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Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br
AUDITORIA
A auditoria1 pode ser entendida como a atividade de revisão das demonstrações financeiras, sistema
financeiro, seus registros, suas transações e operações de uma entidade, efetuada por profissionais da
contabilidade contadores, com a finalidade de assegurar a fidelidade dos registros e proporcionar
credibilidade às demonstrações financeiras.
Conceito
A palavra auditoria origina-se do latim audire (ouvir). Foi usada incialmente pelos ingleses para
assegurar o conjunto de procedimentos técnicos utilizados para a revisão da escrituração e evidenciação
dos registros contábeis. Atualmente seu significado é mais abrangente.
A auditoria é o processo de confrontação entre uma situação encontrada e um determinado crédito,
ou, em outras palavras é a comparação entre o fato efetivamente ocorrido e o que deveria ocorrer.
Podemos também afirmar que a auditoria é o conjunto de procedimentos e técnicas aplicados de forma
independente sobre uma relação que envolve a obrigação de responder por uma responsabilidade
conferida, objetivando emitir um informe de como essa obrigação está sendo cumprida.
Segundo a INTOSAI2, auditoria é o exame das operações, atividades e sistemas de determinada
entidade, com a função de verificar se são executadas ou funcionam em conformidade com determinados
objetivos, orçamentos, regras e normas.
Objetivos
Campo de Atuação
A auditoria, de acordo com o ambiente onde será aplicada poderá ser dividida em:
a) Auditoria Governamental: onde atua diretamente sobre a administração do setor público. Está
diretamente relacionada ao acompanhamento das ações dos órgãos e entidades que compõe a
administração direta e indireta, nas três esferas de governo. Segundo o Regimento Interno do TCU
(Tribunal de Contas da União)4 a auditoria governamental está definida da seguinte forma:
Art. 239. Auditoria é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para:
I – Examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua
jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial;
1
Auditoria Contábil: Enfoque teórico, normativo e prático. Inaldo da Paixão Araújo, Daniel Gomes Arruda, Pedro Humberto Teixeira Barretto, São Paulo, Saraiva-
2008.
2
Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores
3
http://www.crc-ce.org.br/fiscalizacao/informacoes-importantes/auditoria-contabil/
4
https://portal.tcu.gov.br/normativos/regimentos-internos/
b) Auditoria Privada: aquela que atua na iniciativa privada, ou seja, nas empresas que objetivam
lucro. Por ser realizada por auditores internos e externos.
I - Auditores Internos: quando é realizada por profissionais empregados pela própria empresa
auditada, ou seja, parcialmente independente, que além de trabalhar com as informações contábeis e
financeiras, se dedica também aos aspectos operacionais da organização.
Segundo Guzman5 “auditoria interna é a atividade independente de avaliação de uma organização,
mediante a revisão de sua contabilidade, finanças e outras operações que servem de base à
administração da empresa. Também se pode dizer que é o controle gerencial que funciona medindo e
avaliando a eficácia dos outros controles”.
Compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações metodologicamente
estruturados para avaliação da integridade, adequação e eficácia dos processos, dos sistemas de
informação e dos controles internos integrados ambiente e de gerenciamento de risco, com objetivo de
auxiliar à administração da organização ao cumprimento de seus objetivos.
Sobre o Auditor
Os auditores devem evitar quaisquer condutas que possam comprometer a confiança em relação ao
seu trabalho e renunciar a quaisquer práticas ilegais ou que possam desacreditar a sua função, ainda
devem ser capazes de lidar de forma adequada com pressões ou situações que ameacem seus princípios
éticos ou que possam resultar em ganhos pessoais ou organizacionais inadequados, mantendo conduta
íntegra e irreparável.
Os auditores devem atuar de forma imparcial e isenta, evitando situações de conflito de interesses ou
quaisquer outras que afetem sua objetividade, de fato ou na aparência, ou comprometam seu julgamento
profissional
O auditor deve manter sigilo e agir com cuidado em relação a dados e informações obtidos em
decorrência do exercício de suas funções. Ao longo da execução dos trabalhos, o sigilo deve ser mantido
mesmo que as informações não estejam diretamente relacionadas ao escopo do trabalho, não deve
também divulgar informações relativas aos trabalhos desenvolvidos ou a serem realizados ou repassá-
las a terceiros sem prévia anuência da autoridade competente.
O zelo profissional se refere à atitude esperada do auditor na condução dos trabalhos e nos resultados
obtidos. Deve também deter as habilidades necessárias e adotar o cuidado esperado de um profissional
prudente e competente, mantendo postura de ceticismo profissional na forma de:
- Agir com atenção;
- Demonstrar diligência e responsabilidade no desempenho das tarefas a ele atribuídas, de modo a
reduzir ao mínimo a possibilidade de erros;
- Buscar atuar de maneira precipuamente preventiva.
O zelo profissional se aplica a todas as etapas dos trabalhos de avaliação e de consultoria.
5
Guzman, Genaro Soriano. La auditoria interna en el processo administrativo. Republica Dominicana. Editorial CENAPEC, 1991
6
Everard Patrick, Wolter Diane. Seleções de termos e expressões utilizadas em matéria de auditoria externa das finanças públicas. Sydney. INTOSAI, 1989
01. (TJ/PI - Analista Judiciário - FGV) A auditoria consiste no levantamento, exame e avaliação de
procedimentos, operações, rotinas e demonstrações contábeis de uma entidade. A partir da compreensão
conceitual, é correto dizer que o objeto do trabalho de auditoria se circunscreve:
(A) A fatos não registrados documentalmente;
(B) Ao conjunto de elementos de controle do patrimônio administrado;
(C) Aos papéis de trabalho;
(D) Aos registros contábeis;
(E) Ao relatório com a opinião de auditor.
Com relação aos conceitos gerais sobre auditoria, julgue os itens subsequentes.
A auditoria para apuração do valor real do patrimônio líquido de uma empresa é essencial em
circunstâncias tais como a transferência de seu controle acionário. Nessa ocasião, devem ser
considerados não apenas os valores patrimoniais contabilizados, mas também os intangíveis.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito
01.B/ 02.Certo
Comentários
01. Resposta: B
O objetivo é o exame de documentos, livros contábeis, registros, além de realização de inspeções e
obtenção de informações de fontes internas e externas, tudo relacionado com o controle do patrimônio
da entidade auditada
Planejamento de auditoria.
Entender o fluxo de uma auditoria7 é essencial para eliminar algumas alternativas de questões que
não fazem o menor sentido.
7
BRITO; Claudinei. FONTENELLE; Rodrigo. Auditoria Privada e Governamental: Teoria de forma objetiva e mais de 400 Questões Comentadas. – Niterói,
RJ: Impetus, 2015.
Não se pode auditar com eficiência aquilo que não se conhece. Conhecer o objetivo da auditoria é um
dos passos mais importantes do processo, a fim de se definir o escopo da auditoria e os procedimentos
e técnicas a serem utilizados.
Estratégia Global
O processo de definição da estratégia global auxilia o auditor a determinar, dependendo da conclusão
dos procedimentos de avaliação de risco, temas como:
- Os recursos a serem alocados em áreas de auditoria específicas, tais como membros da equipe com
experiência adequada para áreas de alto riacho ou o envolvimento de especialistas em temas complexos;
- O recursos a alocar a área de auditoria específicas, tais como o número de membros da equipe
alocados para observar as contagens de estoque em locais relevantes, a extensão da revisão do trabalho
de outros auditores no caso de auditoria de grupo de empresas ou o orçamento de horas de auditoria a
serem alocadas nas áreas de alto risco;
- Quando esses recursos devem ser alocados, por exemplo, se em etapa intermediária de auditoria ou
em determinada data-base de corte;
- Como esses recursos são gerenciados, direcionados e supervisionados, por exemplo, para quando
estão previstas as reuniões preparatórias e de atualização, em campo ou fora dele) e se devem ser
realizadas revisões de controle de qualidade do trabalho.
Uma vez definida a estratégia global de auditoria, pode ser desenvolvido plano de auditoria para tratar
dos diversos temas identificados na estratégia global de auditoria, levando-se em conta a necessidade
de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursos do auditor.
A definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria detalhado não são necessariamente
processo isolados ou sequenciais, estando intimamente relacionados, uma vez que as mudanças em um
podem resultar em mudanças no outro.
Programa de Auditoria
O programa de auditoria constitui-se no desenvolvimento do Plano de Auditoria, executado
previamente aos trabalhos de campo, embasado em objetivos definidos e nas informações disponíveis
sobre as atividades da entidade auditada. É o plano de ação detalhado, destinado a orientar
adequadamente o trabalho do auditor, permitindo-lhe, ainda, complementá-lo quando circunstâncias
imprevistas o recomendarem.
O programa de auditoria deverá contemplar todas as informações disponíveis e necessárias ao
desenvolvimento de cada trabalho a ser realizado, com vistas a determinar a extensão e a profundidade
deste, considerando a legislação específica, o resultado das auditorias anteriores, normas próprias da
entidade a ser auditada etc. Deverá ser estruturado de forma a que possa ser:
Questões
01. (TCE/PI - FCC) O planejamento da auditoria é a fase na qual são fixadas as ações a serem
executadas no trabalho de campo. Entre os principais conceitos sobre os quais está fundamentada esta
atividade figura a:
(A) objetividade;
(B) publicidade;
(C) legalidade;
(D) relevância;
(E) impessoalidade.
Gabarito
01 D / 02.D / 03.C
Comentários
01. Resposta: D
O auditor independente trabalha com aspectos relevantes. Dessa forma, a única alternativa plausível
seria a letra D.
Cuidado para não confundir com os princípios éticos que devem ser seguidos pelo auditor. Nesse
caso, objetividade estaria correto.
O auditor deve ser impessoal e trabalhar dentro da legalidade, obviamente, mas essas não são
características do planejamento de auditoria.
02. Resposta: D
Item I – A verificação da uniformidade nas práticas contábeis é um dos pontos relevantes a serem
verificados no início dos trabalhos de auditoria, para garantir a comparabilidade das informações.
Item II – Está errado apenas devido à palavra NÂO. Cabe sim ao auditor essa determinação.
Item III – Considera-se que o planejamento de auditoria é iniciado no primeiro contato com o cliente,
antes mesmo da assinatura do contrato, quando são executadas as atividades preliminares.
03. Resposta: C
O planejamento em auditoria não é imutável e muito menos uma fase isolada. Trata-se de um processo
contínuo e iterativo, que pode começar logo após a conclusão da auditoria anterior e se estender até a
conclusão do trabalho de auditoria atual.
As letras A e E são falsas, pois como vimos, o planejamento não se encerra na fase inicial dos
trabalhos. A letra B restringe planejamento à fase inicial de coleta de informações e, por isso está
incorreta. A alternativa D está errada, já que o responsável pelo planejamento é o auditor.
Riscos de auditoria.
Franco e Marra (2011) esclarecem que a auditoria é um trabalho complexo, que envolve a aplicação
de sofisticados procedimentos, o que torna inevitável que haja um certo grau de risco de que erros ou
irregularidades existentes possam não ser detectados durante o processo.
O auditor não é obrigado a identificar a totalidade dos erros existentes nas atividades auditadas,
mesmo porque sabemos que seu trabalho sofre limitações quanto aos recursos disponíveis, em
comparação com a gama de atribuições a que é submetido. Nunca é demais lembrar que o auditor
trabalha por amostragem, razão pela qual terá sempre uma segurança razoável, e não absoluta, acerca
do objeto auditado.
Quando os erros não são significativos, não há tanto problema. Entretanto, quando forem relevantes
e não tenham sido descobertos, esse fato pode prejudicar a confiabilidade em seu trabalho. Assim, faz-
se necessário o conhecimento das diversas variáveis envolvidas no risco de auditoria, para que se possa
minimizar seus efeitos.
A NBC TA 200 define risco de auditoria como sendo o “risco de que o auditor expresse uma opinião
de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de
auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.”
DICA: O risco de o auditor considerar que há distorções relevantes nas demonstrações contábeis
quando na verdade elas não existem é segundo a mesma norma, insignificante.
Tipos de Risco
Risco de Detecção
É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível
aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou
em conjunto com outras distorções.
A possibilidade de ocorrência de tais riscos deve ser analisada e avaliada por ocasião do planejamento
da auditoria, para que sejam incluídos, nos programas, procedimento específicos a fim de detectá-los.
Quanto maior for o grau de adequação dos controles internos administrativos, menor será a
vulnerabilidade dos riscos inerentes à gestão propriamente dita.
DICA:
Risco de Detecção: É o risco do auditor!
Riscos de Controle e Inerente: Existem independente do auditor. Quando há um controle, mas ele
falha, temos o Risco de Controle. Quando falamos do risco independente da presença do controle, temos
o Risco Inerente.
Há uma relação inversa entre o risco de detecção e risco de distorção relevante (inerente e controle).
Quanto maior o risco de distorção relevante, menores os riscos de detecção a serem aceitos pelo auditor.
Para ilustrar. Observemos o quadro a seguir.
Obs: os números (1), (2) e (3) são apenas para fins de explicação.
Explicando o quadro anterior. Dos quadrantes mais claros, vamos nos concentrar no número (1). Se a
avaliação, pelo auditor, do risco de controle, é alta (2), assim como a do risco inerente (3), o auditor irá
aceitar um menor risco de detecção. Lembrem-se de que o auditor só pode influenciar o risco de detecção;
os outros existem independentemente de sua presença.
Há também uma relação inversa entre o risco de auditoria e o nível estabelecido de relevância, isto é,
quanto menor for o nível estabelecido de relevância, maior será o risco de auditoria e vice-versa. Como
assim?
De acordo com Castro (2009 apud BRITO e RODRIGO, 2015), a Auditoria baseada no risco busca
direcionar o foco do trabalho, a fim de avaliar as tendências e as condições que a entidade possui para
atingir seus resultados.
Para estabelecer o grua d priorização dos trabalhos da auditoria, utilizando a filosofia do risco,
devemos analisar os seguintes fatores: materialidade, relevância e criticidade.
A materialidade ($$$) está relacionada ao montante de recursos financeiros envolvidos em
determinada operação da entidade.
A relevância significa a importância relativa ou papel desempenhado por uma determinada questão,
situação ou unidade, existentes em um dado contexto, e deve ser considerada pelo auditor quando
determinar a natureza, a extensão e oportunidade dos procedimentos de auditoria.
Sobre criticidade, trata de certa fragilidade identificada nos controles internos que pode ser
considerada como riscos. Os demais conceitos serão tratados em tópico específico.
Após a relação e classificação dos fatores de risco, devem ser estabelecidos o grau de impacto e a
probabilidade da ocorrência, elaborando-se uma matriz de probabilidade e impacto, que é um dos
instrumentos mais utilizados em gestão de riscos, na análise qualitativa, priorizando os riscos.
MÉDIO
BAIXO
Como podem perceber, a avaliação da probabilidade e do impacto de um risco é uma tarefa subjetiva.
Lembre-se que risco é evento negativo, futuro e incerto (ou seja, ainda não ocorreu e nem sabemos se
vai mesmo ocorrer). Dessa forma, não é fácil estabelecer uma forma mais objetiva de se priorizarem as
atividades de auditoria baseada no risco; tem de ser por estimativa mesmo.
DICA: RISCO é evento negativo, futuro e incerto (ou seja, ainda não ocorreu e nem sabemos se vai
mesmo ocorrer). Se na questão de prova constar um evento que já tenha ocorrido, não estamos mais
falando de risco.
Isso tudo serve para priorizar os riscos mais significativos possibilitando o foco nas áreas a serem
auditadas.
Há um ponto que deve ser ressaltado: a identificação dos riscos é de responsabilidade da
administração da entidade e não dos auditores internos. O papel da auditoria interna, nesse caso, é
garantir que os riscos identificados estejam sendo adequadamente controlados.
De acordo com a NBC TA 325 – Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante -, o auditor
deve identificar e avaliar os riscos de distorção relevante:
(a) não nível das demonstrações contábeis;
(b) no nível de afirmação para classe de transações, saldos de conta e divulgações, de modo a fornecer
uma base para a concepção e a execução de procedimentos adicionais de auditoria.
Materialidade e relevância.
A partir do seu julgamento profissional, o auditor pode definir, por exemplo, que o valor irá considerar
material para uma conta será de 1% do Ativo Total. Dessa forma, valores inferiores a R$ 1.000,00 serão
considerados não materiais, reduzindo a um nível baixo a probabilidade de que distorções não detectadas
nessas contas influenciem nas demonstrações como um todo.
8
http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?codigo=2016/NBCTA320(R1)
9
BRITO; Claudinei. FONTENELLE; Rodrigo. Auditoria Privada e Governamental: Teoria de forma objetiva e mais de 400 Questões Comentadas. – Niterói,
RJ: Impetus, 2015.
Dica: a materialidade, assim como o planejamento do auditor, não é imutável e pode ser revista ao
longo da execução da auditoria. Se o auditor concluir que é apropriada a materialidade mais baixa para
as demonstrações do que incialmente determinado, deve verificar se é necessário revisar a materialidade
e se a natureza, a época e a extensão dos procedimentos continuam apropriados.
Questões
01. (Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal - ESAF) A determinação de materialidade
para execução detestes:
(A) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. É afetado
pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos
procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias
anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente.
(B) é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. É afetado pelo
entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos
de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e,
dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente.
(C) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. Não deve ser
afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos
procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias
anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente e
subsequentes.
(D) é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. Não deve ser
afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos
procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias
anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente.
(E) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. Não deve ser
afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, não deve ser atualizado durante a
execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções
identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a
distorções em períodos subsequentes.
02. (CGE/MA - Auditor - FGV) O auditor, ao realizar uma auditoria, exerce julgamento sobre a
magnitude das distorções que são consideradas relevantes.
Esses julgamentos fornecem a base para
(A) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de avaliação de risco.
(B) identificar e avaliar os riscos de distorção irrelevante.
(C) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos operacionais de relevância.
(D) tomar decisões econômicas razoáveis com base nas informações das demonstrações contábeis.
(E) entender que as demonstrações contábeis são elaboradas, apresentadas e auditadas
considerando níveis de materialidade.
04. (SEFAZ/SP - Agente Fiscal de Rendas - FCC) Uma demonstração contábil apresenta distorções
relevantes, quando o valor de distorções
(A) corrigidas não foi divulgado nas notas explicativas e supera a materialidade global estabelecida
pelo auditor.
(B) corrigidas, individualmente ou em conjunto, é maior que a materialidade global estabelecida para
o trabalho.
(C) não corrigidas, individualmente, é menor que a materialidade global.
(D) não corrigidas, individualmente ou em conjunto, é maior que a materialidade global estabelecida
para o trabalho.
(E) não corrigidas, individualmente ou em conjunto, supera o valor de R$ 10.000.000,00.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: A
Segundo o item A 12 da NBC TA 320, a determinação de materialidade para execução de testes não
é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. É afetado pelo
entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos
de avaliação de risco, e pela natureza e extensão da distorções identificadas em auditorias anteriores e,
dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente.
02. Resposta: A
O auditor define a materialidade (na questão, definhada como magnitude das distorções) para
determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de avaliação de risco.
03. Resposta: C
Segundo a NBC TA 320, “os fatores que podem afetar a identificação de referencial apropriado
incluem:
- os elementos das demonstrações contábeis (por exemplo, ativo, passivo, patrimônio líquido,
receita, despesa);
- se há itens que tendem a atrair a atenção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade
específica (por exemplo, com o objetivo de avaliar o desempenho das operações, os usuários tendem a
focar sua atenção em lucro, receita ou patrimônio líquido);
- a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que
atua;
- a estrutura societária da entidade e como ela é financiada (por exemplo, se a entidade é financiada
somente por dívida em vez de capital próprio, os usuários dão mais importância a informações sobre os
ativos, e processos que os envolvam, do resultados da entidade); e
- a volatilidade relativa do referencial.
04. Resposta: D
O auditor estabelece, quando do seu planejamento de auditoria, a materialidade global para aquele
trabalho, dependendo do porte da empresa e sempre levando em conta seu julgamento profissional.
Dessa forma, ele irá considerar uma distorção relevante quando encontrar uma distorção, ao longo do
processo de auditoria, e essa distorção, além de não ser corrigida pela administração, for superior àquele
valor estabelecido pelo auditor inicialmente.
Segundo Ribeiro10, o Relatório ou Parecer de Auditoria11 é: “Um documento por meio do qual o auditor
expressa, claramente, por escrito, sua opinião sobre as demonstrações contábeis com base na avaliação
das conclusões atingidas pela evidência de auditoria".
Nele, é descrito, também, a base que o auditor utilizou para emitir sua opinião.
A NBC TA 20 estabelece que são objetivos gerais do auditor, ao conduzir a auditoria de demonstrações
contábeis:
- Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorções relevantes, independentemente de se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que
o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável;
- Apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs,
em conformidade com as constatações do auditor.
Ou seja, a NBC TA 200 exige que o auditor obtenha segurança razoável de que as demonstrações
contábeis como um todo estão livres de distorção relevante independentemente de se causadas por
fraude ou erro, e que apresente relatório sobre essas demonstrações.
Asseguração razoável é um nível elevado de segurança. Esse nível é conseguido quando o auditor
obtém evidência apropriada e suficiente para reduzi a um nível aceitavelmente baixo o risco de auditoria
(isto é, o risco que o auditor expressa uma opinião inadequada quando as demonstrações contábeis
contiverem distorções relevante).
As seguintes normas são relevantes no estudo dos relatórios do auditor independente, porque tratam
de como a forma e o conteúdo do relatório de auditoria são afetados quando o auditor expressa uma
opinião modificada ou inclui um parágrafo de ênfase ou de outros assuntos:
- NBC TA 700: formação de opinião e emissão do relatório do auditor independente sobre as
demonstrações contábeis;
- NBC TA 705: modificações na opinião do auditor independente;
- NBC TA 706: parágrafo de ênfase e parágrafo de outros assuntos no relatório do auditor
independente.
10
RIBEIRO, Izaque Vieira. Conteúdo Informacional dos Relatórios Modificados da Auditoria Independente no Brasil. Dissertação de Mestrado, FUCAPE, 2013.
11
BRITO; Claudinei. FONTENELLE; Rodrigo. Auditoria Privada e Governamental: Teoria de forma objetiva e mais de 400 Questões Comentadas. – Niterói, RJ:
Impetus, 2015.
Tipos de Relatórios
Como consequência das situações encontradas nos trabalhos de auditoria, o auditor independente
poderá expressar os seguintes tipos de opinião:
- Opinião sem ressalva;
- Opinião com ressalva;
- Opinião adversa;
- Opinião com abstenção de opinião.
Neste ponto, cabe destacar uma diferença entre as formas de opinião do auditor independente e o
governamental. Aquele emita uma opinião sem ressalvas, com ressalvas ou irregular. Não há o que se
falar em abstenção de opinião no certificado de auditoria governamental, nem em opinião irregular no
caso de auditoria independente.
Opinião Adversa
Opinião apropriada quando o auditor encontra distorções relevantes nas demonstrações contábeis, e
essas distorções são consideradas generalizadas.
Segundo a NBC TA 705:
“O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada
e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas
para as demonstrações contábeis.”
Abstenção de Opinião
Segundo a NBC TA 705, o auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando são consegue
obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele concluir que os
possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam
ser relevantes e generalizados.
Outro motivo para a abstenção d opinião ocorre quando, em circunstâncias extremamente raras
envolve diversas incertezas, o auditor conclui que, cada uma das incertezas, não é possível expressar
uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível
efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis.
Em relação a limitações ao trabalho do auditor, a NBC TA 705 prescreve que se depois de aceitar o
trabalho, o auditor tomar conhecimento de que a administração impôs uma limitação ao alcance da
auditoria que tem, segundo ele, probabilidade d resultar na necessidade de expressar uma opinião com
ressalva ou abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis, o auditor deve
solicitar que a administração retire a limitação.
No caso de a administração se recursar a retirar a imitação, o auditor deve comunicar o assunto aos
responsáveis pela governança, a menos que todos aqueles responsáveis pela governança estejam
envolvidos na administração da entidade, assim como determinar se é possível executar procedimentos
alternativos para obter evidência d auditoria apropriada e suficiente.
Se o auditor não conseguir obter evidência apropriada e suficiente de auditoria, deve determinar as
implicações como segue:
Questões
01. (Copergás - Analista Contador - FCC) Na auditoria independente das demonstrações contábeis
do exercício de 2015 de determinada empresa estatal do Governo do Estado, o auditor constatou que na
conta de “Duplicatas a Receber”, há uma diferença de R$ 2.596.000,00 a maior no saldo contábil. A
diferença refere-se a duas duplicatas pagas, mediante cheques, por determinado cliente no mês de
dezembro e depositado no mês fevereiro do ano subsequente. Em seu julgamento o Auditor considerou
que as demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes, mas não generalizadas. Assim,
segundo as NBC 705, deve o Auditor
12
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTA706.pdf
2- (IPERON/RO - Analista de Previdência - IBADE) De acordo com a NBC TA 705, quando o auditor
obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir que as distorções, individualmente ou
em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis, o seu relatório deve
conter um parecer de:
(A) Negativa de opinião.
(B) Opinião adversa.
(C) Abstenção de opinião.
(D) Opinião com ressalva.
(E) Ausência de modificação de opinião.
Gabarito
01.D / 02.D
Comentários
01. Resposta: D
Com base na NBC TA 705
Opinião sem ressalva/ não modificada:
Com ou sem evidência
Sem distorção relevante
Opinião com ressalva:
Com ou sem evidência
Com distorção relevante
Sem efeito generalizado
Opinião adversa:
Com evidência
Com distorção relevante
Com efeito generalizado
Opinião com abstenção de opinião:
Sem evidência
Com distorção relevante
Com efeito generalizado
02. Resposta: D
A opinião com ressalva é, segundo a NBC TA 705, expressa quando:
a) o auditor, tendo obtido evidência de auditoria e suficiente, conclui que as distorções, individualmente
ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou
b) o auditor não consegue obter evidência apropriada e suficiente d auditoria para suportar sua opinião,
mas conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações
contábeis, poderiam ser relevantes, mas não generalizados.
Ou seja, é o tipo de opinião apropriada nos casos em que o auditor obteve evidência e constata a
existência de distorção relevante nas demonstrações contábeis (embora não generalizadas), ou quando
há impossibilidade do auditor em obter evidência de auditoria suficiente e adequada.
Generalizando é o termo usado, no contexto de distorções, para descrever os efeitos disseminados de
distorções sobre as demonstrações contábeis ou os possíveis efeitos de distorções sobre as
demonstrações contábeis que não são detectados, se houver, devido à impossibilidade de obter evidência
de auditoria apropriada e suficiente.
De acordo com a NBC TA 230 – Documentação de Auditoria, aprovada pela Resolução CFC nº 1.206,
de 27 de novembro de 2009, o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de
auditoria relevante obtida e das conclusões alcançadas pelo auditor constitui a documentação da
auditoria, usualmente denominada pela expressão papéis de trabalho.
Papéis de trabalho, portanto, são os documentos relevantes coletados e gerados durante a auditoria.
Devem ser suficientemente completos e detalhados para permitir que um auditor experiente, que não teve
contato prévio com a auditoria, seja capaz de entender, a partir da documentação, a natureza e os
resultados da auditoria realizada, os procedimentos adotados, a evidências obtidas e as conclusões
alcançadas.
Ainda, de acordo com o CFC, entende-se como auditor experiente um indivíduo (interno ou externo de
auditoria) que possua experiência prática e conhecimento razoável de processos de auditoria; das normas
de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis; do ambiente de negócios em que opera a
entidade; e dos assuntos de auditoria relevantes ao setor de atividade da entidade.
Papeis de trabalho de planejamento são utilizados para o registro e documentação dos objetivos e
metas de um trabalho de auditoria. Pela sua natureza antecipadora e preliminar os trabalhos de campo,
referem-se a fase de organização. Constituem a base da comprovação das diretrizes do trabalho podendo
servir para comprovar o desempenho da equipe de auditoria e conferir a compatibilização de suas ações
com o que foi previamente definido pelos superiores. Os principais papéis de trabalho utilizados no
planejamento das atividades de auditoria são:
a) programação das atividades (anuais, semestrais etc);
b) matriz de planejamento;
c) plano de auditoria;
d) programa de auditoria, contendo objetivo, escopo, cronograma e metodologia do trabalho;
e) instrumentos de coleta de dados;
f) solicitações de auditoria prévias;
g) sugestões obtidas nos grupos de referência.
Vale salientar que os principais papéis de trabalho dessa fase da auditoria são o plano e o programa
de auditoria.
Papéis de Execução
Os papéis de trabalho de execução são documentos em que se registram todos os achados, servindo
como comprovação do trabalho efetuado, tendo como característica principal a tempestividade.
Os papeis de trabalho de execução têm como finalidade:
a) Auxiliar na execução dos exames;
b) evidenciar o trabalho feito e as conclusões emitidas;
c) servir de suporte aos relatórios;
13
Peter, M. G. Arrais; Machado, M. V. V. Manual de Auditoria Governamental. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Além dos papéis de trabalho citados, todos os documentos obtidos pelo auditor como evidência de um
achado de auditoria são considerados parte da documentação dos trabalhos de auditoria, inclusive CD’s
víeos, fotografias, DVD’s e outros.
A avaliação dos controles internos é representada por uma folha que deve indicar a área cujos
controles estão sendo avaliados, englobando três aspectos de avaliação: eficácia, adequação e eficiência.
As avaliações de eficácia e eficiência servem, basicamente, para subsidiar, complementando ou
contrabalançando, o grau de adequação e, principalmente, contribuindo para a definição técnica de
escopos e amostragem dos exames a serem realizados na entidade auditada.
Revisão Contábil
A folha de registro dos achados consiste no papel de trabalho de campo fundamental para a elaboração
do relatório de auditoria. É o registro dos exames definidos no Programa de Auditoria que redundaram na
identificação dos achados e dos impactos resultantes, dos atos ou omissões dos gestores de uma
determinada entidade ou programa auditado, observando em uma medida temporal específica, podendo
tais impactos terem ocorridos de modo efetivo ou potencial. Deve conter os seguintes elementos:
- tipificação do achado;
- descrição da evidência do achado;
- tipo de técnica de auditoria aplicada;
- descrição e evidenciação da causa;
- escopo do exame;
- materialidade ou relevância do impacto;
- natureza do impacto.
Tipificação do Achado
Os principais dados a serem registrados sobre o achado são:
Responsável: identificação do profissional responsável pela evidenciação do achado e de seu registro;
Tempo: tempo utilizado no processo de evidenciação do achado;
Impacto: essência da verificação, referindo-se aos efeitos de atos ou fatos identificados ou as
consequências de atitudes ou omissões;
Fato: registro do fato consumado, ocorrência iguais ou repetidas decorrente de um achado;
Atitude dos gestores: registro da postura dos gestores diante da situação identificada e descrita,
consistindo nas atitudes geradoras dos achados, consumadas ou não;
Causa: registro da origem efetiva do impacto positivo ou negativo, decisivo na elaboração das
recomendações para a apresentação de soluções oportunas e suficientes.
Escopo do Exame
Refere-se à informação sobre a extensão, a profundidade e a abrangência dos exames.
Natureza do Impacto
Refere-se ao registro da condição ou natureza do impacto para compor a conclusão do relatório de
auditoria e do parecer, podendo ser:
01: Extremamente negativo ou positivo.
02: Bastante negativo ou positivo.
03: Levemente negativo ou positivo.
O registro de verificação sem achados trata do registro das normalidades quando os exames não
redundam na identificação de impactos. Pressupõe-se que, quanto maior for o número de folhas de
registro preenchidas sem impactos durante um trabalho de auditoria, menos a eficiência do programa, ou
o processo de seleção de técnicas e procedimentos foi ineficiente, ou existem vulnerabilidades no
processo de pré-auditoria.
Dados Complementares
Os dados complementares consistem em outros documentos necessários ao completo registro e
evidenciação dos achados, podendo ser:
Os dados complementares consistem em outro documentos necessários ao completo registro e
evidenciação dos achados, podendo ser:
a) Solicitação de auditoria: identificação da solicitação de auditoria utilizada no processo de
evidenciação, podendo ser prévia ou de campo.
b) Base normativa: registro do fundamento legal ou regulamentar quando houver.
c) Justificar formal: registra a existência de justificativa formal, quando houver.
d) Status: informa o status da questão abordada, se sanada ou não.
e) P/ relatório: indica se o registro vai para o relatório ou se fica apenas nos papéis internos.
O esquema apresentado na figura acima descreve os principais papéis de trabalho utilizados nas
diversas fases da auditoria, compreendendo papéis relacionados com o planejamento e com a execução,
para subsidiar o auditor na elaboração do relatório de auditoria.
Questões
01. (TCE/AM - Analista Técnico de Controle Externo - FCC) No contexto dos procedimentos e
métodos de auditoria, os papéis de trabalho são
(A) documentos que comprovam a realização de trabalhos de auditoria e não se confundem com a
documentação de auditoria.
(B) um retrato fiel da fiscalização, contendo a documentação de todas as questões que a auditoria
aborde em seu relatório.
(C) preparados pelo auditado e conferidos pelo auditor, que tem o dever de atestar a regularidade dos
atos.
(D) registros de procedimentos de auditoria executados, de evidências relevantes obtidas e de
conclusões alcançadas pelo auditor.
(E) documentos físicos e não eletrônicos, uma vez que têm que ser assinados pelo auditor.
02. (TCE/RS - Todos os Cargos Ano - FMP) Os papéis de trabalho devem ser elaborados de forma
tal que se entenda aonde o auditor pretenda chegar. Essa característica pode ser definida como sendo
relacionada ao seguinte atributo:
(A) concisão.
(B) limpeza.
(C) lógica.
(D) objetividade.
(E) completos.
Apostila gerada especialmente para: Cristiano Rosa 560.988.980-49
. 24
03. (TRE/AC - Analista Judiciário - Área Contabilidade – AOCP) Preencha a lacuna e assinale a
alternativa correta.
“______________ representam um conjunto de documentos ou apontamentos, elaborados ou colhidos
pelo auditor durante o processo de auditoria, contendo informações e provas, preparados de forma a
fundamentar a sua opinião”.
(A) Pareceres da auditoria
(B) Papéis de trabalho
(C) Planejamentos da auditoria
(D) Certificados da auditoria
(E) Relatórios da auditoria
04. (DPE/RS - Analista Contabilidade – FCC) No âmbito do Sistema de Controle Interno do setor
público federal, os documentos que fundamentam as informações obtidas nos trabalhos de auditoria e
fiscalização denominam-se:
(A) anotações de auditoria.
(B) relatórios de auditoria.
(C) papéis de trabalho.
(D) pareceres de auditoria.
(E) registros das constatações.
05. (MPE/PI - Analista Ministerial - CESPE) Com referência a papéis de trabalho e relatórios de
auditoria, julgue o item a seguir.
Os papéis de trabalho devem ser suficientemente abrangentes para compreender a documentação do
planejamento, a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria, bem como o
julgamento exercido pelo auditor e as conclusões alcançadas.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito
Comentários
01. Resposta: D
De acordo com a NBC TA 230 – Documentação de Auditoria, aprovada pela Resolução CFC nº 1.206,
de 27 de novembro de 2009, o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de
auditoria relevante obtida e das conclusões alcançadas pelo auditor constitui a documentação da
auditoria, usualmente denominada pela expressão papéis de trabalho.
02. Resposta: D
Os principais papéis de trabalho utilizados no planejamento das atividades de auditoria são:
a) programação das atividades (anuais, semestrais etc);
b) matriz de planejamento;
c) plano de auditoria;
d) programa de auditoria, contendo objetivo, escopo, cronograma e metodologia do trabalho;
e) instrumentos de coleta de dados;
f) solicitações de auditoria prévias;
g) sugestões obtidas nos grupos de referência.
03. Resposta: B
Os papéis de trabalho representam o conjunto de documentos ou apontamentos, elaborados ou
colhidos pelo auditor durante o processo de auditoria, contendo informações e provas, preparados de
forma a fundamentar a sua opinião.
04. Resposta: C
Papéis de trabalho, portanto, são os documentos relevantes coletados e gerados durante a auditoria.
A Resolução CFC nº 803/96 aprovou o Código de ética Profissional do Contador14 (CEPC) que tem
por objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os profissionais da Contabilidade, quando no
exercício profissional e nos assuntos relacionados à profissão e à classe.
De acordo com o referido Código, são deveres do profissional da Contabilidade, e consequentemente
do auditor independente, dentre outros:
a) Zelo, Integridade e Competência: respectivos a exercer a profissão com zelo, diligência,
honestidade e capacidade técnica. Observando toda a legislação vigente, em especial os Princípios de
Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes
e/ou empregados, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais;
b) Confidencialidade: respectivo a guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício
profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando
solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade;
c) Eficiência: respectivo a inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre
qualquer caso;
d) Credibilidade: respectivo a renunciar as funções que exerce, logo que se positive falta de confiança
por parte do cliente ou empregado, a quem deverá notificar com 30 dias de antecedência, zelando,
contudo, para que os interesses dos mesmos não sejam prejudicados, evitando declarações públicas
sobre os motivos da renúncia;
e) Qualidade: cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada estabelecidos pelo CFC.
Segundo o Código de Ética, o Contador na função de perito, assistente técnico, auditor ou árbitro,
deverá:
- Recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da especialização
requerida;
- Abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto de perícia, mantendo
absoluta independência moral e técnica na elaboração do respectivo laudo;
- Abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção pessoal sobre os direitos de
quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo, mantendo seu laudo
no âmbito técnico e limitado aos quesitos propostos;
- Considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo submetido à sua apreciação;
- Mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em condições de exercer efeito sobre peças
contábeis objeto de seu trabalho;
- Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado e munido de
documentos;
- Assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que concerne à aplicação dos Princípios de
Contabilidade e NBC editadas pelo CFC;
- Considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos sobre peças contábeis, observando
as restrições das NBC editadas pelo CFC;
14
BRITO; Claudinei. FONTENELLE; Rodrigo. Auditoria Privada e Governamental: Teoria de forma objetiva e mais de 400 Questões Comentadas. – Niterói,
RJ: Impetus, 2015.
A função de auditoria deve ser exercida em caráter de entendimento, e o trabalho deve merecer toda
a credibilidade possível, não podendo existir qualquer sombra de dúvida quanto à honestidade e aos
padrões morais do auditor. Para o auditor, a profissão de auditoria exige a obediência aos princípios éticos
profissionais, que fundamentalmente se apoiam em independência, integridade, eficiência e
confidencialidade.
Já a NBC TA 200 (R1)15 - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em
Conformidade com Normas de Auditoria, informa que os princípios fundamentais de ética profissional
relevantes para o auditor, quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis, estão implícitos
no Código de Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 0116 - Controle de Qualidade para Firmas
(Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes, que trata do controle de qualidade. Esses
princípios estão alinhados aos princípios do Código de Ética do IFAC, cujo cumprimento exigido dos
auditores são os seguintes:
Independência
A Resolução CFC nº 1.311/1017 trata da Independência do auditor, no qual aborda requisitos e métodos
para o cumprimento do profissional nos trabalhos de auditoria. Conforme a esta norma podemos observar
que são aplicados aos auditores:
- Identificar ameaças à independência;
- Avaliar a importância das ameaças identificadas;
- Aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível
aceitável.
Podemos dizer que a Independência é a capacidade que o auditor tem de julgar e atuar com
integridade e objetividade. Garantindo a ele a emissão de relatórios com imparcialidade em relação à
organização auditada, seus sócios, acionistas ou demais interessados.
Integridade
O auditor deve ser íntegro em todos os seus compromissos, que envolvam:
- A empresa auditada quanto às suas exposições e opiniões, exercício de seu trabalho e os serviços
e honorários profissionais;
- O público em geral e pessoas interessadas na opinião emitida pelo auditor independente, transmitindo
validade e certificando a veracidade das informações contidas nas demonstrações contábeis ou de
exposições quando não refletida a realidade em tais demonstrações;
- A entidade de classe à qual pertença, sendo leal quanto a concorrência dos serviços junto a terceiros,
não concessão de benefícios financeiros ou aviltando honorários, colocando em risco os objetivos do
trabalho.
A integridade constitui o valor central da ética do auditor obrigando a cumprir normas elevadas de
conduta de honestidade e imparcialidade durante seu trabalho e em suas relações com o pessoal das
entidades auditadas. A percepção dessa integridade dos auditores é que faz com que a confiança da
sociedade seja preservada, e pode ser medida em função do que é correto e justo, exigindo que os
auditores se ajustem tanto à forma quanto ao espírito das normas de auditoria e de ética. Exige também
que os auditores observem os princípios de objetividade (ou imparcialidade) e independência, mantendo
normas acertadas de conduta profissional e tomando decisões de acordo com o Interesse Público, com
critérios de honestidade absoluta na realização de seu trabalho.
Eficiência
Em relação à ética profissional, a eficiência é considerada como o atributo segundo o qual o serviço
de auditoria independente precisa ser estabelecido conforme padrões técnicos adequados. O auditor
deve se inteirar de todas as circunstâncias que envolvam seu trabalho, antes de emitir opinião sobre
qualquer caso visando principalmente à manutenção de credibilidade por parte dos usuários da
informação produzida. Seus relatórios e pareceres devem atender aos objetivos da auditoria.
15
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA200(R1)
16
http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001201
17
http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2010/001311&arquivo=Res_1311.doc
O profissional da contabilidade deve manter sigilo das informações divulgadas por cliente potencial ou
empregado e das informações dentro da firma ou organização empregadora.
O profissional da contabilidade deve tomar as providências adequadas para assegurar que o pessoal
da sua equipe de trabalho, assim como as pessoas das quais são obtidas assessoria e assistência,
também, respeitem o dever de sigilo do profissional da contabilidade.
Segundo essa nova norma, a necessidade de cumprir o princípio do sigilo profissional permanece
mesmo após o término das relações entre o profissional da contabilidade e seu cliente ou empregador.
Quando o profissional da contabilidade mudar de emprego ou obtiver novo cliente, ele pode usar sua
experiência da anterior. Contudo, ele não deve usar ou divulgar nenhuma informação confidencial obtida
ou recebida em decorrência de relacionamento profissional ou comercial.
A seguir, são apresentadas as circunstâncias nas quais os profissionais da contabilidade são ou podem
ser solicitados a divulgar informações confidenciais ou nas quais essa divulgação pode ser apropriada:
a) A divulgação é permitida por lei e autorizada pelo cliente ou empregador, por escrito;
b) A divulgação é exigida por lei;
c) Há dever ou direito profissional de divulgação, quando não proibido por lei.
O auditor independente, quando solicitado, por escrito e fundamentadamente, pelo Conselho Federal
de contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade, deve exibir as informações obtidas durante o
seu trabalho, incluindo a fase de pré-contratação dos serviços, a documentação, os papéis de trabalho e
os relatórios.
Ao decidir sobre a divulgação de informações sigilosas, os fatores pertinentes a serem considerados
incluem:
a) Se os interesses de terceiros, incluindo partes cujos interesses podem ser afetados, podem ser
prejudicados se o cliente ou empregador consentir com a divulgação das informações pelo profissional
da contabilidade;
b) Se todas as informações relevantes são conhecidas e comprovadas, na medida praticável. Quando
a situação envolver fatos não comprovados, informações incompletas ou conclusões não comprovadas
deve ser usado o julgamento profissional para avaliar o tipo de divulgação que deve ser feita, caso seja
feita;
c) Se as partes para quem a comunicação é dirigida são as pessoas apropriadas para recebe-la.
DICA: Como regra, o auditor não pode divulgar as informações obtidas durante o seu trabalho na
entidade auditada, a não ser que:
- Tenha autorização expressa da entidade auditada;
- Haja obrigações legais que o obriguem a fazê-lo, incluindo o atendimento ao CFC e CRC.
Abaixo, trazemos na íntegra o Código de Ética do Profissional Contábil, a Resolução CFC 803/96.
RESOLVE:
Art. 1º Fica aprovado o anexo Código de Ética Profissional do Contador.
Art. 1º Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os
Profissionais da Contabilidade, quando no exercício profissional e nos assuntos relacionados à profissão
e à classe.
CAPÍTULO II
DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES
CAPÍTULO III
DO VALOR DOS SERVIÇOS PROFISSIONAIS
Art. 6º O Profissional da Contabilidade deve fixar previamente o valor dos serviços, por contrato escrito,
considerados os elementos seguintes:
I – a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a executar;
II – o tempo que será consumido para a realização do trabalho;
III – a possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços;
IV – o resultado lícito favorável que para o contratante advirá com o serviço prestado;
V – a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente;
VI – o local em que o serviço será prestado.
Art. 7º O Profissional da Contabilidade poderá transferir o contrato de serviços a seu cargo a outro
profissional, com a anuência do cliente, sempre por escrito, de acordo com as normas expedidas pelo
Conselho Federal de Contabilidade.
Parágrafo único. O Profissional da Contabilidade poderá transferir parcialmente a execução dos
serviços a seu cargo a outro profissional, mantendo sempre como sua a responsabilidade técnica.
CAPÍTULO IV
DOS DEVERES EM RELAÇÃO AOS COLEGAS E À CLASSE
Art. 9º A conduta do Profissional da Contabilidade com relação aos colegas deve ser pautada nos
princípios de consideração, respeito, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados de
harmonia da classe.
Parágrafo único. O espírito de solidariedade, mesmo na condição de empregado, não induz nem
justifica a participação ou conivência com o erro ou com os atos infringentes de normas éticas ou legais
que regem o exercício da profissão.
Art. 10 O Profissional da Contabilidade deve, em relação aos colegas, observar as seguintes normas
de conduta:
I – abster-se de fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras;
II – abster-se da aceitação de encargo profissional em substituição a colega que dele tenha desistido
para preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe, desde que permaneçam as
mesmas condições que ditaram o referido procedimento;
III – jamais apropriar-se de trabalhos, iniciativas ou de soluções encontradas por colegas, que deles
não tenha participado, apresentando-os como próprios;
IV – evitar desentendimentos com o colega a que vier a substituir no exercício profissional.
Art. 11 O Profissional da Contabilidade deve, com relação à classe, observar as seguintes normas de
conduta:
I – prestar seu concurso moral, intelectual e material, salvo circunstâncias especiais que justifiquem a
sua recusa;
II – zelar pelo prestígio da classe, pela dignidade profissional e pelo aperfeiçoamento de suas
instituições;
III – aceitar o desempenho de cargo de dirigente nas entidades de classe, admitindo-se a justa recusa;
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
Art. 12 A transgressão de preceito deste Código constitui infração ética, sancionada, segundo a
gravidade, com a aplicação de uma das seguintes penalidades:
I – advertência reservada;
II – censura reservada;
III – censura pública.
§ 1º Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como atenuantes:
I – ação desenvolvida em defesa de prerrogativa profissional;
II – ausência de punição ética anterior;
III – prestação de relevantes serviços à Contabilidade.
§ 2º Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como agravantes:
I – Ação cometida que resulte em ato que denigra publicamente a imagem do Profissional da
Contabilidade;
II – punição ética anterior transitada em julgado.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 15 Este Código de Ética Profissional se aplica aos Contadores e Técnicos em Contabilidade
regidos pelo Decreto-Lei nº. 9.295/46, alterado pela Lei nº. 12.249/10.
Questões
02. Em relação aos deveres do Profissional da Contabilidade, podemos afirmar que jamais deve-se
recusar uma indicação mesmo quando reconheça não se achar capacitado em face da especialização
requerida
( ) Certo ( ) Errado
01.Certo / 02.Errado
Comentários
Em regra, as normas de auditoria20 costumam referir-se a erros e fraudes, cuja distinção fundamental
se baseia no caráter involuntário ou não de um e de outro, vejamos:
- Erro: entende-se por erro o ato não voluntário, não intencional resultante de omissão,
desconhecimento, imperícia, imprudência, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de
documentos, registros ou demonstrações. Neste caso existe apenas culpa, pois não há intenção de
causar dano.
- Fraude: já o termo fraude, por sua vez refere-se a ato voluntário, intencional, resultante de omissão
ou manipulação de transações, adulteração de documentos, informações, registros e demonstrações.
Neste caso existe dolo, pois há intenção de causar algum tipo de dano.
A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança
e administração da entidade ou empresa, não dos auditores.
20
BRITO; Claudinei. FONTENELLE; Rodrigo. Auditoria Privada e Governamental: Teoria de forma objetiva e mais de 400 Questões Comentadas. – Niterói,
RJ: Impetus, 2015.
21
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA240(R1)
Objetivos do Auditor
Assim, segundo a NBC TA 240 (R1), fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos da
administração, dos responsáveis pela governança, empregados ou terceiros, que envolva dolo
para obtenção de vantagem injusta ou ilegal.
Os fatores de risco de fraude são classificados com base em três condições, que geralmente estão
presentes em uma fraude:
- Incentivo ou pressão para perpetrar fraude;
- Oportunidade percebida de cometer fraude; e
- Capacidade de racionalizar a ação fraudulenta.
Em relação à comunicação do auditor com os responsáveis pela governança, cabe ressaltar que pode
ser feita verbalmente ou por escrito. Devido à natureza e sensibilidade da fraude que envolve a alta
22
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA200(R1)
Questões
01. (Cage/RS - Fundatec) de acordo com a NBC TA 240 - Responsabilidade do Auditor em Relação
à Fraude no Contexto da Auditoria de Demonstrações Contábeis considere as assertivas abaixo:
I. Auditor independente.
II. Auditor interno.
III. Administração
IV. Responsável pela governança.
V Conselho Fiscal.
02. (SEFAZ/SP - APOFP - ESAF) por ser um ato não intencional na elaboração de registros e
demonstrações contábeis, é correto afirmar que se trata de um erro:
(A) a alteração de documentos visando modificar os registros de ativos, passivos e resultados;
(B) a apropriação indébita de ativos;
(C) a supressão ou omissão de transações nos registros contábeis;
(D) o registro de transações sem comprovação;
(E) a aplicação incorreta das normas contábeis.
03. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadorias Técnicas - FCC) Segundo a NBC
TA 240, que trata da responsabilidade do auditor em relação à fraude, no contexto da auditoria de
Demonstrações Contábeis,
(A) o fator distintivo entre fraude e erro está no fato de que a ação subjacente que resulta em distorção
nas demonstrações contábeis é não intencional no primeiro caso e intencional no segundo.
(B) o auditor independente é responsável por estabelecer juridicamente se realmente ocorreu fraude.
(C) a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela
governança da entidade e da sua administração.
(D) o planejamento adequado da auditoria independente elimina qualquer risco de que algumas
distorções relevantes das demonstrações contábeis possam não ser detectadas.
(E) o risco de o auditor não detectar uma distorção relevante decorrente de fraude da administração é
menor do que no caso de fraude cometida por empregados, já que estes últimos tem maiores
possibilidades de manipular os dados contábeis da entidade.
04. (SUSEP - Analista Técnico - ESAF) O auditor interno, ao realizar seus procedimentos e testes de
auditoria, quanto à identificação de fraudes e erros, evidencia três fatos:
I. O departamento fiscal da empresa, com o objetivo de reduzir o volume de impostos a recolher,
cadastrou no sistema de faturamento, a alíquota do IPI que deveria ser de 11%, com o percentual de 5%.
II. Ao analisar a folha de pagamentos, evidenciou funcionários demitidos, constando do cálculo da
folha, sendo que a conta a ser creditado o pagamento, destes funcionários, pertencia a outro colaborador
do departamento pessoal.
III. O contador da empresa, ao definir a vida útil da máquina que foi introduzida em linha de produção
nova, estabeleceu alíquota, estimando a produção de um milhão de unidades, nos próximos 5 anos. O
projeto foi revisto e se reestimou para 10 anos.
Assinale:
(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se somente a afirmativa III estiver correta.
(E) se somente a afirmativa II estiver correta.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: D
A NBC TA 240 é bem clara nesse aspecto. A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da
fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração.
02. Resposta: E
Para responder questões relacionadas a fraude e erro, devemos ter em mente as definições das
normas.
Segundo a NBC TA 240, Fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos da administração, dos
responsáveis pela governança, empregados ou terceiros, que envolvam dolo para obtenção de vantagem
injusta ou ilegal.
Já o termo “erro” aplica-se a ato não intencional de omissão, desatenção, desconhecimento ou má
interpretação de fatos na elaboração de registros, informações e demonstrações contábeis, bem como
de transações e operações da entidade, tanto em termos físicos quanto monetários. (NBC TI 01).
Dessa forma, a única alternativa que apresenta uma situação que pode ser interpretada como
desconhecimento ou má aplicação das normas é a letra E.
Na alternativa A fica claro que houve um objetivo ao se alterarem os documentos, sendo dessa forma
um ato intencional, caracterizado como fraude. A letra B também desse ser considerada fraude, pois
houve uma apropriação irregular de ativos. Por fim, as assertivas C e D também apresentam
características de fraude, pois são atos intencionais.
03. Resposta: C
Segundo o item 4 da NBC TA 240 “a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude
é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração”. Portanto, a alternativa correta
é a leta C.
A letra A trocou a intencionalidade do erra e da fraude. Conforme já vimos, o erro é não intencional, e
a fraude, intencional.
A alternativa B está errada, pois, segundo o item 3 da supracitada norma, apesar de o auditor poder
suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele não estabelece juridicamente se
realmente ocorreu fraude.
A letra D também está incorreta, porque, devido às limitações inerentes à auditoria, há um risco
inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis possam não ser
detectadas, apesar de a auditoria ser devidamente planejada e realizada de acordo com as normas de
auditoria.
Por fim, a alternativa E está errada porque o risco de não ser detectada uma distorção relevante
decorrente de fraude é mais alto do que o risco de não ser detectada uma fraude decorrente de
erro. Isso porque a fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados,
destinados a ocultá-la, tais como falsificação, omissão deliberada no registro de operações ou prestação
intencional de falsas representações ao auditor.
05. Resposta: A
O item I é exatamente o que afirma a NBC TA 240. “A principal responsabilidade pela prevenção e
detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração”.
A mesma norma estabelece que embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos
das normas de auditoria, o auditor está preocupado com a fraude que causa distorções relevantes nas
demonstrações contábeis. Apesar de o auditor poder suspeitar ou, sem raros caso, identificar a ocorrência
de fraude, ele não estabelece juridicamente se realmente ocorreu. Dessa forma o item II está errado.
Por fim, o item III está correto, pois foi retirado de maneira literal do item 5 da norma supracitada.
Para a NBC TA 500 (R1), os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas
por meio de estudos das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos
analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistente
com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos.
Explicando...
Você, como auditor, sabendo de que há uma relação entre as despesas com salários e recolhimento
do FGTS, pode decidir fazer uma correspondência entre essas duas contas, buscando alguma
inconsistência como, por exemplo, um percentual recolhido de FGTS muito baixo do que seria esperado,
se considerados os salários pagos aos funcionários.
Outra possível verificação seria a comparação entre os valores pagos a funcionários (dado financeiro)
com o número de funcionários d empresa (dado não financeiro).
CONFIRMAÇÕES24
Segundo a NBC TI 01, esta técnica é utilizada na obtenção de informações perante pessoas físicas ou
jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. Ressalta-se que
essa norma trata de auditoria interna.
23
Brito; Claudinei. Fontenelle; Rodrigo. Auditoria Privada e Governamental: Teoria de forma objetiva e mais de 400 Questões Comentadas. – Niterói, RJ:
Impetus, 2015.
24
Brito; Claudinei. Fontenelle; Rodrigo. Auditoria Privada e Governamental: Teoria de forma objetiva e mais de 400 Questões Comentadas. – Niterói, RJ:
Impetus, 2015.
Consiste na confirmação, junto a terceiros, de fato alegados pela entidade. No planejamento dos
trabalhos, a equipe deve considerar as partes externas que podem ser circularizadas e os objetivos de
fiscalização que poderão ser satisfeitos pela circularização.
Esse procedimento só tem validade para comprovação de auditoria quando o gestor/dirigente, ligado
ao assunto a comprovar, tem participação no processo, porém ficam a remessa e a obtenção das
respostas aos pedidos circularizados sob controle do auditor.
A primeira condição deve-se ao fato de o auditor não ter poderes para assinar ou solicitar pedido de
confirmação pelo órgão/entidade. A segunda é para evitar que haja influência ou modificação, por parte
de auditado, dos dados ou respostas dos itens objetos do processo de circularização.
Há dois tipos de pedidos de confirmação de dados usados pela auditoria: positivo e negativo.
O primeiro é utilizado quando há necessidade de resposta da pessoa de quem se quer obter uma
confirmação formal. Pode ser usado de duas formas:
- branco: quando não se colocam os valores os pedidos de confirmação;
- preto: quando utilizados saldos ou valores a serem confirmados na data-base indicada.
25
Peter, M. G. A. Machado, M. V. V. Manual de auditoria Governamental. 2ª Ed. – são Paulo: Atlas, 2014.
AMOSTRAGEM EM AUDITORIA26
A Norma do Conselho Federal de Contabilidade - CFC que trata do tema é a NBC TA 530 -
Amostragem em Auditoria27. A literatura disponível quanto ao assunto é bastante farta, tendo em vista
que a maioria dos autores dedica um ponto de suas obras ao tema. Diante disso, apresentaremos os
principais pontos geralmente explorados pelas bancas de maneira bem objetiva.
Conceito e Definição
26
BRITO; Claudinei. Fontenelle; Rodrigo. Auditoria Privada e Governamental: Teoria de forma objetiva e mais de 400 Questões Comentadas. – Niterói, RJ:
Impetus, 2015.
27
http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001222
- Amostragem não Estatística ou (por julgamento): aquela em que a amostra é determinada pelo
auditor utilizando sua experiência, critério e conhecimento da entidade.
A principal característica do método de amostragem não estatístico é que este se baseia,
principalmente, na experiência do auditor. Sendo assim, a aplicação de tratamento estatístico a seus
resultados se torna inviável, bem como a generalização dos resultados obtidos através da amostra para
a população.
Essa limitação faz com que o método não sirva de suporte para uma argumentação, visto que a
extrapolação dos resultados não é passível de demonstrações, segundo as normas de cálculo existentes.
Contudo, é inegável a sua utilidade dentro de determinados contextos, tal como, na busca exploratória
de informações ou sondagem, quando se deseja obter informações detalhadas sobre questões
particulares, durante um espaço de tempo específico. Assim, seus resultados podem ser considerados
em pareceres e relatórios, em algumas circunstâncias.
A NBC TA 530 - Amostragem em Auditoria, se aplica quando o auditor independente decide usar a
amostragem na Execução de procedimentos de auditoria, que trata do uso de amostragem estatística e
não estatística na definição e seleção da amostra de auditoria, na execução de testes de controles e de
detalhes e na avaliação dos resultados da amostra.
Segundo o CFC, a NBC TA 530 complementa a NBC TA 500 (R1)28 - Evidência de Auditoria que trata
da responsabilidade do auditor na definição e execução de procedimentos de auditoria a fim de obter
evidência de auditoria apropriada e suficiente para chegar a conclusão razoáveis que fundamentem sua
opinião de auditoria.
A NBC TA 500 (R1) fornece orientação sobre os meios disponíveis para o auditor selecionar os itens
para teste, dos quais a amostragem de auditoria é um deles.
Par afins das normas de auditoria do CFC, os termos a seguir têm os seguintes significados (e têm
sido cobrados literalmente nas provas):
- População é o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e sobre o qual o
auditor deseja concluir.
- Risco de amostragem: é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser
diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. O risco de amostragem
pode levar a dois tipos de conclusões errôneas:
a) No caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes do que
realmente são, ou no caso de testes de detalhes, em que não seja identificada distorção relevante,
quando, na verdade, ela existe. O auditor está preocupado com esse tipo de conclusão errônea porque
ela afeta a eficácia da auditoria e é provável que leve a uma opinião de auditoria não apropriada.
28
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA500(R1)
- Risco não resultante da amostragem: é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea
por qualquer outra razão que não relacionada ao risco de amostragem.
Os exemplos de risco não resultante da amostragem incluem o uso de procedimentos de auditoria não
apropriados ou a interpretação errônea da evidência de auditoria e não reconhecimento de uma distorção
ou de um desvio.
- Unidade amostragem: é cada um dos itens individuais que constituem uma população. As unidades
de amostragem podem ser itens físicos (por exemplo, cheques relacionados em comprovante de
depósito, lançamentos de crédito em estratos bancários, faturas de venda ou saldos de devedores) ou
unidades monetárias.
- Estratificação: é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo
de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário).
- Distorção tolerável: é um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de
segurança de que esse valor não seja excedido pela distorção real no população.
Ao definir uma amostra, o auditor determina a distorção tolerável para avaliar o risco de que o conjunto
de distorções individualmente irrelevantes possa fazer com que as demonstrações contábeis apresentem
distorções relevantes e forneça margem para possíveis não detectadas. Ou seja, a distorção que o auditor
aceita, a fim de que as pequenas distorções, no conjunto, não se tornem grandes distorções.
A distorção tolerável é aplicada da materialidade na execução da auditoria, em procedimentos de
amostragem específicos. A distorção tolerável pode ter o mesmo valor ou menos do que a da
materialidade na execução da auditoria.
- Taxa tolerável de desvio: é a taxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos,
definida pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa taxa de desvio não
excedida pela taxa real de desvio na população.
Questões
01. (TCE/RS - Auditor Público Externo - FCC) A amostragem é uma técnica que tem por finalidade
determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a serem testados. Nos
termos da Resolução CFC 986/2003, a amostra selecionada deve proporcionar uma informação de
auditoria
Apostila gerada especialmente para: Cristiano Rosa 560.988.980-49
. 41
(A) efetiva e padronizada.
(B) realística e relevante.
(C) material e útil.
(D) formal e mensurável.
(E) suficiente e apropriada.
02. (TCE/RS - Auditor Público Externo - FCC) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade
técnicas de Auditoria – NBC TA, a amostragem em auditoria destina-se a possibilitar conclusões a serem
tiradas de uma população inteira com base no teste de amostragem dela extraída (NBC TA 500). Existem
muitos métodos para selecionar amostras (NBC TA 530), entre os principais citados nas normas. Aquela
em que a quantidade de unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para
dar um intervalo de amostragem é a seleção:
(A) em bloco;
(B) estatística;
(C) aleatória;
(D) ao acaso;
(E) sistemática.
03. (Prefeitura de Recife/PE - Auditor do Tesouro Municipal - FGV) A respeito de uma amostra de
auditoria, analise as afirmativas a seguir.
I. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de
auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra.
II. O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da
população tenha a mesma chance de ser selecionada.
III. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar os fins específicos a serem
alcançados e a combinação de procedimentos de auditoria que devem alcançar esses fins.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
04. (ACI - Recife - FGV) A respeito da amostragem de auditoria, analise os itens a seguir:
I. O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho exigido da
amostra.
II. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, menor deve ser o tamanho da amostra.
III. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de
auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra.
IV. O auditor deve selecionar itens para a amostragem, de forma que cada unidade de amostragem
da população tenha a mesma chance de ser selecionada.
Assinale:
(A) se somente os itens I, II e II estiverem corretos;
(B) se somente os itens II, III e IV estiverem corretos;
(C) se somente os itens I, III e IV estiverem corretos;
(D) se somente os itens I, II e IV estiverem corretos;
(E) se todos os itens estiverem corretos.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: E
Segundo o item 12.2.4.2 da NBC TI 01, ao usar método de amostragem, estatística ou não, deve ser
projetada e selecionada uma amostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e
apropriada.
03. Resposta: E
Todos os itens foram retirados de maneira literal da NBC TA 530, que trata de amostragem.
04. Resposta: C
O único item errado é o II, já que quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, MAIOR
deve ser o tamanho da amostra.
Todos os outros itens são transcrição literal da NBC TA 350, que trata de amostragem.
Evidenciação.
Evidência, em auditoria29, é a convicção razoável de que todos os dados contábeis expressados nas
contas anuais estão suportados no tempo e contidos pelos fatos econômicos e circunstâncias realmente
ocorridas. Ou seja, a opinião emitida por profissional capacitado deve ser fundamentada em evidência
correspondente e que sirva como base apropriada para a mesma.
A palavra evidência descreve o espaço completo das coisas, tais como documentos, informações,
suposições, conclusões e cálculos sobre os quais o auditor avalia se as contas mostram a imagem fiel do
patrimônio. Isto é, a evidência é o conjunto de fatores apresentados ao conhecimento de uma pessoa
com o propósito de lhe permitir decidir sobre uma questão que esteja em discussão. Importante dizer que
Técnica de Auditoria é o conjunto de processos e ferramentas operacionais de que se serve o controle
para a obtenção de evidências, as quais devem ser suficientes, adequadas, relevantes e úteis para
conclusão dos trabalhos.
Qualidade da Evidência
Qualidade da Evidência de acordo com o conceito considera que esta deve ser “Relevante e de boa
Qualidade” e estar condicionada fundamentalmente pelas circunstâncias em que foi obtida, como por
exemplo:
- Fontes externas proporcionam maior confiança que as internas, um extrato bancário. Por ser emitido
por banco, fonte externa, é mais confiável que o razão da empresa.
- Aquela evidência surgida de sistema com controle interno confiável, é melhor que a que surge de
outro não confiável, ou não analisado.
- Aquele conhecimento obtido de forma pessoal e direto, tais como exames físicos, inspeções,
cálculos, é mais persuasivo que aquele obtido de forma indireta.
A qualidade da evidência é também condicionada pela proximidade entre a evidência e aquilo que está
sendo evidenciado, sendo que por este critério, podemos classificá-la em:
a) Evidência natural: que é definida como a coisa ou o fato em si mesmo. A sua força de
convencimento radica na facilidade de compreensão de existência das coisas pela percepção dos
sentidos. As técnicas de inspeção e observação obtêm este tipo de evidência.
b) Evidência criada: que é aquela que não existe no mundo real e é necessária uma ação mental
mais elaborada para ser obtida; elas descrevem o fato, mas não é o fato em si mesmo; como exemplo
deste tipo de evidência podemos citar a evidência de entrega de materiais vendidos obtida através da
análise de uma nota de entrega.
c) Evidência derivada de argumentação racional: que é aquela obtida mediante análise aplicada à
evidência natural ou criada, com a finalidade de obter conclusões sobre os fatos; as observações de fatos
lógicos e verdadeiros ajudam através de interpretação adequada a chegar a certas conclusões.
Amostragens estatísticas produzem este tipo de evidência, sendo que este tipo de evidência é majoritária
na base da opinião do auditor.
29
http://www.portaldeauditoria.com.br/sobreauditoria/teoria-da-evidencia-e-da-importancia-da-auditoria.asp
2) Evidência indireta ou circunstancial, que se apresenta quando não há suporte direto para um fato
e sua existência deve ser provada mediante outros fatos, como por exemplo, se o sistema de controle
interno é considerado bom, então a informação corrente emanada desse sistema também é boa.
Por outro lado a fonte geradora da evidência também contribui para a sua confiabilidade, desta feita
temos que existem aqueles processos que em grande medida estão sob controle do auditor, dando a este
uma alta possibilidade de avaliação e contendo uma baixa probabilidade de manipulação; aqueles
processos que estão em grande medida sob controle dos diretores, naturalmente apresentam alta
probabilidade de manipulação e média possibilidade de avaliação por parte do auditor; existem também
aqueles processos que estão sob controle de terceiros que possuem probabilidade média de manipulação
e baixa possibilidade de avaliação por auditor.
Evidência Suficiente
A evidência que se pretende obter, não pode ser absoluta, mas suficiente e adequada. Ou seja, os
elementos que consubstanciam a opinião do auditor devem ser certos, claros e fornecer-lhe material
suficiente para que a evidência seja suficiente, isto é, que como resultante da prova, o auditor adquira a
“certeza moral” da comprovação dos fatos que estão sendo analisados.
Na decisão sobre a quantidade de evidência a ser obtida, devem ser consideradas algumas
circunstâncias, a saber:
O custo: isto pressupõe avaliação da utilidade que seria obtida com a obtenção de determinada
evidência;
A importância relativa (ou relevância): que se refere ao grau de influência do fato no grupo em que
está classificado, bem como no total da informação;
Risco provável: que supõe a avaliação do erro possível inerente à análise de um fato e à obtenção
de evidência deficiente e incompleta;
Autenticidade: quando é verdadeira em todas suas características;
Verificável: ou seja, que permite que dois ou mais auditores concluam a mesma coisa separadamente;
Neutralidade: isto é, que esteja livre de prejuízos.
30
Manual de Auditoria Operacional - TCU - 2010
É uma ferramenta31 útil para identificar os responsáveis por irregularidades, especificar as condutas
impugnadas, estabelecer as relações de causa e efeito e, finalmente, aferir a culpabilidade.
Apresentarmos abaixo a Resolução que trata da norma específica sobre a Evidência de Auditoria –
NBC TA 500 (R1)
Introdução
Alcance
1. Esta Norma define o que constitui evidência de auditoria na auditoria de demonstrações contábeis
e trata da responsabilidade do auditor na definição e execução de procedimentos de auditoria para a
obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente que permita a obtenção de conclusões
razoáveis para fundamentar a opinião do auditor.
2. Esta Norma é aplicável a toda evidência de auditoria obtida durante a auditoria. Outras normas de
auditoria tratam de:
a) aspectos específicos da auditoria como na NBC TA 315;
b) evidência de auditoria a ser obtida em relação a um tópico específico (NBC TA 570);
c) procedimentos específicos para a obtenção de evidência de auditoria (NBC TA 520); e
d) a avaliação se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente (NBC TA 200 e NBC TA 330).
Data de vigência
3. Esta Norma é aplicável a auditoria de demonstrações contábeis para períodos iniciados em ou após
1º de janeiro de 2010.
Objetivo
4. O objetivo do auditor é definir e executar procedimentos de auditoria que permitam ao auditor
conseguir evidência de auditoria apropriada e suficiente que lhe possibilitem obter conclusões razoáveis
para fundamentar a sua opinião.
Definições
5. Para os fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os significados atribuídos abaixo:
a) Registros contábeis compreendem os registros de lançamentos contábeis e sua documentação-
suporte (cheques e registros de transferências eletrônicas de fundos, faturas, contratos); os livros diário,
razões geral e auxiliares, as reclassificações nas demonstrações contábeis não refletidas no diário e as
planilhas de trabalho, que suportem as alocações de custos, cálculos, conciliações e divulgações.
b) Adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a
sua relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor.
c) Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às
conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria inclui as informações contidas
nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e informações obtidas de outras
fontes. (Alterado pela NBC TA 500 (R1))
d) Especialista da administração é uma pessoa ou organização com especialização em uma área, que
não contabilidade ou auditoria, cujo trabalho naquela área de especialização é utilizado pela entidade
para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis.
e) Suficiência da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A
quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de
distorção relevante e também pela qualidade da evidência de auditoria.
31
TCU – Tribunal de Contas da União – Responsabilização de Agentes Segundo a Jurisprudência do TCU – Uma abordagem a partir de Licitações e Contratos
- 2013
32
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA500(R1)
8. Se as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria forem elaboradas com a utilização
de um especialista da administração, o auditor deve, na medida necessária, levando em conta a
importância do trabalho desse especialista para os propósitos do auditor (ver itens A34 a A36):
a) avaliar a competência, habilidades e objetividade do especialista (ver itens A37 a A43);
b) obter entendimento do trabalho do especialista (ver itens A44 a A47); e
c) avaliar a adequação do trabalho desse especialista como evidência de auditoria para a afirmação
relevante (ver item A48).
9. Ao usar informações apresentadas pela entidade, o auditor deve avaliar se as informações são
suficientemente confiáveis para os seus propósitos, incluindo, como necessário nas circunstâncias:
a) obter evidência de auditoria sobre a exatidão e integridade das informações (ver itens A49 e A50);
e
b) avaliar se as informações são suficientemente precisas e detalhadas para os fins da auditoria (ver
item A51).
A2. A maior parte do trabalho do auditor para formar sua opinião consiste na obtenção e avaliação da
evidência de auditoria. Os procedimentos de auditoria para obter evidência de auditoria podem incluir a
inspeção, observação, confirmação, recálculo, reexecução e procedimentos analíticos, muitas vezes em
combinação, além da indagação. Embora a indagação possa fornecer importante evidência de auditoria
A3. Como explicado na NBC TA 200, item 5, obtém-se segurança razoável quando o auditor obtiver
evidência de auditoria apropriada e suficiente para a redução do risco de auditoria (isto é, o risco de que
o auditor expresse uma opinião não apropriada quando as demonstrações contábeis apresentam
distorção relevante) a um nível aceitavelmente baixo.
A5. Adequação é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, sua relevância e sua
confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. A
confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte e sua natureza e depende das circunstâncias
individuais em que é obtida.
A6. A NBC TA 330, item 28, exige que o auditor conclua se foi obtida evidência de auditoria apropriada
e suficiente. É questão de julgamento profissional determinar se foi obtida evidência de auditoria
apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo e, com isso,
possibilitar ao auditor atingir conclusões razoáveis que fundamentem sua opinião. A NBC TA 200 contém
a discussão de assuntos, como a natureza dos procedimentos de auditoria, a tempestividade dos
relatórios financeiros e a relação entre benefício e custo, que são fatores relevantes quando o auditor
exerce o julgamento profissional e determina se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente.
A8. Geralmente obtém-se mais segurança com evidência de auditoria consistente obtida a partir de
fontes diferentes ou de natureza diferente do que a partir de itens de evidência de auditoria considerados
individualmente. Por exemplo, informações corroborativas obtidas de uma fonte independente da
entidade podem aumentar a segurança que o auditor obtém da evidência de auditoria gerada
internamente, tais como a evidência existente em registros contábeis, minutas de reuniões ou
representação da administração.
A9. Entre as informações de fontes independentes da entidade que o auditor pode usar como
evidência de auditoria podem estar confirmações de terceiros, relatórios de analistas e dados
comparáveis sobre concorrentes (dados referenciais para benchmarking).
A12. A natureza e a época dos procedimentos de auditoria a serem utilizados podem ser afetadas pelo
fato de que alguns dados contábeis e outras informações podem estar disponíveis apenas em forma
eletrônica ou apenas em certos pontos ou períodos no tempo. Por exemplo, documentos de fonte, tais
como ordens de compra e faturas, podem existir apenas em forma eletrônica quando a entidade utiliza
comércio eletrônico ou podem ser descartados após a leitura ótica quando a entidade utiliza sistemas de
processamento de imagem para facilitar o armazenamento e referência.
A13. Certas informações eletrônicas podem não ser recuperáveis após um período de tempo
especificado, por exemplo, se os arquivos forem modificados e se não houver cópias de segurança
(backup). Portanto, o auditor pode julgar necessário, como resultado das políticas de retenção de
informação da entidade, solicitar a retenção de algumas informações para sua revisão ou executar
procedimentos de auditoria em um tempo em que a informação esteja disponível.
Inspeção
A14. A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de
papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de registros
e documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua
natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua
produção. Um exemplo de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de evidência
de autorização.
A15. Alguns documentos representam evidência de auditoria direta da existência de um ativo, por
exemplo, um documento que constitui um instrumento financeiro, como uma ação ou título. A inspeção
de tais documentos pode não fornecer necessariamente evidência de auditoria sobre propriedade ou
valor. Além disso, a inspeção de um contrato executado pode fornecer evidência de auditoria relevante
para a aplicação de políticas contábeis da entidade, tais como reconhecimento de receita.
A16. A inspeção de ativos tangíveis pode fornecer evidência de auditoria confiável quanto à sua
existência, mas não necessariamente quanto aos direitos e obrigações da entidade ou à avaliação dos
ativos. A inspeção de itens individuais do estoque pode acompanhar a observação da contagem do
estoque.
Observação
A17. A observação consiste no exame de processo ou procedimento executado por outros, por
exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da
execução de atividades de controle. A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução
de processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato
de que o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é executado.
Ver NBC TA 501 – Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para Itens Selecionados para
orientação adicional sobre a observação da contagem de estoque.
Confirmação externa
A18. Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta
escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. Os
procedimentos de confirmação externa frequentemente são relevantes no tratamento de afirmações
associadas a certos saldos contábeis e seus elementos. Contudo, as confirmações externas não precisam
se restringir apenas a saldos contábeis. Por exemplo, o auditor pode solicitar confirmação de termos de
contratos ou transações da entidade com terceiros; a solicitação de confirmação pode ser planejada para
perguntar se foram efetuadas quaisquer modificações no contrato e, em caso afirmativo, quais são os
detalhes relevantes. Os procedimentos de confirmação externa também são utilizados para a obtenção
de evidência de auditoria a respeito da ausência de certas condições, por exemplo, a ausência de acordo
Recálculo
A19. O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. O
recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente.
Reexecução
A20. A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que
foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade.
Procedimentos analíticos
A21. Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo
das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem
também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras
informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos. Ver NBC TA 520
para orientação adicional.
Indagação
A22. A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e
não financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria,
além de outros procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir desde indagações escritas
formais até indagações orais informais. A avaliação das respostas às indagações é parte integral do
processo de indagação.
A23. As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente
ou evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem fornecer informações
significativamente divergentes das informações que o auditor obteve, por exemplo, informações
referentes à possibilidade da administração burlar os controles. Em alguns casos, as respostas às
indagações fornecem uma base para que o auditor modifique ou realize procedimentos de auditoria
adicionais.
A24. Embora a corroboração da evidência obtida por meio da indagação muitas vezes seja de
particular importância, no caso de indagações sobre a intenção da administração, a informação disponível
para suportar a intenção da administração pode ser limitada. Nesses casos, o entendimento do histórico
da administração na realização de intenções por ela formuladas, das razões por ela alegadas para
escolher determinado curso de ação, e sua capacidade de seguir um curso de ação específico, podem
fornecer informações relevantes para corroborar a evidência obtida por meio de indagação.
A25. No que diz respeito a alguns assuntos, o auditor pode considerar necessário obter representações
formais da administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela governança, para confirmar
respostas a indagações verbais. Ver NBC TA 580 para orientação adicional.
Relevância
A27. A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do procedimento de auditoria
e, quando apropriado, a afirmação em consideração. A relevância das informações a serem utilizadas
como evidência de auditoria pode ser afetada pela direção do teste. Por exemplo, se a finalidade de um
procedimento de auditoria é testar para verificar se há superavaliação na existência ou valorização das
contas a pagar, testar as contas a pagar registradas pode ser um procedimento de auditoria relevante.
A28. Um dado conjunto de procedimentos de auditoria pode fornecer evidência relevante para certas
afirmações, mas não para outras. Por exemplo, a inspeção de documentos relacionados com a cobrança
de contas a receber após o fim do período pode fornecer evidência de auditoria referente à existência e
valorização, mas não necessariamente ao corte. Similarmente, a obtenção de evidência de auditoria
referente a uma afirmação específica, por exemplo, a existência de estoque, não substitui a obtenção de
evidência de auditoria referente a outra afirmação, por exemplo, a valorização desse estoque. Por outro
lado, evidência de auditoria de diferentes fontes ou de diferente natureza pode ser relevante para a
mesma afirmação.
A29. Os testes de controle são definidos para avaliar a eficácia operacional dos controles na
prevenção, detecção e correção de distorções relevantes no nível da afirmação. A definição de testes de
controles para obtenção de evidência de auditoria inclui a identificação de condições (características ou
atributos) que indiquem a realização de controle, e condições de desvio que indiquem desvios da
execução apropriada. A presença ou ausência dessas condições pode então ser testada pelo auditor.
A30. Os procedimentos são definidos para detectar distorções relevantes no nível da afirmação. Eles
compreendem testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos. A definição de procedimentos
substantivos inclui a identificação de condições relevantes para o propósito do teste que constituem uma
distorção na afirmação relevante.
Confiabilidade
A31. A confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria e, portanto, da
própria auditoria, é influenciada pela sua fonte e sua natureza, e as circunstâncias nas quais são obtidas,
incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção, quando relevante. Portanto, generalizações
sobre a confiabilidade de vários tipos de evidência de auditoria estão sujeitas a importantes exceções.
Mesmo quando as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria são obtidas de fontes
externas à entidade, podem existir circunstâncias que podem afetar a sua confiabilidade. Por exemplo,
informações obtidas de fonte externa independente podem não ser confiáveis se a fonte não tiver
conhecimento ou se for possível que especialista da administração não tenha objetividade. Embora
reconhecendo que podem existir exceções, as seguintes generalizações sobre a confiabilidade da
evidência de auditoria podem ser úteis:
- a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes independentes fora
da entidade;
- a confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior quando os controles
relacionados, incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção, impostos pela entidade, são
efetivos;
- a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor (por exemplo, a observação da aplicação de
um controle) é mais confiável do que a evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência (por
exemplo, indagação a respeito da aplicação de controle);
- a evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia eletrônica ou de outro tipo, é mais
confiável do que a evidência obtida verbalmente (por exemplo, uma ata de reunião elaborada
tempestivamente é mais confiável do que uma representação verbal subsequente dos assuntos
discutidos);
- a evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável do que a evidência de
auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por documentos que foram filmados, digitalizados ou
transpostos de outra maneira para forma eletrônica, cuja confiabilidade pode depender dos controles
sobre sua elaboração e manutenção.
A32. A NBC TA 520, item 5 (a), fornece orientação adicional sobre a confiabilidade dos dados utilizados
para fins de definição de procedimentos analíticos como procedimentos substantivos.
A33. A NBC TA 240, item 13, trata das circunstâncias em que o auditor tem razão para crer que um
documento pode não ser autêntico ou pode ter sido modificado sem que essa modificação tenha sido
divulgada ao auditor.
A35. Quando as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria foram elaboradas com o
uso do trabalho do especialista da administração, aplica-se a exigência do item 8 desta Norma. Por
exemplo, um indivíduo ou organização pode possuir conhecimento especializado na aplicação de
modelos para estimar o valor justo de títulos mobiliários para os quais não há mercado observável. Se o
indivíduo ou organização aplica esse conhecimento especializado em uma estimativa que a entidade
utiliza na elaboração das suas demonstrações contábeis, o indivíduo ou organização é um especialista
da administração e aplica-se o item 8. Se, por outro lado, esse indivíduo ou organização meramente
fornece dados de preço referentes a transações privadas não disponíveis de outra maneira para a
entidade e que esta utiliza nos seus métodos de estimativa, tais informações, se utilizadas como evidência
de auditoria, estão sujeitas ao item 7 desta Norma, mas não se trata de uso, pela entidade, de especialista
da administração.
A36. A natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria em relação à exigência do item 8
desta Norma, podem ser afetados por assuntos como:
- a natureza e complexidade do assunto relacionado ao especialista da administração;
- os riscos de distorção relevante no assunto;
- a disponibilidade de fontes alternativas de evidência de auditoria;
- a natureza, alcance e objetivos do trabalho do especialista da administração;
- se o especialista da administração é empregado pela entidade ou é parte contratada por ela para
fornecer serviços relevantes;
- a extensão em que a administração pode exercer controle ou influência sobre o trabalho do
especialista da administração;
- se o especialista da administração está sujeito a padrões de desempenho técnico ou outras
exigências profissionais ou da indústria;
- a natureza e extensão de quaisquer controles dentro da entidade sobre o trabalho do especialista da
administração;
- o conhecimento e experiência do auditor sobre a área de atuação do especialista da administração;
- a experiência prévia do auditor com o trabalho desse especialista.
A41. Uma ampla gama de situações pode ameaçar a objetividade, por exemplo, ameaças de interesse
próprio, de defesa dos interesses da entidade, de familiaridade, de auto-revisão e de intimidação.
Salvaguardas podem reduzir tais ameaças e podem ser criadas por estruturas externas (por exemplo, a
profissão do especialista da administração, legislação ou regulamentação) ou pelo ambiente de trabalho
do especialista da administração (por exemplo, políticas e procedimentos de controle de qualidade).
A42. Embora salvaguardas não possam eliminar todas as ameaças à objetividade do especialista da
administração, ameaças como a de intimidação podem ter menos importância para um especialista
contratado pela entidade do que para um especialista empregado pela entidade, e a eficácia de
salvaguardas como políticas e procedimentos de controle pode ser maior. Como a ameaça à objetividade
criada pelo fato de ser empregado da entidade sempre estará presente, normalmente não se pode
considerar mais provável que um especialista empregado pela entidade seja mais objetivo do que outros
empregados da entidade.
A43. Na avaliação da objetividade de especialista contratado pela entidade, pode ser relevante discutir
com a administração e o especialista, quaisquer interesses e relacionamentos que possam criar ameaças
à objetividade do especialista e quaisquer salvaguardas aplicáveis, inclusive quaisquer exigências
profissionais que se apliquem ao especialista e avaliar se as salvaguardas são apropriadas. Interesses e
relacionamentos criadores de ameaças podem incluir:
- interesses financeiros;
- relacionamentos comerciais e pessoais;
- prestação de outros serviços.
A46. No caso de especialista da administração contratado pela entidade, geralmente há uma carta de
contratação ou outra forma escrita de acordo entre a entidade e esse especialista. A avaliação desse
A47. No caso de especialista da administração empregado pela entidade, é menos provável que exista
um acordo escrito desse tipo. As indagações junto ao especialista e outros membros da administração
podem ser a forma mais apropriada de obtenção do entendimento necessário ao auditor.
Informações apresentadas pela entidade e utilizadas para as finalidades do auditor (ver item
9(a) e (b))
A49. Para que o auditor obtenha evidência de auditoria confiável, as informações apresentadas pela
entidade que sejam utilizadas para a execução dos procedimentos de auditoria precisam ser
suficientemente completas e exatas. Por exemplo, a eficácia de auditar a receita pela aplicação de preços-
padrão a registros de volume de vendas é afetada pela exatidão da informação de preços e a integridade
e exatidão dos dados de volume de vendas. Similarmente, se o auditor pretende testar uma população
(por exemplo, pagamentos) para verificar certa característica (por exemplo, autorização), os resultados
do teste serão menos confiáveis se a população, na qual os itens selecionados para teste, não estiver
completa.
A51. Em alguns casos, o auditor pode pretender utilizar informações apresentadas pela entidade para
outros fins de auditoria. Por exemplo, o auditor pode pretender utilizar medidas de desempenho da
entidade para fins de procedimentos analíticos ou utilizar informações da entidade apresentadas para
atividades de monitoramento, tais como relatório de auditoria interna. Em tais casos, a adequação da
evidência de auditoria obtida é afetada pelo fato de as informações serem ou não suficientemente precisas
ou detalhadas para as finalidades do auditor. Por exemplo, medidas de desempenho utilizadas pela
administração podem não ser precisas o suficiente para a detecção de distorções relevantes.
Seleção de itens para testes para obtenção de evidência de auditoria (ver item 10)
A52. Um teste eficaz fornece evidência de auditoria apropriada na medida em que, considerada com
outra evidência de auditoria obtida ou a ser obtida, será suficiente para as finalidades do auditor. Ao
selecionar itens a serem testados, o item 7 exige que o auditor determine a relevância e confiabilidade
das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria; outro aspecto da eficácia (suficiência) é
uma consideração importante na seleção de itens a serem testados. Os meios à disposição do auditor
para a seleção de itens a serem testados são:
a) seleção de todos os itens (exame de 100%);
b) seleção de itens específicos; e
c) amostragem de auditoria.
A55. Embora o exame seletivo de itens específicos de uma classe de transações ou saldo contábil
frequentemente seja um meio eficiente de obter evidência de auditoria, não constitui amostragem em
auditoria. Os resultados de procedimentos de auditoria aplicados a itens selecionados dessa maneira não
podem ser projetados para a população inteira; portanto, o exame seletivo de itens específicos não
fornece evidência de auditoria referente ao restante da população.
Amostragem em auditoria
A56. A amostragem em auditoria destina-se a possibilitar conclusões a serem tiradas de uma
população inteira com base no teste de amostragem extraída dela. A amostragem em auditoria é discutida
na NBC TA 530.
Questões
01. (TCE/CE - Analista de Controle Externo - FCC) Os elementos de convicção dos trabalhos
efetuados pelo profissional de auditoria governamental, devidamente documentados, e que devem ser
adequados, relevantes e razoáveis para fundamentar a opinião e as conclusões, segundo as Normas de
Auditoria − aplicáveis ao controle externo, são denominados de
02. (TCE/PI - Auditor Fiscal de Controle Externo - FCC) Em relação às evidências de auditoria é
correto afirmar que
(A) a suficiência da evidência é a medida da sua qualidade.
(B) a adequação da evidência é a medida da sua quantidade.
(C) a adequação da evidência é a medida da sua qualidade.
(D) evidências obtidas de fontes externas e internas são igualmente confiáveis.
(E) evidências documentais e orais são igualmente confiáveis.
03. (Copergás/PE - Analista Contador - FCC) Na auditoria realizada nas demonstrações contábeis
da Companhia de Abastecimento de Alimentos Sólidos do Estado, referente ao exercício de 2015, o
Auditor independente utilizou informações para fundamentar suas conclusões. Segundo as Normas
Brasileiras de Contabilidade relacionadas à Auditoria – NBC TAs, tais informações são denominadas de
(A) testes de observância.
(B) parecer de auditoria.
(C) achados de auditoria.
(D) evidências de auditoria.
(E) papéis de trabalho.
04. (DPER/SP - Analista - FCC) Para obtenção de evidências, as quais devem ser suficientes,
adequadas, relevantes e úteis para conclusão dos trabalhos, o sistema de Controle Interno Federal se
serve de um conjunto de processos e ferramentas operacionais denominado de
(A) técnicas de auditoria.
(B) normas de auditoria.
(C) programas de auditoria.
(D) princípios de auditoria.
(E) certificados de auditoria.
05. (AL/AM - Analista - ISAE) A respeito das evidências de auditoria, assinale a afirmativa incorreta.
(A) Compreendem as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar as conclusões em que se
baseia a sua opinião.
(B) Incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e
outras informações.
(C) Abrangem informações que sustentam e corroboram as afirmações da administração e
informações que contradizem tais afirmações.
(D) Comprovam que a confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte e sua natureza e
depende das circunstâncias individuais em que é obtida.
(E) Correspondem ao risco de que o auditor expresse uma opinião inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante.
Gabaritos
Comentários
01. Resposta: D
Evidências de Auditoria são elementos de convicção dos trabalhos efetuados pelo profissional de
auditoria governamental, devidamente documentados, e que devem ser adequadas, relevantes e
razoáveis para fundamentar a opinião e as conclusões.
02. Resposta: C
Segunda a NBC TA 200, item 42. Suficiência é a medida da QUANTIDADE da evidência. Adequação
é a medida da QUALIDADE da evidência; isto é, a sua relevância e a sua confiabilidade.
04. Resposta: A
Técnica de Auditoria é o conjunto de processos e ferramentas operacionais de que se serve o controle
para a obtenção de evidências, as quais devem ser suficientes, adequadas, relevantes e úteis para
conclusão dos trabalhos.
05. Resposta: E
De acordo com NBC TA 200, os seguintes termos possuem os significados atribuídos a seguir:
Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões
em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros
contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações.
Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando
as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos
de distorção relevante e do risco de detecção.
Distorção é a diferença33 entre o que é relatado e o que é exigido para que o item esteja de acordo
com a estrutura de relatório financeiro aplicável, e pode se originar de erro ou fraude.
Já a Distorção Relevante é aquela que, individualmente ou em conjunto, influencia as decisões
econômicas dos usuários, tomadas com base nas demonstrações contábeis.
- Risco Inerente: é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil
ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras
distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados.
- Risco de Controle: é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma
classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle
interno da entidade.
Opinião Adversa
Opinião apropriada quando o auditor encontra distorções relevantes nas demonstrações contábeis, e
essas distorções, e essas distorções são consideradas generalizadas.
Segundo a NBC TA 705: “O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido
evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto,
são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis.”
Questões
01. (SEFAZ-PE - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual - FCC) Bartolomeu Guimarães, auditor
independente, na realização de auditoria das demonstrações contábeis da empresa Baratão do Norte
S/A, tendo obtido evidências de auditoria apropriadas e suficientes, concluiu que as distorções
33
Brito; Claudinei. Fontenelle; Rodrigo. Auditoria Privada e Governamental: Teoria de forma objetiva e mais de 400 Questões Comentadas. – Niterói, RJ:
Impetus, 2015.
02. (TCE/SP - FCC) Segundo a NBC TA 705, que trata da opinião do auditor independente, caso as
demonstrações contábeis apresentem distorções relevantes que, no julgamento do auditor, estão
disseminadas em vários elementos, contas ou itens das demonstrações financeiras, esse profissional
deve emitir um relatório:
(A) padrão;
(B) com ressalva;
(C) com opinião adversa;
(D) com abstenção de opinião;
(E) sem ressalva.
Gabarito
01.C / 02.C
Comentários
01. Resposta: C
A NBC TA 705 é bem clara, e não podemos errar questões como esta.
Se o auditor encontrou distorções e entende que elas, além de relevantes, também estão disseminadas
(generalizadas) nas demonstrações contábeis, pode emitir uma opinião adversa.
02. Resposta: C
Segundo a NBC TA 705, o auditor deve expressas uma opinião adversa quando, tendo obtido
evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui quando, tendo obtido evidência de auditoria
apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e
generalizadas para as demonstrações contábeis. Portanto, questão de transcrição quase literal da FCC.
O controle externo da Administração Pública relaciona-se com o controle parlamentar direto, o controle
pelo Tribunal de Contas e o controle jurisdicional. Estes são órgãos externos que realizam a função de
fiscalizar as ações da Administração Pública e o seu funcionamento.
Dentre essa parte introdutória para que fique mais específico vamos abordar o que diz o Princípio da
Proporcionalidade e da Discricionariedade.
Princípio da Proporcionalidade
Representa, em verdade, uma das vertentes do princípio da razoabilidade. Isso porque a razoabilidade
exige, entre outros aspectos, que haja proporcionalidade entre os meios utilizados pelo administrador
público e os fins que ele pretende alcançar.
Se o ato administrativo não guarda uma proporção adequada entre os meios empregados e o fim
almejado, será um ato desproporcional, excessivo em relação a essa finalidade.
Segundo o princípio da proporcionalidade, a Administração não deve restringir os direitos do particular
além do que caberia, do que seria necessário, pois impor medidas com intensidade ou extensão
supérfluas, desnecessárias induz à ilegalidade do ato, por abuso de poder.
Esse princípio fundamenta-se na ideia de que ninguém está obrigado a suportar restrições em sua
liberdade ou propriedade que não sejam indispensáveis, imprescindíveis à satisfação do interesse
público.
Quanto à posição do órgão de controle, este pode ser vinculado ao Judiciário, Executivo ou Legislativo.
Várias são as doutrinas a respeito da vinculação. Aos que defendem se tratar de vinculação com o Poder
Judiciário, deve-se entender que o órgão de controle passará a integrar o corpo da Magistratura, e dessa
forma irá constituir uma justiça especializada.
Já a vinculação ao Poder Executivo é a posição menos adotada para os dias atuais, pois alguns desses
órgãos originam-se no Executivo, o que acontece comumente em países ditatoriais. O entendimento de
grande parte da doutrina entende que a posição de controle do órgão vincula-se ao Legislativo. O Tribunal
de Contas exerce seu controle externo buscando auxílio com o Congresso Nacional, à Assembleia
Legislativa Estadual ou Câmara de Vereadores, como órgão dotado de competência fixada pela
Constituição, sem que haja subordinação ao Parlamento.
O Brasil adota o sistema misto, onde parte dos membros são indicados pelo próprio Legislativo, e por
ele aprovada, e parte constitui-se de indicações do Executivo, com a aprovação do Legislativo. Poder-se-
ia questionar tal forma de investidura que na sua forma pura, poderia ser escorreita, todavia, foi
desvirtuada, pois os pretensos representantes do povo nomeiam os Ministros e Conselheiros ao seu
talante e da forma mais conveniente.34
Quanto as garantias, os membros do controle usufruirão das mesmas inerentes ao Poder Judiciário,
ou seja, as observadas no artigo 95, I a III da Carta Magna, quais sejam: vitaliciedade, inamovibilidade e
irredutibilidade de subsídio. No que concerne às vedações são igualmente adotadas as aplicadas aos
Magistrados.
Eis que um dos grandes desafios enfrentados pelo Controle Externo é adequar-se a um novo modelo
de Estado, as dificuldades encaradas para fiscalizar a boa aplicação dos recursos do orçamento público,
com um padrão de avaliação elevado, que satisfaça os interesses da sociedade. Com o atual momento
de crise que nosso país está passando não há que se observar apenas a legalidade dos atos praticados,
mas também a sua economicidade. Desta feita, os órgãos de controle são de grande valia, não apenas
em relação ao dinheiro público aplicado, mas também com a manutenção da ordem jurídica imposta pelo
Estado de Direito.
Controle é uma forma de manter o equilíbrio na relação existente entre Estado e Sociedade, fazendo
surgir daquele as funções que lhe são próprias, exercidas por meio dos seus órgãos, sejam estes ligados
ao Executivo, Legislativo ou Judiciário.
Em decorrência dos princípios da eficiência administrativa e da eficácia dos seus atos, o Estado se vê
cercado de mecanismos de controle das atividades estatais, gerados pela necessidade de se resguardar
a própria administração pública, bem como os direitos e garantias coletivos.
34
http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2023/O-controle-da-administracao-publica-no-Estado-de-Direito
Ao que denominou-se Controle Interno, o art. 74 da CF/88 é taxativo ao dispor que os três poderes
devem mantê-lo, de forma integrada, com a finalidade de: avaliar o cumprimento de metas do plano
plurianual e a execução dos orçamentos públicos; comprovar a legalidade e avaliar os resultados, sob os
aspectos de eficiência e eficácia, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e entidades
da administração; exercer o controle das operações de crédito; e, apoiar o controle externo.
Quanto ao Controle Externo, mencionado no art. 71 da CF/88, firme-se que é um controle político de
legalidade contábil e financeira e a ele cabe averiguar: probidade dos atos da administração; regularidade
dos gastos públicos e do emprego de bens, valores e dinheiros públicos e fiel execução do orçamento.
Mesmo que as atividades desempenhadas por esses dois mecanismos apresentem alguma
similaridade, mostra-se necessário e oportuno registrar suas diferenças, uma vez que são distintos.
O mecanismo de Controle Interno faz parte da Administração, subordina-se ao Administrador, tendo
por função acompanhar a execução dos atos e apontar, em caráter sugestivo, preventivo ou
corretivamente, as ações a serem desempenhadas com vistas ao atendimento da legislação pertinente.
Com relação ao Controle Externo, caracteriza-se por ser exercido por órgão autônomo e independente
da Administração, cabendo-lhe, entre as atribuições indicadas pela CF/88, exercer fiscalização. Mediante
tal função, os Tribunais de Contas devem verificar se os atos praticados pela Administração estão em
conformidade com as normas vigentes, observando-se as questões contábeis, financeiras,
orçamentárias, operacionais e patrimoniais.
O Controle Interno integra a estrutura organizacional da Administração, tendo por função acompanhar
a execução dos atos e apontar, em caráter sugestivo, preventivo ou corretivamente, as ações a serem
desempenhadas. Além disso, note-se o caráter opinativo do Controle Interno, haja vista que o gestor pode
ou não atender à proposta que lhe seja indicada, sendo dele a responsabilidade e risco dos atos
praticados.
Controle interno, e sistema ou estrutura de controle(s) interno(s) são expressões sinônimas, utilizadas
para referir-se ao processo composto pelas regras de estrutura organizacional e pelo conjunto de políticas
e procedimentos adotados por uma organização para a vigilância, fiscalização e verificação, que permite
prever, observar, dirigir ou governar os eventos que possam impactar na consecução de seus objetivos.
É, pois, um processo organizacional de responsabilidade da própria gestão, adotado com o intuito de
assegurar uma razoável margem de garantia de que os objetivos da organização sejam atingidos.35
35
http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2053986.PDF - Carvalho Neto e Silva (2009, p. 4).
Importante esclarecer que o sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal é regulamentado
pelo decreto 3.591 de 06 de setembro de 2000 e suas alterações, tendo sua base legal firmada na Lei
10.180 de 06 de fevereiro de 2001 e alterações. O Decreto 3.591 por sua vez, estabelece as
competências, a estrutura, a organização, as atividades e as finalidades por meio das quais será realizada
a avaliação da ação governamental e da gestão dos administradores públicos, revelando o caráter
avaliativo do Controle Interno.
Controle interno ou controle administrativo é o exercido pela Administração Pública em relação a seus
próprios atos. Ao contrário do controle judicial que segue a inércia do Poder Judiciário, pode ser exercido
de ofício e também mediante provocação. Conforme definição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro:
Controle administrativo é o poder de fiscalização e correção que a Administração Pública (em sentido
amplo) exerce sobre sua própria atuação, sob os aspectos de legalidade e mérito, por iniciativa própria
ou mediante provocação.
O controle interno é exercido pelas entidades da Administração Pública como um todo, sejam
integrantes da Administração Pública Direta ou da Administração Pública Indireta.
Suas rotinas devem ser determinadas de modo que uma área controle a outra.
O controle interno é mais amplo que o controle judicial. Enquanto o controle judicial se limita a questão
da legalidade, o controle administrativo analisa a legalidade e pode ainda adentrar ao mérito
administrativo. Tal posicionamento é confirmado pela Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal:
A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Consoante explanado, o controle interno é aquele feito por órgãos da própria Administração Pública,
podendo ser hierárquico ou tutelar.
1) O controle hierárquico é feito dentro de uma estrutura administrativa hierarquizada, portanto,
pressupõe, via de regra, desconcentração administrativa. Ex.: controle de ato de um departamento por
uma secretaria.
2) O controle tutelar, também chamado de Supervisão Ministerial, é feito também em âmbito
administrativo, todavia, por outra pessoa jurídica distinta daquela donde precede o ato.
Em verdade, não é um controle hierárquico, pois não há hierarquia entre as pessoas jurídicas distintas
(União Federal e Autarquia Federal, por exemplo), mas apenas um controle finalístico da controlada.
Por isso, quando cabível recurso da pessoa controlada para a controladora, o mesmo é chamado de
recurso hierárquico impróprio.
Conforme salienta Hely Lopes Meirelles: “A fiscalização hierárquica é exercida pelos órgãos superiores
sobre os inferiores da mesma da mesma Administração, visando ordenar, coordenar, orientar e corrigir
suas atividades e agentes. É inerente ao poder hierárquico, em que se baseia a organização
administrativa, e, por isso mesmo, há de estar presente em todos os órgãos do Executivo”.
O órgão superior analisa a forma de elaboração de atos administrativos, todos os aspectos pertinentes
a legalidade, além de avaliar o mérito administrativo. Analisa a observância a regulamentos próprios como
estatutos ou regimentos internos da entidade, com uma maior precisão por ser integrante do mesmo
sistema de regulação.
- Segregação de Funções
Entende-se que um sistema de controle adequado é aquele que elimina a possibilidade de
dissimulação de erros ou irregularidades. Deste modo, os procedimentos destinados a detectar
determinados erros ou irregularidades, devem ser executados por pessoas que não estejam em posição
de praticá-los, isto é, deve haver uma adequada segregação de funções.
Assim, o sistema de controle interno, deve prever segregação entre as funções de aprovação de
operações, execução e controle das mesmas, de modo que nenhuma pessoa possa ter completa
autoridade sobre uma parcela significativa de qualquer transação.
Controle Externo36
Essa fiscalização se dará por uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados,
constituída para, nos termos do artigo 166, § 1º, da Constituição, examinar e emitir pareceres:
- Sobre os projetos das leis orçamentárias e as contas apresentadas pelo Presidente da República e,
também;
- Acerca dos planos e programas previstos na Constituição, com acompanhamento e fiscalização das
gestões orçamentárias respectivas.
No exercício de suas atividades, essa Comissão poderá verificar indícios de despesas não autorizadas
e, diante disso, de acordo com o artigo 72, caput, da Constituição, poderá solicitar esclarecimentos à
autoridade responsável.
01. (TJ/DFT - Juiz - CESPE) No que se refere ao tema controle interno e externo e seus respectivos
órgãos estatais, assinale a opção correta.
(A) Qualquer cidadão ou sindicato é parte legítima para denunciar irregularidades ou ilicitudes ao
tribunal de contas.
(B) O controle da atividade administrativa exercido pelo CNJ sujeita todos os órgãos do Poder
Judiciário Nacional.
(C) O TCU, mediante controle externo que lhe cabe por competência exclusiva, exerce a fiscalização
da atividade contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União.
(D) Nos processos perante o TCU, em que há apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadoria, é prescindível assegurar-se o contraditório e a ampla defesa, a despeito do decurso de
qualquer lapso temporal.
(E) No que tange ao controle interno da administração, é lícito condicionar a admissibilidade de recurso
administrativo a prévio depósito.
02. (TCM/RJ - Procurador da Procuradoria Especial - FCC) Sobre os Controles Externo e Interno
no Brasil, tem-se que
(A) o Tribunal de Contas da União e o Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro são
integrados, respectivamente, por 7 e 9 Conselheiros.
(B) não abrangem a aplicação de subvenções ao terceiro setor, tendo em vista o caráter social desse
tipo de repasse.
(C) os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem manter um sistema de controle interno
integrado.
(D) o exercício do controle das operações de crédito compete ao Controle Externo, mas não ao
Controle Interno.
(E) sua área de atuação se limita às pessoas físicas e jurídicas públicas.
03. (TCE/RN - Conhecimentos Básicos para o Cargo 1 - CESPE) A respeito das entidades
fiscalizadoras superiores e dos sistemas de controle na administração pública brasileira, julgue o item a
seguir.
O Tribunal de Contas da União (TCU) não exerce uma função jurisdicional em relação às contas do
presidente da República, pois aquele não julga pessoas, mas contas, e suas decisões não fazem coisa
julgada, visto que são de cunho administrativo. Na função de órgão auxiliar do Poder Legislativo, o TCU
apenas emite parecer técnico a respeito das contas.
( ) Certo ( ) Errado
04. (TCE/RS - Auditor Público Externo - FCC) No exercício de suas atribuições funcionais, servidores
responsáveis pelo controle interno dos órgãos do Poder Executivo de determinado Município deparam-
se com elementos de que teriam sido repassados a menor, à Câmara dos Vereadores, os percentuais da
receita municipal que lhe são assegurados constitucionalmente para cobertura da despesa do Legislativo
municipal. Nesta situação, considerada a disciplina constitucional da matéria,
05. (TRF/4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - FCC) Determinada entidade da Administração pública
federal mantém, em sua estrutura, órgão de controle interno, com a finalidade, entre outras, de comprovar
a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial da entidade. No exercício de suas atribuições, os integrantes do referido órgão de controle
deparam-se com irregularidade na execução de um contrato específico de prestação de serviços, da qual
é dada ciência ao Tribunal de Contas da União - TCU, que, a seu turno, determina, de imediato, a sustação
da execução contratual. Nesta hipótese, considerada a disciplina constitucional da matéria,
(A) o órgão de controle interno poderia, efetivamente, possuir atribuição de avaliação de atos e
contratos quanto à legalidade e eficiência, conforme expressa previsão constitucional, mas seus
integrantes não possuem legitimidade para dar ciência de eventuais irregularidades ao TCU.
(B) o órgão de controle interno não poderia possuir atribuição de avaliação de atos e contratos quanto
à legalidade e eficiência, por se tratar de critérios restritos ao sistema de controle externo, exercido pelo
Congresso Nacional, com o auxílio do TCU.
(C) os integrantes do órgão de controle interno não poderiam ter dado ciência da irregularidade ao
TCU, dado que somente possuem legitimidade para tanto partido político, associação ou sindicato.
(D) o TCU não poderia ter determinado a sustação da execução contratual, por se tratar de ato de
competência do Congresso Nacional, a quem compete, ademais, solicitar, de imediato, ao Poder
Executivo as medidas cabíveis.
(E) os integrantes do órgão de controle interno deveriam, efetivamente, ter dado ciência da
irregularidade ao TCU, sob pena de responsabilidade solidária, possuindo, de fato, o TCU competência
para determinar de imediato a sustação da execução contratual.
06. (PC/TO - Delegado de Polícia - Aroeira) O controle exercido pelo Ministério Público sobre a polícia
é do tipo:
(A) hierárquico.
(B) interno.
(C) finalístico.
(D) externo.
07. (CGE/MA - Auditor - FGV) Assinale a alternativa que apresenta uma finalidade do controle interno.
(A) Planejar o cumprimento das metas estabelecidas no plano plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos do Estado.
(B) Estabelecer a legalidade e cumprir os resultados quanto à eficácia e à eficiência da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial, nos órgãos e entidades da administração estadual, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
(C) Executar ações para obtenção das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos
e haveres do Estado.
(D) Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
(E) Emitir parecer prévio sobre as prestações de contas consolidadas da gestão.
08. (TJ/MT - Juiz - FMPRS) Com relação ao controle da Administração Pública, assinale a opção
correta.
09. (SEFAZ/ES - Auditor Fiscal da Receita Estadual - CESPE) O controle exercido por determinado
órgão público sobre os seus departamentos denomina-se controle.
(A) interno.
(B) de legalidade.
(C) externo.
(D) concomitante.
(E) provocado.
11. (TCU - Auditor Federal de Controle Externo - CESPE) O controle externo da administração
pública é função concorrente dos Poderes Judiciário e Legislativo. Na esfera federal, esse controle é
exercido privativamente pelo Senado Federal, auxiliado pelo TCU.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito
01.A / 02.C / 03.Certo / 04.B / 05.D / 06.D / 07.D / 08.B / 09.A / 10.Certo / 11.Errado
Comentários
01. Resposta: A
Constituição Federal
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
( )
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
02. Resposta: C
Constituição Federal
Art. 74, Constituição Federal. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de ( )
CF, art. 71, I. [...] apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento
05. Resposta: D
As atribuições do Tribunal de Contas da União estão descritas no artigo 71 da Constituição Federal,
sendo que a competência de sustação imediata de contrato não está prevista no rol, cabendo, no máximo,
como se extrai do inciso X, “sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a
decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal”. Cabe ao Congresso Nacional, nos termos do
artigo 49, V, CF: “sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou
dos limites de delegação legislativa”.
06. Resposta: D
Complementando as explicações dos nobres colegas, a resposta da referida questão pode ser extraída
do artigo 129, VII da CF, vejamos:
Art. 129- São funções institucionais do Ministério Público:
[...]
VII- Exercer o controle EXTERNO da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no
artigo anterior;
07. Resposta: D
Conforme dita a Constituição Federal de 1.988:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
a) Fiscalizar o cumprimento, e não planejar.
c) Exerce o controle, e não executa as ações.
08. Resposta: B
A Administração Pública sujeita-se a controle por parte do Poder Legislativo e Poder Judiciário,
podendo exercer o controle sobre os próprios atos o qual é denominado controle interno, realizado no
exercício de suas funções.
09. Resposta: A
Conforme leciona Alexandre Mazza em seu livro "Manual de Direito Administrativo - Completo Para
Concursos- 4ª Ed. 2014", o controle administrativo quanto à extensão, pode ser dividido em controle
externo e controle interno, senão vejamos:
a) controle interno: realizado por um Poder sobre seus próprios órgãos e agentes. Exemplo: controle
exercido pelas chefias sobre seus subordinados;
b) controle externo: quando o órgão fiscalizador se situa fora do âmbito do Poder controlado. Exemplo:
anulação judicial de ato da Administração.
As Normas foram renumeradas, de acordo com a Resolução do CFC nº. 1.329/11, para se ajustarem
a nova estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) na forma aprovada pela Resolução
CFC nº. 1.328/11. As Normas cuja numeração ainda obedecem a Resolução CFC nº. 751/93 (NBC P ou
NBC T), serão revisadas e reeditadas adotando-se a nova estrutura de numeração das NBCs.
Normas Profissionais
NBC PP – do Perito
NBC Resolução CFC Nome da Norma
NBC PP 01 DOU 19/03/15 Perito Contábil
NBC PP 02 DOU 28/10/16 Exame de Qualificação Técnica para Perito Contábil
38
http://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/
39
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/normascontabilidade.htm
Nova Resolução
Nome do Comunicado IFAC IBRACON
Numeração CFC
Emissão do Relatório do Auditor Independente
DOU CT 04/10
CTA 02 sobre Demonstrações Contábeis Individuais e não há
09/03/15 (R2)
Consolidadas
Emissão do Relatório do Auditor Independente
sobre Demonstrações Contábeis Individuais e
CTA 03 1.321/11 Consolidadas de Instituições Financeiras e não há CT 05/10
Demais Instituições Autorizadas a Funcionar pelo
Banco Central do Brasil (BCB)
Emissão do Relatório do Auditor Independente
sobre Demonstrações Contábeis Individuais e
CTA 04 1.322/11 não há CT 06/10
Consolidadas de Entidades Supervisionadas pela
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)
Emissão do Relatório do Auditor Independente
CTA 05 1.331/11 sobre Demonstrações Contábeis de Fundos de não há CT 01/11
Investimento
Emissão do Relatório do Auditor Independente
sobre Demonstrações Contábeis de Companhias
CTA 06 1.332/11 não há CT 02/11
Abertas, conforme facultado pela Deliberação
CVM n.º 656/11
Emissão do Relatório do Auditor Independente
CTA 07 1.333/11 não há CT 03/11
sobre Demonstrações Contábeis Individuais e
NBC TP – de Perícia
NBC Resolução CFC Nome da Norma
NBC TP 01 DOU 19/03/15 Perícia Contábil
Nível 1
ISSAI 1 - Declaração de Lima
40
https://portal.tcu.gov.br/fiscalizacao-e-controle/auditoria/normas-internacionais/
Nível 3
ISSAI 100 - Princípios Fundamentais de Auditoria do Setor Público
ISSAI 200 - Princípios Fundamentais de Auditoria Financeira
ISSAI 300 - Princípios Fundamentais de Auditoria Operacional
ISSAI 400 - Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
Nível 4
ISSAI 3000 - Norma para Auditoria Operacional
ISSAI 3100 - Orientações sobre Conceitos Centrais para Auditoria Operacional
ISSAI 4000 - Norma para Auditoria de Conformidade