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TCDF

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL

AUDITORIA GOVERNAMENTAL
AMOSTRAGEM ESTATÍSTICA EM AUDITORIA

Livro Eletrônico
© 12/2018

PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro

VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado

COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes

ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho

SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo

ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Jéssica Sousa, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima

REVISOR: Marcela Passos

DIAGRAMADOR: Antonio Jr.

CAPA: Washington Nunes Chaves

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MARCELO ARAGÃO

Auditor Federal de Controle Externo do TCU


desde 2006. Foi Analista de Finanças e Controle
do Sistema de Controle Interno do Poder Exe-
cutivo Federal (SCI) durante 14 anos. No Tribu-
nal, exerce atualmente a função de Ouvidor e já
ocupou, entre outras, as funções de assessor do
Secretário-Geral de Controle Externo, coorde-
nador do projeto Controle Externo do Mercosul,
chefe do Serviço de Coordenação de Redes de
Controle, coordenador das Ações de Controle
sobre os projetos da Copa do Mundo FIFA 2014
e secretário de Controle Externo no estado de
Alagoas. É professor das disciplinas Controle
Interno e Externo e Auditoria Geral e Governa-
mental em diversas instituições de ensino. Além
disso, é autor de dois livros de auditoria pela
editora Método. Graduado em Administração
pela Universidade Federal Fluminense, possui
especialização em Administração Pública (FGV)
e Auditoria Interna e Controle Governamental
(ISC/CEFOR).

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AUDITORIA GOVERNAMENTAL
Amostragem Estatística em Auditoria
Prof. Marcelo Aragão

SUMÁRIO
Amostragem Estatística em Auditoria.............................................................6
1. Conceitos básicos envolvendo Amostragem em Auditoria...............................6
2. Uso da Amostragem em Auditoria..............................................................9
3. Risco de Amostragem e Risco não relacionado com Amostragem.................. 11
4. Amostragem Estatística e Amostragem Não Estatística................................ 14
5. Amostragem de Atributos e de Variáveis................................................... 16
6. Tipos de Amostras Probabilísticas............................................................. 17
7. Fases do processo de Amostragem em Auditoria........................................ 21
Resumo.................................................................................................... 42
Questões de concurso................................................................................ 45
Gabarito................................................................................................... 54
Gabarito comentado.................................................................................. 55

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Olá, concurseiro(a)!

Esta é aula 6 do nosso curso de Auditoria Governamental para o concurso de

Auditor de Controle Externo do TCDF, integralmente dedicada a um dos assuntos

mais cobrados pelas diversas bancas em prova, que é a amostragem em auditoria.

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AMOSTRAGEM ESTATÍSTICA EM
AUDITORIA
1. Conceitos básicos envolvendo Amostragem em Auditoria
A amostragem é um processo ou técnica de trabalho utilizada em auditoria, que

consiste em formular conclusões sobre um todo, denominado de população ou

universo, a partir da análise de uma parte desse todo, denominada de amostra.

As normas de auditoria em geral permitem a aplicação dos procedimentos de

auditoria sobre amostras ao disporem que a evidência procurada deve ser suficien-

te, não impondo a totalidade dela.

A norma do CFC sobre amostragem em auditoria – a NBC TA 530 – define

amostragem em auditoria da seguinte forma:

Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de


100% dos itens de uma população relevante para fins de auditoria, de maneira que to-
das as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para
proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população.

Portanto, amostragem é um teste seletivo e parcial. Por óbvio, os testes apli-

cados na totalidade da população (100%) não se qualificam como amostragem de

auditoria.

Outra forma de seleção dos itens a serem examinados que não se qualifica

como amostragem é a seleção direcionada, como a aplicação de procedimentos de

auditoria a todos os itens dentro de uma população que tenham uma característica

particular (por exemplo, todos os itens acima de certo valor).

Isso porque os itens não foram selecionados dando chance igual de seleção a

todos os itens da população. Esses itens podem indicar uma tendência ou uma ca-

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racterística da parcela restante da população, mas não constituem, necessariamen-

te, uma base adequada para a conclusão sobre a parcela restante da população.

Portanto, muito cuidado em prova, pois se o auditor direciona os seus exames

para uma parcela da população, com base nos itens de maior valor, por exemplo,

não está usando amostragem em auditoria. A atenção aqui se justifica pelo fato

de ser muito comum em auditoria o auditor direcionar os seus procedimentos para

operações de maior materialidade e risco. É um procedimento comum, mas não é

considerado teste de amostragem.

Logo, o auditor pode obter evidência de auditoria suficiente e apropriada por

meio dos seguintes métodos de seleção e exame dos itens: seleção integral, sele-

ção direcionada e amostragem.

O quadro abaixo trata de cada uma dessas formas de seleção:

SELEÇÃO E EXAME
Seleção integral (exame Apropriado quando:
de 100%) a) a população contém pequena quantidade de itens de valor alto;
b) existe um risco significativo e outros meios não fornecem evidência
de auditoria suficiente e apropriada; e
c) podem ser usadas técnicas de auditoria assistidas por computador
em uma população maior para testar eletronicamente um cálculo repe-
titivo ou outro processo.
Seleção direcionada Apropriado para:
(itens específicos) a) itens-chave ou de valor alto que individualmente poderiam resultar
em distorção relevante;
b) todos os itens acima de um valor especificado;
c) quaisquer itens não usuais ou sensíveis;
d) quaisquer itens altamente suscetíveis à distorção; e
e) itens que fornecerão informações sobre assuntos, tais como a natureza
da entidade, a natureza das transações e o controle interno.
Amostragem (amostra Apropriado para chegar a uma conclusão sobre todo um conjunto de
representativa de itens dados (população) por meio da seleção e do exame de uma amostra
da população) representativa de itens da população.
A determinação do tamanho da amostra pode ser feita usando métodos
estatísticos ou não estatísticos.

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Fonte: Guia de Utilização das Normas de Auditoria – IFAC (volume 2)

A decisão sobre qual abordagem usar dependerá das circunstâncias. A aplicação

de qualquer um dos meios anteriormente mencionados ou de uma combinação de-

les pode ser apropriada em circunstâncias específicas.

Escolher a amostragem como o método para obtenção de evidência tem diver-

sas vantagens conforme veremos mais à frente.

A NBC TA 530 apresenta as seguintes definições que são importantes para o

estudo da amostragem aplicada à auditoria:

Amostragem estatística: é a abordagem à amostragem com as seguintes

características: seleção aleatória dos itens da amostra e o uso da teoria das proba-

bilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensuração do risco

de amostragem.

População: é o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecio-

nada e sobre o qual o auditor deseja concluir.

Amostra: é uma parte da população objeto da auditoria, sobre a qual serão

aplicados os procedimentos de auditoria.

Unidade de amostragem: é cada um dos itens individuais que constituem uma

população.

Estratificação: é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada

uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes

(geralmente valor monetário).

Risco de amostragem: é o risco de que a conclusão do auditor, com base em

amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo proce-

dimento de auditoria.

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Erro tolerável: erro ou distorção tolerável é um valor monetário definido pelo

auditor para obter um nível apropriado de segurança de que esse valor monetário

não seja excedido pela distorção real na população.

Erro esperado: é quanto o auditor espera encontrar de erro em uma popula-

ção, em função de trabalhos anteriores.

Taxa de desvio esperada: é a taxa de desvio dos procedimentos de controles

internos previstos, definida pelo auditor para obter um nível apropriado de segu-

rança de que essa taxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio na

população.

Anomalia: é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representa-

tivo de distorção ou desvio em uma população.

2. Uso da Amostragem em Auditoria


Existem dois importantes argumentos favoráveis à utilização da amostragem

em auditoria:

• a dificuldade de procurar analisar as provas relativas a todos os elementos de

uma população, quando o seu universo seja tão grande que seria impossível

proceder ao seu exame integral; e

• a relação custo-benefício da auditoria, na medida em que analisar todos os

elementos de prova levaria a um custo de auditoria muito grande não justifi-

cado pela melhoria objetiva nas conclusões finais do trabalho, manifestadas

no parecer final emitido.

Contudo, o uso da amostragem pelo auditor não é obrigatório! As normas esta-

belecem que a amostragem é facultativa.

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Como visto antes, nada impediria que o auditor analisasse todos os elementos

de um universo, sempre que isso for possível, em função dos argumentos aponta-

dos anteriormente, e o auditor considere necessário e adequado.

Pelo exposto, pode-se afirmar que a utilização da amostragem é uma questão

de julgamento profissional, em razão da forma mais eficiente de obter evidência ou

prova em auditoria nas circunstâncias particulares de cada trabalho.

Cuidado em prova: a amostragem é um dos métodos utilizados para seleção dos

itens ou transações a serem examinados pelo auditor. O seu uso é facultativo.

O auditor pode examinar 100% dos itens (censo) ou examinar itens específicos de

um universo e também obter evidência suficiente e adequada.

Para entendermos melhor por que a seleção de itens específicos ou direcionada

não é amostragem, vamos considerar que o auditor está examinando o “contas a

receber”, para selecionar devedores para expedir as cartas de confirmação e deci-

de circularizar apenas as transações de valor superior a X. Nesse caso, o auditor

retirou qualquer chance das operações de valor inferior a X serem examinadas,

fazendo com que a amostra ou a parte selecionada não represente todas as ca-

raterísticas da população. Assim, mesmo que o resultado das circularizações não

tenha identificado nenhuma exceção ou distorção, o auditor não tem condições de

concluir sobre a população toda.

Por outro lado, conforme nos ensinam William Boynton e outros, no livro Audi-

toria, a amostragem é aplicável tanto a testes de observância (de controles) como

a testes substantivos (de detalhes). Contudo, não é igualmente aplicável a todos

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os procedimentos de auditoria que podem ser utilizados na execução desses testes.

Por exemplo, amostragem é amplamente utilizada em inspeção e confirmação ex-

terna, mas geralmente não é utilizada em indagação, observação e procedimentos

de revisão analítica.

Situações em que não se recomenda usar a Amostragem Estatística:

• quando a população é muito pequena e, por isso, a amostra fica relativamen-

te grande;

• quando as características da população são de fácil mensuração, mes-

mo que a população não seja pequena (em alguns casos é mais fácil

aferir as caraterísticas de uma população utilizando-se um software);

• quando há maior risco de fraudes ou quando há necessidade de alta

precisão.

3. Risco de Amostragem e Risco não relacionado com


Amostragem
Risco de Amostragem relaciona-se com a possibilidade de que uma amostra

adequadamente coletada não seja representativa da população, levando o auditor

a uma conclusão sobre controles internos ou sobre transações e saldos diferente da

que ele chegaria se examinasse toda a população.

Estatisticamente esse risco pode ser controlado e medido; basta para tal au-

mentar ou diminuir o tamanho da amostra, e o risco de amostragem diminui ou

aumenta respectivamente.

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O auditor está sujeito ao risco de amostragem nos testes de observância (risco

de subavaliação e superavaliação da confiabilidade) e testes substantivos (risco de

rejeição incorreta e aceitação incorreta).

Nos termos da NBC TA 530, o risco de amostragem pode levar a dois tipos de

conclusões errôneas:

• no caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais

eficazes do que realmente são ou no caso de teste de detalhes (substantivos),

em que não seja identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela

existe. O auditor está preocupado com esse tipo de conclusão errônea porque

ela afeta a eficácia da auditoria e é provável que leve a uma opinião de

auditoria não apropriada;

• no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos

eficazes do que realmente são ou no caso de teste de detalhes (substanti-

vos), em que seja identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela

não existe. Esse tipo de conclusão errônea afeta a eficiência da auditoria,

porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer que

as conclusões iniciais estavam incorretas.

As tabelas abaixo facilitam o aprendizado quanto aos tipos de risco de amostra-

gem e sua consequência para a eficácia e a eficiência da auditoria.

RISCO DE AMOSTRAGEM EM TESTES DE CONTROLE

Risco de subavaliação da confiabilidade Risco de superavaliação da confiabilidade


Concluir que os controles são menos efica- Concluir que os controles são mais eficazes
zes do que são do que realmente são
Afeta a eficiência Afeta a eficácia

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RISCO DE AMOSTRAGEM
EM TESTES SUBSTANTIVOS (DE DETALHES)
Risco de rejeição incorreta Risco de aceitação incorreta
Concluir que o saldo está errado, mas, efe- Concluir que o saldo está correto, mas, efe-
tivamente, não está ou que existe distor- tivamente, está errado ou que não existe
ção relevante quando, em verdade, ela não distorção relevante quando, em verdade,
existe. existe

Afeta a eficiência Afeta a eficácia

 Obs.: Lembra do risco de detecção?

É a possibilidade de o auditor não constatar distorção relevante quando aplica

os testes e procedimentos de auditoria. Quando o auditor está aplicando os testes

por amostragem, o risco de detecção é denominado de risco de amostragem. Logo:

Risco não relacionado com Amostragem

Risco não relacionado com Amostragem refere-se à parcela do risco de

auditoria não associada com o exame de apenas uma parte dos dados. Esse risco

decorre de erros humanos, aplicação de procedimentos de auditoria inadequados,

interpretação errônea dos resultados de uma amostra e utilização de informações

errôneas recebidas de terceiros (respostas erradas de confirmações, por exemplo).

Risco não relacionado com amostragem nunca pode ser medido matematicamente.

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Pode, contudo, ser mantido em nível desprezível, com planejamento e supervisão

adequados.

4. Amostragem Estatística e Amostragem Não Estatística


Quando o auditor define que irá utilizar a amostragem para realizar seus exames

sobre uma parte da população, ele pode utilizar Amostragem Não Estatística,

Amostragem Estatística ou ambas. É importante destacar que qualquer dos dois

métodos pode proporcionar evidência suficiente para o auditor, em conformidade

com os objetivos específicos dele.

A escolha entre os dois tipos é matéria de julgamento profissional e baseia-se

principalmente em considerações de custo/benefício.

A amostragem estatística pode ser particularmente adequada quando a popu-

lação a ser auditada é grande – em confirmação de contas a receber, por exemplo.

Mas, afinal, onde reside a diferença básica entre amostragem estatística e não

estatística?

Em conformidade com as normas de auditoria independente do CFC, a amos-

tragem estatística é a abordagem à amostragem que possui as seguintes caracte-

rísticas:

• seleção aleatória dos itens da amostra; e

• o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das

amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem.

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A abordagem de amostragem que não tem as características acima é conside-

rada uma amostragem não estatística. Ou seja, na amostragem não estatística,

o auditor não utiliza a teoria das probabilidades e seleciona a amostra a seu crité-

rio. É possível afirmar que a utilização da amostragem estatística apresenta as se-

guintes vantagens sobre a alternativa de utilização da amostragem não estatística:

• facilita a determinação de uma amostra eficiente;

• mede a suficiência da matéria de prova;

• facilita a avaliação dos resultados da amostra;

• permite a quantificação dos riscos de amostragem;

• possibilita a extrapolação dos resultados com base na amostra para a

população auditada.

A amostragem estatística oferece muitas vantagens para o auditor. Em amos-

tragem estatística, contudo, custos substanciais podem ser exigidos para treinar

auditores na utilização da estatística. O não domínio da amostragem estatística

pode fazer com que o auditor prefira utilizar a amostra não estatística.

Para concluir essa parte relativa à comparação entre a amostragem estatística

e a não estatística, entendo pertinente destacar uma definição muito explorada em

concurso, a saber:

Amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada cientificamente com


a finalidade de que os resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acor-
do com a teoria da probabilidade ou as regras estatísticas. O emprego de amostragem
estatística é recomendável quando os itens da população apresentam características
homogêneas.

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Se há uma homogeneidade entre os elementos de uma população, isso facilita-

rá o uso da amostragem estatística, diminuindo-se o risco de amostragem e, por

consequência, o tamanho da amostra a ser examinada.

Quando a população é muito heterogênea, o auditor tem a opção de utilizar a

amostragem por estratificação, organizando a população em estratos com ca-

racterísticas homogêneas. Esse tipo de amostragem será visto mais adiante.

5. Amostragem de Atributos e de Variáveis


Como ressaltamos anteriormente, o auditor pode aplicar a amostragem tanto a

testes de controles ou observância quanto a testes substantivos. Em testes de con-

trole/observância, o auditor seleciona a amostra de transações para testar o funcio-

namento de controles. Já em testes substantivos, o auditor seleciona a amostra de

transações para verificar o correto registro ou processamento contábil ou o correto

valor de um saldo de uma conta ou classe de transações.

Quando o auditor utiliza a amostragem estatística em testes de controles, apli-

ca a amostragem de atributos, cujo propósito é aferir uma taxa de desvio em

uma população, ou seja, qual o percentual de falha nos controles ou de desvio em

relação à norma.

O auditor seleciona atributos que se relacionam com a eficácia do controle que

está sendo testado, como por exemplo, aprovação do departamento de crédito an-

tes de os produtos vendidos serem expedidos. Depois, seleciona a amostra de tran-

sações de vendas a serem testadas mediante uma tabela que leva em consideração

o risco de amostragem, a taxa aceitável de desvios e a taxa esperada de desvios da

população e aplica os procedimentos sobre as operações selecionadas com o intuito

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de verificar quantas operações de vendas não foram devidamente aprovadas (taxa

de desvios ou de falhas dos controles).

Por outro lado, quando a amostragem é aplicada em testes substantivos, o au-

ditor usa amostragem de variáveis, utilizando-se a teoria clássica de variáveis

para estimar um valor monetário da população, ou seja, para verificar em que me-

dida o valor de um saldo ou de uma classe de transações está correto e adequado.

Em síntese:

TÉCNICA DE AMOS- TIPO DE TESTE FINALIDADE


TRAGEM
Amostragem de atri- Testes de controles Estimar a taxa de desvio da população
butos ou de falha dos controles
Amostragem de vari- Testes substantivos Estimar um total monetário de uma
áveis população ou o valor monetário de
erros em uma população

6. Tipos de Amostras Probabilísticas


As amostras probabilísticas são obtidas com o emprego de processos aleatórios.

Um processo é considerado aleatório quando o meio de seleção empregado não

permite conhecer qual será o primeiro elemento escolhido bem como os elementos

seguintes. Nessas condições, a seleção depende de fatores incertos, sujeitos ao

acaso, não permitindo que o auditor/pesquisador influencie a seleção da amostra.

Esses tipos de amostras são também conhecidos como randômicas ou acidentais.

Para obter amostras aleatórias, pode-se utilizar de métodos tais como sorteios,

tabelas de números aleatórios, bem como de programas de computador que geram

números aleatórios.

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Existem os seguintes tipos de amostras probabilísticas:

• Amostragem aleatória simples: trata-se de plano muito utilizado em auditoria

para a obtenção de estimativas para a população. É aquela em que a seleção

dos elementos a serem examinados é feita de forma aleatória simples, com

base em tabelas de números aleatórios, por exemplo. Para o seu uso, normal-

mente a população apresenta características de homogeneidade.

• Amostragem por estratificação: é usada quando do exame de itens cujo valor

apresenta grande variedade, havendo a necessidade de estabelecer estratos

de modo que a variância do valor do item seja a menor possível dentro de

cada estrato. Quando uma amostra for estratificada, cada unidade de amos-

tragem deverá pertencer, exclusivamente, a um estrato. Contudo, os estratos

podem possuir número diferenciado de elementos. O estrato é homogêneo e

a população é heterogênea.

Observações sobre a estratificação em auditoria contábil:

• o objetivo da estratificação é o de reduzir a variabilidade dos itens de cada

estrato e, portanto, permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem au-

mentar o risco de amostragem;

• na execução dos testes de detalhes (substantivos), a população é geralmente

estratificada por valor monetário. Isso permite que o trabalho maior de audito- ria

possa ser direcionado para os itens de valor maior, uma vez que esses itens podem

conter maior potencial de distorção em termos de superavaliação;

• da mesma forma, a população pode ser estratificada de acordo com uma ca-

racterística específica que indica maior risco de distorção como, por exemplo,

no teste da provisão para créditos de liquidação duvidosa na avaliação das

contas a receber, os saldos podem ser estratificados por idade;

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• os resultados dos procedimentos de auditoria aplicados a uma amostra de

itens dentro de um estrato só podem ser projetados para os itens que com-

põem esse estrato. As distorções projetadas para cada estrato são, então,

combinadas na consideração do possível efeito das distorções no total das

classes de operações ou do saldo da conta.

A estratificação é muito cobrada em prova!

Quando a população apresenta características de homogeneidade, o auditor ge-

ralmente utiliza a amostragem aleatória simples.

Caso a população apresente características heterogêneas, o auditor pode optar

por estratificar a população. Com isso, consegue-se reduzir a variabilidade dos itens

de cada estrato e, portanto, reduz-se o tamanho da amostra sem aumentar o risco

de amostragem. A estratificação, portanto, aumenta a eficiência da auditoria!

Perceba que a estratificação é uma exceção à regra de que, ao se reduzir o tamanho

da amostra, se aumenta o risco de amostragem. Logo, atenção em prova, pois a redução

do tamanho da amostra não implica necessariamente aumento do risco de amostragem!

• Amostragem por intervalo ou sistemática: nesse caso, procede-se à seleção

de itens, de maneira que haja sempre um intervalo prefixado entre cada item

selecionado, sendo essencial que essa amostra seja selecionada aleatoria-

mente e, para isso, deve-se observar o seguinte:

–– que seja o primeiro item dos “n” iniciais (tamanho do intervalo) escolhido

aleatoriamente;

–– que os itens na população não estejam ordenados de modo a prejudicar a

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aleatoriedade;

–– que nenhum item da população tenha sido retirado do arquivo antes de

iniciada a escolha.

Boynton e outros ensinam que quando apenas um ponto de partida aleatório é

utilizado, o intervalo pode ser calculado pela divisão entre o tamanho da população

e o tamanho da amostra. Portanto, quando uma amostra de 40 deve ser extraída

de uma população de 2.000, o intervalo de amostragem será de 50 (2.000/40) e

o ponto de partida deve ser um número de uma tabela de números aleatórios que

caia no intervalo entre 1 e 50.

Uma grande vantagem da amostragem sistemática é que a amostra pode ser

coletada em menos tempo do que o exigido por outros métodos. Determina- dos

o intervalo e o ponto de partida, a escolha dos itens pode ser começada imediata-

mente. Além disso, não é necessário numerar os itens da população. O auditor ou

o computador simplesmente conta o enésimo item após o item anterior ter sido

escolhido.

• Amostragem por conglomerado: nesse caso, a população a ser pesquisada

é subdividida em regiões homogêneas, quanto às características a serem

observadas ou testadas. Diferentemente da amostragem por estratificação,

a população apresenta maior homogeneidade (quando comparados, os con-

glomerados são semelhantes e parecidos com a população total), e o estrato

ou subconjunto é heterogêneo. As vantagens desse plano de amostragem em

relação à amostragem aleatória simples consistem na não necessidade de

uma lista da população da qual se deva extrair a amostra e na possibilidade

de trabalhar com itens extremamente dispersos.

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Vale ressaltar que a NBC TA 530 não menciona a amostragem por conglomerado

como um método de amostragem a ser utilizado em auditoria das demonstrações

contábeis.

7. Fases do processo de Amostragem em Auditoria


Em qualquer processo de amostragem, seja de natureza estatística ou não es-

tatística, é possível identificarmos as seguintes fases do trabalho, conforme quadro

a seguir:

FASE TAREFAS
1 - Determinar o tamanho apro- • Determinar os objetivos da auditoria;
priado da amostra • Identificar a população e a unidade de amostragem;
• Dimensionar a amostra, considerando-se o risco de
amostragem, o erro tolerável e o erro esperado ou me-
diante a utilização de outros métodos.
2 – Selecionar ou identificar a • Assegurar a representatividade da amostra;
amostra • Escolher o método de seleção da amostra.
3 – Aplicar os procedimentos de • Executar os procedimentos de auditoria julgados pró-
auditoria apropriados aos itens prios face ao tipo de teste e à natureza das evidências em
selecionados causa.
4 – Avaliar os resultados da • Analisar os erros na amostra;
amostra • Projetar os erros encontrados para a população;
• Reavaliar o risco de amostragem;
• Concluir a avaliação.

1º Determinação dos Objetivos da Auditoria

O passo inicial em um plano de amostragem é a definição dos objetivos dos

testes. Em testes de controles, o objetivo global é avaliar a eficácia do desenho e

da operação dos controles internos. Um ou mais planos de amostragem de atribu-

tos podem ser desenhados para avaliar a eficácia dos controles. Por exemplo, para

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processos licitatórios, um plano pode ser utilizado para testes de controles que afe-

tam o risco de aquisições com sobrepreços, testando-se, por exemplo, os seguintes

atributos: definição clara do bem ou serviço, autorização de aquisição por pessoal

adequado, verificação da proposta com o cadastro de preços etc.

Em testes substantivos ou de detalhes, o objetivo pode ser verificar a existência

de superavaliação (a maior) ou subavaliação (a menor) no saldo de uma conta.

2º Definição da População e da Unidade de Amostragem

A determinação dos objetivos do teste permite a definição da população e da

unidade de amostragem que será testada.

Vale lembrar que a unidade de amostragem é um elemento individual da popu-

lação. Em auditoria contábil, pode ser um documento, uma linha em um documen-

to, um lançamento em uma conta ou um registro em um arquivo de computador.

No exemplo dado anteriormente, se o objetivo é testar a existência de sobre-

preço nas aquisições, o auditor deve obter evidência de que em todas as aquisições

os preços foram checados. A unidade de amostragem será o parecer técnico que

realizou a conferência de preço.

Por outro lado, se o objetivo do teste é verificar a existência de superavaliação

do saldo das contas a receber (saldo a maior), a população a ser testada será a

listagem de todos os devedores em determinada data e a unidade de amostragem

será cada fatura de venda a prazo que constitui o saldo das contas a receber.

3º Determinação do Tamanho da Amostra

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O tamanho da amostra está associado ao risco de amostragem. Como visto,

esse risco existe tanto em testes de controle quanto em testes substantivos. Assim,

quanto menor o risco de amostragem a ser aceito pelo auditor, maior deverá ser o

tamanho da amostra e vice-versa. É uma relação inversa.

Perceba como a etapa de planejamento da auditoria ou de avaliação de

risco afeta a execução da auditoria!

Quanto maior o risco de existir distorções relevantes nas demonstrações con-

tábeis, menor deverá ser o risco de amostragem a ser aceito pelo auditor e, por

consequência, maior será o tamanho da amostra a ser selecionada pelo auditor.

Além do risco de amostragem, existem outros dois fatores que interferem de

forma substancial no tamanho da amostra, que são a taxa de desvio tolerável

(para testes de controles) ou erro/distorção tolerável (para testes substantivos de

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detalhes) e a taxa de desvio esperada (para testes de controles) ou erro/distorção

esperado (para testes substantivos de detalhes).

A taxa tolerável de desvios é a taxa máxima de não conformidade em um

controle que o auditor está disposto a aceitar, sem alterar o risco de controle de

planejado. Ou seja, é um percentual de tolerância de falhas estabelecido pelo au-

ditor para que ele tenha segurança de que esse percentual não será excedido do

percentual de desvio encontrado na população. A taxa tolerável de desvios tem

efeito inverso sobre o tamanho da amostra.

Por exemplo, se considerarmos um risco de amostragem de 5% e uma taxa es-

perada de desvios de 0%, ambos constantes, uma variação na taxa tolerável/ acei-

tável de desvios para maior provocará uma redução no tamanho da amostra, con-

forme indica William Boynton e outros autores, no livro Auditoria, ao demonstrar

como os auditores definem o tamanho da amostra com o uso de tabelas, a saber:

Taxa aceitável Tamanho Taxa aceitável Tamanho


de desvios da amostra de desvios da amostra
2% 149 6% 49
4% 74 8% 36

A taxa esperada de desvios é a taxa de falhas ou de não conformidade em

um controle que o auditor espera encontrar em função de falhas observadas em au-

ditorias anteriores ou encontrada em uma amostra preliminar de aproximadamente

50 itens. A taxa esperada de desvios da população tem efeito significativo e direto

sobre o tamanho da amostra.

Por exemplo, William Boynton e outros demostram em seu livro que, se con-

siderarmos o risco de amostragem de 5% e a taxa aceitável de desvios também

de 5%, o tamanho da amostra aumentará caso sejam feitos sucessivos aumentos

percentuais na taxa esperada de desvios, como segue:

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Taxa esperada Tamanho Taxa esperada Tamanho


de desvios (%) da amostra de desvios (%) da amostra
0,0 59 1,5 124
1,0 93 2,0 181

Agora, vamos ver esses fatores aplicados a testes substantivos ou de detalhes:

O erro ou distorção tolerável é o erro máximo na população (saldo de uma con-

ta, por exemplo) que o auditor está disposto a aceitar e, ainda assim, concluir que o

resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria. O erro tolerável é considerado

durante o estágio de planejamento e está relacionado com o julgamento do auditor

sobre risco e relevância. O erro tolerável tem efeito inverso sobre o tamanho da

amostra. Quanto menor o erro tolerável, maior deve ser o tamanho da amostra e

vice-versa.

O erro ou distorção esperado: se o auditor espera que a população contenha

erro, é necessário examinar uma amostra maior do que quando não se espera erro,

para concluir que o erro real da população não excede o erro tolerável planejado.

Tamanhos menores de amostra justificam-se quando se espera que a população

esteja isenta de erros. Ao determinar o erro esperado em uma população, o auditor

deve considerar aspectos como, por exemplo, os níveis de erros identificados em

auditorias anteriores, mudança nos procedimentos da entidade e evidência obtida

na aplicação de outros procedimentos de auditoria.

Cabe acrescentar que a NBC TA 530 apresenta dois apêndices, um para testes

de controles e outro para testes de detalhes, nos quais demonstra os fatores que

possuem efeito sobre o tamanho da amostra. A seguir, apresento um quadro relati-

vo aos fatores e seu efeito no tamanho da amostra para testes de detalhes (testes

substantivos), como segue:

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FATOR EFEITO NO TAMANHO DA AMOSTRA


Quanto mais alta a avaliação do risco de distorção
- Aumento na avalia- relevante do auditor, maior deve ser o tamanho da
ção
do risco de distorção Aumento amostra. Portanto, para reduzir o risco de auditoria
relevante do a um nível baixo aceitável, o auditor precisa de um
auditor risco baixo de detecção, aplicando mais testes e com
maior extensão (amostra maior).
Quanto mais o auditor confia em outros procedimen-
tos
- Aumento no uso substantivos (testes de detalhes ou procedimentos
de outros procedi- analíticos substantivos) para reduzir a um nível
Redução
mentos substantivos aceitável o risco de detecção relacionado com uma
direcionados à população em particular, menos segurança o auditor
mesma afirmação precisa da amostragem e, portanto, menor pode ser
o tamanho da amostra.
Quanto maior o nível de segurança de que o auditor
- Aumento no nível
precisa de que os resultados da amostra sejam de
de segurança dese-
Aumento fato indicativos do valor real de distorção na popula-
jado pelo auditor
ção, maior o tamanho da amostra precisa ser.
- Aumento na distor- Quanto menor for a distorção tolerável, maior o tama-
Redução
ção ou erro tolerável nho da amostra precisa ser.
- Aumento no valor Quanto maior for o valor da distorção que o audi-
da distorção que tor espera encontrar na população, maior deve ser
o auditor espera o tamanho da amostra para se fazer uma estimativa
Aumento
encontrar na popu- razoável do valor real de distorção na população.
lação
Quando houver uma faixa ampla (variabilidade) no
tamanho monetário dos itens da população, pode
ser útil estratificar a população. Quando a população
pode ser adequadamente estratificada, o conjunto de
- Estratificação da
tamanhos de amostra dos estratos geralmente será
população, quando Redução
menor do que o tamanho da amostra que seria neces-
apropriado
sário para alcançar certo nível de risco de amostra-
gem se uma amostra tivesse sido retirada de toda a
população.

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- Quantidade de uni- Para populações grandes, o tamanho real da popu-


dades de amostra- lação tem pouco efeito, se houver, no tamanho da
gem na população Efeito negligen- amostra. De qualquer forma, um aumento no tama-
(tamanho da popula- ciável nho da população proporciona um aumento no tama-
ção) nho da amostra, ainda que insignificante.

Fatores e seu efeito sobre o tamanho da amostra (resumo):

FATORES EFEITO NO TAMANHO DA AMOSTRA

Risco de distorção relevante Direta

Risco de amostragem Inversa

Uso de outros testes substantivos Inversa

Nível de segurança Direta

Erro ou desvio tolerável Inversa

Erro ou desvio esperado Direta

Estratificação Inversa

Tamanho da população Direta (porém, insignificante)

Cálculo do Tamanho da Amostra em Testes de Controles

Mencionamos anteriormente que William Boynton e outros autores demonstram

em seu livro como os auditores utilizam tabelas para definir tamanhos de amostras

estatísticas para testes de controles.

Dependendo do risco de amostragem definido pelo auditor, existem tabelas es-

pecíficas que combinam a taxa aceitável de desvios e taxa esperada de desvios

para estabelecer o tamanho da amostra.

Entendo que ficará mais fácil compreender esse processo solucionando inte-

ressante questão elaborada pela Esaf que caiu no concurso de fiscal de ICMS do

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Estado do Rio Grande do Norte de 2005, que se refere à aplicação de tabelas para

definição de tamanhos de amostras. Vejamos a questão abaixo.

Questão 1    (ESAF/AFTE/RN/2005) Dadas as tabelas fornecidas a seguir, responder

à questão abaixo.

Tabela I: 5% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo

Taxa aceitável de desvios

Taxa Esperada de desvio da população 2% 3% 4% 5% 6%


0,00 151 101 76 61 51
0,50 159 119 95 80
1,00 158 95 80
1,50 126 105
2,00 90

Tabela II: 10% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo

Taxa aceitável de desvios

Taxa Esperada de desvio da população 2% 3% 4% 5% 6%


0,00 116 78 59 47 40
0,50 196 131 98 79 66
1,00 178 98 79 66
1,50 134 107 66
2,00 200 134 90
2,50 160 112
3,00 132

Ao analisar a área de Contas a Receber, constata-se um risco de avaliação

de 10%. No ano anterior a empresa de auditoria constatou desvio de 4% e

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a taxa esperada do desvio da população do ano foi de 1,0%. Determine o

tamanho da amostra a ser utilizada.

a) 200

b) 107

c) 158

d) 178

e) 98

Letra e.

Para determinar o tamanho da amostra para cada controle a ser testado, o au-

ditor precisa especificar um valor numérico para cada fator a seguir:

• risco de amostragem;

• taxa aceitável de desvios;

• taxa esperada de desvios da população.

O auditor pode utilizar uma tabela para determinar o tamanho da amostra. Note

que a questão apresenta duas tabelas: a tabela I, para um risco de amostragem de

5%, e a tabela II, para um risco de 10%. Para usar as tabelas, é necessário:

• escolher a tabela que corresponde ao nível especificado de risco de

amostragem.

• localizar a coluna referente ao nível especificado da taxa aceitável de

desvios.

• localizar a linha que contém a taxa esperada de desvios da população.

• ler o tamanho da amostra, na interseção da coluna e linha determina-

das nos passos dois e três.

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Portanto, como o enunciado aponta que o risco de amostragem (avaliação) é de

10%, a tabela a ser utilizada é a II.

Resta identificar as taxas de desvios tolerável e esperada. De acordo com o

enunciado, no ano anterior, a empresa de auditoria constatou desvio de 4%, sendo

esta, portanto, a taxa de desvio tolerável. Também o enunciado informa que a taxa

de desvio esperada é de 1%.

Assim, após identificação dos elementos (risco de amostragem, taxa aceitável

de desvio e taxa esperada de desvio), basta verificar a interseção da linha com a

coluna na tabela, que aponta o tamanho da amostra. No caso, são 98 elementos

que comporão a amostra dos controles a serem testados (tamanho da amostra),

conforme pode ser observado a seguir:

Tabela II: 10% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo

Taxa aceitável de desvios

Taxa Esperada de desvio da população 2% 3% 4% 5% 6%


0,00 116 78 59 47 40
0,50 196 131 98 79 66
1,00 178 98 79 66
1,50 134 107 66
2,00 200 134 90
2,50 160 112
3,00 132

Continuando o estudo acerca do cálculo do tamanho da amostra, cabe alertar

que, em vez de tabelas impressas, muitos auditores atualmente utilizam softwares

de auditoria para determinar o tamanho adequado de amostras.

Cálculo do Tamanho da Amostra em Teste Substantivo

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Gonçalo Longo, em seu livro Manual de Auditoria e Revisão de Demonstrações

Contábeis, apresenta a seguinte fórmula para se determinar o tamanho da amos-

tra:

Tamanho da amostra = N = População a ser testada dividida pelo intervalo

amostral (sampling interval)

O intervalo amostral é definido estatisticamente pelo erro tolerável dividido pelo

fator de confiança.

O erro tolerável representa a materialidade para execução da auditoria (ou Dis-

torção Tolerável – DT).

Já o fator de confiança varia de acordo com o nível de confiança desejado. Por

exemplo, um nível de confiança de 95% indica que, se existir uma distorção, com

95% de chance, ela será detectada em um teste de auditoria.

Com base nesses conceitos, podemos calcular a quantidade de itens (tamanho

da amostra) que seria necessária, por exemplo, para poder concluir sobre a exis-

tência das contas a receber, mediante o processo de confirmação dos saldos junto

aos clientes, considerando os seguintes dados da entidade auditada:

MP (Materialidade no Planejamento) = 5% do Lucro = R$ 50.000,00

DT (Distorção Tolerável ou Materialidade para Execução da Auditoria) =

50% da MP = R$ 25.000,00

Valor da população total de contas a receber = R$ 295.344

Itens-chave (seleção direcionada para os maiores itens) = R$ 63.901

Intervalo de amostragem = DT dividido pelo fator de confiança para o nível

de confiança de 95% = R$ 25.000 dividido por 3 = R$ 8.333

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Tamanho da amostra (N) = população a ser testada dividida pelo intervalo de

amostragem. Como a população a ser testada é a população total menos os itens-

-chave, temos que N = (295.344 – 63.901) dividido por 8.333 = 231.443 dividido

por 8.333 = 27,77 ou 28 itens a serem testados.

No caso da materialidade para a execução da auditoria (DT) ficar em torno de

75% da materialidade para as demonstrações financeiras como um todo (MP), isto

é, de R$ 37.500, a extensão dos testes (N) seria reduzida, a saber:

N = 231.443 dividido por (37.500/3) = 231.443/12.500 = 19 itens

De forma similar, se o auditor concluir que o risco é menor, seja pela eficácia

comprovada do controle interno, pelo menor risco inerente e/ou por procedimentos

analíticos com resultados satisfatórios, ele poderá diminuir o fator de confiança,

como, por exemplo, trabalhando com um nível de confiança de 80%, que de acordo

com a tabela corresponde a um fator de confiança de 1,6.

Nesse caso, utilizando os mesmos dados com a DT = 50% da MP, o intervalo

amostral seria aumentado para 15.625 e o tamanho da amostra reduzido para 15

itens, assim calculado:

N = 231.443 dividido por (25.000/1,6) = 231.443 dividido por 15.625 = 14,81 ou

15 itens.

4º Seleção da Amostra

Depois de definido o plano e determinado o tamanho da amostra, passa-se ao

processo de seleção da amostra.

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Embora existam diversos métodos de seleção, as normas de auditoria definem

três métodos básicos de seleção da amostra: seleção aleatória, seleção sistemática

e seleção casual. Todavia, a NBC TA 530 aponta os seguintes métodos de seleção,

que decorrem dos três já mencionados:

• Seleção aleatória (ou randômica): aplicada por meio de geradores de núme-

ros aleatórios como, por exemplo, tabelas de números aleatórios. É o método

de seleção a ser adotado em amostragem estatística, seja em testes de con-

troles ou em testes substantivos.

• Seleção sistemática (ou intervalar): em que a quantidade de unidades de

amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um

intervalo de amostragem. É um método de seleção a ser adotado em amos-

tragem estatística aplicada a teste substantivo, para aferir o valor monetário

da população (do saldo de uma conta).

• Amostragem de unidade monetária: é um tipo de seleção com base em valo-

res, na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma

conclusão em valores monetários. Muito utilizada em amostragem estatística

para aferir o valor monetário da população (do saldo de uma conta).

• Seleção ao acaso (ou por julgamento): na qual o auditor seleciona a amostra

sem seguir uma técnica estruturada, de acordo com o seu julgamento e sua

experiência profissional. Embora nenhuma técnica estruturada seja usada,

o auditor, ainda assim, deve evitar qualquer tendenciosidade ou previsibili-

dade consciente (por exemplo, evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou

evitar sempre os primeiros ou os últimos lançamentos de uma página) e, des-

se modo, procurar se assegurar de que todos os itens da população têm uma

mesma chance de seleção. A seleção ao acaso não é apropriada quando se

usar a amostragem estatística.

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• Seleção de bloco: envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos da

população. A seleção de bloco geralmente não pode ser usada em amostragem

de auditoria porque a maioria das populações está estruturada de modo que

esses itens em sequência possam ter características semelhantes entre si, mas

características diferentes de outros itens de outros lugares da população.

5º Execução dos Procedimentos de Auditoria

Depois de definida a amostra, o auditor deve executar os procedimentos de au-

ditoria, apropriados à finalidade, para cada item selecionado.

Se o procedimento de auditoria não for aplicável ao item selecionado, o auditor

deve executar o procedimento em um item que substitua o anteriormente selecio-

nado. Um exemplo de quando é necessário executar o procedimento em item de

substituição é quando um cheque cancelado é selecionado durante teste de evidên-

cia de autorização de pagamento. Se o auditor estiver satisfeito que o cheque foi

cancelado de forma apropriada de modo a não constituir desvio, um item escolhido

de maneira apropriada para substituí-lo é examinado.

Se o auditor não puder aplicar os procedimentos de auditoria definidos ou pro-

cedimentos alternativos adequados em um item selecionado, o auditor deve tratar

esse item como um desvio do controle previsto, no caso de testes de controles ou

uma distorção, no caso de testes substantivos.

Um exemplo de quando o auditor não pode aplicar os procedimentos de audi-

toria definidos a um item selecionado é quando a documentação relacionada com

esse item tiver sido perdida.

Um exemplo de procedimento alternativo adequado pode ser o exame de rece-

bimentos subsequentes, juntamente com a evidência da fonte dos recebimentos e

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os itens que eles visam liquidar quando nenhuma resposta tiver sido recebida para

uma solicitação positiva de confirmação.

Natureza e Causa de Desvios e Distorções

Em conformidade com a NBC TA 530, ao analisar os desvios e as distorções

identificados, o auditor talvez observe que muitos têm uma característica em co-

mum como, por exemplo, o tipo de operação, local, linha de produto ou período de

tempo.

Nessas circunstâncias, o auditor pode decidir identificar todos os itens da po-

pulação que tenham a característica em comum e estender os procedimentos de

auditoria para esses itens. Além disso, esses desvios ou distorções podem ser in-

tencionais e podem indicar a possibilidade de fraude.

William Boynton e outros ensinam que, ao avaliar os resultados da amostragem

aplicada a testes de controles, o auditor considera não só os aspectos quantitati-

vos, mas também qualitativos de desvios, para determinar a sua natureza e cau-

sas. Desvios podem resultar de fatores tais como um empregado novo, um empre-

gado em férias, inadequado entendimento de instruções, incompetência, falta de

cuidado e violação intencional. O auditor deve procurar determinar se as falhas de

controle foram intencionais, o que poderia ser um indício de fraude. Outra conside-

ração é se as falhas foram aleatórias ou sistemáticas.

6º Projeção de Distorções

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Em auditoria contábil, o auditor deve projetar as distorções para a população

para obter uma visão mais ampla da escala de distorção, mas essa projeção pode

não ser suficiente para determinar o valor a ser registrado.

Dependendo do tipo de amostragem em testes substantivos que o auditor uti-

liza, existe um método próprio para projetar o erro ou a distorção encontrada na

amostra para a população como um todo. Boynton e outros demonstram passo a

passo e com fórmulas cada plano de amostragem.

Para testes de controles, as normas (NBC TA 530) estabelecem que não é

necessária qualquer projeção explícita dos desvios, uma vez que a taxa de

desvio da amostra também é a taxa de desvio projetada para a população

como um todo.

William Boynton e outros autores ensinam que, para cada controle testado,

o auditor calcula uma taxa de desvios da amostra, sendo calculada pelo

quociente da divisão entre a quantidade de desvios e o tamanho da amostra

examinada. Por exemplo, se a amostra contém 100 elementos e o auditor

encontrou dois desvios, a taxa de desvios da amostra é de 2% (2/100).

Essa taxa é a melhor estimativa da verdadeira taxa de desvios da população

a que o auditor pode chegar.

Para o concurso, entendemos desnecessário estudar os diferentes métodos de

projeção das distorções, contudo, apresentamos, a seguir, exemplo de projeção de

distorção contido no livro de Gonçalo Longo, tomando como base a guia de imple-

mentação das ISAs emitido pela IFAC.

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Considerando o resultado de um teste de 50 itens extraído de uma população

que apresenta um saldo de R$ 250.000,00, cujo resultado identificou três distor-

ções, assim sumarizadas:

Valor correto (R$) Valor apurado (R$) Diferença (R$) Diferença percentual

500 400 100 20,00%


350 200 150 42,86%
600 750 (150) (25,00)%
Total: 37,86%

Passos para apuração da projeção:

• 1º, calcule a percentagem de distorção de cada item, conforme indicado na

quarta coluna da tabela acima;

• 2º, efetue a soma das percentagens de diferença de forma a apurar a diferen-

ça percentual líquida. No exemplo acima, foi apurado 37,86%;

• 3º, apure o percentual médio de erros, considerando o número de itens que

compõe a amostra. No caso, temos 37,86% dividido por 50 itens = 0,7572%;

• 4º, aplique o percentual encontrado (0,7572%) sobre o valor da população

(R$ 250.000), apurando o valor projetado para a população, que é de R$

1.893.

Conforme dispõe a NBC TA 530, o auditor deve projetar as distorções para a

população para obter uma visão mais ampla da escala de distorção, mas essa pro-

jeção pode não ser suficiente para determinar o valor a ser registrado. Isso porque

a projeção é mera estimativa do efeito para se proceder ao ajuste efetivamente ne-

cessário. Quando a distorção tiver sido estabelecida como uma anomalia, ela pode

ser excluída da projeção das distorções para a população. Entretanto, o efeito de

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tal distorção, se não for corrigido, ainda precisa ser considerado, além da projeção

das distorções não anômalas.

Na sequência, veremos a última etapa do processo de amostragem: a avaliação

do resultado.

7º Avaliação dos Resultados da Amostragem

O auditor deve avaliar os resultados da amostra e se o uso da amostragem for-

neceu base razoável para fundamentar a sua conclusão sobre a população total.

Avaliação dos Resultados em Testes de Controles

Para testes de controles, uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta

pode levar a um aumento no risco identificado de distorção relevante, a menos

que sejam obtidas evidências adicionais de auditoria que comprovem a avaliação

inicial. Segundo Boynton e outros, os desvios encontrados na amostra devem ser

adequadamente tabulados, resumidos e avaliados. Como vimos, para cada controle

testado, o auditor calcula uma taxa de desvios da amostra (quociente da divisão

entre a quantidade de desvios e o tamanho da amostra examinada).

A seguir, o auditor determina o limite superior dos desvios, que indica a taxa

máxima de desvios da população, baseada na quantidade de desvios encontrados

na amostra.

O limite superior de desvios é determinado com base em tabelas de avaliação.

Para o concurso, o importante é saber que esse limite superior é o resultado da

taxa de desvios mais uma provisão para risco de amostragem:

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LSD (Limite superior de desvios) = Taxa de desvios da amostra + provi-

são para risco de amostragem.

Exemplo: Se um desvio for encontrado em amostra de 100 unidades, a taxa de

desvios da amostra será de 1% (1/100). Para encontrar o limite superior de des-

vios, soma-se a taxa de desvios de 1% a uma provisão de 3,7%. Assim, o LSD será

de 4,7%.

Encontrado então o LSD, o auditor o compara com a taxa aceitável/tolerável de

desvios especificada no desenho da amostra.

Se LSD for igual ou inferior à taxa aceitável de desvios  os resultados darão

suporte ao risco de controle planejado;

Se LSD for superior os resultados  os resultados não darão suporte, o que

ensejará a revisão da estratégia preliminar de auditoria adotada ou a revisão dos

testes substantivos planejados.

Avaliação dos Resultados em Testes Substantivos

Em testes substantivos, o auditor aplica procedimentos de auditoria sobre os

elementos da amostra e determina o valor real de cada unidade. A diferença entre

o valor encontrado pelo auditor e o valor contábil (registrado) é utilizada para pro-

jetar o erro total (ou a distorção total) na população.

Nos termos da NBC TA 530, no caso de testes substantivos (de detalhes), a dis-

torção projetada mais a distorção anômala, quando houver, é a melhor estimativa

do auditor de distorção na população.

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Quando a distorção projetada mais a distorção anômala, se houver, excederem

uma distorção tolerável, a amostra não fornece uma base razoável para conclusões

sobre a população que foi testada.

Quanto mais próximo o somatório da distorção projetada e da distorção anôma-

la estiver da distorção tolerável, mais provável será que a distorção real na popu-

lação exceda a distorção tolerável. Além disso, se a distorção projetada for maior

do que as expectativas de distorção do auditor usadas para determinar o tamanho

da amostra, o auditor pode concluir que há um risco inaceitável de amostragem de

que a distorção real na população exceda a distorção tolerável.

A consideração dos resultados de outros procedimentos de auditoria ajuda o

auditor a avaliar o risco de que a distorção real na população exceda a distorção

tolerável e o risco pode ser reduzido se for obtida evidência adicional de auditoria.

Boynton e outros ensinam que, para se avaliar os resultados da amostra, o auditor

calcula o limite superior. Em testes de controles, é o limite superior de desvios.

Em testes substantivos, trata-se do limite superior de erro.

LSE (Limite superior de erro) = Erro projetado da população + provisão

para risco de amostragem.

O próximo passo é o auditor comparar o LSE com o erro aceitável especificado

quando do planejamento da amostra.

Se o LSE for igual ou inferior ao erro aceitável, o auditor chega à conclusão de

que a população (saldo da conta) não contém erros ou irregularidades relevantes.

Contudo, se o LSE for superior ao erro aceitável, o auditor pode suspeitar de que a

amostra não é representativa da população e aplicar procedimentos sobre unidades

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de amostragem adicionais ou procedimentos alternativos. Outra medida seria o au-

ditor solicitar que o cliente investigue os erros e ajuste o valor contábil.

Assim, após o ajuste, se o LSE for inferior ao erro aceitável, pode-se concluir

que a população, após o ajuste, não contém erro ou irregularidade relevante.

Como já visto, quando a distorção projetada exceder a distorção tolerável,

a amostra não fornece uma base razoável para conclusões sobre a população que

foi testada. Ou seja, essa situação indica haver possível distorção relevante ou

irregularidade na conta que está sendo auditada, obrigando o auditor reavaliar o

processo e/ou aplicar procedimentos adicionais.

Nesse caso, o auditor pode:

• solicitar que a administração investigue as distorções identificadas e o

potencial para distorções adicionais e faça quaisquer ajustes necessá-

rios; ou

• ajustar a natureza, época e extensão desses procedimentos adicionais

de auditoria para melhor alcançar a segurança exigida. Por exemplo,

no caso de testes de controles, o auditor pode aumentar o tamanho

da amostra, testar um controle alternativo ou modificar os respectivos

procedimentos substantivos.

Em virtude do exposto acima, alguns autores ensinam que:

• em testes de controle, quando a taxa de desvio da amostra ou LSD for

maior que a taxa tolerável de desvio, a amostragem é falha;

• em testes substantivos, quando a distorção projetada ou LSE for maior

que a distorção tolerável, a amostragem é falha.

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RESUMO
O auditor pode obter evidência de auditoria suficiente e apropriada por meio dos

seguintes métodos de seleção e exame dos itens:

• seleção integral (apropriada quando a população contém pequena quanti-

dade de itens de valor alto e existe um risco significativo);

• seleção direcionada (apropriada para itens-chave ou de valor alto que indi-

vidualmente poderiam resultar em distorção relevante; todos os itens acima

de um valor especificado; quaisquer itens não usuais ou sensíveis; quaisquer

itens altamente suscetíveis à distorção);

• amostragem estatística e não estatística.

A importância da amostragem em auditoria deve-se à dificuldade de procurar

analisar as provas relativas a todos os elementos de uma população, quando o seu

universo seja tão grande que seria impossível proceder ao seu exame integral. Ou-

tra vantagem é a relação custo-benefício da auditoria, na medida em que analisar

todos os elementos de prova levaria a um custo de auditoria muito grande não jus-

tificado pela melhoria objetiva nas conclusões finais.

O auditor pode utilizar a amostragem estatística ou a amostragem não estatís-

tica. Qualquer dos dois métodos pode proporcionar evidência/prova suficiente para

o auditor. A escolha entre os dois tipos é matéria de julgamento profissional e ba-

seia-se principalmente em considerações de custo/benefício.

Características da população que justificam o uso da amostragem esta-

tística: quando a população a ser auditada é grande e quando os itens da popula-

ção apresentam características homogêneas.

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Quando a população é muito heterogênea, o auditor tem a opção de utilizar a

amostragem por estratificação, organizando a população em estratos com carac-

terísticas homogêneas.

A amostragem estatística é a abordagem à amostragem que possui as se-

guintes características: seleção aleatória dos itens da amostra e o uso da teoria

das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensu-

ração do risco de amostragem.

A abordagem de amostragem que não tem as características acima é con- side-

rada uma amostragem não estatística (por julgamento), que aquela em que a

amostra é determinada pelo auditor utilizando sua experiência, critério e conheci-

mento da entidade.

Fatores que interferem no tamanho da amostra:

• risco de amostragem, quanto maior o risco aceito, menor a amostra (rela-

ção inversa);

• taxa de desvio ou erro tolerável, quanto maior a tolerância, menor a

amostra (relação inversa);

• taxa de desvio ou erro esperado, quanto mais se espera erros, maior a

amostra (relação direta).

Tipos mais comuns de amostragem probabilística:

• aleatória simples – funciona como base para as estratégias mais sofistica-

das; cada elemento da população tem a mesma chance de ser selecionado;

não é necessariamente a mais eficiente;

• estratificada – agrupamento em elementos homogêneos; dar mais atenção

a certos grupos da população com maior característica para o trabalho. Reti-

ra-se uma amostra de cada estrato;

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• por conglomerados – agrupamento em conjuntos semelhantes, mas in-

ternamente heterogêneos; usada para agrupar conjuntos geograficamente

compactos, mas suficientemente diversificados internamente, bem represen-

tativos da população. Sorteiam-se os conglomerados e retira-se uma amostra

somente dos conglomerados sorteados.

Projeção das distorções:

• o auditor deve projetar as distorções para a população para obter uma

visão mais ampla da escala de distorção, mas essa projeção pode não

ser suficiente para determinar o valor a ser registrado;

• para testes de controles, não é necessária qualquer projeção explícita

dos desvios, uma vez que a taxa de desvio da amostra também é a

taxa de desvio projetada para a população como um todo.

A seguir, vamos exercitar o que aprendemos nesta aula.

Solucione as questões e compare com o gabarito apresentado. Amostragem em

auditoria é um dos assuntos mais cobrados pelo CESPE/CEBRASPE. As questões

são bem elaboradas e exigem maior capacidade analítica dos candidatos.

Logo, são questões que ajudarão você a consolidar o aprendizado e a sua pre-

paração para o concurso.

Como de praxe, ao final da aula, eu comento o gabarito de todas as questões.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (CESPE/TCE/TO/2009) Acerca dos procedimentos adotados pelos audi-

tores para a execução de seus trabalhos, assinale a opção correta.

a) Há uma relação direta entre o tamanho da amostra e a possibilidade de avalia-

ção do risco de controle em nível baixo demais.

b) Há uma relação inversa entre o tamanho da amostra e a taxa aceitável de desvios.

c) Há uma relação inversa entre o tamanho da amostra e a taxa esperada de des-

vios da população.

d) Ao se adotar amostragem sistemática, quando apenas um ponto de partida

aleatório é utilizado, o intervalo de amostragem pode ser determinado pela divisão

entre o tamanho da população e o valor da raiz quadrada do tamanho da amostra.

e) A amostragem aleatória simples, com o uso de tabelas de números aleatórios,

deverá ocorrer com a utilização de tabela de números sem reposição.

Questão 2    (CESPE/SECGE/PE/2010) Um dos procedimentos empregados pela au-

ditoria é o dos exames parciais, também chamado de prova seletiva ou de amos-

tragem. Com relação à amostragem em auditoria, assinale a opção correta.

a) A amostragem estatística tem a vantagem de eliminar o julgamento do auditor,

maximizando o grau de confiança.

b) Na amostragem sistemática, o ponto de partida não deve ser escolhido aleato-

riamente.

c) A amostragem estratificada é indicada para casos em que a população é muito

heterogênea.

d) Na amostragem por conglomerados ou lotes, testam-se alguns itens de todos

os grupos da população.

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e) Pelo critério da seleção aleatória, a amostra é selecionada com base na intuição

do profissional.

Questão 3    (CESPE/SAD/PE/ANALISTA/2009) A auditoria por amostragem baseia-

-se em testes que permitem ao auditor emitir juízo sobre a exatidão e a legitimi-

dade do que for examinado. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta.

a) A amostragem será integral quando todos os registros e documentos se subme-

terem ao exame do auditor.

b) O grau de confiança atribuído aos controles internos é irrelevante para a deter-

minação da abrangência da amostragem.

c) A existência de auditoria interna deve ser desconsiderada para efeito de deter-

minação do tamanho das amostras.

d) Para a conferência da existência física de certos bens patrimoniais, é indispen-

sável que o auditor tenha acompanhado a elaboração do inventário.

e) A profundidade do exame deve levar em conta a relevância de determinada

transação, seu valor e relação com o objetivo do exame.

Questão 4    (CESPE/TJ/CE/2008) Nos trabalhos de auditoria executados no setor

público, é muito comum a utilização de amostragem não estatística, em que o audi-

tor baseia-se em seu conhecimento da entidade e do setor, sua intuição e seu bom

senso. Nesse sentido, o auditor pode adotar procedimentos embasados em testes

sobre a totalidade da população, ou aplicar procedimentos a todos os itens de uma

população com uma característica particular, como, por exemplo, todas as compras

ou vendas com um determinado fornecedor ou cliente.

Questão 5    (CESPE/MC/CONTÁBEIS/2008) No caso de amostragem estatística,

ao efetuar o planejamento da amostra, o auditor deve levar em consideração o

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volume de transações que irá auditar, para que, em seguida, sejam aplicados os

procedimentos de auditoria sobre a amostra selecionada. No caso da amostragem

não estatística, o volume de transações não será considerado como parâmetro.

Questão 6    (CESPE/MC/CONTÁBEIS/2008) Os testes de observância utilizam a

amostragem com a finalidade de verificar a taxa de desvios aplicada a um determi-

nado tipo de controle. Sua aplicação relaciona-se aos procedimentos que irão servir

de base à valoração e à mensuração das transações ocorridas e também de seus

valores monetários. Para tanto, faz-se necessária a existência de uma trilha de

evidência documental referente ao procedimento de controle que se está testando.

Questão 7    (CESPE/MC/CONTÁBEIS/2008) A amostragem clássica de variáveis

não é uma metodologia possível de ser aplicada nos testes substantivos, uma vez

que aquela tem como base a teoria da distribuição normal para avaliar a população

da conta que está sendo auditada. Nessa técnica de amostragem, podem-se adotar

três critérios: média por unidade, diferença e quociente.

Questão 8    (CESPE/TCE/RN/INSPETOR/2009) Os procedimentos da amostragem

por julgamento são largamente difundidos, ainda que possam ser considerados

teoricamente falhos, por determinadas razões, entre as quais inclui-se a impossibi-

lidade de os auditores estimarem quantitativamente o risco que assumem.

Questão 9    (CESPE/TRE/ES/ANALISTA/2010) A amostragem estratificada, proce-

dimento adotado pela auditoria, é indicada para o exame de contas cujos valores

individuais apresentam pequenas diferenças. Assim, valores similares são distribu-

ídos pelos diversos estratos, para que cada grupo reflita as disparidades da popu-

lação.

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Questão 10    (CESPE/TCDF/ACE/2012) Embora a amostra seja selecionada cienti-

ficamente e o emprego da amostragem estatística seja recomendável quando os

itens da população apresentem características homogêneas, permanece a possibi-

lidade de a conclusão obtida com base na amostragem ser diferente daquela que

seria conseguida se 100% da população fosse examinada pelo mesmo procedimen-

to de auditoria.

Questão 11    (CESPE/TCE/ES/2012) Caso se verifique, na avaliação dos resultados

de uma amostra, mediante o emprego do teste de controle, que a taxa de desvios

da amostra é maior que a taxa tolerável de desvio, então a amostragem seleciona-

da é falha.

Questão 12    (CESPE/ANAC/2012) O erro aceitável e o risco de amostragem são

inversamente proporcionais ao tamanho da amostra.

Questão 13    (CESPE/ANAC/2012) A redução do tamanho da amostra não implica

necessariamente aumento do risco de amostragem.

Questão 14    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Na aplicação de testes de contro-

les, o risco de amostragem pode indicar conclusões incorretas, ao evidenciar uma

distorção relevante, que, na verdade, inexiste.

Questão 15    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Em auditoria, quando a popula-

ção é muito grande, deve-se realizar a amostragem, que é a aplicação de procedi-

mentos exclusivamente estatísticos na totalidade da população para a seleção de

uma amostra representativa do estudo.

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Questão 16    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Considere que uma carteira de

clientes de uma instituição financeira seja composta pelas classes ouro, prata, co-

bre e lata. Para que a auditoria realizada nessa instituição possa avaliar a gestão de

riscos dos financiamentos concedidos, é mais adequado empregar a amostragem

estratificada em função das classes de clientes, o que terá maior probabilidade de

aumentar a eficiência do trabalho, desde que as subpopulações sejam distintas e

cada classe possua características similares.

Questão 17    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) A taxa de desvio da amostra,

apesar de não representar a estimativa da verdadeira taxa de desvio da população,

é uma das análises mais empregadas na prática, sendo calculada pelo quociente

entre a quantidade de desvios amostrais e a quantidade de desvios calculados da

população.

Questão 18    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) O risco de amostragem está re-

lacionado, entre outras hipóteses, com a possibilidade de que uma amostra tenha

sido selecionada com base em critérios estatísticos corretos, mas que não é ade-

quada para representar a população.

Questão 19    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Um auditor deve se ater aos as-

pectos quantitativos dos desvios amostrais obtidos nas amostragens estatísticas,

uma vez que os desvios causados por aspectos qualitativos são pouco relevantes

para a auditoria.

Questão 20    (CESPE/CNJ/2013) Considere que, na determinação da quantidade de

processos licitatórios a serem analisados em uma auditoria, o auditor tenha deter-

minado o nível de confiança estatística em 95% e um erro tolerável de 5%, com

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emprego da amostragem aleatória simples. Nessa situação, durante o processo

de revisão, se a supervisão da equipe de auditoria sugerir reduzir o erro tolerável,

será necessário aumentar o tamanho da amostra, mantendo-se o mesmo nível de

significância.

Questão 21    (CESPE/SEDUC/AM/2013) Caso o risco de controle relativo a deter-

minada conta seja alto, os procedimentos substantivos forneçam pouca segurança

em relação à conta sob exame, e, por isso, seja adotada a amostragem de proba-

bilidade proporcional ao tamanho, o teste deverá proporcionar maior segurança e

o auditor especificará um alto risco de aceitação incorreta; por conseguinte, nessa

situação, o tamanho da amostra será maior.

Questão 22    (CESPE/AFTE/2013) A aplicação do método da amostragem é, em

geral, recomendada nos trabalhos de auditoria, exceto no caso de a população e a

amostra serem muito pequenas, no de a população ser grande e suas característi-

cas serem de difícil mensuração ou no de não haver necessidade de alta precisão.

Questão 23    (CESPE/TCU/2013) Recomenda-se o emprego de amostragem esta-

tística na auditoria, exceto em casos de amostra extensa, difícil mensuração das

características da população e desnecessidade de alta precisão.

Questão 24    (CESPE/FUB/2013) O exame de todos os documentos ou operações

pode ser desejável e adequado quando esses documentos ou operações forem

poucos e de valor unitário elevado, ou, também, quando houver risco relevante e

outros meios não oferecerem evidência de auditoria apropriada e suficiente.

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Questão 25    (CESPE/FUB/2013) Um depósito elevado além dos limites usuais, cre-

ditado na conta de uma empresa, incompatível com a sua atividade e a sua movi-

mentação, é considerado uma anomalia e deve levar o auditor a obter um alto grau

de certeza de que essa distorção ou desvio não seja representativo da população.

Questão 26    (CESPE/FUB/2013) No caso de um auditor se deparar com grandes

populações, deverá aumentar proporcionalmente o tamanho da amostra, para as-

segurar o mesmo grau de confiança que alcançaria no caso de uma população pe-

quena.

Questão 27    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) A amostragem estatística proba-

bilística não é recomendada quando os itens da população apresentam caracterís-

ticas homogêneas, caso em que se deve utilizar a amostragem por convenção ou

por julgamento.

Questão 28    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) Situação hipotética: Um auditor,

trabalhando sozinho na empresa auditada, decidiu avaliar quarenta processos. Para

selecionar os processos que seriam avaliados, ele retirou somente os dois primeiros

processos de cima de vinte pilhas sequenciadas, cada uma com dez processos, for-

madas por processos com conteúdos afins. Assertiva: Nesse caso, o auditor, ao va-

ler-se da seleção da amostra por conveniência, atendeu às regras vigentes, mesmo

com prejuízo de abster-se da aleatoriedade na obtenção dos itens.

Questão 29    (CESPE/TCE/PA/2016) A importância da amostragem estatística apli-

cada à auditoria reside no fato de que a amostra examinada é selecionada cienti-

ficamente, o que implica dizer que os resultados obtidos são considerados válidos

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para a população, isto é, para o conjunto dos dados existentes. O método permite,

assim, limitar a extensão dos testes realizados.

Questão 30    (CESPE/TRE/BA/2017) Em um trabalho de asseguração razoável, na

revisão dos papéis de trabalho de determinada conta contábil, o auditor supervisor

identificou que a conclusão do teste aplicado pelo auditor supervisionado menciona

o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra foi selecionada e sobre o qual

o auditor deseja concluir. Além disso, observou que foram testadas, por amostra-

gem estatística, apenas 15% das transações dessa conta.

Assim sendo, o auditor supervisionado extrapolou os limites da amostra ao

fazer inferência sobre o todo.

A partir da situação apresentada e considerando que na amostragem esta-

tística, mesmo quando se utiliza a abordagem baseada em risco e se testam

todas as áreas com alto risco de distorção relevante, o auditor só poderá

formar uma opinião sobre aqueles elementos que foram realmente testa-

dos, assinale a opção correta.

a) As análises que extrapolam a amostra dependem dos resultados obtidos a partir

da amostragem estatística; as análises de riscos não se sujeitam a essa dependên-

cia, sendo realizadas posteriormente à seleção amostral. Essa abordagem baseada

em risco direciona os esforços para áreas de alto risco, reduzindo a quantidade de

testes necessários.

b) Caso o auditor não consiga obter evidências de auditoria suficientes usando o

teste de reexecução (walkthrough), novas análises de risco poderão ser conside-

radas, mas fica prejudicada a utilização de outros procedimentos de amostragem.

c) Amostragem em auditoria consiste na aplicação dos procedimentos de auditoria

a todos os itens da população relevante para fins de auditoria, de forma que todas

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as unidades de amostragem tenham a mesma chance de ser selecionadas para

proporcionar uma base razoável que possibilite ao auditor obter conclusão sobre

toda a população.

d) Considerando-se o Manual de Auditoria Financeira do setor público federal, na

situação apresentada, a amostragem estatística é fundamental para que se obtenha

segurança razoável sobre todo o conjunto de elementos auditados a partir de uma

extrapolação dos resultados.

e) Ao contrário da amostragem estatística, a avaliação de risco preliminar é funda-

mental para permitir extrapolar os resultados da auditoria — obtidos para determi-

nada amostra — para todo o conjunto de informações da entidade.

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GABARITO
1.b 25.C

2.c 26.E

3.e 27.E

4.E 28.C

5.E 29.C

6.E 30.d

7.E

8.C

9.E

10.C

11.C

12.C

13.C

14.E

15.E

16.C

17.E

18.C

19.E

20.C

21.E

22.E

23.E

24.C

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (CESPE/TCE/TO/2009) Acerca dos procedimentos adotados pelos audi-

tores para a execução de seus trabalhos, assinale a opção correta.

a) Há uma relação direta entre o tamanho da amostra e a possibilidade de avalia-

ção do risco de controle em nível baixo demais.

b) Há uma relação inversa entre o tamanho da amostra e a taxa aceitável de des-

vios.

c) Há uma relação inversa entre o tamanho da amostra e a taxa esperada de des-

vios da população.

d) Ao se adotar amostragem sistemática, quando apenas um ponto de partida

aleatório é utilizado, o intervalo de amostragem pode ser determinado pela divisão

entre o tamanho da população e o valor da raiz quadrada do tamanho da amostra.

e) A amostragem aleatória simples, com o uso de tabelas de números aleatórios,

deverá ocorrer com a utilização de tabela de números sem reposição.

Letra b.

Quanto maior a taxa aceitável de desvios, menor será o tamanho da amos-

tra ou vice-versa – relação inversa.

a) Errada. A possibilidade de avaliação do risco de controle em nível bai-

xo demais corresponde ao risco de amostragem. Quanto maior o risco de

amostragem que o auditor está disposto a aceitar, menor será o tamanho

da amostra. Portanto, a relação é inversa.

c) Errada. Há uma relação direta entre o tamanho da amostra e a taxa

esperada de desvios da população. Quanto mais o auditor espera encontrar

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erros ou falhas nos controles a serem examinados, maior será o tamanho

da amostra.

d) Errada. Ao se adotar amostragem sistemática, o ponto de partida deve

ser alea- tório, mediante sorteio do 1º elemento, i. Os demais elementos

da amostra serão es- colhidos mediante um intervalo uniforme, k. Assim,

o segundo elemento será o que ocupa a posição i + k. O intervalo de amos-

tragem será determinado pela divisão entre o tamanho da população e o

tamanho da amostra. Se a população contém 1.000 elementos e a amostra

50 elementos, então o intervalo será 20 (1.000/50=20).

e) Errada. A amostragem aleatória simples, com o uso de tabelas de números

aleatórios, deverá ocorrer com a utilização de tabela de números com ou sem re-

posição.

Questão 2    (CESPE/SECGE/PE/2010) Um dos procedimentos empregados pela au-

ditoria é o dos exames parciais, também chamado de prova seletiva ou de amos-

tragem. Com relação à amostragem em auditoria, assinale a opção correta.

a) A amostragem estatística tem a vantagem de eliminar o julgamento do auditor,

maximizando o grau de confiança.

b) Na amostragem sistemática, o ponto de partida não deve ser escolhido aleato-

riamente.

c) A amostragem estratificada é indicada para casos em que a população é muito

heterogênea.

d) Na amostragem por conglomerados ou lotes, testam-se alguns itens de todos

os grupos da população.

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e) Pelo critério da seleção aleatória, a amostra é selecionada com base na intuição

do profissional.

Letra c.

A amostragem estratificada é indicada para casos em que a população é mui-

to heterogênea. Nesse caso, organiza-se a população em conjuntos denominados

estratos, contendo elementos com características semelhantes (homogêneas) de

modo que a variância do valor do item seja a menor possível dentro de cada estra-

to. Isso permite ao auditor extrair uma amostra menor em cada estrato, manten-

do-se o risco de amostragem constante.

a) Errada. A amostragem estatística não elimina o julgamento do auditor, mas

apenas o torna mais objetivo, maximizando o grau de confiança nos resultados.

O julgamento profissional será fundamental quando ao auditor aplica os procedi-

mentos sobre os itens selecionados na amostra e os julga quanto à existência de

distorção relevante ou não.

b) Errada. Em amostragem sistemática, o ponto de partida da contagem do inter-

valo para seleção dos itens deve ser escolhido aleatoriamente. Essa aleatoriedade

é que assegura a consistência do método de amostragem aplicado à auditoria.

d) Errada. O que ocorre na amostragem por conglomerados é o sorteio do conglo-

merado que será objeto de exame, portanto, não são testados todos os grupos da

população. Na amostragem por estratificação é que se testam alguns itens de todos

os grupos da população.

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e) Errada. Pelo critério da seleção aleatória, a amostra é selecionada de forma

randômica ou na sorte. A seleção com base na intuição do profissional do auditor é

a seleção por julgamento ou casual, aplicada em amostragem não estatística.

Questão 3    (CESPE/SAD/PE/ANALISTA/2009) A auditoria por amostragem baseia-

-se em testes que permitem ao auditor emitir juízo sobre a exatidão e a legitimi-

dade do que for examinado. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta.

a) A amostragem será integral quando todos os registros e documentos se subme-

terem ao exame do auditor.

b) O grau de confiança atribuído aos controles internos é irrelevante para a deter-

minação da abrangência da amostragem.

c) A existência de auditoria interna deve ser desconsiderada para efeito de deter-

minação do tamanho das amostras.

d) Para a conferência da existência física de certos bens patrimoniais, é indispen-

sável que o auditor tenha acompanhado a elaboração do inventário.

e) A profundidade do exame deve levar em conta a relevância de determinada

transação, seu valor e relação com o objetivo do exame.

Letra e.

A profundidade e a extensão do exame devem levar em conta a relevância de

determinada transação, seu valor e relação com o objetivo do exame.

a) Errada. A amostragem é parcial, se o exame é integral não é amostragem.

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b) Errada. O grau de confiança atribuído aos controles internos é relevante para a

determinação da abrangência da amostragem. Quanto maior a confiança, menor o

tamanho da amostra e vice-versa.

c) Errada. A existência de auditoria interna deve ser considerada para efeito de

determinação do tamanho das amostras. Se a entidade dispõe de auditoria interna

que funcione de forma eficaz, menor poderá ser o tamanho da amostra.

d) Errada. O auditor somente deve acompanhar a elaboração do inventário quan-

do os itens patrimoniais, como, por exemplo, do estoque de bens para revenda ou

consumo, possuem valor representativo no contexto do ativo total.

Questão 4    (CESPE/TJ/CE/2008) Nos trabalhos de auditoria executados no setor

público, é muito comum a utilização de amostragem não estatística, em que o audi-

tor se baseia em seu conhecimento da entidade e do setor, sua intuição e seu bom

senso. Nesse sentido, o auditor pode adotar procedimentos embasados em testes

sobre a totalidade da população, ou aplicar procedimentos a todos os itens de uma

população com uma característica particular, como, por exemplo, todas as compras

ou vendas com um determinado fornecedor ou cliente.

Errado.

De fato, é comum a aplicação da amostragem não estatística em auditoria do se-

tor público, cuja seleção dos elementos que compõem a amostra se dá em função

da experiência e do julgamento profissional do auditor. Contudo, não se considera

amostragem de auditoria a adoção de procedimentos embasados em testes sobre

a totalidade da população ou a aplicação de procedimentos a todos os itens de uma

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população com uma característica particular, como, por exemplo, todas as compras

ou vendas com um determinado fornecedor ou cliente.

Questão 5    (CESPE/MC/CONTÁBEIS/2008) No caso de amostragem estatística,

ao efetuar o planejamento da amostra, o auditor deve levar em consideração o

volume de transações que irá auditar, para que, em seguida, sejam aplicados os

procedimentos de auditoria sobre a amostra selecionada. No caso da amostragem

não estatística, o volume de transações não será considerado como parâmetro.

Errado.

De acordo com a norma de amostragem em auditoria, ao usar métodos de amos-

tragem estatística ou não estatística, a amostra selecionada pelo auditor deve ter

relação direta com o volume de transações realizadas pela entidade na área ou na

transação objeto de exame, como também com os efeitos nas posições patrimonial

e financeira da entidade e o resultado por ela obtido no período. Portanto, tanto

na amostragem não estatística quanto na estatística, o volume de transações será

considerado como parâmetro.

Questão 6    (CESPE/MC/CONTÁBEIS/2008) Os testes de observância utilizam a

amostragem com a finalidade de verificar a taxa de desvios aplicada a um determi-

nado tipo de controle. Sua aplicação relaciona-se aos procedimentos que irão servir

de base à valoração e à mensuração das transações ocorridas e também de seus

valores monetários. Para tanto, faz-se necessária a existência de uma trilha de

evidência documental referente ao procedimento de controle que se está testando.

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Errado.

A aplicação da amostragem em testes substantivos relaciona-se aos procedimentos

que irão servir de base à valoração e à mensuração das transações ocorridas e tam-

bém de seus valores monetários. Os testes de observância ou de controle visam

aferir a taxa de desvio de um atributo dos controles.

A segunda parte do item está certa, pois para se aplicar a amostragem aos testes

de observância, faz-se necessária a existência de uma trilha de evidência documen-

tal referente ao procedimento de controle que se está testando. Caso os controles

fossem informatizados, seriam utilizadas técnicas de auditoria computadorizadas

para testar os controles e não a amostragem.

Questão 7    (CESPE/MC/CONTÁBEIS/2008) A amostragem clássica de variáveis

não é uma metodologia possível de ser aplicada nos testes substantivos, uma vez

que aquela tem como base a teoria da distribuição normal para avaliar a população

da conta que está sendo auditada. Nessa técnica de amostragem, podem-se adotar

três critérios: média por unidade, diferença e quociente.

Errado.

A amostragem clássica de variáveis é uma metodologia possível de ser aplicada nos

testes substantivos, para aferir um valor monetário da população, tendo como base

a teoria da distribuição normal para avaliar a população da conta que está sendo

auditada. Portanto, o erro do item reside na afirmação de que esse tipo de amos-

tragem não pode ser aplicado nos testes substantivos.

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A segunda parte do item está certa. Na amostragem clássica de variáveis, é pos-

sível adotar três critérios: média por unidade, diferença e quociente. Todas elas

exigem a determinação da quantidade total de unidades na população e um valor

de auditoria para item na amostra. Por exemplo, o critério da média por unidade,

denominado amostragem MPU, envolve determinação de um valor para cada item

da amostra. Uma média é então calculada e multiplicada pela quantidade de uni-

dades na população para obtenção de uma estimativa do valor total da população.

Questão 8    (CESPE/TCE/RN/INSPETOR/2009) Os procedimentos da amostragem

por julga- mento são largamente difundidos, ainda que possam ser considerados

teoricamente falhos, por determinadas razões, entre as quais inclui-se a impossibi-

lidade de os auditores estimarem quantitativamente o risco que assumem.

Certo.

A amostragem por julgamento (não estatística) é muito utilizada em auditoria,

todavia, apresenta algumas desvantagens quando comparada com a amostragem

estatística, dentre as quais, a impossibilidade de os auditores estimarem quanti-

tativamente o risco que assumem. O risco de amostragem acaba sendo maior e

dimensionado de forma subjetiva pelo auditor.

Questão 9    (CESPE/TRE/ES/ANALISTA/2010) A amostragem estratificada, proce-

dimento adotado pela auditoria, é indicada para o exame de contas cujos valores

individuais apresentam pequenas diferenças. Assim, valores similares são distribu-

ídos pelos diversos estratos, para que cada grupo reflita as disparidades da popu-

lação.

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Errado.

A estratificação é usada quando do exame de itens cujo valor apresenta grande

variedade. Portanto, existe erro na afirmação de que a amostragem estratificada

é indicada para o exame de contas cujos valores individuais apresentam pequenas

diferenças.

Na estratificação, há a necessidade de estabelecer estratos de modo que a vari-

ância do valor do item seja a menor possível dentro de cada estrato. Os estratos

devem conter itens com valores similares. Assim, existe outro erro na afirmação de

que cada grupo deve refletir as disparidades da população.

Questão 10    (CESPE/TCDF/ACE/2012) Embora a amostra seja selecionada cienti-

ficamente e o emprego da amostragem estatística seja recomendável quando os

itens da população apresentem características homogêneas, permanece a possibi-

lidade de a conclusão obtida com base na amostragem ser diferente daquela que

seria conseguida se 100% da população fosse examinada pelo mesmo procedimen-

to de auditoria.

Certo.

Ao se utilizar a amostragem, sempre haverá um risco de que o auditor chegue a

uma conclusão diferente da que chegaria se examinasse a população como um

todo. Esse é o risco de amostragem, que será definido pelo auditor em um patamar

ou grau aceitável.

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Questão 11    (CESPE/TCE/ES/2012) Caso se verifique, na avaliação dos resultados

de uma amostra, mediante o emprego do teste de controle, que a taxa de desvios

da amostra é maior que a taxa tolerável de desvio, então a amostragem seleciona-

da é falha.

Certo.

A taxa tolerável ou aceitável de desvios é a taxa máxima de não atendimento (não

conformidade) em um controle que o auditor está disposto a aceitar, sem alterar o

risco de controle planejado.

Quando a taxa de desvios da amostra e para a população supera a taxa tolerável de

desvios, o auditor pode concluir que o risco de amostragem era inaceitável e, ao re-

duzi-lo, deve ampliar a amostra, selecionando mais elementos para exame, refa-

zendo o teste. Nesse sentido, é que se pode afirmar que a amostragem foi falha.

Questão 12    (CESPE/ANAC/2012) O erro aceitável e o risco de amostragem são

inversamente proporcionais ao tamanho da amostra.

Certo.

Quanto maior o erro aceitável ou tolerável, menor será o tamanho da amostra. Por

outro lado, quanto maior o risco de amostragem definido e aceito pelo auditor, me-

nor será ou poderá ser o tamanho da amostra.

Questão 13    (CESPE/ANAC/2012) A redução do tamanho da amostra não implica

necessariamente aumento do risco de amostragem.

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Certo.

Em regra, se o auditor reduz o tamanho da amostra, maior será o risco de amostra-

gem. Contudo, existe exceção a essa regra, como, por exemplo, quando o auditor

estratifica a população, conseguindo assim reduzir o tamanho da amostra, manten-

do o risco de amostragem constante.

Questão 14    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Na aplicação de testes de contro-

les, o risco de amostragem pode indicar conclusões incorretas, ao evidenciar uma

distorção relevante, que, na verdade, inexiste.

Errado.

Na aplicação de testes de controles, o risco de amostragem pode indicar conclusões

incorretas quanto ao risco de controle. Em outras palavras, o auditor pode chegar

à conclusão de que os controles são adequados, quando, na realidade, não são, ou

de que os controles não são adequados, quando, na realidade, são.

Na aplicação de testes substantivos, é que o risco de amostragem que pode indicar

conclusões incorretas, ao evidenciar uma distorção relevante, que, na verdade,

inexiste.

Questão 15    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Em auditoria, quando a popula-

ção é muito grande, deve-se realizar a amostragem, que é a aplicação de procedi-

mentos exclusivamente estatísticos na totalidade da população para a seleção de

uma amostra representativa do estudo.

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Errado.

Existem dois erros no item. A amostragem não é a aplicação de procedimentos ex-

clusivamente estatísticos, pois a amostragem pode ser não estatística. O outro erro

está na aplicação de procedimentos na totalidade da população. A amostragem

consiste em um teste aplicado sobre uma parte da população (amostra).

Questão 16    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Considere que uma carteira de

clientes de uma instituição financeira seja composta pelas classes ouro, prata, co-

bre e lata. Para que a auditoria realizada nessa instituição possa avaliar a gestão de

riscos dos financiamentos concedidos, é mais adequado empregar a amostragem

estratificada em função das classes de clientes, o que terá maior probabilidade de

aumentar a eficiência do trabalho, desde que as subpopulações sejam distintas e

cada classe possua características similares.

Certo.

O objetivo da estratificação é o de reduzir a variabilidade dos itens de cada estrato

e, portanto, permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o ris-

co de amostragem. Portanto, a estratificação da carteira de clientes em função das

classes de clientes terá maior probabilidade de aumentar a eficiência do trabalho.

Quando uma população for estratificada, os estratos conterão elementos homogê-

neos (características similares) e os estratos ou subpopulações serão distintos.

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Questão 17    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) A taxa de desvio da amostra,

apesar de não representar a estimativa da verdadeira taxa de desvio da população,

é uma das análises mais empregadas na prática, sendo calculada pelo quociente

entre a quantidade de desvios amostrais e a quantidade de desvios calculados da

população.

Errado.

William Boynton e outros ensinam que, para cada controle testado, o auditor cal-

cula uma taxa de desvios da amostra, sendo calculada pelo quociente da divisão

entre a quantidade de desvios e o tamanho da amostra examinada. Por exemplo,

se a amostra contém 100 elementos e o auditor encontrou 15 desvios, a taxa é de

desvios da amostra é de 15%. Essa taxa é a melhor estimativa da verdadeira taxa

de desvios da população a que o auditor pode chegar.

Logo, existem dois erros no item. O primeiro erro está na afirmação de que a taxa

de desvio da amostra não representa a estimativa da verdadeira taxa de desvio da

população. O segundo erro está na forma de cálculo da taxa de desvio, pois não é

calculada pelo quociente entre a quantidade de desvios amostrais e o tamanho da

amostra.

Questão 18    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) O risco de amostragem está re-

lacionado, entre outras hipóteses, com a possibilidade de que uma amostra tenha

sido selecionada com base em critérios estatísticos corretos, mas que não é ade-

quada para representar a população.

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Certo.

Em amostragem estatística aplicada à auditoria, sempre há um risco de que não

seja correta a inferência a partir da amostra, a menos que os auditores examinem

100% de uma população (ou seja, faça um censo e não uma amostragem). O risco

de amostragem é definido como sendo a ameaça de que uma inferência ou conclu-

são tirada de uma amostra seja incorreta, pois a amostra é muito pequena ou não

é, de alguma forma, representativa das características existentes na população.

Questão 19    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Um auditor deve se ater aos as-

pectos quantitativos dos desvios amostrais obtidos nas amostragens estatísticas,

uma vez que os desvios causados por aspectos qualitativos são pouco relevantes

para a auditoria.

Errado.

Ao avaliar os resultados da amostragem aplicada a testes de controles, o auditor

considera não só os aspectos quantitativos, mas também qualitativos de desvios,

para determinar a sua natureza e causas. Desvios podem resultar de fatores tais

como um empregado novo, um empregado em férias, mal entendimento de instru-

ções, incompetência, falta de cuidado e violação intencional. O auditor deve procu-

rar determinar se as falhas de controle foram intencionais, o que poderia ser um in-

dício de fraude. Outra consideração é se as falhas foram aleatórias ou sistemáticas.

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Questão 20    (CESPE/CNJ/2013) Considere que, na determinação da quantidade de

processos licitatórios a serem analisados em uma auditoria, o auditor tenha deter-

minado o nível de confiança estatística em 95% e um erro tolerável de 5%, com

emprego da amostragem aleatória simples. Nessa situação, durante o processo

de revisão, se a supervisão da equipe de auditoria sugerir reduzir o erro tolerável,

será necessário aumentar o tamanho da amostra, mantendo-se o mesmo nível de

significância.

Certo.

Existe uma relação inversa entre o erro tolerável e o tamanho da amostra. Portan-

to, durante o processo de revisão, se a equipe de auditoria reduzir o erro tolerável,

será necessário aumentar o tamanho da amostra, mantendo-se o mesmo nível de

significância, dado que o risco de amostragem de 5% foi mantido.

Questão 21    (CESPE/SEDUC/AM/2013) Caso o risco de controle relativo a deter-

minada conta seja alto, os procedimentos substantivos forneçam pouca segurança

em relação à conta sob exame, e, por isso, seja adotada a amostragem de proba-

bilidade proporcional ao tamanho, o teste deverá proporcionar maior segurança e

o auditor especificará um alto risco de aceitação incorreta; por conseguinte, nessa

situação, o tamanho da amostra será maior.

Errado.

O Cespe utilizou alguns termos na questão para tentar confundir os candidatos,

como amostragem de probabilidade proporcional ao tamanho e risco de aceitação

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incorreta. A amostragem de probabilidade proporcional ao tamanho (amostragem


PPT) é uma metodologia de amostragem aplicada a testes substantivos. Já o risco
de aceitação incorreta é um tipo de risco de amostragem em teste substantivo.
Feitos os esclarecimentos, vale notar que, se o risco de controle relativo a deter-
minada conta é alto, o teste substantivo deverá proporcionar maior segurança, já
que o auditor sabe que os controles internos são falhos. Assim, o auditor especifi-
cará um baixo risco de amostragem a ser aceito e, por conseguinte, o tamanho da
amostra será maior. Pelo exposto, somente há um erro no item. Se o tamanho da
amostra é maior, o risco de amostragem (risco de aceitação incorreta) será baixo,
e vice-versa.

Questão 22    (CESPE/AFTE/2013) A aplicação do método da amostragem é, em


geral, recomendada nos trabalhos de auditoria, exceto no caso de a população e a
amostra serem muito pequenas, no de a população ser grande e suas característi-
cas serem de difícil mensuração ou no de não haver necessidade de alta precisão.

Errado.
Existem casos em que não se recomenda a utilização de amostragem,
tais como:
• quando a população é considerada muito pequena e a sua amostra fica rela-
tivamente grande;
• quando as características da população são de fácil mensuração, mesmo que
a população não seja pequena; e
• quando há necessidade de alta precisão recomenda-se fazer censo, que nada

mais é do que o exame da totalidade da população.

Portanto, o item apresenta três erros.

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Questão 23    (CESPE/TCU/2013) Recomenda-se o emprego de amostragem esta-

tística na auditoria, exceto em casos de amostra extensa, difícil mensuração das

características da população e desnecessidade de alta precisão.

Errado.

Repare que a questão é praticamente a mesma que caiu na prova de AFTE.

Recomenda-se o emprego de amostragem em auditoria, exceto:

• quando a população é considerada muito pequena e a sua amostra fica rela-

tivamente grande/extensa;

• quando as características da população são de fácil mensuração, mesmo que

a população não seja pequena; e

• quando há necessidade de alta precisão.

Portanto, de forma semelhante à questão anterior, o item também apresenta três

erros.

Questão 24    (CESPE/FUB/2013) O exame de todos os documentos ou operações

pode ser desejável e adequado quando esses documentos ou operações forem

poucos e de valor unitário elevado, ou, também, quando houver risco relevante e

outros meios não oferecerem evidência de auditoria apropriada e suficiente.

Certo.

O exame integral ou de 100% da população é apropriado quando: a população

contém pequena quantidade de itens de valor alto; existe um risco significativo e

outros meios não fornecem evidência de auditoria suficiente e apropriada; e po-

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dem ser usadas técnicas de auditoria assistidas por computador em uma população

maior para testar eletronicamente um cálculo repetitivo ou outro processo.

Questão 25    (CESPE/FUB/2013) Um depósito elevado além dos limites usuais, cre-

ditado na conta de uma empresa, incompatível com a sua atividade e a sua movi-

mentação, é considerado uma anomalia e deve levar o auditor a obter um alto grau

de certeza de que essa distorção ou desvio não seja representativo da população.

Certo.

O depósito elevado além dos limites usuais pode ser considerado um caso isolado,

denominado de anomalia, caso o auditor obtenha um alto grau de certeza de que

essa distorção ou desvio não seja representativo da população. As anomalias não

devem ser consideradas para a projeção de distorções na população.

Questão 26    (CESPE/FUB/2013) No caso de um auditor se deparar com grandes

populações, deverá aumentar proporcionalmente o tamanho da amostra, para as-

segurar o mesmo grau de confiança que alcançaria no caso de uma população pe-

quena.

Errado.

Para grandes populações, o tamanho real da população tem pouco efeito, se hou-

ver, no tamanho da amostra. Logo, o aumento no tamanho da amostra não é ne-

cessário para se assegurar o mesmo grau de confiança que alcançaria no caso de

uma população pequena.

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Questão 27    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) A amostragem estatística proba-

bilística não é recomendada quando os itens da população apresentam caracterís-

ticas homogêneas, caso em que se deve utilizar a amostragem por convenção ou

por julgamento.

Errado.

Na primeira parte, houve redundância no termo amostragem estatística probabilís-

tica. O erro maior está na segunda parte ao afirmar que a amostragem estatística

não é recomendada quando os itens da população apresentam características ho-

mogêneas.

Questão 28    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) Situação hipotética: Um auditor,

trabalhando sozinho na empresa auditada, decidiu avaliar quarenta processos. Para

selecionar os processos que seriam avaliados, ele retirou somente os dois primeiros

processos de cima de vinte pilhas sequenciadas, cada uma com dez processos, for-

madas por processos com conteúdos afins. Assertiva: Nesse caso, o auditor, ao va-

ler-se da seleção da amostra por conveniência, atendeu às regras vigentes, mesmo

com prejuízo de abster-se da aleatoriedade na obtenção dos itens.

Certo.

Questão interessante! A diferença entre a seleção direcionada (não amostragem)

e a seleção por julgamento ou conveniência (amostragem não estatística) é que,

nesta última, o auditor utiliza o seu critério próprio para selecionar os itens que

comporão a amostra, mas não em virtude de uma característica específica (na-

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tureza, valor etc.). Na situação hipotética apresentada no item, o auditor retirou

somente os dois primeiros processos de cima de vinte pilhas sequenciadas, cada

uma com dez processos, formadas por processos com conteúdos afins. Logo, usou

da seleção por conveniência, baseado em critério próprio, que é válido para amos-

tragem, desde que o auditor assegure todos os itens de terem a mesma chance de

serem selecionados, mesmo com prejuízo de abster-se da aleatoriedade na obten-

ção dos itens.

Questão 29    (CESPE/TCE/PA/2016) A importância da amostragem estatística apli-

cada à auditoria reside no fato de que a amostra examinada é selecionada cienti-

ficamente, o que implica dizer que os resultados obtidos são considerados válidos

para a população, isto é, para o conjunto dos dados existentes. O método permite,

assim, limitar a extensão dos testes realizados.

Certo.

Amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada cientificamente

com a finalidade de que os resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto

de acordo com a teoria da probabilidade ou as regras estatísticas. O emprego de

amostragem estatística é recomendável quando os itens da população apresentam

características homogêneas.

Questão 30    (CEBRASPE/TRE/BA/2017) Em um trabalho de asseguração razoável,

na revisão dos papéis de trabalho de determinada conta contábil, o auditor su-

pervisor identificou que a conclusão do teste aplicado pelo auditor supervisionado

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menciona o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra foi selecionada e

sobre o qual o auditor deseja concluir. Além disso, observou que foram testadas,

por amostragem estatística, apenas 15% das transações dessa conta.

Assim sendo, o auditor supervisionado extrapolou os limites da amostra ao

fazer inferência sobre o todo.

A partir da situação apresentada e considerando que na amostragem esta-

tística, mesmo quando se utiliza a abordagem baseada em risco e se testam

todas as áreas com alto risco de distorção relevante, o auditor só poderá

formar uma opinião sobre aqueles elementos que foram realmente testa-

dos, assinale a opção correta.

a) As análises que extrapolam a amostra dependem dos resultados obtidos a partir

da amostragem estatística; as análises de riscos não se sujeitam a essa dependên-

cia, sendo realizadas posteriormente à seleção amostral. Essa abordagem baseada

em risco direciona os esforços para áreas de alto risco, reduzindo a quantidade de

testes necessários.

b) Caso o auditor não consiga obter evidências de auditoria suficientes usando o

teste de reexecução (walkthrough), novas análises de risco poderão ser conside-

radas, mas fica prejudicada a utilização de outros procedimentos de amostragem.

c) Amostragem em auditoria consiste na aplicação dos procedimentos de auditoria

a todos os itens da população relevante para fins de auditoria, de forma que todas

as unidades de amostragem tenham a mesma chance de ser selecionadas para

proporcionar uma base razoável que possibilite ao auditor obter conclusão sobre

toda a população.

d) Considerando-se o Manual de Auditoria Financeira do setor público federal, na

situação apresentada, a amostragem estatística é fundamental para que se obte-

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nha segurança razoável sobre todo o conjunto de elementos auditados a partir de

uma extrapolação dos resultados.

e) Ao contrário da amostragem estatística, a avaliação de risco preliminar é funda-

mental para permitir extrapolar os resultados da auditoria — obtidos para determi-

nada amostra — para todo o conjunto de informações da entidade.

Letra d.

Questão grande, mas de solução simples! Independentemente do conteúdo do Ma-

nual de Auditoria Financeira do Setor Público Federal, publicado pelo Tribunal de

Contas da União, na situação apresentada no enunciado da questão, a amostragem

estatística é fundamental para que se obtenha segurança razoável sobre todo o

conjunto de elementos auditados a partir de uma extrapolação dos resultados.

a) Errada. A primeira parte está correta, pois as análises que extrapolam a amos-

tra dependem dos resultados obtidos a partir da amostragem estatística. A segun-

da parte apresenta erro, pois as análises de riscos se sujeitam a essa dependência,

sendo realizadas anteriormente à seleção amostral.

b) Errada. Segundo o Manual de Auditoria Financeira do Setor Público Federal,

o teste de reexecução de controle (walkthrough) é um teste de reconstrução que

envolve o rastreamento, do início ao fim, de algumas transações pelo sistema de

controle como um todo. De acordo com o manual, se o auditor não conseguir ob-

ter evidência de auditoria suficiente usando o teste de reexecução (walkthrough),

podem ser usados procedimentos de amostragem para testar itens individuais.

A amostra pode ser desenhada para testar somente controles (teste de único pro-

pósito) ou também para testes substantivos (testes de duplo propósito).

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c) Errada. Amostragem em auditoria consiste na aplicação dos procedimentos de

auditoria a uma parte dos itens da população, e não sobre a totalidade, para fins

de auditoria, de forma que todas as unidades de amostragem tenham a mesma

chance de ser selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite ao

auditor obter conclusão sobre toda a população.

e) Errada. Tanto na amostragem estatística quanto em outro método, a avaliação

de risco preliminar é fundamental para definição da extensão dos procedimentos,

incluindo o tamanho da amostra, para permitir extrapolar os resultados da audito-

ria — obtidos para determinada amostra — para todo o conjunto de informações

da entidade.

Fim.

Bons estudos e até a última aula de nosso curso!

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