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OBRAS, TECNOLOGIA E
QUALIDADE DA CONSTRUÇÃO
ENGENHARIA DE CUSTOS DE
EMPREENDIMENTOS
i
I – ENGENHARIA DE CUSTOS
1.1.1 Definição
PLANEJAMENTO
ORÇAMENTAÇÃO
CONTROLADORIA
AVALIAÇÃO
1.2 PLANEJAMENTO
”Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas para ver se
tem com quem acabar” (Jesus Cristo)”
Custos diretos
Referem-se a todos os materiais, mão de obra, insumos e de equipamentos
referentes à obra.
a) Custo dos materiais: Aquisição, impostos e taxas; Transporte (frete),
manuseio (carga e descarga); Armazenamento (depósito ou estadia), perdas;
Unidades de compra, condições de pagamento (custo financeiro).
b) Custo da mão de obra: Salário-hora ou mensal; Tempo efetivamente
trabalhado; Encargos sociais.
c) Custo de insumos: energia elétrica, combustíveis, água, equipamentos
proteção pessoal, consumos diversos, etc.
d) Custo dos equipamentos: aquisição, operação, manutenção e conservação.
Custos indiretos
1.3.2 ORÇAMENTO
Definição:
Atributos de um orçamento
Enfoques de um orçamento
Áreas Reais
Medidas de superfície tomadas a partir do projeto arquitetônico utilizado
para os cálculos do rateio das áreas.
Em relação ao uso:
Uso privativo:
Áreas cobertas ou descobertas que definem o conjunto de dependências
e instalações de uma unidade autônoma, cuja utilização é privativa dos
respectivos titulares de direito.
Uso comum:
Área coberta e descoberta situada nos diversos pavimentos da
edificação e fora dos limites de uso privativo, que pode ser utilizada em comum
por todos ou por parte dos titulares de direito das unidades autônomas.
Especificações técnicas
Descrição qualitativa do material com informação de dimensões peso,
cor, resistência e qualquer outro parâmetro que caracterize o produto.
Unidade e embalagem
É importante registrar o tipo de embalagem em que o material deve ser
acondicionado, pois influi no seu preço. Ex. blocos cerâmicos paletizados ou
não. Cimento em sacos ou a granel.
Quantidade
Em geral o preço unitário de um produto é inversamente proporcional a
quantidade que se adquire dele. É sempre importante informar no pedido de
cotação a quantidade a fim de facilitar algum tipo de barganha.
Prazo de entrega
O período compreendido entre o pedido e a entrega do material é de
capital importância principalmente quando se trata de um produto especial. Ex.
elevadores.
Condição de pagamento
A empresa adquire um bem e precisa se programar para fazer um
desembolso por isso, é importante saber o tipo de facilidades que o fornecedor
fornece concede em termos de prazo.
Validade da proposta
Os fornecedores costumam atribuir um prazo de validade às cotações. É
importante verificar o inicio da obra ou época de provável compra serão
atendidos no prazo da proposta
Local e condições de entrega
As cotações dos fornecedores geralmente indicam o local de entrega do
produto. Pode ser na obra, na fabrica, no deposito do distribuidor, no porto,
aeroporto entre outros. A fim de identificar o local de entrega e que está
embutido no preço (seguro, frete, despesas etc.) costuma-se utilizar as siglas
FOB e CIF.
Preço FOB
O preço FOB (free on bord =livre a bordo) é preço posto na fabrica, é
aquele que inclui a mercadoria pura e simples sem transporte. O comprador
arca com as despesas de entrega.
Preço CIF
O preço CIF (cost, insurance and feight = custo, seguro e frete) é aquele
que inclui na mercadoria o preço de transportes e seguros, também conhecido
como preço posto na obra. O vendedor arca com os custos de fretes e seguros.
3.5.1 Definição
Administração central
• Suprimento de materiais, mão de obra e equipamentos;
• Comunicação e locomoção do pessoal do escritório à obra, alimentação,
hospedagem;
• Despesas administrativas: contabilidade, diretoria, oficina, depósito
central, assessorias: jurídicas ...;
• Rateio das despesas gerais do escritório central: aluguéis, manutenção
e operação do escritório (máquinas e equipamentos), impostos, taxas,
etc.
As despesas administrativas não podem ser generalizadas para todas as
empresas e obras. Dependem de:
• número de obras executadas ao mesmo tempo pela - quanto maior o
número, menores as despesas indiretas em relação ao custo direto total;
• tamanho da empresa: empresas maiores tem custo indireto de
administração central mais alto do que as menores;
• distância e dificuldade de acesso à obra em relação à sede.
Custos fiscais
Correspondem os custos das operações fiscais e contábeis de
comercialização das quais lista-se as incidências.
• imposto de renda: calculado sobre o lucro real ou presumido da obra,
aplicações financeiras;
• contribuições federais: PIS, COFINS (sobre o faturamento);
• Impostos estaduais: ICMS (quando for o caso) ou de transmissões de
propriedade;
• imposto municipal: ISS, incidente sobre o faturamento da mão de obra.
Custos Financeiros
• São variáveis e dependem do capital de giro da empresa, das condições
contratuais, do cronograma, das modalidades de pagamento. São os
custos que influem no fluxo de caixa da empresa. Alguns tópicos a
considerar:
• Desembolsos efetivos x recebimentos das faturas;
• Atrasos no recebimento e faturas;
• Custo de compra x custo de estocagem (capital imobilizado);
• Financiamento para o fluxo de caixa (bancos, financeiras);
• Provisão para eventuais multas.
Custos comerciais
São decorrentes das atividades de venda:
• Preparo das licitações;
• Aquisição de editais;
• Viagens ao local da obra;
• Montagem de stands de venda;
• Publicidade, corretagem, etc.;
Bonificação ou lucro
É a remuneração do empreendimento e do risco, sendo muito variável e
inversamente proporcional ao valor da obra. Depende de:
• Tipo e porte da obra (obra nova, reforma);
• Situação financeira da empresa;
• Conjuntura econômica;
• Mercado local e regional.
4.1.1 Produtividade
4.2.1 Definição
DESEMBOLSO
Corresponde a alocação dos custos orçados na unidade de tempo correta
isto é, de acordo com as condições estabelecidas com os fornecedores e
contratos de subempreiteiros. A partir do cronograma físico, devem-se
identificar os custos separadamente:
• De pessoal, inclusive encargos sociais (independente);
• Equipamentos próprios, descontando-se a parcela de depreciação e
juros, pois estes não são considerados como desembolso;
• Materiais, dividido em grupos de mesmas condições de pagamento;
• Subempreiteiros e transportes, nas mesmas considerações adotadas
para os materiais.
• Pessoal;
• Encargos sociais;
• Equipamentos próprios, desconsiderando-se os itens de custo
referentes a Depreciação e Juros
• Equipamentos alugados de terceiros
• Subempreiteiros, obrigatória análise contrato a contrato
• Materiais, com respectivos prazos de pagamento
• Impostos devidos na emissão da nota fiscal e que têm prazo curtíssimo
de pagamento
• Outros itens que tenham características especiais, inclusive a critério
do engenheiro de custos.
RECEBIMENTO
No caso do recebimento pelos serviços prestados, proceder de modo
semelhante as despesas, verificando a previsão de execução, as épocas de
medições e os prazos de pagamento descritos no contrato.
Exemplo de fluxo de caixa