Você está na página 1de 8

2.3.1.

Definição de projecto

Para o Project Management Institute (PMI), um projecto é um compromisso temporário


delineado para criar um produto, serviço ou resultado único. Temporário significa que todos os
projectos têm um início e um fim definidos. O projecto acaba quando os objectivos foram
alcançados, quando se torna claro que os objectivos já não podem ser alcançados, ou quando
já não existe necessidade do projecto existir. Em todo o caso, a duração do projecto é finita. Os
projectos pretendem criar algo que ainda não foi feito, ou seja, único. No entanto, um produto
ou serviço pode ser único mesmo que o tipo de projecto seja vulgar e que haja uma repetição
de elementos.

Logo, um projecto é um empreendimento que se destaca por [Clough e Sears, 2000]:

ƒ Ser único;
ƒ Ter uma data de início e fim bem definidas;
ƒ Ser executado por pessoas;
ƒ Respeitar os parâmetros de prazo, custo e qualidade;
ƒ Ser constrangido por recursos limitados.

2.3.2. Gestão de projectos

Hoje em dia, duas das mais conceituadas associações de gestão de projectos, o PMI e a
Association for Project Management (APM), definem a gestão de projectos da sua maneira,
“a gestão de projectos é a aplicação de metodologias, conhecimentos, técnicas e
ferramentas ao conjunto de actividades que compõem projecto, de forma a exceder as
expectativas e necessidades dos stakeholders, cumprindo indicadores fundamentais
do projecto como o tempo, custo, qualidade e realização do objectivo propostos [PMI,
2004].”
“A gestão de projectos é a metodologia pela qual os projectos são definidos,
planeados, monitorizados, controlados para que os objectivos propostos sejam
realizados. Um projecto é único, para atingir um desejo estabelecido. Ao longo da sua
execução os projectos sofrem mudanças e a gestão de projectos é a forma mais
eficiente de gerir tal mudança [APM, 2006].”

Pode-se, então, afirmar que a gestão de projectos deve gerir seis pontos principais [Ribeiro,
2007]:

ƒ Âmbito: assegurar que o projecto inclui todo o trabalho necessário, e apenas o

necessário, para a sua execução com sucesso;


ƒ Tempo: assegurar que o projecto respeita os prazos previstos ou fixados;

ƒ Custos: assegurar que o projecto é concluído dentro do orçamento previsto

(orçamento objectivo);
ƒ Qualidade: assegurar a conformidade do projecto com os requisitos e expectativas do
cliente;
ƒ Risco: assegurar que os riscos do projecto sejam sistematicamente identificados,

analisados, tratados e registados;


ƒ Contrato: assegurar o cumprimento das cláusulas e condições contratuais e legais.

2.3.3. Gestor de projectos


Torna-se aqui fundamental a inserção do gestor do projecto, o qual terá o papel de identificar,
discutir e apoiar a implementação de soluções para correcção dos desvios verificados. O gestor
do projecto terá a responsabilidade de gerir o projecto e, durante a realização deste, cumprir
os orçamentos e a calendarização. Assim, deve fazer com que o projecto se desenrole de
forma eficiente, e para tal, deve agir sempre que se torne necessário [Heerkens, 2002].

“O papel central do gestor do projecto, implica que este seja dotado de uma larga
variedade de capacidades relacionadas com os objectivos de realização do projecto,
dentro de constrangimentos específicos, tais como tempo, preço, e de qualidade
[Keeling et al, 2000].”

No âmbito da gestão de projectos na Construção, um bom gestor de projectos terá de ser um


indivíduo com um elevado conhecimento nas técnicas construtivas, não necessariamente
possuir um distinto percurso académico, mas sim experiência e prática suficiente que permita
gerir todo o processo com confiança suficiente para fazer decisões baseadas nos
acontecimentos in situ [Chen e Partington, 2006].

2.3.4. Processos de gestão de projectos

A gestão de projectos é conseguida recorrendo a processos, que têm vindo a ser reconhecidos
como boa prática, bem como têm vindo a ser demonstrar que aumentam o sucesso da
concretização dos objectivos propostos.

O PMBOK identifica cinco grupos de processos de gestão de projectos [PMI, 2004]:

i) Processo de iniciação - decisão e aprovação do projecto, fase ou partes dos resultados;


ii) Processo de planeamento - definição dos objectivos e selecção de alternativas de acção
para alcançar os objectivos que o projecto estiver comprometido a atingir;
iii) Processo de execução - dirigir e coordenar recursos humanos, materiais e financeiros

para realizar o plano e alcançar os objectivos predeterminados;


iv) Processo de controlo e monitorização - assegurar que os objectivos do projecto estão

a ser atingidos, através da monitorização regular do seu progresso para identificar


variações do plano e, desta forma, implementar acções correctivas, quando
necessárias;
v) Processo de encerramento - formaliza a aceitação do projecto ou fase e procede ao

seu encerramento de forma organizada.

Estes processos estão ligados pelos objectivos que pretendem produzir. São actividades que se
sobrepõem, ocorrendo com diferentes níveis de intensidade durante toda a realização do
projecto. A Figura 2.1 representa o nível de sobreposição entre os vários processos durante a
duração total do projecto.

Etapas de um projeto de construção: dicas para um


planejamento de obras eficiente
Um planejamento de obras eficiente abrange diversas etapas de um projeto de
construção.

É importante utilizar-se de teorias e prepará-lo com muita atenção para que ele possa ser
aplicado dentro da realidade da edificação.

Há muitos casos em que o planejamento parece bem feito no papel, mas, no decorrer da
execução, descobre-se que não é possível segui-lo na prática.

As dicas que apresentaremos nesse texto terão enfoque nas etapas de pré-obra e
servirão, justamente, para que esse planejamento seja eficaz e realista. Acompanhe!

Como fazer um bom planeamento de obras?


Para um bom planejamento, deve-se reunir todas as informações possíveis previamente
à realização da obra. Com isso, é possível levar em consideração os potenciais
imprevistos e tornar o documento utilizável na prática.

Um erro bastante cometido é fazer planeamentos pressupondo apenas situações


“perfeitas” e ideais. Isso torna o trabalho arriscado a partir do primeiro passo da
construção, e pode fazer com que o documento seja pouco usado dali em diante por
estar em desacordo com a real situação.

Além disso, uma noção de tempo equivocada pode conduzir a um cronograma


inaplicável, resultando em gastos com multas de atrasos que poderiam ter sido previstos.

Quais as principais etapas de um projeto de


construção?
Veja, abaixo, as etapas de um projeto de construção para organizar um planeamento de
obras eficiente.

1.   Análise do local e levantamento de informações


Um projeto de construção, seja ele arquitetónico, estrutural, de instalações elétricas ou
hidráulicas, deve sempre considerar as informações de campo, como dados e aspectos
do terreno e seus arredores. Caso contrário, problemas podem ocorrer durante a
execução da edificação.

2.   Concepção do projeto arquitetónico

Nessa etapa, há contato direto com o arquiteto responsável para chegar a um consenso
em relação aos desejos e às possibilidades dentro do orçamento estabelecido.

Geralmente, são criadas soluções para as demandas existentes, explicando eventuais


diferenças entre o solicitado e o que pode ser, de fato, desenhado.

O projeto arquitetónico deve atender não só as vontades do cliente, mas as leis e o plano
diretor local.

Nesse sentido, é imprescindível atender aos requisitos do usuário previstos na NBR


15575, que tratam sobre fatores como:

 Estanqueidade da água;
 Desempenho térmico;
 Acústico e lumínico;
 Saúde;
 Higiene;
 Qualidade do ar;
 Funcionalidade e acessibilidade;
 Conforto tátil e antropodinâmico.

É necessário respeitar as normas e ter em mente que cada lugar exige requisitos
diferentes para a construção. Isso, muitas vezes, inviabiliza que um mesmo projeto seja
usado em cenários distintos (não somente pela questão do terreno, mas, principalmente,
por aspectos jurídicos).

3.   Elaboração dos desenhos

Após a concepção, o projeto de construção deve ser montado com a ajuda de


ferramentas computacionais, de acordo com a escolha do cliente, do arquiteto e do
executor da obra.

Os desenhos devem ser elaborados sempre levando em consideração a realização da


edificação, contendo o máximo de detalhamento e de informações possíveis para que se
possa seguir o que foi acordado entre arquiteto e proprietário, e não deixando espaços
para dúvidas e erros.

Os projetos de construção também devem apresentar um material descritivo incluindo


todos os itens que devem ser utilizados na execução.

Esse documento pode ter dados básicos, como a especificação de quais salas devem
possuir paredes brancas, por exemplo, e mais detalhes, como a marca de tinta e cor a ser
usada.
4.   Revisão e aprovação

Revisões no projeto de construção podem ser solicitadas para a retirada de dúvidas e


correção de erros ou imperfeições antes da realização da obra.

Isso também pode acontecer em caso de confrontamento de dois projetos, como o


estrutural e o arquitetônico não alinhando o local de construção dos pilares, por
exemplo.

É muito importante que todos os projetos sejam analisados em conjunto para evitar
erros que podem, inclusive, prejudicar a integridade estrutural da edificação, como
tubulações passando no meio de vigas.

5.   Legalização da obra

Muitas vezes, utilizando o projeto base, já é possível preparar a documentação da obra


para apresentar à prefeitura.

Por isso, na fase de concepção, é fundamental alinhar-se ao plano diretor ou qualquer


outra diretriz da cidade para que o projeto seja aprovado sem problemas.

Durante esse processo, também devem ser pagas algumas taxas, de acordo com as leis
locais.

A execução da obra só pode começar a partir da aprovação da prefeitura, portanto, essa


etapa deve ser bem planejada e conduzida, com toda a documentação devidamente
organizada. Caso contrário, todo o andamento e o início da construção podem atrasar, e
a edificação pode sofrer embargos.

A legalização da obra começa antes da realização e continua durante essa etapa. Ao


final (ou perto do fim), é solicitada uma visita do Corpo de Bombeiros para conferir
questões de segurança e obter o Habite-se.

6.   Definição de prazos

Algo imprescindível na construção é a definição de prazos. A edificação deve ter um


planejamento para sua data final, assim como para a execução de cada serviço, com data
de entrada e saída de equipes. Nessa etapa, portanto, é criado um calendário de
realização da obra.

Com um projeto de construção bem feito e realista, não são necessárias revisões durante
o andamento, e o cronograma estabelecido não é atrasado.

7.   Orçamento de materiais e mão de obra

É preciso um tempo para que o custo da construção seja estabelecido, através de um


orçamento de obra.

Dentro desse orçamento, uma das etapas são os gastos com materiais e mão de obra,
junto com o levantamento de quantidade dos mesmos.
Uma importante ferramenta para que a orçamentação seja assertiva é o Sistema
Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil, ou simplesmente tabela
SINAPI, que disponibiliza dados sobre preços e custos de referência para a elaboração
de orçamentos na construção civil. As informações são atualizadas mensalmente pela
Caixa Econômica Federal.

A relação entre o custo e a quantidade de materiais e mão de obra, taxas e outras


despesas resulta no custo final da edificação.

8.   Execução e acompanhamento

É nessa etapa que a construção finalmente toma forma. A execução não é isolada das
fases anteriores: pode haver revisões de projetos, prazos, custos e mudanças na
legalização da obra.

Apesar disso, com um planejamento e um orçamento bem feitos e projetos bem


consolidados, a realização tende a ser facilitada.

Por que a tecnologia é cada vez mais importante para o cumprimento


dessas etapas?

Cada vez mais, as tecnologias têm sido utilizadas para simplificar a elaboração das
etapas de um projeto de construção.

Como qualquer gestor do segmento construtivo bem sabe, o número de processos,


materiais, máquinas e pessoas envolvidas na execução de um projeto é imenso, exigindo
uma capacidade minuciosa de controle e gerenciamento.  

Levando em consideração que o volume de informações é muito grande, o uso de


tecnologias na construção pode ajudar a melhorar a comunicação e a identificação de
problemas, além de outras melhorias.

Esses avanços também auxiliam o diálogo entre diversos setores e colaboradores para a
elaboração de projetos.

No próximo item, descubra como funcionam e quais são os recursos oferecidos por esse
tipo de tecnologia por meio dos módulos do sistema Mobuss Construção, que é
referência absoluta na área!

Como os módulos Mobuss Construção se adaptam a esses


requisitos?
Ao investir no sistema Mobuss Construção, as construtoras são capazes de gerenciar os
seus projetos com muito mais agilidade e economia.
Isso é possível graças à capacidade completa de controle oferecida pelo sistema, que é
promovida através de módulos que se adaptam às necessidades específicas de cada
etapa da construção.

Na etapa inicial da construção, ou seja, na concepção de um projeto arquitetónico e


elaboração das plantas, é possível utilizar um módulo específico de Projetos, que
garante uma gestão colaborativa e uma comunicação unificada entre seus envolvidos,
otimizando também a definição de prazos.

Com o módulo de Apontamento é possível diminuir o tempo de coleta de dados, além


de garantir uma análise mais ágil e confiável e trazer produtividade à obra. Desta
mesma maneira, o módulo de Apropriação apoia obras de grande porte e construções
pesadas no acompanhamento de dados e tarefas.

Ainda para garantir todas etapas de uma construção, devemos pensar no controle de
estoque e materiais. Para isso, o módulo de Insumos agrega excelência no controle e na
gestão dos estoques, tornando essa tarefa muito mais prática e automatizada para as
equipes responsáveis.

O módulo de Documentos do Mobuss Construção otimiza a administração dos seus


documentos, mantendo toda a documentação da construção organizada e acessível, seja
no escritório ou no canteiro de obras, e de questões de segurança, mantendo um
acompanhamento efetivo e detalhado. 

O módulo de Registros proporciona um controle efetivo de tudo aquilo o que foi


coletado e registrado a respeito de fornecedores, colaboradores e terceiros. Com ele é
possível às empresas terceirizadas também atualizarem sua documentação com a
construtora.

Segurança é outra etapa fundamental da construção, com isso, nosso módulo apoia às
empresas terem um acompanhamento detalhado com tudo o que a legislação exige.

Existe também o módulo de Qualidade, que permite um acompanhamento de não-


conformidades com evidência detalhadas e formulário dinâmico para controlar as
normas de qualidade, e aqueles voltados para o pós-obra, são os módulos de vistoria e
Assistência Técnica.

Os últimos dois módulos citados são capazes de, respetivamente, permitir o controle e
um acompanhamento visual das fases de entrega das unidades e áreas comuns, além
de aperfeiçoar o atendimento técnico prestado, desde a solicitação até sua resolução.

Prevenção de Acidentes no Ambiente de trabalho

Os acidentes acontecem quando menos se espera, até mesmo no trabalho. Caso


ocorra um acidente de trabalho, a primeira coisa a fazer é procurar um médico e avisar
à instituição do ocorrido (caso a vítima esteja impossibilitada, a pessoa que a socorreu
pode fazer o aviso). Toda instituição deve prevenir os acidentes no ambiente de
trabalho. A conscientização e a formação dos trabalhadores no local de trabalho são a
melhor forma de prevenir acidentes. A isso devemos acrescentar a aplicação das
medidas de segurança coletivas e individuais inerentes à atividade desenvolvida. A
palavra chave é PREVENIR, quer na perspectiva do trabalhador quer na do
empregador.
Sendo assim, aqui vão 15 dicas para evitar que você necessite ficar afastado de sua
função. Afinal, prevenir é o melhor remédio:

 Utilize os Equipamentos de Proteção Individual (EPI);


 Mantenha áreas de circulação desobstruídas;
 Não obstrua o acesso aos equipamentos de emergências (macas, extintores,
etc.)
 Informe ao superior imediato sobre a ocorrência de incidentes, para que se
possa corrigir o problema e evitar futuros acidentes;
 Não execute atividade para a qual não está habilitado;
 Não improvise ferramentas. Solicite a compra de ferramentas adequadas à
atividade;
 Não faça brincadeiras durante o trabalho. Sua atenção deve ser voltada
apenas para a atividade que está executando;
 Oriente os novos colaboradores sobre os riscos das atividades;
 Cuidado com tapetes em áreas de circulação;
 Não retire os Equipamentos de Proteção Coletiva das máquinas e
equipamentos. Eles protegem você e demais trabalhadores simultaneamente;
 Não fume em locais proibidos. Procure os locais destinados para tal;
 Evite a pressa, ela é “inimiga da perfeição”. Além de se expor ao nível de risco
maior, seu trabalho não terá uma boa qualidade;
 Confira sua máquina ou equipamento de trabalho antes de iniciar suas
atividades, através do check list;
 Ao sentar, verifique a firmeza e a posição das cadeiras;
 Não deixe objetos caídos no chão;

Você também pode gostar