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Telas finais – o projectista tem obrigação em fazê-las, quando a obra termina. Estas
telas finais, são uma cópia fiel da obra que só se entregam quando a obra está pronta.
Estas tem que ser entregues no fim pois, normalmente a obra é alterada durante a sua
construção (o que foi aprovado na câmara não é igual ao produto final). A câmara só
da licença de habitação após a entrega e aprovação das telas finais.
1. Projecto e Construção
2. Programa Base
Em algumas obras temos que fazer certos organigramas pois, há espaços que não
conhecemos. Por exemplo, nos espaços de um hospital não sabemos quais as
dependências entre eles. Estes são organigramas funcionais, ou seja, são gráficos,
esquemas muito simples, onde vemos estes espaços com uma relação directa. Nesta
fase, temos que definir as questões de acústica pois é necessário sabermos isto para
os espaços: pé direito, escolha de equipamentos. É importante enumerarmos as
condicionantes do projecto. Estas questões são importantes pois, se o problema
surgir, o arquitecto antevê esta situação podendo ou não atrasar o projecto.
FASES DE DESENVOLVIMENTO DE UM EMPREENDIMENTO
INTERVENIENTES E CIRCUITOS
Análise do mercado – o cliente pode ter dúvidas sobre o conteúdo de um projecto. Por
exemplo, o cliente não sabe o que se vende mais no mercado: um T1, um T2, um T3,
entre outros. Por vezes, há que pensar nesta análise de mercado para responder
melhor às necessidades. Há uma relação muito estreita entre o cliente e o arquitecto
que vai para além do projecto de arquitectura.
Fase 3 – existem datas oficiais que, a maior parte dos clientes desconhece. Existem
certas burocracias que nos obrigam a cumprir estas datas oficiais. Por exemplo, se
tivermos um empreendimento urbano e desenharmos o seu loteamento, em seguida
desenhamos o projecto de arquitectura e só entregamos à câmara depois de aprovado
o de licenciamento.
Fiscalização em obra – esta pode defender aquilo que foi projectado por nós. O cliente
pode contratar uma empresa de fiscalização que lhe garante uma melhor qualidade.
SEGURANÇA DE ESTALEIROS
Notas:
- não misturar a preparação directa da obra com a zona dos operários (vestiário,
instalações sanitárias, etc.)
- o parque de veículos deve sempre ficar à entrada da obra e nunca lá dentro;
- fazer toda a preparação do betão fora da obra;
- não instalar o percurso da grua na via pública;
Vedação de um estaleiro – a vedação de um estaleiro tem como objectivo, demarcar
a zona onde decorrem os trabalhos de construção de forma a impedir o acesso de
pessoas estranhas à obra. Garante-se assim, a sua segurança assim coo a do pessoal
que lá trabalha. No tipo de vedação tem que se ter em conta, diversos factores: tipo de
obra; localização da obra; dimensão e duração da obra; estética envolvente; factores
económicos e segurança.
Tipos de Vedações – redes metálicas; redes de politeleno; fitas com faixas brancas e
vermelhas; madeira; chapas metálicas; alvenaria de tijolo; tubos de andaime; barreiras
metálicas removíveis; painéis de betão pré-fabricado de plástico e de outro material.
Portaria – sempre que possível, só deverá existir uma portaria (entrada). Esta destina-
se a controlar todo o movimento de entrada e sadia do estaleiro, quer de pessoal quer
dos materiais e equipamentos. As portarias deverão ser concebidas de forma a
garantirem as necessárias condições de conforto. A cobertura e as paredes exteriores
deverão ser impermeáveis possuindo adequado isolamento térmico e acústico. Os
pavimentos deverão ser laváveis. As janelas deverão ser resguardadas, por redes
metálicas. A iluminação deverá ser natural e artificial, preferencialmente eléctrica.
Exemplo da organização da portaria da obra:
ALVARÁS DE EMPRETEIROS
GESTÃO DE OBRAS
CONTROLE DE GASTOS
Quando temos que coordenar o projecto todo, o cliente entrega-nos a função tanto do
projecto como de obra. Limitamo-nos a controlar facturas que vão chegando, gastos
que vão sendo feitos. Temos que controlar se estão conforme o previsto. Para
controlar esta facturação baseamo-nos no circuito de aprovação e processamento dos
pagamentos. Neste, temos que controlar se a factura está conforme o custo de
medição do mês (trabalho realizado pelo empreiteiro naquele Mês). É a fiscalização
que consegue com grande detalhe saber se o empreiteiro realizou este trabalho. O
custo, trata-se de medições mensais que o empreiteiro apresenta para receber, sendo
a fiscalização que confirma se estão realizados ou não. Através deste organograma,
verifica-se um controle das facturas através do custo de medição.
Estes desvios deverão ser combatidos com algumas medidas que são do nosso
conhecimento:
- deve haver no final do projecto uma nova análise para saber se existem
erros ou omissões. Estes constituem cerca de 27% da construção.
- A utilização de más técnicas de previsão. Esta pode acontecer se, por
exemplo, no inicio damos um número ao cliente e multiplicamos pela
área de construção. Esta técnicas são falíveis, como é evidente, pois à
partida não conseguimos definir tudo. Isto é ainda mais falivel quando o
cliente não nos pede para fazermos o projecto de execução. Na fase de
licenciamento, não temos um orçamento de projecto dai, temos que
utilizar estas técnicas de previsão.
- Alteração do produto por nova solicitação ou deficiências na concepção.
- Falta de experiência anterior.
- Erros/omissões em relação às alterações. Hoje em dia, começa a ser
mais fácil o cliente entender o nosso projecto. Estas alterações surgem
devido ao dono de obra não conseguir avaliar no papel aquilo que nós
fazemos. Nós como coordenadores temos que estar atentos ao cliente
mas, também ao empreiteiro que pode escolher material ou
equipamentos que não nos satisfaçam.
- Má interpretação da função do equipamento.
- Estimativas erradas em relação à mão de obra. Isto é frequente
acontecer.
- Fórmulas de revisão de preço – existem casos em que o preço pode
sofrer transformações pela nossa parte. Quando, por exemplo, o
projecto for suspenso por determinado tempo, quando continuamos
temos o direito de aplicar uma fórmula de revisão de preços. Existem
custos que não são recompensados, esta fórmula trata-se para repor a
inflação.
- Desvalorização súbita da moeda – isto é só para quem projecta em
determinados países. Por exemplo, nós temos uma inflação anual de
3,4%. Existem outros países em que esta inflação pode ser diária. A
estimativa orçamenta, depende da valorização da moeda, assim
podemos ter surpresas quanto ao orçamento do empreiteiro.
- Falta de previsão de peças ou importação de algo – isto tem vido a
melhorar.
- Provisão insuficiente para imprevistos – as insuficiências podem ser
parcialmente cobertas através de verbas para contingências (previsão
especifica para elementos de custo desconhecido) dentro do âmbito do
projecto em causa. Dentro deste princípios são frequentemente
estabelecidas seis categorias de contingência: preço/omissão ou erro;
inflação/alteração; extensão do âmbito e factos da natureza.
- Devemos persuadir o cliente a ter um “saco azul” com pelo menos 10%
do orçamento inicial pois, uma obra nunca acaba com o mesmo
orçamento. Os orçamentos têm que ser respeitados e, a União
Europeia, cada vez mais, fiscaliza e controla melhor.
O QUE FAZER QUANDO O PROJECTO SOFRE DESVIOS
QUALIDADE
.Auditoria da qualidade – por exemplo, num hospital que estava encerrado fez-se um
levantamento de certas situações (existem espaços que podem não estar de acordo
com os pré-requisitos). A auditoria deve ser feita ou melhor deve acompanhar o
projecto para existir a resolução de certas situações ainda em fase de obra. Este é um
exame metódico e independente com vista a determinar se as actividades e os
resultados relativos à qualidade satisfazem os procedimentos preestabelecidos e se
estes são praticados de modo efectivo e se são capazes de atingir os objectivos.
Plano da Qualidade – realizado exclusivamente para cada projecto (fichas tipo). Nos
ateliers quase nunca temos um manual de qualidade. É um documento que mostra
aos clientes a nossa forma de trabalhar. No plano da qualidade apresentamos
situações que garantam esta qualidade, ou seja, é uma forma de garantir ao cliente
que o nosso atelier tem uma série de medidas práticas para aquele projecto. Em
suma, trata-se de um documento que enuncia as práticas, os meios e a sequência das
actividades ligadas à qualidade especificas a um produto, projecto ou contrato
particular.
Inspecções - Na construção devemos aplicar tudo aquilo que acima foi mencionado.
Temos que listar as actividades mas, analisando-as. Por exemplo, a implantação pode
não estar em conformidade com o projecto, assim como, a movimentação de obras. O
topógrafo deve trabalhar em consonância com o empreiteiro. Antes do empreiteiro
receber os materiais devemos ter em atenção quando é efectuada a compra para
controlarmos se os materiais estão de acordo com o projecto. Um dos exemplos, é a
aplicação das camadas de isolamento, pois estas são alvo de grande esquecimento. A
implantação e os isolamentos devem ser muito bem controlados por nós, criando os
nossos critérios de aceitação e rejeição. Estes estão, sem dúvida, relacionados com o
projecto, com as suas especificações técnicas, regras de arte, entre outros. Temos
que tentar diminuir os erros, omissões de projecto. Estas acontecem quase sempre
em todos os projectos.
Na recepção dos materiais, também temos que ter atenção. O empreiteiro pode querer
comprar um material que, no seu exterior tenha uma marca e certas características e,
no interior, ser algo completamente diferente. Temos que pedir certificados de fábrica,
pois estes são uma garantia. Um dos nossos critérios para estes erros pode ser o
facto de apenas aceitarmos duas anomalias mas, isto tudo depende de cada um e da
forma da relação com o empreiteiro. Muitas vezes, não se utilizam materiais
certificados pois, apenas nos preocupamos com a sua imagem estética e não com o
seu comportamento. Podemos pedir ao Lnec, uma anologação pois, este tem as
características do material, as capacidades. O Lnec, faz um teste a este material e faz
uma ficha com as suas características.
INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO
Custo directo de obra – ou designado por custo seco visto que, não existe margem de
lucro. Este é com base no orçamento a elaborar conjuntamente. Se houve uma
situação do tipo consócio devemos estar mais do lado do cliente. Devemos verificar o
orçamento pois não será uma empresa grande que o vai construir, existem
subempreiteiros. O empreiteiro geral, vai negociar alguns preços com subempreiteiros.
Temos que controlar estes preços.
Custo da Obra
Este pode ser atribuído da seguinte forma: custos directos da obra. Desenvolvimento
de orçamento conjunto (para materiais, mão de obra, subempreitadas), com
facturação mensal baseada no orçamento de obra. Os custos indirectos de obra, tais
como o estaleiro embora, tenha a participação do dono de obra, de seguros, et.Os
encargos fixos da empresa, podem incluir os encargos fixos na sede, apoio juridico,
controlo financeiro e económico, recursos humanos, apoio de comunicação e imagem,
certificação de qualidade ISO 9000, sistemas legais de prevenção, segurança e saude
no trabalho.
A partir destes factores determinamos o custo da obra.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Temos que fazer listagens das várias fases de desenvolvimento do projecto desde o
seu inicio (ante projecto) até à sua conclusão (construção).
Ante projecto/Projecto/Projecto de detalhe/construção
Temos que ter uma listagem dos diferentes problemas, nas diferentes áreas. Por
exemplo, se em Queluz deitarem 80 prédios ao chão temos que estudar as pessoas
que ai vivem, ou seja, o seu agregado familiar, a sua idade, se construímos um T1 ou
T2.
Existem várias causas para estes problemas. As novas tecnologias, alertaram para
que cada solução sirva para melhorar a Sustentabilidade para quem viva nesse local.
Com estas novas tecnologias, o nível de vida está mais elevado em comparação com
alguns anos atrás.
Mercado Imobiliário - A construção dos últimos vinte anos causada por este mercado
provoca a queda da arquitectura, a estética do espaço urbano. Este mercado tem
muita força nas soluções urbanas. Os PDM, duram cerca de dez anos (começaram em
1990 e estão agora a acabar). O que vai acontecer agora a estes, é uma alteração ao
que já existia. Esperamos que os quoeficientes sejam diminuídos pois, as grandes
obras que se tem feito são devido a estes planos autorizarem, ou seja, o mercado
imobiliário só construiu porque o PDM autorizou.
Com esta alteração pode haver uma reconversão na Sustentabilidade. Com as
digitalizações, temos uma mudança na orgânica no funcionamento deste macro
projecto. É uma racionalização do trabalho que origina uma melhor organização do
trabalho. Os fundos estruturais, vem alterar uma estrutura que está com problemas,
podendo estruturar-se de uma forma diferente.
Edifício sustentável –é um edifício denominado AITE, ou seja, que funciona per si.
Este tem uma série de tecnologias que lhe garantem uma Sustentabilidade.