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Unidade 4 – Orçamentação

Professora: Vanuza , adaptado de Gabriela Ceccon Carlesso Grando


Disciplina: Terraplenagem e Pavimentação
ORÇAMENTO FECHAMENTO DO PROJETO
O orçamento de uma obra é a peça de fechamento do seu projeto,
traduzindo-o em termos econômicos e financeiros. Trata-se de etapa
preparatória indispensável em qualquer contratação pública (BRASIL,
2014).
FINALIDADES
• Aos olhos da administração pública, a estimativa de custo da obra terá
a função inicial de verificar a previsão e suficiência de recursos para a
conclusão do projeto;

• Posteriormente, durante a licitação do empreendimento, o orçamento


terá a função de servir como parâmetro para a análise da
exequibilidade e da economicidade das propostas das licitantes;

• Balizará, ainda, o critério de aceitabilidade dos preços


unitários e globais ofertados no certame (BRASIL, 2014).
FINALIDADES
• Para o particular, por sua vez, o orçamento-base elaborado pela
Administração servirá como referência e como um guia na elaboração
da proposta de preços, constituindo-se como uma das principais peças
do processo licitatório a ser analisada pelo construtor.
Ao formular sua oferta, o empresário deverá se certificar sobre a
adequação dos quantitativos de serviços orçados pela Administração
frente aos quantitativos levantados a partir dos projetos da obra,
apresentando, no caso de apurar divergências, pedidos de
esclarecimento ou de impugnação dos termos do edital. Também
deverá verificar se os valores previstos para a execução dos serviços
são exequíveis e justos, em aderência aos preços praticados no
mercado (BRASIL, 2014).
FINALIDADES
• Celebrado o contrato, a planilha orçamentária terá a função de ser a
principal ferramenta de controle do empreendimento.
 Tanto é utilizada pelas partes contratantes para a verificação da
compatibilidade entre a execução física da obra e as etapas indicadas no
orçamento, como para evitar a ocorrência de antecipações ilegais de
pagamento;
 Também se constituirá no referencial físico e financeiro da contratação, peça-
base para a medição dos serviços pela fiscalização contratual, para o cálculo de
reajustamentos ou para eventuais alterações de escopo do objeto contratado,
a serem celebradas mediante aditamentos contratuais (BRASIL, 2014).
FINALIDADES
• Não menos importante, a planilha orçamentária apresentada pela
empresa contratada igualmente pautará a equação econômico-
financeira do contrato, fixando a relação que as partes estabelecem
inicialmente entre os encargos do contratado e a justa retribuição de
remuneração a ser conservada durante toda a execução do contrato
(BRASIL, 2014).
EM BUSCA DO PREÇO JUSTO
 Um orçamento de referência mal elaborado, com omissões de serviços
ou com preços aviltantes, pode resultar em uma licitação deserta,
devido à falta de interesse das empresas prestadoras de serviço;

Ainda que a obra seja licitada e contratada com erros nos quantitativos,
poderão ser necessários aditamentos contratuais durante a execução do
objeto, de forma a realizar os ajustes necessários para o adimplemento do
contrato (BRASIL, 2014);
EM BUSCA DO PREÇO JUSTO
 No caso de custos subestimados, em outro viés, as empresas licitantes
poderão não suportar os encargos contratuais sem a revisão dos
valores acordados, gerando obras inacabadas ou empresas em difícil
situação econômico-financeira.

 Por outro lado, podem existir superestimativas de custos, seja nos


quantitativos de serviços ou nos respectivos valores unitários,
originando o surgimento de sobrepreço ou de superfaturamento no
contrato, em suas mais variadas formas (BRASIL, 2014).
EM BUSCA DO PREÇO JUSTO

Fonte: Brasil (2014).


PROCESSO DE ORÇAMENTAÇÃO DE OBRAS

Fonte: Brasil (2014).


PROCESSO DE ORÇAMENTAÇÃO DE OBRAS
1. O ciclo de orçamentação de uma obra começa com uma análise
minuciosa dos projetos, em que se busca relacionar e quantificar
todos os serviços necessários.

Esses serviços devem ser agrupados e ordenados seguindo a sequência de execução


da obra. Se o empreendimento for composto por várias etapas, parcelas, trechos ou
edificações, é recomendável produzir um orçamento sintético para cada uma dessas
subdivisões do empreendimento (BRASIL, 2014). (continua...)
PROCESSO DE ORÇAMENTAÇÃO DE OBRAS
1.
Observando que o orçamento é influenciado pelas disposições editalícias e contratuais
(propriedade de vinculação ao contrato), a análise não deve se restringir às peças
técnicas do projeto, sendo necessária a leitura atenta das disposições do contrato (ou
de sua minuta), do edital de licitação e dos respectivos anexos para que os encargos do
contratado sejam adequadamente apropriados no orçamento;

 Com base na relação de serviços levantados, devem ser especificadas as


respectivas unidades de medição e calculados os quantitativos, observando
critério de medição e pagamento estabelecido no caderno de encargos (BRASIL,
2014).
PROCESSO DE ORÇAMENTAÇÃO DE OBRAS
2. Na segunda etapa do processo, são calculados os custos unitários de
cada serviço.
Sugere-se inicialmente apropriar os coeficientes de consumo dos
materiais, equipamentos e mão de obra necessários para execução de
cada serviço, estruturando todas as composições de custo unitário.
Logo em seguida, executa-se a coleta de preços de mercado dos insumos.
O uso de sistemas referenciais de custos, a exemplo do Sicro e do Sinapi, racionaliza o
processo, na medida em que tais sistemas já apresentam composições de custo
padronizadas e fazem a coleta do preço dos insumos junto a fornecedores. Sempre
que necessário, devem ser realizados ajustes nas composições referenciais de custos
para adequá-las ao projeto e às especificações da obra a ser orçada (BRASIL, 2014).
PROCESSO DE ORÇAMENTAÇÃO DE OBRAS

Fonte: BRASIL, 2020.

O uso de sistemas referenciais de custos, a exemplo do Sicro e do Sinapi, racionaliza o


processo, na medida em que tais sistemas já apresentam composições de custo
padronizadas e fazem a coleta do preço dos insumos junto a fornecedores. Sempre
que necessário, devem ser realizados ajustes nas composições referenciais de custos
para adequá-las ao projeto e às especificações da obra a ser orçada (BRASIL, 2014).
PROCESSO DE ORÇAMENTAÇÃO DE OBRAS
3. Finalmente, na terceira e última etapa, é definido o BDI que será
utilizado e obtido o preço final do orçamento (BRASIL, 2014).
REVISÃO – PREÇO DE VENDA
Preço de venda é aquele estabelecido com base nos custos, ao qual o
executor acrescenta as despesas indiretas e as margens beneficiárias que
pretende obter.

Entende-se também que o preço de venda é aquele que remunera a


transferência de domínio do bem. No caso de orçamentos de obras,
consiste no valor total da obra acabada, caracterizado pelo custo total
dos serviços acrescido das respectivas parcelas de Benefícios e Despesas
Indiretas – BDI (BRASIL, 2017).
REVISÃO – BDI

As parcelas que constituem os benefícios e despesas indiretas podem ser


agrupadas analiticamente da seguinte forma:
1. Despesas indiretas;
Administração central, despesas financeiras, seguros e garantias contratuais, riscos.
2. Benefícios;
Lucro.
3. Tributos.
PIS, COFINS, ISSQN, CPRB (BRASIL, 2017).
Referências
BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Manual de
custos de infraestrutura de transportes: Volume 01 – Metodologia e
Conceitos. Brasília, 2017.

BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. SICRO.


Disponível em: https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/planejamento-e-
pesquisa/custos-e-pagamentos/custos-e-pagamentos-dnit/sistemas-de-
custos/sicro. 2020. Acesso em: 27 mai 2021.

BRASIL. Tribunal de Contas da União – TCU. Orientações para Elaboração de


Planilhas Orçamentárias de Obras Públicas. Brasília: TCU, 2014.

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