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Prof.

Marcus Felipe e Arthur Leone


Auditoria p/ Fiscos Estaduais e Municipais Aula 01

Guar

AULA n° 01 – ÉTICA PROFISSIONAL:


INDEPENDÊNCIA NOS TRABALHOS DE
AUDITORIA, EVIDÊNCIA EM AUDITORIA,
SUPERVISÃO E CONTROLE DE
QUALIDADE.
Auditoria p/ Fiscos Estaduais e Municipais
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Sumário
SUMÁRIO ..................................................................................................................................................2

EXIGÊNCIAS ÉTICAS RELATIVAS A UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ...........................3

INDEPENDÊNCIA ..................................................................................................................................................... 3
TIPOS DE SALVAGUARDAS ....................................................................................................................................... 7
01. Salvaguardas criadas pela profissão, pela legislação ou por regulamento. .................................................... 7
02. Salvaguardas no ambiente de trabalho. ...................................................................................................... 7
AMEAÇAS À INDEPENDÊNCIA .................................................................................................................................... 8
INTERESSES FINANCEIROS ..................................................................................................................................... 10
RELACIONAMENTOS FAMILIARES E PESSOAIS............................................................................................................ 11
Familiar imediato de membro da equipe de auditoria ....................................................................................... 11
Familiar próximo de membro da equipe de auditoria ........................................................................................ 12
HONORÁRIOS CONTINGENCIAIS E A INDEPENDÊNCIA .................................................................................................. 14
CETICISMO PROFISSIONAL ..................................................................................................................................... 14
JULGAMENTO PROFISSIONAL.................................................................................................................................. 17
CONFIDENCIALIDADE ............................................................................................................................................ 20

NBC TA - ESTRUTURA CONCEITUAL ........................................................................................................ 22

TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL E LIMITADA .............................................................................................. 22


ELEMENTOS DE UM TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO...................................................................................................... 27

EVIDÊNCIAS DE AUDITORIA .................................................................................................................... 29

CONFIABILIDADE DAS EVIDÊNCIAS ........................................................................................................................... 35


EVIDÊNCIAS SOBRE AS AFIRMAÇÕES DA ENTIDADE ..................................................................................................... 39
EVIDÊNCIAS: CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS PARA ITENS SELECIONADOS ........................................................................ 41
01. Considerações para Estoques .................................................................................................................... 41
02. Litígios e Reclamações.............................................................................................................................. 42
03. Informação por segmento ......................................................................................................................... 43
NBC TI 01 E EVIDÊNCIAS ...................................................................................................................................... 43

CONTROLE DE QUALIDADE ....................................................................................................................44

REVISÃO DE CONTROLE DE QUALIDADE DO TRABALHO ............................................................................................... 47


REVISÃO PELOS PARES .......................................................................................................................................... 51
ROTATIVIDADE DOS RESPONSÁVEIS DA EQUIPE DE AUDITORIA E DA FIRMA DE AUDITORIA ................................................. 55

QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS ..................................................................................................... 61

LISTA DE QUESTÕES............................................................................................................................... 83

GABARITO .............................................................................................................................................. 93

RESUMO DIRECIONADO .........................................................................................................................94

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................................................... 96

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Olá concurseiros, tudo bem? É com enorme prazer e satisfação que estamos aqui novamente para darmos
continuidade ao nosso curso. Agradeço desde já a confiança depositada na nossa equipe para levarmos você a
sua tão sonhada aprovação. Se você chegou aqui, é um sinal que estamos juntos nessa busca pelo
conhecimento, com o propósito de corrermos atrás dos nossos objetivos e alcançar nossos sonhos.
Você vai ver no decorrer do curso que estudar pode se tornar prazeroso. À medida que formos evoluindo,
você perceberá que está entendendo a matéria, começará a acertar aquelas questões que pareciam
impossíveis, e ficará motivado a continuar. Guarde o que eu vou falar agora, quando você entrar na rotina
constante de estudos, sentirá falta de estudar aquela matéria quando por algum motivo não tiver tempo de
estudá-la.
Mais uma vez lembro que estamos aqui para facilitar seu estudo, reunindo tudo em um único curso.
Portanto, mãos à obra porque temos um longo caminho pela frente.

Exigências éticas relativas a uma Auditoria de


demonstrações contábeis
Começamos na aula passada a estudar alguns conceitos relacionados à ética profissional. Aprendemos
sobre os princípios da ética e, segundo a NBC TA 200, os princípios fundamentais de ética profissional
relevantes para o auditor quando da condução da auditoria estão implícitos no código de ética Profissional do
Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. São eles: integridade, objetividade,
competência e zelo profissional, confidencialidade e comportamento profissional. Estamos lembrados não
é mesmo? Pois bem. Daremos continuidade sobre esse tema, trazendo mais conceitos relacionados à ética
profissional. Começaremos com o conceito de independência.

Independência
No caso de trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto, exigido pelo Código de Ética
Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do CFC, se exige que o auditor seja independente da
entidade sujeita a auditoria. O Código de Ética Profissional do Contabilista e as normas profissionais
descrevem a independência como abrangendo postura mental independente e independência na aparência.
A independência do auditor frente à entidade salvaguarda a capacidade do auditor de formar opinião de
auditoria sem ser afetado por influências que poderiam comprometer essa opinião. A independência aprimora
a capacidade do auditor de atuar com integridade, ser objetivo e manter postura de ceticismo profissional.

Portanto, a independência do auditor dá credibilidade às suas opiniões sobre as demonstrações


financeiras de uma entidade.

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Fique atento !
Não basta ser independente e agir com independência, é necessário também parecer ser independente. É o que diz a NBC
PA 400, vejamos:

A independência está vinculada aos princípios da objetividade e da integridade. Ela compreende:

Independência de pensamento: Postura que permite a apresentação de conclusão que não sofra efeitos de influências que
comprometam o julgamento profissional, permitindo que a pessoa atue com integridade, objetividade e ceticismo
profissional.

Aparência de independência: Evitar fatos e circunstâncias que sejam tão significativos a ponto de que um terceiro
informado e prudente provavelmente concluiria, ponderando todos os fatos e circunstâncias específicas, que a
integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da firma, ou de membro da equipe de auditoria ficaram
comprometidos.

Portanto, na realização de trabalhos de auditoria, requer-se que as firmas cumpram com os princípios fundamentais e
sejam independentes.

A independência pode ser definida como a ciência da objetividade e da liberdade de influência externa. A
independência do auditor dá credibilidade às suas opiniões sobre as demonstrações financeiras de uma
entidade.

Os auditores devem ser independentes de fato e de aparência, não devendo auditar empresas em que
tenham interesse financeiro direto ou indireto, manter parentesco com elementos-chave da administração ou
qualquer outra situação que o exponha a uma situação de conflito, perda de imparcialidade ou coação. No caso
de trabalhos de auditoria, é do interesse do público e, portanto, requerido que os membros das equipes de
auditoria, firmas e firmas em rede sejam independentes dos clientes de auditoria. Observe que as avaliações
sobre independência levam em consideração não apenas relacionamentos diretos, mas também os indiretos e
triangulações.
Resumindo, Independência é a capacidade que a auditoria tem de julgar e atuar com integridade e
objetividade, permitindo a emissão de relatórios imparciais em relação à entidade auditada, aos acionistas, aos
sócios, aos quotistas, aos cooperados e a todas as demais partes que possam estar relacionadas com o seu
trabalho. É comum as bancas associarem independência com o princípio fundamental da Integridade,
guarde bem essa informação para a prova.
Os conceitos sobre a independência devem ser aplicados por auditores para:

(a) identificar ameaças à independência;

(b) avaliar a importância das ameaças identificadas;

(c) aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável.

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Identificar ameaças à independência

Avaliar a importância das ameaças identificadas

Aplicar salvaguardas para elimiar as ameaças ou reduzí-las


a um nível aceitável

Quando o auditor avalia que salvaguardas apropriadas não estão disponíveis ou não podem ser aplicadas
para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável, o auditor deve eliminar a circunstância ou
relacionamento que cria as ameaças, declinar ou descontinuar o trabalho de auditoria. O auditor deve usar
julgamento profissional ao aplicar estes conceitos sobre a independência.

Exemplo de aplicação de salvaguarda: Se um dos membros da equipe de auditoria, no ano anterior, foi o
contador da empresa auditada, é evidente que há uma ameaça à independência da equipe. A salvaguarda
aplicável seria trocar esse membro. Se o auditor não conseguir reduzir a ameaça à independência da equipe a
um nível aceitável, deve avaliar, inclusive, a possibilidade de recusar o cliente.

Portanto, o auditor deve identificar, avaliar e tratar as ameaças à independência da equipe de auditoria e
aplicar as salvaguardas necessárias para reduzir as ameaças a um nível aceitável. Ele deve exercer julgamento
para avaliar a melhor maneira de tratar as ameaças que não estão em nível aceitável, aplicando salvaguardas
adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável, terminar ou declinar o respectivo trabalho.

Questões para fixar !


(CESPE – CAGE/RS – 2018) A independência do auditor pressupõe

a) autorrevisão.

b) familiaridade com a entidade auditada.

c) moderação na emissão da opinião.

d) preservação dos interesses das entidades auditadas.

e) integridade e objetividade na emissão dos relatórios.

RESOLUÇÃO: Vejam que eu ressaltei sobre as bancas relacionarem a independência com Integridade. Vejamos:
Independência é a capacidade que a auditoria tem de julgar e atuar com integridade e objetividade, permitindo a emissão
de relatórios imparciais em relação à entidade auditada, aos acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos cooperados e a todas
as demais partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho.

Gabarito: alternativa E.

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(CESPE – POLÍCIA FEDERAL – 2018) A necessária independência do auditor independente em relação ao cliente
auditado impõe preocupações quanto ao tamanho relativo dos honorários acordados ou eventuais presentes de valor
significativo recebidos do cliente, exigindo a adoção de salvaguardas.

RESOLUÇÃO: O auditor, no exercício de suas atividades, deve manter uma atitude de independência que assegure a
imparcialidade do seu julgamento, nas fases de planejamento, execução e emissão do seu parecer. Não deve ter qualquer
relação com o elemento a ser auditado de forma a preservá-lo de influências que possam afetar os resultados. Em regra,
não caracteriza uma ameaça à independência o recebimento dos honorários devidos pelos seus serviços de auditoria
prestados à entidade. Isso só caracterizaria uma ameaça caso fossem fixados honorários condicionais ou incompatíveis
com a natureza do trabalho. Entretanto, aceitar presentes ou afins de clientes de auditoria pode criar ameaças de interesse
próprio e de familiaridade. Assim exige-se a adoção de salvaguardas para evitar ameaças à independência do auditor
quando houver pagamentos de honorários acordados ou eventuais presentes de valor significativo.

Gabarito: CORRETO.

(FCC – TRT/2ª REGIÃO – 2018) Para a realização dos trabalhos de auditoria, a existência da independência é
pressuposto necessário entre os membros das equipes de auditoria e os clientes de auditoria. Nesse contexto, é
correto afirmar que

a) as ameaças à independência podem ser enquadradas em um único tipo, que se resume, basicamente, à ameaça de
emitir um parecer inadequado, frente ao conjunto de fatos observados antes do início dos trabalhos de auditoria.

b) a independência compreende a construção do pensamento burocrático, especificando detalhadamente os passos para


que os objetivos estabelecidos sejam alcançados dentro dos limites contratados com o cliente de auditoria.

c) a independência é opcional durante o período de contratação coberto pelas demonstrações contábeis, iniciando-se com
um ano de antecedência à escolha da organização que irá realizar os trabalhos de auditoria e terminando em até dois anos
após e emissão do relatório de auditoria.

d) em relação à documentação comprobatória da independência dos trabalhos de auditoria, o auditor sempre pode
dispensá-las quando as conclusões extraídas demonstrarem que as ameaças observadas à emissão de sua conclusão forem
substanciais.

e) os conceitos sobre a independência devem ser aplicados pelos auditores a fim de identificar as ameaças; avaliar a
importância das ameaças identificadas e aplicar as salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-
las a um nível aceitável.

RESOLUÇÃO: Vamos item por item:

Item A: Existem vários tipos de ameaças, por exemplo, quando alguém da equipe de auditoria é familiar da empresa.

Item B: Independência é a capacidade que a auditoria tem de julgar e atuar com integridade e objetividade, permitindo a
emissão de relatórios imparciais em relação à entidade auditada, aos acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos cooperados
e a todas as demais partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho

Item C: A independência é obrigatória durante todo o período de trabalho, desde a contratação.

Item D: o auditor DEVE documentar as conclusões sobre o cumprimento dos requisitos de independência.

Item E: Os conceitos sobre a independência devem ser aplicados por auditores para:

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(a) identificar ameaças à independência;

(b) avaliar a importância das ameaças identificadas;

(c) aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável.

Gabarito: alternativa E.

Tipos de Salvaguardas
O auditor deve identificar, avaliar e tratar as ameaças à independência da equipe de auditoria e aplicar as
salvaguardas necessárias para reduzir as ameaças a um nível aceitável. Ele deve exercer julgamento para avaliar
a melhor maneira de tratar as ameaças que não estão em nível aceitável, aplicando salvaguardas adequadas
para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável, terminar ou declinar o respectivo trabalho. Ao exercer
esse julgamento, o profissional deve levar em consideração se um terceiro com experiência, conhecimento e
bom senso concluiria, ponderando todos os fatos e circunstâncias específicas disponíveis para o auditor externo
naquele momento, que as ameaças seriam eliminadas ou reduzidas a um nível aceitável mediante a aplicação
das salvaguardas, de modo que o cumprimento dos princípios éticos não esteja comprometido. Essa
consideração será afetada por assuntos como a importância da ameaça, a natureza do trabalho e a estrutura
da firma.

As salvaguardas reduzem ou eliminam as ameaças e se enquadram em categorias amplas, vejamos (não


precisa decorar, apenas uma leitura rápida para termos uma ideia):

01. Salvaguardas criadas pela profissão, pela legislação ou por regulamento.


Exemplos:

• Requisitos educacionais, de treinamento e de experiência para ingressar na profissão;

• Requisitos de desenvolvimento profissional contínuo;

• Regulamentos de governança corporativa;

• Normas profissionais;

• Monitoramento profissional ou regulatório e procedimentos disciplinares;

• Revisão externa por terceiro.

02. Salvaguardas no ambiente de trabalho.


Dividem-se entre aquelas que atingem toda a firma e aquelas que são especificadamente do trabalho.

Exemplos de salvaguardas que abrangem toda a firma no ambiente de trabalho incluem:


• Liderança da firma que enfatizar a importância do cumprimento dos princípios éticos;

• Liderança da firma que estabelecer a expectativa de que os membros da equipe de asseguração agirão
no interesse público;
• Políticas e procedimentos para implementar e monitorar controle de qualidade de trabalhos;

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• Políticas e procedimentos internos documentados que requererem o cumprimento dos princípios éticos;
permitem a identificação de interesses ou relacionamentos entre a firma ou membros das equipes de trabalho
e clientes;

• Políticas e procedimentos para monitorar e, se necessário, administrar a independência profissional se


houver dependência econômica em relação a um cliente.

Exemplos de salvaguardas específicas do trabalho incluem:

• Revisão por outro contador externo, que não foi membro da equipe de asseguração, do trabalho
executado ou de outra forma obter assessoria conforme necessário;

• Discussão de assuntos éticos com os responsáveis pela governança do cliente;

• Divulgaçãopara os responsáveis pela governança do cliente da natureza dos serviços prestados e da


extensão dos honorários cobrados;
• Envolvimento de outra firma para executar ou refazer parte do trabalho;

• Rotação do pessoal sênior da equipe de asseguração.

Ameaças à Independência
Vimos que os conceitos sobre a independência devem ser aplicados por auditores para:

(a) identificar ameaças à independência;

(b) avaliar a importância das ameaças identificadas;

(c) aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível
aceitável.
Mas o que são essas ameaças?

Ameaças podem ser criadas por ampla gama de relações e circunstâncias. Quando um relacionamento
ou circunstância cria uma ameaça, essa ameaça pode comprometer, ou pode ser vista como se
comprometesse, o cumprimento dos princípios fundamentais por um auditor. Uma circunstância ou
relacionamento podem criar mais de uma ameaça, e uma ameaça pode afetar o cumprimento de mais de um
princípio fundamental.

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Segundo a NBC PA 290, as ameaças se enquadram em uma ou mais de uma das categorias a seguir:

É a ameaça de que interesse financeiro ou outro


Ameaça de interesse próprio interesse influenciará de forma não apropriada o
julgamento ou comportamento do auditor

É a ameaça de que o auditor não avaliará


apropriadamente os resultados de julgamento
dado ou serviço prestado anteriormente por ele,
Autorrevisão
ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o
auditor confiará para formar um julgamento
como parte da prestação do serviço atual

É a ameaça de que o auditor promoverá ou


Ameaça de defesa de interesse do cliente defenderá a posição de seu cliente a ponto em
que a sua objetividade fique comprometida

É a ameaça de que, devido ao relacionamento


longo ou próximo com o cliente, o auditor tornar-
Ameaça de familiaridade
se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu
trabalho sem muito questionamento

É a ameaça de que o auditor será dissuadido de


agir objetivamente em decorrência de pressões
Ameaça de intimidação
reais ou aparentes, incluindo tentativas de
exercer influências indevidas sobre o auditor

Fique atento !
A NBC PA 400 revogou a NBC PA 290, mas não trouxe as definições das ameaças à independência trazidas pela norma
revogada. Entretanto, como a NBC PA 400 continua falando sobre esses tipos de ameaças (mesmo sem trazer as
definições), preferimos apresentá-las. Além do mais, é comum as bancas repetirem conceitos antigos, mesmo após
revogações. Mas alerto novamente, a NBC PA 290 está revogada!

Cuidado, pois a ameaça de familiaridade não significa necessariamente relações de parentesco ou


familiares. A familiaridade, no caso, é um relacionamento estreito a ponto de exercer ou sofrer, de fato ou em
aparência, influências. A presença de parentes poderá gerar ameaças à independência conforme as
circunstâncias e os papéis que desempenha o auditor na firma e no cliente, e a função do respectivo familiar no
cliente de auditoria.

Muitas circunstâncias ou combinações de circunstâncias diferentes podem ser relevantes na avaliação das
ameaças à independência. É impossível definir todas as situações que criam ameaças à independência e
especificar as medidas apropriadas. Portanto, a NBC PA 400 estabelece conceitos de independência que

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requerem que as firmas e os membros das equipes de auditoria identifiquem, avaliem e tratem as ameaças à
independência. Os conceitos sobre a independência apresentados auxiliam os profissionais no cumprimento
das exigências éticas desta Norma.

Assim, ao decidir sobre a aceitação ou a continuação do trabalho, ou se uma pessoa específica pode ser
membro da equipe de auditoria, a auditoria deve identificar e avaliar as ameaças à independência e aplicar
salvaguardas adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável. Essa decisão deve ser
documentada. A natureza das salvaguardas a aplicar varia conforme as circunstâncias.

Interesses Financeiros
Entende-se por interesses financeiros a propriedade de títulos e valores mobiliários e quaisquer outros
tipos de investimentos adquiridos ou mantidos pela entidade de auditoria, seus sócios, membros da equipe de
auditoria ou membros imediatos da família destas pessoas, relativamente à entidade auditada, suas
controladas ou integrantes de um mesmo grupo econômico.

Assim, deter interesse financeiro em cliente de auditoria pode criar ameaça de interesse próprio. Um
interesse financeiro pode ser detido direta ou indiretamente.
Segundo a NBC PA 400, quando o usufrutuário tem controle sobre o intermediário ou a capacidade de
influenciar suas decisões de investimento, esse interesse financeiro é direto. Ou seja, interesses financeiros
diretos são aqueles sobre os quais o detentor tem controle, seja em ações, debêntures ou em outros títulos e
valores mobiliário.
Por outro lado, quando o usufrutuário não tem controle sobre o intermediário ou a capacidade de
influenciar suas decisões de investimento, esse interesse financeiro é indireto. São aqueles sobre os quais o
detentor não tem controle algum.
Portanto, segundo a NBC PA 400, interesse financeiro direto ou interesse financeiro indireto relevante
no cliente de auditoria não deve ser detido por membro da equipe de auditoria ou qualquer familiar
imediato dessa pessoa.

Os fatores que são relevantes na avaliação do nível de ameaça de interesse próprio criada pela
manutenção de interesse financeiro em cliente de auditoria incluem:
a) o papel da pessoa que detém o interesse financeiro;

b) se o interesse financeiro é direto ou indireto;

c) a materialidade do interesse financeiro.

Ainda segundo a NBC PA 400, a ameaça de interesse próprio pode ser criada se membro da equipe de
auditoria sabe que familiar próximo tem interesse financeiro direto ou interesse financeiro indireto
relevante no cliente de auditoria.
Exemplos de ações que podem eliminar essa ameaça de interesse próprio incluem:

a) alienação pelo familiar próximo, assim que praticável, de todo o interesse financeiro ou parte suficiente
do interesse financeiro indireto, de modo que o interesse remanescente não seja mais material;
b) remover a pessoa da equipe de auditoria.

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Fique atento !
Observem que, neste último caso, a ameaça de interesse próprio pode ser criada se membro da equipe de auditoria SABE
que familiar PRÓXIMO tem interesse financeiro direto ou interesse financeiro indireto relevante no cliente de auditoria.

Vimos que o interesse financeiro direto ou interesse financeiro indireto relevante no cliente de auditoria não deve ser
detido por membro da equipe de auditoria ou qualquer familiar IMEDIATO dessa pessoa.

No caso de o membro da equipe de auditoria saber que familiar próximo tem interesse financeiro no cliente de auditoria,
também pode ser criada ameaça de interesse próprio.

Relacionamentos Familiares e Pessoais


Segundo a NBC PA 400, os relacionamentos familiares ou pessoais com o pessoal do cliente podem criar
uma ameaça de interesse próprio, de familiaridade ou de intimidação.

Logo, a ameaça de interesse próprio, de familiaridade ou de intimidação pode ser criada por
relacionamentos familiares ou pessoais entre membro da equipe de auditoria e conselheiro, diretor ou,
dependendo do seu papel, certos empregados do cliente de auditoria.
Os fatores que são relevantes na avaliação do nível dessas ameaças incluem:

a) as responsabilidades da pessoa na equipe de auditoria;

b) o papel do familiar ou outra pessoa no cliente e a proximidade do relacionamento.

Familiar imediato de membro da equipe de auditoria


A ameaça de interesse próprio, de familiaridade ou de intimidação é criada quando familiar imediato de
membro da equipe de auditoria é empregado em posição de exercer influência significativa sobre a posição
financeira, o desempenho financeiro ou os fluxos de caixa do cliente.
Um exemplo de ação que pode eliminar essa ameaça de interesse próprio, de familiaridade ou de
intimidação é a remoção da pessoa da equipe de auditoria.

Um exemplo de ação que pode ser salvaguarda no tratamento dessa ameaça de interesse próprio, de
familiaridade ou de intimidação é a estruturação das responsabilidades da equipe de auditoria, de forma que o
membro da equipe de auditoria não trate de assuntos que são de responsabilidade do familiar imediato.
Portanto, de acordo com a NBC PA 400, a pessoa não deve participar como membro da equipe de
auditoria quando qualquer familiar imediato dessa pessoa:

a) for conselheiro ou diretor do cliente de auditoria;

b) for empregado em posição de exercer influência significativa sobre a elaboração dos registros
contábeis do cliente ou das demonstrações contábeis sobre as quais a firma emitirá uma opinião; ou

c) tiver estado nessa posição durante qualquer período coberto pelo trabalho ou pelas demonstrações
contábeis.

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Familiar próximo de membro da equipe de auditoria


A ameaça de interesse próprio, de familiaridade ou de intimidação é criada quando familiar próximo de
membro da equipe de auditoria é:
a) conselheiro ou diretor do cliente de auditoria; ou

b) empregado em posição de exercer influência significativa sobre a elaboração dos registros contábeis
ou das demonstrações contábeis do cliente sobre as quais a firma emitirá uma opinião.

Um exemplo de ação que pode eliminar essa ameaça de interesse próprio, de familiaridade ou de
intimidação é a remoção da pessoa da equipe de auditoria.
Um exemplo de ação que pode ser a salvaguarda no tratamento dessa ameaça de interesse próprio, de
familiaridade ou de intimidação é a estruturação das responsabilidades da equipe de auditoria de forma que o
membro da equipe de auditoria não trate de assuntos que são de responsabilidade do familiar próximo.

Assim, é necessário fornecer segurança razoável do cumprimento das normas profissionais,


regulatórias e legais, particularmente, nesse caso, quanto à necessária independência do auditor, exigindo uma
declaração individual dos profissionais da entidade de auditoria da existência, ou não, das seguintes questões
relacionadas a entidades auditadas:
 Interesses financeiros;
 Operações de créditos e garantias;
 Relacionamentos comerciais relevantes estreitos com a entidade auditada;
 Relacionamentos familiares e pessoais; e
 Membros da entidade de auditoria que já foram administradores, executivos ou empregados da
entidade auditada.

Questões para fixar !


(AOCP – ISS/CARIACICA – 2020) As ameaças à independência do auditor podem ser criadas por ampla gama de
relações e circunstâncias. A ameaça de que o auditor não avaliará apropriadamente os resultados de julgamento dado
ou serviço prestado anteriormente por ele, ou por outra pessoa da firma dele, em que o auditor confiará para formar
um julgamento como parte da prestação do serviço atual refere-se:

a) ao interesse próprio.

b) à familiaridade.

c) à intimidação.

d) à autorrevisão.

RESOLUÇÃO: observem que a banca trouxe os conceitos presentes na revogada NBC PA 290. Vimos que a ameaça de
Autorrevisão é a ameaça de que o auditor não avaliará apropriadamente os resultados de julgamento dado ou serviço
prestado anteriormente por ele, ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o auditor confiará para formar um julgamento
como parte da prestação do serviço atual.

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Gabarito: alternativa D.

(UFES – UFES – 2017) A independência é condição fundamental para o exercício da atividade de auditoria
independente das demonstrações contábeis. NÃO é uma ameaça para a auditoria independente

a) a ameaça de interesse próprio.

b) a ameaça de autorrevisão.

c) a ameaça de defesa de interesses do cliente.

d) a ameaça de certificação.

e) a ameaça de familiaridade.

RESOLUÇÃO: Questão para fixação. As ameaças se enquadram em uma ou mais de uma das categorias a seguir:

- Ameaça de interesse próprio é a ameaça de que interesse financeiro ou outro interesse influenciará de forma não
apropriada o julgamento ou o comportamento do auditor;

- Ameaça de autorrevisão é a ameaça de que o auditor não avaliará apropriadamente os resultados de julgamento
dado ou serviço prestado anteriormente por ele, ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o auditor confiará para formar
um julgamento como parte da prestação do serviço atual;

- Ameaça de defesa de interesse do cliente é a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu
cliente a ponto em que a sua objetividade fique comprometida;

- Ameaça de familiaridade é a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou próximo com o cliente, o auditor
tornar-se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento;

- Ameaça de intimidação é a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir objetivamente em decorrência de
pressões reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor.

A única alternativa que não corresponde a nenhuma categoria é a letra D.

Gabarito: alternativa D.

(VUNESP – TJ/SP – 2015) De acordo com as normas profissionais de auditoria, a independência pode ser afetada por
alguns tipos de ameaças. A ameaça de familiaridade ocorre quando o auditor

a) encontra obstáculos para agir objetivamente em virtude de ameaças.

b) pode auferir benefícios financeiros na entidade auditada.

c) não avaliará apropriadamente os resultados de julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por ele.

d) defende ou parece defender a opinião da entidade auditada.

e) passa a se identificar demasiadamente com a entidade auditada devido a relacionamento próximo com o cliente.

RESOLUÇÃO: questão que pede os tipos de ameaças à independência. Vejamos:

Item A: ameaça de intimidação (ERRADO).

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Item B: Ameaça de interesse próprio (ERRADO).

Item C: Ameaça de autorrevisão (ERRADO).

Item D: Ameaça de interesse do cliente (ERRADO).

Item E: Ameaça de familiaridade (CORRETO).

Gabarito: alternativa E.

Honorários contingenciais e a independência


Honorários contingenciais são aqueles calculados em uma base predeterminada com relação ao desfecho
ou resultado de uma transação ou trabalho executado.

O auditor não pode condicionar os honorários ao desfecho do trabalho. Isso poderia resultar em conflitos
de interesses e, por consequência, perda de independência. É vedado ao auditor independente estabelecer
honorários contingenciais relacionados a quaisquer serviços prestados para a entidade auditada, suas coli-
gadas, controladas, controladoras ou integrantes do mesmo grupo econômico.
Isso já foi questão de prova da FCC, a qual disse que o estabelecimento de honorários contingenciais não
produz conflito de interesse, não ocasionando, portanto, perda de independência. Observem que a questão
está incorreta, pois pode resultar sim em conflitos de interesses e, por consequência, perda de independência.

Ceticismo profissional
Dando continuidade às exigências éticas, vamos aprender um conceito importantíssimo para nosso
estudo.

Pois bem, o auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que
podem existir circunstancias que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis.

Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que
possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria.
Eu gosto de comparar esse conceito com o “sensor aranha” do Homem-Aranha. Pra quem
não sabe, o super-herói possui um poder que o alerta quando o perigo está iminente, no
sentido de dar ao herói tempo hábil de poder escolher qual a melhor maneira de enfrentar
aquela situação.

O auditor deve adotar essa postura questionadora e “desconfiar sempre”, especialmente se as evidências
não corroboram umas às outras. O ceticismo deve ser mantido ao longo de todo o trabalho, do início ao fim da
auditoria. A crença na honestidade dos administradores da entidade não deve inibir o ceticismo profissional.
Segundo a NBC TA – Estrutura Conceitual, o ceticismo profissional é a postura que inclui estar alerta a, por
exemplo:

a) Evidência inconsistente com outras evidências obtidas;


b) Informações que geram dúvidas quanto à confiabilidade de documentos e respostas a indagações que serão
usadas como evidências;

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c) Circunstâncias que sugerem a necessidade de procedimentos adicionais àqueles requeridos pelas Normas de
Asseguração; e
d) Condições que podem indicar distorções.

Ceticismo profissional inclui


Evidência inconsistente
com outras evidências

estar alerta a: Informações que geram


dúvidas

Circustâncias que sugerem


procedimentos adicionais

Condições que indicam


distorções

A postura questionadora que o ceticismo exige permite-nos reduzir o risco de, pelo menos, três situações.
Acompanhe no diagrama as três circunstâncias seguidas de um exemplo e, na sequência, uma reflexão
questionadora hipotética do auditor, decorrente da aplicação do ceticismo.

02. Generalização 03. Usar premissas


01. Ignorar inapropriadas para
excessiva ao tirar
circunstâncias não determinar a natureza, a
conclusões das época e a extensão dos
usuais
observações exames e resultados destes

Ex: aquisição de um Ex: realizar inventário


empréstimo com juros Ex: o controle aplicado no início do periodo
de 5% a.m., quando o na conta “X” é (jan.) em vez de
mercado pratica juros confiável. executá-lo no final do
de 1% a.m. periodo (dez.).

Aplicação do ceticismo:
Aplicação do ceticismo:
isso não significa que o
Aplicação do ceticismo: isso não significa que o saldo em 31/12 estará
qual o benefício? controle da conta “Y” correto, pois pode ser
também o será. necessário validar as
operações intermediárias.

Fonte: Arthur Leone, 2018.

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Questões para fixar !


(FCC – TST – 2017) A NBC TA 240 dita que o auditor deve aceitar os registros e documentos como legítimos, a não ser
que existam razões para crer o contrário. A postura do auditor para reconhecer a possibilidade de existir uma
distorção relevante decorrente de fraude é denominada

a) função investigatória.

b) ceticismo profissional.

c) responsabilidade profissional.

d) observação de fatores de risco.

e) formação de opinião.

RESOLUÇÃO: Vamos ligar nosso sensor aranha? O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo
profissional, reconhecendo que podem existir circunstancias que causam distorção relevante nas demonstrações
contábeis. Gravem bem esse conceito.

Gabarito: alternativa B.

(CESPE – TRE/BA – 2017) A atitude de ceticismo profissional refere-se à maneira pela qual o auditor independente
avalia criticamente, de forma mentalmente questionadora, a validade da evidência obtida e mantém-se alerta para
qualquer evidência que contradiga ou ponha em dúvida a confiabilidade de documentos ou representações da parte
responsável. A partir dessa informação, assinale a opção que corresponde à realidade de auditoria quanto ao
ceticismo profissional.

a) As situações que o auditor deve observar com cuidado mais apurado não incluem aquelas que possam indicar possíveis
fraudes, pois tais situações ensejam a instauração de inquérito policial.

b) O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, mantendo-se alerta para circunstâncias que
causem distorções relevantes nas demonstrações financeiras.

c) O ceticismo profissional inclui executar a auditoria com máximo zelo, o que não obriga a considerar evidências de
auditoria que contradigam outras evidências obtidas.

d) Informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas às indagações a ser usadas como
evidências de auditoria em exame são fatos para a análise das futuras auditorias.

e) Circunstâncias que gerem a necessidade de outros procedimentos de auditoria, que não estejam previstos nos padrões
profissionais, não correspondem a possíveis alertas no que se refere a ceticismo profissional.

RESOLUÇÃO: Vamos lembrar o conceito de Ceticismo profissional e tentar encaixar na resolução da questão.

O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que podem existir circunstancias
que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis. Segundo a NBC TA – Estrutura Conceitual, o ceticismo
profissional é a postura que inclui estar alerta a, por exemplo:

a) Evidência inconsistente com outras evidências obtidas; (ITEM C INCORRETO)

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b) Informações que geram dúvidas quanto à confiabilidade de documentos e respostas a indagações que serão usadas como
evidências; (ITEM D INCORRETO)

c) Circunstâncias que sugerem a necessidade de procedimentos adicionais àqueles requeridos pelas Normas de Asseguração;
(ITEM E INCORRETO) e

d) Condições que podem indicar distorções. (ITEM A INCORRETO)

Portanto, correto o item B.

Gabarito: alternativa B.

(CESPE – FUNPRESP/JUD – 2016) O ceticismo profissional é uma postura que alerta o auditor para a existência de
possíveis fraudes na empresa auditada.

RESOLUÇÃO: Aprendemos que o ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para
condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de
auditoria.

Gabarito: CORRETO.

(FUNDATEC – SEFAZ/RS – 2014) De acordo com a NBC TA 200, o _______________ é a postura que inclui uma mente
questionadora e alerta para condições que possam indicar possível distorção, devido a erro ou fraude, e uma
avaliação crítica das evidências de auditoria.

A alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima é:

a) plano de trabalho

b) ceticismo profissional

c) relacionamento com o cliente

d) auditor interno

e) trabalho conjunto

RESOLUÇÃO: mais uma vez, segundo a NBC TA 200, o ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente
questionadora e alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação
crítica das evidências de auditoria.

Gabarito: alternativa B.

Julgamento profissional
Dando continuidade ao tema exigências éticas relativas a uma auditoria, vamos tratar agora sobre
julgamento profissional.

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O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria de demonstrações


contábeis. Isso porque a interpretação das exigências éticas e profissionais relevantes e das normas de auditoria
não podem ser feitas sem a aplicação do conhecimento e experiência para os fatos e circunstâncias.

Ou seja, Julgamento profissional é a aplicação do treinamento, conhecimento e experiência relevantes,


dentro do contexto fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas
a respeito dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria.

O julgamento profissional é necessário, particularmente, para decisões sobre:

 A materialidade e o risco do trabalho;


 A natureza, a época e a extensão dos procedimentos usados para atender aos requerimentos das Normas
de Asseguração relevantes e obter evidências;
 Avaliar se foram obtidas as evidências apropriadas e suficientes e se algo mais precisa ser feito para
alcançar os objetivos das Normas de Asseguração aplicáveis. Especificamente, no caso de trabalho de
asseguração limitada, o julgamento profissional é requerido ao avaliar se um nível significativo de
asseguração foi obtido;
 Avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável;
 Extração de conclusões apropriadas com base nas evidências obtidas, por exemplo, pela avaliação da
razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis.

Julgamento Profissional
é necessário para
decisões sobre:

Natureza, época e Avaliar se foram Extração de


Materialidade e obtidas evidências Avaliar a opinião
extensão dos APROPRIADAS E da administração
conclusões
risco procedimentos SUFICIENTES apropriadas

A principal característica do julgamento profissional esperada do auditor independente é que ele seja exercido
por auditor cujo treinamento, conhecimento e experiência auxiliaram no desenvolvimento das competências
necessárias para alcançar julgamentos razoáveis.

O julgamento profissional deve ser exercido durante todo o trabalho. O julgamento profissional não deve ser
usado como justificativa para decisões que não são, de outra forma, suportadas pelos fatos e circunstâncias do trabalho
ou por evidências apropriadas e suficientes.

Por fim, segundo a NBC TA 200, o julgamento profissional pode ser avaliado com base no fato de que o
julgamento exercido reflete uma aplicação competente ou não competente dos princípios de auditoria e
contábeis e se ele é apropriado considerando os fatos e circunstâncias conhecidos pelo auditor até a data do
seu relatório de auditoria e compatível com estes.

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Questões para fixar !


(CS-UFG – UFG – 2017) O julgamento profissional é essencial para a condução apropriada da auditoria e o exercício
desse julgamento em qualquer caso específico baseia-se nos fatos e nas circunstâncias que são conhecidos pelo
auditor. O uso do julgamento profissional é necessário nas decisões que envolvem

a) indícios de possível fraude e erro.

b) confiabilidade e legitimidade dos documentos.

c) afirmação para classes de transações e saldos.

d) materialidade e risco de auditoria.

RESOLUÇÂO: Questão literal e bastante simples, apenas para fins de fixação. O julgamento profissional é necessário,
particularmente, para decisões sobre:

- A materialidade e o risco do trabalho (Item D CORRETO);

- A natureza, a época e a extensão dos procedimentos usados para atender aos requerimentos das Normas de Asseguração
relevantes e obter evidências;

- Avaliar se foram obtidas as evidências apropriadas e suficientes e se algo mais precisa ser feito para alcançar os objetivos
das Normas de Asseguração aplicáveis. Especificamente, no caso de trabalho de asseguração limitada, o julgamento profissional é
requerido ao avaliar se um nível significativo de asseguração foi obtido;

- Avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável;

- Extração de conclusões apropriadas com base nas evidências obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das
estimativas feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis.

Gabarito: Alternativa D.

(CESPE – FUB – 2015) Relativamente às normas internacionais para o exercício profissional da auditoria, julgue
o item que se segue.

O auditor deve aplicar o conceito de julgamento profissional em toda s as fases do processo da auditoria.

RESOLUÇÃO: Os auditores devem manter comportamento profissional apropriado, aplicando o julgamento profissional
ao longo de toda a auditoria.

Gabarito: CORRETO.

(IBADE – IPERON/RO – 2017) Nas decisões sobre extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria
obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das
demonstrações contábeis, é necessário(a):

a) o uso de procedimentos analíticos.

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b) a aplicação de procedimentos adicionais de auditoria.

c) a consulta aos órgãos de governança.

d) a elaboração de estimativas contábeis.

e) o julgamento profissional.

RESOLUÇÃO: Vejam que não há muito mistério quando o assunto é julgamento profissional. Mais uma vez, o julgamento
profissional é necessário, particularmente, para decisões sobre:

- A materialidade e o risco do trabalho;

- A natureza, a época e a extensão dos procedimentos usados para atender aos requerimentos das Normas de Asseguração
relevantes e obter evidências;

- Avaliar se foram obtidas as evidências apropriadas e suficientes e se algo mais precisa ser feito para alcançar os objetivos
das Normas de Asseguração aplicáveis. Especificamente, no caso de trabalho de asseguração limitada, o julgamento profissional é
requerido ao avaliar se um nível significativo de asseguração foi obtido;

- Avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável;

- Extração de conclusões apropriadas com base nas evidências obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade
das estimativas feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis.

Gabarito: alternativa E.

Confidencialidade
Aprendemos na aula passada que a confidencialidade é um princípio fundamental da ética profissional,
estamos lembrados?
Segundo a NBC TA 200 os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor
quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos no Código de Ética Profissional
do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. Esses princípios estão em linha com os
princípios do Código de Ética do IFAC, cujo cumprimento é exigido dos auditores. São eles: Integridade,
Competência e Zelo Profissional, Objetividade, Comportamento Profissional e Confidencialidade.

Pois bem, esse princípio dita que o auditor deve manter sigilo das informações divulgadas pelo cliente (a
empresa auditada). Veja que para expressar sua opinião sobre as demonstrações contábeis da entidade
auditada o auditor tem acesso às informações relevantes disponibilizadas pela empresa. Deve também manter
sigilo das informações dentro da firma (a empresa na qual o auditor trabalha e é contratada para fazer as
auditorias) ou organização empregadora. Ou seja, deve manter sigilo das informações tanto na entidade
auditada como na própria firma em que trabalha, entendidos?

O profissional da contabilidade deve tomar as providências adequadas para assegurar que o pessoal da
sua equipe de trabalho, assim como as pessoas das quais são obtidas assessoria e assistência, também,
respeitem o dever de sigilo do profissional.

É preciso saber também que a necessidade de cumprir o princípio do sigilo profissional permanece
mesmo após o término das relações entre o auditor e seu cliente (a empresa auditada) ou empregador (a

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firma em que trabalha). Quando o profissional da contabilidade mudar de emprego ou obtiver novo cliente,
ele pode usar sua experiência anterior. Contudo, ele não deve usar ou divulgar nenhuma informação
confidencial obtida ou recebida em decorrência de relacionamento profissional ou comercial.

Portanto, confidencialidade, também chamado de sigilo profissional, impõe a todos os profissionais da


contabilidade e da auditoria a obrigação de abster-se de:

(a) divulgar fora da firma ou da organização empregadora informações sigilosas obtidas em decorrência
de relacionamentos profissionais e comerciais, sem estar prévia e especificamente autorizado pelo cliente, por
escrito, a menos que haja um direito ou dever legal ou profissional de divulgação; e

(b) usar, para si ou para outrem, informações obtidas em decorrência de relacionamentos profissionais e
comerciais para obtenção de vantagem pessoal.

A seguir, são apresentadas circunstâncias nas quais os profissionais da contabilidade são ou podem ser
solicitados a divulgar informações confidenciais ou nas quais essa divulgação pode ser apropriada (importante):

 A divulgação é permitida por lei e autorizada pelo cliente ou empregador, por escrito;
 A divulgação é exigida por lei (vejam que aqui não há necessidade de autorização do cliente);
 Há dever ou direito profissional de divulgação, quando não proibido por lei.

Situações nas quais o


auditor pode divulgar as
informações:

A divulgação é Dever ou direito


PERMITIDA por lei e A divulgação é profissional de
AUTORIZADA pelo EXIGIDA por lei divulgação, quando
cliente, por escrito não proibido por lei

Resumindo, a regra é a confidencialidade, o auditor só pode divulgar as informações obtidas durante o


seu trabalho na entidade auditada quando houver autorização expressa da entidade (o cliente) ou quando a
divulgação é obrigatória devido às exigências legais ou normativas.

Questão para fixar !


(FGV – MPE/AL – 2018) O trabalho de auditoria deve ser documentado de modo a assegurar sua revisão e a
manutenção das evidências obtidas, registrando-se todas as informações relevantes para dar suporte às conclusões
e aos resultados da auditoria. Em geral, o auditor deve manter, respeitar e assegurar o sigilo das informações obtidas
em razão do seu trabalho. Assinale a opção que indica quando o auditor deve divulgar, para terceiros, essas
informações.

a) Quando solicitado por um grande cliente.

b) Quando pressionado pela mídia.

c) Quando houver obrigação legal ou judicial.

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d) Quando acreditar ser relevante.

e) Quando houver terminado o trabalho.

RESOLUÇÃO: Vejam que após nossa explicação a questão se torna fácil. Vamos relembrar:

A seguir, são apresentadas circunstâncias nas quais os profissionais da contabilidade são ou podem ser solicitados a
divulgar informações confidenciais ou nas quais essa divulgação pode ser apropriada (importante):

- A divulgação é permitida por lei e autorizada pelo cliente ou empregador, por escrito;

- A divulgação é exigida por lei;

- Há dever ou direito profissional de divulgação, quando não proibido por lei.

Ou seja, auditor só pode divulgar as informações obtidas durante o seu trabalho na entidade auditada quando houver
autorização expressa da entidade (o cliente) ou quando a divulgação é obrigatória devido às exigências legais ou
normativas.

Gabarito: alternativa C.

NBC TA - Estrutura Conceitual


Trabalhos de asseguração Razoável e Limitada
Estamos indo bem até aqui? Espero que sim. Finalizado o tema exigências éticas relativas a uma auditoria,
vamos navegar pela NBC TA – Estrutura Conceitual.

Vimos na aula passada que as demonstrações contábeis se destinam a fornecer informações a respeito
da posição patrimonial e financeira da entidade.
Para expressar sua opinião, o auditor necessita obter segurança razoável de que as demonstrações
contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou
erro.

Mas o que significa segurança razoável? Explico.


Asseguração razoável é um nível elevado de segurança. Esse nível é conseguido quando o auditor obtém
evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente baixo o risco de auditoria
(isto é, o risco de que o auditor expresse uma opinião inadequada quando as demonstrações contábeis
contiverem distorção relevante, esse tema será estudado em momento oportuno).

Segundo a NBC TA – Estrutura Conceitual, no trabalho de asseguração razoável, o auditor independente


reduz o risco do trabalho para um nível aceitavelmente baixo nas circunstâncias do trabalho como base para a
sua conclusão. A conclusão do auditor independente é expressa de forma que transmita a sua opinião sobre o
resultado da mensuração ou avaliação de determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis.

Portanto, asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança pois existem limitações inerentes
em uma auditoria.
Segundo a NBC TA 200, são limitações inerentes a uma auditoria a:

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a) natureza das informações contábeis;

b) natureza dos procedimentos de auditoria; e


c) necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período de tempo razoável e a um custo
razoável.

Fique atento !
De acordo com a NBC TA – Estrutura Conceitual, trabalho de asseguração é o trabalho no qual o auditor independente
visa obter evidências apropriadas e suficientes para expressar sua conclusão, de forma a aumentar o grau de confiança
dos usuários previstos sobre o resultado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os critérios que sejam
aplicáveis.

Segundo a NBC TA - Estrutura Conceitual, existem dois tipos de trabalhos de asseguração cuja execução
é permitida ao auditor independente:

a) Trabalho de Asseguração Razoável: o objetivo do trabalho de asseguração razoável é reduzir o risco


do trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo, considerando as circunstâncias do trabalho como
base para uma forma positiva de expressão da conclusão do auditor independente. A conclusão do auditor
independente é expressa de forma que transmita a sua opinião sobre o resultado da mensuração ou avaliação de
determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis. Ex.: Auditoria.
É esse tipo de asseguração que nos interessa.

b) Trabalho de Asseguração Limitada: é o de reduzir o risco de trabalho de asseguração a um nível que


seja aceitável, considerando as circunstâncias do trabalho, mas em que o risco seja maior do que no trabalho
de asseguração razoável, como base para uma forma negativa de expressão da conclusão do auditor
independente. Ex.: Revisão.
Na asseguração limitada, temos um risco aceitável, porém maior que o risco da asseguração razoável. Os
procedimentos de auditoria não são tão profundos e, ao emitir a opinião, o auditor é menos incisivo.

Entenda aluno que nem todos os trabalhos executados por auditores independentes são trabalhos de
asseguração. Outros trabalhos frequentemente realizados que não são de asseguração são os trabalhos de
Consultoria (ou assessoria), tais como gerenciamento e consultorias tributárias.

A NBC TA – ESTRUTURAL CONCEITUAL, que trata dos trabalhos de asseguração executados por
auditores independentes, foi aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) em 20 de novembro de
2015.

Porém, esta estrutura não é uma norma propriamente dita e, por conseguinte, não estabelece nenhum
requisito (nem princípios básicos ou procedimentos essenciais) para a realização de auditorias, revisões ou
outros trabalhos de asseguração. Ela apenas proporciona orientação e referência para auditores independentes
e para outros envolvidos em trabalhos de asseguração, como aqueles que contratam um auditor independente.

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Reduzir o risco a um
Razoável nível aceitavelmente
baixo
Trabalho de
asseguração Reduzir o risco a um nível
baixo, porém com um
Limitada risco maior que o
trabalho de asseguração
razoável

Fique atento !

Fonte: Arthur Leone, 2018.

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Questões para fixar !


(UFPR – UFPR – 2018) Assinale a alternativa que se refere à correta conceituação dos trabalhos de asseguração em
auditoria independente, conforme disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade – Técnicas de Auditoria – NBC-
TA 00.

a) É a utilização de procedimentos ou técnicas de contabilidade com o objetivo de aumentar o grau de certeza ao nível
máximo em relação à posição patrimonial e financeira de uma entidade.

b) É a realização dos trabalhos de auditoria, em conformidade com as normas internacionais de contabilidade e os padrões
de contabilidade geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (US GAAP), mediante procedimentos pré-aceitos
pelo cliente.

c) É a expressão de uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos outros usuários previstos, que
não seja a parte responsável, acerca do resultado da avaliação ou mensuração de determinado objeto de acordo com os
critérios aplicáveis.

d) É a opinião expressa sobre a capacidade da empresa em continuar existindo (princípio da continuidade), levando-se em
consideração os seus aspectos econômico-financeiros, aspectos tributários, legais, de recursos humanos e societários.

e) É a expressão de posição de conformidade com as políticas contábeis adotadas pela administração da empresa em
relação às suas demonstrações financeiras, bem como a expressão de opinião acerca das práticas e políticas de controle
interno.

RESOLUÇÃO: questão bem direta da banca, que pede o conceito de trabalhos de asseguração segundo a NBC TA –
Estrutura Conceitual. Vimos que, de acordo com tal norma, trabalho de asseguração é o trabalho no qual o auditor
independente visa obter evidências apropriadas e suficientes para expressar sua conclusão, de forma a aumentar o
grau de confiança dos usuários previstos sobre o resultado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os
critérios que sejam aplicáveis.

Portanto, correta a letra C.

Gabarito: alternativa C.

(CESPE – TCE/PR – 2016 – ADAPTADA) As normas brasileiras de auditoria definem e descrevem elementos, objetivos
e outros aspectos dos trabalhos de asseguração. A respeito desse assunto, assinale a opção correta.

As normas brasileiras de auditoria estabelecem dois tipos de trabalhos de asseguração: razoável e limitado. O
objetivo do primeiro tipo é reduzir o risco de trabalho de asseguração a um nível aceitável e o do segundo tipo é
reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo.

RESOLUÇÃO: Veja que a questão inverte os conceitos dos dois tipos de trabalho de asseguração:

Trabalho de asseguração razoável – nível aceitavelmente baixo.

Trabalho de asseguração limitada – nível que seja aceitável.

Portanto, incorreta a assertiva.

Gabarito: ERRADO.

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(CESPE - TCE/PA - 2016) São princípios inerentes ao trabalho de asseguração do auditor a integridade, a objetividade,
o sigilo e o comportamento profissional.

RESOLUÇÃO: A questão cita corretamente quatro dos cinco princípios éticos. Como a questão não restringiu os princípios
a apenas esses 4, a questão está correta. Se fosse “são princípios inerentes ao trabalho de asseguração do auditor
APENAS...”, a questão estaria incorreta. O princípio omitido é a competência e zelo profissional.

Gabarito: CORRETO.

(CESPE - TCE/PR - 2016 - ADAPTADA) As normas brasileiras de auditoria definem e descrevem elementos, objetivos
e outros aspectos dos trabalhos de asseguração. A respeito desse assunto, assinale a opção correta.

A estrutura conceitual estabelece normas próprias e exigências relativas a procedimentos para a execução de
trabalhos de asseguração.

RESOLUÇÃO: A NBC TA – ESTRUTURAL CONCEITUAL, que trata dos trabalhos de asseguração, não é uma norma
propriamente dita e, por conseguinte, não estabelece nenhum requisito (nem princípios básicos ou procedimentos
essenciais) para a realização de auditorias, revisões ou outros trabalhos de asseguração. Ela apenas proporciona
orientação e referência para auditores independentes e para outros envolvidos em trabalhos de asseguração, como
aqueles que contratam um auditor independente.

Gabarito: ERRADO.

(UFPR – UFPR – 2018) Assinale a alternativa que se refere à correta conceituação dos trabalhos de asseguração em
auditoria independente, conforme disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade – Técnicas de Auditoria – NBC-
TA 00.

a) É a utilização de procedimentos ou técnicas de contabilidade com o objetivo de aumentar o grau de certeza ao nível
máximo em relação à posição patrimonial e financeira de uma entidade.

b) É a realização dos trabalhos de auditoria, em conformidade com as normas internacionais de contabilidade e os padrões
de contabilidade geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (US GAAP), mediante procedimentos pré-aceitos
pelo cliente.

c) É a expressão de uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos outros usuários previstos, que
não seja a parte responsável, acerca do resultado da avaliação ou mensuração de determinado objeto de acordo com os
critérios aplicáveis.

d) É a opinião expressa sobre a capacidade da empresa em continuar existindo (princípio da continuidade), levando-se em
consideração os seus aspectos econômico-financeiros, aspectos tributários, legais, de recursos humanos e societários.

e) É a expressão de posição de conformidade com as políticas contábeis adotadas pela administração da empresa em
relação às suas demonstrações financeiras, bem como a expressão de opinião acerca das práticas e políticas de controle
interno.

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RESOLUÇÃO: Vamos relembrar o conceito de trabalho de asseguração razoável. Segundo a NBC TA - Estrutura
Conceitual, existem dois tipos de trabalhos de asseguração cuja execução é permitida ao auditor independente:

a) Trabalho de Asseguração Razoável: o objetivo do trabalho de asseguração razoável é reduzir o risco do trabalho
de asseguração a um nível aceitavelmente baixo, considerando as circunstâncias do trabalho como base para uma forma
positiva de expressão da conclusão do auditor independente. A conclusão do auditor independente é expressa de forma que
transmita a sua opinião sobre o resultado da mensuração ou avaliação de determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis.

Lembre-se que a expressão de uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos outros usuários
previstos é o objetivo dos trabalhos de auditoria independente. Portanto correta a alternativa C. Todos os outros itens
trazem conceitos errados de trabalhos de asseguração razoável.

Gabarito: alternativa C.

Cuidado! O auditor independente ao reportar sobre trabalho que não é de asseguração, deve claramente
distinguir esse relatório de relatório de asseguração. Para não confundir os usuários, o relatório que não é de
asseguração evita, por exemplo:

 Mencionar adequação com esta Estrutura ou Norma de Asseguração;


 Usar inapropriadamente as palavras “asseguração”, “auditoria” ou “revisão”;
 Incluir declaração que pode ser confundida com conclusão com base em evidências apropriadas e
suficientes que foi desenvolvida para aumentar o nível de confiança dos usuários previstos sobre o
resultado da mensuração ou avaliação do objeto de acordo com os critérios aplicáveis.

Vamos entender esse tópico. Em trabalho de asseguração razoável, o auditor independente expressa a
conclusão de forma positiva, após obter evidência apropriada e suficiente para reduzir o risco do trabalho de
asseguração a um nível aceitavelmente baixo, por exemplo:

“Em nossa opinião, as demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em


todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da entidade, o
desempenho de suas operações e seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela
data de acordo com a estrutura ABC”.

Para um trabalho de asseguração limitada, o auditor independente expressa a conclusão de forma


negativa, pois é proporcional ao nível dos procedimentos de obtenção de evidência aplicados pelo auditor
independente, dadas as características do objeto e outras circunstâncias do trabalho descritas no relatório de
asseguração, por exemplo:

“Com base nas evidências obtidas, não temos conhecimento de nenhum fato que nos
leve a acreditar que a entidade não tenha cumprido, em todos os aspectos relevantes,
de acordo com a estrutura ABC”.

Elementos de um trabalho de asseguração


Dando continuidade, ainda segundo a NBC TA – Estrutura Conceitual, os seguintes elementos de um
trabalho de asseguração são discutidos:
(a) Relação de três partes envolvendo o auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos;

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(b) Objeto apropriado;


(c) Critérios aplicáveis;
(d) Evidências apropriadas e suficientes; e
(e) Relatório de asseguração escrito no formato apropriado ao trabalho de asseguração razoável ou de
asseguração limitada.

Elementos de um
trabalho de
asseguração

Evidências Relatório de
Relação de 3 Objeto Critérios
apropriadas e asseguração
partes apropriado aplicáveis
sucifientes apropriado

Questão para fixar !


(FUNDATEC – CAGE/RS - 2014) De acordo com a estrutura conceitual de trabalhos de asseguração, são elementos
que necessariamente devem estar presentes em um trabalho de asseguração executado por um auditor
independente, exceto:

a) Relacionamento entre duas partes

b) Objeto apropriado

c) Critérios adequados

d) Evidências apropriadas e suficientes

e) Relatório de asseguração escrito de forma apropriada

RESOLUÇÃO: Vejam que trata de questão literal retirada da norma. Vamos lembrar os elementos do trabalho de
asseguração. Segundo a NBC TA – Estrutura Conceitual, os seguintes elementos de um trabalho de asseguração são
discutidos:

a) Relação de três partes envolvendo o auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos;

b) Objeto apropriado;

c) Critérios aplicáveis;

d) Evidências apropriadas e suficientes; e

e) Relatório de asseguração escrito no formato apropriado ao trabalho de asseguração razoável ou de asseguração


limitada.

Portanto, incorreta a assertiva A.

Gabarito: alternativa A.

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Evidências de Auditoria
Segundo a NBC TA 200, evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para
fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações
contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações.

A evidência de auditoria abrange informações que suportam e corroboram as afirmações da


administração e qualquer informação que as contradiga. Além disso, em alguns casos, a ausência de
informações (por exemplo, a recusa da administração em fornecer uma representação solicitada) é utilizada
pelo auditor e, portanto, também constitui evidência de auditoria.

Vamos entender. Para fundamentar uma opinião, o auditor precisa de provas, confirmações e todo tipo
de informação robusta o bastante para respaldar uma conclusão, o que se faz mediante acumulação de
evidências de auditoria. Estas correspondem a toda informação utilizada pelo auditor para fundamentar sua
opinião. São obtidas principalmente por procedimentos de auditoria, mas não se limitam a tal. Evidência,
portanto, é tudo que sirva de base para fundamentar o relatório de auditoria e inclui, além das informações
contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis, outras informações de fontes
(internas e externas ao cliente) e naturezas diversas.

Exemplos de fontes de informações estão demonstrados na figura a seguir:

Informações de •Balanço patrimonial


registros contábeis •Demonstrações contábeis

•Contratos
Fontes internas de •Notas fiscais
informações •Cheques

•Mídia
Fontes externas de •Fornecedores
informações •Clientes

Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo


auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua
opinião. A evidência de auditoria é necessária para fundamentar a opinião
Atenção ! e o relatório do auditor. Ela tem natureza cumulativa e é obtida
principalmente a partir dos procedimentos de auditoria realizados durante
o curso do trabalho. A maior parte do trabalho do auditor para formar sua
opinião consiste na obtenção e avaliação da evidência de auditoria.

Questões para fixar !


(FCC – SEFAZ/BA – 2019) De acordo com a NBC TA 200 R1, as evidências de auditoria

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a) constituem um grupo de informações, dados e fatos, de cunho público e notório, cujo conhecimento, em princípio, é
compartilhado pela comunidade que interage com a entidade auditada e que, por isso mesmo, dispensa referência e
juntada de suporte documental próprio.

b) são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar as conclusões em que se baseia a sua opinião, sendo que
as informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis estão incluídas nas evidências
de auditoria.

c) representam um grupo de informações, dados e fatos de conhecimento público e obrigatório por todas as pessoas,
naturais ou jurídicas, que interagem com a entidade auditada e que, por isso mesmo, dispensa a juntada de suporte
documental próprio, mas não a devida referência, quando for o caso.

d) são todos os elementos, materiais e imateriais, que não precisam ser juntados ao relatório de auditoria, em razão de
sua existência, veracidade de conteúdo e confiabilidade terem ficado evidenciadas nos papéis de trabalho apresentados e
compilados.

e) são todas as informações, dados e fatos evidentes, isto é, elementos que falam por si mesmos, e que não suscitam
qualquer tipo de controvérsia.

RESOLUÇÃO: segundo a NBC TA 200, evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para
fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas
nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações.

Questão literal da norma.

Gabarito: alternativa B.

(CESPE – POLÍCIA CIENTÍFICA/PE – 2016) De acordo com as normas de contabilidade em vigor, o termo evidências
de auditoria refere-se

a) ao risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria não detectem uma distorção
existente que possa ser relevante.

b) à diferença entre o valor de uma demonstração contábil relatada e o valor exigido para que o item esteja de acordo com
o relatório financeiro aplicável.

c) à estrutura do relatório financeiro adotada pela administração e pelos responsáveis pela governança.

d) às informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões.

e) ao risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis
contiverem distorção relevante.

RESOLUÇÃO: Aprendemos que evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar
às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. Questão simples e de fácil resolução. Os conceitos dos outros itens
serão estudados no momento oportuno.

Gabarito: alternativa D.

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(VUNESP – DESENVOLVESP – 2014) De acordo com a NBC TA 200, evidências de auditoria são:

a) as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões, em que se baseia a sua opinião. As evidências
de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras
informações.

b) as informações explícitas ou implícitas que, para conseguir a apresentação adequada das demonstrações contábeis,
pode ser necessário que a administração forneça divulgações além das especificamente exigidas pela estrutura.

c) as suficiências das evidências de auditoria na medida da quantidade da evidência de auditoria. A quantidade necessária
da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade
de tal evidência.

d) as informações utilizadas pelo auditor para adequar suas fundamentações em que se baseia o seu relatório. As
evidências de auditoria incluem informações contidas nos pontos de auditoria em decorrência da metodologia utilizada.

e) exigências da estrutura para conseguir a apresentação adequada das demonstrações contábeis. Espera-se que tais
exigências mitiguem desvios em circunstâncias gerais de auditoria.

RESOLUÇÃO: questão tranquila da banca e retirada de maneira literal da NBC TA 200. Segundo a norma, evidências de
auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua
opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às
demonstrações contábeis e outras informações.

Como a questão pediu o conceito de evidências segundo a NBC TA 200, apenas a letra A está correta. Observem
que os outros itens trazem observações corretas sobre evidências de auditoria, mas estamos vinculados ao conceito
trazido pela NBC TA 200, pois a questão exigiu “de acordo com a NBC TA 200”. Entendido?

Gabarito: alternativa A.

Agora vamos entender um conceito muito cobrado em provas: Suficiência e adequação. Para que seja
possível fundamentar sua opinião, o auditor deve reunir evidências que disponham de dois atributos essenciais:
adequação e suficiência.
A suficiência é a mensuração da quantidade de evidências. A quantidade de evidência necessária é influenciada
pelos riscos de a informação do objeto ser distorcida de forma relevante (quanto maior forem os riscos, mais evidência
será necessária) e também pela qualidade dessas evidências (quanto melhor a qualidade, menos será necessária).

Adequação é a mensuração da qualidade da evidência; ou seja, sua relevância e confiabilidade em fornecer


fundamentação para a conclusão do auditor independente. A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua
fonte e sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que é obtida. Observem que a qualidade de
toda evidência de auditoria é afetada pela relevância e confiabilidade das informações em que ela se baseia.
Lembre-se, suficiência está relacionada com quantidade. A adequação está relacionada à qualidade.

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Medida de
Suficiência QUANTIDADE da
evidência de auditoria
Evidência de
Auditoria
Medida de
Adequação QUALIDADE da
evidência de auditoria

Podemos estabelecer algumas inter-relações decorrentes da adequação e suficiência e os riscos: (1)


quanto maior for a qualidade (adequação) das evidências, provavelmente poderão ser exigidas menos
evidências (quantidade). Por outro lado, (2) quanto maior os riscos de distorção relevante, provavelmente
maior a quantidade de evidências exigidas.
A confiabilidade da evidência é influenciada por sua fonte e sua natureza e depende das circunstâncias
particulares sob as quais são obtidas. Enquanto se reconhece que possam existir exceções, as seguintes generalizações
sobre a confiabilidade da evidência podem ser úteis:

 A evidência é mais confiável quando é obtida de fontes externas às partes apropriadas;


 A evidência que é gerada internamente é mais confiável quando os controles relacionados são efetivos;
 A evidência obtida diretamente pelo auditor independente (por exemplo, na observação da efetividade de
controle) é mais confiável do que a evidência obtida indiretamente ou por dedução (por exemplo,
indagação sobre a efetividade do controle);
 A evidência formal é mais confiável, seja em papel, de forma eletrônica ou outra mídia (por exemplo, a ata
de reunião geralmente é mais confiável do que a representação verbal do que foi discutido).
Dessa forma, é uma questão de julgamento profissional se evidências apropriadas e suficientes foram obtidas
para suportar a conclusão do auditor independente, o que envolve considerar a relação entre o custo e o benefício da
obtenção das evidências. O auditor utiliza o julgamento e exerce o ceticismo profissional ao avaliar a quantidade e a
qualidade das evidências e, portanto, sua suficiência e adequação, para suportar o relatório de asseguração.

Não há uma única resposta correta para o que vem a ser evidência adequada e suficiente. O julgamento
do auditor é fundamental para concluir pela existência desses atributos, o que é feito à luz das circunstâncias
do caso concreto. Isso porque as entidades são diferentes, variam em tamanho, em organização, em
honestidade, em riscos, em informatização, em recursos humanos etc., e o que é adequado e suficiente para
uma auditoria não será necessariamente para outra.

Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para
reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter conclusões razoáveis
e nelas basear a sua opinião.

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Algumas considerações lógicas sobre evidências de Auditoria:


- Materialidade do item examinado: quanto mais material o item, mais evidencias são necessárias.
- Risco de auditoria: Quanto maior o risco envolvido nos trabalhos de auditoria, maior a quantidade de
evidência necessária.
- Efetividade das respostas da administração aos riscos: quanto melhor as respostas, menos a
quantidade e qualidade da evidência necessária.
- Confiabilidade da informação disponível: quanto menos confiável a informação, maior a quantidade de
evidência necessária.
- Fraude e Erro: Se houver suspeitas de fraude e erro, maior a quantidade de evidência necessária.

No processo de obtenção de evidências, o auditor levará em consideração, ainda, o custo x benefício na


obtenção da evidência. Essa relação é bastante visível em situações nas quais a entidade dispõe de um controle
interno comprovadamente falho. Por ser falho, o auditor decide não confiar no controle interno e executa sua
auditoria majoritariamente com testes substantivos.

A ideia é: por que gastar recursos executando testes de controle se já se sabe que os controles são fracos e
que nenhuma confiança lhe será atribuída? É mais eficiente concentrar-se em testes substantivos para produzir
as evidências.

Questões para fixar !


(CESPE – SEFAZ/RS - 2019) A evidência de Auditoria é uma das preocupações que o auditor independente deve ter
na realização dos trabalhos e na formação da sua opinião. De acordo com as normas de auditoria vigentes, é correto
afirmar que a qualidade de toda evidência de auditoria é afetada pelas características de:

a) integralidade e neutralidade.

b) segurança e compreensibilidade.

c) comparabilidade e materialidade.

d) integridade e objetividade.

e) relevância e confiabilidade.

RESOLUÇÃO: vimos que a adequação é a mensuração da qualidade da evidência; ou seja, sua relevância e confiabilidade em
fornecer fundamentação para a conclusão do auditor independente. A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte
e sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que é obtida. Observem que a qualidade de toda evidência de
auditoria é afetada pela relevância e confiabilidade das informações em que ela se baseia.

Portanto, correta a letra E.

Gabarito: alternativa E.

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(CESPE – EMAP – 2018) A adequação da evidência da auditoria está relacionada à medida da quantidade da evidência,
enquanto a suficiência da auditoria está associada à qualidade da evidência.

RESOLUÇÃO: Aprendemos que a suficiência é a mensuração da quantidade de evidências. A quantidade de evidência


necessária é influenciada pelos riscos de a informação do objeto ser distorcida de forma relevante (quanto maior forem os riscos,
mais evidência será necessária) e também pela qualidade dessas evidências (quanto melhor a qualidade, menos será necessária),
enquanto a adequação é a mensuração da qualidade da evidência; ou seja, sua relevância e confiabilidade em fornecer
fundamentação para a conclusão do auditor independente.

Gabarito: ERRADO.

(FCC – SEGEP/MA – 2016) Os auditores independentes, nas auditorias das demonstrações contábeis, utilizam
informações para fundamentar suas conclusões em que se baseia sua opinião, obtidas através de evidências de
auditoria. Acerca da evidência de auditoria é correto afirmar que

a) é afetada pela elaboração tempestiva da documentação de auditoria.

b) a suficiência das evidências de auditoria é a medida de quantidade da evidência de auditoria.

c) é obtida a partir do planejamento realizado para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo.

d) não é de natureza cumulativa e somente é válida se obtida a partir de procedimentos de auditoria executados.

e) a adequação da evidência de auditoria é a medica de quantidade da evidência de auditoria.

RESOLUÇÃO: Vamos item por item:

Item A: a evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção e também pela qualidade de
tal evidência. INCORRETO

Item B: a suficiência é a medida de quantidade da evidência de auditoria.

Item C: a evidência tem natureza cumulativa e é obtida a partir dos procedimentos realizados. INCORRETO

Item D: a evidência tem natureza cumulativa. INCORRETO

Item E: a adequação é a medida de qualidade. INCORRETO

Gabarito: alternativa B.

(FGV – TJ/PI – 2015) Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às
conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria apropriada e suficiente:

a) decorre apenas dos registros contábeis da entidade.

b) não deve se basear em auditorias anteriores.

c) pode decorrer de ausência de informações.

d) pode ser obtida a partir da indagação.

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e) tem natureza não cumulativa.

RESOLUÇÃO: Como foi dito no início do tópico, a evidência de auditoria pode decorrer da ausência de informações (por
exemplo, a recusa da administração em fornecer uma representação solicitada), sendo utilizada pelo auditor e, portanto,
também constitui evidência de auditoria. Em relação a letra D, a indagação por si só não constitui evidência de auditoria
suficiente da ausência de distorções. A letra B está incorreta pois a evidência pode basear-se em auditorias anteriores. A
letra A está incorreta pois diversas fontes constituem evidência de auditoria.

Gabarito: alternativa C.

(CESPE – FUB - 2015) Quanto maior a materialidade do objeto auditado, o risco de auditoria e o grau de sensibilidade
do auditado a determinado assunto, maior será a necessidade de evidências mais robustas.

RESOLUÇÃO: vimos que, quanto mais material o item e quanto maior o risco envolvido nos trabalhos de auditoria, maior
a quantidade de evidências necessárias.

Gabarito: CORRETO.

Confiabilidade das evidências


A confiabilidade decorre da origem da informação.

Ao decidir utilizar como evidência informação (interna) produzida por um especialista da entidade, o
auditor deve:
a) avaliar a competência, habilidades e objetividade do especialista.
b) obter entendimento do trabalho do especialista.

c) avaliar a adequação do trabalho como evidência.


Ao usar informações apresentadas pela entidade, o auditor deve avaliar se elas são suficientemente
confiáveis para os seus propósitos, e isso inclui:

a) obter evidência de auditoria sobre a exatidão e integridade das informações.

b) avaliar se as informações são suficientemente precisas e detalhadas para os fins da auditoria.

Geralmente obtém-se mais segurança com evidência de auditoria consistente obtida a partir de fontes
diferentes ou de natureza diferente do que a partir de itens de evidência de auditoria considerados
individualmente.
Por exemplo, informações corroborativas obtidas de uma fonte independente da entidade podem
aumentar a segurança que o auditor obtém da evidência de auditoria gerada internamente, tais como a
evidência existente em registros contábeis, minutas de reuniões ou representação da administração.

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Entre as informações de fontes independentes da entidade que o auditor pode usar como evidência de
auditoria podem estar confirmações de terceiros, relatórios de analistas e dados comparáveis sobre
concorrentes.

Se houver inconsistência ou dúvidas quanto à confiabilidade da evidência de auditoria, a NBC TA 500


trata que, se:

(a) a evidência de auditoria obtida em uma fonte é inconsistente com a obtida em outra; ou

(b) o auditor tem dúvidas quanto à confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de
auditoria,

ele deve determinar quais modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria são necessários
para solucionar o assunto e deve considerar o efeito desse assunto, se houver, sobre outros aspectos da
auditoria.
Além disso, se o auditor concluir que as evidências acumuladas não reúnem simultaneamente os
atributos adequados e suficientes, deve adotar as seguintes ações.

a) avaliar se foi, ou será, obtida evidência de auditoria relevante como resultado do cumprimento de
outras NBC TAs;
b) estender o trabalho executado ao aplicar uma ou mais exigências; ou
c) executar outros procedimentos julgados por ele como necessários nas circunstâncias.

Fique atento !
As evidências podem ser classificadas em quatro tipos:

a) Física – É obtida pela inspeção física ou observação, geralmente é uma das mais confiáveis e persuasivas, decorre da
existência física de elemento patrimonial (inspeção física) ou atividade (observação) de pessoas, locais ou eventos. Pode
ser obtida por meio de fotografias, vídeos, mapas, e costumam causar grande impacto. Um vídeo de um procedimento
adotado pelos controles internos, por exemplo, pode ser mais convincente que uma longa descrição.

b) Documental - é o tipo mais comum de evidência. É obtida pela análise de documentos, contratos, notas fiscais, recibos,
extratos bancários e outros. São geradas mediante análise de um processo do cliente, documentado por escrito ou
digitalmente. Sua confiabilidade pode ser posta em dúvida pelo auditor, pois documentos podem ser criados para simular
situação que não ocorrera de fato. Por essa razão, a evidência fornecida por um terceiro é mais confiável do que a evidência
documental gerada dentro da entidade auditada. É necessário avaliar a confiabilidade e a relevância dessas informações
com relação aos objetivos da auditoria.

c) Testemunhal - obtida por meio de entrevistas, grupos focais, questionários. As entrevistas são uma boa fonte de
evidências, contudo o auditor não deve deixar de considerar a integridade da administração e o risco do negócio do cliente.
Para que a informação testemunhal possa ser considerada evidência, e não apenas contextualização, é preciso corroborá-
la, por meio de confirmação por escrito do entrevistado ou existência de múltiplas fontes que confirmem os fatos.

d) Analítica - obtida por meio de análises, comparações e interpretações de dados e informações já existentes. Este
trabalho pode envolver análise de taxas, padrões e tendências, normalmente por meio de processamento computacional.
É o tipo de evidência mais difícil de se obter.

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Ainda, a equipe deve determinar a quantidade e o tipo de evidências necessárias para atender aos
objetivos e ao plano de auditoria, de forma adequada.
Para isso, é necessário que as evidências tenham alguns atributos, quais sejam:

a) validade - a evidência deve ser legítima, ou seja, baseada em informações precisas e confiáveis;

b) confiabilidade - garantia de que serão obtidos os mesmos resultados se a auditoria for repetida. Para
obter evidências confiáveis, é importante considerar que: é conveniente usar diferentes fontes; é interessante
usar diferentes abordagens; fontes externas, em geral, são mais confiáveis que internas; evidências
documentais são mais confiáveis que orais; evidências obtidas por observação direta ou análise são mais
confiáveis que aquelas obtidas indiretamente;
c) relevância - a evidência é relevante se for relacionada, de forma clara e lógica, aos critérios e objetivos
da auditoria;
d) suficiência – a quantidade e qualidade das evidências obtidas devem persuadir o leitor de que os
achados, conclusões, recomendações e determinações da auditoria estão bem fundamentados. É importante
lembrar que a quantidade de evidências não substitui a falta dos outros atributos (validade, confiabilidade,
relevância). Quanto maior a materialidade do objeto auditado, o risco de auditoria e o grau de sensibilidade do
auditado a determinado assunto, maior será a necessidade de evidências mais robustas. A existência de
auditorias anteriores também indica essa necessidade.

VALIDADE CONFIABILIDADE
Atributos das
evidências

RELEVÂNCIA SUFICIÊNCIA
Por fim, a auditoria deve considerar que algumas evidências podem apresentar problemas ou
fragilidades. Os principais referem-se a evidências:

a) baseadas em apenas uma fonte.

b) testemunhais não corroboradas por documento ou observação.


c) cujo custo de obtenção não atende a critérios de custo-benefício.

d) provenientes apenas do gestor ou da equipe auditada.

e) cuja única fonte é parcial com relação ao resultado do trabalho.


f) obtidas de amostras não-representativas.

g) relacionadas à ocorrência isolada.

h) conflitantes.

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Questões para fixar !


(CESPE – TCM/BA – 2018) Os atributos que devem acompanhar as evidências, elementos essenciais e comprobatórios
dos achados de auditoria, são

a) razoabilidade, plausibilidade, materialidade e suficiência.

b) validade, confiabilidade, relevância e suficiência.

c) integralidade, abrangência, materialidade e legalidade.

d) razoabilidade, confiabilidade, integralidade e plausibilidade.

e) validade, adequação, relevância e legalidade.

RESOLUÇÃO: Questão recente que trata dos atributos das evidências, que são: validade, confiabilidade, relevância e
suficiência.

Gabarito: alternativa B.

(CESPE – TCE/PR – 2016) Uma evidência de auditoria que tenha sido obtida comprovando-se a existência real
de recursos humanos, instalações, imóveis ou equipamentos é denominada evidência

a) testemunhal.

b) por confirmação de terceiros.

c) documental.

d) analítica.

e) física.

RESOLUÇÃO : Vamos rever os tipos de evidências:

a) física - observação de pessoas, locais ou eventos. Pode ser obtida por meio de fotografias, vídeos, mapas, e costumam
causar grande impacto. A fotografia de uma situação insalubre ou insegura, por exemplo, pode ser mais convincente que
uma longa descrição;

b) documental - é o tipo mais comum de evidência. Pode estar disponível em meio físico ou eletrônico. É obtida de
informações já existentes, tais como ofícios, memorandos, correspondências, contratos, extratos, relatórios. É necessário
avaliar a confiabilidade e a relevância dessas informações com relação aos objetivos da auditoria;

c) testemunhal - obtida por meio de entrevistas, grupos focais, questionários. Para que a informação testemunhal possa
ser considerada evidência, e não apenas contextualização, é preciso corroborá-la, por meio de confirmação por escrito
do entrevistado ou existência de múltiplas fontes que confirmem os fatos;

d) analítica - obtida por meio de análises, comparações e interpretações de dados e informações já existentes. Este
trabalho pode envolver análise de taxas, padrões e tendências, normalmente por meio de processamento computacional.
É o tipo de evidência mais difícil de se obter.

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Veja que a questão diz “comprovando-se a existência real de recursos humanos, instalações, imóveis ou
equipamentos”, ou seja, através da observação de locais, pessoas ou eventos. Trata, portanto, do tipo FÍSICO.

Gabarito: Alternativa E.

(FGV – TJ/PI – 2015) Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às
conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria apropriada e suficiente:

a) decorre apenas dos registros contábeis da entidade.

b) não deve se basear em auditorias anteriores.

c) pode decorrer de ausência de informações.

d) pode ser obtida a partir da indagação.

e) tem natureza não cumulativa.

RESOLUÇÃO: Como foi dito no início do tópico, a evidência de auditoria pode decorrer da ausência de informações (por
exemplo, a recusa da administração em fornecer uma representação solicitada), sendo utilizada pelo auditor e, portanto,
também constitui evidência de auditoria. Em relação a letra D, a indagação por si só não constitui evidência de auditoria
suficiente da ausência de distorções. A letra B está incorreta pois a evidência pode basear-se em auditorias anteriores. A
letra A está incorreta pois diversas fontes constituem evidência de auditoria.

Gabarito: alternativa C.

Evidências sobre as afirmações da entidade


Passemos agora a compreender como as evidências acumuladas vão fundamentando conclusões. Esse
processo envolve a resposta de algumas afirmações da entidade, nem sempre explícitas.
Quando uma entidade faz a sua divulgação contábil, está fazendo uma série de afirmações implícitas,
além daquela mais evidente constante em seu balanço. Por exemplo: uma entidade divulgou seu balanço
patrimonial, no qual consta a conta Duplicatas a Receber com saldo de R$ 1 milhão.
Ao ler o balanço patrimonial, chegamos à lógica conclusão que a entidade possui créditos a receber no
valor de R$ 1 milhão. Essa é a informação direta que decorre da leitura simples do relatório.

Contudo, a conta não é um mero acumulador de débitos e créditos, há julgamentos intrínsecos realizados.
Dessa forma, o saldo R$ 1 milhão divulgado não é a única afirmação que a entidade está reportando. Ela está
afirmando também, dentre outros, a ocorrência, a integridade, a exatidão, a classificação etc.

O auditor buscará evidências para cobrir todas as afirmações relevantes que se apliquem ao item em
análise. O objetivo da coleta de evidências é dar validade às afirmações. Assim, o auditor teria base para emitir
sua opinião.

Já verificamos anteriormente que a auditoria é um conjunto de procedimentos para obter evidências e


avaliá-las objetivamente, confrontando as afirmações com os critérios.

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As afirmações usadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais que podem
ocorrer se enquadram nas duas categorias a seguir e podem assumir as seguintes formas:

Classes de transações e eventos e divulgações relacionadas, para o período sob auditoria

Afirmação Descrição

As transações e os eventos que foram registrados ou divulgados ocorreram e


Ocorrência
são da entidade.
Todas as transações e eventos que deviam ser registrados foram registrados;
Integralidade
e todas as divulgações relacionadas que deveriam ter sido incluídas nas
demonstrações contábeis foram incluídas.
Valores e outros dados relacionados a transações e eventos registrados
Exatidão
foram registrados adequadamente, e respectivas divulgações foram
apropriadamente mensuradas e descritas.
As transações e os eventos foram registrados no período contábil correto.
Corte

As transações e os eventos foram registrados nas contas corretas.


Classificação

As transações e os eventos estão apropriadamente agregados ou


Apresentação
desagregados e claramente descritos, e as respectivas divulgações são
relevantes e compreensíveis no contexto dos requisitos da estrutura de
relatório financeiro aplicável.

Saldos de contas e divulgações relacionadas no fim do período

Afirmação Descrição

Existência Ativos, passivos e elementos do patrimônio líquido existem.

Direitos e obrigações A entidade detém ou controla os direitos sobre ativos e os passivos são
obrigações da entidade.
Integralidade Todos os ativos, passivos e PL que deviam ser registrados foram
registrados, e todas as divulgações relacionadas que deveriam ter sido
incluídas nas DCs foram incluídas.
Exatidão Ativos, passivos e PL estão incluídos nas DCs nos valores apropriados
e quaisquer ajustes resultantes de valorização ou alocação estão
adequadamente registrados, e as respectivas divulgações estão
apropriadamente mensuradas e descritas.
Classificação
Ativos, passivos e PL foram registrados nas contas adequadas

Apresentação Ativos, passivos e PL estão adequadamente agregados ou


desagregados e claramente descritos, e respectivas divulgações são
relevantes e compreensíveis no contexto dos requisitos da estrutura
de relatório financeiro aplicável.

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Evidências: considerações específicas para itens selecionados


A NBC TA 501, em consonância com as normas internacionais, destinou atenção especial ao processo de
obtenção de evidências de três elementos em especial:

01. Existência e condições do estoque;

02. Totalidade dos litígios e reclamações envolvendo a entidade;

03. Apresentação e divulgação de informações por segmentos em conformidade com a estrutura de


relatório financeiro aplicável.

01. Considerações para Estoques


O tratamento prescrito pela norma tem como pressuposto a relevância dos itens, pois não seria razoável
dispensar esforço para itens não relevantes. A essa altura, você já deve ter esse entendimento.

Portanto, se o estoque for relevante para as demonstrações contábeis, o auditor deve obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente com relação a existência e as condições do estoque mediante:

a) acompanhamento da contagem física dos estoques, a não ser que seja impraticável, para:

(i) avaliar as instruções e os procedimentos da administração para registrar e controlar os resultados da


contagem física dos estoques da entidade;
(ii) observar a realização dos procedimentos de contagem pela administração;

(iii) inspecionar o estoque; e


(iv) executar testes de contagem; e

(b) execução de procedimentos de auditoria nos registros finais de estoque da entidade para determinar
se refletem com precisão os resultados reais da contagem de estoque.

Se a contagem física dos estoques for realizada em outra data que não a data das demonstrações
contábeis, o auditor deve executar procedimentos para obter evidência de auditoria de que as variações no
estoque entre a data da contagem e a data das demonstrações contábeis estão adequadamente registradas.

Se o auditor não puder estar presente na contagem física dos estoques, devido a imprevistos, ele deve
efetuar ou observar algumas contagens físicas, em uma data alternativa, e executar procedimentos de
auditoria sobre transações ocorridas entre as duas datas.

Resumindo, a contagem dos estoques preferencialmente deve ser na data final das demonstrações
contábeis. Na hipótese de ser realizado em data intermediária, antes das demonstrações contábeis, o auditor
deve colher evidência adicional de que a variação no estoque entre a data da contagem e a data das
demonstrações contábeis está registrada. Ao realizar a contagem em data intermediária, cria-se uma lacuna
não inspecionada entre a data da contagem e a data das demonstrações contábeis, o que exige do auditor estar
convencido que não foram incorporadas distorções nesse período, o que implica executar procedimentos
adicionais.

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Questão para fixar !


(ESAF – RECEITA FEDERAL - 2014) A empresa Orion S.A. realizou a contagem de seus estoques (inventário físico),
em 31 de outubro de 2013. O auditor foi contratado para realizar a auditoria das Demonstrações Contábeis de 31 de
dezembro de 2013. Em relação ao inventário, deve o auditor:

a) validar a posição apresentada nas demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2013, uma vez que foi atendida a
exigência de inventariar os estoques, uma vez ao ano.

b) solicitar nova contagem de inventário em 31 de dezembro de 2013 ou na data do início dos trabalhos de auditoria, sendo
sempre obrigatória sua presença e participação na contagem física e aprovação dos procedimentos de inventário.

c) exigir que seja elaborada nota explicativa evidenciando a posição do inventário em 31 de outubro de 2013, ressalvando
a posição do inventário em 31 de dezembro de 2013, esclarecendo que não houve contagem das posições de estoques
entre 31 de outubro e 31 de dezembro de 2013.

d) executar procedimentos para obter evidência de auditoria de que as variações no estoque, entre 31 de outubro de 2013
e 31 de dezembro de 2013, estão adequadamente registradas.

e) limitar sua avaliação a posição de estoques apresentada em 31 de outubro de 2013, restringindo o escopo de seu trabalho
na área de estoques, aos saldos apresentados nesta data.

RESOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 501, se a contagem física dos estoques for realizada em outra data que não a data das
demonstrações contábeis, o auditor deve executar procedimentos para obter evidência de auditoria de que as variações
no estoque entre a data da contagem e a data das demonstrações contábeis estão adequadamente registradas. Portanto,
deve validar a contagem de outubro. Posteriormente, deve obter evidências para cobrir a lacuna entre outubro e
dezembro, assegurando-se de que não foram incorporadas distorções nesse período.,

Dessa forma, nosso gabarito é a alternativa D, pois ele deve executar procedimentos para obter evidências entre
outubro e dezembro, ou seja, evidências de que as variações no estoque entre a data da contagem e a data das
demonstrações contábeis estão adequadamente registradas.

Gabarito: alternativa D.

02. Litígios e Reclamações


Observe que litígios e reclamações podem ainda não ser um fato contábil concreto, pode não haver
nenhum registro de custo, despesa ou passivo decorrente de reclamações etc. Entretanto, sabemos que o
auditor deve compreender como funciona a entidade, seu mercado, o marco regulatório e outras circunstâncias
para conhecer os riscos impostos à entidade. A expectativa de se envolver em litígios, processos judiciais, pagar
vultosas indenizações e multas regulatórias podem ser fatores de risco com impacto significativo em sua
continuidade ou introduzindo fatores de fraude.
Como exemplo, um desrespeito a uma norma regulatória, como uma medida de proteção ambiental
obrigatória, poderia resultar em suspensão das atividades da entidade. Logo, são fatores que o auditor precisa
conhecer e dimensionar.

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Fique atento !
Se o auditor identifica um risco de distorção relevante com relação a litígios ou reclamações identificados, ou quando os
procedimentos de auditoria executados indicam que outros litígios ou reclamações poderiam existir, o auditor deve, além
dos procedimentos requeridos pelas outras normas de auditoria, comunicar-se diretamente com os consultores jurídicos
externos da entidade. Se a lei, o regulamento, ou o respectivo órgão jurídico proibir que a consultoria jurídica externa da
entidade comunique-se diretamente com o auditor, o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria.

03. Informação por segmento


Quando a entidade faz suas divulgações por segmento, o auditor deve obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente de que estas estão de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável mediante
obtenção de entendimento dos métodos utilizados pela administração para determinar as informações por
segmento e:

a)avaliar se esses métodos resultam na divulgação de acordo com a estrutura de relatório financeiro
aplicável.

b) quando for apropriado, testar a aplicação desses métodos.

c) executar procedimentos analíticos ou outro procedimento de auditoria apropriado nas circunstâncias.

A entidade deve divulgar informações que permitam aos usuários das demonstrações contábeis
avaliarem a natureza e os efeitos financeiros das atividades de negócio em que está envolvida e os ambientes
econômicos em que opera. Assim, poderá identificar os segmentos divulgáveis da entidade, incluindo a base
da organização (por exemplo, se a administração optou por organizar a entidade em torno das diferenças entre
produtos e serviços, áreas geográficas, ambiente regulatório, ou combinação de fatores, e se os segmentos
operacionais foram agregados), e tipos de produtos e serviços por meio dos quais cada segmento divulgável
obtém suas receitas.

NBC TI 01 e Evidências
Vimos na aula passada o conceito de Auditoria Interna trazida pela NBC TI 01. Essa norma será vista com
mais detalhes ao longo do nosso curso, de acordo com o tema na qual estivermos abordando. Por exemplo, a
NBC TI 01 trata das informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna, que são denominadas
de “evidências”. Como estamos falando sobre evidências, estudaremos como esse tópico está abordado na dita
norma, tudo bem?
Dessa forma, segundo a NBC TI 01, as informações que fundamentam os resultados da Auditoria
Interna são denominadas de “evidências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo
a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade.

O processo de obtenção e avaliação das informações compreende a obtenção de informações sobre os


assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna, devendo ser observado que:

a) a informação suficiente é aquela que é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente
e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno;

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b) a informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável, por
meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna;
c) a informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna;

d) a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suas metas.

Fique atento !
O processo de obtenção e avaliação das informações compreende a obtenção de informações sobre os assuntos
relacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna, devendo ser observado que:

a) a informação SUFICIENTE é aquela que é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e informada
possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno;

b) a informação ADEQUADA é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso
apropriado das técnicas de Auditoria Interna;

c) a informação RELEVANTE é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna;

d) a informação ÚTIL é a que auxilia a entidade a atingir suas metas.

Questão para fixar !


(CESPE – TRE/TO – 2017 - ADAPTADA) À luz das Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à auditoria interna,
assinale a opção correta. No processo de obtenção e avaliação das informações, denomina-se informação útil aquela
que, além de auxiliar a entidade a atingir suas metas, dá suporte às conclusões e às recomendações da auditoria
interna.

RESOLUÇÃO: A questão Misturou informação ÚTIL com informação RELEVANTE. Segundo a NBC TI 01, o processo de
obtenção e avaliação das informações compreende a obtenção de informações sobre os assuntos relacionados aos
objetivos e ao alcance da Auditoria Interna, devendo ser observado que:

- A informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna;

- A informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suas metas.

Gabarito: ERRADO.

Controle de qualidade
Vamos para o último tópica da aula?

Vamos tratar das responsabilidades do auditor e da firma de auditoria (seja pessoa física ou jurídica) por
seu sistema de controle de qualidade para auditorias e revisões de demonstrações contábeis e de outros
trabalhos de asseguração e serviços correlatos. Toda vez que falamos em controle de qualidade é da firma de
auditoria e dos trabalhos executados pelo auditor independente. Portanto, a implantação de um sistema de
qualidade é responsabilidade da firma e do auditor.

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É um tópico que cai em provas de forma literal, as bancas copiam e colam os conceitos constantes na NBC
PA 01 e NBC TA 220.
Sistema de controle de qualidade é um conjunto de procedimentos e políticas para garantir o
cumprimento das normas profissionais e técnicas que envolvem, além do estabelecimento das próprias
políticas, o seu monitoramento. Tem forte preocupação com a manutenção dos requisitos éticos,
especialmente a independência, o cumprimento das normas técnicas e leis, e a capacidade técnica do auditor.
Visa, portanto, impedir e detectar que violações ao estabelecido ocorram ou deixem de ser detectadas.

Primeiro, devemos saber que há duas normas do que tratam de Supervisão e Controle de Qualidade: a
NBC TA 220, que aborda o controle de qualidade da auditoria de demonstrações contábeis, e a NBC PA 01,
que se refere ao Controle de Qualidade para as Firmas de Auditoria.

Segundo a NBC PA 01, o objetivo da firma é estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade
para obter segurança razoável que:

a) a firma e seu pessoal cumprem as normas técnicas e as exigências regulatórias e legais aplicáveis; e
b) os relatórios sobre demonstrações contábeis e demais relatórios emitidos pela firma e pelos sócios
encarregados do trabalho são apropriados nas circunstâncias.

Já segundo a NBC TA 220, o sistema de controle de qualidade é composto por políticas desenhadas para
estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade, sendo o objetivo do auditor obter segurança
razoável de que:

 A auditoria está de acordo com as normas profissionais e técnicas e exigências legais e regulatórias
aplicáveis;
 Os relatórios sobre as demonstrações contábeis emitidos pelo auditor são apropriados nas
circunstancias.

O auditor deve obter segurança razoável de que:

A auditoria está de acordo com as normas profissionais e


técnicas e exigências legais e regulatórias aplicáveis.

Os relatórios sobre as demonstrações contábeis emitidos


pelo auditor são apropriados nas circunstâncias.

É de responsabilidade do auditor e do revisor de controle de qualidade (veremos adiante quem é o


revisor de controle de qualidade), quando aplicável, implementar procedimentos de controle de qualidade da
auditoria de demonstrações contábeis observando se o trabalho de auditoria está sendo realizado de acordo
com as normas técnicas e profissionais e exigências legais, monitorando e executando os requisitos afim de que
o controle de qualidade das demonstrações seja mantido.

Para produzir um trabalho de qualidade, o sócio encarregado do trabalho (ou seja, o auditor responsável
pela execução da auditoria) deve concluir sobre o cumprimento dos requisitos de independência aplicáveis ao
trabalho de auditoria e, com isso, deve:

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a) obter informações relevantes da firma e, quando aplicável, das firmas da rede, para identificar e avaliar
circunstâncias e relacionamentos que criam ameaças à independência;
b) avaliar as informações sobre violações identificadas de políticas e procedimentos de independência da
firma para determinar se elas criam ameaça à independência para o trabalho de auditoria; e

c) tomar as medidas apropriadas para eliminar essas ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável mediante
a aplicação de salvaguardas, ou, se considerado apropriado, retirar-se do trabalho, quando a retirada é possível
de acordo com lei ou regulamento aplicável. O sócio encarregado do trabalho deve comunicar prontamente à
firma, para tomar as medidas apropriadas, sobre qualquer impossibilidade de resolver o assunto.

Deve também assumir a responsabilidade pela:


a) direção, supervisão e execução do trabalho de auditoria de acordo com as normas técnicas e com as
exigências legais e regulatórias aplicáveis; e
b) emissão do relatório apropriado nas circunstâncias.

O sócio encarregado é o responsável pela execução do trabalho e pelo relatório. Deve realizar as revisões
de acordo com a política de qualidade da firma, revisando toda a documentação de auditoria na data, ou antes
da data, do relatório, discutindo com a equipe de trabalho se foi alcançada evidência de auditoria apropriada e
suficiente para suportar as conclusões obtidas e o relatório a ser emitido e se os trabalhos foram executados
conforme as normas pertinentes. Deve assegurar que os assuntos complexos foram adequadamente discutidos
e que foram formuladas, quando necessário, consultas aos membros da equipe ou fora dela.

Portanto, na data, ou antes da data do relatório, o sócio encarregado do trabalho deve, por meio de uma
revisão da documentação da auditoria e de discussão com a equipe de trabalho, estar convencido de que foi
obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar as conclusões obtidas e o relatório a ser
emitido.
Veja que a independência é um dos pontos mais sensíveis para o auditor. O sócio encarregado assume
papel vital para a eficácia do controle de qualidade.
O sistema de qualidade da firma deve disseminar entre seu pessoal as políticas e procedimentos para
assegurar a independência e garantir que seja notificada sempre que uma circunstância crie alguma ameaça, e
assim adotar as medidas e salvaguardas cabíveis tempestivamente. A liderança da firma tem papel, mais uma
vez, fundamental, estimulando a cultura de qualidade entre os demais níveis de pessoal.

Segundo a NBC PA 01, pelo menos uma vez por ano, a firma deve obter confirmação por escrito do
cumprimento de suas políticas e procedimentos sobre independência de todo o pessoal da firma, que precisa
ser independente por exigências éticas relevantes.

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Fique atento !
Segundo a NBC PA 01, que trata do controle de qualidade para firmas de Auditores Independentes, a firma deve
estabelecer políticas e procedimentos para promover uma cultura interna que reconheça que a qualidade é essencial na
execução dos trabalhos. Deve, portanto, incluir políticas e procedimentos que tratem dos seguintes elementos:

- Responsabilidades da liderança pela qualidade na firma: A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para
promover uma cultura interna que reconheça que a qualidade é essencial na execução dos trabalhos

- Exigências éticas relevantes: A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de
que ela e seu pessoal cumprem as exigências éticas relevantes;

- Aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos específicos: A firma deve estabelecer políticas
e procedimentos para aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos, projetados
para fornecer a ela segurança razoável de que aceitará ou continuará esses relacionamentos e trabalhos;

- Recursos humanos: A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de que ela
possui pessoal suficiente com competência, habilidade e compromisso;

- Execução do trabalho: A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de que os
trabalhos são executados de acordo com as normas técnicas e exigências legais aplicáveis;

- Monitoramento: A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de que as políticas
e os procedimentos relacionados com o sistema de controle de qualidade são relevantes, adequados e estão operando de
maneira efetiva. Consiste na contínua consideração e avaliação do sistema de controle de qualidade da firma, incluindo a
inspeção periódica de uma seleção de trabalhos concluídos, projetado para fornecer à firma segurança razoável de que
seu sistema de controle de qualidade está operando de maneira efetiva.

Veja que os elementos do controle de qualidade em auditoria procuram garantir a competência dos profissionais por meio
das políticas de recursos humanos, cumprimento das normas, sejam elas de padrões éticos, sejam de educação
continuada, de fiscalização profissional etc. Tudo isso deve ser garantido por um monitoramento constante. O
monitoramento é a “luz de alerta”. Sempre que se notar uma violação das políticas de qualidade da firma, devem ser
aplicadas as salvaguardas.

Revisão de controle de qualidade do trabalho


De Acordo com a NBC TA 220, a Revisão do Controle de Qualidade do Trabalho é desenhada para
fornecer uma avaliação objetiva, na data, ou antes da data, do relatório, dos julgamentos significativos feitos
pela equipe de trabalho e das conclusões a que se chegou durante a elaboração do relatório.

Observe que há um marco temporal importante quanto à revisão do controle de qualidade. Ele deve ser
feito antes ou, no máximo, na data do relatório de auditoria. Assim como não faz sentido para uma indústria
realizar o controle de qualidade de um produto após a venda ao consumidor, não faz sentido para o auditor
entregar seu produto final – o relatório – sem que ocorra a revisão do controle de qualidade. A análise da
qualidade é anterior à entrega do produto. É uma forma de se assegurar que os julgamentos e decisões foram
adequados ao longo da auditoria e, portanto, o relatório está adequado.

Vimos que, na data, ou antes da data do relatório, o sócio encarregado do trabalho deve, por meio de
uma revisão da documentação da auditoria e de discussão com a equipe de trabalho, estar convencido de

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que foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar as conclusões obtidas e o relatório a
ser emitido.
Portanto, o sócio encarregado do trabalho deve assumir a responsabilidade de realizar as revisões de
acordo com as políticas e procedimentos de revisão da firma. É um controle de qualidade realizado pelo próprio
auditor encarregado pelo trabalho, quando ele faz uma verificação final do seu próprio trabalho.

Na execução do trabalho, o sócio também possui a responsabilidade de dirigir e supervisionar os trabalhos


da equipe, realizando revisões e consultas pertinentes ao processo de auditoria. A norma ressalta a importância
do cumprimento de requisitos éticos por parte da equipe e que a fiscalização por parte do sócio responsável
deve ser constante.
Tenham em mente que a revisão do controle de qualidade é feita após os trabalhos da auditoria e antes
do relatório. Primeiro o sócio encarregando do trabalho faz as revisões e supervisões do seu trabalho e de sua
equipe, e, em seguida, há uma revisão do controle de qualidade desse trabalho, feita pelo revisor do controle
de qualidade, uma pessoa que não participou dos trabalhos.

O revisor do controle de qualidade do trabalho, é uma pessoa que não participou dos trabalhos, que
deve realizar uma avaliação objetiva dos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e as
conclusões atingidas ao elaborar o relatório. Essa avaliação deve envolver:
a) discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho;

b) revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto;

c) revisão da documentação selecionada de auditoria relativa aos julgamentos significativos feitos pela
equipe de trabalho e das conclusões obtidas; e

d) avaliação das conclusões atingidas ao elaborar o relatório e consideração se o relatório é apropriado.

Quando membros menos experientes da equipe elaboram os trabalhos, estes são revisados por
membros mais experientes da equipe. É importante ressaltar que quando houver diferenças de opinião dentro
da equipe de trabalho, é necessário adotar políticas e procedimentos dentre as quais:
a) As conclusões obtidas sejam documentadas e implementadas;

b) O relatório não seja datado até o assunto ser resolvido.


Assim, o revisor é alguém que não participou dos trabalhos. Em geral, é alguém da firma, mas poderá ser
um profissional externo, especialmente nas empresas pequenas, que não dispõem de outro sócio além
daqueles que participaram dos trabalhos. O revisor vai analisar objetivamente os papéis de trabalho para
compreender os julgamentos e as decisões tomadas.
Por fim, segundo a NBC TA 220, uma revisão consiste em considerar se, por exemplo:

- O trabalho foi realizado de acordo com as normas técnicas, profissionais e exigências legais e
regulamentares aplicáveis.

- Foram levantados assuntos significativos para consideração adicional.

- Foram feitas as consultas apropriadas, documentadas e implementadas as conclusões resultantes.

- Há necessidade de revisar a natureza, época e extensão do trabalho realizado.

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- O trabalho realizado suporta as conclusões obtidas e está adequadamente documentado.

- As evidências obtidas são suficientes e apropriadas para suportar o relatório.

Fique atento !
Observem que, para fins didáticos, há duas “fases” de controle de qualidade:

1ª fase: Controle de qualidade interno (essa expressão não está prevista nas normas): feito pelo sócio encarregado do
trabalho, que deve assumir a liderança pela qualidade de todos os trabalhos de auditoria para os quais foi designado,
evidenciar o não cumprimento de exigências éticas relevantes, concluir sobre o cumprimento dos requisitos de
independência, etc.

2ª fase: Revisão do Controle de Qualidade (essa expressão está prevista nas normas): feita pelo “revisor do controle de
qualidade”, que pode ser sócio ou outro profissional da firma, uma pessoa externa adequadamente qualificada, ou uma
equipe composta por essas pessoas, nenhuma delas fazendo parte da equipe de trabalho.

Concluindo o fluxo para o controle de qualidade é o seguinte:

Revisão do Controle
•É o auditor responsável de Qualidade •Profissional interno ou
pela execução dos externo, com experiência e
trabalhos e pelo relatório •Realizada após os que não tenha participado
que é emitido em nome da trabalhos e antes do dos trabalhos de
firma. Faz o controle de relatório. A auditoria.
qualidade interno. responsabilidade pela
revisão é do revisor do
controle de qualidade, .
Sócio encarregado Revisor do controle
do trabalho de qualidade

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GRAVEM ESSES CONCEITOS, POIS SÃO BASTANTE COBRADOS EM


PROVAS.

Data do relatório é a data selecionada pelo auditor independente para


datar o seu relatório.
Sócio encarregado do trabalho é o sócio ou outra pessoa na firma
responsável pelo trabalho e sua execução, e pelo relatório que é emitido
em nome da firma. Quando necessário, é quem tem a autoridade
apropriada conferida pelo Sistema CFC/CRC e quando requerido pelo
regulador. Os termos sócio encarregado do trabalho, sócio e firma devem
ser lidos como os equivalentes aplicados para o setor público.
Revisão do controle de qualidade do trabalho é o processo projetado para
fornecer uma avaliação objetiva, na data, ou antes, da data do relatório,
dos julgamentos relevantes feitos pela equipe do trabalho e das conclusões
obtidas ao elaborar o relatório. O processo de revisão do controle de
qualidade do trabalho é elaborado para auditoria de demonstrações
contábeis de companhias abertas e os outros trabalhos, se houver, para os
quais a firma determinou a necessidade de revisão do controle de
qualidade do trabalho.
Atenção ! Revisor de controle de qualidade do trabalho é o sócio, ou outro
profissional da firma, uma pessoa externa adequadamente qualificada, ou
uma equipe composta por essas pessoas, nenhuma delas fazendo parte da
equipe de trabalho, com experiência e autoridade suficientes e apropriadas
para avaliar objetivamente os julgamentos relevantes feitos pela equipe
de trabalho e as conclusões obtidas para elaboração do relatório.
Equipe de trabalho são os sócios e o quadro técnico envolvidos no
trabalho e quaisquer pessoas contratadas pela firma ou uma firma da
mesma rede para executar procedimentos do trabalho. Isso exclui
especialistas externos contratados pela firma ou por firma da mesma
rede (importante).
Firma é um único profissional ou sociedade de pessoas que atuam como
auditor independente.
Pessoa externa qualificada é uma pessoa de fora da firma (não faz parte
da equipe de trabalho) com competência e habilidades que poderia atuar
como sócio encarregado do trabalho, por exemplo, um sócio de outra
firma ou um empregado (com experiência apropriada) de outra firma de
auditoria, cujos membros podem realizar auditorias e revisões de
informações contábeis.

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Revisão pelos pares


O sistema de controle passa por dupla revisão. Uma interna, em que o sócio deve revisar os trabalhos,
não datando o relatório enquanto não finalizado o processo de revisão (é o que vimos anteriormente). A outra,
externa, denominada revisão pelos pares.

Segundo a NBC PA 11, a Revisão Externa de Qualidade pelos Pares, doravante denominada “Revisão
pelos Pares”, constitui-se em processo de acompanhamento do controle de qualidade dos trabalhos
realizados pelos auditores independentes. O objetivo da revisão pelos pares é o de avaliar os procedimentos
adotados pelo contador que atua como auditor independente e pela Firma de Auditoria, com vistas a
assegurar a qualidade dos trabalhos de auditoria e asseguração desenvolvidos.

Portanto, a revisão pelos pares é o exame realizado por auditor independente nos trabalhos de auditoria
executados por outro auditor independente, visando verificar se:

a) os procedimentos e as técnicas de auditoria utilizados para execução dos trabalhos nas empresas
clientes estão em conformidade com as normas de contabilidade do CFC/outras normas de outros órgãos;

b) o sistema de controle de qualidade desenvolvido e adotado pelo auditor está adequado e conforme o
previsto na NBC PA 01.

Vamos a alguns conceitos importantes:

Revisado é o auditor independente (firma de auditoria ou auditor pessoa física) que deve se submeter ao
Programa de Revisão Externa de Qualidade, de acordo com os critérios estabelecidos nesta norma.
Revisor é o auditor contratado pelo Revisado para a realização do trabalho de Revisão pelos Pares.

Ano base da revisão refere-se ao ano a ser revisado pelo Revisor, que deve ser o ano anterior ao da
indicação do auditor a ser revisado, ou o outro antecedente, caso não tenha realizado serviço de auditoria.
Relatório de revisão é o relatório elaborado pelo Revisor, a ser apresentado ao Comitê Administrador da
Revisão Externa de Qualidade - CRE, dispondo sobre a conformidade, ou não, do sistema de controle de
qualidade existente nos trabalhos desenvolvidos pelo Revisado.

Carta de recomendação é o documento a ser emitido pelo Revisor contendo sugestões para melhoria
das políticas e dos procedimentos de controle de qualidade.
Plano de Ação é o documento elaborado pelo Revisado, dispondo sobre as ações que ele adotará ou
implementará com o objetivo de corrigir as fragilidades apresentadas na carta de recomendações emitida pelo
Revisor ao término do trabalho de revisão.

Cuidado:
Carta de recomendação é emitido pelo REVISOR.

Plano de ação é emitido pelo REVISADO.


Revisão recíproca é a situação em que o Revisor teve sua última revisão realizada pelo atual Revisado,
não importando o intervalo de tempo entre as revisões. São vedadas as revisões recíprocas entre auditores
independentes (pessoas físicas e jurídicas).

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Importante saber que a NBC PA 11 aplica-se, exclusivamente, ao auditor com registro na Comissão de
Valores Mobiliários (CVM).
Quanto à condição de Revisor, a NBC PA 11 expõe algumas situações nas quais o auditor não pode atuar
como Revisor, quais sejam:

a) quando o seu registro estiver suspenso ou cancelado pela CVM, pelo CRC;

b) quando existir, no relatório de revisão emitido pelo Revisor, ressalva de limitação de escopo na
execução dos seus trabalhos de revisão;

c) quando não tenha sido submetido a sua primeira Revisão pelos Pares

d) quando, nos últimos dois anos anteriores ao da revisão que pretenda fazer, não tenha executado ao
menos um trabalho de auditoria independente.

Concluindo, a Revisão pelos Pares constitui-se em um processo de acompanhamento do controle de


qualidade dos trabalhos realizados pelos auditores independentes. Grosso modo, é a “revisão da revisão”, cujo
objetivo é assegurar a qualidade dos trabalhos de auditoria e asseguração desenvolvidos.

A cada quatro anos, os auditores se submeterão à revisão do seu controle de qualidade, que será
realizada por outro auditor independente também registrado na CVM (revisão pelos pares a cada 4 anos).

Questões para fixar !


(AOCP – ISS/CARIACICA – 2020) Nos termos da NBC PA 11 – Revisão Externa de Qualidade pelos Pares –, assinale a
alternativa correta.

a) Essa revisão constitui-se em um processo de acompanhamento do controle de qualidade dos trabalhos realizados pelos
auditores internos.

b) O Auditor deve submeter-se à Revisão pelos Pares, no mínimo, uma vez a cada ciclo de 04 (quatro) anos.

c) A revisão poderá abranger aspectos de atendimento às Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas e Profissionais
emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade e, quando aplicável, a outras normas emitidas por órgão regulador.

d) O objetivo da Revisão pelos Pares é o de avaliar os procedimentos adotados pelo contador que atua como auditor
independente e pela firma de auditoria, com vistas a assegurar a qualidade dos serviços contábeis desenvolvidos.

RESOLUÇÃO: vimos que o Auditor deve submeter-se à Revisão pelos Pares, no mínimo, uma vez a cada ciclo de quatro
anos (4 anos). Correta a letra B.

Vamos aos erros dos outros itens:

Item A: a Revisão Externa de Qualidade pelos Pares, constitui-se em processo de acompanhamento do controle de
qualidade dos trabalhos realizados pelos auditores independentes.

Item C: segundo a NBC PA 11, a revisão deve abranger, exclusivamente, aspectos de atendimento às Normas Brasileiras
de Contabilidade Técnicas e Profissionais emitidas pelo CFC e, quando aplicável, a outras normas emitidas por órgão
regulador.

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Item D: O objetivo da revisão pelos pares é o de avaliar os procedimentos adotados pelo contador que atua como auditor
independente e pela Firma de Auditoria, com vistas a assegurar a qualidade dos trabalhos de auditoria e asseguração
desenvolvidos.

Gabarito: alternativa B.

(FCC – ISS/MANAUS – 2019) Acerca da NBC PA 11, que regula a “Revisão externa de qualidade pelos Pares”, é correto
afirmar que:

a) o auditor somente pode atuar como revisor caso não tenha executado trabalhos de auditoria independente nos últimos
2 anos anteriores ao da revisão que pretende fazer.

b) é vedado ao revisor comunicar e discutir os resultados da revisão com a administração do revisado.

c) aplica-se exclusivamente ao auditor com registro na CVM.

d) o revisado é o auditor contratado para realização dos trabalhos de revisão.

e) são estimuladas as revisões recíprocas entre os auditores independentes (pessoas físicas e jurídicas).

RESOLUÇÃO: questão retirada de maneira literal da NBC PA 11. Vejamos:

Item A: vimos algumas situações nas quais o auditor não pode atuar como Revisor, quais sejam, por exemplo, quando,
nos últimos dois anos anteriores ao da revisão que pretenda fazer, não tenha executado ao menos um trabalho de
auditoria independente. Portanto, se trata de uma vedação, e não uma condição na qual o auditor pode atuar como
revisor. INCORRETO

Item B: pelo contrário, é uma das responsabilidades do auditor, dentre outros, comunicar e discutir os resultados da
revisão com a administração do Revisado. INCORRETO

Item C: a NBC PA 11 aplica-se, exclusivamente, ao auditor com registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
CORRETO

Item D: Revisado é o auditor independente (firma de auditoria ou auditor pessoa física) que deve se submeter ao Programa
de Revisão Externa de Qualidade, de acordo com os critérios estabelecidos nesta norma. Revisor é o auditor contratado
pelo Revisado para a realização do trabalho de Revisão pelos Pares. INCORRETO

Item E: Revisão recíproca é a situação em que o Revisor teve sua última revisão realizada pelo atual Revisado, não
importando o intervalo de tempo entre as revisões. São vedadas as revisões recíprocas entre auditores independentes
(pessoas físicas e jurídicas). INCORRETO

Gabarito: alternativa C.

(CESPE – SEFAZ/RS – 2019) A revisão da qualidade dos trabalhos de auditoria é um processo de que visa fornecer, na
data do relatório, ou antes, uma avaliação objetiva dos julgamentos relevantes feitos pela equipe de trabalho e das
conclusões atingidas ao se elaborar o relatório. Esse trabalho deve ser realizado por

a) pessoa especialmente designada pela empresa auditada e com a devida qualificação técnica.

b) sócio da empresa de auditoria ou pelo auditor chefe da equipe que realizou a auditoria.

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c) sócio ou outro profissional da firma de auditoria, ou pessoa externa qualificada, ou equipe formada por essas pessoas,
nenhuma delas envolvida na auditoria.

d) profissional de contabilidade devidamente qualificado e certificado e que não tenha participado ou interagido de
qualquer forma com os trabalhos de auditoria, ainda que integrante da empresa auditada.

e) membro da equipe de auditoria especialmente designado para esse fim.

RESOLUÇÃO: De Acordo com a NBC TA 220, a Revisão do Controle de Qualidade do Trabalho é desenhada para fornecer
uma avaliação objetiva, na data, ou antes da data, do relatório, dos julgamentos significativos feitos pela equipe de
trabalho e das conclusões a que se chegou durante a elaboração do relatório.

O Revisor de controle de qualidade do trabalho é o sócio, ou outro profissional da firma, uma pessoa externa
adequadamente qualificada, ou uma equipe composta por essas pessoas, nenhuma delas fazendo parte da equipe
de trabalho, com experiência e autoridade suficientes e apropriadas para avaliar objetivamente os julgamentos relevantes
feitos pela equipe de trabalho e as conclusões obtidas para elaboração do relatório.

Portanto, correta a letra C.

Gabarito: alternativa C.

(FCC - DPE/RS - 2017) Em uma palestra sobre normas vigentes de auditoria emanadas pelo Conselho Federal de
Contabilidade acerca do Auditor Independente, foram abordados os seguintes itens: responsabilidades da liderança
pela qualidade na firma, exigências éticas relevantes, aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de
trabalhos específicos, recursos humanos, execução do trabalho e monitoramento. Nos termos da NBC PA 01, esses
itens representam elementos tratados por políticas e procedimentos inclusos

a) um sistema de controle de qualidade.

b) um projeto de auditoria independente.

c) uma sistemática de controle interno e externo.

d) um conjunto de medidas voltadas à evidenciação de atos auditados.

e) uma política de transparência fiscal.

RESOLUÇÃO: Veja que se trata de uma questão literal da NBC PA 01. Deve, portanto, incluir políticas e procedimentos
que tratem dos seguintes elementos:

- Responsabilidades da liderança pela qualidade na firma

- Exigências éticas relevantes

- Aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos específicos

- Recursos humanos

- Execução do trabalho

- Monitoramento

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Gabarito: alternativa A.

(CESPE – TCE/PR – 2016) Nas empresas de auditoria, o monitoramento destina-se a garantir que o controle de
qualidade seja efetivo. Para concretizar esse objetivo, o(s) responsável(is) pela execução do monitoramento deve(m)

a) identificar e avaliar circunstâncias e relações que criem ameaças à independência, e tomar as medidas apropriadas.

b) aplicar medidas disciplinares contra aqueles que deixarem de cumprir políticas e procedimentos da empresa,
especialmente os reincidentes.

c) tratar de maneira apropriada as reclamações e alegações de que o trabalho realizado pela empresa não está de acordo
com as normas técnicas.

d) requerer que as pessoas que executarão a revisão do controle de qualidade de determinados trabalhos não sejam
envolvidas na inspeção desses mesmos trabalhos.

e) comunicar os requisitos de independência da empresa a seu pessoal e, quando aplicável, a outras pessoas sujeitas a ela.

RESOLUÇÃO: Essa questão pode assustar em um primeiro momento, mas com uma lida com atenção às alternativas
conseguimos acertá-la sem dificuldades.

Segundo à NBC TA 220, O sócio encarregado do trabalho (ou seja, o auditor responsável pelo trabalho) deve concluir sobre
o cumprimento dos requisitos de independência aplicáveis ao trabalho de auditoria e, com isso, deve:

(a) obter informações relevantes da firma e, quando aplicável, das firmas da rede, para identificar e avaliar
circunstâncias e relacionamentos que criam ameaças à independência;

(b) avaliar as informações sobre violações identificadas de políticas e procedimentos de independência da firma para
determinar se elas criam ameaça à independência para o trabalho de auditoria; e

(c) tomar as medidas apropriadas para eliminar essas ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável mediante a
aplicação de salvaguardas, ou, se considerado apropriado, retirar-se do trabalho, quando a retirada é possível de acordo
com lei ou regulamento aplicável. O sócio encarregado do trabalho deve comunicar prontamente à firma, para tomar as
medidas apropriadas, sobre qualquer impossibilidade de resolver o assunto.

Vejam que questão maldosa, ela junta dois itens em uma alternativa. Mas lendo os itens B, C, D e E percebemos que
nenhuma trata sobre controle de qualidade. É preciso ter esse “feeling” na hora de resolver as questões, que será adquirido
aos poucos com muita prática de resolução de exercícios.

Gabarito: alternativa A.

Rotatividade dos responsáveis da equipe de auditoria e da firma de auditoria


A utilização do mesmo pessoal em trabalho de auditoria por período de tempo prolongado cria ameaças
de familiaridade e de interesse próprio. A importância das ameaças depende de fatores como:

 Quanto tempo a pessoa tem sido membro da equipe de auditoria;


 Papel da pessoa na equipe de auditoria;
 Estrutura da firma;
 Natureza do trabalho de auditoria;
 Se a equipe gerencial do cliente foi alterada;

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 Se a natureza ou a complexidade dos assuntos contábeis e de relatório do cliente mudou.

Nesse contexto, a firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de
que a firma, seu pessoal e, quando aplicável, outras pessoas sujeitas a requisitos de independência mantêm a
independência requerida por exigências éticas relevantes.

Essas políticas e procedimentos devem permitir à firma identificar e avaliar circunstâncias e relações
que criam ameaças à independência, e tomar as medidas apropriadas para eliminá-las ou reduzi-las a um
nível aceitável, mediante a aplicação de salvaguardas ou, se considerado apropriado, retirar-se do trabalho,
quando esta retirada é permitida por lei ou regulamentação.

Pelo menos uma vez por ano, a firma deve obter confirmação por escrito do cumprimento de suas
políticas e procedimentos sobre independência de todo o pessoal da firma, que precisa ser independente por
exigências éticas relevantes.

Exemplos dessas salvaguardas incluem, entre outras:

 Rotação do pessoal na equipe de auditoria.

Assim, de acordo ainda com a NBC PA 01, a firma deve estabelecer políticas e procedimentos para:

(a) estabelecer critérios para determinar a necessidade de salvaguardas para reduzir a ameaça de
familiaridade a um nível aceitável ao utilizar o mesmo pessoal sênior em trabalho de asseguração por longo
período de tempo; e

(b) exigir, para auditorias de demonstrações contábeis de entidades listadas, a rotatividade do sócio do
trabalho e dos indivíduos responsáveis pela revisão do controle de qualidade do trabalho e, quando aplicável,
de outras pessoas sujeitas a requisitos de rotatividade, após período especificado em conformidade com
exigências éticas relevantes.

Fique atento !
A Revisão NBC 03 alterou o item 25 da NBC PA 01, que tratava do período de rotatividade do sócio encarregado do trabalho
pelo período de 5 anos. Esse tema é tratado atualmente na NBC PA 400, que entrou em vigor a partir de 01/01/2020.

Antes da entrada em vigor da NBC PA 400, previa-se o seguinte: em trabalhos de auditoria de entidade de interesse do
público, o profissional não deve atuar como sócio chave da auditoria por mais de cinco anos.

Depois desse período de cinco anos, a pessoa não deve ser membro da equipe de trabalho ou sócio chave da auditoria para
o cliente pelo prazo de dois anos. Durante esse período de dois anos, a pessoa não deve participar da auditoria da entidade,
efetuar controle de qualidade para o trabalho, consultar a equipe de trabalho ou o cliente sobre assuntos técnicos ou
específicos do setor, transações ou eventos ou de outra forma influenciar diretamente o resultado do trabalho.

A regra geral para o rodízio dos responsáveis técnicos pela auditoria, portanto, era que a alternância ocorresse a cada 5
anos, havendo ainda um período de 2 anos para o profissional retornar à empresa auditada (5+2).

Atualmente, após a entrada em vigor da NBC PA 400, prevê-se rodízio a cada sete anos cumulativos (não
necessariamente seguidos), nos seguintes termos:

Com relação à auditoria de entidade de interesse público, a pessoa não deve desempenhar nenhum dos
papéis a seguir, ou a combinação desses papéis, por período superior a sete anos cumulativos (período em
exercício):

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(a) sócio do trabalho;

(b) pessoa nomeada como responsável pela revisão do controle de qualidade do trabalho; ou
(c) qualquer outro sócio-chave da auditoria.

Após o período em exercício, a pessoa deve observar ainda o “período de carência”, que varia de 2 a 5
anos, conforme descrito a seguir:

01) Se a pessoa atuou como sócio do trabalho por sete anos cumulativos, o período de carência deve
ser de cinco anos consecutivos;

02) Quando a pessoa foi nomeada como sendo responsável pela revisão do controle de qualidade do
trabalho e atuou como tal por sete anos cumulativos, o período de carência deve ser de três anos
consecutivos.

03) Se a pessoa atuou como sócio-chave da auditoria em funções diferentes das acima descritas por sete
anos cumulativos, o período de carência deve ser de dois anos consecutivos.

Sócio do Trabalho 7+5.

Revisor do Controle de Qualidade 7+3.

Qualquer outro sócio-chave da auditoria 7+2.


No cálculo do período em exercício, a contagem dos anos não deve ser recomeçada a menos que a pessoa
deixe de desempenhar qualquer um dos papéis acima mencionados pelo chamado período mínimo (que é igual
ao período de carência).

Por exemplo, a pessoa que atuou como sócio do trabalho por quatro anos e ficou três anos fora, somente
pode atuar como sócio-chave da auditoria no mesmo trabalho de auditoria por mais três anos (totalizando sete
anos cumulativos). Como o período de carência do sócio do trabalho é de 5 anos, os 3 anos que ele ficou parado
não reiniciaram o prazo de contagem.
Por fim, de acordo com a NBC 400, durante o período de carência relevante, a pessoa não deve:

(a) ser membro da equipe de auditoria ou realizar o controle de qualidade do trabalho de auditoria;
(b) consultar a equipe de trabalho ou o cliente com relação a questões técnicas ou específicas do setor,
transações ou eventos que afetam o trabalho de auditoria (que não sejam discussões com a equipe de trabalho
limitadas a trabalho realizado ou conclusões obtidas no último ano do período em exercício da pessoa quando
isso continuar a ser relevante para a auditoria);

(c) ser responsável pela liderança ou coordenação dos serviços profissionais prestados pela firma ou por
firma em rede para o cliente de auditoria, ou pela supervisão do relacionamento da firma ou de firma em rede
com o cliente de auditoria; ou

(d) desempenhar qualquer outro papel ou atividade não mencionada acima com relação ao cliente de
auditoria, incluindo a prestação de serviços que não são de asseguração que resultariam:

(i) na manutenção, por parte da pessoa, de interação significativa ou frequente com a alta administração
ou com os responsáveis pela governança; ou

(ii) no exercício, por parte da pessoa, de influência direta sobre o resultado do trabalho de auditoria.

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Entendido os prazos para a rotatividade do sócio encarregado do trabalho de Auditoria, vamos para os
prazos de rotatividade para a firma de auditoria.
Segundo o Art. 31 da Instrução CVM nº 308/99, que dispõe sobre o registro e o exercício da atividade de
auditoria independente no âmbito do mercado de valores mobiliários, o Auditor Independente - Pessoa Física
ou Jurídica -, não podem prestar serviços para um mesmo cliente por prazo superior a cinco anos consecutivos,
contados a partir da data da Instrução, exigindo-se um intervalo mínimo de três anos para a sua recontratação.

Perceba aqui a primeira diferença de rotação do responsável técnico do trabalho de auditoria com a
rotação da própria empresa de auditoria.

Entretanto, houve uma atualização do texto da norma, pela Instrução CVM nº 509/2011, que incluiu no
texto o Art. 31-A, com a seguinte redação:

“O prazo estabelecido no art. 31 desta Instrução é de até 10 (dez) anos


consecutivos caso:

I - a companhia auditada possua Comitê de Auditoria Estatutário - CAE em


funcionamento permanente; e II - o auditor seja pessoa jurídica.

§ 1º Para a utilização da prerrogativa prevista no caput, o CAE deverá estar


instalado no exercício social anterior à contratação do auditor independente.
§ 2º Adotada a prerrogativa prevista no caput, o auditor independente deve
proceder à rotação do responsável técnico, diretor, gerente e de qualquer outro
integrante da equipe de auditoria com função de gerência, em período não superior a
5 (cinco) anos consecutivos, com intervalo mínimo de 3 (três) anos para seu
retorno".

Portanto, no âmbito da CVM, o auditor não pode prestar serviço para o mesmo cliente por prazo superior
a cinco anos. Uma recontratação deverá aguardar um período de três anos.

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Rotação do
Rotação da Firma de
responsável técnico
Auditoria
pela auditoria

A pessoa não deve


No máximo 5 anos
desempenhar nenhum dos
consecutivos (exceto se a
papéis, ou a combinação
empresa auditada possua
desses papéis, por período
CAE e o auditor seja PJ,
superior a sete anos
podendo ficar até 10 anos)
cumulativos

Após o período em exercício,


Intervalo mínimo de três
a pessoa deve observar ainda
anos para a sua
o “período de carência”, que
recontratação
varia de 2 a 5 anos.

Questões para fixar !


(FCC – ISS/MANAUS – 2019) Neste trabalho estabeleceu-se uma proposta de um prazo “ótimo" para o regime de
rodízio mandatório de firmas de auditoria no Brasil. Esta é uma questão de especial interesse para reguladores de
mercado, dada a escassez de estudos nessa linha, além de ter impactos sobre toda discussão acerca da adoção da
regra (...).

Através da aplicação empírica de um modelo que incorpora os principais pressupostos acerca do impacto do tempo
de relacionamento auditor-auditado (tenure) na qualidade de auditoria, estimou-se que o prazo “ótimo" para o
rodízio de firmas de auditoria no Brasil é 5,7 anos (...).

ALMEIDA, Patrícia Romualdo de; CARVALHO, Luis Nelson Guedes de; BRAUNBECK, Guilhermo Oscar. Um Prazo
Ótimo para Rodízio de Firmas de Auditoria no Brasil. In: XVIII Usp International Conference in Accounting, 2018, São
Paulo. Anais. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2018.
Disponível: https://congressousp.fipecafi.org/anais/Anais2018/apresentacao.html. Acesso: 20/03/2019. Com
adaptações.)

A regulação posta pela NBC PA 01 - Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores
Independentes

a) difere da conclusão dos autores do estudo, posto que o estudo de tempo de relacionamento (tenure) não pode exceder
3 anos.

b) difere da conclusão dos autores do estudo, posto que prevê que o rodízio de firmas ocorra após 8 anos.

c) é similar à conclusão dos autores do estudo, posto que prevê que o rodízio de firmas ocorra após 5 anos.

d) é similar à conclusão dos autores do estudo, posto que prevê que o rodízio de firmas ocorra após estudo de tempo de
relacionamento (tenure).

e) difere da conclusão dos autores do estudo, posto que não prevê o rodízio da firma, mas dos profissionais envolvidos,
incluindo o sócio encarregado.

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RESOLUÇÃO: questão sobre controle de qualidade para Firmas de Auditoria, em relação ao rodízio dos auditores. Vimos
que, segundo a NBC PA 01, a firma deve estabelecer políticas e procedimentos para:

(a) especificar critérios para determinar a necessidade de salvaguardas para reduzir a ameaça de familiaridade a um nível
aceitável ao usar o mesmo pessoal sênior em trabalho de asseguração por um período de tempo prolongado; e

(b) requerer o rodízio do sócio encarregado do trabalho e das pessoas responsáveis pela revisão do controle de qualidade
do trabalho, e, quando aplicável, de outras pessoas sujeitas a exigências de rodízio, após o período de 5 anos.

Observem que a NBC PA 01 estabelece a regra para o rodízio do sócio encarregado do trabalho e das pessoas
responsáveis pela revisão do controle de qualidade do trabalho. Não há previsão acerca de rodízio da firma de auditoria.

Portanto, correta a letra E.

Gabarito: alternativa E.

(IADES – PC/DF – 2016) No que se refere às normas profissionais relativas ao auditor independente, assinale a
alternativa correta.

a) Os papéis de trabalho, relatórios e pareceres relacionados com os serviços realizados devem ser guardados pelo auditor
pelo prazo de cinco anos, ou até que nova auditoria seja realizada.

b) O auditor é responsável pela guarda e conservação de toda a documentação relacionada com os serviços realizados e,
sob hipótese alguma, poderá divulgar a informações obtidas durante o próprio trabalho.

c) Não implicam perda de independência do auditor os interesses financeiros em que o detentor não tem controle algum
sobre o investimento.

d) A auditoria é atividade reservada a profissional legalmente habilitado e registrado no Conselho Regional de


Contabilidade (CRC), sendo essa a única competência técnico-profissional necessária para a realização dos trabalhos.

e) Em se tratando de entidades de interesse do público, a rotação do pessoal da liderança da equipe de auditoria deve
ocorrer em intervalo não superior a cinco anos consecutivos.

RESOLUÇÃO: Segundo a NBC PA 290, de forma geral, objetivando impedir o risco de perda da objetividade
(imparcialidade) e do ceticismo do auditor, é necessária a aplicação das seguintes ações, no caso de entidade de interesse
público:

- Rotação do sócio encarregado do trabalho e do revisor de controle de qualidade a intervalos menores ou iguais a
cinco anos consecutivos; e

- Intervalo mínimo de dois anos para o retorno desses responsáveis técnicos à equipe de auditoria

Portanto, correta a letra E. As outras alternativas serão estudadas em momento oportuno .

Gabarito: alternativa E.

Terminamos a parte teórica da aula. Agora vamos resolver algumas questões prova!

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Questões de prova comentadas


1. (FCC – TRT/2ª REGIÃO – 2018) Para a realização dos trabalhos de auditoria, a existência da
independência é pressuposto necessário entre os membros das equipes de auditoria e os clientes de
auditoria. Nesse contexto, é correto afirmar que
a) as ameaças à independência podem ser enquadradas em um único tipo, que se resume, basicamente, à
ameaça de emitir um parecer inadequado, frente ao conjunto de fatos observados antes do início dos trabalhos
de auditoria.
b) a independência compreende a construção do pensamento burocrático, especificando detalhadamente os
passos para que os objetivos estabelecidos sejam alcançados dentro dos limites contratados com o cliente de
auditoria.
c) a independência é opcional durante o período de contratação coberto pelas demonstrações contábeis,
iniciando-se com um ano de antecedência à escolha da organização que irá realizar os trabalhos de auditoria e
terminando em até dois anos após e emissão do relatório de auditoria
d) em relação à documentação comprobatória da independência dos trabalhos de auditoria, o auditor sempre
pode dispensá-las quando as conclusões extraídas demonstrarem que as ameaças observadas à emissão de sua
conclusão forem substanciais.
e) os conceitos sobre a independência devem ser aplicados pelos auditores a fim de identificar as ameaças;
avaliar a importância das ameaças identificadas e aplicar as salvaguardas, quando necessário, para eliminar as
ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável.

RESOLUÇÃO:

Item A: Existem vários tipos de ameaças, por exemplo, quando alguém da equipe de auditoria é familiar da
empresa. INCORRETO
Item B: Independência é a capacidade que a auditoria tem de julgar e atuar com integridade e objetividade,
permitindo a emissão de relatórios imparciais em relação à entidade auditada, aos acionistas, aos sócios, aos
quotistas, aos cooperados e a todas as demais partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho.
INCORRETO

Item C: A independência é obrigatória durante todo o período de trabalho, desde a contratação. INCORRETO
Item D: o auditor DEVE documentar as conclusões sobre o cumprimento dos requisitos de independência.
INCORRETO

Item E: Os conceitos sobre a independência devem ser aplicados por auditores para:

(a) identificar ameaças à independência;


(b) avaliar a importância das ameaças identificadas;

(c) aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível
aceitável.

Gabarito: alternativa E

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2. (FCC – DPE/RS – 2017) Considere os itens abaixo.


I. Informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião.
II. Risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações
contábeis contiverem distorção relevante.
III. Risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível
aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou
em conjunto com outras distorções.
IV. Postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar possível
distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria.
V. Nível alto, mas não absoluto, de segurança, no contexto da auditoria de demonstrações contábeis.
Nos termos da NBC TA 200, esses itens definem, respectivamente,
a) premissa, risco de detecção, risco de distorção relevante, julgamento profissional e premissa razoável.
b) evidências de auditoria, risco de detecção, risco de distorção relevante, ceticismo profissional e premissa.
c) premissa, risco de distorção relevante, risco de detecção, julgamento profissional e asseguração razoável.
d) evidências de auditoria, risco de auditoria, risco de detecção, ceticismo profissional e asseguração razoável.
e) informação contábil histórica, risco de auditoria, risco de detecção, ceticismo profissional e premissa
razoável.

RESOLUÇÃO:
Item I – conceito de evidências.

Item II e item III serão abordados em momento oportuno.

Item IV – conceito de ceticismo profissional


Item V – conceito de asseguração razoável.

Gabarito: alternativa D

3. (FCC – COPERGÁS/PE – 2016) Na auditoria realizada nas demonstrações contábeis da Companhia


de Abastecimento de Alimentos Sólidos do Estado, referente ao exercício de 2015, o Auditor independente
utilizou informações para fundamentar suas conclusões. Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade
relacionadas à Auditoria – NBC TAs, tais informações são denominadas de
a) testes de observância.
b) parecer de auditoria.
c) achados de auditoria.
d) Evidências de auditoria.
e) papéis de trabalho.

RESOLUÇÃO: Questão que trata sobre evidências de auditoria. Vamos lembrar o conceito?

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“Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às conclusões em
que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria inclui as informações contidas nos registros
contábeis que suportam as demonstrações contábeis e outras informações.”
O parecer de auditoria é como o auditor materializa sua opinião. Os outros itens serão estudados em
momento oportuno.

Gabarito: alternativa D

4. (FCC – TCE/RS – 2014) O auditor está sujeito às exigências éticas e deve sempre estar alerta, por
exemplo, à condição que possa indicar fraude, como informações que coloquem em dúvida a
confiabilidade de documentos e respostas. Esse estado é denominado:
a) alerta constante por parte do auditor.
b) perfil investigativo do auditor.
c) capacidade de percepção do auditor.
d) ceticismo profissional do auditor.
e) ética profissional do auditor.

RESOLUÇÃO: Lembram do nosso sensor aranha? Concurseiro também tem que ter esse superpoder! Vamos
lembrar o conceito de ceticismo profissional:
“É a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar possível
distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria.”
Nunca esqueçam esse conceito para a prova.

Gabarito: alternativa D

5. (FCC – TCE/GO – 2014) Com relação aos requisitos éticos relacionados à auditoria de
demonstrações contábeis, no caso de trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto, exigido
pelo Código de Ética Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do CFC, nos termos da NBC
TA 200, requer-se que o:
a) auditor seja independente da entidade sujeita à auditoria;
b) trabalho de auditoria seja realizado por perito com experiência comprovada de no mínimo 5 anos e nomeado
por autoridade judicial;
c) auditor seja profissional competente para executar o trabalho com experiência comprovada de no mínimo 2
anos;
d) trabalho de auditoria seja realizado pela auditoria interna com a supervisão de auditor independente com
experiência comprovada de no mínimo 5 anos;
e) auditor seja independente e não tenha realizado trabalho de auditoria na entidade nos últimos 10 anos.

RESOLUÇÃO: Vamos item por item.


Item A: é a nossa resposta, o auditor deve realizar seus trabalhos com independência.

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Item B: não há essa exigência de ser perito ou de experiência de no mínimo 5 anos, tampouco nomeado por
autoridade judicial. Apenas deve ser contador com registro no CRC e, se for auditar companhias abertas, com
registro na CVM. INCORRETO
Item C: não há necessidade de experiência mínima. INCORRETO
Item D: ainda teremos uma aula sobre utilização dos trabalhos da auditoria interna pelo auditoria
independente, mas de antemão digo que a auditoria das demonstrações contábeis é realizada pelo auditor
independente, que pode ou não utilizar do apoio do auditor interno da entidade auditada. INCORRETO
Item E: não existe a exigência de não haver realizado trabalhos anteriores na entidade auditada. INCORRETO

Gabarito: alternativa A

6. (FCC – TCE/AM – 2013) Um auditor detectou indício de irregularidade fora do escopo da auditoria,
fato que foi devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção das providências cabíveis.
Essa medida foi tomada pelo auditor em atendimento:
a) ao sigilo profissional.
b) ao zelo profissional.
c) à competência técnica.
d) à independência profissional.
e) à ética profissional.

RESOLUÇÃO: Cuidado com questões desse tipo. Primeiro, perceba que o auditor demonstrou cuidado com o
trabalho, ou seja, demonstrou zelo profissional. Apesar de o indício detectado não estivar no escopo da
auditoria que ele estava realizando, o auditor mesmo assim não deixou de relatar tal indício, informando ao seu
chefe para que este tomasse as providências necessárias (por exemplo, planejasse outra auditoria para
verificação do fato informado).
O zelo profissional é um princípio fundamental ético que deve ser seguido pelo auditor. As outras
alternativas também são requisitos que devem ser cumpridos pelo auditor, mas não se referem ao fato
enunciado na questão. Geralmente há muita dúvida em relação à letra E. Em questões desse tipo, opte pela
alternativa mais específica, já que zelo está dentro de ética, mas ética não abrange apenas zelo.

Gabarito: alternativa B

7. (FCC – TRT/6ª REGIÃO – 2012) De acordo com as normas de auditoria externa, quando o auditor
desenvolve seus trabalhos com uma postura que inclui questionamento e avaliação crítica e detalhada, e
desempenhe os trabalhos com alerta para condições que possam indicar possível distorção, devido a erro
ou fraude nas demonstrações financeiras, o auditor está aplicando:
a) julgamento profissional.
b) ceticismo profissional.
c) equidade profissional.
d) diligência profissional.
e) neutralidade profissional.

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RESOLUÇÃO: Mais uma questão falando sobre ceticismo profissional. Vamos lembrar o conceito:
“É a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar possível
distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria.”
Portanto, quando se trata de característica questionadora, detalhista e crítica, estamos nos referindo ao
ceticismo profissional do auditor.

Gabarito: alternativa B

8. (FCC – MPE/PE – 2012) NÃO representa um requisito necessário para que o auditor possa conduzir
adequadamente os trabalhos de asseguração das demonstrações contábeis:
a) ceticismo profissional.
b) acesso irrestrito a todas as informações necessárias para fundamentar seu parecer.
c) julgamento profissional.
d) corresponsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis da entidade auditada.
e) obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente.

RESOLUÇÃO: Aprendemos na aula anterior que a responsabilidade pela elaboração das demonstrações
contábeis da entidade é da própria administração. O auditor, sem seu trabalho de asseguração (auditoria ou
revisão), é contratado para emitir uma opinião sobre essas demonstrações. Portanto, errada a letra D e é o
nosso gabarito.

Gabarito: alternativa D

9. (FCC – TRE/CE – 2012) Um auditor externo ao proceder a auditoria da empresa Grãos e Cia, constata
no ano de 2010, na fase pré-operacional da unidade construída em Palmas, o custo de R$ 18.000.000,00
relativos à terraplanagem do terreno da fábrica. Foram feitos os testes, que evidenciaram que o contrato
de serviços de terraplanagem foi realizado com empresa devidamente constituída juridicamente e em
atividade normal. O pagamento do serviço contratado foi efetuado à empresa de terraplanagem e
comprovado por pagamento eletrônico constante do extrato bancário. O auditor em procedimento
complementar e diante da expressividade dos valores foi até a unidade verificar os serviços. Ao indagar
alguns funcionários foi informado que o serviço de terraplanagem havia sido feito pela prefeitura da
cidade, a qual também doou o terreno a empresa Grãos e Cia. Os funcionários também informaram que
nunca esteve na empresa Grãos e Cia qualquer funcionário da empresa de terraplanagem contratada. O
procedimento do auditor mostra uma postura de:
a) falta de ética profissional por desconfiar da administração.
b) investigação, atitude não pertinente às atividades do auditor.
c) julgamento profissional avaliando a licitude dos atos da equipe de auditores.
d) representante da Governança no processo de identificação de todas as fraudes.
e) ceticismo profissional adequada às normas de auditoria.

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RESOLUÇÃO: Vamos entender a questão: o auditor havia aplicado diversos testes para verificação da
idoneidade do pagamento à empresa que teria prestado serviços de terraplanagem, mas, mesmo assim,
entendeu ser necessária a verificação in loco para comprovação daqueles serviços, ou seja, ligou o “sensor
aranha”.
Essa postura questionadora, conforme visto na questão anterior, é uma característica do ceticismo
profissional exigido pelas normas de auditoria.
O item A está errado pois não se trata de falta de ética. O item B está errado pois a investigação é uma
atitude pertinente às atividades do auditor. O item C está errado pois essa postura do auditor não está
avaliando a equipe de auditores, mas sim o objeto auditado. O item D está errado pois o auditor independente
não é um representante da Governança e nem está preocupado com todas as fraudes, apenas as relevantes.

Gabarito: alternativa E

10. (FCC – COPERGÁS – 2011) De acordo com as disposições constantes da NBC TA Estrutura
Conceitual – Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração, é correto afirmar que:
a) os trabalhos de asseguração envolvem três partes distintas: o auditor independente, a parte responsável e
os usuários previstos.
b) o trabalho de asseguração limitada de demonstrações contábeis é denominado auditoria.
c) os trabalhos de consultoria representam uma das espécies dos trabalhos de asseguração.
d) o trabalho de asseguração razoável de demonstrações contábeis é denominado revisão.
e) a parte responsável, nos trabalhos de asseguração, é a usuária das informações a serem fornecidas pelo
auditor em seu relatório.

RESOLUÇÃO: Vamos item por item.


Item A: segundo a NBC TA – Estrutura Conceitual, os seguintes elementos de um trabalho de asseguração são
discutidos:
“Relação de três partes envolvendo o auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos.”
CORRETO
Item B: o trabalho de asseguração limitada de demonstrações contábeis é denominado consultoria.
INCORRETO
Item C: os trabalhos de auditoria representam uma das espécies dos trabalhos de asseguração. INCORRETO
Item D: o trabalho de asseguração razoável de demonstrações contábeis é denominado auditoria. INCORRETO
Item E: a parte responsável, nos trabalhos de asseguração, é a própria empresa auditada, não sendo,
necessariamente, a única usuária das informações. INCORRETO

Gabarito: alternativa A

11. (ESAF – RECEITA FEDERAL - 2014) É correto afirmar que:


I - A firma de auditoria tem por obrigação estabelecer e manter sistema de controle de qualidade para
obter segurança razoável que a firma e seu pessoal cumprem com as normas profissionais e técnicas e as
exigências legais e regulatórias aplicáveis.

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II - A firma de auditoria deve estabelecer e manter sistema de controle de qualidade para obter segurança
razoável que os relatórios emitidos pela firma ou pelos sócios do trabalho são apropriados nas
circunstâncias.
III - O objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade no nível do trabalho que
forneçam ao auditor segurança razoável de que a auditoria está de acordo com normas profissionais e
técnicas e exigências legais e regulatórias aplicáveis.
a) Todas são falsas.
b) Somente 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente a 3 é verdadeira.
d) Somente a 2 é falsa.
e) Todas são verdadeiras.

RESOLUÇÃO: A questão pede o conhecimento sobre supervisão e controle de qualidade. Vamos lembrar
alguns conceitos?
O objetivo da firma é estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade para obter segurança
razoável que:
a) a firma e seu pessoal cumprem as normas técnicas e as exigências regulatórias e legais aplicáveis; e
b) os relatórios sobre demonstrações contábeis e demais relatórios emitidos pela firma e pelos sócios
encarregados do trabalho são apropriados nas circunstâncias.
Ademais, o objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade no nível do
trabalho que forneçam ao auditor segurança razoável de que:
a) a auditoria está de acordo com normas profissionais e técnicas e exigências legais e regulatórias
aplicáveis; e
b) os relatórios emitidos pelo auditor são apropriados nas circunstâncias.
Portanto, percebe-se que todas as alternativas estão corretas.

Gabarito: alternativa E

12. (ESAF – RECEITA FEDERAL - 2012) Revisão do Controle de Qualidade do Trabalho é desenhada
para fornecer uma avaliação objetiva, na data, ou antes da data, do relatório, dos julgamentos
significativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões a que se chegou durante a elaboração do
relatório. Essa revisão deve ser feita:
a) por profissional qualificado e que tenha participado do processo de auditoria.
b) somente por profissional da firma que efetuou a auditoria e desde que não tenha participado do trabalho.
c) após a entrega do relatório de auditoria ao cliente, permitindo a avaliação de todo o trabalho, inclusive os
eventos subsequentes.
d) somente por profissional externo a firma de auditoria e desde que tenha as qualificações requisitadas.
e) também pelas firmas de auditoria de pequeno porte, podendo ser utilizado profissionais externos, desde que
tenham as qualificações necessárias.

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RESOLUÇÃO: Vejam que é importante saber a diferença entre revisão do controle de qualidade e revisor do
controle de qualidade. Este é uma pessoa que não participou dos trabalhos de auditoria, enquanto aquela é
realizada pelo sócio encarregado dos trabalhos. Vamos lembrar o conceito:
Revisor de controle de qualidade do trabalho é o sócio, ou outro profissional da firma, uma pessoa
externa adequadamente qualificada, ou uma equipe composta por essas pessoas, nenhuma delas fazendo
parte da equipe de trabalho, com experiência e autoridade suficientes e apropriadas para avaliar
objetivamente os julgamentos relevantes feitos pela equipe de trabalho e as conclusões obtidas para
elaboração do relatório.
Item A: o revisor não pode participar dos trabalhos de auditoria. INCORRETO

Item B: o revisor também pode ser uma pessoa externa adequadamente qualificada. INCORRETO

Item C: o revisor deve avaliar os julgamentos da equipe antes da entrega do relatório. INCORRETO

Item D: também pode ser realizado por pessoa da própria firma de auditoria. INCORRETO
Item E: segundo a NBC PA 01, no caso de firmas menores (as firmas de auditoria):

“Pode não ser praticável, no caso de firmas com poucos sócios, que o sócio encarregado do trabalho não
esteja envolvido na seleção do revisor de controle de qualidade do trabalho. Pessoas externas adequadamente
qualificadas podem ser contratadas quando um único profissional ou firmas de pequeno porte identificam
trabalhos que requerem revisão do controle de qualidade do trabalho.” CORRETO

Gabarito: alternativa E

13. (ESAF – RECEITA FEDERAL - 2012) A empresa Betume S.A. é uma empresa de interesse público
que vem sendo auditada pela empresa Justos Auditores Independentes, pelo mesmo sócio-principal há
sete anos. Considerando a NBC PA 290, deve a firma de auditoria externa:
a) ser substituída por outra, não podendo retornar a fazer a auditoria da empresa no prazo de dez anos.
b) fazer a substituição desse sócio-principal, podendo o mesmo retornar a fazer trabalhos de auditoria nessa
companhia somente após cinco anos.
c) substituir toda a equipe de auditoria, podendo retornar aos trabalhos nessa companhia, decorridos no
mínimo três anos.
d) trocar o sócio-principal e demais sócios-chave do trabalho, podendo retornar a fazer auditoria após decorrido
o prazo de dois anos.
e) comunicar ao cliente a manutenção do sócio-principal, ficando a cargo do órgão regulador a determinação
ou não da substituição.

RESOLUÇÃO: Questão trata da rotatividade da equipe de auditoria. Segundo a NBC PA 290, de forma geral,
objetivando impedir o risco de perda da objetividade (imparcialidade) e do ceticismo do auditor, é necessária a
aplicação das seguintes ações, no caso de entidade de interesse público:
- Rotação do sócio encarregado do trabalho e do revisor de controle de qualidade a intervalos
menores ou iguais a cinco anos consecutivos; e
- Intervalo mínimo de dois anos para o retorno desses responsáveis técnicos à equipe de auditoria.

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Vejam que a empresa vem sendo auditada pelo sócio encarregado pelos trabalhos há 7 anos. Portanto,
a firma de auditoria deve trocar sua equipe, podendo retornar após 2 anos. Correta a letra D.

Gabarito: alternativa D

14. (ESAF – CVM - 2010) O responsável pela revisão da qualidade dos trabalhos de auditoria deve
realizar uma avaliação objetiva dos julgamentos significativos levando em conta os seguintes aspectos,
exceto:
a) avaliação das conclusões atingidas ao elaborar o relatório e considerar se o relatório é apropriado.
b) discussão de assuntos significativos com o encarregado do trabalho.
c) revisão da documentação selecionada de auditoria relativa aos julgamentos significativos feitos pela equipe
de trabalho e das conclusões obtidas.
d) revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto.
e) discussão do julgamento e relatório com a direção da entidade auditada.

RESOLUÇÃO: Questão literal da NBC PA 01, que estabelece que o revisor do controle de qualidade do trabalho
deve realizar uma avaliação objetiva dos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e as
conclusões atingidas ao elaborar o relatório. Essa avaliação deve envolver:
- Discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho;
- Revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto;

- Revisão da documentação selecionada de auditoria relativa aos julgamentos significativos feitos pela
equipe de trabalho e das conclusões obtidas; e

- Avaliação das conclusões atingidas ao elaborar o relatório e consideração se o relatório é apropriado.

Veja que nem precisaríamos lembrar da norma, uma vez que esse assunto não deve ser repassado à
entidade auditada.

Gabarito: alternativa E

15. (ESAF – CVM – 2010) Visando manter a qualidade e a credibilidade do seu trabalho, ao identificar
ameaças que possam comprometer a sua independência, o auditor deve tomar a seguinte providência:
a) comunicar a direção da entidade auditada, para que sejam tomadas as providências necessárias à sua
eliminação.
b) aplicar as salvaguardas adequadas, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável,
documentando-as.
c) propor aos responsáveis pela entidade de auditoria a supressão das ameaças mediante acordo entre as
entidades.
d) documentar as ameaças e comunicá-las aos órgãos de supervisão e controle do setor em que atua a entidade
auditada.
e) eliminar as ameaças mediante comunicação aos responsáveis pela governança da entidade auditada e fazer
constar tais providências no seu parecer.

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RESOLUÇÃO: Questão importante para conceito de independência. Os conceitos sobre a independência


devem ser aplicados por auditores para:
a) identificar ameaças à independência;
b) avaliar a importância das ameaças identificadas;
c) aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível
aceitável.
Portanto correta a letra B. A letra A está errada porque o auditor não deve comunicar à entidade auditada
nem a órgãos de supervisão e controle do setor em que esta atua acerca de uma ameaça de independência, já
que quem deve aplicar as salvaguardas adequadas é o próprio auditor. A letra C está errada pois não há que se
falar em acordo entre as entidades de auditoria e auditada para supressão das ameaças. Letras D e E estão
erradas pelos mesmos argumentos da letra A.

Gabarito: alternativa B

16. (ESAF – PREFEITURA NATAL – 2008 - AUDITOR) Na execução dos trabalhos de auditoria externa,
normalmente são utilizadas equipes técnicas para o desempenho do trabalho. Pode-se afirmar que a
responsabilidade técnica do trabalho é:
a) de toda a equipe técnica, desde que supervisionada pelo auditor.
b) dos gerentes do projeto e do sócio-auditor, por possuírem formação pertinente.
c) da firma de auditoria, que assume os riscos mediante contrato.
d) do auditor, que assumirá total responsabilidade pelos trabalhos executados.
e) de todos os sócios da firma de auditoria, por responderem solidariamente e ilimitadamente.

RESOLUÇÃO: Lembremos o conceito de sócio encarregado do trabalho:


Sócio encarregado do trabalho é o sócio ou outra pessoa na firma responsável pelo trabalho e sua
execução, e pelo relatório que é emitido em nome da firma. Quando necessário, é quem tem a autoridade
apropriada conferida pelo Sistema CFC/CRC e quando requerido pelo regulador.
Portanto, o auditor é o único responsável pelos trabalhos executados.

Gabarito: alternativa D

17. (FGV – TCM/SP – 2015) Uma determinada firma de auditoria iniciou os trabalhos em uma
entidade, a partir de um contrato que prevê execução de auditoria por cinco anos. Um dos auditores,
ao executar o trabalho de auditoria inicial nessa entidade, atestou argumentos apresentados pela
empresa auditada de tal forma a indicar comprometimento da objetividade do seu trabalho.
O posicionamento do auditor constitui ameaça à independência em decorrência de:
a) autorrevisão do trabalho.
b) defesa de interesse do cliente.
c) familiaridade.
d) intimidação profissional.

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e) interesse próprio.

RESOLUÇÃO: Vamos lembrar os tipos de ameaças que a NBC PA 290 trouxe. As ameaças se enquadram em
uma ou mais de uma das categorias a seguir:
a) ameaça de interesse próprio é a ameaça de que interesse financeiro ou outro interesse influenciará de
forma não apropriada o julgamento ou o comportamento do auditor;
b) ameaça de autorrevisão é a ameaça de que o auditor não avaliará apropriadamente os resultados de
julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por ele, ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o
auditor confiará para formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual;
c) ameaça de defesa de interesse do cliente é a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a
posição de seu cliente a ponto em que a sua objetividade fique comprometida;
d) ameaça de familiaridade é a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou próximo com o
cliente, o auditor tornar-se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento;
e) ameaça de intimidação é a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir objetivamente em
decorrência de pressões reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor.
Com esses conceitos em mente fica mais fácil de resolver a questão. Veja que a ameaça de defesa de
interesse do cliente é a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente a ponto em
que a sua objetividade fique comprometida. A questão fala que houve comprometimento da objetividade do
trabalho ao auditor. Portanto nosso gabarito é realmente a letra C.

Gabarito: alternativa C

18. (FGV – TCM/SP – 2015) De acordo com a NBC TA que trata da estrutura conceitual para trabalhos
de asseguração, nesses trabalhos o auditor independente expressa uma conclusão com a finalidade de
aumentar o grau de confiança dos outros usuários previstos acerca do resultado de avaliações ou
mensurações efetuadas. O trabalho de asseguração requer a consideração de alguns elementos. Das
opções a seguir, a que NÃO constitui um dos elementos do trabalho de asseguração é:
a) critérios adequados.
b) evidências apropriadas e suficientes.
c) objeto apropriado.
d) relatório de asseguração escrito na forma apropriada.
e) relacionamento entre, pelo menos, duas partes (contratante e auditor).

RESOLUÇÃO: A questão trata dos elementos de um trabalho de asseguração. Segundo a NBC TA – Estrutura
Conceitual, os seguintes elementos de um trabalho de asseguração são discutidos:
a) Relação de três partes envolvendo o auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos;
b) Objeto apropriado;
c) Critérios aplicáveis;
d) Evidências apropriadas e suficientes; e
e) Relatório de asseguração escrito no formato apropriado ao trabalho de asseguração razoável ou de
asseguração limitada.

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Portanto, a letra E está incorreta e é o gabarito da nossa questão, pois o relacionamento é de 3 partes
envolvendo o auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos.

Gabarito: alternativa E

19. (FGV – PREFEITURA DE RECIFE – 2014) O reconhecimento pelo auditor de que existem
circunstâncias que podem causar distorção relevante nas demonstrações contábeis revela o requisito ético
relacionado à auditoria de demonstrações contábeis, denominado
a) julgamento profissional.
b) evidência funcional.
c) ceticismo profissional.
d) condução apropriada.
e) conformidade legal.

RESOLUÇÃO: Veja que essa questão é recorrente em concursos. Portanto, ceticismo profissional é a postura
que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a
erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria.

Gabarito: alternativa C

20. (FGV – AL/BA – 2014) O requisito ético relacionado à auditoria das demonstrações contábeis que
exigem do auditor o reconhecimento de que podem existir circunstâncias que causarão distorções
relevantes nas demonstrações contábeis é
a) julgamento profissional.
b) ceticismo profissional.
c) evidência de auditoria apropriada.
d) condução da auditoria em conformidade com as normas relevantes.
e) confiabilidade na conduta dos trabalhos.

RESOLUÇÃO: Mais uma questão sobre ceticismo profissional. Vejam que não há muita dificuldade acerca
desse conceito. Portanto, ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para
condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências
de auditoria.

Gabarito: alternativa B

21. (FGV – PREFEITURA DE RECIFE – 2014) De acordo com a NBC TA 200, o julgamento profissional
é necessário para a tomada de decisões nos assuntos a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) A subjetividade e as evidências de auditoria para cumprimento das metas de resultados operacionais e
financeiros da empresa.

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b) A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados para o cumprimento das
exigências das normas de auditoria e a coleta de evidências de auditoria.
c) As evidências de auditoria obtidas são suficientes e apropriadas ou se algo mais precisa ser feito para que
sejam cumpridos os objetivos das NBC TAs.
d) A avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável da
entidade.
e) A extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, por exemplo, pela avaliação da
razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis.

RESOLUÇÃO: Julgamento profissional é a aplicação do treinamento, conhecimento e experiência relevantes,


dentro do contexto fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas
a respeito dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria.
Segundo a NBC TA 200, o julgamento profissional é necessário, particularmente, para decisões sobre:
- A materialidade e o risco do trabalho;
- A natureza, a época e a extensão dos procedimentos usados para atender aos requerimentos das Normas de
Asseguração relevantes e obter evidências (Alternativa B correta);
- Avaliar se foram obtidas as evidências apropriadas e suficientes e se algo mais precisa ser feito para alcançar
os objetivos das Normas de Asseguração aplicáveis. Especificamente, no caso de trabalho de asseguração limitada, o
julgamento profissional é requerido ao avaliar se um nível significativo de asseguração foi obtido (alternativa C correta);
- Avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável
(alternativa D correta);
- Extração de conclusões apropriadas com base nas evidências obtidas, por exemplo, pela avaliação da
razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis (alternativa E
correta).
Veja aluno que a banca apenas copiou e colou esse tópico da norma e as colocou nas alternativas. A única
que não condiz com a norma, portanto, é a alternativa A, pois o auditor não leva em conta a subjetividade, e
sim a materialidade e o risco de trabalho.

Gabarito: alternativa A

22. (FGV – SEFAZ/MT – 2014) Sobre a revisão do controle de qualidade do trabalho de auditoria,
assinale a afirmativa correta.
a) É o processo que fornece uma avaliação subjetiva dos julgamentos feitos pela equipe de trabalho.
b) Deve ser feita em até 30 dias após a data do relatório.
c) É realizada apenas em companhias abertas.
d) O profissional mais experiente da equipe de trabalho é designado revisor de controle de qualidade.
e) Os especialistas externos contratados pela firma não fazem parte da equipe de trabalho.

RESOLUÇÃO: Vamos lembrar do conceito de Revisão do Controle de Qualidade:

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Revisão do controle de qualidade do trabalho é o processo projetado para fornecer uma avaliação
objetiva, na data, ou antes, da data do relatório, dos julgamentos relevantes feitos pela equipe do trabalho
e das conclusões obtidas ao elaborar o relatório. O processo de revisão do controle de qualidade do trabalho é
elaborado para auditoria de demonstrações contábeis de companhias abertas e os outros trabalhos, se houver,
para os quais a firma determinou a necessidade de revisão do controle de qualidade do trabalho.
Item A: se trata de uma avaliação objetiva. INCORRETO
Item B: é o processo projetado para fornecer uma avaliação objetiva, na data, ou antes, da data do relatório.
INCORRETO
Item C: O processo de revisão do controle de qualidade do trabalho é elaborado para auditoria de
demonstrações contábeis de companhias abertas e os outros trabalhos, se houver. INCORRETO
Item D: Revisor de controle de qualidade do trabalho é o sócio, ou outro profissional da firma, uma pessoa
externa adequadamente qualificada, ou uma equipe composta por essas pessoas, nenhuma delas fazendo
parte da equipe de trabalho, com experiência e autoridade suficientes e apropriadas para avaliar
objetivamente os julgamentos relevantes feitos pela equipe de trabalho e as conclusões obtidas para
elaboração do relatório. INCORRETO
Item E: Equipe de trabalho são os sócios e o quadro técnico envolvidos no trabalho e quaisquer pessoas
contratadas pela firma ou uma firma da mesma rede para executar procedimentos do trabalho. Isso exclui
especialistas externos contratados pela firma ou por firma da mesma rede. CORRETO

Gabarito: alternativa E

23. (FGV – SEFAZ/MT- 2014) Em relação à responsabilidade do auditor em casos de fraudes, assinale a
afirmativa correta
a) O auditor, para efeitos das normas de auditoria, deve estar preocupado com a fraude que causa distorção
relevante nas demonstrações contábeis.
b) O auditor é o principal responsável pela prevenção e detecção da fraude em uma entidade.
c) A detecção de todos os riscos de distorções relevantes nas demonstrações contábeis é uma das funções da
auditoria.
d) O auditor deve manter postura de ceticismo profissional durante a auditoria, salvo quando há experiência
passada em relação à honestidade e à integridade da administração.
e) O auditor deve determinar respostas individuais para tratar dos riscos avaliados de distorção relevante
decorrente de fraude nas demonstrações contábeis.

RESOLUÇÃO: Vamos item por item.


Item A: Correta, pois o auditor deve planejar seus trabalhos avaliando o risco de sua ocorrência, de forma a ter
grande probabilidade de detectar fraudes que impliquem efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.
Item B: a responsabilidade pela prevenção e detecção de fraude é da própria administração. INCORRETA
Item C: A detecção é apenas dos riscos relevantes, e não todos. INCORRETA
Item D: não há essa ressalva mencionada na alternativa. INCORRETA
Item E: o auditor determinar respostas gerais para tratar os riscos avaliados. INCORRETA

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Gabarito: alternativa A

24. (FGV – PREFEITURA DE RECIFE – 2014) O revisor do controle de qualidade do trabalho deve realizar
uma avaliação objetiva dos julgamentos e das conclusões feitas pela equipe de trabalho e atingidas ao
elaborar o relatório. Essa avaliação deve envolver os aspectos relacionados a seguir, à exceção de um.
Assinale-o.
a) Revisão da documentação selecionada, relativa aos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho,
e das conclusões obtidas.
b) Revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto.
c) Discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho.
d) Implementação das conclusões resultantes das consultas.
e) Avaliação das conclusões ao elaborar o relatório e consideração sobre sua adequação.

RESOLUÇÃO: O revisor do controle de qualidade do trabalho é uma pessoa que não participou dos trabalhos,
e deve realizar uma avaliação objetiva dos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e as
conclusões atingidas ao elaborar o relatório. Essa avaliação deve envolver:
- Discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho (Item C correto);
- Revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto (Item B correto);
- Revisão da documentação selecionada de auditoria relativa aos julgamentos significativos feitos pela
equipe de trabalho e das conclusões obtidas (item A correto); e
- Avaliação das conclusões atingidas ao elaborar o relatório e consideração se o relatório é apropriado
(Item E correto).

Gabarito: alternativa D

25. (FGV – SEFAZ /MT – 2014) No caso de o trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto,
exigido pelo Código de Ética Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do CFC, exige-se que
o auditor seja independente da entidade sujeita à auditoria. Segundo a NBC TA 200, Objetivos Gerais do
Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria, a
independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com
a) confiabilidade.
b) confiança.
c) capacidade.
d) integridade.
e) imparcialidade.

RESOLUÇÃO: Lembre-se sempre que a independência está associada à integridade. Segundo a NBC TA 200,
a independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com integridade, ser objetivo e manter postura de
ceticismo profissional.

Gabarito: alternativa D

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26. (FGV – SEAD/AP – 2011) De acordo com a norma relativa ao controle de qualidade da auditoria das
demonstrações contábeis, o revisor do controle de qualidade do trabalho deve realizar uma avaliação
objetiva dos julgamentos feitos pela equipe de trabalho e as conclusões atingidas ao elaborar o relatório.
Essa avaliação deve envolver:
a) a discussão de todos os assuntos com o sócio encarregado do trabalho.
b) a revisão do plano de contas e dos sistemas contábeis e financeiros, bem como do relatório proposto.
c) a revisão da documentação preparada pela auditoria relativa a todos os exames relevantes feitos pela equipe
de trabalho.
d) a avaliação do planejamento da auditoria, o relatório preliminar e a consideração se o relatório é apropriado.
e) a revisão da documentação selecionada pela auditoria relativa aos julgamentos.

RESOLUÇÃO: Questão muito parecida com a questão 24. O revisor do controle de qualidade do trabalho é
uma pessoa que não participou dos trabalhos, e deve realizar uma avaliação objetiva dos julgamentos
significativos feitos pela equipe de trabalho e as conclusões atingidas ao elaborar o relatório. Essa avaliação
deve envolver:
- Discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho (Item A incorreto);
- Revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto (Item B incorreto);
- Revisão da documentação selecionada de auditoria relativa aos julgamentos significativos feitos pela
equipe de trabalho e das conclusões obtidas (item C incorreto e item E correto); e
- Avaliação das conclusões atingidas ao elaborar o relatório e consideração se o relatório é apropriado
(Item D incorreto).

Gabarito: alternativa E

27. (FGV – SEFAZ/RJ – 2010) A respeito do controle de qualidade da Auditoria das Demonstrações
Contábeis, analise as afirmativas a seguir:
I. Os sistemas, as políticas e os procedimentos de controle de qualidade são de responsabilidade da empresa
auditada que deve seguir as políticas e processos de trabalho implantadas.
II. O revisor do controle de qualidade do trabalho deve realizar uma avaliação subjetiva dos julgamentos feitos
pela equipe de trabalho e, ao elaborar o relatório, as conclusões devem envolver a revisão das demonstrações
contábeis.
III. No caso de surgirem diferenças de opinião dentro da equipe de trabalho, com as pessoas consultadas ou,
quando aplicável, entre o sócio encarregado do trabalho e o revisor do controle de qualidade do trabalho, a
equipe de trabalho deve seguir as políticas e procedimentos da firma para tratar e resolver as diferenças de
opinião.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

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RESOLUÇÃO: Vejamos item por item.


Item I: o erro desse item é atribuir à empresa auditada o que é dever da firma de auditoria. Esta é que
responsável pelos sistemas, políticas e procedimentos de controle de qualidade nas auditorias de
demonstrações contábeis. INCORRETO
Item II: o erro desse item é afirmar que a avaliação realizada pelo revisor do controle de qualidade é subjetiva,
pois deve ser objetiva. INCORRETO
Item III: está de acordo com a NBC TA 220. CORRETO

Gabarito: alternativa C

28. (FGV – SEFAZ//RJ – 2010) De acordo com as normas de auditoria em vigor, a medida da
qualidade da evidência de auditoria, isto é, a relevância e confiabilidade para suportar as conclusões
em que se fundamenta o auditor, é conhecida como
a) avaliação dos procedimentos de auditoria.
b) avaliação dos papéis de trabalho dos especialistas.
c) suficiência da evidência de auditoria.
d) evidência de auditoria.
e) adequação da evidência de auditoria.

RESOLUÇÃO: Questão trata das evidencias de auditoria. Segundo a NC TA 200 evidências de auditoria são as
informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia sua opinião. As
evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis e outras informações.
A suficiência das evidências de auditoria é a mensuração da quantidade de evidências. A quantidade de evidência
necessária é influenciada pelos riscos da informação do objeto ser distorcida de forma relevante (quanto maior forem
os riscos, mais evidência será necessária) e também pela qualidade dessas evidências (quanto melhor a qualidade,
menos será necessária).
Adequação da evidência de auditoria é a mensuração da qualidade da evidência; ou seja, sua relevância e
confiabilidade em fornecer fundamentação para a conclusão do auditor independente.
Com esses conceitos em mente, fica fácil resolver a questão. A medida de qualidade da evidência de
auditoria é a adequação.

Gabarito: alternativa E

29. (FGV – PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS – 2010 - AUDITOR) O julgamento profissional é essencial
para a condução apropriada da auditoria. A característica que distingue o julgamento profissional
esperado do auditor é que esse julgamento seja exercido por auditor, cujo treinamento, conhecimento e
experiência tenham ajudado no desenvolvimento das competências necessárias para estabelecer
julgamentos razoáveis. Isso porque a interpretação das exigências éticas e profissionais relevantes, das
normas de auditoria e as decisões informadas requeridas ao longo de toda a auditoria não podem ser feitas
sem a aplicação do conhecimento e experiência relevantes para os fatos e circunstâncias. Cumpre destacar

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que ele não deve ser usado como justificativa para decisões que, de outra forma, não são sustentados pelos
fatos e circunstâncias do trabalho nem por evidência de auditoria apropriada e suficiente. O julgamento
profissional NÃO é necessário, em particular, nas decisões sobre
a) materialidade e risco de auditoria.
b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados para o cumprimento das
exigências das normas de auditoria e a coleta de evidências de auditoria.
c) avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se algo mais precisa ser feito para que
sejam cumpridos os objetivos das NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor.
d) avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável da
entidade.
e) extração de conclusões não baseadas nas evidências de auditoria obtidas.

RESOLUÇÃO: Mais uma questão copia e cola da banca. Mas nem precisaríamos da norma, pois a alternativa E
diz que as extrações das conclusões não são baseadas nas evidências de auditoria, e já sabemos que as
conclusões do auditor são baseadas sim nas evidências.
Segundo a NBC TA 200, o julgamento profissional é necessário, particularmente, para decisões sobre:
 A materialidade e o risco do trabalho (alternativa A);
 A natureza, a época e a extensão dos procedimentos usados para atender aos requerimentos das
Normas de Asseguração relevantes e obter evidências (Alternativa B);
 Avaliar se foram obtidas as evidências apropriadas e suficientes e se algo mais precisa ser feito para
alcançar os objetivos das Normas de Asseguração aplicáveis. Especificamente, no caso de trabalho de
asseguração limitada, o julgamento profissional é requerido ao avaliar se um nível significativo de
asseguração foi obtido (alternativa C);
 Avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável
(alternativa D);
 Extração de conclusões apropriadas com base nas evidências obtidas, por exemplo, pela avaliação
da razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das demonstrações
contábeis (alternativa E).

Gabarito: alternativa E

30. (CESPE – EMAP – 2018) Determinado auditor defrontou-se com evidências circunstanciais acerca
de uma não conformidade na área auditada. Ele, então, elaborou matriz de seus achados de auditoria.
Com relação a essa situação hipotética e aos múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o item a seguir.
A adequação da evidência da auditoria está relacionada à medida da quantidade da evidência, enquanto
a suficiência da auditoria está associada à qualidade da evidência.

RESOLUÇÃO: A suficiência das evidências de auditoria é a mensuração da quantidade de evidências. A quantidade


de evidência necessária é influenciada pelos riscos da informação do objeto ser distorcida de forma relevante (quanto
maior forem os riscos, mais evidência será necessária) e também pela qualidade dessas evidências (quanto melhor a
qualidade, menos será necessária).

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Adequação da evidência de auditoria é a mensuração da qualidade da evidência; ou seja, sua relevância e


confiabilidade em fornecer fundamentação para a conclusão do auditor independente.
A questão apenas trocou os conceitos.

Gabarito: ERRADA

31. (CESPE – CAGE/RS – 2018) A independência do auditor pressupõe


a) autorrevisão.
b) familiaridade com a entidade auditada.
c) moderação na emissão de opinião.
d) preservação dos interesses da entidade auditada.
e) integridade e objetividade na emissão dos relatórios.

RESOLUÇÃO: Mais uma vez, lembre-se que a independência está associada à integridade. Segundo a
NBC TA 200, a independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com integridade, ser objetivo e
manter postura de ceticismo profissional. Os itens A, B e D tratam das ameaças à independência, e o item C
está incorreto pois a moderação na emissão de opinião prejudica sua independência.

Gabarito: alternativa E

32. (CESPE – CAGE/RS – 2018) Os auditores devem conhecer e cumprir as normas, as políticas, os
procedimentos e as práticas aplicáveis de auditoria, contabilidade e gestão financeira, bem como devem
compreender, de maneira adequada, os princípios e as normas constitucionais, legais e institucionais que
regem o funcionamento da entidade fiscalizada. De acordo com o Código de Ética da INTOSAI, a afirmação
acima refere-se ao princípio ético
a) desenvolvimento profissional.
b) neutralidade política.
c) imparcialidade.
d) independência.
e) competência profissional.

RESOLUÇÃO: Questão que trata sobre assunto da aula passada, os princípios fundamentais da ética
profissional. Coloquei aqui pra vocês não confundirem a independência como princípio fundamental. Os
princípios fundamentais são: Integridade, confidencialidade, competência e zelo profissional, objetividade,
comportamento profissional. A competência profissional significa que os auditores devem entender os
princípios e normas constitucionais, legais e institucionais que regem o funcionamento da entidade auditada,
além de cumprir as normas, políticas, procedimentos e práticas aplicáveis de auditoria.

Gabarito: alternativa E

33. (CESPE – CGM/JOÃO PESSOA – 2018) A respeito dos objetivos e dos procedimentos do auditor na
realização do seu trabalho, julgue o item a seguir.

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O auditor, para tirar conclusões sobre a aplicação dos seus procedimentos, deverá considerar o conjunto
de evidências observando se tal conjunto é suficiente e adequado; entretanto, em caso de análise
quantitativa para conclusões em um relatório sem problemas a mencionar, sendo suficiente esse conjunto,
a suficiência será dispensável.

RESOLUÇÃO: A redação da questão não ficou muito boa, mas vamos entender. Vamos lembrar o conceito de
suficiência das evidências de auditoria, que é a mensuração da quantidade de evidências. A quantidade de
evidência necessária é influenciada pelos riscos da informação do objeto ser distorcida de forma relevante
(quanto maior forem os riscos, mais evidência será necessária) e também pela qualidade dessas evidências
(quanto melhor a qualidade, menos será necessária).
O auditor, para tirar conclusões sobre a aplicação dos seus procedimentos, deverá considerar o conjunto
de evidências observando se tal conjunto é suficiente e adequado: essa primeira parte da questão está correta,
pois a evidência suficiente e adequada é a informação que o auditor utiliza para tirar suas conclusões.
Entretanto, em caso de análise quantitativa para conclusões em um relatório sem problemas a
mencionar, sendo suficiente esse conjunto, a suficiência será dispensável: vejam que o erro dessa afirmação
é que SUFICIÊCIA é justamente a medida quantitativa das evidências obtidas. Assim, dispensar o elemento
suficiência comprometeria as evidências obtidas.

Gabarito: ERRADO

34. (CESPE – TRE/BA – 2017) A atitude de ceticismo profissional refere-se à maneira pela qual o auditor
independente avalia criticamente, de forma mentalmente questionadora, a validade da evidência obtida
e mantém-se alerta para qualquer evidência que contradiga ou ponha em dúvida a confiabilidade de
documentos ou representações da parte responsável. A partir dessa informação, assinale a opção que
corresponde à realidade de auditoria quanto ao ceticismo profissional.
a) As situações que o auditor deve observar com cuidado mais apurado não incluem aquelas que possam indicar
possíveis fraudes, pois tais situações ensejam a instauração de inquérito policial.
b) O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, mantendo-se alerta para
circunstâncias que causem distorções relevantes nas demonstrações financeiras.
c) O ceticismo profissional inclui executar a auditoria com máximo zelo, o que não obriga a considerar
evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas.
d) Informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas às indagações a ser
usadas como evidências de auditoria em exame são fatos para a análise das futuras auditorias.
e) Circunstâncias que gerem a necessidade de outros procedimentos de auditoria, que não estejam previstos
nos padrões profissionais, não correspondem a possíveis alertas no que se refere a ceticismo profissional.

RESOLUÇÃO: Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições
que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de
auditoria.
Segundo a NBC TA – Estrutura Conceitual, o ceticismo profissional é a postura que inclui estar alerta a, por
exemplo:

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- Evidência inconsistente com outras evidências obtidas (letra C incorreta);


- Informações que geram dúvidas quanto à confiabilidade de documentos e respostas a indagações que serão
usadas como evidências (letra D incorreta);
- Circunstâncias que sugerem a necessidade de procedimentos adicionais àqueles requeridos pelas Normas de
Asseguração (letra E incorreta); e
- Condições que podem indicar distorções (letra A incorreta).
A letra B trata do próprio conceito de ceticismo profissional e é o nosso gabarito.

Gabarito: alternativa B

35. (CESPE – DPU - 2016) Com base nas normas brasileiras para o exercício e a execução de trabalho
da auditoria interna, julgue os itens subsequentes. Recomenda-se que haja uma relação pessoal entre o
auditor interno e o gestor da entidade auditada, o que favorece a confidencialidade das informações, que
não devem ser reveladas a terceiros.

RESOLUÇÃO: Como vimos no decorrer da aula, Independência é a capacidade que o auditor tem de julgar e
atuar com integridade e objetividade, permitindo a emissão de relatórios imparciais em relação à entidade
auditada, aos acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos cooperados e a todas as demais partes que possam estar
relacionadas com o seu trabalho. Embora o papel principal da Auditoria Interna seja auxiliar a entidade a atingir
seus objetivos, uma relação pessoal entre o auditor interno e o gestor da entidade auditada poderia prejudicar
sua independência e autonomia.
Ademais, quanto ao final do trecho da questão, o auditor só pode divulgar as informações obtidas
durante o seu trabalho na entidade auditada quando houver autorização expressa da entidade (o cliente) ou
quando a divulgação é obrigatória devido a exigências legais ou normativas.

Gabarito: ERRADO

36. (CESPE – FUB – 2013) De acordo com as Normas Internacionais para o exercício profissional da
Auditoria Interna e o IIA/AUDIBRA, julgue os itens a seguir.
No caso de obrigação legal ou profissional, os auditores internos devem divulgar as informações a que têm
acesso, mesmo sem a autorização de seus superiores hierárquicos.

RESOLUÇÃO: Questão trata a respeito da confidencialidade. A seguir, são apresentadas circunstâncias nas
quais os profissionais da contabilidade são ou podem ser solicitados a divulgar informações confidenciais ou
nas quais essa divulgação pode ser apropriada (importante):
- A divulgação é permitida por lei e autorizada pelo cliente ou empregador, por escrito;
- A divulgação é exigida por lei;
- Há dever ou direito profissional de divulgação, quando não proibido por lei.
Resumindo, o auditor só pode divulgar as informações obtidas durante o seu trabalho na entidade
auditada quando houver autorização expressa da entidade (o cliente) ou quando a divulgação é obrigatória
devido a exigências legais ou normativas.

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Gabarito: CORRETO

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Lista de questões
1. (FCC – TRT/2ª REGIÃO – 2018) Para a realização dos trabalhos de auditoria, a existência da
independência é pressuposto necessário entre os membros das equipes de auditoria e os clientes de
auditoria. Nesse contexto, é correto afirmar que
a) as ameaças à independência podem ser enquadradas em um único tipo, que se resume, basicamente, à
ameaça de emitir um parecer inadequado, frente ao conjunto de fatos observados antes do início dos trabalhos
de auditoria.
b) a independência compreende a construção do pensamento burocrático, especificando detalhadamente os
passos para que os objetivos estabelecidos sejam alcançados dentro dos limites contratados com o cliente de
auditoria.
c) a independência é opcional durante o período de contratação coberto pelas demonstrações contábeis,
iniciando-se com um ano de antecedência à escolha da organização que irá realizar os trabalhos de auditoria e
terminando em até dois anos após e emissão do relatório de auditoria
d) em relação à documentação comprobatória da independência dos trabalhos de auditoria, o auditor sempre
pode dispensálas quando as conclusões extraídas demonstrarem que as ameaças observadas à emissão de sua
conclusão forem substanciais.
e) os conceitos sobre a independência devem ser aplicados pelos auditores a fim de identificar as ameaças;
avaliar a importância das ameaças identificadas e aplicar as salvaguardas, quando necessário, para eliminar as
ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável.

2. (FCC – DPE/RS – 2017) Considere os itens abaixo.


I. Informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião.
II. Risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações
contábeis contiverem distorção relevante.
III. Risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível
aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou
em conjunto com outras distorções.
IV. Postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar possível
distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria.
V. Nível alto, mas não absoluto, de segurança, no contexto da auditoria de demonstrações contábeis.
Nos termos da NBC TA 200, esses itens definem, respectivamente,
a) premissa, risco de detecção, risco de distorção relevante, julgamento profissional e premissa razoável.
b) evidências de auditoria, risco de detecção, risco de distorção relevante, ceticismo profissional e premissa.
c) premissa, risco de distorção relevante, risco de detecção, julgamento profissional e asseguração razoável.
d) evidências de auditoria, risco de auditoria, risco de detecção, ceticismo profissional e asseguração razoável.
e) informação contábil histórica, risco de auditoria, risco de detecção, ceticismo profissional e premissa
razoável.

3. (FCC – COPERGÁS/PE – 2016) Na auditoria realizada nas demonstrações contábeis da Companhia


de Abastecimento de Alimentos Sólidos do Estado, referente ao exercício de 2015, o Auditor
independente utilizou informações para fundamentar suas conclusões. Segundo as Normas Brasileiras
de Contabilidade relacionadas à Auditoria – NBC TAs, tais informações são denominadas de

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a) testes de observância.
b) parecer de auditoria.
c) achados de auditoria.
d) Evidências de auditoria.
e) papéis de trabalho.

4. (FCC – TCE/RS – 2014) O auditor está sujeito às exigências éticas e deve sempre estar alerta, por
exemplo, à condição que possa indicar fraude, como informações que coloquem em dúvida a
confiabilidade de documentos e respostas. Esse estado é denominado:
a) alerta constante por parte do auditor.
b) perfil investigativo do auditor.
c) capacidade de percepção do auditor.
d) ceticismo profissional do auditor.
e) ética profissional do auditor.

5. (FCC – TCE/GO – 2014) Com relação aos requisitos éticos relacionados à auditoria de demonstrações
contábeis, no caso de trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto, exigido pelo Código de
Ética Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do CFC, nos termos da NBC TA 200, requer-
se que o:
a) auditor seja independente da entidade sujeita à auditoria;
b) trabalho de auditoria seja realizado por perito com experiência comprovada de no mínimo 5 anos e nomeado
por autoridade judicial;
c) auditor seja profissional competente para executar o trabalho com experiência comprovada de no mínimo 2
anos;
d) trabalho de auditoria seja realizado pela auditoria interna com a supervisão de auditor independente com
experiência comprovada de no mínimo 5 anos;
e) auditor seja independente e não tenha realizado trabalho de auditoria na entidade nos últimos 10 anos.

6. (FCC – TCE/AM – 2013) Um auditor detectou indício de irregularidade fora do escopo da auditoria, fato
que foi devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção das providências cabíveis. Essa
medida foi tomada pelo auditor em atendimento:
a) ao sigilo profissional.
b) ao zelo profissional.
c) à competência técnica.
d) à independência profissional.
e) à ética profissional.

7. (FCC – TRT/6ª REGIÃO – 2012) De acordo com as normas de auditoria externa, quando o auditor
desenvolve seus trabalhos com uma postura que inclui questionamento e avaliação crítica e detalhada, e
desempenhe os trabalhos com alerta para condições que possam indicar possível distorção, devido a erro
ou fraude nas demonstrações financeiras, o auditor está aplicando:

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a) julgamento profissional.
b) ceticismo profissional.
c) equidade profissional.
d) diligência profissional.
e) neutralidade profissional.

8. (FCC – MPE/PE – 2012) NÃO representa um requisito necessário para que o auditor possa conduzir
adequadamente os trabalhos de asseguração das demonstrações contábeis:
a) ceticismo profissional.
b) acesso irrestrito a todas as informações necessárias para fundamentar seu parecer.
c) julgamento profissional.
d) corresponsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis da entidade auditada.
e) obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente.

9. (FCC – TRE/CE – 2012) Um auditor externo ao proceder a auditoria da empresa Grãos e Cia, constata no
ano de 2010, na fase pré-operacional da unidade construída em Palmas, o custo de R$ 18.000.000,00
relativos à terraplanagem do terreno da fábrica. Foram feitos os testes, que evidenciaram que o contrato
de serviços de terraplanagem foi realizado com empresa devidamente constituída juridicamente e em
atividade normal. O pagamento do serviço contratado foi efetuado à empresa de terraplanagem e
comprovado por pagamento eletrônico constante do extrato bancário. O auditor em procedimento
complementar e diante da expressividade dos valores foi até a unidade verificar os serviços. Ao indagar
alguns funcionários foi informado que o serviço de terraplanagem havia sido feito pela prefeitura da
cidade, a qual também doou o terreno a empresa Grãos e Cia. Os funcionários também informaram que
nunca esteve na empresa Grãos e Cia qualquer funcionário da empresa de terraplanagem contratada. O
procedimento do auditor mostra uma postura de:
a) falta de ética profissional por desconfiar da administração.
b) investigação, atitude não pertinente às atividades do auditor.
c) julgamento profissional avaliando a licitude dos atos da equipe de auditores.
d) representante da Governança no processo de identificação de todas as fraudes.
e) ceticismo profissional adequada às normas de auditoria.

10. (FCC – COPERGÁS – 2011) De acordo com as disposições constantes da NBC TA Estrutura Conceitual –
Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração, é correto afirmar que:
a) os trabalhos de asseguração envolvem três partes distintas: o auditor independente, a parte responsável e
os usuários previstos.
b) o trabalho de asseguração limitada de demonstrações contábeis é denominado auditoria.
c) os trabalhos de consultoria representam uma das espécies dos trabalhos de asseguração.
d) o trabalho de asseguração razoável de demonstrações contábeis é denominado revisão.
e) a parte responsável, nos trabalhos de asseguração, é a usuária das informações a serem fornecidas pelo
auditor em seu relatório.

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11. (ESAF – RECEITA FEDERAL - 2014) É correto afirmar que:


I - a firma de auditoria tem por obrigação estabelecer e manter sistema de controle de qualidade para obter
segurança razoável que a firma e seu pessoal cumprem com as normas profissionais e técnicas e as
exigências legais e regulatórias aplicáveis.
II - a firma de auditoria deve estabelecer e manter sistema de controle de qualidade para obter segurança
razoável que os relatórios emitidos pela firma ou pelos sócios do trabalho são apropriados nas
circunstâncias.
III - o objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade no nível do trabalho que
forneçam ao auditor segurança razoável de que a auditoria está de acordo com normas profissionais e
técnicas e exigências legais e regulatórias aplicáveis.
a) Todas são falsas.
b) Somente 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente a 3 é verdadeira.
d) Somente a 2 é falsa.
e) Todas são verdadeiras.

12. (ESAF – RECEITA FEDERAL - 2012) Revisão do Controle de Qualidade do Trabalho é desenhada para
fornecer uma avaliação objetiva, na data, ou antes da data, do relatório, dos julgamentos significativos
feitos pela equipe de trabalho e das conclusões a que se chegou durante a elaboração do relatório. Essa
revisão deve ser feita:
a) por profissional qualificado e que tenha participado do processo de auditoria.
b) somente por profissional da firma que efetuou a auditoria e desde que não tenha participado do trabalho.
c) após a entrega do relatório de auditoria ao cliente, permitindo a avaliação de todo o trabalho, inclusive os
eventos subsequentes.
d) somente por profissional externo a firma de auditoria e desde que tenha as qualificações requisitadas.
e) também pelas firmas de auditoria de pequeno porte, podendo ser utilizado profissionais externos, desde que
tenham as qualificações necessárias.

13. (ESAF – RECEITA FEDERAL - 2012) A empresa Betume S.A. é uma empresa de interesse público que
vem sendo auditada pela empresa Justos Auditores Independentes, pelo mesmo sócio-principal há sete
anos. Considerando a NBC PA 290, deve a firma de auditoria externa:
a) ser substituída por outra, não podendo retornar a fazer a auditoria da empresa no prazo de dez anos.
b) fazer a substituição desse sócio-principal, podendo o mesmo retornar a fazer trabalhos de auditoria nessa
companhia somente após cinco anos.
c) substituir toda a equipe de auditoria, podendo retornar aos trabalhos nessa companhia, decorridos no
mínimo três anos.
d) trocar o sócio-principal e demais sócios-chave do trabalho, podendo retornar a fazer auditoria após decorrido
o prazo de dois anos.
e) comunicar ao cliente a manutenção do sócio-principal, ficando a cargo do órgão regulador a determinação
ou não da substituição.

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14. (ESAF – CVM - 2010) O responsável pela revisão da qualidade dos trabalhos de auditoria deve realizar
uma avaliação objetiva dos julgamentos significativos levando em conta os seguintes aspectos, exceto:
a) avaliação das conclusões atingidas ao elaborar o relatório e considerar se o relatório é apropriado.
b) discussão de assuntos significativos com o encarregado do trabalho.
c) revisão da documentação selecionada de auditoria relativa aos julgamentos significativos feitos pela equipe
de trabalho e das conclusões obtidas.
d) revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto.
e) discussão do julgamento e relatório com a direção da entidade auditada.

15. (ESAF – CVM – 2010) Visando manter a qualidade e a credibilidade do seu trabalho, ao identificar
ameaças que possam comprometer a sua independência, o auditor deve tomar a seguinte providência:
a) comunicar a direção da entidade auditada, para que sejam tomadas as providências necessárias à sua
eliminação.
b) aplicar as salvaguardas adequadas, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável,
documentando-as.
c) propor aos responsáveis pela entidade de auditoria a supressão das ameaças mediante acordo entre as
entidades.
d) documentar as ameaças e comunicá-las aos órgãos de supervisão e controle do setor em que atua a entidade
auditada.
e) eliminar as ameaças mediante comunicação aos responsáveis pela governança da entidade auditada e fazer
constar tais providências no seu parecer.

16. (ESAF – PREFEITURA NATAL – 2008 - AUDITOR) Na execução dos trabalhos de auditoria externa,
normalmente são utilizadas equipes técnicas para o desempenho do trabalho. Pode-se afirmar que a
responsabilidade técnica do trabalho é:
a) de toda a equipe técnica, desde que supervisionada pelo auditor.
b) dos gerentes do projeto e do sócio-auditor, por possuírem formação pertinente.
c) da firma de auditoria, que assume os riscos mediante contrato.
d) do auditor, que assumirá total responsabilidade pelos trabalhos executados.
e) de todos os sócios da firma de auditoria, por responderem solidariamente e ilimitadamente.

17. (FGV – TCM/SP – 2015) Uma determinada firma de auditoria iniciou os trabalhos em uma entidade,
a partir de um contrato que prevê execução de auditoria por cinco anos. Um dos auditores, ao executar
o trabalho de auditoria inicial nessa entidade, atestou argumentos apresentados pela empresa
auditada de tal forma a indicar comprometimento da objetividade do seu trabalho.
O posicionamento do auditor constitui ameaça à independência em decorrência de:
a) autorrevisão do trabalho.
b) defesa de interesse do cliente.
c) familiaridade.
d) intimidação profissional.
e) interesse próprio

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18. (FGV – TCM/SP – 2015) De acordo com a NBC TA que trata da estrutura conceitual para trabalhos
de asseguração, nesses trabalhos o auditor independente expressa uma conclusão com a finalidade
de aumentar o grau de confiança dos outros usuários previstos acerca do resultado de avaliações ou
mensurações efetuadas. O trabalho de asseguração requer a consideração de alguns elementos. Das
opções a seguir, a que NÃO constitui um dos elementos do trabalho de asseguração é:
a) critérios adequados.
b) evidências apropriadas e suficientes.
c) objeto apropriado.
d) relatório de asseguração escrito na forma apropriada.
e) relacionamento entre, pelo menos, duas partes (contratante e auditor).

19. (FGV – PREFEITURA DE RECIFE – 2014) O reconhecimento pelo auditor de que existem
circunstâncias que podem causar distorção relevante nas demonstrações contábeis revela o requisito
ético relacionado à auditoria de demonstrações contábeis, denominado
a) julgamento profissional.
b) evidência funcional.
c) ceticismo profissional.
d) condução apropriada.
e) conformidade legal.

20. (FGV – AL/BA – 2014) O requisito ético relacionado à auditoria das demonstrações contábeis que
exigem do auditor o reconhecimento de que podem existir circunstâncias que causarão distorções
relevantes nas demonstrações contábeis é
a) julgamento profissional.
b) ceticismo profissional.
c) evidência de auditoria apropriada.
d) condução da auditoria em conformidade com as normas relevantes.
e) confiabilidade na conduta dos trabalhos.

21. (FGV – PREFEITURA DE RECIFE – 2014) De acordo com a NBC TA 200, o julgamento profissional é
necessário para a tomada de decisões nos assuntos a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) A subjetividade e as evidências de auditoria para cumprimento das metas de resultados operacionais e
financeiros da empresa.
b) A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados para o cumprimento das
exigências das normas de auditoria e a coleta de evidências de auditoria
c) As evidências de auditoria obtidas são suficientes e apropriadas ou se algo mais precisa ser feito para que
sejam cumpridos os objetivos das NBC TAs.

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d) A avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável da


entidade.
e) A extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, por exemplo, pela avaliação da
razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis.

22. (FGV – SEFAZ/MT – 2014) Sobre a revisão do controle de qualidade do trabalho de auditoria, assinale
a afirmativa correta.
a) É o processo que fornece uma avaliação subjetiva dos julgamentos feitos pela equipe de trabalho.
b) Deve ser feita em até 30 dias após a data do relatório.
c) É realizada apenas em companhias abertas.
d) O profissional mais experiente da equipe de trabalho é designado revisor de controle de qualidade.
e) Os especialistas externos contratados pela firma não fazem parte da equipe de trabalho.

23. (FGV – SEFAZ/MT- 2014) Em relação à responsabilidade do auditor em casos de fraudes, assinale a
afirmativa correta
a) O auditor, para efeitos das normas de auditoria, deve estar preocupado com a fraude que causa distorção
relevante nas demonstrações contábeis.
b) O auditor é o principal responsável pela prevenção e detecção da fraude em uma entidade.
c) A detecção de todos os riscos de distorções relevantes nas demonstrações contábeis é uma das funções da
auditoria.
d) O auditor deve manter postura de ceticismo profissional durante a auditoria, salvo quando há experiência
passada em relação à honestidade e à integridade da administração.
e) O auditor deve determinar respostas individuais para tratar dos riscos avaliados de distorção relevante
decorrente de fraude nas demonstrações contábeis.

24. (FGV – PREFEITURA DE RECIFE – 2014) O revisor do controle de qualidade do trabalho deve realizar
uma avaliação objetiva dos julgamentos e das conclusões feitas pela equipe de trabalho e atingidas ao
elaborar o relatório. Essa avaliação deve envolver os aspectos relacionados a seguir, à exceção de um.
Assinale-o.
a) Revisão da documentação selecionada, relativa aos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho,
e das conclusões obtidas.
b) Revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto.
c) Discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho.
d) Implementação das conclusões resultantes das consultas.
e) Avaliação das conclusões ao elaborar o relatório e consideração sobre sua adequação.

25. (FGV – SEFAZ /MT – 2014) No caso de o trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto,
exigido pelo Código de Ética Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do CFC, exige -
se que o auditor seja independente da entidade sujeita à auditoria. Segundo a NBC TA 200, Objetivos
Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de
Auditoria, a independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com

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a) confiabilidade.
b) confiança.
c) capacidade.
d) integridade.
e) imparcialidade

26. (FGV – SEAD/AP – 2011) De acordo com a norma relativa ao controle de qualidade da auditoria das
demonstrações contábeis, o revisor do controle de qualidade do trabalho deve realizar uma avaliação
objetiva dos julgamentos feitos pela equipe de trabalho e as conclusões atingidas ao elaborar o relatório.
Essa avaliação deve envolver:
a) a discussão de todos os assuntos com o sócio encarregado do trabalho.
b) a revisão do plano de contas e dos sistemas contábeis e financeiros, bem como do relatório proposto.
c) a revisão da documentação preparada pela auditoria relativa a todos os exames relevantes feitos pela equipe
de trabalho.
d) a avaliação do planejamento da auditoria, o relatório preliminar e a consideração se o relatório é apropriado.
e) a revisão da documentação selecionada pela auditoria relativa aos julgamentos.

27. (FGV – SEFAZ/RJ – 2010) A respeito do controle de qualidade da Auditoria das Demonstrações
Contábeis, analise as afirmativas a seguir:
I. Os sistemas, as políticas e os procedimentos de controle de qualidade são de responsabilidade da
empresa auditada que deve seguir as políticas e processos de trabalho implantadas.
II. O revisor do controle de qualidade do trabalho deve realizar uma avaliação subjetiva dos julgamentos
feitos pela equipe de trabalho e, ao elaborar o relatório, as conclusões devem envolver a revisão das
demonstrações contábeis.
III. No caso de surgirem diferenças de opinião dentro da equipe de trabalho, com as pessoas consultadas
ou, quando aplicável, entre o sócio encarregado do trabalho e o revisor do controle de qualidade do
trabalho, a equipe de trabalho deve seguir as políticas e procedimentos da firma para tratar e resolver as
diferenças de opinião.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

28. (FGV – SEFAZ//RJ – 2010) De acordo com as normas de auditoria em vigor, a medida da qualidade
da evidência de auditoria, isto é, a relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se
fundamenta o auditor, é conhecida como
a) avaliação dos procedimentos de auditoria.
b) avaliação dos papéis de trabalho dos especialistas.
c) suficiência da evidência de auditoria.

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d) evidência de auditoria.
e) adequação da evidência de auditoria.

29. (FGV – PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS – 2010) O julgamento profissional é essencial para a
condução apropriada da auditoria. A característica que distingue o julgamento profissional esperado do
auditor é que esse julgamento seja exercido por auditor, cujo treinamento, conhecimento e experiência
tenham ajudado no desenvolvimento das competências necessárias para estabelecer julgamentos
razoáveis. Isso porque a interpretação das exigências éticas e profissionais relevantes, das normas de
auditoria e as decisões informadas requeridas ao longo de toda a auditoria não podem ser feitas sem a
aplicação do conhecimento e experiência relevantes para os fatos e circunstâncias. Cumpre destacar que
ele não deve ser usado como justificativa para decisões que, de outra forma, não são sustentados pelos
fatos e circunstâncias do trabalho nem por evidência de auditoria apropriada e suficiente. O julgamento
profissional NÃO é necessário, em particular, nas decisões sobre
a) materialidade e risco de auditoria.
b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados para o cumprimento das
exigências das normas de auditoria e a coleta de evidências de auditoria.
c) avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se algo mais precisa ser feito para que
sejam cumpridos os objetivos das NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor.
d) avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável da
entidade.
e) extração de conclusões não baseadas nas evidências de auditoria obtidas.

30. (CESPE – EMAP – 2018) Determinado auditor defrontou-se com evidências circunstanciais acerca de
uma não conformidade na área auditada. Ele, então, elaborou matriz de seus achados de auditoria. Com
relação a essa situação hipotética e aos múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o item a seguir.
A adequação da evidência da auditoria está relacionada à medida da quantidade da evidência, enquanto
a suficiência da auditoria está associada à qualidade da evidência.

31. (CESPE – CAGE/RS – 2018) A independência do auditor pressupõe


a) autorrevisão.
b) familiaridade com a entidade auditada.
c) moderação na emissão de opinião.
d) preservação dos interesses da entidade auditada.
e) integridade e objetividade na emissão dos relatórios.

32. (CESPE – CAGE/RS – 2018) Os auditores devem conhecer e cumprir as normas, as políticas, os
procedimentos e as práticas aplicáveis de auditoria, contabilidade e gestão financeira, bem como
devem compreender, de maneira adequada, os princípios e as normas constitucionais, legais e

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institucionais que regem o funcionamento da entidade fiscalizada. De acordo com o Código de Ética
da INTOSAI, a afirmação acima refere-se ao princípio ético
a) desenvolvimento profissional.
b) neutralidade política.
c) imparcialidade.
d) independência.
e) competência profissional.

33. CESPE – CGM/JOÃO PESSOA – 2018) A respeito dos objetivos e dos procedimentos do auditor na
realização do seu trabalho, julgue o item a seguir.
O auditor, para tirar conclusões sobre a aplicação dos seus procedimentos, deverá considerar o conjunto
de evidências observando se tal conjunto é suficiente e adequado; entretanto, em caso de análise
quantitativa para conclusões em um relatório sem problemas a mencionar, sendo suficiente esse conjunto,
a suficiência será dispensável.

34. (CESPE – TRE/BA – 2017) A atitude de ceticismo profissional refere-se à maneira pela qual o auditor
independente avalia criticamente, de forma mentalmente questionadora, a validade da evidência obtida
e mantém-se alerta para qualquer evidência que contradiga ou ponha em dúvida a confiabilidade de
documentos ou representações da parte responsável. A partir dessa informação, assinale a opção que
corresponde à realidade de auditoria quanto ao ceticismo profissional.
a) As situações que o auditor deve observar com cuidado mais apurado não incluem aquelas que possam indicar
possíveis fraudes, pois tais situações ensejam a instauração de inquérito policial.
b) O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, mantendo-se alerta para
circunstâncias que causem distorções relevantes nas demonstrações financeiras.
c) O ceticismo profissional inclui executar a auditoria com máximo zelo, o que não obriga a considerar
evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas.
d) Informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas às indagações a ser
usadas como evidências de auditoria em exame são fatos para a análise das futuras auditorias.
e) Circunstâncias que gerem a necessidade de outros procedimentos de auditoria, que não estejam previstos
nos padrões profissionais, não correspondem a possíveis alertas no que se refere a ceticismo profissional.

35. (CESPE – DPU - 2016) Com base nas normas brasileiras para o exercício e a execução de trabalho da
auditoria interna, julgue os itens subsequentes. Recomenda-se que haja uma relação pessoal entre o
auditor interno e o gestor da entidade auditada, o que favorece a confidencialidade das informações, que
não devem ser reveladas a terceiros.

36. (CESPE – FUB – 2013) De acordo com as Normas Internacionais para o exercício profissional da
Auditoria Interna e o IIA/AUDIBRA, julgue os itens a seguir.
No caso de obrigação legal ou profissional, os auditores internos devem divulgar as informações a que têm
acesso, mesmo sem a autorização de seus superiores hierárquicos.

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Gabarito
1. E 35. E
2. D 36. C
3. D
4. D
5. A
6. B
7. B
8. D
9. E
10. A
11. E
12. E
13. D
14. E
15. B
16. D
17. C
18. E
19. C
20. B
21. A
22. E
23. A
24. D
25. D
26. E
27. C
28. E
29. E
30. E
31. E
32. E
33. E
34. B

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Resumo direcionado
 Segundo a NBC TA - Estrutura Conceitual, existem dois tipos de trabalhos de asseguração cuja execução é
permitida ao auditor independente:

a) Trabalho de Asseguração Razoável: o objetivo do trabalho de asseguração razoável é reduzir o risco do


trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo, considerando as circunstâncias do trabalho como
base para uma forma positiva de expressão da conclusão do auditor independente. A conclusão do auditor
independente é expressa de forma que transmita a sua opinião sobre o resultado da mensuração ou avaliação de
determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis. Ex.: Auditoria.
b) Trabalho de Asseguração Limitada: é o de reduzir o risco de trabalho de asseguração a um nível que seja
aceitável, considerando as circunstâncias do trabalho, mas em que o risco seja maior do que no trabalho de
asseguração razoável, como base para uma forma negativa de expressão da conclusão do auditor
independente. Ex.: Revisão

 Segundo a NBC TA – Estrutura Conceitual, os seguintes elementos de um trabalho de asseguração são


discutidos:
a) Relação de três partes envolvendo o auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos;
b) Objeto apropriado;
c) Critérios aplicáveis;
d) Evidências apropriadas e suficientes; e
e) Relatório de asseguração escrito no formato apropriado ao trabalho de asseguração razoável ou de
asseguração limitada.

 Segundo a NBC TA – Estrutura Conceitual, o ceticismo profissional é a postura que inclui estar alerta a, por
exemplo:

a) Evidência inconsistente com outras evidências obtidas;


b) Informações que geram dúvidas quanto à confiabilidade de documentos e respostas a indagações que serão
usadas como evidências;

c) Circunstâncias que sugerem a necessidade de procedimentos adicionais àqueles requeridos pelas Normas de
Asseguração; e

d) Condições que podem indicar distorções.

 Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam
indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria.

 A suficiência de evidência é a mensuração da quantidade de evidências. A quantidade de evidência necessária é


influenciada pelos riscos da informação do objeto ser distorcida de forma relevante (quanto maior forem os riscos,

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mais evidência será necessária) e também pela qualidade dessas evidências (quanto melhor a qualidade, menos
será necessária).

 A Adequação de evidência é a mensuração da qualidade da evidência; ou seja, sua relevância e confiabilidade em


fornecer fundamentação para a conclusão do auditor independente.

 São circunstâncias nas quais os profissionais da contabilidade são ou podem ser solicitados a divulgar
informações confidenciais ou nas quais essa divulgação pode ser apropriada (importante):
a) A divulgação é permitida por lei e autorizada pelo cliente ou empregador, por escrito;

b) A divulgação é exigida por lei;

c) Há dever ou direito profissional de divulgação, quando não proibido por lei.

 Os conceitos sobre a independência devem ser aplicados por auditores para:

a) identificar ameaças à independência;

b) avaliar a importância das ameaças identificadas;


c) aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável.

 Segundo a NBC PA 290, de forma geral, objetivando impedir o risco de perda da objetividade
(imparcialidade) e do ceticismo do auditor, é necessária a aplicação das seguintes ações, no caso de entidade
de interesse público:

- Rotação do sócio encarregado do trabalho e do revisor de controle de qualidade a intervalos menores


ou iguais a cinco anos consecutivos; e

- Intervalo mínimo de dois anos para o retorno desses responsáveis técnicos à equipe de auditoria.

 Sócio encarregado do trabalho é o sócio ou outra pessoa na firma responsável pelo trabalho e sua execução,
e pelo relatório que é emitido em nome da firma. Quando necessário, é quem tem a autoridade apropriada
conferida pelo Sistema CFC/CRC e quando requerido pelo regulador. Os termos sócio encarregado do
trabalho, sócio e firma devem ser lidos como os equivalentes aplicados para o setor público.

 Revisão do controle de qualidade do trabalho é o processo projetado para fornecer uma avaliação objetiva,
na data, ou antes, da data do relatório, dos julgamentos relevantes feitos pela equipe do trabalho e das
conclusões obtidas ao elaborar o relatório. O processo de revisão do controle de qualidade do trabalho é
elaborado para auditoria de demonstrações contábeis de companhias abertas e os outros trabalhos, se
houver, para os quais a firma determinou a necessidade de revisão do controle de qualidade do trabalho.

 Revisor de controle de qualidade do trabalho é o sócio, ou outro profissional da firma, uma pessoa externa
adequadamente qualificada, ou uma equipe composta por essas pessoas, nenhuma delas fazendo parte da
equipe de trabalho, com experiência e autoridade suficientes e apropriadas para avaliar objetivamente os
julgamentos relevantes feitos pela equipe de trabalho e as conclusões obtidas para elaboração do relatório.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. São Paulo, 5. ed: Atlas, 2010.

LEONE, A. Auditoria para concursos. 2ª Edição. Rio de Janeiro, 2018.

CREPALDI, S. A., CREPALDI, G.S. Auditoria Contábil – Teoria e prática. São Paulo, 10ª edição, 2016.

Normas Brasileiras de Contabilidade. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE.

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