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Resumindo:
A EAP diz COMO FAZER, enquanto o cronograma mostra O QUE FAZER.
Por isso, é importante respeitar a seguinte ordem na hora de montar o escopo do
seu projeto:
1. Faça um canvas de projeto;
2. Faça a estrutura analítica do projeto;
3. Faça o cronograma do projeto, a partir da EAP.
Como dissemos, não existe certo ou errado. O certo é aquilo que o gerente de
projetos e sua equipa decidirem que é mais adequado ao tipo de projeto que está
sendo gerenciado. Por isso, utiliza-se o bom-senso!
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Adaptado por Jo Scotchy
Mas como saber qual o nível de detalhamento ideal? – Existem duas regras muito
interessantes que é preciso levar em consideração na hora de montar a EAP, não
importa qual estratégia de decomposição tenha sido escolhida. São elas: a regra
dos 100% e a regra do 8-80.
Regra 8-80
Estabelece que um pacote de trabalho deve ter, no mínimo, oito horas de duração
e, no máximo, oitenta horas de duração. Em alguns tipos de projeto esse número
pode ser reduzido pela metade (4-40). Ter esse limite de horas é muito
interessante para evitar que a estrutura analítica do projeto fique tão detalhada a
ponto de dificultar a gestão e o monitoramento. Cuidado com o micro
gerenciamento!
Normalmente é recomendado o desdobramento de três níveis na EAP:
1.1.2 -> mostra que determinado elemento faz parte do terceiro nível
hierárquico da EAP.
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níveis e o sistema de codificação numérica teremos a seguinte estrutura analítica
de projeto:
Comprar tijolos;
Comprar cimento;
Comprar argamassa;
Comprar impermeabilizante;
Comprar nylon;
Etc.
Neste caso, se observarmos que o pacote de trabalho é uma lista de atividades,
temos um único item: Alvenaria de Elevação.
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Ainda é importante lembrar que antes da estrutura analítica de projeto devemos
fazer um bom trabalho de identificação dos requisitos. Ou seja, entender as
características do que iremos entregar.
No exemplo da casa:
Modelo de EAP
Quando se trabalha com frequência num mesmo tipo de projeto, é possível evoluir
a EAP e transformá-la num modelo. Isso tornará novos projetos muito mais
rápidos, pois teremos um modelo de estrutura analítica de projeto, de
cronograma, de estimativa de recursos e durações, tudo padronizado, algumas
etapas economizadas, bastando uma adequação e revisão a cada projeto.
No planeamento, uma boa EAP garante que você lembrou tudo (ou quase
tudo) que precisa ser feito no projeto, portanto aumentando as chances de
assertividade do cronograma e dos custos.
No monitoramento, uma boa EAP garante que você saiba onde está, como
estão os seus compromissos e o seu desempenho.
Justificativa do projeto;
Finalidade do projeto;
Objetivo(s) do projeto;
Descrição do produto;
Stakeholders do projeto;
Entregas do projeto;
Critérios de aceitação das entregas;
Estimativas iniciais de tempo e custo;
Exclusões (tudo que está fora do escopo do projeto);
Premissas (pressupostos do projeto);
Restrições (fatores limitantes do projeto);
Riscos (oportunidades e ameaças);
Assinatura de um ou mais aprovadores.
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Cabe lembrar que a EAP pode ser representada tanto por diagramas como
por listas. Nos dois casos é recomendável que cada item da EAP seja sucedido
de numeração (1, 1.1, 1.1.1, 1.1.2, 2, 2.1, 2.2 e assim por diante).
Existem várias formas de montar uma estrutura analítica de projeto:
EAP por fases: organiza o projeto pelas fases do ciclo de vida do projeto.
EAP por entregas: organiza o projeto pelos produtos que devem ser
gerados.
EAP por subprojetos: organiza o projeto a partir dos “miniprojetos” dentro
dele.
EAP por equipa: organiza o projeto pela relação de pessoas envolvidas no
projeto.
EAP híbrida: considera diversos aspectos do projeto ao mesmo tempo.
Para facilitar, siga essa ordem:
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3. Elaborar o Dicionário da EAP
Como você deve ter percebido, a representação visual ou mesmo em listas da
estrutura analítica do projeto não traz muitos detalhes do trabalho a ser
realizado. Afinal, essa nem é a proposta da ferramenta. Por isso temos
o dicionário da EAP, que nada mais é do que um documento com os atributos e
as especificações de cada pacote de trabalho.
4. Consolidar a EAP
Depois de montar a EAP e seu dicionário, o gerente de projetos precisa aprovar
esses documentos com as partes interessadas do projeto. Para isso pode ser feita
uma reunião para discutir e aprovar o trabalho que foi mapeado para o projeto.
Dessa forma, garantimos que tudo o que foi pensado esteja de acordo com as
expectativas dos stakeholders.
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responsáveis e critérios de aceitação. Essa ferramenta ajuda a complementar a
estrutura analítica do projeto, pois traz informações que não puderam ser
incluídas no diagrama da EAP. Dessa forma, ficam explícitas quais as expectativas
em relação aos resultados das entregas do projeto.
Voltando ao nosso exemplo da casa, poderíamos ter o seguinte “verbete” no
dicionário da EAP:
Com base no referido acima, o seu dicionário da EAP poderia ficar parecido com
isso:
Vale lembrar que este é um exemplo fictício e simplificado para fins didáticos. Portanto,
não possui compromisso de corresponder à realidade.
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Matriz RACI
Você também pode combinar o dicionário da EAP com a matriz RACI, também
conhecida como matriz de responsabilidades. A diferença é que em vez de ter
apenas uma coluna para os responsáveis, teríamos quatro:
1. (R)esponsible: quem é cobrado pelo pacote de trabalho.
2. (A)ccountable: quem aprova o pacote de trabalho.
3. (C)onsulted: quem é consultado sobre o pacote de trabalho.
4. (I)nformed: quem é atualizado sobre o pacote de trabalho.
É possível adicionar ou retirar itens do dicionário, de acordo com as necessidades
do seu projeto. Existem projetos que vão demandar mais “verbetes” (atributos) no
dicionário da EAP e outros que precisarão de menos. O importante é encontrar um
ponto de controle satisfatório para as partes interessadas.
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