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de Licenciatura em contabilidade e
Auditoria de Interna
ENSINO ONLINE.
Manual de Licenciatura do Curso de Licenciatura em
Contabilidade e Auditoria
Auditoria de Interna
Beira - Moçambique
Telefone: 23323501
Cel: +258
Fax: 23323501
E-mail: direcção@isced.ac.mz
Website: www.isced.ac.mz
1
Agradecimentos
Pela coordenação
Direcção Académica
Pelo design
Direcção de Qualidade e Avaliação do
ISCED
Financiamento e Logística
Instituto Africano de Promoção e Educação
a Distância (IAPED),
Revisão Final
Ivete Mussilipo, Licenciada em
Contabilidade e Auditoria
2
Visão geral 6
Avaliação ....................................................................................................................... 15
1
2 .1 Controlo interno administrativo ...........................................................................31
2.2 Processo de auditoria e sua etapas.....................................................................36
3
2.3 Plano, programa e trabalho de auditoria…………………………………………………………38
4
5.2. Tipos de relatorios de auditoria ............................................................................158
5
Visão geral
Objectivos do Módulo
Páginas introdutórias
▪ Um índice completo.
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma
introdução, objectivos, conteúdos.
7
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só
depois é que aparecem os exercícios de avaliação.
8
e a subsequente nota. Também constará do exame do fim do
módulo. Pelo que, caro estudante fazer todos os exercícios de
avaliação é uma grande vantagem.
Comentários e sugestões
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das folhas. Estes icones
servem para identificar diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma
parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Habilidades de estudo
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação crítica dos conteúdos
(ESTUDAR).
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado durante um
determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da matéria em profundidade e
passar só ao seguinte quando achar que já domina bem o anterior.
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e estudar, que saber
tudo superficialmente! Mas a melhor opção é juntar o útil ao agradável: Saber com
profundidade todos conteúdos de cada tema, no módulo.
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por tempo superior a uma
hora. Estudar por tempo de uma hora intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de
10
descanso (chama-se descanso à mudança de actividades). Ou seja que durante o intervalo
não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das actividades obrigatórias.
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual obrigatório, pode conduzir ao
efeito contrário: baixar o rendimento da aprendizagem. Por que o estudante acumula um
elevado volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando interferência
entre os conhecimento, perde sequência lógica, por fim ao perceber que estuda tanto mas
não aprende, cai em insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente
incapaz!
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma avaliação. Aprenda a ser
estudante de facto (aquele que estuda sistematicamente), não estudar apenas para
responder a questões de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude
pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que está a se formar.
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar
durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o utilizar
produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades.
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma necessidade para
o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A colocação de notas nas margens
pode ajudar a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as partes que
está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes,
pode também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados com o que
está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão do texto
e não depois de uma primeira leitura; Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito
cujo significado não conhece ou não lhe é familiar;
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o material de estudos
impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas como falta de clareza, alguns erros de
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concordância, prováveis erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas
trocadas ou invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento e apoio ao
estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, escreva
mesmo uma carta participando a preocupação.
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes (Pedagógico e Administrativo),
é a de monitorar e garantir a sua aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância
da comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se torna incontornável:
entre estudantes, estudante – Tutor, estudante – CR, etc.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem a oportunidade de
interagir fisicamente com staff do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do
ISCED indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste período pode apresentar
dúvidas, tratar assuntos de natureza pedagógica e/ou administrativa.
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% do tempo de estudos a
distância, é muita importância, na medida em que permite lhe situar, em termos do grau
de aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se precisa
de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver habito de debater assuntos
relacionados com os conteúdos programáticos, constantes nos diferentes temas e
unidade temática, no módulo.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento dos prazos
de entrega, implica a não classificação do estudante. Tenha sempre presente que a nota
dos trabalhos de campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da
disciplina/módulo.
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Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os mesmos devem ser
dirigidos ao tutor/docente.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os mesmos devem
ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do autor.
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma transcrição à letra de mais
de 8 (oito) palavras do testo de um autor, sem o citar é considerada plágio. A honestidade,
humildade científica e o respeito pelos direitos autorias devem caracterizar a realização dos
trabalhos e seu autor (estudante do ISCED).
Avaliação
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, estando eles fisicamente
separados e muito distantes do docente/tutor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez
seja uma avaliação mais fiável e consistente.
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com um mínimo de 90% do
total de tempo que precisa de estudar os conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de
contacto presencial conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A
avaliação do estudante consta detalhada do regulamentada de avaliação.
1
Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade intelectual de outras
pessoas, sem prévia autorização.
13
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) trabalhos e 1 (um) (exame).
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados como ferramentas de
avaliação formativa.
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TEMA – I: Introdução a Auditoria.
UNIDADE Temática 1.1 Introdução e noções fundamentais da Matemática
financeira.
Objectivos
•
Avaliação das actividades das empresas;
Conhecer os procedimentos para prevenir
as fraudes em contabilidade.
Introdução
Etimologicamente a palavra “auditoria” tem a sua origem no verbo
latino audire, que significa “ouvir”, e que conduziu à criação da
palavra “auditor” (do latim auditore) como sendo aquele que ouve.
Isto pelo fato de nos primórdios da auditoria os auditores tirarem
as suas conclusões fundamentadamente com base nas
informações verbais que lhes eram transmitidas.
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1.1.2 Noções Fundamentais da Auditoria interna
Quanto ao conteúdo
• Auditoria das demonstrações
e finalidade
financeiras ou contábil
• Auditoria de conformidade
Quanto à amplitude
• Auditoria geral
• Auditoria parcial
Quanto ao período
temporal que analisa • Auditoria de informação histórica
• Auditoria da informação previsional
Quanto à obrigatoriedade
• Auditoria de fonte legal
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devese levar em consideração o conjunto de normas e procedimentos
da entidade, bem como os controles internos criados e implantados
por ela, visando certificar a avaliação do sistema de controle interno.
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1.2. TIPOS DE AUDITORIA
Sob a óptica do conteúdo e finalidade, a IN SFC nº 01/2001
categoriza e conceitua os tipos de auditoria, conforme apresentado
no QUADRO .
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Auditoria de Realizada ao longo dos processos de gestão, com
Acompanhamento o objetivo de se atuar em tempo real sobre os
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Auditoria Contábil Compreende o exame dos registros e
documentos e na coleta de informações e
confirmações, mediante procedimentos
específicos, pertinentes ao controle do
patrimônio de uma unidade, entidade ou
projeto. Objetivam obter elementos
comprobatórios suficientes que permitam
opinar se os registros contábeis foram efetuados
de acordo com os princípios fundamentais de
contabilidade e se as demonstrações deles
originárias refletem, adequadamente, em seus
aspectos mais relevantes, a situação econômico-
financeira do patrimônio, os resultados do
período administrativo examinado e as demais
situações nelas demonstradas. Tem por objeto,
também, verificar a efetividade e a aplicação de
recursos externos, oriundos de agentes
financeiros e organismos internacionais, por
unidades ou entidades públicas executoras de
projetos celebrados com aqueles organismos
com vistas a emitir opinião sobre a adequação e
fidedignidade das demonstrações financeiras
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Auditoria Consiste em avaliar as ações gerenciais e os
Operacional procedimentos relacionados ao processo
operacional, ou parte dele, das unidades ou
entidades da administração pública federal,
programas de governo, projetos, atividades, ou
segmentos destes, com a finalidade de emitir
uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos
da eficiência, eficácia e economicidade,
procurando auxiliar a administração na gerência
e nos resultados, por meio de recomendações,
que visem aprimorar os procedimentos,
melhorar os controles e aumentar a
responsabilidade gerencial. Este tipo de
procedimento auditorial, consiste numa
atividade de assessoramento ao gestor público,
com vistas a aprimorar as práticas dos atos e
fatos administrativos, sendo desenvolvida de
forma tempestiva no contexto do setor público,
atuando sobre a gestão, seus programas
governamentais e sistemas informatizados.
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Atualmente, as auditorias realizadas no âmbito da UFMG
enquadram-se nas modalidades de: Auditoria de Avaliação de Gestão,
Auditoria Contábil e Auditoria Especial.
Competência regimental
A unidade de auditoria tem como competência:
sistemas operacionais;
V - orientar subsidiariamente os gestores quanto aos princípios e
normas de controle interno, inclusive quanto à sistemática de
prestação de contas;
23
VIII - elaborar o Plano Anual de Actividades de Auditoria Interna
correspondente ao exercício seguinte, bem como o Relatório Anual das
Actividades desenvolvidas pelo órgão.
Áreas de actuação
A área de atuação da unidade de auditoria abrange todas as unidades
gestoras e de suas atividades relacionadas com as fundações de apoio
e assistencial no que tange à gestão dos recursos públicos federais,
constituindo-se objeto de exames amostrais os processos de trabalho,
com ênfase para:
24
h) A verificação do cumprimento das normas internas e da legislação
pertinente;
a) Competência técnico-profissional
O contador, na função de auditor, deve manter o seu nível de competência
profissional pelo conhecimento atualizado das Normas
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b) Autonomia profissional
O auditor, não obstante sua posição funcional deve preservar sua
autonomia profissional.
e) Sigilo
O auditor deve respeitar o sigilo relativamente às informações obtidas
durante o seu trabalho, não as divulgando para terceiros, sob
nenhuma circunstância, sem autorização expressa da entidade em que
atua.
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O dever de manter o sigilo continua depois de terminado o vínculo
empregatício ou contratual.
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• Assumir, directa ou indirectamente, serviços de qualquer
natureza, com prejuízo moral ou desprestígio para a classe.
Sumario
As organizações desempenham um importante papel no
desenvolvimento da sociedade como um todo, actuando em vários
29
segmentos financeiros. Entretanto, o actual cenário passa por
mudanças económicas, culturais e sociais.
EXERCICIO DE AUTO-AVALIACAO
1. Um dos objectivos gerais do auditor ao conduzir a auditoria de
demonstrações contábeis é obter segurança razoável de que
essas demonstrações:
30
TEMA – II: CONTROLO INTERNO.
2.1 Controlo interno administrativo ...............................
2.2 Processo de auditoria e sua etapas ..........................
Introdução
O enfoque que a imprensa vem dando ao controle interno é,
predominantemente, vinculado a actos fraudulentos. Escândalos,
lobbies, propinas e manipulações de demonstrativos financeiros são
exemplos que têm sido apresentados como resultado da negligência
generalizada com os controles empresariais. Ainda que essa visão
possa ser verificada e comprovada em alguns casos, se escreve,
relativamente pouco, sobre a importância dos controles empresariais
em condições de normalidade dos negócios. Tal fato permite e
estimula uma pesquisa sobre o controle interno com uma visão,
principalmente, voltada para o gerenciamento e eficácia das empresas.
❖ Objectivo
O tema tem por objectivo, prepar o estudante sobre o processo
de controle interno nas empresas, onde vem sendo abordado
com ênfase em fraudes. O foco fraude, aparentemente, está
desalinhado de um padrão existente na literatura acadêmica
31
disponível. Essas fontes consagram o controle interno,
prioritariamente, como elemento de gestão. Supõe-se que o
controle interno tende a favorecer o processo de gestão não
apenas quanto à prevenção de fraudes. Para tal, o estudo busca
elementos que configurem uma outra função, considerada
mais importante, dos controles internos para a gestão das
empresas.
32
Os controles internos podem ser:
a) Preventivos (buscam evitar que fatos indesejáveis ocorram);
b) Detectores (para
detectar e corrigir fatos indesejáveis já ocorridos);
c) Diretivos (para provocar ou encorajar a ocorrência de um
fato desejável.
33
instrumentos auxiliares de gestão relativamente a todos os níveis
hierárquico-organizacionais.
34
relacionada com a competência, formação profissional e
integridade do pessoal.
35
g) Aderência a diretrizes e normas legais: o controle interno
administrativo deve assegurar observância às diretrizes, planos,
normas, leis, regulamentos e procedimentos administrativos, e que os
atos e fatos de gestão sejam efetuados mediante atos legítimos,
relacionados com a finalidade da unidade ou entidade.
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2.2. PROCESSO DE AUDITORIA E SUA ETAPAS
O Processo de Auditoria compreende o conjunto de etapas destinado
a examinar a regularidade e avaliar a eficiência da gestão
administrativa e dos resultados alcançados, bem como apresentar
subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos
e controles internos de uma organização. Para atingir esse objectivo,
o auditor necessita planejar adequadamente seu trabalho a fim de
avaliar o sistema de controlos internos relacionados com a matéria
auditada e estabelecer a natureza, a extensão e a profundidade dos
procedimentos de auditoria a serem realizados, bem como colher as
evidências comprobatórias de suas constatações para a formação de
sua opinião.
c) Execução de Auditoria
37
até a Execução, quando são aplicadas técnicas de auditoria para
aferir os níveis de segurança e adequação dos controles;
1.PLANO DE AUDITORIA
38
5.MONITORAMENTO DO 2.PLANEJAMENTO DOS
TRABALHO DE TRABALHOS
39
1º Na descrição das acções de auditoria interna, para cada objecto a
ser auditado, serão consignadas as seguintes informações:
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Na fase de Planejamento, a equipe de auditoria procede à colecta e análise
das informações necessárias para prover o adequado conhecimento e
compreensão do objecto da auditoria, bem como possibilitar a definição
das questões que serão examinadas na fase seguinte.
42
Deve, ainda, o auditor, documentar seu planejamento geral e
preparar programa de trabalho por escrito, detalhando o que for
necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados,
em termos de natureza, oportunidade e extensão. O planejamento e
os programas de trabalho devem ser revisados e actualizados sempre
que novos fatos o recomendarem.
43
➢ Constituição da equipe de trabalho com a adequada qualificação
mediante designação expressa em Ordem de Serviço emitida pelo
Titular da Unidade de Auditoria Interna, indicando os parâmetros
para execução dos exames;
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O programa de auditoria é uma definição ordenada de objectivos,
determinação de escopo e roteiro de procedimentos detalhados,
destinado a orientar a equipe de auditoria; configura-se na essência
operacional do trabalho de auditagem relativamente a uma área
específica da entidade ou a gestão de determinado sistema
organizacional e deve estabelecer os procedimentos para a
identificação, análise, avaliação e registo da informação durante a
execução do trabalho.
e) Objectivos;
f) Cronograma dos trabalhos;
g) Equipe de auditores internos;
h) Custos envolvidos;
i) Tick-marks utilizadas;
j) Procedimentos;
45
A utilização criteriosa do programa de auditoria permite à equipe
avaliar, em campo, sobre a conveniência de ampliar os exames (testes
de auditoria) quanto à extensão e/ou a profundidade, caso necessário.
• Objecto
• Escopo do exame;
• Tick-marks utilizadas;
a) Objecto
Definição sucinta das características da área ou da actividade a ser
auditada, propiciando ao auditor um nível mínimo de informações que
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permite avaliar, desde logo, a magnitude, importância, complexidade
da área e, portanto, a problemática de controle que terá pela frente.
b) Objectivo da auditoria
Objectivo da auditoria significa o propósito da actividade programada
e é o principal elemento de referência dos trabalhos que determinará
o tipo e a natureza da auditoria. Os objectivos da auditoria
condicionam a determinação do escopo e a metodologia a ser
aplicada e podem ser para:
✓ Prevenir resultados;
c) Escopo do trabalho
Escopo é a delimitação estabelecida para a implementação dos
programas de auditoria. A determinação do Escopo, para ser
consistente, deve guardar compatibilidade com os objectivos da
47
auditoria programada e contemplar os seguintes elementos
estruturais:
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São as seguintes as espécies de riscos operacionais:
o Risco humano (erro não intencional; qualificação;
fraude); o Risco de processo (modelagem;
transação; conformidade; controle; técnico); o
Risco tecnológico (equipamentos; sistemas;
confiabilidade da informação).
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Avaliar risco em auditoria interna significa identificar, medir e priorizar
os riscos para possibilitar a focalização das áreas auditáveis mais
significativas. A avaliação do risco é utilizada para identificar as áreas
mais importantes dentro do seu âmbito de atuação, permitindo ao
auditor interno delinear um planejamento de auditoria capaz de testar
os controlos mais significativos para as questões de auditoria que se
mostrarem materialmente e criticamente relevantes.
50
e) Procedimentos de auditoria a serem executados
Conjunto de acções ordenadas que permitam ao auditor
controlar a execução de seu trabalho e, ao mesmo tempo, habilitá-lo a
expressar sua opinião sobre os controles internos da organização. São
os passos da fase de execução do processo de auditoria e
compreendem os levantamentos de dados, a aplicação de roteiros e
check list, colecta das evidências, aplicação das técnicas de auditoria,
registos em papeis de trabalho, e demais procedimentos necessários a
formar e fundamentar a opinião do auditor.
g) Cronograma detalhado
É a definição do tempo necessário para a execução de cada fase
do trabalho, dimensionando-se assim, qual o prazo previsto para a
realização da auditoria e entrega dos resultados.
h) Tick-marks utilizadas
Para auxiliar na utilização do programa de auditoria, devem ser
utilizadas marcas (símbolos) usuais de verificação denominadas
tickmarks. A principal função de tais marcas é evidenciar qual o tipo de
51
revisa que foi efetuada sobre aquele item marcado. As marcas a serem
utilizadas são:
c) Conferido ( )
d) Cálculo conferido ( Σ )
e) Ponto de relatório ( X )
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Esta Comissão foi patrocinada por cinco grandes associações de
profissionais de classe ligadas à área financeira, sendo totalmente
independente de suas entidades patrocinadoras:
54
como The COSO Report (metodologia COSO I), que se tornou referência
mundial para o estudo e aplicação dos controles internos.
55
de uma estratégia, que fosse de fácil utilização pelas organizações,
para avaliar e melhorar o próprio gerenciamento de riscos.
56
✓ definir componentes, objectivos e objectos do controle interno
em um modelo integrado;
57
diferentes configurações (Unidade de negócio, Divisão, Departamento,
Sector, etc.) as quais deverão implantar e ser avaliadas. Por fim, os
cinco componentes de controle estão na terceira dimensão: ambiente
de controle, avaliação de riscos, atividades de controle, informação e
comunicação e o monitoramento.
O modelo COSO II
Devido a crescente preocupação com o gerenciamento de riscos, em
2001, o “COSO13” solicitou à PricewaterhouseCoopers (empresa que
presta serviços de auditoria, consultoria tributária e societária,
consultoria de negócios em diversos países) que desenvolvesse uma
estratégia de fácil utilização pelas organizações para que elas
pudessem avaliar e melhorar o próprio gerenciamento de riscos.
58
Em relação ao modelo anterior, o COSO agregou entre as categorias de
objetivos, o estratégico e mais três componentes, totalizando oito
componentes de controle (ambiente interno, fixação de objetivos,
identificação de eventos, avaliação de riscos, resposta a risco,
atividades de controle, informações e comunicações, e
monitoramento) inter-relacionados do gerenciamento de riscos
corporativos, pela qual a administração gerencia a organização
ampliando, desse modo, o conceito de controle interno como
exemplifica a matriz tridimensional apresentada na FIG abaixo.
Componentes
Objectos de controle
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fazer para atingir os objectivos; a face lateral representa os níveis da
organização objectos da gestão de riscos.
60
como os gestores atuam para minimizar esses riscos, por meio de
controles internos e de outras respostas.
a) Objetivos
Para a realização dos objectivos fundamentais estabelecidos na missão
e visão da organização o modelo estrutural definiu quatro categorias
de objectivos comuns a praticamente todas as organizações (face
61
4. Conformidade: aderência às leis e regulamentações aplicáveis à
entidade, e às normas, políticas, aos planos e procedimentos da
própria organização.
b) Objectos de controle
A face lateral do cubo representa os níveis ou áreas da organização
que são objecto da gestão de riscos e da incidência do controle
interno. Observe-se que a visão integrada dos elementos do modelo
demonstra o contexto das acções da administração ao gerenciar riscos
e estabelecer controles na organização, em nível da entidade como
um todo ou em nível da cada parte que a compõe. Assim temos:
62
c) Componentes
A face frontal do cubo representa oito componentes do gerenciamento
de riscos, incorporando o sistema de controle interno, ou seja, aquilo
que é necessário prover (os meios) para atingir os objectivos
estabelecidos nas categorias da face superior do cubo. O modelo é
composto de oito componentes inter-relacionados, por meio dos quais
uma organização gerência os riscos de maneira integrada ao processo
de gestão.
✓ Avaliação de risco
✓ Actividades de controle
✓ Informação e comunicação
✓ Monitoramento
Note, ainda, que aos elementos acima, do Coso I, o Coso II
acrescentou os seguintes, de maneira a permitir uma abordagem
mais consistente do gerenciamento de riscos:
✓ Fixação de objectivos
✓ Identificação de eventos
✓ Resposta a risco
63
O estudo e o entendimento do detalhamento desses
componentes são de importância fundamental para a realização de
trabalhos de avaliação, pois eles constituem a base dos critérios de
avaliação de estruturas de gestão de riscos e controle interno em nível
de entidade e para a implementação e avaliação de controles em nível
de actividades, processos ou operações específicos.
64
Ambiente Interno O ambiente interno é um dos mais importantes componentes
da estrutura. Ele é a base, o alicerce para todos os outros
componentes da gestão de riscos e do sistema de controle
interno, provendo disciplina e estrutura e proporcionando a
atmosfera na qual as pessoas conduzem cotidianamente suas
atividades e executam suas responsabilidades. O ambiente
interno é moldado pela história e cultura da organização e, por
sua vez, molda, de maneira explícita ou não, a maneira como os
negócios nela são conduzidos. É o que chamamos de tom da
organização, refletindo a cultura de riscos e a forma como eles
são encarados e gerenciados, influenciando a consciência de
controle das pessoas. Compreende ao tom de uma organização
e fornece a base pela qual os riscos são identificados e
abordados pelo seu pessoal, inclusive a filosofia de
gerenciamento de riscos, o apetite ao ímpeto, à integridade e
os valores éticos, além do ambiente em que estes estão. Os
fatores que compõem o ambiente interno incluem integridade
e valores éticos, competência das pessoas, “perfil dos
superiores” (ou seja, a filosofia da direção e o estilo gerencial:
“o exemplo vem de cima.”), estrutura organizacional e de
governança, atribuição de autoridade e responsabilidade,
políticas e práticas de recursos humanos.
65
Fixação de objectivos É o processo de desenvolver e determinar estratégias para
gerenciar os riscos identificados. A administração escolhe as
respostas aos perigos - evitando, aceitando, reduzindo ou
compartilhando – desenvolvendo uma série de medidas para
alinhar os riscos com a tolerância e com o apetite a risco. Evitar
é a decisão de não iniciar ou de descontinuar a actividade
sujeita ao risco. Reduzir é a adopção de medidas para reduzir a
probabilidade ou a consequência dos riscos ou até mesmo
ambos. Compartilhar é mitigar a consequência e/ou
probabilidade de ocorrência do risco por meio da transferência
ou compartilhamento de uma parte do risco, mediante
contratação de seguros, operações de headging ou
terceirização de atividades nas quais a organização não tem
expertise. Aceitar é não tomar, deliberadamente, nenhuma
medida para alterar a probabilidade ou a consequência do risco.
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Ao seleccionar respostas a riscos, a administração deve
controle identificar as Actividades de controle necessárias para
assegurar que tais respostas sejam executadas de forma
adequada e oportuna. As Actividades de controle consistem em
políticas e procedimentos estabelecidos, e de fato executados,
para actuar sobre os riscos e contribuir para que os objectivos
da organização sejam alcançados dentro dos padrões
estabelecidos. Elas devem estar distribuídas por toda a
organização, em todos os níveis e em todas as funções,
conforme requeridas pelas decisões de resposta a riscos. Elas
incluem uma gama de controles preventivos e detectivos.
Exemplos de controles preventivos e detectivos: atribuição de
autoridade e limites de alçada; procedimentos de autorização
e aprovação; segregação de funções ou atividades; rotatividade
de funções; revisões independentes, verificações e
conciliações; avaliações de desempenho operacional;
avaliações de operações, processos e atividades; supervisão
direta; controles de acesso a recursos e registros.
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Informação e A importância do controle interno para a gestão das
comunicação organizações está no seu potencial informativo para dar
suporte ao processo decisório em todos os níveis, de maneira
que todos possam cumprir suas responsabilidades,
favorecendo o alcance dos objetivos. Todos na organização
devem receber mensagens claras quanto ao seu papel e ao
modo como suas atividades influenciam e se relacionam com
o trabalho dos demais na consecução dos objetivos fixados. A
habilidade da administração para tomar decisões apropriadas
é afetada pela qualidade da informação, que deve ser
apropriada, oportuna, atual, precisa e acessível, fluindo do
nível da administração para o nível de execução – transmitindo
diretrizes e correções de rumo – e no sentido inverso –
transmitindo dados e resultados relacionados aos objetivos
perseguidos. As informações relevantes são identificadas,
colhidas e comunicadas de forma, e no prazo, que permitam
que cumpram as responsabilidades. A comunicação pode ser
feita em diversos meios, como manuais de políticas e
procedimentos, memorandos, mensagens de correio
eletrônico, quadro de avisos, videoconferências, vídeos
institucionais, páginas na internet/intranet, blogs, canais de
redes sociais. As políticas e procedimentos relacionados às
atividades de controle e as regras internas necessárias ao
funcionamento da entidade, tais como políticas corporativas,
procedimentos e fluxos operacionais, funções e
responsabilidades devem ser formalmente comunicadas
68
Monitoramento O objetivo do monitoramento é avaliar a qualidade do controle
interno ao longo do tempo, buscando assegurar que ele
continue a funcionar efetivamente como previsto, que as
respostas aos riscos e as atividades de controle sejam
modificadas apropriadamente, de acordo com mudanças nas
condições que alterem o nível de exposição a riscos da
organização e das atividades por ela desenvolvidas. A avaliação
de controles internos é o procedimento utilizado para realizar o
monitoramento e consiste em verificar a eficácia do sistema de
controle interno (em nível de entidade) e das atividades de
controle inerentes aos processos (em nível de atividades). O
monitoramento é realizado através de atividades gerenciais
contínuas, ou avaliações independentes (auditorias interna e
externa), ou de ambas as formas.
70
Em nível de entidade, quando os objectivos de auditoria são voltados
para a avaliação global do sistema de controle interno (unidades de
negócio, secretarias, superintendências, departamentos, áreas etc.)
com o propósito de verificar se está adequadamente concebido e se
funciona de maneira eficaz. Em outras palavras, significa diagnosticar a
presença e o funcionamento de todos os componentes e elementos da
estrutura de controle interno utilizada como referência.
71
A etapa do planejamento envolve basicamente três atividades:
72
conseguinte, os instrumentos para aplicá-las configurar-se-ão como:
roteiros de entrevistas, questionários de pesquisa, roteiros de
observação directa e procedimentos para exames documentais. Há
ainda o instrumento denominado questionário de avaliação de
controle interno (QACI), talvez o mais utilizado, e por isso, escolhido
para execução desse trabalho.
73
fase final é a comunicação de resultados por meio do relatório seguido
do monitoramento (follow-up).
74
organização. Como exemplo, pode-se identificar o processo de
licitação no setor público.
Figura
1. Cadastrar dados de
bens ou servvicos
necessitados;
Suprimentos (Macroprocesso)
2. Aanalisar dados
solicitados quanto a
especificacao;
Licitacao (Processo)
3. Verificar se há
previsão no programa
Requisicao (Subprocesso) interno de trabalho;
4. Verificar a
disponibilidade de
recursos;
75 5. Despachar dados
para orcamentacao;
essa diferenciação é importante para o adequado preenchimento da
matriz de riscos e controles.
76
Uma vez levantado e documentado o processo, deve-se
proceder a sua validação, que é o procedimento de confirmação pelo
qual o auditor assegura que o processo, tal como foi registado, é o que
está sendo efectivamente praticado, podendo ser realizado por meio
de procedimento de confirmação ou confirmado pelo responsável pelo
processo.
77
Sumario
Através da pesquisa realizada, ainda que não se possa encerrar
definitivamente a questão, pode-se considerar que o controle interno
representa uma fonte relevante para informar e suportar as decisões
dos gestores. É possível identificar elementos que configuram a
importância do controle interno em sua utilidade informativa. O
trabalho apresenta argumentos que entendem o controle não só um
suporte decisório importante, mas também é possível vislumbrar um
vínculo do controle interno e eventos de descontinuidade empresarial,
baseando-se na literatura de controles disponível.
EXERCICIO DE AUTO-AVALIACAO
78
4. O principal objectivo do auditor independente na avaliação do
controle interno é:
79
TEMA – III: TEORIA DA AMOSTRAGEM APLICADA A AUDITORIA.
3.1 Criterios e tecnicas de amostragem .........................
Exercícios de avaliação.
Introdução
80
controle (unidade organizacional, sistema, área, processo de trabalho,
programa de governo ou acção) objecto de exame pelos auditores
internos. O volume de recursos disponíveis no orçamento é indicador
de materialidade.
81
Representa o perfil organizado, por área, dos pontos fracos de uma
organização.
82
O auditor interno, ao recorrer a uma amostra, reduzirá a população a
dimensões menores, sem perda das características essenciais.
83
Porém, existem casos onde não se recomenda a utilização de amostragem,
tais como:
Essa limitação faz com que o método não sirva de suporte para uma
argumentação, visto que a extrapolação dos resultados não é passível
de demonstração segundo as normas de cálculo existentes hoje.
Contudo, é inegável a sua utilidade dentro de determinados contextos,
tal como, na busca exploratória de informações ou sondagem, quando
84
se deseja obter informações detalhadas sobre questões particulares,
durante um espaço de tempo específico.
85
internas não é necessário seleccionar especialmente operações
de montante elevado. Pelo contrário, para testes substantivos
não interessará tanto a extensão da amostra, mas sim o
montante total testado.
86
Se, porém, o valor dos erros que afectam a população, extrapolado a
partir dos erros existentes na amostra ultrapassar aquele limite, o
nível de erro torna-se inaceitável.
87
✓ No entanto, qualquer que seja o critério utilizado, o auditor deve
sempre executar o seu trabalho considerando quatro fases
distintas, a saber:
✓ A amostragem sistemática;
✓ A amostragem numérica.
Amostragem em blocos
88
A amostragem por blocos consiste em seleccionar um determinado
período, analisando-se todos os documentos respeitantes a esse
período ou todos os documentos referentes a um processamento
Amostragem sistemática
89
✓ Seleccionar o item de começo, a partir, por exemplo, de uma tabela
de números aleatórios
90
Esta técnica tem grande aplicação na realização de testes
substantivos, relativos, por exemplo, à confirmação de saldos de
clientes e à valorimetria das existências.
91
auditor imputa o mesmo peso a cada acontecimento,
independentemente do valor monetário.
✓ Qual a precisão?
92
No caso da dimensão do universo não constar da tabela deve
utilizarse a linha imediatamente antes ou, então, proceder à
interpolação linear.
previamente o intervalo de
amostragem, o que poderá ser feito através de dois
processos: Decidir qual o erro máximo aceitável para o
trabalho em causa e determinar o factor de risco, tendo em
conta o controle interno existente. O factor de risco varia
93
entre 1 e 3, correspondendo, este último, a um elevado
grau de risco.
Qualquer que seja a técnica escolhida deverá ter por base dois aspectos
essenciais: cada análise tem as suas especificidades próprias e os custos
da auditoria não deverão ser inflacionados pela utilização de
procedimentos desajustados face aos resultados pretendidos.
94
Assim, entendemos que, Risco de Auditoria pode ser definido como a
possibilidade de o auditor deixar de modificar apropriadamente sua
opinião sobre a matéria incorrecta, seja por erros ou por
irregularidades existentes, mas não detectados pelo seu exame, ou
seja:
95
auditoria é que os auditores não podem examinar todas as possíveis
evidências referentes a todas as transações. O modelo de risco de
auditoria orienta auditores na colecta de evidências, para que eles
possam atingir o desejado grau de segurança razoável.
96
Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor opinar incorrectamente
sobre a gestão auditada - considerando eficiente uma gestão
ineficiente, ou vice-versa. É o risco do erro no posicionamento:
avaliação equivocada, acompanhamento inoportuno ou projecção
inadequada. É também a possibilidade de o auditor vir a escolher
pontos de controle inadequados, para os propósitos do trabalho de
auditoria, implicando em avaliações, acompanhamentos ou projecções
impertinentes, como também a possibilidade de não detectar a
existência de deficiências materiais na unidade auditada.
98
✓ Tempo desde a última auditoria - efeitos de uma auditoria
diminui com o tempo;
• Risco inerente;
Risco de
controle;
• Risco de
detecção.
a) Risco Inerente
Consiste na susceptibilidade de erro em uma atitude ou procedimento
operacional ou mesmo uma classe de transações, devido à inexistência
99
ou inadequação dos correspondentes controles internos, e que poderá
ser material quando agregado ao erro em outros saldos ou classe.
b) Risco de Controle
É o risco de que o erro em uma atitude ou procedimento operacional
ou classe de transacções, que poderá ser material quando agregado
ao erro em outros procedimentos operacionais ou classe, não será
evitado ou detectado tempestivamente pelo sistema de controle
interno. O nível deste risco é uma função da efectividade dos
procedimentos de controle interno para atingir seus objectivos
amplos, mas jamais será nulo devido às limitações inerentes em
qualquer sistema dependente do elemento humano para
funcionamento.
c) Risco de Detecção
É o risco de que o resultado da execução dos procedimentos de
auditoria enganosamente induza o
auditor a concluir pela inexistência de erro que de fato existe em uma
atitude ou procedimento operacional ou em uma classe de
100
operação/transacção. Que poderá ser material quando combinado
com os erros em outros procedimentos operacionais e classes. O risco
de detecção é uma função da eficácia dos procedimentos de auditoria
e da maneira pela qual eles são executados.
Sumario
Inerente à amostragem em auditoria está o risco de amostragem, ou
seja, o risco das conclusões do auditor, baseadas numa amostra, serem
diferentes das conclusões a que chegaria se analisasse toda a
população. O risco de amostragem reduz-se à medida que a amostra
aumenta, no extremo podemos dizer que analisando toda a população
o auditor deixaria de correr risco de amostragem, mas tal abordagem
traria um custo monetário e temporal muito elevado, sendo
impraticável numa auditoria financeira. Podemos assim dizer que em
qualquer auditoria deve ser pesada a relação custo/ benefício quando
se está a determinar uma amostra.
101
TEMA IV: PAPEIS DE TRABALHOS DE AUDITORIA, PROPRIETADA,
UTILIDADE E EVIDENCIAS.
4.1 Execucal de trabalho de auditoria ............................
4.2 Reuniao de abertura de trabalho com o auditado ...
4.3 Estudo e avaliacao dos controlos internos ...............
Introducao
A auditoria interna passou a ser um instrumento amplo controle para
os administradores, através de suas actividades de trabalho serve à
administração como meio de identificação de que todos os processos
internos e políticas definido pela companhia, assim como sistemas
contábeis e de controle interno, estão sendo efectivamente seguidos
e que as transações realizadas estão reflectidas contabilmente em
concordância com os critérios previamente definidos.
❖ Objectivo
O objectivo deste trabalho é demonstrar quais são os tipos de
ferramentas que a auditoria interna possui para ajudar os gestores
para tomada de decisão. A problemática é que conforme as
102
organizações estão se expandindo economicamente, seus
administradores necessitam do auxílio da auditoria interna para
captação de informações confiáveis de sua situação patrimonial e
financeira.
103
Trabalho, esclarecer o objectivo do trabalho a ser executado e
solicitar o devido apoio para o bom desempenho das actividades
(disponibilidade de espaço físico seguro, equipamentos e agentes
facilitadores para o repasse de dados e informações).
104
As normas de auditoria, referentes à execução dos trabalhos de
campo, estabelecem que o auditor deva avaliar o sistema de controle
interno da entidade auditada, a fim de determinar a natureza, a
oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem
aplicados, ou seja, a definição do volume de testes a serem
executados pelo auditor será determinada em função da avaliação
realizada, como:
✓ Organogramas;
105
• Conversa com funcionários da empresa;
106
servem para a documentação de sistemas administrativos,
operacionais e de controle.
107
circunstâncias devem ser analisadas por intermédio de um estudo
geral, que englobe as informações contidas em trabalhos anteriores, o
conhecimento do ramo de actividade, a avaliação de controles
internos, dentre outras.
• Objectivo do trabalho;
• Aspectos fundamentais de controles internos;
108
ESPECÍFICO – preparado para cada trabalho de auditoria, quando as
actividades apresentarem frequentes alterações de objectivos,
procedimentos ou controles internos;
109
As trilhas de auditoria são os caminhos percorridos pelo auditor para
aplicação dos procedimentos previstos no Programa de Auditoria, e
onde encontrará as evidências de suas constatações.
110
Os métodos são os processos racionais e orientados de acordo com
normas específicas que conduzem o auditor na direcção do resultado
desejado.
auditores.
112
a) Prova selectiva – pressupõe aprofundado conhecimento das
situações a serem auditadas. São provas de evidências
seleccionadas pela percepção do auditor baseadas no exame
de uma parte dos documentos, e podem ser:
113
Devem também ser descritos em documentos que indiquem as
operações abrangidas. As incorrecções reveladas pelos testes devem
produzir alterações na descrição do sistema.
114
▪ O reprocessamento de certas transacções, com vista a confirmar que
têm evidência de terem sido objecto de verificação e controle, como
seja de algumas facturas de fornecedores para reverificar a sua
documentação de suporte, exactidão aritmética e registo;
115
b.3) Testes substantivos
116
As verificações substantivas e validação de saldos e transacções
específicas incluem procedimentos tão diversificados como as
contagens físicas de valores, existências e outros activos, os pedidos
de confirmação directa de saldos de contas bancárias, de clientes e
fornecedores, o exame de reconciliações e documentos de suporte
bem como de escrituras e títulos de registos de propriedade, testes
de valorimetria e de exactidão aritmética, verificações indiciárias,
etc..
117
saldos e transacções de valor elevado e as rubricas sensíveis à
ocorrência de erros e irregularidades.
118
auditor aplica o conjunto de técnicas seleccionadas de acordo com sua
habilidade, juízo e prudência. Essa escolha recairá sobre a mais
efectiva, eficiente e econômica e, ainda, conforme as circunstâncias
que se apresentam em um determinado momento de trabalho.
a) INSPEÇÃO
Consiste na verificação de bens ou documentos, no âmbito do trabalho
de auditoria. Os diversos tipos de inspecções agrupam-se sob dois
conjuntos principais: inspecção física e inspecção documental.
119
examinando tem por objectivo a identificação correcta, abrangendo as
características citadas.
• Contagem de servidores;
• Contagem de Vale-Alimentação;
120
• Verificar a conformidade dos bens com os registos contábeis e
documentais de suporte;
121
• Confirmar a adequação do registro contábil;
• Avaliar a suficiência da documentação face às operações e
movimentos que lhe estão associados;
b) ENTREVISTA
Consiste na colecta de informações ou de esclarecimentos junto a
pessoas conhecedoras de situações de interesse para o auditor.
Compreende um instrumento bastante utilizado, devendo ser a
entrevista planificada de forma apropriada, e conduzida de forma
produtiva, a fim de que seja obtida a informação desejada.
122
✓ A informação, ainda que confirmada por escrito pela pessoa
entrevistada, representa somente uma opinião ou um dado
que merece ser respaldado por outros documentos, de modo a
assegurar a sua confiabilidade;
123
O auditor pode não ter ouvido a resposta e o entrevistado pode não
ter ouvido a pergunta.
124
envolvente e de outras condicionantes;
125
O processo de entrevista oral pode ser desmembrado em seis passos:
▪ Ponha a pessoa à vontade;
126
Embora as entrevistas orais possam fornecer ao auditor dados valiosos para
a auditoria, o contato com muitas pessoas pode demandar muito tempo e
ser extremamente oneroso. Desta forma deve-se estudar a possibilidade
de utilização de questionários. Se o questionário estiver previsto para a fase
posterior, pode-se testá-lo na fase de entrevista oral para avaliar os
resultados que possam ser obtidos dele.
127
Pela natureza do trabalho de Auditoria, essa alternativa quando bem
utilizada, reveste-se de importante instrumental de trabalho.
Recomenda-se a utilização para o pedido de justificativa sobre
situações identificadas que necessitem de resposta escrita dos
dirigentes da Unidade auditada - é uma garantia mínima para as
afirmações da equipe de auditoria; até mesmo porque todo e
qualquer Ponto de Auditoria deve ser relatado juntamente com a
correspondente justificativa dos gestores. Conclui-se que essa
alternativa é o instrumento básico para obtenção de evidências do
tipo testemunhal.
128
diminuiria a utilidade da entrevista com terceiros. Entrevistas feitas
directamente com usuários dos serviços prestados pelo auditado ou com
especialistas, frequentemente são meios úteis de colecta de evidência
confirmativa.
129
a) Selecção criteriosa dos itens a serem obtidos através do
procedimento de confirmação;
130
O pedido de confirmação positivo é utilizado quando há necessidade
de resposta da pessoa de quem se quer obter uma confirmação
formal. Este pedido pode ser usado de duas formas:
• Consignatários;
131
d) CONFERÊNCIA DE CÁLCULO
Consiste em verificar a exactidão aritmética e correcção dos saldos e
das operações. Deve-se ter em atenção que:
133
O exame a ser realizado pelo auditor, sobre tais documentos, deve
atender às seguintes condições:
h) EXAME DA ESCRITURAÇÃO
É o procedimento usado pela auditoria para constatação da
veracidade das informações contábeis, fiscais, além de
levantamentos de análises, composições de saldos,
conciliações, etc., a exemplo de: Confronto das liberações para
i) INVESTIGAÇÃO
134
Este procedimento é adotado quando há necessidade de se
aprofundar os exames da auditoria em determinada área,
documento, análise de conta, informação obtida, etc. Quando
esta técnica é aplicada, seu objetivo é certificar que, no
momento, o item auditado é realmente fidedigno, devendo o
auditor ter suficientes conhecimentos técnicos (contábeis,
fiscais, societários, etc.) para detectar a existência de quaisquer
anomalias.
j) INQUÉRITO
Consiste em consultar pessoas dentro ou fora da empresa,
utilizando ou não questionários estruturados. Este
procedimento deve ser bem aplicado, evitando-se
questionamentos desnecessários, não objeto da auditoria.
135
l) CONFRONTO
Consiste na comparação de toda e qualquer informação, dados
ou registros, desejavelmente, com origem em fontes
diferenciadas, com o objetivo de analisar a sua razoabilidade.
Exemplos:
- Valores realizados X valores orçamentários;
136
auditor a detectar fraudes culposas ou falhas nos
procedimentos de controles internos.
✓ Descumprimento da legislação
137
4.9. PAPEIS DE TRABALHO
No decurso de uma auditoria o auditor obtém, através de inspeções,
observações, inquéritos e confirmações que realiza, conhecimentos e
informações de caráter contábil, financeiro, de gestão e outros que lhe
permitem formular, no final do seu trabalho, uma opinião sobre os
fatos ou situações examinadas.
139
Achados em auditoria (constatações)
Achados em auditoria são fatos que resultam da aplicação dos
programas elaborados para as diversas áreas em análise,
referindo-se às deficiências encontradas durante o exame e
suportadas por informações disponíveis no órgão auditado.
✓ Ser objetivo;
✓ Amparar as conclusões e recomendações;
✓ Ser convincente a uma pessoa estranha ao processo.
140
Relevância das informações: o auditor deve considerar, no
desenvolvimento dos trabalhos, somente os assuntos que
tenham importância na análise que está sendo efetuada,
deixando de lado os que nenhuma contribuição trazem à
avaliação;
141
Divergência de opinião: o auditor deve evitar críticas às
decisões dos funcionários da entidade auditada, por não
concordar com a natureza das decisões tomadas mas que, na
época, estavam adequadamente fundamentadas na
conjuntura existente no momento e que naquele instante eram
razoáveis.
142
c) Causa (por que ocorreu): é a razão pela qual a condição
ocorreu, ou seja, o motivo pelo qual não se cumpriu o critério
ou norma. A simples afirmação, no relatório, de que o problema
existe porque alguém não cumpriu as normas é insuficiente
para convencer o leitor.
EVIDENCIA DE AUDITORIA
Evidência refere-se à informação, ou ao conjunto de
informações, utilizada para fundamentar os resultados de um
trabalho de auditoria. A obtenção e análise da evidência é um
143
Classificação
Quanto à forma:
Atitudes Gestionais.
144
• Evidências analíticas – consiste nas provas obtidas
através dos trabalhos de confrontações,
comparações, conferências e cálculos realizados
pelo auditor. Ex.: conciliações.
Quanto à fonte:
145
• Evidência interna – representa a evidência
originada na organização auditada. Em uma
auditoria, este é o mais prevalente e econômico tipo
de evidência a obter. Tende também a ser a menos
confiável (com a evidência oral sendo menos
confiável que a documental) das fontes de
evidências.
Requisitos da evidência
Uma evidência para ser considerada válida, do ponto de vista
do trabalho de auditoria, deve preencher, necessariamente, os
seguintes requisitos básicos:
146
✓ Fidedignidade - A fidedignidade da evidência
está diretamente relacionada ao seu grau de
confiabilidade, integridade e procedência.
obtenção de provas
147
b) Tornar a auditoria mais eficiente e mais eficaz;
c) Dispor de informações para preparar os relatórios e responder às questões
postas pela unidade controlada ou qualquer outra;
d) Provar que o auditor aplicou as normas de controle;
148
• A indicação da entidade controlada ou auditada;
• O período a que se reporta a auditoria;
• A área e o assunto a que respeita;
• A legenda dos símbolos e abreviaturas utilizados;
149
Organização das pastas de arquivo dos documentos de trabalho As
informações recolhidas numa auditoria podem revestir-se de interesse
para vários exercícios ou terem utilidade apenas para o exercício em
análise.
150
✓ Cópias de contratos de longo prazo;
✓ Cópias de processos que envolvam litígios; ✓ Cópias de contrato de
construção de longo prazo; e ✓ Organogramas, fluxogramas.
conclusão.
151
A documentação desatualizada deve ser retirada da respectiva pasta e
colocada noutra ou então agrupada numa seção própria da respectiva
pasta, na eventualidade de poder vir a ter interesse futuro. Deverá ser
aposto na capa da pasta de arquivo corrente os seguintes dados:
Nome: órgão/entidade;
✓ Período auditado.
Sumario
152
EXERCICIO DE AUTO-AVALIACAO
153
e) os objetivos específicos da auditoria, o tamanho da amostra e o risco da
amostragem.
Exercícios de Avaliação
_________________________________________________________
Introdução
154
O Relatório do Auditor é a peça mais importante da Auditoria realizada.
Ele representa fase principal do trabalho do Auditor que é a
comunicação dos resultados.
❖ Objectivo
5.1. COMUNICACAO
155
A comunicação dos resultados representa o ápice dos trabalhos de
auditoria. Trata-se do momento em que se concretiza efetivamente o
sentido de todo um ciclo auditorial.
156
✓ Constatações – relato das verificações significativas detectadas
no desenvolvimento dos trabalhos, a ser elaborado de forma
concisa pelo auditor;
158
total das auditorias realizadas; eficácia dos resultados obtidos;
pendências existentes, se for o caso, com as justificativas pertinentes;
e solicitações ou sugestões necessárias ao melhor desempenho das
atividades
159
RELATÓRIO DE MONITORAMENTO
160
f.3) Parecer de Irregularidade – será emitido quando o auditor
verificar a não-observância da aplicação dos princípios de legalidade,
legitimidade e economicidade, constatando a existência de desfalque,
alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo
quantificável para a fazenda pública e/ou comprometam,
substancialmente, as demonstrações financeiras e a respectiva gestão
dos agentes responsáveis, no período ou exercício examinado.
161
encaminhamento. Os elementos pós-textuais são: referências (se
houver), apêndices e glossário.
Sumario
É através do relatório que o auditor vai mostrar o que foi examinado.
É nesse momento que a direcção da empresa e os envolvidos na
execução das tarefas vão ser informados sobre o que pode ser
melhorado.
162
Se o Auditor conseguir fazer com que seu relatório seja facilmente
compreendido por quem quer que leia, com toda certeza poderá
assegurar-se de que o seu “produto” vai ser aceito e que a alta direção
da empresa saberá valorizar e apreciar o seu trabalho.
EXERCICIO DE AUTO-AVALIACAO
163
• d) Quando a abstenção de opinião decorrer de incertezas
relevantes, o auditor deverá expressar, no parágrafo de opinião,
que o fato elimina a responsabilidade de mencionar tais desvios
relevantes, que, normalmente, seriam incluídos como ressalvas.
164
3.7. Controles da Gestão
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
5. CONCLUSÃO
Anexos
Anexo I. Balanço Patrimonial do exercício de 2012
Anexo II. Balanço Orçamentário do exercício de 2012
Apêndice
Apêndice A. Check list da Gestão Patrimonial
4. Apresentação gráfica
A organização física e visual do Relatório de Auditoria deve considerar,
entre outros aspectos, os seguintes:
165
II. Margem inferior:.. 2 cm
III. Margem direita:... 2 cm
IV. Margem esquerda:. 3 cm
V. Espaçamento entre linhas (espaço): 1,15 cm
166
5. Introdução
Abordagem resumida de aspectos relativos ao órgão auditado e ao
Bibliografia Recomendada
167
➢ IIA, Norma para a práticaprofissional de Auditoria Interna,
IPAI, Lisboa
168