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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
GNE 283 – CONSTRUÇÃO CIVIL

AULA 11
ORÇAMENTOS DE OBRAS
INTRODUÇÃO

O cronograma, juntamente com o orçamento, de obra são ferramentas


importantíssimas para garantir o sucesso do planejamento de um empreendimento
e evitar que o orçamento e os prazos saiam do controle.

IMPORTANTE:
Representação gráfica da previsão da execução de um trabalho (obra), na qual se
indicam os prazos e os gastos a serem executados nas diversas fases do projeto.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO

FRENTE DE ORÇAMENTO

•Métodos de orçamentação
•Orçamento estimativo
•EAP – estrutura analítica de projetos
•Composição de preço unitário
•Orçamento quantitativo
•Leis sociais
•BDI – benefícios (bonificações) e despesas indiretas
•Cronograma de obra
INTRODUÇÃO

Independentemente de localização, recursos, prazo, cliente e tipo de projeto,


uma obra é eminentemente uma atividade econômica e, como tal, o aspecto
CUSTO reveste-se de especial importância.
INTRODUÇÃO

Para se avaliar a viabilidade de execução de um empreendimento, é necessário que se


estime previamente o seu custo.

Tal estimativa é feita através da elaboração do orçamento


INTRODUÇÃO

A preocupação com custos começa cedo, ainda antes do início da obra, na fase de
orçamentação, quando é feita a determinação dos custos prováveis de execução
da obra.

O primeiro passo de quem se dispõe a realizar um projeto é estimar quanto ele irá
custar.
INTRODUÇÃO

Soares (1996) define orçamento como a descrição pormenorizada dos materiais e


das operações necessárias para realizar uma obra, com a estimativa de preços e,
para ser elaborado, o orçamentista deve conhecer todos os detalhes possíveis que
implicarão em custos durante a execução da obra.
INTRODUÇÃO

ORÇAMENTO
X
ORÇAMENTAÇÃO

O orçamento é o PRODUTO da orçamentação, o processo de determinação!

Segundo Limmer (1997), o processo de orçamentação é a determinação


dos gastos necessários para realização de um projeto, de acordo com um
plano de execução previamente estabelecido.
INTRODUÇÃO

O orçamento tem influência direta sobre:

• Qualidade do serviço
• Sucesso de vendas
• Rentabilidade da atividade em si
INTRODUÇÃO

Um orçamento deve ser o resultado de um de um conjunto de critérios técnicos bem


definidos, de informações confiáveis e de um bom julgamento do orçamentista.
Mattos (2006)

Para isso, é essencial a experiência do profissional, não só em relação a custos, mas


“em conhecimento de execução do tipo de obra a ser orçada, em engenharia de
segurança do trabalho, em garantia de qualidade, em meio ambiente, em legislação
trabalhista e fiscal”.
DIAS (2001, p 17).
INTRODUÇÃO

OBJETIVOS DO ORÇAMENTO

• Definir o custo de execução de cada atividade ou serviço;

• Análise de viabilidade do projeto;

• Constituir-se em documento contratual, servindo de base para o faturamento


da empresa executora do projeto, e para gestão de pagamentos e omissões;

• Ferramenta de controle da execução do projeto;


INTRODUÇÃO
Outras aplicações, que são indispensáveis para o andamento de uma obra, e possuem
como subsídio o orçamento:

• Permite fazer o levantamento dos materiais e serviços, que serve como base para
a identificação de fornecedores, o planejamento das compras e sua forma de
pagamento.
• Informa índices, através dos quais se torna possível a comparação entre a
realidade da obra, e o que foi previamente orçado, apontando possíveis
problemas.
• Dimensiona equipes, calculando a quantidade homem-hora de trabalhadores
necessários para execução de cada serviço.
• Facilita a revisão de valores e índices, e se necessária alguma mudança, o custo
total do orçamento é recalculado automaticamente.
INTRODUÇÃO
• Facilita a elaboração de cronogramas físicos e financeiros, que através do
acompanhamento da obra retratam a evolução da obra com o tempo, e os custos e
receitas dos serviços que foram realizados nesse mesmo período de tempo.
• Permite a análise da viabilidade econômico-financeira da obra ao longo dos
meses.

“a qualidade da previsão de custos envolvidos na execução de uma obra é


fundamental para a sobrevivência de uma empresa de Construção Civil no atual
mercado competitivo”.
Andrade e Souza (2003)
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO

Uma das definições é apresentada por Mattos (2006), onde cita que, a depender do
grau de detalhamento de um orçamento, ele pode ser classificado como:

a) Estimativa de custo - avaliação expedita com base em custos históricos e


comparações de projetos similares;

b) Orçamento preliminar - mais detalhado que a estimativa de custos, pressupõe o


levantamento de quantidades e requer a pesquisa de preços dos principais
insumos e serviços;

c) Orçamento analítico ou detalhado - elaborado com composições de custos e


extensa pesquisa de preços dos insumos, chegando a um valor bem próximo do
custo ‘real’, com reduzida margem de incerteza.
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO
X
MÉTODO QUANTITATIVO
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

Toda composição orçamentária é afetada de erro, que será tanto menor quanto
melhor for a qualidade de informações disponíveis para elaboração do
orçamento.

A qualidade de informação depende do grau de detalhamento do projeto e em


função dessa qualidade define-se o método de orçamentação.
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

Baseia-se na estimativa do custo por correlação com uma ou mais variáveis de


medida de grandeza do produto cujo custo se quer determinar.
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

• Dentre os processos de orçamentação, o processo estimativo é o que incorre em


maior erro.

• Por sua vez, o processo de estimativa através de correlação direta, é o mais simples
e mais sujeito a variações, dada a simplificação aplicada.

• É normalmente aplicado em etapa inicial de projeto e dispondo de pouquíssimas


informações, serve como ponto de partida para o desenvolvimento do projeto.
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

CORRELAÇÃO SIMPLES
X
CORRELAÇÃO MÚLTIPLA
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

CORRELAÇÃO SIMPLES

DETERMINAÇÃO DE CUSTOS A PARTIR DE PRODUTOS


SEMELHANTES:

• INTERPOLAÇÃO POR ÁREA CONSTRUÍDA


• DETERMINAÇÃO DE CUSTOS ATRAVÉS DE ÍNDICES
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

CORRELAÇÃO SIMPLES
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

CORRELAÇÃO SIMPLES

Exemplo 1:
Determinação do custo de uma casa térrea de 150 m² através da proporção de área
em relação à outra casa térrea com área superior ou inferior, desde que apresente
mesmas características construtivas gerais.
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

CORRELAÇÃO SIMPLES

Exemplo 2:
Aplicação de índice próprio obtido através de conhecimento técnico ou acervo de
orçamentos já elaborados ou índice representativo da construção civil.

PARA EDIFICAÇÕES SEMELHANTES!!


Mesmo método construtivo
Área equivalente
Acabamentos semelhantes
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

CORRELAÇÃO SIMPLES

Exemplo 2:

ÍNDICES:
CUB, SINAP, INCC (FGV), IPCE (PINI), IPCA (IBGE)
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO
USO DE ÍNDICES

ÍNDICES:

• CUB : Custo Unitário Básico da Construção Civil – Sinduscon


www.sinduscon-pr.com.br

• SINAPI : Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil

• INCC: FGV

• IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo): IBGE


MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO
MÉTODO ESTIMATIVO

USO DE ÍNDICES

O uso , desde que correto, de índices, seja o CUB ou mesmo o Sinapi, entre outros,
facilita muito o trabalho de estimar custo de obras, numa fase inicial de trabalho.

Mas o seu uso deve ser pautado pelo correto entendimento do índice, quais custos o
compõem, se é necessário complementações, e se este é aplicável ao tipo de projeto
em orçamento. Tanto o CUB, quanto SINAP, apresentam custos, por unidade de
construção ‘m²’ , para diversas categorias de projetos/ obras, conforme indica-se
abaixo no caso do CUB:
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO
FONTE: http://cub.org.br/projetos-padrao
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

USO DE ÍNDICES

Nota-se, portanto, que no caso da adoção de um índice, havendo diversas


‘modalidades’ do mesmo, deve-se optar pelo uso do valor mais adequado ao
projeto em questão.

Para tanto é necessário ter certeza das informações do projeto a ser orçado e
é claro, conhecer o cálculo e projetos utilizados na obtenção do índice.
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

USO DE ÍNDICES

Visto que se tratando de estimativa, e em muitos casos utilizamos orçamentos anteriores


com datas bases, cotações ou preços relativos a datas anteriores à estimativa, é
necessária a atualização de valores.

A atualização mais comum, e apropriada, ocorre pela variação do CUB entre a data das
referencias tomadas e a data atual do orçamento estimativo. Ao final, todo orçamento
deve estar vinculado a um índice para que se tenha a referencia em posteriores
atualizações de valores.
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

CORRELAÇÃO SIMPLES

Exemplo 2:
CUB
Principal indicador do setor da construção, é calculado mensalmente pelos
Sindicatos da Indústria da Construção Civil de todo o país.

CUSTO UNITÁRIO BÁSICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL


MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

CORRELAÇÃO SIMPLES

Exemplo 2:
CUB
Atualmente, a variação percentual mensal do CUB tem servido como
mecanismo de reajuste de preços em contratos de compra de apartamentos
em construção.
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

CORRELAÇÃO SIMPLES

Exemplo 2:
CUB
Calculado segundo a NBR 12.721/2006.
- Projetos-padrão: residenciais, comerciais, galpão industrial e residência popular.
- Nº pavimentos, acabamento, nº de quartos,...
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO
CORRELAÇÃO SIMPLES
Exemplo 2:
CUB
Calculado segundo a NBR 12.721/2006.
- Leva-se em conta os lotes de insumos (materiais e mão-de-obra), despesas
administrativas e equipamentos.
- O cálculo em si é feito através de coleta de dados.
- Tratamento estatístico pela tabela T-Student.
- Os salários e preços de materiais e mão de obra, despesas administrativas
e equipamentos, são obtidos através do levantamento de informações junto
a uma amostra de cerca de 40 empresas da construção.
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO
CORRELAÇÃO SIMPLES

Exemplo 2: CUB

CUIDADO!!

- A utilização do CUB, ou outro índice, requer conhecimento de quais custos compõem


este índice.

- O USO INADEQUADO REFLETE EM ERROS GRAVES EM ESTIMATIVAS!!

- A utilização do CUB, de forma direta, ou seja 1 CUB por m² acarreta em grandes


erros!!
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO
CORRELAÇÃO SIMPLES

Exemplo 2: CUB

CUIDADO!!

O CUB não contempla vários serviços :


MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

É importante observar que o CUB não considera itens considerados específicos


das obras, tais como:

• Terreno – que não é elemento construído


• Fundações e contenções;
• Equipamentos eletromecânicos: Elevadores e sistemas de ar condicionado;
• Elementos de implantação externa;
• Iluminação;
• Elementos de decoração, equipamentos acessórios, entre outros.
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

EXEMPLO:

Veja um exemplo de como definir o custo estimado de um empreendimento


residencial de baixo padrão em Belo Horizonte (MG), com dez pavimentos de
250 m² cada um:

Calcule a área total do empreendimento.


Para isso, basta multiplicar a área de cada pavimento pelo número de andares do
edifício:

Área total = 250 m² x 10 = 2.500 m²


MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

Consultando a tabela vemos que o CUB de edifícios residenciais de baixo


padrão com oito pavimentos (R-8) é de R$ 1206,25/m².

Custo estimado total = 2500 x 1206,25 = 3.015.625,00

Quais os possíveis erros desse custo estimado?

NECESSIDADE DE CORRELAÇÃO MÚLTIPLA


MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

CORRELAÇÃO MÚLTIPLA

MÉTODO NO QUAL A ESTIMATIVA É SUBDIVIDIDA EM ETAPAS


OU FASES, PARA AS QUAIS SE FAZ ESTIMATIVAS INDIVIDUAIS,
COM INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS PARA CADA UMA DESTAS
ETAPAS.
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

CORRELAÇÃO MÚLTIPLA

O CUSTO TOTAL É DADO PELA SOMA DOS CUSTOS DAS


DIVERSAS ETAPAS OU FASES.
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

• Nesse método aplicamos tratamentos específicos para cada uma das


etapas que compõem a EAP do projeto, podendo-se aplicar o mesmo
tratamento para diversas etapas e outros tratamentos específicos para
etapas com detalhes específicos.
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

USO DE ÍNDICES

A aplicação do Índice CUB para estimativa acaba sendo tal qual o método de
correlação múltipla, uma vez que obrigatoriamente temos que completar a
estimativa com determinação dos custos para as etapas não contempladas
pelo índice.
MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

• Definidas as etapas para as quais se deve oferecer um tratamento específico,


deve-se determinar qual é este tratamento, podendo ser:

• Cotação específica junto a fornecedores ou empresas prestadoras do serviço;

• Levantamento de quantidades e precificação ( para alguns elementos)

• Aplicação de um índice próprio ou consagrado no meio;


MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

MÉTODO ESTIMATIVO

CORRELAÇÃO MÚLTIPLA

Exemplo 1:

Divisão do orçamento em etapa como:

Fundação, estrutura, alvenarias e demais componentes, estimando o custo para


cada uma destas etapas de forma individual, seja através de aplicação de um
índice, correlação direta com outro projeto semelhante ou mesmo através de
levantamentos rápidos.
EAP -OBRA

PROCESSO DE DETALHAMENTO DO ESCOPO DE UM PRODUTO

O processo de detalhar o produto do projeto, partindo da descrição sucinta inicial


chama-se definição de escopo.

A definição do escopo consiste em dividir o produto inicial em partes


administráveis, por meio da técnica do desenho da estrutura analítica, retratando
a divisão do produto em partes.
GERENCIAMENTO DE PROJETO

FOCO NA TÉCNICA

O PMBOK descreve o contexto do gerenciamento de projetos em dez áreas de


conhecimentos, ou disciplinas.
GERENCIAMENTO DE ESCOPO DE UM PROJETO
GERENCIAMENTO DE ESCOPO DE UM PROJETO
EAP –ESTRUTURA ANALÍTICA DE PROJETO

Instrumento básico para o planejamento, a fim de que se possa seguir a


metodologia apresentada: Estrutura de atividades do projeto EAP.

A estrutura analítica, ou estrutura do projeto trata-se do WBS: Work Breakdown


Structure, que em português pode ser definida como EAP: Estrutura Analítica do
Projeto, ou mesmo Estrutura de Atividades do Projeto, ou ainda Estrutura
Analítica de partição do projeto.

Também utiliza-se a denominação EDT: Estrutura de Decomposição do Trabalho.


EAP –ESTRUTURA ANALÍTICA DE PROJETO

A partir da EAP , podemos obter:

a) Visualizar o escopo completo do projeto – Planejar e controlar;


b) Estabelecer a sequência executiva, técnicas a serem aplicadas;
c) Determinar duração das atividades e prazo global de etapas, fases e do projeto
como um todo – estabelecer o cronograma físico;
d) Identificar os recursos necessários para execução das atividades e do projeto
como um todo – programar a utilização dos recursos;
e) Estimar os custos das atividades – programação financeira e estabelecer o
cronograma financeiro.
GERENCIAMENTO DE ESCOPO DE UM PROJETO

A EAP é uma aplicação prática do princípio analítico de Descartes:

Decomponha um problema complexo em pequenos problemas mais simples,


fáceis de serem resolvidos. Então administre os pequenos problemas
progressivamente em direção à solução do todo. Finalmente, sintetize
(recomponha) o conjunto com uma integração lógica.
COMO MONTAR UMA EAP?

1. Escrever o nome do projeto da EAP (nível 0)

NOME DO PROJETO
COMO MONTAR UMA EAP?

2. Associar as fases do ciclo de vida do projeto

NOME DO PROJETO

Pacote 1 Pacote 2 Pacote 3


COMO MONTAR UMA EAP?

3. Acrescentar as entregas (produtos) e subprodutos (entregas parciais) que


compõem os pacotes.

NOME DO PROJETO

Pacote 1 Pacote 2 Pacote 3


COMO MONTAR UMA EAP?

4. Decompor as entregas parciais até um nível de detalhe que viabilize o


planejamento e controle em termos de tempo, custo, qualidade, risco e
atribuição de responsabilidades.

5. Revisar continuamente a EAP, refinando-a quando necessário, até que a


mesma esteja apta a ser aprovada.
EXEMPLO DE EAP

Exemplo de EAP esquemática


EXEMPLO DE EAP

Exemplo de EAP em lista


CONSIDERAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA EAP

CARACTERÍSTICAS COMUNS DAS ATIVIDADES:

• Consomem TEMPO (Duração diferente de ZERO)

• Podem ser divididas em sub-atividades e tarefas

• Podem gerar resultados intermediários


CONSIDERAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA EAP

• Podem ser organizadas de forma progressiva e lógica

• Requerem recursos para sua execução

• Podem ter sua execução restringida pela indisponibilidade de recursos


CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DA EAP

1. Não ser superficial - Visto que impede a correta determinação de duração e


recursos a aplicar;

2. Não exceder no detalhamento –Evitar burocracia excessiva;

3. Evitar tarefa de nível mais baixo com duração superior a 2 semanas – dificulta o
acompanhamento;

4. Evitar atividades muito pequenas em relação ao tempo do projeto ( Ex. atvde 1h num
projeto de 6 meses);

5. Incluir diversos MARCOS -Eventos de duração ZERO, para identificar e facilitar o


controle.
CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DA EAP

DURAÇÃO DAS ATIVIDADES:

• INFORMAÇÕES HISTÓRICAS

• ANALOGIA COM SITUAÇÕES PARECIDAS

• DECOMPOSIÇÃO E SINTESE

• SIMULAÇÃO

• AVALIAÇÃO DE ESPECIALISTAS
EXEMPLO

Sendo o projeto a execução de um muro, como pode e/ou deveria ser sua
EAP?

Qual a necessidade?
Qual forma / técnica de execução?
Qual Controle?
EXEMPLO

Sendo o projeto a execução de um muro, como pode e/ou deveria ser sua
EAP?

PENSAR NO PROJETO COMO TODO?

PENSAR APENAS NO PRODUTO ?


EXEMPLO

A)
1. EXECUÇÃO DE MURO
1.1. Muro em alvenaria de blocos cerâmicos 6 furos – 1/2x – h = 2,0m, fundação em
estacas broca diâmetro 25, comprimento 2,0 m, baldrames, cintas e pilaretes em
concreto armado Fck 20 Mpa, revestimento final emboçado.
EXEMPLO

B)
1. EXECUÇÃO DE MURO

1.1. Infra em estacas broca diam. 25 cm, c = 2,0 m


1.2. Supra-estrutura em concreto armado, baldrame, cintas e pilaretes -Fck20 Mpa
1.3. Alvenaria em blocos cerâmicos 6f, 1/2x e revestimento final emboçado
EXEMPLO
C) 1. EXECUÇÃO DE MURO
1.1. Serviços Iniciais
1.1.1. Limpeza de terreno
1.1.2. Movimento de terra
1.2. Infra
1.2.1. Abertura de fustes para estacas diam 25 cm, c= 2,0m
1.2.2. Concretagem de estacas –concreto usinado Fck 20 MPa
1.3. Supra
1.3.1.Formas em tábuas de madeira
1.3.2.Aço CA-50
1.3.3.Concreto, usinado, Fck = 20 MPA
1.4. Alvenarias
1.4.1. Alvenaria em blocos cerâmicos, 6 furos, execução em ½ x
1.5. Revestimentos
1.5.1. Chapisco em argamassa de cimento e areia
1.5.2. Emboço em argamassa usinada.
EM RESUMO

A partição do projeto deve ser feita segundo elementos decorrentes do tipo do projeto,
podendo obedecer à seguinte sequência:
ORÇAMENTO QUANTITATIVO
ORÇAMENTO QUANTITATIVO

ELEMENTOS NECESSÁRIOS À ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO

Para se elaborar um orçamento, que seja efetivamente viável, do ponto de


vista técnico, é necessário levantar e conhecer com profundidade o consumo
de materiais em cada um dos serviços as serem realizados, a quantidade de
mão de obra, a incidência das leis trabalhistas sobre o custo total da mão-
de-obra, os custos financeiro decorrentes, custos administrativos, a carga
tributária, etc.
ORÇAMENTO QUANTITATIVO

ELEMENTOS NECESSÁRIOS À ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO

Os elementos necessários são chamados de Especificações Técnicas, as quais


contemplam as informações relativas ao empreendimento que se pretende
desenvolver, procurando fazer com que o vai ser previsto em termos de custos
fique o mais próximo da realidade.
BIBLIOGRAFIA

MATTOS, A. D. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos


de caso, exemplos. São Paulo: Editora Pini, 2006.

TCPO, Tabelas de composição de preços para orçamentos. 13ª edição. São Paulo: PINI,
2010.

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