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GOVERNAMENTAL
Auditoria de Regularidade e
Operacional, Instrumentos de
Fiscalização
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AUDITORIA GOVERNAMENTAL
Auditoria de Regularidade e Operacional, Instrumentos de Fiscalização
Marcelo Aragão
Sumário
Auditoria de Regularidade e Operacional, Instrumentos de Fiscalização.......................... 3
Processo Resumido da Auditoria de Conformidade................................................................. 6
Auditoria Operacional..................................................................................................................... 8
Dimensões da Auditoria Operacional.......................................................................................... 9
Outras Dimensões......................................................................................................................... 10
Modalidades de Auditoria Operacional. . .................................................................................... 11
Ciclo ou Processo Resumido da Auditoria Operacional..........................................................13
Estratégias e Técnicas em Auditoria Operacional...................................................................16
Etapa de Monitoramento..............................................................................................................19
Controle de Qualidade em Auditorias Operacionais.............................................................. 20
Instrumentos de Fiscalização: Auditoria, Levantamento, Monitoramento,
Acompanhamento e Inspeção..................................................................................................... 20
Auditoria...........................................................................................................................................21
Inspeção........................................................................................................................................... 22
Levantamento. . ............................................................................................................................... 22
Acompanhamento. . ........................................................................................................................ 22
Monitoramento.. ............................................................................................................................. 23
Resumo............................................................................................................................................. 25
Questões de Concurso.................................................................................................................. 26
Gabarito............................................................................................................................................48
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Note que não é a área a ser auditada que define se auditoria é do tipo regularidade/confor-
midade ou operacional, mas o objetivo que mais prevalece no trabalho. Contudo, sabemos que
a auditoria de conformidade é muito utilizada para auditoria em licitações e contratos, aposen-
tadorias, setores de patrimônio e folhas de pagamento.
As auditorias operacionais possuem características próprias que as distinguem das audito-
rias tradicionais. Ao contrário das auditorias de regularidade, que adotam padrões relativamen-
te fixos, as auditorias operacionais, devido à variedade e complexidade das questões tratadas,
possuem maior flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria, métodos de trabalho
e forma de comunicar as conclusões de auditoria. Empregam ampla seleção de métodos de
avaliação e investigação de diferentes áreas do conhecimento, em especial das ciências so-
ciais. Além disso, essa modalidade de auditoria requer do auditor flexibilidade, imaginação e
capacidade analítica.
Algumas áreas de estudo, em função de sua especificidade, necessitam de conhecimentos
especializados e abordagem diferenciada, como é o caso das avaliações de programa, audito-
ria de tecnologia de informação e de meio ambiente.
Nas auditorias de regularidade, as conclusões assumem a forma de opinião concisa e de
formato padronizado sobre demonstrativos financeiros e sobre a conformidade das transa-
ções com leis e regulamentos, ou sobre temas como a inadequação dos controles internos,
atos ilegais ou fraude.
Nas auditorias operacionais, o relatório trata da economicidade e da eficiência na aquisi-
ção e aplicação dos recursos, assim como da eficácia e da efetividade dos resultados alcan-
çados. Tais relatórios podem variar consideravelmente em escopo e natureza, informando, por
exemplo, sobre a adequada aplicação dos recursos, sobre o impacto de políticas e programas
e recomendando mudanças destinadas a aperfeiçoar a gestão.
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Pela sua natureza, as auditorias operacionais são mais abertas a julgamentos e interpre-
tações e seus relatórios, consequentemente, são mais analíticos e argumentativos.
Enquanto nas auditorias de regularidade o exame da materialidade está diretamente relacio-
nado ao montante de recursos envolvidos, nas auditorias operacionais essa é uma questão
mais subjetiva e pode basear-se em considerações sobre a natureza ou o contexto do obje-
to auditado.
A participação do gestor e de sua equipe é fundamental em várias etapas do ciclo de uma
auditoria operacional. Desde a etapa de seleção do tema e definição do escopo da auditoria
até a caracterização dos achados e possíveis recomendações, a equipe deve contar com a
imprescindível colaboração do auditado.
Para que a auditoria contribua efetivamente para o aperfeiçoamento da gestão, o gestor
precisa apoiar o trabalho e estar disposto a colaborar, facilitando a identificação das áreas
relevantes a serem examinadas. Por sua vez, o envolvimento do gestor favorece a apropriação
dos resultados da auditoria e a efetiva implementação das recomendações propostas.
Mais adiante, veremos um pouco mais acerca da auditoria operacional e uma de suas mo-
dalidades, que é a auditoria de avaliação de programa.
O quadro a seguir resume as principais diferenças entre as auditorias de conformidade e
operacional.
AUDITORIAS DE AUDITORIAS
REGULARIDADE OPERACIONAIS
Objetivam avaliar a legalidade e a legitimidade Tem a finalidade de promover o aperfeiçoa-
dos atos de gestão. mento da gestão pública.
Maior flexibilidade na escolha de temas,
Adotam padrões relativamente fixos, ou seja,
objetos de auditoria, métodos de trabalho
os métodos são mais tradicionais. Os critérios
e forma de comunicar as conclusões de
utilizados estão previstos nas normas.
auditoria.
O enfoque é voltado para o presente e
O enfoque dos exames é no passado.
futuro.
Em função de sua especificidade, neces-
Menor necessidade de conhecimentos
sitam de conhecimentos especializados e
especializados.
abordagem diferenciada.
As conclusões assumem a forma de opinião con- O relatório trata da economicidade e da efi-
cisa e de formato padronizado sobre demons- ciência na aquisição e aplicação dos recur-
trativos financeiros e sobre a conformidade das sos, assim como da eficácia e da efetividade
transações com leis e regulamentos, ou sobre dos resultados alcançados. Tais relató-
temas como a inadequação dos controles inter- rios podem variar consideravelmente em
nos, atos ilegais ou fraude. escopo e natureza.
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Na fase de planejamento, deve ser elaborada a Matriz de Planejamento, que você verá na
próxima aula, quando estudarmos o planejamento da auditoria governamental.
Na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve, preliminarmente, construir uma visão
geral do objeto a ser fiscalizado, podendo fazer uso de diversas fontes de informação, inter-
nas e externas, como sistemas informatizados; legislação e normas específicas; contas dos
últimos exercícios; auditorias anteriores; notícias veiculadas na mídia; e trabalhos acadêmicos
publicados.
Uma vez concluído o planejamento, passa-se à fase de execução, com a apresentação da
equipe aos dirigentes do órgão ou entidade auditada.
Durante a fase de execução, a equipe de auditoria deve utilizar as fontes de informação e
aplicar os procedimentos previstos na Matriz de Planejamento em busca de achados.
Achado é a discrepância entre a situação existente e o critério. Achados são situações
verificadas pelo auditor durante o trabalho de campo que serão usadas para responder às
questões de auditoria. O achado contém os seguintes atributos: critério (o que deveria ser),
condição (o que é), causa (razão do desvio com relação ao critério) e efeito (consequência da
situação encontrada). Quando o critério é comparado com a situação existente, surge o acha-
do de auditoria.
O achado de auditoria deve atender, necessariamente, aos seguintes requisitos básicos:
• ser relevante para que mereça ser relatado;
• estar fundamentado em evidências juntadas ao relatório;
• ser apresentado de forma objetiva;
• respaldar as propostas de encaminhamento dele resultantes;
• apresentar consistência, de modo a mostrar-se convincente a quem não participou da
auditoria.
Os esclarecimentos acerca dos indícios devem ser colhidos por escrito ao longo da fase de
execução, por intermédio de ofícios de requisição, evitando-se mal-entendidos e minimizando
o recolhimento de informações posteriores.
A análise dos achados de auditoria é realizada mediante utilização da Matriz de Achados.
Para os achados que resultem em propostas de audiência ou conversão em tomada de contas
especial para fins de citação, é necessário o preenchimento da Matriz de Responsabilização,
na qual fica identificada a responsabilidade pela ocorrência. Você verá as Matrizes de Achados
e de Responsabilização na aula 8.
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Auditoria Operacional
Segundo as NBASPs, o principal objetivo da auditoria operacional é promover, construtiva-
mente, a governança econômica, efetiva e eficaz. Ela também contribui para a accountability e
transparência.
A auditoria operacional promove a accountability ao ajudar aqueles com responsabilidades
de governança e supervisão a melhorar o desempenho. Isso é feito ao examinar se as decisões
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tomadas pelo legislativo ou pelo executivo são formuladas e implementadas de forma efi-
ciente e eficaz e se os contribuintes ou cidadãos têm recebido em retorno o valor justo dos
tributos pagos.
Não se trata de questionar as intenções e decisões do legislativo, mas examinar se alguma
deficiência nas leis e nos regulamentos ou na sua forma de implementação esteja impedindo
que os objetivos especificados sejam alcançados. A auditoria operacional foca em áreas nas
quais pode agregar valor para os cidadãos e que têm o maior potencial para aperfeiçoamen-
to. Ela proporciona incentivos construtivos para que as partes responsáveis desenvolvam as
ações apropriadas.
A auditoria operacional promove a transparência ao proporcionar ao parlamento, aos con-
tribuintes e a outras fontes de financiamento, àqueles que são alvo das políticas de gover-
no e à mídia, uma perspectiva sobre a gestão e os resultados de diferentes atividades go-
vernamentais.
Desse modo, contribui diretamente para fornecer ao cidadão informações úteis e, ao mes-
mo tempo, serve de base para aprendizado e melhorias. Na auditoria operacional, as EFS são
livres para decidir, dentro de seu mandato, o quê, quando e como auditar, e não devem ser im-
pedidas de publicar seus achados.
A auditoria operacional não tem suas raízes na forma de auditoria que é habitual no setor priva-
do. Tem suas raízes na necessidade de análises independentes e de amplo escopo acerca da
economia, da eficiência e da eficácia dos programas e organismos da Administração, efetua-
das em caráter não periódico. A auditoria que é habitual no setor privado, realizada em caráter
periódico, é a auditoria contábil.
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Outras Dimensões
Além das quatro dimensões de desempenho examinadas, outras, a elas relacionadas, po-
derão ser explicitadas em razão de sua relevância para a delimitação do escopo das auditorias
operacionais. Aspectos como a qualidade dos serviços, o grau de adequação dos resultados
dos programas às necessidades das clientelas (geração de valor público), a justiça na distri-
buição dos serviços e dos seus custos econômicos, sociais e políticos (equidade) podem ser
tratados em auditorias operacionais com o objetivo de subsidiar a accountability de desempe-
nho da ação governamental.
O exame da equidade, que pode ser derivado da dimensão de efetividade da política públi-
ca, baseia-se no princípio que reconhece a diferença entre os indivíduos e a necessidade de
tratamento diferenciado. Promover a equidade é garantir as condições para que todos tenham
acesso ao exercício de seus direitos civis (liberdade de expressão, de acesso à informação, de
associação, de voto, igualdade entre gêneros), políticos e sociais (saúde, educação, moradia,
segurança). Portanto, as políticas públicas de proteção e de desenvolvimento social têm papel
fundamental na construção da equidade.
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Avaliação de Programa
Merece destaque a crescente integração da performance audit com outra atividade analítica
de grande influência no setor público: a avaliação de programas públicos (program evaluation).
Originada das ciências sociais na década de 30, a avaliação de programas consistia origi-
nalmente na aplicação sistemática de procedimentos de pesquisa científica, quantitativos e
qualitativos, para medir o impacto ou a efetividade dos programas de intervenção social.
Com a crescente intervenção das EFS no exame de programas governamentais, as meto-
dologias de avaliação sofreram adaptações que possibilitaram a execução de trabalhos em
períodos menores que as avaliações tradicionais, facilitando sua difusão nas referidas EFS,
merendo destaque a experiência do Government Accontability Office (GAO), EFS norte-ameri-
cana, por ser o país em que a prática da avaliação de programas era talvez mais desenvolvida
que em qualquer outro local no mundo.
Como resultado dessa integração da performance audit com a avaliação de programas,
passaram então a fazer parte do cardápio metodológico da última, técnicas como estudo
de caso, pesquisa, delineamento experimental, quase-experimental e não-experimental, en-
tre outras.
Assim, vinculada a atividades de pesquisas ou a estudos, a avaliação de programas bus-
ca analisar os processos por impactos desses programas. A primeira atividade – processos
– visa verificar se o programa está sendo implementado conforme seus objetivos, diretrizes
e prioridades e se seus produtos estão atingindo as metas previstas com a necessária efici-
ência. A segunda atividade – impactos – busca aferir se as transformações primárias e/ou
secundárias, na realidade, são atribuíveis às ações do programa, estabelecendo as devidas
relações de causalidade.
Para a INTOSAI, a avaliação de programa é um tipo de estudo ou modalidade de audito-
ria operacional cujo propósito é mensurar o funcionamento de um programa e melhorar seus
resultados.
Avaliação de programa tem como propósito avaliar a efetividade de um programa ou pro-
jeto, ou seja, os benefícios e impactos gerados com ação governamental.
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Na aula 3, veremos detalhadamente cada uma dessas atividades. Por enquanto, é preciso
que você saiba que, nesta fase, define-se o projeto de auditoria que é apresentado no instru-
mento denominado Matriz de Planejamento.
Para tanto se aplicam as técnicas de diagnóstico de problemas com vistas a identificar
os principais problemas que comprometem o desempenho do programa/órgão. O problema
constitui o escopo da auditoria e será examinado a partir de questões que objetivam averiguar
o resultado das ações implementadas. Essas questões relacionam o problema às dimensões
examinadas nos trabalhos dessa natureza, ou seja: economicidade, eficiência, eficácia, efetivi-
dade e equidade.
Ainda na fase de análise preliminar, podem ser utilizadas técnicas com a finalidade de
traçar diagnóstico a partir da interpretação sistemática das informações coletadas e da iden-
tificação dos principais problemas relativos ao desempenho do objeto selecionado. O quadro
abaixo resume as técnicas mais empregadas e os objetivos a que se propõem.
Técnica de
Objetivo
diagnóstico
Identificar as forças e fraquezas do ambiente interno do objeto da audito-
ria e as oportunidades e ameaças do ambiente externo.
SWOT Identificar possíveis áreas a investigar.
Identificar fatores de risco e conhecer a capacidade organizacional para o
seu gerenciamento.
Identificar principais grupos de interesse (atores interessados).
Análise stakeholder
Identificar opiniões e conflitos de interesses e informações relevantes.
Conhecer os principais objetivos de uma entidade ou programa.
Mapa de produtos
Representar as relações de dependência entre os produtos.
e Indicadores de
Identificar os responsáveis pelos produtos críticos.
desempenho
Desenvolver indicadores de desempenho.
Conhecer o funcionamento de processos de trabalho.
Identificar boas práticas.
Mapa de processos
Identificar oportunidades para racionalização e aperfeiçoamento de pro-
cessos de trabalho.
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Além das técnicas acima, outras, como análise de Ishikawa, análise RECI e marco lógico
também podem ser úteis nessa etapa do trabalho de auditoria.
A Matriz de Planejamento apresenta para cada questão de auditoria: as informações que
serão necessárias para a sua análise; onde serão obtidas - fontes; a estratégia metodológica
para coleta e análise das informações; as limitações dela decorrente; e, os potenciais resulta-
dos esperados (o que a análise vai permitir dizer ou os possíveis achados).
Na fase de execução, a equipe de auditoria realiza os trabalhos de campo e as pesquisas
necessárias à coleta de dados - por meio de entrevistas, aplicação de questionários, observa-
ção direta, grupos focais, consultas a documentos e bases de dados.
As principais atividades realizadas durante a execução são:
• desenvolvimento dos trabalhos de campo;
• análise dos dados coletados;
• elaboração da matriz de achados; e
• validação da matriz de achados.
Após os trabalhos de campo, a equipe elabora a Matriz de Achados, síntese dos resultados
obtidos nessa fase.
Cabe observar que tanto a Matriz de Planejamento, como a Matriz de Achados, são apre-
sentadas e discutidas nos Painéis de Referência realizados pelo Tribunal com a participação
de representantes de grupos de interesse, como Controle Interno, Sociedade Civil, Academia
e Consultorias Legislativas do Congresso. Nessas ocasiões busca-se verificar a consistên-
cia da proposta de auditoria, bem como a relevância e adequação das conclusões (achados
de auditoria) e propostas de recomendações. As sugestões dos participantes são incorpora-
das à versão final das respectivas matrizes e apresentadas à consideração dos gestores dos
programas.
Concluída a análise dos dados e das evidências, elabora-se o relatório preliminar, a ser
submetido ao gestor público para comentários, ainda em caráter reservado. Depois de apre-
ciado o relatório final pelo Tribunal de Contas, dá-se ampla publicidade, visando a promover a
transparência e o controle social das ações governamentais.
A etapa de divulgação do relatório tem a finalidade de ampliar o conhecimento da socieda-
de sobre os resultados das ações estatais avaliadas, contribuindo para aumentar a efetividade
do controle, por meio da mobilização da comunidade no acompanhamento e na apreciação
dos objetivos, da implementação e dos resultados das políticas públicas.
Para assegurar que as recomendações formuladas pelo Tribunal sejam implementa-
das, procede-se ao monitoramento das recomendações durante, em média, um período de
dois anos.
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Estratégias Metodológicas
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população-alvo. Qualquer deficiência do método amostral utilizado deve ser levada em conta
na interpretação dos resultados da pesquisa e ser devidamente relatada.
Pesquisa Experimental: na pesquisa experimental, para verificar se um programa é a causa
de determinado efeito, selecionam-se dois grupos de unidades de pesquisa (pessoas, escolas,
hospitais, etc.): 1) o grupo experimental ou de tratamento, que será exposto ao programa; 2)
o grupo de controle, que não será exposto. As diferenças observadas nos resultados obtidos
por esses grupos, com algumas qualificações, poderão ser atribuídas à presença do progra-
ma. O procedimento, para ser considerado um experimento em sentido estrito, requer que as
unidades de pesquisa, em ambos os grupos, sejam selecionadas de forma randômica ou ale-
atória. Isso visa fortalecer a conclusão sobre o vínculo causal, garantindo que a maioria dos
fatores não manipulados pelo programa e que poderiam influenciar os seus resultados está
uniformemente distribuída entre os dois grupos. Dessa forma, apenas os efeitos do programa
explicariam as diferenças observadas.
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Etapa de Monitoramento
Monitoramento é a verificação do cumprimento das deliberações do TC e dos resultados
delas advindos, com o objetivo de verificar as providências adotadas e aferir seus efeitos.
O principal objetivo do monitoramento é aumentar a probabilidade de resolução dos pro-
blemas identificados durante a auditoria, seja pela implementação das deliberações ou pela
adoção de outras medidas de iniciativa do gestor. A expectativa de controle criada pela realiza-
ção sistemática de monitoramentos contribui para aumentar a efetividade da auditoria.
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mas sabemos que existem ainda mais três instrumentos previstos no Regimento Interno dos
Tribunais ou em normas específicas.
Uma das razões para a CF prever apenas a inspeção e a auditoria, é que esses dois instru-
mentos ou procedimentos são utilizados pelo Tribunal para buscar informações diretamente
nos locais onde serão produzidas ou armazenadas pelos gestores públicos. Por meio delas,
representado por suas equipes técnicas, o Tribunal vai até as repartições da Administração,
coletar os dados necessários ao controle da gestão.
Auditoria
A auditoria é o tipo de fiscalização utilizado pelos tribunais de contas com os seguintes
objetivos:
• examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a
sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial (audi-
toria de conformidade/regularidade); e
• avaliar o desempenho dos órgãos e entidades jurisdicionados, assim como dos siste-
mas, programas, projetos e atividades governamentais, quanto aos aspectos de econo-
micidade, eficiência e eficácia dos atos praticados (auditoria operacional).
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Alguns tribunais de contas, a exemplo do TCU, definem ainda em suas normas que a audi-
toria também tem como objetivo subsidiar a apreciação dos atos sujeitos a registro.
Como visto nesta aula, os dois tipos de auditoria que os Tribunais de Contas realizam são
a auditoria de regularidade e a auditoria operacional.
Inspeção
Inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões e lacunas de infor-
mações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações quanto à legalidade, à le-
gitimidade e à economicidade de fatos da administração e de atos administrativos praticados
por qualquer responsável sujeito à sua jurisdição.
Vale ressaltar dois aspectos relevantes quanto à inspeção. O primeiro é que a inspeção
pode ser utilizada para três propósitos: (1) suprir omissões e lacunas de informações; (2) es-
clarecer dúvidas ou (3) apurar denúncias ou representações. O segundo é quanto aos aspectos
apurados em uma inspeção, quais sejam: legalidade, legitimidade e economicidade dos atos
de gestão.
Levantamento
Levantamento é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal de Contas para alcan-
çar as seguintes finalidades:
• conhecer a organização e o funcionamento dos órgãos e entidades da administração
direta, indireta e fundacional dos Poderes, incluindo fundos e demais instituições que
lhe sejam jurisdicionadas, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades
governamentais no que se refere aos aspectos contábeis, financeiros, orçamentários,
operacionais e patrimoniais;
• identificar objetos e instrumentos de fiscalização; e
• avaliar a viabilidade da realização de fiscalizações.
Repare que são três os objetivos e as finalidades dos levantamentos: (1) conhecer o objeto
fiscalizado; (2) identificar objetos e instrumentos de fiscalização; e (3) avaliar a viabilidade da
realização de fiscalizações.
Quando existe pouca informação disponível sobre o órgão/entidade ou sobre o objeto a ser
auditado, o instrumento de fiscalização a ser adotado é o levantamento, cujo relatório deverá
propor a realização de auditoria(s) com escopo(s) definido(s) ou concluir pela inviabilidade da
realização de auditoria.
Acompanhamento
Mediante o acompanhamento, o Tribunal de Contas tem por objetivo:
• examinar, ao longo de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos
atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil,
financeiro, orçamentário e patrimonial; e
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Monitoramento
O monitoramento tem por objetivo verificar o cumprimento das deliberações dos tribunais
de contas (recomendações e determinações) e os resultados delas advindos.
De acordo com as normas de auditoria, as deliberações proferidas pelo Tribunal devem ser
devidamente acompanhadas quanto ao seu cumprimento ou à sua implementação, observan-
do-se que as determinações endereçadas aos jurisdicionados serão obrigatoriamente moni-
toradas e as recomendações o serão a critério do Tribunal, do relator ou da unidade técnica.
A proposição de determinações e o seu consequente monitoramento observarão o dispos-
to em padrões e procedimentos estabelecidos para esse fim. Determinações e recomendações
anteriores, bem como os resultados de monitoramentos devem ser levados em consideração
no planejamento de futuras ações de controle.
Ao formular determinações e recomendações e posteriormente monitorá-las, o auditor
deve manter sua objetividade e independência e, portanto, preocupar-se em verificar mais a
correção dos problemas e das deficiências identificadas do que o cumprimento formal de de-
liberações específicas.
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Auditoria de Regularidade e Operacional, Instrumentos de Fiscalização
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RESUMO
Você aprendeu nesta aula que os órgãos de auditoria governamental no Brasil, com desta-
que para os tribunais de contas, realizam dois tipos de auditoria governamental: a de regulari-
dade e a operacional, a saber:
Instrumentos de Fiscalização:
• Levantamento: destina-se a acumular conhecimento sobre o órgão ou programa;
• Auditoria: procedimento de maior profundidade e dimensão, podendo ser de regularida-
de ou operacional;
• Inspeção: adotada no curso de um processo; in loco; apuração de denúncias;
• Acompanhamento: não exige a presença in loco da equipe de fiscalização; durante um
período de tempo; seletivo;
• Monitoramento: verifica o cumprimento das deliberações do Tribunal.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Auditoria de Regularidade e Operacional
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A auditoria que avalia a eficácia dos resultados em relação aos recursos disponíveis, bem
como a economicidade, a eficiência, a efetividade e a qualidade dos controles internos existen-
tes é denominada auditoria operacional.
Letra d.
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006. (CESPE/TCU/2011) A CF, ao conferir ao TCU competência para realizar, inclusive por
conta própria, auditorias de natureza operacional, reconheceu que, além de o controle externo
ter como balizamento para sua atuação fiscalizadora os aspectos de legalidade, legitimidade e
economicidade, deve também contemplar os critérios da eficiência — com status de princípio
constitucional da administração pública —, eficácia e efetividade.
A auditoria que tem por finalidade principal auxiliar a administração da entidade auditada a
melhorar a eficiência, a eficácia e economicidade de suas operações é a auditoria operacional.
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Além desse erro, existe outro na parte final do item. Quanto ao enfoque dos exames –
passado ou futuro – a auditoria operacional tem uma abordagem mais construtiva, em
função de suas avaliações e recomendações. As normas da Intosai definem que os rela-
tórios de auditoria operacional, ao invés de se limitarem a criticar fatos passados, devem
ser construtivos. As conclusões e recomendações do auditor constituem um aspecto im-
portante da auditoria. Logo, as auditorias contábil e de conformidade possuem enfoque
voltado para o passado, enquanto a auditoria operacional é voltada para o passado, pre-
sente e futuro.
Errado.
Como o enunciado do item afirma que o TCU está realizando uma auditoria, de acordo com
seus objetivos ou ela é uma auditoria de regularidade/conformidade ou operacional. A audito-
ria que visa a conhecer a organização, os sistemas, as operações, as atividades e as peculia-
ridades dessa entidade, a fim de subsidiar a elaboração e a implementação de novas técnicas
seria classificada como operacional.
Certo.
011. (CESPE/CNJ/2013) A auditoria que tem como objetivo específico o melhoramento das
operações examinadas, consubstanciada na análise da eficiência, eficácia e economicidade
da ação administrativa, é denominada auditoria de gestão.
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A auditoria que tem como objetivo específico o melhoramento das operações examinadas,
consubstanciada na análise da eficiência, eficácia e economicidade da ação administrativa, é
denominada auditoria operacional.
Errado.
período 1 período 2
número de professores 50 40
Questões desta natureza não são fáceis de serem solucionadas, pois não apresentam de for-
ma completa todas as informações necessárias para fundamentar determinadas afirmações.
De todo modo, é de se perceber que, do ponto de vista da eficácia, que mede o alcance das
metas e objetivos fixados, como o curso formou 1.500 alunos no período 1 e 1.600 no período
2, cabe concluir ter melhorado a eficácia, do período 1 para o período 2.
Do ponto de vista da eficiência, que é a maximização do esforço e pode ser medida pela rela-
ção positiva entre o custo e os bens ou serviços produzidos (custo/benefício ou custo/eficá-
cia), perceba que o curso melhorou o seu desempenho quanto à eficiência do período 1 para
o período 2, posto que formou mais alunos, com menor quantidade de professores. O curso
realizou mais com menor custo, por isso, ganhou em eficiência.
Poderia haver dúvida em relação ao indicador “duração média para a conclusão do curso (em
anos)”, já que é um indicador que pode servir para medição da eficiência do curso. Quanto
maior a duração média do curso, pior a eficiência. Contudo, no contexto de todos os dados
apresentados na questão, esse indicador não permite concluir que houve perda de eficiência
do período 1 para o 2, dado que a quantidade de alunos formados aumentou, mesmo com me-
nor quantidade de insumos (professores).
Certo.
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Estudo de Caso é um método usado para conhecer uma situação complexa, baseado em com-
preensão abrangente da situação, obtida a partir de sua ampla descrição e análise, considerada
como um todo e no seu contexto. Em auditorias operacionais, estudos de caso são frequente-
mente complementados por outras estratégias metodológicas, como a pesquisa. Estudos de
caso tornam-se especialmente úteis quando é necessário entender algum problema específico
ou situação em grande profundidade e onde é possível identificar casos ricos em informação.
Errado.
Instrumentos de Fiscalização
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praticados por qualquer responsável sujeito à sua jurisdição. Não se exige plano de fiscaliza-
ção suplementar ao plano de auditoria para legitimar os trabalhos dos auditores responsáveis
pelo exame de regularidade dos atos e fatos delatados.
Errado.
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033. (INÉDITA/2020) Se a auditoria realizada pelo Tribunal de Contas tiver como propósito
verificar a legalidade no fornecimento de refeições em unidades de saúde, então será tipificada
como uma auditoria de regularidade.
A auditoria de regularidade tem como objetivo verificar a legalidade dos atos de natureza con-
tábil, financeira, orçamentária e patrimonial, praticados pelos órgãos e entidades da adminis-
tração pública, e das aplicações de recursos públicos por entidades de direito privado.
Certo.
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Pela sua natureza, as auditorias operacionais são mais abertas a julgamentos e interpretações
e seus relatórios, consequentemente, são mais analíticos e argumentativos.
Errado.
037. (INÉDITA/2020) Situação hipotética: Uma auditoria governamental foi realizada com o
propósito de verificar se os resultados observados foram realmente causados pelas ações
desenvolvidas e com tratamento metodológico específico que buscava estabelecer a relação
de causalidade entre as variáveis do programa e os efeitos observados. Assertiva: Nesse caso,
a auditoria foi do tipo operacional e a dimensão de desempenho examinada foi a efetividade.
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A auditoria operacional é uma das vertentes de atuação do TCU e, no que se refere à fiscali-
zação de programas de governo, visa contribuir para a melhoria de seu desempenho e, ainda,
aumentar a efetividade do controle, por meio da mobilização de atores sociais no acompanha-
mento e na avaliação dos objetivos, da implementação e dos resultados das políticas públicas.
Certo.
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Outras Bancas
Uma auditoria realizada com o objetivo de examinar se os recursos estão sendo usados de
forma econômica, eficiente, eficaz e/ou efetiva é denominada de auditoria operacional.
Letra c.
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Entendo desnecessário tecer maiores comentários acerca da solução desta questão. Você já
sabe quais são os objetivos e objetos da auditoria operacional!
Letra e.
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O exame da legalidade e da legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua
jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial será realizado
mediante o instrumento de fiscalização denominado de auditoria.
Letra a.
A auditoria é utilizada, entre outros objetivos, para examinar a legalidade e a legitimidade dos
atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil, finan-
ceiro, orçamentário e patrimonial.
Na letra a: o instrumento é o levantamento; na letra c: o instrumento é a inspeção; na letra d: o
instrumento é o acompanhamento.
Letra b.
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A questão trata dos tipos de auditoria governamental contidos na antiga IN SFC 01/2001 e no
livro Manual de Auditoria Governamental de Peter e Machado. Segundo a norma, a auditoria
operacional é o tipo de auditoria pela qual o auditor governamental apresenta a sua avaliação
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O tipo de auditoria que tem por propósito verificar a implementação de políticas públicas pela
Administração, em relação aos princípios da eficácia, economicidade, eficiência, equidade e
efetividade é a auditoria operacional.
Letra b.
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GABARITO
1. E 19. E 37. C
2. E 20. E 38. E
3. d 21. C 39. C
4. C 22. C 40. E
5. e 23. E 41. c
6. C 24. E 42. a
7. E 25. E 43. d
8. E 26. a 44. e
9. E 27. c 45. c
10. C 28. E 46. e
11. E 29. C 47. d
12. C 30. C 48. a
13. E 31. E 49. b
14. E 32. E 50. e
15. C 33. C 51. a
16. d 34. E 52. b
17. b 35. E 53. c
18. d 36. E
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Auditor Federal de Controle Externo do TCU desde 2006. Foi Analista de Finanças e Controle do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal (SCI) durante 14 anos. No Tribunal, exerce atualmente
a função de Ouvidor e já ocupou, entre outras, as funções de assessor do Secretário-Geral de Controle
Externo, coordenador do projeto Controle Externo do Mercosul, chefe do Serviço de Coordenação de
Redes de Controle, coordenador das Ações de Controle sobre os projetos da Copa do Mundo FIFA 2014
e secretário de Controle Externo no estado de Alagoas. É professor das disciplinas Controle Interno e
Externo e Auditoria Geral e Governamental em diversas instituições de ensino. Além disso, é autor de dois
livros de auditoria pela editora Método. Graduado em Administração pela Universidade Federal Fluminense,
possui especialização em Administração Pública (FGV) e Auditoria Interna e Controle Governamental (ISC/
CEFOR).
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