O documento discute a influência do sistema de controles internos no trabalho do auditor. Ele explica que o auditor deve estudar e avaliar os controles internos para planejar os procedimentos de auditoria. Além disso, discute possíveis indicadores de risco à continuidade dos negócios da empresa que o auditor deve considerar, como problemas financeiros ou perda de mercado.
Descrição original:
Continuidade Normal dos Negócios da Entidade e Contingências
Título original
ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL E DE CONTROLES INTERNOS
O documento discute a influência do sistema de controles internos no trabalho do auditor. Ele explica que o auditor deve estudar e avaliar os controles internos para planejar os procedimentos de auditoria. Além disso, discute possíveis indicadores de risco à continuidade dos negócios da empresa que o auditor deve considerar, como problemas financeiros ou perda de mercado.
O documento discute a influência do sistema de controles internos no trabalho do auditor. Ele explica que o auditor deve estudar e avaliar os controles internos para planejar os procedimentos de auditoria. Além disso, discute possíveis indicadores de risco à continuidade dos negócios da empresa que o auditor deve considerar, como problemas financeiros ou perda de mercado.
A realizao da auditoria de demonstraes contbeis de uma empresa
influenciada por diversos fatores. Dentre esses fatores destaca-se, a influncia que o sistema de controles internos produz sobre os trabalhos do auditor independente. O controle interno , portanto, um plano de organizao e o conjunto coordenado dos mtodos e medidas adotados pela empresa, para conferir a exatido dos registros contbeis e assegurar o patrimnio da empresa ou entidade. Para conduzir uma auditoria de demonstraes contbeis, o auditor precisa planejar e determina a natureza, a oportunidade e a extenso dos procedimentos a serem executados, para que tudo seja feito de acordo com os padres profissionais. Assim, este trabalho aborda as principais influncias que um sistema contbil e de controles internos exercem no trabalho de auditoria, evidenciando, os principais aspectos ao estudo e avaliao de um sistema de controle. Contempla, tambm, a continuidade normal dos negcios da entidade e contingncias.
ESTUDO E AVALIAO DO SISTEMA CONTBIL E DE CONTROLES
INTERNOS Continuidade Normal dos Negcios da Entidade e Contingncias
1. ESTUDO E AVALIAO DOS CONTROLES INTERNOS
O sistema de controle da empresa constitui a base na qual o auditor se apia para fundamentar o seu trabalho. Embora os controles internos sejam de suma importncia para os trabalhos de auditoria, o auditor no tem nenhuma responsabilidade sobre esses controles. A responsabilidade pela adoo e manuteno de um adequado sistema de controles internos recai, sobre a administrao da companhia. O estudo e a avaliao desse sistema, pelo auditor independente, so apenas medidas necessrias ao dimensionamento dos testes a serem executados. O estudo e a avaliao dos sistema de controle interno revestem-se de grande importncia para o auditor e, por consequencia, para a empresa auditada. Para o auditor, porque, alicerado nesse estudo, definir a amplitude dos procedimentos de auditoria, para coligir evidncias que fundamentem seu parecer. No que tange empresa, esta, por sua vez, ter oportunidade de tomar conhecimento se, de fato, o sistema de controle implantado est funcionando conforme previsto. O estudo do sistema de controles internos implica no levantamento detalhado dos procedimentos e rotinas de controle adotados pela organizao. Esse levantamento permitir a familiarizao do auditor com a sistemtica de controles em funcionamento. No levantamento do controle interno, o auditor realiza leituras de normas e manuais, organogramas, descrio de cargos e outros elementos escritos. Os procedimentos especficos que o auditor aplicar para avaliar o sistema de controle da empresa, resumem-se nos testes de compreenso e observncia. Os testes de compreenso referem-se ao processo de obteno de informaes de como funciona a estrutura da empresa e quais os procedimentos estabelecidos para realizao das transaes. O auditor se utilizar de fluxogramas, aplicao de questionrios, entrevistas com o pessoal autorizado e outros procedimentos que se fizerem necessrios. Os testes de observncia consistem em verificar se os procedimentos
descritos, de que o auditor tomou conhecimento, esto sendo obedecidos ou se
existe alguma exceo de controle. H exceo de controle quando o pessoal envolvido no sistema adota procedimentos alternativos, ao invs de contemplar aqueles previstos nos manuais da companhia. Havendo exceo de controle, o auditor deve avaliar at que ponto tal exceo representa uma fraqueza no sistema em operao, bem como o impacto dessa fraqueza nas suas concluses. O auditor deve atentar-se para a quantidade de excees detectadas, pois muitas excees indicam que os controles, em funcionamento, no representam, exatamente, aqueles planejados pela administrao da empresa. Aps a coleta de dados e informaes acerca do sistema de controles internos, verificado o seu funcionamento e as falhas existentes, o auditor, nesse momento, dispe de elementos suficientes para proceder ao seu julgamento quanto eficincia e segurana dos controles e definir os procedimentos de auditoria a serem executados, objetivando fundamentar sua opinio sobre as demonstraes contbeis. Ressalta-se que inexistem regras especificas de que o auditor possa se valer para fixar o grau de confiana a ser depositado nos controles internos da companhia. A questo envolve a subjetividade do auditor, razes de onde se esperar que ele seja dotado de experincia, capacitao tcnica, bom senso e sensibilidade para decidir confiar, ou no, nos controles examinados. Afirma-se que um sistema de controles internos eficiente e digno de confiana, revela as seguintes caractersticas: a) plano de organizao que proporcione segregao de funes apropriadas das responsabilidades funcionais; b) sistema de autorizao e procedimentos de escriturao adequados, que proporcionem controle eficiente sobre o ativo, passivo, receitas, custos e despesas; c) observao de prticas salutares no cumprimento dos deveres e funes de cada um dos departamentos da organizao; e d) pessoal com adequada qualificao tcnica e profissional, para execuo de suas tarefas. Mesmo sem haver regra especifica de fixao do nvel de confiana de controles internos, ao final do estudo e avaliao do sistema, muito provve l que o auditor se defronte com um dos seguintes aspectos de controle interno:
a) sistema de controle interno adequado;
b) sistema de controle interno adequado, podendo, entretanto, ser aprimorado; c) sistema de controle interno adequado, existindo, porm, fraquezas que podem vir a comprometer o sistema como um todo; e d) sistema de controle interno inadequado, pois no atende aos princpios bsicos vitais para obteno de um sistema de controle interno mnimo. Quando o auditor decide confiar em um sistema de controles internos, porque o entende capaz de produzir informaes confiveis e, acima de tudo, contribuir significativamente para a reduo dos risco de auditoria. Cumpre registrar que, se o auditor julgar que o sistema de controles internos absolutamente satisfatrio e que merece plena confiana, sob hiptese alguma estar isento de aplicar procedimentos de auditoria, ainda que sejam os mnimos possveis. Essa postura repousa sobre o fato de que, sem aplicar quaisquer procedimentos de auditoria, o auditoria jamais ter condies de expressar opinio sobre a fidedignidade das demonstraes contbeis. importante relatar que os estudos, as anlises e concluses do auditor, envolvendo a efetividade dos controles da empresa sob exame, devem ser registradas em papis de trabalho.
CONTINUIDADE NORMAL DOS NEGCIOS DA ENTIDADE
Constitui principio fundamental de contabilidade a assertiva de que, ao elaborar e publicar suas demonstraes contbeis, uma entidade no tem a necessidade nem a inteno ou interesse de interromper a totalidade ou parte substancial de suas atividades. Em assim sendo, razovel admitir-se, a menos que haja evidncias em contrrio, que a entidade manter-se- em operao pelo menos por um perodo de tempo que lhe permita recuperar os recursos investidos no ativo imobilizado ou nos gastos diferidos, assim como liquidar as obrigaes assumidas com seus credores. Ao conduzir o exame das demonstraes contbeis, o auditor independente deve estar atento aos vrios aspectos que, se presentes, poderiam indicar risco para a entidade auditada continuar seus negcios. Indicadores de Risco As situaes em que a continuidade operacional possa vir a ser questionada so inmeras e de natureza diversificada. Essas situaes, no entanto, no so exclusivas, e, to pouco, deve ser interpretado que a presena de uma ou mais delas envolva, obrigatoriamente, risco iminente de paralisao total ou parcial das atividades da entidade. a) Natureza Financeira - Capital circulante significativamente negativo; - Dvidas vencidas sem perspectivas realistas de pagamento, renovao ou reescalonamento contnuo de prazos contratuais; - Sensvel desequilbrio entre os prazos de pagamento de emprstimos e financiamentos e os de provvel recuperao dos ativos por eles financiados; - Substanciais e contnuos prejuzos decorrentes das operaes; - Dificuldades no cumprimento de clusulas restritivas de contratos de emprstimos; - Perda de crdito junto a bancos e fornecedores e outros credores importantes; - Falncia ou inadimplncia de cliente significativo em relao s operaes. b) Natureza Operacional - Perda de participao expressiva do mercado; - Trmino de contratos de fornecimento de produtos e servios, concesses ou
licenas para fabricao, cuja possibilidade de renovao ou reposio incerta ou
duvidosa; - Interrupo no fornecimento de matrias-primas importantes, gerando dificuldade de substituio. c) Outras Naturezas - Perspectivas de perdas relevantes em litgios ainda pendentes de julgamento; - Alteraes na legislao ou em tecnologia que possam trazer impacto adverso significativo s operaes.
A importncia dos riscos anteriormente mencionados pode ser minimizada por
fatores de carter compensatrio. Indcios de que a entidade esteja enfrentando dificuldades para resgatar as dvidas assumidas podem estar sendo compensados por planos de ao desenvolvidos pela administrao, no sentido de buscar fontes alternativas de recursos, mediante alienao de ativos, aporte de recursos pelos scios, admisso de novos scios no negcio, etc. A incerteza quanto continuidade operacional dos negcios no est necessariamente vinculada aos aspectos de realizao de ativos e classificao de exigibilidades. Da mesma forma, o risco iminente de paralisao total ou parcial, pode ocorrer independentemente de os ativos serem realizveis pelos seus valores contbeis, e os passivos, liquidados nas datas acordadas com os credores.
ADI 1842 - Regiões Metropolitanas Constitucionalidade Compulsoriedade Participação Municípios Inconstitucionalidade Transferência Serviço Estado Membro PDF
Constituição Anotada: Dos Princípios Fundamentais Aos Direitos E Deveres Individuais E Coletivos (artigos 1º Ao 5º), E Outros Temas (artigos 62, 97 E 100)