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(compreensão dos encargos sociais e trabalhistas objeto de

provisão, à luz da legislação e da jurisprudência;


fundamentação; memória de cálculo; gerenciamento da
conta vinculada; impacto da reforma trabalhista)
Erivan Pereira de Franca
erivan.adv.bsb@gmail.com
 Compreensão dos fundamentos de cada encargo
previdenciário e trabalhista objeto de provisão em
conta vinculada;

 Metodologia de cálculo de cada encargo;

 Quais são os documentos que comprovam o


adimplemento pela contrata? Como conferi-los?

 Procedimentos de gerenciamento da conta


vinculada, conforme disposições da IN 05/2017 e da
Resolução CNJ 169.
DECRETO 1.094/94

Art. 1º ....
§ 1º Integram o SISG os órgãos e unidades da Administração
Federal direta, autárquica e fundacional, incumbidos
especificamente da execução das atividades de que trata
este artigo.
[...]
Art. 2º O SISG compreende:
I - o órgão central, responsável pela formulação de
diretrizes, orientação, planejamento e coordenação,
supervisão e controle dos assuntos relativos a Serviços
Gerais.
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.1. recomendar, com fundamento no art. 43, inciso I, da Lei
8.443/1992, c/c o art. 250, inciso III, do RI/TCU, à Secretaria
de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI/MP) que:
9.1.1. elabore modelo de contratação de bens e serviços
pela Administração Pública, abrangendo as fases de
planejamento, seleção do fornecedor e gestão dos
respectivos contratos, bem como promova a respectiva
implementação mediante orientação normativa, utilizando
como parâmetro básico os procedimentos contidos no
Apêndice 4 do relatório de fiscalização localizado na peça 45
deste processo;
(Acórdão nº 2328/2015 - Plenário)
Instrução Normativa CNJ n.º 1/2008

“CONSIDERANDO que o inadimplemento das obrigações


trabalhistas pela empresa contratada para prestar serviços,
mediante locação de mão-de-obra, implica a
responsabilidade subsidiária do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), conforme julgados dos tribunais trabalhistas;

CONSIDERANDO que os valores referentes às provisões de


encargos trabalhistas são pagos mensalmente à empresa, a
título de reserva, para utilização nas situações previstas em
lei;”
IN 02/2008 (alterada pela IN 03/2009)

Art. 19-A. Em razão da súmula nº 331 do Tribunal


Superior do Trabalho, o edital poderá conter ainda as
seguintes regras para a garantia do cumprimento das
obrigações trabalhistas nas contratações de serviços
continuados com dedicação exclusiva da mão de obra:
[...]

Observação: com a IN 06/2013, a conta vinculada se


tornou obrigatória.
PORTARIA MPDG 490, de 21.12.2016
Art. 2º ....
[...]
§ 2º É obrigatório que os instrumentos convocatórios e os
contratos mencionados no caput contenham cláusulas
que:
[...]
IV - prevejam, com vistas à garantia do cumprimento das
obrigações trabalhistas nas contratações de serviços
continuados com dedicação exclusiva de mão de obra:
a) que os valores destinados para o pagamento de férias,
décimo terceiro salário, ausências legais e verbas
rescisórias aos trabalhadores serão efetuados pela
contratante à contratada somente na ocorrência do fato
gerador; ou
b) que os valores para o pagamento das férias, décimo
terceiro salário e verbas rescisórias aos trabalhadores da
contratada serão depositados pela Administração em
conta vinculada específica, aberta em nome da
contratada, com movimentação somente por ordem da
contratante.
IN 05/2017
ANEXO VII-B – DIRETRIZES ESPECÍFICAS PARA
ELABORAÇÃO DO ATO CONVOCATÓRIO
1.7. No caso do Pagamento pelo Fato Gerador, os
órgãos e entidades deverão adotar os seguintes
procedimentos:
a) Serão objeto de pagamento mensal pela
Administração à contratada, a depender da
especificidade da contratação, o somatório dos
seguintes módulos que compõem a planilha de custos e
formação de preços, disposta no Anexo VII - D:
[...]
1. Módulo 1: Composição da Remuneração;
2. Submódulo 2.2: Encargos Previdenciários e FGTS;
3. Submódulo 2.3: Benefícios Mensais e Diários;
4. Submódulo 4.2: Intrajornada;
5. Módulo 5: Insumos; e
6. Módulo 6: Custos Indiretos, Tributos e Lucro (CITL),
que será calculado tendo por base as alíneas acima.
b) Os valores referentes a férias, 1/3 (um terço) de
férias previsto na Constituição, 13º (décimo terceiro)
salários, ausências legais, verbas rescisórias, [...]
[...] devidos aos trabalhadores, bem como outros de
evento futuro e incerto, não serão parte integrante dos
pagamentos mensais à contratada, devendo ser pagos
pela Administração à contratada somente na ocorrência
do seu fato gerador;
c) As verbas discriminadas na forma da alínea “b” acima
somente serão liberadas nas seguintes condições:
c.1. pelo valor correspondente ao 13º (décimo terceiro)
salário dos empregados vinculados ao contrato, quando
devido;
[...]
c.2. pelo valor correspondente às férias e a 1/3 (um
terço) de férias previsto na Constituição, quando do
gozo de férias pelos empregados vinculados ao
contrato;
c.3. pelo valor correspondente ao 13º (décimo terceiro)
salário proporcional, férias proporcionais e à
indenização compensatória porventura devida sobre o
FGTS, quando da dispensa de empregado vinculado ao
contrato;
[...]
c.4. pelos valores correspondentes às ausências legais
efetivamente ocorridas dos empregados vinculados ao
contrato; e
c.5. outras de evento futuro e incerto, após
efetivamente ocorridas, pelos seus valores
correspondentes.
1.8. A não ocorrência dos fatos geradores discriminados
na alínea “b” acima não gera direito adquirido para a
contratada das referidas verbas ao final da vigência do
contrato, devendo o pagamento seguir as regras
previstas no instrumento contratual e anexos.
DECRETO 9.507/2018 (entrada em vigor: 22.01.2019)
Art. 8º Os contratos de que trata este decreto conterão cláusulas
que:
[...]
V - prevejam, com vistas à garantia do cumprimento das
obrigações trabalhistas nas contratações de serviços continuados
com dedicação exclusiva de mão de obra:
a) que os valores destinados ao pagamento de férias, décimo
terceiro salário, ausências legais e verbas rescisórias dos
empregados da contratada que participarem da execução dos
serviços contratados serão efetuados pela contratante à
contratada somente na ocorrência do fato gerador; ou
[...]
b) que os valores destinados ao pagamento das férias,
décimo terceiro salário e verbas rescisórias dos
empregados da contratada que participarem da
execução dos serviços contratados serão depositados
pela contratante em conta vinculada específica, aberta
em nome da contratada, e com movimentação
autorizada pela contratante;
IN 05/2017
Art. 17. Os serviços com regime de dedicação exclusiva
de mão de obra são aqueles em que o modelo de
execução contratual exija, dentre outros requisitos,
que:
I - os empregados da contratada fiquem à disposição
nas dependências da contratante para a prestação dos
serviços;
II - a contratada não compartilhe os recursos humanos
e materiais disponíveis de uma contratação para
execução simultânea de outros contratos; e [...]
IN 05/2017
[...]
III - a contratada possibilite a fiscalização pela
contratante quanto à distribuição, controle e
supervisão dos recursos humanos alocados aos seus
contratos.
Parágrafo único. Os serviços de que trata o caput
poderão ser prestados fora das dependências do órgão
ou entidade, desde que não seja nas dependências da
contratada e presentes os requisitos dos incisos II e III.
Executados Mediante
Serviços de Natureza
Cessão de Mão de
Continuada
Obra
IN 05/2017
Art. 15. Os serviços prestados de forma contínua são
aqueles que, pela sua essencialidade, visam atender à
necessidade pública de forma permanente e contínua,
por mais de um exercício financeiro, assegurando a
integridade do patrimônio público ou o funcionamento
das atividades finalísticas do órgão ou entidade, de
modo que sua interrupção possa comprometer a
prestação de um serviço público ou o cumprimento da
missão institucional.
Essencialidade Perenidade
[SUMÁRIO]
A natureza do serviço, sob o aspecto da execução de
forma continuada ou não, questão abordada no inciso
II, do art. 57, da Lei nº 8.666/1993, não pode ser
definida de forma genérica, e sim vinculada às
características e necessidades do órgão ou entidade
contratante.
(Acórdão 4614/2008 – 2ª Câmara)
IN RFB 971/2009
Art. 115. Cessão de mão-de-obra é a colocação à disposição
da empresa contratante, em suas dependências ou nas de
terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos,
relacionados ou não com sua atividade fim, quaisquer que
sejam a natureza e a forma de contratação, inclusive por
meio de trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019, de
1974.
[...]
§ 3º Por colocação à disposição da empresa contratante,
entende-se a cessão do trabalhador, em caráter não
eventual, respeitados os limites do contrato.
Responsabilidade Responsabilidade
Solidária Subsidiária

Encargos Encargos
Previdenciários Trabalhistas

Decorre da Súmula
Decorre da Lei 8.666/93 331 do TST

27
Lei 8.666/93
Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais
resultantes da execução do contrato.
[...]
§ 2º A Administração Pública responde solidariamente
com o contratado pelos encargos previdenciários
resultantes da execução do contrato, nos termos do art.
31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.

28
Lei 8.212/91
Art. 31. A empresa contratante de serviços executados
mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de
trabalho temporário, deverá reter onze por cento do valor
bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e
recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a
importância retida até o dia vinte do mês subsequente ao
da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia
útil imediatamente anterior se não houver expediente
bancário naquele dia, observado o disposto no § 5º do art.
33 desta Lei.

29
Jurisprudência do STF

Com a finalidade de simplificar a arrecadação das


mencionadas contribuições previdenciárias e bem assim
para facilitar a fiscalização, a Lei 9.711, de 1998, alterou
o citado art. 31 da Lei 8.212/91, modificando a forma de
recolhimento das contribuições e estabelecendo a
responsabilidade pelo seu recolhimento às empresas
contratantes dos serviços de mão de obra.

(RE 393946-MG, DJ 01-04-2005; voto do relator)

30
Código Tributário Nacional

Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei


pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo
crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato
gerador da respectiva obrigação, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este
em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da
referida obrigação.

31
Jurisprudência do STJ
TRIBUTÁRIO. RESPONSABILIDADE. RETENÇÃO E
RECOLHIMENTO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
FORNECEDOR E TOMADOR DE MÃO DE OBRA. ART. 31 DA LEI
8.212/91, COM A REDAÇÃO DA LEI 9.711/98.
1. A partir da vigência do art. 31 da Lei 8.212/91, com a
redação dada pela Lei 9.711/98, a empresa contratante é
responsável, com exclusividade, pelo recolhimento da
contribuição previdenciária por ela retida do valor bruto da
nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, afastada, em
relação ao montante retido, a responsabilidade supletiva da
empresa prestadora, cedente de mão de obra.
(REsp 1.131.047/MA – Repetitivo – DJe 2.12.2010)

32
Jurisprudência do STJ
[...] seja do ponto de vista da literalidade do disposto no art.
71, § 2º, na redação dada pela Lei 9.032/95, que faz expressa
remissão ao art. 31, da Lei 8.212/91, seja do ponto de vista
da interpretação histórica e teleológica deste dispositivo,
combinado com o disposto no art. 30, inciso VI, da mesma
lei, a única conclusão possível é aquela segundo a qual a
atribuição da responsabilidade por débitos previdenciários
ao Poder Público restringiu-se aos contratos de prestação de
serviços mediante cessão de mão de obra, de sorte que é
incabível a responsabilização da Administração Pública nas
hipóteses de contratos que tiverem por objeto a realização
de obra pública, cuja previsão encontra-se no art. 30, inciso
VI, da Lei 8.212/91.
(Medida Cautelar 15.410/RJ, DJe 08/10/2009)
33
A retenção de 11% exclui a responsabilidade solidária?

• A retenção é mero adiantamento da contribuição


previdenciária da prestadora dos serviços; a
responsabilidade pela retenção e posterior recolhimento é
exclusiva do tomador.

• Pela retenção, não é possível afirmar que as contribuições


dos terceirizados tenham sido corretamente retidas e
devidamente recolhidas.

• A análise da folha de pagamento e da GFIP (com a GPS)


assegura o recolhimento da contribuição previdenciária.

34
Lei 8.666/93

Art. 71 O contratado é responsável pelos encargos


trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais
resultantes da execução do contrato
§ 1º A inadimplência do contratado com referência aos
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à
Administração Pública a responsabilidade por seu
pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou
restringir a regularização e o uso das obras e edificações,
inclusive perante o registro de imóveis.

35
Jurisprudência do TST
Súmula 331 (redação original)

IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por


parte do empregador, implica a responsabilidade
subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas
obrigações, inclusive quanto aos órgãos da
administração direta, das autarquias, das fundações
públicas, das empresas públicas e das sociedades de
economia mista, desde que hajam participado da relação
processual e constem também do título executivo
judicial (art. 71 da Lei nº 8.666, de 21.06.1993).

36
Jurisprudência do STF
Responsabilidade contratual. Subsidiária. Contrato com a
administração pública. Inadimplência negocial do outro
contraente. Transferência consequente e automática dos seus
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da
execução do contrato, à administração. Impossibilidade jurídica.
Consequência proibida pelo art., 71, § 1º, da Lei federal nº
8.666/93. Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação
direta de constitucionalidade julgada, nesse sentido,
procedente. Voto vencido. É constitucional a norma inscrita no
art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666, de 26 de junho de 1993,
com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995.
(ADC 16, julgamento 24.10.2010; DJe 08-09-2011)

37
Jurisprudência do TST
Súmula 331 (nova redação)

IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por


parte do empregador, implica a responsabilidade
subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas
obrigações, desde que haja participado da relação
processual e conste também do título executivo judicial.

38
Jurisprudência do TST
Súmula 331 (nova redação)

V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e


indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas
condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta
culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666,
de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do
cumprimento das obrigações contratuais e legais da
prestadora de serviço como empregadora. A aludida
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento
das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa
regularmente contratada.
39
Jurisprudência do STF
1. A Administração tem o dever de fiscalizar o fiel
cumprimento do contrato pelas empresas prestadoras de
serviço, também no que diz respeito às obrigações
trabalhistas referentes aos empregados vinculados ao
contrato celebrado, sob pena de atuar com culpa in eligendo
ou in vigilando. 2. A aplicação do artigo 71, § 1º, da Lei n.
8.666/93, declarado constitucional pelo Supremo Tribunal
Federal, no julgamento da ADC 16, não exime a entidade da
Administração Pública do dever de observar os princípios
constitucionais a ela referentes, entre os quais os da
legalidade e da moralidade administrativa.
(Rcl 19845 AgR, DJe-PUBLIC 08-05-2015)
40
Jurisprudência do STF
RECLAMAÇÃO – [....] ALEGADO DESRESPEITO À AUTORIDADE
DA DECISÃO PROFERIDA, COM EFEITO VINCULANTE, NO
EXAME DA ADC 16/DF – RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO
PODER PÚBLICO POR DÉBITOS TRABALHISTAS (LEI Nº
8.666/93, ART. 71, § 1º) – AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO PRECISA
DOS ELEMENTOS FÁTICOS E PROBATÓRIOS APTOS A
SUBSIDIAREM A IMPUTAÇÃO DE COMPORTAMENTO
CULPOSO À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA –
IMPRESCINDIBILIDADE DA COMPROVAÇÃO, EM CADA CASO,
DA CONDUTA ATRIBUÍDA À ENTIDADE PÚBLICA
CONTRATANTE QUE EVIDENCIE A SUA CULPA “IN
OMITTENDO”, “IN ELIGENDO” OU “IN VIGILANDO”.
(Rcl 22273 AgR, Segunda Turma, PUBLIC 17-02-2016)

41
 A culpa da Administração (fiscalização omissa ou
negligente) deve ser provada no processo judicial

 O ônus da prova é da Administração, porquanto o


trabalhador é parte hipossuficiente na relação processual

 Não havendo culpa da Administração, não lhe será


imputada responsabilidade subsidiária

 Havendo culpa, atribui-se a responsabilidade subsidiária;


o gestor pode vir a ser responsabilizado em ação regressiva,
em tomada de contas especial e no âmbito administrativo.

42
Jurisprudência do STF
9. Recurso Extraordinário parcialmente conhecido e, na
parte admitida, julgado procedente para fixar a seguinte
tese para casos semelhantes: “O inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado
não transfere automaticamente ao Poder Público
contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja
em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art.
71, § 1º, da Lei nº 8.666/93”.
(RE 760.931/DF. Julgamento: 26.04.2017. DJe PUBLIC
12-09-2017 )

43
Jurisprudência do TST
Súmula 331 (nova redação)

VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de


serviços abrange todas as verbas decorrentes da
condenação referentes ao período da prestação laboral.

44
IN 05/2017
Art. 25. O Gerenciamento de Riscos é um processo que
consiste nas seguintes atividades:
I - identificação dos principais riscos que possam
comprometer a efetividade do Planejamento da Contratação,
da Seleção do Fornecedor e da Gestão Contratual ou que
impeçam o alcance dos resultados que atendam às
necessidades da contratação;
II - avaliação dos riscos identificados, consistindo da
mensuração da probabilidade de ocorrência e do impacto de
cada risco;
[...]
46
III - tratamento dos riscos considerados inaceitáveis por meio
da definição das ações para reduzir a probabilidade de
ocorrência dos eventos ou suas consequências;
IV - para os riscos que persistirem inaceitáveis após o
tratamento, definição das ações de contingência para o caso
de os eventos correspondentes aos riscos se concretizarem; e
V - definição dos responsáveis pelas ações de tratamento dos
riscos e das ações de contingência.
Parágrafo único. A responsabilidade pelo Gerenciamento de
Riscos compete à equipe de Planejamento da Contratação
devendo abranger as fases do procedimento da contratação
previstas no art. 19.

47
IN 05/2017
Art. 18. Para as contratações de que trata o art. 17
[terceirização], o procedimento sobre Gerenciamento de
Riscos, conforme especificado nos arts. 25 e 26,
obrigatoriamente contemplará o risco de
descumprimento das obrigações trabalhistas,
previdenciárias e com FGTS da contratada.
§ 1º Para o tratamento dos riscos previstos no caput,
poderão ser adotados os seguintes controles internos:
[...]

48
I - Conta-Depósito Vinculada ― bloqueada para
movimentação, conforme disposto em Caderno de
Logística, elaborado pela Secretaria de Gestão do
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão;
ou
II - Pagamento pelo Fato Gerador, conforme disposto em
Caderno de Logística, elaborado pela Secretaria de Gestão
do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão.
§ 2º A adoção de um dos critérios previstos nos incisos I e
II do parágrafo anterior deverá ser justificada com base na
avaliação da relação custo-benefício.
49
PORTARIA MP 409/2016
§ 2º É obrigatório que os instrumentos convocatórios e os
contratos mencionados no caput contenham cláusulas que:
[...]
IV - prevejam, com vistas à garantia do cumprimento das
obrigações trabalhistas nas contratações de serviços
continuados com dedicação exclusiva de mão de obra:
a) que os valores destinados para o pagamento de férias,
décimo terceiro salário, ausências legais e verbas rescisórias
aos trabalhadores serão efetuados pela contratante à
contratada somente na ocorrência do fato gerador;

50
ou
b) que os valores para o pagamento das férias, décimo
terceiro salário e verbas rescisórias aos trabalhadores da
contratada serão depositados pela Administração em conta
vinculada específica, aberta em nome da contratada, com
movimentação somente por ordem da contratante.

No mesmo sentido: art. 8º, V, do Decreto 9.507/2018


(entrada em vigor em 22.01.2019)

51
RESOLUÇÃO CNJ 169
Art. 1º Determinar que, doravante, as rubricas de encargos
trabalhistas, relativas a férias, 1/3 constitucional, 13º salário
e multa do FGTS por dispensa sem justa causa, bem como a
incidência dos encargos previdenciários e FGTS (INSS,
SESI/SESC/SENAI/SENAC/INCRA/SALÁRIOEDUCAÇÃO/FGTS/R
AT+FAP/SEBRAE etc) sobre férias, 1/3 constitucional e 13º
salário sejam destacadas do pagamento do valor mensal
devido às empresas contratadas para prestação de serviços,
com previsão de dedicação exclusiva de mão de obra nas
dependências de órgão jurisdicionado ao Conselho Nacional
de Justiça, e depositadas exclusivamente em banco público
oficial.
52
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
4. Assim, a exigência de que as empresas contratadas mantenham,
sob administração do Banco, fundo de reserva com depósitos
mensais de encargos previdenciários e trabalhistas: a) não tem
amparo na Lei 8.666/1993, que impede a exigência de outra
garantia contratual além das previstas naquele diploma legal; b)
cria encargos adicionais que serão repassados pelos fornecedores
a seus preços, com consequente prejuízo para o BB; c) cria
necessidade de estruturação de controles adicionais na estrutura
do Banco, com correspondente acréscimo de custos
administrativos; d) pode, eventualmente, até mesmo reforçar a
responsabilidade subsidiária do Banco que a medida buscava
afastar.
(Acórdão 4720/2009 – Segunda Câmara)
53
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.1. recomendar [...] à Secretaria de Logística e Tecnologia da
Informação (SLTI/MP) que:
[...]
9.1.2. elabore estudo de avaliação de custo-benefício e de riscos
relacionados à utilização da conta vinculada e, com base nos
resultados obtidos, verifique as possibilidades de manter, ou não,
o procedimento e de prever a adoção de outras formas de
controle, como, por exemplo, aquelas suscitadas no Acórdão
1.214/2013-Plenário;
(Acórdão 2328/2015 – Plenário – Consolidação das Auditorias
realizadas para avaliar as práticas de governança e gestão das
aquisições logísticas pela APF)
54
IN 05/2017
ANEXO VII-A - DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO
DO ATO CONVOCATÓRIO
7.7. O modelo de planilha de custos e formação de
preços previsto no Anexo VII-D desta Instrução
Normativa deverá ser adaptado às especificidades do
serviço e às necessidades do órgão ou entidade
contratante, de modo a permitir a identificação de
todos os custos envolvidos na execução do serviço, e
constituirá anexo do ato convocatório a ser preenchido
pelos proponentes;
DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS
(Dados Referentes à Contratação)

A Data da apresentação da proposta 27.09.2018


B Município/UF Brasília/DF
Ano do Acordo, Convenção Coletiva ou Sentença
C 2018
Normativa em Dissídio Coletivo
D Número de meses de execução contratual 12
IDENTIFICAÇÃO DO SERVIÇO

Quantidade total a contratar


Tipo de Serviço Unidade de Medida
(em função da unidade de medida)
Vigilância Diurna Posto (44h/semana) 1
Salário é a contraprestação paga pelo empregador
diretamente ao empregado pelos serviços prestados
decorrentes do contrato de trabalho.
Remuneração é o conjunto de retribuições recebidas
habitualmente pelo empregado pela prestação dos
serviços, seja em dinheiro ou utilidades, do empregador
(ex.: adicionais) ou de terceiros (ex.: gorjetas),
decorrentes do contrato de trabalho.

Parcelas integrantes do salário – artigos 457 e 458 da CLT


MÃO DE OBRA
MÃO DE OBRA VINCULADA À EXECUÇÃO CONTRATUAL

Dados complementares para composição dos custos referentes à mão de obra


1 Tipo de serviço (mesmo serviço com características distintas) Vigilância
2 Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) 5173-30
3 Salário Normativo da Categoria Profissional R$ 3.000,00
4 Categoria profissional (vinculada à execução contratual) Vigilante
5 Data base da categoria (dia/mês/ano) 1º.1.2019
 Salários: em regra são definidos em norma coletiva
do trabalho aplicável ao local da prestação dos
serviços;
 Categorias profissionais diferenciadas: vide Súmula
374 do TST, a seguir
JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
SÚMULA 374
Empregado integrante de categoria profissional
diferenciada não tem o direito de haver de seu
empregador vantagens previstas em instrumento
coletivo no qual a empresa não foi representada por
órgão e classe de sua categoria.
 É devido ao empregado cujo trabalho envolva a
execução de atividades perigosas.
 Atividades perigosas são as que, por sua natureza ou
método de execução, exponham o trabalhador a
contato permanente com inflamáveis, explosivos ou
energia elétrica em condições de risco acentuado (art.
193, I, CLT), ou o exponham a risco de roubos ou outras
espécies de violência física nas atividades profissionais
de segurança pessoal ou patrimonial (art. 193, II, CLT).
 Vide NR-16 (Portaria 3214/78 – MTE)
CLT
Art. 193 ....
[...]
§ 3º Serão descontados ou compensados do
adicional outros da mesma natureza
eventualmente já concedidos ao vigilante por
meio de acordo coletivo.
 O adicional devido corresponde a 30% do salário
contratual.
 Caso o empregado tenha direito, também, ao
adicional de insalubridade, deve fazer a opção (art.
193, § 2º, CLT).
 Descaracterizada a periculosidade, o adicional
deixa de ser devido, vale dizer, não há direito
adquirido ao adicional de periculosidade (art. 194,
CLT)
Cálculo

- para um empregado que recebe salário definido em


convenção coletiva de trabalho e no contrato no valor
de R$ 3.000,00 e está exposto a perigo, o

- adicional de insalubridade é de R$ 900,00 (30%);


Cálculo
1º) Valor do salário = R$ 3.000,00
2º) Percentual do adicional de periculosidade
= 30%
3º) Valor do adicional de periculosidade
= salário x percentual do adicional de
periculosidade
= 3.000,00 x 0,3
= 900,00
 A atividade é insalubre se expõe o trabalhador a agentes
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão
da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição
aos seus efeitos (art. 189, CLT).

 A classificação da atividade como insalubre dá-se mediante


edição, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de quadro
de atividades insalubres e os limites de tolerância e tempo
máximo de exposição aos agentes nocivos (art. 190, CLT). Vide
NR-15 (Portaria 3214/78 – MTE).
Grau de Exposição Adicional (%)

Máximo 40

Médio 20

Mínimo 10
Salário Mínimo
(art. 192 CLT)
Base de Cálculo
Salário Normativo
(ADPF 151 MC -
STF)
JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
SÚMULA 80

A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de


aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente
do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo
adicional.
JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
SÚMULA 139

Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra


a remuneração para todos os efeitos legais.
Cálculo
- para um empregado que recebe salário definido em
convenção coletiva de trabalho (e considerando que tal
norma o fixa como base de cálculo para o adicional de
insalubridade) no valor de R$ 3.000,00 e está exposto a
riscos em grau mínimo, o valor do adicional é
correspondente a 10% do salário; ou seja, o
- adicional de insalubridade é de R$ 300,00;
Cálculo
1º) Valor do salário = R$ 3.000,00
2º) Percentual do adicional em grau mínimo
= 10%
3º) Valor do adicional de insalubridade
= salário x percentual do adicional em grau mínimo
= 3.000,00 x 0,1
= 300,00
Cálculo (base: salário mínimo)
1º) Valor do salário mínimo = R$ 954,00
2º) Percentual do adicional em grau mínimo
= 10%
3º) Valor do adicional de insalubridade
= salário mínimo x percentual do adicional em grau
mínimo
= 954,00 x 0,1
= 94,50
 Perícia a cargo de Médico ou Engenheiro do Trabalho,
devidamente registrado no Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) – vide art. 195 da CLT.
 Os mencionados adicionais serão devidos a contar da
data da inclusão da respectiva atividade nos quadros
aprovados pelo MTE (art. 190 da CLT).
 Havendo descaracterização ou reclassificação, o
adicional deixa de ser devido (vide Súmula 248 do TST –
art. 194 CLT).
JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
SÚMULA 248
A reclassificação ou descaracterização da insalubridade,
por ato da autoridade competente, repercute na
satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito
adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial.
 A jornada noturna é a realizada entre as 22h de um dia
até às 05h do dia seguinte (art. 73, § 2º, CLT)
 A hora trabalhada é computada de maneira reduzida:
52’30”, equivalente a 1,1428571 da hora diurna (60/52,5 =
1,1428571) – vide art. 73, § 1º, CLT
 O adicional noturno é um acréscimo no valor da hora
trabalhada no período noturno, correspondente a 20%
sobre o valor da hora diurna (art. 73, caput, CLT)
 A “prorrogação” da jornada noturna impõe o pagamento
do adicional noturno relativamente às horas trabalhadas
após às 5h da manhã (art. 73, § 5º, CLT – Súmula 60 TST).
JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
SÚMULA 60
[...]
II – Cumprida integralmente a jornada no período noturno e
prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às
horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.

[trabalhador em jornada de 12 x 36 não tem direito ao


adicional noturno relativo às horas prorrogadas]
Cálculo
- para um empregado que cumpre jornada de 44 horas
semanais e recebe remuneração de R$ 3.900,00, o valor
da hora normal de trabalho é R$ 17,73 (3.900,00/220);
obs.: divisor 220 adotado, conforme metodologia
determinada pelo art. 64 da CLT
- se trabalhar uma vez no mês de 22h às 05h terá direito a
8 horas de remuneração = R$ 141,84 (R$ 17,73 x 8), em
face do cômputo da hora noturna de forma reduzida;
acrescidas do
- adicional noturno de R$ 28,37 (R$ 141,84 x 0,2);
Cálculo
1º) Valor da remuneração = R$ 3.900,00
2º) Valor da hora diurna (jornada 44h/semana – vide art.
64 da CLT)
= remuneração / 220
= 3.900,00 / 220
= 17,73
3º) Horas trabalhadas no período noturno
= 7 horas
Cálculo
4º) Horas noturnas a serem remuneradas
= 7 x 1, 1428571
=8
5º) Valor das horas noturnas
= horas noturnas x valor da hora diurna
= 8 x 17,73
= 141,84
Cálculo
6º) Valor do adicional noturno
= valor das horas noturnas x 0,2
= 141,84 x 0,2
= 28,37
 Não representa nenhum direito de cunho monetário
trabalhista ou parcela remuneratória prevista em lei;
 Fundamentação equivocada no Manual de Orientação
Para Preenchimento da Planilha de Custos e Formação
de Preços;
 Possibilidade: norma coletiva do trabalho definir
cálculo da hora ficta mais benéfica ao trabalhador, ou
mesmo criar adicional destacado do adicional
noturno, com a finalidade de compensar o trabalhador
pelo desgaste sofrido com o trabalho realizado no
período noturno.
JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Súmula 444
É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de
trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou
ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de
trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a
remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O
empregado não tem direito ao pagamento de adicional
referente ao labor prestado na décima primeira e décima
segunda horas.
LEI 605/49
Art. 8º Excetuados os casos em que a execução do serviço for
imposta pelas exigências técnicas das empresas, é vedado o
trabalho em dias feriados, civis e religiosos, garantida,
entretanto, aos empregados a remuneração respectiva,
observados os dispositivos dos artigos 6º e 7º desta lei.
Art. 9º Nas atividades em que não for possível, em virtude
das exigências técnicas das empresas, a suspensão do
trabalho, nos dias feriados civis e religiosos, a remuneração
será paga em dobro, salvo se o empregador determinar
outro dia de folga.
CLT
Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta
Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo
individual escrito, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de
doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas
de descanso, observados ou indenizados os intervalos
para repouso e alimentação.
CLT
[...]
§ 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário
previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos
devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo
descanso em feriados, e serão considerados
compensados os feriados e as prorrogações de trabalho
noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o §
5º do art. 73 desta Consolidação.
Observação: intervalo intrajornada – próximo item
CLT
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração
exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de
um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será,
no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou
contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de
2 (duas) horas.
CLT
Art. 71 - ....
§ 4º - A não concessão ou a concessão parcial do
intervalo intrajornada mínimo, para repouso e
alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o
pagamento, de natureza indenizatória, apenas do
período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta
por cento) sobre o valor da remuneração da hora
normal de trabalho.
CLT
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de
trabalho, observados os incisos III e VI do caput do art.
8º da Constituição, têm prevalência sobre a lei quando,
entre outros, dispuserem sobre:
[...]
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo
de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas;

RESSALVADA: jornada 12h x 36h


Dados hipotéticos considerados para fins de
elaboração da nossa planilha

 R$ 3.000,00 = salário normativo do vigilante diurno


44h/semana (piso fixado pela CCT)
 Tem direito a adicional de periculosidade
MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO
1 Remuneração % Valor (R$)
A Salário Base 3.000,00
B Adicional de periculosidade 900,00
C Adicional de insalubridade
D Adicional noturno
E Adicional de hora noturna reduzida
F Outros (especificar)
Total da Remuneração 3.900,00
Nota 1: O Módulo 1 refere-se ao valor mensal devido ao empregado pela prestação do serviço
no período de 12 meses.
Memória de Cálculo
Adicional de insalubridade:
= (3.000,00 x 0,3)
= 900,00
onde:
 R$ 3.000,00 = valor do salário normativo do vigilante;
 30% (ou 0,3) = percentual incidente sobre o salário
mínimo, para apuração do adicional de periculosidade,
conforme art. 193, § 1º, da CLT
As despesas da empresa prestadora de serviço com o
pagamento do 13º salário, férias e adicional de férias
são consignadas no Submódulo 2.1.

Trata-se de verbas remuneratórias decorrentes de


direitos dos trabalhadores previstos em lei, de
observância obrigatória.
Recente alteração no modelo de planilha, promovido
pela IN 05/2017, prevê a rubrica “férias” no Submódulo
2.1 e também no Submódulo 4.1. (Ausências Legais).

Consideramos um erro a “duplicidade” dessa despesa


na planilha.
Excluímos essa despesa do Submódulo 2.1 e a
mantivemos apenas no Submódulo 4.1 (estudado no
capítulo 3.4), pois se trata de despesa com substituição
LEI 4.090/62
Art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo
empregado será paga, pelo empregador, uma
gratificação salarial, independentemente da
remuneração a que fizer jus.
§ 1º - A gratificação corresponderá a 1/12 avos da
remuneração devida em dezembro, por mês de serviço,
do ano correspondente.
 A Lei 4.749/65 determinou que a gratificação
natalina deve ser "paga pelo empregador até o dia
20 de dezembro de cada ano" (art. 1º)
 O empregador deverá pagar, "entre os meses de
fevereiro e novembro de cada ano", a título de
adiantamento da gratificação, "de uma só vez,
metade do salário recebido pelo respectivo
empregado no mês anterior" (art. 2º).
Cálculo do Valor Mensal
(3.900,00 / 12)
= 325,00
Submódulo 2.1 – 13º Salário e Adicional de Férias
2.1 13º Salário e Adicional de Férias Valor (R$)
A 13º Salário 325,00
B Adicional de Férias (terço constitucional de férias)
Subtotal
Incidência do Submódulo 2.2 (39,8%) sobre 13º Salário e Adicional
C
de Férias
Total (Subtotal + C)
CLT
Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado
contra recibo, assinado pelo empregado; em se
tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital,
ou, não sendo esta possível, a seu rogo.
Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de
depósito em conta bancária, aberta para esse fim em
nome de cada empregado, com o consentimento deste,
em estabelecimento de crédito próximo ao local de
trabalho.
Entendemos que, embora IN 05/2017, no Anexo XII,
item 12, e a Resolução CNJ 169, no art. 12, inc. II e § 3º,
exijam a apresentação apenas de "comprovante das
transferências bancárias realizadas para a quitação das
obrigações trabalhistas", o controle adequado e
consentâneo com os propósitos da existência da conta
vinculada é a verificação do efetivo pagamento integral
do encargo trabalhista ao empregado, mediante a
apresentação dos documentos exigidos pela CLT.
Contratação:
Um ano sem faltas injustificadas Aquisição do Direito:
5.1.2018 4.1.2019

Período Aquisitivo

Início de Novo Período Fim do Novo Período


Aquisitivo e do Período Aquisitivo e do Período
Concessivo: 5.1.2019 Concessivo: 4 e 5.1.2019

Período Concessivo
Pagamento do salário e
Pagamento após o
1/3 de férias = até 2 dias
período concessivo: férias
antes do início do
vencidas – em dobro
período de gozo
Cálculo do Valor Mensal
(3.900,00 /3) / 12
= 1.300,00 / 12
= 108,33
Submódulo 2.1 – 13º Salário e Adicional de Férias
2.1 13º Salário e Adicional de Férias Valor (R$)
A 13º Salário 325,00
B Adicional de Férias (terço constitucional de férias) 108,33
Subtotal 433,33
Incidência do Submódulo 2.2 (39,8%) sobre 13º Salário e Adicional
C
de Férias
Total (Subtotal + C)
CLT
Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a
remuneração que lhe for devida na data da sua
concessão.
[...]
Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se
for o caso, o do abono referido no art. 143 serão
efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo
período.
 Essa rubrica não deveria ser objeto de provisão,
porquanto se trata da remuneração devida ao
substituto do profissional que goza férias.

 Assim, esse profissional, o substituto, não é mão de


obra cedida para o tomador. Não há, portanto,
possibilidade de responsabilização por eventual
inadimplemento da empresa.

 Sob esse viés, a inclusão dessa rubrica nos depósitos


a serem feitos na conta vinculada não se justificaria.
Cálculo do Valor Mensal
(3.900,00 / 12)
= 325,00
SUBMÓDULO 4.1 – SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
4.1 Substituto nas Ausências Legais Valor (R$)
A Substituto na cobertura de Férias (remuneração do substituto) 325,00
B Substituto na cobertura de ausências legais
C Substituto na cobertura de licença paternidade
D Substituto na cobertura de ausência por acidente de trabalho
E Substituto na cobertura de afastamento maternidade
F Substituto na cobertura de outras ausências (especificar) ------------------
Subtotal (A + B + C + D + E + F)
Incidência do Submódulo 2.2 sobre o custo de substituição em
G
virtude ausências legais (39,8% x Subtotal)
Total
CLT
Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se
for o caso, o do abono referido no art. 143 serão
efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo
período.
Parágrafo único - O empregado dará quitação do
pagamento, com indicação do início e do termo das
férias.
Custos suportados pelo contratado em virtude das
rescisões dos contratos de trabalho dos empregados
utilizados na prestação dos serviços.
 aviso prévio trabalhado
 aviso prévio indenizado
 multa sobre os depósitos no FGTS
 contribuição social
Encargos previstos no previstos no Módulo 3 da planilha.
Obs.: não é objeto de retenção
Comunicação prévia – pelo menos 30 dias (art. 487,
CLT).
Durante o período do aviso prévio, o trabalhador terá
sua jornada de trabalho diária reduzida em 2 horas, sem
prejuízo do salário (art. 488 CLT).
O empregado pode, contudo, optar por, ao invés de ter a
redução diária da sua jornada, faltar ao serviço 7 dias
corridos, sem prejuízo da remuneração (art 488, p. único).
Cálculo do Valor Mensal
(demissão de TODOS os empregados ao final do
contrato)
[(3.900,00 / 30) x 7] / 12
= [130,00 x 7] / 12
= 910,00 / 12
= 75,83
Obs.: não é objeto de retenção

 Afastamento imediato do contrato de trabalho, sem


cumprimento de aviso prévio.
 Devida indenização ao empregado, no valor do
salário mensal. (art. 487, § 1º, CLT)
 Custo estimado: considerar a probabilidade de
ocorrência de demissões sem cumprimento de aviso
prévio.
Cálculo do Valor Mensal
(probabilidade de ocorrência: 5%)
(3.900,00 / 12) x 0,05
= 325,00 x 0,05
= 16,25
Todo empregado dispensado, sem justa causa, tem
direito de receber, mediante depósito em sua conta
vinculada do FGTS, valor correspondente a 40% sobre o
saldo dos depósitos devidos ou efetuados durante a
relação de emprego.
(art. 18 da Lei 8.036/90)
2.5.4.1. demissões com aviso prévio trabalhado
Cálculo do Valor Mensal
(remuneração + 13º salário + adicional de férias) x 0,08
x 0,4
(3.900,00 + 325,00 + 108,33) x 0,08 x 0,4
= 4.333,33 x 0,08 x 0,4
= 346,67 x 0,4
= 138,67
2.5.4.2. demissões com aviso prévio indenizado
Cálculo do Valor Mensal
(remuneração + 13º salário + adicional de férias) x 0,08
x 0,4 x 0,05
(3.900,00 + 325,00 + 108,33) x 0,08 x 0,4 x 0,05
= 4.333,33 x 0,08 x 0,4 x 0,05
= 346,67 x 0,4 x 0,05
= 138,67 x 0,05
= 6,93
A Lei prevê que, quando da rescisão imotivada do
contrato de trabalho, o empregador é obrigado a
recolher – ao FGTS –, a título de contribuição social, o
valor correspondente a 10% de todos os depósitos
efetuados ou devidos durante a vigência do contrato de
trabalho.
(Art. 1º da Lei Complementar 110/2001)
2.5.6.1. demissões com aviso prévio trabalhado
Cálculo do Valor Mensal
(remuneração + 13º salário + adicional de férias) x 0,08
x 0,1
(3.900,00 + 325,00 + 108,33) x 0,08 x 0,1
= 4.333,33 x 0,08 x 0,1
= 346,67 x 0,1
= 34,67
2.5.6.2. demissões com aviso prévio indenizado
Cálculo do Valor Mensal
(remuneração + 13º salário + adicional de férias) x 0,08
x 0,1 x 0,05
(3.900,00 + 325,00 + 108,33) x 0,08 x 0,1 x 0,05
= 4.333,33 x 0,08 x 0,1 x 0,05
= 346,67 x 0,1 x 0,05
= 34,67 x 0,05
= 1,73
Módulo 3 – Provisão para Rescisão
3 Provisão para Rescisão Valor (R$)
A Aviso prévio trabalhado 75,83
B Incidência do Submódulo 2.2 sobre aviso prévio trabalhado
Multa do FGTS e contribuição social sobre o aviso prévio
C ------------------
trabalhado
C.1 Multa do FGTS (40%) 124,80
C.2 Contribuição social (10%) – Lei Complementar 110/2001 31,20
D Aviso prévio indenizado 16,25
E Incidência do FGTS sobre aviso prévio indenizado
Multa do FGTS e contribuição social sobre o aviso prévio
F ------------------
indenizado
F.1 Multa do FGTS (40%) 6,24
F.2 Contribuição social (10%) – Lei Complementar 110/2001 1,56
Total
Documentação a exigir da contratada
 notificação de aviso prévio – ou da indenização – ao
empregado demitido (art. 487, II, CLT), com
observância da concessão do aviso prévio
proporcionalmente ao tempo de serviço (Lei
12.506/2011)
 CTPS devidamente anotada (art. 29, § 2º, c, CLT)
 Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT); e
Termo de Quitação;
Documentação a exigir da contratada
 guia de recolhimento do FGTS incidente sobre as
verbas rescisórias (GRRF – Circular CAIXA 669/2014),
em caso de despedida sem justa causa. As
informações devem ser prestadas por meio do SEFIP
e transmitidas eletronicamente (Circular CAIXA
413/2007); o recolhimento da contribuição
previdenciária é feito normalmente por meio do
SEFIP.
 Encargos Sociais
o contribuições previdenciárias (INSS e RAT ajustado);

o FGTS;

o salário educação;

o contribuições para entidades paraestatais (“terceiras


entidades”): SESI ou SESC, SENAI ou SENAC, INCRA,
SEBRAE.

Tais encargos compõem o Submódulo 2.2 do modelo de


planilha da IN 05/2017
Regime de PIS/PASEP COFINS Encargos Sociais
Tributação do IRPJ
Lucro presumido 0,65% 3,00% Integral
(submódulo 2.2)
Lucro real 1,65% 7,60% Integral
(submódulo 2.2)
Simples Nacional Recolhimento  FGTS, em regra
unificado dos tributos.  INSS + RAT
Percentual sobre a AJUSTADO,
receita bruta. exceção
Alíquota: 20% sobre o total das remunerações pagas aos empregados,
a qualquer título (art. 22, I, Lei 8.212/91).

Parcelas que não sofrem incidência da contribuição previdenciária:


(art. 28, § 9º, Lei 8.212/91, com as alterações da Lei 13.467/2017)
• Abono pecuniário;
• Auxílio-doença e acidente do trabalho, a partir do 16º dia de
afastamento;
• Assistência médica e familiar;
• Seguro de vida, invalidez e funeral;
• Auxílio-alimentação
• Diárias para viagem
• Indenização adicional
CLT
Art. 457 .........
[...]
§2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título
de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu
pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e
abonos não integram a remuneração do empregado,
não se incorporam ao contrato de trabalho e não
constituem base de incidência de qualquer encargo
trabalhista e previdenciário.
 Em caso de contratação de serviços que constituam
atividades contempladas com a desoneração da folha
de pagamento, instituída pela Lei 12.546/2011, a
contribuição previdenciária devida incidirá, em regra,
sobre o valor da receita bruta auferida e não sobre o
total das remunerações pagas ou devidas pela
empresa.
 A partir de 1º.12.2015 (Lei 13.161) a contribuição
previdenciária sobre a receita bruta se tornou
opcional.
A alíquota da contribuição sobre a receita bruta
prevista no art. 7º e no art. 7º-A, ambos da Lei
12.546/2011 é de:
 2%, para as empresas identificadas nos incisos III, V e
VI do caput do art. 7º;
 4,5% para as demais empresas, exceto
 as empresas de call center, cuja alíquota é de 3%
Contratos com empresas que optarem pela desoneração

 Caso a empresa opte pela desoneração, o cálculo da


contribuição previdenciária obedecerá ao caput dos arts. 7º e 7º-
A da Lei 12.546/2011 (ou seja, unicamente sobre a receita bruta).

 Em consequência, quando da montagem da planilha, deve-se


"zerar" a rubrica "INSS" no Submódulo 2.2 (Encargos
Previdenciários, FGTS e Outras Contribuições) – o que terá
repercussão na incidência de encargos sobre os demais módulos
e submódulos – e incluir rubrica no Módulo 6 (Tributos),
intitulando-a, por exemplo, "Contribuição Previdenciária Sobre a
Receita Bruta - Lei 12.546/2011".
MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO
1 Remuneração % Valor (R$)
A Salário Base 3.900,00
B Adicional de periculosidade
C Adicional de insalubridade
D Adicional noturno
E Adicional de hora noturna reduzida
F Outros (especificar)
Total da Remuneração 3.900,00
MÓDULO 2: ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS, MENSAIS E DIÁRIOS
Submódulo 2.2 – Encargos previdenciários (GPS), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) e outras contribuições
2.2 Encargos previdenciários e FGTS % Valor (R$)
A INSS 0 0,00
B Salário Educação 2,5 97,50
C Contribuição Adicional – RAT Ajustado (RAT x FAP) 6 234,00
D SESI ou SESC 1,5 58,50
E SENAI ou SENAC 1 39,00
F SEBRAE 0,6 23,40
G INCRA 0,2 7,80
H FGTS 8 312,00
Total 19,8% 772,20
MÓDULO 6: CUSTOS INDIRETOS, LUCRO E TRIBUTOS (REGIME TRIBUTÁRIO CONSIDERADO: LUCRO PRESUMIDO)
SUPONDO PREÇO SEM TRIBUTOS = R$ 10.000,00
6 Custos indiretos, lucro e tributos % Valor (R$)
A Custos indiretos
B Lucro
C Tributos
C.1 Tributos federais (especificar)
PIS 0,65
COFINS 3
C.2 Tributos estaduais (especificar)
C.3 Tributos municipais (especificar)
ISS 5
"Contribuição Previdenciária Sobre a Receita Bruta
C.4 4,5 518,13
(CPRB - Lei 12.546/2011)"
Somatório das Fator (F) Preço (P)
alíquotas dos F = 1 – (X/100)
tributos (X) P = Preço / F

Cálculo do Valor dos Tributos


P x alíquota %
 Alíquotas dos tributos (X) = 0,65 % (PIS) + 3%
(COFINS) + 5% (ISS) + 4,5% (Contribuição
Previdenciária) = 13,15%

 Fator (F)
= 1 – (X/100)
= 1 – (13,15 / 100)
= 1 – 0,1315
= 0,8685
 Inclusão dos tributos no preço ou valor cobrado pelos
serviços (P)
= (somatório dos Módulos 1, 2, 3, 4 + 5 + Custos
Indiretos + Lucro) / F
= 10.000,00 / 0,8685
= 11.514,10 (preço dos serviços, com tributos)
 Apuração do valor nominal da contribuição
previdenciária sobre a receita bruta (CPRB)
= Preço x alíquota (2%)
= 11.514,10 x 0,045
= 518,13
O salário educação tem por finalidade o ensino
fundamental dos empregados bem como dos filhos destes.

Trata-se de contribuição social do empregador incidente


sobre a folha de pagamento.

A alíquota incidente é de 2,5%.


Esta contribuição adicional à Previdência Social tem por
finalidade custear as aposentadorias especiais - conforme
previstas nos arts. 57 e 58 da Lei 8.213/91 - e benefícios por
incapacidade, em razão do grau de incidência de
incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais
do trabalho (RAT).
A contribuição adicional corresponde à aplicação dos
seguintes alíquotas, incidentes sobre o total da
remuneração paga ao empregado, conforme art. 22, II, da
Lei 8.212/91, c/c art. 72, II, da IN RFB 971/2009:

Risco de Acidente do
Contribuição Adicional
Trabalho na Atividade
(RAT)
Preponderante
1% Leve

2% Médio

3% Grave
O enquadramento é de responsabilidade da empresa
conforme previsto no art. 72, § 1º, I, da IN RFB 971/2009.

Relação de Atividades Preponderantes e Correspondentes


Graus de Risco:
• Anexo V do Regulamento da Previdência Social –
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE)
• Anexo I, Tabela 1, da IN RFB 971/2009
Por força do art. 10 da Lei 10.666/2003, as mencionadas
alíquotas do RAT podem sofrer redução em até 50% ou
serem majoradas em até 100%, a depender do
desempenho da empresa, no que diz respeito à
prevenção de acidentes de trabalho, em relação à sua
respectiva atividade.

Tal desempenho é aferido pelo chamado Fator


Acidentário de Prevenção – FAP, que consiste num
multiplicador variável de 0,5000 a 2,0000, a ser aplicado à
respectiva alíquota do RAT.
O FAP é individualizado por empresa. Divulgação anual
pela Previdência Social.

Assim, multiplicado o RAT pelo FAP, tem-se o chamado


“RAT AJUSTADO”, que nada mais é que a alíquota da
contribuição adicional devida pela empresa no exercício.

RAT AJUSTADO (RAT x FAP) é a alíquota a constar de nossa


planilha de custos e formação de preços. Adotaremos o
FAP 2,0000.
A contribuição para o Serviço Social da Indústria (SESI) ou para
o Serviço Social do Comércio (SESC) tem por fim custear a
organização, administração e manutenção de programas que
contribuam para o bem-estar social dos empregados e de suas
famílias.

A alíquota é de 1,5% sobre a remuneração paga aos


empregados.
A contribuição para o Serviço Nacional da Indústria (SENAI)
tem por fim custear a organização e administração de escolas
de aprendizagem industrial, de transporte e comunicações.
A contribuição para o Serviço Nacional do Comércio (SENAC)
tem por fim custear as atividades de organização e
administração de escolas de aprendizagem comercial.

A alíquota é de 1% sobre a remuneração paga aos


empregados.
JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
SÚMULA 499

As empresas prestadoras de serviços estão sujeitas às


contribuições ao Sesc e Senac, salvo as integradas noutro
serviço social. [exemplo: SENAI ou SESI]
A contribuição para o Serviço Brasileiro de Apoio às
Pequenas e Médias Empresas (SEBRAE) tem por fim custear
programas de apoio ao desenvolvimento das pequenas e
médias empresas.

A alíquota de 0,6% incidente sobre a remuneração paga aos


empregados é devida pelas empresas prestadoras de
serviços em geral.
A contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (INCRA) é para o custeio de programas
sociais de aprendizado de técnicas no campo.
A contribuição é devida por todas as empresas,
independentemente do ramo de atividade.

A alíquota é de 0,2% do total das remunerações pagas aos


empregados.
Trata-se de contribuição devida pelo empregador, para o Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
A contribuição correspondente a 8% sobre a remuneração paga
aos empregados, depositada em conta vinculada individual
aberta para cada trabalhador.
Parcelas que não sofrem incidência do FGTS:
• Abono pecuniário;
• Auxílio-doença, a partir do 16º dia de afastamento;
• Assistência médica e familiar;
• Seguro de vida, invalidez e funeral;
• Cesta básica e vale-alimentação concedidos no âmbito do
Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT
• Vale-transporte
Relembrando >>> Para os fins dos nossos estudos,
adotamos os seguintes dados para cálculo da
remuneração mensal da vigilante diurno (44h/semana) e
dos encargos previdenciários, FGTS e outras
contribuições:

- salário base (piso fixado em CCT) = 3.000,00

- tem direito a adicional de periculosidade


MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO
1 Remuneração % Valor (R$)
A Salário Base 3.900,00
B Adicional de periculosidade
C Adicional de insalubridade
D Adicional noturno
E Adicional de hora noturna reduzida
F Outros (especificar)
Total da Remuneração 3.900,00
Adicional de periculosidade:
= (3.000,00 x 0,3)
= 900,00;
onde:
R$ 3.000,00 = valor do salário normativo do vigilante;
0,3 (ou 30%) = percentual incidente sobre o salário base (salário
normativo, no caso), para apuração do adicional de
periculosidade, conforme art. 193, § 1º, da CLT
MÓDULO 2: ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS, MENSAIS E DIÁRIOS
Submódulo 2.2 – Encargos previdenciários (GPS), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) e outras contribuições
2.2 Encargos previdenciários e FGTS % Valor (R$)
A INSS 20 780,00
B Salário Educação 2,5 97,50
C Contribuição Adicional – RAT Ajustado (RAT x FAP) 6 234,00
D SESI ou SESC 1,5 58,50
E SENAI ou SENAC 1 39,00
F SEBRAE 0,6 23,40
G INCRA 0,2 7,80
H FGTS 8 312,00
Total 39,8% 1.552,20
IN 05/2017
ANEXO XII ― CONTA-DEPÓSITO VINCULADA ― BLOQUEADA
PARA MOVIMENTAÇÃO
2. O montante dos depósitos da Conta-Depósito Vinculada ―
bloqueada para movimentação será igual ao somatório dos
valores das seguintes provisões:
a) 13º (décimo terceiro) salário;
b) férias e 1/3 (um terço) constitucional de férias;
c) multa sobre o FGTS e contribuição social para as rescisões sem
justa causa; e
d) encargos sobre férias e 13º (décimo terceiro) salário.
(E O ADICIONAL DE FÉRIAS ?)
RESOLUÇÃO CNJ 169
Art. 4º O montante mensal do depósito vinculado será
igual ao somatório dos valores das seguintes rubricas:
I – férias;
II – 1/3 constitucional;
III – 13º salário;
IV – multa do FGTS por dispensa sem justa causa;
V – incidência dos encargos previdenciários e FGTS sobre
férias, 1/3 constitucional e 13º salário;
 Essa rubrica não deveria ser objeto de provisão,
porquanto se trata da remuneração devida ao
substituto do profissional que goza férias, paga em
folha de pagamento da própria administração da
empresa contratada.
 É, portanto, despesa com substituição.
 A comprovação dá-se mediante recibo assinado pelo
empregado ou depósito em conta bancária (art. 464,
CLT).
Cálculo do Valor Mensal
(3.900,00 / 12)
= 325,00
LEI 8.212/91
Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição:
I - para o empregado e trabalhador avulso: a
remuneração auferida em uma ou mais empresas,
assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos,
devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês,
destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a
sua forma [...]
LEI 8.036/90
Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os
empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7
(sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a
importância correspondente a 8 (oito) por cento da
remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada
trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de
que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de
Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de
1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de
agosto de 1965.
Incidência dos encargos do Submódulo 2.2
Cálculo do Valor Mensal
325,00 x 0,398
= 129,35
SUBMÓDULO 4.1 – SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
4.1 Substituto nas Ausências Legais Valor (R$)
A Substituto na cobertura de Férias (remuneração do substituto) 325,00
B Substituto na cobertura de ausências legais
C Substituto na cobertura de licença paternidade
D Substituto na cobertura de ausência por acidente de trabalho
E Substituto na cobertura de afastamento maternidade
F Substituto na cobertura de outras ausências (especificar) ------------------
Subtotal (A + B + C + D + E + F) 325,00
Incidência do Submódulo 2.2 sobre o custo de substituição em
G 129,35
virtude ausências legais (39,8% x Subtotal)
Total 454,35
DECRETO 3.048/99
Art. 214 ....
[...]
§ 6º A gratificação natalina - décimo terceiro salário -
integra o salário-de-contribuição, exceto para o cálculo
do salário-de-benefício, sendo devida a contribuição
quando do pagamento ou crédito da última parcela ou
na rescisão do contrato de trabalho.
§ 7º A contribuição de que trata o § 6º incidirá sobre o
valor bruto da gratificação [...]
LEI 8.036/90
Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os
empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7
(sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a
importância correspondente a 8 (oito) por cento da
remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada
trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de
que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de
Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de
1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de
agosto de 1965.
Cálculo do Valor Mensal
(3.900,00 / 12)
= 325,00
Incidência dos encargos do Submódulo 2.2
Cálculo do Valor Mensal
325,00 x 0,398
= 129,35
Submódulo 2.1 – 13º Salário e Adicional de Férias
2.1 13º Salário e Adicional de Férias Valor (R$)
A 13º Salário 325,00
B Adicional de Férias (terço constitucional de férias)
Subtotal
Incidência do Submódulo 2.2 (39,8%) sobre 13º Salário e Adicional
C 129,35
de Férias
Total (Subtotal + C) 454,35
Como vimos, a Lei 8.212/91 e o Regulamento da
Previdência Social disciplinam incidência de encargos
previdenciários (vide art. 214, inciso I e §§ 6º e 7º do
Decreto 3.048/99) e o art. 15 da Lei 8.036/90 a
incidência de FGTS sobre a remuneração paga ou
devida.
Incidem, portanto, os encargos do Submódulo 2.2
(39,8%, no caso)
1.2 Terço constitucional de férias.
No que se refere ao adicional de férias relativo às férias
indenizadas, a não incidência de contribuição previdenciária
decorre de expressa previsão legal (art. 28, § 9º, "d", da Lei
8.212/91 - redação dada pela Lei 9.528/97).
Em relação ao adicional de férias concernente às férias
gozadas, tal importância possui natureza
indenizatória/compensatória, e não constitui ganho habitual
do empregado, razão pela qual sobre ela não é possível a
incidência de contribuição previdenciária (a cargo da
empresa).
(REsp. 1.230.957 - RS, Primeira Seção, DJe 18/3/2014)
Cálculo do Valor Mensal
(3.900,00 /3) / 12
= 1.300,00 / 12
= 108,33
Incidência dos encargos do Submódulo 2.2
Cálculo do Valor Mensal
108,33 x 0,398
= 43,11
Submódulo 2.1 – 13º Salário e Adicional de Férias
2.1 13º Salário e Adicional de Férias Valor (R$)
A 13º Salário 325,00
B Adicional de Férias (terço constitucional de férias) 108,33
Subtotal 433,33
Incidência do Submódulo 2.2 (39,8%) sobre 13º Salário e Adicional
C 172,46
de Férias
Total (Subtotal + C) 605,79
 Documentos que comprovam o correto lançamento e
recolhimento das contribuições previdenciárias e FGTS
o Folha de pagamento

o Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à


Previdência Social (GFIP);

o Guia da Previdência Social (GPS); e

o Guia de Recolhimento do FGTS (GRF).


 Os documentos acima indicados deverão ser
exigidos e analisados, até a completa
implementação do Sistema de Escrituração Digital
da Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas
(eSocial).
 Resolução 3, de 29.11.2017 do Comitê Diretivo do
eSocial (alteração pela IN RFB 1819, de 26.07.2018):
implantação em etapas, a partir de janeiro de 2018.
LEI 8.212/91

Art. 31 .........
[...]
§ 5º O cedente da mão-de-obra deverá elaborar folhas
de pagamento distintas para cada contratante.
LEI 8.212/91
Art. 32. A empresa é também obrigada a:
[...]
IV – declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao
Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço – FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos
por esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores,
base de cálculo e valores devidos da contribuição
previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou
do Conselho Curador do FGTS;
RELATÓRIOS
Folha SEFIP GFIP GPS
GRF
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
QUANTO À OBRIGATORIEDADE DE ADOÇÃO DA CONTA VINCULADA

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• Adoção ALTERNATIVA; a análise de • Adoção OBRIGATÓRIA por todas
riscos determinará se o órgão as unidades jurisdicionadas ao
adotará a conta vinculada ou o Conselho Nacional de Justiça (art.
pagamento pelo fato gerador (§ 1º).
1º, art. 18); • Exclui-se da jurisdição do CNJ
• A decisão “deverá ser justificada somente o Supremo Tribunal
com base na avaliação da relação Federal (ADI 3367, DJ 22.9.2006)
custo-benefício” (§ 2º, art. 18) • A denominação é: conta-depósito
• A adoção de um ou outro controle vinculada – bloqueada para
será disciplinada em Caderno de movimentação.
Logística editado pelo MPDG (§ 3º,
art. 18)
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
ATOS PREPARATÓRIOS – TERMO DE COOPERAÇÃO COM BANCO

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• Os Tribunais ou Conselhos deverão
• O órgão ou entidade contratante
firmar acordo de cooperação com
deverá firmar termo de
banco público oficial, que terá
cooperação técnica com
efeito subsidiário às disposições da
instituição financeira, o qual
Resolução CNJ 169/2013,
determinará os termos para
determinando os termos para a
abertura da conta.
abertura da conta-depósito
• Tal termo deve ser anexo ao edital vinculada - bloqueada para
da licitação (Anexo XII, item 4). movimentação (art. 5º);
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
UNIDADES COMPETENTES PARA O GERENCIAMENTO DA CONTA VINCULADA

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• Não dispõe sobre a matéria. • O ordenador de despesas do
Tribunal ou do Conselho, deverá
disciplinar as atribuições das
“áreas de administração ou
orçamento e finanças”, envolvidas
(vide art. 10).
• Atos afetos ao gerenciamento:
 definição e verificação do
percentual das rubricas objeto
de provisão;
 conferência de cálculos;
 conferência da documentação;
 autorização para saque.
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
DISPOSIÇÕES OBRIGATÓRIAS NO EDITAL E NO CONTRATO 1/3

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013

• Documento de autorização para a • Modelos de documentos


criação da conta vinculada, que utilizados no gerenciamento da
deverá ser assinado pelo conta (na abertura e nas
contratado (Anexo XII, item 8). movimentações);
• Cláusula que indique o indexador
• Remuneração do saldo da conta
para correção do saldo e detalhe
vinculada pelo índice da poupança
as regras de utilização da conta
(Anexo XII, item 6);
vinculada (arts. 9º, 11 e 17).
• Não dispõe sobre sanção pela não • Sanção pela inobservância do
assinatura do documento de prazo de 20 dias para assinar
abertura. documentos de abertura da conta
(art. 17, IX, c/c o art. 6º, II).
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
DISPOSIÇÕES OBRIGATÓRIAS NO EDITAL E NO CONTRATO 2/3

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• Caso o órgão não obtenha isenção • Caso o órgão judicial não obtenha
de tarifas bancárias (Anexo XII, isenção de tarifas bancárias (art.
item 9), o edital indicará 5º, parágrafo único), o edital e o
expressamente os valores contrato indicarão expressamente:
estimados das tarifas (Anexo XII,  Os valores das tarifas praticadas
subitem 10.2): pelo Banco (art. 17, II);
 Que tais tarifas deverão ser
 Que tais tarifas serão debitadas
suportadas pela taxa de
dos valores depositados (Anexo
administração cotada (art. 17, III);
XII, item 10);
 Que os respectivos valores serão
 Que os respectivos valores retidos mensalmente e
poderão ser previstos na proposta depositados na conta vinculada
(Anexo XII, subitens 10.1 e 10.2) (art. 17, VIII).
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
DISPOSIÇÕES OBRIGATÓRIAS NO EDITAL E NO CONTRATO 3/3

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• Indicação das rubricas e • Indicação das rubricas e
respectivos valores, objeto de respectivos valores, objeto de
provisão (Anexo VII-B, subitem 1.2, provisão (arts. 1º, 4º, 11, 17, I e V) :
alínea “a”, c/c o Anexo XII, itens 1 – férias e respectivo adicional;
e 2): – 13º salário;
– 13º salário; – multa do FGTS por dispensa sem
– férias e respectivo adicional; justa causa;
– incidência dos encargos do – incidência de encargos
Submódulo 2.2 sobre 13º salário, previdenciários e FGTS
férias e adicional de férias; (contribuição previdenciária,
– “verbas rescisórias” (subitem 1.2 SESI/SESC, SENAI/SENAC, INCRA,
do Anexo VII-B não indica); Salário Educação, FGTS, RAT
– Multa do FGTS (40%). Ajustado e SEBRAE).
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
ABERTURA DA CONTA VINCULADA

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• Antes da assinatura do contrato, • Após a assinatura do contrato, o
o órgão ou entidade contratante Tribunal ou Conselho solicita ao
solicita ao Banco, mediante Ofício, Banco, mediante Ofício, a abertura
abertura da conta vinculada, no da conta, no nome da empresa
nome da empresa (Anexo XII, itens (art. 6º, I, c/c o art. 2º);
5 e 5.1). • A conta é vinculada ao contrato
(art. 1º, § 2º);
• A solicitação de abertura e a
autorização para movimentar a
conta serão providenciadas pelo
ordenador de despesas ou por
servidor previamente designado
pelo ordenador (art. 2º);
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
ABERTURA DA CONTA VINCULADA

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• A empresa a ser contratada assina, • A empresa contratada é notificada
no ato da regularização da conta para, no prazo de 20 dias, assinar
corrente vinculada, termo de os documentos de abertura da
autorização que permita ao conta e o termo específico do
contratante ter acesso aos saldos Banco que permita ao Tribunal ou
e extratos, e vincule a Conselho ter acesso aos saldos e
movimentação dos valores extratos, e condicione a
depositados à autorização da movimentação de valores à
Administração (Anexo XII, item autorização prévia (art. 6º, II);
5.1). • Se a empresa não assinar os
documentos no prazo, se sujeita a
sanção prevista no edital (art. 17,
IX).
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
VALORES RETIDOS E DEPOSITADOS MENSALMENTE NA CONTA VINCULADA

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• 13º salário; • férias e respectivo adicional;
• férias e respectivo adicional; • 13º salário;
• multa do FGTS (40% dos depósitos) • multa do FGTS(40% dos depósitos)
e contribuição social por dispensa por dispensa sem justa causa;
sem justa causa; • encargos previdenciários e FGTS
• encargos do Submódulo 2.2. (contribuição previdenciária,
incidentes sobre 13º salário, férias SESI/SESC, SENAI/SENAC, INCRA,
e adicional de férias; Salário Educação, FGTS, RAT
• Multa de 40% do FGTS. Ajustado e SEBRAE).
• Vide artigos 1º, caput, 4º e 9º.
• Os valores depositados deixam de
compor o valor mensal a ser pago à
empresa (Anexo XII, item 7)
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
PEDIDO DE SAQUE DE IMPORTÂNCIAS (hipótese 1)

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• Na sistemática da IN não é exigido • A contratada paga as verbas
o prévio pagamento dos encargos trabalhistas e previdenciárias;
pelo contratado, com condição • Formula requerimento,
para pedir o levantamento de apresentando à unidade
valores da conta vinculada. competente [designada pelo
• A empresa apresenta os ordenador de despesas – art. 10]
“documentos comprobatórios da os documentos comprobatórios;
ocorrência das obrigações • Objeto do Pedido: saque das
trabalhistas e seus respectivos importâncias correspondentes aos
prazos de vencimento” (vide encargos trabalhistas adimplidos e
Anexo VII, itens 6 e 6.1) encargos sociais incidentes;
• Vide art. 12, I e § 1º.
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
PEDIDO DE SAQUE DE IMPORTÂNCIAS (hipótese 1)

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• Não se aplica, pois, na sistemática • Recebido o pedido, a unidade
da IN não é exigido o prévio competente se certifica do efetivo
pagamento dos encargos pelo pagamento das verbas
contratado, com condição para trabalhistas, mediante análise dos
pedir o levantamento de valores documentos apresentados;
da conta vinculada. • Prazo máximo para análise e
autorização de saque: 10 dias
úteis, a contar da data do
recebimento dos documentos;
• Expedição de Ofício (art. 7º) ao
Banco, autorizando o saque dos
valores correspondentes;
• Vide art. 12, § 2º.
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
PEDIDO DE TRANSFERÊNCIA/SAQUE DE IMPORTÂNCIAS (hipótese 2)

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• A contratada requer saque “para • A contratada requer à unidade
utilizar os valores” exclusivamente competente [designada pelo
“para pagamento dos encargos ordenador de despesas – art. 10] a
trabalhistas ou de eventuais transferência de recursos para as
indenizações trabalhistas aos contas dos empregados credores
empregados, decorrentes de de verbas trabalhistas,
situações ocorridas durante a apresentando os documentos
vigência do contrato” (Anexo VII, comprobatórios;
itens 8 e 8.3); • Objeto do pedido: transferência
• Objeto do pedido: saque do valor dos valores devidos aos
correspondente aos encargos empregados e saque do valor dos
trabalhistas devidos aos encargos sociais incidentes;
empregados (Anexo XII, item 11.3) • Vide art. 12, II, c/c o § 2º.
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
AUTORIZAÇÃO PARA TRANSFERÊNCIA/SAQUE (hipótese 2)

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• Recebido o pedido, o órgão se • Recebido o pedido, a unidade
certifica do crédito devido ao competente se certifica do crédito
trabalhador, mediante análise dos devido ao trabalhador, mediante
documentos e conferência dos análise dos documentos
cálculos (Anexo XII, item 11.2); apresentados;
• Prazo para análise: 5 dias úteis, a • A norma não indica prazo para
contar do recebimento do pedido; análise;
• Expedição de Ofício ao Banco, • Expedição de Ofício ao Banco,
autorizando o saque ou autorizando a transferência dos
transferência dos valores para o valores devidos aos empregados e
contratado; saque do valor dos encargos;
• O contratado apresenta, em 3 dias, • O Banco envia comprovantes em
comprovantes de quitação. 10 dias úteis (art. 12, § 3º).
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
ASSISTÊNCIA DO SINDICATO LABORAL OU DO MINISTÉRIO DO TRABALHO

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• A assistência sindical é exigida • Em caso de rescisão do contrato de
apenas no momento do trabalho de empregado com mais
encerramento do contrato de um ano de serviço, a contratada
administrativo, a fim de deverá providenciar a assistência
comprovar a “quitação de todos sindical ou do Ministério do
encargos trabalhistas e Trabalho (art. 14, caput);
previdenciários relativos ao • Se houver custo para a assistência,
serviço contratado” (Anexo XII, a contratada poderá pedir
item 15 ), o que ocorrerá para fins aplicação do art. 12, II
de liberação do saldo (transferência diretamente para a
remanescente da conta. conta do trabalhador).
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
LIBERAÇÃO DO SALDO REMANESCENTE

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• O saldo remanescente da conta • Deixou de disciplinar a matéria,
vinculada será liberado no antes regulada pelo art. 13, que
momento de encerramento do foi revogado pelo art. 2º da
contrato administrativo, após a Resolução 183/2013.
comprovação, por parte da • Entretanto, o § 3º do art. 14
empresa, da quitação de todos os autoriza a retenção até que
encargos trabalhistas e ocorram os “fatos geradores das
previdenciários relativos ao verbas trabalhistas
serviço contratado. (Anexo XII, contingenciadas”.
item 15 ) • O § 4º do art. 14 autoriza a
retenção do saldo da conta até 5
anos do término da vigência do
contrato administrativo.
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
PROCEDIMENTO EM CASO DE BLOQUEIO JUDICIAL DA CONTA VINCULADA

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• Não dispõe sobre a hipótese. • Deixou de disciplinar a matéria,
antes regulada pelo art. 15, que
foi revogado pelo art. 2º da
Resolução 183/2013.
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
REGRA DE TRANSIÇÃO

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• Nada dispõe a respeito. • Os contratos firmados antes da
• Não obstante, entendemos que, à publicação da Resolução CNJ
luz do art. 58, § 1º, da Lei 169/2013 (4.2.2013), devem
8.666/93, somente será lícita a observar as disposições da
adoção da conta vincula, por Resolução CNJ 98/2009.
ocasião da renovação do contrato, • Por ocasião da renovação do
se o contratado com ela concordar contrato, o Tribunal ou Conselho
expressamente. poderá negociar com a contratada
para adequação às disposições da
Resolução CNJ 169/2013.
• Observar-se-á, na espécie, o § 1º
do art. 58 da Lei 8.666/93.
CONTA VINCULADA
IN 05/2017 x Resolução CNJ 169/2013
REGRA DE TRANSIÇÃO – ADAPTAÇÕES DOS CONTRATOS EM VIGOR

IN 05/2017 Resolução CNJ 169/2013


• Os contratos celebrados antes da • Os contratos celebrados após a
edição da IN 05/2017 continuam edição da Resolução 169/93,
regidos pelas regras publicadas no podem ser alterados para excluir a
edital do certame regente da previsão de:
licitação ou da contratação – Retenção do lucro;
– Manutenção de eventual saldo
da conta utilizada para depósito
dos valores retidos;
– Recomposição do saldo da
conta, nos casos de bloqueio
judicial.
• Vide art. 3º da Resolução CNJ
183/2013.

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