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Acórdão 2.433/2016-Plenário:
Projeto •Desenhos com plantas de situação e locação, contendo implantação do edifício e sua relação com
Arquitetônico o entorno do local escolhido, acessos e estacionamentos (orientação, eixos da construção cotados
em relação à referência, identificação de postes, árvores, hidrantes, calçadas e arruamentos etc.).
•Desenhos das fachadas do imóvel.
•Plantas baixas dos pavimentos, com cotas de piso acabado, medidas internas, espessuras de
paredes, dimensões de aberturas e vãos de portas e janelas, alturas de peitoris, indicação de planos
de cortes e elevações.
•Plantas de cobertura, com indicação de sentido de escoamento de águas, inclinação, indicação de
calhas, rufos, contrarrufos, condutores e beirais, tipo de impermeabilização, juntas de dilatação etc.
•Cortes transversais e longitudinais da edificação.
•Elevações, indicando aberturas, esquadrias, alturas, níveis etc.
•Estudo de orientação solar, iluminação natural e conforto térmico.
•Indicação de caixas d’água, circulação vertical, áreas técnicas etc.
•Atendimento às normas de acessibilidade.
•Ampliação de áreas molhadas ou especiais, com indicação de equipamentos e aparelhos
hidráulico-sanitários.
•Detalhes (que possam influir no valor do orçamento).
•Indicação dos elementos existentes, a demolir e a executar, em caso de reforma e ampliação.
•Especificações dos materiais, equipamentos, elementos, componentes e sistemas construtivos.
Conteúdo do Projeto Básico - Edificações
PROJETO CONTEÚDO
Projeto de •Desenhos de implantação com indicação dos níveis originais e dos níveis
Terraplanagem propostos.
•Perfil longitudinal e seções transversais tipo com indicação da situação
original e da proposta e definição de taludes e contenção de terra.
•Memorial com cálculo de volume de corte e aterro e respectivo quadro
resumo de corte e aterro.
•Especificação dos materiais para aterro.
Projeto de •Desenhos com locação, características e dimensões dos elementos de
Fundações fundação.
•Plantas de armação e fôrma, com indicação do Fck do concreto.
•Memorial com método construtivo.
•Memorial com cálculo de dimensionamento de todas as peças, indicando
as cargas e os momentos utilizados no projeto.
Conteúdo do Projeto Básico - Edificações
PROJETO CONTEÚDO
Projeto Estrutural •Desenhos em planta baixa com lançamento da estrutura com cortes e elevações, se necessários.
•Plantas de armação com indicação de:
- seções longitudinais de todas as vigas, mostrando a posição, a quantidade, o diâmetro, e o
comprimento de todas as armaduras em escala adequada;
- seções transversais de todas as vigas, mostrando a disposição das armaduras longitudinais
e transversais, além das distâncias entre as camadas das armaduras longitudinais;
- seção longitudinal de todos os pilares, mostrando a posição, a quantidade, o diâmetro, o
comprimento e os transpasses de todas as armaduras longitudinais;
- seção transversal de todos os pilares, com demonstração das armaduras longitudinais e
transversais (estribos).
•Plantas de fôrma contendo indicação de valor e localização da contraflecha em vigas e lajes, bem
como indicação da seção transversal das vigas e pilares.
•Indicação do Fck do concreto para cada elemento estrutural.
•Quadro resumo de barras de aço contendo posição (numeração da ferragem), diâmetro da barra,
quantidade de barras, massa em Kg das barras.
•Memorial com cálculo das áreas fôrma.
•Memorial com cálculo do volume de concreto.
•Especificações com materiais, componentes e sistemas construtivos.
•Memorial com método construtivo.
•Memorial com cálculo de dimensionamento.
Conteúdo do Projeto Básico - Edificações
PROJETO CONTEÚDO
Projeto de Instalações •Plantas indicando a localização dos principais componentes do sistema: torres de refrigeração,
de Ar Condicionado e unidades condensadoras, chillers, reservatórios do sistema de termo-acumulação, ventiladores
Calefação etc.
•Planta baixa de cada nível do edifício e cortes, com as seguintes indicações, dentre outras:
- dutos de insuflamento e retorno de ar;
- canalizações de água gelada e condensação;
- comprimentos e dimensões, com elevações de cada tipo de material utilizado nos
ambientes;
- bocas de insuflamento e retorno;
- localização dos equipamentos e aberturas para tomadas e saídas de ar;
- pontos de consumo;
- interligações elétricas, comando e sinalização.
•Representações isométricas com:
- dimensões, diâmetros e comprimentos dos dutos e canalizações;
- vazões e pressões nos pontos principais ou críticos;
- indicação das conexões, registros, válvulas e outros elementos.
•Planta baixa com marcação de dutos e equipamentos fixos (unidades condensadoras e
evaporadoras).
•Especificações dos materiais e equipamentos.
•Memorial com cálculo da carga térmica.
•Memorial com cálculo do dimensionamento dos equipamentos e dos dutos.
Conteúdo do Projeto Básico - Edificações
PROJETO CONTEÚDO
Projeto de •Desenhos esquemáticos de planta e corte localizando os elevadores.
Instalação de •Desenhos com as principais características dos elevadores, dentre outras:
Transporte - dimensões principais;
Vertical - espaços mínimos para instalação dos equipamentos (caixa, cabina,
(Elevadores e contrapeso, casa de máquinas, poço etc.).
Escadas •Desenho da casa de máquinas e do poço, em escala adequada.
Rolantes)
•Esquemas de ligações elétricas.
•Desenhos isométricos em escala adequada.
•Especificações dos materiais e equipamentos.
•Memorial com cálculo.
Projeto de •Planta de implantação com níveis.
Paisagismo •Especificação de espécies vegetais e de materiais e equipamentos.
Conteúdo do Projeto Básico - Edificações
PROJETO CONTEÚDO
Orçamento •Planilha de quantitativos de serviços.
•Composições de custos unitários.
•Detalhamento da taxa de BDI e de encargos sociais.
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Propriedades do orçamento
• VINCULAÇÃO AO CONTRATO – O contrato pode trazer
várias obrigações ao construtor com impacto no custo da
obra. Cita-se como exemplo:
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O problema da correção do orçamento
por índices
Variação acumulada
do INCC maio/2015
a fev/2016: 5,03%
Variação do serviço
90086: 5,06% OK
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O problema da correção do orçamento por
índices
Problema:
Variação acumulada do INCC maio/2015 a fev/2016: 5,03%
Variação do serviço 73963/044: - 51,2%
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Retroação ou correção por índices
Acórdão 854/2016-Plenário (enunciado):
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Então, como tratar o problema da defasagem dos
preços entre a data-base do orçamento e a data da
licitação?
• Ver o método do edital de Concorrência
014/DALC/SBFL/2008 da Infraero a seguir:
“6.7. O orçamento global estimado para o objeto da
licitação é de R$ 114.568.141,60 (...), referidos a data-base
de Janeiro de 2008;
6.7.1 para fins de atualização dos valores do orçamento de
referência para a data da apresentação das propostas
serão observados os critérios estabelecidos no item
Reajuste de Preços. constante da minuta do Contrato
Anexo V deste Edital;
(...)
6.7.2 o valor máximo que a INFRAERO admite pagar para a
execução dos serviços objeto desta licitação, é o global
estimado no subitem 6.7 devidamente corrigido na forma
presente no subitem 6.7.1; 38
Então, como tratar o problema da defasagem dos
preços entre a data-base do orçamento e a data da
licitação?
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Então, como tratar o problema da defasagem dos preços
entre a data-base do orçamento e a data da licitação?
Acórdão 19/2017-Plenário:
2. A empresa representante se insurgiu contra os seguintes aspectos no certame em
tela:
a) defasagem entre a data-base do orçamento estimado (janeiro de 2016) e a
data do reajuste, o qual ocorreria após um ano a contar da entrega da proposta
(13/9/2016), o que supostamente resultaria em prejuízo aos licitantes e
ensejaria desequilíbrio contratual, uma vez que o interregno entre as referidas
datas seria de oito meses;
(...)
9. .... No entender da empresa representante, tal defasagem teoricamente não
traria qualquer problema caso a data-base para efeitos de reajustamento contratual
também fosse referenciada a janeiro/2016. Ocorre que a cláusula 15.1 do edital
previu como marco inicial para a realização do reajuste a data da entrega da
proposta, e não a data do orçamento de referência elaborado pela Administração.
Assim, de fato, verificou-se considerável defasagem, de nove meses, entre o
orçamento estimado e a abertura das propostas.
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Então, como tratar o problema da defasagem dos preços
entre a data-base do orçamento e a data da licitação?
Acórdão 19/2017-Plenário:
14. ...o transcurso de muito tempo entre a data de elaboração do orçamento
estimativo da licitação e a data de abertura das propostas é um problema
recorrente na licitação de obras públicas.
15. Primeiramente, é forçoso reconhecer que não existe um prazo ou período
máximo que esteja positivado na Lei de Licitações e Contratos limitando a
defasagem temporal entre a data de elaboração do orçamento estimativo da
contratação e a data de divulgação da licitação ou de abertura das propostas.
16. De acordo com o art. 43, inciso IV, da Lei 8.666/1993, os preços da proposta
vencedora deverão estar de acordo com aqueles praticados pelo mercado. Desse
modo, antes da realização de qualquer procedimento licitatório cabe ao gestor
público realizar pesquisa de mercado com a finalidade de elaborar orçamento, o
qual será utilizado para se definir a modalidade de licitação, bem como proceder à
necessária adequação orçamentária da despesa.
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Então, como tratar o problema da defasagem dos preços
entre a data-base do orçamento e a data da licitação?
Acórdão 19/2017-Plenário:
17. Além disso, o aludido orçamento estimativo servirá como parâmetro de controle
da exequibilidade e economicidade das propostas, constituindo-se instrumento
essencial e obrigatório para que a comissão de licitação e a autoridade superior - que
homologa o procedimento licitatório - verifiquem a pertinência dos preços
contratados com aqueles praticados pelo mercado.
18. Embora não seja aplicável à confecção do orçamento estimativo de obras
públicas, a Instrução Normativa SLTI/MPOG 5/2014, que dispõe sobre os
procedimentos administrativos básicos para a realização de pesquisa de preços para a
aquisição de bens e contratação de serviços em geral, pode ser aplicada por analogia.
O citado normativo estabelece que, para serem utilizadas como fonte de pesquisa de
preços, as contratações similares de outros entes públicos devem estar vigentes ou
terem sido concluídos nos 180 dias anteriores à data da pesquisa de preços. A
referida IN ainda dispõe que no caso da pesquisa com fornecedores somente serão
admitidos os preços cujas datas não se diferenciem em mais de 180 dias.
19. Esse prazo de seis meses também já havia sido utilizado em alguns julgados desta
Corte de Contas, a exemplo do Acórdão 3.516/2007-1ª Câmara, ..., e do Acórdão
1.462/2010-Plenário, o qual apreciou situação semelhante à tratada nos autos. ...
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Então, como tratar o problema da defasagem dos preços
entre a data-base do orçamento e a data da licitação?
Acórdão 19/2017-Plenário:
20. Considerando que o interregno de seis meses entre a elaboração do orçamento e
a abertura do certame seja aceitável para a licitação de obras públicas, cabe perquirir
quais os procedimentos exigíveis quando tal prazo fosse ultrapassado e a estimativa
de custos se tornasse desatualizada. Obviamente, o procedimento desejável seria
realizar a atualização do orçamento estimativo com base nos últimos relatórios do
Sinapi disponíveis e proceder a nova cotação com fornecedores e/ou prestadores de
serviços, nos casos em que os serviços/insumos a serem orçados não fossem
abrangidos pela referida tabela de custos. Outras fontes referenciais de preços, como
publicações técnicas especializadas, contratações realizadas por outros entes
públicos, sistemas referenciais de custos mantidos pelas esferas estadual e municipal
também poderiam ser consultadas no processo de atualização do orçamento,
conforme previsão constante do art. 6º do Decreto 7.983/2013.
21. Todavia, não se pode olvidar que tal procedimento pode ser bastante árduo e
trabalhoso, notadamente em obras de grande vulto e complexidade como o caso ora
avaliado, cuja planilha orçamentária é composta por centenas de serviços distintos.
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Então, como tratar o problema da defasagem dos preços
entre a data-base do orçamento e a data da licitação?
Acórdão 19/2017-Plenário:
22. Sopesando os problemas advindos da falta de atualização do orçamento e o ônus
de realizar nova pesquisa de mercado, parece-me adequada uma terceira opção,
aventada pela peça inicial da empresa representante, pois o problema seria mitigado
caso a data-base para efeitos de reajustamento contratual fosse referenciada à data
de elaboração do orçamento estimativo da contratação, e não à data da entrega da
proposta – critério utilizado no edital do MPOG.
23. Enfatizo que não há nenhuma ilegalidade no critério de reajuste previsto na
Concorrência nº 2/2015, que se encontra integralmente aderente ao disposto nas Leis
8.666/1993 e 10.192/2001:
“Art. 40. O edital conterá ...
(...)
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção,
admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para
apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data
do adimplemento de cada parcela;”
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Então, como tratar o problema da defasagem dos preços
entre a data-base do orçamento e a data da licitação?
Acórdão 19/2017-Plenário:
“Art. 3º Os contratos em que seja parte órgão ou entidade da Administração Pública
direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, serão
reajustados ou corrigidos monetariamente de acordo com as disposições desta Lei, ...
§ 1º A periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será
contada a partir da data limite para apresentação da proposta ou do orçamento a que
essa se referir”.
24. Como se vê, o gestor público pode adotar discricionariamente dois marcos iniciais
distintos para efeito de reajustamento dos contratos: (i) a data limite para
apresentação da proposta; e (ii) a data do orçamento. Ocorre que o segundo critério
se mostra mais robusto, pois reduz os problemas advindos de orçamento
desatualizados em virtude do transcurso de vários meses entre a data-base da
estimativa de custos e a data de abertura das propostas.
25. Por esse motivo, entendo pertinente recomendar ao MPOG que, em futuras
licitações de obras públicas, quando se demonstrar demasiadamente complexa a
atualização da estimativa orçamentária da contratação, adote como marco inicial
para efeito de reajustamento contratual a data-base de elaboração da planilha
orçamentária.
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Então, como tratar o problema da defasagem dos preços
entre a data-base do orçamento e a data da licitação?
Data da Data da
Data do Data Assinatura Data do
Publicação do Apresentação
Orçamento do Contrato Primeiro
Edital da Proposta
(mar/2016) (out/2016) Reajuste (???)
(maio/2016) (ago/2016)
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TIPOS DE ORÇAMENTO (segundo o grau de precisão)
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Avaliações expeditas ou de Ordem de Grandeza
CT = QT x I
Por exemplo, se determinada área real coberta de padrão diferente, com 100 m2, tiver um
custo unitário de acabamento sensivelmente melhor (digamos que tenha um custo 50%
maior do que o custo da área padrão), a área equivalente será:
Por exemplo, para uma planta industrial de processamento de fluidos, que tenha um total
orçado de R$6 milhões referente a torre de destilação, bandejamento, tanques,
acumuladores de óleo, trocadores de calor, bombas, e motores, o custo estimado da planta
seria R$6M x 4,74 = R$ 28,44M.
Avaliações Expeditas – Fatores de Lang e Hand
UNID PREÇO
ITEM DESCRIÇÃO QUANT.
. UNITÁRIO TOTAL
Exemplo de Orçamento
10.2.4 Pintura látex acrílica, ambientes int./ext., 2 demãos m2 3.110,92 9,55 29.709,29
10.2.5 Azulejo 20x20 cm, PEI 4, na cor branco neve m2 461,76 24,99 11.539,38
10.2.6 Forro de gesso acartonado, com emassamento e 2 demãos de pintura acrílica m2 490,59 64,15 31.471,35
10.3 RODAPÉ
10.3.1
11
11.1
Piso cerâmico 40x40 cm, PEI-5, em marca de primeira linha
IMPERMEABILIZAÇÃO
Impermeabilização da laje com manta asfáltica 4mm
m
m2
12,01
68,00
6,64
29,78
79,76
2.025,04
2.025,04
Sintético (continuação)
12 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS 18.083,02
12.1 Tubos e Conexões para Água Fria cj 1,00 3.894,24 3.894,24
12.2 Tubos e Conexões para Esgoto cj 1,00 4.894,00 4.894,00
12.3 Válvula de descarga Docol com registro - Ø 1.1/2" pç 10,00 127,37 1.273,70
12.4 Registro de gaveta com canopla Ø 3/4" pç 3,00 48,44 145,32
12.5 Registro de gaveta com canopla Ø 1.1/2" pç 8,00 101,44 811,52
12.6 Torneira para lavatório: Ø 1/2" com engate metálico flexível: Ø 1/2" pç 12,00 43,46 521,52
12.7 Bacia sanitária equipada com assento e acessórios pç 10,00 151,11 1.511,10
12.8 Lavatório de embutir: pç 10,00 50,19 501,90
12.9 Mictório autosifonado com pertences pç 5,00 212,72 1.063,60
12.10 Barra de apoio und 2,00 99,60 199,20
12.11 Porta Papel hig. Kimb. Clark (30175768) und 23,00 1,16 26,68
12.12 Bancada granito cinza andorinha m 12,58 134,24 1.688,74
12.13 Espelho cristal e=4mm com moldura em alumínio m2 7,80 198,91 1.551,50
13 COMBATE A INCÊNDIO 7.592,31
13.1 Extintor de Incêndio CO2 - 6kg pç 15 324,97 4.874,55
13.2 Extintor de Incêndio PQ - 4kg (tipo ABC) pç 32 84,93 2.717,76
14 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 119.449,75
14.1 Luminária fluorescente de sobrepor, com 2 lampadas T 5 -28W-127V e reator pç 277 203,69 56.422,13
14.2 Luminária de embutir, para 4 lampadas fluorescentes 14W, TL 5 pç 38 316,92 12.042,96
14.3 Tomada monofásica 2 P + T universal pç 35 7,02 245,70
14.4 Tomada trifásica 3 P + T universal pç 5 7,02 35,10
14.5 Interruptor simples de 1 tecla, conjugado com tomada 2P + T universal pç 15 8,07 121,05
14.6 Interruptor de 1 tecla simples pç 15 6,34 95,10
14.7 Caixa de ligação metálica 2" x 4" , galvanizada e estampada pç 25 2,84 71,00
14.8 Eletroduto metálico galvanizado a fogo, 1" com conexões m 150 21,07 3.160,50
14.9 Condutor de cobre 1,5mm² , classe 5 , 750V m 500 1,28 640,00
14.10 Condutor de cobre 2,5mm² , classe 5 , 750V m 14.000 1,59 22.260,00
14.11 Condutor de cobre 4,0mm² , classe 5 , 750V m 4.660 2,08 9.692,80
14.12 Condutor de cobre 6,0mm² , classe 5 , 750V m 200 2,37 474,00
Quadro de distribuição de energia com barramento de cobre, contendo disjuntores e
14.13 cj 1 14.189,41 14.189,41
protetores de surto de tensão, conforme projeto.
15 SISTEMA DE TELEFONIA 27.843,10
15.1 Bloco Terminal Compact IBCS, cor Azul, 8 pares pç 50 67,92 3.396,00
15.2 Patch cord metálico UTP 4 pares categoria 5e, RJ-45/RJ-45, T568-A. pç 62 12,85 796,70
15.3 Cabo Telefônico CTP-APL-SN-50-100 pares m 680,00 34,78 23.650,40
16 SISTEMA DE AR CONDICIONADO 33.973,70
16.1 SP-20 e SP-21 - Condicionador de ar split cassete - 24.000 BTU/h cj 2 5.471,90 10.943,80
16.2 SP-22 a SP-26 - Condicionador de ar split cassete - 18.000 BTU/h cj 5 4.571,90 22.859,50
16.3 Drenagem de ar-condicionado tubo pvc soldável 25mm m 20,00 8,52 170,40
17 LIMPEZA 2.248,48
17.1 Limpeza geral da obra m2 2.444,00 0,92 2.248,48
TOTAL GERAL DO ORÇAMENTO 2.711.248,05
Orçamento Sintético
•Os quantitativos de diversos serviços podem ser
apurados diretamente em plantas de arquitetura
(áreas de piso, alvenaria, revestimentos diversos,
vidros, pintura, cobertura etc.).
• Outros quantitativos poderão ser estimados por
meio de índices médios de consumo.
• Os custos de serviços poderão ser tomados em
tabelas referenciais, pesquisa de mercado ou em
publicações especializadas.
65
Alguns exemplos de índices para estimativa de
quantitativos de serviços:
66
Orçamentação na Contratação Integrada
Precisão do Orçamento
+ 50%
+ 40%
+ 30%
+ 20%
Erro da estimativa (%)
+ 10%
0% 1 2 3 4
- 10%
- 20%
- 30%
- 40%
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Precisão do orçamento
70
Precisão do orçamento
• OT IBRAOP 004/2012
71
Algumas Exemplos de Cálculo
da Precisão do Orçamento
72
Exemplo 1 – Custo do Concreto em Estruturas
Parâmetros Parâmetros
Considerados no Observados ao
Orçamento Final da Obra
Quantidade 100 m3 105 m3
Custo Unitário R$ 350,00/m3 R$ 340,00/m3
Custo Total R$ 35.000,00 R$ 35.700,00
Parâmetros Parâmetros
Originalmente Observados ao
Orçados Final da Obra
Quantidade 200 m2 200 m2
Custo Unitário R$ 50,00/m2 R$ 45,00/m2
Custo Total R$ 10.000,00 R$ 9.000,00
74
Precisão do orçamento x BDI
• Os percentuais de margem de erro apresentados no Quadro 1 da
OT 04/2012 não devem ser considerados como risco ou
contingências do construtor, sendo indevida a inclusão dos
referidos percentuais no BDI do orçamento de obras públicas.
• Alguns fatores que originam a imprecisão do orçamento não são
efetivamente arcados pelo construtor. Por exemplo, em
empreitadas por preço unitário, é o contratante quem corre o risco
de variação nos quatitativos dos serviços. O contratante também
arca com outros fatores causadores de desvios entre o orçamento
original e o orçamento real, em especial aqueles que são motivos
para a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro dos
contratos.
• Enquanto a rubrica de riscos e imprevistos que costuma ser
incluída no BDI representa sempre um acréscimo sobre o custo
total da obra, a margem de erro (ou imprecisão) do orçamento
pode causar distorções para mais ou para menos no custo real da
obra em relação ao seu custo estimado. 75
Outras Considerações
76
ORÇAMENTO SINTÉTICO X ORÇAMENTO ANÁLÍTICO
77
Composição de custos unitários
79
Composição de Custo Unitário (exemplo do Sicro2)
80
• Observar que no canto inferior esquerdo da composição
acima é apresentada a especificação de serviço
aplicável. Neste caso utiliza-se a DNER-ES-280 e
DNER-ES-281. (propriedade da especificidade dos
orçamentos)
• A composição foi montada tendo maio/2008 como data-
base (propriedade da temporalidade dos orçamentos).
• O serviço descrito acima é executado com uma
produção horária de 127 m3 e com um custo horário de
execução de R$ 1.077,81. A partir da divisão do custo
horário de execução pela produção horária, obtém-se
um custo unitário de execução de R$ 8,49/m3, os quais
acrescidos de um percentual de lucro e despesas
indiretas de 19,60% resultam num preço unitário de
execução do serviço de R$ 10,15/m3.
81
Composição de Custo Unitário (exemplo do Sinapi)
82
Composição de Custo Unitário (exemplo do Sinapi)
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Composição de Custo Unitário (exemplo do Sinapi)
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Composição de Custo Unitário (exemplo do Sinapi)
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Composição de Custo Unitário (exemplo do Sinapi)
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Adequações nas Composições Referenciais
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Métodos de Orçamentação
• Método de correlação – Os valores são encontrados por
proporcionalidade direta entre obras ou empreendimentos
semelhantes. O custo orçado através desse método tem um
maior imprecisão do que o custo orçado pelo método de
quantificação e custo unitário. O método da correlação só
deve ser utilizado para fins de estimativas rápidas, realizadas
nas fases iniciais do desenvolvimento dos projetos.
• A correlação pode ser:
• Simples (avaliação expedita) – produtos semelhantes, mas de
diferentes dimensões, têm custo proporcional ao valor de sua dimensão.
Para edificações, pode ser a correlação por área de construção.
• Múltipla (avaliação paramétrica) – considera o desmembramento do
projeto em partes, de forma que seu custo total seja o somatório de cada
uma dessas partes. Para uma edificação, o somatório se dá para a soma
dos serviços como fundações, estruturas, alvenaria, revestimentos,
pavimentações, etc.
90
Métodos de Orçamentação
• Método Comparativo de Dados de Mercado – o orçamento
dos serviços, empreendimento ou obra de construção é
estimado através da comparação com dados de mercado
assemelhados, considerando as características intrínsecas e
extrínsecas. É condição fundamental para aplicação desse
método a existência de um conjunto de dados que possa ser
tomado, estatisticamente, como amostra do mercado.
• Método de Cotação de Preços de Mercado – o orçamento
dos serviços, empreendimento ou obra de construção é
estimado pela cotação junto a fornecedores ou prestadores
de serviços para a execução de determinado serviço ou obra
de construção.
91
Métodos de Orçamentação
• Método por Composição de Custos Unitários – é o método
em que o orçamento é calculado pelas quantidades de cada
serviço e pelas composições de custo unitário, que são
obtidas considerando taxas de consumo, coeficientes de
produtividade e preços unitários dos insumos necessários à
realização de uma unidade de serviço.
• As composições de custo unitário podem ser elaboradas por
diferentes métodos:
– Apropriações de campo e tratamento estatístico. Utilizado
principalmente em obras de edificações, em que os equipamentos
apresentam menor relevância e a demonstração da produção da
equipe não apresenta grande importância. As composições são
compostas por índices físicos, a exemplo das constantes do SINAPI.
– Consultas a fontes bibliográficas, catálogos de fornecedores ou em
sistemas referenciais de custos. O orçamentista parte de uma
composição teórica, obtida em tabela padrão, que deverá ser adaptada
à realidade executiva do projeto orçado. 92
Métodos de Orçamentação
– Elaboração de composições de custo com demonstrativo de cálculo
das produções das equipes mecânica. Nas obras de construção
pesada, os equipamentos apresentam grande influência no custo do
serviço, cabendo, assim, o uso da composição de custo resultante
do quadro de produção das equipes mecânicas, modelo DNIT, DER
etc. Os referidos quadros de produção das equipes mecânicas são
obtidos a partir de estudos de tempos de ciclo, movimentos,
capacidades de equipamentos e velocidades de operação, obtidos
em catálogos de fabricantes de equipamentos. Aproximam-se mais
da realidade em obras pesadas do que o sistema de composições
de custos unitários sem o demonstrativo de produção horária da
equipe.
93
Métodos de Orçamentação
– Método por Composição de Custo de Permanência de mão de obra
e equipamentos . É o método em que os coeficientes das
composições de custo são calculados pelas quantidades de
insumos, pelo tempo necessário de utilização ou permanência dos
recursos para a execução de determinado serviço e respectivos
custos unitários.
– A composição de custo por permanência é adequada para os casos
em que a informação estatística de produtividade dos serviços não
pode ser, ou ainda não está parametrizada e disponível como fonte
de informação segura para estimativa de custo.
– O método de estimativa de custo por permanência abrange apenas
os recursos de mão de obra e equipamentos. Entretanto, pode-se
incluir os materiais nesse método, a partir do levantamento dos
mesmos no projeto ou a partir do serviço a ser executado.
– Exemplo de utilização: gruas e elevadores de obra.
94
Conteúdo de um Orçamento de Obra
97
Conteúdo de um Orçamento de Obra
98
Conteúdo de um Orçamento de Obra
99
O Processo de Orçamentação de Obras
102
Cálculo dos Quantitativos de Serviços
•No entanto, a depender do tipo, porte e complexidade da obra, os
cálculos de quantitativos podem se tornar extremamente trabalhosos.
• O processo é racionalizado com softwares “CAD” (Computer Aided
Design) ou pelo BIM (Building Information Modeling).
103
Cálculo dos Quantitativos de Serviços
• Recomenda-se sempre ao gestor produzir uma memória
de cálculo detalhada dos quantitativos. O ônus da prova
é do gestor!
• Deve-se observar que alguns serviços são permanentes,
ficando incorporados à obra (por exemplo, pintura,
alvenaria ou concreto), e outros são provisórios,
utilizados apenas durante a fase de construção e
removidos em seguida (por exemplo, fôrmas para as
estruturas, escoramento, andaimes, tapumes, barracão de
obra e demais instalações provisórias etc.).
• Assim, os fiscais dos contratos devem ser especialmente
cuidadosos para registrar a execução e documentar os
serviços e instalações provisórios.
104
Cálculo dos Quantitativos de Serviços
• A estimativa de quantitativos deve observar o critério de
medição e pagamento estabelecido para o serviço
analisado.
• A estimativa dos quantitativos e a medição dos serviços
devem observar a natureza técnica e o grau de precisão
existente nas estimativas, bem como qual será o método
dos processos de medição dos serviços analisados. Por
exemplo, não se admite nenhuma variação nos
quantitativos de aparelhos de ar condicionado do tipo split
instalados na obra. Por outro lado, admite-se alguma
imprecisão nos quantitativos medidos de um serviço de
terraplanagem.
• Também não se pode ter o mesmo rigor na medição de um
comprimento de uma parede de alvenaria e no
comprimento de uma sinalização horizontal em obra 105
rodoviária.
Atenção ao Cálculo dos Quantitativos
Lei 8.666/93
Lei 8.429/1992
110
Exemplo:
Critérios de Medição para Alvenaria em Tijolos
•Critério 1: Considerar a área real executada, descontando-se
os vãos para instalação de portas e esquadrias.
111
Exemplo:
Critérios de Medição para Alvenaria em Tijolos
• Critério 2: (Adotado pela “Pini”): Considerar a área executada sem
descontar vãos inferiores a 2 m2. Em vãos maiores que esta área desconta-
se a área do vão diminuído de 2 m2 do quantitativo de alvenaria a ser
medido.
•No segundo critério busca-se compensar o trabalho extra para executar os
arremates nos vãos, contando uma quantidade de mão de obra equivalente
ao trabalho para realizar 2m2 do mesmo tipo de alvenaria.
113
Como Fazer os Pagamentos na EPG?
•Nas empreitadas por preço global, medem-se as etapas de serviço de
acordo com etapas objetivamente estabelecidas no instrumento
convocatório.
•A definição dos marcos de pagamento deve ser atrelada à execução
física da obra, recomendando-se adotar eventos facilmente verificáveis
pelo fiscal do contrato.
•Devem ser evitadas medições parciais de eventos ou marcos que não
estejam completamente concluídos, assim como o estabelecimento de
marcos cuja conclusão demore muito tempo ou possa comprometer
financeiramente a empresa construtora, considerando o porte necessário
para a execução da obra.
•Recomenda-se que uma parte dos pagamentos fique atrelada aos
recebimentos provisório e definitivo da obra, incentivando o construtor a
concluir o objeto da contratação e dificultando a prática de jogo de
cronograma pela empresa contratada.
Pagamentos em Empreitadas por preço global
Ponte com 60 metros de extensão
Índice de Reajustamento Percentual no Preço Parcial
Item Descrição dos Serviços
Aplicável Orçamento (R$)
1 - Serviços Preliminares 3,85% 133.056,00
1.1 Mobilização OAE 0,90% 31.104,00
1.2 Instalação do Canteiro de Obras OAE 2,95% 101.952,00
2 - Ponte (12,8 x 60,00 m) 80,28% 2.774.588,68
2.1 Elaboração do Projeto Executivo Consultoria 4,23% 146.188,80
2.2 Infraestrutura OAE 29,02% 1.002.942,06
2.3 Mesoestrutura OAE 14,51% 501.471,03
2.4 Superestrutura OAE 27,02% 933.773,64
2.5 Laje de Transição OAE 5,50% 190.213,15
3 - Acabamentos 4,44% 153.446,40
3.1 Pavimentação sobre a obra de arte especial Pavimentação 0,28% 9.676,80
3.2 Passeios e Guarda-corpo OAE 1,65% 57.024,00
3.3 Iluminação e proteção OAE 0,94% 32.486,40
3.4 Drenos Drenagem 0,73% 25.228,80
3.5 Juntas e aparelhos de apoio OAE 0,45% 15.552,00
3.6 Sinalização Viária Sinalização Horizontal 0,39% 13.478,40
4 - Serviços Complementares 2,43% 83.980,80
4.1 Limpeza final da obra OAE 0,19% 6.566,40
4.2 Desmobilização OAE 0,90% 31.104,00
4.3 "As built" e manual da obra Consultoria 1,34% 46.310,40
5 - Recebimento da obra 9,00% 311.040,00
5.1 Recebimento Provisório IGP-DI 4,50% 155.520,00
5.2 Recebimento Definitivo IGP-DI 4,50% 155.520,00
Pagamentos em Empreitadas por preço global
Preço
Código Descrição dos Serviços Unidade Quantidade Preço Total
Unitário
... ... ... ... ... ...
TUB.AR C.D=1,4M PROF.12/18M LÂM.D'ÁGUA
2 S 03 416 22 m 125,88 5.719,04 719.912,76
LF/AC/BC/PC (25MPa)
ESC.P/ALARG. BASE TUB.AR COMP.PROF.12/18
2 S 03 412 02 m³ 79,94 2.599,74 207.823,22
M LF
FORN.LANC.C.BASE TUB.AR COMP. PR.12/18M
2 S 03 412 62 m³ 79,94 529,31 42.313,04
LF/AC/BC/PC (25MPa)
2 S 05 300 02 ENROCAMENTO DE PEDRA JOGADA m³ 235,45 57,21 13.470,09
2 S 03 940 01 REATERRO E COMPACTAÇÃO m³ 693,43 28,01 19.422,97
Subtotal Infraestrutura 1.002.942,06
... ... ... ... ... ...
Índice de
Percentual no
Item Descrição dos Serviços Reajustamento
Orçamento
Aplicável
118
Quantitativos de Serviços de Terraplanagem
O volume do prismóide pode ser calculado mediante a fórmula:
Onde:
• A1 e A2 são as áreas das seções transversais extremas;
• Am é a área da seção transversal no ponto médio entre A1 e A2; e
• L é a distância entre as seções A1 e A2.
119
Quantitativos de Serviços de Terraplanagem
Exemplo de adulteração da primitiva do terreno em uma obra rodoviária
120
Quantitativos de Serviços de Terraplanagem
Exemplo de adulteração da superfície de corte em uma obra rodoviária.
121
Pergunta:
O projetista? ou o Orçamentista?
122
Responsabilidade pelo levantamento de quantitativos
• A NBR 12722 permite a interpretação de que o responsável
pelo levantamento de quantidades seja o engenheiro
projetista. De fato é comum observarmos nos projetos a
indicação das quantidades de serviços.
• No entanto, é recomendável que o engenheiro orçamentista
efetue a compatibilização e revisão dos quantitativos de
serviços levantados pelos engenheiros projetistas, pois
diversos tipos de erros podem ocorrer no processo de
quantificação da obra:
– O engenheiro projetista pode adotar critério de medição diverso do
utilizado no caderno de encargos que será utilizado na licitação.
– Na quantificação dos serviços presentes nas diversas disciplinas de
projetos podem ocorrer omissões ou sobreposições de serviços. Por
exemplo, o projetista do sistema de ar condicionado quantifica os fios
e cabos elétricos utilizados no sistema de climatização. O projetista
das instalações elétricas também quantifica os fios e cabos utilizados
na alimentação do sistema de climatização, gerando duplicidade 123de
serviços.
Responsabilidade pelo levantamento de quantitativos
– Poderia ocorrer a omissão dos serviços, no caso de ambos os
projetistas, o de ar condicionado e o de instalações elétricas,
entenderem que a alimentação do sistema de climatização não
está no escopo dos projetos a serem desenvolvidos.
– Pode ocorrer consideração indevida ou em duplicidade nas perdas
de materiais. Por exemplo, o engenheiro projetista de estrutura
elabora uma tabela de barras de aço CA-50 considerando 10% de
perdas. O engenheiro orçamentista adota o quantitativo de aço
com perdas de 10%. Porém, ao elaborar a composição de preço
unitário do serviço de armação em aço CA-50, adota uma
composição com 10% de perda de aço, fazendo com que a perda
de aço fique em duplicidade.
– O orçamento fica incompleto com base apenas nas estimativas de
quantidades de serviços levantadas pelos engenheiros projetistas.
Em geral, os custos indiretos de mobilização/desmobilização,
implantação e manutenção do canteiro de obras e administração
local da obra terão que ser levantados a parte pelos engenheiros
orçamentistas.
124
Responsabilidade pelo levantamento de quantitativos
– Muitas vezes os quantitativos levantados pelos engenheiros
projetistas não levam em conta as particularidades executivas da
obra e as condições de logística associadas ao empreendimento,
ficando sem a completude necessária.
– Vejamos o caso da quantificação de serviços de um projeto de
fundações (quantificação realizada pelo projetista):
ITEM
ESTACAS
8.1 ESTACA ESCAVADA TIPO HÉLICE CONTÍNUA, COM DIÂMETRO 30 CM, CAPACIDADE NOMINAL 350 M 7.075,98
8.4 ESTACA ESCAVADA TIPO HÉLICE CONTÍNUA, COM DIÂMETRO 60 CM, CAPACIDADE NOMINAL 1415 M 11.686,36
8.6 ESTACA ESCAVADA TIPO HÉLICE CONTÍNUA, COM DIÂMETRO 80 CM, CAPACIDADE NOMINAL 2510 M 15.357,53
8.11 FERRAGEM DE AÇO CA-50 A KG 1.566.978,00
8.12 CONCRETO ESPECIAL ESTACA HÉLICE - FCK 20 MPA AUTO-ADENSÁVEL M³ 16.258,81
BLOCOS E CINTAS
9.1 ESCAVAÇÃO DE CAVAS E VALAS MECANIZADA M³ 12.973,00
9.7 FORMA PLANA COMUM COMPENSADO RESINADO 12 MM COM 3 REAPROVEITAMENTOS M² 10.150,88
9.8 FERRAGEM DE AÇO CA-50 A KG 872.188,76
9.10 CONCRETO FCK=35 MPA M³ 10.031,52
125
Responsabilidade pelo levantamento de quantitativos
– Agora a quantificação completa de todos os serviços necessários
para a execução das fundações:
ITEM
ESTACAS
MOBILIZAÇÃO/DESMOBILIZAÇÃO DE PERFURATRIZ UNID 2,00
LOCAÇÃO E NIVELAMENTO TOPOGRÁFICO DA OBRA M² 24.300,00
8.1 ESTACA ESCAVADA TIPO HÉLICE CONTÍNUA, COM DIÂMETRO 30 CM, CAPACIDADE NOMINAL 350 M 7.075,98
8.4 ESTACA ESCAVADA TIPO HÉLICE CONTÍNUA, COM DIÂMETRO 60 CM, CAPACIDADE NOMINAL 1415 M 11.686,36
8.6 ESTACA ESCAVADA TIPO HÉLICE CONTÍNUA, COM DIÂMETRO 80 CM, CAPACIDADE NOMINAL 2510 M 15.357,53
8.11 FERRAGEM DE AÇO CA-50 A KG 1.566.978,00
8.12 CONCRETO ESPECIAL ESTACA HÉLICE - FCK 20 MPA AUTO-ADENSÁVEL M³ 16.258,81
8.13 ARRASAMENTO E PREPARO DE CABEÇA DE ESTACAS UNID 2.595,00
8.14 ENSAIO DE INTEGRIDADE DO FUSTE DAS ESTACAS (PIT) UNID 2.595,00
8.15 PROVA DE CARGA DINÂMICA DAS ESTACAS UNID 15,00
8.16 PROVA DE CARGA ESTÁTICA DAS ESTACAS (1X DIAMETRO 60 CM + 1X DIAMETRO 80 CM) UNID 2,00
CARGA, TRANSPORTE, DESCARGA E ESPALHAMENTO DO MATERIAL ESCAVADO,EM BOTA-FORA
8.17 M³ 16.848,00
DMT DE 15 KM
CARGA, TRANSPORTE, DESCARGA E ESPALHAMENTO DO MATERIAL DE ENTULHO, EM BOTA-
8.18 M³ 1.019,35
FORA DMT DE 1 KM
CARGA, TRANSPORTE, DESCARGA E ESPALHAMENTO DO MATERIAL DE ENTULHO, EM BOTA-
8.19 M³ 546,08
FORA DMT DE 10 KM
CARGA, TRANSPORTE, DESCARGA E ESPALHAMENTO DO MATERIAL DE ENTULHO, EM BOTA-
8.20 M³ 254,84
FORA DMT DE 15 KM
BLOCOS E CINTAS
9.1 ESCAVAÇÃO DE CAVAS E VALAS MECANIZADA M³ 12.973,00
9.2 ACERTO MANUAL DE CAVAS E VALAS M³ 2.000,00
9.3 APILOAMENTO DE FUNDO DE VALA M² 7.380,00
CARGA, TRANSPORTE, DESCARGA E ESPALHAMENTO DO MATERIAL ESCAVADO,EM BOTA-FORA
9.4 M³ 7.985,00
DMT DE 15 KM
9.5 ESCORAMENTO CONTÍNUO DE CAVAS E VALAS M² 748,00
9.6 ESGOTAMENTO COM BOMBAS HPXH 800,00
9.7 FORMA PLANA COMUM COMPENSADO RESINADO 12 MM COM 3 REAPROVEITAMENTOS M² 10.150,88
9.8 FERRAGEM DE AÇO CA-50 A KG 872.188,76 126
9.9 LASTRO DE CONCRETO FCK 15 MPA PARA REGULARIZAÇÃO DOS BLOCOS M³ 506,88
9.10 CONCRETO FCK=35 MPA M³ 10.031,52
Estudo de Caso: Ponte sobre o Rio Paraguai
Situação: Contratação por emergência de recuperação estrutural de ponte
sem projeto básico e sem levantamentos preliminares (sondagem e
batimetria do Rio), levando a questionamentos sobre os quantitativos
orçados e medidos.
Consequências: Superfaturamento na obra e condenação dos
responsáveis ao ressarcimentos dos danos.
Acórdão 3631/2013-Plenário (voto condutor):
8. Inicialmente, cumpre destacar que, muito embora solicitados pela
unidade técnica, não foram apresentados documentos indispensáveis para
a correta estimativa da contratação realizada, tais como: projeto básico e
executivo da obra; especificações técnicas dos serviços a serem
executados; e memórias de cálculo que demonstrassem que a planilha
orçamentária tivesse sido elaborada com base em quantitativos
propriamente avaliados.
9. A ausência desses elementos, além de afrontar diversos dispositivos da
Lei de Licitações, reforça a tese defendida pela SecobEdif no sentido de a
execução da obra não estar lastreada em um projeto que a defina.
Estudo de Caso: Ponte sobre o Rio Paraguai
Acórdão 3631/2013-Plenário (continuação):
(...)
16. Passo ao quantitativo impugnado. Enquanto a planilha contratada previa, para o
fornecimento de camisas metálicas utilizadas nas fundações dos pilares localizados
na calha do rio, o comprimento médio de dezessete metros, sendo um metro para o
trecho livre, acima do nível da água, oito metros para o trecho em lâmina d’água e
oito metros para o trecho cravado no solo do leito do rio, a unidade técnica chegou a
um valor médio final de 5,6 metros, sendo um metro para o trecho livre, acima do
nível da água, 2,6 metros para o comprimento médio de travessia molhada e dois
metros para o trecho cravado no solo do leito do rio.
17. Os defendentes apresentaram argumentos que pugnavam, especialmente, pela
necessidade de o comprimento de cravação ser de oito metros.
18. Contudo, a documentação apresentada pelos defendentes, baseada nos
boletins de sondagens, apresenta dados incompatíveis com os parâmetros
indicados pelos próprios responsáveis e com o projeto original da ponte. Além disso,
diferem dos quantitativos levantados pela SecobEdif. A detida análise realizada pela
unidade técnica demonstrou que a profundidade de dois metros de comprimento de
cravação seria suficiente.
Estudo de Caso: Ponte sobre o Rio Paraguai
Acórdão 3631/2013-Plenário (continuação):
19. Deve-se ressaltar também que a análise realizada pela unidade técnica apontou
que os resultados apresentados na defesa dos responsáveis foram obtidos por
simulação computacional, desacompanhada de qualquer memória de cálculo e das
hipóteses e equações utilizadas, tornando impossível sua conferência.
20. Assim, concordo com a proposição feita pela unidade técnica no sentido de
rejeitar as alegações de defesa relacionadas ao superfaturamento de quantitativos
verificado no serviço de cravação de estacas, imputando-se um débito de R$
870.716,30 aos responsáveis. Tal montante decorre da multiplicação do preço
contratual do fornecimento e cravação da camisa metálica (R$ 1.096,62) pela
diferença de quantitativo medida a maior (1.190 metros – 396 metros = 794 metros).
Estudo de Caso: Ponte sobre o Rio Paraguai
Acórdão 178/2016-Plenário, que apreciou recurso de reconsideração
do mesmo caso:
Da análise desse material, verifico que a construtora solicitou prova pericial
como meio de aferir o real comprimento da camisa a ser encravado no solo.
Em complemento, apresenta outro parecer cujo conteúdo limita-se a criticar
a última análise apresentada pela unidade técnica especializada, sem
conseguir ao fim demonstrar tecnicamente a real necessidade da dimensão
de oito metros para a cravação da camisa metálica utilizada na fundação.
Deixo de acolher o pedido da empresa, porquanto não compete a este
Tribunal produzir provas para o deslinde da questão. A jurisprudência desta
Casa converge no sentido de que o ônus da produção da prova compete a
quem maneja o recurso público.
Ademais, desde o início da apuração dessas irregularidades, sinaliza-se
que o debate poderia ser dirimido mediante a apresentação de notas
fiscais, projetos detalhados e correspondentes memoriais de cálculo, mas
essa documentação nunca foi apresentada.
Superfaturamento de Quantitativos
O débito decorrente da execução de camadas de pavimento (sub-base,
base, capa asfáltica) em espessura inferior à prevista no projeto deve ser
quantificado em função da redução da vida útil prevista para o pavimento, a
qual reflete o real prejuízo sofrido pela Administração, e não pelo valor do
material ou serviço pagos que não foram aplicados na obra. (Acórdão
3021/2015-Plenário).
Estudo de Caso: Adutora do São Francisco/SE
Situação: Utilização de critério de medição impreciso para a travessia
subaquática sobre o Rio Continguiba.
Na elaboração do projeto básico, previu-se a execução de 199 m de travessia
subaquática. A construtora contratada aumentou a extensão dessa travessia
para 240 m, por ocasião da revisão desse projeto. Porém, em sua execução,
a extensão da travessia foi medida em 252,50m. O aumento de 53,5m da
extensão da travessia subaquática foi formalizado com a realização de
aditamento contratual.
Consequências: Aumentos extremamente questionáveis de quantitativos,
controvérsia com a contratada, realização de aditamentos, aumento de custos
e apontamento de superfaturamento.
Instrução que embasou o Acórdão 1063/2010-Plenário:
11 Destaca-se primeiramente que qualquer procedimento de medição da
referida travessia envolverá certo grau de subjetivismo na consideração dos
seus pontos iniciais e finais. O significado do termo "subaquática" indica que o
referido elemento deve estar situado sob o leito do rio. Porém, a influência das
marés causa sensível mudança na largura do rio (...). Portanto, nos parece
razoável considerar o nível máximo da maré para obter os pontos inicial e final
da travessia subaquática, mas isso representa apenas um critério.
Estudo de Caso: Adutora do São Francisco/SE
Instrução que embasou o Acórdão 1063/2010-Plenário:
..A projetista ... adotou outro critério ao considerar a largura em 199 metros,
correspondente à largura do rio as 9:00 horas do dia 01/08/2002.
12. No desenho a fl. 129, observa-se que a travessia subaquática
extrapolou inclusive a largura do rio na maré máxima. Assim, parte da
travessia não é "subaquática" no seu exato sentido. Porém, esta parte da
travessia sob terra seca ainda guarda similaridade técnica com o restante
da travessia sob o leito do rio. Cita-se como exemplo o fato de ambos os
trechos serem executados em tubos de aço, enquanto o restante da adutora
é executada em tubos de ferro fundido. Outra similaridade: a tubulação de
aço da travessia precisa ser montada e lançada de uma só vez sob o
terreno (ou leito) previamente escavado. Este é dos procedimentos mais
onerosos da travessia e sua execução está ilustrada na foto ... e nos
desenhos esquemáticos ...
13. Portanto, um dos critérios técnicos para medição da citada travessia
poderia ser o comprimento da tubulação de aço efetivamente lançada. Este
parece ter sido o procedimento adotado para obtenção dos 252,5 metros da
travessia.
Estudo de Caso: Adutora do São Francisco/SE
Instrução que embasou o Acórdão 1063/2010-Plenário:
14. Os critérios de medição e pagamento aplicáveis ao contrato
...estabelecem que o serviço "Será pago pela extensão em m (metro) de
travessia executada ". Faltam definições objetivas de quais serão os
pontos inicial e final a serem considerados para medição da extensão da
travessia.
15. De qualquer forma, escolhido algum critério para definir os pontos inicial
e final da travessia subaquática e, apesar da citada travessia se encontrar
sob o leito do Rio Cotinguiba, mediante o uso de equipamentos de
topografia, pode-se efetuar a medição da distância entre os pontos inicial e
final da mesma.
Estudo de Caso: Adutora do São Francisco/SE
Instrução que embasou o Acórdão 1063/2010-Plenário:
19. Se adotado como critério de medição da extensão da travessia
subaquática o comprimento efetivamente lançado da tubulação de aço,
observa-se que existem nos autos alguns elementos de reduzido valor
probatório que mostram que o comprimento efetivamente executado da
travessia subaquática foi maior do que o comprimento da adutora antiga
que já existia no local. O projeto à fl. 129 é um destes documentos e mostra
a adutora antiga, com 199 metros, e a travessia subaquática, com 252,5
metros.
20. As fotos enviadas pelo DESO, ... mostram que a nova travessia foi
executada com comprimento superior aos 199 metros da travessia original.
21. Diante do exposto, propõe-se dar por esclarecida a questão do
comprimento efetivamente executado da travessia subaquática. Mesmo
assim, deve ser imputado aos responsáveis um débito de R$
67.763,81, ..., correspondente à diferença entre o preço contratual e o
preço de mercado, aplicada sobre a majoração de 53,50 metros da
travessia subaquática (252,5 metros após aditivos menos os 199
metros originais do contrato).
Quantificação na Empreitada por Preço Global
A empreitada por preço global deve ser adotada quando for possível definir
previamente no projeto, com boa margem de precisão, as quantidades
dos serviços a serem executados; enquanto a empreitada por preço
unitário deve ser preferida para objetos que, por sua natureza, não
permitam a precisa indicação dos quantitativos orçamentários. (Acórdão
2432/2016-Plenário).
Resumo:
Voto:
19.[Responsável 2] afirma ter sido coagido pelo superintendente
[responsável 1] a exercer a função de fiscal do contrato. Alega ser
tecnicamente despreparado para assumir tal encargo, tendo pleiteado, sem
sucesso, a designação de outro servidor para acompanhar as obras. O
recorrente trouxe aos autos interrogatório prestado por [omissis], ex-chefe
da seção de administração da SRTE/AL, perante comissão de processo
administrativo disciplinar. No documento, [omissis] afirmou ter presenciado
a forma hostil com que [responsável 1] tratava seus subordinados, dentre
os quais [responsável 2]. O interrogando aduziu também que o
superintendente se negava a atender qualquer medida para regularização
da obra.
Responsabilização do Agente Público por Erros de Quantitativos
...
20.O documento juntado não pode servir como prova da coação, pois
[omissis] foi ouvido na condição de acusado e, por isso, não prestou
qualquer compromisso de dizer a verdade. Mesmo que se admitisse esse
documento como meio de prova, a única modalidade de coação moral apta
a excluir a culpabilidade é aquela irresistível, não configurada no caso
concreto.
21.Sendo assim, ao assinar os boletins de medição, ainda que não tenha a
expertise necessária para tanto, [responsável 2] assume o risco em relação
aos serviços medidos e liquidados por ele. Logo, não há razão para excluí-
lo da presente relação processual.
Memórias de Cálculo das Medições
142
Disposições Legais sobre
Orçamento de Obras Publicas
Decreto 7.983/2013
Art. 3º O custo global de referência de obras e serviços de engenharia,
exceto os serviços de obras de infraestrutura de transporte, será obtido a
partir de composições de custos unitários previstas no projeto que integra
o edital de licitação, menores ou iguais à mediana de seus
correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema
Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Sinapi ...”
Decreto 7.983/2013
“Art. 4º O custo global de referência dos serviços e obras de infraestrutura
de transportes será obtido a partir das composições dos custos unitários
previstas no projeto que integra o edital de licitação, menores ou iguais
aos seus correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema
de Custos Referenciais de Obras – Sicro, cuja manutenção e divulgação
caberá ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes -
DNIT...
(...)
Art. 6º No caso de inviabilidade da definição dos custos consoante o
disposto nos arts. 3º, 4º e 5º , a estimativa de custo global poderá ser
apurada por meio da utilização de dados contidos em tabela de referência
formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração pública
federal, em publicações técnicas especializadas, em sistema específico
instituído para o setor ou em pesquisa de mercado. “
Decreto 7.983/2013
Art. 8o Na elaboração dos orçamentos de referência, os órgãos e
entidades da administração pública federal poderão adotar
especificidades locais ou de projeto na elaboração das respectivas
composições de custo unitário, desde que demonstrada a pertinência dos
ajustes para a obra ou serviço de engenharia a ser orçado em relatório
técnico elaborado por profissional habilitado.
Art. 8º (...)
§ 3o O custo global de obras e serviços de engenharia deverá ser obtido a partir de custos
unitários de insumos ou serviços menores ou iguais à mediana de seus correspondentes ao
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), no caso de
construção civil em geral, ou na tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias (Sicro),
no caso de obras e serviços rodoviários.
§ 4o No caso de inviabilidade da definição dos custos consoante o disposto no § 3o deste artigo,
a estimativa de custo global poderá ser apurada por meio da utilização de dados contidos
em tabela de referência formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração
pública federal, em publicações técnicas especializadas, em sistema específico instituído
para o setor ou em pesquisa de mercado.
(...)
§ 6o No caso de contratações realizadas pelos governos municipais, estaduais e do Distrito
Federal, desde que não envolvam recursos da União, o custo global de obras e serviços de
engenharia a que se refere o § 3o deste artigo poderá também ser obtido a partir de outros
sistemas de custos já adotados pelos respectivos entes e aceitos pelos respectivos tribunais
de contas.
Lei das Estatais: o Uso do Sinapi e de Outros
Sistemas de Referência
(Lei 13.303/2016, art. 31)
108. Como relação à suposta ofensa ao instituto do ato jurídico perfeito aventada pela
defendente, dispõe a Carta Magna que a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada, o que nos leva e perquirir se realmente uma decisão
condenatória do TCU poderia obrigar o particular a ressarcir o erário em vista de
superfaturamento por preços excessivos observado no contrato.
109. Ocorre que um contrato eivado por sobrepreço não é um ato jurídico perfeito,
assim entendido como aquele já realizado, acabado segundo a lei vigente ao tempo em
que se efetuou, satisfazendo todos os requisitos formais para gerar a plenitude dos
seus efeitos. O mesmo raciocínio é extensivo aos termos de aditamento que
introduziram acréscimos nos serviços de custo superestimado.
110. Dentre outros causas elencadas no art. 166 do Código Civil, considera-se nulo o
negócio jurídico quando for ilícito o seu objeto; o motivo determinante, comum a ambas
as partes, for ilícito; não revestir a forma prescrita em lei; for preterida alguma
solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; tiver por objetivo fraudar
lei imperativa; e a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem
cominar sanção. O objeto do négócio jurídico administrativo é a contratação segundo os
preceitos da Lei 8.666/1993. Por isso, o contrato com sobrepreço afigura-se ilícito, na
medida em que não se adequa à Lei.
A Falácia do Ato Jurídico Perfeito
Acórdão 1637/2016-Plenário:
111. Cabia à licitante cumprir a regra deduzida do art. 43, inciso IV, da
Lei 8.666/1993, qual seja, ofertar preços compatíveis com os praticados
pelo mercado. Nesse sentido, é oportuno colacionar diversos
dispositivos legais que caracterizam como ilícita a contratação pela
Administração Pública por preço superior ao de mercado, a começar
pela própria lei 8.666/1993, no caso de fraude previsto no seu art. 96,
inciso I.
112. A prática do jogo de planilha também pode ser enquadrada no
disposto no art. 92 da Lei de Licitações e Contratos, que tipifica o ato de
admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação contratual, em
favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos celebrados
com o Poder Público, sem autorização em lei, no ato convocatório da
licitação ou nos respectivos instrumentos contratuais.
113. Ademais, contratação por preço superior ao de mercado é tipificada
como ato de improbidade administrativa, previsto na Lei 8.429/1992,
também aplicável àquele que, mesmo não sendo agente público, induza
ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie
sob qualquer forma direta ou indireta:
A Falácia do Ato Jurídico Perfeito
Acórdão 1637/2016-Plenário:
“Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele
que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática
do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou
indireta.
(...)
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao
erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens
ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
(...)
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço
por preço superior ao de mercado;”
114. O ressarcimento integral do dano e a perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao patrimônio é cominação prevista pela Lei de
Improbidade Administrativa (art. 12, incisos I, II e III) e, agora, na nova Lei
Anticorrupção (Lei 12.486/2013, arts. 3º, 6º, §3º, 16, §3º, 19, inciso I, 21,
parágrafo único).
A Falácia do Ato Jurídico Perfeito
Acórdão 1637/2016-Plenário:
115. A Lei Anticorrupção trouxe expressamente dentre as condutas ilícitas
especificadas as seguintes (art. 5º, inciso IV), demonstrando que o
aditamento de serviços com sobrepreço é também irregularidade passível
de enquadramento naquela Lei:
f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de
modificações ou prorrogações de contratos celebrados com a
administração pública, sem autorização em lei, no ato convocatório da
licitação pública ou nos respectivos instrumentos contratuais; ou
g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos
celebrados com a administração pública;
116. Continuando com tal abordagem, o art. 4º da Lei 4.717/1965, que
regula a ação popular, considera nulos os atos ou contratos celebrados
por entes públicos, nos quais ocorre a compra de bens por preço
“superior ao corrente no mercado”, ou com “desobediência a normas
legais” ou “regulamentares” (inciso V, alíneas “a” e “b”). Igualmente, a
referida ação pode ser interposta contra o agente privado (art 6º) e a
sentença proferida poderá decretar a invalidade do ato impugnado,
condenando ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua
prática e os beneficiários dele (art. 11).
A Falácia do Ato Jurídico Perfeito
Acórdão 1637/2016-Plenário:
117. Diante disso, observo que as disposições da Lei Orgânica do TCU,
prevendo a condenação do terceiro que contrata com a Administração ao
ressarcimento do prejuízo ao erário, estão devidamente harmonizadas
com os princípios da unidade e coerência do ordenamento jurídico.
118. Concluo também que o contrato administrativo ou seus aditamentos
com preços superiores aos de mercado estão eivados de vício e não
podem ser tidos como um negócio jurídico perfeito, porquanto seu objeto
está em dissonância com os preceitos da Lei 8.666/1993.
Preço Referencial x Preço de Mercado
• Acórdão 3.061/2011-Plenário (voto condutor):
“Nos processos de fiscalização de obras desta Corte,
como presunção, adotam-se os referenciais oficiais da
Administração como balizador de preços; estes seriam
os preços de mercado. Ilações em contrário tem o
ônus probandi de quem as apresenta.
(...)A construtora tem meios de demonstrar in concreto o
que efetivamente foi gasto, por meio de notas e livros
fiscais, com a apresentação da RAIS, GFIP e com a
disponibilização de outros documentos obrigatórios....”
Adaptações nos Sistemas de Referência
Acórdão 2056/2015-Plenário:
16. Ademais, observa-se, conforme apontado pela unidade
técnica, que a jurisprudência deste Tribunal, conforme consta
nos Acórdãos 2062/2007, 2350/2007, 2068/2007, 2631/2007,
2603/2007, 136/2008, 278/2008, 396/2008, 702/2008,
971/2008 e diversos outros, todos do Plenário, aponta pela
necessidade de a administração pública respeitar os
referenciais de mercado, em especial o Sinapi e o Sicro,
justificando-se, quando da adoção de outros valores senão
os constantes destes referenciais, para a formação do preço
de um determinado serviço.
Presunção de Veracidade dos Sistemas de Referência
Acórdão 2654/2015-Plenário:
Nos processos de fiscalização de obras, presume-se que os
referenciais oficiais da Administração refletem os preços de
mercado, razão pela qual podem e devem ser considerados
para a análise de adequação de preços e apuração de
eventual superfaturamento. Alegações em contrário devem
ser comprovadas com base em elementos fáticos que
permitam afastar os preços de referência utilizados pelo TCU.
Presunção de Veracidade dos Sistemas de Referência
Acórdão 1637/2016-Plenário:
69. Conforme jurisprudência do TCU, os sistemas
referenciais oficiais da Administração, como todo documento
público, gozam de presunção de veracidade e de
legitimidade, ou seja, refletem os preços de mercado, razão
pela qual podem e devem ser considerados para a análise de
adequação de preços e apuração de eventual
superfaturamento. Compete aos responsáveis comprovarem
alegações em contrário a partir de elementos fáticos que
demonstrem a inadequação ou a necessidade de adequação
dos preços extraídos de sistemas de referência.
Elementos do custo direto
172
Mão de Obra
Mão de obra
• Os custos horários de mão de obra podem ser obtidos à
partir de sistemas referenciais de custos ou de
convenções coletivas de trabalho (ou pesquisas
específicas, em casos excepcionais), acrescidos dos
respectivos encargos sociais e trabalhistas;
• Os coeficientes de produtividade são obtidos por
apropriação de custos, em campo.
• A produtividade do trabalho é frequentemente o maior
fator de risco sobre os custos da obra. Também é a maior
fonte de incertezas sobre o cumprimento de prazos
contratuais.
174
Algumas Fontes Referenciais para Salários
• Sinapi e outros sistemas referenciais
• Salariômetro
http://www.salarios.org.br/#/salariometro
• www.cahto.com.br
• Acordos, convenções e dissídios coletivos
Sistema mediador do Ministério do Trabalho
http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/
• Datafolha (Piso salarial das ocupações do CBO)
http://www.pisosalarial.com.br/salarios/tabela-salarial/
175
Produtividade da Mão de obra
• A produtividade da mão de obra na construção civil é uma
importante preocupação dos construtores e proprietários,
bem como dos engenheiros de custo. Os custos de
construção e cumprimento de cronogramas dependem
extremamente da qualidade do planejamento da execução
do projeto e da área do canteiro de obras. A produtividade
do trabalho é frequentemente o maior fator de risco sobre os
custos da obra. Também é a maior fonte de incertezas sobre
o cumprimento de prazos contratuais.
• Os prazos e orçamentos – que são estimados, são
combinados principalmente com base em dados históricos
de performance. No entanto, este método não demonstra
porque a produtividade diminui ou sai de controle em alguns
casos. Também não oferece suporte para decisões ou ações
corretivas para aumentar a produtividade do processo de
176
trabalho.
Mão de obra
• Para significativas otimizações no prazo e custo do empreendimento, a
medida direta de produtividade deve ser utilizada. No gráfico a seguir é
apresentado um típico resultado obtido a partir deste tipo de análise
(AACE):
Ajustes em Instruções; 7%
equipamentos; 2%
Deslocamentos; 15%
Trabalho Efetivo;
Esperas de
49%
Ferramentas,
materiais e
transportes; 4%
Planejamento; 5%
Esperas; 15%
Necessidades
Pessoais; 3% 177
Mão de obra
A AACE apresenta as principais causas de perda de produtividade:
• Absenteísmo. Quando uma equipe está no seu pico produtivo, a ausência
de qualquer integrante pode influir na taxa de produção da equipe, pois a
equipe pode ser incapaz de produzir a mesma taxa de produção com
menos recursos ou talvez com um mix diferente de níveis de habilidades e
experiências.
• Condições climáticas adversas. Chuvas e condições climáticas adversas
são fatores esperados em quase todos os projetos. Porém, serviços
sensíveis ao tempo podem ter produtividade diminuída até mesmo em
períodos de tempo bom, caso estes sejam intercalados entre períodos de
chuva. As operações de compactação são um exemplo clássico, exigindo
vários dias de tempo bom, após a ocorrência de chuvas fortes, para atingir
condições ideais de execução.
• Falta de mão de obra qualificada. É sabido que a qualidade da mão de
obra está intimamente ligada à produtividade, dentro do princípio de fazer
alguma coisa corretamente e com eficiência. Os índices de produtividade
poderão ser substancialmente aumentados com a utilização de mão de obra
qualificada.
178
Mão de obra
• Mudanças de projeto e retrabalho. É esperado que todos os projetos
sofrem algum tipo de alteração durante a construção. No entanto,
mudanças fora do escopo do trabalho previsto, bem como múltiplas
mudanças também impactam a produtividade da mão de obra. A
necessidade de descartar o trabalho realizado, os atrasos para
atendimento das alterações de projeto, a necessidade de
replanejamento e novo sequenciamento trabalho, por exemplo, também
podem causar a queda da produtividade.
• Aceleração da Execução. A redução, intencional ou não-intencional, do
prazo de implantação do projeto pode resultar no uso de vários turnos de
trabalho e de horas extraordinárias de trabalho. Também pode ocorrer a
contratação de mais mão de obra que possa ser gerida de forma eficaz e
coordenada.
• Rotatividade de mão de obra. Se a equipe de trabalho sobre de
elevada rotatividade, é improvável que alcance elevada produtividade
simplesmente porque um ou vários membros da equipe podem ainda
estar na curva de aprendizado. Assim, a produção de toda a equipe fica
afetada. 179
Mão de obra
• Aglomeração de trabalhadores. Para alcançar boa produtividade, cada
membro da equipe deve ter espaço de trabalho suficiente para
desenvolver seu trabalho sem interferir com outros integrantes da
equipe. Quando mais trabalhadores são colocados para trabalhar em
uma área delimitada é provável eu a interferência possa ocorrer,
reduzindo a produtividade.
• Projetos deficientes ou incompletos. Quando desenhos ou
especificações estão com erros, ambigüidade ou simplesmente não
estão claras o suficiente, é provável haver declínio de produtividade, pois
os integrantes da equipe não estão certos sobre a forma exata de
desenvolver suas atribuições ou simplesmente vão perder mais tempo
interpretando os projetos.
• Diluição da supervisão. Quando as equipes estão divididas para
realizar o trabalho em vários locais ou quando o trabalho é
constantemente alterado ou resequenciado, a supervisão de campo é
muitas vezes incapaz de efetivamente executar a sua tarefa primordial –
observar se as equipes trabalham de forma produtiva.
180
Mão de obra
• Excesso de horas extras. Vários estudos documentaram o fato que a
produtividade declina conforme o trabalho extraordinário se prolonga. As
razões mais comuns para este fato incluem a fadiga dos trabalhadores,
o absenteísmo incremental, a perda de qualidade dos acabamentos,
maior número de acidentes de trabalho e redução da efetividade da
supervisão.
• Falta de coordenação entre os construtores, subcontratados e
fornecedores. Se a equipe de gerência do projeto falha em obter os
materiais, serviços subcontratados e equipamentos no lugar correto e na
hora certa, a produtividade da equipe pode reduzir.
• Fadiga. Os trabalhadores que estão cansados tendem a retardar o
trabalho, cometer mais erros do que o normal, e sofrem mais acidentes.
Assim, a produtividade pode diminuir para a equipe inteira
• Fatores relacionados às relações de trabalho. Exigências legais,
condições inseguras de trabalho, questões de segurança de acesso às
instalações, alarmes de evacuação em instalações existentes, emissão
intempestiva de licenças de acesso. Todos estes fatores podem impactar
adversamente a produtividade do trabalho.
181
Mão de obra
• Curva de aprendizado. Em toda a obra há uma típica curva de
aprendizado, enquanto as equipes se familiarizam com o projeto, sua
locação, padrões de qualidade requeridos e layout do canteiro de obras.
• Escassez de material, ferramentas e equipamentos. Se a equipe não
tem todos os insumos para o trabalho disponíveis na hora e lugar
corretos, sua produtividade provavelmente será reduzida. O mesmo
acontece se o trabalho for executado com ferramentas ou equipamentos
de alguma forma sub ou superdimensionados ou inapropriados para a
execução das tarefas.
• Trabalho realizado fora da sequencia. Quando não é seguida uma
ordem lógica na execução dos trabalhos, a produtividade pode ser
afetada.
• Restrições na área de trabalho ou no canteiro de obras. Se as
equipes tiverem dificuldades para chegar às frentes de serviço ou se
estas forem distantes ou tiverem acesso limitado, haverá perda de
produtividade da mão de obra, pois maior parte do tempo diário de
jornada será gasto com deslocamentos ou esperas.
182
Mão de obra
• Condições das frentes de serviço. Condições físicas (solos saturados,
por exemplo), logísticas (presença de linhas de força, por exemplo),
ambientais (proibições de executar construções em certas áreas durante
algumas épocas do ano) e legais (proibições de produzir ruídos durante
determinados horários do dia) podem afetar a produtividade.
183
Estudo de Caso: Impeditividade da Mão de obra
184
Estudo de Caso: Impeditividade da Mão de obra
• O TCU rejeitou tal alegação entendendo que a impeditividade da mão de
obra já se encontra prevista tanto no Sicro quanto no Sinapi, utilizados
como parâmetro para avaliação do custo da obra.
• Além disso, o Acórdão 2.735/2017-Plenário teve as seguintes conclusões:
a) os aspectos considerados pela Petrobras a título de impeditividade não
são exclusivos de obras daquela estatal;
b) o maior valor relativo à impeditividade refere-se ao deslocamento (11,36%)
e acatar tal remuneração configuraria estímulo à contratada a instalar o
canteiro o mais distante possível da área de serviços;
c) a Petrobras não considera no cômputo do cálculo da impeditividade as
externalidades positivas advindas do ganho de produtividade da mão de obra
treinada;
d) não se comprovou que a obra de terraplanagem da Refinaria distinguia-se
de obras rodoviárias convencionais;
e) As premissas utilizadas para compor os custos horários dos equipamentos
no Sicro agregam conservadorismos às análises empreendidas.
185
Apropriação do coeficiente de produtividade
da mão de obra
186
Mão de Obra: Produtividades
187
Estimativa de produtividade – Mão de obra (método da TCPO)
188
Estimativa de produtividade – Mão de obra (Sinapi)
“Árvore de Composições”
Exemplo: Alvenaria de Vedação
189
Exemplo do Contrapiso
RUP
adotada
Global
Direta
Oficiais
Apoio Ajudante
Ajudantes
Operários Envolvidos
OFICIAL
+
AJUDANTE
DIRETO
+
APOIO
COMPOSIÇÕES AUXILIARES
Encargos Sociais Básicos
Mão de obra + encargos
194
Mensalistas
• Os custos com a mão de obra mensalista
são apropriados considerando o total de
horas remuneradas. Independe do
período efetivamente trabalhado.
• O percentual de encargos para
mensalistas incide normalmente sobre o
salário de integrantes da equipe técnica e
administrativa.
195
Horistas
• Os custos com a mão de obra horista
são apropriados considerando-se
apenas as horas efetivamente
trabalhadas.
• O percentual de encargos sociais para
horistas incide normalmente sobre o
salário de operários remunerados por
horas efetivamente trabalhadas,
tomadas por apontadores. As
composições de custo direto
comumente consideram encargos
sociais dos horistas (pedreiros,
serventes, carpinteiros, armadores,
etc.). 196
Horistas x Mensalistas
• Topógrafos, niveladores, operadores,
desenhistas, motoristas, feitores,
encarregados são horistas ou
mensalistas?
• Resposta: Podem ser tanto horistas
quanto mensalistas. Depende de como
os seus custos são apropriados!
197
Conversão de Salários de Horistas para
Mensalistas
198
Conversão de Salários de Horistas para
Mensalistas
199
Conversão de Salários de Horistas para
Mensalistas
Forma equivocada de orçar o engenheiro na administração local:
Como se observa, o valor mensal pago pelo engenheiro é superior ao seu salário mensal
acrescido dos encargos de mensalista.
Acórdão 2462/2014-Plenário:
Taxa de encargos sociais de mão de obra horista acima da
prevista no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices
da Construção Civil (Sinapi) não é suficiente, isoladamente,
para permitir a desclassificação de licitante, visto que o art. 3°
do Decreto 7.983/2013 estabelece limite para os preços
unitários e não para as parcelas componentes dos preços
unitários.
202
Encargos Sociais do Sinapi
203
Dados da Caged
• O CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados é um
banco de dados público; de caráter oficial; com dados divulgados na
internet apresentando admissões, desligamentos, estoque de
trabalhadores, possibilidade de consulta por período
(mês/ano/período atribuído) e setorial.
• Os dados sobre permanência média dos empregados podem ser
obtidos no CAGED realizando-se consulta em:
http://bi.mte.gov.br/cagedestabelecimento/pages/consulta.xhtml#
208
Tópicos Especiais sobre Encargos Sociais
• Desoneração da Folha de Pagamento
– A Lei 12.844/2013 estabeleceu a desoneração da folha
de pagamento na construção civil, extinguindo a
contribuição patronal do INSS de 20% sobre a folha de
pagamento, mas instituindo uma nova contribuição 2%
sobre a receita bruta.
– Apenas algumas CNAE foram desoneradas.
– Posteriormente, a Lei 13.043/2014 tornou a
desoneração da folha permanente.
– A Lei 13.161/2015 tornou a desoneração da folha
facultativa e elevou a CPRB para 4,5%.
209
Tratamento Diferenciado: edificações x infraestrutura
• Há um tratamento diferenciado entre as empresas de
edificação (412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0) e as empresas
de infraestrutura (421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0).
• Art. 9o ........................................................................
• § 13. A opção pela tributação substitutiva prevista nos arts. 7o e 8o será
manifestada mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a
receita bruta relativa a janeiro de cada ano, ou à primeira competência
subsequente para a qual haja receita bruta apurada, e será irretratável
para todo o ano calendário.[empresas de infraestrutura]
• (...)
• § 16. Para as empresas relacionadas no inciso IV do caput do art. 7o, a
opção dar-se-á por obra de construção civil e será manifestada mediante
o pagamento da contribuição incidente sobre a receita bruta relativa à
competência de cadastro no CEI ou à primeira competência subsequente
para a qual haja receita bruta apurada para a obra, e será irretratável até
o seu encerramento. [empresas de edificação]
1 – Qual legislação rege as contribuições
previdenciárias e a desoneração da folha
de pagamento?
• Lei nº 8.212/91, Lei nº 12.546/2011, Lei nº
12.715/2012, com as alterações promovidas
pelas Leis nº 12.844/2013 e 13.161/2015, e
Decreto nº 7.828/2012.
• Instrução Normativa RFB 1.436/2013, com
alterações.
211
2 – No âmbito da construção civil, quais
atividades estão inseridas no regime da
desoneração?
212
2 – No âmbito da construção civil, quais
atividades estão inseridas no regime da
desoneração?
• CNAEs – Grupo 2 (vigência a partir de 01/01/2014)
• 421 construção de rodovias e ferrovias, de urbanização e
de tuneis e pontes, viadutos e etc.;
• 422 obras de infraestrutura para energia elétrica,
telecomunicações, água, esgoto, e transporte por dutos;
• 429 demais obras de infraestrutura; e
• 431 demolição, terraplanagem, perfurações, sondagem e
demais obras de preparação de terrenos.
213
3. Quais contribuições são substituídas
pela contribuição sobre a receita bruta?
• A Contribuição Previdenciária sobre a
Receita Bruta (“CPRB”), de 4,5% sobre o
faturamento bruto, substitui apenas a
contribuição previdenciária patronal de 20%
sobre a folha de salários, não alterando a
forma de recolhimento da contribuição para
o RAT e a contribuição para outras
entidades e Fundos (terceiros).
214
A Escolha do Regime pela Empresa
4. Qual regime deverá adotar a empresa
responsável pela inscrição da obra no CEI?
• Quando a empresa for responsável pela inscrição
da obra no Cadastro Específico do INSS (“CEI”),
esta poderá optar pelo recolhimento da
contribuição sobre a receita bruta apurada para a
obra ou sobre a folha de pagamentos,
independente do regime escolhido para o ano-
calendário.
• No entanto, a legislação traz uma diferenciação
quanto às obras já matriculadas antes da
publicação da Lei nº 13.161/2015. É o que segue:
215
A Escolha do Regime pela Empresa
• Obras matriculadas até outubro de 2015
• Permanecerá a contribuição de 2% até o seu
término para as seguintes obras:
– matriculadas no CEI no período compreendido entre 1º
de abril de 2013 e 31 de maio de 2013;
– matriculadas no CEI no período compreendido entre 1º
de junho de 2013 até 31 de outubro de 2013, nos casos
em que houve opção pelo recolhimento da CPRB; e
– matriculadas no CEI até o dia 30/10/2015
216
A Escolha do Regime pela Empresa
• Obras matriculadas a partir de novembro de 2015
• Para as empresas com atividades enquadradas
nas CNAEs 412, 432, 433 e 439, a opção pela
desoneração dar-se-á por obra de construção
civil, a qual será manifestada mediante o
recolhimento da CPRB relativa à competência de
cadastro no CEI, ou à primeira competência
subsequente em que haja receita bruta apurada
para a obra, sendo a opção irretratável até o seu
encerramento.
• Cabe ressaltar que as empresas de construção de
obras de infraestrutura (Grupos 421, 422, 429 e
431 da CNAE) não poderão fazer a opção por
obra de construção civil. 217
A Escolha do Regime pela Empresa
5. Qual regime deverá adotar a empresa que
presta serviços para obras de terceiros
(subcontratada), não sendo responsável pela
matrícula no CEI?
• A empresa subcontratada, que não faz inscrição
de obra no CEI, poderá optar pelo recolhimento da
contribuição previdenciária sobre a folha de
pagamento ou sobre a receita bruta. Uma vez feita
a opção, a empresa deverá fazer o recolhimento
na forma do regime escolhido para todos os
contratos, independentemente se a obra para a
qual está prestando serviços estiver em outro
regime de tributação.
218
Recolhimento das Contribuições
6. Como deve ser feito o recolhimento das
contribuições para as empresas enquadradas no
regime de desoneração?
• O recolhimento da contribuição patronal sobre a
folha continua a ser feito em Guia da Previdência
Social – GPS, por estabelecimento da empresa,
com aplicação do redutor.
• A contribuição substitutiva incidente sobre a receita
bruta deve ser recolhida em DARF, de forma
centralizada pelo estabelecimento matriz,
utilizando-se do código 2985 para serviços e 2991
para indústria.
• Base legal: Ato Declaratório Executivo CODAC nº
219
86/2011)
Desoneração da Folha de Pagamento
7. Como tratar os empregados da obra e os da
administração central?
• As regras de recolhimento de desoneração por CEI
aplicam-se somente aos empregados vinculados
especificamente às obras matriculadas no CEI de
responsabilidade da empresa construtora.
• A contribuição patronal relativa aos segurados
administrativos das empresas de construção civil
seguirá a mesma sistemática estabelecida para o
recolhimento da contribuição previdenciária
efetuada no CNPJ da empresa.
220
A Escolha do Regime pela Empresa
8. No caso de empresa que apura faturamento
em duas atividades distintas, estando somente
uma delas possibilitada de enquadramento nas
regras da Lei nº 12.844, como se deve apurar a
contribuição previdenciária patronal?
• A empresa que exercer atividades distintas, isto é,
enquadradas em grupos da CNAE abrangidos e
não abrangidos pela desoneração, deve
considerar apenas a CNAE principal para verificar
se a empresa poderá ou não optar pelo regime da
CPRB. Para esse propósito, considera-se CNAE
principal o da atividade que representa maior
receita para a empresa.
• Base legal: art. 9, §9º da Lei 12.546. 221
A Escolha do Regime pela Empresa
9. Empresas do setor de construção civil
optantes pelo SIMPLES estão sujeitas ao novo
regime?
• As micro e pequenas empresas optante pelo
regime do SIMPLES Nacional, em regra, não
estão sujeitas ao recolhimento da contribuição
previdenciária sobre a receita bruta. No entanto,
conforme orientação da Receita Federal, a micro e
pequena empresa do setor de construção civil,
enquadrada no Anexo IV da Lei do Simples (LC
123/06), são exceção à regra e podem se sujeitar
ao regime da desoneração.
• Base legal: Solução de Consulta nº 35/13
222
Lei 13.161/2015
• Torna a desoneração facultativa;
• Permite ao construtor optar pela contribuição de 20%
sobre a folha pagamento ou de 4,5% sobre o faturamento
bruto.
• No caso de obras de edificação, a opção dar-se-á por obra
de construção civil e será manifestada mediante o
pagamento da contribuição incidente sobre a receita bruta
relativa à competência de cadastro no CEI ou à primeira
competência subsequente para a qual haja receita bruta
apurada para a obra, e será irretratável até o seu
encerramento.
• A contribuição das obras que já estavam desoneradas
permanecerá com a alíquota de 2% até o seu
encerramento.
Impacto da Desoneração nos
Orçamentos de Obras
Impacto da Desoneração nos Encargos Sociais
225
Impacto da Desoneração BDI
226
Orçar com desoneração, sem
desoneração ou o menor
dentre essas possibilidades?
A escolha do regime de recolhimento
previdenciário
• Ainda não há entendimento do TCU sobre o tema.
• Recomenda-se orçar a obra não desonerada (com
inclusão de INSS de 20% nos encargos sociais) e a obra
desonerada (com CPRB de 4,5% no BDI e 0% de INSS),
adotando a alternativa que resultar no menor valor de
orçamento.
• O edital de licitação deve deixar expresso qual foi o critério
utilizado pela administração e estabelecer que caberá a
cada licitante escolher o regime que lhe parecer mais
adequado, esclarecendo que ganhará a licitação a
empresa que ofertar o menor preço no certame,
independentemente do regime adotado, não cabendo
nenhum pleito posterior de aditamento contratual em
virtude da escolha realizada.
A escolha do regime de recolhimento previdenciário
Visão da Administração Pública
• Se “X” e o valor da mão de obra e “P” é o valor total da
obra, pode-se afirmar que o equilíbrio entre os regimes
ocorreria na seguinte situação (admitindo que a redução
efetiva nos encargos sociais é de 29,38%, no regime
desonerado, enquanto a elevação de um BDI de 25% com
CPRB de 4,5% é de 6,33%):
0,2938 . X = 0,0633 . P ou
236
Tópicos Especiais sobre Encargos Sociais
• Horas Extras, Adicional Noturno e Obras em Vários Turnos de Trabalho
•Com relação às horas extras, trata-se de uma decisão gerencial da contratada, que
geralmente não pode ser mensurada com precisão pela administração. Portanto, em
regra, a administração não deve prever a remuneração dessas horas no seu
orçamento de referência. Contudo, em algumas situações o prazo estabelecido para
conclusão da obra ou para a prestação dos serviços exige a aceitação de
determinado percentual de horas-extras para os empregados da contratada.
•O valor da hora extra simples é remunerado com 50% de acréscimo em relação à
hora normal. Podem ocorrer casos em que os empregados façam juz ao pagamento
de hora extra com 100% de acréscimo em relação à hora normal, situação que
ocorre quando o serviço é prestado nos domingos e feriados.
237
Tópicos Especiais sobre Encargos Sociais
• Acórdão 479/2015-Plenário:
52. Todavia, solicitei que minha assessoria realizasse exame da referida peça, a qual
chegou às seguintes conclusões:
(...)
52.3. Há previsão injustificada de horas-extras para diversas categorias
profissionais, o que, a princípio, é uma decisão gerencial da empresa, não
devendo a Administração Pública prever no orçamento-base da licitação a
adoção de tal prática pela futura contratada.
52.4. Há previsão de pagamento de adicional de insalubridade para os
profissionais de segurança do trabalho, o que se afigura injustificado, pois
diversas outras categorias profissionais da construção civil trabalham nos
mesmos ambientes e condições, não fazendo jus ao referido benefício
trabalhista.
238
Estudo de Caso – Aceleração de Execução – Obra
Executada em Vários Turnos
Pleito: Considere que foi contratada a execução de um próprio nacional
correspondente a um prédio residencial de 8 pavimentos com unidades autônomas
de 2 quartos, conforme ilustrado a seguir:
Maio/2014
Insumos
Valor (%)
Encargos Complementares 116.423,66 6,51%
Equipamentos 2.704,84 0,15%
Mão de Obra 573.407,56 32,07%
Materiais 1.010.714,67 56,53%
Ferramentas e EPI 84.773,70 4,74%
Total 1.788.024,43 100,00%
Estudo de Caso – Aceleração de Execução – Obra
Executada em Vários Turnos
Pleito: A obra foi contratada para ser executada em turno diurno e ritmo normal de
execução. A curva ABC da planilha orçamentária encontra-se parcialmente
sintetizada a seguir:
DAT A DE PREÇO: 08/2014
DESCRIÇÃO : BLOCO RESIDENCIAL MULT IFAMILIAR DE 8 PAVIMENT OS-T IPO COM 1 ELEVADOR, SENDO 1 PAVIMENT O-T IPO NO T ÉRREO. INCLUI EDÍCULAS:
GUARIT A, DEPÓSIT O, QUART O E BANHEIRO DE SERVIÇO. NÃO POSSUÍ GARAGEM COBERT A. SÃO 4 APART AMENT OS POR PAVIMENT O, T OT ALIZANDO 32
UNIDADESHABIT ACIONAIS, SENDO CADA UNIDADE COMPOST A POR SALA, 2 QUART OS, CIRCULAÇÃO, COZINHA/ÁREA DE SERVIÇO E BANHEIRO. ALÉM
DESSES HÁ UMA T ORRE COM PAVIMENT OS DE CASA DE MÁQUINAS, BARRILET E E RESERVAT ÓRIO DE ÁGUA SUPERIOR.
INSUMO DESCRIÇÃO DO INSUMO UNIDADE Q UANTIDADE CUSTO UNITÁRIO CUSTO TO TAL (%) PESO (%) ACUMULADO
4750 PEDREIRO H 12700,75599 R$ 12,46 R$ 158.372,94 8,83 8,83
6111 SERVENT E H 18376,75788 R$ 8,04 R$ 147.927,46 8,25 17,09
JANELA DE CORRER EM ALUMÍNIO, SÉRIE 25, SEM
BANDEIRA, COM 4 FOLHAS PARA VIDRO, (DUAS FIXAS
E DUAS MÓVEIS) 1,60 X 1,10 M (INCLUSO GUARNIÇÃO
597 E VIDRO LISO INCOLOR) M2 184,04 R$ 479,96 R$ 88.331,83 4,92 22,02
CONCRET O USINADO BOMBEAVEL COM BRIT A 0 E 1,
SLUMP = 100 MM +/- 20 MM, FCK = 20 MPA (INCLUI
1524 SERVICO DE BOMBEAMENT O) M3 343,9044 R$ 240,00 R$ 82.537,05 4,60 26,62
27 ACO CA-50, 16,0 MM, VERGALHAO KG 18014,04 R$ 3,96 R$ 71.335,59 3,98 30,60
ALIMENT ACAO (ENCARGOS COMPLEMENT ARES)
37370 *COLET ADO CAIXA* H 54403,58848 R$ 1,30 R$ 70.724,66 3,94 34,55
1379 CIMENT O PORT LAND COMPOST O CP II-32 KG 154456,2991 R$ 0,41 R$ 64.562,73 3,60 38,15
BLOCO CERAMICO (ALVENARIA DE VEDACAO), DE *9
7266 X 19 X 19* CM MIL 108,105364 R$ 480,00 R$ 51.890,57 2,89 41,05
AREIA MEDIA - POST O JAZIDA / FORNECEDOR (SEM
370 FRET E) M3 641,3838868 R$ 80,00 R$ 51.310,71 2,86 43,91
1213 CARPINT EIRO DE FORMAS H 3670,54559 R$ 12,46 R$ 45.770,11 2,55 46,47
T RANSPORT E (ENCARGOS COMPLEMENT ARES)
37371 *COLET ADO CAIXA* H 54403,58848 R$ 0,71 R$ 38.626,54 2,15 48,62
4783 PINT OR H 2772,42972 R$ 12,46 R$ 34.571,00 1,92 50,55
12893 BOT A COURO SOLADO DE BORRACHA VULCANIZADA PAR 937,4067423 R$ 29,90 R$ 28.034,61 1,56 59,28
Dias H.N. H.N.* H. E. tipo I H. E.* tipo I H. E. tipo II H. E.* tipo II H. E. tipo III H. E.* tipo III
Segunda 8,00
Terça 8,00
Quarta 8,00
Quinta 8,00
Sexta 8,00
Sabádo 4,00 2,00 2,00
Domingo
Total* 44 2 2
Encargos
AD H. E. AD Noturno
Sociais
44,00 H.N. 123,50% 98,34
H.N.*
2,00 H. E. tipo I 123,50% 50,00% 6,71
H. E.* tipo I
2,00 H. E. tipo II 123,50% 50,00% 6,71
H. E.* tipo II
H. E. tipo III
H. E.* tipo III
Dias H.N. H.N.* H. E. tipo I H. E.* tipo I H. E. tipo II H. E.* tipo II H. E. tipo III H. E.* tipo III
Segunda 4,00 4,00
Terça 4,00 4,00
Quarta 4,00 4,00
Quinta 4,00 4,00
Sexta 4,00 4,00
Sabádo 4,00 2,00 2,00
Domingo
Total* 24 20 2 2
Encargos
AD H. E. AD Noturno
Sociais
24,00 H.N. 123,50% 53,64
20,00 H.N.* 123,50% 37,14% 61,30
H. E. tipo I
2,00 H. E.* tipo I 123,50% 50,00% 37,14% 9,20
H. E. tipo II
2,00 H. E.* tipo II 123,50% 50,00% 37,14% 9,20
H. E. tipo III
H. E.* tipo III
O acréscimo de encargos sociais de 22,8% (146,3% - 123,5%) deve ser aplicado sobre
o percentual de 32,07%, que equivale à participação da mão de obra no custo total
de construção.
O resultado procurado corresponde a um aumento de custo de 7,31% do valor
contratual.
É de se analisar também se existirão outros acréscimos em função do trabalho
noturno (engenheiros, vigias, mestres de obras adicionais), iluminação, etc.)
Horas in itinere
• Sob a ótica da legislação trabalhista em vigor durante a execução da
obra, o Tribunal Superior do Trabalho consolidou a sua jurisprudência
por intermédio da Súmula 90, cuja redação é a seguinte:
253
Metodologia Adotada
Foram calculadas pela incidência proporcional a uma hora de
trabalho (considerando a jornada diária de trabalho = 7,33h –44h semanais/6 dias)
Custo de transporte:
Com um custo diário de R$ 5,20 (dois vales-transportes diários), temos:
Custo Horário de transporte = R$ 5,20 / 7,33h = R$ 0,71 / hora
Custo de alimentação:
Se o custo diário for de R$ 9,53, obtemos:
Custo Horário de alimentação = R$ 9,53 / 7,33h = R$ 1,53 / hora
Encargos Complementares no SINAPI
A soma de todos os custos representa valor referencial do custo
horário para o caso estudado e, somado ao valor horário pago aos
trabalhadores (remuneração + encargos) passa a integrar as
composições de serviços.
CARPINTEIRO DE ESQUADRIA COM ENCARGOS
88261 H R$17,10
COMPLEMENTARES
1214 CARPINTEIRO DE ESQUADRIAS H 1,0000 R$ 12,58
ALIMENTACAO - HORISTA (ENCARGOS COMPLEMENTARES)
37370 H 1,0000 R$ 1,62
(COLETADO CAIXA)
TRANSPORTE - HORISTA (ENCARGOS COMPLEMENTARES)
37371 H 1,0000 R$ 0,89
(COLETADO CAIXA)
EXAMES - HORISTA (ENCARGOS COMPLEMENTARES)
37372 H 1,0000 R$ 0,34
(COLETADO CAIXA)
SEGURO - HORISTA (ENCARGOS COMPLEMENTARES)
37373 H 1,0000 R$ 0,07
(COLETADO CAIXA)
88236 FERRAMENTAS (ENCARGOS COMPLEMENTARES) - HORISTA H 1,0000 R$ 0,55
88237 EPI (ENCARGOS COMPLEMENTARES) - HORISTA H 1,0000 R$ 0,90
CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA CARPINTEIRO DE
95329 H 1,0000 R$ 0,15
ESQUADRIA (ENCARGOS COMPLEMENTARES) - HORISTA
•Pedreiro – 22,87%
•Soldador – 0,16%
•Pintor – 5,96%
•Servente – 46,40%
Memória de Cálculo
EPI
Memória de Cálculo
EPI – Servente (SP)
Memória de Cálculo
EPI – Kit Representativo
Estudos para:
-Pintor
-Soldador
-Servente
-Pedreiro
Memória de Cálculo
Ferramentas – Kit Representativo
X
+
275
Estimativa Consumo de Materiais – Método da TCPO
276
Perdas de Materiais
Natureza das perdas dos materiais
ENTULHO
INCORPORADA
ROUBO
$
Momento de incidência das perdas
Com relação a utilização do ICMS,
como proceder frente diferenças
de ICMS interestadual? Nos
custos unitários dos materiais de
tabelas referenciais deverão ser
inclusos os impostos: fretes,
diferença de ICMS e outros
tributos?
ICMS Interestadual
• Em geral, uma típica empresa de construção civil não é
contribuinte do ICMS. Assim, não cabe a aplicação da
alíquota interestadual de incidência da diferença de ICMS
para compor o custo referencial de materiais, em virtude do
disposto no art. 155, §2º, inciso VII, da Constituição Federal:
VII - em relação às operações e prestações que
destinem bens e serviços a consumidor final localizado
em outro Estado, adotar-se-á:
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for
contribuinte do imposto;
b) a alíquota interna, quando o destinatário não for
contribuinte dele;
VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá
ao Estado da localização do destinatário o imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna e a
interestadual;
ICMS Interestadual
• As empresas de construção civil, quando compram bens que serão
usados em suas obras são consideradas não-contribuintes do ICMS, pois
sua atividade está caracterizada pela prestação de serviço, que por sua
vez é o fato gerador do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza). Logo, a empresa de construção civil que comprar insumos
para sua obra em outro Estado, tendo em vista não ser contribuinte do
ICMS, deve se sujeitar à alíquota interna.
• Ocorre que, em razão da alíquota interestadual ser menor que a alíquota
interna, algumas empresas de construção civil identificam-se como
contribuintes do ICMS no momento da aquisição dos insumos em outros
Estados, aproveitando, assim, a alíquota interestadual.
• Porém, o inciso VIII também do art. 155 da CR/88 prevê que quando
incide a alíquota interestadual, caberá ao Estado da localização do
destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna
e a interestadual. E paradoxalmente, neste momento as empresas de
construção civil, argumentam ao Fisco de destino que não são
contribuintes do ICMS, para escaparem do diferencial de alíquota.
ICMS Interestadual
•Súmula 432 do STJ:
•As empresas de construção civil não estão obrigadas a pagar ICMS sobre
mercadorias adquiridas como insumos em operações interestaduais.
•Outro relevante julgado:
•TRIBUTÁRIO. ICMS. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART. 545,
DO CPC. VIOLAÇAO AO ART. 535 DO CPC. INOCORRÊNCIA. EMPRESAS DE
CONSTRUÇAO CIVIL. MERCADORIAS ADQUIRIDAS. OPERAÇÕES INTERESTADUAIS. NAO
INCIDÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA CONSAGRADA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
(...) 2. É assente na Corte que "as empresas de construção civil não são contribuintes do ICMS,
salvo nas situações que produzam bens e com eles pratiquem atos de mercancia diferentes da
sua real atividade, como a pura venda desses bens a terceiros; nunca quando adquirem
mercadorias e as utilizam como insumos em suas obras. Há de se qualificar a construção civil
como atividade de pertinência exclusiva a serviços, pelo que 'as pessoas (naturais ou jurídicas)
que promoverem a sua execução sujeitar-se-ão exclusivamente à incidência de ISS, em razão
de que quaisquer bens necessários a essa atividade (como máquinas, equipamentos, ativo fixo,
materiais, peças, etc.) não devem ser tipificados como mercadorias sujeitas a tributo estadual'
(José Eduardo Soares de Melo, in Construção Civil - ISS ou ICMS in RDT 69, pg. 253,
Malheiros)"(ERESP 149946/MS, Rel. Min. José Delgado, DJ 20/03/2000). 3.
Consequentemente, é inadmissível a retenção, pelos Estados, do diferencial de alíquotas
relativo à operações interestaduais efetuadas por empresa de construção civil para aquisição de
mercadorias sem objetivo de comercialização. 4. Agravo Regimental desprovido." (AgRg no Ag
687.218/MA , Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 04.05.2006, DJ 18.05.2006)
Como orçar e estimar os
custos de internalização de
materiais importados?
Custos com Internalização de Materiais Importados
285
Custos com Internalização de Materiais Importados
EXW – Ex Works: o produto e a fatura devem estar à disposição do importador
no estabelecimento do exportador. Todas as despesas e quaisquer perdas e
danos a partir da entrega da mercadoria, inclusive o despacho da mercadoria
para o exterior, são da responsabilidade do importador. Quando solicitado, o
exportador deverá prestar ao importador assistência na obtenção de
documentos para o despacho do produto. Esta modalidade pode ser utilizada
com relação a qualquer via de transporte.
286
Custos com Internalização de Materiais Importados
287
Custos com Internalização de Materiais Importados
288
Custos com Internalização de Materiais Importados
FOB – Free on Board: o exportador deve entregar a mercadoria,
desembaraçada, a bordo do navio indicado pelo importador, no porto de
embarque. Esta modalidade é válida para o transporte marítimo ou hidroviário
interior. Todas as despesas, até o momento em que o produto é colocado a
bordo do veículo transportador, são da responsabilidade do exportador. Ao
importador cabem as despesas e os riscos de perda ou dano do produto a partir
do momento que este transpuser a amurada do navio.
289
Custos com Internalização de Materiais Importados
CFR – Cost and Freight: o exportador deve entregar a mercadoria no porto de
destino escolhido pelo importador. As despesas de transporte ficam, portanto, a
cargo do exportador. O importador deve arcar com as despesas de seguro e de
desembarque da mercadoria. A utilização desse termo obriga o exportador a
desembaraçar a mercadoria para exportação e utilizar apenas o transporte
marítimo ou hidroviário interior.
290
Custos com Internalização de Materiais Importados
CIF – Cost, Insurance and Freight: modalidade equivalente ao CFR, com a
diferença de que as despesas de seguro ficam a cargo do exportador. O
exportador deve entregar a mercadoria a bordo do navio, no porto de embarque,
com frete e seguro pagos. A responsabilidade do exportador cessa no momento
em que o produto cruza a amurada do navio no porto de destino. Esta
modalidade só pode ser utilizada para transporte marítimo ou hidroviário interior.
291
Custos com Internalização de Materiais Importados
CPT – Carriage Paid to...: como o CFR, esta condição estipula que o
exportador deverá pagar as despesas de embarque da mercadoria e seu frete
internacional até o local de destino designado. Dessa forma, o risco de perda ou
dano dos bens, assim como quaisquer aumentos de custos são transferidos do
exportador para o importador, quando as mercadorias forem entregues à
custódia do transportador. Este INCOTERM pode ser utilizado com relação a
qualquer meio de transporte.
292
Custos com Internalização de Materiais Importados
CIP – Carriage and Insurance Paid to: adota princípio semelhante ao CPT. O
exportador, além de pagar as despesas de embarque da mercadoria e do frete
até o local de destino, também arca com as despesas do seguro de transporte
da mercadoria até o local de destino indicado. O CIP pode ser utilizado com
qualquer modalidade de transporte, inclusive multimodal.
293
Custos com Internalização de Materiais Importados
DAF – Delivered At Frontier: o exportador deve entregar a mercadoria no
ponto e local designados na fronteira, antes porém da linha limítrofe com o país
de destino. Este termo é utilizado principalmente nos casos de transporte
rodoviário ou ferroviário.
294
Custos com Internalização de Materiais Importados
DES – Delivered Ex Ship: modalidade utilizada somente para transporte
marítimo ou hidroviário interior. O exportador tem a obrigação de colocar a
mercadoria no destino estipulado, a bordo do navio, ainda não desembaraçada
para a importação, assumindo integralmente todos os riscos e despesas até
aquele ponto no exterior.
295
Custos com Internalização de Materiais Importados
DEQ – Delivered Ex Quay: o exportador deve colocar a mercadoria, não
desembaraçada para importação, à disposição do importador no cais do porto
de destino designado. Este termo é utilizado para transporte marítimo ou
hidroviário interior, ou multimodal.
296
Custos com Internalização de Materiais Importados
DDU – Delivered Duty Unpaid: o exportador deve colocar a mercadoria à
disposição do importador no local e ponto designados no exterior. Assume todas
as despesas e riscos para levar a mercadoria até o destino indicado, exceto os
gastos com pagamento de direitos aduaneiros, impostos e demais encargos da
importação. Este termo pode ser utilizado com relação a qualquer modalidade
de transporte.
297
Custos com Internalização de Materiais Importados
DDP – Delivered Duty Paid: o exportador assume o compromisso de entregar a
mercadoria, desembaraçada para importação, no local designado pelo importador,
pagando todas as despesas, inclusive impostos e outros encargos de importação.
Não é de responsabilidade do exportador, porém, o desembarque da mercadoria. O
exportador é responsável também pelo frete interno do local de desembarque até o
local designado pelo importador. Este termo pode ser utilizado com qualquer
modalidade de transporte. Trata-se do INCOTERM que estabelece o maior grau de
compromissos para o exportador.
298
Custos com Internalização de Materiais Importados
299
Custo de Internalização Materiais Importados
Pode-se simular os tributos com internalização no endereço eletrônico da Receita
Federal:
http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/ATRJO/SimuladorImportacao/default.ht
m
300
Custos com Internalização de Materiais Importados
Na simulação anterior foram aplicadas as fórmulas da IN
SRF 1401/2013:
301
Detalhamento das Despesas Alfandegárias
SDA Valor calculado com base em tabela fornecida pelo Sindicato dos Despachantes
Aduaneiros. O valor a ser recolhido equivale a 2% do valor CIF com mínimo de
US$ 90,00 e máximo de US$ 170,00
Transporte O valor do transporte é definido com base em tabela negociada com qualquer
transportadora. De forma geral, o custo do transporte é composto por três
variáveis: FRETE PESO, o qual é determinado em função do peso da carga; AD
VALOREM, o qual representa o seguro que o transportador contrata para o
transporte. O AD VALOREM equivale, na maioria das vezes, a 0,01% sobre CIF + II
+ IPI. A terceira despesa costuma ser uma taxa de expediente para emissão de
documentos e administração (+- US$ 30,00)
Armazenagem Dependendo do local de armazenamento, haverá uma taxa de armazenagem
específica. Por exemplo:
Carregamento Despesa cobrada pelo Armazém pela redestinação da carga quando a mesma
chega ao país. Em outras palavras, equivale ao custo de remoção da mercadoria
da zona portuária para o armazém onde a carga será desembaraçada. Carga
Solta (Média de US$ 10,00/ton. com mínimo de US$ 30,00) Container (margem
direita - US$ 50,00 p/ 20 pés e US$ 100,00 p/ 40 pés) Container (margem
esquerda-US$ 100,00 p/ 20 pés e US$ 150,00 p/ 40 pés).
303
Qual a melhor forma de se
calcular o custo do frete dos
materiais? Como utilizar
equações de transporte para
o cálculo de fretes?
Primeira Opção: Cotação direta com transportadoras
305
Segunda Opção: Utilização de momento de transporte (m3 x
km ou ton x km)
306
Terceira Opção: Uso de Equações de Transportes
• As operações de transporte podem ser classificadas em função do tipo
de material a ser transportado e das distâncias de deslocamento.
• Transportes locais são aqueles realizados no âmbito da obra para o
deslocamento dos materiais necessários à execução das diversas
etapas de serviço.
• A produção do equipamento de transporte depende do tipo de rodovia e
da distância percorrida – que vão determinar a velocidade média de
trajeto – e também do tempo de carga, descarga e manobras,
denominado tempo fixo.
• O manual do Sicro adota para os transportes a hora de cinquenta
minutos, que relaciona o tempo real em que o equipamento é utilizado
para o trabalho e o tempo total em que estaria disponível (50 min / 60
min = 0,83) e, para os transportes locais, esse fator é, ainda, multiplicado
por 0,90, que supõe a perda de 10% do tempo realmente utilizado no
trabalho em esperas causadas por interferências de outras frentes ou
equipamentos em serviço na obra. A influência do tráfego no percurso
local é considerada na velocidade média adotada, sendo consideradas
velocidades variáveis para os serviços de Construção, Restauração e
Conservação. 307
Uso de Equações de Transportes
• Sendo assim, para os transportes locais, o custo unitário em reais por
tonelada (R$/t) é dado pela expressão:
2 CHO CHO T
Custo unitário em R$/t Y X
V C E CE
Onde:
Y = Custo unitário em R$/t
X = distância percorrida em km
CHO = Custo Horário Operativo do Equipamento
V = velocidade média em km/h
C = capacidade útil do caminhão em t
E = fator de eficiência
T = tempo total de carga, descarga e manobras, em h
Y aX b 308
Uso de Equações de Transportes
• A parcela a.X representa o custo unitário correspondente ao transporte
propriamente dito e a parcela “b” representa o custo unitário
correspondente aos custos de carga, descarga e manobras.
• Transportes comerciais são os relativos ao deslocamento de materiais
que vêm de fora dos limites da obra. Devido às longas distâncias de
transporte, o valor de “b” (tempo de carga, descarga e manobras) é
desprezado, assim como as interferências de outras frentes ou
equipamentos em serviço na obra. Portanto, o fator de eficiência adotado
é de 0,83 (50min/60min). As velocidades adotadas são de 60 km/h para
rodovias pavimentadas e de 40 km/h para rodovias não pavimentadas.
309
Cotações de Materiais
• Ao se deparar com um insumo cujo preço não seja
contemplado pelos sistemas referenciais de preços
disponíveis para consulta, pode-se realizar cotações de
preços junto a fornecedores. Tal procedimento é previsto no
Decreto 7983/2013.
• Embora não seja aplicável à obras públicas, por analogia,
recomenda-se observar a IN SLTI 5/2014, que dispõe sobre o
procedimento administrativo para a realização de pesquisa
de preços para a aquisição de bens e contratação de
serviços em geral.
310
IN SLTI 5/2014 – Pesquisa de Preços
Art. 2º A pesquisa de preços será realizada mediante a
utilização de um dos seguintes parâmetros:
I - Painel de Preços, disponível no endereço eletrônico
http://paineldeprecos.planejamento.gov.br;
II - contratações similares de outros entes públicos, em
execução ou concluídos nos 180 (cento e oitenta) dias
anteriores à data da pesquisa de preços;
III - pesquisa publicada em mídia especializada, sítios
eletrônicos especializados ou de domínio amplo, desde que
contenha a data e hora de acesso; ou
IV - pesquisa com os fornecedores, desde que as datas das
pesquisas não se diferenciem em mais de 180 (cento e
oitenta) dias.
311
IN SLTI 5/2014 – Pesquisa de Preços
§1º Os parâmetros previstos nos incisos deste artigo poderão ser utilizados
de forma combinada ou não, devendo ser priorizados os previstos nos
incisos I e II e demonstrada no processo administrativo a metodologia
utilizada para obtenção do preço de referência.
§2º Serão utilizadas, como metodologia para obtenção do preço de
referência para a contratação, a média, a mediana ou o menor dos valores
obtidos na pesquisa de preços, desde que o cálculo incida sobre um
conjunto de três ou mais preços, oriundos de um ou mais dos parâmetros
adotados neste artigo, desconsiderados os valores inexequíveis e os
excessivamente elevados.
§3º Poderão ser utilizados outros critérios ou metodologias, desde que
devidamente justificados pela autoridade competente.
§4º Os preços coletados devem ser analisados de forma crítica, em
especial, quando houver grande variação entre os valores apresentados.
§5º Para desconsideração dos preços inexequíveis ou excessivamente
elevados, deverão ser adotados critérios fundamentados e descritos no
processo administrativo.
§6º Excepcionalmente, mediante justificativa da autoridade competente,
312
será admitida a pesquisa com menos de três preços ou fornecedores."
IN SLTI 5/2014 – Pesquisa de Preços
• Art. 3º Quando a pesquisa de preços for realizada com os
fornecedores, estes deverão receber solicitação formal
para apresentação de cotação.
• Parágrafo único. Deverá ser conferido aos fornecedores
prazo de resposta compatível com a complexidade do
objeto a ser licitado, o qual não será inferior a cinco dias
úteis.
• Art. 4º Não serão admitidas estimativas de preços obtidas
em sítios de leilão ou de intermediação de vendas.
• Art. 5º O disposto nesta Instrução Normativa não se aplica
a obras e serviços de engenharia, de que trata o Decreto
nº 7.983, de 8 de abril de 2013.
313
Cotações de Materiais
• São necessárias algumas cautelas na realização das
cotações, recomenda-se a adoção dos seguintes
procedimentos:
a) identificar os fornecedores e as especificações técnicas do insumo ou
serviço cujo preço se deseja obter;
b) consultar, de preferência por telefone ou e-mail privado, o preço do
serviço ou insumo procurado, tomando-se as devidas cautelas para
que a cotação contemple todas as partes do produto desejado, bem
como todas as especificações técnicas e custos a serem incorridos
pelo contratado (fretes, seguros, despesas tributárias, custos com
armazenagem, custos com instalação do equipamento etc.);
314
Cotações de Materiais
c) buscar, sempre que possível, a mesma marca do produto e cotar as
mesmas quantidades a serem aplicadas na obra;
d) conforme a quantidade a ser adquirida, deve-se cotar preços no
mercado varejista, no mercado atacadista ou junto aos seus
fabricantes;
e) obter o preço efetivo de mercado do bem, já que existe uma tendência
de se obter um preço “de tabela” diferente do preço de mercado,
quando se solicita uma proposta endereçada de um órgão público;
f) ter cuidado com o caráter temporal da resposta, pois o preço praticado
no mercado na data-base do orçamento pode ser sensivelmente
diferente do preço na data pesquisada;
g) registrar, sempre que possível, o nome do vendedor, a data e hora da
cotação, o preço coletado e as demais condições de pagamento e
entrega;
315
Cotações de Materiais
h) deflacionar a cotação obtida por índice que melhor reflita a
variação dos preços de mercado do item pesquisado; e
i) estimar ou buscar cotação específica para o custo do transporte,
se o fornecedor não se responsabilizar por esse serviço.
• Conhecido o preço “privado” do produto, deve-se procurar
obter uma proposta por escrito, endereçada ao órgão
contratante. Isso para afastar a presunção de que os
preços obtidos seriam superiores caso fossem cotados por
órgãos e entidades da Administração Pública.
• A pesquisa de mercado deve conter o mínimo de três
cotações de fornecedores distintos. Caso não seja
possível obter esse número de cotações, deve ser
elaborada justificativa circunstanciada. (Acórdãos
1.266/2011-Plenário, 837/2008-Plenário e 3.219/2010-
Plenário). 316
Cotações de Materiais
• A partir das cotações obtidas, deve-se realizar algum
tratamento estatístico sobre os valores coletados para se
obter um custo referencial. Entre outros critérios, pode ser
utilizada a média, mediana, moda, primeiro quartil ou valor
mínimo coletado.
• O gestor público sempre terá mais segurança jurídica
quando utilizar o valor mínimo. Tal critério estatístico
afigura-se razoável em algumas circunstâncias,
principalmente quando os fornecedores apresentaram
preços de tabela para o orçamentista.
• A média pode ser distorcida pelos valores nos limites
inferior e/ou superior do intervalo de variação.
317
Cotações de Materiais
• A mediana é sólida medida de tendência central e tem
como vantagem eliminar erros de coleta de preços. É o
critério utilizado pelo IBGE nas cotações realizadas para
alimentação do Sinapi.
• Por outro lado, o uso da mediana induz ao efeito cotação,
propiciando o descasamento entre o preço de referência e
o preço efetivo de mercado.
• Quando há um maior número de pesquisas de preço, o
primeiro quartil também é uma sólida referência de preços,
geralmente isento de erros de coleta e menos suscetível
ao “efeito cotação”.
318
Cotações junto a fornecedores
319
Cotações junto a fornecedores
• Acórdão 7.290/2013 – Segunda Câmara (voto condutor):
“24. ...não me parece razoável a exigência de que a orçamentação nestes
casos deva sempre considerar o menor preço cotado no mercado" indica
que, em muitos casos, devem-se adotar preços abaixo da média. Cabe ao
gestor avaliar o caso e fazer sua opção, justificando-a.
25. No caso de produtos simples, comumente encontrados em lojas
varejistas, o valor mínimo de uma cotação pode representar uma situação
momentânea, de uma "liquidação", por exemplo, e não corresponderá ao
preço praticado quando da efetiva aquisição.
26. Por outro lado, quando são cotados equipamentos fornecidos
exclusivamente por poucas empresas, de certo porte, deve-se sim adotar
o mínimo valor cotado, pois é de se presumir que haja estabilidade nesses
preços. É o caso de elevadores. Certamente, o preço cotado junto a uma
Atlas, Otis ou outra congênere não representa uma "liquidação" ou
promoção temporária.”
320
Cotações junto a fornecedores
• Acórdão 1565/2015 - Plenário:
A justificativa do preço em contratações diretas (art. 26, parágrafo único,
inciso III, da Lei 8.666/93) deve ser realizada, preferencialmente,
mediante: (i) no caso de dispensa, apresentação de, no mínimo, três
cotações válidas de empresas do ramo, ou justificativa circunstanciada se
não for possível obter essa quantidade mínima; (ii) no caso de
inexigibilidade, comparação com os preços praticados pelo fornecedor
junto a outras instituições públicas ou privadas.
321
É válida a utilização de cotações de preços obtidas em
jornais ou folhetos de propaganda, anúncios televisivos
ou mediante pesquisa por telefone?
322
Pesquisas de Mercado para os Materiais mais
Relevantes
Acórdão 2.984/2013 – Plenário:
• Efeito Barganha;
• Efeito Embalagem;
• Efeito Marca;
• Efeito Correlação;
• Efeito Imputação;
325
Cotações junto a fornecedores
326
Estimativa de Custo da
Administração Local da Obra,
Mobilização/Desmobilização
e Operação e Manutenção do
Canteiro de obras
Mobilização e desmobilização
328
Mobilização e desmobilização
• A quantidade de equipamentos é definida pelo
HISTOGRAMA DE EQUIPAMENTOS, elaborado a partir de
uma curva ABC de insumos e dos demais documentos que
compõem o planejamento da obra.
• O gestor público, ao elaborar o orçamento, não conhece a
licitante vencedora. Tal fato implica no desconhecimento do
local da sede da licitante vencedora, impossibilitando o
conhecimento das origens e das distâncias de transporte de
equipamentos e de pessoal.
• Nesse caso, adota-se alguma hipótese ou premissa sobre a
origem dos equipamentos e do pessoal a ser mobilizado.
• Em obras de edificação e saneamento de pequeno e médio
porte, executadas em grandes centros urbanos, pode-se
admitir que não existirão custos com mobilização de
pessoal e que os equipamentos serão mobilizados a partir
do próprio município (DMT menor ou igual a 50 Km).
Mobilização e desmobilização
Pode-se também adotar as premissas abaixo:
Caminhões diversos
Equipamentos para pavimentação
Veículos de Produção Capital mais próxima e terraplanagem
Grupos geradores
Bombas
330
Mobilização e desmobilização
Metodologia de Cálculo para Mão de Obra
Passagens Passagens Ajuda de
Profissional Quantidade Origem Aéreas Rodoviárias Custo Total
Gerente do Contrato 1 São Paulo 650,00 - 4.000,00 R$ 4.650,00
Coordenador Geral 1 São Paulo 650,00 - 4.000,00 R$ 4.650,00
Engenheiro 3 São Paulo 650,00 - 2.500,00 R$ 9.450,00
Chefe de Escritório/Contador 1 São Paulo 650,00 - 2.500,00 R$ 3.150,00
Chefe de Custos 1 São Paulo 650,00 - 2.500,00 R$ 3.150,00
Desenhista 4 São Paulo - 270,00 1.000,00 R$ 5.080,00
Técnico de Segurança do Trabalho 1 São Paulo - 270,00 1.000,00 R$ 1.270,00
Comprador 2 São Paulo - 270,00 1.000,00 R$ 2.540,00
Eletricista 2 São Paulo - 270,00 1.000,00 R$ 2.540,00
Mecânico 4 São Paulo - 270,00 1.000,00 R$ 5.080,00
Lubrificador 1 São Paulo - 270,00 1.000,00 R$ 1.270,00
Borracheiro 2 São Paulo - 270,00 1.000,00 R$ 2.540,00
Supervisor de Manutenção 1 São Paulo 650,00 - 2.500,00 R$ 3.150,00
Topógrafo 2 São Paulo 650,00 - 2.500,00 R$ 6.300,00
Ajudande de Topógrafo 2 São Paulo - 270,00 1.000,00 R$ 2.540,00
Encarregado de Turma 9 São Paulo - 270,00 1.000,00 R$ 11.430,00
Apontador 3 São Paulo - 270,00 1.000,00 R$ 3.810,00
Laboratorista 2 São Paulo - 270,00 1.000,00 R$ 2.540,00
Motorista de Caminhão 17 São Paulo - 270,00 1.000,00 R$ 21.590,00
Operador de Equipamento Pesado 34 São Paulo - 270,00 1.000,00 R$ 43.180,00
331
Mobilização e desmobilização
Metodologia de Cálculo para Equipamentos
Origem do Preço Parcial
Equipamento Quantidade Equipamento DMT (Km) PU (R$/Km) (R$)
Trator de Esteiras potência de 181 a 230 kW 2 São Paulo 400 5,5671 R$ 4.453,68
Carregadeira de Pneus potência até 140 kW 3 Recife 1800 2,0229 R$ 10.923,66
Escavadeira Hidráulica potência de 129 a 180 kW 4 Recife 1800 5,5851 R$ 40.212,72
Motoniveladora potência até 200 kW 4 Recife 1800 4,0458 R$ 29.129,76
Rolo Compactador até 11t 2 Recife 1800 1,3351 R$ 4.806,36
Rolo Compactador até 15t 4 São Paulo 400 2,0229 R$ 3.236,64
Rolo Compactador até 25t 4 São Paulo 400 4,0458 R$ 6.473,28
Retroescavadeira potência até 57kW 2 São Paulo 400 2,0229 R$ 1.618,32
Trator Agrícola potência até 80 kW 2 São Paulo 400 1,3351 R$ 1.068,08
Caminhão Basculante capacidade de 10m³ 17 São Paulo 400 2,4002 R$ 16.321,36
Caminhão Tanque capacidade de 10000 l 4 São Paulo 400 1,6792 R$ 2.686,72
Vibro-acabadora de Asfalto sobre Esteiras 80kW 1 São Paulo 400 2,0229 R$ 809,16
Aquecedor de Fluido Térmico 1 Fortaleza 2200 12,1374 R$ 26.702,28
Usina de Asfalto a Quente 1 Fortaleza 2200 24,3831 R$ 53.642,82
Total de Mobilização com Equipamentos R$ 202.084,84
332
Mobilização e desmobilização
Metodologia de Cálculo para Equipamentos
333
Mobilização e Desmobilização
334
Mobilização e Desmobilização
• Acórdão 477/2015–Plenário (Voto):
42. Conforme levantamento efetuado ...a partir dos diários de obras e dos
relatórios de fiscalização realizados pela Seinfra/PI, foi constatado que todos
os equipamentos necessários para a execução do objeto do Contrato
149/2008 já estavam no local da obra, uma vez coincidiam com os utilizados
no Contrato 54/2007, também executado pela [...] em período imediatamente
anterior.
43. Dito de outra forma, há indícios de que os equipamentos usados neste
ajuste foram aproveitados para a execução do contrato posterior, de modo
que não ocorreu 'desmobilização' no Contrato 54/2007 nem "mobilização" no
Contrato 149/2008.
44. Com relação ao assunto, entendo que a suposta utilização dos
equipamentos do primeiro ajuste na execução do segundo constitui vantagem
competitiva da empresa contratada que decorre de condição fática a ela
inerente, não tendo sido originada de fraude, visto que obrigada a cotar o
item, nem de descumprimento do projeto.
335
Mobilização e Desmobilização
• Acórdão 477/2015–Plenário (Voto):
45. Nesse sentido, embora o item "mobilização e desmobilização" constitua
custo direto e deva fazer parte da planilha orçamentária contratual, segundo a
jurisprudência do Tribunal e a prática atual de orçamentação, tais despesas,
em verdade, são acessórias e instrumentais à execução do objeto contratual,
de forma que a empresa contratada pode, dentro da margem de liberdade que
possui para executar o projeto, adotar as estratégias que entender
convenientes para executar a obra, desde que cumpra as especificações de
qualidade e prazo.
46. Dito de outro modo, se o preço orçado para fazer frente às despesas de
mobilização e desmobilização está compatível com o obtido a partir das
especificações de projeto e os custos de referência, se não há qualquer
impropriedade na estimativa de equipamentos e nas premissas adotadas na
orçamentação, enfim, se o preço proposto constitui a remuneração justa para
a consecução de tais dispêndios, que, repito, são acessórios à execução da
obra em si, entendo que a contratada tem direito à remuneração,
independentemente da forma como utiliza os valores a serem repassados
pela administração contratante.
336
Mobilização e Desmobilização
337
Instalação do canteiro de obras
• São os custos de construção das edificações e de
suas instalações (hidráulicas, elétricas,
esgotamento) destinadas a abrigar o pessoal
(casas, alojamentos, refeitórios, sanitários etc.) e
as dependências necessárias à obra, (escritórios,
barracões, laboratórios, oficinas, almoxarifados,
balança, guarita etc.).
• Também abrange o custo de montagem de alguns
equipamentos (central de britagem, usina de
CBUQ, central dosadora de concreto, gruas etc.).
• Custo de implantação dos arruamentos e caminhos
de serviço, além de distribuição de energia/água
(trat. esgoto/lixo) para toda a obra, equipamentos
de proteção coletiva.
338
Instalação do canteiro de obras
Metodologia do Sinapi
• O Sinapi apresenta referências para a elaboração de
Canteiros de Obra em 9 composições que permitem a
estimativa de custo, por m2, para a construção de escritórios,
refeitórios, almoxarifados, sanitários/vestiários e reservatórios
elevados de água.
• Para a elaboração das referências, a CAIXA observou as
diretrizes estabelecidas pelas normas regulamentadoras NR
18/2013 e NBR 12284/1991, bem como as práticas adotadas
no mercado.
• Os coeficientes dos itens (quantitativos dos insumos e
serviços) foram estimados com base na quantificação de
cada item dividido pela área de construção de plantas de
referência, que são meramente ilustrativas das áreas de
instalações de canteiro.
339
Instalação do canteiro de obras
Metodologia do Sinapi
340
Instalação do canteiro de obras
Metodologia do Sinapi – Exemplo: Escritório da Obra
341
Instalação do canteiro de obras
342
Manutenção do canteiro de obras
• Custos mensais de água, esgoto, energia elétrica,
telefone, internet, aluguel de equipamentos dos
barracões (computadores, impressoras/plotters,
eletrodomésticos), material de limpeza etc.;
• Quanto maior o prazo da obra, maior será esta
rubrica.
• Também considera o custo dos equipamentos e
mão de obra necessários para conservação do
canteiro e dos caminhos de serviço.
No presente estudo de caso, os custos com
manutenção do canteiro de obras estão
incorporados à composição de custo unitário da
Administração Local da obra.
343
Layout do Canteiro de Obras
Andaimes e Tela de Proteção
Considerou-se a
locação de andaimes
suficientes para
executar uma fachada
inteira do prédio
durante 4 meses.
Considerou-se que a
obra será assistida
com um elevador de
obra, que será locado
por um período de 6
meses.
Serviços do Canteiro de Obras
Apresentação da Planilha
Carga e transporte do Entulho Durante a Obra
• Metodologia adotada:
• Cada insumo foi analisado e classificado, considerando o material mais
significativo em sua composição, em classes e macrogrupos.
CLASSE
MACROGRUPO
conforme Resolução CONAMA 307/02
SOLO/TERRA
ROCHA
CONCRETO
A CIMENTO
ARGAMASSA
MATERIAL ASFÁLTICO
AREIA
GESSO
METAIS
MADEIRAS
PAPEL/PAPELÃO
B
PLÁSTICOS
VIDROS
SACO DE CIMENTO
BORRACHA
C POLIURETANO
SOLVENTES
TINTAS
D ÓLEOS
AMIANTO
CONTAMINADOS
Carga e transporte do Entulho Durante a Obra
• Metodologia adotada:
• Para determinar a quantidade de entulho por metro quadrado de
construção foi necessário converter as unidades dos insumos da tabela
do Sinapi em massa (kg) e volume (m³).
• Através de pesquisas foram determinadas as densidades (kg/m³) dos
insumos e então calculados coeficientes de transformação para a
conversão das unidades.
Carga e transporte do Entulho Durante a Obra
• Metodologia adotada:
• Para cada macrogrupo foi pesquisada a taxa de perda global, isto é,
diferença entre a quantidade prevista no projeto e a efetivamente
consumida, em média. Desse total, considera-se que uma parte do
material é incorporado na obra e outra parte torna-se entulho.
• Essa quantidade de massa em kg foi colocada na planilha e nela
constam os seguintes dados:
Carga e transporte do Entulho Durante a Obra
• Metodologia adotada:
• Através do volume da caçamba já estabelecido, divide-se o volume total
pelo volume da caçamba e obtendo-se a quantidade de caçambas
necessárias para o transporte:
• Resultado:
PREÇO VALOR
ITEM CÓDIGO FONTE DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS UNID. QUANTIDADE
UNIT (R$) (R$)
CARGA E TRANSPORTE DE
M3 90,34 32,67 2.950,99
1.20 CP ENTULHO DURANTE A OBRA
Orçamento Serviços Preliminares e Instalação do
Canteiro
Apresentação da Planilha
Administração local
• Corresponde aos custos locais do construtor
no canteiro de obras;
– Mão de obra indireta e apoio à mão de obra indireta
(engenheiros, mestre de obra, encarregados, secretária,
motorista, almoxarife, segurança do trabalho,
apontadores, apropriadores de custo etc.);
– Veículos de apoio e viaturas;
– Equipamentos de proteção individual e uniformes (NR-6);
– Transporte e Alimentação dos trabalhadores;
– Higiene e segurança do trabalho (NR-4);
– Exames médicos (NR-7);
– Caso já não estejam na manutenção do canteiro (atenção
às duplicidades!):Telefone, energia elétrica e materiais de
consumo, computadores, mobiliária e demais
equipamentos administrativos do canteiro (depreciação);
– Controle tecnológico dos materiais (laboratório, topografia
etc.). 354
Fatores de Influência na Administração Local
• Prazo e cronograma da obra;
• Tipo de obra e dos serviços a serem executados;
• Local da obra;
• Contingente de trabalhadores da obra;
• Turnos de trabalho (impacto no contingente de trabalhadores);
• Jornada diária de trabalho (impacto no contingente de trabalhadores);
• Valor da obra;
• Legislação dos sistemas Confea/CAU, para definição de quais
especialidades serão requeridas e o respectivo prazo de permanência para
cada tipo de obra;
• Normas do Ministério do Trabalho (em especial NR-18, NR-6, NR-7, NR-12
e NR-4);
• Disposições existentes nas convenções coletivas de trabalho;
• Exigências ambientais diversas;
• Restrições legais de trabalhos em determinados horários ou restrições
logísticas de acesso ao canteiro de obras. 355
Mão de Obra Indireta
• Depende da estrutura organizacional que o Executor vier a montar para a
condução de cada obra e de sua respectiva lotação de pessoal.
• Não existe modelo rígido para esta estrutura, mas deve-se observar a
legislação profissional dos Sistemas CAU/Confea e as normas relativas à
higiene e segurança do trabalho.
• As peculiaridades inerentes a cada obra determinarão a estrutura
organizacional necessária para bem administrá-la.
• A concepção dessa organização, bem como da lotação em termos de
recursos humanos requeridos, é tarefa de planejamento, específica do
executor da obra.
• Caberá ao Engenheiro de Custos realizar um ensaio sobre a questão, com
vistas a estabelecer bases para estimar os custos envolvidos pela
Administração Local.
• Devem ser levados em consideração as características da obra, a
estratégia adotada para sua execução, o cronograma, bem como a
dispersão geográfica das frentes de trabalho.
356
Mão de Obra Indireta
• O orçamento da Administração Local pode ou não ser vinculante, caso em
que o contratado é obrigado a manter uma estrutura mínima fixa
estabelecida em edital ou contrato,
• No caso da Administração local não ser vinculante, é indispensável exigir
que as licitantes detalhem em suas propostas os itens que integram a
Administração Local, requisitando a apresentação da estrutura
organizacional e da memória de cálculo das despesas administrativas,
inclusive com a composição do orçamento destes serviços com base no
planejamento e dimensionamento adequado para atender o cronograma da
obra.
357
Medicina e Segurança do Trabalho (NR-4)
Faixa SESMET
Profissional
Até 50 51 a 100 101 a 250 251 a 500 501 a 1000 1001 a 2000 2001 a 3500 3501 a 5000 Mais de 5000
Técnico de Seg.
1 2 3 4 5 8 8
Trabalho
Engenheiro de
0,33 1 1 2 2
Seg. Trabalho
Aux de
Enfermagem do 1 2 1 1
Trabalho
Enfermeiro do
1 1
Trabalho
Médico do
0,33 1 1 2 2
Trabalho
358
Parametrização da Administração Local
359
• Acórdão TCU 2.622/2013 – Plenário
Administração Local da Obra
360
• Acórdão TCU 2.622/2013 – Plenário
Critério de Medição da Administração Local
361
Composição da Administração Local
RESUMO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL
364
Equipamentos
365
366
Custo operativo x improdutivo
367
Tempo operativo x improdutivo
• O tempo operativo é aquele em que o equipamento está
dedicado ao serviço, na frente de trabalho, com seus
motores ou acionadores ligados, quando for o caso, ou em
condições de trabalho, quando se tratar de equipamento
não propelido mecanicamente. O equipamento operativo
comporta duas situações: produtivo e em espera.
368
Custos Horários dos Equipamentos no Sinapi
369
Custos Horários dos Equipamentos no Sinapi
• Condições de trabalho dos equipamentos (nas composições horárias do Sinapi,
foram consideradas para todos os equipamentos a condição de trabalho média):
370
Custos Horários dos Equipamentos no Sinapi
• Vida útil dos equipamentos (mesmos parâmetros do Sicro/Dnit):
371
Custos Horários dos Equipamentos no Sinapi
• Impostos e Seguros:
Em que:
•IS = custo horário relativo a imposto e seguro (somente para veículos);
•Va = valor de aquisição do equipamento;
•HTA = quantidade de horas de trabalho por ano;
•n = vida útil;
•0,0124 = taxa média adotada;
•1,25 = fator utilizado para considerar as horas disponíveis.
A taxa média adotada foi obtida a partir da média ponderada, pela população de
cada UF, das alíquotas do IPVA de todas as unidades da federação. Resultando
em um valor de 1,17% a média das alíquotas, que, somada ao custo fixo do
seguro obrigatório, resultou na taxa média de 1,24%.
372
Custos Horários dos Equipamentos no Sinapi
• HTA e HDA:
A aferição do Sinapi identificou uma parcela de improdutividade inerente ao
processo produtivo, mesmo para o equipamento líder de equipe (equipamento
principal que não tem tempo de espera quando realiza serviços em conjunto com
outros equipamentos).
Assim, o Sinapi diferencia as horas trabalhadas por ano (HTA) dos equipamentos e
as horas disponíveis por ano (HDA). As horas trabalhadas por ano (HTA) do Sinapi
são as mesmas existentes no Manual do Sicro.
Utiliza-se o conceito de HDA para calcular as parcelas de custo decorrentes da
depreciação, juros e impostos e seguros.
As horas disponíveis por ano (HDA) foram determinadas com base no fator de
disponibilidade do equipamento observado em campo (FTT), que relaciona às horas
produtivas (80% do tempo disponível), com as improdutivas (20% do tempo
disponível), o que ocasiona um tempo disponível total aumentado de 25% sobre as
HTA.
373
Custos Horários dos Equipamentos no Sinapi
• Depreciação:
Onde:
D = depreciação horária;
Va = valor de aquisição do equipamento;
R = valor residual do equipamento;
n = vida útil;
HTA = horas trabalhadas por ano;
1,25 = fator utilizado para considerar as horas disponíveis.
374
Custos Horários dos Equipamentos no Sinapi
• Tabelas com valor residual dos equipamentos:
375
Custos Horários dos Equipamentos no Sinapi
• Juros (custo de oportunidade):
Onde:
J = custo horário dos juros pela disponibilidade;
Va = valor de aquisição do equipamento;
i = taxa de juros anuais (adotado pelo Sinapi em 6% a.a.);
HTA = horas trabalhadas por ano;
Vm = valor médio do equipamento;
n = vida útil em anos;
1,25 = fator utilizado para considerar as horas disponíveis.
376
Custos Horários dos Equipamentos no Sinapi
• Custos horários de manutenção:
Onde:
M = Custo horário de manutenção;
Va = Valor de aquisição do equipamento, insumo do SINAPI;
HTA = horas trabalhadas por ano;
n = vida útil em anos;
K = Coeficiente de manutenção, conforme tabela a seguir:
377
Custos Horários dos Equipamentos no Sinapi
• Custos dos materiais de operação (combustíveis, filtros, óleos e graxas):
378
Custos Horários dos Equipamentos no Sinapi
• Custos da mão de obra de operação:
379
Simplificações nos Custos Horários
380
Locação x Equipamentos Próprios
• A maioria das máquinas pode ser locada ou adquirida. A
escolha da locação ou aquisição está sujeita a uma análise
econômica e a possibilidade de se utilizar os equipamentos
adquiridos em futuras obras, de forma que os custos de
aquisição possam ser diluídos em vários contratos.
• Entre as principais vantagens da alternativa de o construtor
adquirir os equipamentos pode-se elencar:
– O equipamento está sempre disponível para uso do construtor.
– O custo horário dos equipamentos próprios é geralmente menor do que o
custo horário dos equipamentos locados, pois não há incidência do BDI do
locador no custo horário.
– O construtor pode escolher a forma de aquisição que melhor lhe convém,
podendo optar pela compra à vista, pela compra financiada ou por
contratos de arrendamento mercantil.
– Os custos horários improdutivos dos equipamentos próprios são muito
menores do que os valores de locação.
381
Locação x Equipamentos Próprios
• O construtor terá as seguintes vantagens no caso da locação:
– É mais vantajoso para utilizações breves ou esporádicas de alguns equipamentos,
evitando que o construtor imobilize representativas parcelas do seu capital social com
equipamentos pouco utilizados.
– A responsabilidade sobre os reparos e manutenção do equipamento é, geralmente, da
empresa locadora, possibilitando que o construtor se exima dos custos inerentes de toda
uma estrutura de engenheiros de manutenção, mecânicos, oficinas e peças de
reposição.
– Uma vez utilizada, a máquina é devolvida ao locador, ficando este encarregado por sua
guarda e armazenagem.
– Permite que o construtor mantenha a produção sem sofrer influência das paradas
programadas para manutenção preventiva dos equipamentos, pois os equipamentos
locados que forem sofrer manutenção podem ser substituídos por outros equipamentos
sem prejuízo da continuidade dos serviços.
– Geralmente, a mão de obra responsável ou associada à operação do equipamento é um
encargo do locador. O construtor fica, assim, isento dos custos com os salários e
encargos sociais dos operadores nos períodos onde não estiver executando obras.
– É a alternativa viável para pequenas e médias construtoras, sem recursos para
aquisição de equipamentos de custo elevado.
– Reduz gastos com mobilização/desmobilização. Pode ocorrer de o deslocamento do
equipamento até o local da obra suplantar os custos adicionais com a locação,
principalmente se o volume dos serviços a serem executados com o equipamento em
questão for pequeno. 382
Locação x Equipamentos Próprios
• O Acórdão 2.735/2011 – Plenário determinou ao ente auditado que
evitasse utilizar, nas estimativas de custos, o valor da locação de
equipamentos ao invés do seu custo horário, em especial para as
situações em que os dispêndios da primeira opção se revelarem
superiores aos da segunda, como ocorre, por exemplo, quando da
utilização de equipamentos por longo período de tempo e para grande
quantidade de serviços :
• “9.1.4. desenvolva metodologia para estimar o custo horário de
máquinas e equipamentos próprios das contratadas, considerados os
custos de operação e manutenção, a vida útil, a produtividade, os
valores residuais e os critérios de depreciação dos equipamentos,
segundo metodologia consagrada pela engenharia de custos;
• (...)
• 9.2.1. se abstenha de utilizar, nas estimativas de custos, o valor da
locação de equipamentos, em detrimento do seu custo horário, nos
casos em que o dispêndio com a locação superar o custo de aquisição
dos equipamentos, incluídas as despesas com operação e manutenção;
383
Locação x Equipamentos Próprios
• Acórdão 479/2015–Plenário (Voto condutor):
384
Custo mensal x custo horário x custo diário
• Em muitas circunstâncias se dispõe de uma cotação de um valor mensal do
equipamento. Em outros casos, obtém-se um custo horário do equipamento no
Sinapi ou outra fonte e torna-se necessário estabelecer um custo diário ou
mensal.
• Por exemplo, uma escavadeira hidráulica do Sinapi possui custo horário (CHP) de
R$ 147,04.
• O manual considera que o equipamento trabalha 2000 horas por ano.
• Assim, o custo mensal do equipamento é:
• CHPmes = 2000/12 x 147,04 = R$ 24.506,67
• O CHI do equipamento é R$ 51,49.
• Adotando um FTT de 0,8, ou seja, o total de horas disponíveis no ano é de 2500,
conclui-se que as horas improdutivas são 500 horas.
• Assim, o CHImes = 500/12 x 51,49 = R$ 2.145,42
• O custo total mensal = 26652,09.
385
Chuvas
• Acórdão 1.637/2016–Plenário:
78. Recentemente, no âmbito do Acórdão 2.514/2015-Plenário, de minha
relatoria, o TCU acolheu a tese de que não é aceitável a inclusão do “fator
chuva” nos orçamentos de obras rodoviárias, pois a precipitação de chuvas
ordinárias não repercute de modo significativo sobre os custos dos
empreendimentos, além de ser contrabalanceada por fatores não
considerados pelo Sicro na formação do preço de referência, como fator de
barganha, economia de escala, valor residual subestimado no cálculo das
depreciações dos equipamentos, produtividades ultrapassadas, entre
outros. Na ocasião, assinalei que “desde a prolação do Acórdão
2.061/2006-Plenário, em 8/11/2006, o Tribunal passou a rejeitar a inclusão
do ‘fator chuva’ nos orçamentos de obras rodoviárias”. Esse entendimento
baseou-se no fato de que a mera ocorrência de chuvas ordinárias não
deveria repercutir sobre os custos consignados no Sicro, “porque a
influência das precipitações seria pouca sobre o total contratado e seria
contrabalançada por outros fatores não considerados pelo sistema
orçamentário (fator de barganha e fator de escala para compra dos
insumos, valor residual subestimado no cálculo das depreciações dos
equipamentos, produtividades ultrapassadas, etc.)”. 386
Chuvas
• Acórdão 1.637/2016–Plenário:
(...)
79. Ainda que fosse admitida a incidência de tal fator, seu cálculo não
deveria jamais ocorrer segundo a metodologia propugnada pela
empreiteira, que acabou sendo acolhida pelo Acórdão 1.329/2009-Plenário,
pois as chuvas não podem repercutir no fator de eficiência e,
consequentemente, na produtividade das equipes mecânicas. As
precipitações causam aumento apenas dos custos improdutivos dos
equipamentos em virtude os períodos ociosos.
387
Considerações sobre o custo improdutivo dos equipamentos
388
Considerações sobre o custo improdutivo dos equipamentos
• Se por um lado a inclusão da depreciação no custo improdutivo dos
equipamentos elevará o seu valor, por outro lado, haverá igual
redução no correspondente custo operativo.
• Lembro que, ao final da vida útil, o valor acumulado de depreciação deve
corresponder efetivamente ao custo de reposição do maquinário.
• Assim, a depreciação horária terá um determinado valor se for
considerada apenas no custo horário operativo do equipamento, mas, se
for apropriada tanto na hora improdutiva quanto produtiva da máquina,
seu valor será amortizado em uma quantidade maior de horas, resultando
em um menor valor horário de depreciação.
• A tabela a seguir ilustra um exemplo para um típico caminhão basculante:
389
Considerações sobre o custo improdutivo dos equipamentos
390
Considerações sobre o custo improdutivo dos equipamentos
• No que diz respeito à parcela do custo de oportunidade do capital
aplicado em equipamentos, existem duas alternativas de imputação. Na
primeira metodologia, os juros relativos aos equipamentos são
considerados diretamente no cálculo do custo horário da máquina,
conforme atualmente adotado pelo Sicro e pelo Sinapi.
• Outra forma de fazê-lo, segundo o método que era preconizado pelo
Manual de Custos Rodoviários do Sicro-2, seria computar seu valor
agregado ao resultado da operação global, ou seja, remetê-lo ao BDI.
• Tal alternativa me parece mais adequada, pois o custo de oportunidade,
embora seja um custo econômico do construtor, não representa um
dispêndio financeiro deste, pois não implica na realização de qualquer
pagamento ou desembolso de recursos.
• Além disso, trata-se de um custo irrecuperável ou afundado, na medida
em que a aquisição do equipamento já foi realizada.
• Tomada a decisão de adquirir o maquinário, o investimento realizado é
definitivo é só se justificaria se houvesse a expectativa de auferir algum
retorno com a sua utilização no processo produtivo da empresa.
391
Considerações sobre o custo improdutivo dos equipamentos
• Assim, o construtor incorrerá nesse custo econômico independentemente
de realizar a obra ou não.
• Ainda que o equipamento fique estacionado em um depósito, sem
utilização em qualquer obra, subiste o custo de oportunidade de sua
aquisição, o que demonstra que tal rubrica não está associada à
realização de uma obra em particular, mas a uma estratégia empresarial
que nem sempre guarda relação de causa e efeito com a atividade
produtiva da construtora.
392
Custos com equipamentos em função de sua classificação.
– Equipamentos de pequeno porte:
• Não há incidência de impostos sobre sua propriedade;
• Não costumam ser segurados;
• Sua operação não necessita de operador exclusivo, podendo
ser operados por oficiais ou ajudantes;
• Os custos com mobilização/desmobilização e instalação não
são relevantes.
• Embora existam, os custos horários improdutivos, por
simplificação, podem ser desconsiderados pelo orçamentista.
• Os custos horários operativos levam em conta as seguintes
parcelas: depreciação, custo de oportunidade,
combustível/energia elétrica, custos com manutenção. A mão de
obra de operação, representada pelo oficial ou servente, já
consta da composição de custo unitário como um insumo
específico.
• Exemplos: betoneira, vibrador, policorte, máquina de solda,
serra circular. 393
Custos com equipamentos em função de sua classificação.
– Equipamentos ordinários:
• Existe incidência de impostos sobre sua propriedade, quando
emplacados;
• Podem ser segurados, conforme política do construtor;
• São operados por mão de obra especializada;
• São mobilizados por meios próprios (caminhões) ou
transportados em carretas. Os custos com mobilização e
desmobilização devem ser considerados;
• Os custos horários improdutivos costumam ser considerados;
• Os custos horários operativos levam em conta as seguintes
parcelas: depreciação, custo de oportunidade,
combustível/energia elétrica, mão de obra do operador, seguros
e impostos, custos com manutenção.
• Exemplos: equipamentos de terraplanagem, pavimentação e
transporte; caminhões betoneiras, pequenos guindastes,
bombas lança para concretagem, compressores e geradores
estacionários. 394
Custos com equipamentos em função de sua classificação.
– Equipamentos especiais:
• Existe incidência de impostos sobre sua propriedade, quando
emplacados;
• Dado o seu grande valor, costumam ser segurados;
• São operados por mão de obra especializada;
• Geralmente exigem projetos próprios para sua instalação. Os
custos com mobilização e montagem são muito relevantes e
não podem ser desconsiderados.
• Os custos horários improdutivos devem ser considerados;
• Os custos horários operativos levam em conta as seguintes
parcelas: depreciação, custo de oportunidade,
combustível/energia elétrica, mão de obra do operador, seguros
e impostos, custos com manutenção. Também podem
considerar outras particularidades.
• Exemplos: guindastes de grande porte, gruas, dragas hopper,
tuneladora, grandes embarcações.
395
Produção das equipes mecânicas e rendimento dos
equipamentos
• Todos os equipamentos têm um rendimento e um ciclo ótimos que
podem ser utilizados como base para fazer uma estimativa da
produtividade. Além disso, deve-se levar em conta na estimativa da
produtividade a natureza da atividade a realizar, a eficiência da
máquina, a eficiência do operador e, no caso dos equipamentos de
escavação, o tipo de solo a ser escavado.
• Para demonstrar a metodologia de estimativa das produções das
equipes mecânicas e dos coeficientes operativos e improdutivos dos
equipamentos, apresentam-se os parâmetros utilizados pelo Sicro-2 do
DNIT para o serviço de escavação, carga e transporte de material de
primeira categoria – DMT 200 a 400 m – com o uso de pá carregadeira.
seguir:
396
Produção das equipes mecânicas e rendimento dos
equipamentos
397
Produção das
equipes
mecânicas e
rendimento dos
equipamentos
398
Templo de ciclo
399
Fatores de correção de produtividade
FATOR DE CARGA;
FATOR DE CONVERSÃO;
FATOR DE EFICIÊNCIA.
400
Fator de conversão
402
Produção das equipes mecânicas e rendimento dos
equipamentos
• Fator de Carga (g) - o fator de carga é a relação entre a capacidade
efetiva do equipamento e a capacidade nominal. Os valores adotados
encontram-se nas faixas recomendadas pelos fabricantes e são os
seguintes:
- Material de 1a Categoria: 0,90
- Material de 2a Categoria: 0,80
- Material de 3a Categoria: 0,70
403
Exercício:
• Na construção de uma rodovia, um dos serviços a ter o preço avaliado
é a escavação, carga e transporte de material de primeira categoria –
DMT 200 a 400 metros – com a utilização de pá-carregadeira. A
composição apresentada pelo Sicro-2 para o aludido serviço, bem
como o demonstrativo de cálculo da produção horária da equipe
constam dos slides anteriores.
• No caso avaliado, verificou-se que o tráfego de caminhões é bastante
prejudicado por se tratar de um serviço executado em terreno muito
acidentado. Assim, as velocidades médias de ida e de volta
efetivamente aferidas são de 100 metros por minuto e 200 metros por
minuto, respectivamente. Ensaios laboratoriais também verificaram que
o fator de conversão do solo é de 0,70. Diante do exposto, responda
aos seguintes questionamentos:
• 1) Qual é a produção da equipe trabalhando com as condições
apresentadas?
• 2) Quais os coeficientes operativos e improdutivos de utilização dos
equipamentos?
404
Resolução:
405
3ª Etapa – BDI
Classificação dos Custos
Passíveis de serem
Só podem ser alocados a cada
identificados, quantificados e
entidade objeto de custeio por
mensurados de forma direta e
meio algum critério de rateio ou
objetiva a cada entidade
estimativa
objeto de custeio
Fundamentação:
• Conceitos da contabilidade de custos e Pronunciamento Técnico CPC 17
(Contratos de Construção)
• Jurisprudência do TCU (Acórdãos 325/2007-P, 2.369/2011-P e 2.622/2013
- Plenário)
• Princípio das transparência dos gastos públicos
• Lei 8.666/1993 (art. 30, §6º, e art. 40, XIII) e Decreto 7.983/2013 (art. 17)
Classificação dos Custos
• No caso da construção civil, a definição do objeto de custeio ainda suscita
divergências no meio técnico, visto que, a depender do critério adotado, o
objeto de custeio pode ser tanto a própria obra em seu conjunto como
também as suas unidades de serviços.
• Na visão do TCU, o principal objeto de custeio é o contrato de construção,
o que permite separar os custos que devem ser alocados direta ou
indiretamente a cada contrato objeto de custeio, conforme recentes
normas técnicas do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC),
emitidas em convergência com os padrões internacionais de contabilidade
a partir da publicação da Lei 11.638/2007 e da Lei 11.941/2009, que
introduziram relevantes alterações na forma de contabilização e
evidenciação dos fatos contábeis previstos na Lei das Sociedades
Anônimas (Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976).
Histórico da Atuação do TCU
Acórdão 325/2007-Plenário
◦ Estabeleceu marco conceitual sobre BDI
◦ Faixa de BDI para de Linhas de transmissão e subestações
Acórdão 2.369/2011-Plenário
◦ Faixas de BDI por tipo de obra
◦ Diferenciação do BDI em função do valor da obra
◦ Questionamentos quanto ao suporte estatístico
◦ Determinação de criação de novo Grupo de Trabalho
Acórdão 2.622/2013-Plenário
◦ Aprimoramento e consolidação dos conceitos sobre BDI
◦ Adoção da CNAE como critério de classificação de obras
◦ Abordagem contábil do BDI
◦ Rigorosa metodologia estatística
Conceituação de BDI
PV = CD x (1 + BDI)
DESPESAS
CONTINGÊNCIAS
FINANCEIRAS
SEGUROS E
REMUNERAÇÃO
GARANTIAS
ADMINISTRAÇÃO
CENTRAL BDI TRIBUTOS SOBRE
FATURAMENTO
Administração Central
• As despesas da Administração central são aquelas incorridas
durante um determinado período com salários de todo o
pessoal administrativo e técnico lotado na sede central da
empresa, pró-labore de diretores, viagens de funcionários a
serviço, veículos, aluguéis, consumos de energia, água, gás,
telefone fixo ou móvel, combustível, refeições, transporte,
materiais de escritório e de limpeza, seguros e demais
despesas administrativas.
420
Mensuração das Contingências
421
Análise Quantitativa dos Riscos
• A análise quantitativa de riscos tem a função de analisar
numericamente a probabilidade de ocorrência de cada risco,
identificando o seu impacto no custo da obra.
423
Simulações de Monte Carlo
• O método de Monte Carlo (MC) é ilustrado abaixo, sendo que a
previamente temos de ter as distribuições de entradas (inputs) e as
equações que as ligam ao resultado (output):
Definições da AACEi (Acórdão TCU Nº
571/2013-Plenário)
Contingências:
• Uma das formas de se calcular a contingência é
atribuir a ela um valor tal que, se adicionado à
estimativa de custos original, eleva para 50% a
probabilidade de que o valor estimado com essa
contingência seja superior ao custo real do
empreendimento.
425 425
Conceito de Contingência
426 426
Estudo de Caso
Estimativa da Taxa de
Contingência
427
Seguros e Garantia
•A fim de se resguardar de incidentes do empreendimento, o licitante pode firmar
contrato de seguro, a fim de ser indenizado pela ocorrência de eventuais
sinistros. Dessa forma, o seguro deve corresponder a objetos definidos da obra,
pelos quais o empreendedor deseja ser ressarcido no caso de perdas e pode
abranger casos de roubo, furto, incêndio, perda de máquinas ou equipamentos,
dentre outros aspectos das obras civis
•A garantia contratual está prevista no art. 56 da Lei n.º 8.666/1993, que estatui
poder a Administração Pública para exigi-la:
•Esta exigência faz parte das cautelas que a Administração Pública pode tomar
para assegurar o sucesso da contratação. Trata-se, contudo, de exigência
discricionária, que poderá ser requerida nas hipóteses em que existirem riscos de
lesão ao interesse público, caso contrário, a Administração pública não
necessitará impô-la. A exigência de garantia deve constar do instrumento
convocatório.
•As garantias e os seguros das obrigações contratuais são gastos que resultam
de exigências contidas nos editais de licitação e só podem ser estimadas caso a
caso, mediante avaliação do ônus econômico-financeiro que poderá recair sobre
o licitante.
Impostos
ISS (Imposto Sobre Serviço) – O art. 88 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, com a redação dada pela Emenda
Constitucional n.º 37/2002, fixou a alíquota mínima do ISS em 2% (dois por
cento), ao passo que a alíquota máxima foi fixada em 5% (cinco por cento)
pelo art. 8º, II, da LC n.º 116/2003. Os municípios gozam de autonomia para
fixar as alíquotas do ISS, desde que respeitados esses limites.
Ainda existe muita controvérsia na questão da base de cálculo para
aplicação da alíquota do ISS. A aplicação da alíquota de ISS não deveria
incidir sobre o custo dos materiais, pois resulta na bitributação dos materiais
pelo ICMS e, depois, pelo ISS. Porém, alguns municípios adotam o critério
de calcular o ISS sobre o valor total da fatura. Aguarda-se pronunciamento
do Poder Judiciário quanto a essa questão.
Outro aspecto do ISS a ser observado é que o ISS é devido no local da
execução da obra. Observa-se também que algumas obras são executadas
simultaneamente em vários municípios, por exemplo, estradas, gasodutos,
adutoras, linhas de transmissão e ferrovias. Nesses casos, a base de cálculo
do tributo será proporcional, conforme o caso, à extensão da ferrovia,
rodovia, dutos e condutos de qualquer natureza, cabos de qualquer
natureza, ou ao número de postes, existentes em cada Município.
ISS – O Problema da Base de Cálculo
ISS – Deliberações do Acórdão 2.622/2013 - Plenário
Com base em uma legislação municipal que prevê uma alíquota de ISS de 3%, a
incidir sobre o valor total da fatura, descontados os materiais aplicados na obra, a
alíquota efetiva do citado imposto seria de:
3% x (1 – 36,1%) = 1,92%
Acórdão 648/2016-Plenário
A inclusão, na composição do BDI constante das propostas das licitantes,
do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (CSLL) não é vedada nem acarreta, por si só, prejuízos ao erário,
pois é legítimo que empresas considerem esses tributos quando do cálculo da
equação econômico-financeira de suas propostas, desde que os preços
praticados estejam de acordo com os paradigmas de mercado. O que é vedado
é a inclusão do IRPJ e da CSLL no orçamento estimativo da licitação.
Legislação sobre BDI
Decreto 7.983/2013, art. 9º
Art. 9º O preço global de referência será o resultante do custo global de
referência acrescido do valor correspondente ao BDI, que deverá
evidenciar em sua composição, no mínimo:
I - taxa de rateio da administração central;
II - percentuais de tributos incidentes sobre o preço do serviço, excluídos
aqueles de natureza direta e personalística que oneram o contratado;
III - taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; e
IV - taxa de lucro.
443
Remuneração
•Diversas terminologias são empregadas pela literatura
especializada para descrever o significado da letra “B” da
sigla BDI: “Bônus”, “Bonificação” ou “Benefício”, “Margem de
Contribuição”, “Lucro Líquido ou Operacional”.
•A despeito disso, entende-se que todas as terminologias têm
o mesmo significado conceitual: que é a remuneração do
empresário pelo desenvolvimento de uma atividade
econômica.
•Há um equívoco na tentativa de tomar o lucro contábil como
elemento definidor da natureza de remuneração dos
orçamentos de obras públicas, já que os dois conceitos têm
conteúdos distintos, que não se confundem.
444
Lucro ou Remuneração?
•A remuneração é estabelecida previamente, independente de outros
confrontos, enquanto que o lucro é um conceito posterior, relacionado ao
resultado econômico de uma empresa, incluindo suas atividades
operacionais e não operacionais.
•Por ser uma medida ex post de todas as atividades (principal e
acessória) de uma empresa, o lucro contábil pode ser influenciado por
diversos eventos não relacionados às atividades de construção civil,
como: resultado de equivalência patrimonial, receitas e despesas
financeiras não vinculadas ao financiamento da obra, alienação de
ativos permanentes da empresa, pagamento de dívidas, parcelas e
ações judiciais etc.
•Pode ocorrer que, ao final de um exercício financeiro, uma empresa
tenha prejuízo operacional, apesar de ter executado diversas obras com
remuneração positiva.
445
Fórmula de Cálculo do BDI
Não existe uma única fórmula de cálculo do BDI. A Bibliografia
apresenta diversas metodologias. Diante do exposto, apresenta-se a
seguinte equação para o cálculo do BDI, acolhida pelo recente Acórdão
2.369/2011 - Plenário:
Em que:
AC é a taxa de rateio da administração central;
S é uma taxa representativa de Seguros;
R corresponde aos riscos e imprevistos;
G é a taxa que representa o ônus das garantias exigidas em edital;
DF é a taxa representativa das despesas financeiras;
L corresponde ao resultado bruto e;
I é a taxa representativa dos impostos (PIS, COFINS e ISS).
Efeitos da alteração de tributos
(remuneração no denominador da fórmula do BDI)
448
BDI Diferenciado
Súmula TCU nº 253/2010
450
BDI Referencial (Acórdão 2.622/2013 – Plenário)
40
35
30
BDI (%)
25
20
15
10
- 200.000.000,00 400.000.000,00 600.000.000,00 800.000.000,00
Valor do Contrato (R$)
Fatores que Afetam o BDI
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE UM
ORÇAMENTO
457
Primeira Etapa – Análise dos Projetos
459
Quarta Etapa – Calcular os Custos Unitários de Cada Serviço
Trata-se outra etapa muito trabalhosa na confecção do orçamento. A partir
das especificações técnicas dos serviços e insumos, bem como dos
critérios de medição e pagamento a serem observados na execução da
obra, o engenheiro orçamentista deve elaborar as composições de custo
unitário de cada serviço.
Sugere-se executar este procedimento em duas etapas. Na primeira
etapa, são levantados os coeficientes de consumo dos materiais,
equipamentos e mão de obra necessários para execução de cada
serviço. Aqui também deve haver especial cuidado para não se esquecer
ou omitir qualquer insumo necessário para a execução dos serviços.
Numa segunda etapa, com o término da montagem da estrutura de todas
as composições de custo unitário, o orçamentista deve listar todos os
insumos (mão de obra, materiais e equipamentos) para a execução da
obra. A partir daí, deve executar extenso serviço de pesquisa de preços
destes insumos.
460
Com o preço unitário de todos os insumos cotados, o orçamentista
conclui a elaboração das composições de custo unitário incluindo os
preços dos insumos no interior das composições, obtendo os custos
unitários finais para cada serviço.
Este extenso processo pode ser simplificado com o uso de
composições de custos unitários extraídas de sistemas referenciais de
custos, a exemplo do Sicro e do Sinapi. Tais sistemas já apresentam
composições de custo prontas e fazem a coleta do preço dos insumos
junto a fornecedores.
Ressalta-se que o uso de sistemas referenciais de custo exige atenção
do engenheiro orçamentista para evitar-se a utilização de composições
referenciais de custos que não sejam compatíveis com as
especificações técnicas ou critérios de medição e pagamento do serviço
a ser orçado.
Algumas parcelas do custo direto devem ser objeto de atenção especial
do orçamentista: administração local da obra, implantação e
manutenção do canteiro de obras, mobilização e desmobilização.
461
Quinta Etapa – Calcular o BDI e Definir o Preço Final
462
Utilização de softwares de orçamentação
• VOLARE (Pini)
• SIPOM 9.8 (Primasi Informática)
• ENGWHERE (Engwhere Orçamentos)
• COMPOR 90 (Noventa TI)
• OrçaFascio
• Arquimedes
• PLEO (Planilha Eletrônica de Orçamentos)
https://www.orcafascio.com/
http://www.multiplus.com/software/arquimedes/
https://noventa.com.br/
http://www.franarin.com.br/Default.aspx
http://www.primasi.com.br/sipom9.htm 463
Orçamento de Aditivos
Contratuais
Disposições do Decreto 7.983/2013
Art. 14. A diferença percentual entre o valor global do contrato
e o preço global de referência não poderá ser reduzida em
favor do contratado em decorrência de aditamentos que
modifiquem a planilha orçamentária.
Parágrafo único. Em caso de adoção dos regimes de
empreitada por preço unitário e tarefa, a diferença a que se
refere o caput poderá ser reduzida para a preservação do
equilíbrio econômico-financeiro do contrato em casos
excepcionais e justificados, desde que os custos unitários
dos aditivos contratuais não excedam os custos unitários do
sistema de referência utilizado na forma deste Decreto,
assegurada a manutenção da vantagem da proposta
vencedora ante a da segunda colocada na licitação.
Disposições do Decreto 7.983/2013
Art. 17...§1º Em caso de celebração de termo aditivo, o
serviço adicionado ao contrato ou que sofra alteração em
seu quantitativo ou preço deverá apresentar preço unitário
inferior ao preço de referência da administração pública,
mantida a proporcionalidade entre o preço global contratado
e o preço de referência, ressalvada a exceção prevista no
parágrafo único do art. 14 e respeitados os limites previstos
no §1º do art. 65 da Lei 8.666/93.
Art. 17...§2º O preço de referência a que se refere o §1º
deverá ser obtido na forma do Capítulo II, considerando a
data-base de elaboração do orçamento de referência da
Administração, observadas as cláusulas contratuais.
Método do Desconto
SITUAÇÃO ORIGINAL SITUAÇÃO DO CONTRATO APÓS ADITIVOS
ORÇAMENTO PLANILHA ORÇAMENTO
PLANILHA CONTRATUAL PARADIGMA CONTRATUAL PARADIGMA
QUANT. PREÇO PREÇO PREÇO PREÇO QUANT.
ITEM INICIAL UNIT. TOTAL UNIT. TOTAL FINAL PREÇO TOTAL PREÇO TOTAL
1 120 R$ 50,00 R$ 6.000,00 R$ 20,00 R$ 2.400,00 240 R$ 12.000,00 R$ 4.800,00
2 130 R$ 90,00 R$ 11.700,00 R$ 80,00 R$ 10.400,00 150 R$ 13.500,00 R$ 12.000,00
3 200 R$ 25,00 R$ 5.000,00 R$ 30,00 R$ 6.000,00 240 R$ 6.000,00 R$ 7.200,00
4 320 R$ 15,00 R$ 4.800,00 R$ 10,00 R$ 3.200,00 320 R$ 4.800,00 R$ 3.200,00
5 280 R$ 10,00 R$ 2.800,00 R$ 40,00 R$ 11.200,00 80 R$ 800,00 R$ 3.200,00
6 100 R$ 20,00 R$ 2.000,00 R$ 25,00 R$ 2.500,00 100 R$ 2.000,00 R$ 2.500,00
Total R$ 32.300,00 R$ 35.700,00 R$ 39.100,00 R$ 32.900,00
Desconto Original 9,52% Sobrepreço após aditivos 18,84%
Metodo do Desconto
Orçamento paradigma final: R$ 32.900,00
Desconto de 9,52% (R$ 3.133,33)
Valor final paradigma do contrato com desconto R$ 29.766,67
Colocação na licitação 1 2 3
Proposta na licitação 711.070.084,88 735.382.558,23 886.747.476,06
Dif.
Serviços Modificados Unid. P. Unit. P. Parcial P. Unit. P. Parcial P. Unit. P. Parcial
Quantitativos
2.2.6.2 - Aterro com mistura de
6.693.611 m³ 3,57 23.896.191,27 5,58 37.350.349,38 6,17 41.299.579,87
areia, sem adição de cal
2.2.6.3 - Aterro com mistura de
(6.693.611) m³ 3,57 (23.896.191,27) 5,73 (38.354.391,03) 6,39 (42.772.174,29)
areia e adição de cal
Art. 65 (...)
- A Lei não diferencia as empreitadas por preço unitário das globais quando
define as situações que ensejarão termo aditivo.
- Alterações ou correções do projeto devem ensejar a formalização de aditivo
contratual, pois alteram o encargo do contratado.
- Por exemplo, em uma edificação licitada a partir de um projeto básico
prevendo sua implantação em dez pavimentos, se em virtude de necessidade
superveniente da administração contratante houver a alteração do projeto,
incluindo-se, por exemplo, a execução de uma nova guarita, obviamente será
exigido ajuste no valor contratual adequando-o ao novo projeto,
independentemente do regime de execução contratual utilizado.
- Caso se trate de fato respectivo à álea extraordinária ou extracontratual,
definida no art. 65 da Lei 8.666/93, haverá de se providenciar a revisão do
contrato, pois o equilíbrio entre os encargos e a justa remuneração definida
no ato da contratação tem suporte constitucional.
Alterações contratuais em EPG
- Erro não é sinônimo de imprecisão (esta sim tida como álea ordinária nas
empreitadas globais).
- “Pequenos lapsos na quantificação dos serviços (até certo ponto comum, visto que
cada orçamentista não apresentaria, nas vírgulas, quantidades idênticas), levando em
conta a característica das empreitadas globais – em estabelecer imprecisões
quantitativas como álea ordinária da contratada –, não conduzem à mácula no
procedimento licitatório, tanto por não afetar essa "livre manifestação de vontade",
como, principalmente, por não inviabilizarem a obtenção da "melhor proposta".” (voto
condutor do Ac. 1977/2013-Plenário).
- pequenos erros/omissões/imprecisões de quantitativos não ensejam a celebração
de termos aditivos em empreitadas globais
- Caso contrário, o regime de empreitada global seria letra morta, pois toda obra seria
executada como empreitada por preço unitário.
Alterações contratuais em EPG
Questão:
Considere novamente que uma empreitada por preço global previa em projeto a
execução de 1000 m² de piso de granito. Durante a execução da obra, sem que
houvesse qualquer alteração de projeto, verificou-se que o quantitativo
efetivamente necessário era de 1600 m² de piso. Tal diferença deveu-se a um
erro de quantificação do orçamentista.
A construtora apresentou pleito solicitando o pagamento adicional de 600 m²,
além dos 1000 m² originalmente contratados
Como deve proceder o fiscal? Deve pagar 1000 m², negando o pleito da
construtora? Ou deve pagar 1600 m², formalizando aditivo com acréscimo de
600 m²?
E se a área de piso efetivamente executada fosse de 400 m². Paga-se 1000 m² ou
400 m²?
Alterações contratuais em EPG
Acórdão 1977/2013-Plenário
Alterações contratuais em EPG
• (cont.)
9.1.8.3. avaliar se a correção de quantitativos, bem como a inclusão de serviço
omitido, não está compensada por distorções em outros itens contratuais que tornem
o valor global da avença compatível com o de mercado;
9.1.8.4. verificar, nas superestimativas relevantes, a redundarem no eventual
pagamento do objeto acima do preço de mercado e, consequentemente, em um
superfaturamento, se houve a retificação do acordo mediante termo aditivo, em prol
do princípio guardado nos arts. 3º, caput c/c art. 6º, inciso IX, alínea "f"; art. 15, § 6º;
e art. 43, inciso IV, todos da Lei 8.666/93;
9.1.8.5. verificar, nas subestimativas relevantes, em cada caso concreto, a
justeza na prolação do termo aditivo firmado, considerando a envergadura do erro em
relação ao valor global da avença, em comparação do que seria exigível incluir como
risco/contingência no BDI para o regime de empreitada global, como também da
exigibilidade de identificação prévia da falha pelas licitantes – atenuada pelo erro
cometido pela própria Administração –, à luz, ainda, dos princípios da vedação ao
enriquecimento sem causa, da isonomia, da vinculação ao instrumento convocatório,
do dever de licitar, da autotutela, da proporcionalidade, da economicidade, da
moralidade, do equilíbrio econômico-financeiro do contrato e do interesse público
primário;
Acórdão 1977/2013-Plenário
Alterações contratuais em EPG
Celebra-se o
termo aditivo
ajustando a
quantidade
Os serviços estão
Tais erros são estimados a maior
compensados por ou a menor? Celebra-se o
discrepâncias de termo aditivo
quantidades em ajustando a
outros serviços? quantidade, caso
o valor do erro
Há erros seja superior ao
relevantes de valor declarado
quantitativos? como riscos no
BDI.
Não se adita o Celebra-se aditivo
contrato. Paga-se apenas da parte Observar a
exatamente o que não foi manutenção do
quantitativo compensada. desconto após o
acordado, nem
aditivo e a
mais, nem menos.
observância aos
limites de
aditamento
contratual
Curva ABC de Serviços
• A técnica frequentemente empregada é a elaboração de uma curva ou
classificação ABC de serviços, que é a tabela obtida a partir da planilha
orçamentária da obra, na qual os itens idênticos do orçamento são
agrupados e, posteriormente, ordenados por sua importância relativa de
preço total, em ordem decrescente, determinando-se o peso percentual
do valor de cada um em relação ao valor total do orçamento, calculando-
se em seguida os valores percentuais acumulados desses pesos.
• A classificação ABC é resultante do princípio de Pareto, renomado
economista italiano, também conhecido como princípio dos “poucos
significativos e muitos insignificantes”.
Curva ABC de Serviços
Preço Preço %
Item Descrição do Serviço Unid. Quantidade Unitário Parcial % Acum
Transporte Local em Rodovias
001 Pavimentadas T.KM 39.144.695,53 0,49 19.180.900,81 34,19 34,19
Aquisição de Cimento Asfáltico
002 CAP-20 T 4.320,00 1.611,74 6.962.716,80 12,41 46,60
Transporte de Cimento Asfáltico
003 CAP-20 T 4.320,00 1.423,14 6.147.964,80 10,96 57,56
Execução de Concreto
Betuminoso Usinado a Quente -
004 CBUQ T 72.000,00 81,00 5.832.000,00 10,40 67,96
Reciclagem Simples
c/incorporação revestimento
005 Asfáltico M3 69.753,60 44,34 3.092.874,62 5,51 73,47
Reforço de sol estabilizado
006 granulometricamente M3 175.882,25 9,83 1.728.922,52 3,08 76,55
Cerca com arame farpado com
007 mourão de concreto M 99.264,00 16,77 1.664.657,28 2,97 79,52
500
Curva ABC de Serviços
505
QUESTÃO:
507
Sobrepreço e superfaturamento
• O sobrepreço ocorre quando o preço de determinado bem
ou serviço encontra-se injustificadamente acima de um
preço referencial de mercado, tomado como paradigma
para fins de análise.
• É possível diferenciar o conceito de sobrepreço unitário
de sobrepreço global. O primeiro tipo se verifica em um
item em particular da planilha orçamentária, e pode ser
mitigado por outros serviços do mesmo orçamento que se
encontram com desconto em relação ao preço de mercado.
Por sua vez, o sobrepreço global é observado quando o
preço global de toda a contratação é superior ao valor de
referência.
• Também é necessário estabelecer a devida diferenciação
entre sobrepreço inicial e final.
• O primeiro é decorrente, em geral, de um certame restritivo
em que o próprio orçamento estimativo do órgão
contratante já apresentava sobrepreço ou quando o edital
não estabeleceu adequadamente critérios de aceitabilidade
de preços (unitário e global) ou tais critérios não foram
508
observados pela comissão de licitação.
Sobrepreço e superfaturamento
• Assim, diz-se que há sobrepreço inicial em um contrato
caso seu valor original, ainda antes da celebração de
eventual termo de aditamento, se apresenta incompatível
com os parâmetros de mercado. Por outro lado, o
sobrepreço final de um ajuste é aquele apurado a partir
da planilha orçamentária após a realização de eventuais
aditivos, refletindo a posição final de todos os quantitativos
de serviços realizados na obra.
• O contrato celebrado com preços excessivos representa
apenas um perigo de dano em potencial, no qual o
sobrepreço verificado poderá se materializar ou não. Já o
superfaturamento é um dano consumado, em que o
serviço com sobrepreço foi medido e pago ao contratado.
• Diz-se, portanto, que aquele serviço com sobrepreço, após
ser liquidado e pago, foi superfaturado. No caso, houve um
superfaturamento em decorrência de pagamentos de
serviço com preços excessivos.
509
Sobrepreço e superfaturamento
• Contudo, o conceito de superfaturamento é bem mais
amplo que o de sobrepreço, abarcando diversas outras
ocorrências lesivas ao erário que não se relacionam
diretamente ao pagamento de bens e serviços com
sobrepreço.
510
Causas de Superfaturamento
a) pagamento de obras, bens e serviços por preços manifestamente superiores aos tomados
como paradigma de mercado (superfaturamento de preços);
b) quebra do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato em desfavor do contratante
por meio da alteração de quantitativos e/ou preços durante a execução da obra
(superfaturamento por jogo de planilha);
c) medição de quantidades superiores às efetivamente executadas/fornecidas; pelo
pagamento de serviços ou bens não executados/fornecidos ou, ainda, pelo pagamento em
duplicidade de bens e/ou serviços (superfaturamento de quantidade);
d) substituição de insumos por outros de qualidade inferior ou pela deficiência na execução
de obras e serviços de engenharia que resulte em diminuição da qualidade, vida útil ou
segurança (superfaturamento de qualidade);
e) pela especificação de metodologia executiva da obra ou serviço claramente
antieconômica, ineficiente ou contrária às normas técnicas, legais, ambientais ou boas
práticas de engenharia, com posterior alteração da metodologia executiva da obra ou
serviço;
f) pelo pagamento de reajustamentos irregulares de preços ou pela recomposição do
reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos fora das hipóteses previstas em lei
(superfaturamento decorrente de reajustes irregulares de preços);
g) pela distorção do cronograma físico-financeiro, também denominado “jogo de
cronograma”;
h) pela antecipação ilegal de pagamentos; e
i) pela prorrogação injustificada do prazo contratual com custos adicionais para o
contratante. 511
Cálculo do Sobrepreço
Preçocontratual
Sobrepreço = 1.100
Preço
paradigma
Sobrepreço(R$)
Sobrepreço = .100
Preço paradigma
512
Sobrepreço e Superfaturamento
• Trecho do Voto:
Também não procede o argumento da recorrente, no sentido de que, por
representar percentual insignificante em relação ao valor global da contratação (R$
125.902.307,88), o sobrepreço apontado pelo TCU encontra-se dentro da faixa de
aceitação e reflete oscilações normais de mercado. Na
verdade, não existe percentual de sobrepreço aceitável. A Lei define os preços
máximos das obras e serviços contratados pela Administração. Valores excedentes
são ilegais e devem ser rejeitados por esta Corte, cuja atuação se pauta, entre
outros, pelos princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse público.
A Lei 11.768/2008 estabelece que, somente em condições
especiais, devidamente justificadas, podem os custos unitários de serviços ou
insumos exceder o valor obtido a partir do Sinapi. Tais condições não estão
evidenciadas nestes autos.
Nesse ponto, aliás, coloco-me inteiramente de acordo com o Ministro
Raimundo Carreiro, Relator da decisão recorrida, quando afirma que “este Tribunal
pode, eventualmente, admitir preços de determinados itens acima dos referenciais
de preços oficiais em situações comprovadamente justificadas; jamais estabeleceu
um limite ‘tolerável’ de sobrepreço global em um determinado empreendimento”.
Acórdão 1155/2012-Plenário
Sobrepreço e Superfaturamento
• Baixos índices de sobrepreço não podem, indistintamente, ser considerados
variações normais de mercado, até porque os preços estabelecidos nos sistemas
referenciais constituem patamares máximos e a Administração Pública deve
sempre buscar contratações por valores inferiores àqueles, os quais jamais devem
se distanciar da realidade do mercado.
Acórdão 1010/2014-Plenário
Sobrepreço e Superfaturamento
Consideração do BDI
Contrato Paradigma
item Quant. Final $ Uniário $ Total $ Uniário $ Total Sobrepreço
1 400 30,00 12.000,00 25,00 10.000,00 2.000,00
2 300 30,00 9.000,00 20,00 6.000,00 3.000,00
3 300 20,00 6.000,00 10,00 3.000,00 3.000,00
4 200 10,00 2.000,00 25,00 5.000,00 -
Totais 29.000,00 24.000,00 8.000,00
Acórdão 1551/2008-Plenário
Contrato Paradigma
Item Quant. final $ Unitário $ Total $ Unitário $ Total Sobrepreço
1 400 30,00 12.000,00 25,00 10.000,00 2.000,00
2 300 30,00 9.000,00 20,00 6.000,00 3.000,00
3 300 20,00 6.000,00 10,00 3.000,00 3.000,00
4 200 10,00 2.000,00 25,00 5.000,00 (3.000,00)
Totais 29.000,00 24.000,00 5.000,00
Forma de Cálculo do Sobrepreço
O cálculo do percentual de superfaturamento apurado a partir de amostra
de itens de contrato deve ter como referência o preço total da amostra,
considerados os preços unitários de mercado (valor apurado de
superfaturamento/valor total de referência da amostra), e não o preço
global do contrato (valor apurado de superfaturamento/valor total do
contrato). (Acórdão nº 1721/2016-Plenário).
Voto:
17. Com relação ao Contrato 58/2009, a manifestação apresentada pelos
responsáveis não logrou afastar os indícios de sobrepreço. Como os
serviços já foram integralmente medidos, a ocorrência de sobrepreço já se
encontra materializada em superfaturamento. Assim, a unidade instrutiva
elaborou uma nova curva ABC para o contrato 58/2009 (peça 99)
empregando os quantitativos acumulados expressos na medição final do
contrato (peça 100). Com base em uma amostra de 88% do contrato, em
que foi efetivamente analisado o percentual de 80% do valor do contrato,
apurou-se a existência de superfaturamento no montante R$
28.586.237,27 (data base de nov/2004), que alcança o percentual de
33,51% na amostra de serviços avaliados.
Forma de Cálculo do Sobrepreço
(...)
19. No que tange ao Contrato 60/2009, a documentação apresentada pelos
responsáveis também não elidiu a irregularidade. O superfaturamento decorrente de
preços excessivos calculado até a medição final do aludido ajuste atingiu o montante
de R$ 58.601.098,01 (valor referenciado em novembro de 2004), representando
47,60% de uma amostra analisada de 82% do contrato (peça 101).
20. Não obstante o habitual zelo da unidade instrutiva, divirjo do modo como foram
calculados os percentuais de sobrepreço ... In casu, a SeinfraHid comparou os valores
do sobrepreço com o preço global dos Contratos 58/2009 e 60/2009, tendo encontrado
os percentuais de 20,09% e 26,40% (valor do sobrepreço / valor do contrato). Todavia,
julgo adequado, em linha com a jurisprudência predominante desta Corte, que tais
percentuais sejam calculados sobre o valor total de referência da amostra, isto é, sobre
o preço total da amostra segundo os preços unitários de mercado (valor do sobrepreço
/ valor de referência da amostra). A fim de tornar claro o que se propõe, supondo um
sobrepreço de $ 14, em um contrato de $ 100, amostra analisada de $ 84 e valor da
amostra segundo os preços de mercado de $ 70, o percentual de sobrepreço, nesse
exemplo hipotético, deve ser 20% ($14/$70), não 14% ($14/$100), como calculado
segundo a metodologia da unidade técnica.
21. Não se trata de mera forma de apresentação, pois um percentual de sobrepreço
apurado de forma diversa da usual nesta Corte pode distorcer conclusões e influenciar
as decisões de mérito do Tribunal. ...
Método de Cálculo do Sobrepreço
Para apuração de sobrepreço em obras públicas, aplica-se
preferencialmente o método da limitação dos preços
unitários ajustado (MLPUA) na análise de editais e o
método da limitação do preço global (MLPG) no caso de
obra já contratada. (Acórdão 2.510/2016-Plenário).
Cálculo do Sobrepreço: Parcela não Analisada do
Contrato
Admite-se imputação de débito com base em superfaturamento apurado em
amostra dos itens do orçamento da obra. Para os itens não avaliados,
compete ao responsável comprovar que eventuais subpreços compensam
os sobrepreços detectados na amostra.(Acórdão 2.510/2016-Plenário).
PARADIGMA
ORÇAMENT
QUANT. FINAL
CONTRATO
QUANT.
INICIAL
ORÇAMENTO
ITEM
O
CONTRATO
PARADIGMA
MÉTODO DO DESCONTO
Orçamento paradigma final 24.000,00
-Desconto de 2,56% (615,38)
Valor final do contrato 23.384,62
ORÇAMENTO
preços unitários
QUANT. INICIAL
PARADIGMA
CONTRATO
Débito/crédito
Diferença dos
Diferença nos
quantitativos
ORÇAMENTO
ITEM
CONTRATO QUANT.
PARADIGMA
FINAL
Sim
O contrato
Apresentou
Sobrepreço
Original?
Método da Método da
Limitação do Limitação do
Preço Unitário Preço Global
Método do Método do
Desconto Balanço
Sobrepreço e Superfaturamento
Lei 8.666/93
Lei 8429/92
SERVIÇOS “A”
VALOR DESCONTADO
PAGAMENTOS ANTECIPADOS EFEIVA REALIZAÇÃO DOS PELA TAXA SELIC
(VALOR NOMINAL) SERVIÇOS PRESTADOS (1% a.m)
1) adotou-se a fórmula do desconto racional composto (por dentro) para calcular o valor total descontado;
2) adotou-se a taxa mensal Selic equivalente a 1% para fins de simplificação do exemplo; e
3) adotou-se a data-base do adiantamento dos pagamentos como origem do débito (30/12/2010).
Sobrepreço e Superfaturamento
Superfaturamento por reajustes irregulares
1,25
1,25
1,25
1,25
É impossível, estatisticamente, que todos os fatores de
homogeneização alcancem exatamente 1,25. Trata-se de
liquidação irregular de despesa.
Sobrepreço e Superfaturamento
Superfaturamento decorrente de alteração da metodologia executiva
5.1 Estrutura de aço para cobertura : fabricação, transporte e montagem Kg 68.848,88 8,50 585.215,48 8,50 585.215,48 - 0%
547
Métodos de Orçamentação:
• Orçar trabalhos especializados de engenharia e arquitetura é
tarefa com razoável grau de incerteza, pois são atividades que
envolvem um grande esforço intelectual e criativo, que depende
das características pessoais do profissional que realiza o
trabalho.
• Em função das informações e dados disponíveis, do
conhecimento e dos registros de experiências anteriores, da
possibilidade de previsão – com razoável grau de precisão – dos
serviços a executar e da estimativa dos diversos componentes
de custos e preços envolvidos, poderão ser adotadas diferentes
metodologias para a formação do preço:
– formação do preço com base nos quantitativos e custos unitários dos
insumos utilizados;
– formação do preço com base nos produtos entregues;
– formação do preço com base no custo previsto do empreendimento.
• A utilização simultânea de mais de uma metodologia possibilita
o cotejo e a aferição dos resultados obtidos, e a seleção
criteriosa do orçamento mais apropriado.
Formação de preço com base nos
quantitativos e custos unitários dos
insumos utilizados
PV = CDsal x K + CDoutros x TRDE
K = (1+k1+k2)(1+k3)(1+k4)
TRDE = (1+k3)(1+k4)
Sendo:
quantitativos e
C5 - CUSTOS COM IMPRESSÃO E SERVIÇOS GRÁFICOS 3.155,00
C6 - EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA 6.448,90
C7 - MATERIAL DE EXPEDIENTE 14.033,49
custos unitários dos C8 - MATERIAL DE LIMPEZA 3.922,11
C9 - ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA 486,00
insumos utilizados C10 - ENCARGOS COMPLEMENTARES (EPI, VALE TRANSPORTE, ALIMENTAÇÃO, PLANO DE SAÚDE) 621.059,99
C11 - PASSAGENS E HOSPEDAGEM 19.239,09
Quantidade
Função Salário Mensal Custo Parcial
(Homem x Mês)
NÍVEL SUPERIOR
552
Impostos
• Por exemplo, para as empresas que já estão operando sob o efeito dessa nova
forma de cálculo, observa-se que na indústria e no comércio, devido a créditos
recebidos, as alíquotas efetivamente pagas têm ficado abaixo dos 0,65% e 3%,
para as alíquotas de PIS e COFINS, respectivamente. No entanto, para
empresas prestadoras de serviços, que têm na mão de obra seu principal
insumo, as alíquotas geralmente são superiores aos referidos percentuais, pois
não possuem muitos créditos para compensar. Esta última situação é o caso
frequentemente observado nas empresas que prestam serviços de engenharia
consultiva.
• A complexidade advém de se estabelecer parâmetros para esses valores que
são variáveis. No caso concreto, as empresas proponentes poderão fixar os
percentuais de PIS e COFINS para o cálculo do seu LDI, pois já conhecem,
pela sua estrutura organizacional e pelo tipo de contrato a ser executado, os
possíveis créditos e valores aproximados das alíquotas sob as quais deverão
trabalhar. Para efeito de orçamentação do contratante, esses percentuais
deverão ser estimados
553
Impostos
• A cartilha do Sinaenco adota uma alíquota efetiva de COFINS de 6,08%,
admitindo que a empresa tenha um percentual de compensações de 20%
(6,08% = 7,60% x 0,8). Da mesma forma, a alíquota de PIS adotada na cartilha
é de 1,32% (1,65% x 0,8). No exemplo apresentado, adotou-se um percentual
de despesas fiscais de 10,40% sobre o preço de venda ou 11,61% sobre o
custo direto, conforme detalhado na tabela a seguir:
554
Parâmetros Referenciais para o Fator “K”
- Traço (1:2:8)
- Preparo mecânico Transporte de
- Betoneira 400 l Sacos (20, 30, 50kg)
Contrapiso
- Descarga/ Carga
- Horizontal
- Tamanho do Bloco
- <6m²
- com ou sem vãos
- tipo de preparo da
argamassa (manual ou
mecanizada) Transporte de
Argamassa
- Horizontal
-- vertical
613
Custos Horários dos Equipamentos no Sinapi
• A composição de CHP da betoneira é reproduzida a seguir, sendo
decomposta em outras quatro composições auxiliares, contendo o
detalhamento dos custos horários de depreciação, juros, manutenção e
material de operação do equipamento:
614
Custos Horários dos Equipamentos no Sinapi
• A composição de CHI da betoneira é decomposta em outras duas
composições auxiliares (depreciação e juros):
615
Custos Horários dos Equipamentos no Sinapi
• A composição auxiliares de depreciação, manutenção, juros e material
de operação.
616
Composição de Mão de Obra com
Encargos Complementares
EX: AJUDANTE DE CARPINTEIRO – CUSTO HORÁRIO COMPOSTO – ENCARGOS
COMPLEMENTARES:
• sacos
• massa/granel
• blocos
• caixas com revestimento cerâmico
• latas/ baldes
• tubos de PVC, CPVC, PPR, cobre, aço carbono
• vergalhões
• madeira
Transporte
Transporte dedemateriais
material
Coeficientes consideram:
• Esforços dos ciclos de transporte – carregamento, ida,
descarregamento e volta
• Improdutividades decorrentes de:
Carrinho Plataforma – Capacidade de carga 800 kg; Carrinho Plataforma – Capacidade de carga 800 kg;
Dimensões 150 x 80 x 47 cm (C x L x A) Dimensões 150 x 80 x 46,2 cm (C x L x A)
Carrinho manual racional – Capacidade de carga de Carrinho manual racional – Capacidade de carga de
150 kg; 200 kg;
Transporte de latas e caixas de cerâmicas Transporte de latas e caixas de cerâmicas
Carrinho para mini páletes – Capacidade de carga de Carrinho para mini páletes – Capacidade de carga de
200 kg; 350 kg;
Formas de Transporte
5. Carregadeira 400 litros
• para o transporte de massa/granel
Minicarregadeira – Capacidade nominal de carga 2692 kg; Capacidade da caçamba coroada 400 L;
Potência do motor 49 HP
Formas de Transporte
6. Manipulador Telescópico
• para o transporte de palets de
tamanho regular
Manipulador Telescópico –Capacidade de carga de 3500 kg; Altura máxima de elevação 12000 mm;
Potência do motor 101 HP
Manipulador Telescópico – Capacidade de carga de 3500 kg; Altura máxima de elevação 12300 mm;
Potência do motor 85 HP.
Composições de Transporte de Sacos
Composições de Transporte de Material a Granel
Composições de Transporte de Blocos
Composições de Transporte de Placas Cerâmicas
Composições de Transporte de Latas
Composições de Transporte Vertical
Kits de Composições
Monocapa x Chapisco/Reboco/Pintura?
Economias com o Sinapi: Soluções Alternativas
Monocapa:
Reboco:
Economias com o Sinapi: Soluções Alternativas
Chapisco:
Pintura:
Economias com o Sinapi: Soluções Alternativas
Conclusão: A alternativa convencional
(chapisco/reboco/pintura) ainda parece ser a mais
econômica.
Observa-se que a análise completa deveria levar em
consideração a economia no prazo de execução
proporcionada pela execução da Monocapa.
Contrapiso Autonivelante:
Estudo de Caso – Ajustes nas Composições do
Sinapi
Fundações
Fundações - Estacas
• Premissas de projeto e especificações:
• Todas as estacas serão do tipo hélice-contínua d = 30 cm, com 12 metros
de profundidade.
• O solo onde será realizada a escavação é do tipo arenoso, com
empolamento estimado em 10%.
• O terreno é regular, mas não tem boa capacidade superficial de suporte,
exigindo algum tipo de preparação para a entrada do equipamento.
• O solo escavado terá que ser transportado para um bota fora situado a 1
km de distância da obra
• A armação da estaca será realizada em todo o comprimento da estaca
conforme abaixo, com barras longitudinais de 16 mm e estribos de 6,3
mm, espaçados em 20 cm.
Fundações - Estacas
• Premissas de projeto e especificações:
• O concreto especificado tem fck = 30 Mpa, com traço 1:2,1:2,5
(cimento/areia/brita), estando previsto preparo mecânico com betoneira
elétrica de 600 litros.
• As estacas terão que ser arrasadas e serem ensaiadas com o teste PIT.
Caderno Técnico - Estacas hélice contínua
• Critérios para quantificação dos serviços:
Utilizar o metro de estaca escavada.
• Critérios de aferição:
Para o levantamento dos índices de produtividade foi considerado o operador do
equipamento, encarregado e ajudantes práticos que auxiliam na locação e
posicionamento das estacas;
O esforço de retirada da terra escavada realizada por escavadeira é contemplado
nesta composição, sendo tratado como composição auxiliar;
Foi considerada uma distância média de transporte do material escavado de
300 metros;
CHP: considera os tempos de escavação e retirada durante a concretagem;
CHI: considera os demais tempos da jornada de trabalho.
O esforço de colocação da armadura na estaca está incluído na composição. Já
a produção (mão de obra e material) da armadura não está contemplada na
composição;
O caderno técnico do serviço apresenta parâmetros de consumo de aço por
comprimento de estaca.
O volume de terra escavada considera um fator de empolamento de 25%;
Não incluído mobilização e desmobilização;
Não incluídos serviços de topografia;
Caderno Técnico - Estacas hélice contínua
• Informações Complementares:
Exemplo de
Composição:
Fundações - Estacas
• COMPOSIÇÃO ORIGINAL:
CUSTO
CLASSE/TIPO CÓDIGOS DESCRIÇÃO UNIDADE COEFICIENTE VALOR
UNITÁRIO
ESTACA HÉLICE CONTÍNUA, DIÂMETRO DE 30 CM,
COMPRIMENTO TOTAL ATÉ 15 M, PERFURATRIZ COM TORQUE
FUES 90808 M 63,72
DE 170 KN.M (EXCLUSIVE MOBILIZAÇÃO E
DESMOBILIZAÇÃO). AF_02/2015
CONCRETO FCK = 30MPA, TRAÇO 1:2,1:2,5 (CIMENTO/ AREIA
COMPOSICAO 94972 MÉDIA/ BRITA 1) - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. M3 0,1046 320,26 33,50
AF_07/2016
LANÇMENTO COM USO DE BOMBA, ADENSAMENTO E ACABAMENTO DE
COMPOSICAO 92874 M3 0,1046 22,45 2,35
CONCRETO EM ESTRUTURAS. AF_12/2015
SERVICO DE BOMBEAMENTO DE CONCRETO COM CONSUMO MINIMO DE
INSUMO 25950 M3 0,1046 26,84 2,81
40 M3
CARGA E DESCARGA MECANICA DE SOLO UTILIZANDO CAMINHAO
BASCULANTE 6,0M3/16T E PA CARREGADEIRA SOBRE PNEUS 128 HP,
COMPOSICAO 74010/1 M3 0,0778 1,55 0,12
CAPACIDADE DA CAÇAMBA 1,7 A 2,8 M3, PESO OPERACIONAL 11632
KG
COMPOSICAO 88316 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 0,1401 12,81 1,79
PERFURATRIZ COM TORRE METÁLICA PARA EXECUÇÃO DE ESTACA
HÉLICE CONTÍNUA, PROFUNDIDADE MÁXIMA DE 30 M, DIÂMETRO
COMPOSICAO 90674 MÁXIMO DE 800 MM, POTÊNCIA INSTALADA DE 268 HP, MESA CHP 0,0241 540,99 13,04
ROTATIVA COM TORQUE MÁXIMO DE 170 KNM - CHP DIURNO.
AF_06/2015
PERFURATRIZ COM TORRE METÁLICA PARA EXECUÇÃO DE ESTACA
HÉLICE CONTÍNUA, PROFUNDIDADE MÁXIMA DE 30 M, DIÂMETRO
COMPOSICAO 90675 MÁXIMO DE 800 MM, POTÊNCIA INSTALADA DE 268 HP, MESA CHI 0,0226 227,72 5,15
ROTATIVA COM TORQUE MÁXIMO DE 170 KNM - CHI DIURNO.
AF_06/2015
TRANSPORTE COM CAMINHÃO BASCULANTE 6 M3 EM RODOVIA COM
COMPOSICAO 95294 M3 0,0778 3,04 0,24
REVESTIMENTO PRIMÁ•
RIO, DMT 800 A 1.000 M
Apresentação da Planilha
Obrigado!!!