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AUDITORIA

Módulo I – Auditoria Governamental

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MÓDULO I – AUDITORIA GOVERNAMENTAL

CONCEITO DE AUDITORIA

O tema da aula é auditoria, voltada, principalmente, para quem estuda para carreiras
fiscais. O novo módulo trata do auditor independente e da auditoria compreendida da
maneira mais abrangente possível. Em um primeiro momento, vocês devem relembrar
um conceito de auditoria, seja de qual tipo for. O conceito é uma comparação entre um
critério e uma condição. A palavra “critério” vem da palavra “padrão” – um padrão a ser
seguido. Sempre, através dessa comparação, haverá uma norma, no sentido mais amplo
possível. As normas são comparadas com a condição. A partir dessa comparação, você
terá os achados, que é a diferença entre um critério e uma condição. Você terá também
as evidências, que é o chamado conjunto probatório, as provas relacionadas. O audi-
tor vai emitir a opinião com segurança razoável e avaliação independente. Perceba que
a auditoria escuta para examinar, para emitir uma opinião com segurança razoável e
avaliação independente, seja ela de qual tipo for. Aqui será tratada, mais precisamente, a
auditoria independente. No entanto, lembre-se: qualquer tipo de auditoria faz uma compa-
ração entre um critério (um padrão) e uma condição, na emissão de uma opinião, com
segurança razoável, (não é segurança absoluta) e avaliação independente. O auditor,
qualquer que seja, deve ter a independência na emissão dessa opinião.
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AUDITORIA CONTÁBIL/FINANCEIRA/DEM. FINANCEIRAS

Quando se fala da auditoria contábil, da auditoria financeira ou das demonstra-


ções financeiras, também chamada de auditoria de recursos externos, compara-se, do
mesmo modo, o critério (como padrão) com a condição. No entanto, o critério (padrão) é
o Relatório Financeiro Aplicável, se refere a como deve ser, por exemplo, o balanço patri-
monial, a demonstração de resultado de exercício, a demonstração de fluxo de caixa, enfim,
como deve ser, de acordo com as normas, o Relatório Financeiro Aplicável. Perceba que as
Demonstrações Contábeis (DC) são comparadas com esse Relatório Financeiro Aplicá-
vel (RFA), no qual também há os achados e as evidências. Como você pode ver na imagem
abaixo, o objetivo é verificar a efetividade e a aplicação de recursos externos para a
realização das Demonstrações Financeiras. Além disso, assim como em toda auditoria, o
auditor emite opinião com segurança razoável e avaliação independente.
Em resumo, na auditoria contábil, o Relatório Financeiro Aplicável (critério) é comparado
com as Demonstrações Contábeis (condição), no sentido mais amplo da palavra, daquela
entidade. Nessa avaliação, o auditor escuta o que está acontecendo para emissão de uma
opinião com segurança razoável e avaliação independente.
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TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

(NBCTA – ESTRUTURA CONCEITUAL)


Os Trabalhos do Auditor Independente são chamados de Trabalhos de Assegura-
ção, conforme a NBCTA-Estrutura Conceitual. Os Trabalhos dos Auditores Independentes
podem ser: 1) os Trabalhos de Asseguração; e 2) Outros trabalhos, como, por exemplo,
a Consultoria. Os Trabalhos de Asseguração são subdivididos em: 1) Asseguração
Razoável – é algo que a Auditoria faz; e 2) Asseguração Limitada – o Auditor vai revisar
aquilo que já foi feito. Na Asseguração Limitada, o Auditor não está avaliando, não está ava-
5m
liando com segurança razoável, ou seja, não se trata de Asseguração com Segurança Razo-
ável. Trata-se de uma Asseguração Limitada, porque o Auditor se limita a revisar o que
já está pronto. Nessa revisão do que já foi feito, o risco de o auditor errar, porque não foi
ele que realizou os trabalhos, é muito maior.

ATENÇÃO
Você verá questões falando que o trabalho de Asseguração Razoável tem um risco maior
do que o de Asseguração Limitada. Essa não é uma afirmação verdadeira! O trabalho de
Asseguração Limitada possui um risco maior, porque se limita a revisar um trabalho
feito por um outro auditor. Diferente da Asseguração Razoável, em que o auditor veri-
fica se o Relatório Financeiro Aplicável e as Demonstrações Contábeis estão dentro
dos conformes. Ele trabalha com os achados e as evidências, verifica se tem erros
em relação à esse material. Ele trabalha com um conjunto probatório e emite sua
opinião com segurança razoável. Esse trabalho é chamado de Asseguração Razoável.
Depois, é feita uma revisão, através de um trabalho de Asseguração Limitada, que, como
já foi dito, limita-se a revisar o que já foi feito no processo de auditoria.
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Como você pode acompanhar na imagem acima, a Asseguração Razoável é o pro-


cesso de auditoria, no qual o auditor vai avaliar o trabalho. Ou seja, a conclusão do
auditor independente é expressa na forma positiva para transmitir a sua opinião. Per-
ceba que o trabalho da auditoria é escutar e examinar, para emitir opinião sobre o resultado
da mensuração ou avaliação do objeto. Nesse caso, o objeto é, previamente, selecionado,
qual seja: as Demonstrações Contábeis.
Na Asseguração Limitada, o auditor vai revisar o trabalho, vai dar suporte à conclu-
são do auditor independente na forma negativa, ou seja, o auditor independente con-
clui que não tem conhecimento de nenhuma modificação relevante que deva ser feita
nas informações sujeitas à Asseguração Limitada.
Mais uma vez, enfatiza-se que a Asseguração Razoável é a auditoria, propriamente dita,
por isso, o auditor tem menos riscos ao emitir sua opinião. Na Asseguração Limitada, ele
está apenas revisando o material, então, ele sofre muito mais riscos relacionados.

PROCESSO DE AUDITORIA

O processo de auditoria, de maneira geral, pode ser dividido em etapas. As etapas


podem ser divididas em: 1) Pré-auditoria – etapa preliminar à execução dos trabalhos de
auditoria, na qual deve-se realizar os procedimentos de Controle de Qualidade e ava-
liar a conformidade com os requisitos éticos, bem como estabelecer o entendimento
dos termos do trabalho; 2) Auditoria – execução dos trabalhos de auditoria; e 3) Pós-
-auditoria – etapa posterior à execução dos trabalhos de auditoria.
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Inseridas na execução dos trabalhos de auditoria estão as seguintes atividades: o


planejamento, a execução, o relatório, o acompanhamento ou o monitoramento, que
formam a sigla PERA.
Na Pré-auditoria, antes de verificar e realizar o planejamento da entidade, deve-se
entendê-la melhor, inclusive, os pontos relacionados aos requisitos éticos, como, por exem-
plo, se o auditor está impedido de fiscalizar aquela entidade. Ou seja, na Pré-auditoria busca-
-se entender melhor como funciona a entidade, conferindo se todos os requisitos éticos que
o auditor tem de ter estão sendo respeitados. Através de um levantamento do que acontece
ali, pode-se ver se o auditor está capacitado para fiscalizar, averiguar, escutar, examinar e
emitir opinião acerca das Demonstrações Contábeis daquela entidade.
Depois, passa-se para o trabalho em si de auditoria, chamado de execução dos tra-
balhos de auditoria, durante a qual se realiza o planejamento, a execução, o relatório e o
monitoramento ou acompanhamento (PERA).
Por último, chega-se à Pós-auditoria, muitas vezes esses trabalhos são utilizados por
outro auditor, que vai realizar também um trabalho de auditoria.
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE ÉTICA PROFISSIONAL DO AUDITOR


QUANDO DA CONDUÇÃO DE AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS

O auditor apresenta princípios fundamentais da ética profissional, que se encontram


no Código de Ética Profissional do Contabilista, de forma implícita; na NBC PA 01, que
trata de controle de qualidade; e, ainda, no Código de Ética da IFAC, que é exigido pelos
auditores. Para memorizar os cinco princípios fundamentais, lembre do cio do cachorro,
com a sigla CCCIO:
1. COMPETÊNCIA E ZELO PROFISSIONAL – o auditor tem o poder e a competência
de saber as regras e cumpri-las. Ele é competente para o exercício da sua profissão, que é
diferente de capacidade. Uma pessoa, por exemplo, pode não ser capaz de entender muito
de obra e, por causa disso, fazer um curso de capacitação. Nesse exato momento, a pessoa
não é capaz, mas pode se capacitar para entender melhor esses trabalhos mais específicos.
Então, o auditor tem de ter essa competência e zelo profissional. É seu dever conhecer e
cumprir/aplicar as regras;
2. COMPORTAMENTO (OU CONDUTA) PROFISSIONAL – refere-se a como o auditor
se comporta;
3. CONFIDENCIALIDADE – o auditor, no uso de suas atribuições, ao obter informações,
deve seguir a regra e manter a boca fechada. A exceção ocorre quando, por alguma obri-
gação legal, ele tiver de passar as informações;
4. INTEGRIDADE – o auditor deve ser íntegro, isto é, acima de qualquer suspeita. No
processo de auditoria, qualquer que seja, compara-se o critério a uma condição na emis-
são de uma opinião com segurança razoável, estabelecendo a confiança. Portanto, a con-
fiança é muito importante. O auditor deve transparecer integridade na hora da emissão de
sua opinião;
5. OBJETIVIDADE – é a reprodução fiel do objeto. Se houver uma caixa, eu tenho de
falar acerca daquela caixa.
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TESTES DO PROCESSO DE AUDITORIA

No processo de auditoria, existem dois tipos de testes: 1) Testes de observância, de


aderência e de controle, que investigam o funcionamento dos procedimentos de con-
troles internos e acontecem na fase de planejamento; e 2) Testes ou procedimentos
substantivos ou testes de detalhes, nos quais verificam-se dados, números, transa-
ções, na fase de execução.
Toda vez que houver uma preocupação com o controle interno, realizam-se testes rela-
cionados aos controles internos, isto é, testes de observância, de aderência, de controle.
Observa-se se os controles internos estão de acordo com as normas, se estão aderi-
dos às normas, na fase de planejamento.
Nos testes substantivos, procedimentos analíticos substantivos ou testes de deta-
lhes, a preocupação se volta para números, valores, saldos, registros. A atenção é direcio-
nada para a substância do processo de auditoria, na fase de execução.
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PLANEJAMENTO DE AUDITORIA

O planejamento de auditoria sempre deve ser recomendado e documentado. Esta é a


fase de execução do trabalho de auditoria. O planejamento tem a estratégia global, que
é algo mais amplo, e o plano de auditoria, que é algo mais específico.

ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO

1) Definição dos objetivos (gerais e específicos);


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2) Definição da equipe e recursos necessários – quem vai e como vai;


3) Avaliação do objeto (demonstrações contábeis) – lembre que o objeto já foi sele-
cionado – são as demonstrações contábeis;
4) Delimitação do escopo (abrangência, extensão, profundidade, oportunidade) – o
escopo é o alvo – qual a sua abrangência (tamanho), extensão (quantidade de testes), pro-
fundidade (como isso vai ser feito?) e a oportunidade (o tempo que levará para fazer);
5) Especificação dos critérios de auditoria – para determinada entidade, quais são
as normas que vão ser utilizadas nessa comparação? Quais são os requisitos do Relatório
Financeiro Aplicável que vão ser usados verificar as Demonstrações Contábeis?;
6) Avaliação dos controles internos (L.A.T.P) – COSO – na avaliação, são feitos o
Levantamento, a Avaliação, os Testes de Observância e o Planejamento (LATP). O melhor
referencial para controles internos é o modelo COSO;
7) Estabelecimento do risco de auditoria (incode) – é o risco inerente x o risco de con-
trole x o risco de detecção – INCODE;
8) Elaboração do relatório de LPA (plano e programa) – elaboração de relatório de um
levantamento preliminar com plano e programa;
9) Elaboração da matriz de planejamento – essa matriz de planejamento é realizada
na fase de planejamento e orienta a fase de execução.

NBC TA 220 – CONTROLE DE QUALIDADE DA AUDITORIA DE


DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

O controle de qualidade da auditoria nas demonstrações contábeis cai muito na prova.


Por isso, lembre-se de que:
• Revisão de controle de qualidade do trabalho é um processo estabelecido para
fornecer uma avaliação objetiva, na data ou antes da data do relatório, dos jul-
gamentos relevantes feitos pela equipe de trabalho e das conclusões atingidas ao
elaborar o relatório.
• Revisor de controle de qualidade do trabalho é um sócio ou outro profissional da
firma, uma pessoa externa adequadamente qualificada, ou uma equipe composta
por essas pessoas, nenhuma delas fazendo parte da equipe de trabalho, com expe-
riência e autoridade suficientes e apropriadas para avaliar objetivamente os julga-
mentos relevantes feitos pela equipe de trabalho e as conclusões alcançadas na
elaboração do relatório de auditoria.
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O revisor não pode ser alguém que também faça parte da equipe de trabalho. Dessa
maneira, a falta de objetividade, de independência e de imparcialidade são evitadas. O
revisor, portanto, deve ser alguém de fora da equipe. Há um princípio muito importante na
auditoria que é o princípio da segregação de funções, para reduzir a possibilidade de
haver erros ou fraudes relacionados. A revisão é fundamental no trabalho de auditoria, em
todos os níveis e em todas as fases. A revisão é, portanto, uma avaliação do julgamento
do auditor, feita sempre por alguém de fora da equipe, jamais de dentro da equipe.

DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-AL/2020) Tendo em vista o que preco-
nizam as normas de auditoria, julgue os itens a seguir.
A fim de estabelecer o escopo da auditoria durante sua fase de planejamento, o au-
ditor pode utilizar procedimentos de revisão analítica, que fazem parte dos testes
substantivos.

COMENTÁRIO
Na auditoria, existem técnicas ou procedimentos a serem realizados que não se con-
fundem com os testes. Os testes podem ser testes de observância, de aderência, de
controle, e testes substantivos. Testar é fazer a mesma coisa várias vezes – ir às 8
horas fazer uma observação, ir às 9 horas fazer uma inspeção, ir às 10 horas fazer uma
revisão analítica. Enfim, perceba que, nesse caso, o auditor foi em vários momentos e fez
20m
três procedimentos. O procedimento é como se faz, é a ação, ou seja, é a observação,
a inspeção e a revisão de dados. Portanto, os testes na fase de planejamento são os
testes de observância e os testes na fase de execução são os testes substantivos.
Porém, perceba que os procedimentos podem ser realizados tanto nos testes de obser-
vância quanto nos testes substantivos. Nos testes substantivos, no momento em que se
faz os registros, o auditor realiza o chamado procedimento analítico substantivo. Des-
sa maneira, dentro de todo teste substantivo, no momento em que o auditor está fazendo
os registros, ele exerce um procedimento analítico substantivo.
O planejamento é um processo contínuo, iterativo e repetido. No planejamento, exis-
tem os procedimentos de revisão analítica, que podem ser realizados tanto nos testes
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de observância quanto nos testes substantivos. Os testes de observância são realiza-


dos na fase de planejamento; e os testes substantivos na fase de execução. Nos testes
substantivos, executa-se a comprovação de registros, de transações e de saldos. A
comprovação dos registros é realizada sempre através de procedimentos analíticos
substantivos. Ou seja, o auditor pode utilizar procedimentos de revisão analítica que fa-
zem parte dos testes substantivos, isto é, dos procedimentos analíticos substantivos. Por
isso, justamente, o nome de “procedimentos analíticos, substantivos”.

 Obs.: Questão 134 da prova.

2. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-DF/2020) O objetivo da auditoria é


aumentar o grau de confiança dos usuários nas demonstrações contábeis. Isso é alcan-
çado mediante a opinião expressa pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estru-
tura de relatório financeiro aplicável. Com referência à auditoria das demonstrações
contábeis, julgue os itens a seguir.
O auditor deve, antes de expressar uma opinião, ter obtido segurança razoável de que
as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, inde-
pendentemente de terem sido causadas por fraude ou erro.

COMENTÁRIO
A questão trata da opinião do auditor, que está comparando um critério – o padrão, o
relatório financeiro aplicado – com a condição. Quando essa comparação é feita, deve-se
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assegurar uma avaliação de segurança razoável. O auditor deve verificar se as de-


monstrações contábeis estão ou não de acordo com o relatório financeiro aplicado,
independentemente de fraude ou erro. Além disso, o auditor está ali para opinar acerca
da efetividade da aplicação dos recursos externos.
No caso de uma sociedade anônima, por exemplo, na qual você pode ser sócio, o auditor
é chamado para emitir uma opinião, para realizar um trabalho de certificação, para que
você entenda que essa empresa é confiável, para que você possa investir e comprar ações
nessa empresa de sociedade aberta.
O auditor faz um trabalho de asseguração razoável, ao avaliar as demonstrações con-
tábeis da entidade, comparando-as com o relatório financeiro aplicado. A partir desse
trabalho, então, você pode ter confiança naquilo que o auditor está falando, independen-
temente, de fatores causados por erro e por fraude.
Portanto, a auditoria contábil verifica a efetividade e a aplicação dos recursos exter-
nos nas demonstrações financeiras, além de obter segurança razoável de que es-
sas demonstrações contábeis, como um todo, estão livres de distorções relevantes.
Toda vez que você ouvir “distorções relevantes”, lembre que elas estão relacionadas com
o risco inerente vezes o risco de controle da entidade, ou seja, falhas inerentes, como,
por exemplo, ter alguma fraude na entidade, e o risco de controle e problemas relaciona-
dos com controles internos. Em vista disso, o auditor faz essa segurança razoável e essa
avaliação independente.
25m

Obs.: Questão 92 da prova.


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3. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-DF/2020) O objetivo da auditoria é


aumentar o grau de confiança dos usuários nas demonstrações contábeis. Isso é alcan-
çado mediante a opinião expressa pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estru-
tura de relatório financeiro aplicável. Com referência à auditoria das demonstrações
contábeis, julgue os itens a seguir.
Ao planejar e executar a auditoria de demonstrações contábeis, o auditor deve con-
siderar as circunstâncias envolvidas, a magnitude e a natureza das distorções, ou a
combinação de ambos.

COMENTÁRIO
A questão aborda as atividades de planejamento do processo de auditoria, são elas:
1. a definição de objetivos;
2. a definição da equipe e dos recursos necessários – quem vai e como vai?;
3. a seleção e avaliação do objeto em regra, que, nesse caso, está previamente selecio-
nado – são as demonstrações contábeis. Elas são verificadas de acordo com as normas,
isto é, conforme o relatório financeiro aplicável. O objeto não precisa ser selecionado ba-
seado no risco da materialidade ou na relevância, porque o auditor já sabe que tem de ir
atrás das demonstrações contábeis;
4. a delimitação do escopo, do alvo;
5. o estabelecimento dos critérios de auditoria para verificar qual é o padrão/a norma e
a condição daquilo relacionado;
6. o estabelecimento dos pontos relacionados com a parte de testes – testa-se, verifica-se,
realiza-se a avaliação dos controles internos;
7. o estabelecimento do risco de auditoria (incode);
8. a elaboração do relatório de levantamento preliminar;
9. a elaboração de uma matriz de planejamento.
O planejamento é algo interativo, que vai e volta e acontece o tempo todo, de modo, ex-
tremamente, abrangente. Você verifica todas as circunstâncias para a realização do seu
trabalho e o produto dessa fase de planejamento é a estruturação através de uma matriz
de planejamento. Portanto, falando de forma bem genérica, abrangente e holística,
há de se ter essa avaliação sistemática daquilo que o auditor busca fazer. Ao planejar
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e executar a auditoria das demonstrações contábeis, o auditor deve considerar as


circunstâncias envolvidas, a magnitude e a natureza das distorções, ou a combina-
ção de ambos.

 Obs.: Questão 93 da prova.

4. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-DF/2020) O objetivo da auditoria é


aumentar o grau de confiança dos usuários nas demonstrações contábeis. Isso é alcan-
çado mediante a opinião expressa pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estru-
tura de relatório financeiro aplicável. Com referência à auditoria das demonstrações
contábeis, julgue os itens a seguir.
A opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis assegura a viabilidade futura
da entidade, assim como assegura a eficiência da administração na condução dos ne-
gócios dessa entidade.

COMENTÁRIO
Como já foi dito, a auditoria deve emitir uma opinião com segurança razoável sobre aqui-
lo que se verifica. Não é o auditor que vai realizar as demonstrações contábeis, fazer os
controles internos e estabelecer as normas internas. Não é o auditor que verifica e faz a
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governança e a gestão. O auditor está na entidade para emitir a opinião, que vai ga-
rantir a viabilidade futura. Se a entidade quiser, ela faz, controla, age, resolve. Quem
resolve não é o auditor. A entidade, inclusive, pode não fazer nada daquilo que ela propôs
(o seu plano de ação), ou pode ser que ela volte e corrija. O auditor não pode garantir
que a entidade vai ter segurança e efetividade nos seus trabalhos lá na frente. Isso
jamais pode ser assegurado pelo auditor, porque ele não é responsável pelos pro-
cessos da entidade, quais sejam: avaliação de riscos, controles internos e a parte de
governança e gestão, realizada pela própria entidade. O auditor apenas opina acerca
daquela entidade.
Na auditoria contábil, o auditor vai verificar a efetividade e a aplicação dos recursos.
Ele emite opinião, mas não assegura a viabilidade futura da entidade, nem a eficiên-
cia ou eficácia com a qual a administração conduziu os negócios da entidade.
30m

 Obs.: Questão 94 da prova.

GABARITO
1. C
2. C
3. C
4. E

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Ellen Verri.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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