Você está na página 1de 4

Método de entrega de projeto

É um sistema utilizado por uma agência ou proprietário para organizar, projetar, construir,
operar e manter serviços para a estrutura ou local por meio de acordos legais com uma ou
mais entidades ou partes.

Tipos
Design-Bid-Build (DBB)
No “projetar-licitar-construir”, o proprietário desenvolve uma série de documentos contratuais
com um arquiteto ou um engenheiro que consistem em plantas e especificações detalhadas.
Licitações são solicitadas por contratantes baseados nesses documentos; o contrato é então
adjudicado ao licitante mais baixo, responsivo (deve incluir todos os documentos e
informações exigidos, não pode abrir exceções aos requisitos da proposta) e responsável
(possui experiência, pessoal, equipamentos e finanças para cumprir os requisitos do contrato).

DBB with Construction Management (DBB with CM)


DBB com gestão de construção é uma versão modificada do “projetar-licitar-construir”.

Com documentos contratuais parcialmente completos, o proprietário contratará um gerente


de construções para atuar como um outro agente. Quando partes substanciais dos
documentos estiverem completos, o gerente de construção solicitará licitações de
subcontratados adequados. Isso permite que a construção proceda mais rapidamente e
permite que o proprietário compartilhe os riscos associados ao projeto com o gerente.

Design-Build (DB) ou Design-Construct (DC)


No “projetar-construir”, o proprietário desenvolve um plano conceitual para um projeto, então
solicita licitações de empresas com engenheiros, arquitetos e construtores para o design e
construção do projeto. É uma alternativa ao tradicional modelo de projetos de infraestrutura
pública que não envolvem financiamento privado.

Integrated Project Delivery (IPD)


Entrega de projeto integrado procura envolver todos os participantes (pessoas, sistemas,
estruturas de negócio e práticas) através de todas as fazes como projetar, fabricar e construir,
com o objetivo de aumentar a eficiência do projeto e reduzir o desperdício na entrega do
projeto.

Job Order Contracting (JOC)

Uma forma do IPD especialmente para reparação, renovação, manutenção, sustentabilidade e


pequenas e novas construções. Cada ordem de contrato de trabalho usa um tabelamento de
preço unitário para precificar cada trabalho via um contrato de vários anos.
Parceria Público-Privada (PPP)

Uma parceria pública privada é um arranjo cooperativo entre uma ou mais entidades
públicas (geralmente o proprietário) e outra entidade (tipicamente do setor privado) para
projetar, financiar e algumas vezes operar e manter o projeto por um período específico de
tempo em nome do proprietário.
Em suma, PPP’s se referem a uma ideia de cooperação entre o setor público e o setor privado.
Abaixo estão listados alguns modelos que surgem a partir da ideia de PPP:

a) Build-Finance (BF)
O agente privado constrói o ativo e financia o custo durante a construção. Mais tarde,
a responsabilidade é entregue para a entidade pública. Em termos de risco e
envolvimento do setor privado, este modelo está novamente na extremidade inferior
do espectro para ambas as medidas.

b) Build-Operate-Transfer (BOT)
“Construir-Operar-Transferir” representa uma integração completa da entrega do
projeto. O mesmo contrato governa o design, construção, operação, manutenção e
financiamento do projeto. Depois de um determinado período de concessão, a
instalação é transferida de volta ao proprietário (poder público).

c) Build–own–operate–transfer (BOOT)
O BOOT se diferencia do BOT pois nesse modelo, a entidade privada é a dona. Durante
o período de concessão, a companhia privada detém e opera a instalação com o
objetivo principal de recuperar os custos do investimento e manutenção enquanto
tenta alcançar a maior margem de lucro do projeto.
BOOT vem sendo usado em projetos de rodovias, pistas de transporte de massa,
ferrovias e geração de energia.

d) Build–own–operate (BOO)
Em um projeto BOO, a propriedade do projeto, geralmente, permanece com a
empresa do projeto, como uma rede de telefonia móvel. Portanto, a companhia
privada fica com os benefícios de quaisquer valores residuais do projeto.
Essa estrutura é usada quando a vida física do projeto coincide com o período de
concessão.
O esquema BOO envolve grandes quantias de financiamento e um longo período de
“payback”.
Alguns exemplos de projetos com esse modelo são as estações de tratamento de água.

e) Build–lease–transfer (BLT)
Sobre BLT, a entidade privada constrói o projeto completo e o arrenda para o governo.
Dessa forma o controle sob o projeto é transferido do proprietário para o arrendador.
Em outras palavras, a propriedade continua com os acionistas, porém a operação fica
com o contratante.
Depois que o período é finalizado, a propriedade do ativo e a sua responsabilidade
operacional é transferida para o governo por um preço previamente definido.
f) Design-Build-Finance-Maintain (DBFM)
“O setor privado projeta, constrói e financia o ativo e provê gestão da instalação ou
serviços de manutenção sob um termo de acordo de longo prazo.” O proprietário
(normalmente do setor público) opera a instalação. Esse modelo é o meio do espectro
para o envolvimento nos riscos do setor privado.

g) Design–build–finance–maintain-operate (DBFMO)
DBFMO é um método de entrega de projeto muito parecido com o BOOT, exceto que
não há transferência de propriedade real. Além disso, o contratante assume o risco de
financiar o projeto até o final do período do contrato. O proprietário assume então a
responsabilidade pela manutenção e operação. Esse modelo é amplamente utilizado
em projetos específicos de infraestrutura, como rodovias com pedágio. A construtora
privada é responsável pelo projeto e construção de uma peça de infraestrutura para o
governo, que é o verdadeiro proprietário. Além disso, a entidade privada tem a
responsabilidade de obter financiamento durante o período de construção e
exploração. Normalmente, o setor público inicia os pagamentos ao setor privado pelo
uso do bem após a construção.
h) Design–build–operate–transfer (DBOT)
Essa opção de financiamento é comum quando o cliente tem o conhecimento sobre o
que o projeto implica. Por isso, o projeto é contratado para uma companhia para fazer
o design, construir, operar e após isso, transferir.
Exemplos de projetos com essa estrutura, são algumas refinarias.
i) Design–construct–manage–finance (DCMF)
Uma entidade privada é confiada para projetar, construir, manter e financiar a
instalação, baseada nas especificações do governo. Os fluxos de caixa do projeto
resultam do pagamento do governo pelo aluguel da instalação. Alguns exemplos do
modelo DCMF são prisões ou hospitais públicos.

Diferenças entre os Métodos de Entrega de Projeto

Existem duas principais variáveis que representam a maior parte da variação entre métodos de
entrega:

• O quanto cada entidade envolvida no projeto se integra nos riscos.


• O quanto o proprietário está diretamente financiando o projeto.

Quando os fornecedores de serviços estão segmentados, o proprietário detém um grande controle, mas esse
controle é caro e não dá cada fornecedor um incentivo de otimizar sua contribuição para o próximo serviço.
Quando tem uma maior integração entre todos, cada passo da entrega é dado pensando em atividades futuras
em mente, resultando em economias, porém limitando a influência do proprietário sob o projeto.

O Proprietário diretamente financiar o projeto significa que o mesmo paga os fornecedores


por seus serviços. No caso de uma instalação com um fluxo de receitas consistente,
financiamento indireto se torna viável: Ao invés de ser pago pelo proprietário, os fornecedores
dos serviços são pagos com a receita coletada pela operação.

Financiamento indireto as vezes é confundido com privatização. Mesmo que os fornecedores


tenham sim a concessão para operar e coletar receita da instalação que eles construíram e
financiaram, a estrutura em si continua sendo propriedade do contratante (normalmente o
governo, no caso de infraestrutura pública).

Nível de Envolvimento do setor privado

Você também pode gostar