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AUDITORIA

GOVERNAMENTAL
Auditoria de Regularidade e
Operacional, Instrumentos de
Fiscalização

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
AUDITORIA GOVERNAMENTAL
Auditoria de Regularidade e Operacional, Instrumentos de Fiscalização
Marcelo Aragão

Sumário
Auditoria de Regularidade e Operacional, Instrumentos de Fiscalização.......................... 3
Processo Resumido da Auditoria de Conformidade................................................................. 6
Auditoria Operacional..................................................................................................................... 8
Dimensões da Auditoria Operacional.......................................................................................... 9
Outras Dimensões......................................................................................................................... 10
Modalidades de Auditoria Operacional. . .................................................................................... 11
Ciclo ou Processo Resumido da Auditoria Operacional..........................................................13
Estratégias e Técnicas em Auditoria Operacional...................................................................16
Etapa de Monitoramento..............................................................................................................19
Controle de Qualidade em Auditorias Operacionais.............................................................. 20
Instrumentos de Fiscalização: Auditoria, Levantamento, Monitoramento,
Acompanhamento e Inspeção..................................................................................................... 20
Auditoria...........................................................................................................................................21
Inspeção........................................................................................................................................... 22
Levantamento. . ............................................................................................................................... 22
Acompanhamento. . ........................................................................................................................ 22
Monitoramento.. ............................................................................................................................. 23
Resumo............................................................................................................................................. 25
Questões de Concurso.................................................................................................................. 26
Gabarito............................................................................................................................................48

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Auditoria de Regularidade e Operacional, Instrumentos de Fiscalização
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AUDITORIA DE REGULARIDADE E OPERACIONAL,


INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO
Tendo como referência as normas internacionais de auditoria, as auditorias realizadas pe-
los tribunais de contas no Brasil são basicamente de dois tipos: auditoria de conformidade ou
regularidade e auditoria operacional.
Outros órgãos de controle e de auditoria governamental no Brasil preferem uma classifica-
ção diferente para as suas auditorias, como a classificação adotada pelo Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal, que é mais elástica e contempla cinco tipos de auditoria:
avaliação de gestão, acompanhamento de gestão, contábil, operacional e especial.
A auditoria de regularidade é uma espécie de auditoria governamental, utilizada pelo tribu-
nal de contas para examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis
sujeitos a sua jurisdição, quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial.
Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de conformidade e as auditorias
contábeis ou financeiras.
Assim, caso o Tribunal de Contas pretenda realizar uma auditoria na folha de pagamento
de órgão público, com o objetivo de verificar a regularidade dos pagamentos ou uma auditoria
nos processos de aquisição de bens e serviços do órgão, avaliando a legalidade dos processos
licitatórios e contratuais, realizará uma auditoria de regularidade ou de conformidade.
Já a auditoria operacional é utilizada para avaliar o desempenho dos órgãos e entidades
jurisdicionados, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades governamentais,
quanto aos aspectos de economicidade, eficiência, eficácia e efetividade dos atos praticados.
Enquanto a auditoria de regularidade verifica se o gestor público cumpriu os mandamen-
tos legais e a legitimidade e a probidade dos atos administrativos, a auditoria operacional se
preocupa em verificar o desempenho e os resultados alcançados pelo gestor público, ou seja,
a eficácia, a eficiência, a economicidade e a efetividade da gestão.
A auditoria operacional tem por objetivo examinar a economicidade, eficiência, eficácia
e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de
promover o aperfeiçoamento da gestão pública.

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O gráfico abaixo demonstra de forma comparativa os aspectos abordados em um e outro


tipo de auditoria dos TC’s:

Note que não é a área a ser auditada que define se auditoria é do tipo regularidade/confor-
midade ou operacional, mas o objetivo que mais prevalece no trabalho. Contudo, sabemos que
a auditoria de conformidade é muito utilizada para auditoria em licitações e contratos, aposen-
tadorias, setores de patrimônio e folhas de pagamento.
As auditorias operacionais possuem características próprias que as distinguem das audito-
rias tradicionais. Ao contrário das auditorias de regularidade, que adotam padrões relativamen-
te fixos, as auditorias operacionais, devido à variedade e complexidade das questões tratadas,
possuem maior flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria, métodos de trabalho
e forma de comunicar as conclusões de auditoria. Empregam ampla seleção de métodos de
avaliação e investigação de diferentes áreas do conhecimento, em especial das ciências so-
ciais. Além disso, essa modalidade de auditoria requer do auditor flexibilidade, imaginação e
capacidade analítica.
Algumas áreas de estudo, em função de sua especificidade, necessitam de conhecimentos
especializados e abordagem diferenciada, como é o caso das avaliações de programa, audito-
ria de tecnologia de informação e de meio ambiente.
Nas auditorias de regularidade, as conclusões assumem a forma de opinião concisa e de
formato padronizado sobre demonstrativos financeiros e sobre a conformidade das transa-
ções com leis e regulamentos, ou sobre temas como a inadequação dos controles internos,
atos ilegais ou fraude.
Nas auditorias operacionais, o relatório trata da economicidade e da eficiência na aquisi-
ção e aplicação dos recursos, assim como da eficácia e da efetividade dos resultados alcan-
çados. Tais relatórios podem variar consideravelmente em escopo e natureza, informando, por
exemplo, sobre a adequada aplicação dos recursos, sobre o impacto de políticas e programas
e recomendando mudanças destinadas a aperfeiçoar a gestão.

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Pela sua natureza, as auditorias operacionais são mais abertas a julgamentos e interpre-
tações e seus relatórios, consequentemente, são mais analíticos e argumentativos.
Enquanto nas auditorias de regularidade o exame da materialidade está diretamente relacio-
nado ao montante de recursos envolvidos, nas auditorias operacionais essa é uma questão
mais subjetiva e pode basear-se em considerações sobre a natureza ou o contexto do obje-
to auditado.
A participação do gestor e de sua equipe é fundamental em várias etapas do ciclo de uma
auditoria operacional. Desde a etapa de seleção do tema e definição do escopo da auditoria
até a caracterização dos achados e possíveis recomendações, a equipe deve contar com a
imprescindível colaboração do auditado.
Para que a auditoria contribua efetivamente para o aperfeiçoamento da gestão, o gestor
precisa apoiar o trabalho e estar disposto a colaborar, facilitando a identificação das áreas
relevantes a serem examinadas. Por sua vez, o envolvimento do gestor favorece a apropriação
dos resultados da auditoria e a efetiva implementação das recomendações propostas.
Mais adiante, veremos um pouco mais acerca da auditoria operacional e uma de suas mo-
dalidades, que é a auditoria de avaliação de programa.
O quadro a seguir resume as principais diferenças entre as auditorias de conformidade e
operacional.

AUDITORIAS DE AUDITORIAS
REGULARIDADE OPERACIONAIS
Objetivam avaliar a legalidade e a legitimidade Tem a finalidade de promover o aperfeiçoa-
dos atos de gestão. mento da gestão pública.
Maior flexibilidade na escolha de temas,
Adotam padrões relativamente fixos, ou seja,
objetos de auditoria, métodos de trabalho
os métodos são mais tradicionais. Os critérios
e forma de comunicar as conclusões de
utilizados estão previstos nas normas.
auditoria.
O enfoque é voltado para o presente e
O enfoque dos exames é no passado.
futuro.
Em função de sua especificidade, neces-
Menor necessidade de conhecimentos
sitam de conhecimentos especializados e
especializados.
abordagem diferenciada.
As conclusões assumem a forma de opinião con- O relatório trata da economicidade e da efi-
cisa e de formato padronizado sobre demons- ciência na aquisição e aplicação dos recur-
trativos financeiros e sobre a conformidade das sos, assim como da eficácia e da efetividade
transações com leis e regulamentos, ou sobre dos resultados alcançados. Tais relató-
temas como a inadequação dos controles inter- rios podem variar consideravelmente em
nos, atos ilegais ou fraude. escopo e natureza.

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A materialidade é uma questão mais sub-


O exame da materialidade está diretamente rela- jetiva e pode basear-se em considerações
cionado ao montante de recursos envolvidos. sobre a natureza ou o contexto do objeto
auditado.
A participação do gestor e de sua equipe é
O gestor não participa dos trabalhos de audito-
fundamental em várias etapas do ciclo de
ria.
uma auditoria operacional.

A seguir, veremos um pouco do processo da auditoria de conformidade, de acordo com as


Normas de Auditoria do TCU.

Processo Resumido da Auditoria de Conformidade


Para que seja realizada uma auditoria, o primeiro passo é a designação da equipe de audi-
toria mediante ato formal, mediante Portaria de Fiscalização, por exemplo, na qual são identifi-
cados o coordenador, os demais membros da equipe e o supervisor, bem como o objetivo dos
trabalhos, o órgão/entidade fiscalizado, a deliberação que originou a fiscalização, a fase de
planejamento e, quando conhecidas, as fases de execução e de elaboração do relatório.
Uma vez designada, a equipe procederá ao planejamento do trabalho, que envolve os se-
guintes aspectos básicos:
• nível de detalhamento suficiente, de modo a maximizar a relação entre o provável bene-
fício da fiscalização e o seu custo total;
• obtenção e análise das informações disponíveis e necessárias sobre o objeto fiscaliza-
do, inclusive quanto aos sistemas informatizados e aos controles internos a ele asso-
ciados;

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• suficiente discussão, no âmbito da equipe de auditoria e entre esta e o supervisor, a res-


peito da definição do escopo, dos procedimentos e técnicas a serem utilizados;
• teste e revisão dos formulários, questionários e roteiros de entrevista, a serem utilizados
na fase de execução.

Na fase de planejamento, deve ser elaborada a Matriz de Planejamento, que você verá na
próxima aula, quando estudarmos o planejamento da auditoria governamental.
Na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve, preliminarmente, construir uma visão
geral do objeto a ser fiscalizado, podendo fazer uso de diversas fontes de informação, inter-
nas e externas, como sistemas informatizados; legislação e normas específicas; contas dos
últimos exercícios; auditorias anteriores; notícias veiculadas na mídia; e trabalhos acadêmicos
publicados.
Uma vez concluído o planejamento, passa-se à fase de execução, com a apresentação da
equipe aos dirigentes do órgão ou entidade auditada.
Durante a fase de execução, a equipe de auditoria deve utilizar as fontes de informação e
aplicar os procedimentos previstos na Matriz de Planejamento em busca de achados.
Achado é a discrepância entre a situação existente e o critério. Achados são situações
verificadas pelo auditor durante o trabalho de campo que serão usadas para responder às
questões de auditoria. O achado contém os seguintes atributos: critério (o que deveria ser),
condição (o que é), causa (razão do desvio com relação ao critério) e efeito (consequência da
situação encontrada). Quando o critério é comparado com a situação existente, surge o acha-
do de auditoria.
O achado de auditoria deve atender, necessariamente, aos seguintes requisitos básicos:
• ser relevante para que mereça ser relatado;
• estar fundamentado em evidências juntadas ao relatório;
• ser apresentado de forma objetiva;
• respaldar as propostas de encaminhamento dele resultantes;
• apresentar consistência, de modo a mostrar-se convincente a quem não participou da
auditoria.

Os esclarecimentos acerca dos indícios devem ser colhidos por escrito ao longo da fase de
execução, por intermédio de ofícios de requisição, evitando-se mal-entendidos e minimizando
o recolhimento de informações posteriores.
A análise dos achados de auditoria é realizada mediante utilização da Matriz de Achados.
Para os achados que resultem em propostas de audiência ou conversão em tomada de contas
especial para fins de citação, é necessário o preenchimento da Matriz de Responsabilização,
na qual fica identificada a responsabilidade pela ocorrência. Você verá as Matrizes de Achados
e de Responsabilização na aula 8.
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Ao aplicar os procedimentos, o auditor obtém evidências, elementos essenciais e compro-


batórios do achado, que devem ter os seguintes atributos:
• Validade: a evidência deve ser legítima, ou seja, baseada em informações precisas e
confiáveis;
• Confiabilidade: garantia de que serão obtidos os mesmos resultados se a fiscalização
for repetida. Para obter evidências confiáveis, é importante considerar que: é convenien-
te usar diferentes fontes; é interessante usar diferentes abordagens; fontes externas,
em geral, são mais confiáveis que internas; evidências documentais são mais confiáveis
que orais; evidências obtidas por observação direta ou análise são mais confiáveis que
aquelas obtidas indiretamente;
• Relevância: a evidência é relevante se for relacionada, de forma clara e lógica, aos crité-
rios e objetivos da fiscalização;
• Suficiência: a quantidade e qualidade das evidências obtidas devem persuadir o leitor
de que os achados, conclusões, recomendações e determinações da auditoria estão
bem fundamentados. É importante lembrar que a quantidade de evidências não subs-
titui a falta dos outros atributos (validade, confiabilidade, relevância). Quanto maior a
materialidade do objeto fiscalizado, o risco, e o grau de sensibilidade do fiscalizado a
determinado assunto, maior será a necessidade de evidências mais robustas.

Ao final da fase de execução, realiza-se a reunião de encerramento, na qual a equipe apre-


senta verbalmente os achados de auditoria ao gestor do órgão/entidade fiscalizado e ou-
tros responsáveis, cuja participação seja considerada oportuna, ou representantes por eles
designados.
A última etapa de auditoria de regularidade é a de elaboração do relatório. O relatório é o
instrumento formal e técnico por intermédio do qual a equipe de auditoria comunica aos leito-
res: o objetivo e as questões de auditoria; a metodologia utilizada; os achados de auditoria; as
conclusões; e a proposta de encaminhamento.
Na redação do relatório, a equipe de auditoria deve orientar-se pelos requisitos resumidos
na palavra “CERTO”: Clareza, Concisão, Convicção, Exatidão, Relevância, Tempestividade e Ob-
jetividade.
Visto o processo de auditoria de conformidade, ainda que de forma sintética, saiba um
pouco mais a respeito da auditoria operacional.

Auditoria Operacional
Segundo as NBASPs, o principal objetivo da auditoria operacional é promover, construtiva-
mente, a governança econômica, efetiva e eficaz. Ela também contribui para a accountability e
transparência.
A auditoria operacional promove a accountability ao ajudar aqueles com responsabilidades
de governança e supervisão a melhorar o desempenho. Isso é feito ao examinar se as decisões
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tomadas pelo legislativo ou pelo executivo são formuladas e implementadas de forma efi-
ciente e eficaz e se os contribuintes ou cidadãos têm recebido em retorno o valor justo dos
tributos pagos.
Não se trata de questionar as intenções e decisões do legislativo, mas examinar se alguma
deficiência nas leis e nos regulamentos ou na sua forma de implementação esteja impedindo
que os objetivos especificados sejam alcançados. A auditoria operacional foca em áreas nas
quais pode agregar valor para os cidadãos e que têm o maior potencial para aperfeiçoamen-
to. Ela proporciona incentivos construtivos para que as partes responsáveis desenvolvam as
ações apropriadas.
A auditoria operacional promove a transparência ao proporcionar ao parlamento, aos con-
tribuintes e a outras fontes de financiamento, àqueles que são alvo das políticas de gover-
no e à mídia, uma perspectiva sobre a gestão e os resultados de diferentes atividades go-
vernamentais.
Desse modo, contribui diretamente para fornecer ao cidadão informações úteis e, ao mes-
mo tempo, serve de base para aprendizado e melhorias. Na auditoria operacional, as EFS são
livres para decidir, dentro de seu mandato, o quê, quando e como auditar, e não devem ser im-
pedidas de publicar seus achados.

A auditoria operacional não tem suas raízes na forma de auditoria que é habitual no setor priva-
do. Tem suas raízes na necessidade de análises independentes e de amplo escopo acerca da
economia, da eficiência e da eficácia dos programas e organismos da Administração, efetua-
das em caráter não periódico. A auditoria que é habitual no setor privado, realizada em caráter
periódico, é a auditoria contábil.

Dimensões da Auditoria Operacional


As normas de auditoria governamental apresentam as principais dimensões de análise
em auditoria operacional: economicidade, eficiência, eficácia e efetividade. O diagrama de
insumo-produto ilustra os conceitos-chave empregados em auditoria operacional e suas in-
ter-relações.

Fonte: Manual de Auditoria Operacional do TCU (pág. 11).


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A economicidade é a minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de


uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade. Refere-se à capacidade de
uma instituição gerir adequadamente os recursos financeiros colocados à sua disposição.
O exame da economicidade em auditorias operacionais poderá abranger a verificação de
práticas gerenciais, sistemas de gerenciamento, benchmarking de processos de compra e ou-
tros procedimentos afetos à auditoria de desempenho, enquanto o exame estrito da legalidade
de procedimentos de licitação, fidedignidade de documentos, eficiência dos controles internos
e outros deverão ser objeto de auditoria de conformidade.
A eficiência é definida como a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma
atividade e os custos dos insumos empregados para produzi-los em um determinado perío-
do de tempo, mantidos os padrões de qualidade. Essa dimensão, portanto, relaciona-se com
o conceito de economicidade e mede o esforço do processo de transformação de insumos
em produtos.
A eficácia é definida como o grau de alcance das metas programadas (de produtos e ser-
viços) em um determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados.
O conceito de eficácia diz respeito à capacidade da gestão de cumprir objetivos imediatos
traduzidos em metas de produção ou de atendimento, ou seja, a capacidade de prover bens ou
serviços de acordo com o estabelecido no planejamento das ações.
A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo.
Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de efeitos
sobre a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos espera-
dos). Trata-se de verificar a ocorrência de mudanças na população-alvo que se poderia razoa-
velmente atribuir às ações do programa avaliado.

Outras Dimensões
Além das quatro dimensões de desempenho examinadas, outras, a elas relacionadas, po-
derão ser explicitadas em razão de sua relevância para a delimitação do escopo das auditorias
operacionais. Aspectos como a qualidade dos serviços, o grau de adequação dos resultados
dos programas às necessidades das clientelas (geração de valor público), a justiça na distri-
buição dos serviços e dos seus custos econômicos, sociais e políticos (equidade) podem ser
tratados em auditorias operacionais com o objetivo de subsidiar a accountability de desempe-
nho da ação governamental.
O exame da equidade, que pode ser derivado da dimensão de efetividade da política públi-
ca, baseia-se no princípio que reconhece a diferença entre os indivíduos e a necessidade de
tratamento diferenciado. Promover a equidade é garantir as condições para que todos tenham
acesso ao exercício de seus direitos civis (liberdade de expressão, de acesso à informação, de
associação, de voto, igualdade entre gêneros), políticos e sociais (saúde, educação, moradia,
segurança). Portanto, as políticas públicas de proteção e de desenvolvimento social têm papel
fundamental na construção da equidade.

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Em relação aos critérios pelos quais o auditor operacional mede o desempenho/resulta-


dos, eles são amplos (leis, definidos pela Administração, pelos auditores, auditorias anteriores,
outras instituições ou programas, etc). Os critérios em auditorias contábeis são relativamente
fixos e padronizados.

Modalidades de Auditoria Operacional


Existem duas espécies ou modalidades de auditorias operacionais:
• a auditoria de desempenho operacional: Exame da ação governamental quanto aos as-
pectos da economicidade, eficiência, eficácia; e
• a avaliação de programas: Exame da efetividade dos programas e projetos governa-
mentais, o que inclui a dimensão de equidade.

A auditoria de desempenho operacional focaliza o processo de gestão, enquanto a avalia-


ção de programa prioriza os efeitos produzidos pela intervenção governamental.
No primeiro caso, investiga-se o funcionamento dos programas e projetos e o cumprimen-
to de metas quantificáveis, como, por exemplo, o número de escolas construídas, de vacinas
aplicadas, de servidores treinados ou de estradas recuperadas em relação ao previsto nos
planos de governo ou na legislação específica.
No segundo, deve-se agregar à análise dimensões que permitam à equipe pronunciar-
-se, por exemplo, sobre a redução da evasão escolar, a erradicação de doenças contagiosas,
a qualidade dos serviços prestados pela administração ou a redução dos índices de acidentes
no trânsito.
É importante fazer a distinção entre essas duas abordagens, uma vez que o cumprimento
de uma meta física ou a disponibilidade de um serviço pode ser uma condição necessária,
mas não suficiente para que determinado problema seja efetivamente resolvido ou para que
determinada necessidade seja atendida. Muitas vezes, o efeito esperado pode não ocorrer ou
ser insignificante.
Além do mais, uma intervenção governamental específica pode provocar efeitos inespe-
rados, tanto negativos, quanto positivos. Nas duas situações, ao proceder a uma avaliação
de programa, deve-se buscar identificar as relações de causa e efeito subjacentes aos fenô-
menos observados, procurando identificar os efeitos atribuíveis exclusivamente ao programa
ou projeto.
Trata-se, portanto, de verificar, valendo-se de uma estratégia metodológica apropriada, em
que medida os efeitos observados, intencionais ou não, foram causados por essa intervenção
específica. Embora a auditoria de desempenho operacional e a avaliação de programa possam
ser realizadas de maneira independente, as informações produzidas em cada uma delas pro-
porcionam uma análise completa da atuação governamental, podendo ser entendidas como
complementares.

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As auditorias de desempenho operacional focam na gestão dos órgãos e entidades, pro-


curando avaliar e melhorar a economicidade, a eficiência e a eficácia. Para tanto, utiliza-se de
um conjunto de metodologias e de técnicas de diagnóstico organizacional e de coleta e análi-
se de dados.
Essas metodologias e técnicas também são utilizadas para avaliação de programas, com
o propósito de avaliar a execução de projetos e programas e, especialmente, a efetividade ou
o impacto da ação de governo. As metodologias específicas para avaliação de impacto ou de
causa e efeito são os modelos experimentais e quase experimentais, portanto, exclusivos da
avaliação de programa.

Avaliação de Programa

Merece destaque a crescente integração da performance audit com outra atividade analítica
de grande influência no setor público: a avaliação de programas públicos (program evaluation).
Originada das ciências sociais na década de 30, a avaliação de programas consistia origi-
nalmente na aplicação sistemática de procedimentos de pesquisa científica, quantitativos e
qualitativos, para medir o impacto ou a efetividade dos programas de intervenção social.
Com a crescente intervenção das EFS no exame de programas governamentais, as meto-
dologias de avaliação sofreram adaptações que possibilitaram a execução de trabalhos em
períodos menores que as avaliações tradicionais, facilitando sua difusão nas referidas EFS,
merendo destaque a experiência do Government Accontability Office (GAO), EFS norte-ameri-
cana, por ser o país em que a prática da avaliação de programas era talvez mais desenvolvida
que em qualquer outro local no mundo.
Como resultado dessa integração da performance audit com a avaliação de programas,
passaram então a fazer parte do cardápio metodológico da última, técnicas como estudo
de caso, pesquisa, delineamento experimental, quase-experimental e não-experimental, en-
tre outras.
Assim, vinculada a atividades de pesquisas ou a estudos, a avaliação de programas bus-
ca analisar os processos por impactos desses programas. A primeira atividade – processos
– visa verificar se o programa está sendo implementado conforme seus objetivos, diretrizes
e prioridades e se seus produtos estão atingindo as metas previstas com a necessária efici-
ência. A segunda atividade – impactos – busca aferir se as transformações primárias e/ou
secundárias, na realidade, são atribuíveis às ações do programa, estabelecendo as devidas
relações de causalidade.
Para a INTOSAI, a avaliação de programa é um tipo de estudo ou modalidade de audito-
ria operacional cujo propósito é mensurar o funcionamento de um programa e melhorar seus
resultados.
Avaliação de programa tem como propósito avaliar a efetividade de um programa ou pro-
jeto, ou seja, os benefícios e impactos gerados com ação governamental.

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Ciclo ou Processo Resumido da Auditoria Operacional


O gráfico abaixo demonstra o ciclo completo das auditorias operacionais no âmbito dos
Tribunais de Contas, que é o seguinte:

O ciclo completo da auditoria operacional compreende as etapas de seleção, planejamen-


to, execução, análise, elaboração de relatório, comentário do gestor, apreciação pela Corte,
divulgação e monitoramento.
A seleção das auditorias é a primeira etapa do processo, a partir da qual são definidos os
programas e/ou órgãos a ser avaliados. Nessa fase, examinam-se as prioridades de governo,
a relevância das ações para reduzir os problemas da sociedade, a materialidade dos recursos
envolvidos e o risco de não se alcançarem os resultados esperados.
Materialidade é o volume de recursos envolvidos, ou seja, a representatividade do valor do
orçamento aprovado para o órgão ou programa de trabalho, do montante dos gastos realiza-
dos ou do patrimônio gerido.
Relevância envolve aspecto ou fato considerado importante, em geral no contexto do obje-
tivo delineado, ainda que não seja material ou economicamente significativo. Relevância pode
também ser definida como a importância social ou econômica de um órgão ou programa go-
vernamental.
Risco é a possibilidade de algo acontecer e ter impacto nos objetivos, sendo medido em
termos de consequências e probabilidades.
Os estudos de viabilidade indicam a oportunidade e a modalidade de fiscalização mais ade-
quada à auditoria, considerando os potenciais problemas que comprometem o desempenho.
A fase de planejamento destina-se à definição do escopo da auditoria (problema a ser
resolvido pela auditoria, objetivos, extensão e profundidade dos exames), bem como da elabo-
ração dos procedimentos a serem utilizados para coleta de dados.

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O planejamento consiste das seguintes atividades:


• análise preliminar do objeto de auditoria;
• definição do objetivo e escopo da auditoria;
• especificação dos critérios de auditoria;
• elaboração da matriz de planejamento;
• validação da matriz de planejamento;
• elaboração de instrumentos de coleta de dados;
• teste-piloto; e
• elaboração do projeto de auditoria.

Na aula 3, veremos detalhadamente cada uma dessas atividades. Por enquanto, é preciso
que você saiba que, nesta fase, define-se o projeto de auditoria que é apresentado no instru-
mento denominado Matriz de Planejamento.
Para tanto se aplicam as técnicas de diagnóstico de problemas com vistas a identificar
os principais problemas que comprometem o desempenho do programa/órgão. O problema
constitui o escopo da auditoria e será examinado a partir de questões que objetivam averiguar
o resultado das ações implementadas. Essas questões relacionam o problema às dimensões
examinadas nos trabalhos dessa natureza, ou seja: economicidade, eficiência, eficácia, efetivi-
dade e equidade.
Ainda na fase de análise preliminar, podem ser utilizadas técnicas com a finalidade de
traçar diagnóstico a partir da interpretação sistemática das informações coletadas e da iden-
tificação dos principais problemas relativos ao desempenho do objeto selecionado. O quadro
abaixo resume as técnicas mais empregadas e os objetivos a que se propõem.

Técnica de
Objetivo
diagnóstico
Identificar as forças e fraquezas do ambiente interno do objeto da audito-
ria e as oportunidades e ameaças do ambiente externo.
SWOT Identificar possíveis áreas a investigar.
Identificar fatores de risco e conhecer a capacidade organizacional para o
seu gerenciamento.
Identificar principais grupos de interesse (atores interessados).
Análise stakeholder
Identificar opiniões e conflitos de interesses e informações relevantes.
Conhecer os principais objetivos de uma entidade ou programa.
Mapa de produtos
Representar as relações de dependência entre os produtos.
e Indicadores de
Identificar os responsáveis pelos produtos críticos.
desempenho
Desenvolver indicadores de desempenho.
Conhecer o funcionamento de processos de trabalho.
Identificar boas práticas.
Mapa de processos
Identificar oportunidades para racionalização e aperfeiçoamento de pro-
cessos de trabalho.

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Além das técnicas acima, outras, como análise de Ishikawa, análise RECI e marco lógico
também podem ser úteis nessa etapa do trabalho de auditoria.
A Matriz de Planejamento apresenta para cada questão de auditoria: as informações que
serão necessárias para a sua análise; onde serão obtidas - fontes; a estratégia metodológica
para coleta e análise das informações; as limitações dela decorrente; e, os potenciais resulta-
dos esperados (o que a análise vai permitir dizer ou os possíveis achados).
Na fase de execução, a equipe de auditoria realiza os trabalhos de campo e as pesquisas
necessárias à coleta de dados - por meio de entrevistas, aplicação de questionários, observa-
ção direta, grupos focais, consultas a documentos e bases de dados.
As principais atividades realizadas durante a execução são:
• desenvolvimento dos trabalhos de campo;
• análise dos dados coletados;
• elaboração da matriz de achados; e
• validação da matriz de achados.

Após os trabalhos de campo, a equipe elabora a Matriz de Achados, síntese dos resultados
obtidos nessa fase.
Cabe observar que tanto a Matriz de Planejamento, como a Matriz de Achados, são apre-
sentadas e discutidas nos Painéis de Referência realizados pelo Tribunal com a participação
de representantes de grupos de interesse, como Controle Interno, Sociedade Civil, Academia
e Consultorias Legislativas do Congresso. Nessas ocasiões busca-se verificar a consistên-
cia da proposta de auditoria, bem como a relevância e adequação das conclusões (achados
de auditoria) e propostas de recomendações. As sugestões dos participantes são incorpora-
das à versão final das respectivas matrizes e apresentadas à consideração dos gestores dos
programas.
Concluída a análise dos dados e das evidências, elabora-se o relatório preliminar, a ser
submetido ao gestor público para comentários, ainda em caráter reservado. Depois de apre-
ciado o relatório final pelo Tribunal de Contas, dá-se ampla publicidade, visando a promover a
transparência e o controle social das ações governamentais.
A etapa de divulgação do relatório tem a finalidade de ampliar o conhecimento da socieda-
de sobre os resultados das ações estatais avaliadas, contribuindo para aumentar a efetividade
do controle, por meio da mobilização da comunidade no acompanhamento e na apreciação
dos objetivos, da implementação e dos resultados das políticas públicas.
Para assegurar que as recomendações formuladas pelo Tribunal sejam implementa-
das, procede-se ao monitoramento das recomendações durante, em média, um período de
dois anos.

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Estratégias e Técnicas em Auditoria Operacional


O Manual de Auditoria Operacional do TCU apresenta um apêndice contendo síntese das
estratégias metodológicas utilizadas nas auditorias operacionais, bem como das principais
técnicas de diagnóstico, utilizadas na fase de planejamento da auditoria operacional, e das
técnicas de coleta e análise de dados aplicadas na fase de execução das auditorias.

Estratégias Metodológicas

A estratégia metodológica é a forma geral do desenho investigativo que será adotado na


auditoria. Entre os métodos mais empregados nas auditorias operacionais estão pesquisa do-
cumental, estudo de caso e pesquisa (survey). A pesquisa experimental, quase-experimental e
não-experimental, utilizadas em avaliação de programas, também fazem parte das opções de
estratégia metodológica.
Pesquisa documental: abrange o exame de toda espécie de registros administrativos, in-
clusive estatísticas oficiais. Além de material produzido pela instituição auditada, são pesqui-
sados relatórios de auditorias anteriores do TC e do Controle Interno, assim como estudos
realizados por outras instituições. Denomina-se pesquisa bibliográfica a que abrange a biblio-
grafia tornada pública em relação ao tema de estudo. Ao se realizar pesquisa documental
é necessário avaliar a confiabilidade das informações divulgadas, assim como determinar a
natureza, localização e disponibilidade dos documentos no início da auditoria. Esses cuidados
têm por objetivo garantir o melhor aproveitamento da informação ao menor custo possível e
verificar a viabilidade de se responder à questão.
Estudo de Caso: é um método usado para conhecer uma situação complexa, baseado em
compreensão abrangente da situação, obtida a partir de sua ampla descrição e análise, con-
siderada como um todo e no seu contexto. (GAO, 1990, p.14). Em auditorias operacionais,
estudos de caso são frequentemente complementados por outras estratégias metodológi-
cas, como a pesquisa. Estudos de caso tornam-se especialmente úteis quando é necessário
entender algum problema específico ou situação em grande profundidade e onde é possível
identificar casos ricos em informação – ricos no sentido de que muito pode ser aprendido de
uma pequena amostra do fenômeno em questão. Por exemplo, geralmente muito pode ser
aprendido sobre como aperfeiçoar um programa estudando desistências, fracassos e suces-
sos selecionados.
Pesquisa: é uma estratégia metodológica que permite obter informações de caráter quan-
titativo e qualitativo relacionadas tanto aos aspectos operacionais e gerenciais, como aos
resultados esperados. Com frequência, é utilizada em conjunto com estudos de caso como
suporte para as análises de caráter qualitativo, típicas dessa última estratégia. Quando a pes-
quisa for baseada em amostragem estatística, é possível generalizar as conclusões para toda
a população. Para garantir essa generalização, a amostra deve refletir as características da
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população-alvo. Qualquer deficiência do método amostral utilizado deve ser levada em conta
na interpretação dos resultados da pesquisa e ser devidamente relatada.
Pesquisa Experimental: na pesquisa experimental, para verificar se um programa é a causa
de determinado efeito, selecionam-se dois grupos de unidades de pesquisa (pessoas, escolas,
hospitais, etc.): 1) o grupo experimental ou de tratamento, que será exposto ao programa; 2)
o grupo de controle, que não será exposto. As diferenças observadas nos resultados obtidos
por esses grupos, com algumas qualificações, poderão ser atribuídas à presença do progra-
ma. O procedimento, para ser considerado um experimento em sentido estrito, requer que as
unidades de pesquisa, em ambos os grupos, sejam selecionadas de forma randômica ou ale-
atória. Isso visa fortalecer a conclusão sobre o vínculo causal, garantindo que a maioria dos
fatores não manipulados pelo programa e que poderiam influenciar os seus resultados está
uniformemente distribuída entre os dois grupos. Dessa forma, apenas os efeitos do programa
explicariam as diferenças observadas.

Técnicas de Coleta de Dados

Uma vez definida a estratégia metodológica, deve-se detalhar na matriz de planejamento


os procedimentos que serão empregados na coleta de dados, utilizando-se as técnicas apro-
priadas. As técnicas mais utilizadas são: questionário, entrevista, observação direta e utiliza-
ção de dados existentes.
Questionário: trata-se de método estruturado de coleta de dados, por meio de formulário,
usado para quantificar informação padronizada sobre grande número de unidades de pesqui-
sa. Elabora-se um conjunto de perguntas com o objetivo de verificar determinado aspecto da
empresa/entidade auditada. O questionário deve ser preenchido e enviado previamente à en-
tidade de auditoria, para ser analisado antes do trabalho de campo. O questionário serve para
coletar informações quantitativas ou qualitativas de uma ampla população.
Consulta a Especialista (grupo focal): é a técnica de pesquisa qualitativa que tem como
fonte de coleta de dados discussões ocorridas entre participantes de um determinado grupo
sobre tema de interesse.
Entrevista: método presencial de obtenção de informação por meio de perguntas e res-
postas. Podem ser individuais ou coletivas, estruturadas (questões fechadas), não estrutura-
das (questões abertas ou semiestruturadas (duas modalidades de questões). Grande parte
da auditoria operacional é baseada em entrevistas. De acordo com o objetivo de cada etapa
do trabalho, são aplicadas entrevistas preparatórias; entrevistas para coletar dados e informa-
ções; entrevistas para identificar atitudes e argumentos; entrevistas para gerar e avaliar ideias
e sugestões. Podem ser empregadas para confirmar fatos e corroborar dados de outras fontes
ou explorar potenciais recomendações.
Observação direta: registro presencial e sistemático de informações, predefinidas em ro-
teiro. Requer treinamento e preparação específica em, por exemplo, técnicas de anotação de
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campo, bem como capacidade de concentração e percepção seletiva. O observador treinado


deve ser capaz de coletar informações exatas, válidas e confiáveis.
Uso de dados existentes: o uso de dados existentes requer cuidados especiais por par-
te da equipe de auditoria. Além da confiabilidade dos dados, outras questões devem ser
consideradas:
Que tipo de dado está disponível?
Ele se adapta à questão que se pretende investigar?
Os dados estão completos e o período de abrangência é suficiente para a análise?
De que forma o dado está armazenado?
Quais as limitações relativas à forma dos dados e quais as dificuldades existentes para a
sua obtenção?
Que atividades de coleta são realizadas regularmente?
Foi realizada coleta de dados com objetivo específico?
Há outras fontes relevantes de dados para o tema a ser investigado?

Técnicas de Análise de Dados

Deve-se detalhar na matriz de planejamento os procedimentos que serão empregados na


análise de dados. Técnicas de análise de dados são ferramentas usadas para organizar os
dados coletados e investigar as relações que se pretende estabelecer entre as variáveis se-
lecionadas para responder às questões de auditoria. A especificação da técnica é parte fun-
damental do projeto de auditoria e deve, portanto, constar da matriz de planejamento. Essas
ferramentas têm correspondência com as técnicas adotadas na coleta de dados.
Geralmente, a análise de dados é um procedimento interativo, isto é, realizam-se análises
iniciais na fase de planejamento e, à medida que a auditoria progride, as análises são refina-
das. Ampla variedade de técnicas de análise pode ser usada em auditoria operacional, incluin-
do análise estatística multivariada, análise por envoltória de dados, análise de regressão.
Usa-se ainda a análise qualitativa, com base em julgamento profissional da equipe ou de
especialistas consultados, das informações coletadas ou produzidas pela equipe, registradas
em mapas de processo, indicadores de desempenho, documentos oficiais, avaliações realiza-
das por outros agentes. O tipo de análise depende do problema a ser investigado e dos recur-
sos disponíveis para o trabalho.
As análises qualitativas abrangem a comparação e o contraste entre informações prove-
niente de fontes diferentes, de unidades de pesquisa que apresentam boas e más práticas,
comparações mais gerais entre unidades de pesquisa.
Na análise e interpretação de dados qualitativos, pode-se adotar ainda:
• Análise de conteúdo: técnica de análise sistemática de informação textual, organizada
de forma padronizada, que permite realizar inferência sobre seu conteúdo. Pode ser
usada para analisar transcrições de entrevistas, grupos focais e documentos, como re-
latórios, descrição de política pública. Recomenda-se usar software adequado em caso
de grande quantidade de material a ser analisado;

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• Triangulação: uso de diferentes métodos de pesquisa e/ou de coleta de dados para


estudar a mesma questão, com o objetivo de fortalecer as conclusões finais, podendo
assumir as formas a seguir indicadas:
− coletar dados de diferentes fontes sobre a mesma questão;
− empregar diferentes entrevistadores e pesquisadores de campo para evitar vieses na
coleta de dados;
− usar múltiplos métodos de pesquisa para estudar a mesma questão;
− usar teorias diferentes para interpretar os dados coletados;
• Interpretações alternativas: uma vez formulada uma interpretação a partir das principais
relações identificadas na análise, devem-se buscar interpretações alternativas; caso não
sejam encontradas evidências substantivas que sustentem essas interpretações, refor-
ça-se a confiança na interpretação originalmente formulada. Em uma auditoria operacio-
nal de qualidade, os argumentos sustentados pela equipe devem ser confrontados com
os melhores contra-argumentos possíveis;
• Caso negativo: relacionado ao item anterior, trata-se de identificar as situações que não
seguem a interpretação principal ou corrente em razão de circunstâncias específicas e
que, por isso mesmo, funcionam como “exceções (casos negativos) que confirmam a
regra” e que ajudam a esclarecer os limites e as características da interpretação princi-
pal.

A efetividade dos procedimentos tratados acima se apoia na honestidade intelectual do


analista, que deve despender na busca de casos negativos ou de evidências que deem susten-
tação às hipóteses alternativas, o mesmo esforço empregado na construção da interpretação
principal.
O processo de análise é interativo e compartilhado pela equipe, com a participação do
supervisor, bem como com a consulta a outros auditores experientes, especialistas e gesto-
res. À medida que as informações são estruturadas, comparadas, confrontadas, discutidas
com atores internos e externos, o relatório deve ser rascunhado, avaliado e reescrito. Pode ser
necessário discutir esses textos preliminares com gestores e especialistas, para confirmar
dados, desenvolver argumentos e propostas de recomendação.

Etapa de Monitoramento
Monitoramento é a verificação do cumprimento das deliberações do TC e dos resultados
delas advindos, com o objetivo de verificar as providências adotadas e aferir seus efeitos.
O principal objetivo do monitoramento é aumentar a probabilidade de resolução dos pro-
blemas identificados durante a auditoria, seja pela implementação das deliberações ou pela
adoção de outras medidas de iniciativa do gestor. A expectativa de controle criada pela realiza-
ção sistemática de monitoramentos contribui para aumentar a efetividade da auditoria.
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Considerando que o gestor tem a responsabilidade de solucionar as ocorrências aponta-


das durante a auditoria, cabe a ele apresentar proposta das medidas a adotar e o respectivo
cronograma. Isso é feito por meio do plano de ação.
O plano de ação é um documento apresentado pelo gestor ao TC que formaliza as ações
que serão tomadas para atender as deliberações propostas no sentido de corrigir os problemas
identificados durante a auditoria. Envolve, basicamente, um cronograma em que são definidos
responsáveis, atividades e prazos para a implementação das deliberações. Esse instrumento
norteia o processo de monitoramento e tende a aumentar a sua efetividade.

Controle de Qualidade em Auditorias Operacionais


Controle de qualidade nas auditorias operacionais é o conjunto de políticas, sistemas,
e procedimentos estabelecidos para proporcionar adequada segurança de que os trabalhos
alcancem seus objetivos, tenham excelência técnica e satisfaçam as normas e os padrões
profissionais estabelecidos.
O controle de qualidade é um processo contínuo que abrange as atividades de supervisão
e orientação da equipe pelo supervisor em todas as fases do ciclo das auditorias operacionais,
bem como as atividades de iniciativa da equipe e a revisão do trabalho por outros agentes.
O controle de qualidade pode ser concomitante ou a posteriori.
O controle de qualidade nas auditorias operacionais é realizado com o auxílio de determi-
nadas técnicas e procedimentos rotineiros que facilitam a sua aplicação. As principais ferra-
mentas de controle de qualidade são: a) checklists de qualidade; b) cronograma; c) matriz de
planejamento; d) matriz de achados; e) painéis de referência; f) comentários dos gestores.
Nas próximas aulas você verá o processo de auditoria do Tribunal de Contas de forma mais
aprofundada. Por enquanto, o mais importante é que você entenda os objetivos e as caracte-
rísticas dos dois tipos de auditoria do TCU.

Instrumentos de Fiscalização: Auditoria, Levantamento, Monitoramen-


to, Acompanhamento e Inspeção

Entre as competências dos tribunais de contas estabelecidas no art. 71 da CF, o inciso IV


define que compete ao Tribunal realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Se-
nado Federal, de comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II do mesmo artigo.
Assim, pelo texto constitucional, os instrumentos de fiscalização dos tribunais de contas
são a inspeção e a auditoria.
Vale lembrar que, pelo princípio da simetria, as Constituições Estaduais também destacam
a inspeção e a auditoria como instrumentos de fiscalização dos Tribunais de Contas locais,

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Auditoria de Regularidade e Operacional, Instrumentos de Fiscalização
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mas sabemos que existem ainda mais três instrumentos previstos no Regimento Interno dos
Tribunais ou em normas específicas.
Uma das razões para a CF prever apenas a inspeção e a auditoria, é que esses dois instru-
mentos ou procedimentos são utilizados pelo Tribunal para buscar informações diretamente
nos locais onde serão produzidas ou armazenadas pelos gestores públicos. Por meio delas,
representado por suas equipes técnicas, o Tribunal vai até as repartições da Administração,
coletar os dados necessários ao controle da gestão.

DIFERENÇA BÁSICA ENTRE INSPEÇÃO E AUDITORIA: quando o trabalho visa informações


pontuais e é de curta duração (geralmente variando de um dia a uma semana) é classificado
como inspeção. Caso o que se pretenda seja a coleta de um conjunto mais complexo de dados
ou o exame de um conjunto de atos administrativos, exigindo para esse trabalho um planeja-
mento mais elaborado e de execução mais longa – geralmente, duas semanas ou mais -, o pro-
cedimento é definido como auditoria. Nada impede, porém, auditorias mais curtas (Chaves,
2009: Controle Externo da Gestão Pública).

Quanto à iniciativa de realização das auditorias e a inspeções, o TC pode executá-las de


ofício (por iniciativa própria) ou por provocação ou solicitação das Casas Legislativas e suas
comissões.
Com relação à abrangência da fiscalização, como vimos nesta aula, temos aspectos obje-
tivos e subjetivos:
• Aspectos objetivos: a inspeção e a auditoria podem ser de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial;
• Aspectos subjetivos: podem ser realizadas nas unidades administrativas de todos os
Poderes e demais entidades da Administração Indireta.

Além da auditoria e inspeção, os Tribunais de Contas dispõem ainda do levantamento, do


acompanhamento e do monitoramento.

Auditoria
A auditoria é o tipo de fiscalização utilizado pelos tribunais de contas com os seguintes
objetivos:
• examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a
sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial (audi-
toria de conformidade/regularidade); e
• avaliar o desempenho dos órgãos e entidades jurisdicionados, assim como dos siste-
mas, programas, projetos e atividades governamentais, quanto aos aspectos de econo-
micidade, eficiência e eficácia dos atos praticados (auditoria operacional).

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Auditoria de Regularidade e Operacional, Instrumentos de Fiscalização
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Alguns tribunais de contas, a exemplo do TCU, definem ainda em suas normas que a audi-
toria também tem como objetivo subsidiar a apreciação dos atos sujeitos a registro.
Como visto nesta aula, os dois tipos de auditoria que os Tribunais de Contas realizam são
a auditoria de regularidade e a auditoria operacional.

Inspeção
Inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões e lacunas de infor-
mações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações quanto à legalidade, à le-
gitimidade e à economicidade de fatos da administração e de atos administrativos praticados
por qualquer responsável sujeito à sua jurisdição.
Vale ressaltar dois aspectos relevantes quanto à inspeção. O primeiro é que a inspeção
pode ser utilizada para três propósitos: (1) suprir omissões e lacunas de informações; (2) es-
clarecer dúvidas ou (3) apurar denúncias ou representações. O segundo é quanto aos aspectos
apurados em uma inspeção, quais sejam: legalidade, legitimidade e economicidade dos atos
de gestão.

Levantamento
Levantamento é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal de Contas para alcan-
çar as seguintes finalidades:
• conhecer a organização e o funcionamento dos órgãos e entidades da administração
direta, indireta e fundacional dos Poderes, incluindo fundos e demais instituições que
lhe sejam jurisdicionadas, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades
governamentais no que se refere aos aspectos contábeis, financeiros, orçamentários,
operacionais e patrimoniais;
• identificar objetos e instrumentos de fiscalização; e
• avaliar a viabilidade da realização de fiscalizações.

Repare que são três os objetivos e as finalidades dos levantamentos: (1) conhecer o objeto
fiscalizado; (2) identificar objetos e instrumentos de fiscalização; e (3) avaliar a viabilidade da
realização de fiscalizações.
Quando existe pouca informação disponível sobre o órgão/entidade ou sobre o objeto a ser
auditado, o instrumento de fiscalização a ser adotado é o levantamento, cujo relatório deverá
propor a realização de auditoria(s) com escopo(s) definido(s) ou concluir pela inviabilidade da
realização de auditoria.

Acompanhamento
Mediante o acompanhamento, o Tribunal de Contas tem por objetivo:
• examinar, ao longo de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos
atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil,
financeiro, orçamentário e patrimonial; e
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• avaliar, ao longo de um período predeterminado, o desempenho dos órgãos e entidades


jurisdicionadas, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades governa-
mentais, quanto aos aspectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos pratica-
dos.

Assim como nas auditorias, os acompanhamentos também podem ser de regularidade/


conformidade ou de desempenho/resultado. A diferença é que o acompanhamento examina
ou avalia esses aspectos em um período de tempo determinado, podendo se estender até
dois anos.
O acompanhamento das atividades dos jurisdicionados é seletivo e concomitante, por in-
termédio de informações obtidas:
• pela publicação no Diário Oficial e mediante consulta a sistemas informatizados adota-
dos pela administração pública da Lei do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamen-
tárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) da abertura de créditos adicionais; dos
editais de licitação, dos extratos de contratos e de convênios, acordos, ajustes, termos
de parceria ou outros instrumentos congêneres, bem como dos atos sujeitos a registro;
• por meio de expedientes e documentos solicitados pelo Tribunal ou colocados à sua
disposição;
• por meio de vistas técnicas ou participações em eventos promovidos por órgãos e enti-
dades da administração pública.

Monitoramento
O monitoramento tem por objetivo verificar o cumprimento das deliberações dos tribunais
de contas (recomendações e determinações) e os resultados delas advindos.
De acordo com as normas de auditoria, as deliberações proferidas pelo Tribunal devem ser
devidamente acompanhadas quanto ao seu cumprimento ou à sua implementação, observan-
do-se que as determinações endereçadas aos jurisdicionados serão obrigatoriamente moni-
toradas e as recomendações o serão a critério do Tribunal, do relator ou da unidade técnica.
A proposição de determinações e o seu consequente monitoramento observarão o dispos-
to em padrões e procedimentos estabelecidos para esse fim. Determinações e recomendações
anteriores, bem como os resultados de monitoramentos devem ser levados em consideração
no planejamento de futuras ações de controle.
Ao formular determinações e recomendações e posteriormente monitorá-las, o auditor
deve manter sua objetividade e independência e, portanto, preocupar-se em verificar mais a
correção dos problemas e das deficiências identificadas do que o cumprimento formal de de-
liberações específicas.

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Concluímos a parte teórica desta primeira aula do nosso curso.


Veja como os assuntos tratados nesta aula caem em prova!
Resolva as questões/itens abaixo que separei para você e compare com o gabarito ao final.

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RESUMO
Você aprendeu nesta aula que os órgãos de auditoria governamental no Brasil, com desta-
que para os tribunais de contas, realizam dois tipos de auditoria governamental: a de regulari-
dade e a operacional, a saber:

AUDITORIA DE REGULARIDADE AUDITORIA OPERACIONAL


Objetivam avaliar a legalidade e a legitimi- Tem a finalidade de promover o aperfeiçoamento
dade dos atos de gestão. da gestão pública.
Adotam padrões relativamente fixos, ou seja, Maior flexibilidade na escolha de temas, objetos de
os métodos são mais tradicionais. Os crité- auditoria, métodos de trabalho e forma de comuni-
rios utilizados estão previstos nas normas. car as conclusões de auditoria.
O enfoque dos exames é no passado. O enfoque é voltado para o presente e futuro.
Em função de sua especificidade, necessitam de
Menor necessidade de conhecimentos
conhecimentos especializados e abordagem dife-
especializados.
renciada.
As conclusões assumem a forma de opinião O relatório trata da economicidade e da eficiência
concisa e de formato padronizado sobre na aquisição e aplicação dos recursos, assim como
demonstrativos financeiros e sobre a con- da eficácia e da efetividade dos resultados alcança-
formidade das transações com leis e regula- dos. Tais relatórios podem variar consideravelmente
mentos. em escopo e natureza.
O exame da materialidade está diretamente A materialidade é uma questão mais subjetiva e
relacionado ao montante de recursos envol- pode basear-se em considerações sobre a natu-
vidos. reza ou o contexto do objeto auditado.
A participação do gestor e de sua equipe é funda-
O gestor não participa dos trabalhos de
mental em várias etapas do ciclo de uma auditoria
auditoria.
operacional.

Instrumentos de Fiscalização:
• Levantamento: destina-se a acumular conhecimento sobre o órgão ou programa;
• Auditoria: procedimento de maior profundidade e dimensão, podendo ser de regularida-
de ou operacional;
• Inspeção: adotada no curso de um processo; in loco; apuração de denúncias;
• Acompanhamento: não exige a presença in loco da equipe de fiscalização; durante um
período de tempo; seletivo;
• Monitoramento: verifica o cumprimento das deliberações do Tribunal.

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Auditoria de Regularidade e Operacional, Instrumentos de Fiscalização
Marcelo Aragão

QUESTÕES DE CONCURSO
Auditoria de Regularidade e Operacional

001. (CESPE/MC/CONTADOR/2008) Há duas modalidades de atuação da auditoria externa


governamental: auditoria de desempenho operacional e avaliação de programa. A auditoria de
desempenho operacional verifica em que medida as ações implementadas lograram produzir os
efeitos pretendidos pela administração e a avaliação de programa busca apurar, além da eficiên-
cia operativa, o grau de cumprimento das metas, comparando as previstas com as realizadas.

O item inverteu os objetivos dessas modalidades de auditoria operacional. A auditoria de ava-


liação de programa verifica em que medida as ações implementadas lograram produzir os
efeitos pretendidos pela administração e a de desempenho operacional busca apurar, além
da eficiência operativa, o grau de cumprimento das metas, comparando as previstas com as
realizadas.
Em sala de aula, alguns alunos já me perguntaram se não haveria erro também no fato da ques-
tão ter omitido a auditoria de conformidade. A meu ver, o erro é somente quanto à inversão dos
objetivos das modalidades de auditoria operacional do Tribunal. Se há os dois tipos de audito-
ria indicados, independentemente de existirem outros, a afirmativa está certa.
Errado.

002. (CESPE/TCU/2008) Na auditoria operacional realizada no âmbito de um órgão ou pro-


grama governamental, os critérios ou objetivos pelos quais eficiência e eficácia são medidas
devem ser especificados pelos auditores e, não, pela administração, e os pareceres relativos a
esses trabalhos não podem conter recomendações ou sugestões.

Em uma auditoria operacional, os critérios ou padrões pelos quais o desempenho de um órgão


ou programa será aferido devem ser definidos para cada auditoria. Os critérios podem ser defi-
nidos em função de: a) objetivos e metas fixados em lei ou determinados pela administração;
b) opiniões de especialistas; c) desempenho de entidades similares; e d) desempenho de anos
anteriores.
Como o propósito dessas auditorias é melhorar o desempenho de órgãos e programas, os rela-
tórios produzidos pelos auditores operacionais devem conter recomendações ou sugestões para
o aprimoramento da gestão, dos processos, controles, resultados etc. Portanto, a meu ver, o item
apresenta três erros: quando afirma que os critérios não devem ser especificados pela administra-
ção e que os pareceres (o certo seria relatórios) não devem conter recomendações ou sugestões.
Errado.

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003. (CESPE/SAD-PE/ANALISTA/2009) Na classificação dos tipos de auditoria, a que ava-


lia a eficácia dos resultados em relação aos recursos disponíveis, bem como a economici-
dade, a eficiência, a efetividade e a qualidade dos controles internos existentes, é denomina-
da auditoria
a) contábil.
b) de gestão.
c) de sistemas.
d) operacional.
e) de qualidade.

A auditoria que avalia a eficácia dos resultados em relação aos recursos disponíveis, bem
como a economicidade, a eficiência, a efetividade e a qualidade dos controles internos existen-
tes é denominada auditoria operacional.
Letra d.

004. (CESPE/MPU/CI/2010) Por meio de auditoria operacional, emite-se opinião acerca da


gestão quanto a eficiência, eficácia e economicidade, a fim de auxiliar a administração da enti-
dade auditada na gerência e no alcance dos resultados.

O auditor operacional emite opinião/relatório sobre a eficiência, eficácia, economia e efetivida-


de da gestão, tendo como objetivos ainda auxiliar a entidade auditoria a melhorar o desempe-
nho e o alcance dos seus resultados.
Certo.

005. (CESPE/SECGE-PE/2010) Constitui objeto da auditoria operacional


a) o exame de fatos ou situações relevantes, de natureza incomum, realizado mediante solici-
tação de autoridade superior.
b) a verificação de registros e documentos, em consonância com os princípios contábeis e
demais normas legais pertinentes.
c) a emissão de opinião sobre a regularidade das contas e a execução dos contratos e instru-
mentos afins.
d) a análise dos processos por meio dos quais os dados e as informações são obtidos, trata-
dos e fornecidos.
e) a avaliação da eficiência, eficácia, economicidade e efetividade da gestão, considerando o
uso dos recursos e os resultados alcançados.
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Constitui objeto da auditoria operacional a avaliação da eficiência, eficácia, economicidade e


efetividade da gestão, considerando o uso dos recursos e os resultados alcançados.
Letra a: auditoria especial.
Letra b: auditoria contábil.
Letra c: auditoria de gestão.
Letra d: auditoria de sistemas.
Letra e.

006. (CESPE/TCU/2011) A CF, ao conferir ao TCU competência para realizar, inclusive por
conta própria, auditorias de natureza operacional, reconheceu que, além de o controle externo
ter como balizamento para sua atuação fiscalizadora os aspectos de legalidade, legitimidade e
economicidade, deve também contemplar os critérios da eficiência — com status de princípio
constitucional da administração pública —, eficácia e efetividade.

As auditorias operacionais ampliaram o escopo da fiscalização pública, abrangendo aspectos


de eficiência, eficácia e efetividade da gestão pública.
Certo.

007. (CESPE/ANAC/2012) Utiliza-se a auditoria operacional para avaliação do desempenho


da administração, dos sistemas de planejamento e de controle de qualidade relativos às ope-
rações financeiras da entidade auditada.

Cuidado com a “pegadinha”. A auditoria operacional é utilizada para avaliação do desempenho


da administração, dos sistemas de planejamento e de controle de qualidade relativos às ativi-
dades operacionais da entidade auditada. Quando o objeto da auditoria é o sistema contábil ou
as operações financeiras da entidade auditada, a auditoria é contábil ou financeira.
Errado.

008. (CESPE/ANAC/2012) A auditoria de regularidade, assim como os demais tipos de au-


ditorias, tem por finalidade principal auxiliar a administração da entidade auditada a melhorar
a eficiência, a eficácia e economicidade de suas operações. Trata-se, portanto, de atividade
voltada para o futuro.

A auditoria que tem por finalidade principal auxiliar a administração da entidade auditada a
melhorar a eficiência, a eficácia e economicidade de suas operações é a auditoria operacional.
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Além desse erro, existe outro na parte final do item. Quanto ao enfoque dos exames –
passado ou futuro – a auditoria operacional tem uma abordagem mais construtiva, em
função de suas avaliações e recomendações. As normas da Intosai definem que os rela-
tórios de auditoria operacional, ao invés de se limitarem a criticar fatos passados, devem
ser construtivos. As conclusões e recomendações do auditor constituem um aspecto im-
portante da auditoria. Logo, as auditorias contábil e de conformidade possuem enfoque
voltado para o passado, enquanto a auditoria operacional é voltada para o passado, pre-
sente e futuro.
Errado.

009. (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Considere que um auditor tenha verificado a defini-


ção de indicadores de desempenho sobre os resultados obtidos na condução de um negócio,
tendo avaliado, ainda, o desempenho das ações implementadas após sua execução, com foco
nos resultados da empresa. Nessa situação, a auditoria realizada é de conformidade.

A auditoria que verifica a definição de indicadores de desempenho sobre os resultados obtidos


na condução de um negócio e avalia o desempenho das ações implementadas após sua exe-
cução, com foco nos resultados da empresa é a auditoria operacional.
Errado.

010. (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Suponha que o Tribunal de Contas da União tenha


realizado uma auditoria na Agência Nacional ABCTEL, visando conhecer a organização, os
sistemas, as operações, as atividades e as peculiaridades dessa entidade, a fim de subsidiar
a elaboração e a implementação de novas técnicas. Nessa situação, é correto afirmar que a
auditoria realizada é do tipo operacional.

Como o enunciado do item afirma que o TCU está realizando uma auditoria, de acordo com
seus objetivos ou ela é uma auditoria de regularidade/conformidade ou operacional. A audito-
ria que visa a conhecer a organização, os sistemas, as operações, as atividades e as peculia-
ridades dessa entidade, a fim de subsidiar a elaboração e a implementação de novas técnicas
seria classificada como operacional.
Certo.

011. (CESPE/CNJ/2013) A auditoria que tem como objetivo específico o melhoramento das
operações examinadas, consubstanciada na análise da eficiência, eficácia e economicidade
da ação administrativa, é denominada auditoria de gestão.

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A auditoria que tem como objetivo específico o melhoramento das operações examinadas,
consubstanciada na análise da eficiência, eficácia e economicidade da ação administrativa, é
denominada auditoria operacional.
Errado.

012. (CESPE/UNIPAMPA/CONTADOR/2013) Considerando-se a tabela abaixo, que apresen-


ta dados relativos a um curso em dois períodos sucessivos, e desconsiderando-se outros fa-
tores, como o número de alunos matriculados, o padrão de qualidade do ensino e a inserção
profissional dos formados, é correto afirmar que a instituição responsável pelo curso melhorou
os resultados apresentados, do período 1 para o período 2, do ponto de vista estrito da eficiên-
cia e da eficácia.

período 1 período 2

número de professores 50 40

quantidade de alunos formados 1.500 1.600

duração média para a conclusão do 4 5


curso (em anos)

Questões desta natureza não são fáceis de serem solucionadas, pois não apresentam de for-
ma completa todas as informações necessárias para fundamentar determinadas afirmações.
De todo modo, é de se perceber que, do ponto de vista da eficácia, que mede o alcance das
metas e objetivos fixados, como o curso formou 1.500 alunos no período 1 e 1.600 no período
2, cabe concluir ter melhorado a eficácia, do período 1 para o período 2.
Do ponto de vista da eficiência, que é a maximização do esforço e pode ser medida pela rela-
ção positiva entre o custo e os bens ou serviços produzidos (custo/benefício ou custo/eficá-
cia), perceba que o curso melhorou o seu desempenho quanto à eficiência do período 1 para
o período 2, posto que formou mais alunos, com menor quantidade de professores. O curso
realizou mais com menor custo, por isso, ganhou em eficiência.
Poderia haver dúvida em relação ao indicador “duração média para a conclusão do curso (em
anos)”, já que é um indicador que pode servir para medição da eficiência do curso. Quanto
maior a duração média do curso, pior a eficiência. Contudo, no contexto de todos os dados
apresentados na questão, esse indicador não permite concluir que houve perda de eficiência
do período 1 para o 2, dado que a quantidade de alunos formados aumentou, mesmo com me-
nor quantidade de insumos (professores).
Certo.

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013. (CESPE/TCE-PB/2014) Nas auditorias de desempenho, instrumento de controle utiliza-


do pelo TCU, examina-se a efetividade de programas, políticas e projetos governamentais, ava-
liando-se a medida em que estes produziram os efeitos desejados.

O exame da efetividade de programas, políticas e projetos governamentais, avaliando-se a me-


dida em que estes produziram os efeitos desejados é objetivo da avaliação de programas,
espécie de auditoria operacional.
Errado.

014. (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) A auditoria operacional é um processo destina-


do especificamente à avaliação do desempenho real dos controles gerenciais e à confronta-
ção desse desempenho com o esperado, o que raramente culmina com recomendações de
auditoria.

A auditoria operacional avalia o desempenho do objeto (órgão, entidade, programa, projeto


etc.), mas não é destinado especificamente à avaliação do desempenho real dos controles
gerenciais e à confrontação desse desempenho com o esperado, pois também envolve exame
dos resultados alcançados (eficácia e efetividade), além de outros aspectos. Outro erro está na
afirmação de que raramente culmina com recomendações de auditoria. Estas são elementos
sempre presentes nos relatórios de auditoria operacional, dado que o seu propósito é contri-
buir para o aperfeiçoamento da gestão.
Errado.

015. (CESPE/TCE-SC/2016) A abrangência da auditoria de gestão pública transcende o con-


ceito tradicional, pois, entre outros aspectos, não se restringe à mera verificação a posteriori,
nem às questões de caráter estritamente legal; está voltada para a economicidade, a eficiên-
cia, a eficácia e a efetividade da aplicação dos recursos públicos.

A auditoria operacional é um trabalho abrangente, envolvendo vários aspectos de desempenho


e resultados (economicidade, a eficiência, a eficácia e a efetividade etc.), tendo caráter preven-
tivo e construtivo.
Certo.

016. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Assinale a opção correta, com referência à auditoria


de regularidade.
a) O requisito de exatidão para o relatório de auditoria de regularidade estabelece que ele dis-
corra apenas e tão somente a respeito do que é importante dentro do contexto do trabalho.

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b) Auditoria contábil e auditoria patrimonial constituem subespécies de auditoria de re-


gularidade.
c) Impropriedades relacionadas a achados negativos em uma auditoria de regularidade refe-
rem-se à prática de atos de gestão ilegal que impliquem danos ao erário.
d) A auditoria de regularidade visa examinar a legalidade e a legitimidade de atos de gestão de
agentes sujeitos à jurisdição de tribunal de contas.
e) Veracidade, confiabilidade e relevância são os atributos de evidência considerados suficien-
tes nos trabalhos da auditoria de regularidade.

a) Errada. O requisito de relevância para o relatório de auditoria de regularidade estabelece


que ele discorra apenas e tão somente a respeito do que é importante dentro do contexto do
trabalho, não se devendo discorrer sobre ocorrências que não resultem em conclusões.
b) Errada. Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de conformidade e as audito-
rias contábeis.
c) Errada. A prática de atos de gestão ilegal que impliquem danos ao erário corresponde a irre-
gularidades relacionadas a achados negativos em uma auditoria de regularidade.
d) Certa. A auditoria de regularidade visa examinar a legalidade e a legitimidade de atos de ges-
tão contábil, orçamentária, financeira e patrimonial de agentes sujeitos à jurisdição de tribunal
de contas.
e) Errada. Validade, confiabilidade, relevância e suficiência são os atributos de evidência nos
trabalhos da auditoria de regularidade.
Letra d.

017. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Com relação à auditoria operacional, assinale a op-


ção correta.
a) São as seguintes as etapas de planejamento de uma auditoria operacional: especificação
dos critérios, sistematização dos instrumentos de coleta de dados, teste final e elaboração
do projeto.
b) Um exemplo de ferramenta de controle de qualidade na execução de uma auditoria opera-
cional é a matriz de achados, que, entre outros usos possíveis, auxilia no exame de evidências,
causas e efeitos e demais elementos do relatório de auditoria.
c) Comparadas às auditorias de regularidade, as auditorias operacionais são menos flexíveis
na escolha de temas, objetos de auditoria e metodologias de trabalho.
d) O monitoramento de uma auditoria operacional consiste no exame da situação existente,
identificada e documentada durante a execução dos trabalhos.
e) Em auditoria operacional, o requisito eficácia refere-se ao alcance dos resultados pretendi-
dos por prazo indeterminado.

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a) Errada. São as seguintes as atividades ou etapas de planejamento de uma auditoria ope-


racional: a) análise preliminar do objeto de auditoria; b) definição do objetivo e escopo da au-
ditoria; c) especificação dos critérios de auditoria; d) elaboração da matriz de planejamento;
e) validação da matriz de planejamento; f) elaboração de instrumentos de coleta de dados; g)
teste-piloto; e h) elaboração do projeto de auditoria
b) Certa. Um exemplo de ferramenta de controle de qualidade na execução de uma auditoria
operacional é a matriz de achados, que, entre outros usos possíveis, auxilia no exame de evi-
dências, causas e efeitos e demais elementos do relatório de auditoria.
c) Errada. Comparadas às auditorias de regularidade, as auditorias operacionais são mais fle-
xíveis na escolha de temas, objetos de auditoria e metodologias de trabalho.
d) Errada. O monitoramento de uma auditoria operacional consiste na verificação do cumpri-
mento das deliberações do TC e dos resultados delas advindos, com o objetivo de verificar as
providências adotadas e aferir seus efeitos.
e) Errada. Em auditoria operacional, o requisito eficácia refere-se ao alcance dos resultados
pretendidos (alcance das metas programadas) em um determinado período, independente-
mente dos custos implicados.
Letra b.

018. (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018) Assinale a opção que apresenta característica da au-


ditoria de regularidade.
a) flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria e métodos de trabalho
b) ampla seleção de métodos de investigação de diferentes áreas do conhecimento, em espe-
cial das ciências sociais
c) relatório com aspectos de economicidade e eficiência na aquisição e aplicação dos recursos
d) conclusões expressas sob a forma de opinião concisa e de formato padronizado sobre os
demonstrativos financeiros
e) exame da materialidade com base em considerações sobre a natureza ou o contexto do
objeto auditado

Uma característica da auditoria de regularidade são as conclusões expressas sob a forma de


opinião concisa e de formato padronizado sobre os demonstrativos financeiros, que é típico
da auditoria contábil, espécie de auditoria de regularidade. As demais alternativas referem-se
a características da auditoria operacional.
Letra d.

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019. (CESPE/TCE-RO/AUDITOR/2019) Em auditoria operacional, o estudo de caso é o método


mais empregado para situações singelas; ele abrange o exame de toda espécie de registros ad-
ministrativos produzidos pela instituição auditada bem como relatórios de auditorias anteriores.

Estudo de Caso é um método usado para conhecer uma situação complexa, baseado em com-
preensão abrangente da situação, obtida a partir de sua ampla descrição e análise, considerada
como um todo e no seu contexto. Em auditorias operacionais, estudos de caso são frequente-
mente complementados por outras estratégias metodológicas, como a pesquisa. Estudos de
caso tornam-se especialmente úteis quando é necessário entender algum problema específico
ou situação em grande profundidade e onde é possível identificar casos ricos em informação.
Errado.

Instrumentos de Fiscalização

020. (CESPE/TCU/AUDITOR/2013) Considere que, após o exame da prestação de contas de


uma entidade, o TCU tenha determinado uma série de providências para a regularização da
situação dessa entidade. Nessa situação, a verificação do cumprimento das deliberações e os
resultados delas advindos serão objeto de inspeções.

A verificação do cumprimento das deliberações e os resultados delas advindos serão objeto


de monitoramento.
Errado.

021. (CESPE/TCU/TÉCNICO/2015) A verificação do cumprimento, pelos entes fiscalizados,


das deliberações do TCU é realizada por meio de monitoramento.

O monitoramento é o instrumento de fiscalização utilizado para a verificação do cumprimento,


pelos entes fiscalizados, das deliberações do TC.
Certo.

022. (CESPE/TCU/TÉCNICO/2015) Para avaliar se a execução de uma fiscalização será viá-


vel, o TCU realiza levantamentos.

O levantamento tem como propósitos: a) conhecer a organização e o funcionamento dos ór-


gãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional dos Poderes da União, incluin-
do fundos e demais instituições que lhe sejam jurisdicionadas, assim como dos sistemas,

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programas, projetos e atividades governamentais no que se refere aos aspectos contábeis,


financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais; b) identificar objetos e instrumentos
de fiscalização; e c) avaliar a viabilidade da realização de fiscalizações.
Certo.

023. (CESPE/TCU/TÉCNICO/2015) A inspeção é o instrumento de fiscalização destinado a


avaliar aspectos relativos à economicidade, efetividade e eficácia dos atos praticados no exer-
cício das atividades governamentais.

A inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões e lacunas de informa-


ções, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações quanto à legalidade, à legitimida-
de e à economicidade de fatos da administração e de atos administrativos praticados por qualquer
responsável sujeito à sua jurisdição. A avaliação do desempenho dos órgãos e entidades jurisdicio-
nados, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades governamentais, quanto aos
aspectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos praticados é objeto da auditoria.
Errado.

024. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) O instrumento conhecido por levantamento é utilizado


para avaliar a viabilidade de realização de inspeção, desde que seja confirmada a existên-
cia de riscos que justifique a realização de trabalhos de fiscalização diretamente na sede do
ente público.

O instrumento conhecido por levantamento é utilizado para avaliar a viabilidade de realização


dos demais instrumentos de fiscalização; não tem como objetivo avaliar a viabilidade de reali-
zação de inspeção, condicionada à existência de riscos que justifique a realização de trabalhos
de fiscalização diretamente na sede do ente público.
Errado.

025. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) A inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado para


esclarecer dúvidas, suprir omissões e lacunas de informações; no entanto, quando o foco for
apuração de denúncias, exige-se plano de fiscalização suplementar ao plano de auditoria para
legitimar os trabalhos dos auditores responsáveis pelo exame de regularidade dos atos e fatos
delatados.

A inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões e lacunas de infor-


mações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações quanto à legalidade, à
legitimidade e à economicidade de fatos da administração e de atos administrativos

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praticados por qualquer responsável sujeito à sua jurisdição. Não se exige plano de fiscaliza-
ção suplementar ao plano de auditoria para legitimar os trabalhos dos auditores responsáveis
pelo exame de regularidade dos atos e fatos delatados.
Errado.

026. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Uma auditoria em empresa pública de determinado


estado da Federação constatou várias irregularidades. O tribunal de contas estadual deliberou,
em acórdão, por vários mandados, e o plenário autorizou a verificação de seu cumprimento.
Nesse caso hipotético, o instrumento de fiscalização a ser adotado para verificação de cumpri-
mento dos mandados é denominado
a) monitoramento.
b) levantamento.
c) validação.
d) inspeção.
e) acompanhamento.

O instrumento de fiscalização a ser adotado para verificação de cumprimento dos mandados


é denominado monitoramento.
Letra a.

027. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA/2016) Acerca dos instrumentos de fiscalização, assinale a


opção correta.
a) Inspeção é o instrumento de fiscalização que examina a legalidade e a legitimidade dos atos
de gestão e avalia o desempenho das organizações auditadas.
b) Auditoria consiste no instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões e lacunas
de informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias quanto à organização auditada.
c) O levantamento tem como função o acúmulo de informações acerca do funcionamento da
instituição e dos objetos a serem auditados.
d) O monitoramento é o instrumento de fiscalização empregado para examinar e avaliar, ao
longo de período predeterminado, o desempenho da organização auditada.
e) O acompanhamento corresponde ao instrumento de fiscalização utilizado pelo tribunal
de contas para a verificação do cumprimento de suas deliberações e dos resultados de-
las advindos.

a) Errada. A auditoria é o instrumento de fiscalização que examina a legalidade e a legitimidade


dos atos de gestão e avalia o desempenho das organizações auditadas.

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b) Errada. A inspeção consiste no instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões


e lacunas de informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias quanto à organização au-
ditada.
c) Certa. O levantamento tem por um dos objetivos conhecer a organização e o funcionamento
dos órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional dos Poderes da União,
incluindo fundos e demais instituições que lhe sejam jurisdicionadas, assim como dos siste-
mas, programas, projetos e atividades governamentais no que se refere aos aspectos contá-
beis, financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais.
d) Errada. O acompanhamento é o instrumento de fiscalização empregado para examinar e
avaliar, ao longo de período predeterminado, o desempenho da organização auditada.
e) Errada. O monitoramento corresponde ao instrumento de fiscalização utilizado pelo tribunal
de contas para a verificação do cumprimento de suas deliberações e dos resultados delas
advindos.
Letra c.

(CESPE/EMAP/ANALISTA/CARGO 5/2018) Acerca dos instrumentos de fiscalização, julgue os


itens seguintes.

028. Denomina-se levantamento o instrumento de fiscalização utilizado para examinar, ao lon-


go de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão, quanto aos
aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial.

O instrumento de fiscalização utilizado para examinar, ao longo de um período predetermina-


do, a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão, quanto aos aspectos contábil, financeiro,
orçamentário e patrimonial é o acompanhamento.
Errado.

029. Por meio do instrumento de fiscalização denominado auditoria avalia-se o desempenho


organizacional, bem como os sistemas, os programas, os projetos e as atividades governa-
mentais, quanto à economicidade, à eficiência e à eficácia dos atos praticados.

As auditorias podem ser operacionais ou de conformidade. O instrumento de fiscalização de-


nominado auditoria operacional avalia-se o desempenho organizacional, bem como os siste-
mas, os programas, os projetos e as atividades governamentais, quanto à economicidade, à
eficiência e à eficácia dos atos praticados.
Certo.

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Auditoria de Regularidade e Operacional, Instrumentos de Fiscalização
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030. A inspeção é o instrumento de fiscalização empregado para suprir omissões e lacunas de


informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações no que diz respeito à
legalidade, à legitimidade e à economicidade de fatos e atos administrativos.

A inspeção é o instrumento de fiscalização empregado para suprir omissões e lacunas de in-


formações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações no que diz respeito à
legalidade, à legitimidade e à economicidade de fatos e atos administrativos.
Certo.

031. (CESPE/TCE-RO/AUDITOR/2019) O monitoramento é um instrumento de fiscalização


dos tribunais de contas para examinar, ao longo de um período predeterminado, a legalidade
e a legitimidade dos atos de gestão quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e
patrimonial.

O acompanhamento é um instrumento de fiscalização dos tribunais de contas para examinar,


ao longo de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão
quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial.
Errado.

032. (CESPE/PGE-PE/2019) O acompanhamento é o instrumento adequado para o esclare-


cimento dos fatos relatados em denúncia recebida por órgão de fiscalização a respeito da
legalidade de determinado ato administrativo.

A inspeção é o instrumento adequado para o esclarecimento dos fatos relatados em denúncia


recebida por órgão de fiscalização a respeito da legalidade de determinado ato administrativo.
Errado.

033. (INÉDITA/2020) Se a auditoria realizada pelo Tribunal de Contas tiver como propósito
verificar a legalidade no fornecimento de refeições em unidades de saúde, então será tipificada
como uma auditoria de regularidade.

A auditoria de regularidade tem como objetivo verificar a legalidade dos atos de natureza con-
tábil, financeira, orçamentária e patrimonial, praticados pelos órgãos e entidades da adminis-
tração pública, e das aplicações de recursos públicos por entidades de direito privado.
Certo.

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Auditoria de Regularidade e Operacional, Instrumentos de Fiscalização
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034. (INÉDITA/2020) As auditorias operacionais, assim como os demais tipos de auditoria


governamental, podem ser de escopo amplo ou restrito, sendo aplicadas mediante variadas
metodologias de análise e geralmente apresentam achados, conclusões e recomendações.

Somente as auditorias operacionais, comparadas com os demais tipos de auditoria, apresen-


tam escopo amplo e são aplicadas mediante variadas metodologias de análise, investigação
ou avaliação, bem como apresentam geralmente recomendações. As auditorias financeiras e
de conformidade tem escopo restrito e não adotam metodologias variadas, ou seja, utilizam
métodos mais tradicionais.
Errado.

035. (INÉDITA/2020) Situação hipotética: O TCU realizou fiscalização com os propósitos de


conhecer o funcionamento do órgão no que se refere aos aspectos contábil, financeiro, or-
çamentário, patrimonial, operacional e de pessoal e de avaliar a viabilidade da realização de
auditorias governamentais. Assertiva: Nesse caso, o instrumento de fiscalização adotado pelo
tribunal é a auditoria operacional.

O instrumento de auditoria governamental utilizado pelo TC para conhecer a organização e/ou


funcionamento dos órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional
dos poderes, incluindo fundos e demais instituições que lhe sejam jurisdicionadas, assim como
dos sistemas, programas, projetos e atividades governamentais no que se refere aos aspectos
contábil, financeiro, orçamentário, patrimonial, operacional e de pessoal é o levantamento.
Errado.

036. (INÉDITA/2020) As auditorias de conformidade são mais abertas a julgamentos e inter-


pretações, o que torna seus relatórios mais analíticos.

Pela sua natureza, as auditorias operacionais são mais abertas a julgamentos e interpretações
e seus relatórios, consequentemente, são mais analíticos e argumentativos.
Errado.

037. (INÉDITA/2020) Situação hipotética: Uma auditoria governamental foi realizada com o
propósito de verificar se os resultados observados foram realmente causados pelas ações
desenvolvidas e com tratamento metodológico específico que buscava estabelecer a relação
de causalidade entre as variáveis do programa e os efeitos observados. Assertiva: Nesse caso,
a auditoria foi do tipo operacional e a dimensão de desempenho examinada foi a efetividade.

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Auditoria de Regularidade e Operacional, Instrumentos de Fiscalização
Marcelo Aragão

Segundo o Manual de Auditoria Operacional do TCU, ao examinar a efetividade de uma inter-


venção governamental, pretende-se ir além do cumprimento de objetivos imediatos ou espe-
cíficos, em geral consubstanciados em metas de produção ou de atendimento (exame da efi-
cácia da gestão). Trata-se de verificar se os resultados observados foram realmente causados
pelas ações desenvolvidas e não por outros fatores. A avaliação da efetividade pressupõe que
bens e/ou serviços foram ofertados de acordo com o previsto. O exame da efetividade ou ava-
liação de impacto requer tratamento metodológico específico que busca estabelecer a relação
de causalidade entre as variáveis do programa e os efeitos observados, comparando-os com
uma estimativa do que aconteceria caso o programa não existisse.
Certo.

038. (INÉDITA/2020) O monitoramento é o instrumento de fiscalização utilizado pelo tribunal


de contas para o controle seletivo e concomitante das atividades executadas pelo órgão ju-
risdicionado.

O monitoramento é utilizado pelo tribunal de contas para verificar o cumprimento de suas


determinações ou recomendações e os resultados delas advindos. O acompanhamento é uti-
lizado, ao longo de um período predeterminado, para o controle seletivo e concomitante das
atividades executadas pelo órgão/entidade jurisdicionado.
Errado.

039. (INÉDITA/2020) A auditoria operacional visa aumentar a efetividade do controle, por


meio da mobilização de atores sociais no acompanhamento e na avaliação dos objetivos, da
implementação e dos resultados das políticas públicas.

A auditoria operacional é uma das vertentes de atuação do TCU e, no que se refere à fiscali-
zação de programas de governo, visa contribuir para a melhoria de seu desempenho e, ainda,
aumentar a efetividade do controle, por meio da mobilização de atores sociais no acompanha-
mento e na avaliação dos objetivos, da implementação e dos resultados das políticas públicas.
Certo.

040. (INÉDITA/2020) Na fase de execução da auditoria operacional, aplicam-se as técnicas


de diagnóstico de problemas com vistas a identificar os principais fatores que comprometem
o desempenho do programa.

No planejamento da auditoria aplicam-se as técnicas de diagnóstico de problemas com vistas


a identificar os principais fatores que comprometem o desempenho do programa/órgão.
Errado.

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Auditoria de Regularidade e Operacional, Instrumentos de Fiscalização
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Outras Bancas

041. (FCC/TRT-12ª/ANALISTA/2013) Uma auditoria realizada com o objetivo de examinar se


os recursos estão sendo usados eficientemente em um programa da área da saúde é denomi-
nada de auditoria
a) de conformidade.
b) contábil.
c) operacional.
d) de regularidade.
e) de legalidade.

Uma auditoria realizada com o objetivo de examinar se os recursos estão sendo usados de
forma econômica, eficiente, eficaz e/ou efetiva é denominada de auditoria operacional.
Letra c.

042. (FCC/TRT-18ª/ANALISTA/2013) Entre as cinco naturezas de auditorias citadas no Art.


71 da Constituição Federal de 1988, a orçamentária é considerada pelas Normas de Auditoria
do Tribunal de Contas da União como auditoria
a) de conformidade.
b) operacional.
c) contábil.
d) de sistemas.
e) de qualidade.

A auditoria de conformidade ou de regularidade abrange a auditoria contábil, orçamentária,


financeira e patrimonial.
Letra a.

043. (FCC/TRT-6ª/ANALISTA/2012) A Empresa Hiena S.A. que atua no segmento de educa-


ção realizou treinamento em diversas áreas do conhecimento, para vários departamentos de
determinado órgão público. A auditoria, ao analisar os contratos e cursos comparativamente
aos realizados para outros órgãos e por entidades concorrentes de mesmo nível, percebeu que
o custo-benefício estava acima do praticado pela concorrência. Referido exame na auditoria
pública tem como objetivo avaliar de forma primária a
a) eficiência.
b) competência.
c) eficácia.
d) economicidade.
e) legalidade.
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A economicidade expressa variação positiva da relação custo/benefício, na qual busca-se a


otimização dos resultados na escolha dos menores custos em relação aos maiores benefí-
cios. Revela a atenção da gestão com o bom uso qualitativo dos recursos financeiros, por de-
finição, escassos, desde a adequação da proposta orçamentária das metas a serem atingidas,
passando pela coerência com respeito aos preços de mercado, o desenvolvimento de fontes
alternativas de receita e a obtenção dos menores custos por produto gerado.
Letra d.

044. (ESAF/CGU/2012) Segundo ensinamento do TCU, acerca da auditoria operacional, é cor-


reto afirmar que:
a) seu escopo se limita à verificação dos pressupostos de economicidade, eficiência, eficácia
e efetividade da ação pública.
b) auditoria operacional e auditoria de desempenho são conceitos distintos, embora ambos
comunguem de técnicas semelhantes.
c) a eficácia é medida por meio da relação entre bens/serviços providos e recursos alocados.
d) por não tratar de legalidade, o relatório da auditoria operacional não precisa se ater à respon-
sabilização dos agentes públicos.
e) uma vez definidos o problema e as questões de auditoria, deve-se elaborar a matriz de
planejamento.

a) Errada. O escopo da auditoria operacional pode contemplar ainda os pressupostos de equi-


dade, qualidade, geração de valor etc.
b) Errada. A auditoria operacional e auditoria de desempenho são conceitos semelhantes e
não distintos.
c) Errada. A eficiência é medida por meio da relação entre bens/serviços providos e recursos
alocados.
d) Errada. A comunicação dos resultados da auditoria operacional deve reportar à socieda-
de sobre o desempenho da administração pública, contribuindo para a responsabilização dos
agentes públicos pelos resultados da ação de governo, mediante controle parlamentar e con-
trole social. É a chamada accountability de resultados.
e) Certa. Nos exatos termos do Manual de Auditoria Operacional do TCU, uma vez definidos o
problema e as questões de auditoria, a equipe deverá elaborar a matriz de planejamento. Trata-se
de quadro resumo das informações relevantes do planejamento de uma auditoria.
Letra e.

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045. (FCC/TRE-CE/ANALISTA/2012) Segundo as normas de auditoria do TCU, adotadas a


partir da Portaria no 280/2010, alterada pela Portaria 168/2011, em relação à classificação das
auditorias, aquela que “objetiva examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de
organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de avaliar o seu de-
sempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública” classifica-se como auditoria
a) de conformidade.
b) contábil.
c) operacional.
d) de sistema.
e) interna.

A auditoria que objetiva examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organi-


zações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de avaliar o seu desempenho
e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública” classifica-se como auditoria operacional.
Letra c.

046. (FGV/TCE-RJ/AUDITOR/2015) O procedimento de auditoria governamental realizado


com o objetivo de avaliação da performance da Administração Pública quanto à economicida-
de, à eficiência, à eficácia e à efetividade denomina-se:
a) tomada de contas especial;
b) auditoria de conformidade;
c) inspeção extraordinária;
d) análise econômico-financeira;
e) auditoria operacional.

Entendo desnecessário tecer maiores comentários acerca da solução desta questão. Você já
sabe quais são os objetivos e objetos da auditoria operacional!
Letra e.

047. (ESAF/ANAC/2016) Auditorias de regularidade visam examinar a legalidade e a legitimi-


dade de atos de gestão quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial.
Já as auditorias de natureza operacional objetivam examinar a economicidade, eficiência, efi-
cácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade
de avaliar seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão da coisa pública.
Considerando as características das auditorias de regularidade (ou de conformidade) e as de
natureza operacional, assinale a opção correta.
a) auditoria de natureza operacional não geram achados.

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Auditoria de Regularidade e Operacional, Instrumentos de Fiscalização
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b) as propostas de recomendação e de determinações devem indicar a forma de como deve o


gestor promover as ações para a solução do problema detectado.
c) não cabe aplicação de sigilo a informações produzidas ou custodiadas ao longo de audito-
rias de natureza operacional.
d) a realização de uma auditoria de regularidade pode derivar dos trabalhos de uma auditoria
operacional.
e) em auditorias operacionais é regra submeter o relatório preliminar aos comentários dos
gestores, mas, em auditorias de regularidade, tal procedimento é vedado.

a) Errada. Em qualquer auditoria, seja de conformidade ou operacional, caso seja constatada


não conformidade entre a situação encontrada e o critério, haverá um achado de auditoria.
b) Errada. Segundo as normas de auditoria do TCU, as propostas de determinação e de
recomendação devem ser formuladas focando “o quê” deve ser aperfeiçoado ou corrigido
e não “o como”, dado à discricionariedade que cabe ao gestor e ao fato de que a equipe
de auditoria não detém a única ou a melhor solução para o problema identificado. As
recomendações geralmente sugerem o aperfeiçoamento necessário, mas não a forma
de alcançá-lo, embora em determinadas circunstâncias, às vezes, se justifique uma reco-
mendação específica como, por exemplo, alterar a legislação com o intuito de melhorar a
administração.
c) Errada. Em conformidade com as normas de auditoria do TCU, sempre que o relato
envolver informações sensíveis ou de natureza confidencial, sobretudo se a publicação
dessas informações puder comprometer investigações ou procedimentos legais em cur-
so, ou que possam ser realizados, a equipe deverá consultar o titular da unidade técnica
sobre a necessidade de tratar o processo como sigiloso. Essa regra é geral, ou seja, vale
para qualquer tipo de auditoria.
d) Certa. Conforme as normas de auditoria governamental, os dois tipos de auditoria – a
de regularidade ou a operacional – podem, na prática, ser realizados concomitantemente,
porquanto são mutuamente reforçadoras: a auditoria de regularidade sendo preparatória
para a operacional, e esta última levando à correção de situações causadoras de não con-
formidades.
e) Errada. Nas auditorias operacionais, a regra é submeter o relatório preliminar aos comen-
tários dos gestores, inclusive os achados, as conclusões e as propostas de encaminhamento
formuladas pela equipe. Nas demais auditorias, o encaminhamento do relatório preliminar aos
gestores é obrigatório se houver achados de alta complexidade ou de grande impacto, e opcio-
nal nas demais situações, a critério do dirigente da unidade técnica.
Letra d.

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048. (FCC/TRE-RO/ANALISTA/2013) Acerca do controle externo, o Tribunal de Contas da


União, no exercício de suas atribuições, utiliza-se de instrumentos de fiscalização. Assim, o
exame da legalidade e da legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua
jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial será realizado
mediante o seguinte instrumento de fiscalização:
a) auditoria.
b) acompanhamento de gestão.
c) inspeções.
d) avaliação de gestão.
e) levantamentos.

O exame da legalidade e da legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua
jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial será realizado
mediante o instrumento de fiscalização denominado de auditoria.
Letra a.

049. (FCC/DEFENSORIA PÚBLICA-RS/2013) Em relação aos instrumentos de fiscalização


utilizados pelo Tribunal de Contas da União no desempenho de sua função constitucional, a
auditoria é utilizada, dentre outros, para
a) conhecer a organização e o funcionamento dos órgãos e entidades da administração direta, in-
direta e fundacional dos Poderes da União, incluindo fundos e demais instituições que lhe sejam
jurisdicionadas, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades governamentais no
que se refere aos aspectos contábeis, financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais.
b) examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua
jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial.
c) suprir omissões e lacunas de informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou repre-
sentações quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade de fatos da administração e
de atos administrativos praticados por qualquer responsável sujeito à sua jurisdição.
d) examinar, ao longo de um período predeterminado, sob aspecto orçamentário e financeiro,
os atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua jurisdição.
e) avaliar, mediante solicitação do Poder Executivo Federal, o desempenho das empresas Esta-
tais Dependentes quanto aos aspectos da legalidade e legitimidade dos atos praticados.

A auditoria é utilizada, entre outros objetivos, para examinar a legalidade e a legitimidade dos
atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil, finan-
ceiro, orçamentário e patrimonial.
Na letra a: o instrumento é o levantamento; na letra c: o instrumento é a inspeção; na letra d: o
instrumento é o acompanhamento.
Letra b.
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050. (FCC/TRT-24ª/ANALISTA/2017) O monitoramento é um dos instrumentos de fiscaliza-


ção previstos no Regimento Interno do Tribunal de Contas da União e destina-se a
a) subsidiar a apreciação dos atos sujeitos a registro junto ao Tribunal de Contas da União,
conforme previsto no Plano Anual de Fiscalização.
b) examinar, ao longo de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos atos de
gestão dos responsáveis sujeitos à jurisdição do TCU.
c) avaliar o desempenho de programas, projetos e atividades governamentais, quanto aos as-
pectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos praticados.
d) esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações quanto à legalidade de fatos da
administração e de atos administrativos.
e) verificar o cumprimento das deliberações do Tribunal de Contas da União e os resultados
delas advindos.

O monitoramento é um dos instrumentos de fiscalização previstos no Regimento Interno do


TCU e destina-se a verificar o cumprimento das deliberações do Tribunal e os resultados de-
las advindos.
Letra e.

051. (FGV/SEPLAG/NITERÓI/AUDITOR/2018) Sobre os objetivos da Auditoria Operacional,


assinale a afirmativa correta.
a) Acompanha ações gerenciais, avalia a eficácia dos resultados em relação aos recursos dis-
poníveis e auxilia a administração na gerência e nos resultados, por recomendações que visem
aprimorar os procedimentos.
b) Obtém elementos comprobatórios que permitem opinar se os registros contábeis foram
efetuados de acordo com os princípios e se as demonstrações deles originárias refletem, ade-
quadamente, a situação do patrimônio.
c) Examina fatos ou situações consideradas relevantes, incomuns ou extraordinárias, para
atender determinação do Prefeito do Município, do Controlador Geral, dos Secretários Munici-
pais ou de outras autoridades.
d) Acompanha, examina e avalia a execução dos programas e projetos governamentais, bem
como a aplicação de recursos descentralizados.
e) Assegura a adequação, a privacidade dos dados e as informações oriundas de processa-
mento de dados, observando a legislação específica.

A questão trata dos tipos de auditoria governamental contidos na antiga IN SFC 01/2001 e no
livro Manual de Auditoria Governamental de Peter e Machado. Segundo a norma, a auditoria
operacional é o tipo de auditoria pela qual o auditor governamental apresenta a sua avaliação

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acerca da economia, eficiência e eficácia dos órgãos e entidades auditados, programas de


governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, procurando auxiliar a administração na ge-
rência e nos resultados, por meio de recomendações, que visem aprimorar os procedimentos,
melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial.
Letra a.

052. (FGV/MP-AL/AUDITOR/2018) Uma entidade, para verificar a implementação de políticas


públicas pela Administração, em relação aos princípios da eficácia, economicidade, eficiência,
equidade e efetividade, deve adotar a Auditoria
a) de Conformidade.
b) Operacional.
c) de Demonstrações Contábeis.
d) de Sistemas Contábeis.
e) de Obras Públicas.

O tipo de auditoria que tem por propósito verificar a implementação de políticas públicas pela
Administração, em relação aos princípios da eficácia, economicidade, eficiência, equidade e
efetividade é a auditoria operacional.
Letra b.

053. (FGV/SEPLAG/NITERÓI/AUDITOR/2018) Assinale a opção que indica o instrumento de


Auditoria Governamental que deve ser adotado quando se examina a legalidade, a legitimidade
e a economicidade dos atos de gestão, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário,
patrimonial e operacional.
a) Auditoria Operacional.
b) Auditoria de Demonstrações Contábeis.
c) Auditoria de Conformidade.
d) Auditoria Orçamentária.
e) Auditoria de Sistemas Contábeis e Financeiros Informatizados.

A auditoria de conformidade é o instrumento de Auditoria Governamental que deve ser ado-


tado quando se examina a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gestão,
quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário, patrimonial e operacional.
Letra c.

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GABARITO
1. E 19. E 37. C
2. E 20. E 38. E
3. d 21. C 39. C
4. C 22. C 40. E
5. e 23. E 41. c
6. C 24. E 42. a
7. E 25. E 43. d
8. E 26. a 44. e
9. E 27. c 45. c
10. C 28. E 46. e
11. E 29. C 47. d
12. C 30. C 48. a
13. E 31. E 49. b
14. E 32. E 50. e
15. C 33. C 51. a
16. d 34. E 52. b
17. b 35. E 53. c
18. d 36. E

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Auditor Federal de Controle Externo do TCU desde 2006. Foi Analista de Finanças e Controle do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal (SCI) durante 14 anos. No Tribunal, exerce atualmente
a função de Ouvidor e já ocupou, entre outras, as funções de assessor do Secretário-Geral de Controle
Externo, coordenador do projeto Controle Externo do Mercosul, chefe do Serviço de Coordenação de
Redes de Controle, coordenador das Ações de Controle sobre os projetos da Copa do Mundo FIFA 2014
e secretário de Controle Externo no estado de Alagoas. É professor das disciplinas Controle Interno e
Externo e Auditoria Geral e Governamental em diversas instituições de ensino. Além disso, é autor de dois
livros de auditoria pela editora Método. Graduado em Administração pela Universidade Federal Fluminense,
possui especialização em Administração Pública (FGV) e Auditoria Interna e Controle Governamental (ISC/
CEFOR).

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