quando o auditor independente modifica a opinião


sobre as demonstrações contábeis e a modificação for decorrente da impossibilidade de se
obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, o auditor deve incluir as razões dessa
impossibilidade na seção
a) base para opinião.
b) principais assuntos de auditoria.

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c) responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis.


d) responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações contábeis.
e) outras informações que acompanham as demonstrações contábeis e o relatório do auditor.

Quando o auditor modifica a opinião sobre as demonstrações contábeis, ele deve, além dos
elementos específicos requeridos pela NBC TA 700, alterar o título “Base para opinião” reque-
rido pelo item 28 da NBC TA 700 para “Base para opinião com ressalva”, “Base para opinião
adversa” ou “Base para abstenção de opinião”, conforme apropriado; e nessa seção, incluir a
descrição do assunto que deu origem à modificação.
Letra a.

(VUNESP/PREFEITURA DE FERRAZ DE VASCONCELOS/CONTADOR/2021) Considere os da-


dos a seguir para responder à questão 65.
Observe algumas informações de custos de uma determinada entidade industrial:

Unitário em em R$
Preço de venda 100,00
Custo variável 25,00
Despesa variável 35,00
Global em R$
Custo fixo 170.000,00
Despesa fixa 130.000,00
Quantidade de unidades produzidas no período 10 000
Capacidade de produção 12 000

065. Sobre o Relatório de Auditoria, é correto afirmar que


a) o auditor deve emitir uma opinião adversa quando não conseguir obter evidência de au-
ditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião e ele concluir que os possíveis
efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam
ser relevantes e generalizados.
b) opinião modificada compreende “Opinião sem ressalva”, “Opinião adversa” ou “Abstenção
de opinião” sobre as demonstrações contábeis.
c) quando o auditor expressa uma “Abstenção de Opinião”, ele deve especificar os motivos na
seção “Base para opinião adversa”.

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d) quando o auditor se abstém de expressar uma opinião devido à impossibilidade de se obter


evidência de auditoria, ele não expressa opinião sobre as demonstrações contábeis.
e) se, depois de aceitar o trabalho, o auditor tomar conhecimento que a administração impôs
uma limitação ao alcance da auditoria que tem, segundo ele, probabilidade de resultar na
necessidade de expressar uma “Opinião com ressalva” ou abster-se de expressar uma opi-
nião sobre as demonstrações contábeis, o auditor deve solicitar que o conselho fiscal retire a
limitação.

Note que não há reparo na afirmação da letra “d”. Quando o auditor se abstém de expressar
uma opinião devido à impossibilidade de se obter evidência de auditoria, ele não expressa
opinião sobre as demonstrações contábeis.
Quanto às demais alternativas, na letra “a”, haveria abstenção de opinião em vez de opinião
adversa. Na letra “b”, opinião modificada compreende “Opinião com ressalva”, “Opinião adver-
sa” ou “Abstenção de opinião” sobre as demonstrações contábeis. Na letra “c”, o auditor deve
especificar os motivos na seção “Base para abstenção de opinião”. Na letra “e”, o auditor deve
solicitar que a administração retire a limitação.
Letra d.

066. (VUNESP/PREFEITURA DE JAGUARIÚNA/CONTADOR/2021) Se o auditor considera ne-


cessário chamar a atenção dos usuários para um assunto apresentado ou divulgado nas de-
monstrações contábeis que, segundo seu julgamento, é de tal importância que é fundamental
para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis, ele deve incluir, desde
que, como resultado desse assunto, não fosse exigido que o auditor modificasse a opinião, ou
o assunto não tenha sido determinado como um principal assunto de auditoria a ser comuni-
cado no relatório do auditor
a) uma ressalva no seu relatório.
b) uma opinião adversa em seu exame.
c) uma negativa de opinião.
d) um parágrafo de informação reportado.
e) um parágrafo de ênfase no seu relatório.

Se o auditor considera necessário chamar a atenção dos usuários para um assunto apre-
sentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que, segundo seu julgamento, é de tal
importância que é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações con-
tábeis, ele deve incluir um parágrafo de ênfase no seu relatório.
Letra e.

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067. (VUNESP/CODEN/CONTADOR/2021) O auditor, na impossibilidade, de fato, de se obter


evidência de auditoria apropriada e suficiente em seus trabalhos de exame de demonstrações
financeiras, emitirá um relatório
a) com ressalva, apenas.
b) com abstenção de opinião.
c) de controles internos.
d) com opinião adversa.
e) com negativa de opinião.

O auditor, na impossibilidade, de fato, de se obter evidência de auditoria apropriada e sufi-


ciente em seus trabalhos de exame de demonstrações financeiras, emitirá um relatório com
abstenção de opinião.
Letra b.

068. (FGV/SEFAZ-AM/AUDITOR FISCAL/2022) No relatório do auditor independente, uma de-


monstração contábil deve ser mencionada no parágrafo de Outros Assuntos. Assinale a op-
ção que indica, de acordo com as normas de auditoria, a demonstração contábil e o motivo
para a apresentação.
a) Demonstração do Valor Adicionado, por ter obrigatoriedade recente no Brasil.
b) Demonstração do Valor Adicionado, por não ser obrigatória de acordo com as normas in-
ternacionais.
c) Demonstração do Resultado Abrangente, por ter obrigatoriedade recente no Brasil.
d) Demonstração do Resultado Abrangente, por poder ser apresentada em conjunto com ou-
tras demonstrações contábeis.
e) Demonstração dos Fluxos de Caixa, por ter substituído a Demonstração de Origens e Apli-
cações de Recursos.

No relatório do auditor independente, a demonstração contábil que deve ser mencionada no


parágrafo de Outros Assuntos é a Demonstração do Valor Adicionado, por não ser obrigatória
de acordo com as normas internacionais (IFRS).
Letra b.

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BIBLIOGRAFIA

BARRETO, Davi e GRAEFF, Fernando. Auditoria. Teoria e Exercícios Comentados. 2ª ed. São
Paulo: Editora Método, 2011.

BOYTON, W.C.; JOHNSON, R.N.; KELL, W.G. Auditoria. São Paulo: Atlas, 2002.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil – Teoria e Prática. 8ª ed. São Paulo: Atlas,
2012.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 31ª ed. Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 2017.

CASTRO, Domingos Poubel. Auditoria e controle interno na administração pública: evolução


do controle interno no Brasil: do código de contabilidade de 1922 até a criação da CGU em
2003. São Paulo: Atlas, 2015.

CHAVES, Francisco Eduardo Carrilho. Controle Externo da Gestão Pública. 2ª edição. Niterói-
-RJ: Editora Impetus, 2009.

LIMA, Luiz Henrique. Controle Externo. 5ª edição. Editora Campus-Elsevier, 2013.

LONGO, Claudio Gonçalo. Manual de Auditoria e Revisão de Demonstrações Financeiras. 2ª


ed. São Paulo: Atlas, 2011.

PETER, Maria da Glória Arrais e MACHADO, Marcus Vinícius Veras. Manual de auditoria gover-
namental. 2. Ed, São Paulo: Atlas, 2014.

PISCITELLI, Roberto Bocaccio e Timbó, Maria Zulene Farias. Contabilidade pública. Uma abor-
dagem da Administração Financeira Pública. 11ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.

Fim da aula.
Bons estudos e até a próxima aula!

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Marcelo Aragão
Auditor Federal de Controle Externo do TCU desde 2006. Foi Analista de Finanças e Controle do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal (SCI) durante 14 anos. No Tribunal, exerce atualmente
a função de Ouvidor e já ocupou, entre outras, as funções de assessor do Secretário-Geral de Controle
Externo, coordenador do projeto Controle Externo do Mercosul, chefe do Serviço de Coordenação de
Redes de Controle, coordenador das Ações de Controle sobre os projetos da Copa do Mundo FIFA 2014 e
secretário de Controle Externo no estado de Alagoas. É professor das disciplinas Controle Interno e Externo
e Auditoria Geral e Governamental em diversas instituições de ensino. Além disso, é autor de dois livros
de auditoria pela editora Método. Graduado em Administração pela Universidade Federal Fluminense,
possui especialização em Administração Pública (FGV) e Auditoria Interna e Controle Governamental
(ISC/CEFOR).

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