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Auditoria – Teoria e Exercícios para Auditor Fiscal da Receita Estadual do Rio de

Janeiro
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff
Aula 00

Introdução ..........................................................................................01
Distinção entre auditoria interna, auditoria independente e perícia contábil...03
Questões comentadas............................................................................12
Lista de questões..................................................................................23
Bibliografia ..........................................................................................30

Introdução

Prezado Aluno,

É com muita satisfação que ministraremos para você, a quatro mãos, o curso
de teoria e exercícios para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual do
Estado do Rio de Janeiro.

Antes de darmos início a nossa aula, permitam-nos falar um pouco sobre nós:

Meu nome é Davi Barreto, sou cearense, engenheiro eletrônico graduado no


Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e mestre em Regulação pela
Universidade de Brasília (UnB). Atualmente, sou Auditor Federal de Controle
Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), tendo obtido o 1° lugar no
concurso de 2007, e professor de auditoria em cursos presenciais,
telepresenciais e on-line.

Meu nome é Fernando Graeff, sou Gaúcho de Caxias do Sul. Sou formado em
Administração de Empresas e Pós Graduado em Controle da Regulação pelo
Instituto Serzedello Corrêa (ISC/TCU), antes de entrar no serviço público,
trabalhei mais de 15 anos na iniciativa privada. Fui Auditor Fiscal da Receita
Federal do Brasil, trabalhei nas Unidades Centrais deste Órgão. Atualmente,
exerço o cargo de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas
da União. No serviço público, exerci ainda os cargos de Analista de Finanças e
Controle da Secretaria do Tesouro Nacional - área contábil – em Brasília e de
Analista de Orçamento do Ministério Público Federal em São Paulo.

Além disso, somos autores dos livros Auditoria - Teoria e Exercícios e Auditoria
ESAF – Série Questões Comentadas, ambos publicados pela Editora Método.

Feitas as apresentações, vamos falar um pouco sobre nosso curso. Teremos


um curso de teoria e exercícios dividido em 8 aulas, contada com essa
demonstrativa, em que discutiremos a teoria de forma bastante objetiva e
resolveremos questões da FCC sobre os diferentes tópicos cobrados no edital
que acabou de ser publicado.

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Destacamos que, além de questões passadas da FCC, também utilizaremos


questões de outras bancas, na medida em que nos ajude a abordar
determinados tópicos que julgamos relevantes.

Nosso curso está formatado para ser um curso de teoria e exercícios,


especialmente desenvolvido para que você, na medida em que aprende a
matéria, treine para o dia da prova.

Vamos abordar objetivamente todos os tópicos cobrados no conteúdo


programático de auditoria previsto no edital. O quadro abaixo resume como
será distribuído nosso cronograma de aulas:

Aula Data Tópicos abordados


Distinção entre auditoria interna, auditoria independente e
Aula 00
perícia contábil.
Supervisão e controle de qualidade. Normas de execução dos
trabalhos de auditoria. Planejamento da auditoria. Estudo e
Aula 01 29.10.13
avaliação do sistema contábil e de controles internos. Evidência
em auditoria. Relevância na auditoria.
Risco de auditoria. Fraude e erro. Procedimentos de auditoria.
Aula 02 5.11.13 Testes de observância. Testes substantivos. Papéis de trabalho
e Documentação de auditoria.
Aula 03 12.11.13 Amostragem: tamanho, tipos e avaliação dos resultados.
Estimativas contábeis. Continuidade normal dos negócios da
Aula 04 19.11.13 entidade. Transações com partes relacionadas. Transações e
eventos subsequentes.
Contingências. Avaliação do negócio. Parecer do auditor.
Aula 05 26.11.13 Parecer sem ressalva. Parecer com ressalva. Parecer adverso.
Parecer com abstenção de opinião, parágrafo de ênfase.
Carta de responsabilidade da administração. Auditoria:
Aula 06 3.12.13 conceitos, objetivos e estruturação do sistema de controle
interno do estado do Rio de Janeiro (Decreto 43.463/2012).
Aula 07 10.12.13 Simulado de toda a matéria.

Outra coisa: sempre colocaremos as questões discutidas durante a aula no


final do arquivo, caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os
comentários.

E, por último, participe do Fórum de dúvidas, que é um dos diferenciais do


Ponto. Lá você poderá tirar suas dúvidas, auxiliar outras pessoas e nos ajudar
no aprimoramento dos nossos cursos.

Dito isto, mãos à obra...

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Distinção entre auditoria interna, auditoria independente e perícia


contábil.

Antes de entrarmos na distinção entre a auditoria interna, auditoria


independente e perícia contábil, vamos falar um pouco sobre o surgimento da
auditoria e as modificações que ocorreram em 2010, vamos dar uma olhada no
passado para entender como surgiu a auditoria e qual o seu objetivo.

Bom, a auditoria surgiu para atender uma necessidade decorrente da evolução


do sistema capitalista. No início, as empresas eram fechadas e familiares,
posteriormente, a evolução da economia trouxe, para algumas empresas, a
necessidade de captar dinheiro de terceiros.

Ou seja, para crescer é necessário dinheiro e, em muitas ocasiões, esse


recurso tem que vir de investidores externos à empresa (bancos, credores,
acionistas etc.)

Bom, agora se coloque na posição desses investidores. Com certeza, você vai
querer saber onde está colocando seu dinheiro – vai se perguntar se o
investimento é seguro, se a empresa é saudável, quais são seus ativos e
passivos...

Em resumo, esses investidores precisavam conhecer a posição patrimonial e


financeira das empresas em que iriam investir. Essa necessidade de
informação era essencial para que pudessem avaliar a segurança, a liquidez e
a rentabilidade de seu futuro investimento.

As empresas passaram, então, a publicar suas demonstrações contábeis


(balanço patrimonial, demonstrativo de fluxo de caixa1 etc.), como forma de
prover informações sobre a sua situação econômico-financeira para o mundo
exterior.

Fique atento: Você deve saber que a Lei nº 11.638/07 instituiu várias
modificações nos padrões de contabilidade até então vigente no Brasil.
Porém, ficou mantida na norma a expressão “demonstrações
financeiras” ao invés de “demonstrações contábeis”, que é a
nomenclatura correta, por ser mais abrangente do que a adotada na
legislação. Assim, você pode encontrar na prova tanto uma como outra
expressão, indistintamente.

1
A Lei nº 11.638/07 substituiu a demonstração das origens e aplicações de recursos pela demonstração dos fluxos de
caixa, em função da facilidade de melhor entendimento da posição financeira da empresa.

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Entretanto, ainda havia um problema: como garantir a completude, correção e


idoneidade dessas informações?

É nesse momento que surge a necessidade de uma avaliação


independente da real situação da empresa. Nasce, então, a auditoria!
Auditar é, antes de tudo, avaliar.

Podemos definir auditoria como o exame sistemático e independente das


atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor.

De forma geral, a auditoria pode ser dividida em dois grandes grupos:


auditoria externa e auditoria interna.

A auditoria externa (=independente) é aquela executada por profissionais ou


empresas que não possuem vínculo e/ou subordinação à empresa auditada,
com o objetivo de trazer uma opinião independente sobre a entidade.

Já a auditoria interna é aquela executada por profissionais (geralmente


funcionários da empresa) ou empresas que possuem vínculo e/ou
subordinação à empresa auditada, com o objetivo de auxiliar a entidade a
atingir seus objetivos, por meio de uma avaliação sistemática do seu sistema
de controle interno.

Outra forma de classificar a auditoria é de acordo com seus objetivos


específicos.

Como o próprio nome diz, a auditoria contábil é uma técnica da


contabilidade que objetiva avaliar as demonstrações contábeis de uma
entidade.

Chegamos então onde reside o interesse desse curso: na auditora contábil ou,
mais precisamente, na auditoria independente das demonstrações contábeis.
De agora em diante, trataremos apenas por auditoria independente, OK?

Nesse ponto, é importante esclarecer que as recentes inovações nas normas


brasileiras de auditoria (normas de auditoria válidas a partir de 2010), apesar
de em grande quantidade, não alteraram o espírito, nem os objetivos, muito
menos, a lógica da auditoria independente.

Essas alterações vieram no intuito de convergir as normas brasileiras (NBC


TAs) às internacionais, ainda que nomenclaturas e definições tenham sido
alteradas, a dinâmica por detrás das normas continua exatamente a mesma.

Veja, por exemplo, o comparativo entre a definição da auditoria das


demonstrações contábeis antes e depois das alterações:

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NBC T 11 (revogada) NBC TA 200 (em vigor a partir de


1º/1/10)
A auditoria das demonstrações O objetivo da auditoria é aumentar o
contábeis constitui o conjunto de grau de confiança nas demonstrações
procedimentos técnicos que tem por contábeis por parte dos usuários. Isso
objetivo a emissão de parecer sobre a é alcançado mediante a expressão de
sua adequação, consoante os uma opinião pelo auditor sobre se as
Princípios Fundamentais de demonstrações contábeis foram
Contabilidade e as Normas Brasileiras elaboradas, em todos os aspectos
de Contabilidade e, no que for relevantes, em conformidade com
pertinente, a legislação específica. uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.

Observe que o objetivo do auditor é emitir um parecer (norma antiga), que


nada mais é que uma opinião (norma nova), sobre a adequação das
demonstrações contábeis, levando em consideração:

NBC T 11 (revogada) NBC TA 200 (em vigor)


• os Princípios Fundamentais de • a estrutura de relatório
Contabilidade financeiro aplicável.
• as Normas Brasileiras de
Contabilidade
• a Legislação específica (no que
for pertinente)

Ora, a estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatórios


financeiros (Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados do Exercício
etc.), adotada pela administração que é considerada aceitável em vista da
natureza da entidade e do objetivo das demonstrações contábeis ou que seja
exigida por lei ou regulamento, ou seja, nada mais é do que seguir os mesmos
parâmetros citados pela revogada NBC T 11, enfim, apesar das palavras
diferentes, nada mudou...

Bom... voltando à nossa linha de raciocínio, vimos que o objetivo da auditoria


é expressar uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma
estrutura de relatório financeiro aplicável. Ou seja, opinar sobre a adequação
das demonstrações contábeis.

Podemos afirmar então que, ao conduzir a auditoria de demonstrações


contábeis, os objetivos gerais do auditor são:

(a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um


todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas
por fraude ou erro;

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(b) expressar sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram


elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro aplicável; e
(c) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se,
em conformidade com suas constatações.

Resta-nos agora identificar tudo aquilo que não é objetivo do auditor:

(a) elaborar relatórios financeiros – as demonstrações contábeis sujeitas


à auditoria são as da entidade, elaboradas pela sua administração2, com
supervisão geral dos responsáveis pela governança3;

(b) identificar erros e fraudes – compete aos responsáveis pela


governança da entidade e à sua administração a prevenção e detecção
de erros e fraudes, cabendo ao auditor realizar seu trabalho de acordo
com as normas de auditoria e obter segurança razoável de que as
demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções
relevantes, causadas por fraude ou erro;

(c) assegurar a viabilidade futura da entidade; e

(d) atestar a eficiência ou eficácia dos negócios conduzidos pela


administração da entidade.

Como vimos a auditoria também pode ser classificada em dois grandes grupos:
auditoria externa e auditoria interna.

A NBC TA 2004 é a norma fundamental no novo contexto de auditoria


inaugurado a partir das recentes alterações. Ela estabelece os requisitos
necessários para o exercício da auditoria independente.

De uma forma geral, essa norma expõe os objetivos gerais do auditor, a


natureza e o alcance da auditoria. Além disso, essa norma também define a
“lógica de funcionamento” das normas técnicas de auditoria (NBC TAs),
detalhando como estão estruturadas, quais são os seus objetivos etc.

Se por um lado as NBC TAs representam as normas técnicas de auditoria, o


comportamento profissional do auditor é definido nas chamadas normas
profissionais de auditoria independente, ou NBC PAs.

2
As NBC TAs não impõem responsabilidades à administração ou aos responsáveis pela governança e não se sobrepõe
às leis e regulamentos que governam as suas responsabilidades. Contudo, a auditoria é conduzida com base na premissa
de que a administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança, têm conhecimento de certas
responsabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria.
3
São as pessoas com responsabilidade de supervisionar a direção estratégica da entidade e, consequentemente, de
supervisionar as atividades da Administração (isso inclui a supervisão geral do relatório financeiro).
4
Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria
(Resolução CFC nº 1.203/09)
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O quadro abaixo resume as diferentes normas que existem relacionadas à


auditoria independente e atividades congêneres como auditoria interna e
perícia contábil:

Norma Descrição Exemplos


NBC TAs Normas Técnicas de Auditoria NBC TA 300, NBC TA 500,
Independente NBC TA 700
NBC PAs Normas Profissionais de Auditoria NBC PA 01, NBC PA 290
Independente
NBC TI Normas Técnicas de Auditoria NBC TI 01
Independente
NBC PI Normas Profissionais de Auditoria NBC PI 01
Independente
NBC TP Normas de Perícia Contábil NBC TP 01

Nesse sentido, a perícia contábil é uma técnica contábil que se constitui no


conjunto de procedimentos técnico-científicos destinados a levar à instância
decisória elementos de prova necessários a subsidiar à justa solução do litígio
ou constatação de um fato, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer
pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a
legislação específica no que for pertinente.

A perícia contábil pode ser tanto judicial como extrajudicial, ambas devem ser
sempre realizadas por contador registrado em Conselho Regional de
Contabilidade.

A perícia judicial é aquela exercida sob a tutela da justiça.

Já, a perícia extrajudicial pode ser dividida em:

• arbitral: aquelas realizadas sob o controle de lei de arbitragem;

• estatal: aquelas executadas sob o controle de órgão do estado, tais como


perícia administrativa das Comissões Parlamentares de Inquérito, de
perícia criminal e do Ministério Público; ou

• voluntária: aquelas contratadas espontaneamente pelo interessado ou de


comum acordo entre as partes.

Bom, mas as principais distinções que temos que ter em mente são entre a
auditoria externa e interna.

A auditoria externa ou independente é aquela executada por profissionais ou


empresas que não possuem vínculo e/ou subordinação à empresa auditada,
com o objetivo de trazer uma opinião independente sobre a entidade.

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A auditoria interna, por sua vez, é aquela executada pela própria organização,
com o objetivo de garantir o atendimento de seus objetivos institucionais, por
meio da avaliação contínua de seus procedimentos e controles internos.

Os controles internos são o conjunto integrado de métodos e procedimentos


adotados pela própria organização para proteção de seu patrimônio e
promoção da confiabilidade e tempestividade dos seus registros contábeis
(falaremos sobre os detalhes dos controles internos de uma organização nas
aulas seguintes).

Assim, a auditoria interna funciona como um órgão de assessoramento da


administração e seu objetivo é auxiliar no desempenho das funções e
responsabilidades da administração, fornecendo-lhes análises, apreciações, e
recomendações.

Observe que o auditor interno vai além da simples verificação da correta


aplicação de normas e procedimentos. Ele atua como um consultor para a
empresa, por exemplo, promovendo medidas de incentivo e propondo
aperfeiçoamentos no funcionamento organizacional. Dizemos que, além da
auditoria contábil, também realiza auditoria operacional.

Trata-se, portanto, de uma atuação muito mais proativa, quando comparada à


do auditor externo ou independente.

Isso quer dizer que o auditor independente, no decorrer do seu trabalho, não
pode propor melhorias à organização?

Claro que não! O auditor independente deve descrever os principais problemas


organizacionais, constatados no curso do seu trabalho, e emitir recomendações
sempre que necessário. Contudo, esse não é o seu objetivo principal. A
auditoria independente é, primordialmente, contábil, enquanto que a auditoria
interna é contábil e operacional.

Assim, a principal diferença entre as auditorias interna e externa é a finalidade


do trabalho.

Na auditoria independente, o objetivo é a emissão da opinião sobre as


demonstrações contábeis, destinado, principalmente, ao público externo
(acionistas, credores, fisco etc.). Já na auditoria interna, o objetivo é a
elaboração de um relatório que comunique os trabalhos realizados, as
conclusões obtidas e as recomendações e providências a serem tomadas.

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É importante ressaltar que, de acordo com as novas normas de auditoria5,


tanto o auditor independente quanto o auditor interno emitem relatórios para
fundamentar, respectivamente, sua opinião e suas recomendações.

Outra diferença que caracteriza o auditor interno é a sua subordinação à


empresa auditada.

O auditor interno, geralmente, é um empregado da empresa. Isso não quer


dizer que essa atividade não possa ser desenvolvida, de forma terceirizada,
por uma firma de auditoria. O que interessa é o grau de subordinação
existente, seja do “empregado pessoa física” ou do “empregado pessoa
jurídica”.

Já o auditor externo ou independente, como o próprio nome remete, não é


subordinado à administração, pois deve emitir uma opinião sobre as
demonstrações contábeis fidedigna e livre de qualquer pressão da empresa
auditada.

Ainda sobre esse tópico, apesar de ser subordinado à administração, o auditor


interno deve ter certa autonomia, naturalmente, menor que a do auditor
independente. Contudo, aquele auditor deve produzir um trabalho livre de
interferências internas.

Dessa forma, a auditoria interna deve ser subordinada apenas ao mais alto
nível da administração, como, por exemplo, à Presidência ou ao Conselho de
Administração. O responsável pelas atividades de auditoria interna deve,
portanto, reportar-se a um executivo ou órgão cuja autoridade seja suficiente,
para garantir uma ação efetiva, com respeito aos assuntos levantados e à
implantação das recomendações efetuadas. É fundamental que os auditores
internos atuem com liberdade dentro da organização, sem medo de serem
demitidos.

Em algumas empresas e conglomerados, os auditores internos são


subordinados diretamente à holding, permitindo que atuem livres de pressão
em todas as controladas, pois apenas a administração da empresa investidora
pode admitir ou demitir esses profissionais.

5
A NBC TA 700 define que a opinião do auditor independente deve ser expressa em um documento denominado
relatório de auditoria. As normas de auditoria anteriormente vigentes e hoje revogadas faziam uma distinção na
nomenclatura dos documentos emitidos pelo auditor independente (parecer) e o auditor interno (relatório).
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Outro ponto importante se refere à extensão do trabalho nesses dois tipos de


auditoria.

Na auditoria interna, os trabalhos são desenvolvidos de forma contínua ao


longo do tempo, pois isso é inerente às atividades de acompanhamento e
avaliação. Enquanto isso, na auditoria independente, os trabalhos são
realizados esporadicamente, de acordo com as exigências legais ou outras
demandas para esse tipo de auditoria. Consequentemente, o volume de testes
e procedimentos realizados pelo auditor interno é maior que aquele realizado
pelo auditor externo.

A auditoria interna, assim como a independente, pode ser exercida nas


pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Além disso, segundo as normas do Conselho Federal de Contabilidade, o
auditor interno também deve ser contador registrado no Conselho Regional de
Contabilidade.

Vamos resumir as principais diferenças entre a auditoria interna e a auditoria


externa no quadro abaixo.

Auditor Externo ou
Auditor Interno
Independente
Relação com a não possui vínculo
é empregado da empresa
empresa empregatício
Grau de
Menor maior
independência
elaboração de um relatório
emissão de uma opinião
que comunique os trabalhos
Finalidade sobre a adequação das
realizados, as conclusões
demonstrações contábeis
obtidas e as recomendações
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e providências a serem
tomadas

Tipos de
contábil e operacional contábil
auditoria
interno e externo
Público alvo Interno
(principalmente o último)

Duração Contínua pontual

Volume de
Maior Menor
testes
Quem exerce a
contador com registro no CRC
atividade
Documento que
Relatório
produz
Onde é em pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo,
realizada e de direito privado.

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Questões comentadas

01. (FCC/DPE-SP/Contador/2013) A auditoria interna deve estar vinculada


aos mais altos níveis hierárquicos de uma entidade com vistas a

a) atuar estritamente como órgão fiscalizador.


b) emitir parecer sobre as demonstrações contábeis para os usuários
externos.
c) garantir autonomia e independência.
d) punir os responsáveis por erros nas demonstrações contábeis.
e) apurar fraudes e punir os subordinados com maior isenção.

Resolução:

Vimos que apesar de ser subordinado à administração, o auditor interno deve


ter certa autonomia e independência.

Dessa forma, a auditoria interna deve ser subordinada apenas ao mais alto
nível da administração, como, por exemplo, à Presidência ou ao Conselho de
Administração.

O responsável pelas atividades de auditoria interna deve, portanto, reportar-se


a um executivo ou órgão cuja autoridade seja suficiente, para garantir uma
ação efetiva, com respeito aos assuntos levantados e à implantação das
recomendações efetuadas. É fundamental que os auditores internos atuem
com liberdade dentro da organização, sem medo de serem demitidos.

Gabarito: C

02. (FCC/TRF 2R/Analista Judiciário – Contadoria/2012) O auditor


independente ou externo

a) tem como objetivo principal a prevenção e a detecção de falhas no


sistema de controle interno da entidade.
b) deve produzir relatórios que visam atender, em linhas gerais, a alta
administração da entidade ou diretorias e gerências.
c) tem que fazer análise com alto nível de detalhes, independentemente da
relação custo-benefício, para minimizar o risco de detecção.
d) deve produzir um relatório ou parecer sobre as demonstrações contábeis
da entidade auditada.
e) tem menor grau de independência em relação à entidade auditada do
que o auditor interno.

Resolução:
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Vamos analisar cada uma das alternativas:

Letra A – esse é o objetivo da auditoria interna, o objetivo do auditor


independente é a emissão de uma opinião sobre se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

Letra B – esse tipo de relatório é produzido pela auditoria interna.

Letra C – quem faz análises mais detalhadas é a auditoria interna.

Letra D – esse é o objetivo do auditor independente, a emissão de uma opinião


sobre as demonstrações contábeis da entidade auditada, veiculada por meio de
um relatório ou parecer.

Letra E – é justamente o contrário, tem um maior grau de independência em


relação à entidade auditada do que o auditor interno.

Gabarito: D

03. (CESPE/CNJ/Analista Contabilidade/2013) O auditor interno deve


preservar sua autonomia profissional, logo não lhe cabe prestar assessoria ao
conselho fiscal ou a órgãos equivalentes.

Resolução:

Pelo contrário, a auditoria interna funciona como um órgão de assessoramento


da administração da entidade. O objetivo da auditoria interna é auxiliar a
administração no desempenho de suas funções e responsabilidades,
fornecendo-lhe análises, apreciações e recomendações.

Gabarito: E

04. (FCC/TRT24-Anal.Jud.Contabilidade/2011) Ao conduzir uma auditoria


de demonstrações contábeis, são objetivos gerais do auditor obter segurança

(A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de


distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável.
(B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção irrelevante, devido a erros, possibilitando que o auditor expresse
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de parecer financeiro.
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(C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção


relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor expresse
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro aplicável.
(D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção
irrelevante, devido à fraude, possibilitando que o auditor expresse opinião
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade
com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
(E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção irrelevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos considerados, em conformidade com a estrutura de parecer
financeiro consolidado do auditor independente.

Resolução:

Perceba que essa questão cobra a literalidade da NBC TA 200:

Ao conduzir uma auditoria de demonstrações contábeis, são objetivos gerais


do auditor obter segurança

(A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de


distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável.

Item correto.

(B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de


distorção irrelevante, devido a erros, possibilitando que o auditor expresse
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de parecer financeiro.

A banca omitiu a questão das fraudes.

(C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de


distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável.

Essa era só ler a primeira palavra. O auditor por mais diligente que seja nunca
terá segurança total de que as demonstrações contábeis estão livres de
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fraudes e/ou erros. Além disso, as demonstrações são analisadas como um


todo e não em parte como afirma a alternativa.

(D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de


distorção irrelevante, devido à fraude, possibilitando que o auditor expresse
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro
aplicável.

Veja o comentário da alternativa anterior. Além disso, faltou mencionar os


erros.

(E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de


distorção irrelevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos considerados, em conformidade com a estrutura de parecer
financeiro consolidado do auditor independente.

Por fim, este enunciado está errado, pois as demonstrações são analisadas
como um todo e de acordo com a estrutura do relatório financeiro aplicável à
entidade auditada e não consolidado pelo auditor independente.

Gabarito: A

05. (FGV/Fiscal de Rendas – Sefaz RJ/2011) Consoante o Conselho


Federal de Contabilidade (CFC), assinale a alternativa correta.

(A) O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações


contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de
uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma
estrutura de relatório financeiro aplicável.
(B) A auditoria de demonstrações contábeis pode ser exercida por técnicos de
contabilidade (sem graduação na área), desde que tenham mais de 5 anos de
experiência, devidamente comprovada.
(C) Se, porventura, o auditor julgar-se incompetente para realizar um serviço
de auditoria de demonstrações contábeis, pode ele recomendar um auditor
capacitado. Nesse caso, ao cobrar alguma remuneração pela indicação, não
estará infringindo nenhuma norma, desde que o profissional indicado seja
capaz e esteja regular perante o Conselho Regional de Contabilidade.
(D) Ao descobrir um erro ou fraude, o parecer do auditor deverá,
necessariamente, conter, pelo menos, uma ressalva (parecer com ressalva).
(E) Ao descobrir um erro ou fraude, o parecer do auditor deverá,
necessariamente, ser emitido na modalidade “adverso”.

Resolução:
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Vamos analisar cada um dos itens...

Letra A: Certo.

Essa é a definição de auditoria independente da NBC TA 200 que é cobrada


exaustivamente pelas bancas.

Letra B: Errado.

De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, a auditoria externa é


atividade privativa de contador (bacharéis em contabilidade) registrado no
respectivo CRC.

Item (C): Errado.

O auditor não pode cobrar comissão ou qualquer tipo de benefício pela


indicação de outro profissional, sob pena de gerar perda de independência.

Item (D) e (E): Errado.

O fato de existirem erros e fraudes nas demonstrações contábeis não é um


fator determinante para emissão de um parecer com ressalvas ou adverso.
Falaremos mais sobre os tipos de relatórios e pareceres em outra aula.

Gabarito: A

06. (FGV/Fiscal de Rendas – Sefaz RJ/2010) No momento da elaboração


das demonstrações contábeis, o profissional de contabilidade responsável
deverá definir a estrutura do balanço patrimonial, considerando a
normatização contábil. Esse procedimento tem como objetivo principal:

(A) aprimorar a capacidade informativa para os usuários das demonstrações


contábeis.
(B) atender às determinações das autoridades tributárias.
(C) seguir as cláusulas previstas nos contratos de financiamento com os
bancos.
(D) acompanhar as características aplicadas no setor econômico de atuação da
empresa.
(E) manter a consistência com os exercícios anteriores.

Resolução:

A NBC TA 200 (Resolução CFC nº 1.203/09) é a norma basilar da auditoria


independente e traz seus principais conceitos e objetivos.

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Segundo essa norma, o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança


nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado
mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

Estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura do relatório financeiro


adotada pela administração na elaboração das demonstrações contábeis, que é
aceitável em vista da natureza da entidade e do objetivo das demonstrações
contábeis ou que seja exigida por lei ou regulamento.

Assim, um profissional de contabilidade define a estrutura do balanço


patrimonial, considerando a normatização contábil, para aumentar o grau de
confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários, ou seja, para
aprimorar a capacidade informativa para os usuários das demonstrações
contábeis.

Gabarito: A

07. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na prevenção e


detecção de fraudes e erros é:

(A) da administração.
(B) da auditoria interna.
(C) do conselho de administração.
(D) da auditoria externa.
(E) do comitê de auditoria.

Resolução:

Questões como essa são bastante “batidas” em provas concurso e exploram as


responsabilidades e objetivos da auditoria independente.

Vimos que, diferente do que muitos pensam, a detecção de erros e fraudes


não é responsabilidade do auditor independente, mas da administração da
empresa e dos responsáveis pela governança.

Gabarito: A

08. (ESAF/APOFP – Sefaz SP/2009 - Adaptada) Sobre a auditoria


independente, é correto afirmar que tem por objetivo:

(A) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.


(B) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles
internos.
(C) emitir opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis.
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(D) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a


justa solução do litígio.
(E) recomendar soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios.

Resolução:

Letra A: errado

O objetivo do auditor independente não é ajudar a administração a cumprir


seus objetivos, isso é papel do auditor interno ou de um consultor. O objetivo
primordial da auditoria externa é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários.

Letra B: errado

O auditor independente até pode apresentar esses subsídios, mas isso não é o
seu objetivo principal.

Letra C: certo

As normas em vigor dispõem que o objetivo da auditoria é aumentar o grau de


confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é
alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes,
em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

Letra D: errado

A afirmação dessa assertiva representa o papel de um advogado ou de um


consultor jurídico, não do auditor independente.

Letra E: errado

O auditor externo também pode e deve fazer recomendações para a


administração por intermédio do chamado “relatório-comentário”, mas esse
não é seu objetivo final.

Gabarito: C

09. (Cesgranrio/Profissional Júnior de Ciências Contábeis – Petrobrás


Distribuidora/2008) De acordo com a Lei no 6.404/76 e a Lei no 11.638/07,
estão obrigadas à auditagem por auditores independentes, registrados na
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as sociedades anônimas

(A) e as demais sociedades.


(B) de capital aberto, somente.
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(C) de capital aberto e de capital fechado, somente.


(D) de capital aberto e as sociedades de grande porte.
(E) de capital aberto, de capital fechado e as sociedades de grande porte.

Resolução:

Ainda há um ponto que não discutimos, mas que também é bastante


relevante.

Provavelmente, você já deve ter percebido que a auditoria tornou-se


necessária para o correto funcionamento das atividades econômicas de hoje e
que, apesar de já termos uma boa intuição sobre o assunto, ainda não
falamos, explicitamente, sobre os motivos que levam a contratação do auditor.

Bom… o primeiro e mais óbvio motivo são as determinações legais. Vejamos


algumas empresas que são legalmente obrigadas a serem auditadas:

• a Lei 6.404/76 (lei das sociedades anônimas por ações) estabelece que
as companhias abertas devem ser auditadas por auditores
independentes registrados na CVM;

• a Lei 11.638/07, que alterou a lei das S.A., estabelece que as empresas
de grande porte6, ainda que não constituídas sob a forma de sociedade
por ações, devem ser auditadas por auditores independentes registrados
na CVM;

• o Banco Central determina que as instituições financeiras sejam


auditadas por auditores independentes;

• a CVM, por meio da Instrução 247/96, obrigou que as demonstrações


consolidadas de controladoras e controladas sejam submetidas à
auditoria independente;

• A SUSEP por intermédio da Res. CNSP7 nº 118, de 2004, determinou que


as demonstrações contábeis, inclusive as notas explicativas das
sociedades supervisionadas (sociedades seguradoras, de
capitalização, resseguradoras locais e entidades abertas de previdência
complementar) devem ser auditadas por auditor independente, etc...

Além das obrigações legais, existem outros motivos que podem levar uma
empresa a se submeter a uma auditoria externa, entre eles citamos:

• como medida de controle dos próprios proprietários;

6
As empresas de grande porte são aquelas que tenham, no exercício anterior, ativo total superior a R$240 milhões ou
receita bruta anual superior a R$300 milhões.
7
Conselho Nacional de Seguros Privados
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• imposição de credores ou bancos, para possibilitar compras a prazo ou


empréstimos;

• exigências estatutárias da própria empresa;

• para efeito de fusão, incorporação ou cisão.

Bom... Acabamos de falar que as sociedades anônimas de capital aberto


devem ser passar por auditoria independente, conforme dita a Lei no 6.404/76.

Além disso, vimos também que a Lei no 11.638/07 estabelece que as


empresas de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de
sociedade por ações, devem ser auditadas por auditores independentes
registrados na CVM.

Gabarito: D

10. (ESAF/Fiscal de Rendas– ISS RJ/2010) A respeito dos objetivos da


auditoria interna e da auditoria independente, é correto afirmar que:

(A) o objetivo da auditoria interna é apoiar a administração da entidade no


cumprimento dos seus objetivos, enquanto o da auditoria independente é a
emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis.
(B) a auditoria interna se preocupa em avaliar os métodos e as técnicas
utilizadas pela contabilidade, enquanto a auditoria externa cuida de revisar os
lançamentos e demonstrações contábeis.
(C) a atuação de ambas não difere na essência uma vez que os objetivos da
avaliação é sempre a contabilidade.
(D) a auditoria interna cuida em verificar os aspectos financeiros da entidade,
enquanto a auditoria externa se preocupa com os pareceres a respeito das
demonstrações contábeis.
(E) o objetivo da auditoria interna é produzir relatórios demonstrando as falhas
e deficiências dos processos administrativos e os da auditoria externa é emitir
parecer sobre a execução contábil e financeira da entidade.

Resolução:

De cara, já é possível ver que o item A está correto e, portanto, é o gabarito


da questão. Ora, vimos que o objetivo da auditoria interna é auxiliar a
administração da entidade e o da auditoria independente é emitir uma opinião
sobre a adequação das demonstrações contábeis.

De qualquer forma, vejamos porque os outros itens estão errados.

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No item B, o auditor externo na revisa os lançamentos e as demonstrações,


mas emite uma opinião sobre eles.

No item C, a atuação e os objetivos da auditoria interna e externa são


distintos.

No item D, a auditoria interna não se restringe aos aspectos financeiros da


empresa, vimos que abarca também os aspectos operacionais.

No item E, o objetivo da auditoria interna não é apontar falhas (erros e


fraudes), além disso, a auditoria externa não emite opinião sobre a “execução
contábil e financeira”, mas sobre as demonstrações contábeis como um todo.

Gabarito: A

11. (FCC/APOFP – Sefaz SP/2010) As auditorias internas e externas atuam


em diferentes graus de profundidade e de extensão nas tarefas de auditoria.
Embora exista uma conexão nos trabalhos de ambas, é função da auditoria
externa

(A) prevenir erros e fraudes, sugerindo aos administradores da empresa os


ajustes necessários.
(B) acompanhar o cumprimento de normas técnicas e a política de
administração da empresa, na consecução dos seus objetivos.
(C) avaliar e testar os sistemas de controles internos e contábil, em busca da
razoável fidedignidade das demonstrações financeiras.
(D) desenvolver continuamente o trabalho de auditoria na empresa, concluindo
as tarefas com a elaboração de relatórios.
(E) seguir as normas e procedimentos de auditoria na execução dos trabalhos,
com grau de independência limitado.

Resolução:

Analisando rapidamente os itens A, B, D e E, é possível identificar o que os


torna errados.

No item A, não é função do auditor externo prevenir erros e fraudes.

No item B, acompanhar o cumprimento de normas técnicas e a política de


administração da empresa (=controle interno) é função da auditoria interna.

No item D, o trabalho do auditor externo é esporádico e não contínuo.

No item E, a afirmação de que o grau de independência do auditor externo é


limitado está errada.

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Logo, o único item correto é o item C que afirma que compete ao auditor
independente avaliar e testar os sistemas de controles internos e contábil, em
busca da razoável fidedignidade das demonstrações financeiras.

Gabarito: C

12. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2009 – Adaptada) O


trabalho de auditoria interna

(A) tem maior independência que o de auditoria externa.


(B) é responsável pela implementação e pelo cumprimento dos controles
internos.
(C) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa.
(D) deve emitir opinião, que será publicado com as demonstrações contábeis.
(E) deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos.

Resolução:

Vamos analisar item a item:

Item A: errado.

É exatamente o contrário, a auditoria externa é mais independente que a


auditoria interna.

Item B: errado.

O auditor interno não é responsável pela implementação e pelo cumprimento


dos controles internos, ele é responsável por verificar se os mesmos estão
sendo cumpridos.

Item C: errado.

O auditor interno deve ser subordinado ao mais alto nível da administração, e


não a controladoria.

Item D: errado.

O auditor interno não emite opinião sobre as demonstrações contábeis. O seu


objetivo é elaborar um relatório que comunique os trabalhos realizados, as
conclusões obtidas e as recomendações e providências a serem tomadas em
relação aos controles internos da entidade.

Item E: certo.

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Como já falamos, o auditor interno é responsável por verificar a necessidade


de aperfeiçoamento e propor novas normas para o sistema contábil e de
controles internos.

Gabarito: E

13. (FCC/Auditor Fiscal Tributário Municipal – ISS SP/2006) Uma das


diferenças entre o auditor independente e o auditor interno é que o primeiro

(A) necessita de registro no Conselho Regional de Contabilidade e o segundo,


não.
(B) está dispensado de recomendar modificações no controle interno e o
segundo, não.
(C) precisa ter conhecimento sobre tecnologia da informação e o segundo,
não.
(D) não pode ficar subordinado a pessoas que possam ter seus trabalhos por
ele examinados a ao segundo, sim.
(E) tem por obrigação emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis
da entidade e o segundo, não.

Resolução:

Vamos analisar, mais uma vez, item a item.

Letra A: errado.

Vimos que tanto o auditor interno quanto o independente precisam ser


contadores, registrados no CRC.

Letra B: errado.

Opa! Esse item é interessante. Em uma primeira análise podemos pensar que
o item está correto, pois a principal função do auditor externo é emitir uma
opinião sobre as demonstrações contábeis.

Contudo, lembre que ele também descreve os principais problemas


organizacionais, constatados no curso do seu trabalho, e emite
recomendações, em um documento denominado relatório-comentário.

Portanto, o auditor independente pode e deve emitir recomendações sobre o


sistema de controle interno, apesar de essa não ser sua função principal.

Letra C: errado.

No ambiente atual em que as empresas estão inseridas, o conhecimento


sobre tecnologia da informação é essencial tanto para os auditores
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internos quanto externos. Não faz sentido pensar que apenas um deles
precisaria desse tipo de conhecimentos.

Letra D: errado.

O auditor independente não deve estar subordinado a ninguém dentro da


empresa auditada.

Já no que se refere ao auditor interno, vimos que, apesar de subordinado à


administração, deve ser ao mais alto nível possível. Ou seja, nunca
subordinado aos responsáveis pela operação do dia-a-dia ou àqueles que
definem os procedimentos e normas de controle interno.

O auditor interno não deve ficar subordinado a pessoas que possam ter
seus trabalhos por ele examinados.

Isso é bem lógico. Como alguém poderia monitorar e avaliar o trabalho do


superior hierárquico? Não faz o mínimo sentido, pois resultaria em um
significativo conflito de interesses.

Letra E: certo.

Realmente o auditor externo emite um parecer sobre a adequação das


demonstrações contábeis e o auditor interno, não.

Gabarito: E

Finalizamos, aqui, a nossa aula demonstrativa.

Esperamos que você tenha gostado, lembre-se que se trata de um pequeno


aperitivo, nos vemos na próxima aula.

Um grande abraço,
Davi e Fernando

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Lista de Questões

01. (FCC/DPE-SP/Contador/2013) A auditoria interna deve estar vinculada


aos mais altos níveis hierárquicos de uma entidade com vistas a

a) atuar estritamente como órgão fiscalizador.


b) emitir parecer sobre as demonstrações contábeis para os usuários
externos.
c) garantir autonomia e independência.
d) punir os responsáveis por erros nas demonstrações contábeis.
e) apurar fraudes e punir os subordinados com maior isenção.

02. (FCC/TRF 2R/Analista Judiciário – Contadoria/2012) O auditor


independente ou externo

a) tem como objetivo principal a prevenção e a detecção de falhas no


sistema de controle interno da entidade.
b) deve produzir relatórios que visam atender, em linhas gerais, a alta
administração da entidade ou diretorias e gerências.
c) tem que fazer análise com alto nível de detalhes, independentemente da
relação custo-benefício, para minimizar o risco de detecção.
d) deve produzir um relatório ou parecer sobre as demonstrações contábeis
da entidade auditada.
e) tem menor grau de independência em relação à entidade auditada do
que o auditor interno.

03. (CESPE/CNJ/Analista Contabilidade/2013) O auditor interno deve


preservar sua autonomia profissional, logo não lhe cabe prestar assessoria ao
conselho fiscal ou a órgãos equivalentes.

04. (FCC/TRT24-Anal.Jud.Contabilidade/2011) Ao conduzir uma auditoria


de demonstrações contábeis, são objetivos gerais do auditor obter segurança

(A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de


distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável.
(B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção irrelevante, devido a erros, possibilitando que o auditor expresse
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de parecer financeiro.

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(C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção


relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor expresse
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro aplicável.
(D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção
irrelevante, devido à fraude, possibilitando que o auditor expresse opinião
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade
com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
(E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção irrelevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos considerados, em conformidade com a estrutura de parecer
financeiro consolidado do auditor independente.

05. (FGV/Fiscal de Rendas – Sefaz RJ/2011) Consoante o Conselho


Federal de Contabilidade (CFC), assinale a alternativa correta.

(A) O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações


contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de
uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma
estrutura de relatório financeiro aplicável.
(B) A auditoria de demonstrações contábeis pode ser exercida por técnicos de
contabilidade (sem graduação na área), desde que tenham mais de 5 anos de
experiência, devidamente comprovada.
(C) Se, porventura, o auditor julgar-se incompetente para realizar um serviço
de auditoria de demonstrações contábeis, pode ele recomendar um auditor
capacitado. Nesse caso, ao cobrar alguma remuneração pela indicação, não
estará infringindo nenhuma norma, desde que o profissional indicado seja
capaz e esteja regular perante o Conselho Regional de Contabilidade.
(D) Ao descobrir um erro ou fraude, o parecer do auditor deverá,
necessariamente, conter, pelo menos, uma ressalva (parecer com ressalva).
(E) Ao descobrir um erro ou fraude, o parecer do auditor deverá,
necessariamente, ser emitido na modalidade “adverso”.

06. (FGV/Fiscal de Rendas – Sefaz RJ/2010) No momento da elaboração


das demonstrações contábeis, o profissional de contabilidade responsável
deverá definir a estrutura do balanço patrimonial, considerando a
normatização contábil. Esse procedimento tem como objetivo principal:

(A) aprimorar a capacidade informativa para os usuários das demonstrações


contábeis.
(B) atender às determinações das autoridades tributárias.

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(C) seguir as cláusulas previstas nos contratos de financiamento com os


bancos.
(D) acompanhar as características aplicadas no setor econômico de atuação da
empresa.
(E) manter a consistência com os exercícios anteriores.

07. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na prevenção e


detecção de fraudes e erros é:

(A) da administração.
(B) da auditoria interna.
(C) do conselho de administração.
(D) da auditoria externa.
(E) do comitê de auditoria.

08. (ESAF/APOFP – Sefaz SP/2009 - Adaptada) Sobre a auditoria


independente, é correto afirmar que tem por objetivo:

(A) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.


(B) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles
internos.
(C) emitir opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis.
(D) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a
justa solução do litígio.
(E) recomendar soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios.

09. (Cesgranrio/Profissional Júnior de Ciências Contábeis – Petrobrás


Distribuidora/2008) De acordo com a Lei no 6.404/76 e a Lei no 11.638/07,
estão obrigadas à auditagem por auditores independentes, registrados na
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as sociedades anônimas

(A) e as demais sociedades.


(B) de capital aberto, somente.
(C) de capital aberto e de capital fechado, somente.
(D) de capital aberto e as sociedades de grande porte.
(E) de capital aberto, de capital fechado e as sociedades de grande porte.

10. (ESAF/Fiscal de Rendas– ISS RJ/2010) A respeito dos objetivos da


auditoria interna e da auditoria independente, é correto afirmar que:

(A) o objetivo da auditoria interna é apoiar a administração da entidade no


cumprimento dos seus objetivos, enquanto o da auditoria independente é a
emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis.
(B) a auditoria interna se preocupa em avaliar os métodos e as técnicas
utilizadas pela contabilidade, enquanto a auditoria externa cuida de revisar os
lançamentos e demonstrações contábeis.

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(C) a atuação de ambas não difere na essência uma vez que os objetivos da
avaliação é sempre a contabilidade.
(D) a auditoria interna cuida em verificar os aspectos financeiros da entidade,
enquanto a auditoria externa se preocupa com os pareceres a respeito das
demonstrações contábeis.
(E) o objetivo da auditoria interna é produzir relatórios demonstrando as falhas
e deficiências dos processos administrativos e os da auditoria externa é emitir
parecer sobre a execução contábil e financeira da entidade.

11. (FCC/APOFP – Sefaz SP/2010) As auditorias internas e externas atuam


em diferentes graus de profundidade e de extensão nas tarefas de auditoria.
Embora exista uma conexão nos trabalhos de ambas, é função da auditoria
externa

(A) prevenir erros e fraudes, sugerindo aos administradores da empresa os


ajustes necessários.
(B) acompanhar o cumprimento de normas técnicas e a política de
administração da empresa, na consecução dos seus objetivos.
(C) avaliar e testar os sistemas de controles internos e contábil, em busca da
razoável fidedignidade das demonstrações financeiras.
(D) desenvolver continuamente o trabalho de auditoria na empresa, concluindo
as tarefas com a elaboração de relatórios.
(E) seguir as normas e procedimentos de auditoria na execução dos trabalhos,
com grau de independência limitado.

12. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2009 – Adaptada) O


trabalho de auditoria interna

(A) tem maior independência que o de auditoria externa.


(B) é responsável pela implementação e pelo cumprimento dos controles
internos.
(C) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa.
(D) deve emitir opinião, que será publicado com as demonstrações contábeis.
(E) deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos.

13. (FCC/Auditor Fiscal Tributário Municipal – ISS SP/2006) Uma das


diferenças entre o auditor independente e o auditor interno é que o primeiro

(A) necessita de registro no Conselho Regional de Contabilidade e o segundo,


não.
(B) está dispensado de recomendar modificações no controle interno e o
segundo, não.
(C) precisa ter conhecimento sobre tecnologia da informação e o segundo,
não.
(D) não pode ficar subordinado a pessoas que possam ter seus trabalhos por
ele examinados a ao segundo, sim.
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(E) tem por obrigação emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis
da entidade e o segundo, não.

GABARITOS:

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C D E A A A A C D A
11 12 13
C E E

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Bibliografia

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1.203/09 - NBC TA


200 (Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em
Conformidade com Normas de Auditoria).

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 986/03 - NBC T 12


(Normas de Auditoria Interna).

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. São


Paulo: Ed. Atlas, 2007.

ATTIE, Wiliam. Auditoria – Conceitos e Aplicações. São Paulo: Ed. Atlas, 2009.

BARRETO, Davi; GRAEFF, Fernando. Auditoria: teoria e exercícios comentados.


São Paulo: Ed. Método, 2011.

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