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Prof.

Marcus Felipe
Auditoria p/ Fiscos Estaduais e Municipais Aula 04

CAPA

Aqui vai ser incluída uma arte, a ser disponibilizada posteriormente

Aula n° 04 – Técnicas e Procedimentos de


Auditoria, Amostragem em Auditoria

Auditoria p/ Fiscos Estaduais e Municipais


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Sumário
SUMÁRIO ..................................................................................................................................................2

TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA ..........................................................................................3

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DE RISCOS............................................................................................................... 4


TESTES DE CONTROLE ............................................................................................................................................ 7
PROCEDIMENTOS SUBSTANTIVOS ............................................................................................................................. 9
TIPOS DE PROCEDIMENTOS .................................................................................................................................... 13
01. INSPEÇÃO ............................................................................................................................................... 14
02. OBSERVAÇÃO ......................................................................................................................................... 16
03. RECÁLCULO (CONFERÊNCIA DE CÁLCULO)............................................................................................. 17
04. INDAGAÇÃO (ENTREVISTA) .................................................................................................................... 18
05. PROCEDIMENTOS ANALÍTICOS (REVISÃO ANALÍTICA) ........................................................................... 20
06. REEXECUÇÃO ......................................................................................................................................... 23
07. CIRCULARIZAÇÃO (CONFIRMAÇÃO EXTERNA) ....................................................................................... 24
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA ................................................................................................................ 30

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA EM ITENS ESPECÍFICOS ...................................................................... 32

ATIVO ................................................................................................................................................................ 32
01. Conta Caixa ............................................................................................................................................. 32
02. Bancos e conciliação bancária................................................................................................................... 35
03. Contas a Receber ...................................................................................................................................... 36
04. Estoques .................................................................................................................................................. 37
05. Investimentos .......................................................................................................................................... 40
06. Imobilizado .............................................................................................................................................. 40
PASSIVO ............................................................................................................................................................. 41

AMOSTRAGEM EM AUDITORIA ............................................................................................................... 42

AMOSTRAGEM ESTATÍSTICA E NÃO ESTATÍSTICA ....................................................................................................... 46


POPULAÇÃO E UNIDADE DE AMOSTRAGEM .............................................................................................................. 48
RISCO DE AMOSTRAGEM ....................................................................................................................................... 49
01. RISCO DE AMOSTRAGEM NOS TESTES DE CONTROLE ........................................................................... 50
02. RISCO DE AMOSTRAGEM NOS PROCEDIMENTOS SUBSTANTIVOS ........................................................ 50
ERRO TOLERÁVEL ................................................................................................................................................. 53
01. Taxa tolerável de desvio ........................................................................................................................... 53
02. Distorção tolerável ................................................................................................................................... 54
TAMANHO DA AMOSTRA........................................................................................................................................ 54
01. Tamanho da amostra e risco de Amostragem ............................................................................................ 54
02. Tamanho da amostra e testes de controle ................................................................................................. 55
03. Tamanho da amostra e testes de detalhes ................................................................................................. 56
TAMANHO DA AMOSTRA E FATOR DE CONFIANÇA ...................................................................................................... 60
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DA AMOSTRA............................................................................................................. 63
01. Limite Superior de Desvios (LSD) ............................................................................................................... 63
02. Limite Superior de Erros (LSE) ................................................................................................................... 64
ESTRATIFICAÇÃO DA AMOSTRA .............................................................................................................................. 65
MÉTODOS DE SELEÇÃO DA AMOSTRA ...................................................................................................................... 68

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01. Métodos estatísticos ................................................................................................................................. 68


02. Métodos não estatísticos .......................................................................................................................... 69

QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS ..................................................................................................... 72

LISTA DE QUESTÕES.............................................................................................................................. 98

GABARITO ............................................................................................................................................ 109

RESUMO DIRECIONADO ....................................................................................................................... 110

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................................................ 114

Olá concurseiros e amigos, tudo bem? É com enorme prazer e satisfação que estamos aqui novamente
para darmos continuidade ao nosso curso.
Como estamos indo até aqui? Alguma dificuldade em um tópico específico? Fiquem à vontade para tirar
suas dúvidas no fórum de dúvidas disponível no nosso site. Saibam que, para o aluno de primeira viagem, é
normal sentir dificuldade em assimilar a matéria, mas aos poucos o conteúdo vai ficando no entendimento do
aluno, basta termos persistência. Saibam que a persistência é o caminho do êxito.
Deixo aqui uma frase dita uma vez pelo nosso amigo GOKU, em uma de suas aventuras:
“Trabalhe arduamente e nunca deixe de sonhar”.

Vamos começar a quinta aula? Trataremos de um tema que é questão certa em toda prova de concurso
que tenha a disciplina de Auditoria, portanto teremos uma aula um pouco mais extensa. Mais uma vez, não se
assustem com a quantidade de páginas, pois é devido ao grande número de questões comentadas. Então, mãos
à obra!

Técnicas e Procedimentos de Auditoria


Esse assunto, como falei anteriormente, cai praticamente em todas as provas de Auditoria. Logo, vamos
ter bastante atenção nesse tópico certo? Vamos lá.

Os procedimentos de auditoria são o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidencias ou
provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas.
Em resumo, são os meios pelos quais o auditor coleta evidências para fundamentar suas conclusões.

Sabendo que existem diversas limitações, o trabalho de auditoria é desenvolvido, em regra, por meio da
realização de procedimentos de auditoria, já que não é possível verificar a totalidade dos objetos possíveis.

Os procedimentos de auditoria, quanto à sua finalidade ou natureza, podem ser classificados em:

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a) Procedimentos de avaliação de riscos;

b) Testes de Controle;
c) Procedimentos Substantivos.

Procedimentos
de Auditoria

Procedimentos
Testes de Procedimentos
de Avaliação de
Controle Substantivos
Riscos

Procedimentos de Avaliação de Riscos


Os procedimentos de Avaliação de Riscos são os primeiros procedimentos executados pelo auditor, no
processo de entendimento da entidade. São os procedimentos de auditoria aplicados para a obtenção do
entendimento da entidade e do seu ambiente, incluindo o controle interno da entidade, para a identificação
e avaliação dos riscos de distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou erro, nos níveis
das demonstrações contábeis e das afirmações.

Segundo a NBC TA 315, o objetivo do auditor é identificar e avaliar os riscos de distorção relevante
independentemente se causados por fraude ou erro, nos níveis da demonstração contábil e das afirmações, por
meio do entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade,
proporcionando assim uma base para o planejamento e a implementação das respostas aos riscos identificados
de distorção relevante.

Portanto, o auditor deve aplicar procedimentos de avaliação de riscos para fornecer uma base para a
identificação e avaliação de riscos de distorção relevante nos níveis das demonstrações contábeis e das
afirmações. Os procedimentos de avaliação de riscos por si só, porém, não fornecem evidências de auditoria
apropriada e suficiente para suportar a opinião da auditoria.

De acordo com a NBC TA 315, os procedimentos de avaliação de riscos incluem:

a) indagações à administração: são indagações às pessoas apropriadas da auditoria interna (se houver
essa função) e a outros na entidade que, no julgamento do auditor, possam ter informações com possibilidade
de auxiliar na identificação de riscos de distorção relevante causados por fraude ou erro.

Explico: as indagações do auditor são informações obtidas junto à administração e aos responsáveis
pelas demonstrações contábeis. Pode também o auditor, caso entenda ser necessário, obter informações por
meio de indagações junto a outros dentro da entidade e a outros funcionários com graus diferentes de
autoridade, e não apenas aos responsáveis pela administração. Por exemplo, podem ser dirigidas indagações

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aos responsáveis pela governança podem ajudar o auditor a entender o ambiente em que as demonstrações
contábeis são elaboradas. Incluem indagações à governança, ao pessoal operacional, ao departamento
jurídico, à auditoria interna, entre outros.

b) procedimentos analíticos: são procedimentos de avaliação de risco que podem identificar aspectos
da entidade que o auditor não tinha conhecimento e pode auxiliar na avaliação de risco de erros relevantes para
fornecer uma base para planejar e implementar respostas para esses riscos. Consistem na avaliação das
informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Por
exemplo, a relação entre vendas e área total do espaço de vendas ou volume dos produtos vendidos.

Procedimentos analíticos podem ajudar a identificar a existência de transações ou eventos, valores,


índices e tendências não usuais que possam indicar assuntos com implicação para a auditoria. Relações não
usuais ou inesperadas que sejam identificadas podem auxiliar o auditor na identificação de riscos de distorção
relevante, especialmente riscos de distorção relevante por fraude.

c) observação e inspeção: Buscam apoiar as indagações junto à administração e outros, e podem


também fornecer informações sobre a entidade e o seu ambiente. Exemplos de tais procedimentos de auditoria
incluem a observação e a inspeção do seguinte:
 Operações da entidade;
 Documentos (tais como planos e estratégias de negócio), registros e manuais de controles internos;
 Relatórios elaborados pela administração (tais como relatórios gerenciais trimestrais e demonstrações
contábeis intermediárias) e pelos responsáveis da governança (tais como minutas de reunião do conselho
de administração);
 Dependências e instalações industriais da entidade.

Procedimentos de
avaliação de riscos

Indagações à Procedimentos Observação e


administração Analíticos inspeção

Entenda, aluno, que não são apenas os testes de controle e procedimentos substantivos que fornecem
evidências. Assim, por exemplo, mesmo sendo o teste de controle o procedimento típico para verificações do
controle interno, eventualmente os procedimentos de avaliação de riscos podem gerar evidências, também, a
esse respeito. Na mesma linha, o procedimento substantivo é típico para gerar evidências no nível das
afirmações, mas eventualmente os procedimentos de avaliação de riscos podem gerar evidências, também, a
esse respeito.

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Fique atento !
A NBC TA 315 norma traz algumas definições importantes. Para fins das normas de auditoria, os termos têm os seguintes
significados:

a) Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às demonstrações contábeis,
utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer.

b) Risco de negócio é o risco que resulta de condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de ações significativas que
possam afetar adversamente a capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias, ou do
estabelecimento de objetivos ou estratégias inadequadas.

c) Controle interno é o processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis pela governança, administração
e outros empregados para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade no que se refere à
confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das operações e conformidade com leis e regulamentos
aplicáveis. O termo “controles” refere-se a quaisquer aspectos de um ou mais dos componentes do controle interno.

d) Procedimentos de avaliação de riscos são os procedimentos de auditoria aplicados para obtenção do entendimento
da entidade e do seu ambiente, incluindo o controle interno da entidade, para a identificação e avaliação dos riscos de
distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou erro, nos níveis das demonstrações contábeis e das
afirmações.

e) Risco significativo é o risco de distorção relevante identificado e avaliado que, no julgamento do auditor, requer
consideração especial na auditoria.

Questões para fixar !


(CESPE – TCE/PR – 2016 - ADAPTADA) A respeito dos procedimentos preliminares de auditoria relacionados à
identificação e avaliação de riscos, assinale a opção correta.

Procedimentos analíticos de avaliação de riscos incluem a análise de informações como, por exemplo, a relação entre
compras e volume de produtos em estoque.

RESOLUÇÃO: Vimos que os procedimentos analíticos são procedimentos de avaliação de risco que podem identificar
aspectos da entidade que o auditor não tinha conhecimento e pode auxiliar na avaliação de risco de erros relevantes para
fornecer uma base para planejar e implementar respostas para esses riscos. Consistem na avaliação das informações feitas
por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Por exemplo, a relação entre
vendas e área total do espaço de vendas ou volume dos produtos vendidos ou em estoque.

Gabarito: CORRETA.

(CESPE – TCE/PR – 2016 - ADAPTADA) A respeito dos procedimentos preliminares de auditoria relacionados à
identificação e avaliação de riscos, assinale a opção correta.

Os riscos de negócio devem constituir declarações da administração, explícitas ou não, incorporadas às


demonstrações contábeis.

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RESOLUÇÃO: A banca tentou confundir o aluno, trocando os conceitos de “afirmações” por “Riscos de Negócio”. Vamos
lembrar os dois conceitos:

Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às demonstrações
contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer.

Risco de negócio é o risco que resulta de condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de ações significativas
que possam afetar adversamente a capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias, ou do
estabelecimento de objetivos ou estratégias inadequadas.

Portanto, a questão trata do conceito de Afirmações.

Gabarito: ERRADA.

Testes de Controle
Os testes de controle visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle
interno estabelecidos pela Administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento. Ou seja, são os
procedimentos de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles internos da entidade
na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.
Os testes de controle são os procedimentos típicos para coleta de evidências sobre o controle interno da
entidade. É preciso ter um pouco de atenção, pois as NBCs antigas denominavam os testes de controle como
“testes de observância”, podendo ainda ser encontradas questões que apresentem como sinônimos de “testes
de controle” os seguintes termos: “testes de observância”, “testes de aderência” e “testes de procedimentos”.

Testes de Controle

Avaliar a efetividade operacional


dos controles internos

Fique atento !
Aprendemos que os procedimentos de avaliação de risco também podem fornecer evidências sobre o controle da
entidade, embora não tenham sido planejados como testes de controle. Lembrem-se que os procedimentos de avaliação
de risco são os procedimentos de auditoria aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente,
incluindo o controle interno da entidade, para a identificação e avaliação dos riscos de distorção relevantes,
independentemente se causada por fraude ou por erro, nas demonstrações contábeis e nas afirmações.

Porém, se o procedimento de auditoria for aplicado para tirar conclusões sobre o controle interno, a sua natureza será
teste de controle. Isso é importante porque muitas questões, de forma direta ou indireta, solicitam que se identifique o
procedimento aplicado a um caso concreto. Então, se fizer referência ao controle interno, será teste de controle. Se fizer
referência a procedimentos aplicados para obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente, incluindo o controle
interno, serão procedimentos de avaliação de riscos.

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Questões para fixar !


(CESPE – SEFAZ/RS – 2019) No início de suas atividades de auditoria em uma empresa, um auditor independente,
após a leitura dos manuais de utilização dos sistemas de compras da entidade, realizou questionamentos sobre o
regime de alçadas e acompanhou o uso desses sistemas na prática, para verificar a eficácia e o desenho da
operacionalização dos sistemas. Ele solicitou a um funcionário da empresa auditada que realizasse pedidos de
compras fora de sua alçada estipulada nos manuais, para verificar se o sistema exibia algum erro. Nesse caso, o
auditor realizou um teste:

a) de detalhes de transações.

b) substantivo.

c) de apresentação e divulgação.

d) de controle.

e) de detalhes de saldos.

RESOLUÇÃO: questão que parece ser difícil, mas nem maiores dificuldades. Observem que o enunciado descreve testes
aplicados no sistema de controle interno da entidade e não nos saldos das contas. O objeto do exame é o controle de
alçadas (lembram da aula sobre controle interno? Limites de alçadas é uma das atividades de controle interno geralmente
utilizadas pela administração). Logo, trata-se de um teste de controle. Veremos os testes substantivos no próximo tópico.

Gabarito: alternativa D.

(CESPE- TCM/BA - 2018) Na aplicação dos testes de observância, o auditor deve verificar a

a) existência dos componentes patrimoniais em determinada data.

b) existência e a efetividade dos controles internos.

c) ocorrência efetiva das transações contabilmente registradas.

d) conformidade entre os mecanismos de avaliação patrimonial e as normas.

e) existência de eventos ou itens patrimoniais não registrados.

RESOLUÇÃO: Primeiro devemos entender que testes de observância são os testes de controle. Aprendemos que os testes
de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela
Administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento. Ou seja, são os procedimentos de auditoria planejado
para avaliar a efetividade operacional dos controles internos da entidade na prevenção ou detecção e correção de
distorções relevantes no nível de afirmações.

Portanto, a única alternativa que está de acordo com o comando da questão é a letra B.

Gabarito: alternativa B.

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(CESPE - EMAP - 2018) Considerando as etapas e as atividades envolvidas no planejamento e na execução dos
trabalhos do auditor, julgue o item que segue.

Ao planejar e executar testes de controle, o auditor deve verificar o modo como os controles foram aplicados ao longo
do período, a consistência dos controles e quem os aplicou ou por quais meios eles foram aplicados.

RESOLUÇÃO: Veja que a banca trouxe de forma correta os objetivos dos testes de controle. Se o procedimento de
auditoria for aplicado para tirar conclusões sobre o controle interno, a sua natureza será teste de controle.

Gabarito: CORRETO.

(CESPE – EMAP - 2018) Com relação a controle interno, julgue o item que se segue.

Os testes substantivos são utilizados pelo auditor independente para obter evidências de que o sistema de controle
interno estabelecido pela empresa auditada está sendo executado pelos empregados.

RESOLUÇÃO: questão tranquila não é mesmo? Já sabemos que são os testes de controle que são utilizados pelo auditor
independente para obter evidências de que o sistema de controle interno estabelecido pela empresa auditada está sendo
executado pelos empregados, e não os testes substantivos. No próximo tópico, falaremos sobre os testes substantivos.

Gabarito: ERRADA.

(CESPE – TELEBRÁS – 2013) Os testes de observância são utilizados para avaliar com segurança se os sistemas de
informações empregados pela administração estão em funcionamento efetivo, inclusive quanto ao cumprimento das
determinações a serem observadas pelos funcionários e quanto à exatidão e validade dos dados produzidos pela
entidade.

RESOLUÇÃO: testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle
interno, estabelecidos pela administração, estão em efetivo funcionamento e cumprimento. A questão ficou errado no
final, pois os testes que visas à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validação dos dados produzidos
pelos sistemas de informações da entidade são os testes substantivos.

Gabarito: ERRADO.

Procedimentos Substantivos
Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes
no nível de afirmações. Visa à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validação dos dados
produzidos pelos sistemas de informações da entidade. Os procedimentos substantivos incluem:

(a) Testes de detalhes (também chamados de classes de transações, de saldos de contas e de


divulgações).

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O teste de detalhes procura identificar e validar os registros mediante os procedimentos de auditoria. A


palavra chave para identificar um teste de detalhe é a validação dos REGISTROS. O auditor tem o objetivo de
buscar a evidência que suporte a fundamentação do registro. Em resumo, o teste de detalhes visa confirmar o
saldo das contas em um sentido amplo. Para confirmar, por exemplo, o valor registrado na conta empréstimos
a pagar, o auditor pode realizar vários procedimentos, como verificar os contratos, solicitar a confirmação dos
credores, conferir os cálculos de juros, verificar os extratos bancários, entre outros.

(b) procedimentos analíticos substantivos (também chamado de revisão analítica).

Os procedimentos analíticos são avaliações das informações feitas por meio de estudo das relações
plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Incluem a investigação de flutuações e relações que sejam
inconsistentes com outras informações relevantes. Os procedimentos analíticos, como o nome sugere,
envolvem análises, cálculo de índices, linhas de tendência. Procedimentos analíticos compreendem, também,
o exame necessário de flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras informações
relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados.

Resumindo, é uma análise acerca da existência de relações de correlação de variáveis com outros índices
que nos permitem estabelecer tendências e previsões. Por exemplo, análise da relação dos impostos sobre o
faturamento com o faturamento (os impostos sobre faturamento aumentam conforme cresce o faturamento?),
das despesas de depreciação com o valor do ativo imobilizado (as despesas de depreciação se relacionam com
o valor do ativo imobilizado), e assim por diante.

São aqueles que fornecem


Teste de evidência nas quais o auditor
verifica se os fatos contábeis
detalhes foram adequadmente
Procedimentos registrados.

substantivos Consiste na verificação do


Revisão comportamento de valores
significativos, mediante
índices, quocientes e
analítica tendências de dados
financeiros e não financeiros.

Dessa forma, até agora podemos concluir o seguinte:

Procedimentos de Auditoria
Procedimentos Testes de Procedimentos
de avaliação de
substantivos Controle Risco

Testes de Procedimentos
Detalhes analíticos

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Assim, é por meio dos procedimentos citados até aqui que o auditor é capaz de obter as evidências
indispensáveis à formação de sua opinião. A aplicação de tais procedimentos, como sabemos, precisa estar
atrelada ao objetivo que se quer atingir. Devem, na medida do possível, ser detalhados em tarefas descritas de
forma clara, de modo a não gerar dúvidas ao executor e esclarecendo os aspectos a serem abordados, bem
como expressando as técnicas a serem utilizadas.

Continuando nossa aula, nós já aprendemos sobre as evidências de auditoria, estamos lembrados? As
evidências de Auditoria são as informações obtidas pelo auditor para tirar suas conclusões e fundamentar sua
opinião.

Pois bem, segundo a NBC TA 500, que trata dos procedimentos de auditoria para obtenção de evidência
de auditoria, a evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é
conseguida pela execução de:

(a) procedimentos de avaliação de riscos; e

(b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem:

(i) testes de controles, quando exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim escolheu;

(ii) procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos


(ou revisão analítica).
Após a execução dos procedimentos de avaliação de riscos o auditor definirá quanto de procedimentos
adicionais de auditoria deverá ser aplicado. Sempre ele aplicará algum procedimento adicional de auditoria, já
que sempre haverá algum risco envolvido na auditoria.

Fique atento !
Segundo a NBC TA 500, os Testes de Controle e os Procedimentos Substantivos são procedimentos adicionais de
auditoria. Apenas uma classificação mais didática para diferenciar os procedimentos de avaliação de riscos dos
procedimentos adicionais. Lembre-se de que os procedimentos de avaliação de risco também podem fornecer evidências
sobre afirmações da entidade ou dos controles internos, embora não tenham sido planejados como procedimentos
substantivos ou testes de controle.

Questões para fixar !


(CESPE – TCM/BA – 2018) Os testes de auditoria que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e
validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da entidade são denominados

a) aprovações.

b) observância.

c) salvaguarda.

d) segregações.

e) substantivos.

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RESOLUÇÃO: Procedimentos (ou testes) substantivos são os procedimentos de auditoria planejados para detectar
distorções relevantes no nível de afirmações. Visam à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validação
dos dados produzidos pelos sistemas de informações da entidade.

Gabarito: alternativa E.

(FCC – SEFAZ/SC – 2018)

I. Trata-se de procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidências quanto à suficiência, exatidão e
validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade. Têm como um dos principais objetivos a
conclusão sobre a adequada mensuração, apresentação e divulgação das transações econômico-financeiras, em
consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade.

II. Além da sua importância para fins de auditoria contábil, também podem ser empregados em auditorias tributárias,
tendo também como objetivo certificar-se da correção: da existência do item contábil (se o componente patrimonial
existe em certa data), da existência de direitos e obrigações (se efetivamente existem em certa data), da ocorrência
(se uma determinada transação realmente ocorreu).

Os textos acima referem-se

a) aos Testes substantivos.

b) aos Testes de observância.

c) às Técnicas de Auditoria de exame e contagem física.

d) às Técnicas de Circularização de bens e direitos.

e) aos Riscos de amostragem.

RESOLUÇÃO: o assunto testes e procedimentos de Auditoria é questão certa em provas de concurso. Vejam que é bem
tranquila. O Item I fala em obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados gerados. Logo, já
podemos confirmar que trata de testes substantivos. Vejam que a banca tratou “testes” como sinônimo de
“procedimentos”, o que é comum pelas bancas de concursos, e não invalidam a questão, tudo bem? O item II trata de
algumas técnicas utilizadas durante os procedimentos de auditoria, que veremos mais adiante que podem ser utilizadas
tanto nos testes de controle como nos procedimentos substantivos. Portanto correta a letra A. Cuidado com a letra B, pois
os testes de observância (testes de controle) visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle
interno estabelecidos pela Administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento.

Gabarito: alternativa A.

(FCC – DPE/AM – 2018) A obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos
sistemas de informação da entidade é o objetivo

a) dos testes de políticas públicas.

b) da auditoria operacional.

c) dos testes substantivos.

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d) dos testes de observância.

e) dos testes de investigação e confirmação.

RESOLUÇÃO: aprendemos que o procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar
distorções relevantes no nível de afirmações. Visa à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validação dos
dados produzidos pelos sistemas de informações da entidade. Portanto, correta a letra C. Vejam que a banca mais uma
vez tratou “testes” como sinônimo de “procedimentos”, mas já estamos preparados para isso não é mesmo?

A alternativa A está incorreta pois não existe essa classificação de testes de políticas públicas. A letra B está incorreta
pois já vimos na primeira aula o conceito de Auditoria Operacional, a qual consiste em avaliar as ações gerenciais e os
procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das unidades ou entidades da administração pública
federal, programas de governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de emitir uma opinião sobre
a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e economicidade, procurando auxiliar a administração na gerência e
nos resultados, por meio de recomendações, que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a
responsabilidade gerencial. A Letra D está incorreta pois os testes de observância (testes de controle) visam à obtenção
de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela Administração estão em efetivo
funcionamento e cumprimento. A letra E está incorreta, sendo que esse assunto será abordado ainda nesta aula.

Gabarito: alternativa C.

(CESPE – FUNPRESP/JUD 2016) Com relação a controle interno, julgue o item que se segue.

Os testes substantivos são utilizados pelo auditor independente para obter evidências de que o sistema de controle
interno estabelecido pela empresa auditada está sendo executado pelos empregados.

RESOLUÇÃO: aprendemos que o procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar
distorções relevantes no nível de afirmações. Visa à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validação dos
dados produzidos pelos sistemas de informações da entidade. Portanto, correta a letra C. Vejam que a banca tratou
“testes” como sinônimo de “procedimentos”, mas saibam que isso é comum pelas bancas e não invalida a questão certo?

Gabarito: ERRADO.

Tipos de procedimentos
Dando continuidade à nossa aula, abordaremos agora os procedimentos básicos (técnicas) mais
usualmente utilizados em auditoria. Essas técnicas são utilizadas tanto nos testes de controle como nos
procedimentos substantivos. A única ressalva é em relação às técnicas de auditoria interna, que abordarei mais
à frente.
Portanto, os procedimentos substantivos e testes de controle dividem-se em tipos, os quais serão
explicados a seguir.

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01. INSPEÇÃO
A inspeção é uma das técnicas mais utilizadas nos trabalhos de auditoria. Pode ser classificada como
Inspeção Documental ou Inspeção Física (Exame Físico).

Documental
Inspeção
Física

Segundo a NBC TA 500, a inspeção envolve o exame de registros ou documentos (Inspeção Documental),
internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico (Inspeção
Física) de um ativo.

A inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de


confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia
dos controles sobre a sua produção. Um exemplo de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros
em busca de evidência de autorização.

Na inspeção documental, o auditor deverá observar, por exemplo, se as transações realizadas pela
entidade estão devidamente documentadas, se essa documentação que suporta a operação contém indícios
de inidoneidade, se a transação e a documentação suporte foram feitas por pessoas responsáveis ou se a
operação realizada é adequada em função das atividades do órgão/entidade.
Alguns documentos representam evidência de auditoria direta da existência de um ativo, por exemplo,
um documento que constitui um instrumento financeiro, como uma ação ou título. A inspeção de tais
documentos pode não fornecer necessariamente evidência de auditoria sobre propriedade ou valor. Além
disso, a inspeção de um contrato executado pode fornecer evidência de auditoria relevante para a aplicação de
políticas contábeis da entidade, tais como reconhecimento de receita.

Já a Inspeção Física de ativos tangíveis pode fornecer evidência de auditoria confiável quanto à sua
existência, mas não necessariamente quanto aos direitos e obrigações da entidade ou à avaliação dos ativos. A
inspeção de itens individuais do estoque pode acompanhar a observação da contagem do estoque. É a
Constatação “in loco”, que deverá fornecer à equipe a certeza da existência, ou não, do objeto ou item
verificado.

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Fique atento !
A Inspeção Documental trata-se de procedimento voltado para o exame das transações e dos documentos
comprobatórios dessas transações. Esse exame deve atender às seguintes condições:

- Autenticidade: constatar se a documentação comprobatória é fidedigna.

- Normalidade: constatar se a transação verificada se refere à operação normal e se está de acordo com os objetivos da
entidade.

- Aprovação: constatar se a operação e os documentos foram aprovados por pessoas competentes.

- Registro: comprovar se o registro das operações está adequado, se a documentação é hábil ou se houve correspondência
contábil, fiscal, etc.

A Inspeção Física trata-se da verificação das condições de ativos tangíveis (existência, integridade...), e deve atender às
seguintes características:

- Existência física: comprovação visual da existência do item.

- Autenticidade: discernimento da fidedignidade do item.

- Quantidade: apuração adequada da quantidade real física.

- Qualidade: comprovação visual ou laboratorial de que o objeto examinado permanece em perfeitas condições de uso.

Questões para fixar !


(CESPE – CGM/JOÃO PESSOA – 2018) Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.

Inspeção consiste em verificar os registros das transações contábeis por meio da análise de documentos e ativos
tangíveis.

RESOLUÇÃO: Após nossa explicação, vejam como a questão se torna fácil. Vimos que, de acordo com a NBC TA
500 NBC TA 500, a inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em
forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de ativos tangíveis pode fornecer
evidência de auditoria confiável quanto à sua existência, mas não necessariamente quanto aos direitos e obrigações da
entidade ou à avaliação dos ativos.

Gabarito: CORRETO.

(CESPE – FUNPRESP/JUD- 2016) No que se refere às técnicas e aos procedimentos de auditoria, julgue o item
seguinte.

O exame de registros e documentos com vista à obtenção de evidência de autorização é um exemplo de aplicação do
procedimento de auditoria denominado inspeção.

RESOLUÇÃO: Vimos que, segundo a NBC TA 500, a inspeção envolve o exame de registros ou documentos (Inspeção
Documental), internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico

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(Inspeção Física) de um ativo. A inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis
de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos
controles sobre a sua produção. Um exemplo de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de
evidência de autorização.

Gabarito: CORRETO.

02. OBSERVAÇÃO
Segundo a NBC TA 500, a Observação consiste no exame do processo ou procedimento executado por
outros, por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da
execução de atividades de controle. A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução de
processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que
o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é executado.

Ou seja, a observação consiste em olhar como um determinado processo ou procedimento está sendo
executado por outros. É a técnica de auditoria que envolve o poder de constatação visual do auditor, podendo
revelar erros, deficiências ou problemas por meio de exames visuais, e depende dos conhecimentos e
experiências do auditor. A observação pode ser considerada a mais generalizada técnica de auditoria. Não se
aplica à verificação específica de problemas, mas é de alguma utilidade em quase todas as fases do exame e
não deve ser negligenciada.

Observação

Questão para fixar !


(FCC – PREFEITURA SÃO LUIS/MA – 2018 – AUDITOR) A Controladoria-Geral do Município, considerando a relevância
e materialidade da matriz de riscos de auditoria, planeja uma operação na seção encarregada pelo arbitramento da
receita tributável dos serviços da construção civil. Na atividade preparatória, levantou-se que há uma normatização
interna que prevê:

I. Claramente os casos que serão objeto de arbitramento.

II. Segregação de funções.

III. Emprego de sistema informatizado que registra dados de segurança e alterações realizadas.

IV. Revisão independente por sorteio aleatório de autos de infração.

V. Manutenção de registros por 20 anos.

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Visitando o órgão, o auditor acompanhou o procedimento durante sua execução, atestando que, de fato, as normas
vêm sendo seguidas, embora tenha deixado de calcular a exatidão de casos específicos. O procedimento adotado
refere-se a um teste

a) substantivo que adotou procedimento de vistoria, restando inconclusivo, pois pende de exame que ainda será realizado.

b) substantivo que adotou procedimento de confirmação, restando conclusivo, tendo em vista o cumprimento da norma.

c) de observância que adotou procedimento de investigação, restando inconclusivo, pois pende de exame que ainda será
realizado.

d) de observância que adotou procedimento de observação, restando conclusivo, tendo em vista o cumprimento da
norma.

e) de observância que adotou procedimento de confirmação, restando conclusivo, tendo em vista o cumprimento da
norma.

RESOLUÇÃO: questão que pede ao aluno um pouco mais de atenção, mas sem maiores dificuldades.

Aprendemos que os testes de controle visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle
interno estabelecidos pela Administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento. Ou seja, são os procedimentos
de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles internos da entidade na prevenção ou detecção
e correção de distorções relevantes no nível de afirmações. Os testes de controle são os procedimentos típicos para coleta
de evidências sobre o controle interno da entidade. É preciso ter um pouco de atenção, pois as NBCs antigas denominavam
os testes de controle como “testes de observância”, sendo a denominação adotada pela banca nesta questão. Pois bem,
vejam que o auditor, segundo a questão, “levantou que há uma normatização interna”, ou seja, está na busca da
obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estão em efetivo funcionamento. Portanto,
trata-se de Teste de Observância. Observe ainda que “o auditor acompanhou o procedimento durante sua execução”,
ou seja, acompanhou os procedimentos executados por outros, atividade típica da Observação. Portanto, a única
alternativa correta é a letra D.

Gabarito: alternativa D.

03. RECÁLCULO (CONFERÊNCIA DE CÁLCULO)


Segundo a NBC TA 500, o recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou
registros, podendo ser realizado manual ou eletronicamente. Objetiva a conferência das operações que
envolvam cálculos. Ao aplicar a técnica, o auditor deve conferir os cálculos realizados por terceiros (a empresa
auditada) e os cálculos próprios, que serão então comparados ao final. Também é denominada conferência
de cálculo.

A doutrina chama o recálculo de conferência de cálculos, e, embora este procedimento seja simples e
completo, é a única forma de se constatar as diversas operações que envolvam somas e demais formas de
cálculo. Erros nos cálculos podem gerar distorções nas demonstrações contábeis, o que explica a importância
da aplicação deste procedimento. Desse modo, orienta-se que o auditor não confie nos cálculos que lhe são
apresentados, sendo de grande importância que sejam reconferidos. Para esse trabalho, é essencial que exista
uma memória de cálculo, que é um histórico do trabalho realizado sobre as contas, ou seja, a maneira como se
chegou a um valor final.

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Exemplo: fazer a conferência do cálculo da apropriação por competência de uma despesa com seguros
ou verificar um cálculo de valor justo.

Recálculo

Questão para fixar !


(CESPE – CGM/JOÃO PESSOA - 2018) Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.

Situação hipotética: Um auditor refez os cálculos de uma planilha para a correção monetária de certa dívida municipal
e, com o objetivo de averiguar as distorções encontradas, releu alguns documentos a fim de confirmar os termos que
poderiam ter afetado os cálculos testados. Assertiva: Nessa situação, conclui-se que foi realizada uma revisão
analítica para complementar as conclusões do auditor sobre a conferência do cálculo.

RESOLUÇÃO: Vamos lá. Segundo a questão, o auditor refez os cálculos de uma planilha e, em seguida, releu alguns
documentos para corroborar seus cálculos.

Aprendemos que, nos termos da NBC TA 500, o recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de
documentos ou registros, podendo ser realizado manual ou eletronicamente. A doutrina chama o recálculo de
conferência de cálculos, e, embora este procedimento seja simples e completo, é a única forma de se constatar as diversas
operações que envolvam somas e demais formas de cálculo.

Vejam, que o auditor primeiramente utilizou-se da técnica de recálculo.

Em seguida, o auditor realizou a inspeção de registros e documentos, que envolve o exame de registros ou documentos,
internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo.

Portanto, podemos concluir que o auditor realizou uma inspeção de registros e documentos para complementar as
conclusões do auditor sobre a conferência do cálculo, o que torna a questão errada.

Gabarito: ERRADA.

04. INDAGAÇÃO (ENTREVISTA)


Segundo a NBC TA 500, a indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com
conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada extensamente
em toda a auditoria, além de outros procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir desde
indagações escritas formais até indagações orais informais. A avaliação das respostas às indagações é parte
integral do processo de indagação.

Resumindo, consiste na elaboração de perguntas objetivando a obtenção de respostas para quesitos


previamente definidos. Deve-se evitar questionamentos desnecessários, fora do escopo da auditoria.
Recomenda-se que seja realizada por auditor que possua bom conhecimento sobre a área sob exame. Observe

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que a indagação nada mais é do que perguntar a terceiro e avaliar a resposta. Note que a avaliação da resposta
é parte do procedimento, afinal de pouco adiantaria somente “fazer a pergunta” e não “processar a resposta”
Dessa forma, as respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas
anteriormente ou evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem fornecer
informações significativamente divergentes das informações que o auditor obteve, por exemplo, informações
referentes à possibilidade da administração burlar os controles. Em alguns casos, as respostas às indagações
fornecem uma base para que o auditor modifique ou realize procedimentos de auditoria adicionais.

Embora a corroboração da evidência obtida por meio da indagação muitas vezes seja de particular
importância, no caso de indagações sobre a intenção da administração, a informação disponível para suportar
a intenção da administração pode ser limitada. Nesses casos, o entendimento do histórico da administração na
realização de intenções por ela formuladas, das razões por ela alegadas para escolher determinado curso de
ação, e sua capacidade de seguir um curso de ação específico, podem fornecer informações relevantes para
corroborar a evidência obtida por meio de indagação.

No que diz respeito a alguns assuntos, o auditor pode considerar necessário obter representações formais
da administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela governança, para confirmar respostas a
indagações verbais.

Indagação

Fique atento !
A entrevista, ainda que tenha cunho informal, pode ser utilizada no relatório de auditoria, mas deve ser corroborada por
outras evidências. A entrevista é técnica útil para viabilizar a descoberta de novos fatos relacionados ao objeto da
apuração e a indicação de novos caminhos de investigação. Embora deva ser corroborada por outros tipos de evidências,
pode servir como prova testemunhal.

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Questões para fixar !


(CESPE – CGM/JOÃO PESSOA - 2018) Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.

É vedado ao auditor utilizar a indagação oral, mesmo com o uso de questionários e a realização de entrevistas com
os funcionários da entidade auditada, para obter dados e informações.

RESOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 500, a indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento,
financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria, além
de outros procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir desde indagações escritas formais até indagações
orais informais. As entrevistas orais, ainda que de cunho informal, podem ser utilizadas no relatório de Auditoria, devendo
ser corroborada por outras evidências. A avaliação das respostas às indagações é parte integral do processo de indagação.

Gabarito: ERRADA.

(CESPE – EMAP – 2018) Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos registros
contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da área, circularização, conciliação
e revisão analítica. Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o item
seguinte.

A entrevista é técnica útil para a descoberta de novos fatos relacionados ao objeto da apuração e para a indicação de
novos caminhos de investigação.

RESOLUÇÃO: Aprendemos que entrevista, ainda que tenha cunho informal, pode ser utilizada no relatório de auditoria,
mas deve ser corroborada por outras evidências. A entrevista é técnica útil para viabilizar a descoberta de novos fatos
relacionados ao objeto da apuração e a indicação de novos caminhos de investigação. Embora deva ser corroborada por
outros tipos de evidências, pode servir como prova testemunhal.

Gabarito: CORRETO.

05. PROCEDIMENTOS ANALÍTICOS (REVISÃO ANALÍTICA)


Os procedimentos analíticos podem ser utilizados tanto nos procedimentos de avaliação de riscos como
nos procedimentos substantivos. Definimos os procedimentos analíticos nos tópicos relativos a esses dois
procedimentos.
Para relembrarmos, os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio
de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Incluem também a investigação de
flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se
desviem significativamente dos valores previstos.
Os procedimentos analíticos, como o nome sugere, envolvem análises, cálculo de índices, linhas de
tendência.

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Resumindo, é uma análise acerca da existência de relações de correlação de variáveis com outros índices
que nos permitem estabelecer tendências e previsões. Por exemplo, análise da relação dos impostos sobre o
faturamento com o faturamento (os impostos sobre faturamento aumentam conforme cresce o faturamento?),
das despesas de depreciação com o valor do ativo imobilizado (as despesas de depreciação se relacionam com
o valor do ativo imobilizado), e assim por diante.

Fique atento !
Os procedimentos analíticos (ou procedimentos de revisão analítica) tem o intuito de verificar o comportamento de
valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação
de situações ou tendências atípicas. Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica, o auditor deve considerar:

a) o objetivo dos procedimentos e o grau de confiabilidade dos resultados alcançáveis;

b) a natureza do órgão/entidade e o conhecimento adquirido em fiscalizações anteriores;

c) a disponibilidade de informações, sua relevância, confiabilidade e comparabilidade.

Questões para fixar !


(CESPE – SEFAZ/RS – 2019) A realização de comparações entre informações e entre indicadores contábeis e a análise
de relações entre contas e de relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros são procedimentos
característicos

a) do recálculo.

b) da segregação de função.

c) da inspeção física.

d) da observação.

e) da revisão analítica.

RESOLUÇÃO: questão que poderíamos acertar apenas por eliminação. Já vimos os conceitos de recálculo, inspeção e
observação, e nenhum tem relação com a definição da questão.

Portanto, os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das
relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Incluem também a investigação de flutuações e relações
identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos
valores previstos. Envolvem análises, cálculo de índices, linhas de tendência.

Resumindo, é uma análise acerca da existência de relações de correlação de variáveis com outros índices que nos
permitem estabelecer tendências e previsões. Por exemplo, análise da relação dos impostos sobre o faturamento com o
faturamento (os impostos sobre faturamento aumentam conforme cresce o faturamento?), das despesas de depreciação
com o valor do ativo imobilizado (as despesas de depreciação se relacionam com o valor do ativo imobilizado), e assim por
diante.

Gabarito: alternativa E.

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(CESPE – TCE/MG – 2018) Se, ao investigar flutuações e relações identificadas, o auditor concluir que elas são
inconsistentes com outras informações relevantes, essa investigação caracterizará o procedimento de auditoria
denominado

a) reexecução.

b) confirmação externa.

c) inspeção.

d) observação.

e) procedimento analítico.

RESOLUÇÃO: aprendemos que os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de
estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Incluem também a investigação de flutuações
e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem
significativamente dos valores previstos. Portanto, nosso gabarito é a letra E.

Confirmação externa é a técnica de confirmação externa (também conhecida como circularização) representa evidência
de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita,
eletrônica ou em outra mídia. Ou seja, consiste na confirmação, junto a terceiros, de fatos alegados pela entidade
(veremos no tópico a seguir).

A inspeção envolve o exame de registros ou documentos (Inspeção Documental), internos ou externos, em forma de papel,
em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico (Inspeção Física) de um ativo.

A Observação consiste no exame do processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, a observação pelo
auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de controle.

Gabarito: alternativa E.

(CESPE – EMAP – 2018) Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos registros
contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da área, circularização, conciliação
e revisão analítica. Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o item
seguinte.

Na revisão analítica, o auditor deve considerar a disponibilidade de informações, sua relevância, confiabilidade e
comparabilidade.

RESOLUÇÃO: Os procedimentos analíticos (ou procedimentos de revisão analítica) tem o intuito de verificar o
comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com
vistas à identificação de situações ou tendências atípicas. Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica, o auditor
deve considerar:

a) o objetivo dos procedimentos e o grau de confiabilidade dos resultados alcançáveis;

b) a natureza do órgão/entidade e o conhecimento adquirido em fiscalizações anteriores;

c) a disponibilidade de informações, sua relevância, confiabilidade e comparabilidade.

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Gabarito: CORRETO.

(FGV – MPE/AL- 2018) Em relação às técnicas e aos procedimentos de auditoria, assinale a afirmativa correta.

a) A entrevista confirma, por parte de fontes externas à unidade auditada, as informações obtidas junto ao auditado, por
meio de declaração escrita ou de uma ou mais cópias de documentos.

b) A análise de contas elabora perguntas sobre quesitos previamente definidos, amplia o conhecimento sobre o objeto
auditado e obtém a percepção de gestores e beneficiários sobre o aspecto examinado.

c) A circularização compara o registro da movimentação de contas bancárias ou contábeis entre si, ou com elementos,
fatos ou ocorrências que devam guardar correspondência com a movimentação.

d) A conciliação examina as transações que geraram lançamentos em uma conta contábil, na qual o auditor, após escolher
os lançamentos contábeis, passa a investigar a existência, a legalidade e a pertinência dos fatos.

e) A revisão analítica utiliza inferências lógicas que permitam chegar a determinada conclusão sobre o objeto auditado,
com o objetivo de verificar o comportamento de valores significativos.

RESOLUÇÃO: Vamos item por item.

Item A: a entrevista (indagação) consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não
financeiro, dentro ou fora da entidade, a partir da elaboração de perguntas objetivando a obtenção de respostas para
quesitos previamente definidos. A questão trata da técnica CIRCULARIZAÇÃO, que veremos no tópico a seguir.
INCORRETO

Item B: a Análise de Contas é utilizada pela contabilidade para a constatação da veracidade das informações contábeis,
fiscais, etc. INCORRETO

Item C: Circularização (Confirmação externa) consiste na confirmação, junto a terceiros, de fatos alegados pela
entidade. Veremos no tópico a seguir. INCORRETO

Item D: Conciliação é utilizada pela contabilidade com o objetivo de verificar a compatibilidade entre o saldo das contas
sintéticas com aqueles das contas analíticas, ou ainda o confronto dos registros mantidos pela entidade com elementos
recebidos de fontes externas. INCORRETO

Item E: A Revisão analítica (procedimentos analíticos) objetiva verificar o comportamento de valores significativos,
mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situações ou
tendências atípicas. CORRETO

Gabarito: alternativa E.

06. REEXECUÇÃO
Envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente
realizados como parte do controle interno da entidade.

Exemplo: o auditor seguirá todo o caminho percorrido por uma operação até chegar nas demonstrações
contábeis. No caso de uma compra, ele iria rastrear (1) de que forma foi autorizada a compra; na sequência, (2)
a autorização de pagamento; a recepção do bem nos estoques; a sua saída etc. Nada mais é do que refazer o
caminho percorrido avaliando os controles envolvidos até o desague nas demonstrações contábeis.

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07. CIRCULARIZAÇÃO (CONFIRMAÇÃO EXTERNA)


Essa técnica é a mais cobrada pelas bancas em concursos públicos, devendo ser dedicado um pouco mais
de atenção quanto a esse tópico.
Segundo a NBC TA 500, a técnica de confirmação externa (também conhecida como circularização)
representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma)
ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. Ou seja, consiste na confirmação, junto a terceiros,
de fatos alegados pela entidade.

Os procedimentos de confirmação externa frequentemente são relevantes no tratamento de afirmações


associadas a certos saldos contábeis e seus elementos. Contudo, as confirmações externas não precisam se
restringir apenas a saldos contábeis. Por exemplo, o auditor pode solicitar confirmação de termos de contratos
ou transações da entidade com terceiros; a solicitação de confirmação pode ser planejada para perguntar se
foram efetuadas quaisquer modificações no contrato e, em caso afirmativo, quais são os detalhes relevantes.

Fique atento !
Segundo a NBC TA 500, a confiabilidade da evidência de auditoria é influenciada pela fonte e por sua natureza e depende
das circunstâncias individuais em que é obtida. Dessa forma, as seguintes generalizações podem ser aplicáveis à evidência
de auditoria:

- A evidência de auditoria é mais confiável quando é obtida de fontes independentes externas à entidade;

- A evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável que a evidência de auditoria obtida
indiretamente ou por inferência;

- A evidência de auditoria é mais confiável quando está na forma de documento, seja em papel, no formato eletrônico ou
outro meio.

Consequentemente, dependendo das circunstâncias da auditoria, a evidência de auditoria na forma de confirmações


externas recebidas diretamente pelo auditor das partes que confirmam pode ser mais confiável que a evidência gerada
internamente pela entidade.

Continuando, o procedimento de confirmação externa só tem validade como evidência de auditoria


quando o dirigente, ligado ao assunto a comprovar, tem participação no processo. Entretanto, a remessa e a
obtenção das respostas aos pedidos circularizados ficam sob controle do auditor.

Deve-se atentar ao fato de o auditor não ter poderes para assinar ou solicitar pedido de confirmação pela
empresa, ou seja, a carta de solicitação de confirmação é assinada pela própria empresa, mas é solicitado que
a resposta seja encaminhada diretamente para os auditores. Caso contrário, poderia ser adulterada pela
administração da entidade, ou seja, deve-se evitar que haja influência ou modificação, por parte do auditado,
dos dados ou respostas dos itens objetos do processo de circularização.

Importante saber que, segundo a NBC TA 505, no caso da administração se recusar a permitir que o
auditor envie solicitações de confirmação, o auditor deve:

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(a) indagar sobre as razões da recusa da administração e procurar evidência de auditoria sobre sua
validade e razoabilidade;
(b) avaliar as implicações da recusa da administração na avaliação do auditor dos riscos significativos de
distorção relevante, incluindo o risco de fraude, e sobre a natureza, época e extensão de outros procedimentos
de auditoria; e

(c) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria
relevante e confiável.

Resumindo, a confirmação externa consiste em solicitar informações a um terceiro. Por exemplo, as


confirmações sobre os saldos bancários podem ser obtidas junto ao Banco (terceiro), ou as confirmações sobre
o saldo de Contas a Receber podem ser obtidas junto aos clientes da entidade (terceiro). Entretanto, a
confirmação não se restringe apenas aos saldos contábeis, o auditor também pode confirmar contratos,
operações, propriedade dos títulos, relacionamentos, dentre outros. Entendidos?

Segundo a NBC TA 505, há dois tipos de confirmação externa:

a) Solicitação de confirmação positiva: é a solicitação de que a parte que confirma responda


diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação, ou forneça as
informações solicitadas.

b) Solicitação de confirmação negativa: é a solicitação de que a parte que confirma responda


diretamente ao auditor somente se discorda das informações fornecidas na solicitação.
A primeira é utilizada quando há necessidade de resposta da pessoa de quem se quer obter uma
confirmação formal. Pode ser usado de duas formas:

- Branco: quando não se colocam os valores nos pedidos de confirmação.


- Preto: quando utilizados saldos ou valores a serem confirmados na data-base indicada.

Preto
(utilizam-se
Solicitação de valores)
confirmacao
positiva Branco
Confirmacao
externa (não se utilizam
Solicitação de valores)
confirmação
negativa

Vamos a um exemplo: O auditor, em 31/12/2018, ao verificar o saldo da conta Bancos - Banco do Brasil,
constante no Balanço Patrimonial da Empresa X, observa que, segundo a empresa auditada, havia naquela
conta o montante de R$ 50.000,00.

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Com o intuito confirmar esse valor, o auditor solicita à Empresa X que assine uma solicitação ao Banco do
Brasil (quem solicita a informação é a empresa auditada, isso já sabemos), que deverá ser devolvida
diretamente ao auditor.

O texto dessa circularização pode constar a necessidade de resposta, por parte do Banco, ao auditor,
independente da concordância ou não com os valores. Nesse caso temos a confirmação positiva. A confirmação
desse saldo pode ser feita a partir de uma das duas formas a seguir:
(a) Confirmação positiva em Preto: Em 31/12/2018, a Empresa X tinha em sua conta corrente no Banco
do Brasil R$ 50.000,00? Como a pergunta menciona o valor, temos a confirmação positiva em preto.

(b) Confirmação positiva em Branco: Qual o saldo em conta corrente no Banco do Brasil a Empresa X
possuía, em 31/12/2018? Nesse caso, como não foi mencionado o valor, temos a confirmação positiva em
branco.

O pedido de confirmação negativo é utilizado quando a resposta for necessária em caso de discordância
da pessoa de quem se quer obter a confirmação, ou seja, na falta de confirmação, o auditor entende que a
pessoa concorda com os valores colocados no pedido de confirmação. Esse tipo de pedido é geralmente usado
como complemento do pedido de confirmação positivo e deve ser expedido de forma a assegurar que a pessoa
de quem se quer obter a confirmação, efetivamente, recebeu tal pedido.

A confirmação negativa tende a ser menos persuasiva que a positiva.


Para finalizar, temos ainda dois conceitos importantes na NBC TA 505:

- Resposta não recebida: é quando a parte que confirma não responde ou não responde de maneira
completa, a uma solicitação de confirmação positiva, ou a devolução de uma solicitação de confirmação não
entregue (devolução pelo correio, por exemplo, para um destinatário não localizado). Apesar da expectativa de
que a carta de confirmação seja respondida, não há obrigatoriedade de resposta por quem a recebe, tampouco
há algum poder coercitivo nas solicitações. Em caso de ausência de resposta, o auditor deve avaliar
procedimentos adicionais de auditoria.
- Exceção: é a resposta que indica uma diferença entre as informações para as quais se solicitou
confirmação ou diferença entre os registros da entidade e as informações fornecidas pela parte que confirma.

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Fique atento !
Segundo a NBC TA 505, ao usar procedimentos de confirmação externa, o auditor deve manter o controle sobre as
solicitações de confirmação externa, incluindo:

(a) determinação das informações a serem confirmadas ou solicitadas;

(b) seleção da parte que confirma apropriada para confirmação;

(c) definição das solicitações de confirmação, assegurando-se que as solicitações estão devidamente endereçadas
e que contenham as informações para retorno das respostas diretamente ao auditor; e

(d) envio das solicitações, incluindo 2º pedido, quando aplicável, para a parte que confirma.

Questões para fixar !


(CESPE – SEFAZ/RS – 2019) Com o objetivo de confirmar os saldos bancários apresentados, o auditor, por meio de
cartas registradas, solicita as informações pertinentes às instituições bancárias das quais a empresa auditada seja
cliente. Nesse caso, o auditor realiza uma

a) repetição.

b) circularização.

c) revisão analítica.

d) conciliação bancária.

e) inspeção.

RESOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 500, a técnica de confirmação externa (também conhecida como circularização)
representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor,
em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. Ou seja, consiste na confirmação, junto a terceiros (no caso da questão,
as instituições bancárias), de fatos alegados pela entidade.

Portanto, correta a letra B.

Gabarito: alternativa B.

FGV – AL/RO - 2018) Ao definir e executar os procedimentos de auditoria, um auditor identificou, na entidade
auditada, litígios que poderiam gerar um risco de distorção relevante. O auditor deseja contato com os consultores
jurídicos externos à entidade, de modo a se comunicar diretamente com eles. O auditor deve fazer esse contato com
os consultores jurídicos externos por meio de

a) entrevista por telefone.

b) entrevista pessoal.

c) circularização elaborada e enviada pelo auditor.

d) circularização elaborada pela administração e enviada pelo auditor.

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e) visita técnica.

RESOLUÇÃO: aprendemos que, segundo a NBC TA 500, a técnica de confirmação externa (também conhecida como
circularização) representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que
confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. Ou seja, consiste na confirmação, junto a terceiros,
de fatos alegados pela entidade.

Vejam que, segundo a questão, o auditor deseja contato com os consultores jurídicos externos à entidade, de modo a
se comunicar diretamente com eles. Portanto, a técnica mais apropriada é a circularização. Ademais, sabemos que a
carta de solicitação de confirmação é elaborada e assinada pela própria empresa. Portanto, O auditor deve fazer isso por
meio de circularização (carta de indagação aos advogados), elaborada pela administração e enviada pelo auditor,
solicitando aos consultores jurídicos externos da entidade que se comuniquem diretamente com o auditor.

Gabarito: alternativa D.

(FCC – TCE/RS - 2018) Na auditoria, a técnica de obtenção de evidência documental que consiste na confirmação de
informações obtidas junto ao auditado por parte de fontes externas à unidade auditada é denominada

a) circularização.

b) conciliação.

c) exame documental.

d) inspeção física.

e) revisão analítica.

RESOLUÇÃO: segundo a NBC TA 500, a técnica de confirmação externa (também conhecida como circularização)
representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor,
em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. Ou seja, consiste na confirmação, junto a terceiros, de fatos alegados pela
entidade.

Gabarito: alternativa A.

(FCC – TCE/RS – 2018) A evidência de auditoria ganha confiabilidade quando corroborada por fonte externa à
entidade auditada. Sobre tal procedimento de auditoria, conhecido como confirmação externa, é correto afirmar:

a) A Administração não pode negar permissão para que o auditor envie solicitações de confirmação.

b) Uma vez decidindo-se pela confirmação externa, em regra essa não pode ser suprida por procedimentos alternativos.

c) O auditor deve tratar com o mesmo peso tanto confirmações negativas quanto positivas.

d) O auditor deve manter o controle sobre as solicitações, registrando tanto o envio delas quanto dos segundos pedidos,
quando aplicável.

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e) Obtida a confirmação, faz-se necessário buscar outras evidências de auditoria, ainda que o resultado do procedimento
de confirmação seja relevante e confiável.

RESOLUÇÃO: Vejamos item por item.

Item A: a administração pode negar o pedido de confirmação externa. Segundo a NBC TA 505, no caso da administração
se recusar a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação, o auditor deve:

- Indagar sobre as razões da recusa da administração e procurar evidência de auditoria sobre sua validade e
razoabilidade;

- Avaliar as implicações da recusa da administração na avaliação do auditor dos riscos significativos de distorção
relevante, incluindo o risco de fraude, e sobre a natureza, época e extensão de outros procedimentos de auditoria; e

- Executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante e confiável.

Portanto, alternativa INCORRETA.

Item B: A avaliação do auditor, quando levada em consideração a confirmação externa juntamente com outros
procedimentos de auditoria possivelmente aplicados pelo auditor, pode ajudá-lo a concluir se foi obtida evidência de
auditoria apropriada e suficiente ou se é necessário executar procedimentos adicionais de auditoria. Portanto, a
confirmação externa pode ser suprida por outros procedimentos, dependendo da avaliação do auditor. INCORRETO

Item C: a confirmação positiva tem peso maior. Portanto, as confirmações negativas fornecem evidência de auditoria
menos persuasiva que as confirmações positivas. INCORRETO

Item D: Segundo a NBC TA 505, ao usar procedimentos de confirmação externa, o auditor deve manter o controle sobre
as solicitações de confirmação externa, incluindo:

(a) determinação das informações a serem confirmadas ou solicitadas;

(b) seleção da parte que confirma apropriada para confirmação;

(c) definição das solicitações de confirmação, assegurando-se que as solicitações estão devidamente endereçadas e
que contenham as informações para retorno das respostas diretamente ao auditor; e

(d) envio das solicitações, incluindo 2º pedido, quando aplicável, para a parte que confirma. CORRETO

Item E: O objetivo do auditor, ao usar procedimentos de confirmação externa, é planejar e executar tais
procedimentos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. O auditor deve avaliar se os resultados dos
procedimentos de confirmação externa fornecem evidência de auditoria relevante e confiável, ou se são necessárias
outras evidências de auditoria. Resumindo: se a evidência é relevante e confiável, fim de papo. Se a evidência NÃO é
relevante e confiável, buscar outras evidências de auditoria. INCORRETO

Gabarito: alternativa D.

(CESPE – EMAP – 2018) Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos registros
contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da área, circularização, conciliação
e revisão analítica.

Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o item seguinte.
A circularização é a técnica utilizada para a obtenção de declaração formal e independente de partes internas da área
auditada.

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RESOLUÇÃO: questão bem tranquila. A circularização (confirmação externa) representa evidência de auditoria obtida
como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, junto a fontes externas à entidade, e não de partes
internas da área auditada.

Gabarito: ERRADO.

(CESGRANRIO – LIQUIGÁS – 2018) Ao examinar o razão de uma empresa, durante um trabalho de auditoria, um
auditor se deparou com valores significativos na conta adiantamento a fornecedores, com diferentes datas de
registro, para os quais não houve registro de baixa durante os últimos seis meses. Com o objetivo de confirmar esses
valores junto aos fornecedores, sem evidenciar os valores registrados, o auditor deve enviar carta de confirmação

a) neutra

b) negativa branca

c) negativa preta

d) positiva branca

e) positiva preta

RESOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 505, há dois tipos de confirmação externa:

a) Solicitação de confirmação positiva: é a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao
auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação, ou forneça as informações solicitadas.

b) Solicitação de confirmação negativa: é a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao
auditor somente se discorda das informações fornecidas na solicitação.

A primeira é utilizada quando há necessidade de resposta da pessoa de quem se quer obter uma confirmação formal.
Pode ser usado de duas formas:

- Branco: quando não se colocam os valores nos pedidos de confirmação.

- Preto: quando utilizados saldos ou valores a serem confirmados na data-base indicada.

Vejam que o auditor pediu ao cliente que confirme o valor. Logo, trata-se da confirmação positiva. Como a questão
afirma que não foram evidenciados os valores registrados, trata-se da confirmação positiva em branco.

Gabarito: alternativa D.

Procedimentos de Auditoria Interna


Finalizando o tópico sobre os procedimentos de Auditoria, veremos o que está disposto na NBC TI 01, que
trata dos procedimentos de Auditoria Interna. Não há muitas novidades quanto ao que já aprendemos até aqui,
mas é importante vermos a norma pois muitas bancas retiram suas questões desta norma.

Segundo a NBC TI 01, os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações,


incluindo testes de observância e testes substantivos (já sabemos não é mesmo), que permitem ao auditor

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interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da
entidade.
Nos termos da norma, os testes de observância (testes de controle) visam à obtenção de razoável
segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento,
inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação,
devem ser considerados os seguintes procedimentos:

a) inspeção: verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;

b) observação: acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e

c) investigação e confirmação: obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas


conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.

Já os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos
dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade (nenhuma novidade).

Questões para fixar !


(FCC – CL/DF - 2018) Considere:

I. Verificação de registros, documentos e ativos tangíveis.

II. Acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução.

III. Obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de
informação da entidade.

IV. Obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações,
dentro ou fora da entidade.

Consoante dispõe a NBC TI 01, são procedimentos relacionados aos testes de observância o que consta em

a) I, II e III, apenas.

b) I, II, III e IV.

c) III e IV, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) I, II e IV, apenas.

RESOLUÇÃO: Note que trata de questão literal da NBC TI 01. Nos termos da norma, os testes de observância (testes de
controle) visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão
em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na
sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:

a) inspeção: verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;

b) observação: acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e

c) investigação e confirmação: obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das
transações e das operações, dentro ou fora da entidade.

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Já os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados
produzidos pelos sistemas de informação da entidade.

Sabemos que os tipos de técnicas utilizadas (inspeção, observação, investigação, etc) podem ser utilizados tanto
nos procedimentos substantivos como nos testes de observância (testes de controle). Entretanto, para a NBC TI 01, a
inspeção, a observação, e a investigação e confirmação são utilizados nos testes de observância, e é isso que devemos
levar para a prova. Portanto corretos os itens I, II e IV. O item III trata dos testes substantivos.

Gabarito: alternativa E.

(CESPE – TRE/TO – 2017) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à auditoria interna, os
procedimentos de auditoria interna consistem em exames e investigações que

a) incluem testes de observância e testes substantivos, possibilitando ao auditor a obtenção de subsídios para
fundamentar as conclusões.

b) abrangem testes e processos desconhecidos de uso dos auditores externos, tal como a confirmação.

c) abarcam testes substantivos distintos dos da auditoria independente, tais como inspeções e investigações.

d) possuem finalidade e conceitos distintos dos da auditoria externa; consequentemente, com resultados adversos.

e) utilizam testes com nomenclaturas conhecidas de uso dos auditores externos, como, por exemplo, as inspeções, porém
com conceitos e finalidades distintas.

RESOLUÇÃO: Vejam que o comanda da questão trata dos procedimentos de auditoria interna, devendo ser respondida
de acordo com a NBC TI 01. Vimos que, nos termos da norma, os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames
e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter subsídios
suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. Portanto, mais uma questão
literal retirada da NBC TI 01.

Gabarito: alternativa A.

Procedimentos de Auditoria em itens específicos


Ativo
No ativo, é comum que os procedimentos de auditoria objetivem testar a superavaliação. Vejamos as
principais contas.

01. Conta Caixa


Primeiramente, as contas caixas e equivalentes de caixa, por serem ativos de alta liquidez, normalmente
possuem um risco inerente maior, podendo ser facilmente desviados e usados para fins não autorizados.

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Dessa forma, antes de o auditor executar procedimentos e exames das disponibilidades, é importante
que ele avalie os riscos das contas envolvidas, além de testar o controle interno. Logo, é interessante, no exame
das disponibilidades, verificar os seguintes controles internos relacionados a essa conta:

a) Sistemas de autorização.

b) Sistemas de segregação de funções.

c) Controles de pagamentos e recebimentos.

d) Conciliações.

e) Acesso aos ativos.

Com relação ao caixa, o principal procedimento é efetuar a contagem física de numerário (contagem de
caixa). É importante que essa contagem física seja executada sem aviso prévio, e, se houver mais de um caixa,
que seja feita a contagem de forma simultânea para evitar transferência de numerário de um caixa para o outro
a fim de encobrir desfalques e burlar a contagem. Ademais, durante o processo, o auditor não deve permanecer
sozinho de posse do numerário, fazendo-se acompanhar sempre pelo representante da entidade ou
responsável pelo caixa.

Portanto, com relação ao caixa, o principal objetivo dos procedimentos de auditoria é concluir pela
validade da afirmação existência.
Para a execução desses procedimentos, é importante que o auditor delimite um período de tempo objeto
da contagem para certificar-se de que tudo até essa data determinada esteja registrado, denominado de Cutoff
(corte).

Isso porque, enquanto o auditor está realizando os testes de auditoria, a empresa continua em plena
operação, recebendo os recursos de suas atividades e efetuando os pagamentos. Nessas condições, é
impossível efetuar uma contagem de caixa. Por isso que é preciso determinar a data de corte (cutoff).
Por fim, vale mencionar que, além de executar os testes substantivos mencionados anteriormente, o
auditor pode utilizar os procedimentos estudados no tópico anterior. Por exemplo: pode utilizar a indagação
para questionar funcionários, a inspeção para inspecionar documentação, pode observar a execução do
controle sobre o caixa, entre outros.
SALDO CREDOR DE CAIXA

Um dos principais objetivos ao se executar procedimentos na conta caixa é verificar se houve saldo credor
de caixa, o qual nos fornece indícios de que não foram registradas algumas entradas. Vamos entender.

Partindo para os conhecimentos da contabilidade, sabemos que a conta caixa é uma conta devedora.
Portanto, aumenta o saldo com débitos e reduz o saldo com créditos, o que nos leva a conclusão de que o caixa
jamais poderia ter saldo credor, no máximo teria saldo zero. Saldo credor de caixa ocorre apenas se os valores
que deveriam transitar pelo caixa estiverem sendo omitidos na contabilidade com a utilização do que se
denomina comumente “caixa 2”.

Por exemplo, poderia estar ocorrendo o seguinte: uma empresa vende mercadorias, auferindo receita,
porém não registra tal fato na contabilidade. Em consequência, como não há entradas na conta caixa, o caixa
vai se enfraquecendo a ponto de não ter condições de efetuar os pagamentos “oficialmente”, sob pena de se
tornar negativo (credor). A legislação do imposto de renda considera a ocorrência de saldo credor de caixa uma

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presunção legal de omissão de receitas, por exemplo. Portanto, a razão de existir saldo credor na conta caixa
foi a omissão dos lançamentos que representam receitas à vista (recebimentos) sem a concomitante omissão
dos lançamentos que representam despesas à vista (pagamentos).

No entanto, vejam que, se o contribuinte deixar de escriturar também as despesas, nunca haverá
anomalia no saldo da conta caixa. Logo, se o auditor detectar a omissão de lançamento das despesas à vista,
ele pode concluir que o contribuinte fez isso propositalmente, com o objetivo de ocultar as receitas sem que
ocorresse o “estouro de caixa”. Mas observem que apenas o fato de não escriturar os pagamentos de despesa
não resulta em saldo credor de caixa. O saldo credor de caixa é resultado da não escrituração dos recebimentos.

Dessa forma, a verificação de saldo credor no caixa é um indício de que não foram registradas algumas
entradas. O saldo credor de caixa ou estouro da conta caixa, se não for decorrente de erro (ato não intencional),
indica que decorre de omissão intencional de receitas (fraude).

Para praticar essa fraude, ou caixa 2, a empresa deixa de registrar entradas na conta caixa, mantendo um
caixa paralelo, provavelmente para sonegar impostos ou burlar outros sistemas de controle e prestação de
contas.

No momento em que a entidade registra as saídas de caixa ou o auditor identifica saídas não registradas
e reconstitui o saldo da conta, verifica que há um desequilíbrio não sustentado pela realidade, que é o caixa
negativo ou credor.

Questão para fixar !


(FCC – SEFAZ/SC – 2018) O Auditor Fiscal Rodrigo, continuando seu trabalho de auditoria tributária na empresa
Manezinho Comercial Ltda., em Florianópolis, ao conferir no encerramento do exercício social o Balanço Patrimonial
da empresa, identificou que a rubrica contábil “Caixa-numerário físico” disponível na empresa apresentava saldo
credor. A única opção que poderia explicar essa situação é:

a) pagamentos a fornecedores não contabilizados.

b) adiantamentos recebidos de clientes regularmente contabilizados.

c) pagamentos de despesas não contabilizados.

d) recebimentos de numerários não contabilizados por meio da falta de emissão de documentos fiscais.

e) realização de vendas regularmente contabilizadas e com a respectiva emissão de documentos fiscais pelos valores
corretos da efetiva transação.

RESOLUÇÃO: a razão de existir saldo credor na conta caixa foi a omissão dos lançamentos que representam receitas à
vista (recebimentos) sem a concomitante omissão dos lançamentos que representam despesas à vista (pagamentos).
Dessa forma, a verificação de saldo credor no caixa é um indício de que não foram registradas algumas entradas. O saldo
credor de caixa ou estouro da conta caixa, se não for decorrente de erro (ato não intencional), indica que decorre de
omissão intencional de receitas (fraude). Para praticar essa fraude, ou caixa 2, a empresa deixa de registrar entradas na
conta caixa, mantendo um caixa paralelo, provavelmente para sonegar impostos ou burlar outros sistemas de controle e
prestação de contas. Vejam que a letra C está errada pois o fato de não contabilizar despesas por si só não resulta em saldo
credor de caixa, deve haver uma não contabilização dos recebimentos. A não contabilização de despesas ajuda a
“esconder” que não há saldo credor de caixa.

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Gabarito: alternativa D.

(CESPE – FUNPRESP/JUD - 2016) A data de realização da contagem de caixa deve ser definida pelo auditor em
comum acordo com a empresa auditada.

RESOLUÇÃO: vimos que a contagem de caixa deve ocorrer sem aviso prévio.

Gabarito: ERRADO.

02. Bancos e conciliação bancária


A conta bancos também são ativos de alta liquidez do grupo disponibilidades. O principal procedimento
para confirmar os saldos bancários envolve a confirmação externa (circularização). Portanto, o principal
objetivo dos procedimentos de auditoria da conta Bancos é concluir quanto existência, ou seja, se o valor
contabilizado é real.

Importante também é a necessidade de avaliação do risco inerente da conta e do controle interno


envolvidos. Por exemplo, devem ser levados em conta os sistema de autorizações, limites de alçadas e
distribuição de senhas de acesso.

Da mesma forma que para a conta caixa, é necessário fazer o cutoff, bem como em toda conta que tem
um fluxo constante de entradas e saídas.

Um dos procedimentos básicos na conta bancos é a revisão das conciliações bancária.


A conciliação bancária é o processo que consiste na comparação entre o extrato bancário com as
informações de controle financeiro interno de uma empresa. Consiste na comparação do saldo da conta
existente na escrituração, de movimento patrimonial, com uma informação externa à contabilidade (por
exemplo: extrato bancário), de maneira que se possa ter certeza quanto à exatidão do saldo em análise, em
determinada data. Através desse procedimento, é possível saber se todos os lançamentos contábeis estão de
acordo com o que consta no banco.

O saldo do razão e o saldo do extrato bancário frequentemente estão divergentes, sendo que essas
diferenças devem ser identificadas e ajustadas. Portanto, os testes de conciliações bancárias consistem em
verificar as transações registradas pela empresa e não registradas pelos bancos e vice-versa.

A conciliação lista essas pendências para que a empresa adote as medidas cabíveis no caso de erro ou
identificação de fraudes. Uma dessas medidas cabíveis, por exemplo, seria o lançamento contábil de ajuste do
elemento que consta em um (extrato) e não consta em outro (contabilidade). Como procedimento de auditoria,
o auditor deve revisar as conciliações mensais feitas pela empresa, com o objetivo de apurar os fatos e obter
evidência apropriada e suficiente para fundamentar seu relatório.

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Questões para fixar !


(CESPE – EMAP – 2018) Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos registros
contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da área, circularização, conciliação
e revisão analítica. Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o item
seguinte.

Na conciliação, o auditor deve realizar a retificação dos registros externos em função dos elementos disponíveis na
área auditada.

RESOLUÇÃO: cuidado, o auditor utiliza a conciliação para obter evidências de auditoria, e não para retificar os registros
da entidade. A função de retificar os registros, utilizando a conciliação, é da própria administração.

Gabarito: alternativa A.

(UFPR – UFPR – 2018) Uma equipe de auditores externos está realizando procedimentos de auditoria em uma
determinada organização, nos saldos relacionados às contas do Disponível, mais especificamente na contas de
Bancos Conta Movimento. Assinale a alternativa que apresenta o procedimento mais eficaz para confirmar a
veracidade dos saldos.

a) Analisar as conciliações bancárias.

b) Analisar os extratos bancários.

c) Aplicar procedimentos de confirmação de saldos junto a terceiros.

d) Analisar o razão analítico das contas e confrontá-lo com os respectivos livros diários.

e) Aplicar procedimentos de revisão analítica, mediante verificação da variação dos saldos nos balancetes mensais.

RESOLUÇÃO: A conta bancos também são ativos de alta liquidez do grupo disponibilidades. O principal procedimento
para confirmar os saldos bancários envolve a confirmação externa (circularização). Portanto, o principal objetivo dos
procedimentos de auditoria da conta Bancos é concluir quanto existência, ou seja, se o valor contabilizado é real. Cuidado
com a letra A e B, pois a conciliação bancária é utilizada para verificar se todos os lançamentos contábeis estão de acordo
com o que consta no extrato bancário. Para confirmar os saldos bancários, utiliza-se a confirmação.

Gabarito: alternativa C.

03. Contas a Receber


Contas a receber representam os direitos adquiridos por vendas a prazo de bens e serviços. Os
procedimentos mais comumente aplicados às contas a receber são:
a) Contagem de duplicatas a receber;

b) Confirmação de contas a receber (circularização): uma listagem de todos os títulos a receber serve
como base para obtenção de confirmação direta do devedor;

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c) Recálculo de juros e correções: avaliação do valor líquido realizável;

d) Revisão da classificação de curto e longo prazo;


e) Conferência de valores;

f) Correlação com vendas;

g) Testes de duplicatas descontadas: identificação das duplicatas descontadas por meio de confirmação
bancária;

e) Avaliação de estimativas de perdas.

Entretanto, o principal procedimento é a confirmação externa.

Algumas afirmações que o auditor precisa validar quanto às contas a receber são: existência, avaliação,
direitos e obrigações, apresentação e divulgação.

Observe que há, normalmente, mais de uma afirmação a ser validada, o que pode exigir procedimentos
adicionais de auditoria. Ainda assim, podemos destacar a confirmação como procedimento básico.

Como em todas as contas de movimentação constante, é preciso fazer o cutoff. As contas a receber
nascem e são baixadas constantemente, então o auditor precisa delimitar esse espaço de análise mediante
cutoff.

Questão para fixar !


(FEPESE – CRICIÚMA/SC - 2017) Ao final de determinado exercício social a empresa Presta Tudo Ltda. tem um saldo
relevante na conta do ativo “Duplicatas a receber”. Para a obtenção de razoável segurança de que o saldo da conta
representa com veracidade as transações realizadas o auditor poderá:

a) Verificar se o valor das vendas à vista é inferior ao saldo da conta “Duplicatas a receber”.

b) Confirmar se a conta de resultado “Custo dos Serviços Prestados” recebeu o lançamento contábil da contrapartida com
saldo igual ao da conta “Duplicatas a receber”.

c) Remeter carta aos fornecedores dos quais a empresa realizou compras a prazo solicitando a confirmação do saldo.

d) Enviar carta aos clientes para os quais a empresa realizou vendas a prazo solicitando a confirmação do saldo.

e) Comparar o saldo da conta “Duplicatas a receber” com o percentual de lucro obtido em exercícios sociais anteriores.

RESOLUÇÃO: para confirmar um saldo de contas a receber, é indicada a confirmação externa diretamente dos clientes.
A forma da solicitação externa está descrita e na letra D.

Gabarito: alternativa D.

04. Estoques
Segundo a NBC TA 501, se o estoque for relevante para as demonstrações contábeis, o auditor deve obter
evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação a existência e as condições do estoque mediante:

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(a) acompanhamento da contagem física dos estoques, a não ser que seja impraticável, para:

(i) avaliar as instruções e os procedimentos da administração para registrar e controlar os resultados da


contagem física dos estoques da entidade;

(ii) observar a realização dos procedimentos de contagem pela administração;

(iii) inspecionar o estoque; e

(iv) executar testes de contagem; e

(b) execução de procedimentos de auditoria nos registros finais de estoque da entidade para determinar
se refletem com precisão os resultados reais da contagem de estoque.

Portanto, o principal procedimento relacionado aos estoques é o acompanhamento do inventário físico


(contagem) e confronto dos resultados com os registros contábeis. Esse acompanhamento deve ser executada
sem aviso prévio. Além disso, as inspeções físicas acompanhadas da contagem asseguram a real existência dos
estoques.

Como qualquer conta, um determinado procedimento de auditoria pode gerar evidência sobre uma
afirmação específica, deixando algumas afirmações sem respostas, o que exige aplicação de outros
procedimentos.
Outros procedimentos comumente usados nos estoques são:
a) Revisão dos procedimentos de inventário realizado pelo cliente.

b) Exame dos documentos de entrada e saída de estoque.

c) Análise de estoques de baixa rotatividade.

d) Confirmação de estoques em poder de terceiros

e) Testes de avaliação de estoques.

Como em todas as contas de movimentação constante, é preciso fazer o cutoff. Esse processo tem por
finalidade assegurar que uma movimentação de última hora dos estoques não afete a integridade do
inventário. É a definição do momento em que os registros contábeis refletem o inventário (definir uma data
limite para interromper a contabilização de novas transações).

No caso de estoques em poder de terceiros, situação comum na industrialização por encomenda e na


consignação, o auditor deve obter a confirmação da existência desses estoques, sendo recomendável, segundo
a boa prática e a doutrina, que se faça a inspeção em vez de mera confirmação. Portanto, uma simples
confirmação do fornecedor não é suficiente para assegurar a exatidão de seu montante.

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Questões para fixar !


(FGV – ISS/CUIABÁ - 2016) Um auditor precisa avaliar os estoques de entidade auditada. As opções a seguir
apresentam possíveis procedimentos de auditoria para lidar com riscos avaliados de distorção relevante decorrente
de fraude em relação à quantidade do estoque, à exceção de uma. Assinale-a.

a) Examinar os registros de estoque da entidade, identificando os locais que exigem atenção específica durante ou após a
contagem física do estoque.

b) Realizar contagens físicas de estoque em datas pré-agendadas e traçar um cronograma escalonado para contagens
físicas de estoques em diferentes localidades.

c) Conduzir contagens de estoque no fim ou perto do fim do período de reporte.

d) Executar procedimentos adicionais durante a observação da contagem física de estoques, como examinar mais
rigorosamente o conteúdo de itens encaixotados.

e) Comparar as quantidades para o período corrente com períodos anteriores por classe ou categoria de estoque, local ou
outros critérios, ou comparação de quantidades contadas com registros de estoques.

RESOLUÇÂO: vejam que o único item incorreto é a letra B, pois recomenda-se a contagem seja feito sem aviso prévio.
Todas a outras alternativas constituem procedimentos adequados para os estoques.

Gabarito: Alternativa B.

(FEPESE – CRICIÚMA/SC - 2017) Se o estoque for relevante para as demonstrações contábeis, o auditor deve obter
evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação à existência e às condições do estoque mediante:

a) Avaliação da estratégia de compras e escolha de fornecedores pela entidade.

b) Determinação do ponto em que novos pedidos de compra devem ser realizados para evitar que a entidade fique sem
estoque.

c) Execução de procedimentos de auditoria nos registros finais de estoque da entidade para determinar se refletem com
precisão os resultados reais da contagem de estoque.

d) Avaliação se a quantidade e os montantes em estoque estão em consonância com os concorrentes e comunicar à


administração da entidade os casos discrepantes.

e) Análise da oportunidade e conveniência da manutenção de estoques e do processo de armazenagem, determinação do


nível de estoque ótimo e comunicar à administração da entidade os casos divergentes.

RESOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 501, se o estoque for relevante para as demonstrações contábeis, o auditor deve obter
evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação a existência e as condições do estoque mediante:

(a) acompanhamento da contagem física dos estoques, a não ser que seja impraticável, para:

(i) avaliar as instruções e os procedimentos da administração para registrar e controlar os resultados da contagem
física dos estoques da entidade;

(ii) observar a realização dos procedimentos de contagem pela administração;

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(iii) inspecionar o estoque; e

(iv) executar testes de contagem; e

(b) execução de procedimentos de auditoria nos registros finais de estoque da entidade para determinar se
refletem com precisão os resultados reais da contagem de estoque.

Portanto, correto a letra C.

Gabarito: Alternativa C.

05. Investimentos
Os investimentos da empresa são constituídos por participação no capital social de outras empresas e outros
investimentos.

O objetivo do exame nessa área é verificar o comportamento dos investimentos realizados pela empresa
auditada.

Os principais procedimentos são:

a) Exame documental de títulos de investimento: verificar os documentos comprobatórios da existência dos


investimentos.

b) Verificação da contabilização do investimento: conferir cálculos, levando em consideração as aquisições e


variações dos investimentos, confrontando com os registros contábeis.

c) Avaliação dos investimentos em controladas e coligadas: avaliar a aplicação do Método de Equivalência


Patrimonial – MEP, verificando descrições dos investimentos, aquisições e baixas de ações, ajustes de equivalência
patrimonial.

06. Imobilizado
Os bens do imobilizado geralmente representam uma parcela significativa dos ativos da empresa. São
procedimentos aplicados no imobilizado:

a) Inspeção física e documental.


b) Recálculo de ajustes (impairment).
c) Recálculo de depreciações.

Da mesma forma que para as outras contas do ativo, a principal preocupação na auditoria do imobilizado
é quanto à superavaliação. O auditor deve avaliar a razoabilidade das estimativas da administração,
depreciações e presença de bens obsoletos e inservíveis. São nos critérios de reconhecimento que se pontuam
os principais pontos de atenção. Um item deve ser reconhecido como imobilizado se, simultaneamente,

(1) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade e
(2) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente.

Deve-se ficar atento também à classificação de itens como equipamentos para uso e peças de reposição,
cuja classificação no imobilizado depende de sua expectativa de vida útil.

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Os exames referentes ao ativo imobilizado têm como objetivos principais:

a) a verificação da existência, propriedade e posse desses bens, assim como de ônus sobre eles;
b) sua contabilização, inclusive classificação;

c) os critérios de avaliação adotados, compreendidas atualizações, acréscimos, reavaliações,


depreciações e baixas;

d) Possível subavaliação da depreciação;

e) Possível superavaliação do ativo.

O auditor deve ficar atento à capitalização das contas, pois dispêndios de manutenção podem estar sendo
lançados na conta do ativo em vez de nas contas de despesas e manutenção, gerando superavaliação do ativo,
e reduzindo o resultado. É necessário realizar testes das despesas de manutenção e reparo, para averiguar se
estão sendo tratadas como despesa do ano.
Ademais, despesas que aumentam a vida útil do ativo devem ser capitalizadas e passar a compor o
próprio bem, sofrendo depreciação com este. É necessário realizar exames documentais e de registros
contábeis, bem como conferência de cálculo, com o intuito de verificar a vida útil dos bens e as taxas de
depreciação utilizadas.

Passivo
Os passivos são mais testados para a subavaliação.

Ocorrência, classificação, valoração, integridade são algumas das afirmações a serem validadas.

A confirmação externa será sempre um importante procedimento, especialmente por ser externo à
entidade, para confirmar informações de conhecimento de terceiros.

Entretanto, o auditor não deve se limitar à confirmação externa. Procedimentos adicionais como análise
da correlação com estoques e compras, exame das duplicatas e faturas, boletins de contas a pagar e recálculo
de juros podem gerar evidências adicionais.

Por fim, o auditor pode se deparar com passivo fictício que, como o nome sugere, é um passivo registrado,
mas que não existe de fato. A manutenção de passivo fictício está associada, geralmente, à omissão de receitas.
Quanto à conta fornecedores, o auditor tem como objetivo assegurar-se que as obrigações relativas aos
fornecedores estão contabilizadas e são realmente devidas.

Alguns procedimentos para a conta fornecedores são:

a) Listagem de fornecedores: identificar os fornecedores por meio de uma listagem analítica de todos os
passivos da empresa em determinada data.
b) Verificação de valores de contas a pagar: conferências de cálculos e exames documentais para conciliar
as notas fiscais com as contas contábeis.
c) Confirmação direta com fornecedores.

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Questão para fixar !


(CESPE – FUNPRESP/JUD – 2016) Os testes de subavaliação são comumente indicados para itens que compõem os
ativos e as despesas; e os testes de superavaliação costumam ser recomendados às contas de passivo e de receitas.

RESOLUÇÃO: Ativos e receitas são mais testados para superavaliação. Passivos e despesas para subavaliação.

Gabarito: ERRADO.

Amostragem em Auditoria
Vamos começar agora um tema bastante importante para nossos estudos, e muito cobrado pelas bancas.

A norma que disciplina a amostragem de Auditoria é a NBC TA 530, que trata do uso de amostragem
estatística e não estatística na definição e seleção da amostra de auditoria, na execução de testes de controles
e de detalhes e na avaliação dos resultados da amostra.
Antes de começar a falar sobre amostragem, vamos entender a sua utilização nos trabalhos de auditoria.

Aprendemos ainda nesta aula que os procedimentos de auditoria fornecem evidência de auditoria
apropriada e suficiente quando, considerada com outra evidência de auditoria obtida ou a ser obtida, será
suficiente para as finalidades do auditor. Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens a serem
testados são:

(a) Seleção de todos os itens (exame de 100%, também chamado de censo);

(b) Seleção de itens específicos; e


(c) Amostragem de auditoria.
O exame de 100% dos itens (censo) raramente é aplicável na prática, pois as firmas de auditoria não
possuem estrutura e tempo suficientes para fiscalizar a totalidade dos registros que fazem parte da
competência dos seus trabalhos. É por essa razão que são definidas as prioridades da auditoria e o escopo dos
trabalhos.
A seleção de todos os itens (Censo) é apropriada quando a população é pequena. Em certos casos, é
possível realizarmos os testes de auditoria na totalidade dos elementos do universo, por exemplo quando a
quantidade de empregados constante da folha de pagamento da empresa a ser auditada for muito pequena.

O censo também é necessário quando se espera obter uma alta precisão, como é o caso do censo
promovido pelo IBGE, para que se verifique as características da população brasileira.

Já a seleção de itens específicos é indicada para selecionar um item em especial, de valor elevado ou com
maior propensão a erros. Como é uma amostragem não estatística, ou seja, baseada na experiência do auditor
ou no conhecimento da população, não pode ter seus resultados projetados para a população.

Desse modo, ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a testar,
o auditor pode empregar técnicas de amostragem. A amostragem é a utilização de um processo para obtenção

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de dados aplicáveis a um conjunto, denominado universo ou população, por meio do exame de uma parte deste
conjunto denominada amostra.
O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização das auditorias em situações
onde o objeto alvo da ação se apresenta em grandes quantidades e/ou se distribui de maneira bastante
pulverizada. A amostragem é também aplicada em função da necessidade de obtenção de informações em
tempo hábil, em casos em que a ação na sua totalidade se torne impraticável.

Os trabalhos de auditoria dificilmente não utilizarão a amostragem como ferramenta de coleta de


evidências, tanto para testes de controle como para os testes substantivos. Não é algo factível a utilização do
censo para todos os grupos de contas ou controles, pois haveria restrições de custo, de tempo, transformando
a auditoria em um procedimento extremamente longo e custoso.

Portanto, a amostragem tem como objetivo conhecer as características de interesse de uma determinada
população a partir de uma parcela representativa. É um método utilizado quando se necessita obter
informações sobre um ou mais aspectos de um grupo de elementos (população) considerado grande ou
numeroso, observando apenas uma parte do mesmo (amostra).

As informações obtidas dessa parte somente poderão ser utilizadas de forma a concluir algo a respeito
do grupo, como um todo caso esta seja representativa. A representatividade é uma característica fundamental
para a amostra, que depende da forma de seleção e do tamanho da amostra.

Segundo a NBC TA 530, amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em


menos de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de
amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que
possibilite o auditor concluir sobre toda a população.

Para uma amostra ser considerada representativa de uma população, ela deve possuir as características
de todos os elementos da mesma, ou seja, todas as unidades de amostragem devem ter a mesma chance de
serem selecionadas.

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A decisão pela utilização da amostragem estatística ou não estatística é questão de julgamento


profissional do auditor, conforme o caso, ou seja, o uso da amostragem, apesar de disseminado nas auditorias,
não é procedimento obrigatório. Entretanto, decidindo por ele, o auditor deve atender aos ditames da NBC TA
530, que orienta a sua utilização em auditoria.

Resumindo, a amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100%


das unidades que compõem a população, denominado amostras, que é a subpopulação selecionada para a
aplicação dos testes. Mediante uma amostra adequadamente selecionada, é possível tirar conclusões sobre
uma população.
Segundo a NBC TA 530, o objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, é o de proporcionar
uma base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada.

Fique atento !
Existem várias razões que justificam a utilização de amostragem, entre as quais se destacam:

- Economicidade dos meios: quando os recursos humanos e materiais são escassos, a amostragem se torna
imprescindível, tornando o trabalho do auditor bem mais fácil e adequado.

- Tempo: quando as informações das quais se necessitam são valiosas e tempestivas, o uso de amostra também se justifica

- Confiabilidade: a confiabilidade dos dados é maior com a utilização da amostragem, pois, devido ao número reduzido
de elementos, pode-se dar mais atenção aos casos individuais, evitando erros nas respostas. Além disso, a
operacionalidade em pequena escala torna mais fácil o controle do processo como um todo.

Entretanto, apesar dos benefícios da amostragem, em algumas situações não se recomenda a sua utilização, tais como:

a) quando a população é considerada muito pequena e a sua amostra fica relativamente grande. Em populações muito
pequenas, a amostra atinge valor quase que equivalente à população, o que equivaleria, em termos de custos, à realização
de um censo.

b) quando as características da população são de fácil mensuração, mesmo que a população não seja pequena; e

c) quando há a necessidade de alta precisão, recomenda-se fazer censo, que nada mais é do que o exame da totalidade
da população.

d) há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de auditoria apropriada e suficiente.

Questões para fixar !


(FGV – AL/RO – 2018) Assinale a opção que indica o critério que deve ser adotado na decisão quanto ao uso de
abordagem de amostragem estatística ou não estatística no processo de auditoria de uma entidade

a) O julgamento do auditor.

b) A experiência do auditor.

c) O tamanho da amostra.

d) A representatividade da amostra.

e) O nível de risco de amostragem que a empresa auditada oferece.

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RESOLUÇÃO: vimos que a decisão pela utilização da amostragem estatística ou não estatística é questão de julgamento
profissional do auditor, conforme o caso, ou seja, o uso da amostragem, apesar de disseminado nas auditorias, não é
procedimento obrigatório. Entretanto, decidindo por ele, o auditor deve atender aos ditames da NBC TA 530, que orienta
a sua utilização em auditoria.

Gabarito: alternativa A.

(FCC – DPE/RS – 2017) Nos termos da Instrução Normativa IN n° 01/2001 da Secretaria Federal de Controle Interno −
SFCI do Ministério da Fazenda, quando da necessidade de obtenção de informações em tempo hábil, em casos em
que a ação na sua totalidade se torna impraticável, é necessária a aplicação

a) dos papéis de trabalho.

b) do registro das constatações.

c) da amostragem.

d) da escrituração contábil.

e) das notas remissivas.

RESOLUÇÃO: note que não precisamos saber os termos da Instrução Normativa n° 01/2001 para responder a questão.
Sabemos que, segundo a NBC TA 530, amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos
de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem
tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir
sobre toda a população. O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização das auditorias em
situações onde o objeto alvo da ação se apresenta em grandes quantidades e/ou se distribui de maneira bastante
pulverizada. A amostragem é também aplicada em função da necessidade de obtenção de informações em tempo hábil,
em casos em que a ação na sua totalidade se torne impraticável. Portanto, nosso gabarito é a letra C.

Gabarito: alternativa C.

(CESPE – TRE/BA – 2017 – ADAPTADA) Amostragem em auditoria consiste na aplicação dos procedimentos de
auditoria a todos os itens da população relevante para fins de auditoria, de forma que todas as unidades de
amostragem tenham a mesma chance de ser selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite ao
auditor obter conclusão sobre toda a população.

RESOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 530, amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos
de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem
tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir
sobre toda a população.

Gabarito: ERRADO.

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(CESPE – FUB – 2013) O exame de todos os documentos e operações pode ser desejável e adequado quando esses
documentos ou operações forem poucos e de valor unitário elevado, ou, também, quando houver risco relevante e
outros meios não oferecerem evidência de auditoria apropriada e suficiente.

RESOLUÇÃO: A seleção de todos os itens (Censo) é apropriada quando a população é pequena. Em certos casos, é possível
realizarmos os testes de auditoria na totalidade dos elementos do universo, por exemplo quando a quantidade de
empregados constante da folha de pagamento da empresa a ser auditada for muito pequena. O censo também é
necessário quando se espera obter uma alta precisão, como é o caso do censo promovido pelo IBGE, para que se verifique
as características da população brasileira.

Gabarito: CORRETO.

(CESPE – TRT/21ª REGIÃO – 2010) A aplicação de procedimentos de auditoria a todos os pagamentos efetuados a
fornecedores de equipamentos de informática para determinado órgão da administração pública não é considerada
amostragem de auditoria.

RESOLUÇÃO: A seleção de todos os itens denomina-se Censo.

Gabarito: CORRETO.

Amostragem Estatística e Não Estatística


A amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria em relação a
algumas características dos itens selecionados de modo a concluir, ou ajudar a concluir sobre a população da
qual a amostra é retirada. A amostragem em auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem de
amostragem não estatística como a estatística. Vimos que a decisão pela utilização da amostragem
estatística ou não estatística é questão de julgamento profissional do auditor, conforme o caso.

Segundo a NBC TA 530, a amostragem estatística é a abordagem à amostragem com as seguintes


características:
(a) seleção aleatória dos itens da amostra; e
(b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensuração do
risco de amostragem.

A abordagem de amostragem que não tem as características (a) e (b) é considerada uma amostragem
não estatística. Vamos entender.
A amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada cientificamente com a finalidade de
que os resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acordo com a teoria da probabilidade ou as
regras estatísticas, ou seja, o núcleo da diferença entre a amostragem estatística e a não estatística é a
utilização, pela primeira, da teoria das probabilidades.

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Quando a amostragem se fundamenta em leis estatístico-matemáticas e seleção aleatória, sendo


possível mensurar matematicamente as variáveis envolvidas, como o risco de amostragem, níveis de erro e
confiança, teremos amostragem estatística. Dessa forma, a amostragem estatística tem como característica
fundamental o fato de poder ser submetido a tratamento estatístico, sendo, portanto, os resultados obtidos na
amostra generalizáveis para a população.

Já a abordagem não estatística é que este se baseia, principalmente, na experiência do auditor, tornando
inviável a aplicação de tratamento estatístico a seus resultados, bem como a generalização dos resultados
obtidos através da amostra para a população.

Portanto, não se utilizando de técnicas matemáticas e seleção aleatória, teremos uma amostragem não
estatística.

Uso da teoria das


probabilidades. Pode-
Estatística se concluir sobre a
amostra e a populaçao
Amostragem
Uso da experiência do
Auditor. As conclusões
Não estatística valem apenas para a
amostra

A amostragem não estatística aparenta ser falha pelo fato de não podermos medir os riscos nem definir
matematicamente as conclusões, resultando em ausência de segurança científica para as conclusões. Contudo,
é inegável a sua utilidade dentro de determinados contextos, por exemplo, na busca exploratória de
informações ou sondagem, quando se deseja obter informações detalhadas sobre questões particulares,
durante um espaço de tempo específico. Assim, seus resultados podem ser considerados em pareceres e
relatórios, em algumas circunstâncias.

Concluindo, na amostragem estatística, os itens são selecionados de modo que cada unidade de
amostragem tenha uma probabilidade conhecida de ser selecionada, enquanto na amostragem não estatística,
o julgamento é usado para selecionar os itens da amostra. Como a finalidade da amostragem é a de fornecer
base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada, é importante que
ele selecione uma amostra representativa, em que os itens da amostra tenham características típicas da
população, de modo a evitar tendenciosidade ou representação não honesta da população.

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Questões para fixar !


(CESPE – FUNPRESP/JUD – 2016) Acerca de amostragem em auditoria, julgue o seguinte item.

Na execução de procedimentos de auditoria, o uso da amostragem se restringe à amostragem estatística, que


consiste essencialmente na seleção aleatória dos itens que comporão a amostra.

RESOLUÇÃO: Vimos que a amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria em
relação a algumas características dos itens selecionados de modo a concluir, ou ajudar a concluir sobre a população da qual
a amostra é retirada. A amostragem em auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem de amostragem não
estatística como a estatística.

Gabarito: ERRADO.

(CESPE – TELEBRÁS – 2013) Em auditoria, quando a população é muito grande, deve-se realizar a amostragem, que
é a aplicação dos procedimentos exclusivamente estatísticos na totalidade da população para a seleção de uma
amostra representativa do estudo.

RESOLUÇÃO: dois erros na questão. A amostragem em auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem de
amostragem não estatística como a estatística. Ademais, segundo a NBC TA 530, amostragem em auditoria é a aplicação
de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira
que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base
razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população.

Gabarito: ERRADO.

População e Unidade de Amostragem


Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria
e as características da população da qual será retirada a amostra. População é um conceito oriundo da
estatística, sendo definido como o conjunto de itens ou eventos semelhantes que interessa para alguma
questão ou experimento.

Para a auditoria, a população possui características especiais, sendo o conjunto completo de dados sobre
o qual a amostra é selecionada e sobre o qual o auditor deseja concluir.
Não é qualquer população, mas aquela oriunda dos registros da contabilidade, ou seja, é mais qualificada.
As normas de auditoria não fazem nenhuma referência ou menção ao termo “população contábil”, tratam o
assunto genericamente como “população”. Apesar disso, o assunto já foi mencionado em prova de concurso,
devendo o aluno ficar atento quanto a esse termo.

A Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população. As unidades
de amostragem podem ser itens físicos (por exemplo, cheques relacionados em comprovante de depósito,

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lançamentos de crédito em extratos bancários, faturas de venda ou saldos de devedores) ou unidades


monetárias.
Como a finalidade da amostragem é a de fornecer base razoável para o auditor concluir quanto à
população da qual a amostra é selecionada, é importante que o auditor selecione uma amostra representativa,
de modo a evitar tendenciosidade mediante a escolha de itens da amostra que tenham características típicas
da população. Assim, sua seleção deve ser desprovida de qualquer viés e deve ser representativa da população
testada. É preciso, portanto, que o auditor defina adequadamente o tamanho e a forma de seleção da amostra,
a partir da correta identificação da população.

Questão para fixar !


(CESPE – IBAMA – 2013) Com relação a controle interno, julgue o item que se segue.

Uma amostra, para ser considerada representativa de determinada população, deve conter as características dos
elementos dessa população.

RESOLUÇÃO: Como a finalidade da amostragem é a de fornecer base razoável para o auditor concluir quanto à população
da qual a amostra é selecionada, é importante que o auditor selecione uma amostra representativa, de modo a evitar
tendenciosidade mediante a escolha de itens da amostra que tenham características típicas da população. Assim, sua
seleção deve ser desprovida de qualquer viés e deve ser representativa da população testada. Portanto, para ser
representativa, deve representar de forma honesta a população.

Gabarito: CORRETO.

Risco de Amostragem
Segundo a NBC TA 530, o Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em
amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.

É preciso entender que o sempre haverá, no processo de amostragem, algum risco envolvido. Isso porque
não é possível concluir sobre o todo a partir de uma amostra sem aceitar determinados riscos. O objetivo do
auditor, portanto, é administrar o risco, a partir de uma adequada definição do tamanho da amostra e
estabelecimento da população-alvo.
Vamos partir agora para o estudo dos riscos de amostragem que podem levar a conclusões errôneas.

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01. RISCO DE AMOSTRAGEM NOS TESTES DE CONTROLE


01.1. Risco de Superavaliação de confiabilidade (ou superdependência dos controles internos)

É o risco que leva o auditor a acreditar que os controles são considerados mais eficazes do que realmente
são, ou seja, a amostragem realizada pelo auditor o leva a crer que os controles são mais eficazes do que
realmente são. O auditor está preocupado com esse tipo de conclusão errônea porque ela afeta a EFICÁCIA da
auditoria e é provável que leve a uma opinião de auditoria não apropriada.

Mas qual o motivo de afetar a eficácia da auditoria? Explico. Ao acreditar que os controles são mais
eficazes do que realmente são, o auditor estaria confiando excessivamente nos controles para minimizar a
ocorrência de distorções, e, consequentemente, deixará de executar alguns testes em algumas áreas, sob a
premissa de que os controles internos estabelecidos são suficientes para minimizar e evitar as distorções.
Entendidos?

01.2. Risco de Subavaliação de confiabilidade (ou subdependência dos controles internos)


Aqui temos o contrário. É o risco que leva o auditor a acreditar que os controles são considerados menos
eficazes do que realmente são. Esse tipo de conclusão errônea afeta a EFICIÊNCIA da auditoria porque ela
normalmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer que as conclusões iniciais estavam incorretas.
Vamos entender. Ao acreditar que os controles são menos eficazes do que realmente são, o auditor teria
que realizar mais testes substantivos por não ter considerado os controles eficazes para livrar as demonstrações
contábeis de distorção. Esse tipo de conclusão equivocada não aumenta a possibilidade de a opinião da
auditoria ser inadequada no relatório, por isso dizemos que não afeta a eficácia. Entretanto, há uma perda de
eficiência enorme, já que o auditor não aproveitará todo o potencial dos controles internos nas suas
considerações de risco, havendo, naturalmente, avaliações em excesso em alguns elementos
desnecessariamente, resultando em perda de eficiência. Entendidos?

02. RISCO DE AMOSTRAGEM NOS PROCEDIMENTOS SUBSTANTIVOS


02.1. Risco de aceitação incorreta
Passamos agora a estudar os riscos de amostragem nos procedimentos substantivos. O risco de aceitação
incorreta é o risco em que não seja identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela existe. O auditor
está preocupado com esse tipo de conclusão errônea porque ela afeta a EFICÁCIA da auditoria e é provável que
leve a uma opinião de auditoria não apropriada. Ou seja, o auditor está concluindo que os saldos contábeis não
são materialmente incorretos, mas na realidade são, emitindo uma opinião inapropriada, o que afeta a eficácia
da auditoria.

02.2. Risco de rejeição incorreta

Aqui ocorre o contrário ao risco de aceitação incorreta. É o risco quando o auditor identifica uma distorção
relevante, quando, na verdade, ela não existe. Esse tipo de conclusão errônea afeta a EFICIÊNCIA da auditoria
porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer que as conclusões iniciais estavam
incorretas. O auditor está concluindo com base na amostra que a informação contábil contém distorção
material quando na realidade não tem. Temos, então, situação que afeta apenas a eficiência da auditoria, pois
serão demandados procedimentos adicionais até que se conclua pela ausência de distorções. O auditor vai
auditar em excesso algumas áreas para tentar encontrar uma distorção que não existe.

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Esquematizando o risco de amostragem, temos:

Superavaliação
de
Nos testes de confiabilidade
controle
Subavaliação de
confiabilidade
Risco de
Amostragem
Aceitação
Nos incorreta
procedimentos
substantivos Rejeição
Incorreta

Concluindo as consequências dos riscos nos testes de controle e nos procedimentos substantivos,
verificamos que podem influenciar tanto a eficácia quanto a eficiência da auditoria. A eficácia refere-se ao
resultado da auditoria, ou seja, a opinião do auditor está inadequada. A eficiência da auditoria refere-se aos
resultados e ações que fazem com que o trabalho seja conduzido de forma pouco econômica, com avaliações
e exames aplicados além da medida necessária, mas não trazem riscos para a opinião do auditor.

Questões para fixar !


(FCC – DPE/AM – 2018) Risco de amostragem pode ser definido como

a) o risco de que a conclusão do auditor seja errônea por empregar inadequadamente a técnica de circularização.

b) o risco de que a conclusão do auditor tenha sido tomada sujeitando toda a população ao mesmo procedimento de
auditoria.

c) o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser igual se toda a população fosse sujeita ao
mesmo procedimento de auditoria.

d) o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao
mesmo procedimento de auditoria.

e) a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo de distorção ou desvio em uma população.

RESOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 530, o Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em
amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. Questão retirada
de maneira literal da norma.

Gabarito: alternativa D.

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(FGV – TCM/SP – 2015) Na determinação da extensão dos testes de auditoria, em geral, o auditor emprega técnicas
de amostragem, porém essas apresentam alguns riscos. Acerca dos riscos de amostragem, avalie as afirmativas a
seguir.

I) O nível do risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar dos resultados afeta o tamanho da amostra.

II) O auditor está sujeito aos riscos de amostragem tanto nos testes substantivos quanto nos testes de observância.

III) Os riscos de superavaliação de confiabilidade e o risco de aceitação incorreta afetam a eficiência da auditoria, pois
em geral conduzem o auditor a realizar trabalhos adicionais.

IV) Os riscos de subavaliação da confiabilidade e o risco de rejeição incorreta afetam a eficácia da auditoria e têm mais
probabilidade de conduzir a uma conclusão errônea.

É correto o que se afirma em:

a) somente I e II;

b) somente II e III;

c) somente III e IV;

d) somente I, II e IV;

e) I, II, III e IV.

RESOLUÇÃO:

Item I: Segundo a NBC TA 530, o nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho
da amostra exigido. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra
(veremos o tópico “tamanho da amostra” a seguir). CORRETO

Item II: aprendemos que o Risco de Amostragem atinge tanto os testes de controle como os procedimentos substantivos.
CORRETO

Item III: o que atinge a EFICIÊNCIA da auditoria são os Risco de Subavaliação de confiabilidade e o Risco de rejeição
incorreta. INCORRETO

Item IV: o que atinge a EFICÁCIA da auditoria são os Riscos de Superavaliação da confiabilidade e o Risco de aceitação
incorreta. INCORRETO

Gabarito: alternativa A.

(CESPE – POLÍCIA FEDERAL – 2013) Com base nas normas aplicáveis à auditoria independente, julgue os itens
subsecutivos.

O não reconhecimento de uma distorção ou de um desvio constitui um risco resultante do uso de amostragem em
auditoria.

RESOLUÇÃO: na verdade, constitui risco não resultante de auditoria. Segundo a NBC TA 530, o risco não resultante de
amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer outra razão que não seja
relacionada ao risco de amostragem. É o risco que não tem origem no procedimento da amostragem. Decorre de outros

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fatores, estranhos ao processo da amostragem. O fato de existir um risco não resultante da amostragem evidencia-nos
que, mesmo quando rigorosamente bem-feita a amostragem, os riscos não estão eliminados.

Já o Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se
toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.

Gabarito: ERRADO.

(CESPE – TC/DF - 2012) Embora a amostra seja selecionada cientificamente e o emprego da amostragem estatística
seja recomendável quando os itens da população apresentem características homogêneas, permanece a
possibilidade de a conclusão obtida com base na amostragem ser diferente daquela que seria conseguida se 100% da
população fosse examinada pelo mesmo procedimento de auditoria.

RESOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 530, o Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em
amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.

Gabarito: CORRETO.

Por fim, é importante saber o conceito de Risco não resultante de Amostragem. Segundo a NBC TA 530,
o risco não resultante de amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer
outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem. É o risco que não tem origem no procedimento
da amostragem. Decorre de outros fatores, estranhos ao processo da amostragem. O fato de existir um risco
não resultante da amostragem evidencia-nos que, mesmo quando rigorosamente bem-feita a amostragem, os
riscos não estão eliminados.
Os exemplos de risco não resultante da amostragem incluem o uso de procedimentos de auditoria não
apropriados ou a interpretação errônea da evidência de auditoria e o não reconhecimento de uma distorção ou
de um desvio. Esse risco não pode ser controlado matematicamente. Para combatê-lo, o auditor recorre a
treinamento, supervisão dos trabalhos e planejamento de auditoria.

Erro tolerável
Vamos passar ao estudo do erro amostral tolerável, que são denominados desvios e distorções. Se o erro
for resultado dos exames nos testes de controle, será denominado desvio. Por outro lado, se o erro resultar dos
exames em procedimentos substantivos, será denominado distorção.

01. Taxa tolerável de desvio


Segundo a NBC TA 530, a Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos procedimentos de controles
internos previstos, definida pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa taxa de
desvio não seja excedida pela taxa real de desvio na população.
Ao considerar as características de uma população, para testes de controles, o auditor faz uma avaliação
da taxa esperada de desvio com base no entendimento do auditor dos controles relevantes ou no exame de

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pequena quantidade de itens da população. Essa avaliação é feita para estabelecer a amostra de auditoria e
determinar o tamanho dessa amostra.
O desvio tolerável significa o máximo de erro em uma população que o auditor está disposto a aceitar em
uma amostragem, em relação ao controle interno. Essa consideração tem forte ligação com o conceito de
materialidade. O desvio tolerável pode ter o mesmo valor ou valor menor que o da materialidade na execução
da auditoria.

Por exemplo, caso se verifique, na avaliação dos resultados de uma amostra, mediante o emprego do
teste de controle, que a taxa de desvios da amostra é maior que a taxa tolerável de desvio, então a amostragem
selecionada é falha.

02. Distorção tolerável


Segundo a NBC TA 530, a Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para obter um
nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na população.
É o erro no nível dos saldos e transações (afirmações), considerado em amostragens de testes
substantivos.
Da mesma forma que para os testes de controle, o auditor faz uma avaliação da distorção esperada na
população. Se a distorção esperada for alta, o exame completo ou o uso de amostra maior pode ser apropriado
ao executar os testes de detalhes.

Tamanho da amostra
Com as definições de risco de amostragem, taxa tolerável de desvio e distorção tolerável, vamos estudar
a relação destes com o tamanho da amostra.

Primeiramente, sabemos que, ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade
do procedimento de auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra. É muito
importante que o auditor identifique por completo a população que será objeto da amostra. Esse cuidado é
fundamental para não incorrer na possibilidade de seleção de uma amostra não representativa, que
impossibilite fazer qualquer inferência das características da amostra para a população.

Ainda, o auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a
um nível mínimo aceitável.

Portanto, o tamanho da amostra pode ser definido estatisticamente ou com base em julgamento
profissional. Influenciam nessa decisão o risco de amostragem, distorção e desvio toleráveis, características da
população, entre outros.

Por fim, o tamanho da amostra não é um critério válido para distinguir entre as abordagens estatísticas
e não estatísticas, já que o que deve ser verificado é a necessidade de se fazer uma inferência a partir dos
resultados da amostra ou não.

01. Tamanho da amostra e risco de Amostragem


O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra
exigido. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.

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Portanto, o tamanho da amostra pode ser utilizado como um dos elementos que controlam o risco. No
caso de uma situação que permite trabalhar com um risco maior, podemos nos valer de uma amostra menor, e
vice-versa.

Risco de amostragem
aceito pelo auditor

Tamanho da Amostra

02. Tamanho da amostra e testes de controle


A seguir são apresentados os principais fatores que o auditor pode levar em consideração ao determinar
o tamanho da amostra para os testes de controles. Esses fatores, que precisam ser considerados em conjunto,
pressupõem que o auditor não modifica a natureza ou a época dos testes de controles nem de outra forma
modifica a abordagem aos procedimentos substantivos em resposta aos riscos avaliados. Lembrem-se que,
quanto aos testes de controles, trabalhamos com Taxa tolerável de desvio.

Testes de Controle

Fator Efeito na amostra

01. Aumento na taxa tolerável de desvio Quanto maior a taxa tolerável de desvio, menor o
tamanho da amostra precisa ser. Quanto menor a
taxa tolerável de desvio, maior o tamanho da
amostra.

02. Aumento na taxa esperada de desvio da Quanto mais alta for a taxa esperada de desvio,
população a ser testada (corresponde ao erro que maior o tamanho da amostra para que o auditor
o auditor espera encontrar em determinado esteja em posição de fazer uma estimativa razoável
procedimento de controle) dessa taxa.

03. Aumento no nível de segurança desejado pelo Quanto maior for o nível de segurança de que o
auditor auditor espera que os resultados da amostra sejam
de fato indicativos com relação à incidência real de
desvio na população, maior deve ser o tamanho da
amostra.

04. Aumento na extensão na qual a avaliação de Quanto mais segurança o auditor pretende obter da
risco do auditor leva em consideração os controles efetividade operacional dos controles, menor será a
relevantes avaliação dele quanto ao risco de distorção
relevante e maior deve ser o tamanho da amostra.

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Explicando melhor o item 4, quando a avaliação do auditor quanto ao risco de distorção relevante no nível
de afirmações inclui uma expectativa da efetividade operacional dos controles, ele tem que executar os testes
de controles. Sendo os outros fatores iguais, quanto maior for a confiança que o auditor deposita na efetividade
operacional dos controles na avaliação de risco, maior será a extensão dos testes de controles dele (e, portanto,
maior o tamanho da amostra).

Atenção especial deve ser dada ao item 01 (relação inversa entre taxa tolerável de desvio e tamanho da
amostra).

03. Tamanho da amostra e testes de detalhes


Da mesma forma que no item anterior, segue a seguir um quadro demonstrativo com os principais fatores
que o auditor pode levar em consideração ao determinar o tamanho da amostra para procedimentos
substantivos (testes de detalhes). Esses fatores, que precisam ser considerados em conjunto, pressupõem que
o auditor não modifica a abordagem aos testes de controles nem a natureza ou a época dos procedimentos
substantivos em resposta aos riscos avaliados. Lembrem-se que, quanto aos procedimentos substantivos,
trabalhamos com distorção tolerável.

Testes de Controle

Fator Efeito na amostra

01. Aumento na avaliação do risco de distorção Quanto mais alta a avaliação do risco de distorção
relevante do auditor relevante do auditor, maior deve ser o tamanho da
amostra.

Quanto mais o auditor confia em outros


procedimentos substantivos (testes de detalhes ou
procedimentos analíticos substantivos) para reduzir
02. Aumento no uso de outros procedimentos a um nível aceitável o risco de detecção relacionado
substantivos direcionados à mesma afirmação com uma população em particular, menos
segurança o auditor precisa da amostragem e,
portanto, menor pode ser o tamanho da amostra

03. Aumento na distorção tolerável Quanto maior for a distorção tolerável, menor o
tamanho da amostra. Quanto menor for a distorção
tolerável, maior o tamanho da amostra precisa ser.

04. Aumento no valor da distorção que o auditor Quanto maior for o valor da distorção que o auditor
espera encontrar na população espera encontrar na população, maior deve ser o
tamanho da amostra para se fazer uma estimativa
razoável do valor real de distorção na população.

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Atenção especial deve ser dada ao item 03 (relação inversa entre taxa de distorção tolerável e tamanho
da amostra).
Entendam, caros alunos, que não é preciso decorar todo o conteúdo dessas tabelas. Basta utilizar um
pouco de lógica e raciocínio para entendermos e acertamos as relações existentes entre esses conceitos. Não
precisamos nos desesperar, certo? Vamos às questões.

Questões para fixar !


(CESPE – SEFAZ/RS – 2019) Em auditoria, o tamanho da amostra é influenciado por vários fatores, mas deve
possibilitar que o auditor faca inferências sobre toda a população. Entre esses fatores, aquele que possibilita reduzir
o tamanho da amostra é o aumento

a) na taxa tolerável de desvio.

b) na taxa esperada de desvio da população.

c) na quantidade de unidades de amostragem da população.

d) na extensão dos riscos de controle, incluídos os controles considerados relevantes na avaliação de riscos do auditor.

e) no nível de segurança, conforme o qual a taxa tolerável de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio da
população.

RESOLUÇÃO: a única alternativa que traz uma relação inversa é a letra A. Vimos que, para testes de controle, quanto
maior a taxa tolerável de desvio, menor o tamanho da amostra precisa ser. Quanto menor a taxa tolerável de desvio,
maior o tamanho da amostra.

A letra B está incorreta pois quanto mais alta for a taxa esperada de desvio, maior o tamanho da amostra para que
o auditor esteja em posição de fazer uma estimativa razoável dessa taxa.

A letra C está incorreta pois não existe essa relação com unidade de amostragem.

A letra D está incorreta pois quanto mais segurança o auditor pretende obter da efetividade operacional dos
controles, menor será a avaliação dele quanto ao risco de distorção relevante e maior deve ser o tamanho da amostra.

A letra E está incorreta pois para aumentar o nível de segurança, eu preciso aumentar a minha amostra.

Gabarito: alternativa A.

(CESPE – PF – 2018) Julgue o item a seguir, relativo aos trabalhos de auditoria e perícia.

Na definição do tamanho da amostra que o auditor utilizará para formar sua opinião sobre as demonstrações
contábeis da auditada, quanto maior for o valor da distorção esperada na população analisada, maior deverá ser o
tamanho da amostra.

RESOLUÇÃO: podemos resolver essa questão apenas utilizando a lógica. Veja, se esperamos que haja uma alta distorção
na população, devemos aumentar a amostra, com o intuito de diminuir essa distorção. Recorrendo ao nosso quadro, vimos

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que quanto maior for o valor da distorção que o auditor espera encontrar na população, maior deve ser o tamanho da
amostra para se fazer uma estimativa razoável do valor real de distorção na população.

Gabarito: CORRETO.

(FCC – DPE/AM – 2018) Determinado Estado da Federação mantém programa de Cidadania Fiscal por meio do qual a
emissão de notas e cupons fiscais pode ser feita com a inclusão do número de CPF do consumidor final. Após cadastro
no programa, é possível que esses contribuintes diretos obtenham descontos no imposto sobre a propriedade de
veículos automotores – IPVA devido.

Em auditoria interna da base de dados de resgates de pontos na forma de descontos no IPVA, realizou-se um teste
para apurar a distância geográfica entre os estabelecimentos em que foram realizadas as compras dos bens e serviços
de onde se originou a pontuação resgatada, o endereço registrado no cadastro do programa e o domicílio do
proprietário constante da anotação no Departamento Estadual de Trânsito. O objetivo pretendido era indicar
possíveis erros, fraudes ou simulações.

Após inspeção gráfica dos dados, o auditor promoveu a exclusão de uma série de observações que, a seu juízo, não
poderiam estar corretas. Ao fim, chegou-se a uma relação de pessoas jurídicas como emissoras de documentação
fiscal com afastamento geográfico suspeito entre sede e local de utilização dos pontos derivados.

Sobre o caso e considerando a amostragem em auditoria, é correto afirmar.

a) Não é objetivo da auditoria interna assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros.

b) As normas não permitem a exclusão dos chamados valores aberrantes (outliers), pois, sem a integralidade do espaço
amostral, as conclusões são tendenciosas.

c) Embora tecnicamente correto, tal trabalho nunca poderia subsidiar uma campanha de auditoria dirigida.

d) Pode-se dizer que se trata de uma aplicação do método aleatório de seleção de amostra.

e) Se o auditor desejar aumentar o risco amostragem, deve diminuir o tamanho da amostra.

RESOLUÇÃO: questão que tenta assustar o aluno pelo tamanho do enunciado, e tenta fazer com que um aluno mais
cansado durante a prova desista de resolvê-la, mas que possui uma resolução simples. Notem que alternativa E foi
justamente o que aprendemos: o nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da
amostra exigido. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra, e vice-
versa, ou seja, risco de amostragem e tamanha da amostra possuem uma relação inversa. Vejam que a questão começa
com uma narrativa que é irrelevante para a resolução da questão. Vamos aos outros itens.

Item A: Essa é justamente um dos principais objetivos da auditoria interna, segundo a NBC TI 01. INCORRETO

Item B: os outliers são os chamados “pontos fora da curva”. As normas de auditoria permitem tal exclusão, sem prejuízo
de afetar a integralidade do espaço amostral. INCORRETO

Item C: A forma como foi conduzido o trabalho poderia subsidiar qualquer tipo de auditoria. INCORRETO

Item D: ainda veremos esse tópico a seguir nesta aula, mas, segundo a NBC TA 530, a Seleção aleatória é aplicada por meio
de geradores de números aleatórios como, por exemplo, tabelas de números aleatórios. Nesse caso, a questão não traz
informações suficientes para garantir isso. INCORRETO

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Gabarito: alternativa E.

(CS/UFF – CÂMARA DE GOIÂNIA – 2018) O risco de amostragem é influenciado pelo plano amostral utilizado e pelo
tamanho da amostra, de forma que, para um mesmo plano amostral, em geral, quanto maior o tamanho da amostra
o risco será

a) maior.

b) menor.

c) insignificante.

d) inexistente.

RESOLUÇÃO: o nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra exigido.
Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.

Gabarito: alternativa B.

(IBADE – IPERON/RO – 2017) Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o(a):

a) análise dos desvios.

b) seleção sistemática.

c) exercício do julgamento profissional.

d) tamanho da amostra.

e) aplicação de procedimento alternativo.

RESOLUÇÃO: tranquilo não é mesmo? Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o
tamanho da amostra.

Gabarito: alternativa D.

(CESPE – TELEBRÁS – 2013) A taxa de desvio da amostra, apesar de não representar a estimativa da verdadeira taxa
de desvio da população, é uma das análises mais empregadas na prática, sendo calculada pelo quociente entre a
quantidade de desvios amostrais e a quantidade de desvios calculados da população.

RESOLUÇÃO: temos dois erros nessa assertiva.

Erro 01. Para cada controle testado, o auditor calcula uma taxa de desvios da amostra, sendo calculada pelo quociente da
divisão entre a quantidade de desvios e o tamanho da amostra examinada. Logo, se em uma amostra de 100
elementos, o auditor encontrar 2 desvios, a taxa de desvio da amostra é de 2%.

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Erro 02. Para testes de controle, a NBC TA 530 estabelece que NÃO é necessária qualquer projeção explícita dos desvios
para a população, uma vez que a taxa de desvio da amostra também é a taxa de desvio projetada para a população
como um todo.

Gabarito: ERRADO.

(CESPE – ANAC – 2012) O erro aceitável e o risco de amostragem são inversamente proporcionais ao tamanho da
amostra.

RESOLUÇÃO: o Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser
diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. O nível de risco de amostragem que o
auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra exigido. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a
aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.

O erro tolerável (ou aceitável) é o limite de erro tolerado pelo auditor (erro máximo que, na opinião do auditor, não implica
erro material na conclusão emitida). Se o erro for resultado dos exames nos testes de controle, será denominado desvio.
Por outro lado, se o erro resultar dos exames em procedimentos substantivos, será denominado distorção. Logo, quando
menor for erro que o auditor aceita em relação aos procedimentos, maior poderá ser o tamanho da amostra.

Gabarito: CORRETO.

Tamanho da amostra e Fator de Confiança


A amostragem em testes de controle não se destina a testar valores e saldos contábeis, mas sim a verificar
o nível de desvios aos controles estabelecidos. Assim, nem todos os controles são passíveis de serem
submetidos a um exame amostral, uma vez que, para serem testados, devem deixar um rastro documental ou
de execução, como autorizações, assinaturas e registros de acesso em sistemas.

Dessa forma, a amostragem em testes de controle é uma amostragem de atributos. Atributo é uma
qualidade contida na população que o auditor deseja identificar, que, em testes de controle, normalmente
assume dois valores: conforme e não conforme. A amostragem, então, nos retornaria dois subconjuntos:
aqueles que estão conforme os critérios estabelecidos e aqueles que estão não conformes.

Como não temos aqui os valores monetários para erro tolerável, trabalhamos com uma taxa de desvio
tolerável, que corresponde aos eventos classificados como “sucesso” ou “fracasso”.

Assim, o tamanho das amostras é determinado a partir da seguinte fórmula:

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A tabela a seguir fornece uma lista de fatores de confiança para diversos níveis de confiança. Por exemplo,
se for necessário um nível de confiança de 95%, o fator de confiança a ser usado seria 3. Devemos saber que
quanto maior o fator de confiança, maior será o tamanho da amostra e menor o risco.

Nível de Confiança Fator de Confiança

75% 1,4

80% 1,6

85% 1,9

90% 2,3

95% 3,0

99% 4,6

Exemplo: Vamos supor que precisamos definir a amostra para testar os controles com nível de
confiança de 95%, admitindo um erro tolerável, isto é, uma taxa tolerável de desvio de 2%. Recorrendo à tabela,
temos que, no nível de confiança de 95%, o respectivo fator de confiança constante na tabela é 3,0. Dessa
forma, temos o seguinte:

Fator de confiança = 3,0 (correspondente à 95%)

Desvio tolerável: 2%

Recorrendo à fórmula temos:

Logo, a amostra deve ter, no mínimo, 150 unidades para garantir os níveis de 95% de confiança com 2%
de desvio tolerável.
Quando se usa amostragem estatística para testar a efetividade operacional do controle interno, o tamanho
da amostra necessário não aumenta com o aumento do tamanho da população. Uma amostra aleatória de apenas
30 itens sem nenhum desvio observado pode fornecer um nível de confiança alto de que o controle está operando
de maneira efetiva.

Ao desenhar testes de controles, é necessário investir tempo para definir exatamente o que se constitui em
um erro ou uma exceção do teste. Isso economizará tempo durante a execução do teste ou da avaliação dos
resultados e evitará dúvidas na determinação do que é um desvio do controle. Se algum nível de desvio estiver
previsto na efetividade operacional de um controle, recomenda-se considerar abordagens alternativas para coletar
evidência de auditoria.

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Um plano simples que pode ser usado para amostragem por atributos está apresentado a seguir, com
base em um nível de confiança de 95%:
 Uma amostra de 10 itens sem nenhum desvio fornecerá um nível de segurança moderado. No caso de ser
encontrado um desvio, nenhuma segurança pode ser obtida;

 Uma amostra de 30 itens sem nenhum desvio fornecerá um nível de segurança alto. No caso de ser
encontrado um único desvio, pode ser obtido somente um nível moderado de segurança. Se for
encontrado mais de um desvio, nenhuma segurança pode ser obtida; e

 Uma amostra de 60 itens e até um desvio fornecerá um nível de segurança alto. No caso de serem
encontrados dois desvios, pode ser obtido somente um nível moderado de segurança. No caso de serem
encontrados mais de dois desvios, nenhuma segurança pode ser obtida dos testes de controles.

Desvios

0 1 2 3
Amostra
Segurança
10 itens
moderada Sem segurança

Segurança Segurança Sem segurança


30 itens
alta moderada
Segurança alta Segurança Sem
60 itens
moderada segurança

Questões para fixar !


(ESAF – RECEITA FEERAL – 2012) Com base na tabela a seguir, responda as questões abaixo:

Tabela 01.

Considerando que o auditor estabeleceu um grau de confiança de 95% para a amostra e que determinou uma taxa
tolerável de desvio de 5%, o número de itens a serem testados é

a) 19.

b) 05.

c) 60.

d) 30.

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e) 10.

RESOLUÇÃO: Para encontrar o tamanho da amostra (n), devemos fazer:

Gabarito: alternativa C.

(ESAF – RECEITA FEERAL – 2012) Ao selecionar os itens nas condições estabelecidas na questão anterior, o auditor
identificou dois desvios. Dessa forma, pode-se afirmar que o nível de segurança apresentado é

a) alto

b) baixo

c) moderado

d) sem segurança

e) ponderado

RESOLUÇÃO: vimos que para uma amostra de 60 itens e até um desvio fornecerá um nível de segurança alto. No caso de
serem encontrados dois desvios, pode ser obtido somente um nível moderado de segurança. No caso de serem encon-
trados mais de dois desvios, nenhuma segurança pode ser obtida dos testes de controles.

Gabarito: alternativa C.

Avaliação dos resultados da amostra


01. Limite Superior de Desvios (LSD)
O resultado da amostragem para os testes de controle deve ser confrontado com o Limite Superior
Desvios (LSD) para sua validação, ou seja, os desvios encontrados na amostra devem ser adequadamente
avaliados.

Para cada controle testado, o auditor calculará uma taxa de desvios da amostra. Esse cálculo é realizado
pela divisão entre a quantidade de desvios pelo tamanho da amostra examinada.
Por exemplo, se 10 desvios são encontrados em uma amostra de 1000 unidades, a taxa de desvio será de
1%.

Após a realizado do cálculo, o auditor irá determinar o limite superior dos desvios, que é a taxa de desvios
da população, baseada na quantidade de desvios da amostra. Para encontrar o limite superior de desvios,
devemos somar essa taxa de 1% à PRA.

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Encontrado o LSD, o auditor irá comparar com a taxa aceitável de desvios definida na seleção da amostra.
As conclusões às quais desejamos chegar ao calcular o LSD são as seguintes:
Se LSD ≤ Taxa Aceitável de Desvios, a amostragem não contém distorções em relação à população-alvo,
e os resultados darão suporte ao risco de controle planejado.

Se LSD > Taxa Aceitável de Desvios, a amostragem contém distorções em relação à população-alvo.
Assim, o auditor deverá revisar a estratégia de auditoria ou revisar os procedimentos substantivos planejados.

02. Limite Superior de Erros (LSE)


O resultado da amostragem para os procedimentos substantivos deve ser confrontado com o Limite
Superior Desvios (LSE) para sua validação.

Ao utilizar amostragem para procedimentos substantivos, o auditor aplica procedimentos de auditoria


sobre os elementos da amostra e determina o valor real de cada unidade. A diferença entre o valor encontrado
pelo auditor e o valor registrado na contabilidade será utilizado para projetar o erro (Erro Projetado ou
Distorção) total na população. O erro projetado é a melhor estimativa de erro no saldo da conta. Da mesma
forma como visto nos testes de controle, o auditor calcula o limite superior (agora de erros) para os testes
substantivos.

Calculado o LSE, o auditor irá compará-lo com o erro tolerável, definido quando da seleção da amostra.
Se LSE ≤ Erro tolerável, a amostragem não contém distorções em relação à população-alvo, ou seja, a
população (saldo da conta analisada) não contém erros relevantes.
Se LSE > Erro tolerável, a amostragem contém distorções em relação à população-alvo, podendo-se
suspeitar que a amostra não tenha sido representativa da população e aplicar procedimentos adicionais sobre
unidades de amostragem.

Questão para fixar !


(ESAF – RECEITA FEERAL – 2009) No processo de amostragem o LSE – Limite Superior de Erro para superavaliações
é determinado pela:

a) soma do erro projetado e da provisão para risco de amostragem.

b) divisão da população pela amostra estratificada.

c) soma do erro estimado e da confiabilidade da amostra.

d) divisão do erro total pela população escolhida.

e) subtração do erro total, do desvio das possíveis perdas amostrais.

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RESOLUÇÃO: questão que cobra apenas o conhecimento da fórmula para o cálculo da LSE. Vimos que o cálculo se dá pela
seguinte fórmula:

Portanto, nosso gabarito é a letra A.

Gabarito: alternativa A.

Estratificação da Amostra
Vamos aprender um conceito muito importante sobre amostragem. Segundo a NBC TA 530, a
Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de
unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário).

Ao considerar as características da população da qual a amostra será retirada, o auditor pode determinar
que a estratificação ou a seleção com base em valores é apropriada.

O objetivo da estratificação é aumentar a eficiência dos trabalhos de auditoria, reduzindo a variabilidade


de itens em cada estrato da população, permitindo que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o
risco de amostragem. Ou seja, a eficiência da auditoria pode ser melhorada se o auditor estratificar a população
dividindo-a em subpopulações distintas que tenham características similares.

Na execução dos testes de detalhes, a população é geralmente estratificada por valor monetário. Isso
permite que o trabalho maior de auditoria possa ser direcionado para os itens de valor maior, uma vez que esses
itens podem conter maior potencial de distorção em termos de superavaliação. Da mesma forma, a população
pode ser estratificada de acordo com uma característica específica que indica maior risco de distorção como,
por exemplo, no teste da provisão para créditos de liquidação duvidosa na avaliação de contas a receber, os
saldos podem ser estratificados por idade.

A estratificação produz, então, subconjuntos distintos entre si, isto é, mutuamente excludentes, mas
compostos por subpopulações que reúnem características semelhantes. Dessa forma, os resultados dos
procedimentos de auditoria aplicados a uma amostra de itens dentro de um estrato só podem ser projetados
para os itens que compõem esse estrato. Isso permite que o auditor possa fazer inferências sobre cada estrato
isoladamente, possibilitando destinar mais atenção a determinados grupos, se desejar. Pela soma das
estimativas de todos os estratos, chega-se à estimativa para toda a população.

Se uma classe de operações ou o saldo de uma conta tiver sido dividido em estratos, a distorção é
projetada para cada estrato separadamente. As distorções projetadas para cada estrato são, então,
combinadas na consideração do possível efeito das distorções no total das classes de operações ou do saldo da
conta.
Vamos tentar entender. Suponhamos que temos uma amostra com desvio-padrão elevado (há uma
grande amplitude de valores dentro da amostra), por exemplo, no caso de uma população de documentos cujos
valores variam de R$500,00 a R$50.000,00. Quando estratificamos e agrupamos as faturas conforme o estrato
compatível, por exemplo de R$500 a R$5.000, de R$5.000,01 a R$10.000,00, de R$10.000,01 a R$15.000,00 e

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assim por diante, geramos resultados muito mais precisos do que se considerássemos a amostra total sem
estratificação.
Devemos ficar atentos ao tentar conceituar a estratificação, pois como a variabilidade dos itens é
reduzida, dentro dos estratos as subpopulações são homogêneas, porém, entre os estratos, são heterogêneas.

Fique atento !
Cuidado. Dentro dos estratos as subpopulações são homogêneas. Entretanto, entre os estratos, as subpopulações são
heterogêneas. Portanto, a estratificação consiste em dividir uma população em subpopulações, cada qual contendo um
grupo de unidades de amostragem com características homogêneas ou similares.

Questões para fixar !


(CESGRANRIO – LIQUIGÁS – 2018) Um auditor necessita examinar uma população de registros com muitas
diferenças nos valores individuais das transações registradas. Como ele definiu que fará uma amostragem estatística,
para garantir maior rigor nos procedimentos, recomenda-se, nesse caso, uma amostragem por

a) acessibilidade

b) estratificação

c) elementos representativos

d) elementos subjetivos

e) números sistemáticos

RESOLUÇÃO: O objetivo da estratificação é aumentar a eficiência dos trabalhos de auditoria, reduzindo a variabilidade
de itens em cada estrato da população, permitindo que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de
amostragem. Ou seja, a eficiência da auditoria pode ser melhorada se o auditor estratificar a população dividindo-a em
subpopulações distintas que tenham características similares. Portanto, como o auditor necessita examinar uma
população com muitas diferenças nos valores (muita variabilidade), recomenda-se o a técnica de estratificação.

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Gabarito: alternativa B.

(FEPESE – PREFEITURA DE CRICIÚMA/SC – 2017) A respeito dos conhecimentos sobre amostragem em auditoria,
assinale a alternativa correta.

a) Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em 100% dos itens de população relevante para
fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem sejam analisadas para proporcionar uma base razoável
que possibilite ao auditor concluir sobre toda a população.

b) População é o conjunto de cada um dos itens individuais que constituem uma unidade de amostragem.

c) Amostragem estatística é a abordagem com a seleção não aleatória e discricionária dos itens da amostra.

d) Estratificação é o processo de reunir em uma única amostra os dados obtidos em diferentes períodos de tempo, de
modo que haja harmonização na análise dos resultados.

e) Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a
população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.

RESOLUÇÃO: Questão para revisarmos os conceitos.

Item A: Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de população
relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem
selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população. INCORRETO

Item B: População é o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e sobre o qual o auditor deseja
concluir. INCORRETO

Item C: Amostragem estatística é a abordagem à amostragem com as seguintes características:

1) seleção aleatória dos itens da amostra; e

2) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensuração do risco de
amostragem. INCORRETO

Item D: Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades
de amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário). INCORRETO

Item E: Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda
a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. CORRETO

Gabarito: alternativa E.

(CESPE – FUNPRESP/JUD – 2016) Acerca de amostragem em auditoria, julgue o seguinte item.

Uma das vantagens de se estratificar a população no processo de amostragem é reduzir o tamanho da amostra, sem
aumentar o risco de amostragem.

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RESOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 530, a eficiência da auditoria pode ser melhorada se o auditor estratificar a população
dividindo-a em subpopulações distintas que tenham características similares. O objetivo da estratificação é o de reduzir a
variabilidade dos itens de cada estrato e, portanto, permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o
risco de amostragem.

Gabarito: CORRETO.

Métodos de seleção da amostra


01. Métodos estatísticos
Segundo a NBC TA 530, existem muitos métodos para selecionar amostras. Os principais são os
seguintes:

a) Seleção aleatória: é a seleção aplicada por meio de geradores de números aleatórios como, por
exemplo, tabelas de números aleatórios.

b) Seleção sistemática: é a seleção em que a quantidade de unidades de amostragem na população é


dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem como, por exemplo, 50, e após
determinar um ponto de início dentro das primeiras 50, toda 50ª unidade de amostragem seguinte é
selecionada. Embora o ponto de início possa ser determinado ao acaso, é mais provável que a amostra seja
realmente aleatória se ela for determinada pelo uso de um gerador computadorizado de números aleatórios
ou de tabelas de números aleatórios. Ao usar uma seleção sistemática, o auditor precisaria determinar que as
unidades de amostragem da população não estão estruturadas de modo que o intervalo de amostragem
corresponda a um padrão em particular da população.

c) Amostragem de unidade monetária: é um tipo de seleção com base em valores, na qual o tamanho,
a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em valores monetários.

d) Amostragem por conglomerado: na amostragem por conglomerado, cada unidade de amostragem é


um grupo (ou conglomerado). Dividimos a população em grupos e cada um deles a representa. A amostra é
constituída por todos os elementos que compõem o conglomerado selecionado. Cada conglomerado é
heterogêneo internamente, mas homogêneo entre os demais conglomerados. São selecionados grupos de
unidades (conglomerados) e não unidades de análise (indivíduos da população). Em geral os conglomerados são
escolhidos de forma aleatória, de forma a serem homogêneos entre si e heterogêneos dentro, em seguida são
analisados todos os elementos que os compõem.

Cuidado para não confundir amostragem estratificada com a conglomerados. Cada conglomerado é
heterogêneo internamente, mas homogêneo entre os demais conglomerados. Já a estratificação consiste em
dividir uma população em subpopulações, cada qual contendo um grupo de unidades de amostragem com
características homogêneas ou similares, porém heterogêneo entre os estratos.

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02. Métodos não estatísticos


a) Seleção ao acaso: seleção na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada.
Embora nenhuma técnica estruturada seja usada, o auditor, ainda assim, evitaria qualquer tendenciosidade ou
previsibilidade consciente (por exemplo, evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os
primeiros ou os últimos lançamentos de uma página) e, desse modo, procuraria se assegurar de que todos os
itens da população têm uma mesma chance de seleção. A seleção ao acaso não é apropriada quando se usar a
amostragem estatística.
b) Seleção de bloco: envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos da população. A seleção
de bloco geralmente não pode ser usada em amostragem de auditoria porque a maioria das populações está
estruturada de modo que esses itens em sequência podem ter características semelhantes entre si, mas
características diferentes de outros itens de outros lugares da população. Embora, em algumas circunstâncias,
possa ser apropriado que um procedimento de auditoria examine um bloco de itens, ela raramente seria uma
técnica de seleção de amostra apropriada quando o auditor pretende obter inferências válidas sobre toda a
população com base na amostra.

Questões para fixar !


(FGV – CÂMARA DE SALVADOR – 2018) Na execução de uma auditoria tributária, e de acordo com as normas de
amostragem em auditoria (NBC TA 530, aprovada pela Resolução CFC 1222/09), o Auditor pode lançar mão de
diversos métodos de seleção da amostra, dentre os quais se destacam:

- Método A: aplicado por meio de geradores de números aleatórios como, por exemplo, tabelas de números
aleatórios.

- Método B: em que a quantidade de unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra
para dar um intervalo de amostragem como, por exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentro das
primeiras 50, toda 50ª unidade de amostragem seguinte é selecionada.

- Método C: no qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada. Embora nenhuma técnica
estruturada seja usada, o auditor, ainda assim, evitaria qualquer tendenciosidade ou previsibilidade consciente (por
exemplo, evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os primeiros ou os últimos lançamentos de

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uma página) e, desse modo, procuraria se assegurar de que todos os itens da população têm uma mesma chance de
seleção.

- Método D: é um tipo de seleção com base em valores, na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da amostra
resultam em uma conclusão em valores monetários. Ao considerar as características da população da qual a amostra
será retirada, o auditor pode determinar que a estratificação ou a seleção com base em valores é mais apropriada.

Os métodos A, B, C e D referem-se, respectivamente, à Seleção

a) aleatória, Seleção sistemática, Seleção com base em valor (amostragem de unidade monetária) e Seleção ao acaso.

b) ao acaso, Seleção sistemática, Seleção aleatória e Seleção com base em valor (amostragem de unidade monetária).

c) com base em valor (amostragem de unidade monetária), Seleção aleatória, Seleção sistemática e Seleção ao acaso.

d) aleatória, Seleção ao acaso, Seleção com base em valor (amostragem de unidade monetária) e Seleção sistemática.

e) aleatória, Seleção sistemática, Seleção ao acaso e Seleção com base em valor (amostragem de unidade monetária).

RESOLUÇÃO: questão literal retirada da NBC TA 530.

Método A: seleção Aleatória.

Método B: seleção Sistemática.

Método C: seleção ao Acaso.

Método D: Seleção com base em valor (amostragem de unidade monetária).

Gabarito: alternativa E.

(FGV – CÂMARA DE SALVADOR – 2018) Na execução de trabalhos de auditoria, quando há muitos dados e transações
a serem examinados, é muito comum a seleção de uma amostra para exame. A seleção procedida de forma que
sempre haja um intervalo constante entre cada item selecionado, seja seleção direta na população ou por estratos, é
denominada amostragem:

a) aleatória;

b) casual;

c) intencional;

d) randômica;

e) sistemática.

RESOLUÇÃO: Seleção sistemática ou por intervalo é aquela em que a seleção de itens é procedida de maneira que haja
sempre um intervalo constante entre cada item selecionado, seja a seleção feita diretamente da população a ser testada,
ou por estratos dentro da população.

Gabarito: alternativa B.

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Terminamos a parte teórica da aula. Agora vamos resolver algumas questões prova!

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Questões de prova comentadas


1. (FCC – MPE/PE – 2018) Segundo as normas de auditoria, o risco de negócio resulta de
a) distorção relevante identificada e avaliada que, no julgamento do auditor, requer consideração especial na
auditoria.
b) condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de ações significativas que possam afetar adversamente a
capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias.
c) processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis pela governança, administração e outros
empregados para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade.
d) declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às demonstrações contábeis,
utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer.
e) procedimentos de auditoria aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente,
para a identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante.

RESOLUÇÃO: A questão pede o conceito de Risco de Negócio. Vimos que a NBC TA 315 traz algumas
definições importantes. Para fins das normas de auditoria, os termos têm os seguintes significados:
- Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às
demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais
que possam ocorrer. Letra D INCORRETA
- Risco de negócio é o risco que resulta de condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de ações
significativas que possam afetar adversamente a capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e executar
suas estratégias, ou do estabelecimento de objetivos ou estratégias inadequadas. Letra B CORRETA

- Controle interno é o processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis pela


governança, administração e outros empregados para fornecer segurança razoável quanto à realização dos
objetivos da entidade no que se refere à confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das
operações e conformidade com leis e regulamentos aplicáveis. O termo “controles” refere-se a quaisquer
aspectos de um ou mais dos componentes do controle interno. Letra C INCORRETA

- Procedimentos de avaliação de riscos são os procedimentos de auditoria aplicados para obtenção do


entendimento da entidade e do seu ambiente, incluindo o controle interno da entidade, para a identificação e
avaliação dos riscos de distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou erro, nos níveis das
demonstrações contábeis e das afirmações. Letra E INCORRRETA

e) Risco significativo é o risco de distorção relevante identificado e avaliado que, no julgamento do


auditor, requer consideração especial na auditoria. Letra A INCORRETA

Gabarito: alternativa B

2. (FCC – SEFAZ/SC - 2018) Dentre as técnicas mais usuais de auditoria contábil e fiscal, pode-se
mencionar o Exame e Contagem Física. É um procedimento de auditoria utilizado para as contas do
a) Passivo (por exemplo: fornecedores e empréstimos), que consiste em identificar fisicamente (in loco) o bem
declarado no Balanço Patrimonial.

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b) Ativo (por exemplo: dinheiro, estoques, ativo imobilizado), que consiste em identificar fisicamente (in loco)
o bem declarado no Balanço Patrimonial.
c) Passivo (por exemplo: fornecedores e empréstimos), que consiste em realizar a confirmação de contas a
pagar e proceder a exames de pagamentos subsequentes.
d) Ativo (especificamente da Conta de Investimentos), que consiste em auditar o cálculo do resultado da
equivalência patrimonial.
e) Ativo relativos a bens intangíveis (por exemplo: marcas e patentes), que consiste em identificar apenas
documentalmente os bens declarados no Balanço Patrimonial.

RESOLUÇÃO: A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de


papel, em forma eletrônica ou outros formatos, ou o exame físico de um ativo. Portanto, a inspeção pode ser
física ou documental. Para verificar condições de ativos tangíveis (existência, integridade...), cabe a inspeção
física (exame físico). A verificação da propriedade, por exemplo, de um ativo, poderia ser testada mediante
inspeção documental.
A Inspeção Física (ou exame físico) trata-se da verificação das condições de ativos tangíveis (existência,
integridade...), e deve atender às seguintes características:
- Existência física: comprovação visual da existência do item.
- Autenticidade: discernimento da fidedignidade do item.
- Quantidade: apuração adequada da quantidade real física.
- Qualidade: comprovação visual ou laboratorial de que o objeto examinado permanece em perfeitas
condições de uso.
Podemos citar como exemplos de exames físicos: contagem de caixa; contagem de estoques;
contagem de clientes a receber; contagem do imobilizado.
Com esse conceito em mente, já podemos eliminar as alternativas A e C, pois o exame físico trata da
verificação das condições dos ativos tangíveis. Podemos eliminar a alternativa D e E, pois o exame físico não
verifica ativos intangíveis, nem ativos da conta investimento. Portanto, nosso gabarito é a alternativa B.

Gabarito: alternativa B

3. (FCC – TCE/RS – 2018) Acerca da disciplina dos testes de auditoria, assevera-se:


a) Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados
produzidos pelos sistemas de informação da entidade.
b) Os procedimentos constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos.
c) Os testes substantivos visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos
pela Administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento.
d) Pode ser cogitado o procedimento de inspeção, que consiste na obtenção de informações perante pessoas
físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.
e) Pode ser cogitado o procedimento de investigação e confirmação, que consiste na verificação de registros,
documentos e ativos tangíveis.

RESOLUÇÃO: A questão foi elaborada de acordo com a NBC TI 01. Vejamos item por item.
Item A: Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos
dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. INCORRETO

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Item B: Os procedimentos de Auditoria Interna constituem exames e investigações, incluindo testes de


observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para
fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. CORRETO
Item C: Os testes de observância (item C INCORRETO) visam à obtenção de razoável segurança de que os
controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu
cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os
seguintes procedimentos
- Inspeção (item E INCORRETO): verificação dos registros, documentos e ativos tangíveis;
- Observação: acompanhamento do processo ou procedimento quando de sua execução; e
- Investigação e confirmação (item D INCORRETO) - obtenção de informações perante pessoas
físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.

Gabarito: alternativa B

4. (FCC – TRT/2ª REGIÃO - 2018) Sobre Auditoria, é correto afirmar:


a) Na execução dos trabalhos de auditoria somente se verificará a parte contábil e financeira. Isto para não ferir
ao Princípio da Partição dos Poderes, pois é responsabilidade do Judiciário verificar a parte orçamentária,
operacional e patrimonial.
b) A execução dos trabalhos de Auditoria Governamental deve ser realizada somente uma vez a cada três anos,
com a visita a ser realizada na organização para a confirmação de dados prévios à coleta documental.
c) O Exame Físico e a Confirmação ou Circularização são técnicas de auditoria a serem utilizadas na execução
dos trabalhos de auditoria para a formação de opinião do auditor que comprove a veracidade dos fatos
observados.
d) O Relatório de Auditoria deve conter somente informações sobre o planejamento prévio. Em hipótese
alguma pode conter qualquer revelação sobre o resultado dos trabalhos de auditoria, pois estes são
confidenciais e protegidos por sigilo.
e) A Amostragem é uma técnica que não pode ser utilizada na Auditoria, pois ela não permite ao responsável
formar uma opinião adequada sobre o conjunto de registros que se está analisando.

RESOLUÇÃO: Vejamos item por item.


Item A: alternativa que foge da nossa disciplina, tratando do Art. 70 da Constituição Federal, que disciplina que
a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder. Portanto, todos esses temas são objetos da auditoria. INCORRETO
Item B: alternativa também foge do tema, mas poderíamos resolvê-la sem maiores dificuldades. Não existe um
prazo definido para realização dos trabalhos de auditoria governamental, pelo contrário, é um trabalho
contínuo. INCORRETO
Item C: a inspeção (que inclui o exame físico) e a confirmação (circularização) são uma das técnicas utilizadas
nos trabalhos de auditoria para comprovação da veracidade dos fatos. CORRETO
Item D: assunto para a próxima aula, mas de antemão devemos saber que os achados de auditoria devem
compor o relatório de Auditoria, tranquilo não é mesmo? INCORRETO
Item E: Sabemos que o processo de Amostragem em Auditoria aumenta a eficiência dos trabalhos. Logo, a
auditoria trabalha sim com amostragem, tanto estatística quanto não estatística.

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Gabarito: alternativa C

5. (FCC – TRT/11ª REGIÃO – 2017) Obter confirmação dos saldos e transações de contas em análise,
por pessoa alheia e independente é um procedimento de auditoria conhecido por
a) Inspeção.
b) Participação.
c) Avaliação.
d) Circularização.
e) Conferência.

RESOLUÇÃO: Questão tranquila da FCC. A confirmação externa (Circularização) é a evidência de auditoria


obtida como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no
formato eletrônico ou outro meio.

Gabarito: alternativa D

6. (FCC – SEGEP/MA – 2016) Os resultados obtidos nos procedimentos de auditoria executados pelo
auditor independente contribuem para fundamentar as conclusões apresentadas em seu relatório. O
auditor pode utilizar como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos
substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados, entre outros, os procedimentos de
auditoria:
a) inspeção, amostragem, pericia.
b) inspeção, monitoramento, vistoria.
c) inspeção, indagação, perícia.
d) inspeção, observação, confirmação externa.
e) inspeção, amostragem, vistoria.

RESOLUÇÃO: Procedimentos de auditoria conforme NBC TA 500:


- Inspeção;
- Observação;
- Confirmação;
- Recálculo;
- Reexecução;
- Procedimentos analíticos; e
- Indagação.

Gabarito: alternativa D

7. (FCC – PREFEITURA TERESINA/PI – 2016) A evidência de auditoria para a obtenção de conclusões


para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de procedimentos de auditoria. O
exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em
outras mídias, ou o exame físico de um ativo é efetuado mediante o procedimento de auditoria
denominado

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a) inspeção.
b) observação.
c) circularização.
d) investigação.
e) confirmação.

RESOLUÇÃO: questão tranquila amigos. A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou
externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou outros formatos, ou o exame físico de um ativo.
Portanto, a inspeção pode ser física ou documental. Para verificar condições de ativos tangíveis (existência,
integridade...), cabe a inspeção física (exame físico). A verificação da propriedade, por exemplo, de um ativo,
poderia ser testada mediante inspeção documental. Portanto, gabarito letra A.

Gabarito: alternativa A

8. (FCC – COPERGÁS – 2016) A Companhia de Transportes Urbanos e Interurbanos do Estado visando


à renovação da frota, no exercício de 2015, comprou 20 ônibus novos. Na auditoria das demonstrações
contábeis da empresa, o Auditor ao examinar a transação de compra dos ônibus, segundo as Normas
Brasileiras de Auditorias – NBC TAs, aplicou o procedimento de auditoria denominado
a) observação.
b) revisão.
c) materialidade.
d) avaliação.
e) inspeção.

RESOLUÇÃO: vejam como as questões se repetem. A inspeção (ou exame) envolve o exame de registros ou
documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou outros formatos, ou o exame
físico de um ativo. Portanto, a inspeção pode ser física ou documental. Para verificar condições de ativos
tangíveis (existência, integridade...), cabe a inspeção física (exame físico). A verificação da propriedade, por
exemplo, de um ativo, poderia ser testada mediante inspeção documental. Portanto, gabarito letra E.

Gabarito: alternativa E

9. (FCC – SEGEP/MA – 2016) A Receita Federal do Brasil e a Secretaria Municipal de Fazenda,


hipoteticamente, celebram convênio para compartilhamento de informações sujeitas a sigilo fiscal da
declaração anual de imposto de renda. Sob os termos do convênio, é obrigatória a solicitação
individualizada e motivada do dado a que se deseja ter acesso e haverá custo para sua disponibilização,
uma vez que o serviço que assegura os termos do convênio é prestado com exclusividade pelo Serpro, de
acordo com tabela de preços por ele praticada. Após o levantamento da base de dados de lançamentos
fiscais do ITBI dos últimos cinco anos junto ao sistema da Secretaria de Fazenda, a Municipalidade avalia
a possibilidade de confrontar tais registros com os imóveis declarados anualmente pelos proprietários à
Fazenda Federal. Os custos de obtenção e análise de todos os dados do IRPF, entretanto, pareceram
proibitivos. Na circunstância narrada,
a) não é possível adotar a técnica conhecida como amostragem, uma vez que ela se destina a situações em que
é inviável obter os dados de todas as ocorrências investigadas.

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b) é possível adotar a técnica conhecida como amostragem, que somente deve ser empregada, entretanto, por
meio que garanta a absoluta aleatoriedade do grupo de registros que será analisado.
c) é possível adotar a técnica conhecida como amostragem, que pode ser empregada por meio da escolha dos
registros a serem analisados, a partir da experiência dos fiscais.
d) embora possível, é contraindicada a adoção da técnica conhecida como amostragem, pois não há como
garantir a aleatoriedade do grupo de registros que será analisado.
e) embora possível, é contraindicada a adoção da técnica conhecida como amostragem, pois não há outras
informações disponíveis, indispensáveis para a formação da amostra.

RESOLUÇÃO: aprendemos que os meios à disposição do auditor para a seleção de itens a serem testados são:
(a) Seleção de todos os itens (exame de 100%, também chamado de censo);
(b) Seleção de itens específicos; e
(c) Amostragem de auditoria.
A questão menciona que: "Municipalidade avalia a possibilidade de confrontar tais registros com os
imóveis declarados anualmente pelos proprietários à Fazenda Federal." Sendo assim, o uso de amostragem
não só pode ser usado como também é o mais recomendável, pois avaliar 1 por 1 dos registros tornar-se-ia
muito mais dificultoso. Eliminamos as letras A, D e E.
A amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos
itens de população relevante para fins de auditoria (ou seja, em partes do universo), de maneira que todas as
unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base
razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população.
Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo que cada unidade de
amostragem tenha uma probabilidade conhecida de ser selecionada. Pela amostragem não estatística, o
julgamento é usado para selecionar os itens da amostra.
O erro da letra B está na palavra “deve”, pois vimos que a amostragem pode ser estatística (seleção
aleatória dos itens) ou não estatística (uso do julgamento e experiência do auditor). Vejam que na letra C, temos
a palavra “pode”, o que a torna nosso gabarito.

Gabarito: alternativa C

10. (FCC – TRF/3ª REGIÃO - 2016) Um auditor interno, em um primeiro momento, verificou a
necessidade de fazer testes para verificação de registros, documentos e ativos tangíveis. Depois, também
constatou a necessidade de acompanhar a execução de procedimentos específicos. Nos termos regulados
pela Resolução CFC nº 986/2003 (NBC TI 01), para a consecução desses dois objetivos deverá realizar,
respectivamente,
a) testes de observância, na modalidade inspeção e testes substantivos, na modalidade inspeção.
b) testes substantivos, na modalidade confirmação e testes de observância, na modalidade investigação.
c) testes substantivos, na modalidade confirmação e testes de observância, na modalidade inspeção.
d) testes de observância, na modalidade investigação e testes de observância, na modalidade inspeção.
e) testes de observância, na modalidade inspeção e testes de observância, na modalidade observação.

RESOLUÇÃO: questão pede o conhecimento da NBC TI 01. De acordo com a norma, os testes de observância
visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão
em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da
entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:

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a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;


b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas
conhecedoras das
Apesar da questão ter buscado a literalidade da norma, deveria ter sido citado que se tratavam de
verificações nos sistemas de controles internos da entidade, para que ficasse mais transparente para o aluno.

Gabarito: alternativa E

11. (FCC – SEFAZ/PI - 2015) Entre os principais métodos de seleção de amostras citados nas Normas
Brasileiras de Contabilidade Técnicas de Auditoria, aquela em que o tamanho, a seleção e a avaliação da
amostra resultam em uma conclusão em quantias de dinheiro é a amostragem
a) ao acaso.
b) estatística.
c) em bloco.
d) aleatória.
e) de unidades monetárias.

RESOLUÇÃO: aprendemos que um dos métodos de seleção da amostra é a Amostragem de unidade


monetária, que é um tipo de seleção com base em valores, na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da
amostra resultam em uma conclusão em valores monetários.

Gabarito: alternativa E

12. (FCC - TCE/RS - 2014) A autenticidade de documentos comprobatórios hábeis de despesas,


emitidos por terceiros, contratados pela Administração pública, deve ser verificada por procedimento de
auditoria conhecido como
a) revisão analítica.
b) circularização.
c) teste de inspeção.
d) teste de observação.
e) amostragem estatística.

RESOLUÇÃO: Pegadinha da FCC. Muitos alunos erraram ao ver a palavra “terceiros” e pensarem na
circularização. Cuidado! A questão pergunta sobre a autenticidade de documentos comprobatórios hábeis de
despesas, emitidos por terceiros, contratados pela Administração pública. É a Inspeção Documental que trata
do procedimento voltado para o exame das transações e dos documentos comprobatórios dessas transações.
Esse exame deve atender às seguintes condições:

- Autenticidade: constatar se a documentação comprobatória é fidedigna.


- Normalidade: constatar se a transação verificada se refere à operação normal e se está de acordo com
os objetivos da entidade.

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- Aprovação: constatar se a operação e os documentos foram aprovados por pessoas competentes.


- Registro: comprovar se o registro das operações está adequado, se a documentação é hábil ou se houve
correspondência contábil, fiscal, etc.

Gabarito: alternativa C

13. (FCC – TCE/RS - 2014) A amostragem é uma técnica que tem por finalidade determinar a extensão
de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a serem testados. Nos termos da Resolução CFC
986/2003, a amostra selecionada deve proporcionar uma informação de auditoria:
a) suficiente e apropriada.
b) efetiva e padronizada.
c) realística e relevante.
d) material e útil.
e) formal e mensurável.

RESOLUÇÃO: questão baseada na NBC TI 01. Nos termos da norma, ao usar método de amostragem,
estatística ou não, deve ser projetada e selecionada uma amostra que possa proporcionar evidência de
auditoria suficiente e apropriada.

Gabarito: alternativa A

14. (FCC – METRÔ/SP - 2014) - Dois analistas de desenvolvimento de gestão foram incumbidos de fazer
exames de auditoria interna nos registros realizados pelo setor de contabilidade do Metrô, em 2013. Em
razão do volume de informações, utilizaram técnica de auditoria para a seleção de itens que deverão ser
testados, representando o todo a ser auditado. Essa técnica utilizada é denominada:
a) dimensionamento do trabalho de auditoria.
b) direcionamento do trabalho de auditoria.
c) amostragem.
d) testes de parcialidade.
e) seleção de suficiência de informações.

RESOLUÇÃO: questão tranquila da FCC. Sabemos que a amostragem em auditoria é a aplicação de


procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria (ou
seja, em partes do universo), de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de
serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a
população. Dessa forma, quando o auditor se utiliza de parte da população para representar o todo a ser
auditado ele está aplicando a técnica de amostragem, que pode ser estatística ou não estatística.

Gabarito: alternativa C

15. (FCC – TRT/13ª REGIÃO – 2014) O auditor interno pode realizar testes que permitam obter subsídios
suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à Administração. O procedimento que
consiste no acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução é a
a) Confirmação.
b) Investigação.

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c) Observação.
d) Inspeção.
e) Evidenciação.

RESOLUÇÃO:
Item A: a confirmação externa (Circularização) é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito
direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio.
INCORRETO
Item B: a Indagação (investigação ou entrevista) consiste na busca de informações junto a pessoas com
conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. INCORRETO
Item C: a Observação: consiste no exame do processo ou procedimento executado por outros. Ex.: A
observação, pelo auditor, da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de
atividades de controle. CORRETO
Item D: a Inspeção envolve o exame de registros ou documentos (exame documental), internos ou externos,
em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo (inspeção física).
INCORRETO
Item E: não se trata de nenhuma técnica de auditoria. INCORRETO

Gabarito: alternativa C

16. (FCC – TCE/RS - 2014) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas de Auditoria – NBC
TA, a amostragem e auditoria destina-se a possibilitar conclusões a serem tiradas de uma população
inteira com base no teste de amostragem dela extraída (NBC TA 500). Existem muitos métodos para
selecionar amostras (NBC TA 530), entre os principais citados nas normas. Aquela em que a quantidade de
unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de
amostragem é a seleção:
a) em bloco.
b) estatística.
c) aleatória.
d) ao acaso.
e) sistemática.

RESOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 530, existem muitos métodos para selecionar amostras. Os principais são os
seguintes:
- Seleção aleatória: é a seleção aplicada por meio de geradores de números aleatórios como, por
exemplo, tabelas de números aleatórios. Item C INCORRETO
- Seleção sistemática: é a seleção em que a quantidade de unidades de amostragem na população é
dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem como, por exemplo, 50, e após
determinar um ponto de início dentro das primeiras 50, toda 50ª unidade de amostragem seguinte é
selecionada. Embora o ponto de início possa ser determinado ao acaso, é mais provável que a amostra seja
realmente aleatória se ela for determinada pelo uso de um gerador computadorizado de números aleatórios
ou de tabelas de números aleatórios. Ao usar uma seleção sistemática, o auditor precisaria determinar que as
unidades de amostragem da população não estão estruturadas de modo que o intervalo de amostragem
corresponda a um padrão em particular da população. Item E CORRETO

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- Amostragem de unidade monetária: é um tipo de seleção com base em valores, na qual o tamanho, a
seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em valores monetários.
- Seleção ao acaso: seleção na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada.
Embora nenhuma técnica estruturada seja usada, o auditor, ainda assim, evitaria qualquer tendenciosidade ou
previsibilidade consciente (por exemplo, evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os
primeiros ou os últimos lançamentos de uma página) e, desse modo, procuraria se assegurar de que todos os
itens da população têm uma mesma chance de seleção. A seleção ao acaso não é apropriada quando se usar a
amostragem estatística. Item D INCORRETO
- Seleção de bloco: envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos da população. A seleção
de bloco geralmente não pode ser usada em amostragem de auditoria porque a maioria das populações está
estruturada de modo que esses itens em sequência podem ter características semelhantes entre si, mas
características diferentes de outros itens de outros lugares da população. Embora, em algumas circunstâncias,
possa ser apropriado que um procedimento de auditoria examine um bloco de itens, ela raramente seria uma
técnica de seleção de amostra apropriada quando o auditor pretende obter inferências válidas sobre toda a
população com base na amostra. Item A INCORRETO

Gabarito: alternativa E

17. (FCC – TRT/ 19ª REGIÃO – 2014) Durante a auditoria, a equipe técnica responsável teve dúvida
quanto à segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo
funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade.
Para a solução desse problema, é necessária a aplicação de testes
a) de observância.
b) substantivos.
c) de evidência.
d) confirmativos.
e) de fidelidade.

RESOLUÇÃO: fácil não é mesmo amigos? Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança
de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive
quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade.

Gabarito: alternativa A

18. (FCC – DPE/SP – 2013) Quando um Auditor confirma com o Banco do Sul SA o saldo disponível ao
final do exercício, com a finalidade de comprovar a exatidão dos registros contábeis, está realizando um
teste
a) substantivo.
b) de evidência.
c) de procedimentos.
d) de confirmação.
e) de observância.

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RESOLUÇÃO: cuidado amigos. A confirmação externa (Circularização) é a evidência de auditoria obtida


como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato
eletrônico ou outro meio. O auditor utilizou-se da técnica de confirmação externa (circularização) para
confirmar um saldo existente na conta Bancos. Mas vejam que ele está utilizando um TESTE SUBSTANTIVO,
também conhecido como Procedimentos Substantivos.

Gabarito: alternativa A

19. (FCC – ICMS/SP -2013) - É correto afirmar, em relação ao fator de confiança na seleção da amostra,
que quanto:
a) maior o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e menor o nível de segurança obtido.
b) menor o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e da estratificação permitida.
c) maior o fator de confiança, menor o tamanho da amostra e menor o nível de segurança obtido.
d) menor o fator de confiança, menor o tamanho da amostra e da estratificação permitida.
e) maior o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e o nível de segurança obtido

RESOLUÇÃO: o tamanho das amostras, para testes de controle, é determinado a partir da seguinte fórmula:

A tabela a seguir fornece uma lista de fatores de confiança para diversos níveis de confiança. Devemos
saber que quanto maior o fator de confiança, maior será o tamanho da amostra e menor o risco. Portanto,
quanto maior for o fator de confiança exigido pelo auditor, maior deverá ser o tamanho da amostra, o que
acarretará um maior nível de segurança obtido a partir da aplicação dos testes naqueles itens da amostra.

Gabarito: alternativa E

20. (FCC – TRT/15ª Região - 2013) O auditor da empresa Seringueira S.A. elaborou exame seletivo nas
notas fiscais emitidas, para confirmação do saldo de Contas a Receber e da Receita do período. Referido
procedimento:
a) é suficiente para confirmação dos saldos, por expressar o perfil da população inteira.
b) é um meio eficiente de constituir uma amostragem em auditoria.
c) não é um meio eficiente de obter evidência de auditoria.
d) é um meio eficiente de obter evidência de auditoria, mas não podem ser projetados para a população
inteira.
e) não é um meio de evidências previsto nas normas de auditoria, sendo vedada a utilização.

RESOLUÇÃO: Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens a serem testados são:

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(a) Seleção de todos os itens (exame de 100%, também chamado de censo);

(b) Seleção de itens específicos; e


(c) Amostragem de auditoria.

A seleção de itens específicos é indicada para selecionar um item em especial, de valor elevado ou com
maior propensão a erros. Como é uma amostragem não estatística, ou seja, baseada na experiência do auditor
ou no conhecimento da população, não pode ter seus resultados projetados para a população.

Dessa forma, é um meio eficiente para que o auditor obtenha os itens a serem examinados, mas o
resultado obtido nesses itens não pode ser extrapolado, pois apenas com a amostragem estatística se pode
projetar o resultado de uma amostra para toda a população.

Gabarito: alternativa D

21. (FCC – TRE/SP - 2012) A técnica de amostragem que consiste em dividir uma população em
subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes
é denominada amostragem:
a) randômica.
b) estratificada.
c) de seleção em bloco.
d) aleatória.
e) de seleção com base na experiência do auditor.

RESOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 530, a Estratificação é o processo de dividir uma população em


subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes.

Gabarito: alternativa B

22. (FCC – ISS/SP - 2012) - O aumento no uso de procedimentos substantivos no processo de auditoria
para confirmação dos saldos do contas a receber da empresa Financia S.A.
a) exige a estratificação da amostra.
b) obriga que a amostra seja aleatória.
c) possibilita um aumento da amostra.
d) causa uma diminuição da amostra.
e) não influencia no tamanho da amostra.

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RESOLUÇÃO: Vejamos o nosso quadro resumo:

Testes de Controle

Fator Efeito na amostra

01. Aumento na avaliação do risco de distorção Quanto mais alta a avaliação do risco de distorção
relevante do auditor relevante do auditor, maior deve ser o tamanho da
amostra.

Quanto mais o auditor confia em outros


procedimentos substantivos (testes de detalhes ou
procedimentos analíticos substantivos) para reduzir
02. Aumento no uso de outros procedimentos a um nível aceitável o risco de detecção relacionado
substantivos direcionados à mesma afirmação com uma população em particular, menos
segurança o auditor precisa da amostragem e,
portanto, menor pode ser o tamanho da amostra

03. Aumento na distorção tolerável Quanto maior for a distorção tolerável, menor o
tamanho da amostra. Quanto menor for a distorção
tolerável, maior o tamanho da amostra precisa ser.

04. Aumento no valor da distorção que o auditor Quanto maior for o valor da distorção que o auditor
espera encontrar na população espera encontrar na população, maior deve ser o
tamanho da amostra para se fazer uma estimativa
razoável do valor real de distorção na população.

Vejam o item 02: Quanto mais o auditor confia em outros procedimentos substantivos (testes de detalhes
ou procedimentos analíticos substantivos) para reduzir a um nível aceitável o risco de detecção relacionado
com uma população em particular, menos segurança o auditor precisa da amostragem e, portanto, menor pode
ser o tamanho da amostra.

Não precisamos decorar esse quadro, é apenas uma questão de lógica. Se aumentamos o uso de
procedimentos substantivos (aumento de testes), isso permitirá a redução do risco de detecção e, assim,
reduzirá o risco de amostragem, fazendo com que o tamanho da amostra também diminua.

Gabarito: alternativa D

23. (FCC – TCE/SE - 2011) Segundo a NBC TA 530, que versa sobre a utilização de amostragem em
auditoria, é correto afirmar:
a) O objetivo da estratificação da amostra é o de aumentar a variabilidade dos itens de cada estrato e permitir
que o tamanho da amostra seja aumentado.
b) Quanto menor o risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar, menor deve ser o tamanho da
amostra.

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c) Anomalia é a distorção ou o desvio comprovadamente representativo de distorção ou desvio em uma


população.
d) O método de seleção da amostra em que o auditor não segue nenhuma técnica estruturada é denominado
método de seleção aleatório.
e) Quanto maior a confiança do auditor em procedimentos substantivos (testes de detalhes ou procedimentos
analíticos substantivos), menor pode ser o tamanho da amostra.

RESOLUÇÃO: vejamos item por item.

Item A: vimos que a Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo
um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário). O
objetivo da estratificação é aumentar a eficiência dos trabalhos de auditoria, reduzindo a variabilidade de
itens em cada estrato da população, permitindo que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o
risco de amostragem. INCORRETO
Item B: há uma relação inversa entre risco de amostragem a ser aceito e tamanho da amostra definida. Quanto
menor o risco de amostragem aceito pelo auditor, maior deve ser o tamanho da amostra. INCORRETO

Item C: segundo a NBC TA 530, Anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não
representativo em uma população. INCORRETO
Item D: vimos que a Seleção ao acaso é seleção na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica
estruturada. INCORRETO

Item E: vejam que trata do mesmo raciocínio da questão anterior. Quanto mais o auditor confia em outros
procedimentos substantivos (testes de detalhes ou procedimentos analíticos substantivos) para reduzir a um
nível aceitável o risco de detecção relacionado com uma população em particular, menos segurança o auditor
precisa da amostragem e, portanto, menor pode ser o tamanho da amostra.

Gabarito: alternativa E

24. (FCC – INFRAERO - 2011) Em relação à utilização de amostragem na auditoria, é correto afirmar:
a) A amostragem utilizada em auditoria é necessariamente probabilística, sob pena de ocorrerem riscos
decorrentes da utilização do julgamento pessoal do auditor sobre os itens a serem selecionados.
b) A estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada qual contendo um grupo de
unidades de amostragem com características heterogêneas.
c) O tamanho da amostra a ser determinada pelo auditor deve considerar o risco de amostragem, bem como
os erros toleráveis e os esperados.
d) O erro tolerável é o erro mínimo na população que o auditor está disposto a aceitar e, ainda assim, concluir
que o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria.
e) Quando o erro projetado for inferior ao erro tolerável, o auditor deve reconsiderar sua avaliação anterior do
risco de amostragem e, se esse risco for inaceitável, considerar a possibilidade de ampliar o procedimento de
auditoria ou executar procedimentos de auditoria alternativos.

RESOLUÇÃO: vejamos item por item.

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Item A: a amostragem em auditoria pode ser probabilística (amostragem estatística) ou não probabilística (não
estatística). INCORRETO
Item B: na estratificação, os componentes dos estratos são homogêneos, e não heterogêneos. Dentro dos
estratos as subpopulações são homogêneas. Cuidado que, entre os estratos, as subpopulações são
heterogêneas. Portanto, a estratificação consiste em dividir uma população em subpopulações, cada qual
contendo um grupo de unidades de amostragem com características homogêneas ou similares. INCORRETO

Item C: O tamanho da amostra a ser determinada pelo auditor deve sim considerar o risco de amostragem,
bem como os erros toleráveis e os esperados. CORRETO

Item D: o erro tolerável é o erro máximo, e não mínimo, que o auditor pode aceitar (tolerar). INCORRETO
Item E: quando o erro projetado for SUPERIOR ao erro tolerável, o auditor deve reconsiderar sua avaliação
anterior do risco de amostragem e, se esse risco for inaceitável, considerar a possibilidade de ampliar o
procedimento de auditoria ou executar procedimentos de auditoria alternativos. INCORRETO

Gabarito: alternativa C

25. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2014) A eficiência da auditoria na definição e utilização da amostra
pode ser melhorada se o auditor:
a) aumentar a taxa de desvio aceitável da amostra, reduzindo o risco inerente e com características
semelhantes.
b) diminuir o percentual a ser testado, mas utilizar a seleção não estatística para itens similares.
c) concluir que a distorção projetada é maior do que a distorção real de toda a amostra.
d) estratificar a população dividindo-a em subpopulações distintas que tenham características similares.
e) mantiver os critérios de seleção uniformes e pré-definidos com a empresa auditada.

RESOLUÇÃO: vejamos item por item.


Item A: o aumento da taxa de desvio aceitável da amostra não reduz o risco inerente. INCORRETO
Item B: a diminuição do percentual testado não melhora a eficiência da amostra. INCORRETO

Item C: não se trata de uma técnica de seleção de amostra, e sim de uma conclusão. INCORRETO

Item D: vimos que a Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo
um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário). O
objetivo da estratificação é aumentar a eficiência dos trabalhos de auditoria, reduzindo a variabilidade de itens
em cada estrato da população, permitindo que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de
amostragem. Ou seja, a eficiência da auditoria pode ser melhorada se o auditor estratificar a população
dividindo-a em subpopulações distintas que tenham características similares. CORRETO

Item E: os critérios de amostragem não são definidos com a empresa auditada. INCORRETO

Gabarito: alternativa D

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26. (ESAF – PM/RJ - 2010) Avalie, se verdadeiro ou falso, os itens a seguir a respeito do uso de
amostragem estatística em auditoria e assinale a opção que indica a sequência correta.
I. O nível de risco que o auditor está disposto a aceitar não afeta o tamanho da amostra exigido em razão da
existência de outros controles a serem utilizados;
II. O auditor seleciona itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha
a mesma chance de ser selecionada;
III. Existem outros riscos não resultantes da amostragem tais como o uso de procedimentos de auditoria não
apropriados;
IV. Para os testes de controle, uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um aumento
no risco identificado de distorção relevante.
a) V, V, F, V
b) F, V, V, V
c) V, V, V, F
d) F, F, F, V
e) V, F, V, F

RESOLUÇÃO:
Item I: nos termos da NBC TA 530, o nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o
tamanho da amostra exigido. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o
tamanho da amostra. INCORRETO
Item II: segundo a NBC TA 530, a amostragem é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100%
dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem
tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o
auditor concluir sobre toda a população. CORRETO
Item III: aprendemos que o Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma
conclusão errônea por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem. CORRETO
Item IV: segundo a NBC TA 530, para os testes de controles, uma taxa de desvio da amostra inesperadamente
alta pode levar a um aumento no risco identificado de distorção relevante, a menos que sejam obtidas
evidências adicionais de auditoria que comprovem a avaliação inicial.

Gabarito: alternativa B

27. (ESAF - RECEITA FEDERAL - 2009) - O auditor, ao realizar o processo de escolha da amostra, deve
considerar:
I. que cada item que compõe a amostra é conhecido como unidade de amostragem;
II. que estratificação é o processo de dividir a população em subpopulações, cada qual contendo um grupo de
unidades de amostragem com características homogêneas ou similares;
III. na determinação do tamanho da amostra, o risco de amostragem, sem considerar os erros esperados.
a) Somente a I é verdadeira.
b) Somente a II é verdadeira.
c) I e III são verdadeiras.

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d) Todas são falsas.


e) Todas são verdadeiras.

RESOLUÇÃO:
Item I: Segundo a NBC TA 530, a Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma
população. A banca trocou a palavra população por amostra, muito cuidado. INCORRETO

Item II: sabemos que Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo
um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário). O
objetivo da estratificação é aumentar a eficiência dos trabalhos de auditoria, reduzindo a variabilidade de itens
em cada estrato da população, permitindo que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de
amostragem. CORRETO

Item III: ao determinar o tamanho da amostra, o auditor deve considerar o risco de amostragem, bem como os
erros toleráveis e os esperados. INCORRETO

Gabarito: alternativa B

28. (FGV – ALERJ – 2017) Quando em determinada entidade o auditor tiver necessidade de averiguar
informações junto aos funcionários responsáveis pelo acompanhamento das vendas, da posição dos
investimentos e dos controles internos, deverá usar a técnica:
a) da amostragem;
b) da conferência de cálculos;
c) da circularização;
d) do exame de registros auxiliares;
e) do inquérito.

RESOLUÇÃO: Vejamos item por item.


Item A: a amostragem não se trata de técnica de auditoria, e sim de um meio para seleção de itens. INCORRETO
Item B: Conferência de cálculo (ou recálculo) consiste na verificação da exatidão matemática de documentos
ou registros. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente. Ex: Cálculo de depreciação, provisão
para devedores duvidosos. INCORRETO
Item C: a confirmação representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro
(a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. INCORRETO
Item D: a Inspeção envolve o exame de registros ou documentos (exame documental), internos ou externos,
em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo (inspeção física).
INCORRETO
Item E: a Indagação (Inquérito, entrevista) consiste na busca de informações junto a pessoas com
conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. Vejam que, segundo a questão, o
auditor quer averiguar informações juntos a funcionários. CORRETO

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Gabarito: alternativa E

29. (FGV – TJ/PI – 2015) Uma das atividades realizadas nos trabalhos de auditoria é a revisão analítica,
que consiste em um conjunto de procedimentos com o objetivo de identificar áreas prioritárias ou que
devem concentrar maiores esforços do auditor. Entre as características desse conjunto de procedimentos,
destaca-se:
a) circularização de informações.
b) dispensa de elaboração de papéis de trabalho.
c) exame dos registros analíticos.
d) realização de inspeções físicas.
e) utilização de índices econômico-financeiros.

RESOLUÇÃO: Os procedimentos analíticos são avaliações das informações feitas por meio de estudo das
relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Incluem a investigação de flutuações e relações
que sejam inconsistentes com outras informações relevantes. Os procedimentos analíticos, como o nome
sugere, envolvem análises, cálculo de índices, linhas de tendência. Procedimentos analíticos
compreendem, também, o exame necessário de flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes
com outras informações relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados.

Gabarito: alternativa E

30. (FGV – PGE/RO – 2015) A realização do trabalho de auditoria considera procedimentos e técnicas
previamente definidos na fase de planejamento. A Resolução CNJ nº 171/2013 apresenta algumas técnicas
comumente utilizadas a partir do Programa de Auditoria. A técnica em que o auditor requer informações
de terceiros com a indicação de quantitativos ou valores no texto da requisição, com prazo para resposta,
é:
a) correlação entre informações obtidas.
b) circularização positiva em preto.
c) circularização positiva em branco.
d) circularização negativa em branco.
e) revisão analítica.

RESOLUÇÃO: a questão cita uma resolução do CNJ, mas podemos resolvê-la de acordo com a NBC TA 530.
Vejamos.
A confirmação (circularização) representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta
escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia.
Solicitação de confirmação positiva: é a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente
ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação, ou forneça as informações
solicitadas.

Pode ser usado de duas formas:

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- Circularização positiva em preto: quando utilizados saldos ou valores a serem confirmados na data-
base indicada. A empresa auditada informa o saldo da sua contabilidade e pede ao fornecedor / cliente
que confirme o valor.

- Circularização positiva em branco: semelhante à anterior, mas sem indicar o valor. O fornecedor deve
enviar ao Auditor independente o saldo que consta na sua contabilidade.

Circularização negativa: Neste caso, a empresa deve entrar em contato com os Auditores Independente
apenas se não concordar com o valor indicado em determinada data.
Como a questão afirma que o auditor requereu informações de terceiros com a indicação de
quantitativos ou valores no texto da requisição, trata-se da confirmação positiva em preto.

Gabarito: alternativa B

31. (FGV – DPE/RJ - 2014) Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens em um teste de
auditoria são:
(a) seleção de todos os itens (exame de 100%);
(b) seleção de itens específicos; e
(c) amostragem de auditoria.
Com relação ao procedimento de amostragem, analise as afirmativas a seguir:
I. A amostragem em trabalhos de auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem de amostragem
não estatística como a estatística.
II. Amostragens aleatórias simples, estratificadas e por conglomerados são métodos de seleção
probabilísticos.
III Quando as características da população são de fácil mensuração, o apropriado é fazer uma amostragem
probabilística.
IV. Os maiores valores de uma população sempre devem ser analisados, mesmo quando se utilize uma
amostragem estatística.
Está (ão) correta (s) somente a (s) afirmativa (s):
a) I
b) I e II
c) II e III
d) III e IV
e) I, III e IV

RESOLUÇÃO:
Item I: Segundo a NBC TA 530, a amostragem estatística é a abordagem à amostragem com as seguintes
características:
(a) seleção aleatória dos itens da amostra; e
(b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensuração
do risco de amostragem.

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A abordagem de amostragem que não tem as características (a) e (b) é considerada uma amostragem
não estatística. Portanto, a auditoria aceita a utilização de amostragem estatística e não estatística. CORRETO
Item II: vimos que os Métodos estatísticos (probabilísticos) são:
a) Seleção aleatória: é a seleção aplicada por meio de geradores de números aleatórios como, por
exemplo, tabelas de números aleatórios.
b) Seleção sistemática: é a seleção em que a quantidade de unidades de amostragem na população é
dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem como, por exemplo, 50, e após
determinar um ponto de início dentro das primeiras 50, toda 50ª unidade de amostragem seguinte é
selecionada. Embora o ponto de início possa ser determinado ao acaso, é mais provável que a amostra seja
realmente aleatória se ela for determinada pelo uso de um gerador computadorizado de números aleatórios
ou de tabelas de números aleatórios. Ao usar uma seleção sistemática, o auditor precisaria determinar que as
unidades de amostragem da população não estão estruturadas de modo que o intervalo de amostragem
corresponda a um padrão em particular da população.
c) Amostragem de unidade monetária: é um tipo de seleção com base em valores, na qual o tamanho,
a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em valores monetários.
A estratificação trata de um método estatístico. Ademais, a banca considerou conglomerados como
sinônimo de sistemático. CORRETO
Item III: quando as características da população são de fácil mensuração o ideal é se utilizar o censo.
INCORRETO
Item IV: na amostragem estatística todas as unidades de amostragem têm a mesma chance de serem
selecionadas, independentemente do valor. INCORRETO

Gabarito: alternativa B

32. (FGV – ISS/Recife - 2014) A respeito de uma amostra de auditoria, analise as afirmativas a seguir.
I. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria
e as características da população da qual será retirada a amostra.
II. O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da
população tenha a mesma chance de ser selecionada.
III. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar os fins específicos a serem alcançados
e a combinação de procedimentos de auditoria que devem alcançar esses fins.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

RESOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 530, na definição da amostra, tamanho e seleção dos itens para teste:

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- Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de


auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra (item I CORRETO).
- O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da
população tenha a mesma chance de ser selecionada (item II CORRETO).

- Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar os fins específicos a serem alcançados e
a combinação de procedimentos de auditoria que devem alcançar esses fins (item III CORRETO).

Questão retirada de maneira literal da norma.

Gabarito: alternativa E

33. (FGV – HEMOCENTRO/SP - 2013) - O método de seleção de amostras em que a quantidade de


unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de
amostragem é uma seleção:
a) aleatória.
b) sistemática.
c) ao acaso.
d) de bloco.
e) de unidade monetária.

RESOLUÇÃO: aprendemos que a Seleção sistemática é a seleção em que a quantidade de unidades de


amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem como,
por exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentro das primeiras 50, toda 50ª unidade de
amostragem seguinte é selecionada. Embora o ponto de início possa ser determinado ao acaso, é mais provável
que a amostra seja realmente aleatória se ela for determinada pelo uso de um gerador computadorizado de
números aleatórios ou de tabelas de números aleatórios. Ao usar uma seleção sistemática, o auditor precisaria
determinar que as unidades de amostragem da população não estão estruturadas de modo que o intervalo de
amostragem corresponda a um padrão em particular da população.

Gabarito: alternativa B

34. (CESPE – TCE/MG - 2018) Se, ao investigar flutuações e relações identificadas, o auditor concluir
que elas são inconsistentes com outras informações relevantes, essa investigação caracterizará o
procedimento de auditoria denominado
a) reexecução.
b) confirmação externa.
c) inspeção.
d) observação.
e) procedimento analítico.

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RESOLUÇÃO: aprendemos que os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas
por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Incluem também a
investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações
relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos. Portanto, nosso gabarito é a letra E.
Confirmação externa é a técnica de confirmação externa (também conhecida como circularização) representa
evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor,
em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. Ou seja, consiste na confirmação, junto a terceiros, de fatos
alegados pela entidade (veremos no tópico a seguir). A inspeção envolve o exame de registros ou documentos
(Inspeção Documental), internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias,
ou o exame físico (Inspeção Física) de um ativo. A Observação consiste no exame do processo ou procedimento
executado por outros, por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da
entidade ou da execução de atividades de controle.

Gabarito: alternativa E

35. (CESPE – CGM/JOÃO PESSOA – 2018) Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item
subsequente.
Entre os procedimentos de auditoria inclui-se o exame documental, o qual permite a análise de processos,
atos formalizados e documentos avulsos.

RESOLUÇÃO: Sabemos que, nos termos da NBC TA 500, a inspeção envolve o exame de registros ou
documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame
físico de um ativo. A questão está correta, pois o exame documental envolve diversos tipos de documentos
analisados pelo auditor, de acordo com seu julgamento profissional.

Gabarito: CORRETO

36. (CESPE – TRE/BA – 2017) Ao examinar as demonstrações financeiras de uma entidade, o auditor
verifica as relações entre dados que envolvem cálculos e o emprego de índices financeiros simples, faz a
análise vertical das demonstrações, coteja quantias reais com dados históricos e quantias orçadas etc.
Nesse caso, ao utilizar modelos matemáticos e estatísticos, como a análise de regressão, o auditor adota
o procedimento denominado
a) inspeção.
b) confirmação.
c) recálculo.
d) contagem.
e) revisão analítica.

RESOLUÇÃO:
Item A: a inspeção envolve o exame de registros, documentos e de ativos tangíveis. INCORRETO

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Item B: a confirmação é obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação,


dentro ou fora da entidade. INCORRETO
Item C: o recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. O recálculo
pode ser realizado manual ou eletronicamente. Objetiva a conferência das operações que envolvam cálculos.
Na aplicação da técnica, a equipe não deve se limitar a conferir os cálculos realizados por terceiros,
fazendo-se necessária a efetivação de cálculos próprios, que serão comparados, ao final, com aqueles
apresentados pelo fiscalizado. INCORRETO
Item D: contagem a verificação in loco que proporciona ao auditor a formação de opinião quanto a existência
física do objeto ou item examinado. Esse procedimento é utilizado para as contas do ativo e consiste em
identificar fisicamente o bem declarado nas demonstrações contábeis. É a inspeção física. INCORRETO
Item E: revisão analítica é verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices,
quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências
atípicas. CORRETO

Gabarito: alternativa E

37. (CESPE – FUNPRESP/JUD – 2016) Com relação a programas de auditoria em contas do balanço
patrimonial e em contas da demonstração do resultado, julgue o item seguinte.
A circularização de fornecedores é um procedimento empregado na auditoria de contas do passivo para
confirmar a existência da obrigação.

RESOLUÇÃO: confirmação (circularização) representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como
resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia.
Implica a obtenção de declaração formal e imparcial de pessoas independentes à empresa e que estejam
habilitadas para confirmar. Consiste na obtenção, pelo auditor, de uma declaração escrita, junto a fontes
externas capacitadas para tanto. Consiste na corroboração por escrito de terceiros, em relação a determinadas
informações de interesse. É utilizado pelo auditor para confirmar, por meio de correspondência (carta), bens
de propriedade da empresa em poder de terceiros, direitos a receber e obrigações. A evidência corroborativa
obtida de fontes independentes externas à empresa proporciona maior segurança, para fins de uma auditoria
independente do que aquela obtida exclusivamente dentro da empresa.

Gabarito: CORRETO

38. (CESPE – TCE/PR – 2016) Uma evidência de auditoria que tenha sido obtida comprovando-se a
existência real de recursos humanos, instalações, imóveis ou equipamentos é denominada evidência
a) por confirmação de terceiros.
b) documental.
c) analítica.
d) física.
e) testemunhal.

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RESOLUÇÃO: Inspeção envolve o exame de registros ou documentos (exame documental), internos ou


externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo (inspeção
física). Vejam que a comprovação da existência real.
A Inspeção Física trata-se da verificação das condições de ativos tangíveis (existência, integridade...),
e deve atender às seguintes características:
- Existência física: comprovação visual da existência do item.
- Autenticidade: discernimento da fidedignidade do item.
- Quantidade: apuração adequada da quantidade real física.
- Qualidade: comprovação visual ou laboratorial de que o objeto examinado permanece em perfeitas
condições de uso.

Gabarito: alternativa D

39. (CESPE – TCE/PR – 2016) Assinale a opção correta, relativamente aos procedimentos analíticos em
trabalhos de auditoria.
a) A fim de manter a consistência do relatório, em cada auditoria realizada o auditor deve selecionar um
procedimento analítico único e específico para ser executado.
b) Os procedimentos analíticos que forem realizados por administradores da própria entidade auditada
deverão ser desprezados ou realizados novamente pelo auditor.
c) Nos procedimentos analíticos, podem-se incluir informações que se mostrem contraditórias ou
inconsistentes com outras informações relevantes ou que produzam valores inesperados.
d) Os procedimentos analíticos, em função do seu caráter detalhista, só devem ser aplicados a pequenos
volumes de transações.
e) Com o fim de evitar a ocorrência de algum viés em seu trabalho, nos procedimentos analíticos o auditor deve
desconsiderar o desempenho de entidades do mesmo setor de atividade da entidade auditada.

RESOLUÇÃO: Questão retirada da NBC TA 520, que trata dos procedimentos analíticos. Vejamos:
Item A: Podem ser usados diversos métodos para executar procedimentos analíticos. Esses métodos variam
desde a realização de comparações simples até análises complexas usando técnicas estatísticas avançadas. Os
procedimentos analíticos podem ser aplicados para demonstrações contábeis consolidadas, componentes e
elementos individuais de informação. INCORRETO
Item B: O auditor pode indagar a administração sobre a disponibilidade e confiabilidade das informações
necessárias para aplicar procedimentos analíticos substantivos, e sobre os resultados de quaisquer
procedimentos analíticos realizados pela entidade. Pode ser eficaz usar dados analíticos elaborados pela
administração, desde que o auditor esteja satisfeito de que esses dados foram adequadamente elaborados.
INCORRETO
Item C: Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das
relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a
investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações
relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos. CORRETO

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Item D: Os procedimentos analíticos substantivos são geralmente mais aplicáveis a grandes volumes de
transações que tendem a ser previsíveis com o tempo. A NBC TA 520 estabelece exigências e fornece
orientação para a aplicação de procedimentos analíticos durante a auditoria. INCORRETO
Item E: Os procedimentos analíticos incluem, por exemplo, levar em consideração comparações de
informações de entidades do mesmo setor de atividade, como a comparação entre índices de vendas e contas
a receber com as médias do setor ou com outras entidades de porte comparável do mesmo setor. INCORRETO

Gabarito: alternativa C

40. (CESPE – FUNPRESP/JUD – 2016) No que se refere às técnicas e aos procedimentos de auditoria,
julgue o item seguinte.
O pedido de confirmação positivo do tipo preto é um procedimento de auditoria em que se requer de
terceiros manifestação, formal e imparcial, em relação à sua concordância ou não com os saldos ou valores
contábeis apresentados no pedido de confirmação.

RESOLUÇÃO: confirmação (circularização) representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como
resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia.
Segundo a NBC TA 505, há dois tipos de confirmação externa:
a) Solicitação de confirmação positiva: é a solicitação de que a parte que confirma responda
diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação, ou forneça as
informações solicitadas.
Pode ser usado de duas formas:

- Branco: quando não se colocam os valores nos pedidos de confirmação.


- Preto: quando utilizados saldos ou valores a serem confirmados na data-base indicada.

b) Solicitação de confirmação negativa: é a solicitação de que a parte que confirma responda


diretamente ao auditor somente se discorda das informações fornecidas na solicitação. Ou seja, o auditor
solicita à fonte que somente responda a carta caso dicorde dos valores registrados. Caso a fonte não responda,
o auditor conclui que ela concorda com os valores registrados na carta. Pelo exposto, a circularização negativa
é necessariamente em preto.
Portanto, a confirmação positiva é quando há necessidade de resposta da pessoa de quem se quer obter
uma confirmação formal, podendo ser utilizada de duas formas: em preto, onde há o registro dos valores ou
quantidades para os quais se quer a confirmação da pessoa consultada ou respondente (CORRETA a assertiva);
e em branco, quando não contém a indicação dos valores.

Gabarito: CORRETO

41. (CESPE – FUNPRESP/JUD – 2016) No que se refere às técnicas e aos procedimentos de auditoria,
julgue o item seguinte.

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Os procedimentos analíticos fornecem evidências de auditoria acerca da forma como a empresa auditada
executa determinado processo ou procedimento.

RESOLUÇÃO: aprendemos que os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas
por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os
procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam
inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos.
Já a observação consiste no exame do processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, a
observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de atividades
de controle. A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou
procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de ser
observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é executado.
Portanto, a questão trata da observação.

Gabarito: ERRADO

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Lista de questões
1. (FCC – MPE/PE – 2018) Segundo as normas de auditoria, o risco de negócio resulta de
a) distorção relevante identificada e avaliada que, no julgamento do auditor, requer consideração especial na
auditoria.
b) condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de ações significativas que possam afetar adversamente a
capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias.
c) processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis pela governança, administração e outros
empregados para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade.
d) declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às demonstrações contábeis,
utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer.
e) procedimentos de auditoria aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente,
para a identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante.

2. (FCC – SEFAZ/SC - 2018) Dentre as técnicas mais usuais de auditoria contábil e fiscal, pode-se mencionar
o Exame e Contagem Física. É um procedimento de auditoria utilizado para as contas do
a) Passivo (por exemplo: fornecedores e empréstimos), que consiste em identificar fisicamente (in loco) o bem
declarado no Balanço Patrimonial.
b) Ativo (por exemplo: dinheiro, estoques, ativo imobilizado), que consiste em identificar fisicamente (in loco)
o bem declarado no Balanço Patrimonial.
c) Passivo (por exemplo: fornecedores e empréstimos), que consiste em realizar a confirmação de contas a
pagar e proceder a exames de pagamentos subsequentes.
d) Ativo (especificamente da Conta de Investimentos), que consiste em auditar o cálculo do resultado da
equivalência patrimonial.
e) Ativo relativos a bens intangíveis (por exemplo: marcas e patentes), que consiste em identificar apenas
documentalmente os bens declarados no Balanço Patrimonial.

3. (FCC – TCE/RS – 2018) Acerca da disciplina dos testes de auditoria, assevera-se:


a) Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados
produzidos pelos sistemas de informação da entidade.
b) Os procedimentos constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos.
c) Os testes substantivos visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos
pela Administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento.
d) Pode ser cogitado o procedimento de inspeção, que consiste na obtenção de informações perante pessoas
físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.
e) Pode ser cogitado o procedimento de investigação e confirmação, que consiste na verificação de registros,
documentos e ativos tangíveis.

4. (FCC – TRT/2ª REGIÃO - 2018) Sobre Auditoria, é correto afirmar:


a) Na execução dos trabalhos de auditoria somente se verificará a parte contábil e financeira. Isto para não ferir
ao Princípio da Partição dos Poderes, pois é responsabilidade do Judiciário verificar a parte orçamentária,
operacional e patrimonial.

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b) A execução dos trabalhos de Auditoria Governamental deve ser realizada somente uma vez a cada três anos,
com a visita a ser realizada na organização para a confirmação de dados prévios à coleta documental.
c) O Exame Físico e a Confirmação ou Circularização são técnicas de auditoria a serem utilizadas na execução
dos trabalhos de auditoria para a formação de opinião do auditor que comprove a veracidade dos fatos
observados.
d) O Relatório de Auditoria deve conter somente informações sobre o planejamento prévio. Em hipótese
alguma pode conter qualquer revelação sobre o resultado dos trabalhos de auditoria, pois estes são
confidenciais e protegidos por sigilo.
e) A Amostragem é uma técnica que não pode ser utilizada na Auditoria, pois ela não permite ao responsável
formar uma opinião adequada sobre o conjunto de registros que se está analisando.

5. (FCC – TRT/11ª REGIÃO – 2017) Obter confirmação dos saldos e transações de contas em análise, por
pessoa alheia e independente é um procedimento de auditoria conhecido por
a) Inspeção.
b) Participação.
c) Avaliação.
d) Circularização.
e) Conferência.

6. (FCC – SEGEP/MA – 2016) Os resultados obtidos nos procedimentos de auditoria executados pelo
auditor independente contribuem para fundamentar as conclusões apresentadas em seu relatório. O
auditor pode utilizar como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos
substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados, entre outros, os procedimentos de
auditoria:
a) inspeção, amostragem, pericia.
b) inspeção, monitoramento, vistoria.
c) inspeção, indagação, perícia.
d) inspeção, observação, confirmação externa.
e) inspeção, amostragem, vistoria.

7. (FCC – PREFEITURA TERESINA/PI – 2016) A evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para
fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de procedimentos de auditoria. O exame
de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras
mídias, ou o exame físico de um ativo é efetuado mediante o procedimento de auditoria denominado
a) inspeção.
b) observação.
c) circularização.
d) investigação.
e) confirmação.

8. (FCC – COPERGÁS – 2016) A Companhia de Transportes Urbanos e Interurbanos do Estado visando à


renovação da frota, no exercício de 2015, comprou 20 ônibus novos. Na auditoria das demonstrações
contábeis da empresa, o Auditor ao examinar a transação de compra dos ônibus, segundo as Normas
Brasileiras de Auditorias – NBC TAs, aplicou o procedimento de auditoria denominado

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a) observação.
b) revisão.
c) materialidade.
d) avaliação.
e) inspeção.

9. (FCC – SEGEP/MA – 2016) A Receita Federal do Brasil e a Secretaria Municipal de Fazenda,


hipoteticamente, celebram convênio para compartilhamento de informações sujeitas a sigilo fiscal da
declaração anual de imposto de renda. Sob os termos do convênio, é obrigatória a solicitação
individualizada e motivada do dado a que se deseja ter acesso e haverá custo para sua disponibilização,
uma vez que o serviço que assegura os termos do convênio é prestado com exclusividade pelo Serpro, de
acordo com tabela de preços por ele praticada. Após o levantamento da base de dados de lançamentos
fiscais do ITBI dos últimos cinco anos junto ao sistema da Secretaria de Fazenda, a Municipalidade avalia
a possibilidade de confrontar tais registros com os imóveis declarados anualmente pelos proprietários à
Fazenda Federal. Os custos de obtenção e análise de todos os dados do IRPF, entretanto, pareceram
proibitivos. Na circunstância narrada,
a) não é possível adotar a técnica conhecida como amostragem, uma vez que ela se destina a situações em que
é inviável obter os dados de todas as ocorrências investigadas.
b) é possível adotar a técnica conhecida como amostragem, que somente deve ser empregada, entretanto, por
meio que garanta a absoluta aleatoriedade do grupo de registros que será analisado.
c) é possível adotar a técnica conhecida como amostragem, que pode ser empregada por meio da escolha dos
registros a serem analisados, a partir da experiência dos fiscais.
d) embora possível, é contraindicada a adoção da técnica conhecida como amostragem, pois não há como
garantir a aleatoriedade do grupo de registros que será analisado.
e) embora possível, é contraindicada a adoção da técnica conhecida como amostragem, pois não há outras
informações disponíveis, indispensáveis para a formação da amostra.

10. (FCC – TRF/3ª REGIÃO - 2016) Um auditor interno, em um primeiro momento, verificou a necessidade
de fazer testes para verificação de registros, documentos e ativos tangíveis. Depois, também constatou a
necessidade de acompanhar a execução de procedimentos específicos. Nos termos regulados pela
Resolução CFC nº 986/2003 (NBC TI 01), para a consecução desses dois objetivos deverá realizar,
respectivamente,
a) testes de observância, na modalidade inspeção e testes substantivos, na modalidade inspeção.
b) testes substantivos, na modalidade confirmação e testes de observância, na modalidade investigação.
c) testes substantivos, na modalidade confirmação e testes de observância, na modalidade inspeção.
d) testes de observância, na modalidade investigação e testes de observância, na modalidade inspeção.
e) testes de observância, na modalidade inspeção e testes de observância, na modalidade observação.

11. (FCC – SEFAZ/PI - 2015) Entre os principais métodos de seleção de amostras citados nas Normas
Brasileiras de Contabilidade Técnicas de Auditoria, aquela em que o tamanho, a seleção e a avaliação da
amostra resultam em uma conclusão em quantias de dinheiro é a amostragem
a) ao acaso.
b) estatística.
c) em bloco.

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d) aleatória.
e) de unidades monetárias.

(FCC - TCE/RS - 2014) A autenticidade de documentos comprobatórios hábeis de despesas, emitidos por
terceiros, contratados pela Administração pública, deve ser verificada por procedimento de auditoria
conhecido como
a) revisão analítica.
b) circularização.
c) teste de inspeção.
d) teste de observação.
e) amostragem estatística.

12. (FCC - TCE/RS - 2014) A autenticidade de documentos comprobatórios hábeis de despesas, emitidos
por terceiros, contratados pela Administração pública, deve ser verificada por procedimento de auditoria
conhecido como
a) revisão analítica.
b) circularização.
c) teste de inspeção.
d) teste de observação.
e) amostragem estatística.

13. (FCC – TCE/RS - 2014) A amostragem é uma técnica que tem por finalidade determinar a extensão de
um teste de auditoria ou método de seleção de itens a serem testados. Nos termos da Resolução CFC
986/2003, a amostra selecionada deve proporcionar uma informação de auditoria:
a) suficiente e apropriada.
b) efetiva e padronizada.
c) realística e relevante.
d) material e útil.
e) formal e mensurável.

14. (FCC – METRÔ/SP - 2014) - Dois analistas de desenvolvimento de gestão foram incumbidos de fazer
exames de auditoria interna nos registros realizados pelo setor de contabilidade do Metrô, em 2013. Em
razão do volume de informações, utilizaram técnica de auditoria para a seleção de itens que deverão ser
testados, representando o todo a ser auditado. Essa técnica utilizada é denominada:
a) dimensionamento do trabalho de auditoria.
b) direcionamento do trabalho de auditoria.
c) amostragem.
d) testes de parcialidade.
e) seleção de suficiência de informações.

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15. (FCC – TRT/13ª REGIÃO – 2014) O auditor interno pode realizar testes que permitam obter subsídios
suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à Administração. O procedimento que
consiste no acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução é a
a) Confirmação.
b) Investigação.
c) Observação.
d) Inspeção.
e) Evidenciação.

16. (FCC – TCE/RS - 2014) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas de Auditoria – NBC
TA, a amostragem e auditoria destina-se a possibilitar conclusões a serem tiradas de uma população
inteira com base no teste de amostragem dela extraída (NBC TA 500). Existem muitos métodos para
selecionar amostras (NBC TA 530), entre os principais citados nas normas. Aquela em que a quantidade de
unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de
amostragem é a seleção:
a) em bloco.
b) estatística.
c) aleatória.
d) ao acaso.
e) sistemática.

17. (FCC – TRT/ 19ª REGIÃO – 2014) Durante a auditoria, a equipe técnica responsável teve dúvida quanto
à segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo
funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade.
Para a solução desse problema, é necessária a aplicação de testes
a) de observância.
b) substantivos.
c) de evidência.
d) confirmativos.
e) de fidelidade.

18. (FCC – DPE/SP – 2013) Quando um Auditor confirma com o Banco do Sul SA o saldo disponível ao final
do exercício, com a finalidade de comprovar a exatidão dos registros contábeis, está realizando um teste
a) substantivo.
b) de evidência.
c) de procedimentos.
d) de confirmação.
e) de observância.

19. (FCC – ICMS/SP -2013) - É correto afirmar, em relação ao fator de confiança na seleção da amostra, que
quanto:
a) maior o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e menor o nível de segurança obtido.
b) menor o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e da estratificação permitida.

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c) maior o fator de confiança, menor o tamanho da amostra e menor o nível de segurança obtido.
d) menor o fator de confiança, menor o tamanho da amostra e da estratificação permitida.
e) maior o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e o nível de segurança obtido

20. (FCC – TRT/15ª Região - 2013) O auditor da empresa Seringueira S.A. elaborou exame seletivo nas notas
fiscais emitidas, para confirmação do saldo de Contas a Receber e da Receita do período. Referido
procedimento:
a) é suficiente para confirmação dos saldos, por expressar o perfil da população inteira.
b) é um meio eficiente de constituir uma amostragem em auditoria.
c) não é um meio eficiente de obter evidência de auditoria.
d) é um meio eficiente de obter evidência de auditoria, mas não podem ser projetados para a população
inteira.
e) não é um meio de evidências previsto nas normas de auditoria, sendo vedada a utilização.

21. (FCC – TRE/SP - 2012) A técnica de amostragem que consiste em dividir uma população em
subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes
é denominada amostragem:
a) randômica.
b) estratificada.
c) de seleção em bloco.
d) aleatória.
e) de seleção com base na experiência do auditor.

22. (FCC – ISS/SP - 2012) - O aumento no uso de procedimentos substantivos no processo de auditoria para
confirmação dos saldos do contas a receber da empresa Financia S.A.
a) exige a estratificação da amostra.
b) obriga que a amostra seja aleatória.
c) possibilita um aumento da amostra.
d) causa uma diminuição da amostra.
e) não influencia no tamanho da amostra.

23. (FCC – TCE/SE - 2011) Segundo a NBC TA 530, que versa sobre a utilização de amostragem em auditoria,
é correto afirmar:
a) O objetivo da estratificação da amostra é o de aumentar a variabilidade dos itens de cada estrato e permitir
que o tamanho da amostra seja aumentado.
b) Quanto menor o risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar, menor deve ser o tamanho da
amostra.
c) Anomalia é a distorção ou o desvio comprovadamente representativo de distorção ou desvio em uma
população.
d) O método de seleção da amostra em que o auditor não segue nenhuma técnica estruturada é denominado
método de seleção aleatório.
e) Quanto maior a confiança do auditor em procedimentos substantivos (testes de detalhes ou procedimentos
analíticos substantivos), menor pode ser o tamanho da amostra.

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24. (FCC – INFRAERO - 2011) Em relação à utilização de amostragem na auditoria, é correto afirmar:
a) A amostragem utilizada em auditoria é necessariamente probabilística, sob pena de ocorrerem riscos
decorrentes da utilização do julgamento pessoal do auditor sobre os itens a serem selecionados.
b) A estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada qual contendo um grupo de
unidades de amostragem com características heterogêneas.
c) O tamanho da amostra a ser determinada pelo auditor deve considerar o risco de amostragem, bem como
os erros toleráveis e os esperados.
d) O erro tolerável é o erro mínimo na população que o auditor está disposto a aceitar e, ainda assim, concluir
que o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria.
e) Quando o erro projetado for inferior ao erro tolerável, o auditor deve reconsiderar sua avaliação anterior do
risco de amostragem e, se esse risco for inaceitável, considerar a possibilidade de ampliar o procedimento de
auditoria ou executar procedimentos de auditoria alternativos.

25. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2014) É permitido ao auditor externo, durante o processo final de
montagem dos arquivos da auditoria concluída, modificar os documentos de auditoria. Não se inclui como
modificação possível:
a) apagar, descartar ou destruir documentação superada.
b) acrescentar referências cruzadas aos documentos de trabalho.
c) substituir carta de circularização dos advogados, com nova posição das contingências.
d) conferir itens das listas de verificação, evidenciando ter cumprido os passos pertinentes à montagem do
arquivo.
e) documentar evidência de auditoria que o auditor obteve antes da data do relatório de auditoria.

26. (ESAF – PM/RJ - 2010) Avalie, se verdadeiro ou falso, os itens a seguir a respeito do uso de amostragem
estatística em auditoria e assinale a opção que indica a sequência correta.
I. O nível de risco que o auditor está disposto a aceitar não afeta o tamanho da amostra exigido em razão da
existência de outros controles a serem utilizados;
II. O auditor seleciona itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha
a mesma chance de ser selecionada;
III. Existem outros riscos não resultantes da amostragem tais como o uso de procedimentos de auditoria não
apropriados;
IV. Para os testes de controle, uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um aumento
no risco identificado de distorção relevante.
a) V, V, F, V
b) F, V, V, V
c) V, V, V, F
d) F, F, F, V
e) V, F, V, F

27. (ESAF - RECEITA FEDERAL - 2009) - O auditor, ao realizar o processo de escolha da amostra, deve
considerar:
I. que cada item que compõe a amostra é conhecido como unidade de amostragem;

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II. que estratificação é o processo de dividir a população em subpopulações, cada qual contendo um grupo de
unidades de amostragem com características homogêneas ou similares;
III. na determinação do tamanho da amostra, o risco de amostragem, sem considerar os erros esperados.
a) Somente a I é verdadeira.
b) Somente a II é verdadeira.
c) I e III são verdadeiras.
d) Todas são falsas.
e) Todas são verdadeiras.

28. (FGV – ALERJ – 2017) Quando em determinada entidade o auditor tiver necessidade de averiguar
informações junto aos funcionários responsáveis pelo acompanhamento das vendas, da posição dos
investimentos e dos controles internos, deverá usar a técnica:
a) da amostragem;
b) da conferência de cálculos;
c) da circularização;
d) do exame de registros auxiliares;
e) do inquérito.

29. (FGV – TJ/PI – 2015) Uma das atividades realizadas nos trabalhos de auditoria é a revisão analítica, que
consiste em um conjunto de procedimentos com o objetivo de identificar áreas prioritárias ou que devem
concentrar maiores esforços do auditor. Entre as características desse conjunto de procedimentos,
destaca-se:
a) circularização de informações.
b) dispensa de elaboração de papéis de trabalho.
c) exame dos registros analíticos.
d) realização de inspeções físicas.
e) utilização de índices econômico-financeiros.

30. (FGV – PGE/RO – 2015) A realização do trabalho de auditoria considera procedimentos e técnicas
previamente definidos na fase de planejamento. A Resolução CNJ nº 171/2013 apresenta algumas técnicas
comumente utilizadas a partir do Programa de Auditoria. A técnica em que o auditor requer informações
de terceiros com a indicação de quantitativos ou valores no texto da requisição, com prazo para resposta,
é:
a) correlação entre informações obtidas.
b) circularização positiva em preto.
c) circularização positiva em branco.
d) circularização negativa em branco.
e) revisão analítica.

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31. (FGV – DPE/RJ - 2014) Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens em um teste de auditoria
são:
(a) seleção de todos os itens (exame de 100%);
(b) seleção de itens específicos; e
(c) amostragem de auditoria.
Com relação ao procedimento de amostragem, analise as afirmativas a seguir:
I. A amostragem em trabalhos de auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem de amostragem
não estatística como a estatística.
II. Amostragens aleatórias simples, estratificadas e por conglomerados são métodos de seleção
probabilísticos.
III Quando as características da população são de fácil mensuração, o apropriado é fazer uma amostragem
probabilística.
IV. Os maiores valores de uma população sempre devem ser analisados, mesmo quando se utilize uma
amostragem estatística.
Está (ão) correta (s) somente a (s) afirmativa (s):
a) I
b) I e II
c) II e III
d) III e IV
e) I, III e IV

32. (FGV – ISS/Recife - 2014) A respeito de uma amostra de auditoria, analise as afirmativas a seguir.
I. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria
e as características da população da qual será retirada a amostra.
II. O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da
população tenha a mesma chance de ser selecionada.
III. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar os fins específicos a serem alcançados
e a combinação de procedimentos de auditoria que devem alcançar esses fins.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

33. (FGV – HEMOCENTRO/SP - 2013) - O método de seleção de amostras em que a quantidade de unidades
de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem
é uma seleção:
a) aleatória.
b) sistemática.
c) ao acaso.

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d) de bloco.
e) de unidade monetária.

34. (CESPE – TCE/MG - 2018) Se, ao investigar flutuações e relações identificadas, o auditor concluir que
elas são inconsistentes com outras informações relevantes, essa investigação caracterizará o
procedimento de auditoria denominado
a) reexecução.
b) confirmação externa.
c) inspeção.
d) observação.
e) procedimento analítico.

35. (CESPE – CGM/JOÃO PESSOA – 2018) Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item
subsequente.
Entre os procedimentos de auditoria inclui-se o exame documental, o qual permite a análise de processos,
atos formalizados e documentos avulsos.

36. (CESPE – TRE/BA – 2017) Ao examinar as demonstrações financeiras de uma entidade, o auditor
verifica as relações entre dados que envolvem cálculos e o emprego de índices financeiros simples, faz a
análise vertical das demonstrações, coteja quantias reais com dados históricos e quantias orçadas etc.
Nesse caso, ao utilizar modelos matemáticos e estatísticos, como a análise de regressão, o auditor adota
o procedimento denominado
a) inspeção.
b) confirmação.
c) recálculo.
d) contagem.
e) revisão analítica.

37. (CESPE – FUNPRESP/JUD – 2016) Com relação a programas de auditoria em contas do balanço
patrimonial e em contas da demonstração do resultado, julgue o item seguinte.
A circularização de fornecedores é um procedimento empregado na auditoria de contas do passivo para
confirmar a existência da obrigação.

38. (CESPE – TCE/PR – 2016) Uma evidência de auditoria que tenha sido obtida comprovando-se a
existência real de recursos humanos, instalações, imóveis ou equipamentos é denominada evidência
a) por confirmação de terceiros.
b) documental.
c) analítica.
d) física.
e) testemunhal.

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39. (CESPE – TCE/PR – 2016) Assinale a opção correta, relativamente aos procedimentos analíticos em
trabalhos de auditoria.
a) A fim de manter a consistência do relatório, em cada auditoria realizada o auditor deve selecionar um
procedimento analítico único e específico para ser executado.
b) Os procedimentos analíticos que forem realizados por administradores da própria entidade auditada
deverão ser desprezados ou realizados novamente pelo auditor.
c) Nos procedimentos analíticos, podem-se incluir informações que se mostrem contraditórias ou
inconsistentes com outras informações relevantes ou que produzam valores inesperados.
d) Os procedimentos analíticos, em função do seu caráter detalhista, só devem ser aplicados a pequenos
volumes de transações.
e) Com o fim de evitar a ocorrência de algum viés em seu trabalho, nos procedimentos analíticos o auditor deve
desconsiderar o desempenho de entidades do mesmo setor de atividade da entidade auditada.

40. (CESPE – FUNPRESP/JUD – 2016) No que se refere às técnicas e aos procedimentos de auditoria, julgue
o item seguinte.
O pedido de confirmação positivo do tipo preto é um procedimento de auditoria em que se requer de
terceiros manifestação, formal e imparcial, em relação à sua concordância ou não com os saldos ou valores
contábeis apresentados no pedido de confirmação.

41. (CESPE – FUNPRESP/JUD – 2016) No que se refere às técnicas e aos procedimentos de auditoria, julgue
o item seguinte.
Os procedimentos analíticos fornecem evidências de auditoria acerca da forma como a empresa auditada
executa determinado processo ou procedimento.

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Gabarito
1. B 35. C
2. B 36. E
3. B 37. C
4. C 38. D
5. D 39. C
6. D 40. C
7. A 41. E
8. E
9. C
10. E
11. E
12. C
13. A
14. C
15. C
16. E
17. A
18. A
19. E
20. D
21. B
22. D
23. E
24. C
25. D
26. B
27. B
28. E
29. E
30. B
31. B
32. E
33. B
34. E

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Resumo direcionado
 Os procedimentos de auditoria, quanto à sua finalidade ou natureza, podem ser classificados em:
a) Procedimentos de avaliação de riscos;
b) Testes de Controle;
c) Procedimentos Substantivos.

 Os procedimentos de Avaliação de Riscos são os primeiros procedimentos executados pelo auditor, no


processo de entendimento da entidade. São os procedimentos de auditoria aplicados para a obtenção do
entendimento da entidade e do seu ambiente, incluindo o controle interno da entidade, para a
identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou
erro, nos níveis das demonstrações contábeis e das afirmações.

 De acordo com a NBC TA 315, os procedimentos de avaliação de riscos incluem:

a) indagações à administração: são indagações às pessoas apropriadas da auditoria interna (se houver essa
função) e a outros na entidade que, no julgamento do auditor, possam ter informações com possibilidade
de auxiliar na identificação de riscos de distorção relevante causados por fraude ou erro.
b) procedimentos analíticos: são procedimentos de avaliação de risco que podem identificar aspectos da
entidade que o auditor não tinha conhecimento e pode auxiliar na avaliação de risco de erros relevantes para
fornecer uma base para planejar e implementar respostas para esses riscos. Consistem na avaliação das
informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Por
exemplo, a relação entre vendas e área total do espaço de vendas ou volume dos produtos vendidos.
c) observação e inspeção: Buscam apoiar as indagações junto à administração e outros, e podem também
fornecer informações sobre a entidade e o seu ambiente.

 Os testes de controle visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno
estabelecidos pela Administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento. Ou seja, são os
procedimentos de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles internos da
entidade na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.

 Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no


nível de afirmações. Visa à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validação dos dados
produzidos pelos sistemas de informações da entidade. Os procedimentos substantivos incluem:

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(a) Testes de detalhes (também chamados de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações).
(b) procedimentos analíticos substantivos.

 Segundo a NBC TA 500, que trata dos procedimentos de auditoria para obtenção de evidência de auditoria,
a evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida
pela execução de:
(a) procedimentos de avaliação de riscos; e
(b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem:
(i) testes de controles, quando exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim escolheu;
e
(ii) procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos.

 Segundo a NBC TA 500, a inspeção envolve o exame de registros ou documentos (Inspeção Documental),
internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico
(Inspeção Física) de um ativo.

 Segundo a NBC TA 500, a Observação consiste no exame do processo ou procedimento executado por
outros, por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou
da execução de atividades de controle. A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução
de processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato
de que o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é executado.

 Segundo a NBC TA 500, o recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou


registros, podendo ser realizado manual ou eletronicamente. Objetiva a conferência das operações que
envolvam cálculos. Ao aplicar a técnica, o auditor deve conferir os cálculos realizados por terceiros (a
empresa auditada) e os cálculos próprios, que serão então comparados ao final. Também é denominada
conferência de cálculo.

 Segundo a NBC TA 500, a indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento,
financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade.

 Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das
relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Incluem também a investigação de flutuações

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e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem
significativamente dos valores previstos.

 Segundo a NBC TA 500, a técnica de confirmação externa (também conhecida como circularização)
representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que
confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia.

 Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens a serem testados são:

(a) Seleção de todos os itens (exame de 100%, também chamado de censo);


(b) Seleção de itens específicos; e
(c) Amostragem de auditoria.

 Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de


população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a
mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor
concluir sobre toda a população.

 Segundo a NBC TA 530, a amostragem estatística é a abordagem à amostragem com as seguintes


características:
(a) seleção aleatória dos itens da amostra; e
(b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensuração do
risco de amostragem.
A abordagem de amostragem que não tem as características (a) e (b) é considerada uma amostragem não
estatística.

 Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população. As unidades de
amostragem podem ser itens físicos (por exemplo, cheques relacionados em comprovante de depósito,
lançamentos de crédito em extratos bancários, faturas de venda ou saldos de devedores) ou unidades
monetárias.

 Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente
se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.

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 Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos, definida
pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa taxa de desvio não seja excedida pela
taxa real de desvio na população.

 Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de
segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na população.

 O tamanho das amostras é determinado a partir da seguinte fórmula:

 A Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de
unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário).

 Segundo a NBC TA 530, existem muitos métodos para selecionar amostras. Os principais são os seguintes:

a) Seleção aleatória: é a seleção aplicada por meio de geradores de números aleatórios como, por exemplo,
tabelas de números aleatórios.
b) Seleção sistemática: é a seleção em que a quantidade de unidades de amostragem na população é
dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem.
c) Amostragem de unidade monetária: é um tipo de seleção com base em valores, na qual o tamanho, a
seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em valores monetários.
d) Seleção ao acaso: seleção na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada.
b) Seleção de bloco: envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos da população

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. São Paulo, 5. ed: Atlas, 2010.

LEONE, A. Auditoria para concursos. 2ª Edição. Rio de Janeiro, 2018.

CREPALDI, S. A., CREPALDI, G.S. Auditoria Contábil – Teoria e prática. São Paulo, 10ª edição, 2016.

Normas Brasileiras de Contabilidade. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE.

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