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Orçamento, Planejamento e Controle de

Obras
AULA: INTRODUÇÃO AO ORÇAMENTO DE OBRAS

Curso: Engenharia Civil

Professor: Flavio Costa


Custo de
Execução
Engenharia de Custos e Elaboração de Orçamentos

A Engenharia de Custos é a especialidade que estabelece métodos e


técnicas para o estudo de custos de uma obra ou empreendimento, a
formação do preço destas intervenções e o controle destes custos durante
a execução.

Conforme definição da American Association of Cost Engineering – AACE, a


Engenharia de Custos por ser definida como a área da prática da
engenharia em que o julgamento e a experiência são utilizados na
aplicação de técnicas e princípios científicos para o problema da estimativa
de custo, controle do custo e lucratividade.

Conceitos Iniciais
1. Definição de orçamento

- É a identificação, descrição, quantificação, análise e valoração de


mão de obra, equipamentos, materiais, custos financeiros e
administrativos, impostos, riscos e margem de lucro desejada
para adequada previsão do preço final de um empreendimento.

- Trata-se de atividade multidisciplinar envolvendo conhecimentos


das áreas de engenharia civil, mecânica, elétrica, química, entre
outras, além de aspectos de economia, finanças e administração.

As aplicações típicas da Engenharia de Custos são:

- Análise econômica ou estudo de viabilidade econômico-


financeiro;
- Previsão de custo de obras;
- Planejamento da fase de construção/implantação;
As aplicações típicas da Engenharia de Custos são:

- Controle dos custos de manutenção e de operação de projetos;


- Acompanhamento dos índices de produtividade na execução e
operação de empreendimentos;
- Acompanhamento da realização dos principais marcos durante a
fase de desenvolvimento e implantação dos projetos, entre outros.
Assim, o orçamento de um projeto:

 Baseia-se na previsão de ocorrência de atividades futuras


logicamente encadeadas e que consomem recursos;
 Acarretam custos, geralmente expressos em termos de uma
unidade monetária padrão;
 Previsão de ocorrências monetárias ao longo do prazo de
execução do projeto.

A obtenção do custo na engenharia serve para:

 estudos de viabilidade econômico-financeiro;


 gestão de resultados;
 desenvolvimento de índices de produtividades, entre outros;
Podemos definir custo como:

 o valor expresso em unidade monetária suficiente para cobrir as


despesas na execução de um determinado projeto

Diferença entre estimativa e formação de preço

• Elaboração de orçamento por estimativas:

 há pouca disponibilidade de tempo para o cálculo dos custos para


a tomada de decisões empresariais;
 pela pouca disponibilidade de dados técnicos relativos ao projeto.
2. Objetivos do orçamento
 Um bom orçamento de obras é essencial para o sucesso de uma
construção. Com o orçamento em mãos você saberá o quanto vai
gastar em cada etapa de sua obra, podendo assim planejá-la com
eficiência;

 A elaboração de um orçamento varia conforme o tipo de obra;

 Cada tipo de obra possui detalhes e características únicas que um


profissional capacitado sabe identificar. Alguns tipos de obras têm
maior incidência de equipamentos, outros de mão de obra.
3. Classificações de orçamentos
 Os orçamentos na construção civil são geralmente
classificados em relação ao tipo de obra que está associado:

• Obras de edificações; Obras de terra;


• Construção pesada; Transporte;
• Montagens e Instalações; Reformas e decoração.

 O orçamento de obras pode variar conforme o local onde a


obra estará sendo construída, período do ano que será
construída, se no período seco ou chuvoso;

 Até mesmo a disponibilidade financeira do construtor interfere


em todo o orçamento, conforme a velocidade da construção.
3. Classificações de orçamentos

Edificaç

Conceitos Iniciais
3. Classificações de orçamentos

Transporte
3. Classificações de orçamentos

Construção
Pesada
4. VANTAGENS DE TER UM BOM ORÇAMENTO DE OBRAS

Planejar a Obra

 Com um orçamento executivo em mãos é possível planeja a obra


com eficiência e definir a disponibilidade financeira necessária
para cada período da obra.

 Além disso, é possível planejar a


quantidade necessária de mão de
obra e equipamentos em cada
fase. Quando não existe um
orçamento é impossível que o
construtor faça um bom
planejamento da obra.

Conceitos Iniciais
4. VANTAGENS DE TER UM BOM ORÇAMENTO DE OBRAS
Reduzir Custos

 Com uma obra bem planejada é possível reduzir custos importantes.


Conciliar serviços que dependem dos mesmos equipamentos;

 Dimensionar adequadamente
as equipes de trabalho e
comprar insumos de forma
antecipada são exemplos de
medidas que podem reduzir
consideravelmente os custos
de uma obra.
4. VANTAGENS DE TER UM BOM ORÇAMENTO DE OBRAS

Poder de Negociação
 Com um orçamento bem elaborado o construtor pode realizar
pesquisas de preço de forma antecipada, o que cria a possibilidade
da negociação.

 Compras urgentes e de
última hora sempre são
mais caras, então é mais do
que necessário para o
construtor ganhar tempo
hábil para pesquisar preços
e negociar melhores
vantagens para sua obra.
5. ATRIBUTOS DO ORÇAMENTO

5.1 Aproximação

Todo orçamento é aproximado, baseado em previsões e estimativas. Não


se deve esperar que seja exato, porém, necessita ser preciso.

 Material:
 Perdas e desperdício acima do previsto;
 Reaproveitamento: previsão não concretizada (fôrmas, etc.)
 Equipamento:
 Custo horário: vida útil, manutenção, etc.;
 Produtividade pode variar;
 Custos Indiretos:
 Pessoal: salários e encargos sociais das equipes técnicas;
 Despesas gerais: contas de água, luz, telefone, etc.
 Imprevistos: fenômenos naturais, alterações de mercado, etc.
5. ATRIBUTOS DO ORÇAMENTO

5.2 Especificidade

Todo orçamento é específico e decorrente de características


particulares como o porte da empresa apta a realizar a obra e as
condições locais (clima, relevo, vegetação, condições do solo,
qualidade da mão de obra, facilidade de acesso a matéria-prima, etc.

 Necessidade de adaptação do orçamento à obra e a sua localização


(mesmo para obras iguais);
 Característica da empresa (quantidade de cargos, padrão de
canteiro, terceirização de serviços, etc.);
 Projetos (fôrmas, etc.);
 Condições locais (clima, lençol freático, tipo de solo, facilidade de
acesso aos materiais, etc.).
5. ATRIBUTOS DO ORÇAMENTO

5.3 Temporalidade

 Flutuação no custo dos insumos;


 Evolução de métodos construtivos;
 Mudanças nos cenários financeiros e gerenciais.
6. GRAUS OU TIPOS DE ORÇAMENTO

6.1 Avaliações

 A avaliação é o primeiro serviço realizado para verificar a


viabilidade de um empreendimento. É aceitável para a avaliação
uma margem de erro que varia de 20 a 30%.
 Para a elaboração de uma avaliação são necessários:

i. Área de construção;
ii. Padrão de acabamento;
iii. Custo Unitário Básico.
iv. obra.
6.2 Estimativa

 A estimativa é o próximo passo. É realizada quando já se tem


ideia de como será a obra. É aceitável para a estimativa de preço
de uma obra uma margem de erro que varia de 15 a 20%.

 Para a elaboração de uma estimativa são necessários:

i. Anteprojeto;
ii. Preços unitários de serviços de referência;
iii. Índices físicos e financeiros de obras semelhantes.
6.3 Orçamento Expedito

 O orçamento expedito é realizado quando já existe um projeto


arquitetônico executivo da edificação e boa parte dos serviços já
estão especificados. É aceitável para a avaliação uma margem de
erro que varia de 10 a 15%.

 Para a elaboração de um orçamento expedito são necessários :

i. Projeto Executivo;
ii. Especificações definidas;
iii. Composições de preços de serviços genéricos;
iv. Preços de insumos de referência semelhantes.
6.4 Orçamento Detalhado

 O orçamento detalhado é elaborado quanto todos os projetos executivos


estão finalizados, além disso todas as especificações e serviços também
estão definidas. É aceitável para um orçamento detalhado uma margem
de erro que varia de 5 a 10%.

 Para a elaboração de um orçamento detalhado são necessários:

i. Projeto Executivo;
ii. Projetos complementares;
iii. Especificações precisas;
iv. Composições de preços e serviços específicos;
v. Preços de insumos de acordo com cada serviço .
6.5 Orçamento Analítico

 O orçamento analítico só é possível de ser realizado quando o


planejamento da obra está definido, é o orçamento mais rigoroso e
próximo da realidade. É aceitável para um orçamento analítico uma
margem de erro que varia de 1 a 5%.
• Orçamento analítico é uma das formas mais eficazes de estimar os
custos da obra.
• Ele deve ser feito com base nas composições de custos unitários
para os serviços de cada etapa da obra a ser feita, e deve ser levado
em consideração todos os insumos necessários à execução.
6.5 Orçamento Analítico

 Para a elaboração de um orçamento analítico são necessários:

i. Projeto Executivo;
ii. Projetos complementares;
iii. Especificações precisas;
iv. Composições de preços e serviços específicos;
v. Preços de insumos de acordo com cada serviço;
vi. Planejamento da obra.
6.5 - Elaboração do Orçamento Analítico
Projeto
Executivo e
Especificações
Técnicas

Preço Atividades
de e serviços
Venda (EAP)

Orçamento
Analítico

Cálculo Custo
de BDI Direto

Custo
Indireto
7. CLASSIFICAÇÃO DO ORÇAMENTO PELA
APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES

7.1 Sintético

Apresenta os custos de uma obra agrupando serviços por macro itens


ou por etapas(infraestrutura, superestrutura, vedações, canteiro, etc.).

7.2 Analítico

Apresenta visão detalhada de macro itens ou etapas ao detalhar


quantitativos e custos unitários de cada serviço a ser executado, além
das parcelas referentes aos custos indiretos.
8 - ETAPAS DO ORÇAMENTO

I. Leitura e interpretação do projeto

 Plantas baixas – arquitetura, fôrma, instalações, etc.;


 Cortes;
 Vistas;
 Perspectivas;
 Notas esclarecedoras;
 Detalhes em escala para melhor observações;
 Diagramas;
 Gráficos – perfil de sondagem, curvas corte-volume;
 Tabelas – topografia, curvas granulométricas, etc;
 Quadros – ferragem, cabos, etc.
8 - ETAPAS DO ORÇAMENTO

II. Leitura e interpretação das especificações técnicas

 Descrição qualitativa dos materiais – pisos, tintas, esquadrias;


 Padrões de acabamento;
 Tolerâncias dimensionais de elementos estruturais, tubulações, ...
 Critérios de aceitação de materiais;
 Tipos e quantidades de ensaios;
 Critérios de desempenho exigidos – concreto, etc
8 - ETAPAS DO ORÇAMENTO

III. Leitura e interpretação do Edital ou contrato

 Prazo da obra;
 Datas-marco contratuais;
 Penalidade por atraso no cumprimento de prazo ou bônus por
antecipações;
 Regimento de preço (unitário, global, por administração);
 Limitação de horários de trabalho;
 Critérios de participação em licitações (consórcio, etc.);
 Habilidade técnica requerida;
 Seguros exigidos;
 Facilidades disponibilizadas pelo contratante.
8 - ETAPAS DO ORÇAMENTO

IV. Visita técnica

 Retirar dúvidas importantes no local;


 Registro fotográfico;
 Análise de vizinhança;
 Áreas para canteiro e depósitos;
 Recebimento e saída de material.

Etapas do orçamento
9 – FASES DO PROJETO

a) Concepção

 Definição do escopo do empreendimento, tamanho da planta a ser


desenvolvida e conhecimento das principais variáveis a influir na sua
realização;

b) Consolidação

 Definição do escopo do empreendimento, tamanho da planta a


ser desenvolvida e conhecimento das principais variáveis a
influir na sua realização;

Projeto de Engenharia
9 – FASES DO PROJETO

c) Fase de Desenvolvimento

 Após definido o projeto básico, é possível desenvolver os demais


projetos e especificações, o que permite instruir o processo de
construção e fornecimento de equipamentos;

Projeto de Engenharia
Custos (Direto e Indireto) e Lucro = Preço de Venda
Custo Direto Custo Indireto + Lucro

Custo
Projeto Preço de
Direto
Venda
Orçamento = Custos e Lucro – Preço de Venda
Custo Direto Custo Indireto + Lucro (BDI)

Índice de Dimensão
Produtividade do Projeto Riscos,etc. Lucro

Custo Preço de
Projeto
Direto Venda

Encargos Custo dos Adm. Central /


Legislação
Trabalhistas/ Insumos Riscos / Encargos
Licitação
Tributária
Financeiros
10. CLASSIFICAÇÃO DO ORÇAMENTO PELA
APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES

10.1 Sintético

Apresenta os custos de uma obra agrupando serviços por macro itens


ou por etapas(infraestrutura, superestrutura, vedações, canteiro, etc.).

10.2 Analítico

Apresenta visão detalhada de macro itens ou etapas ao detalhar


quantitativos e custos unitários de cada serviço a ser executado, além
das parcelas referentes aos custos indiretos.
Custos Diretos

Direto
• Custos Projeto
Indireto
 Custos Diretos

 Representam as despesas na fabricação dos


produtos e serviços
 Formado pelos insumos da construção
 Utilizados diretamente na produção de cada
serviço
 Incorporados ao produto
Custos Diretos
 Insumos da engenharia:

 Mão-de-obra:
 Gastos em salários e encargos sociais;
 Materiais:
 Matéria-prima para execução dos produtos e
serviços
 Equipamentos e Ferramentas:
 Gastos na execução de serviços
Custos Diretos

 Mão-de-obra e Encargos Sociais:

 Adotar custo de M.O. a partir de:


 Salários de mercado;
 Tabela de sindicados;
 Pesquisa de mercado;
 Demais formas de aferição.

 Necessário ao setor de orçamento:


 Acompanhar alterações salariais oficiais;
 Dispor de tabela de m.o. atualizada;
Custos Diretos
 Encargos Sociais:
 Todos os impostos incidentes sobre a folha de
pagamento de salários;

 Categorias e características de contratação:


 Mensalistas: incorporam alguns itens de custo
(176 horas trabalhadas);
 Horistas: não existe encargo embutido no salário
hora (220 horas trabalhadas);
 Encargos sobre hora normal: função das horas
trabalhadas;
 Encargos sobre salário mensal: independe das
horas.
Custos Diretos

 Encargos calculados em três grupos:

 Grupos:
 A – considerados básicos, incidindo diretamente
na folha;
 B – considerados os direitos a recebimento de
salários em dias de trabalho (onerados pelo A);
 C – pagos diretamente aos empregados (sem
oneração do A);
 Mensalistas – 126,68 (Pini)
 Horistas – 76,27 (Pini)
Custos Diretos

 CPU – Composição de Preços Unitários:

 Características:
 Representação do custo dos serviços;
 Reunião dos insumos;
 Apresenta índice de consumo por unidade de
serviço;
 Apresenta custo unitário dos insumos;
 Valor unitário para a execução da unidade de
serviço;
Custos Diretos
 Campos de preenchimento da CPU

 Descrição do serviço: especificação detalhada;


 Descrição dos insumos: relação insumos que
compõe o serviço;
 Unidade do serviço: estabelece unidade de
medição;
 Código: classificação dos insumos;
 Quantidade dos insumos: índice de produtividade
dos insumos;
 Preço unitário: preço unitário dos insumos.
Tempos Produtivos, Improdutivos e Ociosos
Arvore de Necessidades – Característica de execução
do serviço
Arvore de Necessidades – Característica de execução
do serviço
Caderno Técnicos para Elaboração das Composições
Características
das
Composições e
condições de
execução em
obra
Características
das
Composições e
condições de
execução em
obra
Classificação das Composições
Classificação das Composições
Classificação das Composições
Classificação das Composições
Classificação das Composições
Classificação das Composições
Classificação das Composições
Classificação das Composições
Classificação das Composições
Classificação das Composições
Classificação das Composições
Classificação das Composições
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
 Taxa BDI (%)
 Margem de acréscimo sobre o custo direto;
 Σ serviços planilha orçamentária – deve-se
calcular % acréscimo;
 Cálculo da taxa de BDI é uma atividade técnica;

Identificar itens explicitamente


• Taxa de orçados – custo direto

BDI
Identificar itens não
Orçamento mensionados no orçamento
Nos orçamentos, dois componentes determinam o preço final de um
serviço: os custos diretos e o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas):

•Custos diretos são aqueles que ocorrem especificamente por causa


da execução do serviço objeto do orçamento em análise. Portanto,
todos os insumos incluídos em uma composição de custo unitário de
serviço são considerados custos diretos;

•Custos indiretos são os que não são incorporados ao produto final,


mas contribuem para a formação do custo total:

– Administração Central da Empresa


– Custo financeiro do contrato
– Seguros
– Garantia
– Tributos sobre a Receita
Como calcular o BDI na Construção Civil
Existem várias formas de calcular BDI na Construção Civil, abaixo está
a fórmula sugerida pelo Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos –
IBEC, com base em consenso internacional, para calcular o BDI de
serviços para uma empresa contratante. A fórmula para uma empresa
contratada é a mesma, apenas sem levar em conta a Margem de
Incerteza ou MI.

BDI ={ [ ( 1+ AC + CF + S + MI ) / ( 1 – TM – TE – TF – MBC – G )
] – 1} x 100
Sendo:

AC – Administração central:

É o rateio do custo da sede entre as obras da Construtora. Varia de 7% a


15% (empresas com grande faturamento anual) e de 10% a 20%
(empresas com pequeno faturamento anual)
Como calcular o BDI na Construção Civil
CF – Custo Financeiro:
Caberá, principalmente em razão das condições de medição e pagamento
preconizadas no contrato, bem como, o programa de desembolso verificar a
necessidade de incluir o custo financeiro.
S – Seguros:
Representa os custos referentes aos seguros previstos no contrato ou não, por
exemplo: performance bond, garantia de execução contra terceiros, etc
G – Garantias:
Refere-se ao custo para cumprir o contrato oferecendo as garantias previstas,
podem ser adotadas diversas formas: a caução, o seguro garantia ou papéis
selecionados.
MI- Margem de Incerteza
Deve ser levada em conta no cálculo do BDI apenas por empresas
contratantes. Visa melhorar eventuais distorções no valor aproximado pelo
cálculo estimado, devido ao seu caráter genérico adotado pelos contratantes.
Geralmente varia de 5% a 10%.
Como calcular o BDI na Construção Civil
TM – Tributos Municipais:
Leva-se em contra tributos municipais como o ISS
TE – Tributos Estaduais:
Leva-se em contra tributos estaduais tais como o ICMS
TF – Tributos Federais:
Leva-se em conta tributos federais tais como PIS, COFINS, IRPJ, CSLL e INSS
MBC – Margem Bruta de Contribuição (ou Lucro Bruto Previsto):
A Margem Bruta de Contribuição é um valor aleatório, próprio de cada empresa ou da
proposta de preços, e é baseado principalmente em função do mercado.

Como usar o BDI no orçamento


O BDI é a ferramenta ideal para fechar o preço final dos serviços
considerando a realidade econômica do momento e os diferenciais da
obra.
Para aplicá-lo no orçamento, utilize a fórmula abaixo:
Preço de venda = custo direto x (1 + BDI/100)
O BDI ajuda as empresas a garantir um bom custo global e a cobrir as
despesas da administração central, custos financeiros, impostos,
garantias, seguros, tributos e a margem de incerteza. Numa outra
definição, o BDI é o rateio do Lucro mais os Custos Indiretos aplicado
aos Custos Diretos e também pode ser admitido pela sigla LCI – Lucro
e Custo Indireto.

O BDI na Construção Civil é muito importante quanto se trata de


licitações. Para entender melhor o papel que o índice tem na empresa
contratante e na contratada, é importante conhecer o Decreto Nº
7.983, de 8 de abril de 2013.
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
 Despesas indiretas e benefícios atuam em cascata;
 Formação técnica preço – f(precisão de cálculo);
 Margem comercial – aceitação do mercado;
 Formação de preço depende correta conceituação
de:
 Custo direto;
 Custos indiretos;
 Bonificação
 Fórmulas de cálculo corretas.
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
 Despesas indiretas:
 Administração local;
 Administração central;
- prazo de execução
 Despesas financeiras;
- fatores administrativos
 Despesas tributárias;
 Despesas comerciais;
 Contingências.
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
 Administração local:
 Montagem e manutenção de estrutura adm. local;
 Possibilitar a direção e fiscalização técnica;
 Controla serviços e custos;
 Instalação de canteiros;
 Equipamentos administrativos;
 M.O. indireta: gerente, engo, mestre, técnicos, etc;
 Apóio M.O. indireta: medicina e segurança trabalho
 Consumos administrativos: água, energia, telefone;
 Controles tecnológicos: laboratórios, ensaios, etc.
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
 Administração central
 Montagem e manutenção da estrutura da adm. central;
 Compõe:
 Instalações (próprias, locadas, manutenção, etc.);
 Equipamentos (próprios, locados, manutenção, etc.);
 Retiradas pró-labore;
 M.O. indireta (secretárias, equipe administrativa,etc.);
 Apoio a M.O. administrativa (transporte, alimentação,
etc.);
 Serviços terceirizados (contabilidade, jurídica, etc.);
 Consumos administrativos (água, energia, etc.)
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
 Administração central

 Para projetos com fornecimento de material e m.o.,


a Pini sugere:
• 6% (para grandes empresas);
• 14% (para empresas pequenas – garantia qualidade
serviços);
• 10% - taxa média sobre o orçamento de custo direto
de cada projeto.
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
 Despesa financeira
 É a manutenção do capital utilizado no financiamento
da execução do contrato;
 Empresas emprestam dinheiro ao caixa da obra;
 Manter cronograma físico estabelecido em contrato;
 Gastos antecedem receitas – necessidade custo
financiamento – despesa dinanceita precisa ser
embutida no preço;
 Despesa de depósito garantia, retenção de
faturamento – despesas financeiras.
BDI – Bonificaço e Despesas Indiretas
 Despesa financeira – processo de cálculo
Simulação fluxo de caixa do
 Obtenção
despesas contrato
financeiras Previsão de índices
Origem Capital Receb. Faturas (dias) Tx. acréscimo para recuperar
despesas financeiras
Até 5 dias 0,67%
Capital de giro 15 dias 1,17%
próprio
30 dias 1,92%
60 dias 3,46%
Até 5 dias 2,69%
Empréstimo 15 dias 4,7%
bancário
30 dias 7,69%
60 dias 13,68%
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
 Contingências
 Regime empreitada: todos gastos produção por conta do construtor;
 Custo elaborado considerando boas condições de execução;
 Gastos adicionais surgem:
 Incertezas;
 Riscos;
 Necessário considerar impactos de incertezas e riscos em relação ao
preço calculado.
 Incertezas:
 F(economia, capacitação técnica, administrativa e financeira da
empresa e contratante, etc.);
 Riscos:
 F(produção de serviços, técnica construtiva, planejamento e
orçamento, controle de custo, prazo, qualidade do canteiro, etc).
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
 Contingências
 Incertezas de força maior – via jurídica;
 Riscos previsíveis (épocas de chuva, baixa produtividade esperada
pelos operários, etc.) – inclusos no custo direto ou indireto;
 Contingências:
 Provisão de recursos inserido nos preços para fazer frente aos riscos
contratuais
 Seguros: prevenção de riscos
 Riscos:
 Problemas no subsolo, ambientais, projetos, material de construção,
equipamentos, m.o., roubos de bens e serviços, etc.);
 Analise de risco é uma atividade complexa.
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
 Contingências
 Taxas de contingências sugeridas - Pini

Contrato de empreitada por preço unitário


Para obras simples e construtor experientes 0,50%
Para obras normais e construtor experiente 1,50%
Para obras complexas e construtor experiente 3,00%
Contratos de empreitada por preço global
Para obras simples e construtor experientes 1,00%
Para obras normais e construtor experiente 2,50%
Para obras complexas e construtor experiente 5,00%
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
 Despesa Tributária
 Recolhimento de impostos definidos na legislação tributária do país;

IE (%) = Confins (%) + PIS (%) + IR (%) + CS (%) + ISS (%)

 Confins (%) – contribuição para o fundo de investimento social: 3,00% do


preço ou receita bruta;
 PIS (%) – Plano de integração social: 0,65% do preço ou receita bruta;
 IR(%) – imposto de renda da pessoa jurídica presumido ou estimado sobre
a receita bruta: 1,2%;
 CS (%) – contribuição social sobre o lucro presumido ou estimado: 1,80%
sobre preço ou receita bruta;
 ISS (%) – imposto sobre serviços que incide sobre a receita global ou sobre
a receita da m.o. em alíquotas diferenciadas para cada município.
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
 Despesa Comercial
 Gastos de divulgação no mercado;
 Contratação de novas obras;
 Tipos:
 Anúncios, mala direta, propostas, aquisição de editais,
vistorias técnicas, representação comercial, etc.
 Taxa de despesa comercial é a proporção entre:
 Verba annual para a representação da empresa;
 Projeção do seu faturamento anual.
 Sugestão de txs. de despesas comerciais - Pini

Verbas para construtoras pequenas e novas 1,5%


Verbas normal para construtoras de porte médio 0,90%
Verbas para construtoras grande e conhecidas 0,50%
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
 Benefício do construtor – B (%)
 Benefício: recompensa final pela prestação de seus serviços;
 A taxa de benefício, B (%), é prevista através de uma
margem de acréscimo no momento da formação de preço;
 Provisão da qual será retirado o lucro do construtor, após o
pagamento do ônus gerado pelas incertezas, na conclusão
da obra;
 Fator B (%) – f (conjuntura econômica, capacidade técnica,
administrativa e financeira da empresa e da contratante;
 Engloba os seguintes itens:
 Encargos de inflação e juros acima do previsto;
 Variação câmbio;
 Gastos inesperados com imprensa e comunidade;
 Interferências não previstas no serviço público;
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
 Benefício do construtor - B (%)
 Falhas no orçamento;
 Improdutividade da m.o. indireta;
 Problemas de saúde com funcionários importantes;
 Reclamações trabalhistas injustas;
 Desententimento entre sócios;
 Atrasos de pagamento, etc.
 B (%) possui duas conotações importantes:
 Para contratante: garantia da entrega do projeto (visto existir
uma verba que possibilita superação das incertezas e riscos);
 Para o construtor: valor máximo que ele poderá obter de lucro.
 Existem incertezas que podem ser repassadas ao
contratante;
 O B (%) deve considerar apenas as incertezas que se
ocorrerem, devem ser superadas pelo construtor.
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
 Sugestão de adoção de B (%) - Pini

Contatos por empreitada (Lucro líquido)


Para obras de curto prazo e/ou muita concorrência 5,00%
Para obras com prazo e concorrência normais 10,00%
Para obras de longo prazo e pouca concorrência 15,00%
Contratos por administração
Taxa mínima 4,00%
Taxa média 6,00%
Taxa máxima 9,00%
Como calcular o BDI na Construção Civil
Como calcular o BDI na Construção Civil
Como calcular o BDI na Construção Civil
Como calcular o BDI na Construção Civil
Como calcular o BDI na Construção Civil
Como calcular o BDI na Construção Civil

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