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CONCEITO DE AUDITORIA
O tema da aula é auditoria, voltada, principalmente, para quem estuda para carreiras
fiscais. O novo módulo trata do auditor independente e da auditoria compreendida da
maneira mais abrangente possível. Em um primeiro momento, vocês devem relembrar
um conceito de auditoria, seja de qual tipo for. O conceito é uma comparação entre um
critério e uma condição. A palavra “critério” vem da palavra “padrão” – um padrão a ser
seguido. Sempre, através dessa comparação, haverá uma norma, no sentido mais amplo
possível. As normas são comparadas com a condição. A partir dessa comparação, você
terá os achados, que é a diferença entre um critério e uma condição. Você terá também
as evidências, que é o chamado conjunto probatório, as provas relacionadas. O audi-
tor vai emitir a opinião com segurança razoável e avaliação independente. Perceba que
a auditoria escuta para examinar, para emitir uma opinião com segurança razoável e
avaliação independente, seja ela de qual tipo for. Aqui será tratada, mais precisamente, a
auditoria independente. No entanto, lembre-se: qualquer tipo de auditoria faz uma compa-
ração entre um critério (um padrão) e uma condição, na emissão de uma opinião, com
segurança razoável, (não é segurança absoluta) e avaliação independente. O auditor,
qualquer que seja, deve ter a independência na emissão dessa opinião.
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TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO
ATENÇÃO
Você verá questões falando que o trabalho de Asseguração Razoável tem um risco maior
do que o de Asseguração Limitada. Essa não é uma afirmação verdadeira! O trabalho de
Asseguração Limitada possui um risco maior, porque se limita a revisar um trabalho
feito por um outro auditor. Diferente da Asseguração Razoável, em que o auditor veri-
fica se o Relatório Financeiro Aplicável e as Demonstrações Contábeis estão dentro
dos conformes. Ele trabalha com os achados e as evidências, verifica se tem erros
em relação à esse material. Ele trabalha com um conjunto probatório e emite sua
opinião com segurança razoável. Esse trabalho é chamado de Asseguração Razoável.
Depois, é feita uma revisão, através de um trabalho de Asseguração Limitada, que, como
já foi dito, limita-se a revisar o que já foi feito no processo de auditoria.
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PROCESSO DE AUDITORIA
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PLANEJAMENTO DE AUDITORIA
ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO
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O revisor não pode ser alguém que também faça parte da equipe de trabalho. Dessa
maneira, a falta de objetividade, de independência e de imparcialidade são evitadas. O
revisor, portanto, deve ser alguém de fora da equipe. Há um princípio muito importante na
auditoria que é o princípio da segregação de funções, para reduzir a possibilidade de
haver erros ou fraudes relacionados. A revisão é fundamental no trabalho de auditoria, em
todos os níveis e em todas as fases. A revisão é, portanto, uma avaliação do julgamento
do auditor, feita sempre por alguém de fora da equipe, jamais de dentro da equipe.
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-AL/2020) Tendo em vista o que preco-
nizam as normas de auditoria, julgue os itens a seguir.
A fim de estabelecer o escopo da auditoria durante sua fase de planejamento, o au-
ditor pode utilizar procedimentos de revisão analítica, que fazem parte dos testes
substantivos.
COMENTÁRIO
Na auditoria, existem técnicas ou procedimentos a serem realizados que não se con-
fundem com os testes. Os testes podem ser testes de observância, de aderência, de
controle, e testes substantivos. Testar é fazer a mesma coisa várias vezes – ir às 8
horas fazer uma observação, ir às 9 horas fazer uma inspeção, ir às 10 horas fazer uma
revisão analítica. Enfim, perceba que, nesse caso, o auditor foi em vários momentos e fez
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três procedimentos. O procedimento é como se faz, é a ação, ou seja, é a observação,
a inspeção e a revisão de dados. Portanto, os testes na fase de planejamento são os
testes de observância e os testes na fase de execução são os testes substantivos.
Porém, perceba que os procedimentos podem ser realizados tanto nos testes de obser-
vância quanto nos testes substantivos. Nos testes substantivos, no momento em que se
faz os registros, o auditor realiza o chamado procedimento analítico substantivo. Des-
sa maneira, dentro de todo teste substantivo, no momento em que o auditor está fazendo
os registros, ele exerce um procedimento analítico substantivo.
O planejamento é um processo contínuo, iterativo e repetido. No planejamento, exis-
tem os procedimentos de revisão analítica, que podem ser realizados tanto nos testes
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COMENTÁRIO
A questão trata da opinião do auditor, que está comparando um critério – o padrão, o
relatório financeiro aplicado – com a condição. Quando essa comparação é feita, deve-se
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COMENTÁRIO
A questão aborda as atividades de planejamento do processo de auditoria, são elas:
1. a definição de objetivos;
2. a definição da equipe e dos recursos necessários – quem vai e como vai?;
3. a seleção e avaliação do objeto em regra, que, nesse caso, está previamente selecio-
nado – são as demonstrações contábeis. Elas são verificadas de acordo com as normas,
isto é, conforme o relatório financeiro aplicável. O objeto não precisa ser selecionado ba-
seado no risco da materialidade ou na relevância, porque o auditor já sabe que tem de ir
atrás das demonstrações contábeis;
4. a delimitação do escopo, do alvo;
5. o estabelecimento dos critérios de auditoria para verificar qual é o padrão/a norma e
a condição daquilo relacionado;
6. o estabelecimento dos pontos relacionados com a parte de testes – testa-se, verifica-se,
realiza-se a avaliação dos controles internos;
7. o estabelecimento do risco de auditoria (incode);
8. a elaboração do relatório de levantamento preliminar;
9. a elaboração de uma matriz de planejamento.
O planejamento é algo interativo, que vai e volta e acontece o tempo todo, de modo, ex-
tremamente, abrangente. Você verifica todas as circunstâncias para a realização do seu
trabalho e o produto dessa fase de planejamento é a estruturação através de uma matriz
de planejamento. Portanto, falando de forma bem genérica, abrangente e holística,
há de se ter essa avaliação sistemática daquilo que o auditor busca fazer. Ao planejar
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COMENTÁRIO
Como já foi dito, a auditoria deve emitir uma opinião com segurança razoável sobre aqui-
lo que se verifica. Não é o auditor que vai realizar as demonstrações contábeis, fazer os
controles internos e estabelecer as normas internas. Não é o auditor que verifica e faz a
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governança e a gestão. O auditor está na entidade para emitir a opinião, que vai ga-
rantir a viabilidade futura. Se a entidade quiser, ela faz, controla, age, resolve. Quem
resolve não é o auditor. A entidade, inclusive, pode não fazer nada daquilo que ela propôs
(o seu plano de ação), ou pode ser que ela volte e corrija. O auditor não pode garantir
que a entidade vai ter segurança e efetividade nos seus trabalhos lá na frente. Isso
jamais pode ser assegurado pelo auditor, porque ele não é responsável pelos pro-
cessos da entidade, quais sejam: avaliação de riscos, controles internos e a parte de
governança e gestão, realizada pela própria entidade. O auditor apenas opina acerca
daquela entidade.
Na auditoria contábil, o auditor vai verificar a efetividade e a aplicação dos recursos.
Ele emite opinião, mas não assegura a viabilidade futura da entidade, nem a eficiên-
cia ou eficácia com a qual a administração conduziu os negócios da entidade.
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GABARITO
1. C
2. C
3. C
4. E
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Ellen Verri.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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