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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS

CURSO DE QUÍMICA

EDNA FRANCISCO MUMBEZO

ERCÍLIO HENRIQUES MARTINS

ESTEVES SALINGO ESTEVES

TEMA:

AUDITORIA SIMULADA

Beira

2021
EDNA FRANCISCO MUMBEZO

ERCÍLIO HENRIQUES MARTINS

ESTEVES SALINGO ESTEVES

TEMA:

AUDITORIA SIMULADA

Projecto de pesquisa apresentado ao


curso de Química em Faculdade de
Ciências e Tecnologias, como requisito
para a obtenção do título de licenciatura
em ensino de Química.

Orientador: Msc. Diamantino Assane

Beira

2021
Sumário

Introdução........................................................................................................................................4

1.1. Definição da auditoria interna..................................................................................................5

1.2. Processo de auditoria................................................................................................................6

1.2.1. Planejamento de auditoria..................................................................................................6

1.2.2. Cronograma da auditoria....................................................................................................7

1.2.3. Comunicação aos funcionários..........................................................................................8

1.2.4. Padronização dos procedimentos.......................................................................................9

1.2.5. Realização de simulações e testes......................................................................................9

1.3. Fazer uma lista de controlo (checklist)...................................................................................10

1.4. Controle de relatórios.............................................................................................................10

1.5. Formalização dos processos...................................................................................................10

1.6. Escolha entre auditoria interna ou externa..............................................................................10

1.7. Conclusão...............................................................................................................................12

1.8. Referências bibliográficas......................................................................................................13


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Introdução
A preparação para auditoria é uma das etapas necessárias para receber a certificação, que
é reconhecida mundialmente e capaz de identificar as organizações que adoptam as melhores
práticas de gestão de pessoas. Assim, ela tem um papel social ao avaliar o desempenho das
políticas, previne situações erradas de conduta de servidores, subtracção ou má gerência dos
activos governamentais.

A auditoria deve estar presente em qualquer companhia porque com ela os gestores
garantem que os processos são desempenhados correctamente, de maneira optimizada e em
conformidade com a legislação. Logo, é preciso estar sempre preparado para essa avaliação.

A auditoria surge desde a época romana, ligada à contabilidade com o objectivo de dar
credibilidade ao trabalho contabilístico, era vista como uma forma de controlo dos oficiais aos
quais eram confiados dinheiros públicos. Nesta altura a indústria era baseada em pequenos
negócios que eram geridos pelos proprietários, não havendo necessidade de auditoria (Almeida,
2014).
Uma auditoria é uma revisão das demonstrações financeiras, sistema financeiro, registos,
transacções e operações de uma entidade ou de um projecto, efectuada por contadores, com a
finalidade de assegurar a fidelidade dos registos e proporcionar credibilidade às demonstrações
financeiras e outros relatórios da administração.
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1.1. Definição da auditoria interna

Etimologicamente a palavra “auditoria” tem a sua origem no verbo latino audire, que
significa “ouvir”, e que conduziu à criação da palavra “auditor” (do latim auditore) como sendo
aquele que houve. Isto pelo fato de nos primórdios da auditoria os auditores tirarem as suas
conclusões fundamentadamente com base nas informações verbais que lhes eram transmitidas.

Actualmente, atribuiu-se à auditoria, um conjunto mais abrangente de importantes


funções, envolvendo todo o organismo da entidade e dos seus órgãos de gestão, com a finalidade
de efectuar críticas e emitir opiniões sobre a situação económico-financeira e sobre os resultados
de ambos. Ressalte-se que a auditoria também tem o objectivo de identificar deficiências no
sistema de controlo interno e no sistema financeiro, apresentando recomendações para melhorá-
los.

A International Federation of Accountants – IFAC (Federação Internacional de


Contadores) define auditoria como “uma verificação ou exame feito por um auditor dos
documentos de prestação de contas com o objetivo de o habilitar a expressar uma opinião sobre
os referidos documentos de modo a dar aos mesmos a maior credibilidade”.

Já o conceito da International Organization of Supreme Audit Institutions – INTOSAI


(Organização Internacional de Instituições Superiores de Auditoria), que está mais voltado para o
controle das finanças públicas, define como “o exame das operações, actividades e sistemas de
determinada entidade, com vista a verificar se são executados ou funcionam em conformidade
com determinados objectivos, orçamentos, regras e normas”.

Silva (2009, p. 16) define auditoria interna como sendo “um processo de trabalho voltado
para avaliação da rotina administrativa, com base na verificação dos procedimentos
operacionais”, isto é deve-se levar em consideração o conjunto de normas e procedimentos da
entidade, bem como os controles internos criados e implantados por ela, visando certificar a
avaliação do sistema de controlo interno.
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1.2. Processo de auditoria

O Processo de auditoria compreende o conjunto de etapas destinado a examinar a


regularidade e avaliar a eficiência da gestão administrativa e dos resultados alcançados, bem
como apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos e
controlos internos de uma organização. Para atingir esse objectivo, o auditor necessita planejar
adequadamente seu trabalho a fim de avaliar o sistema de controlos internos relacionados com a
matéria auditada e estabelecer a natureza, a extensão e a profundidade dos procedimentos de
auditoria a serem realizados, bem como colher as evidências comprobatórias de suas
constatações para a formação de sua opinião.

O Processo de Auditoria contempla as seguintes etapas:

 Planejamento de auditoria
 Cronograma da auditoria
 Comunicação aos funcionários
 Padronização dos procedimentos
 Realização de simulações e testes

Entretanto, as cinco etapas, assim como os diversos passos incluídos em cada uma delas,
fazem parte de um processo integrado que, na prática, está altamente inter-relacionado, podendo
ser citados como exemplos:

1.2.1. Planejamento de auditoria

Para que a auditoria simulada seja eficaz, é necessário que a auditoria precisa de um bom
planejamento. Definir sua finalidade, o objecto a ser auditado e quais critérios serão utilizados.
Especificar a equipe que realizará esse trabalho e quem será o líder. Determinar as actividades
que serão executadas, os documentos necessários e estabelecer prazos.
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O plano anual deve conter as datas de início, de encerramento e das reuniões de auditoria.
Também deve indicar quais departamentos serão auditados e o prazo para entrega do relatório
final (documento emitido pelo auditor).O grupo director da empresa deve aprovar esse plano. A
partir daí, se programe para que o dia agendado seja dedicado exclusivamente a essa actividade.

1.2.2. Cronograma da auditoria

A organização é indispensável na preparação para auditoria. Por isso, é recomendado


elaborar um cronograma e disponibilizá-lo para todos os envolvidos.

Nele, devem conter informações como: dia e horário da auditoria; actividades que serão
avaliadas, nome dos envolvidos (auditores, responsáveis que podem esclarecer dúvidas) e outros
pontos que sejam pertinentes, conforme cada caso. Os prazos até podem ser flexibilizados, mas o
ideal é que tudo aconteça como foi estipulado no cronograma para não prejudicar a
produtividade e o desempenho geral da empresa.

Os objectivos do planejamento de auditoria podem ser atingidos de modo mais eficiente


quando este planejamento é feito por escrito, ou seja, quando as ideias ou decisões relativas ao
“que fazer”, “como fazer” e “porque fazer”, são convertidas em um documento formal para
direccionar a execução dos trabalhos. Assim, o programa de auditoria constitui-se no objetivo
final do planejamento. É um plano de acção detalhado e se destina, a orientar adequadamente o
trabalho do auditor interno, facultando-se-lhe, ainda, sugerir oportunamente complementações
quando as circunstâncias o recomendarem.

O cronograma de auditoria é uma definição ordenada de objectivos, determinação de


escopo e roteiro de procedimentos detalhados, destinado a orientar a equipe de auditoria;
configura-se na essência operacional do trabalho de auditagem relativamente a uma área
específica da entidade ou a gestão de determinado sistema organizacional e deve estabelecer os
procedimentos para a identificação, análise, avaliação e registo da informação durante a
execução do trabalho.
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O cronograma de auditoria é estruturado de forma padronizada e pode conter:

a) Sistema organizacional a ser auditado;


b) Conceituação;
c) Áreas envolvidas;
d) Período;
e) Objetivos;
f) Cronograma dos trabalhos;
g) Equipe de auditores internos;
h) Custos envolvidos;
i) Tick-marks utilizadas;
j) Procedimentos;
k) Questionário de Avaliação - Controles Internos Administrativos (QACI);
l) Campo para observações dos auditores internos;
m) Conceito dos auditores internos;
n) Orientações gerais.

A utilização criteriosa do programa de auditoria permite à equipe avaliar, em campo, sobre a


conveniência de ampliar os exames (testes de auditoria) quanto à extensão e/ou a profundidade,
caso necessário.

O cronograma visa definir os meios mais económicos, eficientes e oportunos para se atingir
os objectivos da auditoria. Deve ser suficientemente discutido no âmbito da Unidade de
Auditoria Interna e ser aprovado por seu titular ou seu delegado, antes do início do trabalho de
campo.

1.2.3. Comunicação aos funcionários

Após a aprovação do plano, deve avisar-se os colaboradores sobre a data em que a


auditoria será realizada. Eles também devem estar cientes do que poderá ser exigido durante esse
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procedimento. Com uma boa comunicação interna, todos os funcionários se sentirão mais
seguros e cooperativos, o que é fundamental para que a auditoria aconteça com tranquilidade e
ofereça os resultados esperados.

1.2.4. Padronização dos procedimentos

A auditoria tem como objectivo medir e identificar desvios nos padrões estabelecidos.
Portanto, é essencial formalizar os procedimentos internos e actuar com transparência.

Recomenda-se a elaboração de manuais detalhados sobre suas operações e as funções de


cada funcionário. Buscar, ainda, garantir que cada funcionário conheça esses padrões e saiba
distinguir o que deve ou não ser feito em seu trabalho.

1.2.5. Realização de simulações e testes

O auditor poderá aplicar testes para medir processos internos, variando de acordo com as
características de cada área e da empresa como um todo.

Na hora de fazer a preparação para auditoria, é possível efectuar simulações. O objectivo


é observar e corrigir com antecedência alguns aspectos que poderão ser apontados pelo auditor.

Recomenda-se a realização de simulações antes de começar as avaliações, com isso o


auditor poderá avaliar o controlo interno e descobrir se o nível de segurança é o mais indicado
para o empreendimento.

Incube-se a aproveitar das opções de testes e usá-los conforme as características e


exigências de cada sector ou da companhia como todo. Assim, poderá verificar-se os níveis de
riscos, processos e controles internos. Um deles pode ser o teste de observância, substantivos e
análise de cenários distintos. Ressaltando que no de observância, o auditor conferirá se os
processos internos estão dentro da ordem e se equipe cumpre as regras. Já nos de substantivos
buscará provas quanto às negociações para opinar sobre eventos específicos. Na análise de
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cenários distintos considerará as situações diversas durante o teste examinando registos e


documentos para encontrar incoerências internas.

1.3. Fazer uma lista de controlo (checklist)

Caso a organização esteja tentando receber alguma certificação, uma dica é criar um
checklist que ajude a visualizar se o objecto auditado está se enquadrando nos padrões e normas
previamente estabelecidos. Cabe ressaltar que esse documento deve ser elaborado de acordo com
a realidade do negócio ou da empresa.

1.4. Controle de relatórios

De nada adianta concluir as auditorias e não fazer relatórios. Estes servem para que a
companhia saiba onde e como melhorar a partir dos resultados. Portanto, entregue-os, no
máximo, após uma semana. Reúna fatos relevantes que foram observados, sugestões para que a
área melhore e também os comentários do auditado.

1.5. Formalização dos processos

Documentar todas as acções com objectivo de explicar os processos e as


responsabilidades que cada funcionário tem dentro da empresa. Criar uma equipe capacitada para
orientar as dúvidas dos funcionários quanto aos procedimentos a serem feitos no ambiente
laboral. Inclusive, participar de tudo com a equipe e supervisionar o auditor.

1.6. Escolha entre auditoria interna ou externa

Se ficar na dúvida se deve contratar uma auditoria interna ou externa, deve-se analisar em
como decidir pela mais adequada. Por exemplo, uma empresa especializada em auditoria externa
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entregará para sua directoria, relatórios personalizados, seguros e com dados relevantes para
avaliar o que está acontecendo em seu negócio ou empresa.

Já com a auditoria interna, sua companhia deverá treinar uma equipe para que possa actuar
especificamente em seu modelo de empresa. Por esse motivo, pode ser mais interessante investir
na terciarização que terá profissionais mais qualificados para garantir um bom trabalho.
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1.7. Conclusão

Resumindo, a auditoria promove a fiscalização dos processos de uma empresa,


analisando os procedimentos por meio de estudos e testes, sempre considerando se o sistema
averiguado é o que a organização segue na prática.

Diante disso, opina sobre o funcionamento dos controles internos da auditada. Para que a
administração tenha confirmação de que os planos, procedimentos e políticas determinadas pela
companhia são efetivamente seguidas. Sendo assim, os auditores ajudam os gestores a
desempenharem as suas responsabilidades de forma eficaz. Fornecendo análise, avaliações,
recomendações, assessoria e informações relevantes às tarefas que foram verificadas.
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1.8. Referências bibliográficas

Morais, H. H. G. (2009). Apostila de normas e técnicas de auditoria I. Auditoria-Geral do


Estado de Minas Gerais: Disponível em: www.auditoriageral.mg.gov.br. Acesso em 04 de Abril
de 2021.
Silva, M. M. da. (2009). Curso de auditoria governamental: de acordo com as normas
internacionais de auditoria pública aprovadas pela INTOSAI. São Paulo. Atlas
https://www.lascontabilidade.com.br/blog/tipos-de-auditoria/
https://www.top-employers.com/pt/insights/culture/ como fazer a preparação para auditoria
interna e externa na empresa/

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