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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE

CONTABILIDADE GERENCIAL
ANÁLISE

Livro Eletrônico
CONTABILIDADE GERENCIAL
Análise
Prof. Luiz Eduardo

Análise das Demonstrações Contábeis............................................................6


1. O Conceito de Análise de Demonstrações....................................................6
Contabilidade x Análise de Demonstrações Contábeis.......................................6
As Demonstrações Contábeis e sua Análise.....................................................7
2. Demonstrações Contábeis Analisadas....................................................... 10
Balanço Patrimonial................................................................................... 11
Demonstração do Resultado........................................................................ 13
Demonstração do Resultado Abrangente....................................................... 14
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido........................................ 16
Demonstração dos Fluxos de Caixa.............................................................. 18
Demonstração do Valor Adicionado.............................................................. 21
Notas Explicativas..................................................................................... 23
3. O Método de Análise Proposto................................................................. 23
Observação.............................................................................................. 24
Exame..................................................................................................... 30
Interpretação............................................................................................ 37
4. A Técnica de Análise Horizontal e Vertical.................................................. 39
Análise de Evolução ou Horizontal................................................................ 39
Análise de Evolução Nominal e Real............................................................. 47
Análise de Evolução em Base Fixa x Base Móvel............................................. 50
Análise da Estrutura ou Vertical................................................................... 56
Análise Conjunta – Horizontal e Vertical........................................................ 64
5. Índices de Liquidez................................................................................ 69

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Índice de Liquidez Imediata (Absoluta ou Instantânea)................................... 71


Índice de Liquidez Corrente (ou Comum)...................................................... 74
Índice de Liquidez Seca.............................................................................. 77
Índice de Liquidez Geral............................................................................. 81
Índice de solvência (Margem de Garantia).................................................... 84
6. Índices de Endividamento....................................................................... 87
Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido................................................. 90
Índice de Imobilização de Recursos não Correntes (Permanentes).................... 96
Índice de Participação de Capitais de Terceiros (Endividamento).................... 100
Índice de Endividamento Geral (Nível ou Grau de Endividamento).................. 104
Índice de Composição do Endividamento.................................................... 107
Índice de Endividamento de Curto Prazo..................................................... 110
7. Índices de Giro.................................................................................... 114
Giro dos Estoques de Mercadorias.............................................................. 115
Giro dos Estoques de Matérias-primas........................................................ 120
Giro dos Estoques de Produtos em Elaboração............................................. 123
Giro dos Estoques de Produtos Acabados.................................................... 126
Giro de Clientes....................................................................................... 129
Giro de Fornecedores............................................................................... 132
Considerações Finais................................................................................ 135
8. Gerência de Caixa................................................................................ 138
Dinâmica dos Fluxos de Caixa................................................................... 140
Capital Circulante Líquido (CCL) – e Conceitos Correlatos.............................. 143
Necessidade de Capital de Giro (NCG)........................................................ 147
Saldo em Tesouraria (ST)......................................................................... 152
Reflexões sobre a Relação entre CCL, NCG e ST........................................... 154
Interpretação dos Dados da Empresa Analisada........................................... 161

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9. Índices de Rentabilidade....................................................................... 162


Retorno sobre o Investimento (Ativo)......................................................... 164
Retorno sobre o Patrimônio Líquido............................................................ 168
Margem Bruta......................................................................................... 172
Margem Líquida....................................................................................... 173
Margem Operacional................................................................................ 175
Giro do Ativo.......................................................................................... 177
10. Tópicos Avançados............................................................................. 181
Decomposição do Retorno sobre o Investimento.......................................... 181
Alavancagem Financeira........................................................................... 187
Decomposição do Retorno sobre o Patrimônio Líquido................................... 196
EBITDA – Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciações/Exaustões/
Amortizações.......................................................................................... 201
EVA – Economic Value Added.................................................................... 206
GVA – Geração de Valor ao Acionista.......................................................... 207
Questões de Concurso.............................................................................. 211
Gabarito................................................................................................. 237
Gabarito Comentado................................................................................ 238

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Este módulo do nosso curso, de Análise das Demonstrações Contábeis,

é muito importante, tanto para o entendimento completo da matéria, quanto para

as provas de concursos. Por motivos didáticos, foram apresentamos anteriormente

outros módulos, cujo conteúdo serve de preparação para esse.

Somente com o conhecimento do procedimento de lançamento em geral, adqui-

rido no primeiro módulo, Fundamentos Decifrados de Contabilidade, das im-

portantes operações com mercadorias e produtos, apresentadas no módulo Con-

trole Decifrado dos Estoques, e  – o mais importante – com o conhecimento

detalhado do conteúdo e estrutura das Demonstrações Contábeis, adquirido no

módulo Demonstrações Contábeis Decifradas, é que se está em condição de

realizar a análise abalizada das demonstrações, analisar casos concretos, e chegar

a conclusões coerentes.

Com efeito, antes que qualquer coisa possa ser analisada (ou seja, dividida em

partes para estudo), ela deve ser conhecida.

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS


1. O Conceito de Análise de Demonstrações
De início, devemos ter clara ideia do que é a análise de demonstrações con-

tábeis. Para isso, vamos contextualizar a análise de demonstrações contábeis no

âmbito do sistema de informações contábeis e das demonstrações contábeis pro-

priamente ditas. Somente então, entraremos no estudo da matéria.

Contabilidade x Análise de Demonstrações Contábeis

A análise de demonstrações contábeis é uma poderosa ferramenta de auxílio à

decisão. Porém, não é uma panaceia, apresentando limitações, que, por sua vez,

são decorrência das limitações inerentes à própria Contabilidade.

A Contabilidade consiste em um modelo de representação da situação econômi-

co-financeira de uma entidade. Ora, modelos, por definição, são maneiras simplifi-

cadas de representação da realidade.

A importância do modelo é que ele, simplificando uma realidade naturalmente

complexa, consegue dar ênfase aos aspectos mais relevantes de um objeto para,

com isso, facilitar seu conhecimento e permitir que sejam feitas inferências acerca

de seu comportamento. Em outras palavras, com um modelo adequado, é possível

prever o futuro (com a menor margem de erro possível).

Por outro lado, todo modelo, como simplificação da realidade, peca por omitir

alguns aspectos do objeto que, posteriormente, podem eventualmente se revelar

importantes.

Agora, trazendo esse conceito para a Contabilidade e, em específico, para a

análise das demonstrações contábeis:

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• partimos dos elementos das demonstrações;

• separamos partes deles e os comparamos com outras informações; e

• com isso, tentamos chegar a conclusões sobre a situação patrimonial e finan-

ceira da entidade.

Podemos verificar se a entidade merece crédito, tendo condições de honrar seus

compromissos, ou então, se a entidade tem rentabilidade suficiente para gerar

os lucros esperados por seus proprietários. Com essas verificações, os  usuários

podem tomar decisões, tais como conceder empréstimos à entidade, entrar para

seu quadro societário, realizar transações de compra e venda a prazo, entre outras.

As Demonstrações Contábeis e sua Análise

O objetivo da Administração de qualquer entidade é maximizar o patrimônio

dos acionistas, através da tomada de decisões de investimentos/desinvestimentos

e financiamentos. Nessa seara, a  análise de demonstrações contábeis propicia a

avaliação do patrimônio para a tomada dessas decisões.

Na vida prática, o analista faz comparações:

• entre o passado e o futuro, estabelecendo uma tendência (série histórica)

dos dados financeiros da empresa;

• entre o planejado e o realmente alcançado, comparando os valores efetiva-

mente apurados, para os índices e relacionamentos da empresa, com aqueles

previstos no processo de planejamento;

• entre a empresa e o mercado, comparando os índices e relacionamentos apu-

rados com os da concorrência.

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A necessidade de analisar demonstrações contábeis é tão antiga quanto a pró-

pria contabilidade. Nos primórdios da Contabilidade, quando esta se resumia à

realização de contagem dos diferentes recursos do patrimônio, o analista já se pre-

ocupava em anotar as variações quantitativas e qualitativas das várias categorias

de bens incluídos em seu inventário.

Um criador de vacas, cabras e carneiros tinha interesse em saber:

se seu rebanho estava aumentando no tempo; e

qual a participação de cada tipo de animal no total de cabeças.

A matéria-prima da análise é composta:

• pelas próprias demonstrações contábeis:

− o Balanço Patrimonial;

− a Demonstração do Resultado e do Resultado Abrangente do Período;

− a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e, eventualmente,

a Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados;

− a Demonstração dos Fluxos de Caixa; e

− a Demonstração do Valor Adicionado.

• pelas notas explicativas às demonstrações.

É importante, ainda, colocar que, na prática, a análise de balanços é considera-

da uma arte e não uma “receita de bolo”. Portanto, consiste numa atividade cuja

prática demanda não apenas o conhecimento de regras básicas, mas, principal-

mente, a capacidade de adaptá-las a cada situação concreta.

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 Obs.: a palavra “arte” não está aqui utilizada no sentido comum, de atividade de

prazer e beleza, mas no sentido clássico (técnica), que, conforme Dicionário

Houaiss, pode ser entendido da seguinte forma:

 segundo tradição que remonta ao platonismo, habilidade ou disposição diri-

gida para a execução de uma finalidade prática ou teórica, realizada de

forma consciente, controlada e racional; ou

 segundo tradição que remonta ao aristotelismo, conjunto de meios e pro-

cedimentos através dos quais é possível a obtenção de finalidades práticas

ou a produção de objetos – em oposição à ciência, que é conhecimento não

aplicado.

Dessa forma, embora existam alguns cálculos razoavelmente formalizados, na

realidade:

• não há regra determinada normativamente para sua aplicação e, assim,

a doutrina se divide na definição de termos e na sua análise;

• não existe forma científica ou metodologicamente comprovada de relacionar

os índices de maneira a descobrir diagnóstico preciso, pois, neste ponto,

a contabilidade se combina com outras áreas do conhecimento para o enten-

dimento da realidade mais complexa e a tomada de decisões.

Assim, as habilidades do analista devem compreender também o conhecimento

do negócio da entidade e a capacidade de contextualizar esse negócio no ambiente

econômico em que a entidade se insere. Somente com esses dados é que o modelo

contábil utilizado pela entidade pode ser compreendido.

Ora, o modelo contábil de um banco difere sensivelmente do modelo contábil de

uma indústria. E isso ocorre porque as atividades são diferentes.

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O passivo de um banco é formado – principalmente – pelos depósitos de seus clien-

tes, já o passivo de uma indústria é formado pelas compras a prazo realizadas.

Repare que nenhum banco deve evitar a captação de depósitos, porém em certas

situações algumas indústrias podem entender conveniente evitar a realização de

algumas compras a prazo.

E quanto à contextualização da entidade no sistema econômico, podemos refe-

rir que um eventual crescimento de vendas, que em princípio é um dado positivo,

pode ser considerado má notícia, se a média de crescimento das empresas do mes-

mo ramo e o Produto Interno Bruto tiverem crescido muito mais no período.

Por fim, para o estudante com foco em provas de concurso ou do exame de

suficiência, a situação se torna mais simples porque o importante será o conheci-

mento dos métodos de análise e, em específico, dos índices, em detrimento de sua

interpretação e da tomada das respectivas decisões. Assim, de uma forma simples

e direta, é requerido:

• conhecimento da estrutura e apuração das demonstrações contábeis;

• conhecimento dos índices de análise de balanço;

• aplicação desses índices, resultando em um valor; e

• eventualmente, o conhecimento do comportamento desses índices para veri-

ficação da situação da entidade.

2. Demonstrações Contábeis Analisadas


Neste ponto, serão apresentadas – resumidamente – as demonstrações con-

tábeis a serem utilizadas no processo de análise, juntamente com as respectivas

estruturas.

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Salientamos – entretanto – que o estudo detalhado dessas demonstrações, com


a discussão de sua finalidade e apresentação de sua estrutura, está apresentado no
curso Demonstrações Contábeis Decifradas.
Assim, a seguir veremos:
a) o Balanço Patrimonial;
b) a Demonstração do Resultado;
c) a Demonstração do Resultado Abrangente;
d) a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
e) a Demonstração dos Fluxos de Caixa; e
f) a Demonstração do Valor Adicionado.
Ao final, será ainda comentada a importância das notas explicativas para o pro-
cesso de análise de demonstrações contábeis.

Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial apresenta a situação financeira e patrimonial da entidade,


em um determinado momento. Ele funciona como uma fotografia do patrimônio.
A seguir, a estrutura do Balanço Patrimonial está esquematicamente apresen-

tada:
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Recursos de Curto Prazo Obrigações de Curto Prazo
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante
Recursos de Longo Prazo Obrigações de Longo Prazo
ARLP PL
Investimentos Capital
Imobilizado Reservas de Capital
Intangível Ajustes de Aval. Patrimonial
Reservas de Lucro
Ações em tesouraria
Prejuízos Acumulados

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O Ativo é composto pelos Recursos da entidade, o Passivo, pelas obrigações, e o

Patrimônio Líquido corresponde à diferença entre os recursos e obrigações existen-

tes.

O Ativo é dividido entre Ativo Circulante, composto por recursos de curto prazo

e Ativo Não Circulante, composto pelos demais recursos.

O Ativo Não Circulante é composto pelos seguintes grupos:

− Ativo Realizável a Longo Prazo, integrado por elementos semelhantes

aos do Ativo Circulante, mas com prazo de realização maior;

− Ativo Investimentos, integrado por recursos de longo prazo não utiliza-

dos na manutenção da atividade da entidade;

− Ativo Imobilizado, integrado por recursos de longo prazo, corpóreos e

utilizados na atividade da entidade; e

− Ativo Intangível, integrado por recursos de longo prazo, incorpóreos e

utilizados na atividade da entidade.

O Passivo é dividido entre o Passivo Circulante, formado pelas obrigações de

curto prazo, e pelo Passivo Não Circulante, formado pelas obrigações de longo pra-

zo.

O Patrimônio líquido, definido como a diferença entre Ativo e Passivo é, por sua

vez, é dividido em:

− Capital Social, representando a contribuição dos proprietários, para for-

mação do patrimônio da entidade;

− Reservas de Capital, valores que ingressam no patrimônio, entregues

gratuitamente por terceiros interessados nos resultados da entidade;

− Ajustes de Avaliação Patrimonial, itens representativos do aumento

ou redução de valor em elementos do patrimônio, por conta de sua men-

suração a valor justo;

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− Reservas de Lucro, parcela apropriada dos resultados da entidade, man-

tida no patrimônio para destinação futura;

− Ações em Tesouraria, valor da parcela do capital readquirido pela enti-

dade de seus proprietários, reduzindo o patrimônio;

− Prejuízos Acumulados, valor das perdas sofridas pela entidade em fun-

ção de suas atividades em períodos passados.

Demonstração do Resultado

A Demonstração do Resultado apresenta o lucro (ou o prejuízo) auferido pela

entidade, em função de sua atividade durante um período de tempo.

A Demonstração do Resultado, formada pelas receitas auferidas e pelas despe-

sas incorridas, tem sua estrutura abaixo, simplificadamente, apresentada:

() Receita
(-) Custo das Mercadorias, Produtos ou Serviços Vendidos
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
de vendas
administrativas
outras despesas operacionais
(+) Outras Receitas Operacionais
(=) Resultado Operacional
(+) Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras
(=) Resultado Antes dos Tributos
(-) Tributos sobre o Lucro
(=) Lucro Líquido

A primeira parte da demonstração apresenta o resultado da atividade fim da

entidade (compra e venda, ou prestação de serviço).

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A segunda parte da demonstração apresenta o resultado de atividades meio

(tais como a relação da entidade com empregados, com o local em que a atividade

é desenvolvida e outras atividades necessárias a realização do objeto da entidade).

Repare o destaque para as atividades financeiras.

A última parte da demonstração apresenta a destinação do resultado a tercei-

ros, que não os acionistas, notadamente o governo, na forma de tributos sobre o

Lucro.

Demonstração do Resultado Abrangente

A Demonstração do Resultado Abrangente apresenta outras variações do pa-

trimônio líquido, ocorridas no período e não evidenciadas na Demonstração do

Resultado. Essas alterações, geralmente decorrentes de mensuração de elementos

patrimoniais, são denominadas outros resultados abrangentes.

A estrutura da demonstração se encontra a seguir apresentada:

() Resultado Líquido do Período


(+/-) Outros Resultados Abrangentes
Variações em Reservas de Reavaliação
Ganhos e Perdas Atuariais (Plano de Benefício Definido)
Ganhos e Perdas por Conversão de Demonstrações
Ganhos e Perdas por Remensuração de Instrumentos Financeiros
Parcela efetiva de ganhos ou perdas em instrumentos de hedge
(+/-) Parcela de outros resultados abrangentes de investidas
(=) Resultado Abrangente do Período

Quanto às reservas de reavaliação, cabe esclarecer que no Brasil, desde 2008,

não há mais possibilidade de realização de reavaliação de bens, mas as reservas

existentes podem ser mantidas até sua realização. A realização das reservas de

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reavaliação, por sua vez, implica a reclassificação de outros resultados abran-

gentes para reservas de lucro ou para prejuízos acumulados.

Quanto aos Ganhos e Perdas Atuariais, cabe lembrar que, no caso de planos

de complementação de aposentadoria dos empregados, com benefício definido, de

responsabilidade da entidade:

• a obrigação de futuro pagamento de benefícios deve ser calculada com base

em premissas atuais; e

• a cada período, a entidade faz contribuições para o plano, com o objetivo de

garantir os futuros pagamentos de benefícios.

Assim, caso ocorra alteração das premissas atuariais, podem ocorrer ganhos ou

perdas, que ao longo do tempo tendem a se anular e, portanto, devem ser reco-

nhecidos como outros resultados abrangentes.

Quanto aos Ganhos e Perdas por Conversão de Demonstrações, trata-se de

ajuste que a investidora, no Brasil deve realizar no valor de seu investimento, em

função da alteração da taxa de câmbio.

Quanto aos Ajustes de Instrumentos Financeiros, temos que Ativos Financeiros

Disponíveis para Venda devem ser avaliados pelo custo histórico amortizado,

através do resultado, mas ajustados a seu valor justo, em contrapartida de

outros resultados abrangentes.

Quanto aos Ganhos e Perdas em Hedge, temos que:

− com relação ao Hedge de fluxo de caixa, as operações destinadas a evi-

tar que uma entrada esperada de caixa (ou uma saída esperada) ocorra

de forma diferente daquela esperada, durante todo o período em que se

espera a entrada ou saída de caixa protegida, tem seus resultados reco-

nhecidos como outros resultados abrangentes; e

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− com relação ao Hedge de Investimento líquido no exterior, as operações

destinadas a evitar perdas em investimentos no exterior, por variação na

taxa de câmbio, enquanto o investimento for mantido, terão seus resulta-

dos reconhecidos como outros resultados abrangentes.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido apresenta, resumidamen-

te, todas as variações do Patrimônio Líquido no período, evidenciando a ligação

entre o resultado e sua destinação no patrimônio e, em especial, discriminando as

operações entre a entidade e seus proprietários.

A Estrutura da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido se encontra

a seguir apresentada:
Reservas Reservas Lucros ou Outros Total do
de de Prejuízos Resultados Patrimônio
Capi- A c u m u l a - Abrangen-
tal Capital Lucro dos tes Líquido
Saldo Inicial si si si si si Si
Mudança de Política
Contábil
Retificação de Erros
Saldo Ajustado
Aumento de Capital
Gastos com Emissão
de Ações
Opções Outorgadas
Ações em Tesour.
Adquiridas
Ações em Tesour. Ven-
didas
Dividendos

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Transaç. de Capital
c/Sócios
Lucro Líquido do Perí-
odo
Ajustes de Instr.
Financeiros
Trib. s/ aj. de I. Finan-
ceiros
Eq. Pat s/ Result. Abr.
de Colig.
Ajustes de Conversão
Trib. s/ aj. de Conver-
são
Outros Resultados
Abrang.
Reclassificação Res.
Abrang.
Result. Abran-
gente Total
Constituição de Reser-
vas
Realização de
Res. Reav.
trib. s/ realiz. de
Res. Reav.
Mutações Inter-
nas do PL
Saldo Final sf sf sf sf sf sf

Os saldos iniciais são aqueles constantes do Patrimônio Líquido no Balanço Pa-

trimonial do período anterior.

Os ajustes por mudança de política contábil ou retificação de erros tem por

objetivo mostrar o patrimônio líquido inicial como ele seria se o erro não tivesse

ocorrido ou a política contábil tivesse sempre sido realizada.

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As transações de capital com os sócios são aquelas em que eles, de alguma

maneira, entregam valores à entidade ou dela recebem valores.

O resultado abrangente total é aquele discriminado na Demonstração do Resul-

tado e na Demonstração do Resultado Abrangente do Período.

As demais operações são meras transferências de valor entre elementos do Pa-

trimônio Líquido.

Os saldos finais devem ser aqueles constantes do Patrimônio Líquido no Balanço

Patrimonial do final do período.

Demonstração dos Fluxos de Caixa

A Demonstração dos Fluxos de caixa apresenta as operações que geram ou con-

somem caixa (ou equivalentes de caixa – ativos com alto grau de liquidez) durante

um período. Na demonstração, essas operações são classificadas de acordo com a

atividade realizada pela entidade:

a) operacional;

b) de investimento; e

c) de financiamento.

A Demonstração dos Fluxos de caixa pode ser apresentada de acordo com dois

métodos:

• o método direto, em que cada operação integrante das atividades operacio-

nais é discriminada com o respectivo fluxo de geração ou consumo de caixa; e

• o método indireto, em que o fluxo de geração ou consumo de caixa decorren-

te das atividades operacionais é apresentado em conjunto:

− partindo-se do valor do lucro líquido; e

− ajustando esse valor pela:

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o exclusão das parcelas não relacionadas com a atividade operacional;

o soma da variação dos passivos correspondentes; e

o subtração da variação dos ativos correspondentes.

A estrutura da Demonstração se encontra a seguir apresentada:

I. Método Direto

Atividades Operacionais
() Recebimentos de Clientes
(+) Recebimentos de Juros
(-) Pagamentos a Fornecedores
(-) Pagamentos de Impostos
(-) Pagamentos de Salários
(-) Pagamentos de Juros
(-) Pagamentos de Despesas
(=) Caixa Líquido (gerado ou consumido)
Atividades de Investimento
() Recebimento pela Venda de Ativos de Longo Prazo
(-) Pagamento pela Compra de Ativos de Longo Prazo
(=) Caixa Líquido (gerado ou consumido)
Atividades de Financiamento
() Aumento de Capital
(+) Empréstimo Contraído
(-) Distribuição de Dividendos
(=) Caixa Líquido (gerado ou consumido)
Variação das Disponibilidades
() Saldo Final
(-) Saldo Inicial
(=) Variação Líquida de Caixa

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II. Método Indireto

Atividades Operacionais
() Lucro Líquido
(-) Depreciação
(-) Lucro na Venda de Imobilizado
(=) Lucro Líquido Ajustado
(-) Aumento de Ativos
Clientes, estoques, despesas antecipadas etc.
(+) Aumento de Passivos
Fornecedores, salários a pagar, tributos a recolher etc.
(=) Caixa Líquido (gerado ou consumido)
Atividades de Investimento
() Recebimento pela Venda de Ativos de Longo Prazo
(-) Pagamento pela Compra de Ativos de Longo Prazo
(=) Caixa Líquido (gerado ou consumido)
Atividades de Financiamento
() Aumento de Capital
(+) Empréstimo Contraído
(-) Distribuição de Dividendos
(=) Caixa Líquido (gerado ou consumido)
Variação das Disponibilidades
() Saldo Final
(-) Saldo Inicial
(=) Variação Líquida de Caixa

As atividades operacionais estão relacionadas com as operações necessárias ao

funcionamento da entidade.

Compra, venda, pagamento de salários e tributos etc.

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As atividades de investimento estão relacionadas com a aquisição (e posterior

alienação) de ativos de longo prazo, a serem utilizados na realização das atividades

operacionais.

Máquinas, equipamentos, imóveis, participações societárias etc.

As atividades de financiamento estão relacionadas com a captação (e posterior

devolução) de recursos necessários ao financiamento das atividades operacionais.

Captação de empréstimos, aumento de capital, distribuição de dividendos etc.

Demonstração do Valor Adicionado

A Demonstração do Valor adicionado apresenta a entidade contextualizada em

seu meio econômico e social, realizando a geração de riqueza e distribuindo a ri-

queza gerada.

A geração de riqueza corresponde à diferença entre o valor dos bens ou servi-

ços oferecidos à sociedade (ou seja, vendidos) e o valor dos insumos consumidos

na geração desses bens ou serviços (ou seja, os respectivos custos). Ainda é con-

siderada aqui a riqueza gerada por outras entidades, mas, por motivos legais ou

contratuais, transferida para a entidade.

A distribuição da riqueza deve se dar entre os agentes que contribuíram para

sua geração:

• os empregados, na forma de salários e outros benefícios;

• os credores, na forma de juros;

• os proprietários de imóveis utilizados pela entidade, na forma de aluguéis;

• os detentores da tecnologia explorada pela entidade, na forma de royalties;

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• o Governo, na forma de tributos; e

• os proprietários, na forma de dividendos ou lucros retidos.

A estrutura da Demonstração do Valor Adicionado se encontra a seguir apresen-

tada:
() RIQUEZA CRIADA PELA PRÓPRIA ENTIDADE
() Receitas
1. Vendas deduzidas da PCLD (valor bruto)
2. outras receitas
(-) Insumos adquiridos de terceiros
1. custos de produtos, mercadorias e serviços (v. bruto)
2. desp. c/ materiais, energia e serv. de terceiros (v. bruto)
3. perda e recuperação de valores de ativos
(=) Valor Adicionado Bruto
(-) Depreciação, amortização e exaustão
(+) VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
1. resultado de equivalência patrimonial
2. receitas financeiras
3. outras receitas (dividendos, aluguéis, royalties etc.)

(=) FORMAÇÃO DA RIQUEZA (valor adicionado a distribuir)

() DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO


() 1) Pessoal
1.1 – Remuneração direta
1.2 – Benefícios
1.3 – F.G.T.S.
(+) 2) Impostos, taxas e contribuições
2.1 – Federais
2.2 – Estaduais
2.3 – Municipais
(+) 3) Remuneração de capitais de terceiros
3.1 – Juros
3.2 – Aluguéis
3.3 – Outras
(+) 4) Remuneração de Capitais Próprios

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4.1 – Juros sobre o Capital Próprio


4.2 – Dividendos
4.3 – Lucros retidos / Prejuízo do exercício
(=) VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO

Notas Explicativas

As Notas Explicativas são informações complementares às Demonstrações Con-

tábeis, cuja leitura é necessária, para o correto entendimento da informação apre-

sentada nas demonstrações. Essas Notas Explicativas podem se apresentar na for-

ma de texto descritivo, de quadros analíticos ou até de demonstrações adicionais.

Saliente-se que, com o processo de convergência contábil internacional e a in-

trodução do conceito de subjetivismo responsável, decorrente da utilização do

valor justo como critério de mensuração de elementos patrimoniais, a importân-

cia das Notas Explicativas cresceu substancialmente.

Com efeito, as premissas utilizadas pelos preparadores das Demonstrações Con-

tábeis devem ser informadas aos usuários da informação contábil, caso contrário,

torna-se muito difícil o entendimento dos dados apresentados. Ora, é  nas Notas

Explicativas que toda essa informação está disponível.

3. O Método de Análise Proposto


Para realização da análise das demonstrações contábeis, é necessária a utiliza-

ção de um método. Em nosso curso, utilizaremos o método proposto por Eliseu Mar-

tins, Gilberto José Miranda e Josedilton Alves Diniz, no livro Análise Didática de

Demonstrações Contábeis, publicado pela editora Atlas (São Paulo), em 2014.

Esse método é simples e tem como objetivo reduzir a probabilidade de julga-

mento incorreto. Portanto, sua utilização aqui aumentará a confiança e despertará

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um senso crítico, necessário à compreensão e interpretação dos dados das de-

monstrações.

O método é composto por três etapas:

a) observação;

b) exame; e

c) interpretação.

A observação equivale a um diagnóstico inicial, com identificação dos elementos

das demonstrações que mais chamam a atenção.

O exame consiste na estruturação dos elementos a serem analisados, através

da padronização das demonstrações e do levantamento de índices.

Já a interpretação é a busca de significado para os resultados apurados, para

chegarmos a conclusões sobre a condição da entidade.

A seguir, estudaremos – em separado – cada uma dessas etapas.

Observação

A etapa da observação, cujo objetivo é identificar os elementos mais importan-

tes das demonstrações a serem analisadas, é realizada através da verificação da

qualidade e da quantidade das informações expostas nas demonstrações.

Definição

Com relação à qualidade das informações, é  necessário verificar se elas são

confiáveis e se revelam adequadamente a situação econômico-financeira da en-

tidade. A mais importante fonte para verificação dessa qualidade é o parecer dos

auditores independentes. Sem esse parecer, somente se deve confiar nos dados

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das demonstrações caso o contador e os administradores da entidade sejam conhe-

cidos e confiáveis, assim como tecnicamente competentes.

Em seguida, é também importante identificar o modelo contábil utilizado pela

entidade. Esse modelo contábil é dependente do ramo de negócio da entidade. En-

tão, torna-se necessário conhecer a legislação que regula a atividade da entidade,

assim como as peculiaridades do funcionamento de seu negócio. Exemplificando,

as demonstrações contábeis de uma indústria, de uma incorporadora imobiliária,

de uma cooperativa agrícola, de uma seguradora ou de uma trading company, di-

ferem entre si, simplesmente pelo fato de as atividades serem diferentes e estarem

sujeitas a regulamentações diferentes.

É importante também considerar as demonstrações contábeis em face da políti-

ca econômica do período e do seu impacto na estrutura de capitais e rentabilidade.

Por exemplo, a redução temporária da alíquota do Imposto sobre Produtos Indus-

trializados pode ter por efeito o aumento das vendas e do lucro de determinadas

indústrias, aumento esse que pode vir a não se repetir no futuro. Por outro lado,

uma alteração da política cambial pode ter efeito no endividamento de entidades,

que poderá eventualmente ser revertido, com nova alteração dessa política.

Adicionalmente, é  interessante considerar a situação da entidade em face de

dados macroeconômicos como, por exemplo, o crescimento das vendas em com-

paração com o crescimento do PIB – Produto Interno Bruto.

Por fim, e muito importante, é necessário identificar os elementos que se desta-

cam nas demonstrações, por sua magnitude, por sua variação de um período para

outro, ou por sua representatividade no grupo a que pertencem. Após essa identi-

ficação, é interessante procurar, nas notas explicativas, razões capazes de elucidar

os motivos desse destaque.

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Exemplo

Neste ponto, vamos realizar, a título de exemplo, a observação das demonstra-

ções mais importantes (Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado) de uma

entidade hipotética de nominada analisada, aqui apresentadas para três períodos

consecutivos: 20X1, 20X2 e 20X3.

I – Balanço Patrimonial

20X1 20X2 20X3

ATIVO
Ativo Circulante 16.980,00 18.075,00 21.705,00
Caixa e Equivalentes de Caixa 1.515,00 2.180,00 2.940,00
Instrumentos Financeiros 3.815,00 3.825,00 5.785,00
Clientes 7.225,00 8.015,00 8.120,00
Estoque de Matéria-prima 1.000,00 900,00 1.050,00
Estoque de Produtos em Elaboração 60,00 70,00 65,00
Estoque de Produtos Acabados 2.400,00 1.750,00 2.450,00
Tributos a Recuperar 750,00 1.000,00 1.050,00
Tributos a Compensar 200,00 300,00 215,00
Despesas Antecipadas 15,00 35,00 30,00
Ativo Não Circulante 8.890,00 8.555,00 8.580,00
Ativo Realizável a Longo Prazo 935,00 1.050,00 1.130,00
Investimentos 780,00 590,00 530,00
Imobilizado 5.500,00 5.500,00 5.000,00
(-) Depreciação Acumulada -910,00 -1.345,00 -700,00
Intangível 3.000,00 3.500,00 3.500,00
(-) Amortização Acumulada -415,00 -740,00 -880,00
Total do Ativo 25.870,00 26.630,00 30.285,00
PASSIVO
Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00
Obrigações Sociais e Trabalhistas 890,00 975,00 1.085,00
Fornecedores 1.345,00 1.600,00 1.860,00

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Contas a Pagar 640,00 1.135,00 785,00


Empréstimos 2.255,00 2.590,00 3.880,00
Passivo Não Circulante 6.745,00 4.725,00 4.265,00
Financiamentos 6.745,00 4.725,00 4.265,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 13.995,00 15.605,00 18.410,00
Capital 8.700,00 9.420,00 9.715,00
Reservas de Capital 1.355,00 1.250,00 1.255,00
Reservas de Lucro 3.940,00 4.935,00 7.440,00
Total do Passivo + PL 25.870,00 26.630,00 30.285,00

II – Demonstração do Resultado

20X1 20X2 20X3


() Receita Bruta 17.500,00 29.000,00 33.500,00
(-) Deduções da Receita -2.040,00 -2.990,00 -3.280,00
(=) Receita Líquida 15.460,00 26.010,00 30.220,00
(-) Custo dos produtos Vendidos -9.230,00 -16.070,00 -18.320,00
(=) Lucro Bruto 6.230,00 9.940,00 11.900,00
(-) Despesas com Vendas -3.255,00 -5.860,00 -6.530,00
(-) Despesas Administrativas -990,00 -1.595,00 -1.680,00
(-) Outras Despesas Operacionais -120,00 -300,00 -295,00
(+) Outras Receitas Operacionais 75,00 1.045,00 365,00
(+/-) Resultado de Eq. Patrimonial 20,00 -80,00 -25,00
(=) Resultado Operacional 1.960,00 3.150,00 3.735,00
(+) Receitas Financeiras 1.785,00 1.585,00 1.310,00
(-) Despesas Financeiras -1.625,00 -1.650,00 -1.100,00
Resultado Antes dos Tribu-
(=) tos 2.120,00 3.085,00 3.945,00
(-) Tributos sobre o Lucro -85,00 -80,00 -180,00
(=) Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00

III – Informações Adicionais

• Atividade Econômica:

− empresa industrial, do setor calçadista, localizada em Novo Hamburgo –

RS;

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− principais produtos: sapatos de couro masculinos;

− principais fornecedores: curtumes localizados no estado, grande produtor

de gado (raças europeias);

− principais clientes: mercado internacional, com crescimento do mercado

interno por conta de alterações na política cambial.

• Modelo Contábil:

− típico de empresas industriais: com os estoques segregados em matéria-

-prima, produtos em elaboração e produtos acabados.

IV – Observações Realizadas

• Balanço Patrimonial:

− Clientes: é a mais importante conta no Balanço Patrimonial, em termos de

valor, ou vem aumentando com o tempo. Isso indica a opção por vendas a

prazo e a importância da análise de crédito para realização das operações.

20X1 20X2 20X3


Clientes 7.225,00 8.015,00 8.120,00

− Imobilizado: seu valor tem decrescido no tempo, o que pode indicar

falta de investimento em máquinas e equipamentos, a menos que a

empresa tenha optado pelo aluguel (leasing operacional) de máquinas.

20X1 20X2 20X3


Imobilizado 5.500,00 5.500,00 5.000,00
(-) Depreciação Acumulada -910,00 -1.345,00 -700,00
(=) Totais 4.590,00 4.155,00 4.300,00

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− Passivo: os empréstimos, de curto prazo, vêm aumentando de va-

lor e os financiamentos, de longo prazo, diminuindo. Isso pode

indicar uma mudança de perfil de dívidas da entidade.

20X1 20X2 20X3


Empréstimos 2.255,00 2.590,00 3.880,00
Financiamentos 6.745,00 4.725,00 4.265,00

− Patrimônio Líquido: as reservas de lucro vêm aumentando de valor, o que

indica bons resultados auferidos pela entidade.

20X1 20X2 20X3


Reservas de Lucro 3.940,00 4.935,00 7.440,00

• Demonstração do Resultado:

− Vendas: as vendas têm aumentado com o tempo, o que indica incremento

da atividade.
20X1 20X2 20X3
Receita Bruta 17.500,00 29.000,00 33.500,00

− Custo: o custo aumentou também, o que pode indicar op-

ção por venda com menor margem, para aumento do giro.

20X1 20X2 20X3


Custo dos produtos Vendidos -9.230,00 -16.070,00 -18.320,00

− Lucro Líquido: o lucro aumentou, o que indica que a entidade tem alcan-

çado seu objetivo.

20X1 20X2 20X3


Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00

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Exame

Padronização

Nessa fase, as informações das demonstrações contábeis são estruturadas, po-

dendo haver rearranjos e reclassificações de seus elementos. Essa providência é

fundamental para que demonstrações de diferentes entidades possam ser compa-

radas e analisadas em conjunto.

Salientamos que essa padronização e simplificação, apesar de necessárias, nem

sempre são simples. Por exemplo, uma entidade que possua imóveis destinados

à locação (denominados propriedade para investimento) – como é o caso de

Shopping Centers – pode avaliar esses bens pelo custo deduzido da depreciação ou

pelo valor justo. No caso de duas entidades nessa condição, cada uma avaliando

seus ativos por um dos critérios permitidos, o analista deverá buscar nas notas ex-

plicativas informações que permitam alterar o valor das demonstrações contábeis,

de forma que os critérios sejam homogeneizados.

Vejamos – a seguir – os exemplos mais comuns de ajustes realizados para pa-

dronização das demonstrações:

Balanço Patrimonial

I – Conta caixa

O saldo dessa conta deve indicar apenas o montante em moeda, ou elementos

a ela equivalentes, em poder da entidade. Assim, o valor correspondente a cheques

pré-datados ou vales entregues a empregados ou outros elementos que não repre-

sentem efetiva disponibilidade de moeda devem ser reclassificados para Outros

Créditos, no Ativo Circulante.

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II – Conta Clientes

O saldo dessa conta deve ser apresentado em um único valor, já considerando

a dedução de perdas esperadas por créditos de liquidação duvidosa.

Lembramos, ainda, que atualmente em nosso país não é mais aceita a utilização

de uma conta retificadora do ativo para representação das duplicatas desconta-

das. Se, na elaboração da demonstração a ser analisada, ainda tiver sido utilizada

essa prática, o correspondente valor deve ser reclassificado para o passivo circu-

lante.

III – Conta Estoques

Sempre que possível, a conta estoques deve representar apenas os elementos

corpóreos destinados a venda ou industrialização (mercadorias, matérias-primas e

produtos, em elaboração ou acabados). Assim:

− os adiantamentos a fornecedores devem ser reclassificados para Outros

Créditos, no Ativo Circulante; e

− a conta Almoxarifado deverá ser destacada.

IV – Agrupamento de Outras Contas

Além das reclassificações, o processo de padronização das demonstrações de-

manda a reunião de algumas contas sem relevância em separado em com nature-

za semelhante. Esse é o caso, por exemplo, das contas Tributos a Compensar,

Tributos Diferidos e Tributos e Recuperar, que podem ser agrupadas em uma

conta Tributos a Recuperar.

V – Ativo Não Circulante

No Ativo não Circulante, o saldo das contas representativas do imobilizado e do

intangível deve ser apresentado em um único valor, já considerando a dedução de

depreciações ou amortizações acumuladas.

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VI – Passivo

Sempre que possível, no passivo, deverão ser identificadas, em separado,

as obrigações

• com os fornecedores;

• decorrentes de relações sociais, trabalhistas e tributárias; e

• financeiras.

Demonstração do Resultado

I – Receita de Vendas

Normalmente, a análise parte da Receita Líquida em função de que as deduções

da Receita Bruta são variáveis com pouca influência da gestão administrativa. Por-

tanto, é aceitável partir diretamente do valor da receita líquida de vendas.

II – Despesas e Receitas Financeiras

O resultado financeiro, por sua especificidade, deve estar separado das demais

receitas e despesas operacionais.

III – Participações no Resultado

Outro exemplo de reclassificação é o das participações de empregados e admi-

nistradores no lucro das entidades. Pela Lei das S/A, essas participações são des-

tinações do resultado, após a linha “lucro antes dos tributos”, porém o Pronun-

ciamento Técnico CPC n. 26 admite a classificação dessas participações, por serem

obrigatórias, como “despesas operacionais”. Portanto, dependendo da análise,

poderá ser necessária a reclassificação do valor apresentado.

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Finalizando o quesito padronização, cumpre referir que os valores deveriam

ser apresentados em moeda de poder aquisitivo constante. Isso evita que os valo-

res, ao longo dos períodos analisados, sejam influenciados pela inflação.

Exemplo de Padronização

Neste ponto, vamos realizar, a título de exemplo, a padronização das demons-

trações mais importantes (Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado) de

uma entidade hipotética de nominada analisada, aqui apresentadas para três pe-

ríodos consecutivos: 20X1, 20X2 e 20X3.

Balanço Patrimonial

I – Agrupamento de Contas no Ativo Circulante

As contas Tributos a Recuperar e Tributos a Compensar têm natureza seme-

lhante e, portanto, podem ser apresentadas em conjunto:


20X1 20X2 20X3
Tributos a Recuperar 750,00 1.000,00 1.050,00
Tributos a Compensar 200,00 300,00 215,00

20X1 20X2 20X3


Tributos a Recuperar 950,00 1.300,00 1.265,00

II – Agrupamento de Contas no Ativo Não Circulante

As contas representativas do Imobilizado e do Intangível estão apresentadas

juntamente com os respectivos encargos, de Depreciação Acumulada e de Amorti-

zação Acumulada. Para fins de padronização, elas podem ser apresentadas conjun-

tamente, pelo saldo líquido.


20X1 20X2 20X3
Imobilizado 5.500,00 5.500,00 5.000,00
(-) Depreciação Acumulada -910,00 -1.345,00 -700,00

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20X1 20X2 20X3


Imobilizado 4.590,00 4.155,00 4.300,00

20X1 20X2 20X3


Intangível 3.000,00 3.500,00 3.500,00
(-) Amortização Acumulada -415,00 -740,00 -880,00

20X1 20X2 20X3


Intangível 2.585,00 2.760,00 2.620,00

Demonstração do Resultado

I – Receita de Vendas

As contas representativas da Receita Bruta de Vendas e das Deduções da

Receita (devoluções, abatimentos, descontos incondicionais e tributos sobre a

venda), para apuração da correspondente Receita Líquida de Vendas, geral-

mente não apresentam relevância do ponto de vista da análise das demonstrações

contábeis, porque não há grau de ingerência administrativa em seus valores.

Repare que as devoluções, abatimentos e descontos representam valo-

res de receita que não ocorreram e os tributos sobre a venda são impostos

pela lei, sem margem de manipulação pela administração. Portanto, é acei-

tável que a Demonstração do Resultado seja apresentada a partir da Receita Lí-

quida de Vendas.

20X1 20X2 20X3


() Receita Bruta 17.500,00 29.000,00 33.500,00
(-) Deduções da Receita -2.040,00 -2.990,00 -3.280,00
(=) Receita Líquida 15.460,00 26.010,00 30.220,00

20X1 20X2 20X3


() Receita 15.460,00 26.010,00 30.220,00

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Apresentação das Demonstrações Padronizada

Balanço Patrimonial

20X1 20X2 20X3


ATIVO
Ativo Circulante 16.980,00 18.075,00 21.705,00
Caixa e Eq. de Caixa 1.515,00 2.180,00 2.940,00
Instr. Financeiros 3.815,00 3.825,00 5.785,00
Clientes 7.225,00 8.015,00 8.120,00
Matéria-prima 1.000,00 900,00 1.050,00
Prod. em Elaboração 60,00 70,00 65,00
Produtos Acabados 2.400,00 1.750,00 2.450,00
Trib. a Recuperar 950,00 1.300,00 1.265,00
Desp. Antecipadas 15,00 35,00 30,00
Ativo Não Circulante 8.890,00 8.555,00 8.580,00
Realizável a L. Prazo 935,00 1.050,00 1.130,00
Investimentos 780,00 590,00 530,00
Imobilizado 4.590,00 4.155,00 4.300,00
Intangível 2.585,00 2.760,00 2.620,00
Total do Ativo 25.870,00 26.630,00 30.285,00
PASSIVO
Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00
Obrig. Sociais e Trab. 890,00 975,00 1.085,00
Fornecedores 1.345,00 1.600,00 1.860,00
Contas a Pagar 640,00 1.135,00 785,00
Empréstimos 2.255,00 2.590,00 3.880,00
Passivo Não Circulante 6.745,00 4.725,00 4.265,00
Financiamentos 6.745,00 4.725,00 4.265,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 13.995,00 15.605,00 18.410,00
Capital 8.700,00 9.420,00 9.715,00
Reservas de Capital 1.355,00 1.250,00 1.255,00
Reservas de Lucro 3.940,00 4.935,00 7.440,00
Total do Passivo + PL 25.870,00 26.630,00 30.285,00

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Demonstração do Resultado

20X1 20X2 20X3


() Receita 15.460,00 26.010,00 30.220,00
(-) Custo 9.230,00 16.070,00 18.320,00
(=) Lucro Bruto 6.230,00 9.940,00 11.900,00
(-) Desp. Vendas 3.255,00 5.860,00 6.530,00
(-) Desp. Adm. 990,00 1.595,00 1.680,00
(-) Outras Desp. 120,00 300,00 295,00
(+) Outras Rec. Op. 75,00 1.045,00 365,00
(+/-) Res. Eq. Patrim. 20,00 -80,00 -25,00
(=) Resultado Oper. 1.960,00 3.150,00 3.735,00
(+) Rec. Financeiras 1.785,00 1.585,00 1.310,00
(-) Desp. Financeiras 1.625,00 1.650,00 1.100,00
(=) Res. Antes Tributos 2.120,00 3.085,00 3.945,00
(-) Tributos 85,00 80,00 180,00
(=) Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00

Ao longo de nosso curso, utilizaremos essas demonstrações para aplicação das

técnicas de análise e interpretação de seus resultados.

Análise Vertical, Horizontal e por Índices

Com as demonstrações padronizadas, simplificadas e esquematizadas, pode-se

passar a utilização de técnicas de realização da análise:

• análise horizontal, também denominada de análise de evolução, que consis-

te na comparação de valores ao longo dos períodos e que pode revelar uma

tendência de comportamento de elementos do patrimônio;

• análise vertical, também denominada análise de estrutura, que consiste na

verificação do valor de uma conta, ou grupo de contas, em relação ao valor

do patrimônio, ou do resultado e que revela a relevância e representatividade

desse elemento;

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• análise horizontal e vertical conjugadas, que é a verificação da evolução da

representatividade de uma conta, em face do patrimônio ou do resultado,

ao longo do tempo; e

• análise por índices que, comparando dois elementos, apresentam a relação

entre esses dois números, que pode ser apresentada de várias maneiras:

− como uma razão pura (ex. a relação entre ativo e passivo é de 2:1);

− um multiplicador (ex. os ativos são 2 vezes os passivos); ou

− uma percentagem (ex. os ativos representam 200% do valor dos passi-

vos).

Em que pese os procedimentos de análise vertical, horizontal e por índices fa-

zerem parte da etapa de exame, em nosso método proposto, por conta de sua

complexidade, cada um dos referidos procedimentos será visto em separado e ana-

lisado em profundidade, adiante em nosso curso, em item próprio.

Interpretação

A interpretação é a fase em que o analista, já conhecendo os dados a serem

analisados, e  tendo aplicado os as técnicas de realização da análise, empreende

esforços para dar significados aos dados levantados, buscando o que eles querem

dizer.

A interpretação de índices, por exemplo, deve ser realizada de várias maneiras:

a) a interpretação de um único índice;

b) a interpretação de um grupo de índices;

c) a interpretação histórica e sazonal de um índice; e

d) a interpretação comparativa – interna e externa – de um índice.

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Análise
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A interpretação de um único índice é, geralmente, insatisfatória, por não revelar

a verdade, mas apenas parte dela.

O fato de o valor do Ativo Circulante ser inferior ao do Passivo Circulante pode indi-

car uma situação desconfortável para a entidade, no tocante a sua capacidade de

quitar as dívidas de curto prazo.

Por sua vez, a interpretação de um grupo de índices é, geralmente, mais inte-

ressante, por revelar várias facetas de uma mesma realidade.

Mesmo com o valor do Ativo Circulante menor do que o do Passivo Circulante, caso

o prazo de recebimento de clientes (por vendas) seja menor do que o de pagamen-

to a fornecedores (por compra), e a rentabilidade da entidade seja boa, a entidade

poderá não enfrentar quaisquer dificuldades em quitar suas obrigações de curto

prazo.

Muito interessante, também, pode ser a interpretação histórica e sazonal de um

índice.

Uma entidade cuja atividade seja a de venda de chocolates terá um resultado no

segundo trimestre do ano (que é o período da páscoa) bem melhor do que nos

demais períodos.

Por fim, a comparação, tanto interna quanto externa, de um índice é desejável.

O índice levantado para um período é comparado com esse índice, para a mesma

entidade, em um período anterior. Por outro lado, um exemplo de comparação

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externa é aquele em que o índice levantado para uma entidade é comparado com

o índice correspondente levantado em uma outra entidade do mesmo ramo de ati-

vidade e do mesmo porte.

4. A Técnica de Análise Horizontal e Vertical


As análises horizontal e vertical permitem a avaliação de uma conta (ou de um

grupo de contas), de forma simples:

− no caso da análise horizontal, comparando seu valor com o valor corres-

pondente em outros períodos;

− no caso da análise vertical, comparando seu valor com o de outros ele-

mentos.

É importante, também, saber que é possível realizar uma análise horizontal e

vertical conjunta, verificando a evolução da importância de uma conta (ou de um

grupo de contas) em relação a outros elementos, ao longo do tempo.

Análise de Evolução ou Horizontal

Definição

A Análise de Evolução ou Horizontal tem por objeto a identificação do compor-

tamento ao longo do tempo dos itens que compõem a demonstração analisada.

Para tanto, é fundamental que o analista tenha presente uma série histórica de ele-

mentos informacionais, devidamente identificados e padronizados, extraídos das

demonstrações a serem analisadas. Na prática, são utilizadas as Demonstrações

Financeiras de três períodos consecutivos.

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Metaforicamente, podemos visualizar a análise horizontal como o acompanha-

mento do perfil de uma pessoa no tempo. Normalmente, é possível perceber que,

em sedentários, o elemento “barriga” fica cada vez mais relevante (ou – melhor

dizendo – protuberante), à medida que o tempo passa. Ao contrário, em fisicultu-

ristas, o crescimento do bíceps ao longo do tempo tem mais relevância. Portanto,

a análise horizontal se destina a, considerando a variação dos elementos compo-

nentes do patrimônio ao longo do tempo, deduzir o comportamento da entidade.

A análise horizontal (ou de evolução) pode ser realizada de duas maneiras:

1) análise de evolução nominal – desconsiderando a existência de inflação; ou

2) análise de evolução real – expurgando-se do elemento patrimonial analisado

os efeitos da inflação.

Saliente-se – ainda – que, tanto a análise de evolução nominal, quanto a real

podem ser realizadas em:

• base fixa – a comparação do montante de um elemento patrimonial (ou de

resultado) com seu correspondente em um período determinado a prio-

ri; ou em

• base móvel – a comparação do montante de um elemento patrimonial (ou de

resultado) com seu correspondente no período imediatamente anterior.

As figuras a seguir ilustram o conceito de análise horizontal, tanto para o Balan-

ço Patrimonial, quanto para a Demonstração dos Resultados do Exercício:

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Realização do Cálculo

Para realização da análise horizontal, é necessário estabelecer uma data-base,

que normalmente é a demonstração mais antiga e que terá o valor índice 100. Para

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encontrar os valores dos anos seguintes, basta efetuar a regra de três simples,

para cada ano.

Vejamos a aplicação desse cálculo ao elemento patrimonial Caixa e Equivalentes

de Caixa de nossa empresa analisada, considerando como data-base o ano 20X1.


20X1 AH 20X2 AH 20X3 AH
Caixa e

Equivalentes 1.515,00 100,00 2.180,00 143,89 2.940,00 194,06

de Caixa

A seguir, encontra-se a memória de cálculo do valor de 20X2.


Apuração
() Valor – Período 2.180,00
(/) Valor – Base 1.515,00
(=) Valor – Interm. 1,44
(*) Índice 100,00
(=) AH – Período 143,89
Interpretação
() AH – Período 143,89
(-) Índice -100,00
(=) Variação 43,89
=> Crescimento de 43,89 %

A seguir, encontra-se a memória de cálculo do valor de 20X3.


Apuração
() Valor – Período 2.940,00
(/) Valor – Base 1.515,00
(=) Valor – Interm. 1,94
(*) Índice 100,00
(=) AH – Período 194,06
Interpretação
() AH – Período 194,06
(-) Índice -100,00
(=) Variação 94,06
=> Crescimento de 94,06 %

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O procedimento acima pode parecer muito simples, porém deve se ter alguns

cuidados especiais quando há, nas demonstrações valores – principalmente de so-

matórios – negativos. Nesse caso, são necessários alguns ajustes, para que os nú-

meros representem devidamente o ocorrido:

• no caso de contas de natureza negativa (ex.: custos e despesas), o proce-

dimento adequado é o de converter os sados das demonstrações para seus

valores absolutos;

• no caso de linhas de resultado (somatórios, como o lucro bruto, o lucro ope-

racional ou o lucro líquido), manter os valores positivos ou negativos, porém,

ao realizar o procedimento dos cálculos:


− tratar sempre em valores absolutos os valores do período que serve de
base; e
− utilizar normalmente os valores, positivos ou negativos, dos demais perí-
odos.

Para ilustrar essa questão, utilizaremos a Demonstração do Resultado da com-

panhia simplificada:
20X1 AH 20X2 AH 20X3 AH
() Receita 1.000,00 1.000,00 1.000,00
(-) Custo -610,00 -600,00 -1.100,00
(=) Lucro Bruto 390,00 400,00 -100,00
Desp. Opera-

(-) cionais -380,00 -350,00 -200,00


Res. Antes

(=) Tributos 10,00 50,00 -300,00


(-) Tributos -60,00 -20,00 -10,00
(=) Lucro Líquido -50,00 30,00 -310,00

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A primeira providência é ajustar as contas de natureza negativa, no caso o

Custo, as Despesas Operacionais e os Tributos, registrando seu valor em termos

absolutos (sem sinal), conforme abaixo:


20X1 AH 20X2 AH 20X3 AH
() Receita 1.000,00 1.000,00 1.000,00
(-) Custo 610,00 600,00 1.100,00
(=) Lucro Bruto 390,00 400,00 -100,00
Desp. Opera-

(-) cionais 380,00 350,00 200,00


Res. Antes

(=) Tributos 10,00 50,00 -300,00


(-) Tributos 60,00 20,00 10,00
(=) Lucro Líquido -50,00 30,00 -310,00

Em seguida, é necessário trabalhar o período base, no caso o ano 20X1, atri-

buindo para seus valores o índice 100, respeitando o sinal, é claro, conforme abai-

xo:
20X1 AH 20X2 AH 20X3 AH
() Receita 1.000,00 100,00 1.000,00 1.000,00
(-) Custo 610,00 100,00 600,00 1.100,00
(=) Lucro Bruto 390,00 100,00 400,00 -100,00
Desp. Opera-

(-) cionais 380,00 100,00 350,00 200,00


Res. Antes

(=) Tributos 10,00 100,00 50,00 -300,00


(-) Tributos 60,00 100,00 20,00 10,00
(=) Lucro Líquido -50,00 -100,00 30,00 -310,00

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Prosseguindo, devemos calcular os valores referentes ao ano 20X2, nos termos

a seguir:
20X1 AH 20X2 AH 20X3 AH
() Receita 1.000,00 100,00 1.000,00 100,00 1.000,00
(-) Custo 610,00 100,00 600,00 98,36 1.100,00
(=) Lucro Bruto 390,00 100,00 400,00 102,56 -100,00
Desp. Opera-

(-) cionais 380,00 100,00 350,00 92,11 200,00


Res. Antes

(=) Tributos 10,00 100,00 50,00 500,00 -300,00


(-) Tributos 60,00 100,00 20,00 33,33 10,00
Lucro Líqui-

(=) do -50,00 -100,00 30,00 60,00 -310,00

Repare que, para todas as linhas, exceto a do Lucro Líquido (que é negativa no

período base) o cálculo é exatamente o mesmo e sua interpretação direta, con-

forme já apresentado. Entretanto, para o lucro líquido é necessário o ajuste aqui

proposto, nos termos a seguir:

Apuração – Lucro Líquido


() Valor – Período 30,00
(/) Valor – Base 50,00
(=) Valor – Interm. 0,60
(*) Índice 100,00
(=) AH – Período 60,00

Interpretação – Lucro Líquido


() AH – Período 60,00
(-) Índice 100,00
(=) Variação 160,00
=> Crescimento de 160,00 %

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Por fim, seguindo a mesma linha de raciocínio, vejamos a análise horizontal do

ano 20X3.

20X1 AH 20X2 AH 20X3 AH


() Receita 1.000,00 100,00 1.000,00 100,00 1.000,00 100,00
(-) Custo 610,00 100,00 600,00 98,36 1.100,00 180,33
Lu-

(=) cro Bruto 390,00 100,00 400,00 102,56 -100,00 -25,64


Desp. Ope-

(-) racionais 380,00 100,00 350,00 92,11 200,00 52,63


Res. An-

(=) tes Tributos 10,00 100,00 50,00 500,00 -300,00 -3.000,00


(-) Tributos 60,00 100,00 20,00 33,33 10,00 16,67
Lucro Lí-

(=) quido -50,00 -100,00 30,00 60,00 -310,00 -620,00

 Obs.: Aqui cabem duas observações:

−Obs.: a primeira quanto às linhas de Lucro Bruto e de Resultado Antes dos Tri-

butos, que têm período base positivo e valores negativos para o ano 20X3; e

−Obs.: a segunda quanto à linha de Lucro Líquido, que tem período base nega-

tivo e valor também negativo para o ano 20X3.

No caso do Lucro Bruto, o cálculo é normalmente realizado, utilizando-se nosso

procedimento padrão:

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Apuração – Lucro Bruto
() Valor – Período -100,00
(/) Valor – Base 390,00
(=) Valor – Interm. -0,26
(*) Índice 100,00
(=) AH – Período -25,64
Interpretação – Lucro Bruto
() AH – Período -25,64
(-) Índice -100,00
(=) Variação -125,64
=> Redução em -125,64 %

E, no caso do Lucro Líquido, o cálculo deve ser realizado com o ajuste aqui proposto.
Apuração – Lucro Líquido
() Valor – Período -310,00
(/) Valor – Base 50,00
(=) Valor – Interm. -6,20
(*) Índice 100,00
(=) AH – Período -620,00
Interpretação – Lucro Líquido
() AH – Período -620,00
(-) Índice 100,00
(=) Variação -520,00
=> Redução em -520,00 %

Análise de Evolução Nominal e Real

Na análise de evolução nominal, os  ajustes (preliminares à análise) não con-

templam o expurgo da inflação ocorrida no período.

Vejamos, então, a  análise horizontal nominal do ativo circulante da empresa

analisada:

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20X1 AH 20X2 AH 20X3 AH


ATIVO
Ativo 100,00 106,45 127,83

Circulante 16.980,00 18.075,00 21.705,00

A análise das expressões numéricas nominais indica que o ativo circulante da

empresa analisada apresentou uma tendência de crescimento no tempo, com au-

mento aproximado de 6% no primeiro ano e de 27% no período de dois anos.

Essa evolução pode indicar uma tendência de mudança de comportamento da

empresa, no que diz respeito ao prazo médio de pagamento de suas obrigações,

à quantidade de mercadorias e produtos que é mantida (em média) nos estoques

etc. Porém, ela pode estar apenas representando o efeito da inflação ocorrida no

período.

Um aumento no valor dos estoques geralmente indica uma decisão de manutenção

de maior quantidade (em média) de mercadoria estocada. Mas, em economias com

taxas de inflação, esse aumento pode ser decorrente – tão somente – da própria

inflação, que implica valores mais altos para uma mesma quantidade de estoque,

com a passagem do tempo.

Portanto, ao se fazer uma análise de números de uma série histórica, em uma

economia que apresenta taxas de inflação, é necessário levar em consideração a

perda de valor da moeda ao longo do tempo. O ideal é realizar o procedimento de

conversão das demonstrações para moeda de valor aquisitivo constante, conside-

rando a taxa de câmbio da data de aquisição de cada elemento não monetário e da

data de encerramento do período para os itens monetários.

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Esse complexo procedimento de conversão não será aqui estudado, ficando sua

apresentação para um curso específico avançado, adiante.

Porém em uma abordagem simplificada, o analista poderá levar em considera-

ção os efeitos da inflação do período, adotando um índice que reflita a variação dos

preços na economia e atualizando os valores da demonstração.

Vários institutos e organismos nacionais calculam e divulgam índices que me-

dem a variação de preços na economia brasileira. Os índices mais conhecidos são:

1) INPC – índice Nacional de Preços ao Consumidor, divulgado pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE;

2) IPC – índice de Preços ao Consumidor, divulgado pela Fundação Instituto de

Pesquisas Econômicas – FIPE;

3) IGP – índice Geral de Preços, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas – FGV.

No caso de nossa empresa analisada, didaticamente, será adotado um índice

fictício, que denominaremos Índice de Análise de Balanços (IAB), cuja variação

seria a seguinte:
Ano Índice IAB Var. Período
20X1 100,00 n/a
20X2 110,00 10,00%
20X3 120,00 9,09%

Com base nesse índice, podemos trazer todas as quantias apresentadas nas

demonstrações a valores do período base, conforme abaixo:

Ajuste – ano 20X2
() Valor do Ano 18.075,00
(/) Índice do Ano 110,00
(=) Valor intermediário 164,32
(*) Índice do Ano Base 100,00
(=) Valor Ajustado 16.431,82

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Vejamos, então, a análise horizontal real do ativo circulante da empresa anali-

sada:
20X1 AH 20X2 AH 20X3 AH
ATI-

VO
Ati- 100,00 96,77 106,52

vo Cir-

culante 16.980,00 16.431,82 18.087,50

Repare que os resultados apontam uma evolução diferente. Desconsiderando

a inflação, para o ano seguinte, de 20X2, teria havido efetivo decréscimo do Ativo

Circulante e o crescimento no período de dois anos teria sido de apenas, aproxima-

damente, 6%.

Análise de Evolução em Base Fixa x Base Móvel

Até aqui, foi estudada a análise horizontal com base fixa, ou seja, determinan-

do um período como base para comparação com os demais. Ocorre que, no que

diz respeito à análise de evolução – tanto a nominal quanto a real – há uma pecu-

liaridade que deve ser colocada: a introdução de um conceito (de estatística) – o

conceito de base móvel (em contraposição ao conceito de base fixa). Na análise

horizontal com base móvel, não há a definição de um período base para compara-

ção com os demais, ao contrário, cada período é comparado com o período imedia-

tamente anterior.

Para esclarecer sobre o conceito acima apresentado, vamos a um exemplo.

Considere, mais uma vez, o  Ativo Circulante de nossa empresa analisada,

ao longo de três anos:

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AH AH AH
20X1 20X2 20X3

ATIVO
Ativo

Circulante 16.980,00 18.075,00 21.705,00

Já sabemos que, utilizando-se a ano de 20X1 como base fixa, temos que, na sé-

rie de valores, ele é fixado como 100%, ou seja, como a base de comparação para

todos os outros, conforme a seguir:

20X1 AH 20X2 AH 20X3 AH


ATIVO
Ativo 100,00 106,45 127,83

Circulante 16.980,00 18.075,00 21.705,00

Porém, ao  contrário, utilizando-se a base móvel, a  base de comparação do

montante de um período é o valor do período anterior. Portanto, não teríamos um

exercício base, mas a cada exercício, o exercício base seria aquele imediatamente

anterior, conforme a seguir:

20X1 AH 20X2 AH 20X3 AH


ATIVO
Ativo 100,00 106,45 120,08

Circulante 16.980,00 18.075,00 21.705,00

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Apuração – 20X2
() Valor – Período 18.075,00
(/) Valor – Base 16.980,00
(=) Valor – Interm. 1,06
(*) Índice 100,00
(=) AH – Período 106,45
Apuração – 20X3
() Valor – Período 21.705,00
(/) Valor – Base 18.075,00
(=) Valor – Interm. 1,20
(*) Índice 100,00
(=) AH – Período 120,08

Portanto, recapitulando:

• o normal é a utilização de base fixa; e

• caso seja necessário, explicitamente referido, utiliza-se a base móvel.

Exemplo – Empresa Analisada

Agora, conhecida a técnica de análise horizontal, ou de evolução, vamos apre-

sentar sua aplicação a nossa empresa analisada.

I – Balanço Patrimonial

20X1 AH 20X2 AH 20X3 AH


ATIVO
Ativo
16.980,00 100,00 18.075,00 106,45 21.705,00 127,83
Circulante
Caixa e Eq.
1.515,00 100,00 2.180,00 143,89 2.940,00 194,06
de Caixa
Instr. Fi-
3.815,00 100,00 3.825,00 100,26 5.785,00 151,64
nanceiros
Clientes 7.225,00 100,00 8.015,00 110,93 8.120,00 112,39

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Matéria-pri-
1.000,00 100,00 900,00 90,00 1.050,00 105,00
ma
Prod. em
60,00 100,00 70,00 116,67 65,00 108,33
Elaboração
Produtos
2.400,00 100,00 1.750,00 72,92 2.450,00 102,08
Acabados
Trib. a Re-
950,00 100,00 1.300,00 136,84 1.265,00 133,16
cuperar
Desp. Ante-
15,00 100,00 35,00 233,33 30,00 200,00
cipadas
Ativo Não
8.890,00 100,00 8.555,00 96,23 8.580,00 96,51
Circulante
Realizável a
935,00 100,00 1.050,00 112,30 1.130,00 120,86
L. Prazo
Investi-
780,00 100,00 590,00 75,64 530,00 67,95
mentos
Imobilizado 4.590,00 100,00 4.155,00 90,52 4.300,00 93,68
Intangível 2.585,00 100,00 2.760,00 106,77 2.620,00 101,35
Total
25.870,00 100,00 26.630,00 102,94 30.285,00 117,07
do Ativo
PASSIVO
Passivo
5.130,00 100,00 6.300,00 122,81 7.610,00 148,34
Circulante
Obrig. So-
890,00 100,00 975,00 109,55 1.085,00 121,91
ciais e Trab.
Fornecedo-
1.345,00 100,00 1.600,00 118,96 1.860,00 138,29
res
Contas
640,00 100,00 1.135,00 177,34 785,00 122,66
a Pagar
Emprésti-
2.255,00 100,00 2.590,00 114,86 3.880,00 172,06
mos
Passivo
Não Circu- 6.745,00 100,00 4.725,00 70,05 4.265,00 63,23
lante
Financia-
6.745,00 100,00 4.725,00 70,05 4.265,00 63,23
mentos

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PATRIMÔ-
NIO LÍ- 13.995,00 100,00 15.605,00 111,5 18.410,00 131,55
QUIDO
Capital 8.700,00 100,00 9.420,00 108,28 9.715,00 111,67
Reservas
1.355,00 100,00 1.250,00 92,25 1.255,00 92,62
de Capital
Reservas
3.940,00 100,00 4.935,00 125,25 7.440,00 188,83
de Lucro
Total do
Passivo + 25.870,00 100,00 26.630,00 102,94 30.285,00 117,07
PL

II – Demonstração do Resultado

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III – Interpretação dos dados levantados

1. O Ativo Circulante aumentou em 27,83% no período observado. No Ativo Cir-

culante, a conta que mais aumentou de valor foi a conta Caixa e Eq. de Cai-

xa, com variação de 94,06%, o que indica, por um lado, uma folga financeira

que deixa a entidade em situação confortável para honrar compromissos mas

que pode indicar perda de oportunidade, por esse valor não estar investido

em ativos que possam gerar retorno.

2. No Passivo, vemos um aumento do Passivo Circulante, de 48,34% durante

o período e uma redução do Passivo Não Circulante, para apenas 63,23%

de seu valor inicial. Isso indica uma mudança de perfil do endividamento,

do longo para o curto prazo. Essa mudança é – geralmente – vista como um

perigo, porque com prazos mais curtos, a empresa pode eventualmente ficar

sem caixa para honrar compromissos. Porém, será importante verificar se o

custo (juros) desses novos empréstimos e financiamentos é vantajoso, em

comparação com os custos anteriores.

3. Comparando o Ativo e o Passivo, vemos que a conta Fornecedores cresceu

mais do que a conta Clientes. Isso pode indicar duas coisas:

− que há menos vendas do que compras, o que pode ser perigoso para a

continuidade da entidade; ou

− que as vendas à vista (ou com prazos menores do que os das compras)

têm crescido acima das compras ou, ainda, que o prazo negociado com

fornecedores tem sido alargado, o que é positivo.

4. Quanto ao Patrimônio Líquido, vemos um crescimento de 31,55%, com au-

mento de 88,83% nas reservas de lucro, o que indica uma entidade lucrativa.

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5. Na Demonstração do Resultado, verificamos um crescimento das receitas, de

95,47%, o que é positivo. No entanto, verificamos um aumento maior ainda,

de 98,48% nos custos. Isso pode indicar que a entidade tenha optado por

vender com menos margem de lucro para, aumentando sua base de clientes,

auferir ganhos pelo aumento no giro de seu negócio. Aparentemente, essa

estratégia tem funcionado, porque o lucro cresceu, em 85%.

Análise da Estrutura ou Vertical

Definição

A análise de Estrutura, também referida como análise Vertical das Demons-

trações Contábeis, se fundamenta no estudo das contas (e grupos de contas) no

âmbito da própria demonstração a ser analisada. O objetivo desta análise é identi-

ficar a participação, em percentagem ou em índice, de cada item da Demonstração

Financeira de um período específico.

Pela Análise Vertical, o analista identifica a participação de cada elemento em

relação ao todo. Metaforicamente, a análise vertical pode ser vista como o julga-

mento de um concurso de beleza, em que o tamanho do busto é comparado com o

tamanho dos quadris e estes com o tamanho da cintura. Na análise vertical, procu-

ramos saber quais elementos (patrimoniais ou de resultado) são mais, ou menos,

relevantes em relação ao conjunto, assim como em um concurso de beleza, procu-

ra-se estabelecer qual parte do corpo da candidata é mais relevante no conjunto.

Para que o analista realize a análise de Estrutura ou Vertical, é  necessária a

conversão dos valores constantes nas Demonstrações Financeiras em proporções,

através da aplicação da conhecida “regra de três”. Essa conversão deve resultar em

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porcentagens, correspondentes a cada item, subgrupo ou grupo de contas, partin-

do-se de uma base que seja equivalente a 100%.

Balanço Patrimonial

A análise vertical do Balanço Patrimonial revela a importância relativa dos gru-

pos patrimoniais na composição do patrimônio.

Na Análise Vertical do Balanço Patrimonial, a base equivalente a 100% será o

valor do patrimônio bruto da entidade (o valor do Ativo – que é equivalente à soma

do valor do Passivo com o valor do Patrimônio Líquido). Assim, a análise vertical do

caixa e seus equivalentes nos anos 20X1 será a seguinte:

20X1 AV
ATIVO
Ativo Circulante
Caixa e Eq. de Caixa 1.515,00 5,86
...
Total do Ativo 25.870,00 100,00

Apuração – Caixa e Eq. de Caixa


() Valor – Item 1.515,00
(/) Valor – Base 25.870,00
(=) Valor – Interm. 0,058562
(*) Índice 100,00
(=) AV 5,86

Este mesmo cálculo deverá ser efetuado para todos os itens da demonstração.

Ao  final, é  esperado que a importância relativa de cada item do patrimônio seja

revelada, conforme figura abaixo:

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Demonstração do Resultado

Por sua vez, a análise vertical da Demonstração do Resultado revela a contribui-

ção das diversas linhas de receita e despesa no resultado da empresa.

Para a Demonstração do Resultado do Exercício, a base equivalente a 100%, via

de regra, é a Receita Líquida do período.

O procedimento para cálculo dos percentuais empregados na análise da estru-

tura da Demonstração do Resultado do Exercício é o mesmo utilizado no Balanço

Patrimonial, ou seja, valendo-se da regra de três. Assim, a proporção do Custo na

Demonstração do Resultado do primeiro período terá a seguinte representação:

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20X1 AV
Receita 15.460,00 100,00
Custo 9.230,00 59,70
...

Apuração – Custo
() Valor – Item 9.230,00
(/) Valor – Base 15.460,00
(=) Valor – Interm. 0,60
(*) Índice 100,00
(=) AV 59,70

Os demais itens da demonstração são calculados da mesma forma. Ao  final,

é esperado que a importância relativa de cada item do Resultado seja revelada.

Exemplo – Empresa Analisada

Agora, conhecida a técnica de análise vertical, ou de evolução, vamos apresen-

tar sua aplicação a nossa empresa analisada.

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I – Balanço Patrimonial

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II – Demonstração do Resultado

Por meio da Análise Vertical ou de Estrutura do Balanço Patrimonial, é possível

identificar a participação de cada item (tanto dos recursos quanto das obrigações

e, ainda, do Patrimônio Líquido) em relação ao patrimônio bruto da entidade. Sa-

liente-se que a grandeza dessa participação pode ser útil para concluir acerca da

atividade da entidade, da opção de financiamento de suas atividades e, ainda, de

sua saúde financeira.

A seguir, encontram-se alguns comentários acerca da participação dos principais

grupos (ativo circulante, ativo não circulante realizável a longo prazo, ativo não cir-

culante investimentos, ativo não circulante imobilizado, passivo circulante, passivo

não circulante e patrimônio líquido) no patrimônio de nossa entidade analisada.

Ativo Circulante: este grupo concentra no mínimo 65% dos recursos aplicados

no empreendimento, chegando a 71% no ano de 20X3. Os recursos do Ativo Cir-

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culante estão mais concentrados nas contas Clientes e Instrumentos Financeiros.

A  conta Clientes representa, aproximadamente 26% do ativo, tendo chegado a

30% em 20X2, enquanto a conta Instrumentos Financeiros representa aproxima-

damente 15% do ativo, tendo chegado a 19% em 20X3. Repare que a importância

relativa destes dois componentes revela o investimento de recursos em atividade

alheia ao objeto da entidade (compra e venda de sapatos).

Ativo Não Circulante: o Ativo Realizável a Longo Prazo não é significativo para

a empresa, tendo uma pequena participação de aproximadamente 3% do patrimô-

nio.

O ativo investimentos também não é muito representativo no patrimônio, res-

tringindo-se a uma parcela de 1 a 3 por cento do total.

O mesmo ocorre com o imobilizado, com aproximadamente 15% do patrimônio

e o intangível, com aproximadamente 10% do patrimônio.

Repare que, no somatório, o ativo não circulante não passa de 35% do total do

patrimônio, o que seria pouco para uma entidade industrial.

Passivo Circulante: este grupo apresenta uma participação razoável, aproxi-

madamente de 20% a 25%, com tendência de crescimento no tempo.

Passivo Não Circulante: este grupo, constituído apenas por financiamentos

bancários que complementam os capitais de terceiros aplicados no investimento,

também tem uma participação razoável, aproximadamente de 15% a 25% do pa-

trimônio, com tendência de redução ao longo do tempo.

Patrimônio Líquido: mais do que 50% dos recursos aplicados no empreendi-

mento têm origem nos capitais próprios. Esta participação apresenta, ainda, uma

pequena tendência de aumento, chegando a 60% em 20X3.

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Analisando-se a estrutura da Demonstração do Resultado é possível identificar a

participação de cada item do resultado do período em relação à Receita líquida da

empresa. Saliente-se que a comparação dessas grandezas pode revelar informa-

ções sobre o modus operandi, a forma de financiamento da produção, o po-

der de barganha dos empregados, dos fornecedores e dos clientes, a exis-

tência de concorrência interna ou de novos entrantes no mercado etc.

A seguir, encontram-se alguns comentários acerca da importância dos principais

itens de resultado, em relação à receita líquida de vendas.

Custo das Mercadorias (Produtos) Vendidas: este grupo é fundamental

para o resultado final do período, representando aproximadamente 60% do valor

das Receitas de Vendas.

Lucro Bruto: a análise vertical do Lucro Bruto decorre do comportamento do

Custo das Mercadorias Vendidas, na relação inversa, representando, aproximada-

mente, 40% do valor das Receitas de Vendas.

Despesas Operacionais: as despesas operacionais giram em torno de 30%

do valor das Vendas, sendo formadas basicamente pelas despesas com vendas

(de aproximadamente 21%) e pelas despesas administrativas (de aproximadamen-

te 6%).

Lucro Operacional: o Lucro Operacional representa aproximadamente 12% do

valor das Receitas de Vendas.

Resultado Financeiro: este item não tem significância para a análise da em-

presa em questão, representando apenas 1% do valor das Vendas, com receitas e

despesas financeiras variando de forma consistente entre 3% e 10% do valor das

Vendas.

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Resultado Líquido do Período: após deduzidas as provisões para tributos

sobre o lucro, o Lucro Líquido do Período retrata o comportamento do Lucro Opera-

cional, variando entre 11% e 13% do valor das Vendas.

Análise Conjunta – Horizontal e Vertical

A Análise Conjunta – horizontal e vertical – das demonstrações contábeis per-

mite a visualização, a um só tempo:

− da evolução, em termos absolutos de elementos patrimoniais ou do resul-

tado (e de seus respectivos grupos);

− da representatividade, em determinado período, de elementos patrimo-

niais ou do resultado (e de seus respectivos grupos); e

− da evolução, em termos relativos, da representatividade de elementos

patrimoniais e do resultado (e de seus respectivos grupos) ao longo do

tempo.

Para realizar essa análise conjunta, apresentaremos, a seguir, o Balanço Patri-

monial e a Demonstração do Resultado de nossa entidade analisada:

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II – Demonstração do Resultado

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Repare que a representatividade do Ativo Circulante no patrimônio apresentou

um crescimento de 9% no período, variando entre 65% e 71% do valor do patri-

mônio:

() Represent. Final 71,67

(-) Represent. Inicial -65,64

(=) Variação 6,03

(/) Represent. Inicial 65,64

(=) Variação % 9%

Por seu turno, a representatividade do Ativo Não Circulante, que já era menor

do que a do Ativo Circulante, diminuiu em 18% no período, variando entre 34%

e 25%:

() Represent. Final 28,33

(-) Represent. Inicial -34,36

(=) Variação -6,03

(/) Represent. Inicial 34,36

(=) Variação % -18%

O Passivo Circulante também teve um crescimento em sua representatividade

no patrimônio, de 27%, variando entre 19% e 25%:

() Represent. Final 25,13

(-) Represent. Inicial -19,83

(=) Variação 5,30

(/) Represent. Inicial 19,83

(=) Variação % 27%

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Já o Passivo Não Circulante, cuja representatividade era inicialmente maior do

que a do Ativo Circulante, teve essa representatividade reduzida em 46%, variando

de 26% para 14%:

() Represent. Final 14,08

(-) Represent. Inicial -26,07

(=) Variação -11,99

(/) Represent. Inicial 26,07

(=) Variação % -46%

Por fim, o Patrimônio líquido, com representatividade sempre superior à metade

do patrimônio, teve essa representatividade majorada em 12%, de 54% para 60%:

() Represent. Final 60,79

(-) Represent. Inicial -54,10

(=) Variação 6,69

(/) Represent. Inicial 54,10

(=) Variação % 12%

Com relação à Demonstração do Resultado, é interessante notar a evolução da

representatividade dos Custos e do Lucro, em relação à Receita:

− a representatividade dos custos aumentou em 2%, variando de 59%

para 60%:

() Represent. Final 60,62

(-) Represent. Inicial -59,70

(=) Variação 0,92

(/) Represent. Inicial 59,70

(=) Variação % 2%

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− a representatividade do lucro, ao contrário ficou reduzida em 5%, varian-

do de 13 para 11%:

() Represent. Final 12,46

(-) Represent. Inicial -13,16

(=) Variação -0,70

(/) Represent. Inicial 13,16

(=) Variação % -5%

5. Índices de Liquidez
Os termos liquidez e solvência são tratados de forma diferente no texto da

Estrutura Conceitual da Contabilidade:

• por liquidez, entende-se a capacidade de honrar compromissos nos curto e

curtíssimo prazos; e

• por solvência, entende-se a capacidade de pagamento em prazos maiores.

Contudo, na teoria da Análise de Demonstrações Contábeis, os índices de sol-

vência e liquidez são considerados – em conjunto.

Tais índices dizem respeito ao relacionamento entre contas representativas de

direitos (a receber) e obrigações (a pagar). Com isso, os índices de Liquidez (ou

solvência) permitem uma avaliação da capacidade de a entidade honrar seus com-

promissos, ou seja, de realizar o pagamento de suas dívidas, em um período deter-

minado, com a utilização de seus recursos.

A figura a seguir ilustra o conceito básico de índices de solvência (ou liquidez).

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Há vários quocientes de liquidez, cada um deles enfocando um específico caso

e, portanto, utilizando diferentes grupos, todos do Balanço Patrimonial. Em segui-

da, analisaremos cada um dos mais importantes índices de liquidez:

− índice de liquidez imediata;

− índice de liquidez seca;

− índice de liquidez corrente;

− índice de liquidez geral; e

− índice de solvência.

Em princípio, o comportamento dos índices de liquidez (ou solvência) é “quan-

to maior melhor”, ou seja, quanto maior for o índice, melhor será a situação Fi-

nanceira da empresa. Entretanto, antes de aprofundarmos o estudo desses índices,

cabe lembrar que:

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1. O valor de um índice, sozinho, não é suficiente para uma conclusão acerca da

real situação financeira da empresa. Portanto, a interpretação dos índices de

liquidez deve ser conjugada com outros elementos que compõem a situação

financeira e econômica da empresa.

2. O fato de uma empresa apresentar um índice de liquidez não satisfatório não

indica, necessariamente, uma situação de risco ou vice-versa. Todavia, um

índice de liquidez não satisfatório ao longo do tempo irá implicar a diminuição

da lucratividade da empresa, pois far-se-ão necessários financiamentos ban-

cários para honrar os compromissos, que trazem por consequência os juros,

que diminuem o lucro.

Índice de Liquidez Imediata (Absoluta ou Instantânea)

Fórmula

() Ativo Disponível (disponibilidades)


(/) Passivo Circulante
(=) Índice de Liquidez Imediata

Definição

O Índice de Liquidez Imediata, também conhecido como índice de liquidez Abso-

luta ou Instantânea, apresenta a capacidade de a empresa em honrar todos os seus

compromissos de curto prazo apenas com a utilização dos recursos disponíveis

no momento. Em outras palavras, esse índice indica a condição de a empresa em

pagar em um só ato, imediatamente, todas as obrigações vencíveis até o término

do exercício seguinte.

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Pela análise deste índice, é possível avaliar a capacidade de pagamentos da em-

presa com os recursos em “Caixa”, “Bancos c/ Movimento”, “Aplicações Financeiras

de Liquidez Imediata” e outros recursos disponíveis no momento.

A figura a seguir ilustra a ideia básica do índice de liquidez imediata:

Instituições Financeiras (bancos comerciais) têm uma aplicação interessante

para esse índice. No caso dessas entidades, o  índice revela a capacidade de a

instituição suportar um período de desconfiança do público, em que – geralmen-

te – ocorre uma corrida ao caixa, para saque dos valores depositados em contas

correntes.

Aplicação e Análise

Aplicando essa definição aos dados de nossa empresa, analisada, são apura-

dos os seguintes índices de liquidez Imediata:

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− dados:

20X1 20X2 20X3


Ativo Circulante ... ... ...
Caixa e Eq. de Caixa 1.515,00 2.180,00 2.940,00
...
Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00
Obrig. Sociais e Trab. 890,00 975,00 1.085,00
Fornecedores 1.345,00 1.600,00 1.860,00
Contas a Pagar 640,00 1.135,00 785,00
Empréstimos 2.255,00 2.590,00 3.880,00

− cálculo:

20X1 20X2 20X3


() Ativo Disponível (disponibilidades) 1.515,00 2.180,00 2.940,00
(/) Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00
(=) Índice de Liquidez Imediata 0,30 0,35 0,39

Para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo, a empresa possuía, em disponibili-

dades imediatas, entre R$ 0,30 e R$ 0,39. Assim, caso ela tivesse que – imediata-

mente – quitar todas suas obrigações exigíveis até o final do próximo exercício, não

poderia fazê-lo apenas com os recursos disponíveis, tendo que recorrer a novos

empréstimos para “rolar a dívida”.

Percebe-se que, ao longo do tempo, a empresa vem aumentando seu índice de

liquidez Imediata. Todavia, como foi frisado anteriormente, a análise de um único

índice não é suficiente para conclusões sobre a situação econômica e financeira de

uma empresa.

Considerando que as empresas devem manter um controle de fluxo financeiro

adequado, de tal forma que as sobras de disponibilidades sejam aplicadas na ati-

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vidade operacional (estoques) ou no mercado financeiro, dificilmente este índice

deverá ser muito alto mesmo. Saliente-se que o bom gerenciamento dos recursos

disponíveis proporciona uma maior rentabilidade destes recursos, ou seja, em tese,

o  dinheiro ganho deve ser aplicado na atividade (por exemplo, compra de mais

mercadoria), para gerar mais receitas (por exemplo, receitas de vendas).

Índice de Liquidez Corrente (ou Comum)

Fórmula

() Ativo Circulante
(/) Passivo Circulante
(=) Índice de Liquidez Corrente

Definição

O índice de liquidez corrente, também denominado índice de liquidez comum

(ou, simplesmente, índice de liquidez), representa a relação existente entre o Ativo

Circulante e o Passivo Circulante e indica a capacidade da empresa em honrar seus

compromissos de curto prazo com os recursos de qualquer natureza, também, de

curto prazo.

Esse índice é bastante utilizado, por sua facilidade de aplicação e compreensão

intuitiva.

Entretanto, no estabelecimento desta relação, todo o Ativo Circulante é con-

siderado como recurso utilizável no período, sem a preocupação de sua

conversibilidade em moeda no curto prazo. E, justamente por esse motivo, o ín-

dice é criticado. Na verdade, nem todo o Ativo Circulante é passível de conversão

em moeda no momento necessário:

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1. os prazos para a realização dos direitos da empresa não são coincidentes com

os vencimentos das obrigações e este descompasso poderá ocasionar insufi-

ciência de recursos em determinados momentos do período;

2. não há garantia da realização do valor total dos estoques, ou seja, não há

certeza de que eles serão vendidos e recebidos no período;

3. no valor dos estoques poderão estar contidos recursos aplicados em produtos

e mercadorias que serão consumidos pela própria empresa (Almoxarifado),

sem possibilidade de sua realização financeira;

4. não há garantia de que todos os créditos de clientes, deduzidos da respectiva

provisão para perdas, serão recebidos pela empresa no período;

5. as despesas pertencentes ao exercício seguinte, registradas no Ativo Cir-

culante, não representam realização financeira e, portanto, não podem ser

consideradas como recurso utilizável para tal fim;

6. os créditos tributários (impostos a recuperar) podem não ser utilizados na

compensação com dívidas tributárias do período, por não terem sido satisfei-

tas as condições determinadas em Lei.

Ainda assim, mesmo considerados todos os pontos acima, pelo menos em tese,

quanto maior for o índice, maior será a consistência financeira da empresa no curto

prazo. Geralmente, um índice próximo da unidade (1,00) poderá indicar dificulda-

des de liquidez para a empresa.

A figura a seguir ilustra a ideia do Índice de Liquidez Corrente.

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Aplicação e Análise

Aplicando essa definição aos dados de nossa empresa, analisada, são apura-

dos os seguintes índices de liquidez Imediata:

− dados:

20X1 20X2 20X3


Ativo Circulante 16.980,00 18.075,00 21.705,00
...
Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00

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− cálculo:

20X1 20X2 20X3

() Ativo Circulante 16.980,00 18.075,00 21.705,00

(/) Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00

(=) Índice de Liquidez Corrente 3,31 2,87 2,85

Na análise do comportamento do índice, percebe-se que a liquidez Corrente da

empresa, apesar de ter diminuído, apresenta nos dois últimos períodos, uma ten-

dência de estabilização – no entorno de 2,8. Essa é uma situação aparentemente

confortável, em tese há uma boa margem de segurança para o cumprimento das

obrigações de curto prazo.

Para confirmação dessa situação seria interessante comparar esses índices com

a média do setor.

Índice de Liquidez Seca

Fórmula

() Ativo Circulante Líquido


(/) Passivo Circulante
(=) Índice de Liquidez Seca

 Obs.: O Ativo Circulante Líquido é definido como o Ativo Circulante deduzido dos

valores que não se pode ter certeza de que serão convertidos em caixa no

curto prazo:

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 Obs.: - para a maioria dos autores, os estoques que, para conversão em caixa,

dependem da ocorrência de venda; e

 - para alguns, os estoques e as despesas antecipadas, porque essas últimas

serão convertidas em despesa (e não em caixa).

Definição

O índice de liquidez Seca demonstra a capacidade de a empresa honrar seus

compromissos de curto prazo, utilizando-se de seus recursos conversíveis em mo-

eda.

No Ativo Circulante, há recursos que podem ser utilizados para pagamento de

obrigações sem que, para isso, a vontade de terceiros seja relevante, por exemplo,

dinheiro em caixa, depósitos bancários, aplicações financeiras e até mesmo direitos

creditórios que, em regra, serão recebidos no prazo.

Entretanto, o  valor dos estoques somente será transformado em dinheiro no

caso de sua venda, o que depende da atuação de um terceiro – o cliente. Da mes-

ma forma, não se pode contar com o valor de despesas antecipadas para paramen-

to de dívidas (pois elas não se transformam em dinheiro, mas sim em despesas).

O índice, portanto, representa a relação existente entre esses recursos, conver-

síveis em moeda, e as obrigações de curto prazo, revelando com razoável consis-

tência da capacidade financeira e econômica da empresa.

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Aplicando essa definição aos dados de nossa empresa, analisada, são apura-

dos os seguintes índices de liquidez Imediata:

− dados:

20X1 20X2 20X3


Ativo Circulante 16.980,00 18.075,00 21.705,00
Caixa e Eq. de Caixa 1.515,00 2.180,00 2.940,00
Instr. Financeiros 3.815,00 3.825,00 5.785,00
Clientes 7.225,00 8.015,00 8.120,00
Matéria-prima 1.000,00 900,00 1.050,00
Prod. em Elaboração 60,00 70,00 65,00
Produtos Acabados 2.400,00 1.750,00 2.450,00
Trib. a Recuperar 950,00 1300,00 1265,00

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Desp. Antecipadas 15,00 35,00 30,00


Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00
Obrig. Sociais e Trab. 890,00 975,00 1.085,00
Fornecedores 1.345,00 1.600,00 1.860,00
Contas a Pagar 640,00 1.135,00 785,00
Empréstimos 2.255,00 2.590,00 3.880,00

− cálculo:

20X1 20X2 20X3


() Ativo Circulante Líquido 13.505,00 15.320,00 18.110,00 *
(/) Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00
Índice de Liquidez Cor-
(=) 2,63 2,43 2,38
rente
*
() Ativo Circulante 16.980,00 18.075,00 21.705,00
(-) Estoques -3.460,00 -2.720,00 -3.565,00
(-) Despesas Antecipadas -15,00 -35,00 -30,00
(=) Ativo Circulante Líquido 13.505,00 15.320,00 18.110,00

Pelo comportamento do índice, percebe-se que, no período, a empresa não de-

pende da realização de seus estoques para cumprir seus compromissos de curto

prazo.

De qualquer maneira, o  índice de Liquidez Seca também deve ser analisado

juntamente com a Rotação dos Estoques (que apresenta o tempo, em média, ne-

cessário para vender o estoque). Quanto maior for a dependência dos estoques na

liquidez da empresa, maior será a necessidade da empresa em vender seus esto-

ques em menores intervalos de tempo.

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Índice de Liquidez Geral

Fórmula

() Ativo Circulante + Realizável a LP


(/) Passivo Circulante + Não Circulante
(=) Índice de Liquidez Geral

Definição

O Índice de Liquidez Geral revela a capacidade financeira de a empresa honrar

todas as suas obrigações (de curto ou longo prazo), com a utilização de seus re-

cursos realizáveis, no curto ou no longo prazo. Em outras palavras, esse índice a

capacidade financeira de a empresa em honrar seus compromissos com terceiros,

sem a necessidade de alienar os recursos classificados nos grupos Investimentos,

Imobilizado e Intangível (adquiridos com o objetivo de utilização ou valorização

e não para alienação).

Repare que esse índice revela a possibilidade de liquidação de obrigações sem a

necessidade de “canibalização” do empreendimento. Isso porque se o índice for in-

ferior a 1,00, poderá haver a necessidade de a empresa alienar parte de seu “Ativo

Imobilizado”, “Ativo Investimentos” ou “Ativo Intangível” para honrar os compro-

missos.

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Aplicando essa definição aos dados de nossa empresa, analisada, são apura-

dos os seguintes índices de liquidez Imediata:

− dados:

20X1 20X2 20X3


Ativo Circulante 16.980,00 18.075,00 21.705,00
Caixa e Eq. de Caixa 1.515,00 2.180,00 2.940,00
Instr. Financeiros 3.815,00 3.825,00 5.785,00
Clientes 7.225,00 8.015,00 8.120,00
Matéria-prima 1.000,00 900,00 1.050,00
Prod. em Elaboração 60,00 70,00 65,00
Produtos Acabados 2.400,00 1.750,00 2.450,00
Trib. a Recuperar 950,00 1.300,00 1.265,00
Desp. Antecipadas 15,00 35,00 30,00

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Ativo Não Circulan-


8.890,00 8.555,00 8.580,00
te
Realizável a L. Prazo 935,00 1.050,00 1.130,00
...
Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00
Obrig. Sociais e Trab. 890,00 975,00 1.085,00
Fornecedores 1.345,00 1.600,00 1.860,00
Contas a Pagar 640,00 1.135,00 785,00
Empréstimos 2.255,00 2.590,00 3.880,00
Passivo Não Circu-
6.745,00 4.725,00 4.265,00
lante
Financiamentos 6.745,00 4.725,00 4.265,00

− cálculo:

20X1 20X2 20X3


Ativo Circulante +
() 17.915,00 19.125,00 22.835,00
Realizável a LP *
Passivo Circulante
(/) 11.875,00 11.025,00 11.875,00
+ Não Circulante **
Índice de
(=) 1,51 1,73 1,92
Liquidez Geral
*

Ativo Circulan-
()
te 16.980,00 18.075,00 21.705,00
Ativo Realizá-
(+)
vel a Longo Prazo 935,00 1.050,00 1.130,00
Ativo Circu-

(=) lante + Realizá-

vel a LP 17.915,00 19.125,00 22.835,00

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**

Passivo Circu-
()
lante 5.130,00 6.300,00 7.610,00
Passivo não
(+)
Circulante 6.745,00 4.725,00 4.265,00
Passivo Cir-

(=) culante + Não

Circulante 11.875,00 11.025,00 11.875,00

O Índice de Liquidez Geral também apresenta um leve aumento no tempo,

e ainda com uma situação confortável para a empresa, entre 1,5 e 2.

A situação de maior solidez financeira está no balanço de 20X3, sendo que, pela

relevância do índice apurado, em tese, a empresa apresenta margens suficientes

para manter uma situação financeira saudável no longo prazo.

Índice de solvência (Margem de Garantia)

Fórmula

() Ativo
(/) Passivo Exigível
(=) Índice de Solvência

 Obs.: O Passivo Exigível é definido como a soma dos valores do Passivo Circulante

e do Passivo não Circulante.

Definição

O Índice de Solvência, também chamado de Margem de Garantia tem por ob-

jetivo revelar a capacidade financeira de a empresa honrar suas obrigações, com

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a utilização de seus recursos. Em outras palavras, o índice revela a relação entre o

ativo e as obrigações do passivo.

Saliente-se, porém, que, para uma análise satisfatória do índice, os prazos de

exigência das obrigações e a capacidade da empresa gerar caixa (de suas ativida-

des) é fundamental.

A figura a seguir apresenta a ideia do índice de solvência.

Aplicação e Análise

Aplicando essa definição aos dados de nossa empresa, analisada, são apura-

dos os seguintes índices de liquidez Imediata:

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− dados:

20X1 20X2 20X3


Ativo Circulante 16.980,00 18.075,00 21.705,00
Caixa e Eq. de Cai-
1.515,00 2.180,00 2.940,00
xa
Instr. Financeiros 3.815,00 3.825,00 5.785,00
Clientes 7.225,00 8.015,00 8.120,00
Matéria-prima 1.000,00 900,00 1.050,00
Prod. em Elabora-
60,00 70,00 65,00
ção
Produtos Acabados 2.400,00 1.750,00 2.450,00
Trib. a Recuperar 950,00 1.300,00 1.265,00
Desp. Antecipadas 15,00 35,00 30,00
Ativo Não Circu-
8.890,00 8.555,00 8.580,00
lante
Realizável a L. Pra-
935,00 1.050,00 1.130,00
zo
Investimentos 780,00 590,00 530,00
Imobilizado 4.590,00 4.155,00 4.300,00
Intangível 2.585,00 2.760,00 2.620,00
Total do Ativo 25.870,00 26.630,00 30.285,00
Passivo Circulan-
5.130,00 6.300,00 7.610,00
te
Obrig. Sociais
890,00 975,00 1.085,00
e Trab.
Fornecedores 1.345,00 1.600,00 1.860,00
Contas a Pagar 640,00 1.135,00 785,00
Empréstimos 2.255,00 2.590,00 3.880,00

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Passivo Não Cir-


6.745,00 4.725,00 4.265,00
culante
Financiamentos 6.745,00 4.725,00 4.265,00

− cálculo:

20X1 20X2 20X3


() Ativo 25.870,00 26.630,00 30.285,00
Passivo Circulante + Não
(/) 11.875,00 11.025,00 11.875,00 *
Circulante
(=) Índice de Solvência 2,18 2,42 2,55
*
() Passivo Circulante 780,00 590,00 530,00
(+) Passivo não Circulante 890,00 975,00 1.085,00

(=) Passivo Circulante + Não


Circulante 1.670,00 1.565,00 1.615,00

Repare que, para todos os períodos, esse índice é superior à unidade, o que nos

permite concluir pela existência de Patrimônio Líquido positivo.

6. Índices de Endividamento
Os índices de endividamento, ou de estrutura de capitais têm por finalidade de-

monstrar a importância relativa da participação dos capitais próprios e de terceiros

na composição do patrimônio da entidade.

Os “capitais de terceiros” são representados pelas dívidas contraídas perante

terceiros, correspondentes às obrigações registradas no Passivo Circulante e no

Passivo não circulante. Por sua vez, os “capitais próprios” são representados pelos

recursos entregues pelos sócios à entidade e pelos resultados por ela obtidos em

decorrência de sua atividade, correspondentes aos valores registrados no Patrimô-

nio Líquido.

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É importante lembrar que todos ativo da entidade é adquirido com valores vin-

dos dos sócios (recursos próprios) ou de empréstimos (recursos de terceiros). As-

sim, conhecendo as dívidas da empresa, conhecemos sua estrutura de capital.

Caso a entidade opte por adquirir seu Ativo com recursos recebidos de terceiros,

ela incorre em dois problemas: em algum momento terá que desembolsar re-

cursos para quitar a obrigação e ela terá que pagar juros sobre o emprés-

timo, que afetam negativamente o resultado.

Por outro lado, caso a empresa opte por adquirir seu Ativo com recursos pró-

prios (recebidos dos sócios), não terá que pagar juros ou quitar obrigações, porém,

terá dois outros tipos de problema:

1) nem sempre é fácil conseguir captar recursos próprios – pela falta de pessoas

interessadas em correr o risco do investimento; e

2) a empresa terá, em tese, que dividir seus lucros entre mais sócios.

A figura a seguir ilustra a ideia básica dos índices de estrutura de capitais (ou

de endividamento).

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Há vários quocientes de endividamento, cada um deles enfocando um aspecto

do financiamento da atividade da entidade e, portanto, utilizando diferentes grupos

do Balanço Patrimonial. Em seguida, analisaremos – em separado – os mais impor-

tantes índices de endividamento:

− Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido;

− Índice de Imobilização de Recursos Permanentes (não Correntes);

− Índice de Participação de Capitais de Terceiros (Endividamento);

− Índice de Endividamento Geral (Nível ou Grau de Endividamento);

− Índice de Composição do Endividamento; e

− Índice de Endividamento de Curto Prazo.

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Em princípio, o comportamento dos índices de Endividamento (ou Estrutura de


Capital) é “quanto menor melhor”, ou seja, quanto menor for o índice, melhor
será a situação Financeira da empresa, pelo menos do ponto de vista de sua segu-
rança. Entretanto, antes de aprofundarmos o estudo desses índices, cabe lembrar
que a existência de dívidas pode ser benéfica, por exemplo, quando o custo da dí-
vida é menor do que a possibilidade de a entidade gerar riqueza com utilização de
seus recursos.

Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido

Fórmula

() Recursos sem expectativa de realização


(/) Patrimônio Líquido
Índice de Imobilização do Patrimônio

(=) Líquido

Os recursos sem expectativa de realização:


 Obs.: - são aqueles registrados no grupo Ativo Investimentos, Ativo Imobilizado e
Ativo Intangível;
 Obs.: - correspondem ao valor do Ativo não Circulante, deduzido do valor do Ativo
Realizável a Longo Prazo.

Definição

O Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido demonstra a relação existente


entre os valores:
− dos recursos de baixíssima liquidez (registrados nos subgrupos do Ativo
Investimentos, Ativo Imobilizado ou Ativo Intangível); e

− dos capitais próprios (registrados no Patrimônio Líquido).

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Partindo-se do pressuposto de que os recursos aplicados nos ativos de baixíssi-

ma liquidez não devam ser exigidos (evitando-se a necessidade de alienação des-

ses ativos, que pode prejudicar a realização das atividades da entidade), conclui-se

pela necessidade de que esses ativos sejam adquiridos com recursos dos proprie-

tários. Portanto:

1) caso o índice seja inferior à unidade, os recursos do PL são suficientes para

aquisição de todo o ativo Investimentos, Imobilizado e Intangível, com sobra;

2) caso o índice seja igual à unidade, os recursos do PL são aqueles necessários

e suficientes para aquisição de todo o ativo Investimentos, Imobilizado e In-

tangível; e

3) caso o índice seja superior à unidade, os recursos do PL serão insuficientes

para aquisição de todo o ativo Investimentos, Imobilizado e Intangível (sen-

do necessário recorrer a empréstimos e financiamentos de terceiros para

aquisição de, pelo menos, parte desses bens e direitos).

A figura a seguir ilustra a ideia do índice de imobilização do PL.

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Aplicação e Análise

Aplicando essa definição aos dados de nossa empresa, analisada, são apura-

dos os seguintes índices de Imobilização do Patrimônio Líquido:

− dados:

20X1 20X2 20X3


Ativo Não Circulante 8.890,00 8.555,00 8.580,00
Realizável a L. Prazo 935,00 1.050,00 1.130,00
Investimentos 780,00 590,00 530,00

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Imobilizado 4.590,00 4.155,00 4.300,00


Intangível 2.585,00 2.760,00 2.620,00
...
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 13.995,00 15.605,00 18.410,00
Capital 8.700,00 9.420,00 9.715,00
Reservas de Capital 1.355,00 1.250,00 1.255,00
Reservas de Lucro 3.940,00 4.935,00 7.440,00

− cálculo:

20X1 20X2 20X3


Recursos de

() Baixa Liquidez 7.955,00 7.505,00 7.450,00


Patrimônio Lí-
13.995,00 15.605,00 18.410,00
(/) quido
Índice de

(=) Imobilização do PL 0,57 0,48 0,40

− onde:

() Investimentos 780,00 590,00 530,00


(+) Imobilizado 4.590,00 4.155,00 4.300,00
(+) Intangível 2.585,00 2.760,00 2.620,00
Recursos de Baixa Liqui-

(=) dez 7.955,00 7.505,00 7.450,00

− ou:

() Ativo não Circulante 8.890,00 8.555,00 8.580,00


Ativo Realizável a Lon-
-935,00 -1.050,00 -1.130,00
(-) go Prazo
Recursos de Baixa

(=) Liquidez 7.955,00 7.505,00 7.450,00

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O comprometimento dos capitais próprios com os elementos do Ativo sem pre-

visão de alienação, pertencentes aos subgrupos Investimentos, Imobilizado e In-

tangível, do Ativo não Circulante é próximo de 50%. Isto implica dizer que, aproxi-

madamente, metade do Patrimônio Líquido foi aplicada na aquisição dos ativos de

baixa liquidez, sobrando a outra metade para investimento, no Ativo Circulante e

Realizável a Longo Prazo, ou seja, no giro operacional da entidade.

Na análise do Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido, o analista deve ter

presente a natureza da(s) atividade(s) da empresa. Há casos em que, pelas carac-

terísticas das operações, as empresas necessitam aplicar uma parcela considerável

de seus recursos no Ativo Imobilizado, Intangível ou Investimento. É  o caso das

empresas extrativistas (mineradoras, petrolíferas etc.), em que a maior parte de

seus recursos estão aplicados em equipamentos e na aquisição dos direitos de ex-

ploração das próprias jazidas. As empresas de transporte (pelo elevado custo dos

veículos, que compõem a virtual totalidade de seus recursos) também podem ser

exemplos desta situação.

Importante levar em consideração que, caso o custo da dívida seja menor do

que o lucro auferido pela entidade em suas atividades, este índice pode ser alto,

sem que com isso a lucratividade da entidade seja prejudicada.

 Obs.: Capital Circulante Próprio (Capital de Giro Próprio)

Em decorrência da análise deste índice, pode-se identificar a existência ou não

de Capital Circulante (ou de giro) Próprio, isto é, se há sobras de recursos próprios

em relação às aplicações nos ativos de longo prazo, representados pelos subgrupos

do ativo não circulante Investimentos, Imobilizado e Intangível.

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A expressão que define o Capital Circulante próprio se encontra a seguir apre-

sentada.

() Patrimônio Líquido

(-) Ativo não circulante Investimentos

(-) Ativo não circulante Imobilizado

(-) Ativo não circulante Intangível

(=) Capital Circulante Próprio

A existência de Capital Circulante Próprio indica que a empresa possui recursos

próprios aplicados em seu giro operacional, pois seus capitais próprios não estão

totalmente comprometidos com o Ativo Investimentos, Imobilizado ou Intangível.

Em análise contrária, se o Capital Circulante Próprio, calculado matematicamen-

te pela Fórmula acima indicada, for negativo, a empresa estará utilizando recursos

de terceiros em suas imobilizações, o que poderá comprometer sua saúde financei-

ra, já que o retorno destas aplicações, via de regra, se dá a longo prazo (em outras

palavras, pode ocorre da empresa ter de pagar pelos ativos antes de ter auferido

lucro suficiente com sua utilização). Neste caso, é recomendável que a captação de

recursos seja através de financiamentos de longo prazo, evitando-se o comprome-

timento do capital de giro.

Quando o índice for menor que a unidade (situação desejável), tem-se o indi-

cativo da existência de sobras de capitais próprios, em relação aos elementos do

antigo Ativo Permanente (atualmente classificados nos subgrupos Investimentos,

Imobilizado e Intangível do Ativo não circulante).

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Índice de Imobilização de Recursos não Correntes


(Permanentes)

Fórmula

() Recursos sem expectativa de realização


(/) Patrimônio Líquido + Passivo não Circulante
(=) Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido

 Obs.: os recursos sem expectativa de realização:

 - são aqueles registrados no grupo Ativo Investimentos, Ativo Imobilizado e

Ativo Intangível;

 - correspondem ao valor do Ativo não Circulante, deduzido do valor do Ativo

Realizável a Longo Prazo.

Definição

O Índice de Imobilização de Recursos Permanentes, também conhecido como

Índice de Imobilização de recursos não correntes, complementa o estudo do Índice

de Imobilização do Patrimônio Líquido ao apresentar a relação existente entre os

valores:

− dos recursos de baixíssima liquidez (registrados nos subgrupos do Ativo

Investimentos, Ativo Imobilizado ou Ativo Intangível) e

− dos capitais próprios (registrados no Patrimônio Líquido) ou de terceiros,

mas de longo prazo (registrados no Passivo não Circulante).

Contextualizando a questão, podemos perceber que, quando o índice de imobi-

lização do PL é inferior à unidade (ou seja, quando o Patrimônio Líquido é superior

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à soma do Ativo Investimentos, Imobilizado e Intangível), certamente o índice de

imobilização de recursos permanentes também será inferior à unidade. Ora, se o

valor do PL já é suficiente para a aquisição de todo os elementos de baixa liquidez

do ativo, certamente o valor do PL, acrescido do valor do Passivo não Circulante,

será mais do que suficiente para aquisição desses mesmos elementos.

O estudo deste índice, portanto, é indicado nas situações em que o índice de

imobilização do PL é superior à unidade. Neste caso, o valor aportado pelos sócios

(PL) é insuficiente para financiamento de todo os elementos de baixa liquidez do

Ativo e, assim, há que se pesquisar a origem dos recursos, complementares ao Pa-

trimônio líquido, aplicados na aquisição desses elementos.

Caso o índice de imobilização do PL seja superior à unidade e o índice de

imobilização de recursos não correntes, inferior à unidade; temos uma situação

em que: o valor aportado pelos sócios (PL) não é suficiente para financia-

mento de todo os elementos do ativo para os quais não haja intenção de

alienação, porém, o valor aportado pelos sócios (PL) acrescido do valor das

dívidas de longo prazo é suficiente para aquisição desses ativos. Essa situ-

ação pode, ainda, ser considerada confortável, pois, a entidade, em tese, disporia

de tempo suficiente para, com a utilização dos ativos adquiridos, gerar lucros, bem

como recursos financeiros, e, com eles, quitar o valor de sua aquisição (que está

financiado a longo prazo).

Quanto menor for o índice de imobilização de recursos permanente, mais con-

fortável será a situação financeira da empresa. Portanto, quando o índice for menor

que a unidade (situação desejável), tem-se o indicativo de que a empresa não está

imobilizando recursos de terceiros, cujos vencimentos se darão no curto prazo (si-

tuação que seria – teoricamente – perigosa).

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A figura a seguir ilustra a ideia do índice de imobilização de recursos não cor-

rentes.

Aplicação e Análise

Aplicando essa definição aos dados de nossa empresa, analisada, são apurados

os seguintes índices de Imobilização do Patrimônio Líquido:

− dados:

20X1 20X2 20X3

Ativo Não Circulante 8.890,00 8.555,00 8.580,00


Realizável a L. Prazo 935,00 1.050,00 1.130,00
Investimentos 780,00 590,00 530,00
Imobilizado 4.590,00 4.155,00 4.300,00

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Intangível 2.585,00 2.760,00 2.620,00


...

Passivo Não Circulante 6.745,00 4.725,00 4.265,00


Financiamentos 6.745,00 4.725,00 4.265,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 13.995,00 15.605,00 18.410,00
Capital 8.700,00 9.420,00 9.715,00
Reservas de Capital 1.355,00 1.250,00 1.255,00
Reservas de Lucro 3.940,00 4.935,00 7.440,00

− cálculo:

20X1 20X2 20X3


Recursos de Baixa

() Liquidez 7.955,00 7.505,00 7.450,00


PL + Passivo não Cir-

(/) culante 20.740,00 20.330,00 22.675,00


Índice Imob. Rec.

(=) não Correntes 0,38 0,37 0,33

− onde:

Investimentos 780,00 590,00 530,00


()

Imobilizado 4.590,00 4.155,00 4.300,00


(+)

Intangível 2.585,00 2.760,00 2.620,00


(+)
Recursos de Baixa Li-

(=) quidez 7.955,00 7.505,00 7.450,00

− ou:

() Ativo não Circulante 8.890,00 8.555,00 8.580,00

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Ativo Realizável a Lon-


-935,00 -1.050,00 -1.130,00
(-) go Prazo
Recursos de Baixa

(=) Liquidez 7.955,00 7.505,00 7.450,00

− e:

() Passivo não Circulante 6.745,00 4.725,00 4.265,00


(+) Patrimônio Líquido 13.995,00 15.605,00 18.410,00
PL + Passivo não

(=) Circulante 20.740,00 20.330,00 22.675,00

O comprometimento dos capitais próprios e das obrigações de longo prazo com

os elementos do Ativo sem previsão de alienação, pertencentes aos subgrupos In-

vestimentos, Imobilizado e Intangível, do Ativo não Circulante está entre 33% e

38%. Isto implica dizer que menos da metade dos recursos captados foi aplicada na

aquisição dos ativos de baixa liquidez, sobrando grande parte do valor para investi-

mento, no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo, ou seja, no giro operacional

da entidade.

Como o Índice de Imobilização do PL já era inferior à unidade, este índice perde

sua importância.

Índice de Participação de Capitais de Terceiros (Endividamento)

Fórmula

() Passivo Circulante + Passivo não Circulante


(/) Patrimônio Líquido
Índice de Participação de Capitais de

(=) Terceiros

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Definição

O índice de Participação de Capitais de Terceiros apresenta a relação existente

entre:

− o Passivo Circulante, acrescido do Passivo não circulante; e

− o Patrimônio Líquido.

Este índice indica o grau de endividamento da empresa em relação aos capitais

próprios e, por esse motivo, alguns autores se referem a ele – de forma singela –

por “índice de endividamento”.

A análise deste índice demonstra a garantia que os capitais de terceiros têm em

relação aos capitais próprios da empresa, isto é, indica a relação da dívida com o

valor aportado pelos proprietários no patrimônio da entidade. Assim, o índice com-

prara: o quanto a empresa deve, com o quanto ela possui e não está com-

prometido com dívidas já existentes.

Se a relação for superior à unidade, tem-se um indicativo de que a situação fi-

nanceira e econômica pode estar comprometida, pois os capitais próprios não são

suficientes para pagar as dívidas da empresa.

Assim, quanto menor for o índice de Participação de Capitais de Terceiros, mais

confortável será a situação econômica e financeira da empresa. Quando o índice for

menor que a unidade (situação desejável), tem-se o indicativo de que os capitais

de terceiros estão garantidos pelos capitais próprios.

A figura a seguir ilustra a ideia básica do Índice de Participação de Capitais de

Terceiros, ou simplesmente Endividamento.

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Aplicação e Análise

Aplicando essa definição aos dados de nossa empresa, analisada, são apura-

dos os seguintes índices de Participação de Capitais de Terceiros:

− dados:

Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00


Obrig. Sociais e Trab. 890,00 975,00 1.085,00
Fornecedores 1.345,00 1.600,00 1.860,00
Contas a Pagar 640,00 1.135,00 785,00
Empréstimos 2.255,00 2.590,00 3.880,00
Passivo Não Circu-
6.745,00 4.725,00 4.265,00
lante
Financiamentos 6.745,00 4.725,00 4.265,00

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PATRIMÔNIO LÍ-
13.995,00 15.605,00 18.410,00
QUIDO
Capital 8.700,00 9.420,00 9.715,00
Reservas de Capital 1.355,00 1.250,00 1.255,00
Reservas de Lucro 3.940,00 4.935,00 7.440,00

− cálculo:

20X1 20X2 20X3


Passivo Circulante + não Circu-

() lante 11.875,00 11.025,00 11.875,00


(/) Patrimônio Líquido 13.995,00 15.605,00 18.410,00
Índice de Participação de

(=) Capital de Terceiros 0,85 0,71 0,65

− onde:

() Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00


(+) Passivo não Circulante 6.745,00 4.725,00 4.265,00
Passivo Circulante + não Circu-

(=) lante 11.875,00 11.025,00 11.875,00

Os valores acima calculados revelam que há uma tendência de redução da par-

ticipação de capitais de terceiros, em relação ao Patrimônio Líquido, de 0,85 para

0,65. Em outras palavras, para cada real de dívida, há mais de um real aportado

pelos sócios, registrado no Patrimônio Líquido. Adicionalmente, é digna de nota a

redução do índice, revelando a opção da entidade de financiamento das atividades

com capitais próprios.

Assim, as dívidas estão garantidas e, com estas garantias, a empresa analisa-

da não terá dificuldades em obter, caso seja necessário, novos recursos de tercei-

ros para o seu giro operacional.

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Índice de Endividamento Geral (Nível ou Grau de


Endividamento)

Fórmula

() Passivo Circulante + Passivo não Circulante


(/) Ativo
(=) Índice de Endividamento Geral

Definição

O índice de Endividamento Geral, também chamado de Nível de Endividamen-

to, Grau de Endividamento, Participação do Capital de Terceiros no Capital Total,

Quociente de Participação do Capital de Terceiros sobre os Recursos Totais ou – em

inglês – debt ratio, é estabelecido pela relação existente entre:

− o Passivo Circulante acrescido do Passivo não circulante; e

− o total de Ativos da entidade.

Este índice indica o quanto a empresa deve em relação a seu investimento total.

Repare que este índice é o inverso do índice de solvência já visto. Isso é intui-

tivo, pois, quanto maior o endividamento geral menor a probabilidade de solvência

de uma empresa.

Assim, quanto menor for o índice de Endividamento Geral, mais confortável

será a situação econômica e financeira da entidade. Quando o índice for maior que

a unidade (Situação indesejável), tem-se o indicativo de que a empresa está em

estado de insolvência.

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A figura a seguir ilustra a ideia do índice de Endividamento Geral:

Aplicação e Análise

Aplicando essa definição aos dados de nossa empresa, analisada, são apura-

dos os seguintes índices de Endividamento Geral.

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− dados:

20X1 20X2 20X3


Ativo Circulante 16.980,00 18.075,00 21.705,00
Caixa e Eq. de Caixa 1.515,00 2.180,00 2.940,00
Instr. Financeiros 3.815,00 3.825,00 5.785,00
Clientes 7.225,00 8.015,00 8.120,00
Matéria-prima 1.000,00 900,00 1.050,00
Prod. em Elaboração 60,00 70,00 65,00
Produtos Acabados 2.400,00 1.750,00 2.450,00
Trib. a Recuperar 950,00 1.300,00 1.265,00
Desp. Antecipadas 15,00 35,00 30,00
Ativo Não Circulan-
8.890,00 8.555,00 8.580,00
te
Realizável a L. Prazo 935,00 1.050,00 1.130,00
Investimentos 780,00 590,00 530,00
Imobilizado 4.590,00 4.155,00 4.300,00
Intangível 2.585,00 2.760,00 2.620,00
Total do Ativo 25.870,00 26.630,00 30.285,00
...
Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00
Obrig. Sociais e Trab. 890,00 975,00 1.085,00
Fornecedores 1.345,00 1.600,00 1.860,00
Contas a Pagar 640,00 1.135,00 785,00
Empréstimos 2.255,00 2.590,00 3.880,00
Passivo Não Circu-
6.745,00 4.725,00 4.265,00
lante
Financiamentos 6.745,00 4.725,00 4.265,00

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− cálculo:

20X1 20X2 20X3


() Passivo Circulante + não Circulante 11.875,00 11.025,00 11.875,00
(/) Ativo 25.870,00 26.630,00 30.285,00
(=) Índice de Endividamento Geral 0,46 0,41 0,39

− onde:

() Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00


(+) Passivo não Circulante 6.745,00 4.725,00 4.265,00
Passivo Circulante + não Circu-

(=) lante 11.875,00 11.025,00 11.875,00

A empresa analisada apresenta uma situação muito confortável em relação a

este indicador, haja vista que, nos períodos analisados, a participação dos capitais

de terceiros no investimento foi sempre inferior a 50%.

Índice de Composição do Endividamento

Fórmula

() Passivo Circulante
(/) Passivo Circulante + Passivo não Circulante
(=) Índice de Composição do Endividamento

Definição

O índice de Composição do Endividamento representa a relação existente entre:

− o Passivo Circulante; e

− o Passivo Circulante acrescido do Passivo não Circulante.

Este índice Revela o perfil dos capitais de terceiros, se eles são capitais exigíveis

a curto ou a longo prazo.

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Supondo que a participação de terceiros no capital total seja alta (ou, em outras

palavras, no caso de endividamento geral alto), a preocupação é saber se haverá

tempo de auferir lucros para pagamento das dívidas. Justamente a análise desse

item é que possibilita a identificação da composição das dívidas da empresa, de-

monstrando a necessidade, ou não, do alongamento de seu perfil.

De uma forma didática, podemos dizer que:

1) se o endividamento geral estiver sob controle, não há maiores preocupações

quanto à composição do endividamento; mas

2) se o endividamento geral não estiver satisfatório, é  necessário verificar a

composição do endividamento (para saber se as dívidas estão concentradas

no curto ou no longo prazo).

Portanto, percebe-se que a análise isolada deste índice não traz muitas informa-

ções úteis para o conhecimento da situação econômica e Financeira da empresa.

Neste sentido, é recomendável que este índice seja analisado em conjunto com os

demais Índices de Endividamento e com os Índices de Liquidez, já vistos anterior-

mente.

A figura a seguir ilustra a ideia do índice de Composição do Endividamento.

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Aplicação e Análise

Aplicando essa definição aos dados de nossa empresa, analisada, são apura-

dos os seguintes índices de Composição do Endividamento.

− dados:

Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00


Obrig. Sociais e Trab. 890,00 975,00 1.085,00
Fornecedores 1.345,00 1.600,00 1.860,00
Contas a Pagar 640,00 1.135,00 785,00
Empréstimos 2.255,00 2.590,00 3.880,00
Passivo Não Circulante 6.745,00 4.725,00 4.265,00
Financiamentos 6.745,00 4.725,00 4.265,00

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− cálculo:

20X1 20X2 20X3


() Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00
(/) Passivo Circulante + não Circulante 11.875,00 11.025,00 11.875,00
Índice de Composição do

(=) Endividamento 0,43 0,57 0,64

− onde:

() Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00


(+) Passivo não Circulante 6.745,00 4.725,00 4.265,00
Passivo Circulante + não Circulan-

(=) te 11.875,00 11.025,00 11.875,00

Uma vez que os índices de Endividamento Geral são satisfatórios, a análise do

índice de Composição do Endividamento pouco acrescenta. Entretanto, é interes-

sante verificar que, de acordo com os índices apurados, crescentes, as dívidas da

empresa analisada estão progressivamente com vencimentos transferidos para

o curto prazo, o  que – em tese – poderia apontar para uma posição pouco con-

fortável. Porém, essa análise somente pode ser feita em conjunto com os demais

índices.

Índice de Endividamento de Curto Prazo

Fórmula

() Passivo Circulante
(/) Ativo
(=) Índice de Endividamento de Curto Prazo

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Definição

O índice de Endividamento de Curto prazo apresenta a relação existente entre

− o Passivo Circulante; e

− o Ativo Total.

Didaticamente, podemos dizer que:

1) se o endividamento geral estiver sob controle, não há maiores preocupações

quanto à composição do endividamento nem ao índice de endividamento de

curto prazo; mas

2) se o endividamento geral não estiver satisfatório, é  necessário verificar a

composição do endividamento (para saber se as dívidas estão concentradas

no curto ou no longo prazo) e, por fim;

3) se o endividamento geral não estiver satisfatório e a composição do endivi-

damento indicar concentração das dívidas no curto prazo, a empresa (além

de entrar em desespero) deve analisar o índice de endividamento de curto

prazo.

Afinal, o índice de endividamento de curto prazo tem a capacidade de informar

se, com os recursos da entidade, é possível – pelo menos – honrar as dívidas de

curto prazo (e, assim, ter uma sobrevida).

A figura a seguir ilustra a ideia do índice de Endividamento de Curto Prazo:

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Aplicação e Análise

Aplicando essa definição aos dados de nossa empresa, analisada, são apura-

dos os seguintes índices de Endividamento de Curto Prazo:

− dados:

20X1 20X2 20X3


Ativo Circulante 16.980,00 18.075,00 21.705,00
Caixa e Eq. de Caixa 1.515,00 2.180,00 2.940,00
Instr. Financeiros 3.815,00 3.825,00 5.785,00
Clientes 7.225,00 8.015,00 8.120,00

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Matéria-prima 1.000,00 900,00 1.050,00


Prod. em Elaboração 60,00 70,00 65,00
Produtos Acabados 2.400,00 1.750,00 2.450,00
Trib. a Recuperar 950,00 1.300,00 1.265,00
Desp. Antecipadas 15,00 35,00 30,00
Ativo Não Circulante 8.890,00 8.555,00 8.580,00
Realizável a L. Prazo 935,00 1.050,00 1.130,00
Investimentos 780,00 590,00 530,00
Imobilizado 4.590,00 4.155,00 4.300,00
Intangível 2.585,00 2.760,00 2.620,00
Total do Ativo 25.870,00 26.630,00 30.285,00
...
Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00
Obrig. Sociais e Trab. 890,00 975,00 1.085,00
Fornecedores 1.345,00 1.600,00 1.860,00
Contas a Pagar 640,00 1.135,00 785,00
Empréstimos 2.255,00 2.590,00 3.880,00

− cálculo:

20X1 20X2 20X3


() Passivo Circulante 5.130,00 6.300,00 7.610,00
(/) Ativo 25.870,00 26.630,00 30.285,00
Índice de Endividamento de

(=) Curto Prazo 0,20 0,24 0,25

Este índice, apesar de baixo, e pelo fato de os demais índices de endividamento

também estarem baixos, não tem – no caso – maior relevância. Porém, é  inte-

ressante notar que ele é crescente, o que indica a tendência de concentração das

dívidas no curto prazo.

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7. Índices de Giro
Os índices de Rotação têm por objetivo fornecer informações sobre o tempo

necessário para a renovação (giro) de determinados elementos patrimoniais, como

estoques, fornecedores e contas a receber.

A concepção dos índices de giro parte do pressuposto de que a empresa rein-

veste em sua atividade o valor auferido com ela. Assim, a venda gera recursos para

aquisição de bens e esses bens são realizados (sacrificados, patrimonialmente, pela

empresa) no intuito de auferir mais receitas de vendas.

Na figura a seguir, encontra-se ilustrada a ideia dos índices de rotação.

Visto o conceito, cabe aqui uma observação. Para determinação dos Índices de

Rotação, podem ser necessárias informações que nem sempre estão contidas nas

Demonstrações Financeiras. É o caso dos saldos mensais de elementos, patrimo-

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niais, a serem utilizados para encontrar o valor médio do elemento no período, das

vendas a prazo e das compras a prazo ou do consumo de elementos, tais como

matérias-primas.

Neste ponto, serão estudados os seis Índices de Rotação ou Giro, a seguir:

• Giro dos Estoques de Mercadorias;

• Giro dos Estoques de Matérias-primas;

• Giro dos Estoques de Produtos em Elaboração;

• Giro dos Estoques de Produtos Acabados;

• Giro de Clientes; e

• Giro de Fornecedores.

Giro dos Estoques de Mercadorias

Fórmula

() Estoque Médio de Mercadorias


(/) Custo da Mercadoria Vendida
(=) Índice
(*) 365 dias
(=) Prazo Médio de Estocagem / Venda

 Obs.: estoque Médio de Mercadoria = (Estoque Inicial + Estoque Final) / 2

 - o ideal é a média de todos os meses (dados geralmente não disponíveis);

 - na ausência de valor inicial, é  aceitável considerar o valor final como a

média do período.

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Definição

Este índice, aplicável apenas a empresas comerciais, consiste na relação entre o

valor médio dos estoques, no período, e o custo da mercadoria vendida. Ele repre-

senta a parcela do período necessária para que o estoque seja vendido e reposto

novamente. Multiplicando-se o quociente por 365, temos o período – em dias – em

que o estoque é normalmente vendido pela entidade.

Saliente-se que o saldo de estoque (no ativo circulante) corresponde ao valor

das mercadorias destinadas à venda.

Considere que:

1) haja, no início do período, determinado valor de mercadorias registrado em

estoque;

2) durante o período, tenha saído do patrimônio um determinado valor (ge-

ralmente superior ao estoque inicial) de mercadorias, na forma de custo, e,

ainda assim;

3) ao final do período haja valor registrado em estoque.

Nessa situação (que é a situação usual), percebe-se que houve baixa e reposi-

ção do valor do estoque. É justamente o procedimento de utilização do estoque

(que sai do patrimônio na forma de custo) e sua reposição que determina o ciclo

de estoque.

A figura a seguir ilustra a ideia do índice de giro dos estoques.

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Aplicação e Análise

Não é possível a aplicação do índice a nossa empresa analisada, que não é

comercial (mas sim industrial). Então, aplicaremos essa definição aos dados da

empresa, simplificada, também já considerada em nosso curso.

Balanço Patrimonial
20X1 20X2 20X3
Ativo Circulante 1.975,00 1.975,00 2.100,00
Caixa e Eq. de Caixa 250,00 260,00 230,00
Clientes 725,00 815,00 820,00
Estoque 1.000,00 900,00 1.050,00
Ativo Não Circulante 2.625,00 3.030,00 2.440,00
Realizável a L. Prazo 135,00 150,00 110,00
Investimentos 420,00 650,00 230,00

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Imobilizado 1.460,00 1.510,00 1.390,00


Intangível 610,00 720,00 710,00
Total do Ativo 4.600,00 5.005,00 4.540,00
Passivo Circulante 1.260,00 1.160,00 1.180,00
Obrig. Sociais e Trab. 310,00 340,00 285,00
Fornecedores 950,00 820,00 895,00
Passivo Não Circulante 1.375,00 1.190,00 1.230,00
Financiamentos 1.375,00 1.190,00 1.230,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.965,00 2.655,00 2.130,00
Capital 1.320,00 1.980,00 1.765,00
Reservas de Lucro 645,00 675,00 365,00
Total do Passivo + PL 4.600,00 5.005,00 4.540,00

Demonstração do Resultado

20X1 20X2 20X3

() Receita 1.000,00 1.000,00 1.000,00

(-) Custo -610,00 -600,00 -1.100,00

(=) Lucro Bruto 390,00 400,00 -100,00

(-) Desp. Operacionais -380,00 -350,00 -200,00

(=) Res. Antes Tributos 10,00 50,00 -300,00

(-) Tributos -60,00 -20,00 -10,00

(=) Lucro Líquido -50,00 30,00 -310,00

Com isso, são apurados os seguintes índices:

− dados:

20X1 20X2 20X3


Ativo Circulante
...
Estoque 1.000,00 900,00 1.050,00

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20X1 20X2 20X3


...
(-) Custo 610,00 600,00 1.100,00

− cálculo:

20X1 20X2 20X3


() Estoque Médio 1.000,00 950,00 975,00
(/) Custo 610,00 600,00 1.100,00
(=) Índice 1,64 1,58 0,89
(*) 365 dias 365 365 365
(=) Prazo Médio de Estocagem 598 578 324

− onde:

() Estoque 1.000,00 900,00 1.050,00

(+) Estoque Inicial 1.000,00 1.000,00 900,00

(=) Total 2.000,00 1.900,00 1.950,00

(/) 2 2 2 2

(=) Estoque Médio 1.000,00 950,00 975,00

Repare que o valor do estoque médio de mercadorias tem se mantido constan-

te, porém o custo aumentou ligeiramente. Com isso, o prazo médio de estoques di-

minuiu, de um ano e meio, para um ano. Portanto, temos um tempo relativamente

alto para que a mercadoria seja vendida.

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Giro dos Estoques de Matérias-primas

Fórmula

() Estoque Médio de Matérias-primas


(/) Consumo de Matérias-primas
(=) Índice
(*) 365 dias
(=) Prazo Médio de Estocagem de MP

 Obs.: 1. Estoque Médio de Matérias-primas = (Estoque Inicial + Estoque Final) / 2

 - o ideal é a média de todos os meses (dados geralmente não disponíveis);

 - na ausência de valor inicial, é  aceitável considerar o valor final como a

média do período.

 2. Consumo de Matérias-primas = Estoque Inicial + Compras de MP – Esto-

que Final.

Definição

Este índice é aplicável a empresas industriais e consiste na relação entre o valor

médio dos estoques, no período, e o consumo de matérias-primas. Ele representa

a parcela do período necessária para que a matéria-prima seja consumida e repos-

ta. Multiplicando-se o quociente por 365, temos o período – em dias – em que a

matéria-prima é normalmente consumida, no processo de fabricação de produtos.

Saliente-se que o saldo de estoque (no ativo circulante), para empresas indus-

triais, alcança as matérias primas, produtos em elaboração e produtos acabados.

No caso, é dado foco às Matérias-primas.

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A figura a seguir ilustra a ideia do índice de giro do estoque de matérias-primas.

Aplicação e Análise

Para aplicarmos o índice a nossa empresa analisada, além dos dados das de-

monstrações, é  necessário o valor das compras de Matérias-primas no período.

Com eles, são apurados os seguintes índices:

− dados:

20X1 20X2 20X3


Ativo Circulante
...
Matéria-prima 1.000,00 900,00 1.050,00

20X1 20X2 20X3


Compra - MP 7.378,00 8.780,00 14.920,00

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− cálculo:

20X1 20X2 20X3


() Estoque Médio – MP 1.000,00 950,00 975,00
(/) Consumo de MP 7.378,00 8.880,00 14.770,00
(=) Índice 0,14 0,11 0,07
(*) 365 dias 365 365 365
(=) Prazo Médio de Estocagem MP 49 39 24

− onde:

() Estoque Final 1.000,00 900,00 1.050,00


(+) Estoque Inicial 1.000,00 1.000,00 900,00
(=) Total 2.000,00 1.900,00 1.950,00
(/) 2 2 2 2
(=) Estoque Médio – MP 1.000,00 950,00 975,00

− e:

() Estoque Inicial 1.000,00 1.000,00 900,00


(+) Compra MP 7.378,00 8.780,00 14.920,00
(-) Estoque Final -1.000,00 -900,00 -1.050,00
(=) Consumo de MP 7.378,00 8.880,00 14.770,00

Repare que o valor do estoque médio de matérias primas tem se mantido cons-

tante, porém o custo aumentou acentuadamente. Com isso, o prazo médio de es-

toques foi reduzido, de 49 para 24 dias, revelando a opção da entidade de ganho

pelo giro, possivelmente em detrimento da margem de lucro.

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Giro dos Estoques de Produtos em Elaboração

Fórmula

() Estoque Médio de Produtos em Elaboração


(/) Custo de Produção
(=) Índice
(*) 365 dias
(=) Prazo Médio de Fabricação

 Obs.: 1. Estoque Médio de Produtos em Elaboração = (Estoque Inicial + Estoque

Final) / 2

 - o ideal é a média de todos os meses (dados geralmente não disponíveis);

 - na ausência de valor inicial, é  aceitável considerar o valor final como a

média do período.

 2. Custo de Produção = Estoque Inicial + MOD + Consumo de MP + CIF –

Estoque Final.

Definição

Este índice, também aplicável a empresas industriais, consiste na relação entre

o valor médio dos estoques de Produtos em Elaboração, no período, e o correspon-

dente Custo de Produção incorrido. Ele representa a parcela do período necessária

para que a fabricação do produto seja realizada. Multiplicando-se o quociente por

365, temos o período – em dias – em que a fabricação de um produto é iniciada e

finalizada.

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Saliente-se que o saldo de estoque (no ativo circulante), para empresas indus-

triais, alcança as matérias primas, produtos em elaboração e produtos acabados.

No caso, é dado foco aos Produtos em Elaboração.

A figura a seguir ilustra a ideia do índice de giro do estoque de Produtos em

Elaboração.

Aplicação e Análise

Para aplicarmos o índice a nossa empresa analisada, além dos dados das de-

monstrações, é necessário o conhecimento dos seguintes valores:

− o consumo de Matérias-primas no período (já calculado na apuração do

índice anterior – Giro dos Estoques de MP);

− a Mão de Obra Direta utilizada na fabricação de produtos, no período; e

− os Custos Indiretos de Fabricação incorridos no período.

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Com eles, são apurados os seguintes índices:

− dados:

20X1 20X2 20X3


Ativo Circulante
...
Produtos em Elaboração 2.400,00 1.750,00 2.450,00

20X1 20X2 20X3


Consumo de MP 7.378,00 8.680,00 15.070,00
MOD 248,13 1.820,53 350,53
CIF 496,27 3.641,07 701,07

− cálculo:

20X1 20X2 20X3


() Estoque Médio – PEE 60,00 65,00 67,50
(/) Custo de Produção 8.122,40 14.131,60 16.126,60
(=) Índice 0,007 0,005 0,004
(*) 365 dias 365 365 365
(=) Prazo Médio Fabricação 3 2 2

− onde:

() Estoque 60,00 70,00 65,00

(+) Estoque Inicial 60,00 60,00 70,00

(=) Total 120,00 130,00 135,00

(/) 2 2 2 2

(=) Estoque Médio 60,00 65,00 67,50

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− e:

() Estoque Inicial 60,00 60,00 70,00


(+) Consumo MP 7.378,00 8.680,00 15.070,00
(+) MOD 248,13 1.820,53 350,53
(+) CIF 496,27 3.641,07 701,07
(-) Estoque Final -60,00 -70,00 -65,00
(=) Custo de Produção 8.122,40 14.131,60 16.126,60

Repare que o valor do estoque médio de produtos em elaboração tem se manti-

do constante, porém o custo praticamente dobrou. Com isso, o prazo médio de fa-

bricação diminuiu, de aproximadamente 3 para menos de 2 dias, reforçando nossa

conclusão sobre a opção da entidade de ganho pelo giro.

Giro dos Estoques de Produtos Acabados

Fórmula

() Estoque Médio de Produtos Acabados

(/) Custo dos Produtos Vendidos

(=) Índice

(*) 365 dias

(=) Prazo Médio de Venda

 Obs.: Estoque Médio de Produtos Acabados = (Estoque Inicial + Estoque Final) / 2

 - o ideal é a média de todos os meses (dados geralmente não disponíveis);

 - na ausência de valor inicial, é  aceitável considerar o valor final como a

média do período.

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Definição

Este índice, o último aplicável apenas a empresas industriais deste ponto, con-

siste na relação entre o valor médio dos estoques de Produtos acabados, no perí-

odo, e o correspondente Custo dos Produtos Vendidos, incorrido. Ele representa a

parcela do período necessária para que a venda do produto acabado seja realizada.

Multiplicando-se o quociente por 365, temos o período – em dias – em que o pro-

duto acabado permanece em estoque, antes de ser vendido.

Saliente-se que o saldo de estoque (no ativo circulante), para empresas indus-

triais, alcança as matérias primas, produtos em elaboração e produtos acabados.

No caso, é dado foco aos Produtos Acabados.

A figura a seguir ilustra a ideia do índice de giro do estoque de Produtos Acaba-

dos.

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Aplicação e Análise

Aplicando o índice a nossa empresa analisada, são apurados os seguintes ín-

dices:

− dados:

20X1 20X2 20X3


Ativo Circulante
...
Produtos Acabados 2.400,00 1.750,00 2.450,00

20X1 20X2 20X3


(-) Custo 9.230,00 16.070,00 18.320,00

− cálculo:

20X1 20X2 20X3


() Estoque Médio – PAC 2.400,00 2.075,00 2.100,00
(/) Custo dos Produtos Vendidos 9.230,00 16.070,00 18.320,00
(=) Índice 0,26 0,13 0,11
(*) 365 dias 365 365 365
(=) Prazo Médio de Venda 95 47 42

− onde:

() Estoque 2.400,00 1.750,00 2.450,00


(+) Estoque Inicial 2.400,00 2.400,00 1.750,00
(=) Total 4.800,00 4.150,00 4.200,00
(/) 2 2 2 2
(=) Estoque Médio – PAC 2.400,00 2.075,00 2.100,00

Repare que o valor do estoque médio de produtos acabados apresentou leve

redução, porém o custo dos produtos vendidos praticamente dobrou. Com isso,

o prazo médio de estoque de produtos acabados (ou seja, de venda), foi reduzido

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de 95 para 42 dias, reforçando nossa conclusão sobre a opção da entidade de ga-

nho pelo giro.

Giro de Clientes

Fórmula

() Saldo Médio de Clientes


(/) Vendas Brutas
(=) Índice
(*) 365 dias
(=) Prazo Médio Cobrança

 Obs.: Saldo Médio de Clientes = (Saldo Inicial + Saldo Final) / 2

 - o ideal é a média de todos os meses (dados geralmente não disponíveis);

 - na ausência de valor inicial, é  aceitável considerar o valor final como a

média do período.

Definição

Este índice, aplicável tanto a empresas comerciais como industriais, consiste

na relação entre o Saldo médio a receber dos Clientes, no período (geralmente re-

presentado pela conta Duplicatas a Receber), e a correspondente Receita Bruta de

Vendas auferida no período. Ele representa a parcela do período necessária para

que valor das vendas seja recebido dos clientes. Multiplicando-se o quociente por

365, temos o período – em dias – de recebimento do valor das vendas.

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Saliente-se que, na apuração do índice, pode ser considerado:

− apenas o valor das vendas a prazo do período, o que permite a verificação

do prazo médio dado para quem compra a prazo da entidade; ou

− o valor total de vendas (à vista ou a prazo) do período, o  que revela o

tempo médio de recebimento das vendas, pela entidade.

A figura a seguir ilustra a ideia do índice de giro de Clientes.

Aplicação e Análise

Aplicando o índice a nossa empresa analisada, e considerando as receitas to-

tais, são apurados os seguintes índices:

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− dados:

20X1 20X2 20X3

Ativo Circulante

...

Clientes 7.225,00 8.015,00 8.120,00

20X1 20X2 20X3


() Receita 15.460,00 26.010,00 30.220,00

− cálculo:

20X1 20X2 20X3


() Saldo Médio – Clientes 7.225,00 7.620,00 8.067,50
(/) Receita de Vendas 15.460,00 26.010,00 30.220,00
(=) Índice 0,47 0,29 0,27
(*) 365 dias 365 365 365
(=) Prazo Médio de Cobrança 171 107 97

− onde:

() Clientes 7.225,00 8.015,00 8.120,00


(+) Clientes Inicial 7.225,00 7.225,00 8.015,00
(=) Total 14.450,00 15.240,00 16.135,00
(/) 2 2 2 2
(=) Saldo Médio – Clientes 7.225,00 7.620,00 8.067,50

Repare que o valor do saldo médio a receber de clientes permaneceu relati-

vamente estável no período. Entretanto, as vendas praticamente dobraram. Com

isso, verificamos que o prazo médio de cobrança e recebimento das vendas, foi

reduzido de 171 para 97 dias.

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Giro de Fornecedores

Fórmula

() Saldo Médio de Fornecedores


(/) Compras Brutas
(=) Índice
(*) 365 dias
(=) Prazo Médio Pagamento

 Obs.: 1. Saldo Médio de Fornecedores = (Saldo Inicial + Saldo Final) / 2

 - o ideal é a média de todos os meses (dados geralmente não disponíveis);

 - na ausência de valor inicial, é  aceitável considerar o valor final como a

média do período.

 2. Compras Brutas incluem o valor dos tributos embutidos no preço:

 - por aproximação, Compras = CMV – Estoque Inicial + Estoque Final;

 - alternativamente, pode-se buscar o valor das compras brutas na DVA –

Demonstração do Valor Adicionado.

Definição

Este índice, também chamado de prazo médio de pagamento de compras, ou

Prazo médio de contas a pagar, consiste na relação entre o Saldo médio a pagar

aos Fornecedores, no período (geralmente representado pela conta Duplicatas a

Pagar), e o valor das compras realizadas no período. Ele representa a parcela do

período correspondente ao prazo de pagamento das compras, aos  fornecedores.

Multiplicando-se o quociente por 365, temos o período – em dias – que a entidade

tem para pagamento de suas compras.

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Saliente-se que, na apuração do índice, pode ser considerado:

− apenas as compras a prazo do período, o  que permite a verificação do

prazo médio concedido pelos fornecedores à entidade, para pagamento

das compras a prazo; ou

− o total de compras (à vista ou a prazo) do período, o que revela o tempo

médio que a entidade tem para pagar suas compras.

A apuração desse índice é problemática e recebe críticas da doutrina pelo fato

de o valor bruto das compras não estar disponível nas demonstrações. Isso, lem-

brando que a dívida com fornecedores é reconhecida, no Passivo, por seu valor

bruto.

Para contornar esse problema, alguns autores admitem – por aproximação – a

utilização da equação fundamental dos estoques, calculando o valor das compras

pela diferença entre os valores do CMV e do Saldo final do Estoque, em relação ao

Saldo inicial do Estoque. Outra alternativa seria buscar esse valor na Demonstração

do Valor Adicionado – DVA – cuja elaboração e apresentação, porém, somente é

obrigatória para Companhias Abertas.

A figura a seguir ilustra a ideia do índice de giro de Fornecedores.

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Aplicação e Análise

Aplicando o índice a nossa empresa analisada, e  considerando as compras

totais de matérias-primas, já utilizadas na apuração do prazo de estocagem, são

apurados os seguintes índices:

− dados:

20X1 20X2 20X3


Passivo Circulante
...
Fornecedores 1.345,00 1.600,00 1.860,00

20X1 20X2 20X3


Compra - MP 7.378,00 8.780,00 14.920,00

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− cálculo:

20X1 20X2 20X3


() Saldo Médio – Fornecedores 1.345,00 1.472,50 1.730,00
(/) Compras 7.378,00 8.780,00 14.920,00
(=) Índice 0,18 0,17 0,12
(*) 365 dias 365 365 365
(=) Prazo Médio de Pagamento 67 61 42

− onde:

() Fornecedores 1.345,00 1.600,00 1.860,00


(+) Fornecedores – Inicial 1.345,00 1.345,00 1.600,00
(=) Total 2.690,00 2.945,00 3.460,00
(/) 2 2 2 2
(=) Saldo Médio – Fornecedores 1.345,00 1.472,50 1.730,00

Repare que o valor do saldo médio a pagar, a fornecedores aumentou um pouco.

Entretanto, como as compras praticamente dobraram, o prazo médio de pagamen-

to de compras foi reduzido de 67 para 42 dias.

Considerações Finais

Com os Índices de Giro conhecidos, podemos contextualizá-los nos conceitos de

ciclo operacional, econômico e Financeiro das entidades. Mas para isso é necessário

definir esses três termos, conforme a seguir:

1) Ciclo Operacional é o período compreendido entre a compra das mercadorias

ou matérias-primas e o recebimento de valores pela venda das mercadorias

ou produtos acabados.

2) Ciclo Econômico é o período compreendido entre a compra (das mercadorias

ou insumos) e a venda (dessas mercadorias ou dos correspondentes produ-

tos acabados);

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3) Ciclo Financeiro é o período compreendido entre o desembolso pela compra

das mercadorias ou insumos e o recebimento pela venda dessas mercadorias

ou dos correspondentes produtos acabados.

A figura abaixo ilustra o ciclo operacional típico de uma empresa.

Repare que:

1) O período médio de estoques é calculado:

− pelo índice de giro de estoques de mercadorias (no caso de uma empresa

comercial); ou

− pelo somatório dos índices de giro de estoques de matéria-prima, de fa-

bricação e de venda (no caso de empresa industrial);

2) O período médio de cobrança é calculado pelo índice de giro de clientes;

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3) O período médio de pagamento é calculado pelo índice de giro de fornecedo-

res;

4) O ciclo operacional equivale ao período médio de estoques somado ao perí-

odo médio de cobrança;

5) O ciclo econômico equivale ao período médio de estoques; e

6) O ciclo financeiro equivale à diferença entre o ciclo operacional e o período

médio de pagamento.

Então, aplicando os dados levantados, relativos à nossa empresa analisada,

a esses conceitos, apuramos os períodos relativos aos ciclos econômico, operacio-

nal e financeiro, nos termos da memória de cálculo a seguir:


Obs.: Índice

20X1 20X2 20X3 (fonte)


Período Médio de Estoca-

() gem / Venda
Giro do Esto-

MP – Estocagem 49 39 24 que – MP
Giro do Esto-

PEE – Fabricação 3 2 2 que – PEE


Giro do Esto-

PAC – Venda 95 47 42 que – PAC


(=) Ciclo Econômico 147 88 68
(+) Período Médio de Cobrança 171 107 97 Giro de Clientes
(=) Ciclo Operacional 318 195 165
Giro de Forne-

(-) Período Médio de Pagamento -67 -61 -42 cedores


(=) Ciclo Financeiro 251 134 123

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Portanto, podemos concluir que a empresa analisada reduziu o período de

compra, fabricação e venda de produtos (ciclo econômico), de 147 para 68 dias.

Adicionalmente, o período entre a compra dos insumos e o recebimento de valores

pela venda dos produtos acabados (ciclo operacional) também foi reduzido, de

318 para 165 dias. Isso revela um aumento claro do giro da empresa.

Por outro lado, o prazo para pagamento dos insumos aos fornecedores também

foi reduzido, de 67 para 42 dias. Mas, ainda assim, o período entre o desembolso

(pela compra de insumos) e o recebimento de valores (pelas vendas), em que a

produção tem que estar financiada, por capitais próprios ou de terceiros (ciclo fi-

nanceiro), restou reduzido de 251 para 123 dias.

8. Gerência de Caixa

Vimos, no estudo dos índices de giro, ou atividade, o conceito de Ciclo Financei-

ro, que corresponde ao período compreendido entre:

a) o desembolso, pelo pagamento de mercadorias ou insumos de produção, tais

como a matéria-prima; e

b) o recebimento de valores pela venda, da mercadoria ou do produto acabado.

A figura a seguir ilustra o conceito acima referido.

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Pela definição do conceito, bem como pela visualização da figura acima, resta

imediata a compreensão de que, para que a entidade possa levar a efeito sua ativi-

dade, é necessário contar com recursos, pelo menos durante o Ciclo Financeiro. Em

outras palavras, como nesse período, já teria havido consumo, mas ainda não teria

ocorrido o recebimento de caixa, a atividade da entidade teria que ser financiada,

com recursos próprios ou de terceiros.

Porém, aqui surgem os seguintes questionamentos:

1) Qual é a quantia necessária para garantir o funcionamento da entidade, ou

seja, para financiá-la durante o Ciclo Financeiro?

2) Existem esses recursos no patrimônio da entidade?

3) De onde esses recursos estariam se originando – de capitais próprios, de

capitais de terceiros de longo prazo ou de capitais de terceiros de curto prazo?

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Pois bem, são justamente esses questionamentos que esclareceremos neste

ponto de nossa matéria.

Dinâmica dos Fluxos de Caixa

Em decorrência de sua atividade, a entidade experimenta a entrada e a saída

de dinheiro (ou de itens equivalentes a dinheiro). Assim, o caixa funciona como um

repositório desse valor, recebendo fluxos positivos, de operações que geram caixa

e emitindo fluxos, negativos, de operações consumidoras de caixa.

Se, em decorrência de sua atividade, a entidade gerar, no período, mais caixa

do que o consumir, o repositório cresce. Ao contrário, se no período o consumo de

caixa for maior, o repositório será esvaziado.

Para verificar esse comportamento, é necessário considerar a velocidade com

que os elementos patrimoniais se transformam em caixa e a velocidade com que o

caixa é transformado em outros elementos patrimoniais, tudo isso – é claro – em

decorrência da atividade normal da entidade.

Então, para uma compreensão adequada dessa dinâmica de geração e consumo

de caixa, sugerimos imaginar a entidade como uma linha de produção de dinheiro,

que tem por insumo básico o próprio dinheiro.

Vejamos como funciona uma linha de montagem padrão (tipicamente indus-

trial):

a) insumos entram no processo produtivo;

b) esses insumos são trabalhados e se transformam em produtos em elabora-

ção; e

c) os produtos em elaboração, sofrendo mais processamentos, transformam-se

em produtos acabados.

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A figura abaixo ilustra o funcionamento padrão de linhas de montagem.

Agora, vamos analisar a linha de montagem acima proposta.

1) Se a velocidade de realização do “Processamento 1” for maior do que a ve-

locidade de realização do “Processamento 2”, irá se acumular uma pilha do

Produto Intermediário 1, esperando para ser trabalhada, sem acúmulo do

Produto Intermediário 2 ou do Produto Acabado.

2) Ao contrário, se a velocidade de realização do “Processamento 1” for menor

do que a velocidade do “Processamento 2”, não haverá acúmulo do Produto

Intermediário 1, com os insumos fluindo na linha de produção, até tornarem-

-se o Produto Intermediário 2.

3) Porém, se a velocidade de realização do “Processamento 3” for menor do que

a velocidade de realização dos processamentos 1 e 2, ocorrerá o acúmulo do

Produto Intermediário 2.

Assim, visualmente, pelo acúmulo de produtos intermediários, podemos verifi-

car as velocidades relativas dos correspondentes processos de sua elaboração, na

linha de produção.

Agora, transportando essa ideia para o giro da atividade da entidade, conside-

rado aqui como uma linha de produção de caixa, temos a seguinte situação.

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Apresentando essa questão por outro ponto de vista, vejamos o processo de

consumo de caixa e de geração de caixa na representação patrimonial da entidade.

1 – Consumo

Repare que, quanto maior for o acúmulo de estoque, maior será a velocidade

do processo de consumo de caixa. Ao  contrário, quanto maior for o acúmulo de

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obrigações (de pagamento a fornecedores), menor será a velocidade de consumo


de caixa.

2 – Geração

Repare que, quanto maior for o acúmulo de estoque e de direitos creditórios (a


receber de clientes), menor será a velocidade do processo de geração de caixa.
Ora, é com base nessa comparação que poderemos calcular o valor dos recursos
necessários para financiar o giro da entidade.

Capital Circulante Líquido (CCL) – e Conceitos Correlatos

Neste item, analisaremos os conceitos de:


a) capital circulante líquido,
b) Ativo Circulante Operacional,
c) Passivo Circulante Operacional,
d) Ativo Circulante Financeiro; e

e) Passivo Circulante Financeiro.

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Sabemos que:

− o Ativo Circulante (AC) é definido singelamente como o conjunto de recur-

sos de curto prazo da entidade, e

− o Passivo Circulante (PC), por sua vez, é definido, também de forma sim-

plificada, como o conjunto de obrigações de curto prazo.

Com base nos dois conceitos acima, podemos definir o conceito de Capital Cir-

culante Líquido (CCL). O  CCL corresponde à diferença entre os valores do Ativo

Circulante e do Passivo Circulante.

CCL (=) AC (-) PC

 Obs.: o Capital Circulante Líquido também é denominado “Capital de Giro” (CDG).

Quando o CCL é positivo, podemos concluir que há recursos de curto prazo em

valor superior ao das obrigações de curto prazo, no patrimônio da entidade. Nes-

sa situação, verifica-se que apenas parte dos recursos de curto prazo teria sido

financiada pelas obrigações de curto prazo, sendo a parte restante financiada por

obrigações de longo prazo ou por capitais próprios.

A figura a seguir ilustra essa situação:

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Repare que:

a) como o Ativo é formado pela soma dos recursos de curto e longo prazo,

respectivamente do Ativo Circulante (AC) e do Ativo não Circulante (ANC),

o Passivo é formado pelas obrigações de curto e longo prazo, respectivamen-

te do Passivo Circulante (PC) e do Passivo não Circulante (PNC) e o Patrimô-

nio Líquido (PL) corresponde à diferença entre o valor do Ativo e do Passivo;

b) então, o CCL também pode ser calculado pela diferença entre o valor total do

Passivo não Circulante e do Patrimônio Líquido e o valor do Ativo não Circu-

lante.

CCL (=) PNC (+) PL (-) ANC

Agora, o Ativo Circulante é composto por duas partes:

a) o Ativo Circulante Operacional (ou cíclico), composto pelos recursos de curto

prazo relativos ao giro do negócio da entidade, por exemplo:

- clientes;

- adiantamentos a fornecedores; e

- estoques.

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b) o Ativo Circulante Financeiro (ou errático), composto pelos demais recursos

de curto prazo, não relacionados às atividades operacionais da entidade, por

exemplo:

- disponibilidades;

- aplicações financeiras; e

- créditos concedidos.

De forma semelhante, o Passivo Circulante também é composto por duas par-

tes:

a) o Passivo Circulante Operacional, composto pelas obrigações de curto prazo

decorrentes da operação da entidade, por exemplo:

- fornecedores;

- impostos a recolher; e

- salários;.

b) o Passivo Circulante Financeiro, composto pelas demais obrigações de curto

prazo, relacionadas ao financiamento das atividades da entidade, por exem-

plo:

- empréstimos e financiamentos de curto prazo;

- duplicatas descontadas; e

- outras dívidas.

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A figura a seguir ilustra os conceitos de Ativo e Passivo Circulante (operacional

x financeiro).

ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE


FINANCEIRO FINANCEIRO
Disponibilidades Empréstimos
Aplicações financeiras Duplicatas Descontadas

Créditos concedidos OPERACIONAL


OPERACIONAL Fornecedores
Clientes Salários
Estoques Tributos a Recolher

Adiantamento a Fornecedores PASSIVO NÃO CIRCULANTE


ATIVO NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ARLP CAPITAL
INVESTIMENTOS RESERVAS
IMOBILIZADO AJUSTES
INTANGÍVEL PREJUÍZOS ACUMULADOS

Necessidade de Capital de Giro (NCG)

Fórmula

() Ativo Circulante Operacional


(-) Passivo Circulante Operacional
(=) NCG

Definição e Comentários

A necessidade de capital de giro (NCG), conforme o próprio nome indica, pode

ser entendida como a quantidade mínima de numerário necessária para desenvol-

vimento da atividade básica de compra e venda. A NCG, também conhecida pelo

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nome “Necessidade de Investimento em Giro”, é definida pela diferença entre

os valores: do Ativo Circulante Operacional e do Passivo Circulante Opera-

cional.

Para compreendermos esse conceito, devemos levar em consideração o que

segue.

Com relação ao Ativo Circulante Operacional:

a) considerando que há um ciclo infinito de compra e venda de mercadorias,

quanto maiores forem os valores mantidos em estoque, maior será o tempo

necessário para sua venda; e

b) considerando que há um ciclo infinito de venda e recebimento de valores,

quanto maiores forem os valores a receber de clientes, maior será o tempo

necessário para seu recebimento.

Assim, quanto maior for o ativo circulante operacional, maior será a necessida-

de de capital de giro da empresa.

Ao contrário, com relação ao Passivo Circulante Operacional:

a) considerando que há um ciclo infinito de aquisição de fatores de produção

(trabalho de empregados e mercadorias para venda) e de remuneração des-

tes fatores de produção (pagamento de salários e encargos, bem como pa-

gamento de fornecedores e tributos), quanto maiores forem os valores de

salários a pagar, fornecedores e tributos a pagar, maior terá sido o prazo

concedido à entidade, para seu pagamento.

Assim, quanto maior for o passivo circulante operacional, menor será a neces-

sidade de capital de giro da empresa.

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A figura a seguir ilustra as conclusões apresentadas.

Contextualizando, quando – em decorrência da natureza do negócio da empre-

sa, do nível de atividade e do ciclo financeiro – ocorrerem saídas de caixa antes das

respectivas entradas (os pagamentos das aquisições forem anteriores aos recebi-

mentos pelas respectivas vendas), haverá uma necessidade de aplicação de recur-

sos no caixa da empresa (com origem em empréstimos ou capital próprio – sócios),

para honrar os compromissos operacionais. Frise-se que esses empréstimos geram

juros a pagar e o capital próprio gera dividendos a pagar, impactando – de ambas

as maneiras – a rentabilidade para o acionista. Nesse caso, a NCG é positiva.

Quando, ao  contrário, ocorrerem entradas antes das respectivas saídas (ex.:

compra a prazo e venda à vista), não há necessidade de aplicação de recursos no

caixa, pois o próprio passivo circulante operacional resulta em origem de recursos

para o caixa que, ficando com sobras, caracteriza uma NCG (necessidade de capital

de giro) negativa.

A seguir, ilustramos o conceito com um exemplo, nos termos a seguir:

Considerando:
– compra diária, à vista, por 10,00 e
– venda por 15,00.
Prazos:
– 10 dias de estocagem
– 5 dias para recebimento
Obs.: pagamento do lucro ao final de cada mês

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No primeiro mês de operação da empresa, o  fluxo de valores decorrente da

atividade irá gerar/consumir caixa e resultará em receitas/custos conforme tabela

abaixo:

Recebi- Necessidade (-) Dividen-


Dia Compra Venda Pagamento Lucro
mento de caixa dos pagos

1 10,00 0,00 10,00 0,00 10,00 0,00 0,00


2 10,00 0,00 10,00 0,00 20,00 0,00 0,00
3 10,00 0,00 10,00 0,00 30,00 0,00 0,00
4 10,00 0,00 10,00 0,00 40,00 0,00 0,00
5 10,00 0,00 10,00 0,00 50,00 0,00 0,00
6 10,00 0,00 10,00 0,00 60,00 0,00 0,00
7 10,00 0,00 10,00 0,00 70,00 0,00 0,00
8 10,00 0,00 10,00 0,00 80,00 0,00 0,00
9 10,00 0,00 10,00 0,00 90,00 0,00 0,00
10 10,00 0,00 10,00 0,00 100,00 0,00 0,00
11 10,00 15,00 10,00 0,00 110,00 5,00 0,00
12 10,00 15,00 10,00 0,00 120,00 10,00 0,00
13 10,00 15,00 10,00 0,00 130,00 15,00 0,00
14 10,00 15,00 10,00 0,00 140,00 20,00 0,00
15 10,00 15,00 10,00 0,00 150,00 25,00 0,00
16 10,00 15,00 10,00 15,00 145,00 30,00 0,00
17 10,00 15,00 10,00 15,00 140,00 35,00 0,00
18 10,00 15,00 10,00 15,00 135,00 40,00 0,00
19 10,00 15,00 10,00 15,00 130,00 45,00 0,00
20 10,00 15,00 10,00 15,00 125,00 50,00 0,00
21 10,00 15,00 10,00 15,00 120,00 55,00 0,00
22 10,00 15,00 10,00 15,00 115,00 60,00 0,00
23 10,00 15,00 10,00 15,00 110,00 65,00 0,00
24 10,00 15,00 10,00 15,00 105,00 70,00 0,00
25 10,00 15,00 10,00 15,00 100,00 75,00 0,00
26 10,00 15,00 10,00 15,00 95,00 80,00 0,00
27 10,00 15,00 10,00 15,00 90,00 85,00 0,00

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28 10,00 15,00 10,00 15,00 85,00 90,00 0,00


29 10,00 15,00 10,00 15,00 80,00 95,00 0,00
30 10,00 15,00 10,00 15,00 175,00 100,00 100,00

No segundo mês, o referido fluxo assume os seguintes valores:


Pagamen- Recebi- Necessidade (-) Dividen-
Dia Compra Venda Lucro
to mento de caixa dos pagos
31 10,00 15,00 10,00 15,00 170,00 5,00 0,00
32 10,00 15,00 10,00 15,00 165,00 10,00 0,00
33 10,00 15,00 10,00 15,00 160,00 15,00 0,00
34 10,00 15,00 10,00 15,00 155,00 20,00 0,00
35 10,00 15,00 10,00 15,00 150,00 25,00 0,00
36 10,00 15,00 10,00 15,00 145,00 30,00 0,00
37 10,00 15,00 10,00 15,00 140,00 35,00 0,00
38 10,00 15,00 10,00 15,00 135,00 40,00 0,00
39 10,00 15,00 10,00 15,00 130,00 45,00 0,00
40 10,00 15,00 10,00 15,00 125,00 50,00 0,00
41 10,00 15,00 10,00 15,00 120,00 55,00 0,00
42 10,00 15,00 10,00 15,00 115,00 60,00 0,00
43 10,00 15,00 10,00 15,00 110,00 65,00 0,00
44 10,00 15,00 10,00 15,00 105,00 70,00 0,00
45 10,00 15,00 10,00 15,00 100,00 75,00 0,00
46 10,00 15,00 10,00 15,00 95,00 80,00 0,00
47 10,00 15,00 10,00 15,00 90,00 85,00 0,00
48 10,00 15,00 10,00 15,00 85,00 90,00 0,00
49 10,00 15,00 10,00 15,00 80,00 95,00 0,00
50 10,00 15,00 10,00 15,00 75,00 100,00 0,00
51 10,00 15,00 10,00 15,00 70,00 105,00 0,00
52 10,00 15,00 10,00 15,00 65,00 110,00 0,00
53 10,00 15,00 10,00 15,00 60,00 115,00 0,00
54 10,00 15,00 10,00 15,00 55,00 120,00 0,00
55 10,00 15,00 10,00 15,00 50,00 125,00 0,00
56 10,00 15,00 10,00 15,00 45,00 130,00 0,00
57 10,00 15,00 10,00 15,00 40,00 135,00 0,00

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58 10,00 15,00 10,00 15,00 35,00 140,00 0,00


59 10,00 15,00 10,00 15,00 30,00 145,00 0,00
60 10,00 15,00 10,00 15,00 175,00 150,00 150,00

Repare que, para manter a operação nos termos acima propostos, auferindo e

distribuindo lucros de R$ 150,00 por mês, é necessário manter em caixa um valor

de até R$ 175,00.

Saldo em Tesouraria (ST)

Fórmula

() Capital Circulante Líquido (CCL)


(-) Necessidade de Capital de Giro (NCG)
(=) Saldo em Tesouraria (ST)

Definição e comentários

O saldo em tesouraria corresponde ao valor que sobra do Capital Circulante Lí-

quido (CCL ou CDG), depois de descontado o montante referente à Necessidade de

Capital de Giro (NCG).

Por um lado, o CCL representa o total de recursos de curto prazo, depois de de-

duzidas as obrigações de curto prazo.

Por outro lado, a NCG representa o valor mínimo de recursos em caixa necessá-

rio à manutenção da operação.

Assim, o Saldo em tesouraria corresponde ao valor dos recursos de curto prazo,

não comprometidos com obrigações de curto prazo, que sobram, depois de garan-

tida a operação da entidade.

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Alternativamente, o  Saldo em Tesouraria – também denominado “Saldo de

Disponível” também pode ser apurado pela diferença entre o Ativo Circulante

Financeiro e o Passivo circulante financeiro, conforme Fórmula abaixo:


() Ativo Circulante Financeiro
(-) Passivo Circulante Financeiro
(=) Saldo em Tesouraria (ST)

Para confirmarmos essa segunda Fórmula, voltamos à primeira


() Capital Circulante Líquido (CCL)
(-) Necessidade de Capital de Giro (NCG)
(=) Saldo em Tesouraria (ST)

Lembramos que o CCL é a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circu-

lante.

() Ativo Circulante

(-) Passivo Circulante

(-) Necessidade de Capital de Giro (NCG)

(=) Saldo em Tesouraria (ST)

Porém, tanto o Ativo Circulante quanto o Passivo Circulante correspondem ao

somatório de suas parcelas operacional e financeira.


() Ativo Circulante Operacional
(+) Ativo Circulante Financeiro
(-) Passivo Circulante Operacional
(-) Passivo Circulante Financeiro
(-) Necessidade de Capital de Giro (NCG)
(=) Saldo em Tesouraria (ST)

Por Fim, temos que a Necessidade de Capital de Giro equivale à diferença entre

o Ativo Circulante Operacional e o Passivo Circulante Operacional.

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() Ativo Circulante Operacional


(+) Ativo Circulante Financeiro
(-) Passivo Circulante Operacional
(-) Passivo Circulante Financeiro
(-) Ativo Circulante Operacional
(+) Passivo Circulante Operacional
(=) Saldo em Tesouraria (ST)

Então, basta simplificarmos os termos inversos, conforme assinalado.


() Ativo Circulante Operacional
(+) Ativo Circulante Financeiro
(-) Passivo Circulante Operacional
(-) Passivo Circulante Financeiro
(-) Ativo Circulante Operacional
(+) Passivo Circulante Operacional
(=) Saldo em Tesouraria (ST)

Com isso, chegamos exatamente à Fórmula alternativa proposta.

() Ativo Circulante Financeiro


(-) Passivo Circulante Financeiro
(=) Saldo em Tesouraria (ST)

O termo “Saldo de Disponível” é muito elucidativo, para indicar o conceito

de Tesouraria. Com efeito, ele representa, do total do CCL (=) CDG (=) AC (-) PC,

o valor que sobra após garantir a necessidade de capital de giro NCG.

Reflexões sobre a Relação entre CCL, NCG e ST

Neste item, interpretaremos 6 (seis) possíveis situações em que a entidade

pode se encontrar, com o objetivo de classificar a viabilidade financeira de suas

operações.

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 Obs.: essa classificação é utilizada por Eliseu Martins, e outros, em Análise Didá-

tica das Demonstrações Contábeis (Atlas, 2014), com base na proposta de

Roberto Braga, em Análise avançada do capital de giro (FIPECAFI, 1991).

Situação CCL NCG ST Classificação


I + - + Excelente
II + + + Sólida
III + + - Insatisfatória
IV - + - Péssima
V - - - Muito Ruim
VI - - + Alto Risco

a) Situação I– Excelente: CCL positivo, NCG negativa e ST positivo.

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Repare que, nessa situação, o giro operacional se autofinancia, sem necessida-

de de capital de giro. Ou seja, o prazo para pagamento de suas compras (compo-

nente principal do Passivo Circulante Operacional) é superior ao prazo de venda e

recebimento (determinante do Ativo Circulante Operacional).

Adicionalmente, a entidade tem um Capital Circulante Líquido Positivo, ou seja,

com sobra de recursos de curto prazo, em relação às obrigações de curto prazo.

E, finalmente, ainda há saldo positivo em tesouraria, revelando uma sobra de

recursos financeiros não financiados por obrigações financeiras de curto prazo,

para utilização, se necessário.

b) Situação II – Sólida: CCL positivo, NCG positiva e ST positivo.

Repare que, nessa situação, o giro operacional necessita de capital para finan-

ciamento. Ou seja, o prazo para pagamento das compras (componente principal do

Passivo Circulante Operacional) é inferior ao prazo de venda e recebimento (deter-

minante do Ativo Circulante Operacional). Portanto, a  Necessidade de Capital de

Giro é positiva.

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Porém, a entidade tem um Capital Circulante Líquido Positivo, ou seja, tem so-

bra de recursos de curto prazo, em relação às obrigações de curto prazo.

E, adicionalmente, há saldo positivo em tesouraria, revelando uma sobra de re-

cursos financeiros não financiados por obrigações financeiras de curto prazo, para

utilização, se necessário.

Essa situação é muito comum.

c) Situação III – Insatisfatória: CCL positivo, NCG positiva e ST negativo.

Repare que, nessa situação, o giro operacional necessita de capital para finan-

ciamento. Ou seja, o prazo para pagamento das compras (componente principal do

Passivo Circulante Operacional) é inferior ao prazo de venda e recebimento (deter-

minante do Ativo Circulante Operacional). Portanto, a  Necessidade de Capital de

Giro é positiva.

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Pois bem, a entidade tem um Capital Circulante Líquido Positivo, ou seja, tem

sobra de recursos de curto prazo, em relação às obrigações de curto prazo.

Mas, infelizmente, o saldo em tesouraria é negativo, revelando que não há so-

bra de recursos financeiros financiados por obrigações financeiras de longo prazo

ou por capitais próprios, paga garantir o capital de giro necessário.

Nessa situação, a empresa, para manter sua atividade, dependendo dos prazos

relativos de vencimento dos direitos e obrigações de curto prazo, poderá ter que

recorrer a nova capitação de recursos, próprios (aumento de capital) ou de tercei-

ros (contratação de empréstimos).

d) Situação IV – Péssima: CCL negativo, NCG positiva e ST negativo.

Repare que, nessa situação, o giro operacional necessita de capital para finan-

ciamento. Ou seja, o  prazo para pagamento das compras (componente principal

do Passivo Circulante Operacional) é inferior ao prazo de venda e recebimento

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(determinante do Ativo Circulante Operacional). Visualmente, verificamos o Ativo

Circulante Operacional maior do que o Passivo Circulante Operacional, portanto,

a Necessidade de Capital de Giro é positiva.

Entretanto, a entidade tem um Capital Circulante Líquido Negativo, ou seja, tem

mais obrigações de curto prazo do que recursos de curto prazo. Repare que parte

do Ativo não Circulante da entidade é financiado com recursos oriundos do Passivo

Circulante.

E, para piorar a situação, o saldo em tesouraria é negativo, revelando que não

há sobra de recursos financeiros financiados por obrigações financeiras de longo

prazo ou por capitais próprios, para garantir o capital de giro necessário. Assim,

a entidade tem que financiar seu giro com recursos oriundos de passivos financei-

ros de curto prazo.

e) Situação V–Muito Ruim: CCL negativo, NCG negativa e ST negativo.

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Repare que, nessa situação, pelo menos para o financiamento do giro operacio-

nal não é necessário capital. Isso, porque o Passivo Circulante Operacional é supe-

rior ao Ativo Circulante Operacional. Portanto, a Necessidade de Capital de Giro é

negativa.

Ocorre, a  entidade tem um Capital Circulante Líquido Negativo, ou seja, tem

mais obrigações de curto prazo do que recursos de curto prazo. Repare que parte

do Ativo não Circulante da entidade é financiado com recursos oriundos do Passivo

Circulante.

De qualquer maneira, ainda que não haja necessidade de capital de giro, o sal-

do em tesouraria é negativo, revelando que não há sobra de recursos financeiros

financiados por obrigações financeiras de longo prazo ou por capitais próprios, caso

seja necessário.

f) Situação VI – Alto Risco: CCL negativo, NCG negativa e ST positivo.

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Repare que, nessa situação, para o financiamento do giro operacional não é ne-

cessário capital. Isso, porque o Passivo Circulante Operacional é superior ao Ativo

Circulante Operacional. Portanto, a Necessidade de Capital de Giro é negativa.

Ocorre, a  entidade tem um Capital Circulante Líquido Negativo, ou seja, tem

mais obrigações de curto prazo do que recursos de curto prazo. Repare que parte

do Ativo não Circulante da entidade é financiado com recursos oriundos do Passivo

Circulante.

Por outro lado, ainda que não haja necessidade de capital de giro, o saldo em

tesouraria é positivo, revelando que há sobra de recursos financeiros financiados

por obrigações financeiras de longo prazo ou por capitais próprios, caso seja ne-

cessário.

A classificação como de alto risco é decorrente da necessidade de utilização de

fontes de financiamento de curto prazo, para aquisição de recursos de longo prazo,

o que pode resultar em dificuldade de quitar obrigações.

Interpretação dos Dados da Empresa Analisada

Considerando as Demonstrações Contábeis de nossa empresa Analisada, assim

como as memórias de cálculo propostas neste tópico, para levantamento do Capital

Circulante Líquido – CCL, da Necessidade de Capital de Giro – NCG e do Saldo em

Tesouraria, temos a seguinte situação, para cada um dos três períodos 20x1, 20x2

e 20x3:
20X1 20X2 20X3
() Ativo Circulante 16.980,00 18.075,00 21.705,00
(-) Passivo Circulante -5.130,00 -6.300,00 -7.610,00
(=) Capital Circulante Líquido 11.850,00 11.775,00 14.095,00
() Ativo Circulante Operacional 11.650,00 12.070,00 12.980,00

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(-) Passivo Circulante Operacional -2.875,00 -3.710,00 -3.730,00


(=) Necessidade de Capital de Giro 8.775,00 8.360,00 9.250,00
() Ativo Circulante Financeiro 5.330,00 6.005,00 8.725,00
(-) Passivo Circulante Financeiro -2.255,00 -2.590,00 -3.880,00
(=) Saldo em Tesouraria 3.075,00 3.415,00 4.845,00

Nos três períodos analisados, a empresa analisada apresentou:

− Capital Circulante líquido (CCL) positivo;

− Necessidade de Capital de Giro (NCG) positiva; e

− Saldo em Tesouraria (ST) também positivo.

Nesse caso, podemos classificar a situação da empresa analisada como Sólida.

Repare que, como o Ativo Circulante Operacional é superior ao Passivo Circulan-

te Operacional, o giro operacional necessita de capital para financiamento. Portan-

to, a Necessidade de Capital de Giro é positiva.

Porém, a entidade tem um Capital Circulante Líquido Positivo, ou seja, tem so-

bra de recursos de curto prazo, em relação às obrigações de curto prazo.

E, adicionalmente, há saldo positivo em tesouraria, revelando uma sobra de

recursos financeiros não financiados por obrigações financeiras de curto prazo para

utilização, se necessário.

9. Índices de Rentabilidade
Os índices de Rentabilidade consistem em medidas estabelecidas para a men-

suração do desempenho econômico de uma empresa. O  que se busca, por meio

destes índices, é comparar o lucro do empreendimento em relação a diversos pa-

râmetros.

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A rentabilidade é o motivo de existência do negócio. Assim, se não houver lucro

em montante atraente, a atividade e, consequentemente, o empreendimento per-

dem sua razão de existir.

A principal resposta procurada, quando a entidade é analisada pelo prisma des-

ses índices, é se sua atividade apresenta um desempenho condizente com as de-

mais opções de investimentos existentes no mercado. Isso é verificado pela com-

paração entre o capital aplicado e o resultado apurado. Adicionalmente, podemos

levantar qual a estratégia da entidade para alcançar o desempenho apresentado.

A característica fundamental desses é a comparação de valores do Balanço Pa-

trimonial com valores da Demonstração do Resultado.

Por fim cabe esclarecer que:

− há caso sem que a empresa, por estar no início de suas operações ou atra-

vessando um período de instabilidade em seu setor econômico, apresenta

um nível de rentabilidade aquém do esperado, mas em que é possível

existirem boas perspectivas para o futuro; e

− uma situação financeiramente confortável pode não ter o mesmo indicati-

vo no aspecto econômico e vice-versa.

A figura abaixo ilustra a ideia básica dos índices de rentabilidade:

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Retorno sobre o Investimento (Ativo)

Fórmula

() Lucro Líquido (ajustado)

(/) Ativo Total Médio

(=) Índice de Rentabilidade do Ativo

Definição

O índice de Rentabilidade do Ativo (também conhecido pela sigla “ROI” – “Re-

turnoninvestment” – que em nossa língua significa Retorno sobre o Investimento

ou, ainda, Rentabilidade Econômica) representa a relação existente entre o Lucro

Líquido do período e o Ativo Total do mesmo período. É a relação pela qual se veri-

fica a lucratividade dos capitais próprios e de terceiros, ou seja, de todo o investi-

mento realizado na atividade.

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Esse índice compara o valor do lucro que a empresa consegue auferir, com a

utilização (em sua atividade) dos bens e direitos por ela adquiridos – com recursos

próprios (dos sócios-PL) ou com recursos de terceiros (empréstimos-Passivo). As-

sim, quanto maior for o índice, melhor será o desempenho dos capitais investidos.

Considerações sobre o Ativo

O Ativo Total deve ser calculado desconsiderando-se o valor do passivo opera-

cional (não oneroso, cuja existência decorre da própria atividade da entidade):

() Saldo do Ativo

(-) Passivo Circulante Operacional

(=) Ativo Total (ajustado)

Na inexistência de informações sobre o passivo circulante operacional, é aceitá-

vel utilizar o próprio saldo do ativo.

O valor do Ativo Total Médio é obtido pela média aritmética entre o valor do Ati-

vo Total no início e o valor no fim do período.

Ativo Total Médio = (Ativo Total inicial + Ativo Total final) /2

Na inexistência de dados sobre o valor inicial, é aceitável considerar que o Ati-

vo se manteve estável ao longo do período, concluindo – por simplificação – que o

Ativo final (apresentado) seja equivalente ao Ativo médio.

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Considerações sobre o Lucro Líquido

O Valor do Lucro Líquido deve ser ajustado, para refletir o lucro que os ativos

geram na realização da atividade-objeto da entidade. Dessa forma, o  índice não

deve ser afetado pela estrutura de financiamento da entidade. Portanto, para apu-

ração do lucro líquido ajustado, devem ser desconsideradas: as despesas finan-

ceiras e o efeito dessas despesas nos tributos incidentes sobre o lucro da

entidade – aproximadamente, 35%.

Na inexistência de dados sobre esses expurgos, é aceitável considerar-se o lu-

cro líquido da entidade.

A figura a seguir ilustra a ideia básica do índice de rentabilidade do ativo.

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Aplicação e análise

No caso da empresa Analisada, temos os seguintes valores para o Ativo Total

(ajustado) Médio, para o Lucro Líquido (ajustado) e, em consequência, para os ín-

dices de Rentabilidade do Ativo, em 20X1, 20X2 e 20X3:

20X1 20X2 20X3


() Total do Ativo 25.870,00 26.630,00 30.285,00
(-) Passivo não oneroso

(-) Obrig. Sociais e Trab. -890,00 -975,00 -1.085,00


(-) Fornecedores -1.345,00 -1.600,00 -1.860,00
(-) Contas a Pagar -640,00 -1.135,00 -785,00
(=) Ativo Total (ajustado) 22.995,00 22.920,00 26.555,00
(+) Ativo Total (ajust.) inicial 22.995,00 22.995,00 22.920,00
(=) Soma 45.990,00 45.915,00 49.475,00
(/) 2 2 2 2
(=) Ativo Total (ajust.) médio 22.995,00 22.957,50 24.737,50
() Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00
(+) Desp. Financeiras 1.625,00 1.650,00 1.100,00
(-) Trib. s/ Desp. Fin (35%) -568,75 -577,50 -385,00
(=) Lucro Líquido Ajustado 3.091,25 4.077,50 4.480,00
(/) Ativo Total (ajust.) médio 22.995,00 22.957,50 24.737,50
(=) Retorno s/ Investimentos 0,1344 0,1776 0,1811

Pela análise dos índices apresentados, percebe-se que – nos três períodos – a

rentabilidade dos capitais próprios e de terceiros alcançou os níveis atrativos, ou

seja, acima daqueles conseguidos em aplicações financeiras. Adicionalmente, é im-

portante verificar que os retornos são crescentes.

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Prazo de Retorno do Investimento

Trabalhando-se com a rentabilidade obtida pela empresa em um ano, é possível

mensurar o tempo necessário para que o retorno do investimento total seja realiza-

do. O cálculo do tempo de retorno do investimento é feito por meio da já conhecida

“regra de três”, da seguinte forma:

- Prazo de retorno (em anos) = (100 %) / (rentabilidade obtida (%))

Assim, para a empresa Analisada, teremos os seguintes prazos calculados:


20X1 20X2 20X3
() 1 1 1 1
(/) Retorno s/ Investimentos 0,1344 0,1776 0,1811
(=) Prazo de Retorno do Ativo 7,44 5,63 5,52

Com essa rentabilidade, a empresa poderá dobrar sua capacidade operacional

no período de 5 a 7 anos e meio.

Retorno sobre o Patrimônio Líquido

Fórmula

() Lucro Líquido

(/) Patrimônio Líquido (inicial)

(=) Índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido

Definição

O índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido (também chamado de “ROE” –

“returnonequity” – que em nossa língua significa Retorno sobre o Patrimônio Líqui-

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do) representa a relação existente entre o Lucro Líquido do período e o Patrimônio

Líquido, referente a este mesmo período. Esta é a relação pela qual se verifica a

lucratividade dos capitais próprios.

Em outras palavras, o índice revela o os resultados alcançados pela administra-

ção da entidade, na gestão dos recursos próprios e de terceiros. O retorno sobreo

Patrimônio Líquido é importante por que demonstra a capacidade de a empresa

remunerar o capital que foi investido pelos sócios, o que é o objetivo principal de

qualquer empreendimento pelo ponto de vista do investidor.

O Lucro Líquido apurado é o resultado de todas as operações envolvendo recei-

tas e despesas de um determinado período.

Quanto ao Patrimônio Líquido, dever-se ia considerar o efetivo valor dos ca-

pitais que estiveram à disposição da empresa e o tempo que efetivamente foram

utilizados. Eliseu Martins e outros autores, em Análise Didática das Demonstrações

Contábeis, recomendam a utilização do saldo inicial do Patrimônio Líquido.

Caso esses valores não estejam disponíveis, considerando-se o Patrimônio Lí-

quido constante, é aceitável utilizar o saldo final.

A figura a seguir ilustra a ideia do índice de rentabilidade do PL.

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Aplicação e Análise

No caso da empresa analisada, têm-se os seguintes valores para os índices de

Rentabilidade do Patrimônio Líquido:

20X1 20X2 20X3


() Patrimônio Líquido 13.995,00 15.605,00 18.410,00
=> Patrimônio Líquido inicial 13.995,00 13.995,00 15.605,00
() Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00
(/) Patrimônio Líquido inicial 13.995,00 13.995,00 15.605,00
(=) Retorno sobreo PL 0,1454 0,2147 0,2413

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Pela análise dos índices apresentados, percebe-se que a rentabilidade dos capi-

tais próprios, está acima do rendimento médio de aplicações financeiras e está em

crescimento, de 14,5% para quase 25% ao ano.

Prazo de Retorno do Investimento – “Pay-Back”

Trabalhando-se com a rentabilidade obtida pela empresa em um ano, é possível

mensurar o tempo necessário para a obtenção do retorno do investimento feito

pelos proprietários do empreendimento. O cálculo do tempo de retomo do investi-

mento é feito por meio da já conhecida “regra de três” da seguinte forma:

Prazo de retorno (em anos) = (100 %) / (rentabilidade obtida (%))

Assim, para a empresa Analisada, usando os índices de rentabilidade apurados,

é possível calcular o prazo de retorno do investimento feito pelos capitais próprios,

conforme a seguir:

20X1 20X2 20X3


() 1 1 1 1
(/) Retorno s/ o PL 0,1454 0,2147 0,2413
(=) Pay Back 6,88 4,66 4,14

O prazo para que os investidores recuperem seu investimento está sendo redu-

zido a cada ano, de quase 7 (sete) para aproximadamente 4 (quatro) anos. Caso

a situação seja mantida, os investidores receberiam de volta (na forma de lucros)

seu investimento em quatro anos.

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Margem Bruta

Fórmula

() Lucro Bruto
(/) Vendas Líquidas
(=) Índice de Margem Bruta

Definição

O Índice de Margem Bruta consiste na relação existente entre o lucro bruto e a

receita líquida de vendas no período.

A figura a seguir ilustra a ideia básica do índice de margem bruta.

Este índice identifica o lucro bruto obtido em cada venda, revelando a importân-

cia do custo do produto ou mercadoria vendida.

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Aplicação e Análise

Os índices de Margem Bruta da empresa analisada apresentam-se da seguinte

forma:

20X1 20X2 20X3


() Lucro Bruto 6.230,00 9.940,00 11.900,00
(/) Receita Líquida de Vendas 15.460,00 26.010,00 30.220,00
(=) Índice da Margem Bruta 0,4030 0,3822 0,3938

É visível a relevância dos custos em relação à receita líquida de vendas, deixan-

do – em todos os períodos – aproximadamente apenas 40% do valor das vendas

para pagamento das despesas operacionais e remuneração dos proprietários, na

forma de lucro.

Margem Líquida

Fórmula

() Lucro Líquido

(/) Vendas Líquidas

(=) Índice de Margem Líquida

Definição

O Índice de Margem Líquida representa a relação existente entre o lucro líquido

e a receita líquida de vendas no período. O índice identifica o lucro líquido obtido

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em cada R$ 1,00 de vendas líquidas. Desta forma, quanto maior for o índice, me-

lhor será o desempenho da empresa (pois ela conseguirá vender bastante, com

pouco custo e poucas despesas).

A análise deste índice é importante para que o analista identifique o ponto de

equilíbrio da empresa em relação ao faturamento e sua margem de lucro. Poderão

ocorrer situações em que um maior volume de vendas não representa, necessaria-

mente, um maior lucro. Por outro lado, um lucro menor ou até mesmo prejuízo não

decorrem, necessariamente, de um baixo volume de vendas.

 Obs.: sobre o assunto, recomendamos o estudo do assunto “Alavancagem Opera-

cional”, tratado em nosso curso Contabilidade de Custos Decifrada – espe-

cificamente quando da apresentação do método de custeio direto (ou vari-

ável).

A figura a seguir ilustra a ideia do índice de margem líquida.

Aplicação e Análise

Os índices de Margem Líquida da empresa analisada apresentam-se da seguin-

te forma:

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20X1 20X2 20X3


() Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00
(/) Receita Líquida de Vendas 15.460,00 26.010,00 30.220,00
(=) Índice da Margem Bruta 0,1316 0,1155 0,1246

Os índices de Margem Líquida revelam que o lucro representa – aproximada-

mente – 12% do valor das vendas. Portanto, os  custos e despesas consomem,

também aproximadamente, 88% do valor dessas vendas.

Margem Operacional

Fórmula

() Lucro Líquido (ajustado)

(/) Vendas Líquidas

(=) Índice de Margem Operacional

Definição

O índice de Margem Operacional (também chamado de Índice de Lucratividade)

é uma variação do Índice de Margem Líquida. Ele representa a rentabilidade da

atividade da entidade, ou seja, o percentual das vendas convertido em lucro, em

função da operação (desconsiderando os custos da estrutura de financiamento da

entidade).

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Considerações sobre o Lucro Líquido

O Valor do Lucro Líquido deve ser ajustado, para refletir o lucro que os ativos

geram na realização da atividade-objeto da entidade. Dessa forma, o  índice não

deve ser afetado pela estrutura de financiamento da entidade. Portanto, para apu-

ração do lucro líquido ajustado, devem ser desconsideradas:

a) as despesas financeiras; e

b) o efeito dessas despesas nos tributos incidentes sobre o lucro da entidade –

aproximadamente, 35%.

A figura a seguir ilustra a ideia do índice de margem líquida.

Aplicação e Análise

Os índices de Margem Líquida da empresa analisada apresentam-se da seguin-

te forma:
20X1 20X2 20X3
() Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00
(+) Desp. Financeiras 1.625,00 1.650,00 1.100,00
(-) Trib. s/ Desp. Fin (35%) -568,75 -577,50 -385,00
(=) Lucro Líquido Ajustado 3.091,25 4.077,50 4.480,00

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(/) Receita Líquida de Vendas 15.460,00 26.010,00 30.220,00


Índice da Margem

(=) Operacional 0,2000 0,1568 0,1482

Os índices de Margem Operacional estão em declínio, de 20% para 14,84%.

Isso revela a opção de redução da margem, provavelmente, para aumentar o giro

(ou seja, a quantidade de vendas).

Giro do Ativo

Fórmula

() Vendas Líquidas

(/) Ativo Total Médio (ajustado)

(=) Índice de Giro do Ativo

Definição

O Índice de Giro do Ativo representa a relação existente entre as Vendas Líqui-

das realizadas no período e o valor do Ativo Total do mesmo período. Esta relação

estabelece o valor das vendas realizadas pela empresa para cada R$ 1,00 de in-

vestimento.

Esse índice tem características de índice de atividade, mas está aqui apresen-

tado porque indiretamente condiciona o lucro da entidade. Nesse sentido, quanto

maior for o resultado da relação vendas/ativo, em tese, melhor terá sido o desem-

penho da empresa. Em outras palavras, quanto mais a empresa vender (utilizando

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seus ativos), com mais facilidade ela terá recursos para aplicar em novos ativos –

permitindo que o lucro de cada operação se acumule.

O procedimento de utilizar ativos, realizar vendas e comprar novos ativos é que

determina o nome do índice “giro”.

Considerações sobre o Ativo

O Ativo Total deve ser calculado desconsiderando-se o valor do passivo opera-

cional (não oneroso, cuja existência decorre da própria atividade da entidade):

() Saldo do Ativo

(-) Passivo Circulante Operacional

(=) Ativo Total (ajustado)

Na inexistência de informações sobre o passivo circulante operacional, é aceitá-

vel utilizar o próprio saldo do ativo.

O valor do Ativo Total Médio é obtido pela média aritmética entre o valor do Ati-

vo Total no início e o valor no fim do período.

Ativo Total Médio = (Ativo Total inicial + Ativo Total final) /2

Na inexistência de dados sobre o valor inicial, é aceitável considerar que o Ati-

vo se manteve estável ao longo do período, concluindo – por simplificação – que o

Ativo final (apresentado) seja equivalente ao Ativo médio.

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Reflexões sobre o Índice

Para se conhecer a lucratividade de uma empresa, o ponto de partida é o volume

de vendas. Mas isso não é tudo. Há outros fatores que influenciam decisivamente o

cálculo do lucro e, consequentemente, a rentabilidade da empresa, tais como: cus-

to dos produtos, mercadorias e serviços vendidos, despesas operacionais, outras

receitas operacionais (receitas financeiras) etc.

Assim, uma empresa pode apresentar um volume significativo de vendas, e sua

lucratividade poderá ser baixa ou até negativa. Ao contrário, outra empresa pode

ter um volume reduzido de vendas, mas uma alta lucratividade do capital investido.

Tudo isso ocorre porque, mesmo com uma margem baixa, se o giro for alto,

a cada operação de venda, um pequeno valor vai se acumulando no patrimônio, até

resultar em um valor relevante, ao final do período.

A figura a seguir ilustra a ideia básica do índice de giro do ativo.

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Aplicação e Análise

Os índices de Giro do Ativo, calculados sobre o Ativo Total Médio da empresa

analisada apresentam-se da seguinte forma:


20X1 20X2 20X3
() Total do Ativo 25.870,00 26.630,00 30.285,00
(-) Passivo não oneroso
Obrig. Sociais

(-) e Trab. -890,00 -975,00 -1.085,00


(-) Fornecedores -1.345,00 -1.600,00 -1.860,00
(-) Contas a Pagar -640,00 -1.135,00 -785,00
(=) Ativo Total (ajustado) 22.995,00 22.920,00 26.555,00
(+) Ativo Total (ajust.) inicial 22.995,00 22.995,00 22.920,00
(=) Soma 45.990,00 45.915,00 49.475,00
(/) 2 2 2 2
(=) Ativo Total (ajust.) médio 22.995,00 22.957,50 24.737,50
() Receita Líquida 15.460,00 26.010,00 30.220,00
(/) Ativo Total (ajust.) médio 22.995,00 22.957,50 24.737,50
(=) Giro do Ativo 0,6723 1,1330 1,2216

Repare que o giro do ativo é crescente e, ao final do terceiro período, já supera

a unidade. Isso significa que a entidade tem condições de todo ano auferir receitas

em valor superior àquele necessário para adquirir todos os recursos que mantém.

Assim, mesmo com uma margem operacional decrescente, pelo aumento das

vendas (ou seja, do giro), a empresa analisada tem conseguido acumular lucros a

cada período, para manter um retorno sobre o Patrimônio Líquido crescente.

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10. Tópicos Avançados


Para completarmos o estudo da técnica de análise de demonstrações financeiras

por índices, já conhecidos os índices clássicos, veremos aqui alguns tópicos avan-

çados.

Neste ponto, serão discutidas algumas abordagens de investigação que, utili-

zando os conceitos até aqui já apresentados, nos permitem chegar a conclusões

novas e importantes para a compreensão da efetiva situação financeira e patrimo-

nial da entidade.

Iniciaremos pela decomposição do retorno sobre o investimento, em suas com-

ponentes de margem e giro. Em seguida, apresentaremos o conceito de alavanca-

gem financeira e a decomposição do retorno sobre o patrimônio líquido, também

em seus componentes. Prosseguindo, veremos o conceito de EBITDA (lucro antes

dos juros, tributos, depreciações, exaustões e amortizações). Adicionalmente, es-

tudaremos o conceito de EVA (valor adicionado gerado). E  finalizaremos com a

análise da geração de valor ao acionista.

Decomposição do Retorno sobre o Investimento

Definição

É muito interessante notar que os elementos do patrimônio (e do resultado) es-

tão relacionados e, em conjunto, têm a capacidade de demonstrar o funcionamento

do empreendimento.

Para ilustrar essa relação, vamos comparar a dinâmica de uma empresa que ex-

plora a atividade de supermercados com a dinâmica de uma empresa que explora

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a atividade de venda de complexos equipamentos de tecnologia de ponta (como

era o caso dos grandes computadores, pelo menos até o final do século passado):

I. Um supermercado tem a característica de comprar e vender mercadorias com

uma velocidade incrível (uma gôndola de supermercado é – em vários casos

– reposta mais de uma vez por dia). Entretanto, a diferença entre o valor da

venda e o respectivo custo de aquisição é, na maioria dos casos, ínfima.

II. Uma empresa que vende equipamentos complexos, que trabalhe com tecno-

logia de ponta, tem justamente a dinâmica oposta:

• industrializa o equipamento – o que demanda muito tempo – ou, alternati-

vamente, adquire o equipamento para venda e aguarda a oportunidade de

vendê-lo;

• após bastante tempo, consegue vender o equipamento, e  somente então

pensa em repor o ativo. Entretanto, a diferença entre o valor da venda e o

respectivo custo é – via de regra – enorme (visto que se cobra um “preço

prêmio” pela complexidade do negócio).

Repare que os negócios acima são completamente diferentes. Entretanto, es-

sas duas atividades, em muitos casos, apresentam uma rentabilidade semelhante.

Mas, afinal de contas, como isso pode acontecer?

E a resposta para essa pergunta é revelada pelos índices já conhecidos, nos

termos a seguir.

1) A performance do empreendimento é definida através do índice de “retorno

sobre o ativo” – índice de rentabilidade do ativo: (Lucro Líquido ajustado) /

(Ativo Total Médio ajustado).

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2) A velocidade das vendas dos bens – característica da atividade da empresa –

é revelada através do índice de giro do ativo: (Vendas Líquidas) / (Ativo Total

Médio ajustado).

3) A diferença entre o valor da venda e os respectivos custos e despesas é reve-

lada pelo índice de margem operacional: (Lucro Líquido ajustado) / (Vendas

Líquidas).

Repare que a multiplicação do índice de giro do ativo, pelo índice de margem

líquida, é  equivalente ao índice de rentabilidade do ativo, conforme a seguir de-

monstrado.

Fórmula

Essa igualdade revela que o retorno sobre o ativo (ou seja, o lucro auferido com

a utilização dos recursos utilizados na atividade, adquiridos com capitais próprios

ou de terceiros) é dependente de dois fatores:

1) da capacidade utilizar esses recursos (ou seja, de vender rapidamente os

bens e direitos); e

2) da capacidade de cobrar um preço prêmio por essas vendas (ou seja, de ven-

der por um valor acima do custo).

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Analisando o exemplo proposto, vemos que o supermercado tem: índice de

giro do ativo alto e índice de margem líquida baixo. Tal situação gera uma

rentabilidade do ativo razoável.

Continuando a análise do exemplo, ainda, vemos que a empresa de venda de

equipamentos de tecnologia tem: índice de giro do ativo baixo e índice de

margem líquida alto. Tal situação gera também uma rentabilidade do ativo razo-

ável.

Em outras palavras, como o lucro é o principal objetivo de uma empresa, torna-

-se importante estudar a estratégia por ela utilizada para obter tal lucro: o ganho

pelo giro ou o ganho pela margem.

A figura abaixo apresenta o gráfico que descreve uma curva (denominada “iso-

quanta”) representativa das infinitas possibilidades de empresas alcançarem um

mesmo retorno sobre o ativo:

Repare, na figura acima, que a multiplicação da margem pelo giro é constante

nos dois pontos apresentados: 12 (*) 1 (=) 12 <==> 2 (*) 6 (=) 12.

Quando ocorre uma queda da taxa de retorno sobre o ativo, deve-se analisar

o comportamento da margem e do giro para, consequentemente, determinar as

medidas adequadas à solução do problema.

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Aplicação e Análise

No caso da empresa Analisada, temos os seguintes valores:

a) Margem Operacional

20X1 20X2 20X3


() Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00
(+) Desp. Financeiras 1.625,00 1.650,00 1.100,00
(-) Trib. s/ Desp. Fin (35%) -568,75 -577,50 -385,00
(=) Lucro Líquido Ajustado 3.091,25 4.077,50 4.480,00
(/) Receita Líquida de Vendas 15.460,00 26.010,00 30.220,00
Índice da Margem

(=) Operacional 0,2000 0,1568 0,1482

b) Giro do Ativo

20X1 20X2 20X3


() Total do Ativo 25.870,00 26.630,00 30.285,00
(-) Passivo não oneroso
Obrig. Sociais

(-) e Trab. -890,00 -975,00 -1.085,00


(-) Fornecedores -1.345,00 -1.600,00 -1.860,00
(-) Contas a Pagar -640,00 -1.135,00 -785,00
(=) Ativo Total (ajustado) 22.995,00 22.920,00 26.555,00
(+) Ativo Total (ajust.) inicial 22.995,00 22.995,00 22.920,00
(=) Soma 45.990,00 45.915,00 49.475,00
(/) 2 2 2 2
(=) Ativo Total (ajust.) médio 22.995,00 22.957,50 24.737,50
() Receita Líquida 15.460,00 26.010,00 30.220,00
(/) Ativo Total (ajust.) médio 22.995,00 22.957,50 24.737,50
(=) Giro do Ativo 0,6723 1,1330 1,2216

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c) Retorno sobre o Investimento

20X1 20X2 20X3


() Total do Ativo 25.870,00 26.630,00 30.285,00
(-) Passivo não oneroso
Obrig. Sociais

(-) e Trab. -890,00 -975,00 -1.085,00


(-) Fornecedores -1.345,00 -1.600,00 -1.860,00
(-) Contas a Pagar -640,00 -1.135,00 -785,00
(=) Ativo Total (ajustado) 22.995,00 22.920,00 26.555,00
(+) Ativo Total (ajust.) inicial 22.995,00 22.995,00 22.920,00
(=) Soma 45.990,00 45.915,00 49.475,00
(/) 2 2 2 2
(=) Ativo Total (ajust.) médio 22.995,00 22.957,50 24.737,50
() Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00
(+) Desp. Financeiras 1.625,00 1.650,00 1.100,00
(-) Trib. s/ Desp. Fin (35%) -568,75 -577,50 -385,00
(=) Lucro Líquido Ajustado 3.091,25 4.077,50 4.480,00
(/) Ativo Total (ajust.) médio 22.995,00 22.957,50 24.737,50
(=) Retorno s/ Investimentos 0,1344 0,1776 0,1811

Repare que a multiplicação dos dois primeiros índices resulta exatamente no

valor do terceiro.

20X1 20X2 20X3


() Índice da Margem Operacional 0,2000 0,1568 0,1482
(*) Giro do Ativo 0,6723 1,1330 1,2216
(=) Retorno sobe o Investimento 0,1344 0,1786 0,1811

20X1 20X2 20X3


(=) Retorno s/ Investimentos 0,1344 0,1786 0,1811

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Pela análise da decomposição do retorno sobre o investimento nos componentes

margem e giro, verificamos claramente a estratégia da entidade de:

− sacrificar sua margem operacional, que caiu de 20% do valor de venda,

para 14,82% no período analisado;

− para aumentar suas vendas, pois o giro aumentou de 67% para 127% do

valor do ativo, no período analisado.

Os números demonstram que a estratégia utilizada tem se mostrado eficiente.

Com efeito, o  resultado da atividade, ou seja, o  retorno sobre os investimentos

aumentou, no mesmo período, de 13% para 18% do valor dos recursos investidos

na atividade.

Alavancagem Financeira

Definição

O conceito de alavancagem financeira é destinado a responder à pergunta acer-

ca da melhor fonte de recursos (do ponto de vista dos sócios) para incremento da

atividade econômica da empresa:

(1) recursos próprios – aumento de capital, mediante a entrada de novo só-

cio; ou

(2) recursos de terceiros – tomada de empréstimos.

Lembrando que, no caso de empréstimos, a empresa gasta com juros e, assim,

sobra menos lucro para os sócios. Por outro lado, no caso de aumento de capital,

a empresa não gasta com juros, sobra mais lucro, mas esse lucro tem que ser di-

vidido entre mais sócios (sobrando menos lucros para cada um dos sócios inicial-

mente existentes no quadro societário).

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Em vista desses prós e contras – para cada uma das possibilidades – o grau de

alavancagem financeira é muito útil.

Antes de aprofundar o estudo da alavancagem financeira, apresentando sua

Fórmula, vamos aqui contextualizá-la, comparando a situação de duas diferentes

empresas.

Seja a empresa A, que somente utiliza capital próprio para financiar seu ativo (ou

seja, que adquiriu todos seus recursos com o capital dos sócios, sem recorrer a

empréstimos).

Considere que essa empresa obtenha um retorno de 20% sobre este ativo:

() Lucro Líquido

(/) Ativo

(=) 20%.

Repare que, como a empresa somente utiliza recursos próprios, não há (em seu

patrimônio) recursos de terceiros. Assim, o Passivo é igual a zero e, consequente-

mente, o PL é igual ao Ativo.

Se [Passivo (=) 0] e [Ativo (-) Passivo (=) PL]

Então, Ativo (=) PL.

Portanto, (Lucro líquido) (/) (PL) (=) 20%.

Repare que, nessa situação, o retorno sobre o patrimônio líquido será de 20%

também (tal como acontece com o retorno sobre o ativo), pois todo o lado direito

do balanço é formado pelo patrimônio líquido que, assim, é igual ao ativo.

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Seja a empresa B que, inicialmente em situação idêntica à da empresa A, obtém o

mesmo retorno de 20% sobre o ativo, mas – em seguida – recorre a recursos de

terceiros e, com eles, consegue dobrar seu investimento em ativo.

Vejamos o que ocorreria em três situações distintas.

1 – Considerando o custo do empréstimo (juros) igual à taxa de retorno sobre o

Ativo (20%):

Repare que, nessa situação, o retorno sobre o patrimônio líquido não se altera,

permanecendo igual a 20%. Do ponto de vista do acionista, nenhum benefício ou

prejuízo adicional foi verificado, como consequência do empréstimo. Dessa forma,

para incrementar a atividade, é irrelevante optar por capitais de terceiros (emprés-

timos) ou por capitais próprios (novo sócio).

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2 – Considerando o custo do empréstimo (juros) inferior à taxa de retorno sobre o

Ativo (20%) – por exemplo, considerando custo do empréstimo de 10%:

Repare que, nessa segunda situação, o  retorno sobre o patrimônio líquido se

altera, aumentando para 30%. Do ponto de vista do acionista, ocorreu benefício,

como consequência do empréstimo. Dessa forma, para incrementar a atividade,

é mais interessante optar por recursos de terceiros (empréstimos) do que próprios

(novo sócio). Em outras palavras, conseguiu-se aumentar o rendimento dos acio-

nistas de 20% para 30%, pelo uso do endividamento.

3 – Considerando custo do empréstimo (juros) superior à taxa de retorno sobre o

Ativo (20%) – por exemplo, considerando custo do empréstimo de 30%:

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Repare que, nessa terceira situação, o retorno sobre o patrimônio líquido se al-

tera, reduzindo para 10%. Do ponto de vista do acionista, ocorreu prejuízo, como

consequência do empréstimo. Dessa forma, para incrementar a atividade, seria

mais interessante optar por recursos próprios (novo sócio) do que de terceiros. Em

outras palavras, o endividamento (e o consequente incremento das atividades) lo-

grou reduzir o rendimento dos acionistas de 20% para 10%.

O fator fundamental para análise do caso reside na comparação entre a Taxa

de Retorno do Ativo e o Custo da Dívida, porque:

a) desde que a taxa de custo da dívida seja inferior ao retorno obtido pelo em-

prego e giro no ativo dos recursos obtidos por empréstimo, o endividamento

acarreta benefícios aos acionistas;

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b) se a situação se inverter, o retorno para os acionistas seria melhor se obtives-

sem recursos adicionais de capitais próprios; e

c) se as taxas forem iguais, o resultado do endividamento é neutro.

Com isso, depreendemos o conceito de alavancagem como sendo a capacidade

de a entidade melhorar a rentabilidade do capital dos sócios, aumentando sua ati-

vidade com a utilização de recursos adquiridos com capitais de terceiros.

Fórmula

Partimos das definições dos índices de retorno sobre o ativo e de retorno sobre o

PL – antes apresentados, podemos definir o Grau de Alavancagem Financeira como

sendo a divisão entre o Retorno sobre o PL e o Retorno sobre o Ativo.

− Retorno sobre o PL (índice de rentabilidade do PL):

() Lucro Líquido

(/) Patrimônio Líquido inicial

(=) Índice de Retorno sobre o PL

− Retorno sobre o Ativo (índice de rentabilidade do Ativo):

() Lucro Líquido ajustado *

(/) Ativo Médio ajustado **

(=) Índice de Retorno sobre o Ativo

* Lucro líquido + despesas financeiras líquidas do respectivo tributo sobre o lucro

** Ativo deduzido do passivo operacional (não oneroso)

− Grau de Alavancagem Financeira

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() Índice de Retorno sobre o PL

(/) Índice de Retorno sobre o Ativo

(=) Grau de Alavancagem Financeira

O mesmo “Grau de Alavancagem Financeira” também pode ser calculado a par-

tir dos elementos componentes dos Índices de retorno, do Ativo e do Patrimônio

Líquido, conforme abaixo apresentado.

Metaforicamente, podemos imaginar a figura da alavanca para ilustrar o concei-

to. Lembrando da famosa frase de Arquimedes (o genial matemático da cidade de

Siracusa) “dê-me um ponto de apoio e eu moverei o mundo”, a alavanca consiste

em um ponto de apoio e dois braços, conforme abaixo:

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Quanto maior for o braço esquerdo, menor será a força necessária para levantar

um corpo pousado sobre a extremidade do braço direito. Ao contrário, se o bra-

ço esquerdo for menor do que o direito, a força necessária para levantar o corpo

pousado sobre a extremidade do braço direito seria maior do que se o corpo fosse

levantado diretamente.

Transportando essas ideias para o tema em questão, podemos imaginar que:

• a relação entre os braços esquerdo e direito da alavanca seja dada pelo Grau

de Alavancagem Financeira; e

• assim, com um retorno sobre o ativo pequeno, utilizando o grau de alavan-

cagem, poderíamos “levantar” um grande retorno sobre o PL. Abaixo, encon-

tra-se figura ilustrando a ideia.

O significado da “alavancagem financeira” está correlacionado às ideias acima.

Quando a alavancagem é maior do que 1, o endividamento tem um efeito de ala-

vanca sobre o lucro que é levado para o acionista. Em outras palavras, o endivida-

mento puxa para cima a taxa de retorno dos acionistas.

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Podemos medir a eficiência na utilização do capital de terceiros para alavancar

a rentabilidade do capital próprio por meio da Fórmula do “Grau de Alavancagem

Financeira”:

Aplicação e Análise

No caso da empresa Analisada, temos os seguintes valores:

a) Retorno sobre o Patrimônio Líquido

20X1 20X2 20X3


() Patrimônio Líquido 13.995,00 15.605,00 18.410,00
=> Patrimônio Líquido inicial 13.995,00 13.995,00 15.605,00
() Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00
(/) Patrimônio Líquido inicial 13.995,00 13.995,00 15.605,00
(=) Retorno sobre o PL 0,1454 0,2147 0,2413

b) Retorno sobre o Investimento

20X1 20X2 20X3


() Total do Ativo 25.870,00 26.630,00 30.285,00
(-) Passivo não oneroso
Obrig. Sociais

(-) e Trab. -890,00 -975,00 -1.085,00


(-) Fornecedores -1.345,00 -1.600,00 -1.860,00

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(-) Contas a Pagar -640,00 -1.135,00 -785,00


(=) Ativo Total (ajustado) 22.995,00 22.920,00 26.555,00
(+) Ativo Total (ajust.) inicial 22.995,00 22.995,00 22.920,00
(=) Soma 45.990,00 45.915,00 49.475,00
(/) 2 2 2 2
(=) Ativo Total (ajust.) médio 22.995,00 22.957,50 24.737,50
() Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00
(+) Desp. Financeiras 1.625,00 1.650,00 1.100,00
(-) Trib. s/ Desp. Fin (35%) -568,75 -577,50 -385,00
(=) Lucro Líquido Ajustado 3.091,25 4.077,50 4.480,00
(/) Ativo Total (ajust.) médio 22.995,00 22.957,50 24.737,50
(=) Retorno s/ Investimentos 0,1344 0,1776 0,1811

De acordo com a Fórmula proposta, a divisão do primeiro índice pelo segundo

resulta exatamente no grau de alavancagem financeira.


20X1 20X2 20X3
() Retorno sobre o PL 0,1454 0,2147 0,2413
(/) Retorno s/ Investimentos 0,1344 0,1776 0,1811
Grau de Alavancagem Finan-

(=) ceira 1,08 1,21 1,33

Repare que, em todos os períodos, a alavancagem financeira é superior à uni-

dade, e que ela é crescente. Isso nos permite concluir que o resultado gerado pela

atividade da entidade é superior ao custo do financiamento de capitais de terceiros.

Portanto, mantendo-se as condições atuais, caso a empresa venha a se endividar,

o retorno para os sócios aumentará.

Decomposição do Retorno sobre o Patrimônio Líquido

Definição

Já foi estudado o desdobramento do Retorno sobre o ativo, em margem e giro.

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Ocorre que – do ponto de vista do investidor – a informação mais importante

é relativa ao retorno sobre o Patrimônio Líquido. Ele representa o quanto do valor

investido pelo proprietário está se transformando em lucros.

É com a informação sobre o retorno do Patrimônio Líquido, comparada com o

retorno de aplicações financeiras no mercado, que o investidor pode decidir manter

ou trocar de investimento. Portanto, resta necessário aprofundar também o estudo

do desdobramento do retorno sobre o Patrimônio Líquido.

Para isso, temos que levar em consideração três aspectos da entidade:

− como a entidade consegue utilizar os recursos a sua disposição, notada-

mente pela venda de ativos e, com isso, alcançar seus objetivos (esse

aspecto é denominado Eficiência do Uso do Ativo);

− como a entidade consegue transformar cada operação de venda de ativos

em ganhos (esse aspecto é denominado Eficiência Operacional); e

− como a entidade consegue melhorar a rentabilidade do capital dos sócios,

aumentando sua atividade com a utilização de recursos adquiridos com

capitais de terceiros (esse aspecto é denominado Alavancagem Finan-

ceira).

A Eficiência do Uso do Ativo é medida pelo índice de Giro do Ativo. Em outras

palavras, ela representa quantas vezes por período a empresa consegue vender e

repor os bens e direitos que – em média – mantém.

A Eficiência Operacional, por sua vez, é medida pelo índice de Margem Líqui-

da. A partir deste índice é que se determina o quanto se tem de lucro líquido para

cada unidade monetária vendida.

Por fim, a Alavancagem Financeira é medida pelo próprio grau de Alavanca-

gem Financeira (ou seja, quanto de lucro a empresa consegue gerar a mais para os

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acionistas com a utilização de uma unidade monetária captada de terceiros – con-

siderando a remuneração dessa dívida).

Fórmula

Para deduzirmos a Fórmula da decomposição do Retorno sobre o Patrimônio

Líquido, partimos da Fórmula do Retorno sobre o Ativo, correspondente à multipli-

cação da margem pelo giro, conforme já estudado.

Agora, repare que, multiplicando-se o Retorno sobre o Ativo pelo Grau de Ala-

vancagem Financeira, definido pela divisão entre o Retorno sobre o PL e o Retorno

sobre o Ativo, chegamos exatamente ao Retorno sobre o Patrimônio Líquido.

Portanto, substituindo, na Fórmula acima o retorno sobre o Ativo por seus com-

ponentes de Margem e Giro, concluímos que o Retorno sobre o PL pode ser calcu-

lado pela multiplicação dos valores de Giro, Margem e Grau de Alavancagem.

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Assim, finalmente, fica apresentada a Fórmula da decomposição do Retorno so-

bre o Patrimônio Líquido.

Aplicação e Análise

No caso da empresa Analisada, temos os seguintes valores:

a) Margem Operacional

20X1 20X2 20X3


() Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00
(+) Desp. Financeiras 1.625,00 1.650,00 1.100,00
(-) Trib. s/ Desp. Fin (35%) -568,75 -577,50 -385,00
(=) Lucro Líquido Ajustado 3.091,25 4.077,50 4.480,00
(/) Receita Líquida de Vendas 15.460,00 26.010,00 30.220,00
(=) Índice da Margem Operacional 0,2000 0,1568 0,1482

b) Giro do Ativo

20X1 20X2 20X3


() Total do Ativo 25.870,00 26.630,00 30.285,00
(-) Passivo não oneroso

(-) Obrig. Sociais e Trab. -890,00 -975,00 -1.085,00


(-) Fornecedores -1.345,00 -1.600,00 -1.860,00
(-) Contas a Pagar -640,00 -1.135,00 -785,00
(=) Ativo Total (ajustado) 22.995,00 22.920,00 26.555,00

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(+) Ativo Total (ajust.) inicial 22.995,00 22.995,00 22.920,00


(=) Soma 45.990,00 45.915,00 49.475,00
(/) 2 2 2 2
(=) Ativo Total (ajust.) médio 22.995,00 22.957,50 24.737,50
() Receita Líquida 15.460,00 26.010,00 30.220,00
(/) Ativo Total (ajust.) médio 22.995,00 22.957,50 24.737,50
(=) Giro do Ativo 0,6723 1,1330 1,2216

c) Grau de Alavancagem Financeira

20X1 20X2 20X3


() Retorno sobre o PL 0,1454 0,2147 0,2413
(/) Retorno s/ Investimentos 0,1344 0,1776 0,1811
(=) Grau de Alavancagem Financeira 1,08 1,21 1,33

d) Retorno sobre o Patrimônio Líquido

20X1 20X2 20X3


() Patrimônio Líquido 13.995,00 15.605,00 18.410,00
=> Patrimônio Líquido inicial 13.995,00 13.995,00 15.605,00
() Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00
(/) Patrimônio Líquido inicial 13.995,00 13.995,00 15.605,00
(=) Retorno sobre o PL 0,1454 0,2147 0,2413

Repare que a multiplicação dos três primeiros índices resulta exatamente no

valor do quarto.

20X1 20X2 20X3

() Índice da Margem Operacional 0,2000 0,1568 0,1482

(*) Giro do Ativo 0,6723 1,1330 1,2216


Grau de Alavancagem Financei-

(*) ra 1,08 1,21 1,33

(=) Retorno sobre o PL 0,145 0,215 0,241

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20X1 20X2 20X3

(=) Retorno sobre o PL 0,1454 0,2147 0,2413

EBITDA – Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciações/


Exaustões/Amortizações

Definição e Fórmula

EBITDA é a sigla em inglês para earnings before interest, taxes, depreciation/

depletion and amortization, que traduzido literalmente para o português significa:

“Lucros antes de juros, impostos, depreciação, exaustão e amortização”.

Trata-se de um termo muito utilizado por analistas financeiros na análise de ba-

lanços de contabilidade de empresas de capital aberto. Para se chegar ao EBITDA

de uma empresa ou empresas, é preciso utilizar a seguinte conta:

() lucro bruto

(-) despesas operacionais (exceto financeiras),

(+) depreciação, amortizações e exaustões.

(=) EBITDA

Alternativamente, é possível chegar ao mesmo valor da seguinte maneira:

() Lucro Antes dos Tributos

(+) Depreciação / Amortização / exaustão

(+) Juros

(=) EBITDA

Dessa forma, é  possível avaliar o lucro referente apenas ao negócio, descon-

tando qualquer encargo financeiro que a empresa possa ter suportado no período.

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Esse valor corresponde ao resultado da atividade fim (considerando o custo direto

das mercadorias e as despesas necessárias à manutenção da atividade).

Com essa “purificação” dos números que representam o lucro da empresa, vai-

-se além da retirada dos acréscimos referentes às rendas acessórias ou amortiza-

ções. Esse indicador é capaz de retirar, também, distorções referentes a maior ou

menor incidência de impostos, decorrentes de incentivos ou majorações fiscais,

razão pela qual é muito utilizado para comparar empresas de setores ou portes

distintos, ou ainda aquelas que residem em países diferentes, cuja carga tributária

possa divergir bastante. Tem como função, também, determinar a capacidade de

geração de caixa da empresa.

Em outras palavras, o EBITDA mostra o potencial de geração de caixa de um

negócio, pois indica quanto dinheiro é gerado pelos ativos operacionais. Entretan-

to, o EBITDA não é uma panaceia, porque a verificação da capacidade de geração

de caixa de um negócio não é por si suficiente para tomarmos decisões acerca da

atividade e do futuro da entidade.

Um exemplo, a seguir, ilustra essa afirmação:

Imagine dois motoristas de táxi que dirigem carros iguais, comprados no mesmo

ano. Ambos trabalham no mesmo lugar e têm receitas e gastos semelhantes.

A única diferença entre eles é que o primeiro guarda, todos os meses, 5% do que

ganha para comprar um carro novo, ao passo que o segundo não faz essa poupan-

ça. Se um gerente de banco só tivesse essa informação financeira, como decidiria

a qual motorista emprestar dinheiro? Ou, se fosse um investidor e tivesse apenas

esse número em mãos, qual deles receberia o dinheiro?

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Os defensores da aplicação do EBITDA sustentam, entre outros, os seguintes

argumentos:

a) pode ser utilizado na análise da lucratividade entre as empresas;

b) por eliminar os efeitos dos financiamentos e decisões contábeis, sua

utilização pode fornecer uma comparação relativamente boa para o

analista pois mede a produtividade e a eficiência do negócio;

c) o EBITDA como percentual de vendas pode ser utilizado para identificar

empresas que sejam as mais eficientes operadoras dentro de um de-

terminado segmento de mercado;

d) o EBITDA pode ser utilizado para comparar a tendência de lucratividade

nas indústrias pesadas (ex.: siderurgia e automobilística) até as de alta

tecnologia porque remove da análise, o impacto dos financiamentos de

grandes inversões de capital;

e) a variação percentual do EBITDA de um ano em relação a outro mostra

aos investidores se uma empresa conseguiu ser mais eficiente ou au-

mentar sua produtividade;

f) o EBITDA é uma excelente ferramenta de medição para organizações

que apresentem uma utilização intensiva dos equipamentos (mínimo

de vinte anos).

Embora reconhecendo a validade relativa da utilização do EBITDA, os  críticos

apresentam os seguintes argumentos:

a) caso haja receitas financeiras e crédito de imposto a recuperar, o EBI-

TDA pode ser inferior ao lucro do período;

b) o EBITDA não considera as mudanças no capital de giro e, portanto,

sobrevaloriza o fluxo de caixa em períodos de crescimento do capital

de giro;

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c) O EBITDA não considera o montante de reinvestimento requerido, es-

pecialmente nas empresas que apresentam ativos operacionais de vida

curta (três a cinco anos);

d) o EBITDA nada apresenta sobre a qualidade dos lucros.

Aplicação e Análise

No caso da empresa Analisada, temos os seguintes valores:

1) Partindo-se da Demonstração do Resultado

20X1 20X2 20X3


() Receita 15.460,00 26.010,00 30.220,00
(-) Custo 9.230,00 16.070,00 18.320,00
(=) Lucro Bruto 6.230,00 9.940,00 11.900,00
(-) Desp. Vendas 3.255,00 5.860,00 6.530,00
(-) Desp. Adm. 990 1.595,00 1.680,00
(-) Outras Desp. 120,00 300,00 295,00
(+) Outras Rec. Op. 75,00 1.045,00 365,00
(+/-) Res. Eq. Patrim. 20,00 -80,00 -25,00
(=) Resultado Oper. 1.960,00 3.150,00 3.735,00
(+) Rec. Financeiras 1.785,00 1.585,00 1.310,00
(-) Desp. Financeiras 1.625,00 1.650,00 1.100,00
(=) Res. Antes Tributos 2.120,00 3.085,00 3.945,00
(-) Tributos 85,00 80,00 180,00
(=) Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00

2) Considerando despesas de depreciação, nos valores abaixo.

20X1 20X2 20X3


() Despesa com Depreciação 459,00 415,50 430,00

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3) Apuramos o EBITDA conforme a seguir

20X1 20X2 20X3


(=) Lucro Bruto 6.230,00 9.940,00 11.900,00
(-) Desp. Vendas 3.255,00 5.860,00 6.530,00
(-) Desp. Adm. 990 1.595,00 1.680,00
(-) Outras Desp. 120,00 300,00 295,00
(+) Outras Rec. Op. 75,00 1.045,00 365,00
(+/-) Res. Eq. Patrim. 20,00 -80,00 -25,00
(=) Resultado Oper. 1.960,00 3.150,00 3.735,00
Despesa com Deprecia-
(+)
ção 459,00 415,50 430,00
(+) Receitas Financeiras 1.785,00 1.585,00 1.310,00
(=) EBITDA 4.204,00 5.150,50 5.475,00

Alternativamente, o EBITDA, também pode ser apurado conforme abaixo.

20X1 20X2 20X3

() Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00

(+) Despesas Financeiras 1.625,00 1.650,00 1.100,00

(+) Despesa com Depreciação


459,00 415,50 430,00

(+) Tributos 85,00 80,00 180,00

(=) EBITDA
4.204,00 5.150,50 5.475,00

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Análise
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EVA – Economic Value Added

Fórmula

() Lucro Líquido

(-) Patrimônio Líquido inicial * Custo do Capital Próprio

(=) Valor Econômico Gerado

Definição

A sigla EVA – economic value added (ou, em português, Valor Econômico Gera-

do) representa justamente esta diferença, entre:

− o lucro do empreendimento; e

− o custo do capital próprio.

O EVA é uma marca registrada da empresa Stern Steward & Co. que sinaliza a

capacidade de a empresa suportar todas as suas despesas, remunerar o capital dos

sócios a valores de mercado e, ainda, gerar lucro.

Somente é gerado valor econômico pela entidade quando ela é capaz de produ-

zir lucros em valor superior àquele que seu patrimônio líquido geraria se aplicado

no mercado financeiro.

Saliente-se que, o  referido custo do capital próprio é representado pelo valor

mínimo que os sócios esperam ganhar com seu investimento.


Ora, se o EVA for negativo, o investidor – simplesmente – desiste da entidade e
aloca seus recursos em aplicações financeiras, para conseguir rendimentos de valor
superior ao lucro gerado pela entidade.

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Análise
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Aplicação e Análise

No caso da empresa Analisada, considerando um custo de oportunidade dos

sócios de 10%, temos os seguintes valores:

20X1 20X2 20X3


() Patrimônio Líquido 13.995,00 15.605,00 18.410,00
=> Patrimônio Líquido inicial 13.995,00 13.995,00 15.605,00
(*) Custo de Oportunidade 10% 10% 10%
Remuneração do Capital

(=) Próprio 1.399,50 1.399,50 1.560,50


() Lucro Líquido 2.035,00 3.005,00 3.765,00
Remuneração do Capital

(-) Próprio -1.399,50 -1.399,50 -1.560,50


EVA – Economic

(=) Value Added 635,50 1.605,50 2.204,50

Considerando que o PL de 20x1 tenha ficado constante durante todo o período.

Repare que a empresa analisada gerou valor econômico em todos os períodos

e esse valor econômico é crescente.

GVA – Geração de Valor ao Acionista

Fórmula

() Dividendos
(+) Valor de Mercado do PL
(-) Valor de Mercado do PL inicial
(=) GVA – Geração de Valor ao Acionista

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Análise
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Definição

É gerado valor para o acionista quando, alternativamente, são distribuídos di-

videndos, para ele ou o valor de mercado de suas ações aumenta. Portanto,

o GVA (Geração de Valor ao Acionista) indica que os sócios tiveram aumento em

sua riqueza, diretamente pelos dividendos ou indiretamente pela valorização do

Patrimônio Líquido da entidade.

Esse indicador, muito elogiado por autores, quando dividido pelo valor de mer-

cado do Patrimônio Líquido, resulta em uma taxa muito próxima da realidade eco-

nômica da entidade.

O cálculo da GVA é fácil, após conhecidos os valores de seus elementos com-

ponentes. Pois bem, a  apuração do valor dos dividendos é simples. Entretanto,

o mesmo não ocorre com a apuração do valor de mercado do Patrimônio Líquido,

que corresponde à apuração do próprio valor da empresa.

Veremos aqui a abordagem mais utilizada, do fluxo de caixa descontado:

a) são previstas entradas e saídas de caixa para todos os períodos da vida de

uma entidade; e

b) o resultado líquido dessas entradas e saídas de caixa é trazido a valor presen-

te, considerando para isso uma taxa de oportunidade.

Esclareça-se que, na prática, são considerados:

− para fins da vida útil da entidade, apenas os 5 (cinco) anos subsequentes

de atividade e, para o sexto ano, a perpetuidade do valor líquido do quinto

ano; e

− para apuração da taxa de oportunidade, a  média ponderada dos custos

específicos de cada fonte de capital.

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Para ilustrar o procedimento de apuração do valor de mercado do PL de uma

entidade, apresentaremos aqui um exemplo:

 Obs.: baseado no exemplo proposto no livro Análise Didática das Demonstrações

Contábeis, de Eliseu Martins e outros autores, publicado pela Editora Atlas -

São Paulo, em 2014.

Dados do Exemplo:
Item Valor Obs.
Vendas líquidas no período inicial 100,00 (ano zero)
Crescimento das ve0ndas 10,5% (% ao ano)
Margem de Lucro Operacional 8,0% (% sobre vendas)
Investimento anual em Ativos de (% sobre o aumento
Longo Prazo 24,0% das vendas)
Investimento anual em Capital (% sobre o aumento
de Giro 18,9% das vendas)
Alíquota do Imposto de Renda 35,0% (base caixa)
Custo de Capital 12,0% (% ao ano)

Cálculo de Valores:

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Análise
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VALOR PRESENTE DOS FLUXOS 1 2 3 4 5


() Fluxo de caixa 1,24 1,37 1,52 1,68 1,85
(1 + Custo de Capital) ^ Qtd. Perío-

(/) dos 1,12 1,25 1,40 1,57 1,76


(=) Valor Presente do Fluxo de Caixa 1,11 1,09 1,08 1,06 1,05

VALOR RESIDUAL 5
() Lucro Líquido 8,57
(/) Custo de Oportunidade 12,0%
(=) Perpetuidade do Lucro (valor residual) 71,39
(/) (1 + Custo de Capital) ^ Qtd. Períodos 1,76
(=) Valor Presente do Valor Residual 40,51

Então, calculando-se o valor de mercado da empresa e conhecidos os dividen-

dos pagos, resta fácil a apuração da GVA.

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Análise
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (CFC/2018) Considerando que Informação é o dado que foi processa-

do e armazenado de forma compreensível para seu receptor e que apresenta valor

real ou percebido para suas decisões correntes ou prospectivas. Dado é o registro

puro, ainda não interpretado, analisado e processado. Comunicação é o processo

de transmissão de informação e de compreensão que somente se efetiva mediante

uso de símbolos comuns.

Nesse contexto, analise as afirmativas a seguir.

I – A informação deve provocar um retorno satisfatório para os propósitos dos

agentes tomadores de decisões, concernentes ao que foi delineado pelo mo-

delo de gestão adotado na organização.

II – A gestão da informação é a principal ferramenta para o controle de todos

os recursos que entram que são transformados e saem de uma organização,

considerando-a, também, como elemento fundamental para a tomada de

decisão.

III – É  de caráter secundário que os sistemas de informações sejam integrados

aos sistemas gestão empresarial.

Estão corretas as afirmativas

a) I, II e III.

b) I e II, apenas.

c) I e III, apenas.

d) II e III, apenas.

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Análise
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Questão 2    (CFC/2017) Um determinado analista preparou a Análise Vertical das

Demonstrações Contábeis de uma Sociedade Empresária conforme a Fórmula:

A partir desses cálculos de Análise Vertical, obtiveram-se 40% para o Ativo Circu-

lante.

Considerando-se apenas as informações apresentadas e de acordo com a

classificação contida na NBC TG 26 (R4) – APRESENTAÇÃO DAS DEMONS-

TRAÇÕES CONTÁBEIS, entre as opções apresentadas a seguir, assinale a

opção que apresenta uma interpretação correta do índice mencionado.

a) Espera-se que 40% do Ativo sejam realizados em até doze meses após a data

do balanço.

b) Espera-se que 40% do endividamento sejam liquidados no período de até doze

meses após a data do balanço.

c) Os componentes tangíveis de uso, que deverão gerar benefícios econômicos em

mais de um exercício, correspondem a 40%.

d) Os componentes que serão realizados em até doze meses após a data do balan-

ço cresceram 40% se comparados ao período anterior.

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Análise
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Questão 3    (CFC/2017) Uma equipe de vendas que precisa desenvolver alguns

modelos matemáticos a serem incorporados ao Sistema de Informações Gerenciais

– SIG solicitou ao Profissional da Contabilidade que apresentasse uma Fórmula

para cálculo da variação, entre períodos, da quantidade vendida de cada produto

componente do seu mix.

A Fórmula apresentada que corresponde a uma medição adequada da Variação de

Vendas por Produto – VVP, cuja unidade de medida seja porcentagem, é:

a)  x 100

b) x 100

c) x 100

d) x 100

Questão 4    (CFC/2016) Uma Sociedade Empresária apresentou os seguintes índi-

ces, calculados a partir dos dados de suas demonstrações contábeis, para os anos

de 2014 e 2015:

Índice Fórmula de Cálculo 2014 2015


Rentabilidade do Ativo Lucro Líquido / Ativo Total 18,75% 18,76%
Rentabilidade do Patrimônio Lucro Líquido / Patrimônio Lí-
26,79% 28,13%
Líquido quido
Capital de Terceiros / Patrimô-
Endividamento 42,90% 50,00%
nio Líquido
Giro do Ativo Vendas Líquidas / Ativo Total 1,25 1,55

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Margem Líquida Lucro Líquido / Vendas Líquidas 15,00% 12,10%


Ativo Circulante / Passivo Circu-
Liquidez Corrente 1,43 1,22
lante
Considerando-se os índices apresentados, conforme Fórmula de cálculo expressa
no quadro anterior, é CORRETO afirmar que:
a) a redução na Liquidez Corrente em conjunto com o aumento na Rentabilidade
do Patrimônio Líquido explicam a redução na Margem Líquida.
b) a redução na Margem Líquida de 2015, em relação ao ano anterior, foi com-
pensada pelo aumento no Giro do Ativo, o que manteve a Rentabilidade do Ativo
aproximadamente a mesma.
c) o aumento no Endividamento de 2015, em relação ao ano anterior, foi compen-
sado pela redução na Liquidez Corrente, o que manteve a Rentabilidade do Ativo
aproximadamente a mesma.
d) o aumento no Giro do Ativo em conjunto com o aumento na Rentabilidade do
Patrimônio Líquido explicam a redução na Margem Líquida.

Questão 5    (CFC/2016) Uma Sociedade Empresária apresentou, em 31.12.2015,


os seguintes dados do Balanço Patrimonial:

Balanço Patrimonial em 31.12.2015

ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante 65.000,00 Passivo Circulante 33.000,00
Caixa 9.000,00 Duplicatas a Pagar 8.000,00
Bancos Conta Movi-
15.000,00 Títulos a Pagar 7.000,00
mento
Financiamentos Ban-
Duplicatas a Receber 18.000,00 18.000,00
cários
Mercadorias para Re- Passivo Não Circu-
23.000,00 12.000,00
venda lante
Financiamentos Ban-
Ativo Não Circulante 30.000,00 12.000,00
cários

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Ativo Realizável a Lon-


10.000,00 Patrimônio Líquido 50.000,00
go Prazo
Imobilizado 20.000,00 Capital Subscrito 40.000,00
Reserva Legal 1.000,00
Reserva para Contin-
9.000,00
gências
TOTAL DO PASSI-
TOTAL DO ATIVO 95.000,00 95.000,00
VO

A partir desse Balanço Patrimonial, é CORRETO afirmar que:

a) a Liquidez Corrente é, aproximadamente, de 1,67.

b) a Liquidez Geral é, aproximadamente, de 0,73.

c) a Liquidez Imediata é, aproximadamente, de 1,97.

d) a Liquidez Seca é, aproximadamente, de 1,27.

Questão 6    (CFC/2016) Uma Sociedade Empresária apresentou, em 30.6.2016,

os seguintes dados retirados do seu Balancete de Verificação e a Fórmula de Liqui-

dez Geral:

Dados Valor
Bancos Conta Movimento 192.000,00
Capital Subscrito 1.440.000,00
Duplicatas a Receber – Curto Prazo 144.000,00
Duplicatas a Receber – Longo Prazo 460.800,00
Duplicatas Descontadas – Curto Prazo 32.000,00
Empréstimos Concedidos – Longo Prazo 307.200,00
Empréstimos Obtidos – Curto Prazo 160.000,00
Estoques – Curto Prazo 576.000,00
Fornecedores – Curto Prazo 112.000,00
Terrenos de Uso 64.000,00

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Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo

Liquidez Geral = --------------------------------------------------

Passivo Circulante + Passivo Não Circulante

Considerando-se apenas os dados apresentados, é CORRETO afirmar que o Índice

de Liquidez Geral é de, aproximadamente:

a) 0,96.

b) 2,25.

c) 5,53.

d) 6,29

Questão 7    (CFC/2016) Um coordenador de manutenção, desejoso por verificar a

qualidade dos serviços de sua equipe, desenvolveu alguns indicadores de desem-

penho, entre os quais o Indicador de Retrabalho – IR.

Os serviços realizados por sua equipe não envolvem a aplicação de material, e to-

das as reclamações apresentadas pelos seus exigentes clientes são analisadas pelo

coordenador técnico.

Em caso de reclamação procedente, os custos de retrabalho são cobertos integral-

mente pela entidade, que refaz o trabalho já realizado anteriormente, sem custas

para o cliente.

O Indicador de Retrabalho – IR, segundo o coordenador, deve ser interpretado de

acordo com a lógica representada pela figura a seguir:

Interpretação do Indicador de Retrabalho

0% <===================================> 100%

Alta qualidade dos serviços Baixa qualidade dos Serviços

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A quantidade de serviços refeitos em um período corrente, mas referente a um

período anterior, é imaterial e não necessita, segundo análise do coordenador, de

segregação. Esses casos são acatados como do próprio período em análise.

Considerando-se apenas as informações apresentadas, assinale, entre as Fórmulas

abaixo, aquela que corresponde a uma medição para o Indicador de Retrabalho –

IR mencionado, cuja unidade de medida seja porcentagem dos serviços refeitos em

relação ao total de serviços realizados no mesmo período.

a)  x 100

b)  x 100

c) x 100

d) x 100

Questão 8    (CFC/2016) Uma Indústria estimou que no ano de 2017 irá comercia-

lizar 200.000 unidades de um único tipo de produto e, para fins de Planejamento

Estratégico, necessita elaborar seu Orçamento de Vendas.

A área de Controladoria precisou apresentar, em 14.10.2016, o Orçamento de Ven-

das para o 1º. trimestre de 2017 e determinou as seguintes estimativas:

Mês Previsão de Vendas

Janeiro 10% do volume anual

Fevereiro 5% do volume anual

Março 20% do volume anual

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Para efeitos de projeção do Orçamento de Vendas, a área de Controladoria consi-

derou as seguintes informações adicionais:

- Preço de venda unitário: R$30,00

- Tributos incidentes sobre as vendas: 20%

- Previsão de devolução de vendas: 5% ao mês

- Os tributos serão calculados sobre as vendas e devoluções de vendas

Considerando-se apenas os dados apresentados e de acordo com o Orçamento de

Vendas, a Receita Líquida prevista para o 1º. Trimestre de 2017 é de:

a) R$2.100.000,00.

b) R$1.680.000,00.

c) R$1.596.000,00.

d) R$1.575.000,00.

Questão 9    (CFC/2015) Uma indústria compra matéria-prima a prazo. Após o re-

cebimento da matéria-prima, a indústria a armazena, em média, por 7 (sete) dias,

antes de encaminhá-la para a área de produção, onde ficará 4 (quatro) dias em

processo.

Após a conclusão da manufatura, a indústria mantém o produto acabado em esto-

que por um tempo médio de 21 dias, antes de vendê-lo.

As vendas são efetuadas com prazo médio de recebimento de 35 dias.

O pagamento ao fornecedor se dá em 17 dias após a compra da matéria-prima.

Acerca da situação acima, o Ciclo Operacional Total é de:

a) 39 dias.

b) 46 dias.

c) 60 dias.

d) 67 dias.

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Questão 10    (CFC/2015) Uma indústria compra matéria-prima a prazo. Após o re-

cebimento da matéria-prima, a indústria a armazena, em média, por 7 (sete) dias,

antes de encaminhá-la para a área de produção, onde ficará 4 (quatro) dias em

processo.

Após a conclusão da manufatura, a indústria mantém o produto acabado em esto-

que por um tempo médio de 21 dias, antes de vendê-lo.

As vendas são efetuadas com prazo médio de recebimento de 35 dias.

O pagamento ao fornecedor se dá em 17 dias após a compra da matéria-prima.

Acerca da situação acima, o Ciclo Financeiro é de:

a) 17 dias.

b) 29 dias.

c) 50 dias.

d) 56 dias.

Questão 11    (CFC/2015) Uma Sociedade Comercial informa que o seu ciclo opera-

cional é, em média, de 50 dias; o prazo médio de rotação de estoque é de 20 dias;

o prazo médio de recebimento é de 30 dias; e o prazo médio de pagamento dos

fornecedores é de 15 dias.

Com base nos dados apresentados, assinale a opção CORRETA.

a) Como o ciclo operacional da empresa é, em média, de 50 dias, e o prazo médio

de recebimento é de 30 dias, a empresa permanece, em média, 20 dias sem cober-

tura de fontes operacionais.

b) Como o ciclo operacional da empresa é, em média, de 50 dias, o prazo médio de

recebimento é de 30 dias, e o prazo de pagamento de fornecedores é de 15 dias,

a empresa permanece, em média, 5 dias sem cobertura de fontes operacionais.

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c) Como o prazo de rotação de estoque conjugado com o de recebimento das

vendas ocorrerá, em média, 35 dias depois do prazo médio de pagamento dos

fornecedores, a empresa permanece, em média, 35 dias sem cobertura de fontes

operacionais.

d) Como o prazo de rotação de estoque conjugado com o de recebimento das

vendas ocorrerá, em média, em 30 dias, e o prazo médio de pagamento de forne-

cedores é de 15 dias, a empresa permanece, em média, 15 dias sem cobertura de

fontes operacionais.

Questão 12    (CFC/2015) Uma Sociedade Empresária apresenta os seguintes da-

dos:

- Custo de Aquisição dos produtos 10,00


- ICMS sobre a venda 18,00%
- PIS sobre a venda 0,65%
- COFINS sobre a venda 3,00%
- Comissão sobre as vendas 5,00%
- Margem líquida desejada 40,00%

Com base nos dados informados, o preço de venda mínimo do produto deve ser de,

aproximadamente:

a) R$13,63.

b) R$18,18.

c) R$26,08.

d) R$29,99.

Questão 13    (CFC/2014) Uma sociedade empresária apresentava a seguinte evo-

lução dos Índices de Liquidez, Endividamento e Imobilização para os anos de 2011

a 2013:

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2011 2012 2013

Liquidez Geral 1,25 0,90 0,82

Liquidez Corrente 1,25 1,50 1,75

Endividamento 50% 89% 110%

Imobilização 0,88 1,09 1,20

Com base nos índices informados, é INCORRETO afirmar que ao longo do período

de 2011 a 2013 ocorreu uma:

a) melhora no índice de Imobilização.

b) melhora no índice de Liquidez Corrente.

c) piora no índice de Endividamento.

d) piora no índice de Liquidez Geral.

Questão 14    (CFC/2014) Uma sociedade empresária apresentou os seguintes da-

dos do Balanço Patrimonial, em 31.12.2013.

ATIVO 196.000,00 PASSIVO 196.000,00


Ativo Circulante 96.800,00 Passivo Circulante 67.000,00
Ativo Não Circulante 99.200,00 Passivo Não Circulante 82.000,00
Realizável a Longo Prazo 35.000,00 Patrimônio Líquido 47.000,00
Investimentos 4.300,00
Imobilizado 59.100,00
Intangível 800,00

Considerando os dados do Balanço Patrimonial acima, o valor do Capital Circulante

Líquido – CCL da empresa, em 31.12.2013:

a) corresponde a R$17.200,00 decorrente da diferença entre o Ativo Não Circulan-

te e o Passivo Não Circulante.

b) corresponde a R$29.800,00 decorrente da diferença entre o Ativo Circulante e

o Passivo Circulante.

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c) corresponde a R$47.000,00, pois CCL corresponde aos Recursos Próprios do

Patrimônio Líquido.

d) corresponde a R$96.800,00, pois CCL é disponível no Ativo Circulante.

Questão 15    (CFC/2014) Uma Sociedade Empresária apresentou os seguintes da-

dos, extraídos da Demonstração do Resultado e do Balanço Patrimonial dos anos

de 2012 e 2013:

Balanço Patrimonial 31.12.2013 31.12.2012

Estoque R$ 800.000,00 R$ 900.000,00

Demonstração do Resultado 31.12.2013 31.12.2012

Custo das Mercadorias Vendidas R$ 12.750.000,00 R$ 10.220.000,00

Para calcular os indicadores contábeis, a empresa considera que o mês tem 30 dias

e utiliza o estoque médio.

O Giro e o Prazo Médio de Rotação do Estoque relativos a 2013 são, respectiva-

mente:

a) 13 vezes e 28 dias.

b) 14 vezes e 25 dias.

c) 15 vezes e 24 dias.

d) 16 vezes e 23 dias.

Questão 16    (CFC/2013) Uma sociedade empresária apresentou o Balanço Patri-

monial dos anos de 2011 e 2012.

2012 AV 2011 AV
ATIVO R$ 128.400,00 100,00% R$ 113.000,00 100,00%
ATIVO CIRCULANTE R$ 65.400,00 50,93% R$ 47.000,00 41,59%
Caixa R$ 14.500,00 11,29% R$ 15.000,00 13,27%

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Duplicatas a Receber R$ 42.900,00 33,41% R$ 12.000,00 10,62%


Estoques R$ 8.000,00 6,23% R$ 20.000,00 17,70%

ATIVO NÃO CIRCULANTE R$ 63.000,00 49,08% R$ 66.000,00 58,41%


Investimentos R$ 30.000,00 23,36% R$ 30.000,00 26,55%
Imobilizado R$ 36.700,00 28,58% R$ 40.000,00 35,40%
(-) Depreciação Acumula-

da -R$ 3.700,00 -2,88% -R$ 4.000,00 -3,54%

2012 AV 2011 AV
PASSIVO R$ 128.400,00 100,00% R$ 113.000,00 100,00%
PASSIVO CIRCULANTE R$ 26.900,00 20,95% R$ 23.000,00 20,35%
Duplicatas a Pagar R$ 18.900,00 14,72% R$ 000,00 9,73%
Impostos a Recolher R$ 8.000,00 6,23% R$ 12.000,00 10,62%

PASSIVO NÃO CIRCULAN-

TE R$ 7.000,00 5,45% R$ 15.000,00 13,28%


Títulos a Pagar R$ 7.000,00 5,45% R$ 15.000,00 13,28%

PATRIMÔNIO LÍQUIDO R$ 94.500,00 73,60% R$ 75.000,00 66,37%


Capital R$ 71.000,00 55,30% R$ 57.000,00 50,44%
Reserva de Lucros R$ 23.500,00 18,30% R$ 18.000,00 15,93%

Com base nos percentuais das análises verticais apresentados no Balanço Patrimo-

nial acima, assinale a afirmativa CORRETA:

a) ocorreu um aumento de 9,33 pontos percentuais, na participação relativa do

Ativo Não Circulante sobre o Ativo Total do ano de 2011, para 2012.

b) ocorreu um aumento de 9,34 pontos percentuais, na participação relativa do

Ativo Circulante sobre o Ativo Total do ano de 2011, para 2012.

c) ocorreu uma diminuição de 0,60 pontos percentuais, na participação relativa do

Passivo Circulante sobre o Passivo Total do ano de 2011, para 2012.

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d) ocorreu uma diminuição de 7,23 pontos percentuais, na participação relativa do

Patrimônio Líquido sobre o Passivo Total do ano de 2011, para 2012.

Questão 17    (CFC/2013) Uma empresa fez uma aquisição de mercadorias. Após a

aquisição, estas foram comercializadas depois de 8 dias em estoque.

- A empresa concedeu ao cliente um prazo para pagamento de 23 dias.

- O fornecedor concedeu à empresa um prazo de 15 dias para pagamento, contados

a partir do momento do pedido.

Considerando os dados, é CORRETO afirmar que:

a) o Ciclo Operacional é de 43 dias.

b) o Ciclo Operacional é de 23 dias.

c) o Ciclo Financeiro é de 31 dias.

d) o Ciclo Financeiro é de 11 dias.

Questão 18    (CFC/2013) Uma Sociedade elaborou o orçamento para o ano de 2013

com base em dados históricos do ano de 2012 e com base nas estimativas estabe-

lecidas por seus gestores.

- Os seguintes dados históricos foram apresentados:

Custo das mercadorias vendidas no ano R$1.050.000,00

de 2012
Estoque médio do ano de 2012 R$175.000,00

dados: estimados para o ano de 2013:

Estoque médio R$200.000,00
Fator de multiplicação Markup 1,80
Tributos incidentes sobre a receita 20%

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Considera-se que a empresa estima que o giro do estoque será igual ao de 2012 e

que o preço de venda é estabelecido, multiplicando-se o custo estimado da merca-

doria. De acordo com o giro do estoque, pelo Markup, o Lucro Bruto orçado para o

ano de 2013 será de:

a) R$462.000,00.

b) R$492.800,00.

c) R$528.000,00.

d) R$678.000,00.

Questão 19    (CFC/2013) Fórmula que calcula o índice de liquidez Geral é:

a)

b)

c)

d)

Questão 20    (CFC/2013) Uma sociedade empresária contabilizou seus lucros e

prejuízos (em milhares de reais) durante os oito primeiros meses do ano de 2012,

apresentando esses resultados mensais por meio do gráfico a seguir:

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Com base nos resultados mensais apresentados no gráfico acima, assinale a opção

INCORRETA:

a) Nos meses de abril e julho, a  sociedade empresária não obteve lucro e nem

prejuízo.

b) Nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril, a sociedade empresária apurou

prejuízos.

c) Nos meses de janeiro, fevereiro, março e agosto, isto é, antes de abril e depois

de julho, a sociedade empresária apurou lucro.

d) Nos meses de maio e junho, a sociedade empresária apurou prejuízos.

Questão 21    (CFC/2012) Uma sociedade empresária apresentou o seguinte Balan-

ço Patrimonial de 2011e 2010:

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ATIVO 31.12.2011 31.12.2010 PASSIVO 31.12.2011 31.12.2010


Ativo Circu- Passivo Cir-
R$12.500,00 R$12.300,00 R$7.500,00 R$9.000,00
lante culante
Caixa R$2.500,00 R$1.200,00 Fornecedores R$1.500,00 R$4.000,00
Duplicatas a
R$4.800,00 R$9.300,00 Empréstimos R$6.000,00 R$5.000,00
Receber
Estoques R$5.200,00 R$1.800,00
Ativo Não Patrimônio
R$25.000,00 R$24.000,00 R$30.000,00 R$27.300,00
Circulante Líquido
Investimentos R$5.000,00 R$7.000,00 Capital R$25.000,00 R$25.000,00
Reservas de
Imobilizado R$20.000,00 R$17.000,00 R$5.000,00 R$2.300,00
Lucros
Total R$37.500,00 R$36.300,00 Total R$37.500,00 R$36.300,00

Em relação à evolução dos Índices de Liquidez, para o período considerado, assi-

nale a opção CORRETA.

a) Os índices de liquidez seca, corrente e imediata apurados em 2011 foram supe-

riores aos apurados em 2010.

b) Os índices de liquidez seca, corrente e imediata apurados em 2011 foram infe-

riores aos apurados em 2010.

c) Os índices de liquidez imediata e liquidez corrente foram piores em relação ao

ano anterior, mas o índice de liquidez seca apresentou uma melhora.

d) Os índices de liquidez imediata e liquidez corrente foram melhores em relação

ao ano anterior, mas o índice de liquidez seca apresentou uma piora.

Questão 22    (CFC/2012) Uma empresa comercial apresentou os seguintes indica-

dores para os anos de 2010 e 2011:

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Indicador 2010 2011


Prazo Médio de Pagamento de Compras 45 dias 25 dias
Prazo Médio de Renovação de Estoques 30 dias 20 dias
Prazo Médio de Recebimento de Vendas 60 dias 50 dias

Com base nos indicadores fornecidos, é CORRETO afirmar que:

a) a redução no prazo médio de pagamento de compras foi responsável pela redu-

ção do ciclo operacional em 20 dias em 2011, em relação ao ano anterior.

b) a redução no prazo médio de pagamento de compras foi responsável pelo au-

mento do ciclo financeiro em 20 dias em 2011, em relação ao ano anterior.

c) apesar de o ciclo operacional ter aumentado em 20 dias de 2010 para 2011,

o ciclo financeiro permaneceu o mesmo, em razão da redução do prazo médio de

pagamento de compras.

d) apesar de o ciclo operacional ter diminuído em 20 dias de 2010 para 2011,

o ciclo financeiro permaneceu o mesmo, em razão da redução do prazo médio de

pagamento de compras.

Questão 23    (CFC/2012) Uma sociedade empresária apresentou os seguintes indi-

cadores nos últimos três exercícios:

Indicador 2009 2010 2011


Quociente de Endividamento 1,0 2,0 3,0
Rentabilidade sobre o Patrimônio Líqui-

do 18% 21% 24%


Rentabilidade sobre o Ativo 15% 15% 15%
Margem Líquida 10% 6% 5%

A partir da análise dos indicadores, é CORRETO afirmar que:

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a) a elevação do endividamento ao longo dos anos tem reduzido a rentabilidade

proporcionada aos proprietários.

b) a taxa de retorno sobre o Ativo tem se mantido em 15% apesar da queda na

margem líquida, porque a empresa tem aumentado o giro do ativo.

c) do ponto de vista dos proprietários, a empresa está a cada dia menos lucrativa

e menos arriscada.

d) o custo médio do capital de terceiros é inferior a 15% a.a., uma vez que a ren-

tabilidade do Patrimônio Líquido supera a rentabilidade sobre o Ativo.

Questão 24    (CFC/2011) Em 31 de dezembro de 2010, uma determinada compa-

nhia publicou a seguinte demonstração contábil:

Balanço Patrimonial (em R$)


2009 2010 2009 2010
ATIVO 88.400,00 107.000,00 PASSIVO E PL 88.400,00 107.000,00
Ativo Circulante 57.400,00 61.800,00 Passivo Circulante 36.600,00 43.400,00
Disponível 1.400,00 6.600,00 Fornecedores 22.000,00 28.000,00
Clientes 24.000,00 27.200,00 Contas a Pagar 5.600,00 9.400,00
Estoques 32.000,00 28.000,00 Empréstimos 9.000,00 6.000,00
Ativo Não Circulan- Passivo Não Circu-

te 31.000,00 45.200,00 lante 21.800,00 30.000,00


Realizável a Lon-

go Prazo 12.000,00 18.000,00 Empréstimos 21.800,00 30.000,00


Imobilizado 19.000,00 27.200,00 Patrimônio Líquido 30.000,00 33.600,00
Capital 30.000,00 33.600,00

Com relação ao Balanço Patrimonial acima, assinale a opção CORRETA:

a) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$2.400,00 e o Quociente de Liqui-

dez Corrente foi reduzido em 0,15.

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b) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$4.600,00 e o Quociente de Liqui-

dez Corrente foi reduzido em 0,10.

c) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$2.400,00 e o Quociente de Liqui-

dez Corrente foi reduzido em 0,15.

d) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$4.600,00 e o Quociente de Liqui-

dez Corrente foi reduzido em 0,10.

Questão 25    (CFC/2011) Relacione o Indicador Econômico Financeiro descrito na

primeira coluna com exemplos de indicadores na segunda coluna e, em seguida,

assinale a opção CORRETA.

(1) Indicadores de Capacidade de Pa- ( ) Liquidez Corrente, Liquidez Seca, Liqui-

gamento dez Imediata, Liquidez Geral e Endivida-

mento.
(2) Indicadores de Atividade ( ) Prazo Médio de Recebimento, Prazo Médio

de Pagamento, Giro de Estoques, Giro do

Ativo Total.
(3) Indicadores de Rentabilidade ( ) Margem Operacional sobre Vendas, Mar-

gem Líquida sobre Vendas, Rentabilidade

do Ativo Total e Rentabilidade do Patrimô-

nio Líquido.

A sequência CORRETA é:

a) 2, 3, 1.

b) 3, 1, 2.

c) 1, 3, 2.

d) 1, 2, 3.

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Questão 26    (CFC/2011) Uma empresa possui as seguintes informações extraídas

de seu Balancete de Verificação em 30 de junho de 2011, em milhões de reais:

Grupos de Contas 1º.1.2011 30.6.2011

Ativo Circulante 17.500.000,00 39.625.000,00

Passivo Circulante 9.500.000,00 20.500.000,00

Em relação à variação do Capital Circulante Líquido da empresa, no primeiro se-

mestre de 2011, assinale a opção CORRETA.

a) A empresa teve uma variação negativa no Capital Circulante Líquido no mon-

tante de R$125.000,00.

b) A empresa teve uma variação positiva no Capital Circulante Líquido no montante

de R$125,000,00.

c) A empresa teve uma variação negativa no Capital Circulante Líquido no montan-

te de R$19.125.000,00.

d) A empresa teve uma variação positiva no Capital Circulante Líquido no montante

de R$19.125.000,00.

Questão 27    (RFB/AUDITOR-FISCAL/2014) Dos registros contábeis da Cia. Cor-

porativa, relativos aos exercícios 2010/2012, foram extraídos os valores abaixo:

Itens 2010 2011 2012


Ativo Circulante 10.000,00 18.000,00 24.000,00
Ativo Não Circulante 50.000,00 62.000,00 76.000,00
Disponibilidade 500,00 200,00 750,00
Estoques 2.500,00 3.000,00 4.000,00
Lucro Líquido 8.000,00 6.000,00 4.000,00
Passivo Circulante 16.000,00 20.000,00 30.000,00
Passivo Não Circulante 24.000,00 35.000,00 44.000,00
Patrimônio Líquido 20.000,00 25.000,00 26.000,00
Vendas Líquidas 102.000,00 95.000,00 98.000,00
Analisando a Rentabilidade dos ativos, pode-se afirmar que:

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a) o Giro dos ativos em 2012 é 1,70.

b) o retorno dos ativos é crescente ao longo do período.

c) a menor rentabilidade dos ativos verifica-se em 20

d) a rentabilidade do ativo em 2010 foi de 0,133.

e) o período com maior retorno do ativo foi o de 2012

Questão 28    (RFB/AUDITOR-FISCAL/2014) Dos registros contábeis da Cia. Cor-

porativa, relativos aos exercícios 2010/2012, foram extraídos os valores abaixo:

Itens 2010 2011 2012


Ativo Circulante 10.000,00 18.000,00 24.000,00
Ativo Não Circulante 50.000,00 62.000,00 76.000,00
Disponibilidade 500,00 200,00 750,00
Estoques 2.500,00 3.000,00 4.000,00
Lucro Líquido 8.000,00 6.000,00 4.000,00
Passivo Circulante 16.000,00 20.000,00 30.000,00
Passivo Não Circulante 24.000,00 35.000,00 44.000,00
Patrimônio Líquido 20.000,00 25.000,00 26.000,00
Vendas Líquidas 102.000,00 95.000,00 98.000,00

Com base nos dados fornecidos, pode-se afirmar que:

a) a empresa em 2011 tem o giro do ativo de 0,74.

b) o menor índice de solvência da empresa é identificado no exercício de 2010.

c) no exercício de 2011, a empresa tem a sua menor margem líquida.

d) a participação do patrimônio líquido em 2011 é de 1,35.

e) o maior grau de endividamento da empresa é identificado no período de 2012.

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Questão 29    (RFB/AUDITOR-FISCAL/2012) Ao encerrar o período contábil de

2010, a Cia. Harmonia identifica em suas demonstrações finais os seguintes saldos

nas contas abaixo:

Contas Valores em R$
Capital 5.000,00
Clientes 4.000,00
Contas a Pagar 450,00
Depreciação Acumulada 700,00
Disponibilidades 800,00
Duplicatas Descontadas 1.050,00
Edificações 1.000,00
Estoques 1.200,00
Fornecedores 2.000,00
Lucro Líquido do exercício 400,00
Provisão p/Crédito de Liquidação Duvidosa 200,00
Reserva Legal 200,00
Reservas de Lucros 300,00
Veículos 2.900,00
Vendas 12.000,00

Com base nos saldos fornecidos, pode-se afirmar que:

a) o índice de liquidez seca é 1,45.

b) no período, o giro dos estoques foi 8 vezes.

c) o índice de liquidez corrente é 1,66.

d) o nível de endividamento da empresa é de 60%.

e) a participação do capital próprio é de 40%.

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Questão 30    (TCU/AUDITOR/2015) Com relação aos conceitos de análise das de-

monstrações contábeis envolvendo retorno sobre o capital empregado e análise da

lucratividade, julgue o item que se segue.

A lucratividade de uma empresa pode ser avaliada em relação às vendas, aos ati-

vos e ao patrimônio líquido, e, por ser relativa, sua análise independe do setor de

atuação da empresa.

Questão 31    (CFC/CONSULPLAN/2019.2) Uma empresa apresentou os seguintes

Balanços Patrimoniais encerrados em 31/12/20X0 e 31/12/20X1.

Considerando apenas os dados apresentados, assinale a alternativa correta.

a) O Capital de Giro Líquido diminuiu em R$ 332.000,00 de 20X0 para 20X1.

b) O Capital de Giro Líquido aumentou em R$ 108.000,00 de 20X0 para 20X1.

c) A Necessidade de Capital de Giro aumentou em R$ 440.000,00 de 20X0 para

20X1.

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d) A Necessidade de Capital de Giro aumentou em R$ 1.200.000,00 de 20X0 para

20X1.

Questão 32    (CFC/CONSULPLAN/2019.2) Os seguintes valores foram divulgados

por uma empresa comercial em alguns de seus relatórios contábil-financeiros en-

cerrada em 31/12/20X1:

Informações adicionais:

• Em 20X1, as Contas a Receber de Clientes giraram, em média, seis vezes, en-

quanto Fornecedores de Mercadorias a

Pagar giraram, em média, dez vezes;

• No Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/20X0, o saldo do Estoque de Merca-

dorias foi de R$ 290.000,00.

Considerando apenas as informações apresentadas e adotando o ano comercial

com 360 dias nos cálculos, pode-se afirmar que em 20X1:

a) O Ciclo Operacional foi de 150 dias e o Ciclo Financeiro foi de 114 dias.

b) O Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores foi de 90 dias e o Ciclo Financeiro

de 150 dias.

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c) O Prazo Médio de Renovação de Estoque de Mercadorias foi de 36 dias e o Ciclo

Operacional de 150 dias.

d) O Prazo Médio de Recebimento de Clientes foi de 60 dias e o Prazo Médio de

Pagamento a Fornecedores foi de 90 dias.

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GABARITO

1. b 12. d 23. b

2. a 13. a 24. c

3. b 14. b 25. d

4. b 15. c 26. b

5. d 16. b 27. d

6. c 17. anulada 28. e

7. a 18. anulada 29. c

8. c 19. a 30. e

9. d 20. b 31. a

10. c 21. d 32. a

11. c 22. d

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GABARITO COMENTADO

Questão 1    (CFC/2018) Considerando que Informação é o dado que foi processa-

do e armazenado de forma compreensível para seu receptor e que apresenta valor

real ou percebido para suas decisões correntes ou prospectivas. Dado é o registro

puro, ainda não interpretado, analisado e processado. Comunicação é o processo

de transmissão de informação e de compreensão que somente se efetiva mediante

uso de símbolos comuns.

Nesse contexto, analise as afirmativas a seguir.

I – A informação deve provocar um retorno satisfatório para os propósitos dos

agentes tomadores de decisões, concernentes ao que foi delineado pelo mo-

delo de gestão adotado na organização.

II – A gestão da informação é a principal ferramenta para o controle de todos os

recursos que entram que são transformados e saem de uma organização,

considerando-a, também, como elemento fundamental para a tomada de

decisão.

III – É  de caráter secundário que os sistemas de informações sejam integrados

aos sistemas gestão empresarial.

Estão corretas as afirmativas

a) I, II e III.

b) I e II, apenas.

c) I e III, apenas.

d) II e III, apenas.

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Letra b.

Esta é uma questão sobre o conceito de sistemas de informação.

Um sistema de informação é um conjunto de partes relacionadas que tem por ob-

jetivo manipular dados e gerar informação para tomada de decisão. Essa tomada

de decisão está intimamente relacionada à gestão da entidade.

Com base nesses conceitos, analisaremos – em separado – cada uma das afirma-

tivas do enunciado.

I – Correta. Isso ilustra a importância da informação para a gestão da entidade.

II – Correta. Essa afirmação está em linha com a definição de informação.

III  – Incorreta. Se os sistemas de informação não estiverem integrados aos sis-

temas de gestão empresarial, a informação gerada não servirá para a tomada de

decisões de gestão.

Pelo exposto, verificam-se corretas as afirmativas I e II, e incorreta a afirmativa III.

Questão 2    (CFC/2017) Um determinado analista preparou a Análise Vertical das

Demonstrações Contábeis de uma Sociedade Empresária conforme a Fórmula:

A partir desses cálculos de Análise Vertical, obtiveram-se 40% para o Ativo Circu-

lante.

Considerando-se apenas as informações apresentadas e de acordo com a classifica-

ção contida na NBC TG 26 (R4) – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁ-

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BEIS, entre as opções apresentadas a seguir, assinale a opção que apresenta uma

interpretação correta do índice mencionado.

a) Espera-se que 40% do Ativo sejam realizados em até doze meses após a data

do balanço.

b) Espera-se que 40% do endividamento sejam liquidados no período de até doze

meses após a data do balanço.

c) Os componentes tangíveis de uso, que deverão gerar benefícios econômicos em

mais de um exercício, correspondem a 40%.

d) Os componentes que serão realizados em até doze meses após a data do balan-

ço cresceram 40% se comparados ao período anterior.

Letra a.

Esta é uma questão sobre o conceito de análise vertical, também conhecido como

técnica de análise de estrutura. Essa técnica compara o valor de cada grupo patri-

monial, em relação ao total do ativo. Isso revela a relevância do grupo, no contexto

total do patrimônio.

No caso, temos uma análise vertical do ativo circulante igual a 40%. Isso quer dizer

que o ativo circulante é igual a 40% do ativo total.

AC / Ativo = 40%

Devemos considerar que:

− o ativo corresponde ao total de recursos da entidade; e

− o ativo circulante corresponde aos recursos de curto prazo (ou seja, reali-

záveis até o final do exercício seguinte).

Assim, conclui-se que, com o índice de 40%, quarenta por cento dos recursos do

ativo devem ser realizados até o final do próximo exercício.

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Questão 3    (CFC/2017) Uma equipe de vendas que precisa desenvolver alguns

modelos matemáticos a serem incorporados ao Sistema de Informações Gerenciais

– SIG solicitou ao Profissional da Contabilidade que apresentasse uma Fórmula

para cálculo da variação, entre períodos, da quantidade vendida de cada produto

componente do seu mix.

A Fórmula apresentada que corresponde a uma medição adequada da Variação de

Vendas por Produto – VVP, cuja unidade de medida seja porcentagem, é:

a) x 100

b) x 100

c) x 100

d) x 100

Letra b.

Esta é uma questão sobre a análise de evolução, também chamada técnica de aná-

lise horizontal. Para resolução, é necessário conhecer os conceitos de período base

e de variação.

Pois bem, no caso, temos a análise encadeada, ou também chamada de análise de

base móvel, em que o período base será sempre o período anterior.

Assim, caso no período de análise a quantidade vendida fosse igual à quantidade

vendida no período anterior, a  variação seria igual a zero. Já, se no período em

análise a quantidade vendida fosse inferior àquela do período base, a variação seria

negativa.

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Pois bem, a Fórmula a seguir ilustra esse pensamento.

Caso a venda do período fosse de 90 unidades e a do período anterior, de 100,

a variação percentual seria de menos dez por cento.

Ora, é exatamente isso que encontramos, na aplicação da Fórmula acima.

(90 / 100) – (100 / 100) * 100 = (0,9 – 1) * 100 = -0,1 * 100 = -10

Ocorre que não há, entre as alternativas do enunciado, essa Fórmula apresentada.

Assim, é necessário desenvolvermos algebricamente a expressão, para encontrar-

mos a expressão equivalente, nas opções apresentadas.

Então, partiremos da Fórmula originalmente apresentada:

((Período corrente / Período base) (-) (Período base / Período base)) * 100

((Período corrente / Período base) (-) 1) * 100

(Período corrente / Período base) * 100 (-) 1 * 100

(Período corrente / Período base) * 100 (-) 100

Questão 4    (CFC/2016) Uma Sociedade Empresária apresentou os seguintes índi-

ces, calculados a partir dos dados de suas demonstrações contábeis, para os anos

de 2014 e 2015:

Índice Fórmula de Cálculo 2014 2015


Rentabilidade do Ativo Lucro Líquido / Ativo Total 18,75% 18,76%
Rentabilidade do Patrimônio Lí-
Lucro Líquido / Patrimônio Líquido 26,79% 28,13%
quido

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Capital de Terceiros / Patrimônio


Endividamento 42,90% 50,00%
Líquido
Giro do Ativo Vendas Líquidas / Ativo Total 1,25 1,55
Margem Líquida Lucro Líquido / Vendas Líquidas 15,00% 12,10%
Ativo Circulante / Passivo Circulan-
Liquidez Corrente 1,43 1,22
te

Considerando-se os índices apresentados, conforme Fórmula de cálculo expressa

no quadro anterior, é CORRETO afirmar que:

a) a redução na Liquidez Corrente em conjunto com o aumento na Rentabilidade

do Patrimônio Líquido explicam a redução na Margem Líquida.

b) a redução na Margem Líquida de 2015, em relação ao ano anterior, foi com-

pensada pelo aumento no Giro do Ativo, o que manteve a Rentabilidade do Ativo

aproximadamente a mesma.

c) o aumento no Endividamento de 2015, em relação ao ano anterior, foi compen-

sado pela redução na Liquidez Corrente, o que manteve a Rentabilidade do Ativo

aproximadamente a mesma.

d) o aumento no Giro do Ativo em conjunto com o aumento na Rentabilidade do

Patrimônio Líquido explicam a redução na Margem Líquida.

Letra b.

Esta é uma questão sobre Análise de Demonstrações contábeis, especificamente,

sobre a relação entre índices.

Para resolução, é necessário conhecer a Fórmula Dupont, que explica a decompo-

sição do retorno sobre o investimento e a decomposição do retorno sobre o patri-

mônio líquido.

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A decomposição do retorno sobre o investimento é definida pela multiplicação do

índice de giro do ativo pelo índice de margem operacional (ou – simplificadamente

– pelo índice de margem líquida), conforme apresentado na Fórmula a seguir:

De uma forma direta, podemos dizer que o retorno (em resultado) da atividade da

entidade é influenciado pelo ganho auferido em cada operação de venda (margem

líquida/operacional) e pela quantidade de operações de venda realizadas no perío-

do (giro do ativo).

Já a decomposição do retorno sobre o patrimônio líquido é definida pela multipli-

cação dos índices de giro do ativo, margem operacional e grau de alavancagem

financeira, conforme apresentado na Fórmula a seguir.

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De uma forma direta, podemos dizer que o retorno do patrimônio líquido (remune-

ração dos proprietários) é decorrente do ganho auferido em cada operação de ven-

da, da quantidade de operações de venda no período e do pagamento de valores

aos credores (que eventualmente tenham financiados as operações no período).

Com base nos conceitos acima, podemos analisar cada assertiva do enunciado.

a) Errada. Não há relação entre a liquidez corrente e a rentabilidade do patrimônio

líquido.

b) Correta. A rentabilidade do ativo é decorrente do giro do ativo e da margem

líquida de vendas.

c) Errada. Nem o endividamento nem a liquidez têm relação com a rentabilidade

do ativo.

d) Errada. Para explicação da relação entre o giro do ativo, a rentabilidade do PL

e a margem líquida, é necessário considerar também o grau de alavancagem finan-

ceira.

Questão 5    (CFC/2016) Uma Sociedade Empresária apresentou, em 31.12.2015,

os seguintes dados do Balanço Patrimonial:

Balanço Patrimonial em 31.12.2015

ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante 65.000,00 Passivo Circulante 33.000,00
Caixa 9.000,00 Duplicatas a Pagar 8.000,00
Bancos Conta Movimento 15.000,00 Títulos a Pagar 7.000,00
Duplicatas a Receber 18.000,00 Financiamentos Bancários 18.000,00
Mercadorias para Revenda 23.000,00 Passivo Não Circulante 12.000,00
Ativo Não Circulante 30.000,00 Financiamentos Bancários 12.000,00

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Ativo Realizável a Longo Pra-

zo 10.000,00 Patrimônio Líquido 50.000,00


Imobilizado 20.000,00 Capital Subscrito 40.000,00

Reserva Legal 1.000,00
Reserva para Contingên-

cias 9.000,00
TOTAL DO ATIVO 95.000,00 TOTAL DO PASSIVO 95.000,00

A partir desse Balanço Patrimonial, é CORRETO afirmar que:

a) a Liquidez Corrente é, aproximadamente, de 1,67.

b) a Liquidez Geral é, aproximadamente, de 0,73.

c) a Liquidez Imediata é, aproximadamente, de 1,97.

d) a Liquidez Seca é, aproximadamente, de 1,27.

Letra d.

Esta é uma questão sobre análise de demonstrações contábeis, especificamente,

sobre índices de liquidez.

Para resolução é necessário conhecer a definição dos índices de liquidez:

− índice de liquidez imediata: relação entre disponibilidades e obrigações de

curto prazo;

− índice de liquidez corrente: relação entre todos os recursos e obrigações

de curto prazo;

− índice de liquidez seca: relação entre alguns recursos (excluindo-se os

estoques) de curto prazo e obrigações de curto prazo;

− índice de liquidez geral: relação entre total de recursos de curto prazo e

realizáveis no longo prazo e o total de obrigações de curto e longo prazo.

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Aplicando-se os conceitos acima aos dados do enunciado, é possível apurar os índi-

ces de liquidez da sociedade, conforme memórias de cálculo abaixo.

1 - Índice de Liquidez Corrente


() Ativo Circulante 65.000,00
(/) Passivo Circulante 33.000,00
(=) Liquidez Corrente 1,97

2 - Índice de Liquidez Seca


() Ativo Circulante 65.000,00
(-) Estoques -23.000,00
(=) Ativo Circulante Líquido 42.000,00
(/) Passivo Circulante 33.000,00
(=) Liquidez Seca 1,27

3 - Índice de Liquidez Geral


() Ativo Circulante + Realizável a LP 75.000,00
(/) Passivo Circulante + não Circulante 45.000,00
(=) Liquidez Geral 1,67

4 - Índice de Liquidez Imediata


() Disponibilidades 24.000,00
(/) Passivo Circulante 33.000,00
(=) Liquidez Imediata 0,73

Pelo exposto, verifica-se que o índice de liquidez seca é igual a 1,27.

Questão 6    (CFC/2016) Uma Sociedade Empresária apresentou, em 30.6.2016,

os seguintes dados retirados do seu Balancete de Verificação e a Fórmula de Liqui-

dez Geral:

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Dados Valor
Bancos Conta Movimento 192.000,00
Capital Subscrito 1.440.000,00
Duplicatas a Receber – Curto Prazo 144.000,00
Duplicatas a Receber – Longo Prazo 460.800,00
Duplicatas Descontadas – Curto Prazo 32.000,00
Empréstimos Concedidos – Longo Prazo 307.200,00
Empréstimos Obtidos – Curto Prazo 160.000,00
Estoques – Curto Prazo 576.000,00
Fornecedores – Curto Prazo 112.000,00
Terrenos de Uso 64.000,00

Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo

Liquidez Geral = --------------------------------------------------

Passivo Circulante + Passivo Não Circulante

Considerando-se apenas os dados apresentados, é CORRETO afirmar que o Índice

de Liquidez Geral é de, aproximadamente:

a) 0,96.

b) 2,25.

c) 5,53.

d) 6,29

Letra c.

Esta é uma questão sobre Análise de Demonstrações Financeiras, especificamente,

sobre Índices de Liquidez.

A resolução dessa questão ficou facilitada, porque no enunciado já foi fornecida a

Fórmula do índice. Portanto, basta classificarmos as contas apresentadas nos res-

pectivos grupos e aplicar seus saldos à Fórmula

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1 – Classificação de Contas e Apuração de Saldos


Dados Valor Grupo AC ARLP PC PNC
Bancos Conta
192.000,00 AC 192.000,00
Movimento
Capital Subs-
1.440.000,00 PL
crito
Duplicatas a
Receber – Cur- 144.000,00 AC 144.000,00
to Prazo
Duplicatas a
Receber – Lon- 460.800,00 ARLP 460.800,00
go Prazo
Duplicatas
Descontadas – 32.000,00 PC 32.000,00
Curto Prazo
Empréstimos
Concedidos – 307.200,00 ARLP 307.200,00
Longo Prazo
Empréstimos
Obtidos – Cur- 160.000,00 PC 160.000,00
to Prazo
Estoques –
576.000,00 AC 576.000,00
Curto Prazo
Fornecedores –
112.000,00 PC 112.000,00
Curto Prazo
T e r r e n o s
64.000,00 Imob.
de Uso
912.000,00 768.000,00 304.000,00 0,00

2 - Cálculo do Índice


() AC + ARLP 1.680.000,00
(/) PC + PNC 304.000,00
(=) Liquidez Geral 5,53

Pelo exposto, verifica-se um índice de liquidez geral de 5,53.

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Questão 7    (CFC/2016) Um coordenador de manutenção, desejoso por verificar a

qualidade dos serviços de sua equipe, desenvolveu alguns indicadores de desem-

penho, entre os quais o Indicador de Retrabalho – IR.

Os serviços realizados por sua equipe não envolvem a aplicação de material, e to-

das as reclamações apresentadas pelos seus exigentes clientes são analisadas pelo

coordenador técnico.

Em caso de reclamação procedente, os custos de retrabalho são cobertos integral-

mente pela entidade, que refaz o trabalho já realizado anteriormente, sem custas

para o cliente.

O Indicador de Retrabalho – IR, segundo o coordenador, deve ser interpretado de

acordo com a lógica representada pela figura a seguir:

Interpretação do Indicador de Retrabalho

0% <===================================> 100%

Alta qualidade dos serviços Baixa qualidade dos Serviços

A quantidade de serviços refeitos em um período corrente, mas referente a um

período anterior, é imaterial e não necessita, segundo análise do coordenador, de

segregação. Esses casos são acatados como do próprio período em análise.

Considerando-se apenas as informações apresentadas, assinale, entre as Fórmulas

abaixo, aquela que corresponde a uma medição para o Indicador de Retrabalho –

IR mencionado, cuja unidade de medida seja porcentagem dos serviços refeitos em

relação ao total de serviços realizados no mesmo período.

a) x 100

b) x 100

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c) x 100

d)  x 100

Letra a.

Esta deve ter sido a questão mais fácil da prova. Para resolução, basta representar

em notação matemática a definição do índice: “porcentagem dos serviços refeitos

em relação ao total de serviços realizados no mesmo período”.

() Qtd. Serviços Refeitos no Período


(/) Qtd. Serviços Realizados no Período
(=) Índice de Refazimento
(*) 100
porcentagem dos serviços refeitos em relação ao total de serviços realizados no
(=)
mesmo período

Questão 8    (CFC/2016) Uma Indústria estimou que no ano de 2017 irá comercia-

lizar 200.000 unidades de um único tipo de produto e, para fins de Planejamento

Estratégico, necessita elaborar seu Orçamento de Vendas.

A área de Controladoria precisou apresentar, em 14.10.2016, o Orçamento de Ven-

das para o 1º. trimestre de 2017 e determinou as seguintes estimativas:

Mês Previsão de Vendas

Janeiro 10% do volume anual

Fevereiro 5% do volume anual

Março 20% do volume anual

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Para efeitos de projeção do Orçamento de Vendas, a área de Controladoria consi-

derou as seguintes informações adicionais:

- Preço de venda unitário: R$30,00

- Tributos incidentes sobre as vendas: 20%

- Previsão de devolução de vendas: 5% ao mês

- Os tributos serão calculados sobre as vendas e devoluções de vendas

Considerando-se apenas os dados apresentados e de acordo com o Orçamento de

Vendas, a Receita Líquida prevista para o 1º. Trimestre de 2017 é de:

a) R$2.100.000,00.

b) R$1.680.000,00.

c) R$1.596.000,00.

d) R$1.575.000,00.

Letra c.

Trata-se de uma questão facílima, sobre previsão de vendas. Para resolução, basta

conhecer a definição de Receita Líquida de Vendas, constante da estrutura da De-

monstração do Resultado e, com base nessa definição, calcular a Receita Líquida de

Vendas esperada para o ano e, em seguida, a parcela correspondente ao primeiro

trimestre.

1 - Receita Líquida de Vendas do Ano


() Preço de venda unitário 30,00
(*) Qtd. Vendida 200.000,00
(=) Receita Bruta de Vendas 6.000.000,00
(-) Devoluções -300.000,00 5%
(=) Valor Intermediário 5.700.000,00
(-) Tributos Incidentes sobre Vendas -1.140.000,00 20%
(=) Receita Líquida de Vendas 4.560.000,00

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Receita Líquida de Ven-


2 - das do Trimestre
Jan Fev Mar
() Receita Líquida de Vendas 4.560.000,00 4.560.000,00 4.560.000,00
(*) Percentual Vendido no Mês 10% 5% 20%
(=) Receita Líquida do Mês 456.000,00 228.000,00 912.000,00
1.596.000,00

Pelo exposto, verifica-se uma receita esperada para o primeiro trimestre do ano, no

valor de R$ 1.596,000,00.

Questão 9    (CFC/2015) Uma indústria compra matéria-prima a prazo. Após o re-

cebimento da matéria-prima, a indústria a armazena, em média, por 7 (sete) dias,

antes de encaminhá-la para a área de produção, onde ficará 4 (quatro) dias em

processo.

Após a conclusão da manufatura, a indústria mantém o produto acabado em esto-

que por um tempo médio de 21 dias, antes de vendê-lo.

As vendas são efetuadas com prazo médio de recebimento de 35 dias.

O pagamento ao fornecedor se dá em 17 dias após a compra da matéria-prima.

Acerca da situação acima, o Ciclo Operacional Total é de:

a) 39 dias.

b) 46 dias.

c) 60 dias.

d) 67 dias.

Letra d.

Para resolução, é necessário conhecer a definição dos seguintes termos:

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1) Ciclo Operacional é o período compreendido entre a compra das mercadorias

ou matérias-primas e o recebimento de valores pela venda das mercadorias

ou produtos acabados.

2) Ciclo Econômico é o período compreendido entre a compra (das mercadorias

ou insumos) e a venda (dessas mercadorias ou dos correspondentes produ-

tos acabados);

3) Ciclo Financeiro é o período compreendido entre o desembolso pela compra

das mercadorias ou insumos e o recebimento pela venda dessas mercadorias

ou dos correspondentes produtos acabados.

A figura a seguir ilustra a aplicação dos conceitos acima definidos:

Repare que:

1) O período médio de estoques é calculado:

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− pelo índice de giro de estoques de mercadorias (no caso de uma empresa

comercial) ou

− pelo somatório dos índices de giro de estoques de matéria-prima, de fa-

bricação e de venda (no caso de empresa industrial);

2) O período médio de cobrança é calculado pelo índice de giro de clientes;

3) O período médio de pagamento é calculado pelo índice de giro de fornecedo-

res;

4) O ciclo operacional equivale ao período médio de estoques somado ao perí-

odo médio de cobrança;

5) O ciclo econômico equivale ao período médio de estoques; e

6) O ciclo financeiro equivale à diferença entre o ciclo operacional e o período

médio de pagamento.

No caso o ciclo operacional é a soma do período de estocagem / fabricação e o pe-

ríodo de cobrança.

() Armazenamento da MP 7
(+) Industrialização 4
(+) Estocagem do produto 21
(=) Período Médio de Estoques 32
(+) Período Médio de Cobrança 35
(=) Ciclo Operacional 67 dias

Pelo exposto, calcula-se em 67 dias o ciclo operacional da entidade.

Questão 10    (CFC/2015) Uma indústria compra matéria-prima a prazo. Após o re-

cebimento da matéria-prima, a indústria a armazena, em média, por 7 (sete) dias,

antes de encaminhá-la para a área de produção, onde ficará 4 (quatro) dias em

processo.

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Após a conclusão da manufatura, a indústria mantém o produto acabado em esto-

que por um tempo médio de 21 dias, antes de vendê-lo.

As vendas são efetuadas com prazo médio de recebimento de 35 dias.

O pagamento ao fornecedor se dá em 17 dias após a compra da matéria-prima.

Acerca da situação acima, o Ciclo Financeiro é de:

a) 17 dias.

b) 29 dias.

c) 50 dias.

d) 56 dias.

Letra c.

Para resolução, é necessário conhecer a definição dos seguintes termos:

1) Ciclo Operacional é o período compreendido entre a compra das mercadorias

ou matérias-primas e o recebimento de valores pela venda das mercadorias

ou produtos acabados.

2) Ciclo Econômico é o período compreendido entre a compra (das mercadorias

ou insumos) e a venda (dessas mercadorias ou dos correspondentes produ-

tos acabados);

3) Ciclo Financeiro é o período compreendido entre o desembolso pela compra

das mercadorias ou insumos e o recebimento pela venda dessas mercadorias

ou dos correspondentes produtos acabados.

A figura a seguir ilustra a aplicação dos conceitos acima definidos:

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Repare que:

1) O período médio de estoques é calculado:

− pelo índice de giro de estoques de mercadorias (no caso de uma empresa

comercial) ou

− pelo somatório dos índices de giro de estoques de matéria-prima, de fa-

bricação e de venda (no caso de empresa industrial);

2) O período médio de cobrança é calculado pelo índice de giro de clientes;

3) O período médio de pagamento é calculado pelo índice de giro de fornecedo-

res;

4) O ciclo operacional equivale ao período médio de estoques somado ao perí-

odo médio de cobrança;

5) O ciclo econômico equivale ao período médio de estoques; e

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6) O ciclo financeiro equivale à diferença entre o ciclo operacional e o período

médio de pagamento.

No caso, é pedido o ciclo financeiro, definido pela diferença entre o ciclo operacional

e o período médio de pagamento a fornecedores.

Lembrando que o ciclo operacional é a soma do período de estocagem / fabricação

e o período de cobrança, podemos resolver a questão nos termos da memória de

cálculo a seguir.

() Armazenamento da MP 7
(+) Industrialização 4
(+) Estocagem do produto 21
(=) Período Médio de Estoques 32
(+) Período Médio de Cobrança 35
(=) Ciclo Operacional 67
(-) Período Médio de Pagamento -17
(=) Ciclo Financeiro 50 dias

Pelo exposto, calcula-se em 50 dias o ciclo financeiro da entidade.

Questão 11    (CFC/2015) Uma Sociedade Comercial informa que o seu ciclo opera-

cional é, em média, de 50 dias; o prazo médio de rotação de estoque é de 20 dias;

o prazo médio de recebimento é de 30 dias; e o prazo médio de pagamento dos

fornecedores é de 15 dias.

Com base nos dados apresentados, assinale a opção CORRETA.

a) Como o ciclo operacional da empresa é, em média, de 50 dias, e o prazo médio

de recebimento é de 30 dias, a empresa permanece, em média, 20 dias sem cober-

tura de fontes operacionais.

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b) Como o ciclo operacional da empresa é, em média, de 50 dias, o prazo médio de

recebimento é de 30 dias, e o prazo de pagamento de fornecedores é de 15 dias,

a empresa permanece, em média, 5 dias sem cobertura de fontes operacionais.

c) Como o prazo de rotação de estoque conjugado com o de recebimento das

vendas ocorrerá, em média, 35 dias depois do prazo médio de pagamento dos

fornecedores, a empresa permanece, em média, 35 dias sem cobertura de fontes

operacionais.

d) Como o prazo de rotação de estoque conjugado com o de recebimento das

vendas ocorrerá, em média, em 30 dias, e o prazo médio de pagamento de forne-

cedores é de 15 dias, a empresa permanece, em média, 15 dias sem cobertura de

fontes operacionais.

Letra c.

Esta é uma questão sobre análise de demonstrações contábeis, em específico, so-

bre índices de giro ou atividade.

Para resolução, é necessário conhecer a definição dos seguintes termos:

1) Ciclo Operacional é o período compreendido entre a compra das mercadorias

ou matérias-primas e o recebimento de valores pela venda das mercadorias

ou produtos acabados.

2) Ciclo Econômico é o período compreendido entre a compra (das mercadorias

ou insumos) e a venda (dessas mercadorias ou dos correspondentes produ-

tos acabados);

3) Ciclo Financeiro é o período compreendido entre o desembolso pela compra

das mercadorias ou insumos e o recebimento pela venda dessas mercadorias

ou dos correspondentes produtos acabados.

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A figura a seguir ilustra a aplicação dos conceitos acima definidos:

Repare que:

1) O período médio de estoques é calculado:

− pelo índice de giro de estoques de mercadorias (no caso de uma empresa

comercial) ou

− pelo somatório dos índices de giro de estoques de matéria-prima, de fa-

bricação e de venda (no caso de empresa industrial);

2) O período médio de cobrança é calculado pelo índice de giro de clientes;

3) O período médio de pagamento é calculado pelo índice de giro de fornecedo-

res;

4) O ciclo operacional equivale ao período médio de estoques somado ao perí-

odo médio de cobrança;

5) O ciclo econômico equivale ao período médio de estoques; e

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6) O ciclo financeiro equivale à diferença entre o ciclo operacional e o período

médio de pagamento.

Aplicando esses conceitos aos dados do enunciado, temos que o ciclo financeiro é

de 35 dias, ou seja, que a entidade precisa ter suas atividades financiadas por esse

período.

Questão 12    (CFC/2015) Uma Sociedade Empresária apresenta os seguintes da-

dos:

- Custo de Aquisição dos produtos 10,00


- ICMS sobre a venda 18,00%
- PIS sobre a venda 0,65%
- COFINS sobre a venda 3,00%
- Comissão sobre as vendas 5,00%
- Margem líquida desejada 40,00%

Com base nos dados informados, o preço de venda mínimo do produto deve ser de,

aproximadamente:

a) R$13,63.

b) R$18,18.

c) R$26,08.

d) R$29,99.

Letra d.

Esta é uma questão sobre análise de demonstrações contábeis, em específico sobre

índices de rentabilidade.

Para resolução da questão, é necessário conhecer o índice de margem líquida:

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A teoria da análise de demonstrações, define esse índice pela divisão do lucro líqui-

do pelo valor das vendas líquidas.


() Receita Líquida
(/) Lucro Líquido
(=) Margem Líquida

Ocorre que todos os percentuais apresentados no enunciado incidem sobre o valor

das vendas brutas (que correspondem ao preço – a ser calculado – do produto).

() Receita Bruta (Preço)


(/) Lucro Líquido
(=) Margem Líquida

Repare que todos esses conceitos, lucro líquido, vendas brutas e vendas líquidas,

estão relacionados à Demonstração do Resultado, cuja estrutura é definida pelo

art. 187 da Lei das S/A e pelo Pronunciamento Técnico CPC n. 26.

Aplicando os dados do enunciado, na estrutura da Demonstração do Resultado,

temos o seguinte:

1 - Demonstração do Resultado


() Receita Bruta de Vendas X Preço de Venda
(-) Tributos incidentes sobre a venda
– ICMS – 0,18 * X 18,00%
– PIS – 0,0065 * X 0,65%
– COFINS – 0,03 * X 3,00%
(=) Receita Líquida de Vendas 0,7835 * X
(-) CMV -10,00 Custo de Aquisição
(=) Lucro Bruto 0,7835 * X – 10,00
(-) Comissões sobre Vendas – 0,05 * X 5,00%
(=) Lucro Líquido 0,7335 * X – 10,00

Agora, vamos considerar o índice de margem líquida, conforme definido pela teoria

da análise de demonstrações contábeis.

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2 - Índice de Margem Líquida


() Lucro Líquido 0,7335 * X – 10,00
(/) Receita Líquida de Vendas 0,7835 * X
(=) Índice de Margem Líquida 40,00%

0,7335 * X – 10,00 (/) 0,7835 * X = 0,4


0,7335 * X – 10,00 = 0,4 * 0,7835 * X
0,7335 * X – 10,00 = 0,3134 * X
0,7335 * X – 0,3134 * X = 10,00
0,4201 * X = 10,00
X – = 10,00 / 0,4201
X – = 23,80

Repare que não há resposta para a questão, considerando o índice de margem lí-

quida conforme acima apresentado.

Vejamos, então, como fica a resolução considerando, como índice de margem líqui-

da, a divisão do lucro líquido pela receita bruta de vendas.

2 - Índice de Margem Líquida


() Lucro Líquido 0,7335 * X – 10,00
(/) Receita Bruta de Vendas X
(=) Índice de Margem Líquida 40,00%

0,7335 * X – 10,00 (/) X = 0,4


0,7335 * X – 10,00 = 0,4 * X
0,7335 * X – 0,4 * X = 10,00
0,3335 * X = 10,00
X – = 10,00 / 0,3335
X – = 29,99

Pelo exposto, verifica-se um preço de venda de 29,99.

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Questão 13    (CFC/2014) Uma sociedade empresária apresentava a seguinte evo-

lução dos Índices de Liquidez, Endividamento e Imobilização para os anos de 2011

a 2013:

2011 2012 2013

Liquidez Geral 1,25 0,90 0,82

Liquidez Corrente 1,25 1,50 1,75

Endividamento 50% 89% 110%

Imobilização 0,88 1,09 1,20

Com base nos índices informados, é INCORRETO afirmar que ao longo do período

de 2011 a 2013 ocorreu uma:

a) melhora no índice de Imobilização.

b) melhora no índice de Liquidez Corrente.

c) piora no índice de Endividamento.

d) piora no índice de Liquidez Geral.

Letra a.

Esta é uma questão sobre o comportamento de índices de análise de demonstra-

ções contábeis. Para resolução, é necessário conhecer a definição de cada um de-

les, conforme abaixo apresentado.

1 – Índice de Liquidez Geral

() Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo

(/) Passivo Circulante + Passivo não Circulante

(=) Índice de Liquidez Geral

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Representa a capacidade de quitação, com recursos realizáveis no curto e no longo

prazo, de dívidas, também de curto e longo prazo. Quanto maior for o índice, mais

confortável é a situação da entidade.

2 – Índice de Liquidez Corrente

() Ativo Circulante

(/) Passivo Circulante

(=) Índice de Liquidez Corrente

Representa a capacidade de quitação, com recursos realizáveis no curto prazo, de

dívidas, também de curto prazo. Quanto maior for o índice, mais confortável é a

situação da entidade.

3 – Índice de Endividamento Geral

() Passivo Circulante + Passivo não Circulante

(/) Ativo

(=) Índice de Endividamento Geral

Representa a parcela dos recursos que está comprometida com o pagamento de

dívidas de curto e longo prazo. Quanto menor for o índice, mais segura é a situação

da entidade.

4 – Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido

() Ativo Imobilizado + Ativo Investimentos + Ativo Intangível

(/) Patrimônio Líquido

(=) Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido

Representa a parcela dos capitais próprios comprometida com o financiamento de

recursos de longo prazo (sem liquidez). Quanto menor for o índice, mais confortá-

vel é a situação da entidade.

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Com base nessas definições, analisaremos – em separado – cada uma das asserti-

vas do enunciado.

a) Errada. A imobilização do PL aumentou no período.

2011 2012 2013


Imobilização 0,88 1,09 1,20

b) Correta. A liquidez corrente aumentou no período.

2011 2012 2013


Liquidez Corrente 1,25 1,50 1,75

c) Correta. O endividamento aumentou.

2011 2012 2013


Endividamento 50% 89% 110%

d) Correta. A liquidez geral diminuiu no período.

2011 2012 2013


Liquidez Geral 1,25 0,90 0,82

Pelo que se encontra acima apresentado, a única afirmativa incorreta é a de letra A.

Questão 14    (CFC/2014) Uma sociedade empresária apresentou os seguintes da-

dos do Balanço Patrimonial, em 31.12.2013.

ATIVO 196.000,00 PASSIVO 196.000,00


Ativo Circulante 96.800,00 Passivo Circulante 67.000,00
Ativo Não Circulante 99.200,00 Passivo Não Circulante 82.000,00
Realizável a Longo Prazo 35.000,00 Patrimônio Líquido 47.000,00
Investimentos 4.300,00
Imobilizado 59.100,00
Intangível 800,00

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Considerando os dados do Balanço Patrimonial acima, o valor do Capital Circulante


Líquido – CCL da empresa, em 31.12.2013:
a) corresponde a R$17.200,00 decorrente da diferença entre o Ativo Não Circulan-
te e o Passivo Não Circulante.
b) corresponde a R$29.800,00 decorrente da diferença entre o Ativo Circulante e
o Passivo Circulante.
c) corresponde a R$47.000,00, pois CCL corresponde aos Recursos Próprios do
Patrimônio Líquido.
d) corresponde a R$96.800,00, pois CCL é disponível no Ativo Circulante.

Letra b.
Esta é uma questão sobre análise de demonstrações contábeis, especificamente,
sobre o conceito de Capital Circulante Líquido, que é definido como sendo a dife-
rença entre o valor do Ativo Circulante e o valor do Passivo Circulante.
Com base nesse conceito, vamos apurar o valor do capital circulante líquido do Ba-
lanço Patrimonial apresentado no enunciado.

() Ativo Circulante 96.800,00


(-) Passivo Circulante -67.000,00
(=) Capital Circulante Líquido 29.800,00

Questão 15    (CFC/2014) Uma Sociedade Empresária apresentou os seguintes da-


dos, extraídos da Demonstração do Resultado e do Balanço Patrimonial dos anos
de 2012 e 2013:

Balanço Patrimonial 31.12.2013 31.12.2012


Estoque R$ 800.000,00 R$ 900.000,00
Demonstração do Resultado 31.12.2013 31.12.2012
Custo das Mercadorias Vendidas R$ 12.750.000,00 R$ 10.220.000,00

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Para calcular os indicadores contábeis, a empresa considera que o mês tem 30 dias

e utiliza o estoque médio.

O Giro e o Prazo Médio de Rotação do Estoque relativos a 2013 são, respectiva-

mente:

a) 13 vezes e 28 dias.

b) 14 vezes e 25 dias.

c) 15 vezes e 24 dias.

d) 16 vezes e 23 dias.

Letra c.

Esta é uma questão sobre análise de demonstrações financeiras, especificamente,

sobre índices de giro (ou atividade). Para sua resolução, é necessário conhecer o

índice de giro dos estoques de mercadorias.

() Custo da Mercadoria Vendida


(/) Estoque Médio de Mercadorias
(=) Giro dos Estoques

− onde:

() Estoque Inicial
(+) Estoque Final
(=) Total
(/) Dois
(=) Estoque Médio de Mercadorias

Pois bem, aplicando os dados do enunciado a essas Fórmulas, calculamos o giro.

() Estoque Inicial 800.000,00


(+) Estoque Final 900.000,00
(=) Total 1.700.000,00
(/) Dois 2
(=) Estoque Médio de Mercadorias 850.000,00

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() Custo da Mercadoria Vendida 12.750.000,00

(/) Estoque Médio de Mercadorias 850.000,00


V e z e s
(=) Giro dos Estoques 15 por ano

Agora, sabendo que o estoque é vendido e reposto 15 vezes por ano, e conside-

rando o ano de 360 dias, podemos calcular o tempo médio que leva para o estoque

ser vendido.

() Qtd. de dias no ano 360


(/) Giro dos Estoques 15
(=) Prazo Médio de Estocagem / Venda 24 Dias

Pelo exposto, verificamos que os estoques são vendidos e repostos 15 vezes ao ano

e, consequentemente, levam 24 dias (em média) para serem vendidos.

Questão 16    (CFC/2013) Uma sociedade empresária apresentou o Balanço Patri-

monial dos anos de 2011 e 2012.

2012 AV 2011 AV
ATIVO R$ 128.400,00 100,00% R$ 113.000,00 100,00%
ATIVO
R$ 65.400,00 50,93% R$ 47.000,00 41,59%
CIRCULANTE
Caixa R$ 14.500,00 11,29% R$ 15.000,00 13,27%
Duplicatas a
R$ 42.900,00 33,41% R$ 12.000,00 10,62%
Receber
Estoques R$ 8.000,00 6,23% R$ 20.000,00 17,70%

ATIVO NÃO
R$ 63.000,00 49,08% R$ 66.000,00 58,41%
CIRCULANTE
Investimentos R$ 30.000,00 23,36% R$ 30.000,00 26,55%
Imobilizado R$ 36.700,00 28,58% R$ 40.000,00 35,40%

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(-) Depreciação
-R$ 3.700,00 -2,88% -R$ 4.000,00 -3,54%
Acumulada

2012 AV 2011 AV
PASSIVO R$ 128.400,00 100,00% R$ 113.000,00 100,00%
PASSIVO
R$ 26.900,00 20,95% R$ 23.000,00 20,35%
CIRCULANTE
Duplicatas
R$ 18.900,00 14,72% R$ 000,00 9,73%
a Pagar
Impostos a
R$ 8.000,00 6,23% R$ 12.000,00 10,62%
Recolher

PASSIVO NÃO
R$ 7.000,00 5,45% R$ 15.000,00 13,28%
CIRCULANTE
Títulos a Pagar R$ 7.000,00 5,45% R$ 15.000,00 13,28%

PATRIMÔNIO
R$ 94.500,00 73,60% R$ 75.000,00 66,37%
LÍQUIDO
Capital R$ 71.000,00 55,30% R$ 57.000,00 50,44%
Reserva de
R$ 23.500,00 18,30% R$ 18.000,00 15,93%
Lucros

Com base nos percentuais das análises verticais apresentados no Balanço Patrimo-

nial acima, assinale a afirmativa CORRETA:

a) ocorreu um aumento de 9,33 pontos percentuais, na participação relativa do

Ativo Não Circulante sobre o Ativo Total do ano de 2011, para 2012.

b) ocorreu um aumento de 9,34 pontos percentuais, na participação relativa do

Ativo Circulante sobre o Ativo Total do ano de 2011, para 2012.

c) ocorreu uma diminuição de 0,60 pontos percentuais, na participação relativa do

Passivo Circulante sobre o Passivo Total do ano de 2011, para 2012.

d) ocorreu uma diminuição de 7,23 pontos percentuais, na participação relativa do

Patrimônio Líquido sobre o Passivo Total do ano de 2011, para 2012.

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Letra b.

Trata-se de uma questão simples de análise vertical, cuja resolução demanda o co-

nhecimento de que os percentuais apresentados se referem à divisão do saldo do

respectivo grupo, pelo valor do Ativo ou do Passivo em sentido amplo (incluindo o

PL), salientando que esses grupos, por definição apresentam valores iguais.

Com base nesse conceito, analisaremos – em separado – cada assertiva do enun-

ciado.

a) Errada. Houve redução.

ANC / Ativo
() Participação Final 49,08%
(-) Participação Inicial -58,41%
(=) Variação -9,33%

b) Correta.

AC / Ativo
() Participação Final 50,93%
(-) Participação Inicial -41,59%
(=) Variação 9,34%

c) Errada. Houve aumento.

PC / Passivo
() Participação Final 20,95%
(-) Participação Inicial -20,35%
(=) Variação 0,60%

d) Errada. Houve aumento.

PL / Passivo
() Participação Final 73,60%
(-) Participação Inicial -66,37%
(=) Variação 7,23%

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Questão 17    (CFC/2013) Uma empresa fez uma aquisição de mercadorias. Após a

aquisição, estas foram comercializadas depois de 8 dias em estoque.

- A empresa concedeu ao cliente um prazo para pagamento de 23 dias.

- O fornecedor concedeu à empresa um prazo de 15 dias para pagamento, contados

a partir do momento do pedido.

Considerando os dados, é CORRETO afirmar que:

a) o Ciclo Operacional é de 43 dias.

b) o Ciclo Operacional é de 23 dias.

c) o Ciclo Financeiro é de 31 dias.

d) o Ciclo Financeiro é de 11 dias.

Anulada.

Essa questão trata dos conceitos de ciclo Operacional, Econômico e Financeiro.

• ciclo econômico – ou prazo de estocagem é o período no qual a matéria

prima é transformada em produto ou serviço e vendida (na forma do respec-

tivo produto ou serviço).

• ciclo de caixa – ou ciclo financeiro é o período em que a empresa neces-

sita obter financiamento para realizar sua atividade operacional (de compra

e posterior venda), definido como:

− a soma do prazo de estocagem (ou ciclo financeiro, acima definido) com

o prazo de cobrança do faturamento (ou prazo de recebimento das

vendas);

− deduzida do prazo para pagamento das aquisições (ou prazo de pagamen-

to das compras).

• ciclo operacional é o período compreendido entre a compra da mercadoria

(ou da matéria prima) e o recebimento das respectivas vendas.

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A figura abaixo ilustra os conceitos apresentados.

Ocorre que, na questão, não foram informados dados suficientes ao cálculo dos pe-

ríodos médios (de estocagem, cobrança e pagamento) a que os ciclos se referem.

Ao contrário, foram apresentados dados de apenas uma operação. Por essa razão,

entendemos que a questão tenha sido corretamente anulada.

Além disso, ainda que fossem considerados como prazos médios aqueles apresen-

tados no enunciado, não se encontra resposta entre as alternativas do enunciado,

conforme a seguir:

() Prazo para venda 8
(+) Prazo para recebimento 23
(=) Ciclo operacional 31

() Ciclo operacional 31
(-) Prazo para pagamento -15
(=) Ciclo financeiro 16

Portanto, a questão foi anulada.

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Questão 18    (CFC/2013) Uma Sociedade elaborou o orçamento para o ano de 2013

com base em dados históricos do ano de 2012 e com base nas estimativas estabe-

lecidas por seus gestores.

- Os seguintes dados históricos foram apresentados:

Custo das mercadorias vendidas no ano R$1.050.000,00


de 2012
Estoque médio do ano de 2012 R$175.000,00

dados: estimados para o ano de 2013:

Estoque médio R$200.000,00
Fator de multiplicação Markup 1,80
Tributos incidentes sobre a receita 20%

Considera-se que a empresa estima que o giro do estoque será igual ao de 2012 e

que o preço de venda é estabelecido, multiplicando-se o custo estimado da merca-

doria. De acordo com o giro do estoque, pelo Markup, o Lucro Bruto orçado para o

ano de 2013 será de:

a) R$462.000,00.

b) R$492.800,00.

c) R$528.000,00.

d) R$678.000,00.

Letra c (anulada).

Trata-se de uma questão sobre índices de análise de balanço, especificamente so-

bre giro do estoque.

Saliente-se que essa questão foi anulada, mas o gabarito preliminar foi letra C.

Então, por motivos didáticos analisaremos seu enunciado, apresentaremos a forma

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pela qual – provavelmente – o examinador tenha imaginado a solução e, por fim,

apontaremos seu erro e o motivo pelo qual ela foi anulada.

I – Resolução, conforme gabarito preliminar:

1. Apuração do giro do estoque de 2012

() CMV (2012) 1.050.000,00


(/) Estoque médio (2012) 175.000
(=) Giro do estoque 6,00

2. Apuração da Receita Tributável prevista para 2013

() Estoque médio (2013) 200.000,00


(*) Giro do estoque 6,00
(=) CMV (2013) 1.200.000,00
(*) Markup 1,80
(=) Receita Tributável 2.160.000,00

3. Apuração do Lucro Bruto previsto para 2013

() Receita Tributável 2.160.000,00

(-) Tributos -432.000,00

(=) Receita 1.728.000,00

(-) CMV -1.200.000,00

(=) Lucro Bruto 528.000,00

Repare que, de acordo com a memória de cálculo acima, o lucro bruto esperado

para 2013 seria de R$ 528.000,00 – conforme consta da alternativa de letra C do

enunciado, gabarito preliminar da questão.

II – Críticas ao enunciado e análise dos motivos da anulação da questão.

Com efeito, o markup é o percentual que, multiplicado pelo preço de venda da mer-

cadoria resulta nos valores destinados à lucro, tributos sobre a venda e despesas

operacionais e financeiras. Nesse sentido, fazemos referência à Wikipédia:

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Assim, tomamos um exemplo de um Produto ou Serviço que foi Vendido por R$500,00.
Com impostos sobre a Venda representando 18%, Comissão 10%, Encargos Financeiros
4,5% e o Lucro 12%.
A Soma destes percentuais representa o valor do Markup de Venda. Aqui Markup de
Venda é 44,5% do Preço de Venda.
Como o Produto ou Serviço foi Vendido por R$500,00, então R$222,50 serão destina-
dos para pagamento das contas do Markup de Venda (R$90,00 para Impostos sobre a
Venda, R$50,00 para Comissão, R$22,50 para Encargos Financeiros e R$60,00 para o
Lucro).
Os outros 55,5% que é igual a R$277,50 (serão destinados para o pagamento do Custo
de Produção).

Mas, repare, na resolução não se considerou o markup como acima definido, mas

como um coeficiente a ser aplicado sobre o custo, para calcular o preço de venda.

Portanto, entendemos que, por essa razão, a questão foi anulada.

Questão 19    (CFC/2013) Fórmula que calcula o índice de liquidez Geral é:

a)

b)

c)

d)

Letra a.

Trata-se de uma questão sobre índices de análise de balanço, especificamente, so-

bre índices de liquidez.

No enunciado, são apresentados quatro índices e, para resolução da questão será

necessário identificar cada um deles, conforme abaixo:

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a) Correta. Índice de liquidez geral.

b) Errada. Índice de liquidez corrente.

c) Errada. Índice de liquidez seca.

d) Errada. Índice de liquidez imediata.

Questão 20    (CFC/2013) Uma sociedade empresária contabilizou seus lucros e

prejuízos (em milhares de reais) durante os oito primeiros meses do ano de 2012,

apresentando esses resultados mensais por meio do gráfico a seguir:

Com base nos resultados mensais apresentados no gráfico acima, assinale a opção

INCORRETA:

a) Nos meses de abril e julho, a  sociedade empresária não obteve lucro e nem

prejuízo.

b) Nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril, a sociedade empresária apurou

prejuízos.

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c) Nos meses de janeiro, fevereiro, março e agosto, isto é, antes de abril e depois

de julho, a sociedade empresária apurou lucro.

d) Nos meses de maio e junho, a sociedade empresária apurou prejuízos.

Letra b.

Trata-se de uma questão sobre análise de gráfico.

De acordo com o gráfico:

− no mês de janeiro, a entidade auferiu lucro equivalente a 35;

− no mês de fevereiro, a entidade auferiu lucro equivalente a 15;

− no mês de março, a entidade também auferiu lucro equivalente a 15;

− no mês de abril, a entidade não auferiu lucro nem incorreu em prejuízo;

− no mês de maio, a entidade incorreu em prejuízo equivalente a 25;

− no mês de junho, a entidade incorreu em prejuízo equivalente a 15;

− no mês de julho, a entidade também não auferiu lucro nem incorreu em

prejuízo; e

− no mês de agosto, a entidade auferiu lucro equivalente a 25.

Portanto, não é correto afirmar que nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril,

a sociedade empresária apurou prejuízos. Com efeito, em janeiro, fevereiro e mar-

ço, a entidade teve lucro e em abril ela não sofreu prejuízo.

Dessa forma, verificamos que a afirmativa incorreta é a de letra B.

Questão 21    (CFC/2012) Uma sociedade empresária apresentou o seguinte Balan-

ço Patrimonial de 2011e 2010:

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Em relação à evolução dos Índices de Liquidez, para o período considerado, assi-

nale a opção CORRETA.

a) Os índices de liquidez seca, corrente e imediata apurados em 2011 foram supe-

riores aos apurados em 2010.

b) Os índices de liquidez seca, corrente e imediata apurados em 2011 foram infe-

riores aos apurados em 2010.

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c) Os índices de liquidez imediata e liquidez corrente foram piores em relação ao

ano anterior, mas o índice de liquidez seca apresentou uma melhora.

d) Os índices de liquidez imediata e liquidez corrente foram melhores em relação

ao ano anterior, mas o índice de liquidez seca apresentou uma piora.

Letra d.

Trata-se de uma questão sobre índices de liquidez, cujas definições se encontram

a seguir:

• Índice de liquidez imediata

–– (ativo disponível / passivo circulante) ou (disponibilidades / passivo circu-

lante)

• Índice de liquidez seca

–– (Ativo circulante líquido* / passivo circulante)

 Obs.: Ativo Circulante Líquido = Ativo Circulante – Estoques – Despesas Antecipa-

das (Despesas antecipadas apenas para alguns autores).

• Índice de liquidez corrente ou comum

–– (ativo circulante / passivo circulante)

O índice de liquidez Corrente indica a existência de Capital Circulante Líquido:

Capital Circulante Líquido - CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante

• Índice de liquidez geral

–– (ativo circulante + ativo realizável a longo prazo) / (passivo circulante +

passivo não circulante)

–– (ativo circulante + ativo realizável a longo prazo) = ativo não permanente

–– (passivo circulante + passivo não circulante) = capitais de terceiros

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 Obs.: o Passivo não circulante era, anteriormente, denominado Passivo exigível a

longo prazo.

• Índice de Solvência – também denominado “Margem de Garantia”

–– (Ativo Total / Passivo Exigível)

Aplicando-se os critérios acima aos dados do enunciado, temos:

item/ano 2011 2010


() disponibilidades 2.500,00 1.200,00
(/) Passivo Circulante 7.500,00 9.000,00
(=) Índ. Liq. Imed. 33,33% 13,33%
Análise superior melhora
() Ativo Circulante 12.500,00 12.300,00
(/) Passivo Circulante 7.500,00 9.000,00
(=) Índ. Liq. Corrente 166,67% 136,67%
Análise superior melhora
() Ativo Circulante (-) estoques 7.300,00 10.500,00
(/) Passivo Circulante 7.500,00 9.000,00
(=) Índ. Liq. Seca 97,33% 116,67%
Análise inferior piora

Questão 22    (CFC/2012) Uma empresa comercial apresentou os seguintes indica-

dores para os anos de 2010 e 2011:

Indicador 2010 2011


Prazo Médio de Pagamento de Compras 45 dias 25 dias
Prazo Médio de Renovação de Estoques 30 dias 20 dias
Prazo Médio de Recebimento de Vendas 60 dias 50 dias

Com base nos indicadores fornecidos, é CORRETO afirmar que:

a) a redução no prazo médio de pagamento de compras foi responsável pela redu-

ção do ciclo operacional em 20 dias em 2011, em relação ao ano anterior.

b) a redução no prazo médio de pagamento de compras foi responsável pelo au-

mento do ciclo financeiro em 20 dias em 2011, em relação ao ano anterior.

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c) apesar de o ciclo operacional ter aumentado em 20 dias de 2010 para 2011,

o ciclo financeiro permaneceu o mesmo, em razão da redução do prazo médio de

pagamento de compras.

d) apesar de o ciclo operacional ter diminuído em 20 dias de 2010 para 2011,

o ciclo financeiro permaneceu o mesmo, em razão da redução do prazo médio de

pagamento de compras.

Letra d.

A resolução dessa questão demanda o conhecimento dos conceitos de:

− Ciclo Econômico, equivalente ao período médio dos estoques;

− Ciclo Operacional, equivalente à soma do período médio dos estoques

e do período médio de cobrança; e

− Ciclo Financeiro, equivalente à diferença entre o Ciclo Operacional e o

período médio de pagamento.

A figura a seguir ilustra esses três conceitos.

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Aplicando esses conceitos aos dados do enunciado, apuramos a seguinte situação.

Inicial Final Variação


() Prazo Médio de Renova-
30 20 -10 redução
ção de Estoques
(+) Prazo Médio de Rece-
60 50 -10 redução
bimento de Vendas
(=) Ciclo Operacional 90 70 -20 redução
(-) Prazo Médio de Paga-
45 25 -20 redução
mento de Compras
(=) Ciclo Financeiro 45 45 0 manutenção

Agora, podemos analisar em separado cada uma das assertivas do enunciado.

a) Errada. Em que pese o prazo médio de pagamento de compras ter sido efetiva-

mente reduzido, ele não tem qualquer relação com o ciclo operacional.

b) Errada. Em que pese o prazo médio de pagamento de compras ter sido efetiva-

mente reduzido, o ciclo financeiro se manteve constante.

c) Errada. O ciclo operacional foi reduzido, no período, e o prazo médio de paga-

mento de compras não tem qualquer relação com o ciclo operacional.

d) Correta. O ciclo operacional efetivamente foi reduzido em 20 dias e o ciclo fi-

nanceiro permaneceu constante. Além disso, o prazo médio de compras foi redu-

zido (também em 20 dias), o que resultou na manutenção do ciclo financeiro, em

45 dias.

Questão 23    (CFC/2012) Uma sociedade empresária apresentou os seguintes indi-

cadores nos últimos três exercícios:

Indicador 2009 2010 2011


Quociente de Endividamento 1,0 2,0 3,0
Rentabilidade sobre o Patrimônio Lí-
quido 18% 21% 24%
Rentabilidade sobre o Ativo 15% 15% 15%
Margem Líquida 10% 6% 5%

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A partir da análise dos indicadores, é CORRETO afirmar que:

a) a elevação do endividamento ao longo dos anos tem reduzido a rentabilidade

proporcionada aos proprietários.

b) a taxa de retorno sobre o Ativo tem se mantido em 15% apesar da queda na

margem líquida, porque a empresa tem aumentado o giro do ativo.

c) do ponto de vista dos proprietários, a empresa está a cada dia menos lucrativa

e menos arriscada.

d) o custo médio do capital de terceiros é inferior a 15% a.a., uma vez que a ren-

tabilidade do Patrimônio Líquido supera a rentabilidade sobre o Ativo./

Letra b.

Trata-se de uma questão sobre análise de balanços, cuja resolução demanda o co-

nhecimento da definição dos seguintes índices:

− Índice de Endividamento Geral (Nível de Endividamento ou Grau

de Endividamento)

() Passivo

(/) Patrimônio Líquido

(=) Endividamento

− Índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido

() Lucro Líquido

(/) Patrimônio Líquido

(=) Índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido

− Índice de Rentabilidade do Ativo

() Lucro Líquido

(/) Ativo

(=) Índice de Rentabilidade do Ativo

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− Índice de Margem Líquida

() Lucro Líquido

(/) Vendas Líquidas

(=) Índice de Margem Líquida

Com base nas definições acima, analisaremos cada assertiva em separado.

a) Errada. Em que pese o aumento do endividamento, a  rentabilidade do ativo

manteve-se e, no caso de rentabilidade do PL, aumentou.

b) Correta. Apesar de não ter sido informado o giro do ativo:

− é verdade que o retorno sobre o ativo ficou constante e que a margem

líquida foi reduzida; e

− como o retorno sobre o ativo corresponde à multiplicação do giro pela

margem, conclui-se que o giro tenha aumentado.

c) Errada. A rentabilidade do PL (que é o índice que identifica o ponto de vista dos

proprietários) está crescendo.

d) Errada. O fato de a rentabilidade do PL ser superior à do ativo indica a existên-

cia de passivo.

Mas não permite fazer qualquer inferência ao custo do capital. Essa é uma questão

de alavancagem financeira.

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Questão 24    (CFC/2011) Em 31 de dezembro de 2010, uma determinada compa-

nhia publicou a seguinte demonstração contábil:

Balanço Patrimonial (em R$)


2009 2010 2009 2010
ATIVO 88.400,00 107.000,00 PASSIVO E PL 88.400,00 107.000,00
Ativo Passivo Circu-
Circulante 57.400,00 61.800,00 lante 36.600,00 43.400,00
Disponível 1.400,00 6.600,00 Fornecedores 22.000,00 28.000,00
Clientes 24.000,00 27.200,00 Contas a Pagar 5.600,00 9.400,00
Estoques 32.000,00 28.000,00 Empréstimos 9.000,00 6.000,00
Ativo Não Passivo Não
Circulante 31.000,00 45.200,00 Circulante 21.800,00 30.000,00
Realizável a
Longo Prazo 12.000,00 18.000,00 Empréstimos 21.800,00 30.000,00
Patrimônio Lí-
Imobilizado
19.000,00 27.200,00 quido 30.000,00 33.600,00
Capital 30.000,00 33.600,00

Com relação ao Balanço Patrimonial acima, assinale a opção CORRETA:

a) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$2.400,00 e o Quociente de Liqui-

dez Corrente foi reduzido em 0,15.

b) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$4.600,00 e o Quociente de Liqui-

dez Corrente foi reduzido em 0,10.

c) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$2.400,00 e o Quociente de Liqui-

dez Corrente foi reduzido em 0,15.

d) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$4.600,00 e o Quociente de Liqui-

dez Corrente foi reduzido em 0,10.

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Letra c.

Trata-se de uma questão cuja resolução demanda apenas o conhecimento dos con-

ceitos de:

− capital circulante líquido (CCL)  [ativo circulante (-) passivo circulan-

te]; e

− índice de liquidez corrente  [ativo circulante (/) passivo circulante].

Aplicando os conceitos acima aos dados do enunciado, temos:

Questão 25    (CFC/2011) Relacione o Indicador Econômico Financeiro descrito na

primeira coluna com exemplos de indicadores na segunda coluna e, em seguida,

assinale a opção CORRETA.

Liquidez Corrente, Liquidez Seca, Li-


Indicadores de Capacidade de Paga-
(1) ( ) quidez Imediata, Liquidez Geral e En-
mento
dividamento.
Prazo Médio de Recebimento, Prazo
(2) Indicadores de Atividade ( ) Médio de Pagamento, Giro de Esto-
ques, Giro do Ativo Total.
Margem Operacional sobre Vendas,
Margem Líquida sobre Vendas, Renta-
(3) Indicadores de Rentabilidade ( )
bilidade do Ativo Total e Rentabilida-
de do Patrimônio Líquido.

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A sequência CORRETA é:

a) 2, 3, 1.

b) 3, 1, 2.

c) 1, 3, 2.

d) 1, 2, 3.

Letra d.

Esta é uma questão teórica sobre a classificação dos índices. Em nosso curso, es-

tudamos em separado os índices de:

I. Liquidez (ou solvência): liquidez imediata, liquidez corrente, liquidez seca,

liquidez geral e o índice de solvência

II. Endividamento (ou estrutura): imobilização do PL, imobilização de recursos

não correntes, participação de capitais de terceiros, endividamento geral,

composição do endividamento e endividamento de curto prazo

III. Giro (ou atividade): giro do estoque, giro de clientes e giro de fornecedores.

IV. Rentabilidade: retorno sobre o investimento, retorno sobre o PL, margem

bruta, líquida e operacional e giro do ativo.

Com base nessa classificação, podemos realizar a correlação das colunas, conforme

a seguir:

Indicadores de Capacidade de Paga- Liquidez Corrente, Liquidez Seca, Liquidez


(1) (1)
mento Imediata, Liquidez Geral e Endividamento.
Prazo Médio de Recebimento, Prazo Médio
(2) Indicadores de Atividade (2) de Pagamento, Giro de Estoques, Giro do
Ativo Total.
Margem Operacional sobre Vendas, Margem
(3) Indicadores de Rentabilidade (3) Líquida sobre Vendas, Rentabilidade do Ativo
Total e Rentabilidade do Patrimônio Líquido.

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Questão 26    (CFC/2011) Uma empresa possui as seguintes informações extraídas

de seu Balancete de Verificação em 30 de junho de 2011, em milhões de reais:

Grupos de Contas 1º.1.2011 30.6.2011

Ativo Circulante 17.500.000,00 39.625.000,00

Passivo Circulante 9.500.000,00 20.500.000,00

Em relação à variação do Capital Circulante Líquido da empresa, no primeiro se-

mestre de 2011, assinale a opção CORRETA.

a) A empresa teve uma variação negativa no Capital Circulante Líquido no mon-

tante de R$125.000,00.

b) A empresa teve uma variação positiva no Capital Circulante Líquido no montante

de R$125,000,00.

c) A empresa teve uma variação negativa no Capital Circulante Líquido no montan-

te de R$19.125.000,00.

d) A empresa teve uma variação positiva no Capital Circulante Líquido no montante

de R$19.125.000,00.

Letra b.

Trata-se de uma questão cuja resolução demanda o conhecimento do conceito de

Capital Circulante Líquido – CCL – definido como sendo a diferença entre o valor

do Ativo Circulante e o valor do Passivo Circulante.

Aplicando essa definição aos dados do enunciado, verificamos a evolução do CCL

conforme demonstrado na tabela a seguir:

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Inicial Final Variação

() Ativo Circulante 17.500.000,00 39.625.000,00

(-) Passivo Circulante -9.500.000,00 -20.500.000,00

Capital Circulante
(=) 8.000.000,00 19.125.000,00 125.000,00
Líquido

Portanto, a variação do CCL, no período, foi positiva, em R$ 125.000,00.

Questão 27    (RFB/AUDITOR-FISCAL/2014) Dos registros contábeis da Cia. Cor-

porativa, relativos aos exercícios 2010/2012, foram extraídos os valores abaixo:

Itens 2010 2011 2012


Ativo Circulante 10.000,00 18.000,00 24.000,00
Ativo Não Circulante 50.000,00 62.000,00 76.000,00
Disponibilidade 500,00 200,00 750,00
Estoques 2.500,00 3.000,00 4.000,00
Lucro Líquido 8.000,00 6.000,00 4.000,00
Passivo Circulante 16.000,00 20.000,00 30.000,00
Passivo Não Circulante 24.000,00 35.000,00 44.000,00
Patrimônio Líquido 20.000,00 25.000,00 26.000,00
Vendas Líquidas 102.000,00 95.000,00 98.000,00

Analisando a Rentabilidade dos ativos, pode-se afirmar que:

a) o Giro dos ativos em 2012 é 1,70.

b) o retorno dos ativos é crescente ao longo do período.

c) a menor rentabilidade dos ativos verifica-se em 20

d) a rentabilidade do ativo em 2010 foi de 0,133.

e) o período com maior retorno do ativo foi o de 2012

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Letra d.

Trata-se de uma questão sobre índices de análise de demonstrações contábeis.

Para resolução, apresentaremos cada índice referido no enunciado e calcularemos

o respectivo valor, para cada um dos períodos aqui tratados.

1 – Giro do Ativo

2.010 2.011 2.012


() Vendas 102.000,00 95.000,00 98.000,00
(/) Ativo Médio 60.000,00 70.000,00 90.000,00 *
(=) Giro do Ativo 1,7 1,36 1,09

* 2.010 2.011 2.012


() Ativo Circulante 10.000,00 18.000,00 24.000,00
(+) Ativo não Circulante 50.000,00 62.000,00 76.000,00
(=) Ativo Total 60.000,00 80.000,00 100.000,00
() Ativo do Período 60.000,00 80.000,00 100.000,00
(+) Ativo Anterior 60.000,00 60.000,00 80.000,00
(=) Soma 120.000,00 140.000,00 180.000,00
(/) Dois 2 2 2
(=) Ativo Médio 60.000,00 70.000,00 90.000,00

2 – Retorno do ativo

2.010 2.011 2.012


() Giro do Ativo 1,7 1,36 1,09
(*) Margem líquida 0,08 0,06 0,04 *
(=) Retorno do Ativo 0,13 0,09 0,04

* 2.010 2.011 2.012


() Lucro Líquido 8.000,00 6.000,00 4.000,00
(/) Vendas 102.000,00 95.000,00 98.000,00
(=) Margem Líquida 0,08 0,06 0,04

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3 – Rentabilidade do Ativo

2.010 2.011 2.012


() Lucro Líquido 8.000,00 6.000,00 4.000,00
(/) Ativo Médio 60.000,00 70.000,00 90.000,00
(=) Rentabilidade do Ativo 0,13 0,09 0,04

* 2.010 2.011 2.012


() Ativo Circulante 10.000,00 18.000,00 24.000,00
(+) Ativo não Circulante 50.000,00 62.000,00 76.000,00
(=) Ativo Total 60.000,00 80.000,00 100.000,00
() Ativo do Período 60.000,00 80.000,00 100.000,00
(+) Ativo Anterior 60.000,00 60.000,00 80.000,00
(=) Soma 120.000,00 140.000,00 180.000,00
(/) Dois 2 2 2
(=) Ativo Médio 60.000,00 70.000,00 90.000,00

Agora, calculados os índices, analisaremos – em separado – cada uma das asserti-

vas do enunciado.

a) Errada. O giro do ativo em 2012 é 1,09.

b) Errada. O retorno dos ativos é decrescente, de 0,13 a 0,04.

c) Errada. A menor rentabilidade dos ativos se deu em 2012 (0,04).

d) Correta.

e) Errada. O período com maior retorno do ativo foi 2010 (0,13).

Questão 28    (RFB/AUDITOR-FISCAL/2014) Dos registros contábeis da Cia. Cor-

porativa, relativos aos exercícios 2010/2012, foram extraídos os valores abaixo:

Itens 2010 2011 2012


Ativo Circulante 10.000,00 18.000,00 24.000,00
Ativo Não Circulante 50.000,00 62.000,00 76.000,00
Disponibilidade 500,00 200,00 750,00
Estoques 2.500,00 3.000,00 4.000,00
Lucro Líquido 8.000,00 6.000,00 4.000,00

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Passivo Circulante 16.000,00 20.000,00 30.000,00


Passivo Não Circulante 24.000,00 35.000,00 44.000,00
Patrimônio Líquido 20.000,00 25.000,00 26.000,00
Vendas Líquidas 102.000,00 95.000,00 98.000,00

Com base nos dados fornecidos, pode-se afirmar que:

a) a empresa em 2011 tem o giro do ativo de 0,74.

b) o menor índice de solvência da empresa é identificado no exercício de 2010.

c) no exercício de 2011, a empresa tem a sua menor margem líquida.

d) a participação do patrimônio líquido em 2011 é de 1,35.

e) o maior grau de endividamento da empresa é identificado no período de 2012.

Letra e.

Trata-se de uma questão sobre índices de análise de demonstrações contábeis.

Para resolução, apresentaremos cada índice referido no enunciado e calcularemos

o respectivo valor para cada um dos períodos aqui tratados.

1 – Giro do Ativo

2.010 2.011 2.012


() Vendas 102.000,00 95.000,00 98.000,00
(/) Ativo Médio 60.000,00 70.000,00 90.000,00
(=) Giro do Ativo 1,70 1,36 1,09
* 2.010 2.011 2.012
() Ativo Circulante 10.000,00 18.000,00 24.000,00
Ativo não Cir-
(+) 50.000,00 62.000,00 76.000,00
culante
(=) Ativo Total 60.000,00 80.000,00 100.000,00
Ativo do Perí-
() 60.000,00 80.000,00 100.000,00
odo
(+) Ativo Anterior 60.000,00 60.000,00 80.000,00
(=) Soma 120.000,00 140.000,00 180.000,00
(/) Dois 2,00 2,00 2,00
(=) Ativo Médio 60.000,00 70.000,00 90.000,00

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2 – Índice de Solvência

2.010 2.011 2.012


() Ativo 60.000,00 80.000,00 100.000,00
(/) Passivo 40.000,00 55.000,00 74.000,00
(=) Índ. Solvência 1,50 1,45 1,35
* 2.010 2.011 2.012
Passivo Circu-
() 16.000,00 20.000,00 30.000,00
lante
Passivo não
(+) 24.000,00 35.000,00 44.000,00
Circulante
(=) Passivo total 40.000,00 55.000,00 74.000,00

3 – Margem Líquida

2.010 2.011 2.012


() Lucro Líquido 8.000,00 6.000,00 4.000,00
(/) Vendas 102.000,00 95.000,00 98.000,00
Margem Lí-
(=) 0,08 0,06 0,04
quida

4 – Participação do Patrimônio Líquido

2.010 2.011 2.012


() Patrimônio Líquido 20.000,00 25.000,00 26.000,00
(/) Ativo Total 60.000,00 80.000,00 100.000,00
(=) Participação do PL 0,33 0,31 0,26
* 2.010 2.011 2.012
() Ativo Circulante 10.000,00 18.000,00 24.000,00
Ativo
(+) 50.000,00 62.000,00 76.000,00
não Circulante
(=) Ativo Total 60.000,00 80.000,00 100.000,00

5 – Grau de endividamento

2.010 2.011 2.012


() Passivo 40.000,00 55.000,00 74.000,00
(/) Ativo 60.000,00 80.000,00 100.000,00
Grau de Endivida-
(=) 0,67 0,69 0,74
mento
* 2.010 2.011 2.012
Ativo Circulan-
() 10.000,00 18.000,00 24.000,00
te
Ativo não Cir-
(+) 50.000,00 62.000,00 76.000,00
culante
(=) Ativo Total 60.000,00 80.000,00 100.000,00

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Calculados os índices, passaremos à análise das assertivas do enunciado:

a) Errada. O giro do ativo em 2011 foi de 1,36.

b) Errada. O menor índice de solvência foi verificado em 2012 (1,35).

c) Errada. A menor margem líquida foi verificada em 2012 (0,04).

d) Errada. A participação do PL em 2011 foi de 0,31.

e) Correta.

Questão 29    (RFB/AUDITOR-FISCAL/2012) Ao encerrar o período contábil de

2010, a Cia. Harmonia identifica em suas demonstrações finais os seguintes saldos

nas contas abaixo:

Contas Valores em R$
Capital 5.000,00
Clientes 4.000,00
Contas a Pagar 450,00
Depreciação Acumulada 700,00
Disponibilidades 800,00
Duplicatas Descontadas 1.050,00
Edificações 1.000,00
Estoques 1.200,00
Fornecedores 2.000,00
Lucro Líquido do exercício 400,00
Provisão p/Crédito de Liquidação Duvidosa 200,00
Reserva Legal 200,00
Reservas de Lucros 300,00
Veículos 2.900,00
Vendas 12.000,00

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Com base nos saldos fornecidos, pode-se afirmar que:

a) o índice de liquidez seca é 1,45.

b) no período, o giro dos estoques foi 8 vezes.

c) o índice de liquidez corrente é 1,66.

d) o nível de endividamento da empresa é de 60%.

e) a participação do capital próprio é de 40%.

Letra c.

A questão versa sobre índices de análise de balanço. Para sua resolução, apurare-

mos ao valor dos custos e despesas, realizaremos a classificação das con-

tas e trataremos em separado cada assertiva do enunciado.

I – Apuração dos Custos e Despesas

() Vendas 12.000,00
(-) Custos / Despesas -D
(=) Lucro Líquido do exercício 400
12.000,00 – D = 400,00
12.000,00 – 400,00 = D
D = 600,00

II – Classificação das Contas

ATIVO PASSIVO
Disponibilidades 800 Fornecedores 2.000,00
Clientes 4.000,00 Contas a Pagar 450
Prov. p/Créd. Liq. Duvidosa -200 Duplicatas Descontadas 1.050,00
Estoques 1.200,00 PL
Veículos 2.900,00 Capital 5.000,00
Edificações 1.000,00 Reserva Legal 200
Depreciação Acumulada -700 Reservas de Lucros 300
9.000,00 9.000,00

III – Análise das Alternativas

a) Errada. O índice de Liquidez Seca é igual a 1,31

() Ativo Circulante 5.800,00

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(-) Estoques -1.200,00

(=) Ativo Circulante Líquido 4.600,00

(/) Passivo Circulante 3.500,00

(=) Índice de Liquidez Seca 1,31

b) Errada. Considerando todas as despesas como CMV o estoque giraria 9,67 ve-

zes no período.

() CMV 600,00

(/) Estoques 1.200,00

(=) Giro dos Estoques 9,67

c) Correta.

() Ativo Circulante 5.800,00

(/) Passivo Circulante 3.500,00

(=) Índice de Liquidez Corrente 1,66

d) Errada. O nível de endividamento é 39%

() Passivo Total 3.500,00

(/) Ativo Total 9.000,00

(=) Nível de Endividamento 0,39

e) Errada. A participação do capital próprio é 61%.

() Patrimônio Líquido 5.500,00

(/) Ativo Total 9.000,00

(=) Participação do Cap. Próprio 0,61

Questão 30    (TCU/AUDITOR/2015) Com relação aos conceitos de análise das de-

monstrações contábeis envolvendo retorno sobre o capital empregado e análise da

lucratividade, julgue o item que se segue.

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A lucratividade de uma empresa pode ser avaliada em relação às vendas, aos ati-

vos e ao patrimônio líquido, e, por ser relativa, sua análise independe do setor de

atuação da empresa.

Errado.

A presente questão versa sobre a definição dos índices de rentabilidade. Eles con-

sistem em medidas estabelecidas para a mensuração do desempenho econômico

de uma empresa. O que se busca, por meio destes índices, é comparar o lucro do

empreendimento em relação a diversos parâmetros.

Na questão, é afirmado que a lucratividade pode ser avaliada em relação às ven-

das, aos ativos e ao patrimônio líquido. Isso é verdade, com efeito, temos índices

específicos para isso.

Índice de Margem Líquida => LL (/) Vendas Líquidas

Índice de Rentabilidade dos Ativos => LL (/) Ativo

Índice de Rentabilidade do PL => LL (/) PL

Ocorre que a análise da rentabilidade não pode prescindir a contextualização da

entidade no meio econômico e social. Pelo contrário, a principal resposta procura-

da, quando a entidade é analisada pelo prisma desses índices, é se sua atividade

apresenta um desempenho condizente com as demais opções de investimentos

existentes no mercado. Isso é verificado pela comparação entre o capital aplicado

e o resultado apurado. Adicionalmente, podemos levantar qual a estratégia da en-

tidade para alcançar o desempenho apresentado.

Nesse sentido, cabe esclarecer que:

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− há casos em que a empresa, por estar no início de suas operações ou atra-

vessando um período de instabilidade em seu setor econômico, apresenta

um nível de rentabilidade aquém do esperado, mas em que é possível

existirem boas perspectivas para o futuro; e

–– uma situação financeiramente confortável pode não ter o mesmo indicativo

no aspecto econômico e vice-versa.

Questão 31    (CFC/CONSULPLAN/2019.2) Uma empresa apresentou os seguintes

Balanços Patrimoniais encerrados em 31/12/20X0 e 31/12/20X1.

Considerando apenas os dados apresentados, assinale a alternativa correta.

a) O Capital de Giro Líquido diminuiu em R$ 332.000,00 de 20X0 para 20X1.

b) O Capital de Giro Líquido aumentou em R$ 108.000,00 de 20X0 para 20X1.

c) A Necessidade de Capital de Giro aumentou em R$ 440.000,00 de 20X0 para

20X1.

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d) A Necessidade de Capital de Giro aumentou em R$ 1.200.000,00 de 20X0 para

20X1.

Letra a.

Esta é uma questão sobre o conceito de gerência de caixa. Para resolução, é ne-

cessário conhecer as fórmulas de (a) Capital de giro líquido – também conhecido

como capital circulante líquido, correspondente à diferença entre ativo circulante e

passivo circulante; e (b) Necessidade de capital de giro, correspondente à diferença

entre ativo circulante operacional e passivo circulante operacional.

Aplicando esses conceitos aos dados do enunciado, temos:

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Pelo exposto, verificamos que o capital de giro líquido diminuiu em R$ 332.000,00,

conforme opção A.

Questão 32    (CFC/CONSULPLAN/2019.2) Os seguintes valores foram divulgados

por uma empresa comercial em alguns de seus relatórios contábil-financeiros en-

cerrada em 31/12/20X1:

Informações adicionais:

• Em 20X1, as Contas a Receber de Clientes giraram, em média, seis vezes, en-

quanto Fornecedores de Mercadorias a

Pagar giraram, em média, dez vezes;

• No Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/20X0, o saldo do Estoque de Merca-

dorias foi de R$ 290.000,00.

Considerando apenas as informações apresentadas e adotando o ano comercial

com 360 dias nos cálculos, pode-se afirmar que em 20X1:

a) O Ciclo Operacional foi de 150 dias e o Ciclo Financeiro foi de 114 dias.

b) O Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores foi de 90 dias e o Ciclo Financeiro

de 150 dias.

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c) O Prazo Médio de Renovação de Estoque de Mercadorias foi de 36 dias e o Ciclo

Operacional de 150 dias.

d) O Prazo Médio de Recebimento de Clientes foi de 60 dias e o Prazo Médio de

Pagamento a Fornecedores foi de 90 dias.

Letra a.

Esta é uma questão sobre os prazos relativos, derivados dos índices de giro:

Para resolução, calcularemos os prazos e os ciclos.

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Pelo exposto, verifica-se um ciclo operacional de 150 dias e um ciclo financeiro de

114 dias, conforme opção A.

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