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A construção civil é uma das atividades mais difíceis de serem administradas,

pois abrange diversas variáveis, alocadas em um canteiro de obras, que é


extremamente modificável e dinâmico. A análise dos processos deve permitir
uma construção proveitosa, consistente e economicamente viável. Este
gerenciamento deve fundar-se no orçamento, planejamento e gestão. O
orçamento é concebido pela orçamentação e pode ser dividido em orçamento
de custo (multiplicação da quantidade pelo custo unitário) e orçamento de
venda (multiplicação do orçamento de custo pela margem). A formulação da
orçamentação pode ser realizada por três tipos: a) orçamento estimativo, que
se baseia em parâmetros genéricos, como o CUB; b) orçamento preliminar ou
paramétrico, que se fundamenta na determinação dos parâmetros por
intermédio do escopo do projeto; e o c) orçamento analítico, que se respalda no
máximo de informações e detalhes possíveis do projeto, para isto, é essencial
a plena leitura e compressão dos projetos. Para orçar é necessário realizar a
composição de custo, que é determinada pela ordenação dos insumos, pela
unidade de medida de cada insumo, pelo índice (quantidade de cada insumo),
pelo custo unitário (custo de aquisição do insumo) e pelo custo total (índice x
custo unitário). Os insumos compreendem mão-de-obra, materiais e
equipamentos. Quanto a mão-de-obra, é fundamental estabelecer vínculo
empregatício com os colaboradores, pois a inexistência deste pode gerar
problemas judiciais e, consequentemente, financeiros. Para a maximização dos
gastos com mão-de-obra deve-se definir corretamente quais trabalhadores
serão horistas (pagamento por horas trabalhadas) e quais serão mensalistas
(pagamento mensal). Quanto aos materiais, a aquisição destes deve ser
realizada após a tomada de preços em diversos fornecedores e a realização da
equalização de propostas (compatibilização da moeda, adição do frete, dentre
outras). Ademais, para melhorar a precisão do orçamento também é
necessário efetuar a compatibilização dos projetos para evitar erros,
desperdícios e perdas de tempo, aspectos que interferem diretamente no custo
final. Sobre os equipamentos, o engenheiro deve prestar atenção ao custo de:
a) aquisição, considera-se a depreciação, além dos juros embutidos; b)
produção, atenta-se aos fatores relacionados ao funcionamento dos
equipamentos, como combustíveis, lubrificantes e operadores; e c)
manutenção, dividido em preventiva (usada para diminuir a necessidade de
correções) e corretiva (utilizada para corrigir problemas). Todos esses insumos
se relacionam com os serviços. Assim, o uso da curva ABC é imprescritível,
pois através desta é possível determinar quais insumos são mais importantes
para a execução da obra. Outros fatores que devem ser analisados e
determinados são o BDI (valor para cobrir despesas indiretas), as taxas de leis
sociais e o preço de venda dos serviços. Nota-se que o orçamento é um dos
pilares do planejamento. Este serve para organizar os passos de um projeto.
Outrossim, ferramentas como a curva S, o cronograma físico e o planejado x
executado possibilitam o controle dos processos, maximizando assim a
produção. Tal maximização pode ser impulsionada pela adoção do Lean
Construction, que tem como finalidade o melhoramento contínuo dos processos
por meio da análise dos desperdícios. Portanto, permite a diminuição de
suprimentos desperdiçados e tempo gasto.

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