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TEORIA SOBRE

AUDITORIA

Segurança do Trabalho / Teoria do Seguro, Patrimônio e Auditoria / Modulo III


• De forma global, o trabalho executado pela Auditoria
Interna é idêntico aquele executado pela Auditoria
externa. Ambas realizam seus trabalhos utilizando-se das
mesmas técnicas de auditoria; ambas têm sua atenção
voltada para o controle interno como ponto de partida
de seu exame e formulam sugestões de melhorias para
as deficiências encontradas, ambas modificam a
extensão de seu trabalho de acordo com as suas
observações e a eficiência dos sistemas contábeis e de
controles internos existentes.
• Entretanto, os trabalhos executados pelos Auditores
Internos e Externos têm suas diferenças básicas
caracterizadas por:

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AUDITORIA INTERNA AUDITORIA EXTERNA
A auditoria é realizada por um funcionário A auditoria é realizada através de
da empresa contratação de um profissional
independente
O objetivo principal é atender as O objetivo principal é atender as
necessidades da administração necessidades de terceiros no que diz
respeito à fidedignidade das informações
financeiras
A revisão das operações e do controle A revisão das operações e do controle
interno é principalmente realizado para interno é principalmente realizado para
desenvolver aperfeiçoamento e para induzir determinar a extensão do exame e a
ao cumprimento de políticas e normas, sem fidedignidade das demonstrações
estar restrito aos assuntos financeiros financeiras

O trabalho é subdividido em relação às O trabalho é subdividido em relação às


áreas operacionais e às linhas de contas do balanço patrimonial e da
responsabilidade administrativa demonstração do resultado

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O auditor diretamente se preocupa com a O auditor incidentalmente se preocupa
detecção e prevenção de fraude com a detecção e prevenção fraudes, a não
ser que haja possibilidade de
substancialmente afetar as demonstrações
financeiras
O auditor deve ser independente em O auditor deve ser independente em
relação às pessoas cujo trabalho ele relação à administração, de fato e de
examina, porém subordinado às atitude mental
necessidades e desejos da alta
administração
A revisão das atividades da empresa é O exame das informações comprobatórias
contínua das demonstrações financeiras é periódica,
geralmente semestral ou anual.
O auditor diretamente se preocupa com a O auditor incidentalmente se preocupa
detecção e prevenção de fraude com a detecção e prevenção fraudes, a não
ser que haja possibilidade de
substancialmente afetar as demonstrações
financeiras

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CLASSES DE AUDITORIA

Essas variam de acordo com o tratamento que se dá ao


objeto da auditoria (quais são esses objetos?)
As classes fundamentais são:
1- Auditoria Geral ou sintética ou auditoria financeira:
direciona-se às análises das peças de balanços e de
suas conexões.
2- Auditoria detalhada ou analítica: abrange o exame
de todas as transações, detendo-se em todos os
documentos, em todas as contas e em todos os valores
fisicamente variáveis.

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AUDITORIA QUANTO A FORMA DE INTERVENÇÃO –
AUDITORIA INTERNA

• INTERNA: examina a integridade, adequação e eficácia


dos controles internos e das informações físicas
contábeis e operacionais da entidade.
• É uma atividade desenvolvida de forma INDEPENDENTE
DENTRO DA EMPRESA, cuja finalidade seja revisar as
operações prestando esse serviço à administração,
constituindo para tanto um controle gerencial;
• É executada por profissional ligado à empresa estando
ligada diretamente à direção da empresa;

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• O auditor interno se interessa por toda e qualquer fase
das atividades do negócio em que seja ser útil à
administração, não restringindo sua atuação e o próprio
conhecimento do auditor interno apenas à contabilidade e
finanças mas sim a outras áreas da empresa a fim de
obter uma visão completa das operações submetidas a
exame;

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O auditor testa a aplicabilidade e adequação dos
controles empenhos, financeiros e operacionais;
revisando e avaliando a correção, adequando e
aplicando os controles contábeis, financeiros e outros de
natureza operacional, propiciando controles eficazes a
um custo razoável;

Testa também como se está cumprindo as diretrizes,


planos e procedimentos, determinando o grau de
atendimento aos mesmos;

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• A auditoria interna também salvaguarda os ativos
da empresa quanto à escrituração, e protegendo
os ativos de perdas de qualquer tipo;
• Recomenda melhorias operacionais
• O objetivo da AI é auxiliar todos os membros da
administração no desempenho efetivo de suas
funções e responsabilidades, fornecendo-lhes
análises, apreciações, recomendações e
comentários pertinentes às atividades
examinadas;
• A responsabilidade da AI dentro da empresa deve
ser claramente determinada pela política da
empresa;
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A RESPONSABILIDADE DO AUDITOR INTERNO
• Informar e assessorar a administração e desimcumbir-se
das responsabilidades de maneira condizente com o Código
de Ética do Instituto dos Auditores Internos;
• Coordenar suas atividades com a de outros, de modo a
atingir com mais facilidade os objetivos da auditoria em
benefício das atividades da empresa.
• Ao desempenhar suas funções, o AI não tem
responsabilidade direta nem autoridade sobre as atividades
que examina isso é, as pessoas envolvidas no processo são
responsáveis pelas atividades que lhes concernem;
• Um AI não deve desenvolver e implantar procedimentos,
preparar registros ou envolver-se em qualquer outra
atividade que poderá vir a analisar, e que possa
caracterizar a MANUTENÇÃO DE SUA INDEPENDÊNCIA;.
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REDUÇÃO DE CUSTOS
• As empresas devem ter em cada auditor, um gerente
capaz e comprometido o suficiente e ainda
comprometido com as diretrizes e metas da empresa,
caso contrário um batalhão de pessoas serão envolvidos
em controle tais como secretárias para acompanharam
os horários, assistentes disso e daquilo. Nesse caso não
se estaria sendo eficiente, corroborando para um
dispêndio com pessoal de AI acima do recomendado.
Nesse caso os AI devem ser treinados o suficiente para
que eficazmente possa desenvolver suas funções de
forma eficiente.

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NORMAS DE AUDITORIA INTERNA
Normas de auditoria operacional existente
Normas Gerais:
• Os auditores devem ter, no conjunto, proficiência
profissional para se desincumbirem das tarefas a eles
confiadas;
• A organização da auditoria e os auditores,
individualmente, não devem ter sua independência
prejudicada, mantendo-as nas atitudes e na aparência;
• Devem exercer zelo profissional ao fazerem à auditoria e
prepararem o relatório;
• O auditor deve comunicar qualquer limitação imposta ao
escopo do exame.

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Normas de Exame e Avaliação:
• O trabalho deve ser adequadamente planejado e
supervisionado e corroborado por papeis de trabalho
corretamente feitos;
• Deve-se obter evidência suficiente, competente e
relevante, que proporcione uma base razoável para o
parecer do auditor;
• O auditor deve estar atento para possíveis circunstâncias
de fraude, abusos e atos ilegais.

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Normas de Relatórios:
• Os relatórios devem ser feitos e revisados na forma de
rascunho, pelo setor auditado e pelos dirigentes que
solicitaram a auditoria;
• Os relatórios devem ser objetivos, imediatos e
oportunos.
• Os relatórios devem apresentar dados exatos e
fidedignos e os fatos descobertos de maneira:
CONVINCENTE, CLARA, SIMPLES, CONCISA E
COMPETENTE;
• Os relatórios devem conter realizações dignas de nota e
enfatizar principalmente as melhorias, em vez de críticas.

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REQUISITOS PARA O PROFISSIONAL AUDITOR
• O auditor deve instrumentalizar suas atividades com
ferramentas modernas, como auditorias com uso de
informática, análise de desempenho das atividades do
negócio da empresa, mas principalmente possuir
algumas prerrogativas que facilitarão no
desenvolvimento de suas atividades tais como:
• Ser flexível, isso é estar aberto às novas idéias sem
preconceitos;
• Ser versátil;
• Possuir liderança frequente para atender às mudanças
que virão;
• Possuir princípios morais;
• Possuir orientação global;
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• Poder de decisão, para desenvolver com firmeza suas
funções em um ambiente de incertezas e mudanças rápidas;
• Comunicação: expressar-se com clareza;
• Habilidade para discernir assuntos que causam impacto
direto e exigem respostas imediatas;
• Equilíbrio físico e mental eliminando o estresse;
• Buscar crescimento permanentemente: educação
continuada. Pós-graduação, mestrado, inglês, cursos etc.
Estar atualizado nos temas globais, novidades que
circundam a informática.

AUDITORIA QUANTO A FORMA DE INTERVENÇÃO –


AUDITORIA INTERNA

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AUDITORIA EXTERNA: Conjunto de procedimentos
técnicas cujo objetivo é a emissão de parecer sobre a
adequação cm que é representada a posição patrimonial e
financeira da empresa, o resultado das operações, as
mutações do Patrimônio Líquido e as origens e aplicações
de recursos da entidade auditado consoante às normas
brasileiras de contabilidade.
• Executada por profissional independente, sem ligação com
o quadro da empresa;
• Os testes pelos AE se espelham por todos os setores da
empresa dependendo da necessidade de levantar
questões elucidativas para conclusão do trabalho ajustado;
• A extensão dos trabalhos do AE é determinado pelas
normas usuais reconhecidas no país ou requeridas por
legislação específicas ( AI Pela gerencia);
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• As demonstrações contábeis devem refletir com
propriedade a situação contábil da empresa em certa
data e também o resultado das operações do período
examinado (a AI dirige seu trabalho para assegurar a
eficiência do funcionamento do sistema contábil
fornecendo fatos à gerência);
• A responsabilidade do AE é bem ampla (acionistas,
atender legislação etc);
• Os métodos utilizados pela AE são mais amplos
observando como comentado anteriormente as normas
associadas às leis tendo melhor domínio dos aspectos de
interesse coletivo;
• O processo utilizado pela AE é analítico (idem a AI);

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• Concluímos que a diferença básica entre a auditoria
interna e a externa refere-se ao grau de independência
existente. O auditor interno é dependente da empresa em
que trabalha e é responsável por seus atos somente
perante a empresa em que exerce suas atividades. O
impacto de seus relatórios recebe influência de sua
subordinação
• O auditor externo por sua vez, presta serviço ao acionista,
aos banqueiros, aos órgãos públicos governamentais e ao
público em geral visando principalmente a
CREDIBILIDADE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS,
examinadas dentro de parâmetros de NORMAS DE
AUDITORIA E PRINCÍPIOS CONTÁBEIS.De acordo com a
CVM, o AE é responsável pela emissão de seu parecer
sobre os dados examinados.

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Interessante saber que ambos trabalham e têm o
mesmo interesse que seja:
• Verificar o sistema de controle interno a fim de salvaguardar
o patrimônio da empresa, verificando o funcionamento
desse sistema dentro das normas legais e internas da
empresa e verificar também se esse sistema fornece dados
necessários para permitir a preparação de
demonstrações contábeis que reflitam a realidade da
posição contábil e o resultado das operações da empresa.

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• INTEGRAÇÃO ENTRE A AUDITORIA INTERNA E
EXTERNA
• A integração entre ambas as auditorias se dá normalmente
na auditoria permanente DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
QUE ABRANGEM EXAMES EM ÁREAS OPERACIONAIS E NA
AUDITORIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. A
utilização dos trabalhos do auditor interno pelos Auditores
Independentes deve seguir alguns critérios estabelecidos
pelo Guia Internacional do IFAC sendo:

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• O auditor interno deve ser livre para se comunicar
irrestritamente com o AE;
• O auditor externo deve observar o alcance das tarefas
executadas pelo AI e se os trabalhos efetuados pelo mesmo
são levados em consideração pela administração agindo
adequadamente às observações desses;
• O AE deve verificar a competência técnica do AI e se o
mesmo tem adequado treinamento e competência para
executar suas tarefas. Se os trabalhos são planejados,
supervisionado, revisado e documentado e se existe manuais
de auditoria adequados assim como programas e materiais
de trabalho.
• O trabalho da AE deve levar em conta o trabalho do auditor
Interno e a responsabilidade do AE a esses trabalhos seria de
levar em conta pela relevância na determinação da natureza,
cronologia e extensão dos procedimentos.
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COMO PROCEDER EM UMA FISCALIZAÇÃO?

Uma vez que o auditor fiscal chega a empresa, deve ser


imediatamente identificado. Sem identificação funcional
não há autoridade para adentrar no estabelecimento.

Observe que há muitos falsos fiscais circulando pelas


empresas, exigindo, adentrando estabelecimentos. Anote
o numero de identificação e caso tenha duvidas sobre a
autenticidade, cheque com o órgão local.

O fiscal é um cidadão comum, um servidor público, com


direitos e obrigações, e deve cumprir todos os requisitos
estabelecidos na lei.

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O gestor precisa demonstrar equilíbrio, atendendo bem o
fiscal sem se exasperar, conduzindo a fiscalização dentro
de uma normalidade. Deve ainda manter o ambiente
profissional e saudável nas condições de trabalho, jamais
obstruindo a fiscalização.
Todo e qualquer documento deve ser solicitado por escrito
pelo agente fiscal, bem como todos os documentos
devem ser entregues mediante protocolo ao mesmo. A
empresa tema obrigação de apresentar ao fiscal os
documentos solicitados por escrito. A entrega do
documento, mediante protocolo, responsabiliza o fiscal
pela guarda do mesmo, não podendo alegar
posteriormente que não recebeu.

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FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO
• Cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego – TEM a
fiscalização do devido cumprimento das normas de
proteção ao trabalhador, cabendo ao agente de inspeção
lavrar o Auto de Infração, sob pena de responsabilidade
administrativa, quando verificar a existência de violação.
• Com o propósito de instruir os responsáveis no
cumprimento das leis trabalhistas, será observado o
critério de dupla visita quando:
– Ocorrer promulgação ou expedição de novas leis,
regulamentos ou instruções ministeriais, sendo que
em relação exclusivamente a esses atos, será feita
apenas a instrução dos responsáveis.
NOTA: decorrido o prazo de 90 dias da vigência doa to,
a autuação não dependerá de dupla visita.
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 Se tratar de primeira inspeção nos estabelecimentos ou
locais de trabalho recentemente inaugurados ou
empreendidos.
NOTA: decorrido do prazo de 90 dias do efetivo
funcionamento do novo estabelecimento ou local de
trabalho, a autuação não dependerá de dupla visita.
 Se tratar de estabelecimento ou local de trabalho com
até 10 trabalhadores, salvo quando for constatada
infração por falta de registro de emprego ou de anotação
da CTPS, bem como na ocorrência de reincidência,
fraude, resistência ou embaraço à fiscalização.

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• Se tratar de micro empresa e empresa de pequeno
porte, na forma da lei especifica.
NOTA: as microempresas e empresas de pequeno porte
são aquelas definidas pela Lei nº 9.841/5/10/99, com os
limites de receita fixados pelo Decreto 5.028/04

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COMO SE DÁ A ATUAÇÃO DO AUDITOR FISCAL

A inspeção do trabalho na empresa independe de aviso


prévio, podendo o inspetor, dentro de sua região de
competência, visitar o estabelecimento que achar
necessário. O horário não se dá de forma especial, pode
ocorrer e horário diurno ou noturno, e ainda, em
qualquer dia da semana, sempre que o auditor achar
necessário.
Deve ser considerado a indicação dos representantes
municipais, estaduais, federais, sindicatos e reclamações
expressas ou verbais à SRTE, a qual será brevemente
investigada pela autoridade competente.

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 Instalada a inspeção no trabalho, a empresa deverá
apresentar ao auditor, desde que solicitado, todas as suas
dependências, sendo que o mesmo tem livre acesso a
qualquer lugar da empresa.
 O auditor pode interpelar o dirigente ou preposto da
empresa para quer o mesmo faça os esclarecimentos
necessários para o bom andamento da inspeção.
Entendendo necessário o auditor fiscal pode interrogar
qualquer, na presença ou não do empregador, visando
apurar com perfeição atos legais praticados.
 O auditor fiscal pode retirar das dependências da empresa
mediante aviso ao empregador, copias de documentos
modelos de equipamentos ou amostras de materiais para
análise na sede da Superintendência regional do Trabalho.

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TEORIA SOBRE PATRIMÔNIO

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CONCEITO
O termo patrimônio significa, a princípio, o conjunto de
bens pertencentes a uma pessoa ou a uma empresa.
Compõe-se também de valores a receber ( ou dinheiro a
receber). Por isso, em contabilidade esses valores a
receber são denominados direitos a receber ou,
simplesmente, direitos.Relacionando-se, todavia, apenas
bens e direitos, não se pode identificar a verdadeira
situação de uma pessoa ou empresa. É necessário
evidenciar as obrigações (dívidas) referentes aos bens e
direitos.

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• Por exemplo, se você disser que tem como patrimônio
um apartamento e não fizer referência à dívida com o
banco financiador ( em caso de ter sido adquirido
através desse sistema de crédito ), sua informação é
incompleta e pouco esclarecedora. Em Contabilidade,
portanto, a palavra patrimônio tem sentido amplo: por
um lado significa o conjunto de bens e direitos
pertencentes a uma pessoa ou empresa; por outro lado
inclui as obrigações a serem pagas.

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BENS
• Entendem-se por bens as coisas úteis, capazes de satisfazer
as necessidades das pessoas e das empresas. Se eles têm
forma física, são palpáveis, denominam-se bens tangíveis:
veículos, imóveis, estoques de mercadorias, dinheiro,
móveis e utensílios (moveis de escritórios), ferramentas etc.
• Os bens incorpóreos, isto é, não constituídos de matérias,
denominam-se bens intangíveis. Normalmente são as
marcas ( ex.: Mesbla, Lojas Americanas) e as patentes de
invenção.
• Código Civil brasileiro distingue os bens em:
• Bens imóveis: são aqueles vinculados ao solo, que não
podem ser retirados sem destruição ou danos: edifícios,
construções, árvores etc.

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• Bens móveis: são aqueles que podem ser removidos por si
próprios ou por outras pessoas: animais, máquinas,
equipamentos, estoques de mercadorias etc.
• Bens corpóreos: Corpóreos são os que têm existência
material, como uma casa, um terreno, um livro; são o
objeto do direito, dinheiro, edificações, terrenos, moveis,
utensílios de escritórios, instalações elétricas, hidráulicas,
ferramentas e outros bens.
• Incorpóreos: São os que não têm existência tangível e são
relativos aos direitos que as pessoas físicas ou jurídicas têm
sobre as coisas, sobre os produtos de seu intelecto ou com
outra pessoa, apresentando valor econômico, tais como os
direitos reais, obrigacionais, autorais, programas de
computadores, marcas e signos de propaganda, patente de
fabricação, ponto comercial, linhas telefônicas dentre outros.

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• Bens móveis e imóveis: móveis são os que podem ser
transportados por movimento próprio ou removidos por
força alheia; imóveis são os que não podem ser
transportados sem alteração de sua substância.
• Bens imóveis por sua natureza: abrange o solo com
sua superfície, os seus acessórios e adjacências naturais,
compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço
aéreo e o subsolo.
• Bens imóveis por acessão física artificial: inclui
tudo aquilo que o homem incorporar permanentemente
ao solo, como a semente lançada à terra, os edifícios e
construções, de modo que não se possa retirar sem
destruição, modificação, fratura ou dano.

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• Bens imóveis por acessão intelectual: são todas as coisas
móveis que o proprietário do imóvel mantiver,
intencionalmente, empregadas em sua exploração
industrial, aformoseamento ou comodidade.
• Bens imóveis por determinação legal: são direitos
reais sobre imóveis (usofruto, uso, habitação, enfiteuse,
anticrese, servidão predial), inclusive o penhor agrícola e
as ações que o asseguram; apólices da dívida pública
oneradas com a cláusula de inaliebilidade, decorrente de
doação ou de testamento; o direito à sucessão aberta,
ainda que a herança só seja formada de bens móveis

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DIREITOS
• Em Contabilidade entende-se por Direito ou Direito a
Receber o poder de exigir alguma coisa. São valores a
receber, títulos a receber, contas a receber etc.O direito
a receber mais comum decorre das vendas a prazo, ou
seja, quando se vendem mercadorias a outras empresas,
o pagamento não é efetuado no ato mas no futuro; a
empresa vendedora emite uma duplica como um
documento comprobatório. Esse direito denomina-se
duplicatas a receber.
• Outros exemplos de direitos: aluguéis a receber,
promissórias a receber, ações a receber etc.

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OBRIGAÇÕES
• São dívidas com outras pessoas. Em Contabilidade tais
dívidas são denominadas obrigações exigíveis, isto é,
compromissos que serão reclamados, exigidos: pagamento
na data do vencimento.Em caso de um empréstimo bancário,
você fica devendo ao banco (empréstimo a pagar). Se a
dívida não for liquidada na data do vencimento, o banco
exigirá o pagamento.
• Uma obrigação exigível bastante comum nas empresas é a
compra de mercadorias a prazo (exatamente o contrário de
duplicatas a receber): ao comprar a prazo, a empresa fica
devendo para o fornecedor da mercadoria; por essa razão,
essa dívida é conhecida como fornecedores (ou duplicatas
a pagar).
• Outras obrigações: salários a pagar, impostos a pagar,
financiamento, encargos sociais a pagar etc.
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PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• O patrimônio por si só não mede a efetiva riqueza de
uma empresa. A empresa poderá estar a um passo da
falência ou totalmente endividada, embora os números
do seu patrimônio sejam elevados. Na verdade é
necessário conhecer a riqueza liquida da pessoa ou
empresa: somam-se os bens e os direitos e, desse total,
subtraem-se as obrigações, o resultado é a riqueza
líquida , ou seja, a parte que sobra do patrimônio para a
pessoa ou empresa. Ela é denominada patrimônio
líquido ou situação líquida.
• Face o exposto acima chegamos a "equação
fundamental do patrimônio líquido":

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PATRIMÔNIO LÍQUIDO = BENS + DIREITOS (-)
OBRIGAÇÕES
BALANÇO PATRIMONIAL (UMA INTRODUÇÃO)
• Balanço Patrimonial é um relatório gerado pela
contabilidade onde nós identificamos a saúde financeira
e econômica da empresa no fim do ano ou em qualquer
data prefixada.
• BP é dividido em duas colunas: a do lado esquerdo é
denominado Ativo, a do lado direito, Passivo. O ideal
seria denominar a segunda coluna Passivo e Patrimônio
Líquido. Entretanto a Lei das SA apresenta apenas o
termo passivo. Esta divisão é pura convenção.

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ATIVO
• É o conjunto de bens e direitos de propriedade da
empresa. São os itens "positivos" do patrimônio; trazem
benefícios, proporcionam ganho para empresa.
• Fazem parte do ativo: estoque, máquinas, prédio, gado,
duplicatas a receber, título a receber etc.
PASSIVO
• Significa as obrigações exigíveis da empresa, ou seja, as
dívidas que serão cobradas, reclamadas a partir da data do
seu vencimento. É denominado também passivo exigível,
dívidas com terceiros, recursos de terceiros, ou capital de
terceiros. O passivo exigível evidencia o endividamento da
empresa; o seu crescimento de forma desmedida pode
levar a empresa à concordata ou até falência.
• Fazem parte do passivo: fornecedores, funcionários etc.
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Balanço Patrimonial

Ativo Passivo e Patrimônio


Líquido
Bens Passivo exigível
estoque
  Impostor a pagar
máquinas
  Fornecedores
Direitos Patrimônio Liquido
 títulos a receber
 duplicatas a receber
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DIFERENCIAÇÃO ENTRE CAPITAL E PATRIMÔNIO
• De maneira geral o termo capital significa recursos.
Capital próprio, portanto, denota recursos (financeiros ou
materiais) dos proprietários ( sócios ou acionistas)
aplicados na empresa. Capital de terceiros, por seu lado,
significa recursos de outras pessoas (físicas ou jurídicas)
aplicados na empresa.
• A importância que os proprietários investem inicialmente
na empresa, cantabilmente, é denominada capital ou
capital nominal. O valor inicial do capital nominal será
modificado, normalmente aumentado com o passar do
tempo.
• Em caso de os sócios (ou acionistas) se comprometerem
a investir na empresa certa quantia, esse capital será
denominado capital subscrito (assinado, comprometido).

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. O Patrimônio é representado por:
a. Bens
b. Bens e obrigações
c. Ativo e patrimônio líquido
d. Ativo + passivo + patrimônio líquido
e. Direitos + obrigações

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2. As "Aplicações" de uma Empresa fazem
parte:
a. Do ativo
b. Do passivo
c. Do patrimônio líquido
d. Das obrigações
e. N.D.A.

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3. (AFTN/85) Assinale a alternativa que
indica situação patrimonial inconcebível:
a. Situação Líquida igual ao Ativo.
b. Situação Líquida maior que o Ativo.
c. Situação Líquida menor do que o Ativo.
d. Situação Líquida maior do que o Passivo
Exigível.
e. Situação Líquida menor do que o Passivo
Exigível.

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4. (FTE-MG/93) A representação gráfica dos
estados patrimoniais que indica a existência de
"Passivo a Descoberto" é:
a. Passivo + Patrimônio Líquido = Ativo.
b. Passivo = Ativo + Patrimônio Líquido.
c. Passivo = zero e Ativo = Patrimônio Líquido.
d. Passivo = Patrimônio Líquido e Ativo = zero.
e. Passivo < ou = zero e Ativo > Patrimônio
Líquido.
RESPOSTAS:
1)d 2)a 3)b 4)b

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TEORIA DO SEGURO

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BREVE HISTÓRICO DO SEGURO
Desde o seu surgimento na face da Terra, o homem enfrenta a
insegurança do desconhecido, a incerteza do futuro e o medo da
imprevisibilidade dos acontecimentos. Tudo isso pode ser resumido
em uma simples expressão: aversão ao risco.
Os principais riscos a que os homens estão sujeitos são muito
antigos e podem consumir, em questão de segundos, suas próprias
vidas e todos os bens que acumularam em anos de trabalho. Assim,
a necessidade de proteção contra o perigo e a preocupação de
preservar a vida e o patrimônio também não são recentes.

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BREVE HISTÓRICO DO SEGURO

As formas encontradas pelo homem para enfrentar a insegurança,


a incerteza e a imprevisibilidade variaram ao longo do tempo,
mas a princípio o sistema básico permaneceu o mesmo, ou seja,
sempre seria necessário considerar fatores como: a previdência, a
poupança coletiva, o mutualismo, o cálculo das probabilidades, a
dispersão dos riscos, a homogeneidade de fenômenos, a
pulverização de perdas e a não-seleção de riscos. Isso só poderia
ser garantido por meio de uma instituição: o seguro.

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• Cerca de 2.500 anos antes da Era Cristã, os cameleiros da
Babilônia, preocupados com as constantes perdas nas caravanas,
instituíram, mediante um acordo, uma forma mutualista de
amparar um companheiro prejudicado: se um deles perdesse um
animal durante uma das caravanas, fosse por morte ou
desaparecimento, receberia outro, pago por todos os demais
cameleiros.

• Os primeiros seguros a surgirem no mundo foram: o seguro


marítimo, seguindo-se o surgimento do seguro terrestre; mais
tarde surgiu o seguro de vida privado e finalmente o social. Entre
os seguros terrestres, de início, havia somente o seguro incêndio.

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• Em 1234, o Papa Gregório IX proibiu a realização de Contratos
de Dinheiro a Risco Marítimo e, em consequência, surgiu uma
forma similar de seguro, denominada Feliz Destino.

• Somente em 1591, na cidade de Hamburgo, surgiu uma


grande empresa de seguros denominada “Contrato de Fogo”
formada pelos proprietários de cem fábricas de cerveja. Mais
tarde, em 1676, a essa empresa se fundiram outras quarenta
e seis menores do mesmo gênero, formando-se uma só que
se denominou “Caixa de Incêndio da Cidade de Hamburgo”,
que foi considerada a primeira empresa de seguros da Europa.

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OS MARCOS DA HISTÓRIA DO SEGURO NO BRASIL
No Brasil, o seguro também se desenvolveu a partir das
grandes navegações, tendo como marco a abertura dos
portos brasileiros às nações amigas, por D. João VI.

O seguro iniciou-se efetivamente no Brasil em 1808, na


Bahia, com a criação da primeira empresa de seguros
denominada Companhia de Seguros Boa Fé, que operava
apenas com o seguro marítimo.

O Código Comercial Brasileiro regulamentou as operações


de seguros de transportes marítimos no Brasil e com o
surgimento de novas seguradoras outros ramos de seguro
começaram a aparecer, como o de incêndio, e o de vida.

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A CRIAÇÃO DO IRB - INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL

A criação do IRB, sob a denominação de Instituto de Resseguros do


Brasil, foi autorizada por meio do Decreto-Lei nº 1.186, de 03 de abril
de 1939. Posteriormente, o IRB foi reestruturado pelo Decreto-Lei nº
9.735, de 04 de setembro de 1946, pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de
novembro de 1966, e pela Lei nº 9.482, de 13 de agosto de 1997.

O IRB determinava o valor máximo que uma seguradora poderia reter


na cobertura de incêndio, absorvendo a diferença entre esse valor e o
total do valor em risco (valor segurável).

O IRB criou o Manual de Resseguro Incêndio, considerado um marco


na classificação de riscos, que continha rubricas específicas para todos
os tipos de atividades existentes no país.

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Conceito:

Contrato de seguro é aquele pelo qual uma das partes


(segurador) se obriga para com a outra (segurado),
mediante o pagamento de um prêmio, a indenizá-lo de
prejuízo decorrente de riscos futuros, previstos no contrato
(CC, art. 757).

O contrato de seguro tem como função precípua garantir o


indivíduo segurado contra futuros sinistros que venham a
ocorrem em relação a bens ou pessoas

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Caracteres Jurídicos:

É contrato bilateral, oneroso, aleatório, formal, de


execução sucessiva, de adesão e de boa fé.

O seguro visa, em um contexto amplo, dividir entre os


segurados o preço do prejuízo proveniente do sinistro,
que vier a ocorrer a qualquer um deles

Requisitos:
• O Segurador deve ser pessoa jurídica, devidamente
autorizada pelo governo federal para operar no
ramo (Dec.-lei n. 2.063/40, art. 1º; Dec. n.
60.459/67, arts. 42, parágrafo único, e 48; CC, art.
757, parágrafo único).

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• Segurado deverá ter capacidade civil.

• Nem todos poderão ser beneficiários (CC, arts, 793, 550,


1.801, III, 1.814 e 1.818).

• Consentimento de ambos os contraentes (Dec.-lei n.


2.063/40, art.108).

• Não há em regra solidariedade do co-segurador perante


o segurado (RT, 308:231), mas pelo CC, art. 761, o
segurador-administrador por ser acionado, por
representar os demais, tendo ação regressiva contra
eles.
• Não há vínculo entre o segurado e o órgão ressegurador
(Dec.-lei n. 73/66, art. 64).
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Elementos Básicos
Os elementos básicos do contrato de seguro podem ser
definidos como os seguintes: o risco, o prêmio, a
indenização, o segurado, o segurador e a apólice. Desta
feita, cabe explicar acerca destes.
• Risco – É o objeto do contrato. A sua propensão maior
determina, muitas vezes, o valor do prêmio, em virtude
da maior probabilidade da seguradora vier a indenizar o
segurado
• Prêmio – Nas palavras do notável civilista Silvio
Rodrigues: “É a contraprestação devida pelo segurado,
ao segurador, em troca do risco assumido. É composto
pela importância suficiente para saldar a soma dos
riscos, mais encargo da administração da companhia
seguradora e ao seu lucro.”
Segurançado
Segurança doTrabalho
Trabalho// Teoria
Teoria do
do Seguro,
Seguro, Patrimônio
Patrimônio e
e Auditoria
Auditoria/ /Modulo
ModuloIIIIII
• Indenização – Valor a ser pago pelo segurador com a ocorrência
do sinistro. No seguro de dano, o valor desta não pode extrapolar o
valor dos prejuízos sobre o bem segurado. Em contraponto, no
seguro de vida, inexiste limite para assegurar a própria vida ou a de
outrem.
• Segurado – O segurado pode ser tanto uma pessoa, como um
grupo de pessoas
• Segurador – O segurador, necessariamente, deve ser instituição
autorizada por lei. Tal medida tem por escopo garantir os segurados
contra possíveis fraudes de seguradoras moralmente inidôneas ou
que não sejam capazes de arcar com as indenizações a que estão
oneradas em razão de possíveis sinistros.
• Apólice – É o instrumento do contrato de seguro, devendo
consignar os riscos assumidos, o valor do objeto do seguro, o preço
devido ou pago pelo segurado, quaisquer outras estipulações
avençadas no contrato, bem como a duração do contrato.

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Exacerbação da Boa-fé
• A boa-fé, como princípio basilar do Direito Civil, se faz mais
presente e atuante no contrato de seguro, como se deduz do
art.765: “O segurado e o segurador são obrigados a guardar na
conclusão e na execução do contrato, a mais estrita boa-fé e
veracidade, tanto a respeito do objeto como das circunstâncias
e declarações a ele concernentes.”
• O diploma civil, na esteira da boa-fé, apregoa que, se o
segurador que, ao tempo do contrato, sabe que não há mais
risco a segurar e mesmo assim expede a apólice, deverá pagar
o dobro do prêmio estipulado.
• Tais dispositivos supracitados almejam punir com severidade o
contratante que se utiliza de expedientes antiéticos e ilegais
para enriquecer-se indevidamente.

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SEGUROS FACULTATIVOS E OBRIGATÓRIOS

Os seguros podem ser ainda facultativos ou obrigatórios.


A maioria dos seguros vendidos no Brasil tem
contratação facultativa, mas a lei determina a
contratação de uma série de seguros que passam a ser
obrigatórios. Muita gente não sabe disso! Veja a lista
abaixo
• Seguros Obrigatórios de Responsabilidade Civil dos
Proprietários de Veículos Automotores de Via Terrestre.
• Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil dos
Proprietários de Veículos Automotores Hidroviários.
• Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil dos
Transportadores em Geral.

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• Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil do
Construtor de Imóveis em Zonas Urbanas por Danos a
Pessoas ou Coisas.
• Seguro Obrigatório de Transporte de Bens Pertencentes
a Pessoas Jurídicas.
• Seguro Obrigatório de Danos Pessoais a Passageiros de
Aeronaves Comerciais e de Responsabilidade Civil do
Transportador Aeronáutico
• Seguro Rural Obrigatório.
• Seguro Obrigatório Contra Riscos de Incêndio de Bens
Pertencentes a Pessoas Jurídicas.
• Seguro Obrigatório de Garantia do Cumprimento das
Obrigações do Incorporador e Construtor de Imóveis e
de Garantia do Pagamento à Cargo do Mutuário.

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• Seguro Obrigatório de Bens Dados em Garantia de Empréstimos ou
Financiamentos de Instituições Financeiras Públicas.
• Seguro Obrigatório de Edifícios Divididos em Unidades Autônomas.
• Obrigatório de Crédito à Exportação.
• Seguro Habitacional Obrigatório de Morte e Invalidez Permanente
(MIP) e de Danos Físicos aos Imóveis (DFI), para os imóveis
financiados aos mutuários do Sistema Financeiro da Habitação.
no artigo 20 do Decreto-Lei 73, de 1966, que dispõe sobre o
Sistema Nacional de Seguros Privados, e estão vigentes. A eles,
juntaram-se com o tempo outros seguros obrigatórios por lei. São
eles:

Seguro de Danos Pessoais Causados p


Os seguros acima estão listados or Veículos Automotores de via
Terrestre (DPVAT) Foi criado pela Lei 6.194, de 19 de dezembro
de 1974, e tem como objetivo amparar as vítimas de acidentes de
trânsito causados por veículos automotores e/ou por suas cargas,
em todo o território nacional, independente de quem seja a culpa
desses acidentes.
Segurança do Trabalho / Teoria do Seguro, Patrimônio e Auditoria / Modulo III
• Seguro de Danos Pessoais de Embarcações ou suas Cargas (DPEM) Foi
instituído pela Lei 8.374, de 30 de dezembro de 1991, e tem por finalidade
dar cobertura de vida e acidentes pessoais a pessoas, transportadas ou
não, inclusive aos proprietários, tripulantes e condutores das
embarcações, e a seus respectivos beneficiários ou dependentes, sem
importar que a embarcação esteja ou não em operação.
• Seguro de Acidentes de Trabalho (SAT) É um seguro antigo, instituído na
época do presidente Getúlio Vargas, mas assumiu maior relevância jurídica
a partir da Lei 5.316, de 14 de setembro de 1967. O objetivo é garantir ao
empregado segurado do regime de previdência social um seguro contra
acidente do trabalho, às expensas do empregador, mediante pagamento
de um adicional sobre a folha de salários, garantido atualmente pela
Previdência Social.
• Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) Esse
seguro foi estabelecido em 1964, junto com a Lei 4.380 que criou o Banco
Nacional da Habitação (BNH). Ele cobre morte e invalidez do mutuário e
danos físicos ao imóvel financiado no âmbito do SFH. Foi extinto pela
Medida Provisória 478, de 28 de dezembro de 2009.

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• Seguro de Responsabilidade Civil dos Transportadores relativo aos danos
pessoais provocados aos usuários dos serviços de transporte rodoviário
interestadual e internacional Este seguro foi instituído pelo Decreto
2.521, de 20 de março de 1998 e visa a indenizar as vítimas de acidentes
no transporte coletivo interestadual e internacional de passageiros, sem
prejuízo da cobertura do seguro obrigatório de danos pessoais (DPVAT).
• Seguro Carta Verde É o seguro obrigatório para automóveis quando em
viagem para países do Mercosul e cobre responsabilidade civil por danos
pessoais e materiais causados a terceiros não transportados pelo veículo
segurado. Foi criado pela Resolução 120, de 1994, do Grupo Mercado
Comum, do Mercosul.

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• Além dos seguros de empresas e do governo existem os seguros
facultativos. Podem ser divididos em Seguro de Vida e Seguro contra
Acidentes.
• Seguro de Vida

Seguro de Vida

Seguro Temporário Indenização somente em caso de morte dentro de período


determinado pelo seguro. Se não houver falecimento durante a
vigência do seguro, não haverá retorno.

Seguro vitalício com prazo determinado Seguro para a vida inteira com cláusula especial de prazo
determinado.
Na cláusula especial de tempo determinado há o “Zenkigata”
(Pagamento do prêmio durante o período de vigência) e
“Koushingata” (Prazo determinado na cláusula especial com
renovação após um período de 10, 15 anos, etc

Seguro vitalício Seguro para a vida inteira.


O pagamento de prêmio pode ser “Shushin
Barai” (a vida inteira) e “Yuki Barai” (tempo
de contrato determinado)..

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Seguro de Saúde

Seguro de Saúde Indenização em caso de doença, ferimento ou


operação determinados no contrato.
Seguro Câncer Seguro especial para câncer. Indenização de
determinado valor na hora do diagnóstico do
médico e internação, etc.

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Modalidades
• CLASSIFICAÇÃO
Quanto às normas que o disciplinam.
- Seguro Comercial.
- Seguro Civil: o de dano e o de pessoa (CC, arts. 778 a
802).
Quanto ao número de pessoas.
- Seguro individual.
- Seguro coletivo (CC, arts. 801, § 1º e 2º).
Quanto ao meio em que se desenvolve o risco.
- Seguro terrestre.
- Seguro marítimo.
- Seguro aéreo.

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Quanto à prestação dos segurados.
- Seguro a prêmio.
- Seguro mútuo.
- Seguro misto.

Quanto às obrigações do segurador.


- Seguro de ramos elementares.
- Seguro de pessoa.
- Seguro de vida.
- Seguro contra acidentes.
· Seguro contra acidente do trabalho.
· Seguro contra acidentes pessoais.

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• Seguro de Dano
CC, art. 778 c/c o art. 766 e parágrafo único, e arts. 781, 783,
780, 779,784 e parágrafo único, 782, 785; §§ 1º e 2º.

• Seguro de pessoa
Conceito – Seguro de pessoa é o que garante, mediante o
prêmio anual que se ajustar, o pagamento de certa soma a
determinada pessoa, por morte, incapacidade ou acidente do
segurado, podendo estipular-se igualmente o pagamento dessa
soma ao próprio segurado, ou terceiro, se aquele sobreviver ao
prazo de seu contrato (CC, arts. 794, 798, 799, 791, 796, 790,
793, 795, 802).

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Seguro de Dano

• O seguro, no que toca aos bens, busca blindar o


segurado do infortúnio do dano patrimonial, decorrente
de sinistro que advenha em seu detrimento, bem como
no caso de garantia de responsabilidade civil. Desta
feita, o intuito do segurado é salvaguardar seu
patrimônio de eventuais desfalques e não o
locupletamento. Este entendimento respalda-se no limite
imposto à indenização devida, não podendo exceder o
valor do interesse segurado.

• Com o pagamento da indenização, o segurador, em


regra, sub-roga-se nos direitos que o segurado tinha
contra o terceiro, autor do dano. Contudo, este direito
limita-se ao valor pago pelo segurador.

Segurança do Trabalho / Teoria do Seguro, Patrimônio e Auditoria / Modulo III


• A apólice do seguro pode ser endossada, todavia, não ao
portador. A transferência, para a produção de todos os
seus efeitos, se faz mister - como é peculiar ao instituto
da cessão de crédito - a comunicação escrita, assinada
pelo cedente e cessionário, ao segurador-devedor da
modificação do beneficiário do seguro.

Seguro de Vida
• O seguro de vida, ao revés do seguro de dano, visa
garantir a mantença de outrem, em razão da ocorrência
de morte de pessoa que, normalmente, provia o
beneficiário. Entretanto, o seguro sobre a pessoa pode
ser feito sobre outra pessoa, além de si mesmo,
contanto que demonstrado o interesse pela preservação
da vida alheia. Tal demonstração, é fulcrada em
presunção juris tantum do interesse, quando o segurado
é descendente, ascendente ou cônjuge do proponente.

Segurança do Trabalho / Teoria do Seguro, Patrimônio e Auditoria / Modulo III


• Outra diferenciação crucial, com relação ao seguro de
dano, é que no seguro de vida, o segurador não sub-
roga-se nos direitos e ações do segurado ou do
beneficiário, contra o causador do sinistro. Além disso,
no seguro de dano, a indenização encontra linde
intransponível no valor do interesse assegurado, ao
passo que, no seguro de vida, ao valor assegurado, não
há fronteiras.

• No que concerne ao suicídio, o direito ao valor segurado


subsiste, ou seja, mesmo que o indivíduo atente contra a
própria vida dolosamente, terá direito ao seguro,
contanto que ocorra dois anos ulteriores à vigência do
contrato, sendo defesa qualquer cláusula excludente de
pagamento do capital por suicídio do segurado. Esta
vedação abarca também a prática de esporte, prestação
de serviço militar e utilização de meio de transporte mais
arriscado.

Segurança do Trabalho / Teoria do Seguro, Patrimônio e Auditoria / Modulo III


Segurança do Trabalho / Teoria do Seguro, Patrimônio e Auditoria / Modulo III
• Espécies

- Seguro de vida inteira com prêmio fixo.

- Seguro de vida inteira com prêmios temporários.

- Seguro de capital deferido.

- Seguro misto.

- Seguro sobre duas vidas.

- Seguro com participação nos lucros do segurador.

- Seguro dotal.

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DIREITOS E OBRIGAÇÕES DO SEGURADO
• Direitos

· Receber a indenização e a reparação do dano,


equivalente a tudo aquilo que esteja dentro do risco
assumido (CC, art. 757).

· Não ver aumentado o prêmio, embora hajam agravado os


riscos assumidos pelo segurador em razão de fato alheio
à sua vontade.

· Receber reembolso de despesas feitas no interesse da


seguradora para diminuir os prejuízos.

·
Segurança do Trabalho / Teoria do Seguro, Patrimônio e Auditoria / Modulo III
DIREITOS E OBRIGAÇÕES DO SEGURADO
• Direitos

· Ser defendido pelo segurador nos casos de


responsabilidade civil, cuja reparação esteja a cargo
dele.

· Abandonar a coisa segura, se entender que o capital


segurado lhe é mais conveniente do que a sua
recuperação ou indenização parcial.

· Exigir revisão do prêmio ou resolução contratual, se a


redução do risco for considerável (CC, art. 770).

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• OBRIGAÇÕES
 Pagar o prêmio convencionado (CC, arts. 757 e 764).

 Responder pelos juros moratórios (CC, art. 763).

 Abster-se de tudo que possa aumentar os riscos ou de tudo


que for contrário aos termos estipulados (CC, art. 768.

 Comunicar ao segurador todo incidente que possa agravar o


risco (CC, art. 769, §§ 1º e 2º).

 Levar ao conhecimento do segurador a ocorrência do


sinistro, assim que souber de sua verificação (CC, art. 771,
parágrafo único).

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• OBRIGAÇÕES

 Demonstrar os prejuízos que sofreu com o sinistro.

 Ser leal, respondendo com sinceridade as perguntas


necessárias à avaliação do risco e ao cálculo do prêmio
(CC, arts. 765 e 766).

 Abster-se de transacionar com a vítima, com o


responsável pelos danos, sem o prévio consentimento do
segurador (CC, art. 795).

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Direitos e Deveres do Segurador
• Direitos
 Isentar-se do pagamento da indenização, se provar dolo
do segurado e a ocorrência das hipóteses do CC, arts.
763, 778, 766, 784 e parágrafo único.

 Responder exclusivamente pelos riscos que assumiu (CC,


art. 776).

 Opor ao sucessor ou representante do segurado, nos


casos de sinistro, todos os meios de defesa que contra
ele lhe assistirem (CC, art. 767).

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Direitos e Deveres do Segurador
• Direitos
 Sub-rogar-se, se pagar indenização, no direito respectivo
contra o autor do sinistro, podendo reaver o que
desembolsou (CC, art. 786, §§.,1º e 2º; RF, 129:174,
127:444; RT, 155:218, 163:698, 189:702; Súmula 188).

 Merecer a lealdade do segurado.

 Comunicar ao segurado alterações havidas com o risco


ou com a titularidade da apólice.

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• Deveres
 Indenizar o segurado quanto aos prejuízos resultantes
do risco assumido, conforme as circunstâncias e o valor
da coisa segura (CC, arts. 776, 206, § 1º, II).

 Aceitar a cessão do seguro e pagar a terceiro a


indenização, como acessório da propriedade ou de
direito real sobre a coisa segurada.

 Pulverizar o risco sob forma de co-seguro e resseguro


(Dec.-lei n. 73/66, art. 4º).

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• Deveres
 Não reter responsabilidades cujo valor ultrapasse seus
limites técnicos (Dec.-lei n. 73/66, art. 79).

 Constituir reservas técnicas, fundos especiais e


provisões, para garantia das obrigações assumidas
(Dec.-lei n. 73/66, art. 84).

 Cumprir as obrigações provenientes da mora ou da


desvalorização da moeda (Lei n. 5.488/68; CC, art. 772).

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• Extinção
 Decurso do prazo estipulado.

 Distrato.

 Resolução por inadimplemento de obrigação legal ou de cláusula


contratual.

 Superveniência do risco.

 Cessação do risco, em seguro de vida, se o contrato se configurar


sob a forma de seguro de sobrevivência.

 Pela nulidade, que não é causa extintiva, mas que torna ineficaz o
contrato por força de lei, como ocorre no CC, arts. 762, 766 e 768,
e no Ccom, arts. 677 e 678.

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