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CAMPUS JOAÇABA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE GESTÃO DA
QUALIDADE E PRODUTIVIDADE
O material apostilado deste curso é para uso exclusivamente didático, sem intenção
comercial.
Disciplina:
GESTÃO DA QUALIDADE
Bibliografia
1. Gestão da Qualidade e Produtividade
APRESENTAÇÃO
1. O QUE É QUALIDADE?
Segundo Campos (1999), a qualidade de um produto ou
serviço é medida pela satisfação total do consumidor. O conceito
está sempre num equilíbrio entre fatores: qualidade intrínseca do
produto ou serviço, custo e atendimento (quantidade, local e hora
certos), não bastando atender apenas um destes fatores.
Segundo W. Edwards Deming (1990), qualidade não significa
perfeição, mas a produção eficiente com qualidade, de acordo com
a expectativa do mercado.
Segundo Joseph M. Juran (1990), qualidade é adequação ao
uso ou à utilidade.
Segundo Armand V. Feigenbaum (1994), qualidade é a
totalidade das características do produto e serviço, em marketing,
engenharia, produção e manutenção, através das quais o produto e
o serviço usados irão ao encontro das expectativas do consumidor.
Segundo Ishikawa (1993), qualidade é a rápida percepção e
satisfação das necessidades do mercado, adequação ao uso dos
produtos e homogeneidade dos resultados do processo (baixa
variabilidade).
Segundo Taguchi (1990), a qualidade de um certo produto é
determinada pelas econômicas impostas à sociedade a partir do
momento em que ele é liberado para venda.
Segundo Philip Crosby (2001), qualidade é conformidade com
as especificações de projeto.
Segundo a norma IS0 9000 (2000), qualidade é o grau no qual
um conjunto de características inerentes satisfaz as necessidades
ou expectativas dos clientes. Estas características podem ser
físicas, sensoriais, comportamentais, temporais, ergonômicas e
funcionais.
Para refletir: imagine-se entrando em uma loja para comprar uma blusa de frio.
Após a compra, você foi questionado no sentido de destacar as qualidades do
produto e serviço. Quais seriam as principais qualidades?
Do produto:__________________________________________________________
Dos serviços: ________________________________________________________
2. O QUE É PRODUTIVIDADE?
Segundo Campos (1999), produtividade, no sentido amplo, é a
relação faturamento sobre custos.
Faturamento
Produtividade = valor agregado =
Custos
Neste conceito, pode-se observar que, quanto maior o
faturamento, maior será a produtividade da empresa. Como o
faturamento depende da vendabilidade dos produtos e serviços, ou
seja, de satisfazer as necessidades do cliente, não teremos alta
produtividade se este não for satisfeito.
Existem diversas formas de aumentarmos o faturamento.
Dentre elas destacamos: aumentar a oferta de produtos, enobrecer
o produto, lançar novos produtos, entre outros. Mas todas essas
formas acarretam aumento de custos e dependem quase
exclusivamente de fatores externos à empresa. Assim sendo, resta
à empresa gerenciar os custos, ou seja, reduzir as perdas em
matéria-prima, energia, informação, entre outros, para termos alta
produtividade.
Para pesquisar: destaque, a partir de revistas, livros e/ou noticiários, dois casos
reais em que o conceito de produção diferencia-se do de produtividade (citar as
referências bibliográficas).
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7. SISTEMA
Da Teoria Geral dos Sistemas – TGS, podemos conceituar
sistema como constituído de partes interligadas com uma função
específica para produzir resultados para a organização. Segundo
Campos (2000), o sistema é a interligação do Hardware (máquinas,
prédios, instalações, equipamentos); Software (procedimentos,
métodos, regulamentos, tecnologia, conhecimento); e Humanware
(pessoas e seus sentimentos, atitudes e comportamentos). Para a
IS0 9000 (2000), sistema é o “conjunto de elementos inter-
relacionados ou interativos.”
8. ENFOQUE SISTÊMICO
“Em uma orquestra: um toca violino; outro, oboé;
alguns flauta; uns poucos, fagote. O resultado tem que
ser música, cuja (harmonia e ritmo) é da alçada do
maestro, que segue a partitura, mas não sem dar à obra
um toque pessoal”
9. ABORDAGEM DE PROCESSO
Para a norma IS0 9000 (2000), processo é qualquer
atividade, ou conjunto de atividades, que usa recursos para
transformar insumos entradas em produtos (saídas) pode ser
considerado um processo.
Segundo campos (1999), processo é um conjunto de causas
que levam a um efeito.
SOBREVIVÊNCIA
CRENÇA
VISÃO
MELHORAR
ESTRATÉGIA
COMPETITIVIDADE
POLÍTICA &
OBJETIVO COMPROMISSO
(LONGO, MÉDIO COM TQC
E ANUAL) & CCQ
MUDAR
MANEIRA MELHORAR
DE PENSAR CONSTITUIÇÃO
DE TODOS OS DA CIA.
EMPREGADOS
IMPLEMENTAÇÃO
DO TQC CONCEITOS DO
TQC
GERENCIAMENTO
DE DIRETRIZES CCQ
COMPROMETIMENTO
DA ALTA
GERENCIAMENTO GERENCIAMENTO ADMINISTRAÇÃO
DA ROTINA DE INTER-FUNCIONAL
TRABALHO DIÁRIO
Para pesquisar: destaque e descreva dois casos reais onde tenham ocorrido
Kaizen em empresas (citar as fontes).
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Para pesquisar: destaque e descreva dois casos reais onde tenham ocorrido Kairyo
em empresas (citar as fontes).
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Para refletir: as atividades que você está desenvolvendo nesta disciplina estão
sendo em grupo ou em equipe? Forneça pontos que caracterizam sua reflexão.
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17. DELEGAÇÃO
“Delegar significa colocar o poder de decisão o mais próximo
possível de onde ocorre a ação” (SEBRAE, 1994).
(q) Esteja certo de que uma tarefa delegada possa ser realizada.
Tarefas impossíveis desmotivam;
(r) Explique a importância da delegação e a importância das
tarefas delegadas;
(s) Aprenda a conviver com resultados de trabalhos diferentes
daqueles que você obteria se realizasse pessoalmente a tarefa.
Duas pessoas realizam o mesmo trabalho de forma diferente;
(t) Evite delegar tarefas de sua exclusiva responsabilidade e de
seu exclusivo interesse, de ordem pessoal ou privada, triviais
ou mesquinhas;
Riscos a Delegação:
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Barreiras à Delegação:
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Vantagens:
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18. LIDERANÇA
Denomina-se Liderança a capacidade dos gestores
influenciarem seus colaboradores de modo a fazer com que os
resultados aconteçam. O líder busca mobilizar, motivar, debater e
transmitir as informações aos colaboradores; por meio do consenso
e das orientações.
Para a IS0 9000 (2000), “os líderes devem estabelecer a
unidade de propósito e o rumo da organização. Convém que eles
criem e mantenham um ambiente interno, no qual as pessoas
possam estar totalmente envolvidas no propósito de atingir os
objetivos da organização “
Segundo o SEBRAE (1994), a diferença entre a gestão
tradicional e a gestão pela qualidade total (líder) são as seguintes :
Para refletir: nas atividades em equipe, você expõe suas idéias? Você tem medo de
expor seus pensamentos, nas reuniões ou discussões? A figura do chefe é
impositiva, não permitindo que outras idéias surjam?
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Para pesquisar: destaque e descreva um caso real em que tenha ocorrido situação
semelhante ao exemplo anterior (citar as fontes).
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24. FACILITADORES
Denomina-se Facilitadores as pessoas que tem a função de
promover as articulações necessárias de modo a facilitar os
trabalhos da implantação da gestão da qualidade e produtividade na
empresa. De acordo com FGD (2001), “facilitadores são pessoas
especialmente treinadas para atuar como consultor interno,
fazendo chegar a todas as pessoas de sua área de influência os
conhecimentos necessários para a implantação do TQC”.
25. MULTIPLICADORES
Denomina-se Multiplicadores as pessoas que tem a função
de transmitir (difundir) os conceitos e técnicas da gestão da
qualidade e produtividade adquiridas internamente e externamente.
De acordo com a FGD (2001), “multiplicadores são aquele que
sistematicamente instrui ou repassa a todos os colaboradores os
conhecimentos aprendidos”. As atividades são planejar, adaptar e
organizar o conteúdo do material didático para cursos internos e
ministrar estes cursos.
26. EMPATIA
Ter empatia é colocar-se na posição do cliente e buscar ter os
mesmos sentimentos que ele teria ao receber determinado serviço
e/ou produto.
Para refletir: imagine um encanador que vai executar um serviço em uma
determinada residência. Ao chegar nesta residência, ele levanta o problema (ex.
vazamento) e faz os devidos consertos. O preço de seu serviço não foi alto e o
problema foi resolvido. Mas o cliente ainda reclamou que ele tinha que ter feito a
limpeza da área onde foi feito o serviço. E ele respondeu ao cliente: eu só conserto
vazamentos, eu não fui contratado para limpar. Você concorda com o ponto de vista
do encanador?
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Para refletir: na década de 1980, várias visitas foram feitas às empresas japonesas
e coreanas e delas se trouxe a idéia das atividades de CCQ´s – Círculos de Controle
de Qualidade. As atividades de CCQ´s trazidas compreendiam alta participação dos
funcionários nas atividades de controle de qualidade e produtividade. Nesse período,
o Brasil foi considerado o segundo país em número de grupos de CCQ´s, excluindo
o Japão. No entanto, apesar do sucesso inicial, foram poucas as empresas que
continuaram com o programa de participação dos funcionários, como por exemplo:
WEG e CONSUL. Reflitam, quais poderiam ter sido os fatores mais relevantes para
esse insucesso?
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(c) comprar tinta Pintor Loja Até dois dias Em lata ou galão R$ 10,00/m2
e plástico após a conforme a
solicitação quantidade
requerida
Educação / Treinamento:
(a) Manter e limpar todos os equipamentos a serem utilizados;
(b) Rebocar com massa branca as partes defeituosas e limpar a parede a ser pintada;
Execução
Ações corretivas: se a pintura não ficar uniforme e/ou houver escorrimentos, refazer a
pintura sem custos adicionais para o cliente
Melhorias: caso o tempo e/ou custo de pintura tenha sido superior a 1 dia ou R$
10,00/m2 respectivamente, buscar métodos alternativos de pintura que
sejam mais eficientes sem afetar a qualidade da pintura
32. MÉTODO 5W 2H
No que consiste o método 5W 2H?
Trocar filtro Para manter Motorista da Frentista Filtros Ar Limpo Posto 3 *** A cada 10.000 Conforme Padrão
de ar um fluxo de empresa Km rodados de Troca de Filtro
ar constante de Ar
e eficaz
Regular Manter bom Motorista da Mecânico Empresa A cada 15.000 Conforme Padrão
sistema de rendimento empresa Auto Elite Km rodados de Regulagem do
injeção do motor Sistema do Tipo
de Carro
Trocar óleo Minimizar Motorista da Frentista Shell Posto 3 *** A cada 5.000 Conforme Padrão
Carter desgaste do empresa km rodados de Troca do
motor Posto
: : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : :
Trocar Evitar ruídos Motorista da Mecânico Escapamentos. Empresa A cada 40.000 Conforme padrão
escapamento e poluição empresa “Peças Auto Elite km rodados ou de troca de
catalisador Legítimas” antes, caso o escapamentos do
desgaste tenha fornecedor de
sido maior do escapamentos
que o esperado
Como definir ?
a. deve-se medir os aspectos mais importantes para o cliente
b. para cada um dos aspectos deve-se construir indicadores de
qualidade
c. deve-se definir o que fazer para permitir a evolução dos
indicadores. E selecionar os indispensáveis.
d. os indicadores devem permitir coleta e análise de dados de forma
simples e direta.
e. sistemáticas e periódicas, as medições devem ser transformadas
em gráficos para melhor visualização
f. os resultados devem ser disseminados dentro da empresa
36. RASTREABILIDADE
Para a IS0 9000 (2000), rastreabilidade é a capacidade de
recuperar o histórico, a aplicação ou a localização daquilo está
sendo considerado.
37.2. OBJETIVOS
Definição: Os objetivos plurianuais (ou até para sempre) são
parâmetros que a direção de uma instituição escolheu e determinou
a partir da sua missão. Em outras palavras, são alvos a serem
alcançados num horizonte de aproximadamente cinco anos.
Exemplo: Objetivos Estratégicos de Longo Prazo do Sistema
SENAI
37.3. ESTRATÉGIA
Definição: A estratégia é um plano-diretor determinando como a
instituição realizará a sua missão e atingirá seus objetivos.
37.4. POLÍTICAS
Definição: As políticas são as linhas mestras gerais que auxiliam a
tomada de decisão.
37.5. DIRETRIZES
Definição: As diretrizes decorrem das políticas como linhas de ação
específicas nas diversas áreas de operação de um departamento.
Como os objetivos são os fins, as diretrizes servem para balizar os
meios adequados para atingi-los.
Maslow e Herzberg
Para refletir: por que as teorias motivacionais são importantes para a gestão da
qualidade e produtividade?
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Exemplos:
• uma pessoa trabalhadora pode influenciar outras para que
estas aumentem sua produtividade;
• os administradores podem usar sua influência para
melhorar o moral.
b) O que é poder?
Para exercitar: faça uma analogia destas cinco fontes de poder com o
comportamento de vocês como pais ou mães sobre seus filhos. Exemplifique.
Poder de recompensa:
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Poder coercitivo:
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Poder de autoridade:
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Poder de especialização:
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Poder de referência:
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Para refletir: qual destas fontes de poder deve ser utilizada na gestão da qualidade
e produtividade. Explique.
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REFERÊNCIAS
Conceitos Básicos :
CAMPOS, Vicente Falconi. TQC: controle da qualidade total (no estilo Japonês). 8.
ed. Belo Horizonte : Editora de Desenvolvimento Gerencial, 1999. 224 p.
JURAN, J. M. Juran na liderança pela qualidade. 3 ed. São Paulo : Pioneira, 1990.
386 p.
__________. Juran planejando para a qualidade. São Paulo : Pioneira, 1990. 394 p.
SEBRAE. Qualidade Total. Folha de São Paulo, São Paulo, 1994. Encarte especial,
n. 1–8.
SILVEIRA, Marco A. Além da IS0 9001:2000, Revista Banas Qualidade, São Paulo,
dez./2000, p.184-191, ano x, n.103.
CROSBY, Philip B. Qualidade Falando Sério. São Paulo: Ed. McGraw-Hill, 1990.
CURY, Antônio. Organização e métodos: uma visão holística. São Paulo: Atlas.
1993.
GIL, A. L. Qualidade Total nas Organizações. São Paulo: Ed. Atlas, 1992.
JURAN, J. M., Juran Planejando para a Qualidade. São Paulo: Ed. Pionera, 1989.
Programa 5´s
SILVA, João Martin da. 5’S: o ambiente da qualidade. Belo Horizonte: Fundação
Christiano Ottoni, 1994.
Padronização
JURAN, J. M. Juran. Planejando para a Qualidade. São Paulo: Ed. Pioneira, 1989.
Criatividade
YOUNG, James Webb. Técnica para produção de idéias. São Paulo : Nobel, 1994.
73 p.
VON OECH, Roger. Um "toc" na cuca. São Paulo : Cultura, 1995. 153 p.
Delegação
TRACY, Diane. 10 passos para o empowerment : um guia sensato para a gestão
de pessoas. Rio de Janeiro : Campus, 1994. 165 p.
COATES, Jonathan. Delegar tarefas com segurança. São Paulo : Nobel, 2000. 55
p.
Qualidade Total : SEBRAE. O novo papel do gerente. São Paulo : folha de São
Paulo. Fascículo 5. Abril/1994
Liderança
JURAN, J. M. Juran na liderança pela qualidade. 3 ed. São Paulo : Pioneira, 1990.
386 p.
__________. Juran planejando para a qualidade. São Paulo : Pioneira, 1990. 394 p.
SEBRAE. Qualidade Total. Folha de São Paulo, São Paulo, 1994. Encarte especial,
n. 1–8.
SILVEIRA, Marco A. Além da IS0 9001:2000, Revista Banas Qualidade, São Paulo,
dez./2000, p.184-191, ano x, n.103.
PINTO, Alan Kardec; XAVIER, Júlio Aquino Nascif; GONÇALVES, Albano de Souza.
Manutenção: função estratégica. Rio de Janeiro : Qualitymark, 1999. 287 p.
TAGUCHI, Genichi; ELSAYED, Elsayed A. ; HSIANG, Thomas C. Engenharia da
qualidade em sistemas de produção. São Paulo : McGraw-Hill, 1990. 235 p.
Criatividade
YOUNG, James Webb. Técnica para produção de idéias. São Paulo : Nobel, 1994.
73 p.
VON OECH, Roger. Um "toc" na cuca. São Paulo : Cultura, 1995. 153 p.