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CFC

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE

AUDITORIA CONTÁBIL
CONCEITO E APLICAÇÃO DA AUDITORIA CONTÁBIL.
ESTRUTURA CONCEITUAL PARA
TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

Livro Eletrônico
MARCELO ARAGÃO

Auditor Federal de Controle Externo do TCU


desde 2006. Foi Analista de Finanças e Controle
do Sistema de Controle Interno do Poder Exe-
cutivo Federal (SCI) durante 14 anos. No Tribu-
nal, exerce atualmente a função de Ouvidor e já
ocupou, entre outras, as funções de assessor do
Secretário-Geral de Controle Externo, coorde-
nador do projeto Controle Externo do Mercosul,
chefe do Serviço de Coordenação de Redes de
Controle, coordenador das Ações de Controle
sobre os projetos da Copa do Mundo FIFA 2014
e secretário de Controle Externo no estado de
Alagoas. É professor das disciplinas Controle
Interno e Externo e Auditoria Geral e Governa-
mental em diversas instituições de ensino. Além
disso, é autor de dois livros de auditoria pela
editora Método. Graduado em Administração
pela Universidade Federal Fluminense, possui
especialização em Administração Pública (FGV)
e Auditoria Interna e Controle Governamental
(ISC/CEFOR).

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AUDITORIA CONTÁBIL
Conceito e Aplicação da Auditoria Contábil.
Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração
Prof. Marcelo Aragão

Apresentação do Professor............................................................................5
Apresentação do Conteúdo e da Metodologia do Curso......................................6
Conceito e Aplicação da Auditoria Contábil. Estrutura Conceitual para Trabalhos
de Asseguração......................................................................................... 10
Conceito e Aplicação da Auditoria Contábil.................................................... 10
Tipos de Auditoria: Auditoria Interna e Auditoria Externa................................ 13
Auditoria Interna....................................................................................... 13
Auditoria Externa...................................................................................... 14
Cooperação entre a Auditoria Externa e a Auditoria Interna............................. 15
Independência.......................................................................................... 16
Surgimento.............................................................................................. 17
Enfoques e Responsabilidade do Auditor....................................................... 17
Formação Acadêmica ................................................................................ 18
Fraudes e Erros......................................................................................... 19
Responsabilidade quanto aos Controles Internos............................................ 20
Extensão dos Trabalhos.............................................................................. 20
Metodologia de Trabalho............................................................................. 21
Comunicação de Resultados e Relatórios de Auditoria..................................... 22
Estrutura Conceitual de Trabalhos de Asseguração......................................... 24
Expectativas dos Usuários e Níveis de Asseguração........................................ 26
Níveis ou Tipos de Asseguração................................................................... 30
Trabalhos de Atestação e Trabalhos Diretos................................................... 30
Elementos de um Trabalho de Asseguração................................................... 31
Relatório de Trabalho que Não é de Asseguração............................................ 39
Princípios Éticos........................................................................................ 40

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Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração
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Integridade............................................................................................... 41
Objetividade............................................................................................. 42
Competência e Zelo Profissionais................................................................. 42
Sigilo Profissional...................................................................................... 43
Comportamento Profissional........................................................................ 45
Normas de Controle de Qualidade, Controle de Qualidade da Auditoria de
Demonstrações Contábeis........................................................................... 48
Normas Vigentes de Controle Interno de Qualidade na Auditoria das
Demonstrações Contábeis (NBC PA 01 e NBC TA 220).................................... 50
Objetivo do Auditor.................................................................................... 51
Definições Importantes Constantes da NBC PA 01.......................................... 51
Elementos do Sistema de Controle de Qualidade............................................ 54
Responsabilidade da Liderança pela Qualidade na Firma.................................. 55
Exigências Éticas Relevantes....................................................................... 55
Aceitação e Continuidade do Relacionamento com Clientes e de Trabalhos
Específicos................................................................................................ 58
Recursos Humanos.................................................................................... 58
Execução do Trabalho................................................................................. 58
Monitoramento das Políticas e Procedimentos de Controle de Qualidade
da Firma.................................................................................................. 60
Avaliação, Comunicação e Correção de Deficiência Identificada........................ 60
Reclamações e Alegações........................................................................... 62
Norma de Revisão Externa pelos Pares......................................................... 62
Resumo.................................................................................................... 67
Mapas Mentais.......................................................................................... 72
Questões de Concurso................................................................................ 74
Gabarito................................................................................................... 91
Gabarito Comentado.................................................................................. 92
Referências............................................................................................. 126

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Conceito e Aplicação da Auditoria Contábil.
Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração
Prof. Marcelo Aragão

Olá, caro(a) aluno(a)!

Estamos iniciando o curso de Auditoria Contábil, em parceria com o Gran Cursos

Online, preparatório exame de suficiência do Conselho Federal de Contabilidade.

Será um curso completo, com teoria, dicas importantes e bateria de questões de

várias bancas, já que não há uma grande quantidade de questões de auditoria de

demonstrações contábeis elaborada pela banca responsável pelo certame passado.

Vale ressaltar que geralmente são duas ou três questões de auditoria contábil

que figuram na prova do CFC. Em que pese a quantidade de questões de auditoria

não ser significativa, o edital exige o estudo de praticamente todas as normas de

auditoria independente das demonstrações.

Vamos fazer o melhor para que você tenha um excelente desempenho em audi-

toria e faça a diferença na prova!

Apresentação do Professor
Inicialmente, peço licença para uma breve apresentação pessoal.

Meu nome é Marcelo Chaves Aragão e sou formado em Administração pela

Universidade Federal Fluminense, com especialização em Administração Pública

na Fundação Getúlio Vargas e em Auditoria Interna e Controle Governamental no

Instituto Serzedello Corrêa.

Possuo experiência de 10 anos de trabalho no setor privado, nas áreas de admi-

nistração e finanças, e de aproximadamente 26 anos no setor público, na área de

controle e auditoria governamental.


Durante 14 anos fui Analista de Finanças e Controle do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal, onde exerci várias funções de direção na Se-
cretaria Federal de Controle Interno e na Controladoria-Geral da União.

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Desde 2006, sou Auditor Federal de Controle Externo no Tribunal de Contas da


União, já tendo exercido várias funções gerenciais, as últimas como Secretário do
Tribunal de Contas da União no Estado de Alagoas e Chefe de Assessoria da Ouvi-
doria do TCU – ouvidor.
Sou instrutor formado pela ESAF e pelo ISC/TCU e coordenei a disciplina audi-
toria em cursos de formação e de progressão da carreira de finanças e controle na
ESAF. Tenho lecionado as disciplinas auditoria pública e privada, controle interno e
controle externo na administração pública em cursos preparatórios para concursos
públicos em várias instituições de ensino, e em cursos de treinamento profissional
e de pós-graduação.
Tenho dois livros de auditoria publicados pela Editora Método e lancei, recente-
mente, uma nova obra em conjunto com professores de outras disciplinas intitulada
Questões Discursivas Comentadas – Tribunal de Contas.

Apresentação do Conteúdo e da Metodologia do Curso


O curso será ministrado em 9 aulas, divididas pelos assuntos do edital passado,

da seguinte forma:

AULA ASSUNTOS
Conceito e Aplicação da Auditoria Contábil: Conceitos. Objetivo e finalidade da auditoria.
Tipos de Auditoria. Auditoria interna. Auditoria externa.
Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração: Descrição dos trabalhos de assegura-
ção. Trabalho de atestação e trabalho direto. Trabalho de asseguração razoável e trabalho
1 de asseguração limitada. Abrangência da estrutura conceitual. Relatório de trabalho que
não é de asseguração.
Princípios éticos.
Normas de controle de qualidade. Controle de qualidade da auditoria de demonstrações
contábeis.

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Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria.


Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade
com Normas de Auditoria: Auditoria de demonstrações contábeis. Objetivos gerais do audi-
2
tor. Requisitos éticos relacionados à auditoria de demonstrações contábeis, Ceticismo pro-
fissional. Julgamento profissional, Evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de
auditoria, Condução da auditoria.
Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis: Papel e oportunidade do plane-
jamento. Envolvimento de membros-chave da equipe de trabalho. Atividades preliminares
do trabalho de auditoria. Atividades de planejamento. Documentação. Considerações adi-
cionais em auditoria inicial.
Trabalhos Iniciais – Saldos Iniciais.
3
Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria.
Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento
da Entidade e do seu Ambiente: Procedimentos de avaliação de risco e atividades rela-
cionadas. Entendimento necessário da entidade e de seu ambiente, inclusive do controle
interno. Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante. Documentação.
Avaliação das distorções identificadas durante a auditoria.
Documentação de Auditoria.
Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude, no Contexto da Auditoria de Demons-
trações Contábeis: Características da fraude e Responsabilidade pela prevenção e detecção
de fraude. Ceticismo profissional, discussão entre a equipe de trabalho, Procedimentos de
4 avaliação de riscos e atividades relacionadas, Identificação e avaliação dos riscos de distor-
ção relevante decorrente de fraude, Respostas aos riscos avaliados de distorção relevante
decorrente de fraude, Avaliação da evidência de auditoria, Auditor sem condições de con-
tinuar o trabalho, Representações da administração, Comunicações à administração e aos
responsáveis pela governança, Comunicações às autoridades reguladoras e de controle.
Documentação.
Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados.
Procedimentos Analíticos: Definição dos procedimentos analíticos. Procedimentos analíti-
cos substantivos. Procedimentos analíticos que auxiliam na formação da conclusão geral.
5
Exame dos resultados de procedimentos analíticos.
Confirmações Externas.
Procedimentos de auditoria.
6 Amostragem em Auditoria
Auditoria de Estimativas Contábeis, Inclusive do Valor Justo, e Divulgações Relacionadas.
Eventos Subsequentes.
7
Continuidade Operacional.
Representações Formais.

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Consideração de Leis e Regulamentos na Auditoria de Demonstrações Contábeis.


Comunicação com os Responsáveis pela Governança.
Comunicação de Deficiências de Controle Interno.
8
Partes Relacionadas.
Utilização do Trabalho de Auditoria Interna.
Utilização do Trabalho de Especialistas.
Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as Demons-
trações Contábeis: Formação da opinião sobre as demonstrações contábeis. Forma da opi-
nião. Relatório do auditor independente. Informações suplementares apresentadas com
as demonstrações contábeis. Aspectos qualitativos das políticas contábeis da entidade.
Políticas contábeis divulgadas apropriadamente nas demonstrações contábeis. Informa-
ções apresentadas nas demonstrações contábeis são relevantes, confiáveis, comparáveis e
compreensíveis. Divulgação do efeito de transações e eventos relevantes sobre as informa-
ções apresentadas nas demonstrações contábeis. Avaliação se as demonstrações contábeis
alcançam apresentação adequada. Descrição da estrutura de relatório financeiro aplicável.
Modificações na Opinião do Auditor Independente: Tipos de opinião modificada. Circuns-
tâncias em que é necessário modificar a opinião do auditor. Determinação do tipo de modi-
ficação na opinião do auditor. Forma e conteúdo do relatório do auditor com opinião modi-
ficada. Comunicação com os responsáveis pela governança.
Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no Relatório do Auditor Indepen-
dente: Parágrafos de ênfase no relatório do auditor independente. Comunicação com os
9
responsáveis pela governança. Relação entre parágrafos de ênfase e principais assuntos
de auditoria no relatório do auditor independente. Circunstâncias em que um parágrafo de
ênfase pode ser necessário. Inclusão de parágrafo de ênfase no relatório do auditor inde-
pendente. Parágrafos de outros assuntos no relatório do auditor independente. Localização
dos parágrafos de ênfase e parágrafos de outros assuntos no relatório do auditor indepen-
dente. Comunicação com os responsáveis pela governança.
Informações Comparativas – Valores Correspondentes e Demonstrações Contábeis Com-
parativas.
Responsabilidade do Auditor em Relação a Outras Informações.
Auditorias de Demonstrações Contábeis Elaboradas de Acordo com Estruturas Conceituais
de Contabilidade para Propósitos Especiais.
Auditoria de Quadros Isolados das Demonstrações Contábeis e de Elementos, Contas ou
Itens Específicos das Demonstrações Contábeis.
Auditorias de Demonstrações Contábeis de Grupos, incluindo o Trabalho dos Auditores dos
Componentes.

Como dito, o curso será completo com teoria e exercícios, contendo a solução

de questões de provas aplicadas em concursos anteriores. Em todas as aulas, dada

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a pequena quantidade de questões de auditoria contábil da banca organizadora

do exame passado, também aproveitamos questões elaboradas por outras bancas

mais experimentadas, como FCC, FGV, CEBRASPE e VUNESP.

Para facilitar o aprendizado e a memorização, ao final de cada bloco ou aula fa-

remos a sistematização do conteúdo utilizando mapas mentais e resumos.

Por fim, anoto que ao final desta aula constam as principais referências biblio-

gráficas que utilizei para elaborar o curso e que, a meu ver, também serão adotadas

pela banca examinadora.

Feitas as apresentações e orientações relevantes, daremos início à nossa aula.

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CONCEITO E APLICAÇÃO DA AUDITORIA CONTÁBIL. ESTRU-


TURA CONCEITUAL PARA TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO
Conceito e Aplicação da Auditoria Contábil
Hilário Franco e Ernesto Marra, em Auditoria Contábil, ensinam que a auditoria

compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de

informações e confirmações, internas e externas, relacionadas com o controle do

patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações

contábeis deles decorrentes.

Os mesmos autores consideram que a auditoria é a técnica contábil utilizada

para avaliar as informações relativas à estrutura e à composição do patrimônio de

uma entidade e, portanto, apresentam a seguinte definição para auditoria:

A técnica contábil que – através de procedimentos específicos que lhe são peculiares,
aplicados no exame de registros e documentos, inspeções, e na obtenção de infor-
mações e confirmações, relacionados com o controle de patrimônio de uma entidade
– objetiva obter elementos de convicção que permitam julgar se os registros contábeis
foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais e normas de Contabilidade
e se as demonstrações contábeis deles decorrentes refletem adequadamente a situação
econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado
e as demais situações nelas demonstradas.

Logo, podemos concluir que a auditoria é um dos meios de que a contabilidade

dispõe para atingir suas finalidades.

O objeto da contabilidade é o patrimônio administrado. A auditoria, sendo um

dos meios utilizados pela Contabilidade, tem o mesmo objeto: o patrimônio, espe-

cificamente no tange ao seu controle e às informações sobre o seu estado e varia-

ções.

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Como meios para atingir os seus fins, a Contabilidade utiliza o registro dos fatos

contábeis, a exposição sintética da situação patrimonial e suas variações, por meio

das demonstrações contábeis e, complementarmente, a técnica auditorial destina-

da a comprovar os fatos registrados e suas demonstrações.

A auditoria completa e valoriza a contabilidade, pois:

• fiscaliza o controle do objeto comum – o patrimônio;

• confirma a confiabilidade dos meios que ela utiliza – o registro dos fatos e as

demonstrações contábeis;

• aperfeiçoa seus fins – divulgação de informações para fins de orientação ad-

ministrativa e de investidores, cumprimento de obrigações legais e fiscais e

controle patrimonial;

• atesta a adequação dos registros; e

• informa as deficiências observadas.

Vale notar que as definições feitas por Franco e Marra referem-se ao conceito

de auditoria em sentido estrito, pois se referem exclusivamente a auditoria contábil

(ou financeira), que é aquela em que o auditor tem por objetivo emitir uma opinião

sobre a adequação e correção das demonstrações contábeis ou financeiras.

William Boynton e outros autores, no livro Auditoria, apresentam uma definição

completa (auditoria em sentido lato), que permite a compreensão do processo de

auditoria:

Auditoria é um processo sistemático de obtenção e avaliação objetivas de evidências


sobre afirmações a respeito de ações e eventos econômicos, para aquilatação do grau
de correspondência entre as afirmações e critérios estabelecidos, e de comunicação dos
resultados a usuários interessados.

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Da definição acima, os autores destacam os seguintes atributos:

• Processo sistemático: dá uma conotação de uma série de procedimentos

lógicos, estruturados e organizados, estabelecidos em normas de auditoria;

• Obtenção e avaliação objetivas: significa exame da fundamentação das

afirmações e avaliação criteriosa dos resultados, sem preconcepções favorá-

veis ou desfavoráveis sobre quem faz as afirmações;

• Afirmações a respeito de ações e eventos econômicos: são as represen-

tações feitas pelo indivíduo ou entidade – o objeto da auditoria. Afirmações

compreendem informações contidas nas demonstrações contábeis e em rela-

tórios operacionais internos;

• Grau de correspondência: refere-se a quão proximamente as afirmações

podem ser identificadas com critérios estabelecidos;

• Critérios estabelecidos: são as normas pelas quais as afirmações ou re-

presentações são julgadas. Podem ser estabelecidos pela legislação, por or-

çamentos ou medidas de desempenho definidos pela administração ou por

princípios contábeis;

• Comunicação dos resultados: materializa-se em relatório ou parecer por

escrito que indica o grau de correspondência entre as afirmações e os crité-

rios estabelecidos, o qual aumenta ou diminui a credibilidade das afirmações;

• Usuários interessados: são indivíduos que utilizam os resultados da audi-

toria. Em um ambiente de negócios, compreendem os acionistas, administra-

ção, credores, agências governamentais e o público em geral.

De acordo com esse conceito amplo, a administração auditada faz afirmações

e o auditor obtém evidência de que essas afirmações estão em conformidade ou

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não com determinados critérios, comunicando o resultado dessa avaliação aos usu-

ários interessados.

Conforme pode ser observado no esquema a seguir, auditoria é o processo de

confrontação entre uma situação encontrada (condição) com um determinado pa-

drão preestabelecido (critério), ou seja, a comparação entre o fato ocorrido com o

que deveria ocorrer.

AUDITOR USUÁRIOS

Como resultado

Avalia um produz um

objeto relatório

CONDIÇÃO CRITÉRIO

Tipos de Auditoria: Auditoria Interna e Auditoria Externa


De uma forma geral, as auditorias nas empresas públicas ou privadas podem

ser realizadas por meio de auditores que pertencem aos quadros da empresa, ou

seja, pela auditoria interna, ou por intermédio de auditores independentes ou em-

presas de auditoria independente, denominados de auditoria externa.

Auditoria Interna

A auditoria interna é uma atividade realizada por empregados de uma organiza-

ção com o propósito de assistir à administração no cumprimento de seus objetivos,

mediante exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações para ava-

liar a integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos,

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dos sistemas de informações e de controles internos interessados ao ambiente e de

gerenciamento de riscos.

A auditoria interna tem por finalidade agregar valor ao resultado da organiza-

ção, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e

dos controles internos, por meio de recomendação de soluções para as não-confor-

midades.

Portanto, diz-se que os trabalhos e os resultados da auditoria interna são de

interesse maior dos administradores da organização, realizada mais para fins ad-

ministrativos internos.

Auditoria Externa

A auditoria externa ou independente tem por objetivo o exame das demonstra-

ções contábeis e a emissão de parecer sobre a adequação com que as demonstra-

ções apresentam a posição patrimonial e financeira, o resultado das operações e as

modificações na posição patrimonial e financeira, de conformidade com princípios

contábeis.

Segundo as atuais normas do CFC, que tratam dos objetivos gerais do auditor

independente, o objetivo da auditoria externa é aumentar o grau de confiança nas

demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a ex-

pressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram

elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura

de relatório financeiro aplicável.

Portanto, diferentemente da auditoria interna, os trabalhos e os resultados da

auditoria externa são de interesse maior de terceiros, ou seja, dos acionistas, cre-

dores, Estado, fisco, etc. É por isso que se diz que a auditoria externa é realizada

como uma forma de prestação de contas a terceiros.

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Dada a amplitude dos usuários interessados no parecer do auditor, é correto

afirmar-se que o auditor externo assume uma responsabilidade de ordem pública.

Como o auditor assume, por meio do parecer, responsabilidade técnico-profissional

definida, inclusive de ordem pública, é indispensável que tal documento obedeça

às características intrínsecas e extrínsecas estabelecidas nas normas de auditoria.

Cooperação entre a Auditoria Externa e a Auditoria Interna

Apesar da finalidade e dos objetivos da auditoria interna serem diferentes da

auditoria externa, cabe ressaltar que as auditorias interna e externa, geralmente,

trabalham de forma articulada e em colaboração, programando em conjunto os

serviços.

Segundo Franco e Marra, as auditorias interna e externa podem se completar.

A auditoria interna poderá deixar de executar procedimentos que ela sabe serem

executados pela auditoria externa, enquanto esta poderá determinar a profundi-

dade de seus exames e a quantidade de seus testes segundo a confiança que lhe

merecer a auditoria interna, que constitui uma das formas de controle interno. A

permanência de ambos na empresa é garantia de maior controle.

Vale lembrar uma norma profissional do auditor interno, já revogada, mas que

ainda é destacada em livros especializados e muito utilizada em provas. A norma

estabelece que o auditor interno, quando previamente estabelecido com a adminis-

tração da entidade em que atua, e no âmbito de planejamento conjunto do trabalho

a realizar, deve apresentar os seus papéis de trabalho ao auditor indepen-

dente e entregar-lhe cópias, quando este entender necessário.

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Independência

Uma das características que distingue a auditoria externa da interna é o grau de

independência que o auditor externo deve manter em relação à entidade audita-

da. Essa é a característica mais abordada pela doutrina, afirmando que a auditoria

interna possui menor grau de independência e a auditoria externa maior grau

de independência.

Contudo, o mais correto seria afirmar que os auditores externos possuem total

independência. Por sua vez, os auditores internos não possuem independên-

cia, por serem empregados da organização e sofrerem algum tipo de influência.

Considerando que as normas profissionais do auditor interno estabelecem que, não

obstante sua posição funcional, o auditor interno deve preservar sua autonomia

profissional, diz-se que o auditor externo possui independência e o interno possui

autonomia. Portanto, atenção na prova!

De todo modo, a auditoria interna alcança independência em função de status

organizacional, de acordo com o seu posicionamento na estrutura organizacional.

Esse posicionamento deve ser suficientemente elevado para permitir-lhe desincum-

bir-se de suas responsabilidades com abrangência e independência.

O gerente da auditoria interna deve reportar-se a uma pessoa com autoridade

suficiente para propiciar independência e assegurar ampla cobertura à auditoria,

atenção e consideração adequadas para seus relatórios e providências efetivas para

pôr em prática as recomendações apresentadas.

Para poder atuar de fato como uma função de apoio institucional à administra-

ção e preservar sua independência profissional, recomenda-se que:

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• nas organizações que contarem com um conselho de administração ou órgão


equivalente, a Auditoria Interna seja, sempre que possível, subordinada a
esse organismo de direção;
• nas organizações que contarem com um comitê de auditoria ou órgão equi-
valente, o gerente da Auditoria Interna seja membro, efetivo ou convidado,
desse organismo;
• nas organizações que contarem com um conselho fiscal, que o gerente da
Auditoria Interna participe das reuniões de trabalho desse conselho, voltadas
à aprovação das demonstrações financeiras e demais planos da organização.

A independência aumenta quando a Alta Administração participa da decisão de


nomear ou retirar do cargo o gerente da Auditoria Interna.

Surgimento

O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das empresas


de captarem recursos de terceiros, constituindo-se em uma resposta à necessida-
de de independência do exame das transações da empresa em relação aos seus
dirigentes.
Já a auditoria interna surgiu como decorrência da necessidade de um acompa-
nhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa, sendo execu-
tada mais para fins administrativos, internos, do que para prestação de contas a
terceiros.

Enfoques e Responsabilidade do Auditor

Marcelo Cavalcanti Almeida destaca que, enquanto o auditor interno realiza au-
ditoria contábil e operacional e tem responsabilidade trabalhista, o auditor externo
realiza somente auditoria contábil (em regra) e possui responsabilidade civil e cri-

minal.

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Nesse sentido, o auditor interno realiza tanto a auditoria operacional, ajudando

a organização a melhorar o desempenho de seus processos e de sua gestão, quan-

to a auditoria contábil, examinando demonstrações financeiras mensais ou periódi-

cas, bem como os relatórios de natureza contábil, de qualquer espécie, de caráter

formal e institucional, elaborados e editados pela área contábil.

Atenção em prova, pois o auditor interno examina as demonstrações financeiras

mensais ou periódicas da organização, mas não tem a obrigação de emitir parecer

sobre as demonstrações contábeis, pois esta é a finalidade específica da auditoria

externa.

Formação Acadêmica

As normas de auditoria independente estabelecem que o parecer deve ser da-

tado e assinado pelo contador responsável pelos trabalhos e conter seu número de

registro no Conselho Regional de Contabilidade.

Para que o auditor independente obtenha registro e autorização para auditar

empresas de capital aberto precisa, dentre outras condições, ser contador com

registro no CRC. Portanto, o exercício da auditoria externa é uma prerrogativa do

contador registrado no CRC. Vale lembrar que o auditor contador pode contar com

o auxílio de assistentes e de especialistas para realizar a auditoria, que não preci-

sam ser formados, necessariamente, em contabilidade.

Quanto à auditoria interna, não existe norma ou legislação que condicione que o

auditor interno seja formado em contabilidade, exceto para o exercício da auditoria

contábil.

Assim, a exigência de que o auditor interno seja contador vai depender mais

do estatuto ou norma de auditoria interna de cada empresa. Na prática, verifica-se

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que as equipes de auditoria interna das organizações públicas e privadas possuem

profissionais com várias formações acadêmicas (multidisciplinar).

Fraudes e Erros

A responsabilidade primeira na prevenção e identificação de fraudes e/ou erros

é da administração da entidade, mediante a manutenção de adequado sistema de

controle interno, que, entretanto, não elimina o risco de sua ocorrência.

A auditoria interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de

prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de

maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades

detectadas no decorrer de seu trabalho. Essa comunicação por escrito se fará por

relatório parcial elaborado pelo auditor interno.

O auditor interno auxilia a Administração a prevenir e detectar fraudes, porém

tem maior papel de assessoramento na prevenção.

O auditor externo considera a possibilidade de fraudes relevantes e planeja os

exames em função dos riscos. Deve sempre comunicar à administração da entidade

auditada descobertas factuais envolvendo fraude – dependendo das circunstâncias,

de forma verbal ou escrita, tão cedo quanto possível, mesmo que o efeito potencial

sobre as demonstrações contábeis seja irrelevante.

O auditor interno comunica à Administração indícios ou ocorrência de fraude sem-

pre por escrito, já o auditor externo deve comunicar circunstâncias de fraudes,

por escrito ou de forma verbal, conforme a materialidade ou relevância das circuns-

tâncias.

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Responsabilidade quanto aos Controles Internos

Auditores internos examinam e contribuem para a eficácia do sistema de con-

trole interno por meio de suas avaliações e recomendações, mas não possuem

responsabilidade primária pelo planejamento, implementação, manutenção e do-

cumentação do processo.

Auditores externos avaliam os controles internos contábeis, para dimensionar

o risco de auditoria e, consequentemente, planejar os testes substantivos, porém,

podem contribuir com recomendações para seu aprimoramento. Da mesma forma

do auditor interno, os auditores externos não possuem responsabilidade de imple-

mentar e manter controles internos. Essa é uma responsabilidade dos administra-

dores e demais funcionários da entidade auditada!

Entretanto, pode-se afirmar que o auditor interno se preocupa mais com os

controles internos administrativos e gerenciais e o auditor externo tem como foco

principal os controles internos contábeis.

Extensão dos Trabalhos

A auditora interna constitui o conjunto de procedimentos que tem por objetivo

examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informa-

ções físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade.

Portanto, em função de seu objetivo e da natureza dos trabalhos, a auditoria

interna possui um escopo mais amplo do que a auditoria externa, abrangendo não

só as operações financeiras e contábeis, mas também as operações não financeiras

e gerenciais da entidade a qual pertence. Além de maior abrangência, a auditoria

interna aplica os seus procedimentos com maior extensão e profundidade.

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Pelo fato de permanecerem em tempo integral na empresa, os auditores inter-

nos podem realizar uma auditoria mais ampla e permanente, em um processo de

revisão quase que integral das operações da empresa.

Já a auditoria externa realiza menor volume de testes, pois o auditor externo

está interessado em erros que individualmente ou cumulativamente possam alterar

de maneira substancial as informações das demonstrações contábeis.

Nesse sentido, a doutrina aponta que o escopo dos trabalhos feitos pelo auditor

interno normalmente é determinado pela gerência, enquanto a extensão do exame

do auditor externo é determinada pelas normas usuais reconhecidas no país ou

requeridas por legislação específica.

Metodologia de Trabalho

Em essência, não obstante as diferenças já apontadas, os trabalhos tanto da

auditoria interna quanto da auditoria externa são efetuados em geral por métodos

idênticos. Conforme nos ensina Crepaldi, o auditor interno segue mais as rotinas

de cunho interno, ou seja, observa o cumprimento rígido das normas internas, pois

ele tem domínio da cultura da empresa, enquanto o auditor externo observa mais o

cumprimento das normas associadas às leis de forma bem ampla, ele tem melhor

domínio dos aspectos de interesse coletivo.

Os trabalhos de ambos compreendem os mesmos procedimentos básicos de

auditoria para obtenção de evidências, quais sejam: observação, inspeção, cálculo,

confirmação e revisão analítica.

Por outro lado, tanto uma quanto a outra aplicam os procedimentos básicos

para testar os controles internos, denominados de testes de observância ou de

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controles, ou para buscar evidências quanto à validade, suficiência e exatidão das

informações divulgadas pela entidade auditada, mediante testes substantivos.

Outro aspecto importante é que as normas de auditoria das demonstrações

contábeis definem que o auditor independente utiliza as técnicas ou procedimentos

básicos de auditoria (inspeção, observação, confirmação externa, indagação, recál-

culo, reexecução e procedimentos analíticos) para aplicar testes de observância e

testes substantivos.

Por sua vez, a norma de auditoria interna do CFC (NBC TI 01) define que o au-

ditor interno utiliza a inspeção, a observação e a investigação e confirmação para

aplicar testes de observância, visando a testar o funcionamento e a eficácia de

controles internos.

Isso não quer dizer que a auditoria interna somente utilize esses três proce-

dimentos básicos ou que não aplique testes substantivos. Significa apenas que,

quando o auditor interno pretenda testar os controles internos da organização a

qual pertença, ele utilizará um ou mais desses três procedimentos básicos: inspe-

ção, observação e investigação e confirmação.

Por fim, cabe lembrar que ambas as auditorias podem ser realizadas com base

em testes parciais mediante amostragem. O uso da amostragem em auditoria – es-

tatística ou não – é facultativo, a depender das circunstâncias e da relação custo/

benefício do trabalho.

Comunicação de Resultados e Relatórios de Auditoria

O relatório é o documento pelo qual a auditoria interna apresenta o resultado

dos seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de

forma a expressar, claramente, suas conclusões, recomendações e providências a

serem tomadas pela administração da entidade.

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Um relatório por escrito e assinado pelo gerente da auditoria interna deve ser

encaminhado aos níveis adequados da estrutura organizacional após a conclusão

dos exames programados pela auditoria.

O relatório da auditoria interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o

trabalho ou a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do

seu conteúdo.

A auditoria interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial,

na hipótese de constatar impropriedades/irregularidades/ ilegalidades que neces-

sitem providências imediatas da administração da entidade, e que não possam

aguardar o final dos exames.

Quanto à auditoria externa, a principal comunicação das descobertas da audi-

toria está contida no parecer do auditor sobre as demonstrações contábeis (relató-

rio curto), que, todavia, pode ser acompanhado de um relatório em forma longa,

contendo a descrição dos trabalhos realizados ou uma carta-comentário sobre os

controles internos, ressaltando as deficiências e fazendo as recomendações para

melhoria desses controles.

Os tipos de opinião ou de parecer na auditoria externa são: parecer sem ressal-

vas (opinião não modificada), parecer com ressalvas, parecer adverso e abstenção

de opinião.

Os auditores independentes podem apresentar relatórios formais e informações

verbais aos clientes dos trabalhos da auditoria e aos responsáveis pela governança

da empresa.

Com relação à descoberta de fraudes, o auditor externo tem responsabilidades

pela comunicação à administração e a outras partes. As principais responsabilida-

des são:

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• sempre que determinar que existem evidências de fraude, mesmo que irre-

levantes, deve levar o assunto à atenção da administração para adoção das

providências de sua competência;

• qualquer fraude que envolva a alta administração e qualquer fraude perpe-

trada em qualquer nível que gere demonstrações contábeis que contenham

distorções relevantes deve ser relatada pelo auditor diretamente ao comitê de

auditoria ou ao conselho de administração.

• em função de obrigações éticas e legais, o auditor externo está impedido de

divulgar fraudes a partes externas ao cliente. Contudo, a responsabilidade le-

gal do auditor e, em certas circunstâncias, o dever de confidencialidade pode

ser passado por cima por estatuto, lei ou tribunais de direito (ordem judicial).

No Brasil, o auditor de instituição financeira tem o dever de relatar a ocor-

rência de fraude a autoridades de supervisão. Em outros segmentos o auditor

também tem dever de relatar distorções nos casos em que a administração e

os responsáveis pela governança deixam de adotar ações corretivas.

Por fim, cabe consignar que, em condições normais, o parecer do auditor in-

dependente é enviado aos acionistas, membros do conselho de administração e

diretores. Em condições específicas, os pareceres são encaminhados a quem tenha

contratado os serviços do auditor independente.

A seguir, vamos estudar um pouco mais acerca dos conceitos e definições sobre

auditoria, com base na estrutura conceitual de trabalhos de asseguração.

Estrutura Conceitual de Trabalhos de Asseguração


A evolução de conceitos e práticas relacionados à auditoria reflete o aumento

das expectativas do público usuário dos resultados das auditorias. Esses usuários

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esperam que os relatórios produzidos pelos auditores contenham informações rele-

vantes e proporcionem segurança às suas tomadas de decisões, de modo a agregar

valor aos seus processos decisórios.

Nesse sentido, seguindo o que dispõe as normas internacionais de auditoria, o

Conselho Federal de Contabilidade aprovou a Estrutura Conceitual para Trabalhos

de Asseguração, que são úteis para o entendimento do trabalho de auditoria e das

normas de auditoria.

Segundo a estrutura conceitual, trabalho de asseguração significa um tra-

balho no qual o auditor independente expressa uma conclusão com a finalidade

de aumentar o grau de confiança dos outros usuários previstos, que não seja a

parte responsável, acerca do resultado da avaliação ou mensuração de determina-

do objeto de acordo com os critérios aplicáveis.

Repare que novamente é estabelecida a definição geral de auditoria como um

processo de comparação de uma situação encontrada em relação ao objeto ava-

liado com os critérios utilizados para essa avaliação, sendo que o resultado da

avaliação pelo auditor é materializado em um relatório por escrito endereçado aos

usuários, com a finalidade de aumentar o grau de confiança no objeto avaliado e

nas informações produzidas.

Gonçalo Longo nos ensina que o termo asseguração vem do inglês assurance,

que é o mesmo que pledge (garantia), cujo verbo assure tem como sinônimo insure

e a explicação igual à da expressão to give confidence to... (dar confiança a...).

Os grupos de estudo do Conselho Federal de Contabilidade preferiram, ao tradu-

zir as normas internacionais de auditoria contábil, batizar assurance como “asse-

guração” ou “segurança”, passando-se pela análise dos termos atestação, cer-

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tificação e outros. No setor público, as normas de auditoria adotam a expressão

certificação.

Trabalho de asseguração: trabalho no qual o profissional expressa uma conclu-

são destinada a aumentar o grau de confiança dos usuários previstos, que não a

parte responsável, sobre o resultado da mensuração ou avaliação de um objeto em

relação a critérios.

Por exemplo, em auditoria de demonstrações contábeis, a administração elabora

a informação financeira e o auditor, de forma independente, aplica procedimentos

e obtém evidência quanto à conformidade das demonstrações financeiras com os

critérios utilizados, que são as normas, práticas e princípios contábeis, o que as

normas denominam de estrutura de relatório financeiro.

O resultado dessa avaliação é expresso em um relatório de auditoria contendo a

certificação (opinião) de que as demonstrações são fidedignas, confiáveis e relevan-

tes e isso tem o efeito de aumentar a confiança dos usuários nas demonstrações.

Logo, o objetivo dos trabalhos de asseguração, no caso da auditoria contábil, é

melhorar as informações, ajudando os usuários dos relatórios a tomarem melhores

decisões, além de aprimorar as informações de que eles dispõem.

Por isso, todo trabalho de auditoria, independente do seu tipo ou espécie, é consi-

derado um trabalho de asseguração!

Expectativas dos Usuários e Níveis de Asseguração

Se por um lado, os usuários dos relatórios esperam ter segurança sobre a con-

fiabilidade e relevância das informações, por meio dos relatórios de auditoria; por

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outro, os auditores têm a responsabilidade de assegurar que as informações sejam

não apenas confiáveis, mas também abordem o que de fato é relevante para su-

portar os processos decisórios.

Além disso, ao assumir a responsabilidade de conduzir uma auditoria, o auditor

deve seguir rigorosamente as normas técnicas, incluindo aplicação de ceticismo,

julgamento e devido zelo, ao longo de todo o processo de auditoria, de modo a

demonstrar que o seu comportamento profissional é apropriado para atender às

necessidades de segurança dos usuários, fornecendo o nível de asseguração por

estes requerido.

Ceticismo profissional significa manter distanciamento profissional e uma ati-

tude alerta e questionadora quando avalia a suficiência e adequação da evidência

obtida ao longo da auditoria. Também significa manter a mente aberta e receptiva

a todos os pontos de vista e argumentos.

Julgamento profissional significa a aplicação coletiva de conhecimentos, habili-

dades e a experiência dos membros da equipe ao processo de auditoria.

Devido zelo significa que o auditor deve planejar e executar auditorias de uma

maneira diligente. Os auditores devem evitar qualquer conduta que possa desacre-

ditar seu trabalho.

Uma das principais qualidades para que informações sejam úteis à tomada de

decisões é a sua confiabilidade, e esse aspecto deve ser uma preocupação ele-

mentar do auditor, que deve manter uma atitude alerta e questionadora. Deve ain-

da levar em consideração o fato de que informações, além de suscetíveis a erros,

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podem ser adulteradas, falsificadas ou simuladas; enfim, distorcidas para encobrir

desvios de recursos, apropriação de ativos, mau desempenho, ilegalidades, não

conformidades, entre outros fins.

Informações relevantemente distorcidas, seja por erro ou fraude, não detecta-

das no decorrer dos trabalhos de auditoria, por certo levarão o auditor a produzir

relatórios inadequados e, consequentemente, fará com que o trabalho não atenda

a uma das principais expectativas dos usuários.

Outra qualidade essencial da informação é a sua relevância, um conceito re-

lacionado à representatividade quantitativa ou qualitativa de uma informação em

relação às necessidades daqueles que irão utilizá-la em seus processos decisórios.

Uma informação é relevante se a sua omissão ou distorção puder influenciar as

decisões dos usuários.

A relevância é um conceito diretamente ligado a outro conceito importante em

auditoria: o conceito de materialidade, tanto na perspectiva quantitativa quanto

na qualitativa. A relevância também está diretamente ligada ao conceito de risco

de auditoria. Isso porque quando distorções, independentemente se causadas por

fraude ou erro, são relevantes e não são detectadas no curso do trabalho, o rela-

tório de auditoria – ou mais especificamente, a conclusão ou opinião de auditoria

– será inadequado nas circunstâncias do trabalho, e é precisamente isso o que se

denomina risco de auditoria.

Vale notar que os relatórios de auditoria normalmente expressam conclusões ou

opiniões fazendo referência a “todos os aspectos relevantes”, ou seja, não cobrem

100% dos aspectos, mas abrangem todos aqueles que são relevantes, de acordo

com os conceitos acima, que são intrínsecos ao conceito de asseguração em audi-

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toria. Por isso se diz que as auditorias podem fornecer asseguração razoável,

mas não absoluta!

Tudo bem até aqui?

Falando de nível de asseguração, segundo a Estrutura Conceitual, existem dois

tipos de trabalhos de asseguração cuja execução é permitida ao auditor indepen-

dente: trabalho de asseguração razoável (exemplo: auditoria das demonstra-

ções financeiras) e trabalho de asseguração limitada (exemplo: revisão de infor-

mações financeiras trimestrais para atender às exigências da CVM).

Um nível de asseguração razoável não é exigido sempre. Na verdade, essa exi-

gência vai depender das necessidades dos usuários e das características do objeto

de auditoria. Por sua vez, existem trabalhos que são típicos de asseguração limita-

da, como os de revisão de demonstrações financeiras intermediárias.

O nível de asseguração requerido deve ser estabelecido nos termos do tra-

balho, antes do seu início, e levado em consideração na definição da estratégia

global de auditoria. O auditor deve ter clareza dos objetivos e das necessidades

de informação dos usuários, de modo que possa desenvolver um plano de audi-

toria que permita expressar uma conclusão ou opinião de auditoria de acordo com

o nível de asseguração requerido.

• Asseguração razoável: o objetivo do trabalho de asseguração razoável é

reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo,

considerando as circunstâncias do trabalho como base para uma forma posi-

tiva de expressão da conclusão do auditor independente. É um nível de asse-

guração alto, mas não absoluto, pelo fato de que as auditorias têm limitações

que lhes são inerentes e, portanto, nunca poderão fornecer uma asseguração

absoluta;

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• Asseguração limitada: o objetivo do trabalho de asseguração limitada é o

de reduzir o risco de trabalho de asseguração a um nível que seja aceitável,

considerando as circunstâncias do trabalho, mas em que o risco seja maior do

que no trabalho de asseguração razoável, como base para uma forma negati-

va de expressão da conclusão do auditor independente. É um nível mais baixo

de asseguração, pois os procedimentos de auditoria planejados e executados

são propositadamente limitados em comparação com os que seriam necessá-

rios para fornecer asseguração razoável. Não obstante, é esperado que seja

significativo para os usuários.

Níveis ou Tipos de Asseguração

- Asseguração alta mas não absoluta


- Reuniu evidências sufucientes para a
Razoável conclusão (risco aceitavelmente baixo)
- Conclusão positiva

- É um nível mais baixo de asseguração


Limitada - O risco é reduzido a um nível aceitável
- Conclusão negativa

Trabalhos de Atestação e Trabalhos Diretos

No trabalho de atestação, o profissional, que não seja o auditor independen-

te, por exemplo, a administração da entidade auditada, deve mensurar ou avaliar

o objeto de acordo com os critérios aplicáveis. O referido profissional também deve

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apresentar, frequentemente, a informação resultante do objeto no relatório ou afir-

mação. Em alguns casos, contudo, a informação do objeto pode ser apresentada

pelo auditor independente no relatório de asseguração. A conclusão do auditor

deve mencionar se a informação do objeto está livre de distorções relevantes.

O exemplo mais importante de um trabalho de atestação é auditoria das de-

monstrações contábeis, no qual a administração mensura o objeto (a situação fi-

nanceira) de acordo com os critérios (normas e princípios contábeis) e divulga as

demonstrações contábeis, cabendo ao auditor verificar a aderência aos critérios e,

consequentemente, se as demonstrações estão livres de distorções relevantes.

No trabalho direto, o auditor deve mensurar ou avaliar o objeto de acordo

com os critérios aplicáveis. Adicionalmente, o auditor deve aplicar as habilidades

e técnicas de asseguração para obter evidências apropriadas e suficientes sobre o

resultado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os critérios apli-

cáveis. O auditor independente pode obter essa evidência simultaneamente com a

mensuração ou avaliação do objeto, mas também pode obtê-la antes ou após tal

mensuração ou avaliação.

Podemos citar outros tipos de auditoria, que não a auditoria das demonstrações

contábeis anuais de uma entidade, como exemplos de trabalhos diretos, como a

auditoria operacional e a auditoria de conformidade.

Elementos de um Trabalho de Asseguração

Um trabalho de asseguração possui cinco elementos, que são os seguintes:

• relacionamento entre três partes, envolvendo o auditor independente, a parte

responsável e os usuários previstos;

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• objeto apropriado;

• critérios adequados;

• evidências apropriadas e suficientes; e

• relatório de asseguração escrito na forma apropriada para trabalho de asse-

guração razoável ou para trabalho de asseguração limitada.

Relacionamento entre Três Partes

Os trabalhos de asseguração envolvem três partes distintas:

• o auditor independente;

• a parte responsável; e

• os usuários previstos.

A parte responsável é a pessoa (ou as pessoas) que é responsável pelo ob-

jeto do trabalho de auditoria ou pela informação sobre o objeto (a afirmação). Em

auditoria de demonstrações contábeis, a parte responsável pelas demonstrações

financeiras é a administração da entidade. A parte responsável pode ser ou pode

não ser a parte que contrata o auditor independente (a parte contratante).

Os usuários previstos são as pessoas ou o grupo de pessoas para quem o

auditor independente submete seu relatório de asseguração. A parte responsável

pode ser um dos usuários previstos, mas não pode ser o único.

A parte responsável e os usuários previstos podem ser de diferentes entidades

ou da mesma entidade. Como exemplo do último caso, na estrutura de adminis-

tração dualista, o conselho de administração pode procurar asseguração acerca da

informação proporcionada pela diretoria executiva da entidade.

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O relacionamento entre a parte responsável e os usuários previstos necessita

ser visto no contexto de trabalho específico e pode diferir de linhas de responsabi-

lidade mais tradicionalmente definidas.

Por exemplo, um executivo da alta administração da entidade (usuário previsto)

pode contratar o auditor independente para executar um trabalho de asseguração

sobre um aspecto particular das atividades da entidade, aspecto esse que é da res-

ponsabilidade imediata de um nível mais baixo de gestão (parte responsável), mas

pelo qual o executivo, em última análise, é responsável.

Objeto

O objeto e a informação sobre o objeto de trabalho de asseguração podem to-

mar várias formas, como:

• desempenho ou condições financeiras (por exemplo, posição patrimonial e

financeira histórica ou prospectiva, desempenho das operações e fluxos de

caixa) para os quais a informação sobre o objeto pode ser o reconhecimento,

a mensuração, a apresentação e a divulgação nas demonstrações contábeis;

• desempenho ou condições não financeiras (por exemplo, desempenho da en-

tidade) para os quais a informação sobre o objeto pode ser o principal indica-

dor de eficiência e eficácia;

• características físicas (por exemplo, capacidade de instalação) para os quais a

informação sobre o objeto pode ser um documento de especificações;

• sistemas e processos (por exemplo, o controle interno da entidade ou o sis-

tema de tecnologia da informação) para os quais a informação sobre o objeto

pode ser uma afirmação acerca da sua eficácia;

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• o comportamento (por exemplo, governança corporativa da entidade, confor-

midade com regulamentação, práticas de recursos humanos) para o qual a

informação sobre o objeto pode ser uma declaração de conformidade ou uma

declaração de eficácia.

Os objetos têm diferentes características, incluindo o grau em que a informação

acerca deles é qualitativa versus quantitativa, objetiva versus subjetiva, histórica

versus prospectiva, e se relaciona a uma determinada data-base ou abrange um

período. Essas características afetam:

• a precisão com que o objeto pode ser avaliado ou mensurado de acordo com

os critérios; e

• a persuasão da evidência disponível.

O relatório de asseguração aponta características de particular relevância aos

usuários previstos.

Um objeto apropriado tem as seguintes características:

• é identificável e passível de avaliação ou mensuração baseada em critérios

identificados; e

• as informações sobre esse objeto podem ser submetidas aos procedimentos

que proporcionem evidência suficiente e que permitam uma conclusão apro-

priada, quer se trate de asseguração razoável quer de asseguração limitada.

Critérios

Os critérios são os pontos de referência (benchmarks) usados para avaliar ou

mensurar o objeto, incluindo, sempre que relevante, referências para a apresen-

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tação e a divulgação. Os critérios podem ser formais; por exemplo, na elaboração

de demonstrações contábeis, os critérios podem ser as práticas contábeis adotadas

no Brasil.

São exigidos critérios adequados para a avaliação ou para a mensuração razoa-

velmente consistente de um objeto dentro do contexto de julgamento profissional.

Sem uma base de referência proporcionada por critérios adequados, qualquer con-

clusão está sujeita à interpretação individual e a mal-entendidos.

Evidências

O auditor independente planeja e executa o trabalho de asseguração com atitu-

de de ceticismo profissional para obter evidência apropriada e suficiente sobre se a

informação relativa ao objeto está livre de distorções relevantes.

O auditor independente considera a materialidade, o risco do trabalho de asse-

guração, a quantidade e a qualidade das evidências disponíveis quando planeja e

executa o trabalho, em especial quando determina a natureza, a época ou a exten-

são dos procedimentos de obtenção de evidência.

Ceticismo profissional implica que o auditor deve estar sempre alerta para ou-

tras evidências que possam comprometer um entendimento inicial ou que colo-

quem em dúvida a confiabilidade de uma informação ou documento.

Evidências são informações ou provas obtidas pelo auditor sobre determinado

objeto para que ele alcance segurança razoável de que este objeto esteja em con-

formidade com o critério ou livre de distorções relevantes.

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Relatório de Asseguração

O auditor apresenta relatório contendo uma conclusão que expresse a seguran-

ça obtida acerca da informação sobre o objeto. Trata-se do produto final gerado

pelo trabalho do auditor, que é o seu relatório conclusivo.

O auditor independente forma sua conclusão com base nas evidências obtidas

e emite o relatório escrito contendo uma expressão clara dessa conclusão de asse-

guração.

No trabalho de asseguração razoável, a conclusão do auditor independente é

expressa na forma positiva para transmitir a sua opinião sobre o resultado da

mensuração ou avaliação do objeto.

Por exemplo, quando expressa nos termos da informação do objeto e dos critérios

aplicáveis: “Em nossa opinião, as demonstrações contábeis apresentam adequa-

damente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da

entidade em [data], o desempenho de suas operações e seus fluxos de caixa para

o exercício findo naquela data de acordo com a estrutura XYZ”;

No trabalho de asseguração limitada, a conclusão do auditor independente é ex-

pressa de forma a transmitir se, com base no trabalho realizado, algum fato chegou

ao seu conhecimento que o levasse a acreditar que a informação do objeto esteja

distorcida de forma relevante, como por exemplo, “Com base nos procedimentos

realizados e nas evidências obtidas, não temos conhecimento de nenhum fato que

nos leve a acreditar que a entidade não tenha cumprido, em todos os aspectos re-

levantes, com a lei XYZ.”

O auditor independente pode escolher o modelo de relatório de forma curta

ou de forma longa para facilitar a efetividade da comunicação com os usuários

previstos.

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Relatórios de forma curta geralmente incluem apenas os elementos básicos. Os

relatórios de forma longa incluem outras informações e explicações que não afetam

a conclusão do auditor independente.

Relatórios em forma longa podem descrever com detalhe os termos do trabalho,

os critérios usados, as constatações relativas a aspectos específicos do trabalho, os

detalhes sobre as qualificações e experiência do auditor independente e de outros

envolvidos com o trabalho, a divulgação dos níveis de materialidade e, em alguns

casos, as recomendações. A inclusão de qualquer dessas informações depende da

sua relevância para os usuários previstos.

A conclusão do auditor independente é claramente separada das outras infor-

mações ou explicações que não pretendem afetar a sua conclusão, incluindo quais-

quer Ênfases, Outros Assuntos, constatações relativas a aspectos específicos do

trabalho, recomendações ou informações adicionais incluídas no relatório de asse-

guração. A redação utilizada deixa bem claro que uma Ênfase, Outros Assuntos,

constatações, recomendações ou informações adicionais não pretendem afetar a

conclusão do auditor.

O auditor deve expressar uma conclusão modificada nas seguintes circuns-

tâncias:

• quando, no julgamento profissional do auditor independente, existe uma li-

mitação de escopo, cujo efeito do assunto pode ser relevante. Em tais casos,

o auditor independente expressa uma conclusão com ressalva, ou se abstém

de uma conclusão. Em alguns casos, o auditor pode considerar se retirar do

trabalho;

• quando, no julgamento profissional do auditor independente, a informação

do objeto está relevantemente distorcida. Em tais casos, o auditor expressa

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uma conclusão com ressalva ou adversa. No caso de trabalhos diretos onde a

informação do objeto é a conclusão do auditor independente, se ele concluir

que parte, ou todos os objetos, não está de acordo, em todos os aspectos

relevantes, com os critérios, tal conclusão também deve ser expressa com

ressalvas (ou adversa, conforme o caso).

A conclusão com ressalvas é expressa quando os efeitos, ou possíveis efeitos,

de um assunto das distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes,

mas não generalizados a ponto de requerer uma conclusão adversa ou a abstenção

de conclusão.

Se, após o trabalho ter sido aceito, for descoberto que uma ou mais precondi-

ções para o trabalho de asseguração não estão presentes, o auditor independente

discute a questão com as partes apropriadas e estabelece:

• se o assunto pode ser resolvido de modo a satisfazer o auditor independente;

• se é apropriado dar continuidade ao trabalho; e

• se, em caso afirmativo, como comunicar o assunto no relatório de assegura-

ção.

Se, após a aceitação do trabalho, for descoberto que parte ou todos os crité-

rios são inadequados ou que parte ou todos os objetos não são apropriados para

o trabalho de asseguração, o auditor independente pode considerar retirar-se do

trabalho, caso seja possível de acordo com lei ou regulamento. Se o auditor der

continuidade ao trabalho, ele expressa:

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• conclusão com ressalvas ou adversa dependendo de quanto o assunto for

relevante e generalizado, quando, no julgamento profissional do auditor, o

critério inadequado ou objeto inapropriado estiver propenso a induzir os usu-

ários previstos ao erro; ou

• conclusão com ressalvas ou abstenção da conclusão, dependendo do jul-

gamento profissional do auditor independente de quanto o assunto for rele-

vante e generalizado, em outros casos.

Relatório de Trabalho que Não é de Asseguração


O edital exige o estudo acerca do relatório de trabalho que não é de assegura-

ção.

Trabalho de não asseguração é aquele que envolve apenas duas partes e o

profissional não emite uma opinião que visa a aumentar a segurança de usuários

acerca do objeto.

Exemplo de trabalho de não asseguração seria uma consultoria em que o contador

presta orientação e aconselhamento ao cliente, sendo também um dos serviços

prestados pela auditoria interna.

Comparado com o relatório de trabalho de asseguração, o de não asseguração

possui estrutura e conteúdo mais flexíveis, sendo mais detalhado.

O auditor independente ao reportar sobre trabalho, que não é de asseguração,

deve claramente distinguir esse relatório de asseguração.

Para não confundir os usuários, o relatório que não é de asseguração evita, por

exemplo:

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• mencionar adequação com a estrutura ou norma de asseguração;

• usar inapropriadamente as palavras “asseguração,” “auditoria” ou “revisão”;

• incluir declaração que possa ser confundida com conclusão com base em

evidências apropriadas e suficientes que tenham sido desenvolvidas para

aumentar o nível de confiança dos usuários previstos sobre o resultado da

mensuração ou avaliação do objeto de acordo com os critérios aplicáveis.

O auditor independente e a parte responsável podem concordar sobre a aplica-

ção dos princípios da estrutura de asseguração para o trabalho quando não exis-

tirem outros usuários previstos além da parte responsável, desde que todos os

outros requisitos aplicáveis das normas de asseguração sejam atendidos. Em tais

casos, o relatório do auditor independente inclui declaração restringindo o uso do

relatório à parte responsável.

Princípios Éticos
As normas profissionais do auditor independente são também denominadas de

normas de significado ético ou normas da pessoa do auditor.

As normas profissionais do auditor externo, atualmente em vigor, são aquelas

relacionadas aos princípios éticos a serem observados pelos profissionais de con-

tabilidade, incluindo o auditor independente, regulados pela NBC PG 100, de 24 de

janeiro de 2014 – Aplicação Geral aos Profissionais da Contabilidade, quais sejam:

• integridade – ser franco e honesto em todos os relacionamentos profissio-

nais e comerciais;

• objetividade – não permitir que comportamento tendencioso, conflito de

interesse ou influência indevida de outros afetem o julgamento profissional

ou de negócio;

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• competência profissional e devido zelo – manter o conhecimento e a

habilidade profissionais no nível necessário para assegurar que o cliente ou

empregador receba serviços profissionais competentes com base em acon-

tecimentos atuais referentes à prática, legislação e técnicas, e agir diligente-

mente e de acordo com as normas técnicas e profissionais aplicáveis;

• sigilo profissional – respeitar o sigilo das informações obtidas em decor-

rência de relacionamentos profissionais e comerciais e, portanto, não divulgar

nenhuma dessas informações a terceiros, a menos que haja algum direito ou

dever legal ou profissional de divulgação, nem usar as informações para ob-

tenção de vantagem pessoal ilícita pelo auditor ou por terceiros;

• comportamento ou conduta profissional – cumprir as leis e os regula-

mentos pertinentes e evitar qualquer ação que desacredite a profissão.

A seguir, apresento uma síntese dos princípios éticos estabelecidos na NBC PG.

Integridade
O princípio de integridade impõe a todos os profissionais da contabilidade, in-

cluindo o auditor independente, a obrigação de serem diretos e honestos em todos

os relacionamentos profissionais e comerciais. Integridade implica, também, nego-

ciação justa e veracidade.

O profissional da contabilidade não deve conscientemente participar dos relató-

rios, documentos, comunicações ou outras informações nas quais ele acredita que

as informações:

• contêm declaração materialmente falsa ou enganosa;

• contêm declarações ou informações fornecidas de maneira leviana; ou

• omitem ou ocultam informações que devem ser incluídas em casos em que

essa omissão ou ocultação seja enganosa.

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Quando o profissional da contabilidade tomar ciência de que esteve associado

com essas informações, ele deve tomar providências para desvincular-se dessas

informações.

O profissional da contabilidade não será considerado como tendo infringido o

item que estabelece a vedação de participar de relatórios com informação falsa,

enganosa ou leviana se ele fornecer relatório modificado em relação aos referidos

assuntos.

Objetividade
O princípio da objetividade impõe a todos os profissionais da contabilidade a

obrigação de não comprometer seu julgamento profissional ou do negócio em de-

corrência de comportamento tendencioso, conflito de interesse ou influência inde-

vida de outros.

O profissional da contabilidade pode ser exposto a situações que podem preju-

dicar a objetividade. É impraticável definir e avaliar todas essas situações. O profis-

sional da contabilidade não deve prestar um serviço profissional se uma circunstân-

cia ou relacionamento distorcerem ou influenciarem o seu julgamento profissional

com relação a esse serviço.

Competência e Zelo Profissionais


O princípio da competência e zelo profissionais impõe a todos os profissionais da

contabilidade as seguintes obrigações:

• manter o conhecimento e a habilidade profissionais no nível necessário para

que clientes ou empregadores recebam serviço profissional adequado;

• agir diligentemente de acordo com as normas técnicas e profissionais aplicá-

veis na prestação de serviços profissionais.

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A prestação de serviço profissional adequado requer o exercício de julgamento

fundamentado ao aplicar o conhecimento e a habilidade profissionais na prestação

desse serviço. A competência profissional pode ser dividida em duas fases distintas:

• atingir a competência profissional; e

• manter a competência profissional.

A manutenção da competência profissional adequada requer a consciência per-

manente e o entendimento dos desenvolvimentos técnicos, profissionais e de ne-

gócios pertinentes. Os desenvolvimentos técnicos contínuos permitem que o profis-

sional da contabilidade desenvolva e mantenha a capacitação para o desempenho

adequado no ambiente profissional.

Diligência abrange a responsabilidade de agir de forma cuidadosa, exaustiva e

tempestiva, de acordo com a tarefa requisitada.

O profissional da contabilidade deve tomar as providências adequadas para as-

segurar que os que estão trabalhando sob sua autoridade tenham treinamento e

supervisão apropriados.

Quando apropriado, o  profissional da contabilidade deve informar os clientes,


empregadores ou outros usuários de seus serviços profissionais sobre as limitações

inerentes dos serviços.

Sigilo Profissional
O princípio do sigilo profissional impõe a todos os profissionais da contabilidade

a obrigação de abster-se de:

• divulgar fora da firma ou da organização empregadora informações sigilosas

obtidas em decorrência de relacionamentos profissionais e comerciais, sem

estar prévia e especificamente autorizado pelo cliente, por escrito, a menos

que haja um direito ou dever legal ou profissional de divulgação; e

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• usar, para si ou para outrem, informações obtidas em decorrência de relacio-

namentos profissionais e comerciais para obtenção de vantagem pessoal.

O profissional da contabilidade deve manter sigilo, inclusive no ambiente social,

permanecendo alerta à possibilidade de divulgação involuntária de informações si-

gilosas de seus clientes, especialmente a colega de trabalho próximo ou a familiar

próximo ou imediato.

O profissional da contabilidade deve manter sigilo das informações divulgadas

por cliente potencial ou empregador.

O profissional da contabilidade deve manter sigilo das informações dentro da

firma ou organização empregadora.

O profissional da contabilidade deve tomar as providências adequadas para as-

segurar que o pessoal da sua equipe de trabalho, assim como as pessoas das quais

são obtidas assessoria e assistência, também, respeitem o dever de sigilo do pro-

fissional da contabilidade.

A necessidade de cumprir o princípio do sigilo profissional permanece mesmo

após o término das relações entre o profissional da contabilidade e seu cliente ou

empregador. Quando o profissional da contabilidade mudar de emprego ou obtiver

novo cliente, ele pode usar sua experiência anterior. Contudo, ele não deve usar ou

divulgar nenhuma informação confidencial obtida ou recebida em decorrência de

relacionamento profissional ou comercial.

A seguir, são apresentadas circunstâncias nas quais os profissionais da conta-

bilidade são ou podem ser solicitados a divulgar informações confidenciais ou nas

quais essa divulgação pode ser apropriada:

• a divulgação é permitida por lei e autorizada pelo cliente ou empregador, por

escrito;

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• a divulgação é exigida por lei;

• há dever ou direito profissional de divulgação, quando não proibido por lei.

O auditor independente, quando solicitado, por escrito e fundamentadamente,

pelo Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade,

deve exibir as informações obtidas durante o seu trabalho, incluindo a fase de pré-

-contratação dos serviços, a documentação, os papéis de trabalho e os relatórios.

Ao decidir sobre a divulgação de informações sigilosas, os fatores pertinentes a

serem considerados incluem:

• se os interesses de terceiros, incluindo partes cujos interesses podem ser

afetados, podem ser prejudicados se o cliente ou empregador consentir com

a divulgação das informações pelo profissional da contabilidade;

• se todas as informações relevantes são conhecidas e comprovadas, na medi-

da praticável. Quando a situação envolver fatos não comprovados, informa-

ções incompletas ou conclusões não comprovadas, deve ser usado o julga-

mento profissional para avaliar o tipo de divulgação que deve ser feita, caso

seja feita;

• o tipo de comunicação que é esperado e para quem deve ser dirigida; e

• se as partes para quem a comunicação é dirigida são as pessoas apropriadas

para recebê-la.

Comportamento Profissional
O princípio do comportamento profissional impõe a todos os profissionais da

contabilidade a obrigação de cumprir as leis e os regulamentos pertinentes e evi-

tar qualquer ação que o profissional da contabilidade sabe ou deveria saber possa

desacreditar a profissão.

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Isso inclui ações que um terceiro com experiência, conhecimento e bom senso

concluiria, ponderando todos os fatos e circunstâncias específicas disponíveis para

o profissional da contabilidade naquele momento, que poderiam afetar adversa-

mente a boa reputação da profissão.

Na divulgação comercial das pessoas e na promoção do seu trabalho, os profis-

sionais da contabilidade não devem desprestigiar a profissão. Os profissionais da

contabilidade devem ser honestos e verdadeiros e:

• não fazer declarações exageradas sobre os serviços que podem oferecer,

as qualificações que têm ou a experiência que obtiveram; ou

• não fazer referências depreciativas ou comparações infundadas com o traba-

lho de outros profissionais da contabilidade.

Quanto à responsabilidade legal do auditor, como visto, a NBC TA 200 dis-

tingue as responsabilidades da administração e do auditor. Embora a referida nor-

ma não tenha o objetivo de impor nenhuma responsabilidade à administração da

entidade no processo de elaboração das demonstrações financeiras, ela destaca

uma série de aspectos e responsabilidades da administração, que são considerados


premissas básicas pelo auditor independente em uma auditoria de demonstrações

contábeis.

As normas de auditoria independente não se sobrepõem às leis e regulamentos

que governam as responsabilidades da administração, já que são dirigidas aos au-

ditores e não à administração e ao conselho de administração. Contudo, a auditoria

é conduzida com base na premissa de que a administração e os responsáveis pela

governança têm conhecimento de certas responsabilidades que são fundamentais

para a condução da auditoria. A auditoria das demonstrações contábeis não exime

dessas responsabilidades a administração ou os responsáveis pela governança.

As responsabilidades são as seguintes:

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• Responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis em confor-

midade com a estrutura de relatório financeiro aplicável, incluindo quando

relevante sua apresentação adequada;

• Responsabilidade pelo tipo de controle interno que como administradores e,

quando apropriado, os responsáveis pela governança determinam ser neces-

sário para permitir a elaboração de demonstrações contábeis que estejam

livres de distorção relevante devido a fraude ou erro; e

• Responsabilidade por fornecer ao auditor: acesso a todas as informações,

as quais a administração e, quando apropriado, aqueles responsáveis pela

governança tenham conhecimento, que sejam relevantes para a elaboração

e apresentação das demonstrações contábeis; tais como registros e docu-

mentação, e  outros assuntos; informações adicionais que o auditor possa

solicitar da administração e, quando adequado, dos responsáveis pela gover-

nança para a finalidade da auditoria; e acesso irrestrito às pessoas da entida-

de das quais o auditor determine ser necessário obter evidências de auditoria.

As responsabilidades do auditor independente estão restritas ao seu objetivo

principal de expressar opinião sobre as demonstrações contábeis. Portanto, deve

o auditor aplicar os procedimentos de auditoria, em cumprimento às normas e à

legislação, para obter evidência de auditoria suficiente e adequada que lhe dê

segurança razoável para expressar opinião sobre as demonstrações financeiras.

Qualquer que seja a estrutura de relatório financeiro adotado pela entidade,

o auditor deve expressar sua opinião sobre as demonstrações no seu relatório ou

parecer, contendo de forma concisa a conclusão se as demonstrações financeiras

foram ou não elaboradas, em todos os seus aspectos relevantes, de acordo com a

estrutura de relatório que seja aplicável.

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Um aspecto importante para a prova é a responsabilidade do auditor quanto a

fraudes e erros.

O auditor não é responsável nem pode ser responsabilizado pela prevenção de

fraudes e erros. Entretanto, deve planejar seu trabalho avaliando o risco de sua

ocorrência, de forma que tenha grande probabilidade de detectar aqueles que im-

pliquem efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.

Quando o auditor detectar erros e fraudes tem a obrigação de comunicá-los à

administração da entidade e sugerir medidas corretivas, informando sobre os pos-

síveis efeitos em seu relatório, caso elas não sejam adotadas.

Vamos agora ao último assunto desta primeira aula do nosso curso: controle de

qualidade em auditoria de demonstrações contábeis.

Normas de Controle de Qualidade, Controle de Qualida-


de da Auditoria de Demonstrações Contábeis

As normas de auditoria exigem a implementação de um programa de supervi-

são e controle de qualidade interno, de modo a garantir que haja dentro da firma

de auditoria ou por parte do auditor autônomo, um sistema de verificação sobre o

grau de aderência às normas técnicas e profissionais. Além disso, as normas tam-

bém exigem um processo de revisão externa pelos pares.

Existem basicamente dois mecanismos de controle de qualidade da auditoria

independente:

CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO:


Trata-se das políticas e procedimentos dos auditores e firmas de auditoria independente para asse-
gurar qualidade dos serviços prestados aos clientes e cumprimento das normas de auditoria.

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REVISÃO EXTERNA PELOS PARES:


O objetivo da revisão pelos pares é a avaliação dos procedimentos adotados pelo Contador que
atua como Auditor Independente e Firma de Auditoria (com registro na CVM), com vistas a
assegurar a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. A qualidade, neste contexto, é medida pelo
atendimento das normas técnicas e profissionais estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabi-
lidade (CFC) e, na insuficiência destas, pelos pronunciamentos do IBRACON – Instituto dos Audi-
tores Independentes do Brasil, e, quando aplicável, das normas emitidas por órgãos reguladores.
O Auditor deve submeter-se à Revisão Externa de Qualidade, no mínimo uma vez, a cada ciclo
de quatro anos.

Quanto ao controle interno de qualidade, as regras e os procedimentos relacio-

nados ao controle de qualidade interno devem ser, formalmente, documentados,

e ser do conhecimento de todas as pessoas ligadas aos auditores independentes.

As regras e os procedimentos devem ser colocados à disposição do Conselho Fe-

deral de Contabilidade para fins de acompanhamento e fiscalização, bem como dos

organismos reguladores de atividades do mercado, com vistas ao seu conhecimen-

to e acompanhamento, e dos próprios clientes, como afirmação de transparência.

Vários fatores devem ser levados em consideração na definição das regras e dos

procedimentos de controle interno de qualidade, principalmente os relacionados à

estrutura da equipe técnica do auditor, ao porte, à cultura, à organização e à com-

plexidade dos serviços a realizar.

O controle de qualidade é relevante na garantia de qualidade dos serviços pres-

tados e deve abranger a totalidade das atividades dos auditores, notadamente,

diante da repercussão que os relatórios de auditoria vêm, interna e externamente,

afetando a entidade auditada.

As equipes de auditoria são responsáveis, observados os limites das atribuições

individuais, pelo atendimento das normas da profissão contábil e pelas regras e

procedimentos destinados a promover a qualidade dos trabalhos de auditoria.

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Na supervisão dos trabalhos da equipe técnica durante a execução da auditoria,

o auditor deve:

• avaliar o cumprimento do planejamento e do programa de trabalho;

• avaliar se as tarefas distribuídas à equipe técnica estão sendo cumpridas no

grau de competência exigido;

• resolver questões significativas quanto à aplicação dos princípios contábeis e

das Normas Brasileiras de Contabilidade;

• avaliar se os trabalhos foram adequadamente documentados e os objetivos

dos procedimentos técnicos alcançados; e

• avaliar se as conclusões obtidas são resultantes dos trabalhos executados e

permitem ao auditor fundamentar sua opinião sobre as demonstrações con-

tábeis.

O auditor deve instituir um programa de controle de qualidade visando avaliar,

periodicamente, se os serviços executados são efetuados de acordo com as Normas

Técnicas de Auditoria e Profissionais do Auditor Independente.

Normas Vigentes de Controle Interno de Qualidade na


Auditoria das Demonstrações Contábeis (NBC PA 01 e NBC
TA 220)

A NBC PA 01 trata das responsabilidades do auditor (pessoa jurídica ou pessoa

física, referido como firma) por seu sistema de controle de qualidade para audi-

torias e revisões de demonstrações contábeis, assim como outros trabalhos de

asseguração e serviços correlatos. Ela deve ser lida juntamente com as exigências

éticas relevantes.

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O Conselho Federal de Contabilidade aborda em outras normas e orientações a

responsabilidade do pessoal da firma em relação a procedimentos de controle de

qualidade para tipos específicos de trabalho. A NBC TA 220 – Controle de Qualidade

da Auditoria de Demonstrações Contábeis, por exemplo, trata dos procedimentos

de controle de qualidade de auditoria de demonstrações contábeis.

O sistema de controle de qualidade é composto por políticas desenhadas para

alcançar o objetivo especificado no item 11 da NBC PA 01, destacado a seguir,

e procedimentos necessários para implementar e monitorar o cumprimento dessas

políticas.

Objetivo do Auditor
O objetivo da firma é estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade

para obter segurança razoável que:

• a firma e seu pessoal cumprem as normas técnicas e as exigências regulató-

rias e legais aplicáveis; e

• os relatórios sobre demonstrações contábeis e demais relatórios emitidos

pela firma e pelos sócios encarregados do trabalho são apropriados nas cir-

cunstâncias.

Definições Importantes Constantes da NBC PA 01


Documentação do trabalho é o registro do trabalho executado, dos resulta-

dos obtidos e das conclusões obtidas pelo auditor independente (são usados muitas

vezes termos como “papéis de trabalho”).

Sócio encarregado do trabalho é o sócio ou outra pessoa na firma responsá-

vel pelo trabalho e sua execução, e pelo relatório que é emitido em nome da firma.

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Quando necessário, é quem tem a autoridade apropriada conferida pelo Sistema

CFC/CRC e quando requerido pelo regulador. Os termos “sócio encarregado do

trabalho”, “sócio” e “firma” devem ser lidos como os equivalentes aplicados para o

setor público.

Revisão do controle de qualidade do trabalho é o processo projetado para

fornecer uma avaliação objetiva, na data, ou antes, da data do relatório, dos jul-

gamentos relevantes feitos pela equipe do trabalho e das conclusões obtidas ao

elaborar o relatório. O processo de revisão do controle de qualidade do trabalho

é elaborado para auditoria de demonstrações contábeis de companhias abertas e

os outros trabalhos, se houver, para os quais a firma determinou a necessidade de

revisão do controle de qualidade do trabalho.

Revisor de controle de qualidade do trabalho é o sócio, ou outro profis-

sional da firma, uma pessoa externa adequadamente qualificada, ou uma equipe

composta por essas pessoas, nenhuma delas fazendo parte da equipe de trabalho,

com experiência e autoridade suficientes e apropriadas para avaliar objetivamente

os julgamentos relevantes feitos pela equipe de trabalho e as conclusões obtidas

para elaboração do relatório.

Equipe de trabalho são os sócios e o quadro técnico envolvidos no trabalho

e quaisquer pessoas contratadas pela firma ou uma firma da mesma rede para

executar procedimentos do trabalho. Isso exclui especialistas externos contratados

pela firma ou por firma da mesma rede.

Firma é um único profissional ou sociedade de pessoas que atuam como auditor

independente.

Inspeção em relação a trabalhos concluídos são procedimentos projetados

para fornecer evidências do cumprimento das políticas e procedimentos de controle

de qualidade da firma pelas equipes de trabalho.

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Companhia aberta é a entidade que tem ações, cotas ou outros títulos cotados

ou registrados em bolsa de valores ou negociados de acordo com os regulamentos

de bolsa de valores reconhecida ou outro órgão equivalente.

Monitoramento é o processo que consiste na contínua consideração e avalia-

ção do sistema de controle de qualidade da firma, incluindo a inspeção periódica de

uma seleção de trabalhos concluídos, projetados para fornecer à firma segurança

razoável de que seu sistema de controle de qualidade está operando de maneira

efetiva.

Firma da mesma rede é a firma ou entidade que é parte da mesma rede

daquela responsável pela auditoria, revisão de informação contábil histórica, pelo

outro serviço de asseguração ou pelo serviço correlato.

Rede é uma estrutura maior que: tem por objetivo a cooperação; e tem clara-

mente por objetivo a divisão comum dos lucros ou custos, ou sócios em comum,

controle ou administração em comum, políticas e procedimentos de controle de

qualidade em comum, estratégia de negócios comum, uso de marca comercial co-

mum ou parte significativa dos recursos profissionais.

Sócio é qualquer pessoa com autoridade para comprometer a firma à execução

de serviços profissionais.

Pessoal são sócios e o quadro técnico.

Norma técnica é a norma de trabalho de auditoria, de revisão, de outros ser-

viços de asseguração ou serviços correlatos.

Segurança razoável no contexto desta Norma é um nível alto, mas não abso-

luto, de segurança.

Exigências éticas relevantes são exigências éticas às quais estão sujeitos a

equipe de trabalho e o revisor do controle de qualidade do trabalho, que normal-

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mente compreendem o Código de Ética Profissional do Contabilista bem como ou-

tros aspectos previstos em NBC PAs.

Quadro técnico são profissionais, exceto sócios, incluindo quaisquer especia-

listas empregado da firma.

Pessoa externa qualificada é uma pessoa de fora da firma com competência

e habilidades que poderia atuar como sócio encarregado do trabalho, por exemplo,

um sócio de outra firma ou um empregado (com experiência apropriada) de outra

firma de auditoria, cujos membros podem realizar auditorias e revisões de informa-

ções contábeis históricas ou outros serviços de asseguração e serviços correlatos.

Elementos do Sistema de Controle de Qualidade

Segundo a NBC PA 01, a firma deve estabelecer e manter um sistema de con-

trole de qualidade que inclua políticas e procedimentos que tratam dos seguintes

elementos:

• responsabilidades da liderança pela qualidade na firma;

• exigências éticas relevantes;

• aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos es-

pecíficos;

• recursos humanos;

• execução do trabalho;

• monitoramento.

O quadro a seguir sintetiza esses elementos e, na sequência, abordamos de

forma resumida cada um deles, conforme dispõem a NBC PA 01 e a NBC TA 220:

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Valores e metas da firma


Liderança (papéis, atribuições e responsabilidade)

Ética e Aceitação e Execução do Gestão de


independência continuação de clientes trabalho equipe

Documentação e monitoramento contínuo


(Sistema de controle de qualidade e arquivos de trabalho da firma)

Responsabilidade da Liderança pela Qualidade na Firma

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para promover uma cultura

interna que reconheça que a qualidade é essencial na execução dos trabalhos. Essas

políticas e procedimentos devem requerer que o presidente da firma (sócio-gerente

ou equivalente) ou, se apropriado, a diretoria executiva da firma (ou equivalente),

assuma a responsabilidade final pelo sistema de controle de qualidade da firma.

Exigências Éticas Relevantes

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança

razoável de que a firma e seu pessoal cumprem as exigências éticas relevantes.

As normas dão especial destaque às políticas e aos procedimentos que forneçam

segurança razoável de que a firma, seu pessoal e, quando aplicável, outras pessoas

sujeitas a requisitos de independência (incluindo pessoal de firma da mesma rede)

mantêm a independência requerida por exigências éticas relevantes.

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Cabe destacar as seguintes normas relacionadas com a independência:

• pelo menos uma vez por ano, a firma deve obter confirmação por escrito

do cumprimento de suas políticas e procedimentos sobre independência de

todo o pessoal da firma, que precisa ser independente por exigências éticas

relevantes; e

• a firma deve estabelecer políticas e procedimentos para especificar critérios

para determinar a necessidade de salvaguardas para reduzir a ameaça de fa-

miliaridade a um nível aceitável ao usar o mesmo pessoal sênior em trabalho

de asseguração por um período de tempo prolongado; e requerer o rodízio

do sócio encarregado do trabalho e das pessoas responsáveis pela

revisão do controle de qualidade do trabalho, e, quando aplicável, de

outras pessoas sujeitas a exigências de rodízio, após o período de 5 anos.

Questão 1    (FCC/ISS/MANAUS/2019) Neste trabalho estabeleceu-se uma propos-

ta de um prazo “ótimo” para o regime de rodízio mandatório de firmas de auditoria

no Brasil. Esta é uma questão de especial interesse para reguladores de mercado,

dada a escassez de estudos nessa linha, além de ter impactos sobre toda discussão

acerca da adoção da regra (...).

Através da aplicação empírica de um modelo que incorpora os principais pressupos-

tos acerca do impacto do tempo de relacionamento auditor-auditado (tenure) na

qualidade de auditoria, estimou-se que o prazo “ótimo” para o rodízio de firmas de

auditoria no Brasil é 5,7 anos (...).

(ALMEIDA, Patrícia Romualdo de; CARVALHO, Luis Nelson Guedes de; BRAUNBECK, Guilhermo
Oscar. Um Prazo Ótimo para Rodízio de Firmas de Auditoria no Brasil. In: XVIII Usp International
Conference in Accounting, 2018, São Paulo. Anais. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2018.
Disponível:https://congressousp.fipecafi.org/anais/Anais2018/apresentacao.html. Acesso:
20/03/2019. Com adaptações.)

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A regulação posta pela NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas

Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes

a) difere da conclusão dos autores do estudo, posto que o estudo de tempo de re-

lacionamento (tenure) não pode exceder 3 anos.

b) difere da conclusão dos autores do estudo, posto que prevê que o rodízio de

firmas ocorra após 8 anos.

c) é similar à conclusão dos autores do estudo, posto que prevê que o rodízio de

firmas ocorra após 5 anos.

d) é similar à conclusão dos autores do estudo, posto que prevê que o rodízio de

firmas ocorra após estudo de tempo de relacionamento (tenure).

e) difere da conclusão dos autores do estudo, posto que não prevê o rodízio da

firma, mas dos profissionais envolvidos, incluindo o sócio encarregado.

Letra e.

O rodízio das firmas de auditoria para auditoria das demonstrações contábeis de

empresas de capital aberto é um mecanismo para assegurar a independência do

auditor e verificado pela CVM. Como vimos, as normas profissionais (NBC PA 01

– controle interno de qualidade do auditor) não preveem o rodízio da firma, mas

requerem o rodízio dos profissionais envolvidos, ou seja, do sócio encarregado do

trabalho e das pessoas responsáveis pela revisão do controle de qualidade do tra-

balho, e, quando aplicável, de outras pessoas sujeitas a exigências de rodízio, após

o período de 5 anos.

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Aceitação e Continuidade do Relacionamento com Clientes e


de Trabalhos Específicos

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para a aceitação e continui-

dade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos, projetados para

fornecer à firma segurança razoável de que aceitará ou continuará esses relaciona-

mentos e trabalhos, apenas nos casos em que a firma:

• é competente para executar o trabalho e possui habilidades, incluindo tempo

e recursos, para isso;

• consegue cumprir as exigências éticas relevantes; e

• considerou a integridade do cliente, e não tem informações que a levariam a

concluir que o cliente não é íntegro.

Recursos Humanos

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança

razoável de que ela possui pessoal suficiente com competência, habilidade e com-

promisso com os princípios éticos necessários para:

• executar trabalhos de acordo com normas técnicas e exigências regulatórias

e legais aplicáveis; e

• permitir à firma ou aos sócios encarregados do trabalho emitir relatório de

auditoria ou outros tipos de relatórios apropriados nas circunstâncias.

Execução do Trabalho

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança

razoável de que os trabalhos são executados de acordo com normas técnicas e

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exigências regulatórias e legais aplicáveis, e que a firma e o sócio encarregado do

trabalho emitem relatórios de auditoria ou outros relatórios apropriados nas cir-

cunstâncias. Essas políticas e procedimentos devem incluir:

• assuntos relevantes para promover consistência na qualidade da execução

dos trabalhos;

• responsabilidades pela supervisão; e

• responsabilidades pela revisão.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para requerer que a revisão

de controle de qualidade do trabalho inclua:

• discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho;

• revisão das demonstrações contábeis ou outras informações sobre objeto e o

relatório proposto;

• revisão da documentação do trabalho selecionada relativa a julgamentos sig-

nificativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões obtidas; e

• avaliação das conclusões obtidas para elaboração do relatório e consideração

se esse relatório proposto é apropriado.

Conforme dispõem as normas, o revisor de controle de qualidade do trabalho pode

ser o sócio, ou outro profissional da firma, uma pessoa externa adequadamente

qualificada, ou uma equipe composta por essas pessoas, mas nenhuma delas pode

fazer parte da equipe de trabalho.

Logo, cuidado em prova, pois o revisor pode ser outro profissional que pertence

à firma de auditoria ou alguém de fora da firma especialmente designado ou con-

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tratado para esse fim. O revisor não pode ser ninguém que fez parte da equipe de

auditoria.

De todo modo, sendo da firma ou externo, o  revisor deve possuir experiência e

autoridade suficientes e apropriadas para avaliar objetivamente os julgamentos

relevantes feitos pela equipe de trabalho e as conclusões obtidas para elaboração

do relatório.

Monitoramento das Políticas e Procedimentos de Controle


de Qualidade da Firma

A firma deve estabelecer um processo de monitoramento para fornecer segu-

rança razoável de que as políticas e os procedimentos relacionados com o sistema

de controle de qualidade são relevantes, adequados e estão operando de maneira

efetiva. Esse processo deve:

• incluir a contínua consideração e avaliação do sistema de controle de quali-

dade da firma, incluindo, de modo cíclico, a inspeção de, pelo menos, um

trabalho concluído para cada sócio encarregado de trabalho;

• requerer que a responsabilidade pelo processo de monitoramento seja atribu-

ída a um ou mais sócios, ou a outras pessoas com experiência e autoridade

suficientes e apropriadas na firma para assumir essa responsabilidade; e

• requerer que as pessoas que executam o trabalho ou a revisão do controle de

qualidade do trabalho não estejam envolvidas na inspeção desses trabalhos.

Avaliação, Comunicação e Correção de Deficiência Identificada

A firma deve avaliar o efeito das deficiências observadas em decorrência do pro-

cesso de monitoramento e determinar se elas são:

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• casos que não necessariamente indicam que o sistema de controle de quali-


dade da firma é insuficiente para fornecer segurança razoável de que a firma
cumpre as normas técnicas e as exigências regulatórias e legais aplicáveis,
e que os relatórios emitidos pela firma ou pelos sócios encarregados dos tra-
balhos são apropriados nas circunstâncias; ou
• deficiências sistêmicas, repetitivas ou significativas, que requerem uma me-
dida corretiva imediata.

A firma deve comunicar aos sócios encarregados e a outras pessoas considera-


das necessárias, as deficiências observadas em decorrência do processo de moni-
toramento e as recomendações para a medida corretiva apropriada.
As recomendações para que sejam tomadas medidas apropriadas em relação às
deficiências observadas devem incluir uma ou mais das seguintes recomendações:
• aplicação de medida corretiva apropriada em relação a um trabalho individual
ou a um membro da equipe;
• comunicação das constatações aos responsáveis pelo treinamento e desen-
volvimento profissional;
• alterações nas políticas e procedimentos de controle de qualidade; e
• medida disciplinar contra aqueles que deixaram de cumprir as políticas e pro-
cedimentos da firma, especialmente os reincidentes.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para tratar dos casos onde
os resultados dos procedimentos de monitoramento indicam que um relatório pos-
sa ser inadequado ou que foram omitidos procedimentos durante a execução do
trabalho. Essas políticas e procedimentos devem requerer que a firma determine
qual ação adicional é apropriada para o cumprimento das normas técnicas e das
exigências regulatórias e legais relevantes e considere a necessidade de obter as-

sessoria legal.

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A firma deve comunicar, pelo menos uma vez por ano, os resultados do moni-

toramento de seu sistema de controle de qualidade aos sócios encarregados dos

trabalhos e outras pessoas apropriadas na firma, incluindo o presidente ou, se

apropriado, a diretoria executiva da firma. Essa comunicação deve ser suficiente

para permitir que a firma e essas pessoas adotem prontamente as ações apropria-

das, quando necessário, de acordo com suas funções e responsabilidades defini-

das. As informações comunicadas devem incluir o seguinte: a) uma descrição dos

procedimentos de monitoramento realizados; b) as conclusões obtidas dos proce-

dimentos de monitoramento; c) quando relevante, uma descrição das deficiências

sistêmicas, repetitivas ou outras deficiências significativas e das medidas tomadas

para resolver ou corrigir essas deficiências.

Reclamações e Alegações

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos projetados para fornecer

segurança razoável de que a firma trate de maneira apropriada as:

• reclamações e alegações de que o trabalho realizado pela firma não está de

acordo com as normas técnicas e exigências regulatórias e legais aplicáveis; e

• alegações de não cumprimento do sistema de controle de qualidade da firma.

Norma de Revisão Externa pelos Pares


A Revisão Externa de Qualidade, a chamada “Revisão pelos Pares”, é conside-

rada como elemento essencial de garantia da qualidade dos serviços de auditoria

independente no âmbito internacional e, por este motivo, foi instalado um Comitê

Administrador específico, denominado Comitê Administrador do Programa de Revi-

são Externa de Qualidade (CRE), instituído pelo Conselho Federal de Contabilidade

(CFC) e pelo IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.

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O controle de qualidade constitui um dos pontos centrais da NBC PA 11– Re-

visão Externa de Qualidade pelos Pares, aprovada pela Resolução CFC 1.323, de

21/02/2011.

A seguir, apresento uma síntese dos principais aspectos da norma:

• Objetivo: o objetivo da revisão pelos pares é a avaliação dos procedimentos

adotados pelo Contador que atua como Auditor Independente e pela Firma de

Auditoria, daqui em diante denominados “Auditor”, com vistas a assegurar a

qualidade dos trabalhos desenvolvidos;

• Alcance: A norma de revisão externa pelos pares aplica-se, exclusivamente,

ao Auditor com registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM);

• Revisão pelos pares: é o exame realizado por auditor independente nos

trabalhos de auditoria executados por outro auditor independente, visando

verificar se: (a) os procedimentos e as técnicas de auditoria utilizados para

execução dos trabalhos nas empresas clientes estão em conformidade com

as Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas e Profissionais, editadas pelo

CFC e, quando aplicável, com outras normas emitidas por órgão regulador;

(b) o sistema de controle de qualidade desenvolvido e adotado pelo Auditor

está adequado e conforme o previsto na NBC PA 01 – Controle de Qualidade

para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes.

Partes envolvidas na revisão pelos pares:

• CRE – Comitê Administrador da Revisão Externa de Qualidade, que é o res-

ponsável pela administração do Programa de Revisão;

• Auditor-revisor, que é o responsável pela realização da revisão individual;

• Auditor-revisado, que é a firma, ou o auditor independente, que será objeto

da revisão.

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Relatório de revisão: Ao final da revisão, o auditor-revisor deve emitir rela-

tório com suas conclusões e carta de recomendações, quando for o caso, os quais

devem ser encaminhados, juntamente com o plano de ação do auditor-revisado e

cópia do questionário-base, ao CRE, que pode requerer esclarecimentos tanto do

auditor-revisor quanto do auditor-revisado. Esses documentos devem ser enca-

minhados, obrigatoriamente, utilizando-se sistema WEB a ser disponibilizado pelo

CRE, com a certificação digital do auditor-revisor. A critério do CRE, o sistema con-

vencional poderá ser utilizado pelo auditor-revisor e pelo auditor-revisado.

Independência:

• o auditor-revisor e os demais membros da equipe revisora devem ter in-

dependência em relação ao auditor-revisado, de acordo com as definições

previstas nas Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas e Profissionais,

editadas pelo CFC e, quando aplicável, em outras normas emitidas por órgão

regulador;

• o auditor-revisor e os demais membros da equipe revisora podem possuir

investimentos ou grau de parentesco com executivos em posições-chave nas

empresas clientes do auditor-revisado, porém, eles não podem revisar os tra-

balhos do auditor-revisado com o qual possuam tais relacionamentos;

• são vedadas as revisões recíprocas entre auditores independentes (pessoas

físicas e jurídicas). Eventuais exceções devem ser submetidas à aprovação

do CRE.

Conflito de interesses: não deve haver qualquer relação que caracterize

suspeição, impedimento ou mesmo conflito de interesses entre o auditor-revisor,

os membros da equipe revisora ou os profissionais envolvidos na administração da

Revisão pelos Pares e o auditor-revisado ou os seus clientes selecionados para a

revisão.

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Responsabilidades do auditor-revisor:

• organizar, planejar e conduzir os trabalhos de revisão;

• supervisionar o trabalho desenvolvido pelos membros da equipe;

• comunicar e discutir os resultados da revisão com a administração do audi-

tor-revisado;

• elaborar o relatório de revisão e a carta de recomendações, quando for o caso;

• apresentar o relatório, a carta de recomendações e a cópia do questionário

ao CRE;

• dar esclarecimentos ou participar de reunião com o CRE, quando requerido; e

• guardar por 7 anos toda a documentação referente aos trabalhos de revisão,

tais como: carta de contratação; correspondências encaminhadas ao audi-

tor-revisado; respostas do auditor-revisado; documentação preliminar aos

trabalhos de revisão; documentação pertinente ao planejamento de auditoria

aplicado aos trabalhos de revisão; papéis de trabalho do auditor-revisor que

evidenciam os exames efetuados durante a revisão; justificativas e comen-

tários emitidos pelo auditor-revisado sobre os pontos levantados durante os

trabalhos de revisão; e toda e qualquer documentação que reporte ao traba-

lho de revisão realizado.

Questão 2    (FCC/ISS/MANAUS/2019) Acerca da NBC PA 11, que regula a “revisão

externa de qualidade pelos pares”, é correto afirmar que:

a) Aplica-se exclusivamente ao auditor com registro na CVM.

b) O revisado é o auditor contratado para realização dos trabalhos de revisão.

c) São estimuladas as revisões recíprocas entre auditores independentes (pessoas

físicas e jurídicas).

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d) O auditor somente pode atuar como revisor caso não tenha executado trabalhos

de auditoria independente nos últimos 2 anos anteriores ao da revisão que preten-

de fazer.

e) É vedado ao revisor comunicar e discutir os resultados da revisão com a admi-

nistração do revisado.

Letra a.

A norma aplica-se exclusivamente ao auditor com registro na CVM; o revisor é o

auditor contratado para realização dos trabalhos de revisão; são vedadas revisões

recíprocas entre auditores independentes; entre as condições para auditor revisor

não se inclui não ter executado trabalhos de auditoria independente nos últimos 2

anos anteriores ao da revisão que pretende fazer; uma das responsabilidades do

auditor-revisor é comunicar e discutir os resultados da revisão com a administração

do auditor-revisado.

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RESUMO

Você estudou nesta aula os conceitos e as definições fundamentais acerca da

auditoria, a estrutura conceitual para trabalhos de asseguração, princípios éticos

e as normas de controle de qualidade em auditoria contábil. A seguir, tem-se um

resumo do que foi estudado acerca desses temas.

Trabalho de asseguração significa um trabalho no qual o auditor independen-

te expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos

outros usuários previstos, que não seja a parte responsável, acerca do resultado da

avaliação ou mensuração de determinado objeto de acordo com os critérios aplicá-

veis. Toda a auditoria é um trabalho de asseguração!

Os cinco elementos de um trabalho de asseguração:

• relacionamento entre três partes, envolvendo o auditor independente, a par-

te responsável e os usuários previstos;

• objeto apropriado;

• critérios adequados;

• evidências apropriadas e suficientes; e

• relatório de asseguração escrito na forma apropriada para trabalho de asse-

guração razoável ou para trabalho de asseguração limitada.

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Asseguração razoável: nível alto, mas não absoluto. No


trabalho de asseguração razoável, o auditor reduz o risco do
trabalho para um nível aceitavelmente baixo nas circunstân-
cias do trabalho como base para a sua conclusão. A conclusão
do auditor é expressa de forma positiva.

Existem dois
tipos de trabalho
de asseguração Asseguração limitada: nível mais baixo, mas significativo
para usuário. No trabalho de asseguração limitada, o auditor
reduz o risco do trabalho para um nível que é aceitável nas
circunstâncias do trabalho, mas que ainda é maior do que
para um trabalho de asseguração razoável. A conclusão do
auditor é expressa de forma negativa.

No trabalho de atestação, o profissional, que não seja o auditor independen-

te, por exemplo, a administração da entidade auditada, deve mensurar ou avaliar

o objeto de acordo com os critérios aplicáveis. O referido profissional também deve

apresentar, frequentemente, a informação resultante do objeto no relatório ou afir-

mação. Em alguns casos, contudo, a informação do objeto pode ser apresentada

pelo auditor independente no relatório de asseguração. A conclusão do auditor

deve mencionar se a informação do objeto está livre de distorções relevantes.

O exemplo mais importante de um trabalho de atestação é auditoria das demons-

trações contábeis.

No trabalho direto, o auditor deve mensurar ou avaliar o objeto de acordo

com os critérios aplicáveis. Adicionalmente, o auditor deve aplicar as habilidades

e técnicas de asseguração para obter evidências apropriadas e suficientes sobre o

resultado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os critérios apli-

cáveis. O auditor independente pode obter essa evidência simultaneamente com a

mensuração ou avaliação do objeto, mas também pode obtê-la antes ou após tal

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mensuração ou avaliação. Exemplos de trabalho direto são a auditoria operacional

e auditoria de conformidade.

Auditoria interna versus auditoria externa:

ELEMENTOS AUDITORIA AUDITORIA


INTERNA EXTERNA
Sujeito Auditor interno (funcionário da Profissional independente
empresa)
Grau de independência Menos amplo Mais amplo

Objeto Controles internos Demonstrações contábeis

Finalidade Promover melhorias na gestão Opinar sobre demonstrações

Responsabilidade Realiza a auditoria contábil e a Realiza somente a auditoria


operacional e possui responsabi- contábil e possui responsabi-
lidade essencialmente trabalhista lidade profissional, civil e cri-
minal
Papel em relação aos con- Melhorar a sua eficácia Apontar deficiências nos con-
troles internos troles contábeis

Papel em relação a fraudes Auxiliar na prevenção e comunicar Detectar fraudes de efeito


a ocorrência à administração por relevante sobre as demonstra-
escrito ções

Interessados no trabalho A administração A empresa e o público em geral


Extensão dos trabalhos Maior Menor
Relatório principal Recomendações de controle Parecer sobre as demonstra-
interno e eficiência administrativa ções contábeis

O objetivo da firma de auditoria é estabelecer e manter um sistema de controle

de qualidade para obter segurança razoável que: a) a firma e seu pessoal cumprem

as normas técnicas e as exigências regulatórias e legais aplicáveis; e os relatórios

sobre demonstrações contábeis e demais relatórios emitidos pela firma e pelos só-

cios encarregados do trabalho são apropriados nas circunstâncias.

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Elementos do sistema de controle de qualidade:

• responsabilidades da liderança pela qualidade na firma;

• exigências éticas relevantes;

• aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos es-

pecíficos;

• recursos humanos;

• execução do trabalho;

• monitoramento.

Responsabilidade da liderança pela qualidade na firma. O presidente da

firma (sócio-gerente ou equivalente) ou a diretoria executiva da firma deve assumir

a responsabilidade final pelo sistema de controle de qualidade.

Exigências éticas relevantes. A firma deve estabelecer políticas e procedi-

mentos para fornecer segurança razoável de que a firma e seu pessoal cumprem

as exigências éticas relevantes. Alguns procedimentos:

• pelo menos uma vez por ano, a firma deve obter confirmação por escrito do

cumprimento de suas políticas e procedimentos sobre independência de todo

o pessoal da firma;

• definir salvaguardas para reduzir a ameaça de familiaridade a um nível acei-

tável ao usar o mesmo pessoal sênior em trabalho de asseguração por um pe-

ríodo de tempo prolongado (ex: rodízio do sócio encarregado do trabalho

e das pessoas responsáveis pela revisão do controle de qualidade do trabalho,

após o período de cinco anos).

Aceitação e continuidade do relacionamento com clientes. A firma deve

estabelecer políticas e procedimentos para a aceitação e continuidade do relaciona-

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mento com clientes e de trabalhos específicos, projetados para fornecer à firma se-

gurança razoável de que aceitará ou continuará esses relacionamentos e trabalhos,

apenas nos casos em que a firma: é competente para executar o trabalho e possui

habilidades, incluindo tempo e recursos, para isso; consegue cumprir as exigências

éticas relevantes; e considerou a integridade do cliente.

Execução do trabalho. A revisão do controle de qualidade do trabalho deve

ser concluída até a data do relatório para garantir a sua adequação e deve incluir

a: discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho; revi-

são das demonstrações contábeis ou outras informações sobre objeto e o relatório

proposto; revisão da documentação do trabalho selecionada relativa a julgamentos

significativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões obtidas; e avaliação

das conclusões obtidas para elaboração do relatório e consideração se esse relató-

rio proposto é apropriado.

Revisor do controle de qualidade. Pode ser o sócio, ou outro profissional da

firma, uma pessoa externa adequadamente qualificada, ou uma equipe composta

por essas pessoas, desse que: nenhuma delas tenha feito parte da equipe de tra-

balho cujo controle está sendo revisado e o revisor possua experiência e autoridade

suficientes e apropriadas.

Monitoramento. O monitoramento é contínuo e compreende a inspeção pos-

terior de uma amostra de trabalhos (pelo menos, um trabalho concluído para cada

sócio encarregado de trabalho). O responsável pelo monitoramento pode ser um

ou mais sócios, ou outras pessoas com experiência e autoridade suficientes e apro-

priadas na firma de auditoria para assumir essa responsabilidade. Não pode fazer

parte da equipe de inspeção alguém que tenha executado o trabalho nem revisado

o controle de qualidade do trabalho.

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MAPAS MENTAIS
Trabalhos de Asseguração

Conceito aumentar o grau de confiança dos usuários

razoável: risco aceitavelmente baixo


Níveis de asseguração
limitada: risco aceitável

Trabalhos
de Asseguração

trabalho de atestação
Tipos de asseguração
trabalho de relatório direto

- relacionamento entre 3 partes


- objeto apropriado
Elementos
- critérios adequados
- evidência suficiente e apropriada
- relatório por escrito

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Revisão do Controle Interno de Qualidade

Característica avaliação na data ou antes da data do relatório

- discussão de assuntos significativos com sócio


encarregado do trabalho
Escopo/Aspectos - revisão das DC e do relatório proposto
- revisão da documentação - julfgamentos signi-
ficativos
Revisão Controle
- avaliação das conclusões obtidas - relatório é
de qualidade
apropriado?

- somente para auditoria de DC de companhias


Obrigatoriedade abertas
- facultativo para outros trabalhos

Elementos - sócio ou outro profissional da firma


- pessoa externa qualificada
- pessoa da firma + pessoa externa
não pode ser alguém da equipe

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QUESTÕES DE CONCURSO
Conceito e Aplicação da Auditoria Contábil e Tipos de Auditoria: Audi-

toria Interna e Auditoria Externa

Questão 1    (CESPE/CGE-PB/2008) Com relação às origens da auditoria e seus ti-

pos, assinale a opção correta.

a) o surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das empresas

de captarem recursos de terceiros.

b) os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior necessidade

de recorrer aos auditores independentes para aferir a segurança, liquidez e renta-

bilidade de seus investimentos na empresa.

c) a auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um acompanha-

mento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa.

d) a auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do exame

das transações da empresa em relação aos seus dirigentes.

e) os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as demonstrações

contábeis que a empresa é obrigada a publicar.

Questão 2    (CESPE/TCE-TO/ANALISTA/2009) De acordo com a relação do auditor

com a entidade auditada, distinguem-se as auditorias interna e externa. Acerca

desse assunto, assinale a opção correta.

a) o vínculo de emprego do auditor interno lhe retira a independência profissional

desejável para atuar nos termos das normas vigentes.

b) as empresas, de um modo geral, independentemente de seu porte e da relação

custo-benefício, devem dispor de auditoria interna permanente.

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c) a auditoria interna não tem como objetivo precípuo a emissão de parecer sobre

as demonstrações contábeis, sendo executada mais para fins administrativos inter-

nos do que para prestação de contas a terceiros.

d) a auditoria externa deve prescindir do concurso da auditoria interna, sob pena

de ser induzida em seus exames e perder a desejável independência.

e) a auditoria externa deve atuar permanentemente e continuamente, exercendo

um controle prévio, concomitante e consequente.

Questão 3    (QUESTÃO INÉDITA) Quanto aos papéis e as responsabilidades da

auditoria interna e externa, é correto afirmar que

a) o assessoramento ao conselho fiscal ou órgão de atribuições semelhantes é de

responsabilidade dos auditores independentes.

b) enquanto o escopo dos trabalhos do auditor interno deve ser fixado pela gerên-

cia, o trabalho do auditor externo é predefinido no contrato.

c) o auditor interno tem responsabilidade essencialmente trabalhista, enquanto o

auditor externo possui responsabilidade profissional, civil e criminal.

d) auditoria interna goza de maior credibilidade perante os usuários do campo ex-

terno da empresa, por conhecer melhor a situação desta e por dispor de informa-

ções mais detalhadas.

e) a auditoria externa está mais habilitada a perceber as ineficiências de ordem

administrativa e operacional.

Questão 4    (FCC/TRE-CE/2012) É correto afirmar com relação aos objetivos da

auditoria interna que

a) os objetivos não variam e independente do tamanho da empresa ou do quadro

funcional devem cobrir totalmente as atividades.

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b) é totalmente responsável pela gestão de riscos, garantindo à gestão e gover-

nança da empresa a mitigação ou eliminação dos mesmos.

c) está subordinada aos órgãos de governança da empresa, sendo limitada sobre

a possibilidade de avaliar as questões de ordem ética, valores e cumprimento de

suas funções.

d) ela pode ser responsável por revisar a economia, eficiência e eficácia das ativi-

dades operacionais, incluindo as atividades não financeiras de uma entidade.

e) suas atribuições com relação ao cumprimento de leis e normas limitam-se a

aquelas pertinentes à área contábil e financeira, ficando as demais normas e leis

sob responsabilidade das áreas específicas.

Questão 5    (FCC/SEFAZ-SP/2010) As auditorias internas e externas atuam em

diferentes graus de profundidade e de extensão nas tarefas de auditoria. Embora

exista uma conexão nos trabalhos de ambas, é função da auditoria externa

a) acompanhar o cumprimento de normas técnicas e a política de administração da

empresa, na consecução dos seus objetivos.

b) avaliar e testar os sistemas de controles internos e contábil, em busca da razo-

ável fidedignidade das demonstrações financeiras.

c) desenvolver continuamente o trabalho de auditoria na empresa, concluindo as

tarefas com a elaboração de relatórios.

d) seguir as normas e procedimentos de auditoria na execução dos trabalhos, com

grau de independência limitado.

e) prevenir erros e fraudes, sugerindo aos administradores da empresa os ajustes

necessários.

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Questão 6    (FCC/TCE-PI/AUDITOR/2014) A auditoria interna

a) emite Parecer.

b) opina sobre as demonstrações Contábeis.

c) emite recomendações a entidade auditada.

d) é exercida por profissional independente.

e) é realizada de forma periódica.

Questão 7    (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2015) Quanto às diferenças entre audi-

toria externa e interna, é correto afirmar:

a) o auditor externo não pode ter vínculo empregatício com a empresa.

b) enquanto a auditoria externa deve ser realizada por contador com registro no

CRC, o Conselho Federal de Contabilidade não exige o mesmo na auditoria interna.

c) o objetivo da auditoria externa é assistir à administração no cumprimento dos

seus objetivos.

d) a auditoria externa é desenvolvida continuamente ao longo do tempo.

e) a auditoria interna é feita, necessariamente, por um empregado da empresa.

Questão 8    (FCC/TCE-RS/AUDITOR/2018) Quanto à relação existente entre audi-

torias interna e externa, é correto afirmar:

a) devem se manter independentes entre si tanto quanto possível, mantendo sigilo

acerca de seus respectivos achados.

b) embora exista auditoria interna e o auditor externo espere utilizar o trabalho

dessa função, não deve ele modificar a natureza, época ou extensão de seus pró-

prios procedimentos.

c) como regra, não cabe ao auditor externo determinar quais as áreas ou em que

extensão o trabalho da auditoria interna pode ser aproveitado para a auditoria ex-

terna.

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d) o auditor externo não deve determinar que o trabalho da auditoria interna é

adequado para os fins da sua auditoria.

e) admite-se o emprego da auditoria interna como assistência direta, entretanto,

nesse caso, o auditor independente deve dirigir, supervisionar e revisar o trabalho

executado pelos auditores internos de forma apropriada.

Questão 9    (FCC/TCE-RS/2014) A atividade que compreende os exames, análi-

ses, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados

para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade

dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao

ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir a administração da

entidade no cumprimento de seus objetivos, forma o conceito de auditoria

a) ambiental.

b) interna.

c) contábil.

d) de gestão.

e) de programa.

Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração

Questão 10    (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2015) As normas brasileiras de auditoria

definem e descrevem elementos, objetivos e outros aspectos dos trabalhos de as-

seguração. A respeito desse assunto, assinale a opção correta.

a) ao conduzir os trabalhos de auditoria, o auditor deve procurar obter asseguração

razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorções relevantes e

em conformidade com a estrutura do relatório financeiro, bem como deve apresen-

tar o relatório de auditoria em conformidade com as suas constatações.

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b) as normas brasileiras de auditoria estabelecem dois tipos de trabalhos de asse-

guração: razoável e limitado. O objetivo do primeiro tipo é reduzir o risco de tra-

balho de asseguração a um nível aceitável e o do segundo tipo é reduzir o risco do

trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo.

c) no planejamento da auditoria, devem-se considerar aspectos como: procedi-

mentos analíticos a serem aplicados, como, por exemplo, os de avaliação de risco;

entendimento global da estrutura jurídica e do ambiente regulatório da entidade e

como ela cumpre com os requerimentos dessa estrutura; a determinação da ma-

terialidade, independentemente da relevância, bem como o envolvimento de espe-

cialistas e a aplicação de outros procedimentos de avaliação de risco.

d) a estrutura conceitual estabelece normas próprias e exigências relativas a pro-

cedimentos para a execução de trabalhos de asseguração.

e) a documentação de auditoria deve fornecer evidências do cumprimento dos ob-

jetivos específicos para os quais a auditoria foi contratada. Entre esses objetivos

inclui-se evitar fraudes nas informações contábeis decorrentes da gestão.

Questão 11    (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) Um auditor independente exami-

nou se determinado critério de avaliação do objeto de asseguração inclui os devi-

dos pontos de referência e pode influenciar as conclusões no contexto do trabalho.

Nessa situação hipotética, o auditor realizou o exame de

a) entendimento.

b) relevância.

c) confiabilidade.

d) neutralidade.

e) integridade.

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Questão 12    (CESPE/AFTE-RS/2019) As normas brasileiras de auditoria tratam

dos riscos do trabalho e os diferenciam em relação aos trabalhos de asseguração

razoável e de asseguração limitada, existindo diferentes impactos no relatório de

auditoria. A respeito desse assunto, assinale a opção correta, de acordo com as

normas vigentes.

a) no trabalho de asseguração razoável, o auditor independente reduz o risco do

trabalho para um nível que seja aceitável nas circunstâncias do trabalho, mas que

ainda é maior do que para um trabalho de asseguração limitada.

b) a impossibilidade de obter evidências apropriadas e suficientes para formar uma

conclusão de asseguração razoável é razão aceitável para alterar o trabalho de as-

seguração razoável para um trabalho de asseguração limitada.

c) opinião não modificada no trabalho de asseguração razoável deve ser mantida

se as circunstâncias impedem que o auditor independente obtenha as evidências

necessárias para reduzir os riscos de trabalho ao nível apropriado.

d) se a administração impõe uma restrição que impede o auditor de obter as evi-

dências necessárias para reduzir o risco no trabalho de asseguração razoável ao

nível apropriado, deve ser emitida uma opinião não modificada no relatório de au-

ditoria.

e) no trabalho de asseguração razoável, a conclusão do auditor é expressa na for-

ma positiva para transmitir a sua opinião sobre o resultado da avaliação do objeto,

diferentemente do que ocorre no trabalho de asseguração limitada.

Princípios Éticos

Questão 13    (VUNESP/SPTRANS/AUDITOR PLENO/2012) A pessoa do auditor

deve ser a de alguém com profundo equilíbrio e probidade, uma vez que sua opi-

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nião influenciará outras pessoas, principalmente em relação a interesses finan-

ceiros e comerciais que eventuais acionistas, proprietários e outros interessados

possam ter. Nesse contexto, a figura do auditor seguirá alguns princípios básicos

da profissão, entre eles:

a) integridade, objetividade, ceticismo, conformismo, tempestividade e comporta-

mento profissional.

b) objetividade, ceticismo, profissionalismo, coerência e educação.

c) cumplicidade, coerência, confidencialidade, uniformidade de conclusões e con-

duta.

d) integridade, objetividade, competência e zelo profissional, confidencialidade e

comportamento (ou conduta) profissional.

e) comportamento pessoal, regularidade, tempestividade, julgamento e uniformi-

dade de conclusões.

Questão 14    (CONSULPLAN/EXAME CFC 1-2019) A NBC PG 100, de 24 de janeiro

de 2014 – Aplicação Geral aos Profissionais da Contabilidade “estabelece a estru-

tura conceitual que o profissional da contabilidade deve aplicar para: (a) identificar

ameaças ao cumprimento dos princípios éticos; (b) avaliar a importância das ame-

aças identificadas; e (c) aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as

ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável”.

Quanto aos princípios éticos que o profissional da contabilidade deve cumprir, ana-

lise as afirmativas a seguir.

I – Integridade: ser franco e honesto em todos os relacionamentos profissionais

e comerciais.

II – Objetividade: cumprir as leis e o regulamento pertinentes e evitar qualquer

ação que desacredite a profissão.

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III – Competência profissional e devido zelo: manter o conhecimento e a habilida-

de profissionais no nível adequado para assegurar que clientes e/ou empre-

gador recebam serviços profissionais competentes com base em desenvol-

vimentos atuais da prática, legislação e técnicas, e agir diligentemente e de

acordo com as normas técnicas e profissionais aplicáveis.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

a) I, II e III.

b) I, apenas.

c) I e II, apenas.

d) I e III, apenas.

Controle de Qualidade

Questão 15    (ESAF/ICMS-CE/2006) O programa de controle de qualidade deve

ser estabelecido de acordo com a estrutura da equipe técnica do auditor e a com-

plexidade dos serviços; assim, se o auditor não possuir equipe, em trabalho desta

natureza:

a) não poderá aceitar o trabalho visto ser de fundamental importância à existência

de estrutura técnica da equipe;

b) terá limitação na execução de parte do trabalho, tendo de compor parceria com

firma de auditoria maior;

c) o controle de qualidade é inerente à qualificação profissional do auditor, a qual

confirmará sua competência para a execução do trabalho;

d) o auditor deverá de forma obrigatória constar de seu parecer a limitação da

equipe técnica, ficando sob sua responsabilidade os trabalhos;

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e) a qualidade do trabalho fica sempre comprometida, sendo passível de punição

ética pelo Conselho Federal de Contabilidade.

Questão 16    (FGV/ICMS/RIO/2011) Considerando o que determina o Conselho

Federal de Contabilidade, assinale a alternativa correta.

a) pessoa externa qualificada é uma pessoa de dentro da firma com competência e

habilidades que poderia atuar como sócio encarregado do trabalho.

b) pelo menos uma vez a cada seis meses, a firma deve obter confirmação por

escrito do cumprimento de suas políticas e procedimentos sobre independência de

todo o pessoal da firma, que precisa ser independente por exigências éticas rele-

vantes.

c) no caso específico de trabalho de auditoria, o período de retenção seria normal-

mente de pelo menos quatro anos, a partir da data do relatório do auditor inde-

pendente ou, se superior, da data do relatório do auditor independente do grupo. A

documentação do trabalho é de propriedade da firma. A firma pode, a seu critério

disponibilizar partes ou trechos da documentação do trabalho aos clientes, desde

que essa divulgação não prejudique a validade do trabalho realizado ou, no caso de

trabalhos de asseguração, a independência da firma ou do seu pessoal.

d) equipe de trabalho são os sócios e o quadro técnico envolvidos no trabalho e

quaisquer pessoas contratadas pela firma ou uma firma da mesma rede para exe-

cutar procedimentos do trabalho. Isso exclui especialistas externos contratados

pela firma ou por firma da mesma rede.

e) recomenda-se, com vistas à manutenção da qualidade (independência), que

seja efetuado o rodízio do sócio do trabalho após o período de três anos.

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Questão 17    (FCC/TCM-PA/2010) Em relação à supervisão e ao controle de quali-

dade da auditoria independente, considere:

I – O auditor independente deve evitar o rodízio do pessoal responsável pela

execução dos serviços na entidade auditada, uma vez que a permanência do

pessoal gera ganhos no trabalho a ser executado devido à experiência acu-

mulada pela equipe.

II – Os auditores independentes − empresas ou profissionais autônomos − de-

vem implantar e manter regras e procedimentos de supervisão e controle

interno de qualidade, que garantam a qualidade dos serviços executados.

III – As regras e os procedimentos devem ser colocados à disposição do Conselho

Federal de Contabilidade para fins de acompanhamento e fiscalização, bem

como dos organismos reguladores de atividades do mercado, com vistas ao

seu conhecimento e acompanhamento, e dos próprios clientes, como afirma-

ção de transparência.

IV – Para os clientes que envolvam maiores riscos, o auditor deve indicar apenas

um responsável técnico quando da aceitação ou da retenção dos mesmos, da

revisão do planejamento, da discussão dos assuntos críticos durante a fase

de execução dos trabalhos e quando do seu encerramento.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e IV.

b) III e IV.

c) I e II.

d) II e III.

e) I e III.

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Questão 18    (ESAF/CVM/2010) O responsável pela revisão da qualidade dos tra-

balhos de auditoria deve realizar uma avaliação objetiva dos julgamentos significa-

tivos levando em conta os seguintes aspectos, exceto:

a) avaliação das conclusões atingidas ao elaborar o relatório e considerar se o re-

latório é apropriado.

b) discussão de assuntos significativos com o encarregado do trabalho.

c) revisão da documentação selecionada de auditoria relativa aos julgamentos sig-

nificativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões obtidas.

d) revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto.

e) discussão do julgamento e relatório com a direção da entidade auditada.

Questão 19    (FGV/SEFAZ-AP/AUDITOR/2010) De acordo com a norma relativa ao

controle de qualidade da auditoria das demonstrações contábeis, o revisor do con-

trole de qualidade do trabalho deve realizar uma avaliação objetiva dos julgamen-

tos feitos pela equipe de trabalho e as conclusões atingidas ao elaborar o relatório.

Essa avaliação deve envolver:

a) a discussão de todos os assuntos com o sócio encarregado do trabalho.

b) a revisão do plano de contas e dos sistemas contábeis e financeiros, bem como

do relatório proposto.

c) a revisão da documentação preparada pela auditoria relativa a todos os exames

relevantes feitos pela equipe de trabalho.

d) a avaliação do planejamento da auditoria, o relatório preliminar e a considera-

ção se o relatório é apropriado.

e) a revisão da documentação selecionada pela auditoria relativa aos julgamentos

significativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões obtidas.

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Questão 20    (ESAF/AFRFB/2012) A Revisão do Controle de Qualidade do Trabalho

é desenhada para fornecer uma avaliação objetiva, na data, ou antes da data, do

relatório, dos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e das con-

clusões a que se chegou durante a elaboração do relatório. Essa revisão deve ser

feita

a) por profissional qualificado e que tenha participado do processo de auditoria.

b) somente por profissional da firma que efetuou a auditoria e desde que não tenha

participado do trabalho.

c) após a entrega do relatório de auditoria ao cliente, permitindo a avaliação de

todo o trabalho, inclusive os eventos subsequentes.

d) somente por profissional externo a firma de auditoria e desde que tenha as qua-

lificações requisitadas.

e) também pelas firmas de auditoria de pequeno porte, podendo ser utilizado pro-

fissionais externos, desde que tenham as qualificações necessárias.

Questão 21    (ESAF/AFRFB/2014) É correto afirmar que:

1) a firma de auditoria tem por obrigação estabelecer e manter sistema de con-

trole de qualidade para obter segurança razoável que a firma e seu pessoal

cumprem com as normas profissionais e técnicas e as exigências legais e re-

gulatórias aplicáveis.

2) a firma de auditoria deve estabelecer e manter sistema de controle de quali-

dade para obter segurança razoável que os relatórios emitidos pela firma ou

pelos sócios do trabalho são apropriados nas circunstâncias.

3) o objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade

no nível do trabalho que forneçam ao auditor segurança razoável de que a au-

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ditoria está de acordo com normas profissionais e técnicas e exigências legais

e regulatórias aplicáveis.

a) Todas são falsas.

b) Somente 1 e 2 são verdadeiras.

c) Somente a 3 é verdadeira.

d) Somente a 2 é falsa.

e) Todas são verdadeiras.

Questão 22    (FGV/CUIABÁ/FISCAL/2014) Sobre a revisão do controle de qualida-

de do trabalho de auditoria, assinale a afirmativa correta.

a) é o processo que fornece uma avaliação subjetiva dos julgamentos feitos pela

equipe de trabalho.

b) deve ser feita em até 30 dias após a data do relatório.

c) é realizada apenas em companhias abertas.

d) o profissional mais experiente da equipe de trabalho é designado revisor de

controle de qualidade.

e) os especialistas externos contratados pela firma não fazem parte da equipe de

trabalho.

Questão 23    (FGV/RECIFE/ACI/2014) O sistema de controle de qualidade inclui

políticas e procedimentos que tratam dos seguintes elementos:

I – responsabilidades da liderança pela qualidade na firma;

II – exigências éticas relevantes;

III – aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos espe-

cíficos;

IV – recursos humanos;

V – execução do trabalho.

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Assinale:

a) se somente os elementos III e V estiverem corretos.

b) se somente os elementos I e II estiverem corretos.

c) se somente os elementos II, III e IV estiverem corretos.

d) se somente os elementos III, IV e V estiverem corretos.

e) se todos os elementos estiverem corretos.

Questão 24    (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Nas empresas de auditoria, o mo-

nitoramento destina-se a garantir que o controle de qualidade seja efetivo. Para

concretizar esse objetivo, o(s) responsável(is) pela execução do monitoramento

deve(m)

a) requerer que as pessoas que executarão a revisão do controle de qualidade de

determinados trabalhos não sejam envolvidas na inspeção desses mesmos traba-

lhos.

b) comunicar os requisitos de independência da empresa a seu pessoal e, quando

aplicável, a outras pessoas sujeitas a ela.

c) identificar e avaliar circunstâncias e relações que criem ameaças à independên-

cia, e tomar as medidas apropriadas.

d) aplicar medidas disciplinares contra aqueles que deixarem de cumprir políticas

e procedimentos da empresa, especialmente os reincidentes.

e) tratar de maneira apropriada as reclamações e alegações de que o trabalho re-

alizado pela empresa não está de acordo com as normas técnicas.

Questão 25    (CESPE/SDS-PE/CONTÁBEIS/2016) O revisor do controle de quali-

dade do trabalho da auditoria deve, para o trabalho de auditoria realizado, docu-

mentar

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a) procedimentos exigidos pelas políticas da firma sobre o controle de qualidade.

b) as conclusões sobre o cumprimento dos requisitos de independência.

c) as conclusões acerca da aceitação e continuidade de relacionamentos com clien-

tes.

d) a natureza e o alcance das consultas, bem como as conclusões delas resultan-

tes.

e) assuntos referentes ao cumprimento das exigências éticas relevantes.

Questão 26    (CESPE/AFTE/SEFAZ-RS/2019) A revisão da qualidade dos trabalhos

de auditoria é um processo que visa fornecer, na data do relatório, ou antes, uma

avaliação objetiva dos julgamentos relevantes feitos pela equipe de trabalho e das

conclusões atingidas ao se elaborar o relatório. Esse trabalho deve ser realizado por

a) membro da equipe de auditoria especialmente designado para esse fim.

b) pessoa especialmente designada pela empresa auditada e com a devida quali-

ficação técnica.

c) sócio da empresa de auditoria ou pelo auditor chefe da equipe que realizou a

auditoria.

d) sócio ou outro profissional da firma de auditoria, ou pessoa externa qualificada,

ou equipe formada por essas pessoas, nenhuma delas envolvida na auditoria.

e) profissional de contabilidade devidamente qualificado e certificado e que não

tenha participado ou interagido de qualquer forma com os trabalhos de auditoria,

ainda que integrante da empresa auditada.

Questão 27    (QUESTÃO INÉDITA) A respeito do controle de qualidade da firma

de auditoria independente das demonstrações contábeis, analise as afirmativas a

seguir.

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I – Pelo menos uma vez por ano, a firma deve obter confirmação por escrito

do cumprimento de suas políticas e procedimentos sobre independência de

todo o pessoal da firma, que precisa ser independente por exigências éticas

relevantes.

II – Revisão do controle de qualidade do trabalho é o processo projetado para

fornecer uma avaliação objetiva, antes ou depois da data do relatório do

auditor, dos julgamentos relevantes feitos pela equipe do trabalho e das con-

clusões obtidas ao elaborar o relatório.

III – Monitoramento é o processo que consiste na contínua consideração e ava-

liação do sistema de controle de qualidade da firma, incluindo a inspeção

periódica de uma seleção de trabalhos concluídos, projetados para fornecer

à firma segurança razoável de que seu sistema de controle de qualidade está

operando de maneira efetiva.

Estão corretas somente as afirmativas

a) I.

b) I e III.

c) II e III.

d) I e II.

e) I, II e III.

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GABARITO
1. a 25. a

2. c 26. d

3. c 27. b

4. d

5. b

6. c

7. a

8. e

9. b

10. a

11. e

12. e

13. d

14. d

15. c

16. d

17. d

18. e

19. e

20. e

21. e

22. e

23. e

24. a

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Conceito e Aplicação da Auditoria Contábil.
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GABARITO COMENTADO
Conceito e Aplicação da Auditoria Contábil e Tipos de Auditoria: Audi-

toria Interna e Auditoria Externa

Questão 1    (CESPE/CGE-PB/2008) Com relação às origens da auditoria e seus ti-

pos, assinale a opção correta.

a) o surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das empresas

de captarem recursos de terceiros.

b) os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior necessidade

de recorrer aos auditores independentes para aferir a segurança, liquidez e renta-

bilidade de seus investimentos na empresa.

c) a auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um acompanha-

mento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa.

d) a auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do exame

das transações da empresa em relação aos seus dirigentes.

e) os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as demonstrações

contábeis que a empresa é obrigada a publicar.

Letra a.

Na medida em que as empresas passam a captar recursos de terceiros, em forma

de investimentos, empréstimos, fornecimentos etc., surge a necessidade de uma

auditoria externa, independente dos administradores, para atestar a situação fi-

nanceira e patrimonial dessas entidades.

b) Errada. Os acionistas mais distantes da administração das empresas são aque-

les que apresentam maior necessidade de recorrer aos auditores independentes

para aferir a segurança de seus investimentos na empresa.

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c) Errada. Foi a auditoria interna que surgiu como decorrência da necessidade de

um acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa.

d) Errada. A auditoria externa é que constitui uma resposta à necessidade de in-

dependência do exame das transações da empresa em relação aos seus dirigentes.

A auditoria interna surge para dar uma resposta mais gerencial, de controle, asses-

soria e administração aos dirigentes das organizações.

e) Errada. O auditor externo é quem direciona o foco do trabalho para as demons-

trações contábeis, com o propósito de emitir uma opinião, geralmente materializa-

da em um parecer, sobre a exatidão dessas demonstrações. O âmbito de trabalho

ou escopo da auditoria interna compreende todas as áreas, operações e sistemas

de informação das organizações, inclusive o sistema contábil e financeiro.

Questão 2    (CESPE/TCE-TO/ANALISTA/2009) De acordo com a relação do auditor

com a entidade auditada, distinguem-se as auditorias interna e externa. Acerca

desse assunto, assinale a opção correta.

a) o vínculo de emprego do auditor interno lhe retira a independência profissional

desejável para atuar nos termos das normas vigentes.

b) as empresas, de um modo geral, independentemente de seu porte e da relação

custo-benefício, devem dispor de auditoria interna permanente.

c) a auditoria interna não tem como objetivo precípuo a emissão de parecer sobre

as demonstrações contábeis, sendo executada mais para fins administrativos inter-

nos do que para prestação de contas a terceiros.

d) a auditoria externa deve prescindir do concurso da auditoria interna, sob pena

de ser induzida em seus exames e perder a desejável independência.

e) a auditoria externa deve atuar permanentemente e continuamente, exercendo

um controle prévio, concomitante e consequente.

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Letra c.

Segundo Franco e Marra, uma das características que distingue a auditoria externa

é justamente o grau de independência que o auditor pode, e deve manter em rela-

ção à entidade auditada. Isso porque a auditoria interna geralmente não objetiva a

emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis, sendo executada mais para

fins administrativos internos do que para prestação de contas a terceiros.

a) Errada. O vínculo empregatício do auditor interno com a empresa e sua subor-

dinação à alta administração não lhe devem retirar a independência e a autonomia

necessárias ao bom desempenho de suas funções, que devem ser exercidas com a

mais absoluta independência, sem interferência da administração, que apesar de

sua função superiormente hierárquica, deve sujeitar-se também ao seu controle e

submeter a seu exame todos os atos por ela praticados. Alternativa incorreta.

b) Errada. Somente empresas de porte acima do médio comportam a manuten-

ção de auditor interno, para um controle permanente. A relação custo/benefício

não compensa a manutenção de uma atividade de auditoria interna em pequenas

organizações.

d) Errada. É desejável que os auditores internos e externos trabalhem em cola-

boração, programando em conjunto os serviços, de forma a evitar o retrabalho e

assegurar um controle mais eficiente e efetivo.

e) Errada. A auditoria interna é que atua permanentemente e continuamente,

exercendo um controle prévio, concomitante e consequente de todos os atos da

administração.

Questão 3    (QUESTÃO INÉDITA) Quanto aos papéis e as responsabilidades da

auditoria interna e externa, é correto afirmar que

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a) o assessoramento ao conselho fiscal ou órgão de atribuições semelhantes é de

responsabilidade dos auditores independentes.

b) enquanto o escopo dos trabalhos do auditor interno deve ser fixado pela gerên-

cia, o trabalho do auditor externo é predefinido no contrato.

c) o auditor interno tem responsabilidade essencialmente trabalhista, enquanto o

auditor externo possui responsabilidade profissional, civil e criminal.

d) auditoria interna goza de maior credibilidade perante os usuários do campo ex-

terno da empresa, por conhecer melhor a situação desta e por dispor de informa-

ções mais detalhadas.

e) a auditoria externa está mais habilitada a perceber as ineficiências de ordem

administrativa e operacional.

Letra c.

Segundo a literatura especializada, o auditor interno tem responsabilidade essen-

cialmente trabalhista, enquanto o auditor externo possui responsabilidade profis-

sional, civil e criminal.

a) Errada. Não é papel dos auditores independentes prestar assessoramento ao

conselho fiscal ou a qualquer outro agente de governança da organização auditada.

As responsabilidades do auditor externo restringem-se ao cumprimento das nor-

mas de auditoria, com o intuito de emitir opinião sobre as demonstrações contá-

beis e comunicar à administração e aos responsáveis pela governança a ocorrência

de erros e fraudes. Já o auditor interno deve estar capacitado a prestar o apoio

necessário ao Conselho Fiscal ou a órgãos equivalentes, no tocante à explanação,

comparação, análise, avaliação e opinião sobre os dados, cifras e fatos gerados pela

organização e fornecidos a esse conselho.

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b) Errada. O escopo dos trabalhos feitos pelo auditor interno normalmente é de-

terminado pela gerência (administração), enquanto a extensão do exame do audi-

tor externo é determinada pelas normas usuais reconhecidas no país ou requeridas

por legislação específica.

d) Errada. A auditoria externa goza de maior credibilidade perante os usuários do

campo externo da empresa, por conhecer melhor a situação desta e por dispor de

informações mais detalhadas.

e) Errada. A auditoria interna está mais habilitada a perceber as ineficiências de

ordem administrativa e operacional.

Questão 4    (FCC/TRE-CE/2012) É correto afirmar com relação aos objetivos da

auditoria interna que

a) os objetivos não variam e independente do tamanho da empresa ou do quadro

funcional devem cobrir totalmente as atividades.

b) é totalmente responsável pela gestão de riscos, garantindo à gestão e gover-

nança da empresa a mitigação ou eliminação dos mesmos.

c) está subordinada aos órgãos de governança da empresa, sendo limitada sobre

a possibilidade de avaliar as questões de ordem ética, valores e cumprimento de

suas funções.

d) ela pode ser responsável por revisar a economia, eficiência e eficácia das ativi-

dades operacionais, incluindo as atividades não financeiras de uma entidade.

e) suas atribuições com relação ao cumprimento de leis e normas limitam-se a

aquelas pertinentes à área contábil e financeira, ficando as demais normas e leis

sob responsabilidade das áreas específicas.

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Letra d.

Uma atribuição importante da auditoria interna é a revisão das atividades opera-

cionais da entidade. Assim, a função de auditoria interna pode ser responsável por

revisar a economia, eficiência e eficácia das atividades operacionais, incluindo as

atividades não financeiras de uma entidade.

a) Errada. Os objetivos das funções de auditoria interna variam amplamente e

dependem do tamanho e da estrutura da entidade e dos requerimentos da admi-

nistração e, quando aplicável, dos responsáveis pela governança.

b) Errada. Quanto à gestão de riscos, a função de auditoria interna pode ajudar

a organização mediante a identificação e avaliação das exposições significativas a

riscos e a contribuição para a melhoria da gestão de risco e dos sistemas de con-

trole. Logo, a auditoria interna não é totalmente responsável pela gestão de riscos,

pois essa responsabilidade é da administração, dos responsáveis pela governança

da empresa e demais empregados. Por outro lado, o gerenciamento de riscos não

garante que os riscos sejam eliminados, mas apenas reduzidos no sentido de tor-

ná-los compatíveis com o apetite a riscos da organização.

c) Errada. segundo as normas de auditoria, a função de auditoria interna pode

avaliar o processo de governança quanto à realização de seus objetivos de ética e

valores, administração de desempenho e prestação de contas, comunicando infor-

mações sobre risco e controle para as áreas adequadas da organização, e da eficá-

cia da comunicação entre as pessoas responsáveis pela governança, os auditores

internos e independentes e a administração.

e) Errada. As atribuições da auditoria interna com relação ao cumprimento de leis

e normas não se limitam àquelas pertinentes à área contábil e financeira. A fun-

ção de auditoria interna pode ser responsável por revisar a conformidade com leis,

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regulamentos e outros requerimentos externos e com políticas e normas da admi-

nistração e outros requerimentos internos, portanto, de forma ampla, envolvendo

a área contábil e financeira e as demais áreas administrativas e operacionais da

entidade.

Questão 5    (FCC/SEFAZ-SP/2010) As auditorias internas e externas atuam em

diferentes graus de profundidade e de extensão nas tarefas de auditoria. Embora

exista uma conexão nos trabalhos de ambas, é função da auditoria externa

a) acompanhar o cumprimento de normas técnicas e a política de administração da

empresa, na consecução dos seus objetivos.

b) avaliar e testar os sistemas de controles internos e contábil, em busca da razo-

ável fidedignidade das demonstrações financeiras.

c) desenvolver continuamente o trabalho de auditoria na empresa, concluindo as

tarefas com a elaboração de relatórios.

d) seguir as normas e procedimentos de auditoria na execução dos trabalhos, com

grau de independência limitado.

e) prevenir erros e fraudes, sugerindo aos administradores da empresa os ajustes

necessários.

Letra b.

Embora exista uma conexão nos trabalhos de ambas, é função da auditoria externa

avaliar e testar os sistemas de controles internos e contábil, em busca da razoável

fidedignidade das demonstrações financeiras. Acompanhar o cumprimento de nor-

mas técnicas e a política de administração da empresa, na consecução dos seus ob-

jetivos; desenvolver continuamente o trabalho de auditoria na empresa, concluindo

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as tarefas com a elaboração de relatórios; e prevenir erros e fraudes, sugerindo aos

administradores da empresa os ajustes necessários são funções ou atribuições da

auditoria interna. A auditoria externa deve seguir as normas e procedimentos de

auditoria na execução dos trabalhos, com alto grau de independência, possuindo os

auditores altos padrões de objetividade, imparcialidade e integridade.

Questão 6    (FCC/TCE-PI/AUDITOR/2014) A auditoria interna

a) emite Parecer.

b) opina sobre as demonstrações Contábeis.

c) emite recomendações a entidade auditada.

d) é exercida por profissional independente.

e) é realizada de forma periódica.

Letra c.

A auditoria interna é uma atividade de apoio à administração da entidade, que

visa a agregar valor ao resultado da organização, mediante a apresentação de

recomendações para aprimoramento da gestão e solução das não-conformidades

constatadas.

Questão 7    (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2015) Quanto às diferenças entre audi-

toria externa e interna, é correto afirmar:

a) o auditor externo não pode ter vínculo empregatício com a empresa.

b) enquanto a auditoria externa deve ser realizada por contador com registro no

CRC, o Conselho Federal de Contabilidade não exige o mesmo na auditoria interna.

c) o objetivo da auditoria externa é assistir à administração no cumprimento dos

seus objetivos.

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d) a auditoria externa é desenvolvida continuamente ao longo do tempo.


e) a auditoria interna é feita, necessariamente, por um empregado da empresa.

Letra a.
O auditor externo deve ser totalmente independente em relação à entidade audita-
da; não pode ter vínculo empregatício com a empresa.
b) Errada. o Conselho Federal de Contabilidade também exige que o auditor inter-
no, quando realize a auditoria contábil, seja contador com registro no CRC.
c) Errada. o objetivo da auditoria interna é assistir à administração no cumpri-
mento dos seus objetivos.
d) Errada. a auditoria interna é desenvolvida continuamente ao longo do tempo
(de forma permanente); a auditoria externa é eventual e periódica.
e) Errada. a auditoria interna pode ser realizada por um empregado da empresa
ou por um terceirizado. De todo modo, independentemente de ser do quadro da
empresa ou não, o profissional que exerce a atividade de auditoria interna seguirá
as normas estabelecidas pela entidade.

Questão 8    (FCC/TCE-RS/AUDITOR/2018) Quanto à relação existente entre audi-


torias interna e externa, é correto afirmar:
a) devem se manter independentes entre si tanto quanto possível, mantendo sigilo
acerca de seus respectivos achados.
b) embora exista auditoria interna e o auditor externo espere utilizar o trabalho
dessa função, não deve ele modificar a natureza, época ou extensão de seus pró-
prios procedimentos.
c) como regra, não cabe ao auditor externo determinar quais as áreas ou em que
extensão o trabalho da auditoria interna pode ser aproveitado para a auditoria ex-

terna.

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d) o auditor externo não deve determinar que o trabalho da auditoria interna é

adequado para os fins da sua auditoria.

e) admite-se o emprego da auditoria interna como assistência direta, entretanto,

nesse caso, o auditor independente deve dirigir, supervisionar e revisar o trabalho

executado pelos auditores internos de forma apropriada.

Letra e.

De acordo com a NBC TA 610, admite-se o emprego da auditoria interna como

assistência direta da auditoria externa, entretanto, nesse caso, o auditor indepen-

dente deve dirigir, supervisionar e revisar o trabalho executado pelos auditores

internos de forma apropriada.

a) Errada. As auditorias interna e externa trabalham em cooperação, não havendo

regra de sigilo acerca de seus respectivos achados.

b) Errada. Quando o auditor externo espera utilizar o trabalho da função auditoria

interna, a expectativa é que ele modifique a natureza, época ou extensão de seus

próprios procedimentos.

c) Errada. Se o auditor externo determinou que irá utilizar o trabalho da auditoria

interna é porque ele determinou quais áreas ou em que extensão o trabalho da

auditoria interna pode ser aproveitado para a auditoria externa.

d) Errada. O auditor externo deve determinar que o trabalho da auditoria interna

é adequado para os fins da sua auditoria.

Questão 9    (FCC/TCE-RS/2014) A atividade que compreende os exames, análi-

ses, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados

para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade

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dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao

ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir a administração da

entidade no cumprimento de seus objetivos, forma o conceito de auditoria

a) ambiental.

b) interna.

c) contábil.

d) de gestão.

e) de programa.

Letra b.

A atividade que compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e

comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade,

adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de in-

formações e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de

riscos, com vistas a assistir a administração da entidade no cumprimento de seus

objetivos, forma o conceito de auditoria interna.

Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração

Questão 10    (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2015) As normas brasileiras de auditoria

definem e descrevem elementos, objetivos e outros aspectos dos trabalhos de as-

seguração. A respeito desse assunto, assinale a opção correta.

a) ao conduzir os trabalhos de auditoria, o auditor deve procurar obter asseguração

razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorções relevantes e

em conformidade com a estrutura do relatório financeiro, bem como deve apresen-

tar o relatório de auditoria em conformidade com as suas constatações.

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b) as normas brasileiras de auditoria estabelecem dois tipos de trabalhos de asse-


guração: razoável e limitado. O objetivo do primeiro tipo é reduzir o risco de tra-
balho de asseguração a um nível aceitável e o do segundo tipo é reduzir o risco do
trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo.
c) no planejamento da auditoria, devem-se considerar aspectos como: procedi-
mentos analíticos a serem aplicados, como, por exemplo, os de avaliação de risco;
entendimento global da estrutura jurídica e do ambiente regulatório da entidade e
como ela cumpre com os requerimentos dessa estrutura; a determinação da ma-
terialidade, independentemente da relevância, bem como o envolvimento de espe-
cialistas e a aplicação de outros procedimentos de avaliação de risco.
d) a estrutura conceitual estabelece normas próprias e exigências relativas a pro-
cedimentos para a execução de trabalhos de asseguração.
e) a documentação de auditoria deve fornecer evidências do cumprimento dos ob-
jetivos específicos para os quais a auditoria foi contratada. Entre esses objetivos
inclui-se evitar fraudes nas informações contábeis decorrentes da gestão.

Letra a.
Ao realizar a auditoria das demonstrações contábeis, são objetivos gerais do audi-
tor obter segurança razoável de que as demonstrações como um todo estão livres
de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, pos-
sibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e apresentar relatório sobre as
demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs.
b) Errada. O objetivo dos trabalhos de asseguração razoável (auditoria) é reduzir
o risco de trabalho de asseguração a um nível aceitável baixo, enquanto o objetivo

dos trabalhos de asseguração limitada é reduzir o risco a um nível aceitável.

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c) Errada. A determinação da materialidade depende da relevância da informação

financeira para os usuários das demonstrações.

d) Errada. A estrutura conceitual não estabelece exigências relativas a procedi-

mentos para a execução de trabalhos de asseguração. A estrutura estabelece ape-

nas os objetivos e os elementos dos trabalhos de asseguração.

e) Errada. Não são objetivos da auditoria das demonstrações financeiras prevenir

ou evitar fraudes nas informações contábeis.

Questão 11    (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) Um auditor independente exami-

nou se determinado critério de avaliação do objeto de asseguração inclui os devi-

dos pontos de referência e pode influenciar as conclusões no contexto do trabalho.

Nessa situação hipotética, o auditor realizou o exame de

a) entendimento.

b) relevância.

c) confiabilidade.

d) neutralidade.

e) integridade.

Letra e.

Questão muito específica e de um nível avançado, já que exigiu que o candidato

soubesse distinguir cada uma das caraterísticas dos critérios utilizados em um tra-

balho de asseguração. E o pior, a banca nem elaborou a questão de acordo com

a estrutura conceitual básica para trabalhos de auditoria e revisão. Elaborou com

base na estrutura conceitual de outros trabalhos de asseguração: a NBC TO 01.

De acordo com a referida norma, o auditor deve avaliar a adequação dos critérios

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de avaliação ou de mensuração do objeto. Critérios adequados têm as seguintes

características:

• Relevância – critérios relevantes contribuem para a tomada de decisão pelos

usuários previstos;

• Integridade – critérios são suficientemente completos quando os fatores

relevantes, que podem influenciar nas conclusões no contexto do tra-

balho, não foram omitidos. Critérios completos incluem, quando relevantes,

pontos de referência (benchmarks) para divulgação e apresentação;

• Confiabilidade – critérios confiáveis permitem avaliação ou mensuração razo-

avelmente uniformes do objeto que inclui, quando relevante, a apresentação

e a divulgação, de acordo com a prática de mercado reconhecida em situa-

ções similares;

• Neutralidade – critérios neutros contribuem para conclusões sem vícios;

• Entendimento – critérios compreensíveis possibilitam conclusões claras e

completas e sem risco de interpretações significativamente diferentes.

Logo, verifica-se que a alternativa correta é a Letra e.

Questão 12    (CESPE/AFTE-RS/2019) As normas brasileiras de auditoria tratam

dos riscos do trabalho e os diferenciam em relação aos trabalhos de asseguração

razoável e de asseguração limitada, existindo diferentes impactos no relatório de

auditoria. A respeito desse assunto, assinale a opção correta, de acordo com as

normas vigentes.

a) no trabalho de asseguração razoável, o auditor independente reduz o risco do

trabalho para um nível que seja aceitável nas circunstâncias do trabalho, mas que

ainda é maior do que para um trabalho de asseguração limitada.

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b) a impossibilidade de obter evidências apropriadas e suficientes para formar uma

conclusão de asseguração razoável é razão aceitável para alterar o trabalho de as-

seguração razoável para um trabalho de asseguração limitada.

c) opinião não modificada no trabalho de asseguração razoável deve ser mantida

se as circunstâncias impedem que o auditor independente obtenha as evidências

necessárias para reduzir os riscos de trabalho ao nível apropriado.

d) se a administração impõe uma restrição que impede o auditor de obter as evi-

dências necessárias para reduzir o risco no trabalho de asseguração razoável ao

nível apropriado, deve ser emitida uma opinião não modificada no relatório de au-

ditoria.

e) no trabalho de asseguração razoável, a conclusão do auditor é expressa na for-

ma positiva para transmitir a sua opinião sobre o resultado da avaliação do objeto,

diferentemente do que ocorre no trabalho de asseguração limitada.

Letra e.

De acordo com a estrutura conceitual de trabalhos de asseguração, o objetivo do

trabalho de asseguração razoável é reduzir o risco do trabalho de asseguração a um

nível aceitavelmente baixo, considerando as circunstâncias do trabalho como base

para uma forma positiva de expressão da conclusão do auditor independente. Já no

trabalho de asseguração limitada, a opinião é negativa.

a) Errada. De acordo com a estrutura conceitual, no trabalho de asseguração ra-

zoável o objetivo é reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível aceitavel-

mente baixo, considerando as circunstâncias do trabalho.

b) Errada. A impossibilidade de obter evidências apropriadas e suficientes em tra-

balho de asseguração razoável não o torna um trabalho de asseguração limitada.

Este corresponde a um nível mais baixo de asseguração, pois os procedimentos de

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auditoria planejados e executados são propositadamente limitados em comparação

com os que seriam necessários para fornecer asseguração razoável. Não obstante,

é esperado que seja significativo para os usuários, mediante a obtenção de evidên-

cias apropriadas e suficientes.

c) Errada. Se o auditor não obtém evidências necessárias para reduzir os riscos do

trabalho ao nível apropriado (aceitavelmente baixo, no trabalho de asseguração),

a opinião tem que ser obrigatoriamente modificada.

d) Errada. Se houve restrição que impede o auditor de obter evidência, a opinião

será necessariamente modificada.

Princípios Éticos

Questão 13    (VUNESP/SPTRANS/AUDITOR PLENO/2012) A pessoa do auditor

deve ser a de alguém com profundo equilíbrio e probidade, uma vez que sua opi-

nião influenciará outras pessoas, principalmente em relação a interesses finan-

ceiros e comerciais que eventuais acionistas, proprietários e outros interessados

possam ter. Nesse contexto, a figura do auditor seguirá alguns princípios básicos

da profissão, entre eles:

a) integridade, objetividade, ceticismo, conformismo, tempestividade e comporta-

mento profissional.

b) objetividade, ceticismo, profissionalismo, coerência e educação.

c) cumplicidade, coerência, confidencialidade, uniformidade de conclusões e con-

duta.

d) integridade, objetividade, competência e zelo profissional, confidencialidade e

comportamento (ou conduta) profissional.

e) comportamento pessoal, regularidade, tempestividade, julgamento e uniformi-

dade de conclusões.

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Letra d.

Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor quando

da condução de auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos no Código

de Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de quali-

dade. Esses princípios estão em linha com os princípios do Código de Ética do IFAC,

cujo cumprimento é exigido dos auditores. Esses princípios são: (a) Integridade;

(b) Objetividade; (c) Competência e zelo profissional; (d) Confidencialidade; e (e)

Comportamento (ou conduta) profissional.

Questão 14    (CONSULPLAN/EXAME CFC 1-2019) A NBC PG 100, de 24 de janeiro

de 2014 – Aplicação Geral aos Profissionais da Contabilidade “estabelece a estru-

tura conceitual que o profissional da contabilidade deve aplicar para: (a) identificar

ameaças ao cumprimento dos princípios éticos; (b) avaliar a importância das ame-

aças identificadas; e (c) aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as

ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável”.

Quanto aos princípios éticos que o profissional da contabilidade deve cumprir, ana-

lise as afirmativas a seguir.

I – Integridade: ser franco e honesto em todos os relacionamentos profissionais

e comerciais.

II – Objetividade: cumprir as leis e o regulamento pertinentes e evitar qualquer

ação que desacredite a profissão.

III – Competência profissional e devido zelo: manter o conhecimento e a habilida-

de profissionais no nível adequado para assegurar que clientes e/ou empre-

gador recebam serviços profissionais competentes com base em desenvol-

vimentos atuais da prática, legislação e técnicas, e agir diligentemente e de

acordo com as normas técnicas e profissionais aplicáveis.

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Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

a) I, II e III.

b) I, apenas.

c) I e II, apenas.

d) I e III, apenas.

Letra d.

Estão corretas as afirmativas I e III. A afirmativa II corresponde ao princípio com-

portamento ou conduta profissional.

Controle de Qualidade

Questão 15    (ESAF/ICMS-CE/2006) O programa de controle de qualidade deve

ser estabelecido de acordo com a estrutura da equipe técnica do auditor e a com-

plexidade dos serviços; assim, se o auditor não possuir equipe, em trabalho desta

natureza:

a) não poderá aceitar o trabalho visto ser de fundamental importância à existência

de estrutura técnica da equipe;

b) terá limitação na execução de parte do trabalho, tendo de compor parceria com

firma de auditoria maior;

c) o controle de qualidade é inerente à qualificação profissional do auditor, a qual

confirmará sua competência para a execução do trabalho;

d) o auditor deverá de forma obrigatória constar de seu parecer a limitação da

equipe técnica, ficando sob sua responsabilidade os trabalhos;

e) a qualidade do trabalho fica sempre comprometida, sendo passível de punição

ética pelo Conselho Federal de Contabilidade.

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Letra c.

O programa de controle de qualidade deve ser estabelecido de acordo com a es-

trutura da equipe técnica do auditor e a complexidade dos serviços que realizar.

Contudo, no caso de o auditor atuar sem a colaboração de assistentes, o controle

da qualidade é inerente à qualificação profissional do auditor. Portanto, a alternati-

va correta é a “c”. As demais alternativas estão incorretas, pois não correspondem

a procedimentos a serem adotados no controle de qualidade, caso o auditor não

possua equipe técnica.

Questão 16    (FGV/ICMS/RIO/2011) Considerando o que determina o Conselho

Federal de Contabilidade, assinale a alternativa correta.

a) pessoa externa qualificada é uma pessoa de dentro da firma com competência e

habilidades que poderia atuar como sócio encarregado do trabalho.

b) pelo menos uma vez a cada seis meses, a  firma deve obter confirmação por

escrito do cumprimento de suas políticas e procedimentos sobre independência de

todo o pessoal da firma, que precisa ser independente por exigências éticas rele-

vantes.

c) no caso específico de trabalho de auditoria, o período de retenção seria normal-

mente de pelo menos quatro anos, a partir da data do relatório do auditor inde-

pendente ou, se superior, da data do relatório do auditor independente do grupo.

A documentação do trabalho é de propriedade da firma. A firma pode, a seu critério

disponibilizar partes ou trechos da documentação do trabalho aos clientes, desde

que essa divulgação não prejudique a validade do trabalho realizado ou, no caso de

trabalhos de asseguração, a independência da firma ou do seu pessoal.

d) equipe de trabalho são os sócios e o quadro técnico envolvidos no trabalho e

quaisquer pessoas contratadas pela firma ou uma firma da mesma rede para exe-

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cutar procedimentos do trabalho. Isso exclui especialistas externos contratados

pela firma ou por firma da mesma rede.

e) recomenda-se, com vistas à manutenção da qualidade (independência), que

seja efetuado o rodízio do sócio do trabalho após o período de três anos.

Letra d.

Equipe de trabalho são os sócios e o quadro técnico envolvidos no trabalho e quais-

quer pessoas contratadas pela firma ou uma firma da mesma rede para executar

procedimentos do trabalho. Isso exclui especialistas externos contratados pela fir-

ma ou por firma da mesma rede. Sobre a equipe de trabalho é que a firma deve

aplicar políticas e procedimentos para assegurar a qualidade dos trabalhos.

a) Errada. Pessoa externa qualificada é uma pessoa de fora da firma com com-

petência e habilidades que poderia atuar como sócio encarregado do trabalho, por

exemplo, um sócio de outra firma ou um empregado (com experiência apropriada)

de outra firma de auditoria, cujos membros podem realizar auditorias e revisões

de informações contábeis históricas ou outros serviços de asseguração e serviços

correlatos.

b) Errada. Anualmente, a  firma deve obter confirmação por escrito do cumpri-

mento de suas políticas e procedimentos sobre independência de todo o pessoal da

firma, que precisa ser independente por exigências éticas relevantes.

c) Errada. No caso específico de trabalho de auditoria, o período de retenção seria

normalmente de pelo menos cinco anos, a partir da data do relatório do auditor in-

dependente ou, se superior, da data do relatório do auditor independente do grupo.

e) Errada. Recomenda-se, com vistas à manutenção da qualidade (independên-

cia), que seja efetuado o rodízio do sócio do trabalho após o período de cinco anos.

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Questão 17    (FCC/TCM-PA/2010) Em relação à supervisão e ao controle de quali-

dade da auditoria independente, considere:

I – O auditor independente deve evitar o rodízio do pessoal responsável pela

execução dos serviços na entidade auditada, uma vez que a permanência do

pessoal gera ganhos no trabalho a ser executado devido à experiência acu-

mulada pela equipe.

II – Os auditores independentes − empresas ou profissionais autônomos − de-

vem implantar e manter regras e procedimentos de supervisão e controle

interno de qualidade, que garantam a qualidade dos serviços executados.

III – As regras e os procedimentos devem ser colocados à disposição do Conselho

Federal de Contabilidade para fins de acompanhamento e fiscalização, bem

como dos organismos reguladores de atividades do mercado, com vistas ao

seu conhecimento e acompanhamento, e dos próprios clientes, como afirma-

ção de transparência.

IV – Para os clientes que envolvam maiores riscos, o auditor deve indicar apenas

um responsável técnico quando da aceitação ou da retenção dos mesmos, da

revisão do planejamento, da discussão dos assuntos críticos durante a fase

de execução dos trabalhos e quando do seu encerramento.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e IV.

b) III e IV.

c) I e II.

d) II e III.

e) I e III.

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Letra d.

I – Errada. O auditor independente deve promover o rodízio do pessoal respon-

sável pela execução dos serviços na entidade auditada, para assegurar a indepen-

dência e a objetividade.

II – Correta. Os auditores independentes − empresas ou profissionais autônomos

− devem implantar e manter regras e procedimentos de supervisão e controle in-

terno de qualidade, que garantam a qualidade dos serviços executados.

III – Correta. As regras e os procedimentos devem ser colocados à disposição do

Conselho Federal de Contabilidade para fins de acompanhamento e fiscalização,

bem como dos organismos reguladores de atividades do mercado, com vistas ao

seu conhecimento e acompanhamento, e dos próprios clientes, como afirmação de

transparência.

IV – Errada. Para os clientes que envolvam maiores riscos, o auditor deve indicar

mais de um responsável técnico quando da aceitação ou da retenção dos mesmos,

da revisão do planejamento, da discussão dos assuntos críticos durante a fase de

execução dos trabalhos e quando do seu encerramento, em especial relativos ao

relatório. No caso de ser um único profissional prestador dos serviços de auditoria

independente, estes procedimentos devem ser executados com a participação de

outro profissional habilitado.

Questão 18    (ESAF/CVM/2010) O responsável pela revisão da qualidade dos tra-

balhos de auditoria deve realizar uma avaliação objetiva dos julgamentos significa-

tivos levando em conta os seguintes aspectos, exceto:

a) avaliação das conclusões atingidas ao elaborar o relatório e considerar se o re-

latório é apropriado.

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b) discussão de assuntos significativos com o encarregado do trabalho.

c) revisão da documentação selecionada de auditoria relativa aos julgamentos sig-

nificativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões obtidas.

d) revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto.

e) discussão do julgamento e relatório com a direção da entidade auditada.

Letra e.

De acordo com os itens 36 e 37 da NBC PA 01, a firma deve estabelecer políticas e

procedimentos especificando a natureza, época e extensão da revisão de controle

de qualidade do trabalho. Essas políticas e procedimentos devem requerer que a

data do relatório do trabalho não seja anterior a conclusão da revisão do controle

de qualidade do trabalho.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para requerer que a revisão de

controle de qualidade do trabalho inclua:

• discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho;

• revisão das demonstrações contábeis ou outras informações sobre objeto e o

relatório proposto;

• revisão da documentação do trabalho selecionada relativa a julgamentos sig-

nificativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões obtidas; e

• avaliação das conclusões obtidas para elaboração do relatório e consideração

se esse relatório proposto é apropriado.

Logo, não constitui procedimento de revisão de controle de qualidade a discussão

do julgamento e relatório de auditoria com a direção da entidade auditada.

Questão 19    (FGV/SEFAZ-AP/AUDITOR/2010) De acordo com a norma relativa ao

controle de qualidade da auditoria das demonstrações contábeis, o revisor do con-

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trole de qualidade do trabalho deve realizar uma avaliação objetiva dos julgamen-

tos feitos pela equipe de trabalho e as conclusões atingidas ao elaborar o relatório.

Essa avaliação deve envolver:

a) a discussão de todos os assuntos com o sócio encarregado do trabalho.

b) a revisão do plano de contas e dos sistemas contábeis e financeiros, bem como

do relatório proposto.

c) a revisão da documentação preparada pela auditoria relativa a todos os exames

relevantes feitos pela equipe de trabalho.

d) a avaliação do planejamento da auditoria, o relatório preliminar e a considera-

ção se o relatório é apropriado.

e) a revisão da documentação selecionada pela auditoria relativa aos julgamentos

significativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões obtidas.

Letra e.

Vamos relembrar o que estabelece a NBC PA 01 acerca dos objetos da revisão de

controle de qualidade do trabalho:

• discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho;

• revisão das demonstrações contábeis ou outras informações sobre objeto e o

relatório proposto;

• revisão da documentação do trabalho selecionada relativa a julgamentos sig-

nificativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões obtidas; e

• avaliação das conclusões obtidas para elaboração do relatório e consideração

se esse relatório proposto é apropriado.

a) Errada. Cuidado com as pegadinhas da banca. O auditor deve discutir assuntos

significativos com o sócio encarregado do trabalho e não todos os assuntos.

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b) Errada. Deve-se revisar as demonstrações contábeis ou outras informações so-

bre objeto e o relatório proposto e não o plano de contas e os sistemas contábeis

e financeiros.

c) Errada. A revisão será da documentação do trabalho selecionada relativa a jul-

gamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões obtidas e

não da documentação preparada pela auditoria relativa a todos os exames relevan-

tes feitos pela equipe de trabalho. Cabe lembrar que a revisão de qualidade é feita

em parte da documentação produzida pela equipe e relativa a julgamentos mais

significativos.

d) Errada. Não há previsão de que a avaliação incida sobre o planejamento e o

relatório preliminar. O correto seria a avaliação das conclusões obtidas para elabo-

ração do relatório e consideração se esse relatório proposto é apropriado e não. Ou

seja, o que se busca nessa avaliação é verificar a conformidade ou coerência entre

as conclusões e o conteúdo e o tipo de relatório e opinião do auditor.

Questão 20    (ESAF/AFRFB/2012) A Revisão do Controle de Qualidade do Trabalho

é desenhada para fornecer uma avaliação objetiva, na data, ou antes da data, do

relatório, dos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e das conclu-

sões a que se chegou durante a elaboração do relatório. Essa revisão deve ser feita

a) por profissional qualificado e que tenha participado do processo de auditoria.

b) somente por profissional da firma que efetuou a auditoria e desde que não tenha

participado do trabalho.

c) após a entrega do relatório de auditoria ao cliente, permitindo a avaliação de

todo o trabalho, inclusive os eventos subsequentes.

d) somente por profissional externo a firma de auditoria e desde que tenha as qua-

lificações requisitadas.

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e) também pelas firmas de auditoria de pequeno porte, podendo ser utilizado pro-

fissionais externos, desde que tenham as qualificações necessárias.

Letra e.

De acordo com a NBC PA 01, revisor de controle de qualidade do trabalho é o sócio,

ou outro profissional da firma, uma pessoa externa adequadamente qualificada, ou

uma equipe composta por essas pessoas, nenhuma delas fazendo parte da equipe

de trabalho, com experiência e autoridade suficientes e apropriadas para avaliar

objetivamente os julgamentos relevantes feitos pela equipe de trabalho e as con-

clusões obtidas para elaboração do relatório.

A NBC PA 01, ao estabelecer considerações específicas para a revisão de controle

de qualidade para firma menor (de pequeno porte), define que pessoas externas

adequadamente qualificadas podem ser contratadas quando um único profissional

ou firmas de pequeno porte identificam trabalhos que requerem revisão do contro-

le de qualidade do trabalho. Alternativamente, alguns profissionais individuais ou

algumas firmas de pequeno porte podem desejar usar outras firmas para facilitar

a revisão do controle de qualidade dos trabalhos. Quando a firma contrata pessoas

externas, deve-se verificar se o revisor externo possui a qualificação e a objetivi-

dade necessárias.

Questão 21    (ESAF/AFRFB/2014) É correto afirmar que:

1) a firma de auditoria tem por obrigação estabelecer e manter sistema de con-

trole de qualidade para obter segurança razoável que a firma e seu pessoal

cumprem com as normas profissionais e técnicas e as exigências legais e re-

gulatórias aplicáveis.

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2) a firma de auditoria deve estabelecer e manter sistema de controle de quali-

dade para obter segurança razoável que os relatórios emitidos pela firma ou

pelos sócios do trabalho são apropriados nas circunstâncias.

3) o objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade

no nível do trabalho que forneçam ao auditor segurança razoável de que a au-

ditoria está de acordo com normas profissionais e técnicas e exigências legais

e regulatórias aplicáveis.

a) Todas são falsas.

b) Somente 1 e 2 são verdadeiras.

c) Somente a 3 é verdadeira.

d) Somente a 2 é falsa.

e) Todas são verdadeiras.

Letra e.

De acordo com a NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurí-

dicas e Físicas) de Auditores Independentes que executam exames de auditoria e

revisões de informação contábil histórica e outros trabalhos de asseguração e de

serviços correlatos, item 11, a firma tem por obrigação estabelecer e manter siste-

ma de controle de qualidade para obter segurança razoável que: (a) a firma e seu

pessoal cumprem com as normas profissionais e técnicas e as exigências legais e

regulatórias; aplicáveis; e (b) os relatórios emitidos pela firma ou pelos sócios do

trabalho são apropriados nas circunstâncias.

Questão 22    (FGV/CUIABÁ/FISCAL/2014) Sobre a revisão do controle de qualida-

de do trabalho de auditoria, assinale a afirmativa correta.

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a) é o processo que fornece uma avaliação subjetiva dos julgamentos feitos pela

equipe de trabalho.

b) deve ser feita em até 30 dias após a data do relatório.

c) é realizada apenas em companhias abertas.

d) o profissional mais experiente da equipe de trabalho é designado revisor de

controle de qualidade.

e) os especialistas externos contratados pela firma não fazem parte da equipe de

trabalho.

Letra e.

Segundo as normas, equipe de trabalho são os sócios e o quadro técnico envolvidos

no trabalho e quaisquer pessoas contratadas pela firma ou uma firma da mesma

rede para executar procedimentos do trabalho. Isso exclui especialistas externos

contratados pela firma ou por firma da mesma rede.

a) Errada. Revisão do controle de qualidade do trabalho é o processo projetado

para fornecer uma avaliação objetiva, na data, ou antes, da data do relatório, dos

julgamentos relevantes feitos pela equipe do trabalho e das conclusões obtidas ao

elaborar o relatório.

b) Errada. A revisão deve ser feita na data, ou antes, da data do relatório.

c) Errada. O processo de revisão do controle de qualidade do trabalho é elabora-

do para auditoria de demonstrações contábeis de companhias abertas e os outros

trabalhos, se houver, para os quais a firma determinou a necessidade de revisão do

controle de qualidade do trabalho.

d) Errada. Não podem participar da revisão os membros da equipe de trabalho.

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Questão 23    (FGV/RECIFE/ACI/2014) O sistema de controle de qualidade inclui

políticas e procedimentos que tratam dos seguintes elementos:

I – responsabilidades da liderança pela qualidade na firma;

II – exigências éticas relevantes;

III – aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos espe-

cíficos;

IV – recursos humanos;

V – execução do trabalho.

Assinale:

a) se somente os elementos III e V estiverem corretos.

b) se somente os elementos I e II estiverem corretos.

c) se somente os elementos II, III e IV estiverem corretos.

d) se somente os elementos III, IV e V estiverem corretos.

e) se todos os elementos estiverem corretos.

Letra e.

Todos os itens correspondem a elementos que compõem o sistema de controle de

qualidade das auditorias.

Questão 24    (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Nas empresas de auditoria, o mo-

nitoramento destina-se a garantir que o controle de qualidade seja efetivo. Para

concretizar esse objetivo, o(s) responsável(is) pela execução do monitoramento

deve(m)

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a) requerer que as pessoas que executarão a revisão do controle de qualidade de

determinados trabalhos não sejam envolvidas na inspeção desses mesmos traba-

lhos.

b) comunicar os requisitos de independência da empresa a seu pessoal e, quando

aplicável, a outras pessoas sujeitas a ela.

c) identificar e avaliar circunstâncias e relações que criem ameaças à independên-

cia, e tomar as medidas apropriadas.

d) aplicar medidas disciplinares contra aqueles que deixarem de cumprir políticas

e procedimentos da empresa, especialmente os reincidentes.

e) tratar de maneira apropriada as reclamações e alegações de que o trabalho re-

alizado pela empresa não está de acordo com as normas técnicas.

Letra a.

A firma deve estabelecer um processo de monitoramento para fornecer segurança

razoável de que as políticas e os procedimentos relacionados com o sistema de con-

trole de qualidade são relevantes, adequados e estão operando de maneira efetiva.

Esse processo deve, entre outros aspectos, requerer que as pessoas que executam

o trabalho ou a revisão do controle de qualidade do trabalho não estejam envolvi-

das na inspeção desses trabalhos.

Nas demais alternativas da questão, quem tem a responsabilidade por comuni-

car os requisitos de independência da empresa a seu pessoal e, quando aplicável,

a outras pessoas sujeitas a ela (letra b), identificar e avaliar circunstâncias e rela-

ções que criem ameaças à independência, e tomar as medidas apropriadas (letra

c), aplicar medidas disciplinares contra aqueles que deixarem de cumprir políticas

e procedimentos da empresa, especialmente os reincidentes (letra d) e tratar de

maneira apropriada as reclamações e alegações de que o trabalho realizado pela

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empresa não está de acordo com as normas técnicas (letra e) é a firma de auditoria

e não os responsáveis pelo monitoramento do sistema de controle de qualidade.

Questão 25    (CESPE/SDS-PE/CONTÁBEIS/2016) O revisor do controle de quali-

dade do trabalho da auditoria deve, para o trabalho de auditoria realizado, docu-

mentar

a) procedimentos exigidos pelas políticas da firma sobre o controle de qualidade.

b) as conclusões sobre o cumprimento dos requisitos de independência.

c) as conclusões acerca da aceitação e continuidade de relacionamentos com clien-

tes.

d) a natureza e o alcance das consultas, bem como as conclusões delas resultan-

tes.

e) assuntos referentes ao cumprimento das exigências éticas relevantes.

Letra a.

De acordo com a NBC PA 01, no que concerne à documentação da revisão de con-

trole de qualidade do trabalho, a firma deve estabelecer políticas e procedimentos

sobre a documentação da revisão de controle de qualidade do trabalho, requerendo

que a documentação indique se:

• os procedimentos requeridos pelas políticas da firma sobre revisão de contro-

le de qualidade do trabalho foram adotados;

• a revisão de controle de qualidade do trabalho foi concluída na data ou antes

da data do relatório ou do relatório; e

• o revisor não tomou conhecimento de assuntos não resolvidos que poderiam

levá-lo a acreditar que os julgamentos significativos feitos pela equipe de tra-

balho e as conclusões obtidas não eram apropriados.

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As demais alternativas não correspondem a aspectos verificados na revisão do con-

trole de qualidade e, portanto, não devem ser documentados.

Questão 26    (CESPE/AFTE/SEFAZ-RS/2019) A revisão da qualidade dos trabalhos

de auditoria é um processo que visa fornecer, na data do relatório, ou antes, uma

avaliação objetiva dos julgamentos relevantes feitos pela equipe de trabalho e das

conclusões atingidas ao se elaborar o relatório. Esse trabalho deve ser realizado por

a) membro da equipe de auditoria especialmente designado para esse fim.

b) pessoa especialmente designada pela empresa auditada e com a devida quali-

ficação técnica.

c) sócio da empresa de auditoria ou pelo auditor chefe da equipe que realizou a

auditoria.

d) sócio ou outro profissional da firma de auditoria, ou pessoa externa qualificada,

ou equipe formada por essas pessoas, nenhuma delas envolvida na auditoria.

e) profissional de contabilidade devidamente qualificado e certificado e que não

tenha participado ou interagido de qualquer forma com os trabalhos de auditoria,

ainda que integrante da empresa auditada.

Letra d.

De acordo com a NBC PA 01 e NBC TA 220, o revisor do controle de qualidade do

trabalho é o sócio, ou outro profissional da firma, uma pessoa externa adequada-

mente qualificada, ou uma equipe composta por essas pessoas, nenhuma delas

fazendo parte da equipe de trabalho, com experiência e autoridade suficientes e

apropriadas para avaliar objetivamente os julgamentos relevantes feitos pela equi-

pe de trabalho e as conclusões obtidas para elaboração do relatório.

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Questão 27    (QUESTÃO INÉDITA) A respeito do controle de qualidade da firma

de auditoria independente das demonstrações contábeis, analise as afirmativas a

seguir.

I – Pelo menos uma vez por ano, a  firma deve obter confirmação por escrito

do cumprimento de suas políticas e procedimentos sobre independência de

todo o pessoal da firma, que precisa ser independente por exigências éticas

relevantes.

II – Revisão do controle de qualidade do trabalho é o processo projetado para

fornecer uma avaliação objetiva, antes ou depois da data do relatório do

auditor, dos julgamentos relevantes feitos pela equipe do trabalho e das con-

clusões obtidas ao elaborar o relatório.

III – Monitoramento é o processo que consiste na contínua consideração e ava-

liação do sistema de controle de qualidade da firma, incluindo a inspeção

periódica de uma seleção de trabalhos concluídos, projetados para fornecer

à firma segurança razoável de que seu sistema de controle de qualidade está

operando de maneira efetiva.

Estão corretas somente as afirmativas

a) I.

b) I e III.

c) II e III.

d) I e II.

e) I, II e III.

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Letra b.

I – Correta. Nos termos da NBC PA 01 e NBC TA 220, pelo menos uma vez por

ano, a firma deve obter confirmação por escrito do cumprimento de suas políticas

e procedimentos sobre independência de todo o pessoal da firma, que precisa ser

independente por exigências éticas relevantes.

II – Errada. Revisão do controle de qualidade do trabalho é o processo projetado

para fornecer uma avaliação objetiva, na data ou antes da data do relatório, dos

julgamentos relevantes feitos pela equipe do trabalho e das conclusões obtidas ao

elaborar o relatório.

III  – Correta. Nos termos da NBC TA 220, monitoramento é um processo que

consiste na contínua consideração e avaliação do sistema de controle de qualidade

da firma, incluindo a inspeção periódica de uma seleção de trabalhos concluídos,

projetado para fornecer à firma segurança razoável de que seu sistema de controle

de qualidade está operando de maneira efetiva.

Fim da aula!

Bons estudos e até a próxima aula!

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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Marcelo C. Auditoria – Um curso moderno e completo. São Paulo:

Atlas, 2009.

BARRETO, Davi; GRAEFF, Fernando. Auditoria. Teoria e Exercícios Comentados.

2. ed. São Paulo: Editora Método, 2011.

BOYTON, W.C.; JOHNSON, R.N.; KELL, W.G. Auditoria. São Paulo: Atlas, 2002.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil – Teoria e Prática. 8. ed. São Pau-

lo: Atlas, 2012.

FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil. 4. ed. São Paulo, Atlas, 2001.

LONGO, Claudio Gonçalo. Manual de Auditoria e Revisão de Demonstrações

Financeiras. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

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