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introdução ao curso de balanço

egislação: Quais empresas estão obrigadas a adotar o IFRS?

Todas as empresas brasileiras. O IFRS é o conjunto de normas internacionais de


contabilidade, que são emitidas pelo International Accounting Standards Board
(IASB).  No Brasil, foi criado o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), cuja
responsabilidade é a de emitir pronunciamentos com a finalidade de convergir a
contabilidade brasileira aos padrões do IFRS. Ou seja, neste artigo, quando
falamos em IFRS-IASB nos referimos às normas originais emitidas pelo IASB, e
quando falamos em IFRS-CPC nos referimos aos pronunciamentos emitidos pelo
CPC (que são basicamente réplicas das normas emitidas pelo IASB).

No Brasil, a Lei nº 11.638/07 obrigou as companhias abertas e as sociedades de


grande porte (com ativos acima de R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior
a R$ 300 milhões) a seguirem as normas da CVM, as quais passaram a adotar o
IFRS-CPC. As demais empresas sujeitas a órgãos reguladores, tais como Bacen,
CVM, CFC, ANEEL, ANTT, ANS e Susep, também passaram a adotar o IFRS-
CPC.  Portanto, a transição dessas empresas se iniciou desde janeiro de 2008.

A Instrução CVM nº 457/07 havia obrigado as companhias abertas a adotarem


integralmente o IFRS-IASB a partir de 2010.  No entanto, com as alterações
trazidas pela Instrução CVM n° 485/10, essas companhias devem continuar
seguindo o IFRS-CPC até que seja definido de forma contrária no futuro.

Para todas as demais empresas, independentemente do porte e da forma de


tributação, a adoção do IFRS-CPC é obrigatória para fins contábeis. Isso porque
o Conselho Federal de Contabilidade, que regulamenta a profissão de todos os
contabilistas, aprovou integralmente o IFRS-CPC, tornando-a obrigatória para
todas as empresas, sendo que o não cumprimento constitui infração disciplinar,
sujeito a penalidades.

Recentemente o CPC emitiu o Pronunciamento para Pequenas e Médias


Empresas (CPC PME), o qual já foi aprovado pelo CFC, e que se aplica a partir
de 1º de janeiro de 2010. Desta forma a aplicação do CPC PME ou do CPC
pleno, o que for aplicável, é obrigatória para todas as pequenas e médias
empresas no Brasil na preparação de suas demonstrações financeiras a partir
de 2010. Estima se que existam, no Brasil, aproximadamente dois milhões de
empresas que se enquadram no conceito de pequenas e médias.

Fonte: Resolução CFC nº 1.159/09; Resolução CFC nº 1.255/09; Lei nº 11.638/07;


Instrução CVM n° 485/10

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