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Aula 00

Matéria: Resumo e Questões Comentadas


Auditoria Governamental – TCDF
Professor: Hamon Stelitano
Auditoria Governamental
Resumo e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

APRESENTAÇÃO

Olá, amigos e amigas! Tudo bem?

Bem-vindos (as) ao curso de Resumo + Questões comentadas de


Auditoria Governamental com ênfase na Banca CESPE para o cargo de
Auditor de Controle Externo do Distrito Federal.
Este é um curso de Resumo e Questões comentadas e o nosso objetivo
é passar os principais pontos e mais recorrentes em prova, além de uma
seleção de questões que permita você treinar de forma ampla os pontos
da matéria. Vamos usar e abusar de tabelas, esquemas, gráficos e outras
técnicas de estudo, de forma que vocês possam absorver de forma mais fácil
esta matéria.
Antes de iniciarmos nossa jornada me permita fazer uma breve
apresentação, afinal é o objetivo do tópico ☺: meu nome é Hamon Stelitano,
sou Auditor Governamental da Controladoria Geral do Estado do Piauí - CGE/PI,
eu sou economista formado pela UFPE e pós-graduado em MBA em gerência
contábil e Controladoria pelo IBPEX, cursando Mestrado em Auditoria e Gestão
Empresarial pela FUNIBER, membro do Instituto dos Auditores Internos do
Brasil, vinculada a instituição internacional The Insitute of Internal Auditors ou
IIA Global e Presidente da Associação dos Auditores Governamentais.
Em resumo, além do cargo que ocupo atualmente, já fui aprovado nos
seguintes concursos: Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia
da Aneel, concurso nacional em que obtive o 1° lugar da minha área; Auditor
das Contas Públicas da CGE/PB; Analista de Controle Externo do TCE/CE;
Analista de Planejamento Orçamento e Finanças Públicas - APOFP da Secretaria
de Fazenda de São Paulo; Analista em Gestão Administrativa da Secretaria de
Administração de Pernambuco, entre outros.

Contem conosco nessa jornada! Estarei à disposição no Fórum tira-


dúvidas.

No quadro abaixo segue o programa do nosso curso. Saindo o edital, nós


iremos atualizar o material, se necessário.

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Aula Conteúdo
00 Definições e conceitos iniciais de auditoria e controle.
01 Planejamento de Auditoria.
02 Execução de Auditoria.
03 Comunicação dos resultados (relatórios de auditoria),
monitoramento, supervisão e controle de qualidade.
04 Normas de Auditoria da Intosai
05 Normas de Auditoria Governamental - NAG e Resolução TCDF
220/2011.
06 Manual de Auditoria do TCDF
07 Prestações de Contas, Tomadas de Contas e Tomadas de Contas
Especiais
08 Provas comentadas recentes e outros assuntos
*Confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial,
na página do curso.

Qualquer novidade do edital, este cronograma será alterado e


contemplado no nosso curso com a maior brevidade possível, de modo
que você não se prejudique e tenha uma excelente preparação!

Podemos começar?

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Aula – Definições e conceitos iniciais de auditoria e controle.

1- O Que é Auditoria? Como surgiu? .................................................... 5


1.1- Classificações importantes ...................................................................................................... 9
1.1.1- Auditoria Interna X Auditoria Externa.............................................................................. 9
1.1.2- Auditoria Governamental X Auditoria Privada. ............................................................. 12
1.1.3- Auditoria de Regularidade X Auditoria Operacional. ..................................................... 21
2- O que é controle? .......................................................................... 26
2.1- Classificações importantes. ................................................................................................... 29
2.1.1- Controle Interno X Controle Externo. ............................................................................ 29
2.1.2- Classificação quanto ao momento do controle. ............................................................ 32
2.1.3- Controle Social. .............................................................................................................. 33
3- Normas da pessoa do auditor ........................................................ 35
3.1- Requisitos do auditor. ........................................................................................................... 35
4- Questões Comentadas ................................................................... 47
5- Lista de exercícios ......................................................................... 68
6- Gabarito ........................................................................................ 81
7- Referencial Bibliográfico................................................................ 90

Lista de imagens usadas nesta aula.


FIGURA 1 – ESQUEMA DO SURGIMENTO DA AUDITORIA 5
FIGURA 2 – ESQUEMA DO QUE NÃO É OBJETIVO DO AUDITOR 9
FIGURA 3 – ESQUEMA DA AUDITORIA INTERNA SEGUNDO IIA 10
FIGURA 4 – COMPARATIVO ENTRE AUDITOR INTERNO E EXTERNO 11
FIGURA 5 – F LUXO DO OBJETIVO DA AUDITORIA INDEPENDENTE (A UTOR: L UCAS SALVETTI ) 13
FIGURA 6 – C LASSIFICAÇÃO DE A UDITORIA GOVERNAMENTAL PELA ANTIGA IN 01/01. 15
FIGURA 7 – ESQUEMA DA AUDITORIA DE AVALIAÇÃO DE GESTÃO 17
FIGURA 8 – ESQUEMA DA AUDITORIA DE ACOMPANHAMENTO DA GESTÃO 17
FIGURA 9 – ESQUEMA DA AUDITORIA CONTÁBIL 17
FIGURA 10 – ESQUEMA DA AUDITORIA OPERACIONAL 18
FIGURA 11 – ESQUEMA DA AUDITORIA ESPECIAL 18
FIGURA 12 – ESQUEMA DAS FORMAS DE EXECUÇÃO DE AUDITORIA PELA IN 01/01. 20
FIGURA 13 – C LASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA GOVERNAMENTAL QUANTO À NATUREZA . 23
FIGURA 14 – TABELA COMPARATIVA ENTRE A UDITORIA DE R EGULARIDADE E OPERACIONAL . 25
FIGURA 15 – ESQUEMA FISCALIZAÇÃO COFOP 27
FIGURA 16 – ESQUEMA LALER DA FISCALIZAÇÃO COFOP 27
FIGURA 17 – ESQUEMA GAGAU PARA QUEM MEXEU COM RECURSOS PÚBLICOS 28
FIGURA 18 – ESQUEMA DA ÉTICA PROFISSIONAL 36
FIGURA 19 – ESQUEMA DA INDEPENDÊNCIA DO AUDITOR 37
FIGURA 20 –ESQUEMA DA PERDA DE INDEPENDÊNCIA DO AUDITOR 38
FIGURA 21 – ESQUEMA DA INTEGRIDADE DOS AUDITORES 39
FIGURA 22 – ESQUEMA DA EFICIÊNCIA DOS AUDITORES 40
FIGURA 23 – ESQUEMA DO JULGAMENTO PROFISSIONAL DOS AUDITORES 41
FIGURA 24 – M NEMÔNICO DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS DO AUDITOR PELA NBC TA 44

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1- O Que é Auditoria? Como surgiu?


Auditar é investigar, examinar as atividades desenvolvidas em uma
instituição ou setor para verificar se estão dentro de uma normalidade, se estão
atendendo a um parâmetro pré-estabelecido. A palavra auditoria deriva do latim
Audire, que significa “ouvir”. Então o profissional de auditoria ouve, observa,
analisa uma situação em concreto e a compara com uma situação em abstrato,
os parâmetros que podem ser legais, de desempenho, principiológicos etc.
Posteriormente vamos agregar termos mais técnicos ok?
Em auditoria não se pode falar em certificar ou atestar com 100% de
certeza sobre os resultados decorrente dos trabalhos, não há garantia
absoluta nas conclusões de auditoria. Isto não é ruim, muito pelo contrário,
esta garantia absoluta seria muito cara e talvez sequer possível. Normalmente
trabalhamos por amostragem, técnica estatística fundamental para nossa
profissão e que vamos estudar com mais detalhes oportunamente. Veja a
importância do que estou falando na forma deste exemplo:
Imagine uma indústria com patrimônio de R$ 2 bilhões e toda
sua complexidade organizacional, fluxos de processos,
quantidade de pessoal, sistemas de informação, controle de
produção e de estoques entre outras. Agora imagine você,
auditor, ter que se ater a cada real! O custo benefício de se
controlar tudo (100%) não é compensatório, se quer viável. Na
mesma linha de pensamento, não é nada inteligente você
preparar uma estrutura de controle que custasse R$ 100 mil
todo ano, objetivando corrigir distorções que provoquem
prejuízos mensais de R$ 2 ou R$ 3 mil. Definitivamente não
compensaria.

É importante também você entender a evolução da auditoria, que surgiu


da necessidade decorrente da evolução do capitalismo, qual seja a necessidade
de as empresas captarem recursos externos para se desenvolver e crescer.

Auditoria Investidores necessitam de opinião isenta


Surge com
enfoque
contábil garantem 100%
decorrente da Auditores
evolução do
capitalismo NÃO atestam viabilidade
futura

FIGURA 1 – ESQUEMA DO SURGIMENTO DA AUDITORIA

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No Brasil, segundo William Attie, as principais influências que


possibilitaram o desenvolvimento da auditoria foram:
a) Filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras;
b) Financiamento de empresas brasileiras através de entidades
internacionais;
c) Crescimento das empresas brasileiras e necessidade de
descentralização e diversificação de suas atividades econômicas;
d) Evolução do mercado de capitais;
e) Criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do
Brasil em 1972; e
f) Criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades por
Ações.

Vamos lá, é importante que o aluno saiba as principais fontes de estudo


da matéria e as apresento agora:
i) Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC do Conselho
Federal de Contabilidade - CFC, que foram atualizadas para se adequar
às normas internacionais. São aprovadas por meio de Resoluções do CFC
e são compreendidas pelas Normas Técnicas (NBC TA) e Normas
Profissionais (NBC PA). As que vamos mais estudar são a NBC TA 200,
NBC PA, NBC TI 01(Auditoria Interna) e a NBC TAG (de auditoria
governamental);
ii) NAT - Normas de auditoria do TCU (Portaria-TCU nº 280/2010).
São normas principiológicas, de planejamento, de execução e de
elaboração de relatório de auditoria;
iii) ISSAI – Normas da INTOSAI (ISSAIs 100, 200, 300 e 400).
INTOSAI é uma entidade internacional autônoma, independente e
apolítica, responsável por emitir normas e regulamentos que orientam as
atividades e procedimentos de auditoria governamental. Veremos o
Código de ética e Princípios Fundamentais;
iv) Normas Internacionais de Auditoria Interna do IIA (Institute
of Internal Auditors), como independência, proficiência e zelo profissional.
Trata-se de uma instituição internacional sem fins econômicos que busca
fornecer liderança dinâmica da profissão global de Auditoria Interna. Sua
sede é na Califórnia, EUA e no Brasil é representada pelo IIA Brasil.;
v) Normas de Auditoria Governamental, NBASP e as instituídas
pela IN CGU n. 03/2017 e Normas de Controles internos, gestão de riscos
e governança no âmbito do Poder Executivo Federal, instituída pela IN
Conjunta MP/CGU n. 01/2016.

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Apresentada essas principais fontes, vamos à definição dada pela NBC TA


200 para os objetivos da auditoria independente:

O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas


demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante
a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma
estrutura de relatório financeiro aplicável.
No caso da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião
expressa se as demonstrações contábeis estão apresentadas
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com
a estrutura de relatório financeiro aplicável. A auditoria conduzida em
conformidade com as normas de auditoria e exigências éticas relevantes
capacita o auditor a formar essa opinião.
Observe como se encaixa na introdução que apresentamos sobre opinião
isenta para aumentar a confiança na informação por parte dos usuários!

DESTAQUE
Alguns pontos da definição merecem destaque:
a) O objetivo é voltado para os usuários das
demonstrações: investidores, governo, credores como
bancos comerciais etc. Estes precisam ter mais confiança nas
informações contidas nesses demonstrativos;
b) A auditoria só se preocupa com aspectos relevantes.
c) Verifica se as estruturas dos relatórios são aceitas do ponto
de vista legal e definições do Conselho Federal de
Contabilidade – CFC (em conformidade com uma estrutura
de relatório financeiro aplicável);
d) Norma antiga falava em Parecer, a nova em Opinião. Na
prática as duas expressões são aceitas e podem ser cobradas
em prova, assim como Relatório.

1- (FGV) Auditor - ISS/Recife - 2014


O auditor, ao expressar uma opinião de que as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma
estrutura de relatório financeiro aplicável, produz o seguinte efeito:

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(A) revela as distorções do planejamento da auditoria das demonstrações


contábeis.
(B) reduz os riscos de auditoria das demonstrações contábeis o que gera
segurança para os usuários.
(C) proporciona o aumento de evidências de auditoria das demonstrações
contábeis.
(D) aumenta o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários.
(E) assegura que os objetivos operacionais desejados pela administração foram
alcançados.
Resolução:
Tal qual como vimos na definição da NBC TA 200 para os objetivos da
auditoria independente: aumentar o grau de confiança dos usuários nas
demonstrações contábeis. Logo o gabarito é a alternativa D.
Gabarito 1: D

ATENÇÃO
Para fins de concurso, é importante que o candidato saiba
também o que NÃO É objetivo do auditor, pois cai bastante em
prova:
- elaborar os demonstrativos. Esta é de responsabilidade da
empresa auditada;
- identificar erros e fraudes. Apesar de o auditor ter que estar
atento às suas existências, a responsabilidade pela prevenção e
detecção dos erros e fraudes é da administração da empresa
auditada. Fique atento, não caia nesta pegadinha;
- certificar, atestar ou garantir a integridade das
informações contábeis. O auditor não pode garantir 100%
que os demonstrativos estão livres de distorções relevantes,
apenas razoável segurança;
- assegurar viabilidade futura da entidade. Mesmo que o
auditor conclua que não encontrou distorção relevante que
comprometa as demonstrações analisadas, isso não é igual a
afirmar que a empresa continuará em pleno funcionamento, sem
possibilidades de interrupção futura. Este risco continuará
existindo em qualquer atividade.
- aprovar relatório de auditores independentes. Este não é
um objetivo dos auditores internos.

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Elaborar
demonstrativos

Assegurar Não é
Identificar
viabilidade objetivo
erros e
futura da do
fraudes
entidade AUDITOR

Garantir
100% das
informações

FIGURA 2 – ESQUEMA DO QUE NÃO É OBJETIVO DO AUDITOR

1.1- Classificações importantes


Vamos ver rapidamente algumas das classificações mais cobradas em
prova. É importante também para seu discernimento sobre a matéria.

1.1.1- Auditoria Interna X Auditoria Externa.


A auditoria interna é mais ampla, podendo ser não apenas um serviço de
avaliação (assurance), como também de consultoria, melhorando o
gerenciamento dos riscos, adicionando valor à instituição auditada.
Já a auditoria externa tende a ser mais objetiva e também mais
independente, pois o vínculo com a auditada é apenas profissional e não
empregatício.
Percebe-se que a principal diferença entre auditoria interna e externa é
de fácil dedução: interna é realizada por auditores dentro da instituição auditada
(empregados da empresa) e externa realizada por terceiros contratados para
isso (prestadores de serviços).

Veja algumas definições de auditoria interna:


- Segundo o IIA, a auditoria interna é uma atividade independente e
objetiva que presta serviços de avaliação (assurance) e de consultoria
com o objetivo adicionar valor e melhorar as operações de uma
organização. A auditoria auxilia a organização a alcançar seus objetivos por
meio de uma abordagem sistemática e disciplinada para a avaliação e

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melhoria da eficácia dos processos de gerenciamento de risco, controle e


governança corporativa.

AUDITORIA INTERNA (IIA)

Independente e objetiva

Avaliação ou consultoria

Adiciona valor à instituição

Abordagem sistemática e disciplinada

Gerencia risco, controle e governança

FIGURA 3 – ESQUEMA DA AUDITORIA INTERNA SEGUNDO IIA

- Segundo a IN CGU 03/17, a Auditoria Interna governamental – AIG é uma


atividade independente e objetiva de avaliação e de consultoria,
desenhada para adicionar valor e melhorar as operações de uma
organização. Deve buscar auxiliar as organizações públicas a realizarem
seus objetivos, a partir da aplicação de uma abordagem sistemática e
disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de governança,
de gerenciamento de riscos e de controles internos.
Qualquer semelhança com a definição anterior não é mera coincidência,
é inspiração mesmo. A definição de auditoria governamental pela nova IN da
CGU se baseou totalmente no IIA, como pode ser visto.

- Segundo a NBC TI 01, a Auditoria Interna compreende os exames, análises,


avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados
para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade
dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados
ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à
administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

Agora vejamos algumas definições de auditoria externa:


- Segundo o INTOSAI, a auditoria não é um fim em si, e sim um elemento
indispensável de um sistema regulatório cujo objetivo é revelar desvios
das normas e violações dos princípios da legalidade, eficiência, eficácia
e economia na gestão financeira com a tempestividade necessária para que

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medidas corretivas possam ter tomadas em casos individuais, para fazer com
que os responsáveis por esses desvios assumam a responsabilidade por eles,
para obter o devido ressarcimento ou para tomar medidas para impedir, ou pelo
menos dificultar, a ocorrência dessas violações.
Observe que a INTOSAI não define auditoria externa em si, mas como ela
trata de auditoria externa governamental, podemos considerar.

- Segundo a NBC TA, o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança


nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante
a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma
estrutura de relatório financeiro aplicável.
Aqui também não temos uma definição para o que é auditoria externa,
apenas o seu objetivo. Mas guarde isso, é muito importante.

ATENÇÃO!
Para fins de questões, Auditoria Externa = Auditoria
Independente = Auditoria Independente das demonstrações
Contábeis = Auditoria Independente das Demonstrações
Financeiras = Auditoria Contábil.
Este quadro comparativo demonstra as principais diferenças entre os dois
tipos de auditoria:
AUDITOR INTERNO AUDITOR EXTERNO
Finalidade Emitir opinião sobre o que Emitir uma opinião sobre
foi analisado, a adequação das
apresentando conclusões demonstrações
e recomendações ao contábeis
gestor
Relação trabalhista com Empregado Sem vinculo
a auditada empregatício
Grau de independência Menor Maior
Tipo de auditoria Contábil e operacional Contábil
Público alvo Interno Interno e externo
Duração Contínua Eventual
Volume de testes Maior Menor
Responsabilidade Trabalhista, civil e penal Civil e penal

FIGURA 4 – COMPARATIVO ENTRE AUDITOR INTERNO E EXTERNO

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2- (CESPE) AFCE/TCU - 2013


As atribuições dos auditores internos e externos diferem, pois, no primeiro caso,
estão fixadas no contrato de trabalho, como empregado da empresa, e, no
segundo, no contrato de prestação de serviços com o profissional ou empresa.
O auditor interno tem responsabilidade essencialmente trabalhista; o externo,
responsabilidade profissional, civil e criminal.
Resolução:
Correto, veja a tabela acima. De fato, o auditor interno é funcionário da
empresa, enquanto o externo é um prestador de serviço. Agora chamo atenção
aos detalhes, a questão falou em responsabilidade “essencialmente” trabalhista
e não exclusivamente. O item está certo. É claro que ele terá responsabilidade
civil e penal como qualquer pessoa, empregada ou não, mas primordialmente a
responsabilidade é trabalhista. Assim como o auditor externo possui
responsabilidade por exercer sua profissão, além da civil e penal. Por isso a
importância de responder questões, nos ajuda a raciocinar e fixar o conteúdo.
Gabarito 2: C

3- (CESPE) Especialista/ANP - 2013


Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de auditoria
interna e externa, julgue os itens subsequentes.
Com a evolução da atividade empresarial e o crescimento da captação de
recursos de terceiros, os investidores precisam conhecer a posição financeira e
patrimonial das entidades, o que ocorre por meio do parecer emitido pela
auditoria interna das entidades a respeito da adequação das demonstrações
contábeis.
Resolução:
Questão aparentemente correta, mas só na aparência mesmo, rsrs. Se
você analisar atentamente, a questão se refere à auditoria externa ou
independente, e não a interna. Atenção aos detalhes!
Gabarito 3: E

1.1.2- Auditoria Governamental X Auditoria Privada.


Outra classificação fácil de diferenciar pela nomenclatura. Aliás, nossa
matéria é bem intuitiva mesmo, você conhecendo a teoria, pegando nossos
bizús e praticando com questões verá que muitas delas se resolvem aplicando
a lógica.

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Enquanto que a auditoria privada é aquela particular exercida por pessoas


físicas ou principalmente pessoas jurídicas, prestando serviços privados, a
auditoria governamental é aquela exercida pela Administração Pública,
prestando serviço público, de grande relevância por sinal.
Exemplos: as conhecidas Ernst Young e PricewaterhouseCoopers são
empresas privadas que realizam auditorias externas. O TCU e a CGU fazem
auditorias governamentais, sendo que o primeiro faz auditoria governamental
externa enquanto que a Controladoria realiza auditoria governamental interna
em relação ao governo federal.

Auditoria Independente das demonstrações contábeis


Como vimos, de acordo com a NBC TA 200, o objetivo da auditoria é
aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários.
Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório
financeiro aplicável.
Conforme esquematiza o ilustre prof.: Lucas Salvetti em seus cursos de
auditoria independente no Exponencial, temos:

FIGURA 5 – FLUXO DO OBJETIVO DA AUDITORIA INDEPENDENTE (AUTOR: LUCAS SALVETTI)

Auditoria Governamental
Primeiro apresento a INTOSAI (The International Organisation of
Supreme Audit Institutions), uma instituição internacional que congrega as
Entidades de Fiscalização Superiores – EFS, com objetivo de compartilhar
experiências globais e emitir orientações sobre melhores práticas de atividades
e procedimentos de auditoria governamental.
Essas EFS são instituições estatais de auditoria governamental,
responsáveis por verificar a regularidade das transações do Governo, adequação

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das demonstrações financeiras, além da salvaguarda dos ativos públicos. Nosso


representante aqui no Brasil é o TCU.
A INTOSAI define auditoria governamental como sendo uma atividade
independente e objetiva que, por meio de aplicação de procedimentos
específicos, tem a finalidade de emitir opinião sobre as contas dos governos,
assim como apresentar comentários sobre o desempenho organizacional e o
resultado dos programas de governo.
Veja as características da auditoria novamente presente nesta definição:
utilização de procedimentos para executar uma atividade independente e
objetiva, com a finalidade de emitir opinião sobre algo, neste caso, sobre a
adequação das contas governamentais, sobre o desempenho da gestão e sobre
os resultados dos programas.

IMPORTANTE
A auditoria governamental alcança pessoas físicas ou pessoas
jurídicas, público ou privadas, que guardem, arrecadem,
gerencie, administrem ou utilizem (GAGAU) recursos públicos.
Mexeu com recursos públicos, é passível de uma auditoria
governamental.

- Auditoria Governamental segundo a IN N. 03/2017 da CGU


Com o propósito de aumentar e proteger o valor organizacional das
instituições públicas, fornecendo avaliação, assessoria e aconselhamento
baseados em risco, a Instrução Normativa nº 03/2017 aprova o Referencial
Técnico da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo
Federal, regulamentando o Art 74 CF88, cujo objetivo é a avaliação da ação
governamental e da gestão dos administradores públicos federais, por
intermédio da fiscalização COFOP contábil, financeira, orçamentária, operacional
e patrimonial, com a finalidade de:
a) avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à
eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da Administração Pública Federal, bem como da aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado;
c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem
como dos direitos e haveres da União; e
d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

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4- (CESPE) Auditor – FUB - 2011


Com relação aos aspectos que envolvem os sistemas de controle
interno, julgue o item a seguir.
O controle sobre as operações de crédito, avais e garantias é competência do
controle interno, mas o cumprimento das metas previstas no plano plurianual
(PPA) e nos orçamentos da União deve ser acompanhado exclusivamente pelo
sistema de planejamento de orçamento.
Resolução:
Vimos que a primeira atividade essencial do SCI que a Instrução cita é a
avaliação do cumprimento das metas do Plano Plurianual que visa a comprovar
a conformidade da sua execução, por isso o item está errado. Certamente o
Ministério de Planejamento – MPOG e Orçamento também faz suas
averiguações, mas não é atividade exclusiva do MPOG.
O controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres
da União, que visa a aferir a sua consistência e a adequação, também é
atividade precípua do SCI.
Gabarito 4: E.

O CESPE costumava cobrar muito a classificação de auditoria


governamental segundo a revogada Instrução Normativa Nº 01/2001 do
Ministério da Fazenda – SFC (Secretaria Federal de Controle Interno). As novas
normas da CGU não trouxeram esta classificação de modo que preferimos
apresenta-la, uma vez que é comum as bancas repetirem conceitos antigos,
mesmo após revogações. Inclusive foi cobrada recentemente no edital da AGU
para o cargo de contador. Mas alerto novamente, a IN 01/2001 MF/SFC está
revogada! Segue a classificação e conceitos:

AUDITORIA
GOVERNAMENTAL

Acompanha
Avaliação da Auditoria Auditoria Auditoria
mento da
Gestão Contábil Operacional Especial
Gestão

FIGURA 6 – CLASSIFICAÇÃO DE AUDITORIA GOVERNAMENTAL PELA ANTIGA IN 01/01.

I. Auditoria de Avaliação da Gestão: esse tipo de auditoria objetiva emitir


opinião com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execução
de contratos, acordos, convênios ou ajustes, a probidade na aplicação dos
dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da

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União ou a ela confiados, compreendendo, entre outros, os seguintes aspectos:


exame das peças que instruem os processos de tomada ou prestação de contas;
exame da documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos;
verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil;
verificação do cumprimento da legislação pertinente; e avaliação dos resultados
operacionais e da execução dos programas de governo quanto à economicidade,
eficiência e eficácia dos mesmos.
II. Auditoria de Acompanhamento da Gestão: realizada ao longo dos
processos de gestão, com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os
atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade ou
entidade federal, evidenciando melhorias e economias existentes no processo
ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua missão institucional.
III. Auditoria Contábil: compreende o exame dos registros e documentos
e na coleta de informações e confirmações, mediante procedimentos
específicos, pertinentes ao controle do patrimônio de uma unidade,
entidade ou projeto. Objetivam obter elementos comprobatórios suficientes
que permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com
os princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações deles
originárias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais relevantes, a
situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período
administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas. Tem por
objeto, também, verificar a efetividade e a aplicação de recursos externos,
oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais, por unidades ou
entidades públicas executoras de projetos celebrados com aqueles organismos
com vistas a emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das
demonstrações financeiras.
IV. Auditoria Operacional: consiste em avaliar as ações gerenciais e os
procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das
unidades ou entidades da administração pública federal, programas de governo,
projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de emitir uma
opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e
economicidade, procurando auxiliar a administração na gerência e nos
resultados, por meio de recomendações, que visem aprimorar os
procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial.
Este tipo de procedimento auditorial, consiste numa atividade de
assessoramento ao gestor público, com vistas a aprimorar as práticas dos
atos e fatos administrativos, sendo desenvolvida de forma tempestiva no
contexto do setor público, atuando sobre a gestão, seus programas
governamentais e sistemas informatizados.
V. Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situações consideradas
relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas para
atender determinação expressa de autoridade competente. Classifica-se nesse

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tipo os demais trabalhos auditoriais não inseridos em outras classes de


atividades.
Esquematizando:

AVALIAÇÃO certificar a regularidade das contas


DA GESTÃO

Objetiva verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou


emitir uma ajustes
opinião com
vistas a:

verificar a probidade na aplicação do dinheiro público e


na guarda ou administração de valores e outros bens

FIGURA 7 – ESQUEMA DA AUDITORIA DE AVALIAÇÃO DE GESTÃO

realizada ao longo dos processos de gestão

ACOMPANHAMENTO
DA GESTÃO objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos
efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos
de
uma unidade ou entidade federal

FIGURA 8 – ESQUEMA DA AUDITORIA DE ACOMPANHAMENTO DA GESTÃO

exame dos registros e documentos


(mediante procedimentos específicos)

AUDITORIA coleta de informações e confirmações


CONTÁBIL
pertinentes ao controle do patrimônio de
uma
unidade, entidade ou projeto

FIGURA 9 – ESQUEMA DA AUDITORIA CONTÁBIL

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avaliar as ações gerenciais e os procedimentos


relacionados ao processo operacional, ou parte dele

das unidades ou entidades da administração pública


AUDITORIA federal, programas de governo, projetos,
OPERACIONAL atividades, ou
segmentos destes

com a finalidade de emitir uma opinião sobre a


gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia
e economicidade

FIGURA 10 – ESQUEMA DA AUDITORIA OPERACIONAL

avaliar as ações gerenciais e os procedimentos


relacionados ao processo operacional, ou parte
dele

AUDITORIA
ESPECIAL das unidades ou entidades da administração
pública
federal, programas de governo, projetos,
atividades, ou
segmentos destes

FIGURA 11 – ESQUEMA DA AUDITORIA ESPECIAL

5- (ESAF) AFRFB 2012


Os auditores públicos foram designados para examinar as demonstrações
contábeis da Empresa Transportes Fluviais S.A. O objetivo é avaliar se os
recursos destinados à construção dos dois novos portos foram aplicados nos
montantes contratados, dentro dos orçamentos estabelecidos e licitações
aprovadas. Foi determinado como procedimento a constatação da existência
física dos portos. Esse tipo de auditoria pública é classificado como auditoria
a) de gestão.
b) de programas.
c) operacional.
d) contábil.
e) de sistemas.

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Resolução:
Conforme leciona o professor Lucas Salvetti, aparentemente a banca
considerou a auditoria de avaliação de gestão como “auditoria de gestão”, e deu
como gabarito da questão a Alternativa A, no entanto, na parte doutrinária
isso não é claro já que em muitos casos, a auditoria operacional é confundida
com a auditoria de gestão.
Portanto, com base nisso (não previsão da definição pela norma citada, e
coincidência na definição doutrinária entre auditoria de gestão e operacional),
e, por isso, a questão deveria ter sido anulada. Portanto, atenção
REDOBRADA!!
Gabarito 5: A.

As auditorias serão executadas das seguintes formas:


I. Direta – trata-se das atividades de auditoria executadas diretamente por
servidores em exercício nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno
do Poder Executivo Federal, sendo subdividas em:
a) centralizada – executada exclusivamente por servidores em exercício
nos Órgão Central ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal.
b) descentralizada – executada exclusivamente por servidores em
exercício nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal.
c) integrada – executada conjuntamente por servidores em exercício nos
Órgãos Central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
II. Indireta – trata-se das atividades de auditoria executadas com a participação
de servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno
do Poder Executivo Federal, que desempenham atividades de auditoria em
quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada.
a) compartilhada – coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou
privada.
b) terceirizada – executada por instituições privadas, ou seja, pelas
denominadas empresas de auditoria externa.
III. Simplificada – trata-se das atividades de auditoria realizadas, por servidores
em exercício nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais ou setoriais do
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, sobre informações
obtidas por meio de exame de processos e por meio eletrônico, específico das
unidades ou entidades federais, cujo custo-benefício não justifica o deslocamento
de uma equipe para o órgão. Essa forma de execução de auditoria pressupõe a

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utilização de indicadores de desempenho que fundamentam a opinião do agente


executor das ações de controle.

RESUMO DAS FORMAS DE EXECUÇÃO DE AUDITORIA


Direta, Indireta ou Simplificada.
1) Direta:
a) Centralizada (órgão central ou setorial);
b) Descentralizada (regionais ou setoriais);
c) Integrada (conjunta).

2) Indireta:
a) Compartilhada (coordenada pela CGU);
b) Terceirizada (auditores externos).

3) Simplificada:
Feita a distância, custo-benefício não justifica o deslocamento.

Direta Indireta Simplificada

Centralizada Descentralizada Integrada Compartilhada Terceirizada

FIGURA 12 – ESQUEMA DAS FORMAS DE EXECUÇÃO DE AUDITORIA PELA IN 01/01.

6- ((CESPE) Analista de Controle Externo – TCE-ES –


2012) A auditoria coordenada pelo sistema de controle interno do Poder
Executivo federal e, de forma auxiliar, pelos órgãos e(ou) instituições públicas
ou privadas é classificada, quanto a forma de execução, como indireta e
compartilhada.
Resolução:
Indireta compartilhada é coordenada pelo Sistema de Controle Interno
do Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou
privada. Correto.

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Gabarito 6: C.

1.1.3- Auditoria de Regularidade X Auditoria Operacional.


Quanto à natureza, a auditoria se divide em auditoria de regularidade e
auditoria operacional. A auditoria de regularidade, também chamada de
auditoria de conformidade, está preocupada com a conformidade dos atos
analisados (por isso regularidade). Eu já falei que nossa matéria é intuitiva?
Explicando, é uma atividade preocupada com o exame da legalidade e da
legitimidade dos gastos públicos, por meio da análise das prestações de contas,
avaliação do controle interno, emitindo opinião sobre as demonstrações
financeiras etc. A legalidade se atém aos aspectos formais em obediência às
Leis, Decretos, Portarias e demais regulamentos e normas. A legitimidade é
voltada mais à moralidade e à ética.
O ato pode ser legal, porém ilegítimo, por ferir princípios, especialmente
morais. O grande exemplo citado na doutrina é a licitação regular de um
automóvel de luxo ou um superesportivo. Pra quê a administração pública
adquirir uma Mercedes top de linha ou uma Ferrari? Agora que entendemos esta
primeira classificação, veja os objetivos da auditoria de regularidade
segundo o INTOSAI:
1. Verificar se os responsáveis por gerir recursos públicos cumpriram
com sua obrigação de prestar contas, incluindo a correta apresentação
das demonstrações contábeis e registros financeiros;
2. Emitir opinião sobre as contas do Governo;
3. Auditar os gastos públicos do ponto de vista legal (incluindo leis,
normas e regulamentos);
4. Auditar o sistema de controle interno e as funções de auditoria
interna;
5. Verificar a probidade e adequação das decisões administrativas
adotadas pela entidade auditada.

Já a Auditoria Operacional se preocupa com a efetividade dos


programas governamentais, identificando o real alcance de suas ações, seus
principais “gargalos” e efeitos produzidos. Chega a ser uma espécie de
consultoria (assessoria) ao gestor público.
A auditoria operacional, também chamada de auditoria de desempenho,
verifica o cumprimento das metas, a eficiência, eficácia e economicidade, a
operacionalização das ações etc. Veja os objetivos segundo o INTOSAI:

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1. Verificar se a administração desempenhou suas atividades com


economia, de acordo com os princípios e políticas administrativas
corretas;
2. Verificar se os recursos públicos são utilizados com eficiência, para
isso analisa o sistema de informação, os procedimentos adotados,
controle de desempenho e de correção dos desvios e deficiências
detectados;
3. Verificar a eficácia do desempenho das entidades auditadas em
relação ao alcance de seus objetivos e a avaliação dos resultados
alcançados em relação aos pretendidos.

ATENÇÃO!
A auditoria Operacional se preocupa com os 5 E’s:
Efetividade – Eficiência – Eficácia – Economicidade
(Economia) - Equidade. Mas se as questões trouxerem os três
primeiros também estará certa. Aliás, dependendo do contexto,
até se citar só um pode o item estar correto. É a ideia do café
com leite. O café com leite é feito com café? Sim. É feito com
leite? Certo. É feito com café e leite? Certo também. Agora se
disser que é feito SÓ com café ou SÓ com leite, ai sim o item
estará errado. Fique atento!

E você sabe a diferença entre esses E’s? “Eu não deveria, mas vou lhe
ajudar...” Ta lembrado da escolinha do professor Raimundo? E não venha me
dizer que é coisa de velho, pois tem a nova versão que eu sei viu, rsrsrs. É claro
que tenho que te ajudar meu amigo (a), estamos juntos nessa não é mesmo?
Segue a diferença:
Economicidade tem a ver com economia de recursos, comprar o mais barato
possível, sem necessariamente se preocupara com a qualidade do produto. Se
atém ao custo.
Eficácia se preocupa em atingir o objetivo específico da ação (meta),
independente dos meios e recursos utilizados. Se preocupa com resultados
específicos.
A eficiência é mais abrangente, tem o objetivo de atingir a meta da melhor
forma possível, ou seja, ser eficaz e econômico ao mesmo tempo. Se preocupa
com o custo-benefício.
E efetividade é atingir o objetivo maior, macro. É uma eficácia no sentido amplo,
mas também preocupada com a eficiência. Refere-se aos impactos amplos.
Equidade se refere a isonomia na trato e na aplicação da coisa pública.

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Gosto de mostrar um exemplo de vacinação pública que aprendi no curso


de formação do TCU em 2011. É mais ou menos assim:
Um ente público criou um programa de vacinação para erradicar
uma doença X em um ano após o término de uma campanha
orçada em R$ 1 milhão, que duraria 2 meses e tinha uma meta
de vacinar 90% daquela população.
Pois bem, houve diversas e regulares licitações que custou R$
950 mil tudo, ou seja, houve uma economicidade de R$ 50 mil.
91% da população foi vacinada em 56 dias. Isso demonstra a
eficácia (vacinou até mais do que os 90% previsto) e eficiência,
pois além da economia na compra, a eficácia foi atingida num
tempo menor que o esperado. Não houve maiores reclamações
dos fornecedores nem da população atendida, como dito, as
licitações foram regulares, logo a equidade foi atendida.
Porém, um ano após o fim da campanha, a doença não foi
erradicada, o programa não foi efetivo.
A efetividade neste exemplo, pode não ter sido atingida por
vários motivos, qualidade da vacina, erro na estimação do tempo
para erradicar a doença (talvez em 2 anos se conseguisse) ou
no percentual de vacinados, erro na mensuração da população,
teria que ser 95% ou mais etc.

Entenderam a diferença? Então vamos em frente.


Há uma pequena subdivisão da auditoria de regularidade, ela é composta
de auditoria de conformidade e de auditoria contábil, e da auditoria operacional,
que é composta da auditoria de desempenho e da auditoria de avaliação de
programa.

Auditoria de Conformidade
Audioria de
Regulaidade
Auditoria Contábil
Auditoria
Goernamental
Auditoria de Desempenho
Auditoria
Operacional
Avaliação de Programa

FIGURA 13 – CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA GOVERNAMENTAL QUANTO À NATUREZA .

• Auditoria de conformidade (regularidade)


Já vimos seu conceito no início do tópico. É aquela que se preocupa com

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a legalidade e legitimidade dos atos públicos. Nesta subdivisão, exclua as que


envolvem matéria de contabilidade, que será enquadrada como Auditoria de
Regularidade Contábil.

• Auditoria Contábil
O objetivo da contabilidade é o estudo das variações quantitativas e
qualitativas ocorridas no patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações)
das entidades (qualquer pessoa física ou jurídica que possui um patrimônio).
O objeto da contabilidade é o Patrimônio.
O objetivo da auditoria contábil é obter elementos comprobatórios
suficientes que permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de
acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações
contábeis refletem, em todos seus aspectos relevantes, a realidade patrimonial
da entidade. Os objetos da auditoria contábil são os demonstrativos e os
registros contábeis. Tem por objeto, também, verificar a efetividade e a
aplicação de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos
internacionais, por unidades ou entidades públicas executoras de projetos
celebrados com aqueles organismos com vistas a emitir opinião sobre a
adequação e fidedignidade das demonstrações financeiras.

Você já deve saber, mas não custa relembrar:


O Objeto da contabilidade = Patrimônio.
Objetivo contabilidade = estudar as variações do patrimônio.
Objeto da auditoria contábil = demonstrativos e registros
contábeis
Objetivo da auditoria contábil = testar a confiança desses
registros. (TESTAR, NÃO ATESTAR!!!)

• Auditoria de Desempenho (operacional)


A auditoria de desempenho operacional se atém ao processo de gestão,
emitindo uma opinião sobre a economicidade, eficácia e eficiência dos gastos
públicos. São preocupações comuns nas auditorias de desempenho:
- As metas previstas foram cumpridas?
- A gestão foi eficaz, econômica e eficiente?
- As práticas antieconômicas e ineficientes foram tratadas?
Este tipo de auditoria busca auxiliar a administração no alcance de seus
resultados, por meio de recomendações que visam o aprimoramento dos
procedimentos.

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• Auditoria de Avaliação de Programa


Verifica a efetividade de um programa governamental. Identifica o real
alcance de um projeto ou um programa de governo, se os efeitos produzidos
foram os desejados. Lembra-se do exemplo da vacina? A avaliação de programa
vai pesquisar se a doença foi de fato erradicada, pois era o efeito desejado do
programa de vacinação. A Auditoria operacional verificaria se as metas
propostas foram cumpridas, podendo recomendar melhorias na aquisição ou na
distribuição dos produtos, por exemplo.

Para facilitar na resolução de questões, segue um quadro comparativo


entre esses dois tipos de auditorias:
Auditoria de Regularidade Auditoria Operacional
Adotam padrões mais fixos Adotam padrões mais flexíveis
Relatórios mais concisos e objetivos Relatórios mais analíticos e
argumentativo.
O relatório preliminar só é remetido ao Remessa do relatório preliminar ao gestor
gestor obrigatoriamente se houver é obrigatória
achados de alta complexidade ou alto
impacto
Menor participação do gestor Maior participação do gestor

FIGURA 14 – TABELA COMPARATIVA ENTRE AUDITORIA DE REGULARIDADE E OPERACIONAL .

IMPORTANTE
Apesar dessa divisão, muitos trabalhos podem envolver as duas
características de avaliação: regularidade e operacional. O que
vai decidir na classificação é o peso de cada avaliação no escopo
do trabalho. Se a auditoria tiver mais aspectos operacionais a
ser analisados, essa será classificada como operacional. Da
mesma forma uma auditoria operacional pode englobar tanto o
desempenho operacional como a avaliação de programa. Para
fins de concurso, o importante é você conhecer os
conceitos e saber diferenciar bem uma da outra.

7- (CESPE) AUDITOR GOVERNAMENTAL/CGEPI -


2015

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A auditoria, que inicialmente era voltada para a prevenção de riscos,


interpretação e orientação das operações, hoje se ocupa da tecnologia de
revisão dos registros contábeis. Julgue Certo ou Errado.
Resolução:
É o contrário não é mesmo? Inicialmente a auditoria era essencialmente
contábil, voltada a dar maior credibilidade às demonstrações contábeis.
Posteriormente foi evoluindo e agregando outras atribuições como a auditoria
operacional, que se preocupa com os 4 E’s.
Gabarito 7: E

2- O que é controle?
Controlar é cuidar, zelar para que as coisas estejam como se programou,
se planejou, visando alcançar determinado(s) objetivo(s).
Em seu artigo 70, a CF88 estabelece:

Art. 70º. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,


operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de
cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou
jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou
pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma
obrigações de natureza pecuniária.

Estamos falando da fiscalização COFOP quanto ao LALER para todos que


GAGAU com recursos públicos. Entenderam?
Não!!!! Vamos entender os mnemônicos:

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Contábil

Orçamentária

Fiscalização COFOP
do controle externo e Financeira
interno

Operacional

Patrimonial

FIGURA 15 – ESQUEMA FISCALIZAÇÃO COFOP

Legalidade

Aplicação das
subvenções

Abrange a
Administração direta Legitimidade
e indireta quanto:

Economicidade

Renúncia de receita

F IGURA 16 – ESQUEMA LALER DA FISCALIZAÇÃO COFOP

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Guarde

Arrecade

Prestará contas de
recursos públicos Gerencie
TODOS que

Administre

Utilize

FIGURA 17 – ESQUEMA GAGAU PARA QUEM MEXEU COM RECURSOS PÚBLICOS

Observem que o titular do controle externo é o Poder Legislativo -


PL, na esfera federal a cargo do Congresso Nacional, nos Estados as Assembleias
Legislativas, nos municípios as Câmeras Municipais de vereadores e no Distrito
Federal a Câmera Legislativa.
Por sua vez, o controle interno é exercido por cada Poder, por cada
um de seus órgãos, digo ainda mais, por cada um de seus colaboradores, sejam
servidores efetivos ou não.
O objetivo de ambos os controles é contribuir para promoção da
accountability pública, ou seja, promoção da transparência,
responsabilização e prestação de contas dos gastos públicos, verificando se
os recursos estão sendo direcionados para os interesses sociais, exercidos
indiretamente pelos representantes do povo, ou diretamente na forma da
Constituição.
Quanto à prestação de contas observe que vale para qualquer
pessoa, física ou jurídica, público ou privado, independente de valor. Óbvio
que a administração pode dispensar ou simplificar, por meio de legislação, em
alguns casos como os de baixo valor.

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2.1- Classificações importantes.

2.1.1- Controle Interno X Controle Externo.


Também na definição de controle tem-se esta diferença na classificação.
O controle interno é um conjunto integrado de métodos e procedimentos
adotados pela própria organização para proteção de seu patrimônio e promoção
da confiabilidade e tempestividade de seus registros contábeis. Segundo o
COSO (The Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway
Commission), que estudaremos mais adiante, os controles internos asseguram
o atingimento dos objetivos, de maneira correta e tempestiva, com a mínima
utilização de recursos.
Já o controle externo é o conjunto de métodos e procedimentos adotados
por uma entidade controladora ou fiscalizadora em uma entidade controlada ou
fiscalizada, objetivando salvaguardar o patrimônio e garantir a confiabilidade
das informações da controlada ou fiscalizada.
A diferenciação básica entre Controle Interno e Externo na administração
pública é que, naquele, o controle é exercido por órgãos integrantes do mesmo
Poder e neste há a fiscalização de um Poder sobre os atos administrativos de
outro Poder. Controle interno é controle administrativo, enquanto que o
controle externo é controle político (social).

• Controle externo
O controle externo é estabelecido no art. 71 da CF88:

Art. 71º. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional,


será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao
qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da
República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado
em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis
por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de
admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta
e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de
provimento em comissão, bem como a das concessões de

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aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias


posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados,
do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito,
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais
de cujo capital social a União participe, de forma direta ou
indireta, nos termos do tratado constitutivo;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela
União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos
congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional,
por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas
Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de
auditorias e inspeções realizadas;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de
despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em
lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa
proporcional ao dano causado ao erário;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se
verificada ilegalidade
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado,
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado
Federal;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou
abusos apurados.

Evidente que não vamos explorar muito este assunto, que é de


conhecimento obrigatório para candidatos de tribunais de contas e justamente
por isso é que não vamos aprofundar, sendo matéria isolada de outro curso
(controle externo). Obviamente que recomendo aquisição de um bom material
específico para sua preparação. Caso esteja gostando e queira nos prestigiar,
adquira o pacote do Exponencial. A disciplina controle externo é ministrada
em conjunto com o prof. Luiz Airosa do TCU, muito bom e por sinal o mais
completo do mercado. Pode conferir!

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Seguindo, analogamente, quem auxilia o PL nos demais entes são os


Tribunais de Contas Estaduais – TCE e Municipais - TCM, quando houver. Os
TCE podem ser divididos ainda em Tribunais de Contas dos Municípios, como é
o caso aqui da Bahia, por exemplo.

• Controle interno
Segundo o IIA, controle interno é "qualquer ação tomada pela
administração, conselho ou outras partes para gerenciar os riscos e aumentar a
probabilidade de que os objetivos e metas estabelecidos serão alcançados. A
administração planeja, organiza e dirige a execução de ações suficientes para
prover razoável certeza de que os objetivos e metas serão alcançados".
São diversos tipos de estrutura de controles internos, o mais difundido
deles e o mais importante para concursos, pois é cobrado expressamente e
veremos na próxima aula, é o modelo COSO. Mas além dele, há outros modelos
de sistema de controle interno, como o canadense CoCo, os ingleses TurnBull
Report e o Cadbury Committee, e o COBIT, a estrutura mais conhecida para
controles de TI.
Como veremos o assunto com profundidade na próxima aula, vou me
limitar a essas informações por enquanto ok? Aguarde as cenas dos próximos
capítulos.

8- (CESPE) ACE/TCU - 2007


É responsabilidade da auditoria interna fazer periodicamente uma avaliação dos
controles internos. Nesse sentido, é correto afirmar que a auditoria interna
representa um controle interno.
Resolução
Questão muito inteligente do CESPE. De fato, o controle interno - CI é um
conceito mais amplo e engloba a auditoria interna - AI. CI é um conjunto de
procedimentos e atividades e um desses procedimentos e atividades é a AI.
AI está contida no conceito mais amplo de CI.

Veja novamente as definições:

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CI é um conjunto integrado de métodos e procedimentos adotados pela


própria organização para proteção de seu patrimônio e promoção da
confiabilidade e tempestividade de seus registros contábeis.
AI é uma atividade independente e objetiva de avaliação (assurance) e de
consultoria, desenhada para adicionar valor e melhorar as operações de uma
organização.
Gabarito 8: C

2.1.2- Classificação quanto ao momento do controle.


Quanto ao momento do controle, ele pode ser: preventivo,
concomitante ou posterior.
O controle preventivo ou a priori visa impedir que eventos indesejados
ocorram. Já os controles concomitantes são aqueles realizados durante a
execução da atividade controlada. Finalmente o controle a posteriori ou
posterior se dá após o evento.

• Controle preventivo
Podemos dizer que os controles preventivos compreendem o conjunto de
mecanismos e procedimentos utilizados para analisar as operações antes de sua
autorização ou de seu começo, com o fim de determinar a veracidade, legalidade
e/ou conformidade das operações.
Estes controles garantem que antes de uma ação começar, por exemplo,
tenha sido feito o orçamento de Recursos Humanos, de materiais e recursos
financeiros que serão necessários. Além dos orçamentos, podemos citar outro
exemplo de controle preventivo, a programação, pois estas atividades
preliminares ajudam na conformidade das operações futuras.
O controle preventivo normalmente é realizado pela própria
organização, como parte de seu sistema de controlo interno. Por esta razão,
muitos doutrinadores dizem que o controle preventivo é sempre interno. Eu diria
que ele é essencialmente interno, mas não exclusivamente. Uma sabatina do
Senado Federal sobre a indicação de Ministros do STF é um exemplo de controle
externo preventivo. Fique atento!

• Controle concomitante
Os controles concomitantes ou simultâneos são aqueles feitos
durante o desenvolvimento de uma atividade. O mais conhecido desse tipo de
controle é a supervisão direta. Assim, um supervisor observa as atividades dos
trabalhadores, e pode corrigir as situações problemáticas assim que

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aparecerem. Os sistemas de computadores se utilizam muito deste tipo de


controle, eles podem ser programados para dar ao operador uma resposta
imediata no caso de ocorrência de erro ou processamento equivocado de uma
informação.
Nesses casos, o sistema de controles simultâneos do sistema irá rejeitar
a ordem e indicarão onde está o erro. Legal não é?

• Controle posterior
Os controles posteriores são aqueles que são feitos após a ação
controlada. Assim, são determinadas as causas de qualquer desvio ou violação
do plano original, da regra, em fim, do parâmetro de comparação. Os resultados
são aplicados em atividades futuras para que os erros não se repitam. São bons
exemplos deste tipo de controle as Auditorias Contábeis, a auditoria operacional
e as auditorias fiscais.

ATENÇÃO!
A INTOSAI não faz menção ao controle concomitante.
Quando estudarmos a Declaração de Lima, documento
importante que estabelece linhas gerais de auditoria
governamental da INTOSAI, vocês verão que eles dispõem
de dois momentos de controle: o prévio, denominado de
pré-auditoria e o posterior, chamado pós-auditoria. Por
enquanto fique com esse bizuzinho.

2.1.3- Controle Social.


De acordo com o Governo Federal Brasileiro, Controle Social é a
participação da sociedade civil nos processos de planejamento,
acompanhamento, monitoramento e avaliação das ações da gestão pública e na
execução das políticas e programas públicos.
Controle Social é na verdade uma modalidade de controle externo
exercido pelo cidadão seja de forma individualizada ou por meio de sociedade
civil organizada como ONGs, Conselhos de Políticas Públicas (Conselho de Saúde
e de Educação), Associação de Moradores (sem fins lucrativos) etc.
Controle Social formal é exercido por meio de alguns mecanismos como
denúncias e representações aos Tribunais de Contas, Orçamento Participativo,
audiências públicas, ação popular e ação civil pública.
Veja no sitio da CGU o que a instituição pensa sobre o tema, disponível
no endereço http://www.portaldatransparencia.gov.br/controlesocial/:

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As ideias de participação e controle social estão intimamente relacionadas: por


meio da participação na gestão pública, os cidadãos podem intervir na tomada
da decisão administrativa, orientando a Administração para que adote medidas
que realmente atendam ao interesse público e, ao mesmo tempo, podem
exercer controle sobre a ação do Estado, exigindo que o gestor público preste
contas de sua atuação.
A participação contínua da sociedade na gestão pública é um direito assegurado
pela Constituição Federal, permitindo que os cidadãos não só participem da
formulação das políticas públicas, mas, também, fiscalizem de forma
permanente a aplicação dos recursos públicos.
Assim, o cidadão tem o direito não só de escolher, de quatro em quatro anos,
seus representantes, mas também de acompanhar de perto, durante todo o
mandato, como esse poder delegado está sendo exercido, supervisionando e
avaliando a tomada das decisões administrativas.
É de fundamental importância que cada cidadão assuma essa tarefa de
participar de gestão pública e de exercer o controle social do gasto do dinheiro
público. A Controladoria-Geral da União (CGU) é um dos órgãos de controle da
correta aplicação dos recursos federais repassados a estados, municípios e
Distrito Federal. No entanto, devido às dimensões do Estado Brasileiro e do
número muito grande de municípios que possui (5.560), a CGU conta com
participação dos cidadãos para que o controle dos recursos seja feito de
maneira ainda mais eficaz.
Com a ajuda da sociedade, será mais fácil controlar os gastos do Governo
Federal em todo Brasil e garantir, assim, a correta aplicação dos recursos
públicos.
Aprenda como participar das discussões sobre o uso do dinheiro público e como
controlar a sua aplicação:
• Conselhos municipais e controle social
• Orçamento participativo
• Controle social nas prefeituras
• Portal da Transparência
• Órgãos de fiscalização
• Denuncie irregularidades
• Olho vivo
• Cursos para a promoção do controle social oferecidos pela CGU
• Transparência como Instrumento de Controle Social
• Manual Prático do Portal da Transparência

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3- Normas da pessoa do auditor


A atitude mental é fundamentada na crítica e no ceticismo do auditor,
ele deve ter a segurança necessária para formar sua opinião que será
sustentada por provas (veremos que a auditoria chama de evidências). A
atitude profissional se refere à combinação de capacitação intelectual, por
meio de estudos continuados, com a experiência adquirida de trabalhos
realizados ao longo da carreira de auditor. Já a atitude preventiva deve primar
pela construção de uma reputação reta, proba. Trata-se de uma opinião de
um profissional com força moral suficiente para conferir credibilidade às
demonstrações financeiras (ou ao que se está analisando).

ATENÇÃO!
Observe que a atitude preventiva se refere ao aspecto moral e
não a atuação preventiva, como muitos alunos podem achar.
Assim como o aspecto intelectual se refere à atitude profissional
e não à atitude mental, segundo o autor. Não caia em
pegadinhas de questão. Segue o esquema abaixo para facilitar:
ATITUDE MENTAL » Ceticismo – Segurança – Evidências
ATITUDE PROFISSIONAL » Capacitação – Experiência
ATITUDE PREVENTIVA » Probidade – Retidão - Credibilidade

Demonstradas as atitudes do auditor, apresentaremos agora os requisitos


que um profissional de auditoria deve possuir para desempenhar com excelência
sua atividade. Atenção, pois é importante.

3.1- Requisitos do auditor.


O auditor deve possuir algumas qualidades para executar de forma
adequada o importante trabalho dispensado à sua função. São os requisitos do
auditor. Vejamos os mais cobrados em prova:

• Ética profissional
Relacionada mais aos aspectos morais do que legais, a ética profissional
do auditor exige dele um comportamento exemplar pautado na honestidade
e nos padrões morais que confiram credibilidade aos trabalhos executados.

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Aspecto Moral

Comportamento exemplar

ÉTICA
Honestidade
PROFISSIONAL

Elevado padrão moral

Credibilidade

FIGURA 18 – ESQUEMA DA ÉTICA PROFISSIONAL

• Independência
Trata-se de um requisito de credibilidade sendo condição primordial para o
exercício da auditoria de modo a se obter de forma imparcial as evidências
necessárias ao seu julgamento e à formação de opinião do auditor. A
independência deve orientar o trabalho do auditor na busca pela verdade e
se desviando de interesses, conflitos e vantagens indevidas que possam
aparecer. Por isso há alguns impedimentos ao exercício da auditoria que o
candidato deve se atentar. Segundo a NBC PA 290, os conceitos sobre a
independência devem ser aplicados de forma a:
• Identificar ameaças à independência;
• Avaliar a importância dessas ameaças identificadas;
• Aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar essas ameaças
ou reduzi-las a um nível aceitável;
• Declinar do trabalho no caso de não eliminar ou reduzir essas ameaças a
um nível aceitável.
Ainda segundo a Norma, não basta o auditor ser independente, devendo
também aparentar ser independente. Assim também está no Código de Ética
do Contabilista. Veja como está disciplinado na NBC PA:
I) independência de pensamento - Postura mental que permite expressar
opinião sem ser afetado por influências que comprometam o julgamento
profissional, permitindo que à pessoa agir com integridade, objetividade e
ceticismo profissional.
II) aparência de independência - Evitar fatos e circunstâncias significativos
a ponto de um terceiro com experiência, bom senso e conhecimento de todas
as informações pertinentes, concluiria dentro do razoável que a integridade, a
objetividade ou o ceticismo profissional da firma de auditoria ou de membro da
equipe de auditoria fossem comprometidos.

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Ser imparcial

Buscar a verdade

INDEPENDÊNCIA nas
Livre de interesses
ações e na aparência

Evitar conflitos

Não receber vantagens indevidas

F IGURA 19 – ESQUEMA DA INDEPENDÊNCIA DO AUDITOR

O aluno deve se atentar às possibilidades de perda da independência por


parte do auditor perante o auditado, muito cobrado, das quais destacam-se:
a) Relacionamentos familiares – A independência é ferida quando um
familiar imediato de membro da equipe de auditoria é conselheiro,
diretor ou empregado com influência significativa sobre as
informações objetos de auditoria, ou que possa exercer influência durante
qualquer período coberto pelo trabalho. É claro que se estas influências
puderem ser reduzidas para um nível aceitável mediante a retirada do
auditor da equipe ou outra salvaguarda, os trabalhos não serão
prejudicados.
b) Relacionamentos pessoais - A independência é afetada quando um amigo
íntimo ou um inimigo capital de um membro da equipe de auditoria é
conselheiro, diretor ou empregado com influência significativa
sobre as informações objetos de auditoria, ou que possa exercer
influência durante qualquer período coberto pelo trabalho.
c) Vínculos empregatícios - conselheiro, diretor ou empregado com
influência significativa era funcionário da firma de auditoria. Fere a
independência sem possibilidade de salvaguarda. Veja a norma:
“Durante o período coberto pelo relatório de auditoria, se um membro da
equipe de auditoria desempenhou a função de conselheiro ou diretor do
cliente de auditoria, ou foi empregado em cargo que exerce influência
significativa sobre a elaboração dos registros contábeis do cliente ou das
demonstrações contábeis sobre as quais a firma emitirá relatório de
auditoria, a ameaça criada seria tão significativa que nenhuma salvaguarda
poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável.”
d) Interesses particulares – é a ameaça referente a interesses financeiros
ou outros que possam influenciar de forma inadequada o julgamento
profissional do auditor.

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e) Intimidações – são pressões reais ou aparentes visando exercer


influências indevidas sobre o auditor;
f) Ameaça de autorrevisão – é a ameaça de que o auditor não avaliará
apropriadamente os resultados de julgamento de um determinado serviço
por ele realizado (ou na qual era responsável), influenciando no
julgamento da prestação de serviços atual;
g) Defesa do interesse do cliente – quando o auditor promove ou defende a
posição do seu cliente a ponto de a objetividade ficar comprometida.

Relacionamentos pessoais e familiares

Vínculos empregatícios

O auditor perde a
independência Interesses particulares ou de clientes
quando:

Sofre intimidações

Autorrevisão

FIGURA 20 –ESQUEMA DA PERDA DE INDEPENDÊNCIA DO AUDITOR

• Integridade
O auditor deve ser íntegro em todos os seus compromissos, tanto
em relação ao auditado, quanto em relação ao público em geral, partes
interessadas e aos seus pares (entidade de classe a qual pertença).
Em relação à empresa auditada o auditor deve ser íntegro quanto às suas
exposições e opiniões, quanto aos serviços prestados, inclusive na cobrança de
honorários profissionais.
Em relação ao público geral e a terceiros interessados o auditor deve
transmitir veracidade, validando as informações contidas nas demonstrações
quando refletirem a realidade ou expondo as divergências quando existirem.
Finalmente, em relação à entidade de classe a qual pertença, o auditor
deve ser leal com seus concorrentes de classe, inclusive não concedendo
benefícios financeiros ou redução drástica de honorários que ponham em risco
os objetivos do trabalho.
O auditor poderá ser responsabilizado por ato de descrédito quando, no
desempenho de suas funções:

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a) Deixar de expressar um fato importante da qual tenha conhecimento e


que poderia mudar sua opinião;
b) Negligenciar testes ou exames importantes na formação da sua opinião;
c) Não reunir evidências suficientes e adequadas para justificar sua opinião;
d) Não relatar qualquer desvio importante da qual tenha conhecimento, ou
não expor qualquer omissão relevante aos princípios contábeis (ou outros
princípios).
A confiança da sociedade é afetada pelo nível de integridade dos auditores,
pois esta constitui o valor central da ética do auditor.

em relação aos quanto à prestação


auditados dos serviços

em relação ao quanto à veracidade


INTEGRIDADE
público em geral das informações

em relação aos seus ser leal quanto aos


pares concorrentes

F IGURA 21 – ESQUEMA DA INTEGRIDADE DOS AUDITORES

• Eficiência
O serviço de auditoria precisa ser estabelecido mediante uma
abrangência técnica adequada, estimando-se quando possível o prazo
para sua conclusão, a extensão dos trabalhos e o momento de obtenção das
provas.
O auditor só deve emitir opinião ou dar informações quando o exame
assim o permitir e houver condições para fazê-lo. Sua opinião deve ser
objetiva e clara, apresentando as razões para se chegar àquela conclusão. Por
isso que os auditores independentes, por exemplo, podem se abster de dar
opinião. Veremos em momento oportuno que isso se dá quando as
circunstâncias não permitirem ao auditor obter informações suficientes e
adequadas para formar sua opinião.
Um relatório de auditoria é eficiente quando atende aos objetivos
de auditoria por meio de padrões técnicos adequados, redigidos com
clareza e objetividade.

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EFICIÊNCIA

Atende aos Utiliza padrões Relatório com


objetivos da técnicos clareza e
auditoria adequados objetividade

F IGURA 22 – ESQUEMA DA EFICIÊNCIA DOS AUDITORES

• Confidencialidade
É o requisito que proíbe o auditor de fornecer informações sigilosas da
entidade auditada a terceiros. Esse sigilo se dá na relação entre auditor e
auditado, entre os próprios auditores, na relação entre auditores e órgãos
fiscalizadores e reguladores, e entre auditores e terceiros, devendo observar os
seguintes aspectos:
a) Não pode divulgar fora da firma de auditoria ou da organização
empregadora informações sigilosas obtidas em decorrência de
relacionamentos profissionais e comerciais, sem estar prévia e
especificamente autorizado por escrito pelo cliente;
b) Não pode usar as informações obtidas em decorrência desses
relacionamentos profissionais e comerciais para obter vantagens pessoais
para si ou para outrem;
O sigilo deve ser mantido mesmo após o término das relações profissionais
com o cliente ou empregador.

Esse sigilo não será observado quando houver obrigação legal


ou profissional de divulgação das informações. Ex.: Ordem
Judicial e Requisição Formal por escrito do CFC.

• Julgamento profissional
É o requisito usado no planejamento e execução da auditoria. Trata-
se de aspecto bem subjetivo que envolve competência e experiência profissional
necessário especialmente nas decisões sobre:
• materialidade e definição do risco de auditoria;

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• definição da natureza, época e extensão dos procedimentos de


auditoria;
• avaliação sobre a obtenção de evidência de auditoria suficiente e
adequada aos objetivos gerais da auditoria;
• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas;
• avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de
relatório financeiro aplicável da entidade, no caso das auditorias
independentes.

materialidade e do risco de auditoria

natureza, época e extensão dos trabalhos

JULGAMENTO
PROFISSIONAL evidência suficiente e adequada
Subjetivo quanto à

Conclusões da auditoria

opiniões dos auditados

FIGURA 23 – ESQUEMA DO JULGAMENTO PROFISSIONAL DOS AUDITORES

• Competência profissional
O auditor deve possuir a competência técnica necessária para
executar o serviço a que foi contratado. Essa competência inclui conhecimento
de auditoria propriamente dito e conhecimento da legislação específica
pertinente a área da entidade auditada.
Desse modo, o auditor antes de assumir os trabalhos deve ter um
conhecimento prévio mínimo sobre a auditada de modo a identificar e
compreender as atividades realizadas, avaliar a estrutura organizacional e a
complexidade de suas operações. Apenas depois desta análise, poderá
aceitar ou rejeitar o trabalho baseado na sua competência profissional.
O CFC, por exemplo, exige o Exame de competência profissional para
registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes - CNAI, que por

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objetivo aferir o nível de conhecimento e competência técnica para atuação na


área de auditoria independente.

• Zelo profissional
O auditor deve ser cuidadoso no exercício de sua profissão. Este zelo
compreende o manuseio dos papeis de trabalho, o contato com auditado e com
terceiros. Inclui a proficiência (conhecimento, habilidades e outras
competências) e o devido cuidado profissional.
As normas costumam trazer este requisito junto com a competência,
como a NBC PA 01, que chama de “competência e zelo profissional”. De fato são
complementares, costumo dizer que o zelo profissional é o somatório de
competência com o cuidado nos trabalhos.

ZELO PROFISSIONAL = COMPETÊNCIA + CUIDADO.


Particularmente, gosto de apresentar este requisito separadamente aos
meus alunos, até elo entendimento de algumas bancas. Vejam esta da FCC:

9- (FCC) Auditor – TCE/AM – 2013) Um auditor


detectou indício de irregularidade fora do escopo da auditoria, fato que foi
devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção das
providências cabíveis. Essa medida foi tomada pelo auditor em atendimento:
(A) ao sigilo profissional.
(B) ao zelo profissional.
(C) à competência técnica.
(D) à independência profissional.
(E) à ética profissional.
Resolução
Todas as alternativas representam requisitos profissionais e observe que
a banca diferenciou competência técnica do zelo profissional. Ao detectar uma
irregularidade relevante fora do escopo da auditoria, o auditor deve realmente
comunicar o fato ao seu superior para que este tome as medidas cabíveis que
pode ser incluir ao escopo da auditoria em andamento ou realizar uma nova
auditoria, por exemplo. Essa atitude é devida ao cuidado que o auditor deve ter
com o auditado e com a firma de auditoria, incluindo sua própria imagem. Trata-
se do Zelo Profissional.
Gabarito 9: B.

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• Educação continuada
Considerado requisito de qualidade, o auditor deve se manter
atualizado sobre sua área de atuação, ampliando conhecimento por meio de
educação permanente, atentando principalmente às normas que regem o
exercício da atividade de auditoria e as que regem o objeto da auditoria.
O auditor independente tem seu programa de educação continuada
regulamentada pelo CFC. O auditor interno membro do IIA, tem sua regulação
própria feita por esta instituição.

• Ceticismo profissional
Também é considerado requisito essencial do auditor que deve planejar
e executar sua auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que podem
existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações
contábeis, por exemplo.
Deve ser empregado o ceticismo em todo o trabalho de auditoria,
buscando reduzir os riscos de generalização excessiva de conclusões baseadas
em observações de auditoria, bem como de ignorar circunstâncias não usuais
que possam prejudicar a determinação da natureza, época e extensão dos
trabalhos de auditoria, influenciando na avaliação dos resultados.
O ceticismo profissional inclui uma mente questionadora e estar
alerta, por exemplo, a:
• confrontos de evidências de auditoria. Ocorre quando algumas
evidências de auditoria contradizem outras evidências obtidas;
• informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos
e respostas às indagações a serem usadas como evidências de auditoria;
• condições que possam indicar possíveis fraudes.

10- (FCC) Auditor – TCE/RS - 2014


O auditor está sujeito às exigências éticas e deve sempre estar alerta, por
exemplo, à condição que possa indicar fraude, como informações que coloquem
em dúvida a confiabilidade de documentos e respostas. Esse estado é
denominado
(A) alerta constante por parte do auditor.
(B) perfil investigativo do auditor.
(C) capacidade de percepção do auditor.
(D) ceticismo profissional do auditor.
(E) ética profissional do auditor.

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Resolução
Estar alerta, mentalidade questionadora e afins são características do
ceticismo profissional. Logo o gabarito é a alternativa D.
Gabarito 10: D

Agora que conhecemos os requisitos profissionais da carreira de auditor,


vamos ver como as principais normas tratam do assunto.

• NBC TA 200
A referida norma informa que os princípios fundamentais de ética
profissional são relevantes para o auditor quando da condução de auditoria das
demonstrações contábeis e estão implícitos no Código de Ética Profissional do
Contabilista, que fornece estrutura conceitual para a aplicação desses princípios.
São eles competência e zelo profissional, integridade, confidencialidade,
conduta (comportamento) e objetividade. Esses princípios também estão em
linha com os princípios do Código de Ética do IFAC, cujo cumprimento é
obrigatório dos auditores.
Segue um mnemônico para facilitar. Os flamenguistas vão gostar:
- para a NBC TA, os princípios fundamentais da ética profissional são a “ética
de ZICCCO”. Lembrando que a norma considera Competência e Zelo como um
só princípio, mas já vimos que a FCC, por exemplo, não pensa bem assim.
Z = Zelo Profissional e Competência
I = Integridade
C = Competência e Zelo profissional
C = Confidencialidade
C = Conduta
O = Objetividade

FIGURA 24 – MNEMÔNICO DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS DO AUDITOR PELA NBC TA

11- (FCC) Analista – ASLEPE - 2014


De acordo com as Normas Brasileiras de Auditoria, entre os princípios
fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor quando da
condução de auditoria de demonstrações contábeis, figura a:
(A) integridade.
(B) publicidade.

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(C) fidedignidade.
(D) legalidade.

(E) oportunidade.
Resolução
Para as Normas Brasileiras de Contabilidade só tem ZICCCO. Integridade
é o único princípio presente entre as alternativas.
Gabarito 11: A.

ATENÇÃO!
ROTAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS
A NBC PA 290 editou norma visando impedir o risco de perda da
objetividade e do ceticismo profissional, o prejudicaria a
imparcialidade na avaliação pelo auditor, estabelecendo:
a) Rotação do sócio encarregado do trabalho e do revisor de
controle de qualidade a intervalos não superiores a 5 anos
consecutivos;
b) Intervalo mínimo de 2 anos para o retorno desses
responsáveis à equipe de auditoria.
Obs.: Essa determinação, segundo a Norma, vale apenas para
as entidades de interesse público que compreende às que assim
são definidas pela legislação, as companhias abertas ou as que
pela legislação são equiparadas às companhias abertas para fins
de auditoria independente (como as sociedades de grande porte
definidas pela Lei 11.638/07).

• IN CGU n. 03/2017
A atuação dos auditores internos governamentais em conformidade com
princípios e requisitos éticos proporciona credibilidade e autoridade à
atividade de auditoria interna governamental.
Os princípios representam o arcabouço teórico sobre o qual repousam as
normas de auditoria. São valores persistentes no tempo e no espaço, que
concedem sentido lógico e harmônico à atividade de auditoria interna
governamental e lhe proporcionam eficácia. São princípios fundamentais do
auditor:
a) integridade;
b) proficiência e zelo profissional;

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c) autonomia técnica e objetividade;


d) alinhamento às estratégias, objetivos e riscos da Unidade Auditada;
e) atuação respaldada em adequado posicionamento e em recursos
apropriados;
f) qualidade e melhoria contínua; e
g) comunicação eficaz.

Sugiro leitura da norma sobre estes requisitos para ajuda-los na


compreensão e fixação. Como é muito extenso e não “primordial” para seu
estudo, apenas de forma complementar, colocamos como anexo a esta aula.
Sempre que houver algo complementar que não seja essencial iremos
fazer isso ok? Deixa seu material completo sem ser por demais extenso.

Vamos exercitar todo este conhecimento? É muito importante para o


aprendizado resolver questões de concursos anteriores, muito mesmo.

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4- Questões Comentadas
12- (CESPE) Analista/DPU – 2016 - Com base nas normas brasileiras para o
exercício e a execução de trabalho da auditoria interna, julgue os itens
subsequentes. O principal objetivo do auditor interno é obter achados que
permitam fundamentar as evidências acerca dos procedimentos de auditoria
aplicados.
Resolução
Veja o objetivo do auditor interno segundo a NBC TI 01:
A atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com
enfoque técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade
agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o
aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio
da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos
relatórios.
Ainda não estudamos evidências e achados de auditoria, mas já temos
condições de resolver esta questão pelos conceitos passados de auditoria
interna, sempre voltada para agregar valor, independentemente de encontrar
algo errado (achados).
Gabarito 12: E

13- (CESPE) Câmara dos Deputados – 2014 - A respeito dos tipos e


modalidades de auditoria no setor público, julgue os itens a seguir.
Um dos objetivos da auditoria contábil é emitir opinião acerca da adequação e
da fidedignidade das demonstrações financeiras quanto à aplicação, por parte
das entidades públicas executoras, de recursos externos oriundos de projetos
celebrados com organismos internacionais.
Resolução
Item correto conforme teoria vista e dispensa maiores comentários.
Gabarito 13: C

14- (CESPE) Câmara dos Deputados – 2014 - A respeito dos tipos e


modalidades de auditoria no setor público, julgue os itens a seguir.
Por meio da auditoria operacional preveem-se os obstáculos ao desempenho da
missão institucional da entidade, uma vez que se atua em tempo real sobre os
atos efetivos da entidade.
Resolução:
Auditoria operacional é tipicamente a posteriori. Lembra que falei sobre a IN
SFC/MF n. 01/2001 que era bem explorada pelas bancas? A definição da questão

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traz o conceito de auditoria de acompanhamento da gestão e não de auditoria


operacional que, via de regra, não atua em tempo real.
Gabarito 14: E

15- (CESPE) Auditor/FUB-DF/2013


A origem da auditoria nas empresas está associada ao aumento de seu tamanho
e à sua expansão geográfica, circunstâncias que favoreceram o surgimento de
administradores profissionais, que não se confundem com os próprios
acionistas.
Resolução
As empresas cresceram, se expandiram, inclusive por novos mercados em
outros países, aumentando a necessidade de obter novos recursos. Uma das
formas é captando recursos de terceiros. Estes precisam de uma opinião isenta
sobre os demonstrativos das empresas para aumentar a segurança em investir
nelas. Surge a figura dos auditores independentes. Questão correta.
Gabarito 15: C

16- (CESPE) Analista/CNJ - 2013


O auditor interno deve preservar sua autonomia profissional, logo não lhe cabe
prestar assessoria ao conselho fiscal ou órgãos equivalentes.
Resolução
É claro que o auditor deve preservar sua autonomia funcional, mas prestar
assessoria à administração ou conselho fiscal não fere esta autonomia, muito
pelo contrário, faz parte de suas atribuições segundo os conceitos modernos.
Gabarito 16: E

17- (CESPE) Auditor/TCDF - 2012


Acerca de auditoria interna, julgue o item seguinte: os serviços de auditoria
interna, estabelecidos dentro dos órgãos e instituições governamentais, são, na
maior medida possível, no âmbito de sua respectiva estrutura, independentes
nos aspectos funcionais e de organização.
Resolução: Exatamente. A auditoria interna deve buscar a maior
independência possível, seja na iniciativa privada ou pública, mesmo sabendo
que não se atingirá, ao menos em teoria, a independência dos auditores
externos, devido ao seu vinculo empregatício.
Gabarito 17: C

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18- (CESPE) IBRAM - 2009


A auditoria contábil governamental compreende a avaliação dos resultados
operacionais e da execução dos programas de governo quanto à economicidade,
eficiência e eficácia.
Resolução
Este conceito não é da auditoria contábil e sim da auditoria operacional. Alerto
que se a questão estivesse falando em auditoria operacional o item estaria
correto. Nós vimos que além da economicidade, eficiência e eficácia, tem-
se a efetividade (4 E’s), mas não é por que o item está incompleto que ele
esteja errado. Muita atenção.
Gabarito 18: E

19- (CESPE) Auditor/AUGE-MG - 2009


As influências que possibilitaram o desenvolvimento da auditoria no Brasil não
incluem:
A) a disseminação de filiais e subsidiárias de empresas estrangeiras
B) o financiamento de empresas brasileiras por instituições estrangeiras e
internacionais
C) as limitadas circunstâncias de obrigatoriedade da auditoria
D) a expansão do mercado de capitais
E) a complexidade crescente da legislação tributária
Resolução
CESPE também utiliza múltipla escolha (a, b, c, d, e) de vez em quando.
Conforme vimos, a alternativa C é a única que não influencia no
desenvolvimento da auditoria no Brasil, segundo William Attie.
Gabarito 19: C

20- (CESPE) Auditor/AUGE-MG - 2009


Com relação às origens da auditoria e seus tipos, assinale a opção correta.
A) O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das
empresas de captarem recursos de terceiros.
B) Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior
necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a segurança,
liquidez e rentabilidade de seus investimentos na empresa.
C) A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um
acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa.

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D) A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do exame


das transações da empresa em relação aos seus dirigentes.
E) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as
demonstrações contábeis que a empresa é obrigada a publicar.
Resolução
Item A está correto e é o gabarito da questão. Vimos que a necessidade de
capitação de recursos de terceiros devido à necessidade de evolução das
empresas capitalistas é um dos motivos para o surgimento da auditoria.
O item B está errado quando afirma que o maior interessado na auditoria
independente são os próprios acionistas fundadores e os sócios-gerentes. Na
verdade são os terceiros usuários da informação contábil como investidores (os
acionistas sem participação na gestão), potenciais investidores e governo, por
exemplo. Quem participa da gestão já tem informações suficientes para formar
sua opinião e confiar ou não nos demonstrativos, possivelmente tem acesso aos
auditores internos, prescindindo assim de uma auditoria independente.
O item C está mais associado à auditoria interna (consultoria).
Item D. Não, a auditoria interna veio para agregar valor à instituição,
identificando e tratando os riscos de não se atingir as metas institucionais.
Item E está errado. Apesar de os auditores internos também realizar auditoria
contábil, esta não é sua única atribuição. Lembre-se da amplitude da auditoria
interna e de sua característica de ser multidisciplinar.
Gabarito 20: A

21- (CESPE) Analista/STF – 2009 A amplitude do trabalho do auditor


interno e sua responsabilidade não estão limitadas à sua área de atuação, pois
compete à auditoria interna avaliar o grau de confiabilidade dos controles
internos.
Resolução
A última parte da assertiva está correta, pois não há dúvidas que o auditor
interno avalia a qualidade dos controles internos. Mas, apesar da amplitude do
trabalho característico dos auditores internos, ele deve se limitar à sua área de
atuação. Esta área deve estar condizente com seu nível de proficiência
(competência na área). Não dá pra exigir que o auditor interno tenha
conhecimento de tudo, o que se exige é que a equipe de auditoria tenha
conhecimento de tudo que estiver no escopo dos trabalhos, percebe a diferença?
Caso não tenha proficiência, não pode fazer o serviço.
Ex.: Auditoria no sistema atuarial de uma Entidade. Se apenas os auditores
internos A e B possuem esta competência, o trabalho só pode ser feito ao menos
com um deles. Se por algum motivo esses auditores não puderem trabalhar

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(férias, licença etc) o serviço não poderá ser realizado, pois não haveria pessoas
competentes para atender ao escopo.
Gabarito 21: E

22- (FGV) Auditor Substituto/TCE-RJ - 2015


O procedimento de auditoria governamental realizado com o objetivo de
avaliação da performance da Administração Pública quanto à economicidade, à
eficiência, à eficácia e à efetividade denomina-se:
(A) tomada de contas especial;
(B) auditoria de conformidade;
(C) inspeção extraordinária;
(D) análise econômico-financeira;
(E) auditoria operacional.
Resolução
A auditoria dos 4 E´s é a... é a... AUDITORIA OPERACIONAL!!!!!
Certa a resposta! ☺ Cai até em concurso de auditor substituto de conselheiro,
tá vendo ai?
Gabarito 22: E

23- (FCC) Auditor/SEFAZ-PE - 2014


Agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o
aperfeiçoamento dos processo, por meio da recomendação de soluções para as
não conformidades apontadas nos relatórios, é finalidade, decorrente da
atividade:
A) do conselho fiscal.
B) da auditoria externa.
C) do conselho de administração.
D) do controle interno.
E) da auditoria interna
Resolução
Pessoal, falou em agregar valor à instituição por meio de atividades e
procedimentos, é conceito moderno de auditoria interna, segundo NBC TI 01
e o IIA. Corra para o abraço sem medo de ser feliz.
Gabarito 23: E

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24- (FGV) Auditor/INEA-RJ - 2013


Assinale a alternativa que indica uma característica da auditoria interna de uma
organização.
A) Mostra maior grau de independência funcional sobre as atividades
operacionais.
B) Emite um parecer ou opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas.
C) Atende e exclusivamente às normas de contabilidade em vigor.
D) Realiza maior volume de testes sobre os trabalhos de auditorias operacional
e contábil.
E) Procura apenas erros substanciais nas demonstrações contábeis.
Resolução
Aquela nossa tabela comparativa ajuda a resolver esta questão.
Item A está errado, pois uma auditoria externa é mais independente.
Item B está errado. Esta é uma responsabilidade da auditoria independente ou
da auditoria contábil.
Item C errado, auditoria interna é bem ampla, multidisciplinar e atende a
diversas normas.
O erro do item E também não confere, pois se refere ao auditor independente
que se atém a equívocos relevantes (substanciais) nas demonstrações.
Item D é o gabarito. Já vimos que a auditoria interna realiza muito mais testes
que a auditoria externa, mesmo a operacional, pela abrangência e continuidade
característica de sua existência.
Gabarito 24: D

25- (FCC) Analista/TRT12 - 2013


Uma auditoria realizada com o objetivo de examinar se os recursos estão sendo
usados eficientemente em um programa da área de saúde é denominada de
auditoria:
A) de conformidade.
B) contábil.
C) operacional.
D) de regularidade.
E) de legalidade.
Resolução
Questão fácil não acha? Auditoria de conformidade e regularidade podem ser
consideradas a mesma coisa, logo os itens A e D não podem ser resposta à

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questão. O INTOSAI é quem divide auditoria de regularidade em conformidade


e contábil. Esta também não é resposta da questão, pois se atém aos aspectos
da contabilidade e não a eficiência da aplicação dos recursos. Finalmente, a
auditoria de legalidade foi uma continuidade da evolução das aplicações de
auditoria e se preocupa com aspectos formais das leis em sentido amplo. Então
item C é nossa resposta. Tranquilo.
Gabarito 25: C

26- (FUNDATEC) Auditor/SEFAZ-RS - 2014


A elaboração e a adequada apresentação das demonstrações contábeis, de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e com os controles
internos que foram determinados como necessários para permitir a elaboração
de demonstrações contábeis livres de distorções relevante, independente se
causada por erro ou fraude, é responsabilidade:
A) Dos auditores independentes
B) os órgãos reguladores
C) Do conselho fiscal
D) Da assembleia dos acionistas
E) Da administração da Companhia.
Resolução
A responsabilidade pela elaboração dos demonstrativos é da empresa,
a responsabilidade do auditor se resume a dar uma opinião sobre a consistência
desses demonstrativos. Veja o que diz a NBC TA 200:
“O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações
contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão
de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com
uma estrutura de relatório financeiro aplicável.”
“As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade,
elaboradas pela sua administração, com supervisão geral dos
responsáveis pela governança.”
Tanto que você verá, quando estudarmos sobre Comunicação dos resultados,
que é item obrigatório no Relatório dos auditores independentes expor as
responsabilidades da administração (que inclui a elaboração dos
demonstrativos) e as responsabilidade do auditor.
Gabarito 26: E

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27- (CESGRANRIO) Analsita/BNDES - 2013


Uma companhia, na elaboração das suas demonstrações contábeis financeiras
relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010, face às
dúvidas existentes de classificação e apuração de algumas receitas, teve a
participação da auditoria externa na apuração de tais valores, na classificação
das contas e na elaboração de parte das demonstrações contábeis. Nesse
contexto, a responsabilidade pela elaboração de tais demonstrações é do (a):
A) Auditor Externo
B) Auditor Externo e do Contador
C) Administrador e do Auditor Externo
D) Empresa e do Auditor Externo
E) Empresa
Resolução
Mais uma vez: a responsabilidade pela elaboração dos demonstrativos é
da empresa, a responsabilidade do auditor é emitir uma opinião independente
sobre essas demonstrações, se foram elaboradas conforme uma estrutura de
relatório financeiro aplicável. Até o gabarito é o mesmo, rsrs.
Gabarito 27: E

28- (FCC) Auditor/ISS-SP - 2012


Não é uma atividade da função da auditoria interna:
A) a avaliação do processo de governança.
B) a gestão de risco.
C) o monitoramento do controle interno.
D) o exame das informações contábeis e operacionais.
E) a aprovação do relatório de auditoria externa.

Resolução
A única alternativa que não demonstra uma atividade da auditoria interna é a
E. Não faz sentido um relatório de auditoria externa, que presume-se ser mais
independente, ser submetido à uma auditoria interna. Esta pode auxiliar a
auditoria externa no andamento dos trabalhos, o que não caracteriza espécie
de hierarquia ou submissão, apenas responsabilidade profissional de cada uma.
Gabarito 28: E

29- (FCC) Analista/TCE-AP - 2012

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O controle externo no Brasil é exercido:


(A) a posteriori, mas não a priori nem de forma concomitante.
(B) a priori e concomitante, mas não a posteriori.
(C) de forma concomitante e a posteriori, mas não a priori.
(D) a priori e a posteriori, mas não de forma concomitante.
(E) a priori, de forma concomitante e a posteriori.
Resolução
Vimos que o Brasil se utiliza do controle em seus três momentos, a priori,
quando analisa previamente um processo licitatório ou um concurso público, por
exemplo, concomitante, podemos citar uma auditoria concomitante à execução
de um contrato administrativo, e a posterior no julgamento de contas de um
gestor, por exemplo.
Gabarito 29: E

30- (ESAF) AFRFB - 2009


A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é:
a) da administração.
b) da auditoria interna.
c) do conselho de administração.
d) da auditoria externa.
e) do comitê de auditoria.
Resolução: Questão clássica. O candidato deve saber que não é o objetivo do
auditor detectar fraude ou erro, deve, evidentemente, está atento a eles. A
responsabilidade pelo controle interno – CI é de todos. Todas as pessoas que
compõe a instituição podem e devem contribuir para o fortalecimento do CI. No
caso específico da prevenção e detecção de fraudes e erros, a alta administração
é a responsável primariamente. A dificuldade que talvez você tenha tido na
resolução desta questão seria entre o item A ou C. Mas não é só o Conselho de
Administração e sim toda ela, presidência, diretoria executiva, em fim, toda a
alta administração. Ou talvez tenha se atrapalhado quando a questão fala de
“detecção” e se poderia ser de responsabilidade da auditoria.
Ao aplicar os procedimentos de auditoria o auditor deve considerar a
possibilidade de encontrar erro ou fraude, devendo estar atento a isto, mas de
fato a responsabilidade primordialmente é da governança da instituição, o que
afasta os itens B, D e E do gabarito.
Gabarito 30: A
31- (ESAF) Auditor/TCU - 2006

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Em relação à auditoria interna pode-se afirmar que,


A) com relação às pessoas jurídicas de direito público não é sua atribuição
avaliar a economicidade dos processos, visto que o objetivo do governo é de
controle, independente do valor.
B) é sua atribuição aperfeiçoar, implantar e fazer cumprir as normas por ela
criadas em sua plenitude.
C) deve relatar as não-conformidades sem emitir opinião ou sugestões para que
sejam feitas as correções ou melhorias necessárias.
D) é seu objetivo prevenir fraudes ou roubos, sendo que sempre que tiver
quaisquer indícios ou constatações deverá informar a administração, de forma
reservada e por escrito.
E) sua função é exclusivamente de validar os processos e transações realizadas,
sem ter como objetivo assistir à administração da entidade no cumprimento de
suas atribuições.
Resolução
Item A equivocado. É lógico que os auditores internos governamentais se
preocupam com o valor e buscam a economicidade.
Item B traz uma responsabilidade da administração. A auditoria só vai testar o
cumprimento das normas, podendo até recomendar e contribuir para o
aperfeiçoamento dos processos. Lembre-se, auditor não executa tarefas
operacionais que não sejam relacionadas à auditoria ou controle.
Item C errado. É sua missão agregar valor à instituição, diminuindo os riscos de
não atingir os resultados. A melhor forma de fazer isso é justamente por meio
das recomendações.
Item D está correto. O auditor não elabora seu trabalho para descobrir fraude
ou erro, não é sua principal atribuição, mas deve está atento a eles e prevenir
suas ocorrências. Uma vez ocorrendo, deve comunicar de forma reservada e
por escrito à administração. Veja o que diz a NBC TI 01:
A Auditoria Interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de
prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito,
de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de
irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.
Item E não está correto. Auditor não é pago para validar processos, até por que
se estiver errado ele faz justamente o contrário, apontando os erros e riscos de
não se corrigir. Um dos objetivos da auditoria interna é assessorar a
administração no cumprimento de suas atribuições.
Gabarito 31: D

32- (FCC) Analista/TRT 20 - 2011

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As revelações acerca das demonstrações contábeis têm relação com as


informações a que o auditor tem acesso pelo trabalho realizado. Desse modo, o
auditor pode deixar de revelar informações, muitas vezes privilegiadas em razão
da confidencialidade a ele conferida pela empresa sob auditoria, desde que o
usuário não seja induzido a conclusões errôneas e prejudiciais ao seu próprio
interesse.
Resolução
A afirmativa é verdadeira, pois trata-se da confidencialidade. O auditor tem
acesso a informações privilegiadas que não devem ser divulgadas sem
autorização administrativa ou judicial. Agora se estas informações
comprometem as demonstrações contábeis ao ponto de influenciar terceiros
usuários dessas informações (distorções relevantes), devem ser divulgadas e
não fere o princípio ético da confidencialidade.
Gabarito 32: C

33- (FCC) Auditor/TCE-AM - 2013


Um auditor detectou indício de irregularidade fora do escopo da auditoria, fato
que foi devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção das
providências cabíveis. Essa medida foi tomada pelo auditor em atendimento:
(A) ao sigilo profissional.
(B) ao zelo profissional.
(C) à competência técnica.
(D) à independência profissional.
(E) à ética profissional.
Resolução
Todas as alternativas representam requisitos profissionais e observe que a
banca diferenciou competência técnica do zelo profissional. Ao detectar uma
irregularidade relevante fora do escopo da auditoria, o auditor deve realmente
comunicar o fato ao seu superior para que este tome as medidas cabíveis que
pode ser incluir ao escopo da auditoria em andamento ou realizar uma nova
auditoria, por exemplo. Essa atitude é devida ao cuidado que o auditor deve ter
com o auditado e com a firma de auditoria, incluindo sua própria imagem. Trata-
se do Zelo Profissional.
Gabarito 33: B

34- (FCC) Analista/TRT4 - 2011


Não corresponde a um princípio fundamental da conduta ética do auditor a:
a) integridade dos trabalhos executados.

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b) competência técnica nas análises e avaliações.


c) postura mental independente.
d) subjetividade na aplicação dos procedimentos.
e) confidencialidade das informações.
Resolução
É só lembrar do ZICCCO. Os procedimentos geralmente são padronizados e a
subjetividade só é usada no julgamento profissional do auditor. Aos
procedimentos devem ser aplicado o princípio da objetividade.
Gabarito 34: D

35- (FCC) Analista/TRT 20 - 2011


Dentre outros, são princípios fundamentais de ética profissional relevantes para
o Auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis:
(A) formalismo e confiabilidade.
(B) integridade e pessoalidade.
(C) confidencialidade e motivação.
(D) formalismo e objetividade.
(E) integridade e objetividade.
Resolução
Olha o ZICCCO ai novamente. Estão fora: formalismo e confiabilidade,
pessoalidade e motivação.
Gabarito 35: E

36- (FGV) ACI/Recife - 2014


De acordo com a NBC TA 200, o julgamento profissional é necessário para a
tomada de decisões nos assuntos a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) A subjetividade e as evidências de auditoria para cumprimento das metas de
resultados operacionais e financeiros da empresa.
b) A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados
para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e a coleta de
evidências de auditoria.
c) As evidências de auditoria obtidas são suficientes e apropriadas ou se algo
mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBC TAs.
d) A avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de
relatório financeiro aplicável da entidade.

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e) A extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, por


exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela
administração na elaboração das demonstrações contábeis.
Resolução
No item A23 da NBC TA 200 sobre o julgamento profissional temos que “ É
necessário, em particular, nas decisões sobre:
• materialidade e risco de auditoria;
• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria
e a coleta de evidências de auditoria;
• avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se
algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das
NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor;
• avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de
relatório financeiro aplicável da entidade;
• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas,
por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas
pela administração na elaboração das demonstrações contábeis.
Observe que resultados operacionais e financeiros são atividades alheias ao
auditor independente. Não cabe a este apurar as metas da empresa auditada.
Os demais itens tem correspondência com a norma.”
Gabarito 36: A

37- (FGV) Auditor/AL BA - 2014


O requisito ético relacionado à auditoria das demonstrações contábeis que
exigem do auditor o reconhecimento de que podem existir circunstâncias que
causarão distorções relevantes nas demonstrações contábeis é
a) julgamento profissional.
b) ceticismo profissional.
c) evidência de auditoria apropriada.
d) condução da auditoria em conformidade com as normas relevantes.
e) confiabilidade na conduta dos trabalhos.
Resolução

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Conforme a NBC TA 200, “o auditor deve planejar e executar a auditoria com


ceticismo profissional, reconhecendo que podem existir circunstâncias que
causam distorção relevante nas demonstrações contábeis”.
A norma define ceticismo profissional como sendo “a postura que inclui uma
mente questionadora e alerta para condições que possam indicar possível
distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de
auditoria”.
Gabarito 37: B

38- (FGV) ATM/Recife - 2014


O reconhecimento pelo auditor de que existem circunstâncias que podem causar
distorção relevante nas demonstrações contábeis revela o requisito ético
relacionado à auditoria de demonstrações contábeis, denominado
a) julgamento profissional.
b) evidência funcional.
c) ceticismo profissional.
d) condução apropriada.
e) conformidade legal.
Resolução
Mais uma vez o item 15 da NBC TA 200 resolve a questão. Leitura fortemente
recomendada.
Gabarito 38: C

39- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014


Considere os objetivos:
I. Emitir opinião sobre a eficiência e eficácia dos controles internos da entidade.
II. Opinar sobre a conformidade da situação patrimonial retratada nas
demonstrações contábeis.
III. Demonstrar a veracidade dos fatos de maneira imparcial, para constituição
de prova em processo judicial.
IV. Auxiliar na emissão de laudo ou parecer.
São objetivos aplicados exclusivamente à Auditoria Governamental os que
constam APENAS em
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.

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(D) III e IV.


(E) II e IV.
Resolução
O contexto desta questão nos parece que se deu em relação à perícia contábil.
Os dois último itens se referem à perícia e os dois primeiros à auditoria, logo a
letra A é o gabarito da questão.
Diferente da auditoria, a perícia é uma prova elucidativa dos fatos e possui mais
rigores metodológicos, uma vez que a auditoria é periódica e utiliza-se de
amostragem. A perícia repudia a amostragem como critério e tem caráter de
eventualidade, só trabalha com o universo completo e a opinião é expressada
com rigores de 1cem por cento de análise, enquanto que a auditoria busca uma
segurança razoável, sem certeza absoluta.
Veja esta tabela comparativa do Prof.: Wilson Zappa, CRC/PR:

Itens PERÍCIA AUDITORIA


1 Executada somente por pessoa física, Pode ser executada tanto por
profissional de nível universitário pessoa física quanto por
(CPC, art. 145). jurídica.
2 A perícia serve a uma época, Tende à necessidade
questionamento específico, por constante, como exemplo:
exemplo apuração de haveres na auditoria de balanço,
dissolução de sociedade. repetindo-se anualmente.
3 A perícia se prende ao caráter Auditoria se prende à
científico de uma prova com o objetivo continuidade de uma gestão;
de esclarecer controvérsias. parecer sobre atos e fatos
contábeis.
4 É específica, restrita aos quesitos e Pode ser específica ou não;
pontos controvertidos, especificados exemplo: auditoria de
pelo condutor judicial. Recursos Humanos, ou em
toda empresa.
5 Sua análise é irrestrita e abrangente. Feita por amostragem.
Tabela - QUADRO COMPARATIVO ENTRE AUDITORIA E PERÍCIA CONTÁBIL

Gabarito 39: A

40- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014


Considerando que cabe ao Estado promover a justiça, a segurança e o bem-
estar social, o objetivo prioritário da Auditoria Governamental é
(A) garantir o cumprimento dos percentuais mínimos para os gastos com ensino
e saúde.
(B) atestar o cumprimento dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade
Fiscal.
(C) zelar pela obediência ao princípio da competitividade nas licitações públicas.

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(D) atestar a fidedignidade dos registros contábeis mantidos nos entes públicos.
(E) avaliar o resultado real obtido na execução das ações governamentais.
Resolução
Em ultima análise o que a auditoria governamental quer realmente é “avaliar o
resultado real obtido na execução das ações governamentais”, dando o feedback
necessário ao gestor e informando à sociedade. Veja algumas definições de
auditoria governamental:
· A INTOSAI define auditoria governamental como sendo uma atividade
independente e objetiva que, por meio de aplicação de procedimentos
específicos, tem a finalidade de emitir opinião sobre as contas dos governos,
assim como apresentar comentários sobre o desempenho organizacional e
o resultado dos programas de governo;
· Com o propósito de aumentar e proteger o valor organizacional das
instituições públicas, fornecendo avaliação, assessoria e aconselhamento
baseados em risco, a Instrução Normativa nº 03/2017 aprova o Referencial
Técnico da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo
Federal, regulamentando o Art 74 CF88, cujo objetivo é a avaliação da ação
governamental e da gestão dos administradores públicos federais, por
intermédio da fiscalização COFOP contábil, financeira, orçamentária, operacional
e patrimonial, com a finalidade de:
a) avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução
dos programas de governo e dos orçamentos da União;
b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
Administração Pública Federal, bem como da aplicação de recursos públicos por
entidades de direito privado;
c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União; e
d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Os demais itens podem ser contemplados numa auditoria governamental sem


sombra de dúvidas, mas com certeza não fazem parte de seu objetivo
prioritário.
Gabarito 40: E

41- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014


A auditoria interna:

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A) é exercida por profissional independente.


B) é realizada de forma periódica.
C) emite Parecer.
D) opina sobre as demonstrações Contábeis.
E) emite recomendações a entidade auditada.
Resolução
Item A é mais característico de auditor externo.
Item B: auditoria interna se dá de forma contínua, auditoria independente é que
é periódico, normalmente no inicio de um exercício para se avaliar o anterior.
Item C: aqui chamo atenção que a nova norma de auditoria independente fala
em “relatório” e não mais parecer, mas não é incomum encontrar questões que
ainda trazem expressões de normas revogadas, como falei antes. De qualquer
forma, auditoria interna realmente expressa sua opinião por meio de relatório,
não de parecer, item errado.
Já vimos que auditoria interna é bem ampla e não se resume a opinar sobre as
demonstrações Contábeis, que é característica das auditorias independentes,
logo item D está errado.
Item E está de acordo com a teoria de assessoramento da auditoria interna que
é dada por recomendações à gestão..
Gabarito 41: E

42- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014


Avaliar a execução das decisões tomadas, sob o ponto de vista da eficiência e
eficácia, enquadra-se no escopo da auditoria
(A) contábil.
(B) administrativa.
(C) de regularidade.
(D) operacional.
(E) de planejamento estratégico.
Resolução
A auditoria de desempenho operacional se atém ao processo de gestão,
emitindo uma opinião sobre a economicidade, eficácia e eficiência dos gastos
públicos. São preocupações comuns nas auditorias de desempenho:
- As metas previstas foram cumpridas?
- A gestão foi eficaz, econômica e eficiente?
- As práticas antieconômicas e ineficientes foram tratadas?

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Este tipo de auditoria busca auxiliar a administração no alcance de seus


resultados, por meio de recomendações que visam o aprimoramento dos
procedimentos.
Auditoria operacional é a auditoria dos 4 E´s: Eficiência, eficácia, economicidade
e efetividade.
A questão está incompleta, pois só falou dos dois primeiros, mas isso não quer
dizer que esteja errada. É muito comum citar apenas alguns deles. Atenção!
Gabarito 42: D

43- (FCC) Auditor/TCE-CE - 2015


A auditoria realizada em determinada autarquia pública na qual o relatório
emitido pelos auditores aborda os aspectos da economicidade e da eficiência na
aquisição e aplicação dos recursos, assim como da eficácia e da efetividade dos
resultados alcançados, refere-se à auditoria
(A) operacional.
(B) de acompanhamento de gestão.
(C) de avaliação de gestão.
(D) orçamentária.
(E) de gestão de recursos
Resolução
Vocês já devem estar carecas de saber que a auditoria dos 4 E´s é a AUDITORIA
OPERACIONAL.
A auditoria Operacional se preocupa com a efetividade dos programas
governamentais, identificando o real alcance de suas ações, seus principais
“gargalos” e efeitos produzidos.
Chega a ser uma espécie de consultoria (assessoria) ao gestor público. A
auditoria operacional, também chamada de auditoria de desempenho, verifica
o cumprimento das metas, a eficiência, eficácia e economicidade, a
operacionalização das ações etc.
Gabarito 43: A

44- (FCC) Auditor/TCE-CE - 2015


A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das
entidades da Administração direta e indireta será exercida mediante o controle
externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder. No âmbito do Estado

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do Ceará, uma auditoria de natureza patrimonial em determinada secretaria


estadual, por iniciativa da Assembleia Legislativa, será realizada
(A) pelo sistema de controle interno do Poder Executivo.
(B) pelo Tribunal de Contas do Estado.
(C) pela Auditoria Interna da secretaria.
(D) pelo Tribunal de Contas dos Municípios.
(E) pela comissão permanente de fiscalização e controle da Assembleia
Legislativa.
Resolução
Pelo inicio da questão já vemos que se trata do Art 70 da CF88, nossa velha e
conhecida fiscalização COFOP do controle externo e interno.
No caso prático da questão, ainda temos que conjugar com o Art 71 que traz as
competências dos Tribunais de Contas, órgão que auxilia o Poder Legislativo na
sua função de controle externo.
Uma dessas ações está no inciso IV:

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados,


do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito,
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário;

Como o ordenamento da questão aponta para a iniciativa da Assembleia


Legislativa de Goiás e a uma secretaria estadual que obviamente utiliza recursos
estaduais, o órgão competente será o TCE de GO, gabarito B.
Destaco que lá ainda tem o TCM GO, um Tribunal Estadual que fiscaliza recursos
dos municípios Goianos. Caso o comando da questão alterasse para iniciativa
de uma determinada Câmara Municipal em Goiás e a uma secretaria municipal,
a resposta mudaria para item D.
Gabarito 44: B

45- (FCC) Auditor/TCM-GO - 2015


As Entidades Fiscalizadoras Superiores − EFS do setor público, nas quais
incluem-se os Tribunais de Contas, devem observar as normas emitidas pela
International Organization of Supreme Audit Institutios − INTOSAI, que em sua
norma ISSAI 100 aponta três tipos de auditoria. A auditoria que objetiva
examinar a economicidade, eficiência, eficácia, efetividade e qualidade de
organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de
avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública,

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segundo o manual de auditoria do TCU adaptado às normas internacionais, é a


Auditoria
(A) das Demonstrações Contábeis.
(B) operacional.
(C) de Conformidade.
(D) de Qualidade.
(E) dos Sistemas ou TI.
Resolução
A Norma ISSAI 100 considera três tipos de auditoria:
- Auditoria financeira: o objeto é a posição financeira, o desempenho, o fluxo
de caixa ou outros elementos que são reconhecidos, mensurados e
apresentados em demonstrações financeiras. A informação sobre o objeto
são as demonstrações financeiras.
- Auditoria operacional: o objeto é definido pelos objetivos e questões de
auditoria. Os objetos podem ser programas específicos, entidades, fundos ou
certas atividades (com seus produtos, resultados e impactos), situações
encontradas (incluindo causas e efeitos), assim como informações financeiras
ou não financeiras sobre qualquer um desses elementos. O auditor mensura ou
avalia o objeto para avaliar a extensão na qual os critérios estabelecidos foram
ou não atendidos.
- Auditoria de conformidade: o objeto é definido pelo escopo da auditoria.
Podem ser atividades, transações financeiras ou informações. Em trabalhos de
certificação sobre conformidade, o auditor foca na informação sobre o objeto,
que pode ser uma declaração de conformidade com uma estrutura de relatório
estabelecida e padronizada.
Mesmo sem conhecer a norma, além de a questão afirmar no início, você já
sabe que a auditoria dos 4 E´s é a operacional não é mesmo?
Gabarito 45: B

46- (FCC) Auditor/TCM-GO - 2015


Na condução de auditorias, devem ser observados os princípios éticos
estruturais do código de Ética do International Organization of Supreme Audit
Institutios − INTOSAI, recomendado às Entidades Fiscalizadoras Superiores −
EFS, tais como os princípios de integridade, da independência, do conflito de
interesse, da objetividade, da imparcialidade, da aparência, da neutralidade
política, da confidencialidade e do profissionalismo.
O princípio ético que requer que o auditor observe a forma e a finalidade dos
padrões de auditoria e de ética, considere os princípios de independência e
objetividade, seja absolutamente honesto na realização de seu trabalho e na

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utilização dos recursos da EFS, mantenha impecáveis padrões de conduta


profissional e tome decisões de acordo com o interesse público, é o princípio
(A) da neutralidade politica.
(B) da objetividade.
(C) da aparência.
(D) do conflito de interesse.
(E) de integridade.
Resolução
De acordo com a INTOSAI, a integridade constitui o valor central do Código
de Ética. Segundo esse princípio, os auditores estão obrigados a cumprir
normas elevadas de conduta (honradez e imparcialidade) durante seu
trabalho e em suas relações com o pessoal das entidades auditadas.
Gabarito 46: E

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5- Lista de exercícios
1- (FGV) Auditor - ISS/Recife - 2014
O auditor, ao expressar uma opinião de que as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma
estrutura de relatório financeiro aplicável, produz o seguinte efeito:
(A) revela as distorções do planejamento da auditoria das demonstrações
contábeis.
(B) reduz os riscos de auditoria das demonstrações contábeis o que gera
segurança para os usuários.
(C) proporciona o aumento de evidências de auditoria das demonstrações
contábeis.
(D) aumenta o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários.
(E) assegura que os objetivos operacionais desejados pela administração foram
alcançados.

2- (CESPE) AFCE/TCU - 2013


As atribuições dos auditores internos e externos diferem, pois, no primeiro caso,
estão fixadas no contrato de trabalho, como empregado da empresa, e, no
segundo, no contrato de prestação de serviços com o profissional ou empresa.
O auditor interno tem responsabilidade essencialmente trabalhista; o externo,
responsabilidade profissional, civil e criminal.

3- (CESPE) Especialista/ANP - 2013


Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de auditoria
interna e externa, julgue os itens subsequentes.
Com a evolução da atividade empresarial e o crescimento da captação de
recursos de terceiros, os investidores precisam conhecer a posição financeira e
patrimonial das entidades, o que ocorre por meio do parecer emitido pela
auditoria interna das entidades a respeito da adequação das demonstrações
contábeis.

4- (CESPE) Auditor – FUB - 2011


Com relação aos aspectos que envolvem os sistemas de controle
interno, julgue o item a seguir.
O controle sobre as operações de crédito, avais e garantias é competência do
controle interno, mas o cumprimento das metas previstas no plano plurianual

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(PPA) e nos orçamentos da União deve ser acompanhado exclusivamente pelo


sistema de planejamento de orçamento.

5- (ESAF) AFRFB 2012


Os auditores públicos foram designados para examinar as demonstrações
contábeis da Empresa Transportes Fluviais S.A. O objetivo é avaliar se os
recursos destinados à construção dos dois novos portos foram aplicados nos
montantes contratados, dentro dos orçamentos estabelecidos e licitações
aprovadas. Foi determinado como procedimento a constatação da existência
física dos portos. Esse tipo de auditoria pública é classificado como auditoria
a) de gestão.
b) de programas.
c) operacional.
d) contábil.
e) de sistemas.

6- (CESPE) Analista de Controle Externo – TCE-ES - 2012


A auditoria coordenada pelo sistema de controle interno do Poder Executivo
federal e, de forma auxiliar, pelos órgãos e(ou) instituições públicas ou privadas
é classificada, quanto a forma de execução, como indireta e compartilhada.

7- (CESPE) AUDITOR GOVERNAMENTAL/CGEPI - 2015


A auditoria, que inicialmente era voltada para a prevenção de riscos,
interpretação e orientação das operações, hoje se ocupa da tecnologia de
revisão dos registros contábeis. Julgue Certo ou Errado.

8- (CESPE) ACE/TCU - 2007


É responsabilidade da auditoria interna fazer periodicamente uma avaliação dos
controles internos. Nesse sentido, é correto afirmar que a auditoria interna
representa um controle interno.

9- (FCC) Auditor – TCE/AM - 2013


Um auditor detectou indício de irregularidade fora do escopo da auditoria, fato
que foi devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção das
providências cabíveis. Essa medida foi tomada pelo auditor em atendimento:
(A) ao sigilo profissional.

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(B) ao zelo profissional.


(C) à competência técnica.
(D) à independência profissional.
(E) à ética profissional.

10- (FCC) Auditor – TCE/RS - 2014


O auditor está sujeito às exigências éticas e deve sempre estar alerta, por
exemplo, à condição que possa indicar fraude, como informações que coloquem
em dúvida a confiabilidade de documentos e respostas. Esse estado é
denominado
(A) alerta constante por parte do auditor.
(B) perfil investigativo do auditor.
(C) capacidade de percepção do auditor.
(D) ceticismo profissional do auditor.
(E) ética profissional do auditor.

11- (FCC) Analista – ASLEPE - 2014


De acordo com as Normas Brasileiras de Auditoria, entre os princípios
fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor quando da
condução de auditoria de demonstrações contábeis, figura a:
(A) integridade.
(B) publicidade.
(C) fidedignidade.
(D) legalidade.
(E) oportunidade.

12- (CESPE) Analista/DPU - 2016


Com base nas normas brasileiras para o exercício e a execução de
trabalho da auditoria interna, julgue os itens subsequentes.
O principal objetivo do auditor interno é obter achados que permitam
fundamentar as evidências acerca dos procedimentos de auditoria aplicados.

13- (CESPE) Câmara dos Deputados - 2014


A respeito dos tipos e modalidades de auditoria no setor público, julgue
os itens a seguir.

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Por meio da auditoria operacional preveem-se os obstáculos ao desempenho da


missão institucional da entidade, uma vez que se atua em tempo real sobre os
atos efetivos da entidade.

14- (CESPE) Câmara dos Deputados - 2014


A respeito dos tipos e modalidades de auditoria no setor público, julgue
os itens a seguir.
Por meio da auditoria operacional preveem-se os obstáculos ao desempenho da
missão institucional da entidade, uma vez que se atua em tempo real sobre os
atos efetivos da entidade.

15- (CESPE) Auditor/FUB - 2013


A origem da auditoria nas empresas está associada ao aumento de seu tamanho
e à sua expansão geográfica, circunstâncias que favoreceram o surgimento de
administradores profissionais, que não se confundem com os próprios
acionistas.

16- (CESPE) Analista/CNJ - 2013


O auditor interno deve preservar sua autonomia profissional, logo não lhe cabe
prestar assessoria ao conselho fiscal ou órgãos equivalentes.

17- (CESPE) Auditor/TCDF - 2012


Acerca de auditoria interna, julgue o item seguinte: os serviços de auditoria
interna, estabelecidos dentro dos órgãos e instituições governamentais, são, na
maior medida possível, no âmbito de sua respectiva estrutura, independentes
nos aspectos funcionais e de organização.

18- (CESPE) IBRAM - 2009


A auditoria contábil governamental compreende a avaliação dos resultados
operacionais e da execução dos programas de governo quanto à economicidade,
eficiência e eficácia.

19- (CESPE) Auditor/AUGE-MG - 2009


As influências que possibilitaram o desenvolvimento da auditoria no Brasil não
incluem:
A) a disseminação de filiais e subsidiárias de empresas estrangeiras
B) o financiamento de empresas brasileiras por instituições

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estrangeiras e internacionais
C) as limitadas circunstâncias de obrigatoriedade da auditoria
D) a expansão do mercado de capitais
E) a complexidade crescente da legislação tributária

20- (CESPE) Auditor/AUGE-MG - 2009


Com relação às origens da auditoria e seus tipos, assinale a opção correta.
A) O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das
empresas de captarem recursos de terceiros.
B) Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior
necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a segurança,
liquidez e rentabilidade de seus investimentos na empresa.
C) A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um
acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa.
D) A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do exame
das transações da empresa em relação aos seus dirigentes.
E) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as
demonstrações contábeis que a empresa é obrigada a publicar.

21- (CESPE) Analista/STF - 2009


A amplitude do trabalho do auditor interno e sua responsabilidade não estão
limitadas à sua área de atuação, pois compete à auditoria interna avaliar o grau
de confiabilidade dos controles internos.

22- (FGV) Auditor Substituto/TCE-RJ - 2015


O procedimento de auditoria governamental realizado com o objetivo de
avaliação da performance da Administração Pública quanto à economicidade, à
eficiência, à eficácia e à efetividade denomina-se:
(A) tomada de contas especial;
(B) auditoria de conformidade;
(C) inspeção extraordinária;
(D) análise econômico-financeira;
(E) auditoria operacional.

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23- (FCC) Auditor/SEFAZ-PE - 2014


Agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o
aperfeiçoamento dos processo, por meio da recomendação de soluções para as
não conformidades apontadas nos relatórios, é finalidade, decorrente da
atividade:
A) do conselho fiscal.
B) da auditoria externa.
C) do conselho de administração.
D) do controle interno.
E) da auditoria interna.

24- (FGV) Auditor/INEA-RJ - 2013


Assinale a alternativa que indica uma característica da auditoria interna de uma
organização.
A) Mostra maior grau de independência funcional sobre as atividades
operacionais.
B) Emite um parecer ou opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas.
C) Atende e exclusivamente às normas de contabilidade em vigor.
D) Realiza maior volume de testes sobre os trabalhos de auditorias operacional
e contábil.
E) Procura apenas erros substanciais nas demonstrações contábeis.

25- (FCC) Analista/TRT12 - 2013


Uma auditoria realizada com o objetivo de examinar se os recursos estão sendo
usados eficientemente em um programa da área de saúde é denominada de
auditoria:
A) de conformidade.
B) contábil.
C) operacional.
D) de regularidade.
E) de legalidade.

26- (FUNDATEC) Auditor/SEFAZ-RS - 2014


A elaboração e a adequada apresentação das demonstrações contábeis, de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e com os controles

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internos que foram determinados como necessários para permitir a elaboração


de demonstrações contábeis livres de distorções relevante, independente se
causada por erro ou fraude, é responsabilidade:
A) Dos auditores independentes
B) os órgãos reguladores
C) Do conselho fiscal
D) Da assembleia dos acionistas
E) Da administração da Companhia

27- (CESGRANRIO) Analsita/BNDES - 2013


Uma companhia, na elaboração das suas demonstrações contábeis financeiras
relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010, face às
dúvidas existentes de classificação e apuração de algumas receitas, teve a
participação da auditoria externa na apuração de tais valores, na classificação
das contas e na elaboração de parte das demonstrações contábeis. Nesse
contexto, a responsabilidade pela elaboração de tais demonstrações é do (a):
A) Auditor Externo
B) Auditor Externo e do Contador
C) Administrador e do Auditor Externo
D) Empresa e do Auditor Externo
E) Empresa

28- (FCC) Auditor/ISS-SP - 2012


Não é uma atividade da função da auditoria interna:
A) a avaliação do processo de governança.
B) a gestão de risco.
C) o monitoramento do controle interno.
D) o exame das informações contábeis e operacionais.
E) a aprovação do relatório de auditoria externa.

29- (FCC) Analista/TCE-AP - 2012


O controle externo no Brasil é exercido:
(A) a posteriori, mas não a priori nem de forma concomitante.
(B) a priori e concomitante, mas não a posteriori.

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(C) de forma concomitante e a posteriori, mas não a priori.


(D) a priori e a posteriori, mas não de forma concomitante.
(E) a priori, de forma concomitante e a posteriori.

30- (ESAF) AFRFB - 2009


A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é:
a) da administração.
b) da auditoria interna.
c) do conselho de administração.
d) da auditoria externa.
e) do comitê de auditoria.

31- (ESAF) Auditor/TCU - 2006


Em relação à auditoria interna pode-se afirmar que,
A) com relação às pessoas jurídicas de direito público não é sua atribuição
avaliar a economicidade dos processos, visto que o objetivo do governo é de
controle, independente do valor.
B) é sua atribuição aperfeiçoar, implantar e fazer cumprir as normas por ela
criadas em sua plenitude.
C) deve relatar as não-conformidades sem emitir opinião ou sugestões para que
sejam feitas as correções ou melhorias necessárias.
D) é seu objetivo prevenir fraudes ou roubos, sendo que sempre que tiver
quaisquer indícios ou constatações deverá informar a administração, de forma
reservada e por escrito.
E) sua função é exclusivamente de validar os processos e transações realizadas,
sem ter como objetivo assistir à administração da entidade no cumprimento de
suas atribuições.

32- (CESPE) AFCE/TCU - 2008


As revelações acerca das demonstrações contábeis têm relação com as
informações a que o auditor tem acesso pelo trabalho realizado. Desse modo, o
auditor pode deixar de revelar informações, muitas vezes privilegiadas em razão
da confidencialidade a ele conferida pela empresa sob auditoria, desde que o
usuário não seja induzido a conclusões errôneas e prejudiciais ao seu próprio
interesse.

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33- (FCC) Auditor/TCE-AM - 2013


Um auditor detectou indício de irregularidade fora do escopo da auditoria, fato
que foi devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção das
providências cabíveis. Essa medida foi tomada pelo auditor em atendimento:
(A) ao sigilo profissional.
(B) ao zelo profissional.
(C) à competência técnica.
(D) à independência profissional.
(E) à ética profissional.

34- (FCC) Analista/TRT4 - 2011


Não corresponde a um princípio fundamental da conduta ética do auditor a:
a) integridade dos trabalhos executados.
b) competência técnica nas análises e avaliações.
c) postura mental independente.
d) subjetividade na aplicação dos procedimentos.
e) confidencialidade das informações.

35- (FCC) Analista/TRT 20 - 2011


Dentre outros, são princípios fundamentais de ética profissional relevantes para
o Auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis:
(A) formalismo e confiabilidade.
(B) integridade e pessoalidade.
(C) confidencialidade e motivação.
(D) formalismo e objetividade.
(E) integridade e objetividade.

36- (FGV) ACI (Recife) - 2014


De acordo com a NBC TA 200, o julgamento profissional é necessário para
atomada de decisões nos assuntos a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) A subjetividade e as evidências de auditoria para cumprimento das metas de
resultados operacionais e financeiros da empresa.

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b) A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados


para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e a coleta de
evidências de auditoria.
c) As evidências de auditoria obtidas são suficientes e apropriadas ou se algo
mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBC TAs.
d) A avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de
relatório financeiro aplicável da entidade.
e) A extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, por
exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela
administração na elaboração das demonstrações contábeis.

37- (FGV) Auditor (AL BA) - 2014


O requisito ético relacionado à auditoria das demonstrações contábeis que
exigem do auditor o reconhecimento de que podem existir circunstâncias que
causarão distorções relevantes nas demonstrações contábeis é
a) julgamento profissional.
b) ceticismo profissional.
c) evidência de auditoria apropriada.
d) condução da auditoria em conformidade com as normas relevantes.
e) confiabilidade na conduta dos trabalhos.

38- (FGV) ATM (Recife) - 2014


O reconhecimento pelo auditor de que existem circunstâncias que podem causar
distorção relevante nas demonstrações contábeis revela o requisito ético
relacionado à auditoria de demonstrações contábeis, denominado
a) julgamento profissional.
b) evidência funcional.
c) ceticismo profissional.
d) condução apropriada.
e) conformidade legal.

39- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014


Considere os objetivos:
I. Emitir opinião sobre a eficiência e eficácia dos controles internos da entidade.

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II. Opinar sobre a conformidade da situação patrimonial retratada nas


demonstrações contábeis.
III. Demonstrar a veracidade dos fatos de maneira imparcial, para constituição
de prova em processo judicial.
IV. Auxiliar na emissão de laudo ou parecer.
São objetivos aplicados exclusivamente à Auditoria Governamental os que
constam APENAS em
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) III e IV.
(E) II e IV.

40- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014


Considerando que cabe ao Estado promover a justiça, a segurança e o bem-
estar social, o objetivo prioritário da Auditoria Governamental é
(A) garantir o cumprimento dos percentuais mínimos para os gastos com ensino
e saúde.
(B) atestar o cumprimento dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade
Fiscal.
(C) zelar pela obediência ao princípio da competitividade nas licitações públicas.
(D) atestar a fidedignidade dos registros contábeis mantidos nos entes públicos.
(E) avaliar o resultado real obtido na execução das ações governamentais.

41- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014


A auditoria interna:
A) é exercida por profissional independente.
B) é realizada de forma periódica.
C) emite Parecer.
D) opina sobre as demonstrações Contábeis.
E) emite recomendações a entidade auditada.

42- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014

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Avaliar a execução das decisões tomadas, sob o ponto de vista da eficiência e


eficácia, enquadra-se no escopo da auditoria
(A) contábil.
(B) administrativa.
(C) de regularidade.
(D) operacional.
(E) de planejamento estratégico.

43- (FCC) Auditor/TCE-CE - 2015


A auditoria realizada em determinada autarquia pública na qual o relatório
emitido pelos auditores aborda os aspectos da economicidade e da eficiência na
aquisição e aplicação dos recursos, assim como da eficácia e da efetividade dos
resultados alcançados, refere-se à auditoria
(A) operacional.
(B) de acompanhamento de gestão.
(C) de avaliação de gestão.
(D) orçamentária.
(E) de gestão de recursos

44- (FCC) Auditor/TCE-CE - 2015


A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das
entidades da Administração direta e indireta será exercida mediante o controle
externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder. No âmbito do Estado
do Ceará, uma auditoria de natureza patrimonial em determinada secretaria
estadual, por iniciativa da Assembleia Legislativa, será realizada
(A) pelo sistema de controle interno do Poder Executivo.
(B) pelo Tribunal de Contas do Estado.
(C) pela Auditoria Interna da secretaria.
(D) pelo Tribunal de Contas dos Municípios.
(E) pela comissão permanente de fiscalização e controle da Assembleia
Legislativa.

45- (FCC) Auditor/TCM-GO - 2015

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As Entidades Fiscalizadoras Superiores − EFS do setor público, nas quais


incluem-se os Tribunais de Contas, devem observar as normas emitidas pela
International Organization of Supreme Audit Institutios − INTOSAI, que em sua
norma ISSAI 100 aponta três tipos de auditoria. A auditoria que objetiva
examinar a economicidade, eficiência, eficácia, efetividade e qualidade de
organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de
avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública,
segundo o manual de auditoria do TCU adaptado às normas internacionais, é a
Auditoria
(A) das Demonstrações Contábeis.
(B) operacional.
(C) de Conformidade.
(D) de Qualidade.
(E) dos Sistemas ou TI.

46- (FCC) Auditor/TCM-GO - 2015


Na condução de auditorias, devem ser observados os princípios éticos
estruturais do código de Ética do International Organization of Supreme Audit
Institutios − INTOSAI, recomendado às Entidades Fiscalizadoras Superiores −
EFS, tais como os princípios de integridade, da independência, do conflito de
interesse, da objetividade, da imparcialidade, da aparência, da neutralidade
política, da confidencialidade e do profissionalismo.
O princípio ético que requer que o auditor observe a forma e a finalidade dos
padrões de auditoria e de ética, considere os princípios de independência e
objetividade, seja absolutamente honesto na realização de seu trabalho e na
utilização dos recursos da EFS, mantenha impecáveis padrões de conduta
profissional e tome decisões de acordo com o interesse público, é o princípio
(A) da neutralidade politica.
(B) da objetividade.
(C) da aparência.
(D) do conflito de interesse.
(E) de integridade.

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6- Gabarito

Gabarito 1: D Gabarito 19: C Gabarito 37: B

Gabarito 2: C Gabarito 20: A Gabarito 38: C

Gabarito 3: E Gabarito 21: E Gabarito 39: A

Gabarito 4: E. Gabarito 22: E Gabarito 40: E

Gabarito 5: A. Gabarito 23: E Gabarito 41: E

Gabarito 6: C. Gabarito 24: D Gabarito 42: D

Gabarito 7: E Gabarito 25: C Gabarito 43: A

Gabarito 8: C Gabarito 26: E Gabarito 44: B

Gabarito 9: B. Gabarito 27: E Gabarito 45: B

Gabarito 10: D Gabarito 28: E Gabarito 46: E

Gabarito 11: A. Gabarito 29: E

Gabarito 12: E Gabarito 30: A

Gabarito 13: C Gabarito 31: D

Gabarito 14: E Gabarito 32: C

Gabarito 15: C Gabarito 33: B

Gabarito 16: E Gabarito 34: D

Gabarito 17: C Gabarito 35: E

Gabarito 18: E Gabarito 36: A

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7- Referencial Bibliográfico

- ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 7 ed.


São Paulo: Atlas, 2010.
- ATTIE, William. Auditoria Interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
- Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1.203/09, CFC 1.328/11 -
NBC TA 200 e NBC TI 01
- Controladoria Geral da União, visita ao endereço eletrônico:
http://www.portaldatransparencia.gov.br/controlesocial/
- Instrução Normativa Nº 01, de 6 de abril de 2001 – Ministério da Fazenda
Secretaria Federal de Controle Interno – Manual do Sistema de Controle Interno
do Poder Executivo Federal, revogada pela IN N º 03/2017 da CGU;
- Instrução Normativa CGU N.º 03/, de 9 de junho de 2017;
- Tribunal de Contas da União. Normas de Auditoria do TCU (NAT).

ANEXO I

Princípios Fundamentais para a Prática da Atividade de Auditoria


Interna Governamental – AIG segundo IN CGU N. 03/2017
Os princípios representam o arcabouço teórico sobre o qual repousam as normas
de auditoria. São valores persistentes no tempo e no espaço, que concedem
sentido lógico e harmônico à atividade de auditoria interna governamental e lhe
proporcionam eficácia. As UAIG devem assegurar que a prática da atividade de
auditoria interna governamental seja pautada pelos seguintes princípios:
a) integridade;
b) proficiência e zelo profissional;
c) autonomia técnica e objetividade;
d) alinhamento às estratégias, objetivos e riscos da Unidade Auditada;
e) atuação respaldada em adequado posicionamento e em recursos
apropriados;
f) qualidade e melhoria contínua; e
g) comunicação eficaz.
Requisitos Éticos

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Os requisitos éticos representam valores aceitáveis e esperados em relação à


conduta dos auditores internos governamentais e visam promover uma cultura
ética e íntegra em relação à prática da atividade de auditoria interna.

Integridade e Comportamento
Os auditores internos governamentais devem servir ao interesse público e
honrar a confiança pública, executando seus trabalhos com honestidade,
diligência e responsabilidade, contribuindo para o alcance dos objetivos
legítimos e éticos da unidade auditada.
Os auditores devem evitar quaisquer condutas que possam comprometer a
confiança em relação ao seu trabalho e renunciar a quaisquer práticas ilegais
ou que possam desacreditar a sua função, a UAIG em que atuam ou a própria
atividade de auditoria interna governamental. 42. Os auditores internos
governamentais devem ser capazes de lidar de forma adequada com pressões
ou situações que ameacem seus princípios éticos ou que possam resultar em
ganhos pessoais ou organizacionais inadequados, mantendo conduta íntegra e
irreparável.
Os auditores internos governamentais devem se comportar com cortesia e
respeito no trato com pessoas, mesmo em situações de divergência de opinião,
abstendo-se de emitir juízo ou adotar práticas que indiquem qualquer tipo de
discriminação ou preconceito.
Ao executar suas atividades, os auditores internos governamentais devem
observar a lei e divulgar todas as informações exigidas por lei e pela profissão.

Autonomia Técnica e Objetividade


Os requisitos de autonomia técnica e objetividade estão associados ao
posicionamento da UAIG e à atitude do auditor em relação à Unidade Auditada,
com a finalidade de orientar a condução dos trabalhos e subsidiar a emissão de
opinião institucional pela UAIG. Para tanto, tem-se como pressupostos que a
unidade de auditoria disponha de autonomia técnica e que os auditores sejam
objetivos.
As ameaças à autonomia técnica e à objetividade devem ser gerenciadas nos
níveis da função de auditoria interna governamental, da organização, do
trabalho de auditoria e do auditor. Eventuais interferências, de fato ou veladas,
devem ser reportadas à alta administração e ao conselho, se houver, e as
consequências devem ser adequadamente discutidas e tratadas.
Autonomia Técnica
A autonomia técnica refere-se à capacidade da UAIG de desenvolver trabalhos
de maneira imparcial. Nesse sentido, a atividade de auditoria interna
governamental deve ser realizada livre de interferências na determinação do

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escopo, na execução dos procedimentos, no julgamento profissional e na


comunicação dos resultados.
O Responsável pela UAIG deve se reportar a, se comunicar e interagir com um
nível dentro da Unidade Auditada que permita à UAIG cumprir com as suas
responsabilidades, seja a alta administração da organização, seja o conselho,
se houver. Caso a independência organizacional da UAIG não esteja assegurada
por lei ou regulamento, ela deve ser confirmada junto à administração ou ao
conselho, se houver, pelo menos anualmente.
Nos casos em que o Responsável pela UAIG tenha atribuições de gestão
externas à atividade de auditoria interna, ou exista a expectativa de exercer tais
atribuições no âmbito da Unidade Auditada, devem ser adotadas salvaguardas
para limitar o prejuízo à autonomia técnica e à objetividade. Caso efetivamente
ele detenha tais atribuições, o trabalho de avaliação sobre os processos pelos
quais foi responsável deve ser supervisionado por uma unidade externa à
auditoria interna.
Objetividade
Os auditores internos governamentais devem atuar de forma imparcial e isenta,
evitando situações de conflito de interesses ou quaisquer outras que afetem sua
objetividade, de fato ou na aparência, ou comprometam seu julgamento
profissional.
Os auditores devem declarar impedimento nas situações que possam afetar o
desempenho das suas atribuições e, em caso de dúvidas sobre potencial risco
para a objetividade, devem buscar orientação junto aos responsáveis pela
supervisão do trabalho ou à comissão de ética ou instância similar, conforme
apropriado na organização.
Os auditores internos governamentais devem se abster de auditar operações
específicas com as quais estiveram envolvidos nos últimos 24 meses, quer na
condição de gestores, quer em decorrência de vínculos profissionais, comerciais,
pessoais, familiares ou de outra natureza, mesmo que tenham executado
atividades em nível operacional.
Os auditores internos governamentais podem prestar serviços de consultoria
sobre operações que tenham avaliado anteriormente ou avaliar operações sobre
as quais tenham prestado prévio serviço de consultoria, desde que a natureza
da consultoria não prejudique a objetividade e que a objetividade individual seja
gerenciada na alocação de recursos para o trabalho. Qualquer trabalho deve ser
recusado caso existam potenciais prejuízos à autonomia técnica ou à
objetividade.
Como pressuposto da objetividade, as comunicações decorrentes dos trabalhos
de auditoria devem ser precisas, e as conclusões e opiniões sobre os fatos ou
situações examinadas devem estar respaldadas por critérios e evidências
adequados e suficientes.

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Sigilo Profissional
As informações e recursos públicos somente devem ser utilizados para fins
oficiais. É vedada e compromete a credibilidade da atividade de auditoria interna
a utilização de informações relevantes ou potencialmente relevantes, obtidas
em decorrência dos trabalhos, em benefício de interesses pessoais, familiares
ou de organizações pelas quais o auditor tenha qualquer interesse.
O auditor deve manter sigilo e agir com cuidado em relação a dados e
informações obtidos em decorrência do exercício de suas funções. Ao longo da
execução dos trabalhos, o sigilo deve ser mantido mesmo que as informações
não estejam diretamente relacionadas ao escopo do trabalho.
O auditor interno governamental não deve divulgar informações relativas aos
trabalhos desenvolvidos ou a serem realizados ou repassá-las a terceiros sem
prévia anuência da autoridade competente
As comunicações sobre os trabalhos de auditoria devem sempre ser realizadas
em nível institucional e contemplar todos os fatos materiais de conhecimento
do auditor que, caso não divulgados, possam distorcer o relatório apresentado
sobre as atividades objeto da avaliação.

Proficiência e Zelo Profissional


Proficiência e zelo profissional estão associados aos conhecimentos, habilidades
e cuidados requeridos do auditor interno governamental para proporcionar
razoável segurança acerca das opiniões emitidas pela UAIG. Tem-se como
pressupostos que a atividade de auditoria deve ser realizada com proficiência e
com zelo profissional devido, em conformidade com este Referencial Técnico e
demais normas aplicáveis.
Proficiência
A proficiência é um termo coletivo que diz respeito à capacidade dos auditores
internos governamentais de realizar os trabalhos para os quais foram
designados. Os auditores devem possuir e manter o conhecimento, as
habilidades e outras competências necessárias ao desempenho de suas
responsabilidades individuais.
Os auditores internos governamentais, em conjunto, devem reunir qualificação
e conhecimentos necessários para o trabalho. São necessários conhecimentos
suficientes sobre técnicas de auditoria; identificação e mitigação de riscos;
conhecimento das normas aplicáveis; entendimento das operações da Unidade
Auditada; compreensão e experiência acerca da auditoria a ser realizada; e
habilidade para exercer o julgamento profissional devido.
Os auditores internos governamentais devem possuir conhecimentos suficientes
sobre os principais riscos de fraude, sobre riscos e controles de tecnologia da
informação e sobre as técnicas de auditoria baseadas em tecnologias disponíveis
para a execução dos trabalhos a eles designados.

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As UAIG e os auditores internos governamentais devem zelar pelo


aperfeiçoamento de seus conhecimentos, habilidades e outras competências,
por meio do desenvolvimento profissional contínuo.
O Responsável pela UAIG deve declinar de trabalho específico ou solicitar
opinião técnica especializada por meio de prestadores de serviços externos, a
exemplo de perícias e pareceres, caso os auditores internos não possuam, e não
possam obter tempestiva e satisfatoriamente, os conhecimentos, as habilidades
ou outras competências necessárias à realização de todo ou de parte de um
trabalho de auditoria. Os trabalhos desenvolvidos por especialistas externos
devem ser apropriadamente supervisionados pela UAIG.
Zelo Profissional
O zelo profissional se refere à atitude esperada do auditor interno
governamental na condução dos trabalhos e nos resultados obtidos. O auditor
deve deter as habilidades necessárias e adotar o cuidado esperado de um
profissional prudente e competente, mantendo postura de ceticismo
profissional; agir com atenção; demonstrar diligência e responsabilidade no
desempenho das tarefas a ele atribuídas, de modo a reduzir ao mínimo a
possibilidade de erros; e buscar atuar de maneira precipuamente preventiva.
O zelo profissional se aplica a todas as etapas dos trabalhos de avaliação e de
consultoria. O planejamento deve levar em consideração a extensão e os
objetivos do trabalho, as expectativas do cliente, a complexidade, a
materialidade ou a significância relativa dos assuntos sobre os quais os testes
serão aplicados e deve prever a utilização de auditoria baseada em tecnologia
e outras técnicas de análise adequadas.
O auditor interno governamental deve considerar a adequação e a eficácia dos
processos de governança, de gerenciamento de riscos e de controles internos
da Unidade Auditada, a probabilidade de ocorrência de erros, fraudes ou não
conformidades significativas, bem como o custo da avaliação e da consultoria
em relação aos potenciais benefícios.
Os auditores internos governamentais devem estar alerta aos riscos
significativos que possam afetar os objetivos, as operações ou os recursos da
Unidade Auditada. Entretanto, deve-se ter em mente que os testes
isoladamente aplicados, mesmo quando realizados com o zelo profissional
devido, não garantem que todos os riscos significativos sejam identificados.

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