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Este livro foi criado a partir de diversas solicitações de alunos nos cursos que ministro sobre gerenciamento de projetos, mais
especificamente na área de elaboração e controle de cronogramas. Assim, tentei retratar todo o conteúdo do curso de
elaboração e controle de cronogramas, utilizando como ferramenta de apoio o software MS-Project.
Com o surgimento nos últimos anos do BIM, a última parte do livro dedica-se a mostrar como elaborar o BIM-4D, a partir do
momento que você dispõe de um modelo 3D e um cronograma.
Embora o mercado editorial esteja repleto de livros sobre gerenciamento de projetos e também para a operação do MS-Project,
alguns com conteúdo muito bom como os de Ricardo Viana Vargas, os alunos sentem falta de algo mais prático e resumido, que
mostre de maneira bem direta como poderemos elaborar bons cronogramas, amparado nas melhores práticas de gerenciamento
de projetos difundido pelo PMI.
O livro poderá ser utilizado como fonte de consulta para assuntos específicos ou também ser lido de forma integral, pois segue
uma lógica de construção de cronograma desde seu início até a fase de controle. Mesma lógica que utilizo nos cursos desta
ferramenta.
Aproveito para agradecer a ajuda de todas as pessoas que colaboraram com ajustes e correções e em especial a Giovanni Maciel
e Adriana Santos
DURANTE A REALIZAÇÃO DOS CURSOS DISPONIBILIZO AOS ALUNOS UMA COLEÇÃO DE VÍDEOS, COMO MATERIAL
COMPLEMENTAR DO MESMO. PARA RECEBER OS VÍDEOS E OUTROS MATÉRIAS COMPLEMENTARES A ESTE LIVRO, ENVIAR
EMAIL PARA LIVROPROJECT@HERONSANTOS.COM.BR
O Microsoft Project é um poderoso programa de gerenciamento de projetos que você pode usar para planejar e controlar o
cronograma de seu projeto.
Este livro tem o objetivo de servir de apoio a utilização do MS-Project e é dirigido aqueles que querem entender e utilizar de
maneira inteligente e produtiva este aplicativo.
O formato deste livro está organizado de maneira que você poderá seguir o passo a passo para criar, editar e controlar um
projeto.
Assim como qualquer outro aplicativo voltado para o gerenciamento de projetos, a utilização do MS-Project só poderá ser
realizada de maneira satisfatória se o usuário tiver conhecimento, pelo menos básico, das melhores práticas de elaboração e
controle de cronogramas de projetos. Sem estes conhecimentos, o MS-Project deixará o usuário operá-lo de maneira totalmente
equivocada e as informações obtidas poderão não ser uteis ao gerente de projetos. Um exemplo de como a falta de
conhecimento das melhores práticas poderá provocar uma operação equivocada do aplicativo, é a tendência que muitos tem em
querer digitar nas colunas de Início e Término e aí, já antecipamos, que caso isto ocorra, estaremos colocando em risco o cálculo
do caminho crítico, umas das informações mais importantes do cronograma.
Para piorar a situação, muitas organizações ainda pensam que tendo a relação de atividades, suas durações e seus
sequenciamentos já se tem um cronograma ou pior, já se conseguiu introduzir o gerenciamento de projetos em seus processos
organizacionais. Durante a apresentação do conteúdo deste livro veremos teorias de gerenciamento de projetos que mostram a
necessidade de termos outros documentos, tais como o histograma de matérias e recursos humanos, para que o cronograma
seja válido e útil ao empreendimento. Sem estes documentos, o cronograma passa a ser somente um desenho do Gráfico de
Gantt sem embasamento prático.
Também escuto algumas pessoas falarem que os cronogramas não servem para muita coisa e que historicamente este
documento não tem agregado muito valor a seus projetos. Antecipo que até concordo com estas colocações, concordo que um
cronograma pode até, de nada vai servir como apoio a execução de um projeto, a partir do momento que este não venha a ser
atualizado sistematicamente, o que ocorre de maneira muito acentuada e acredito que isto se deve ao fato que os livros e cursos
têm um foco relativamente grande no planejamento e relegam a segundo plano os processos de como os documentos do
projeto, em especial o cronograma deve ser atualizado. Quando alguém afirma que, após algum tempo o cronograma elaborado
não serve mais para a execução da obra, eu concordo e, digo mais, chego a afirmar que depois de 1 semana, o cronograma
original (baseline) só deverá ser utilizado para descobrir se o projeto está ou não cumprindo o planejamento inicialmente
pensado, pois obrigatoriamente deveremos ter o que chamamos de cronograma corrente, que seria o cronograma original
atualizado com as ocorrências de execução do projeto. Logo, fica fácil imaginar que os processos de controle do projeto têm que
conduzir para a existência de um novo cronograma (corrente), toda semana. Veremos na parte de controle como conseguir isto
de maneira relativamente simples.
A utilização eficaz do MS Project, ou qualquer outro aplicativo que dê suporte a elaboração e controle de cronogramas, envolve
muito mais do que o simples entendimento de como funciona o programa. Diferentemente de outros softwares, tais como o
Word, o MS-Project está interligado com as disciplinas ou as práticas a que ele vem auxiliar – o Gerenciamento de Projetos- e
em especial às melhores práticas de construção e controle de cronogramas. Portanto, não basta apenas entender como é o
funcionamento desse software, faz-se necessário aliá-lo ao conhecimento das melhores práticas de gestão de projetos, para que
assim ele possa ser operado de maneira correta e as informações dadas por ele, também possam ser entendidas e interpretadas
corretamente.
Um exemplo da importância do conhecimento das melhores práticas preconizadas pelo PMI é o simples fato, como já falamos
anteriormente, de que nunca deveremos digitar nas colunas Início e Término, quando isto ocorre, estaremos colocando em risco
a saúde de nosso cronograma e tornando o mesmo uma simples planilha de dados.
Não serão abordadas aqui todas as técnicas e ferramentas em torno da prática de gerenciamento de projetos nas suas 10 áreas
de competências, pois o MS-Project consegue atuar de maneira satisfatória em apenas 3 delas (Escopo, Tempo e Custo).
Como complemento, aconselho a você leituras complementares sobre as técnicas de gerenciamento de projeto, mesmo não
estando relacionadas a elaboração de cronogramas e utilização do MS-Project.
A organização deste livro traz inicialmente uma apresentação das definições básicas e necessárias para que o programa possa
ser utilizado, e nos capítulos seguintes serão apresentados os diversos processos presentes nos capítulos do gerenciamento do
escopo, tempo e custos do PMBOK e como poderemos utilizar o MS-Project com base nestas melhores práticas. Também serão
apresentadas técnicas presentes em livros complementares ao PMBOK, do próprio PMI ou não.
O que é um Projeto?
Segundo Ricardo Vianna Vargas, projeto pode ser definido como:
“Um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência clara e lógica de eventos, com início, meio
e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros
pré-definidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade. ”
Portanto, todo projeto possui, por definição, algumas características básicas relacionadas. Como por exemplo:
Empreendimento não repetitivo
A palavra projeto, que vem do Latim, que resulta da união de “pro” que significa algo que procede a uma ação e o
verbo “iacere” que significa: levar, arremessar, lançar. Significa então “lançar algo novo”, isto já deixa claro que todo
projeto é criado para produzir algo novo. Logo, as técnicas de Projeto e, consequentemente, o MS-Project não pode, ou
terão dificuldades de serem utilizadas em processos contínuos.
Sequência clara e lógica de eventos
Todo projeto tem uma sequência lógica a ser seguida para que o mesmo venha a ser concluído.
Início e fim bem definidos
Esta definição é clássica de projeto e direciona para que todo ele tenha uma data de início e uma data de término bem
definida, porém hoje sabemos que os projetos voltados para inovação nem sempre tem um fim bem definido e mesmo
assim podemos aplicar técnicas de planejamento e elaborar um cronograma para eles.
Objetivo específico claro, único e bem definido.
Todo projeto tem um objetivo para o qual ele foi elaborado. Não vamos confundir objetivo com escopo, pois são
conceitos diferentes.
Conduzido por pessoas
Todo projeto para ser executado necessita de pessoas trabalhando no mesmo. Assim uma área de grande importância
está relacionada à análise e tratamento dos relacionamentos entre estas pessoas.
Parâmetros pré-definidos de tempo, custo, recursos humanos, qualidade, etc.
A maioria dos projetos sempre está sujeito a limitações de custo, prazo, qualidade, etc. Como exemplo destas
limitações teríamos o caso onde o projeto não poderia custar mais que R$ 1.000.000,00 ou outro caso onde o projeto
deveria terminar no máximo em uma determinada data. Em gerenciamento de projetos, definimos estes parâmetros
como Restrições. Não podemos confundir Restrição com Premissa, pois são conceitos diferentes.
Também podemos afirmar que o foco de um projeto é alcançar objetivos previamente definidos, sendo responsabilidade do
gerente do projeto conduzi-lo na direção da concretização destes objetivos, com base nos parâmetros estabelecidos, como por
exemplo, o tempo, o custo e os recursos; enquanto se mantém dentro de um padrão de qualidade previamente definido.
Onde:
Custo: O projeto deve ser executado de acordo com o orçamento definido.
Escopo: O projeto deve entregar/executar todos os produtos e serviços necessários a entrega do seu produto principal.
De maneira um pouco simplificada poderíamos dizer que escopo é a coleção de todos os produtos e serviços acertados
com o cliente. Existem técnicas para se definir com maior qualidade o escopo do projeto, tais como uma EAP ou
maquete do projeto, que não fazem parte do conteúdo deste livro, porém seu conhecimento é vital para a construção
de bons cronogramas e deveriam ser estudadas de maneira a melhorar a qualidade de nossos cronogramas.
Atualmente por exemplo, as ferramentas de elaboração de projetos, relacionadas ao BIM, tem ganhado um espaço
muito grande no mercado de trabalho, e deveriam ser incorporadas aos processos de gerenciamento de projetos.
Tempo: O projeto deve ser executado no tempo previsto, e aqui vamos gastar um pouco mais de tempo tentando
entender melhor este conceito. Ocorre normalmente uma certa confusão entre os conceitos de tempo e prazo dos
projetos e atividades, então vamos entender melhor a diferença pois não podemos confundir tempo com prazo. Antes
de mais nada, o prazo sempre se refere a uma data acertada, enquanto que o tempo se refere a quantidade de horas
necessárias à execução de uma tarefa. Poderemos ter, por exemplo, uma determinada atividades de 5 dias (40h)
executada em um determinado prazo ou com um prazo maior, e como isto seria possível?
Bem, inicialmente isto seria possível por exemplo devido a diferentes jornadas de trabalho destas tarefas (calendário),
por exemplo:
Elaboração e Controle de Cronogramas de Projetos com Prática em
MS-Project 2013/16 e Introdução ao BIM-4D
A – Temos a Atividade X de 5 dias (40 horas), iniciando na segunda e sendo conduzida em uma jornada de trabalho
de 8 horas diárias, o seu término previsto será na sexta-feira da mesma semana.
B – Temos a Atividade Y também de 5 dias (40 horas), iniciando na segunda e sendo conduzida em uma jornada de
trabalho de 4 horas diárias, logo o seu término previsto será na sexta-feira da semana seguinte.
Uma confusão se formou quando os softwares de gerenciamento de tempo nomearam a coluna de tempo como Duração
e colocaram as unidades como Dias, Semana, Meses. Devemos sempre entender que quando informamos que a
duração de uma determinada tarefa é de 10 Dias, o MS-Project está entendendo que a atividade será realizada em
80horas (Dia = 8Hs), assim se a tarefa estiver atrelada a uma jornada de trabalho de 8hs ela terá um prazo para ser
executada, porém se estiver atrelada a uma jornada de trabalho de 4 horas, o prazo será diferente.
Estes fatores são interdependentes e sujeitos a alterações no decorrer do planejamento e/ou execução do projeto. A gerência
dessas variáveis é feita sob o ponto de vista sistêmico, onde se admite que a modificação do valor de uma delas terá um
impacto previsível em todas as demais. Isto significa que muitas vezes a redução, por exemplo, da variável “tempo” acarretará
em um incremento na variável “custo” ou implicará na alteração de alguma especificação do produto (escopo).
Além disso, qualquer que seja a mudança ocorrida em uma das variáveis, o gerente deve ter um modelo que permita uma
rápida tomada de decisão que corrija a mudança de curso, garantindo a continuidade do processo.
Também é importante lembrar que toda e qualquer modificação no conteúdo das variáveis acima deve ser negociada, em geral,
com o cliente e os fornecedores internos e externos ao projeto.
O Planejamento em Projetos
Em qualquer atividade de uma organização o planejamento deve sempre ser encarado como uma rotina essencial. Entretanto,
em grande parte dos projetos existentes, pouco se planeja, muito se executa e muito, mas muito mesmo, se gasta refazendo
um trabalho que, com um devido planejamento, poderia ter sido evitado.
Costumeiramente, acredita-se que não é preciso dizer que, com um enfoque em projetos para uma organização, é
extremamente necessário um planejamento criterioso de todas as possíveis nuances de um projeto. Normalmente, parte-se do
princípio que todos os participantes de um projeto têm como princípio um claro entendimento de que planejar é essencial. A
realidade é bem distante desta visão.
Em Projetos, Planejar é FUNDAMENTAL!!!
O Controle em Projetos
Se você analisar com cuidado, verá que muito se fala em planejamento. Cursos e treinamentos são constantemente oferecidos
com este escopo e a literatura é farta, porém quando falamos de controle de projetos, encontramos pouca coisa. Estas ações
também devem ser bem pensadas e trabalhadas. Os procedimentos de como o cronograma, por exemplo, será atualizado devem
também ser planejados de forma a garantir uma maior probabilidade de sucesso do projeto.
Uma parte deste livro será destinada a este fim, pois entendo que um bom planejamento pode não ajudar muito na execução
dos projetos, casos estes não venham a ser controlados e atualizados sistematicamente e periodicamente.
Visão Geral:
O MS Project é uma ferramenta automatizada de apoio à Gerência de Projetos, onde é possível planejar e acompanhar as
atividades, recursos e outras variáveis de um projeto. Ele é uma ferramenta pertencente à família Office da Microsoft e,
portanto, utiliza os padrões conhecidos dessa interface com o usuário.
A figura abaixo apresenta esta interface.
Uma boa notícia para quem está iniciando com a operação deste aplicativo é que ele poderia ser pensado como uma planilha
Excel. Ambos os aplicativos trabalham com linhas e colunas e muitos dos seus comandos são similares.
Guias de Menus
O Guia de Menus do MS Project tem as seguintes opções:
1. ARQUIVO: Trata das operações com arquivos.
2. TAREFAS: Cuida das operações ligadas as tarefas.
3. RECURSOS: Cuida das operações ligadas aos Recursos.
4. RELATÓRIOS: Apresenta relatórios pré-prontos para serem utilizados.
5. PROJETO: Cuida das operações ligadas aos projetos.
6. EXIBIÇÃO: Cuida da formatação de textos, tabelas, fontes, etc.
7. FORMATO: Disponibiliza ferramentas para formatação do projeto.
Principais Visões:
Inicialmente, verificamos que o MS Project possui três formatos básicos para exibir as informações. São eles:
Os Gráficos – Que representam graficamente as informações. São gráficos os modos de exibição Gráficos de Gantt,
Gantt de Controle, Diagrama de Rede, Gráfico de Recursos e Calendário.
As Planilhas - Que representam informações em linhas e colunas. Cada linha contém informações sobre uma tarefa ou
recurso individual. Cada coluna contém um campo onde você insere informações específicas sobre tarefas ou recursos.
(As colunas no Microsoft Project são, em geral, chamadas de campos.) Como exemplo de planilhas poderíamos
relacionar; Planilha de Recursos, Uso de cursos, etc.
O Gráfico de Gantt:
Na elaboração e condução de projetos o Gráfico de Gantt ou Gantt de Controle são, sem dúvida, os mais utilizados e as mais
importantes visualizações no MS-Project. Ele é o padrão de visualização quando iniciamos a operação do software.
O modo de exibição Gráfico de Gantt mostra as informações sobre as tarefas relativas ao seu projeto como texto ou como
gráfico de barras.
O Gráfico de Recursos:
O modo de exibição Gráfico de recursos exibe graficamente as informações sobre a alocação, o trabalho ou o custo dos recursos
ao longo do tempo. Você poderá analisar as informações sobre um recurso de cada vez, sobre recursos selecionados ou sobre
um recurso.
O Diagrama de Rede:
O Diagrama de Rede é um modo de visualização que mostra as dependências entre as tarefas do projeto como um gráfico de
fluxo de rede. As tarefas são representadas por caixas ou nós e as dependências de tarefa são representadas por linhas que
conectam as caixas.
Calendários do projeto.
Antes de trabalharmos os calendários no MS-Project, é necessário termos uma consciência do que é um calendário e
principalmente, a sua finalidade. De maneira simplificada podemos dizer que calendário tem a função de nos mostrar em quais
dias devemos trabalhar e em quais outros dias não, e nos dias que devemos trabalhar quantas horas serão de trabalho. Assim
sendo, com relação às tarefas, os calendários determinam como elas serão agendadas, considerando o tempo da sua duração.
Podemos também definir calendário como sendo a nossa jornada de trabalho.
Sempre existirá um calendário associado ao projeto, que por definição inicial dar-se o nome de “Calendário Padrão” (Poderá ser
modificado). Poderemos também associar calendários às atividades ou recursos específicos, e caso isto ocorra deveremos ter o
cuidado de informar qual o calendário a atividade deverá seguir; o associado ao projeto ou o associado a tarefa ou o associado
ao recurso.
O MS-Project já vem configurado com três calendários:
Padrão: Calendário-base que configura uma agenda de 8 horas diárias de trabalho de segunda-feira a sexta-feira, no
horário das 9h às 12h e das 13h às 18h.
24 Horas: Configura uma agenda sem nenhum período de folga.
Turno da Noite: Configura uma agenda de período noturno, de segunda a sábado das 23h às 8h.
Para alterar o calendário padrão ou qualquer outro calendário que venha ser criado, utilizaremos a guia “Exceções”, onde
colocaremos um nome para a exceção, sua data de início e sua data de termino. As exceções vão determinar por exemplo os
dias de feriados ou jornadas de trabalho diferentes para um dia ou intervalo de dias.
Para o registro das exceções devemos dar um nome a ela, informar a data de início da exceção e a data de término, por
exemplo. Logo depois deveremos selecionar a opção de Detalhes.
Em detalhes poderemos:
Determinar se a exceção se refere a uma folga ou período de trabalho (jornada de trabalho diferente do resto do
calendário)
Sendo a mesma relacionada a um período de trabalho, informar quantas horas de trabalho estarão associadas aos dias
de trabalho. Uma preocupação que não devermos ter para a grande maioria de nossos projetos, se refere ao horário de
trabalho a ser registrado. Devemos ter a preocupação de informar quantas horas de trabalho ocorrerão por dia, o
horário de trabalho podemos deixar que seja uma preocupação do departamento de RH, e neste caso poderemos
informar qualquer um, deste que a soma de horas trabalhadas, seja a que estamos querendo registrar.
A periodicidade da exceção, se diariamente afetará a todos os dias do intervalo, se semanalmente poderá ser escolhido
quais os dias da semana, etc.
Intervalo de dias a ser impactado pela exceção, podendo alterar as informações registradas anteriormente na
criação da exceção.
A mudança do calendário de determinada atividade promove alteração dos prazos do cronograma sem, no entanto, modificar o
esforço para sua execução, ou seja, a coluna duração não modifica seus valores.
Uma prática comum de chamarmos um item que não tem detalhamento (subitem) de pacote de trabalho. Um modelo de EAP
tradicional é dado pela Figura 1, que mostra o exemplo da construção de uma casa.
Não existe uma regra definida para construir uma EAP. Duas pessoas diferentes podem construir duas EAP´s diferentes para um
mesmo projeto. A diferença ocorre devido ao critério de decomposição utilizado. Contudo, independente de qual critério de
decomposição utilizado, todos os “trabalhos” constituintes do projeto precisam estar listados no final, representando a totalidade
do escopo, ou seja, a EAP deve conter 100% do trabalho definido no escopo do projeto e ainda, deve capturar todas as entregas
sejam elas internas, externas ou intermediárias. Em todos os níveis da hierarquia essa regra deve ser utilizada de modo que a
soma dos trabalhos em um nível inferior deve se igualar a 100% do trabalho representado pelo nível superior. De maneira
análoga, a EAP não deve conter nenhum trabalho que não esteja no escopo do projeto, ou seja, não pode haver mais de 100%
do trabalho a ser entregue no projeto. Algumas boas práticas para a construção de uma EAP, incluem-se:
O MS-Project não faz distinção entre um produto (pacote de trabalho) e uma atividade. Esta tarefa terá que ser executada pelo
Gerente do Projeto durante a fase de planejamento. Normalmente o último item da EAP, chamada de pacote de trabalho, deverá
ser executado através de diversas atividades.
Para se registrar os itens da EAP no MS-Project, deverá ser fornecida a descrição de cada item na coluna “Nome da Tarefa” e a
sua organização hierárquica deverá ser definida através de recuos para direita/esquerda, cuja ação poderá ser realizada pelos
botões presentes no menu do MS-Project, como mostrado abaixo.
Obs : Note que na figura acima existe um erro conceitual de construção de EAP, que se refere a dois itens terem o mesmo nome. Abaixo este
problema é ajustado.
B – Em formato de texto
Durante muito tempo os orçamentos, principalmente os elaborados em engenharia seguiram uma estrutura chamada EAC
(Estrutura Analítica de Custo). Esta estrutura tem como base não os produtos/serviços a serem entregues e sim o agrupamento
de composições de serviços, como poderíamos verificar no quadro comparativo abaixo. Hoje sabemos que a EAC não pode ser
utilizada para elaboração de cronogramas, pois o cronograma tem como base a estrutura EAP, logo se torna necessário que as
empresas comecem a elaborar seus orçamentos de maneira compatível com a estrutura EAP que será posteriormente detalhada
em atividades. De maneira ideal, deveremos até ter a mesma estrutura nos orçamentos e cronogramas, o que facilitará em
Registrando as atividades
A criação das atividades de um projeto é decorrente da decomposição dos pacotes de trabalho da EAP. Para cada item de menor
nível da EAP, chamado de pacote de trabalho, deve-se relacionar todas as atividades necessárias para executar a sua entrega.
Neste momento ainda não devemos nos preocupar com os recursos necessários à execução das tarefas, nem com o tempo
necessário à sua execução. Estas ações serão trabalhadas posteriormente.
No MS-Project, o registro das atividades é realizado com a inserção de tarefas abaixo de cada item da EAP (pacote de trabalho).
De maneira similar a como registramos a EAP, porem uma regra deverá ser seguida; O nome das tarefas deve sempre iniciar
com um verbo no infinitivo.
Este detalhamento normalmente é feito na elaboração do planejamento de médio prazo, considerando um horizonte de 2 a 3
meses.
Criar um novo calendário com apenas 4 horas de trabalho diárias de segunda a sexta.
Para executarmos isto no MS-Project utilizaremos o recurso de “Latência” presente na guia “Predecessores”, nas propriedades da
tarefa.
O Gráfico de Gantt ou Gantt de Controle permite a visualização temporal e o acompanhamento de tarefas, além de permitir a
visualização rápida do caminho crítico.
Caminho Crítico é o maior caminho para a execução do projeto, ou é a sequência de atividades com folga zero.
A diferença entre Gantt de Controle ou Gráfico de Gantt, é que o primeiro já traz configurada a apresentação do caminho Crítico.
Devemos ter ciência da importância do caminho crítico, encarando estas informações como uma grande fonte de dados para
tomadas de decisão quando o assunto é prazo das atividades/projeto e assim promover uma redução de perdas financeiras. Por
exemplo, quando quisermos antecipar o prazo do projeto, poderemos prever uma jornada de trabalho maior nas atividades,
porém somente para as atividades que estiverem no caminho crítico. Um outro exemplo é quando estamos na fase de execução
e por ventura o projeto se encontrar atrasado, neste caso somente as atividades do caminho crítico deveriam ter atividades
programadas para horas extras.
Uma dica importante para a elaboração de bons cronogramas é não utilizar esta funcionalidade, pois ela pode prejudicar a
cálculo/exibição do caminho crítico do projeto, umas das informações mais importantes do cronograma.
Atividades Recorrentes.
Na decomposição da EAP podem surgir atividades que vão se repetir várias vezes durante a execução do projeto. Um exemplo
deste tipo de atividades são as relacionadas a reuniões de acompanhamento necessárias à entrega dos produtos pré-
programados.
Para registrarmos atividades recorrentes no MS-Project utilizaremos a opção “Tarefa / Tarefa Periódica”
Na segunda situação o tempo da primeira foi reduzido devido ao deslocamento de mais pessoas para a sua execução e então
teríamos a seguinte situação.
Poderá isto realmente ocorrer? Poderá a atividade B iniciar antes da atividade A iniciar? Uma saída para este tipo de problema é
informarmos as antecipações em percentuais.
porém o que o software está entendendo é que depois de decorridos 50% do tempo da tarefa Levantar Muro deveremos
iniciação a tarefa Rebocar Muro, o que não necessariamente significará que estaremos com 50% do muro levantado. Para
resolver este tipo de problema o melhor seria dividirmos as tarefas predecessoras em duas como mostrada a seguir.
Neste exemplo, somos direcionados a informar que a duração total do projeto é de 12,5 dias.
Porem o que significa exatamente esta informação?
1. Poderemos pensar de imediato que se refere a quantidade de dias necessários a execução do projeto, contudo, analisando
o projeto vemos que, da data de início até a data de término, são decorridos 17 dias.
2. Poderemos pensar então que se refere a quantidade de dias úteis necessários a execução do projeto, porém se
modificarmos o calendário do projeto para se trabalhar 12 horas por dias de segunda a sexta e analisando o projeto
veremos que da data de início até a data de término são decorridos 11 dias. Exemplo abaixo.
Como presente na definição de Projetos, para a execução das tarefas definidas, sempre necessitará de recursos, sejam eles
humanos, materiais ou financeiros. Assim temos que fazer o planejamento da utilização destes recursos para todo o projeto.
De maneira direta, podemos afirmar que na verdade toda atividade presente no projeto necessitará de recursos para ser
executada. Exceção se faz as atividades do tipo Marco.
As melhores práticas de gerenciamento de projetos sugerem que as condições consideradas no planejamento do esforço sejam
registradas. Para isto pode-se utilizar o campo “observações” presente nas propriedades das tarefas.
Registrando os Recursos
O MS-Project, na versão 2013, trabalha com três tipos de recursos:
Recursos Trabalho
Referem-se a todos os recursos que tem como base o tempo como fator de custo, tais como mão de obra e
aluguel de equipamentos.
Para este tipo de recurso, o MS-Project pode controlar a sua disponibilidade e, posteriormente, indicar as
superalocações correspondentes.
Pode-se também associar calendários diferentes dos calendários do projeto e da atividade.
Recursos Materiais
Não utilizam hora extra e grupo de trabalho,
Não se pode especificar disponibilidade,
Não utilizam calendários.
Recursos Custos
Podem ser utilizados para associar serviços com custos fixos, porém podem prejudicar o cálculo do valor
agregado.
Antes de relacionarmos todos os recursos necessários à execução de cada tarefa, teremos que registrá-los no MS-Project. Isto é
feito através do modo de visão “Planilha de recursos”, que pode ser acessado através de “Tarefas/Gráfico de Gantt/Planilha de
recursos”.
Para evitarmos este transtorno, deveremos trabalhar somente com atividades do tipo Duração Fixa sem ser controlada pelo
empenho. Para fazermos isto, temos que abrir a tela de Informações da tarefa e na Guia Avançado mudar o tipo da tarefa.
Gráficos de Recursos
Reconhecendo-se que existem recursos super alocados em nosso cronograma, poderíamos identificar em qual período do projeto
isto ocorre.
Para a identificação destes períodos pode-se utilizar a visão de Gráfico de Recursos como mostrado abaixo.
Uma outra interpretação que poderemos ter desta visão e a disponibilidade dos histogramas de nosso projeto, sejam com base
nos recursos humanos ou materiais. Desta forma teríamos toda a programação de recursos materiais ou humanos necessários a
nosso projeto, melhorando assim a possibilidade de sucesso de cumprimento dos prazos estabelecidos no cronograma.
Podemos então imaginar que uma saída seria aumentarmos as durações das atividades, pois assim teríamos menos
necessidades de horas/homem por dia e diminuiríamos a necessidade de recursos diários. Porém como o recurso que
estamos é do tipo trabalho, eles sempre mantem a necessidade de 2 recursos por dia e aí não resolveríamos nosso
problema. Ver resultado do aumento da duração abaixo.
Podemos ver que poderíamos trabalhar com os recursos como sendo do tipo material e isto facilitaria nosso trabalho de
planejamento do histograma.
Um exemplo que sempre utilizo em meus treinamentos, para entender o que significa e para que serve uma linha de base, ou
baseline, é o que apresento a seguir.
Vamos imaginar que temos que cavar um buraco de 2m por 10 de profundidade como mostrado a seguir.
Para a execução desta tarefa nos foi apresentado um cronograma, que mostra a tarefa iniciando na
segunda-feira e terminando na sexta-feira. Nada mais foi dito sobre o planejamento desta tarefa a
não ser que ela terá 5 dias de duração, iniciando na segunda-feira e com termino previsto na sexta-
feira da mesma semana.
Durante a execução da tarefa, foi verificado que ela realmente iniciou na segunda-feira, porém no
final da quinta-feira fizemos uma visita ao local e verificamos que havia sido escavado 4 (quatro)
metros.
A pergunta que sempre faço é: para você agora, esta tarefa está atrasada no prazo ou adiantada.
As respostas variam muito.
Um grupo de pessoas alegam que esta tarefa está no prazo sim, pois a mesma só tem data de conclusão no dia seguinte. Mostro
então que esta resposta, nunca poderia ser dada, pois alegar este fato e considerar que sempre estaremos no prazo até o prazo
se esgotar, isto não existe. A toda hora temos que ter uma informação de qual é nossa tendência do término do projeto e assim
podemos afirmar se estamos atrasados, adiantados ou até mesmo no prazo.
Na verdade, está faltando uma informação no nosso planejamento, que seria a apresentação do quantitativo de metros a serem
escavados por dia. Imaginemos os seguintes cenários e suas conclusões.
Esta informação do planejamento inicial, que deveríamos estar comparando com as informações da execução de nossos
projetos, é o que definimos como linha de base ou baseline.
A função básica de nossas linhas de base é possibilitar a verificação da tendência de término de uma tarefa ou projeto, se está
de acordo com previsão inicial.
No exemplo acima falamos sobre a linha de base do cronograma do projeto, porém temos outras linhas de base em nosso
projeto. Basicamente ao término da fase de planejamento teremos em mãos várias linhas de base, tais como :
Documento de detalhamento do escopo do projeto;
Cronogramas;
Orçamentos;
Planos de trabalho;
Detalhamento dos Recursos;
Riscos;
Plano de Comunicação;
Todos estes documentos irão compor o que denominamos “Plano de Projeto”, ou a baseline do nosso projeto. O plano de Projeto
nada mais é que a reunião de todos os documentos gerados durante a fase de planejamento e que irão servir de base, na fase
de controle, para avaliação do quanto estamos executando o projeto conforme o planejado e assim tomarmos ações corretivas
ou preditivas no sentido de ajustar a execução do projeto e trazê-lo de volta a linha de base prevista.
Como o mundo não é perfeito, dificilmente existirá um planejamento que não sofrerá ajustes, seja de custos, cronogramas, etc,
durante a fase de execução do projeto. Quando isto ocorrer, os documentos deverão ser atualizados em uma nova versão e um
novo plano de projeto, ou linha de base, deverá ser criada.
Estas linhas de base servirão como ponto de referência para o acompanhamento do andamento da execução do projeto em
relação ao seu planejamento.
Uma dúvida que sempre surge é quando poderemos criar uma nova linha de base? Pois se, semanalmente poderemos estar
atualizando o cronograma, então semanalmente poderemos ter uma linha de base? A resposta é que só poderemos ter uma
nova linha de base quando ocorrer um acerto com o cliente e este aceitar um novo cronograma, por exemplo, ou um novo
orçamento, e isto é algo que deve ser negociado e algumas vezes, não aceito pelo cliente.
A gravação das Linhas de Base se realiza na opção “Projeto / Gravar Linhas de Base” e o MS-Project permite a gravação de
até 11 linhas de base.
Deveremos notar que após a primeira gravação da linha de base, a visão “Gantt de Controle” passa a mostrar a linha de base
(linhas cinzas) e o que denominamos de cronograma corrente do projeto, permitindo a realização de análises quanto a atrasos
ou adiantamentos de nossas atividades/projetos.
Se modificarmos qualquer duração ou predecessora, o MS-project irá “descolar” o cronograma corrente da linha de
base.
O gráfico de Gantt sempre irá mostrar como linha de base, a linha de base 0 (zero), para que o gráfico passe a
mostrar outras linhas de base, teremos que fazer ajustes na configuração do gráfico de Gantt, que poderá ser
realizada clicando duas vezes na área branca do gráfico de Gantt, quando aparecerá a tela abaixo.
Uma das informações que deverá estar presente no plano do projeto, é o modo pelo qual será realizado o registro da execução
do projeto no cronograma, ou seja, como as tarefas serão atualizadas em relação a execução física das mesmas no cronograma,
pois o Gerente do projeto deverá saber exatamente como irá cobrar as informações dos recursos envolvidos no projeto, como
por exemplo:
Existem diversas maneiras pelas quais podemos realizar o acompanhamento da execução dos projetos e como poderemos fazer
esta atualização nos softwares de gerenciamento de cronogramas. Como exemplo podemos relacionar os métodos de:
O MS-Project permite o registro dos avanços do projeto através de qualquer metodologia de controle a ser adotada pelo projeto.
É claro que teremos, para algumas metodologias, uma facilidade de uso maior em relação a outras metodologias de controle de
execução dos projetos.
Neste livro vamos trabalhar com os dois métodos apresentados acima, ou seja, o Percentual Executado da tarefa e depois o de
Duração restante.
Após a gravação da linha de base do nosso projeto, como vimos na seção anterior, estaremos aptos a iniciar a atualização do
cronograma com relação a execução das tarefas.
Esta ação é normalmente realizada uma vez por semana e sempre teremos que informar em relação a qual data estaremos
fornecendo os dados de execução das nossas tarefas, pois sem esta informação o aplicativo não terá condições de comparar os
avanços realizados no cronograma com o que estava previsto. Por exemplo, se informamos que em uma determinada tarefa
tivemos um avanço de 27%, o MS-Project necessitará comparar este avanço com o que estava previsto em uma determinada
data, para poder informar se estamos atrasados/adiantados/ou no prazo na execução.
A data onde realizamos as medições e em relação a qual vamos atualizar nosso cronograma e chamada pelo MS-Project de Data
de Status, e para atualizarmos semanalmente a mesma, devemos abrir a janela de “Projetos / Informações”.
Para facilitar a visualização da data de status atualmente registrada no MS-Project na tela de gráfico de Gantt ou Gantt de
Controle, poderemos solicitar a visualização da linha de andamento, conforme tela abaixo.
A linha de andamento nos dá uma visualização gráfica do andamento do projeto. Neste momento podemos visualizar facilmente
as atividades que se encontram atrasadas ou adiantadas quanto ao seu planejamento. Se a linha de andamento de em uma
determinada tarefa se desloca para a esquerda, isto passa a indicar que a tarefa está atrasada, se ela passar reta, a tarefa
poderá estar no prazo ou adiantada.
Para solicitar ao MS-Project que mostre a visualização da linha de andamento, devemos clicar com o botão direito do mouse na
parte branca do gráfico de Gantt e depois solicitar a opção de Linhas de Andamento.
Nesta tela, selecionar a opção de “Exibir”.
Tarefa A – Está atrasada em relação a sua execução, pois deveria ter ocorrido 50% de sua execução e no momento temos 30%.
Tarefa B – Está no prazo em relação a sua execução, pois deveria ter ocorrido 50% de sua execução e no momento temos 50%.
Tarefa C - Está adianta em relação a sua execução, pois deveria ter ocorrido 50% de sua execução e no momento temos 80%.
A maneira mais prática e rápida para controlar a execução de um projeto é informar o percentual executado de cada tarefa nas
medições realizadas.
Para exemplificar a sua operação, vamos dar dois cliques em uma determinada tarefa do projeto, e quando aparecer a tela
abaixo, deveremos informar o percentual executado da tarefa no campo “Porcentagem Concluída”.
O percentual informando, teoricamente visto como o percentual físico da atividade, é entendido pelo MS-
Project como o percentual de tempo já gasto na tarefa, e este percentual poderá ser modificado pelo
próprio aplicativo caso ocorra uma alteração na duração da tarefa. Ver exemplo abaixo:
O motivo é que inicialmente o MS-Project fez o registro de que o total de horas gastas na execução da
atividade até a data de status foi de 40h, resultado de termos informado o percentual de 50% da
execução da tarefa (o tempo total da tarefa é de 80hs), quando modificamos a duração para 15 dias, o
total de horas da tarefa passa a ser de 120h e como o MS-Project tem arquivado um total de 40hs já gasta
em sua execução, o percentual do tempo gasto ( que imaginamos incialmente ser o físico) passa a ser de
33,33%
O percentual de avanço mostrado para as atividades resumo e até mesmo para o projeto não pode ser
entendido como sendo o percentual de avanço do projeto, pois as atividades podem ter unidades (m3, m2,
kg, etc) diferentes entre se e, dessa forma nunca teremos o percentual de avanço físico de um projeto.
Esta informação não está ligada a utilização do MS-Project e sim ao conceito equivocado que sempre
existe um percentual físico executado de todo o projeto.
O percentual executado de uma tarefa até o dia da medição pode não expressar exatamente quanto de
esforço foi gasto na atividade.
O percentual executado não nos mostra como está previsto o termino da execução da tarefa. Ele retrata o
passado e deixa de trabalhar com o futuro. O percentual físico realizado até o momento pode ter uma
dificuldade menor do que o restante a ser executado.
Permite a existências de tarefas programas para serem executadas no passado. Note abaixo que a tarefa
D não iniciou, porem ela continua com data prevista de execução antes da data de status.
Para “corrigir” alguns dos problemas apresentados anteriormente, devido ao fornecimento do percentual executado das tarefas,
poderemos utilizar as colunas de Início real e Término Real das tarefas. Desta forma os cronogramas estarão sendo ajustados
a cada início ou término das tarefas.
Quando uma tarefa for iniciada, deveremos informar a data de início da mesma na coluna “Inicio real” e quando está forma
concluída deveremos informar a data de conclusão na coluna “Término real”.
E como último comando na atualização do projeto, deveremos pedir para o MS-Project reprogramar para que o início das tarefas
não iniciadas sejam colocadas como sendo no mínimo depois da data atual de status. Este comando está no menu
Projetos/Atualizar Projeto.
Após a execução deste comando o projeto não terá tarefas programas no passado.
Existe um método de controle de execução de projetos, que, com um pouco de prática, se torna tão fácil, ou até mais fácil, do
que o método percentual apresentado anteriormente. Chamaremos este método de Duração Restante.
Este método tem como premissa a utilização de tempos já gastos na realização das tarefas e quanto tempo ainda são
necessários para a conclusão destas. A informação de percentual executado não é considerada.
Este método, quando aplicado, já promove a reprogramação do cronograma e atualização do caminho crítico do projeto, caso os
resultados informados tenham provocado alguma alteração no mesmo.
E, como último comando na atualização do projeto, deveremos pedir para o MS-Project reprogramar, para que o início das
tarefas não iniciadas sejam colocadas como sendo, no mínimo, depois da data atual de status. Este comando está no menu
Projetos/Atualizar Projeto.
Após a execução deste comando o projeto não terá tarefas programas no passado.
Um fato importante deste método é que devemos desconsiderar os percentuais apresentados pelo MS-Project, pois como vimos
anteriormente ele, para o MS-Project, não corresponde ao % físico executado.
O gerente de projetos tem que detectar durante o planejamento as necessidades de comunicação que deverão ser
entregues a todos os envolvidos com o projeto.
As informações que serão entregues aos recursos relacionados a execução das tarefas serão totalmente diferentes às
entregues aos patrocinadores do projeto.
O MS-Project tem configurado diversos tipos de relatórios relacionados a algumas necessidades específicas. Acessado
através da opção “Relatório”, além de permitir a construção de novos.
Muitas vezes é necessária a apresentação de apenas algumas partes do projeto, como por exemplo:
Atividades ainda não iniciadas.
Atividades de um determinado recurso.
Atividades com custo acima de determinado valor.
Atividades concluídas entre um determinado período de datas.
O MS-Project permite a utilização de filtros nas Visões, Tabelas e Relatórios através da aplicação de diversos filtros pré-
programados, além de permitir a construção de novos.
O MS-Project permite a visualização das Visões, Tabelas e Relatórios através da aplicação de diversos agrupamentos pré-
programadas além de permitir a construção de novos.
Engenheiro Civil, tem MBA em Gerenciamento de Projetos pela Gama Filho (RJ), certificação em gerenciamento de projetos pelo
Project Management Institute (PMP, PMI-SP e PMI-RMP) e também é reconhecido especialista em Gerenciamento de Projetos
com MS-Project pela Microsoft (MCTS).
Trabalhou como Gerente de Informática em diversas organizações. Atuou como Engenheiro de Planejamento, Coordenador e
gerente de Planejamento, em diversas áreas de engenharia como a área naval, construção pesada (refinaria) ou construção civil.
Ministra cursos e palestras sobre Gerenciamento de Projetos e Práticas de Construção de Cronogramas de Projetos com
utilização do MS-Project, Primavera P6 e Risk Analysis. É Coordenador e Professor de cursos de MBA para engenharia. Foi Diretor
de educação continuada do Chapter PMI-PE e atualmente atua como voluntário.
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