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1. ed. 2003; 2. ed. 2007; 3. ed. 2008; 4. ed. 2011; 5. ed. 2016
Bibliografia.
ISBN 978-85-97-00565-3
03-4408
CDD-658.4038011
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violação dos direitos de autor (Lei no 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.
Lista de Reduções
Prefácio à 5a edição
5 Relações do projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática com Cobit, ITIL e
PMBOK/PMITM
5.1 Relações do projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática com o Cobit™
5.1.1 Cobit – planejamento e organização
5.1.2 Cobit – aquisição e implementação
5.1.3 Cobit – entrega e suporte
5.1.4 Cobit – monitoração e avaliação
5.2 Relações do projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática com a ITIL™
5.2.1 ITIL – gestão de processos
5.3 Relações do projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática com a gestão de projetos
PMBOK/PMI™
5.3.1 PMBOK/PMI – fases e processos do gerenciamento de projetos
5.3.2 PMBOK/PMI – áreas do conhecimento
Referências
Lista de Reduções
Siglas
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
SC Sistemas de Conhecimentos
SI Sistemas de Informação
TI Tecnologia da Informação
Símbolos
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Prefácio à 5a Edição
A quinta edição (e sétima impressão) foi elaborada a partir de uma ampla revisão do texto fortalecida pelas sugestões das
organizações que elaboraram o projeto aqui proposto e pelas inúmeras contribuições dos leitores e professores que adotaram a
metodologia descrita nesta obra. Também reiterou as temáticas relacionadas com as organizações públicas e com as esferas do
governo (federal, estadual e municipal).
O livro apresenta conceitos, modelos e formas de aplicação do planejamento estratégico organizacional, planejamento dos
sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática ou tecnologia da informação nas organizações
privadas e públicas.
Para contribuir com a inteligência organizacional, esta obra apresenta modelos de integração e de alinhamento do
planejamento estratégico das organizações com o planejamento da tecnologia da informação por meio de metodologias de
elaboração desses planejamentos.
O objetivo principal é descrever as partes, fases, subfases e produtos da metodologia para desenvolvimento do planejamento
de sistemas de informação, conhecimentos e informática ou tecnologia da informação nas organizações, detalhando de forma
objetiva a visão moderna e a aplicação adequada de um guia prático de planejamento da tecnologia da informação integrada aos
objetivos, estratégias e ações organizacionais para contribuir de maneira efetiva com os CIOs (Chief Information Officer) e os
CEOs (Chief Executive Officer) das organizações.
O Capítulo 3, que apresenta uma metodologia inédita, foi complementado com o conceito de Fase 0 de Projeto a partir das
experiências realizadas em projetos em organizações privadas, públicas e também em Prefeituras Municipais.
Nesta 5a edição, foi adicionado o Capítulo 4 – Planejamento da Tecnologia da Informação e da Cidade Digital Estratética.
Dessa forma, está transcrita nesta obra grande parte das experiências vivenciadas do autor adquiridas desde 1980, nas
pesquisas acadêmicas, nas salas de aulas e nos recentes projetos de consultoria em organizações de diversos segmentos;
especificamente, este livro foi escrito ao longo destes últimos anos. Esta metodologia permite a flexibilização e adequação nos
projetos organizacionais a serem elaborados.
A metodologia para desenvolvimento do planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática ou
tecnologia da informação aqui detalhada foi exercitada em diversas organizações dos segmentos, tais como indústrias,
comércios, prestadoras de serviços e públicas (pequenas, médias e grandes organizações) e do governo (federal, estadual e
municipal). Em cada organização, a metodologia foi adequada a suas realidades peculiares. Nessas organizações, os resultados
foram muito profícuos, gerando benefícios e contribuições para os negócios empresariais ou as atividades públicas e seus
objetivos organizacionais, para a unidade da tecnologia da informação e principalmente para o crescimento da capacitação das
pessoas participantes, no sentido profissional e também pessoal.
É muito gratificante vivenciar as efetivas contribuições e os benefícios inquestionáveis para as organizações que utilizam
essa metodologia. Em particular, a imagem positiva dos CIOs, das equipes e da Unidade da Tecnologia da Informação é visível
a partir dos impactos construtivos e dos resultados relevantes e inexoráveis do projeto elaborado.
Contribuições e sugestões devem ser enviadas para:
9D Consultoria
Rua São Paulo, 1765 – CEP 80630-150 – Curitiba-PR – (041) 9974-1168
www.DenisAlcidesRezende.com.br
dar@DenisAlcidesRezende.com.br
denis.rezende@pucpr.br
Para planejar os sistemas de informação, os sistemas de conhecimentos e a tecnologia da informação nas organizações é
fundamental que o seu planejamento estratégico organizacional tenha sido elaborado. Para esta literatura, planejamento
estratégico também pode ser chamado de plano de negócios (ou business plan), planejamento organizacional ou planejamento
estratégico empresarial.
O planejamento estratégico organizacional é uma ferramenta de trabalho que facilita as organizações a lidar com situações
de mudanças, constituindo-se num excelente instrumento de gestão. Mas para planejar ações futuras e decisões presentes nas
organizações, os sistemas de informação, os sistemas de conhecimentos e a tecnologia da informação são inexoravelmente
necessários.
É indiscutível a relevância da participação dos gestores da tecnologia da informação ou Chief Information Officer (CIOs)
nessas atividades, com postura ativa e competente. O planejamento estratégico pode ser uma relevante “arma” dos CIOs para
contribuir com as organizações, à medida que os mesmos possam planejar suas decisões e ações, de forma dinâmica e flexível,
seguindo uma metodologia específica.
O planejamento estratégico é fundamental para a sobrevivência das organizações privadas ou públicas que estão
preocupadas com sua inteligência organizacional. Ele deve ser elaborado, implementado e avaliado a partir de estudos e
pesquisas que relatam seu conceito, importância, benefícios e resultados, os quais devem ser discutidos, adaptados,
sedimentados e aceitos por todos na organização, por meio de uma metodologia adequada (REZENDE, 2015).
Antes de a organização elaborar o Projeto de Planejamento Estratégico Organizacional, algumas premissas e determinados
conceitos devem ser pesquisados, entendidos, discutidos e disseminados. Para as organizações privadas, essas premissas e
conceitos devem levar em conta o negócio e o sucesso de seus produtos ou serviços. Para as organizações públicas, essas
premissas e conceitos devem levar em conta a sua atividade e o êxito de seus serviços, considerando as legislações pertinentes,
as questões sociais e a qualidade de vida dos cidadãos.
As premissas do planejamento estratégico estão relacionadas com a discussão dos temas que introduzem a elaboração, a
gestão e a implementação desse projeto desafiador e necessário nas organizações.
A administração estratégica é um processo contínuo e iterativo que visa manter uma organização como um conjunto
apropriadamente integrado a seu ambiente. Acentua que os gestores se dediquem a uma série de etapas ou a um processo
contínuo. O termo iterativo indica que as etapas são repetidas ciclicamente. Os ambientes organizacionais mudam
constantemente, e as organizações devem se transformar de forma adequada para assegurar que as metas organizacionais
possam ser alcançadas (CERTO; PETER, 1993).
São cinco as etapas desse processo com relação ao sistema de administração estratégica: analisar o ambiente (monitorar o
meio ambiente interno e externo da organização, para identificar seus riscos ou ameaças, oportunidades, fraquezas e forças);
estabelecer a diretriz organizacional (determinar a meta da organização, juntamente com a missão e os objetivos); formular
estratégias (definir como as ações organizacionais alcançarão seus objetivos); implementar estratégias (colocar em ação as
estratégias desenvolvidas); elaborar o controle estratégico (monitorar e avaliar todo o processo para melhorá-lo e assegurar um
funcionamento adequado, inclusive com sistemas de informações) (CERTO; PETER, 1993; MINTZBERG; AHLSTRAND;
LAMPEL; 2000).
O pensamento estratégico é a arte de criar estratégias com efetividade. Pensar estrategicamente e agir operacionalmente
significam dominar o presente e conquistar o futuro. Visa superar os adversários, sabendo que eles estão tentando fazer a
mesma coisa que a organização ou que seus gestores se propõem.
O raciocínio estratégico inteligente em diferentes contextos continua sendo uma arte. O pensamento estratégico está
fundamentado na ciência da estratégia. Está relacionado com intenções empreendedoras e criativas sobre uma organização e seu
ambiente, por meio de atitudes de pensar nas atuações futuras das organizações (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL,
2000). A ciência do pensamento estratégico chama-se “teoria dos jogos” (DIXIT; NALEBUFF, 1994).
A informação, oriunda do dado, é um recurso essencial e necessário para o planejamento estratégico organizacional, pois
sem informação não será possível elaborar, gerir e implementar esse projeto (REZENDE, 2013).
O conhecimento que complementa a informação com valor relevante e propósito definido é outro recurso inexorável para
elaboração de qualquer projeto de planejamento, seja tácito, definido como percepções humanas, ou inferências computacionais.
As macroatividades presentes em todas as organizações privadas ou públicas para seu funcionamento integrado e efetivo são
chamadas de funções organizacionais. Nas organizações privadas também são chamadas de funções empresariais e nas
organizações públicas também são chamadas de funções públicas.
São seis as funções organizacionais: produção ou serviços; comercial ou marketing; materiais ou logística; financeira;
recursos humanos; e jurídico-legal. Estas funções devem ser integradas na organização, tanto para seu funcionamento como
para o planejamento.
Não são unidades departamentais ou setores da organização. Cada uma dessas funções é desmembrada em módulos ou
subsistemas, por exemplo, o módulo de contas a pagar faz parte da função organizacional financeira, o módulo de estoque da
função de materiais ou logística, o módulo de folha de pagamento da função de recursos humanos e assim por diante (ver 1.5.1,
Análise das funções organizacionais).
Nas prefeituras podem ser chamadas de funções públicas ou temáticas municipais (ver 1.8, Planejamento estratégico público
e 3.14, Planejamento de informações públicas).
1.1.5 Empreendedorismo
O empreendedorismo pode ser entendido como realização. O empreendedor é quem realiza, ou seja, põe em prática o
planejamento, executa atividades, efetua ações, efetiva fatos, faz acontecer, gera resultados positivos.
O perfil empreendedor pode ser entendido como o conjunto de características, habilidades, competências dos
empreendedores. Os empreendedores nas organizações podem atuar como gestores, técnicos ou auxiliares. O perfil pode
contemplar resumidamente três grandes conjuntos de habilidades: técnica; de negócios ou serviços; e humana.
Um empreendimento para a organização envolve uma série de fatores, inúmeras atividades e muitas ações críticas. Também
não ocorre do dia para noite, leva um determinado espaço de tempo para sua realização. O processo empreendedor é constituído
por quatro fases. Começa pela geração de ideias ou busca de oportunidades, seguido do desenvolvimento de um plano de
negócios ou planejamento estratégico, da busca de recursos financeiros e não financeiros para sua viabilidade e termina com o
controle ou a gestão do empreendimento.
1.1.6 Liderança
Liderança é a capacidade inteligente de influenciar outras pessoas ou organizações e de gerar seguidores para atingir
objetivos determinados.
A literatura nacional e internacional é rica em conceitos de liderança, seja em abordagens humanas ou organizacionais.
Ambas as abordagens levam em consideração as múltiplas definições, quer seja como fenômenos pessoais ou grupais, de
influências, poder, comunicação, motivação e persuasão. A imposição passa a ceder espaço para a influência no alcance dos
objetivos determinados a serem executados pela livre vontade dos seguidores do líder. A liderança é relevante na vida pessoal,
profissional e familiar. É necessária em todos os grupos de pessoas e em todas as organizações.
Indubitavelmente, pessoas com capacidade inteligente de influenciar outras pessoas vivenciam de fato a liderança
empreendedora e participativa nas organizações. O alcance dos objetivos, a realização das estratégias e a efetivação das ações
organizacionais só são possíveis por meio do esforço dos líderes com espírito empreendedor e participativo.
1.1.7 Inovação
A inovação pode ser entendida como fazer “diferente” com valor agregado, sem necessariamente ser novo. É diferente de
invenção (coisa nova criada ou concebida), que envolve a formulação de uma proposta inédita. Nesse sentido, a organização
inovadora é a que oferece produtos ou presta serviços com valores agregados.
A inovação nas organizações pode contemplar duas abordagens: tecnológica e humana. A abordagem tecnológica ou
científica da inovação está voltada ao meio ambiente interno da organização. A abordagem humana ou de aceitação das pessoas
está voltada ao meio ambiente externo da organização. A inovação pode se dar em um produto ou serviço, em um ou mais
processos, em aspectos arquitetônicos ou estéticos da organização e até mesmo no modelo de gestão da organização.
A inovação sempre requer um processo como premissa. Um processo pode ser entendido como uma metodologia que requer
procedimentos. Uma metodologia exige a definição de suas partes ou fases, subfases, produtos e pontos de avaliação.
O planejamento estratégico organizacional é um projeto dinâmico, complexo, desafiador, inovador, inteligente e necessário
para organizações preocupadas com seu sucesso ou êxito. Para facilitar a sua elaboração, gestão e implementação, um
instrumento ou técnica de gestão de projetos se faz necessário, uma vez que precisa lidar com os recursos humanos, materiais,
financeiros e tecnológicos. Um instrumento ou técnica de gestão de projetos deve ser adotado pela organização para elaboração
do seu planejamento estratégico, desde seu início até a sua conclusão.
As teorias de gestão de projetos podem facilitar a gestão do projeto de planejamento estratégico organizacional. O processo
administrativo ou das funções da administração (planejamento, organização, direção e controle – PODC) é uma dessas teorias.
Os sistemas da qualidade também podem contribuir, dentre eles as normas ISO, o método PDCA e o 5S. As normas ISO
estabelecem padrões de elaboração e de qualidade dos produtos ou serviços da organização. O método PDCA (Plan, Do, Check,
Action) se baseia no controle de processos. O 5S (Seiri – organização e descarte; Seiton – arrumação; Seiso – limpeza; Seiketsu
– padronização e asseio; e Shitsuke – disciplina) é uma prática desenvolvida no Japão e ocidentalizada como “Housekeeping”.
Ainda podem ser utilizados os métodos: PERT/CPM (Program Evaluation Review Technique/Critical Path Method); e o
PMBOK/PMI (Project Management Body of Knowledge/Project Management Institute).
O termo inteligência organizacional é oriundo do termo inteligência empresarial, que é definido como um sistema de
monitoramento de informações internas e externas direcionadas ao sucesso ou êxito das organizações. Esse termo superou o
termo inteligência competitiva.
Em algumas literaturas, a inteligência organizacional leva em conta a teoria da cognição, a teoria humanista e a teoria social,
integrando a capacidade das pessoas na solução de problemas, a convivência dos seres humanos e o saber fazer, considerando
os lados social e profissional. Assim, é íntima a relação entre a inteligência das pessoas, a inteligência organizacional e a
elaboração dos objetivos, a formulação das estratégias e a implementação das ações organizacionais.
A sinergia das funções organizacionais, a adequação das tecnologias disponíveis, a elaboração do planejamento estratégico
organizacional e do planejamento estratégico de informações (incluindo sistemas de informação e tecnologia da informação), a
gestão da informação, a gestão do conhecimento e a prática da inteligência competitiva nas organizações favorecem a
inteligência organizacional. Com base em informações e conhecimentos sistematizados, personalizados e oportunos e na
aplicação dos preceitos da inteligência organizacional, a organização inteligente pode gerar novos negócios ou atividades além
dos triviais e, como consequência, contribuir para o seu sucesso ou êxito.
Como exemplo provocativo, um posto de combustível inteligente também pode abastecer veículos, um hotel inteligente
pode inclusive hospedar clientes, uma farmácia inteligente pode até mesmo vender remédios e assim por diante. Em uma
revenda de automóveis “inteligente”, a “senhora da limpeza” e todas as demais pessoas “vendem” automóveis. Em uma escola
“inteligente”, os “porteiros”, os “assistentes de secretarias” e todas as demais pessoas “ensinam”.
Conceitua-se inteligência organizacional como o somatório dos conceitos de inovação, criatividade, qualidade,
produtividade, efetividade, perenidade, rentabilidade, modernidade, inteligência competitiva e gestão do conhecimento
(REZENDE, 2002). E as organizações privadas ou públicas que vivem esses conceitos buscam conquistar e manter a sua
inteligência organizacional (REZENDE, 2015).
A organização para o planejamento estratégico constitui-se de atividades que devem ser amplamente pesquisadas, estudadas,
entendidas, discutidas e disseminadas antes de iniciar o Projeto de Planejamento Estratégico Organizacional. Essa organização
também é chamada de “fase zero” do projeto, constituída de atividades que devem ser elaboradas antes do seu efetivo
desenvolvimento.
O planejamento estratégico organizacional é um projeto, posterior processo dinâmico, sistêmico, coletivo, participativo e
contínuo para determinação dos objetivos, estratégias e ações da organização, a partir de seus problemas. É elaborado por meio
de diferentes e complementares técnicas administrativas com o total envolvimento das pessoas da organização e eventualmente
de pessoas do meio ambiente externo à organização. É formalizado para articular políticas e estratégias organizacionais visando
produzir resultados profícuos na organização e na sociedade que a cerca. É um projeto organizacional global que considera os
aspectos financeiros, econômicos e sociais da organização e do seu meio ambiente. É uma forma participativa e contínua de
pensar a organização no presente e no futuro. É um recurso indispensável para a tomada de decisão na organização. Está
relacionado com o sucesso para as organizações privadas e com o êxito para as organizações públicas.
O planejamento estratégico também pode ser chamado de plano de negócios. Algumas literaturas diferenciam o
planejamento estratégico do plano de negócios. Este último pode incluir o detalhamento dos planos: de operação dos processos
ou serviços (ou operacional de desenvolvimento dos processos organizacionais, incluindo a logística, os recursos humanos e os
critérios de qualidade, produtividade e efetividade); de marketing (ou comercial ou de vendas); e plano financeiro.
Como a administração é a ciência que estuda as organizações e seu meio ambiente e gestão é a aplicação dessa ciência, o
planejamento é um dos principais instrumentos para gerir as organizações. Nesse sentido, o planejamento está relacionado com
as atitudes pelas quais as organizações e as pessoas realizam ações utilizando métodos, técnicas, normas e recursos.
O objetivo do planejamento estratégico organizacional está relacionado com as múltiplas atividades de definição e
esclarecimento coletivo do que se almeja para a organização. O objetivo deve ser amplamente discutido e coletivamente
assumido. A formalização do objetivo prepara as pessoas para a elaboração do planejamento estratégico organizacional por
meio de roteiro e métodos determinados para sua planificação. Trata-se de um processo que leva ao estabelecimento de um
conjunto coordenado de ações organizacionais coletivas visando determinados alvos predefinidos.
Algumas organizações objetivam o lucro, a perenidade e a sobrevivência e correlatos, ou seja, a inteligência organizacional.
Outras, a melhoria dos resultados, a obtenção de diferenciais frente aos concorrentes, a estruturação de processos e até mesmo o
atendimento a questões sociais.
A equipe multidisciplinar constitui-se numa parte fundamental para o sucesso desse projeto coletivo e participativo. As fases
e as respectivas subfases da metodologia adotada do planejamento estratégico organizacional devem ser elaboradas pelos
componentes da equipe multidisciplinar atuando de forma interdisciplinar e coletiva.
Na abordagem da equipe multidisciplinar, os seus componentes assumem papéis específicos. Os principais papéis são:
patrocinador (ou patrocinadores) do planejamento estratégico organizacional; gestor do planejamento estratégico
organizacional; equipe das funções organizacionais. Uma equipe de tecnologia da informação também é recomendada tendo em
vista que a organização ou seus concorrentes podem utilizar esse recurso em suas estratégias e ações organizacionais. Os
eventuais consultores ou assessores internos ou externos se constituem em opções. Também podem ser agregadas outras
pessoas para compor a equipe multidisciplinar, tais como coordenadores, técnicos, especialistas e outras pessoas com
competências específicas (ver 3.2, Equipe multidisciplinar do projeto).
Essa equipe pode ser modificada ao longo do andamento do projeto para ajustar ou redirecionar os seus objetivos e
resultados. Uma pessoa pode assumir mais de um papel, principalmente nas pequenas organizações.
Após nominar a equipe multidisciplinar e os eventuais comitês de trabalho responsáveis pela elaboração, gestão e
implementação do projeto de planejamento estratégico organizacional, será necessário capacitar todas as pessoas que
constituem esses grupos e, posteriormente, planejar as atividades para cada uma delas dentro desses grupos.
O desenvolvimento do planejamento estratégico não deve ser iniciado sem que todos os envolvidos estejam capacitados. A
aquisição de competências deve ser providenciada para todas as pessoas envolvidas no projeto, principalmente a equipe
multidisciplinar. Para tanto, a definição das necessidades de capacitações deve ser descrita. Com a descrição das necessidades
de capacitação, os treinamentos para elaboração do projeto podem ser iniciados. Eventualmente, determinadas capacitações
podem se realizar ao longo do projeto, conforme necessidades.
Após a capacitação das pessoas envolvidas, será necessário organizar e planejar as atividades do projeto de planejamento
estratégico organizacional formalizando as tarefas necessárias de cada fase e subfase da metodologia adotada. Para estabelecer
as atividades para todas as pessoas envolvidas, os planos de trabalho ou os cronogramas de ações do projeto devem ser
descritos. Os planos de trabalho podem ser revisados semanalmente, mensalmente ou em outro tempo predefinido.
Todo e qualquer projeto deve ser elaborado com uma metodologia adequada, flexível, dinâmica, viável e inteligente. Como
o planejamento estratégico organizacional é um projeto, ele requer uma metodologia coletiva para sua elaboração, gestão e
implementação.
Uma metodologia para o planejamento estratégico organizacional pode se constituir em uma abordagem organizada para
alcançar o sucesso do projeto por meio de passos preestabelecidos. Uma metodologia é basicamente um roteiro sugerido.
Também pode ser entendida como um processo dinâmico e interativo para desenvolvimento estruturado e inteligente de
projetos, visando a qualidade, produtividade e efetividade de projetos. Permite o uso de uma ou várias técnicas por opção dos
envolvidos no projeto.
Essencialmente, uma metodologia apresenta fases ou partes de um projeto. Cada fase deve ser desmembrada em subfases.
Cada subfase deve gerar pelo menos um produto (ou resultado ou documento). Pode-se generalizar o conceito de que “produto”
é tudo que é externado na elaboração das subfases de um projeto. As subfases funcionam como guia básico e podem ser
ajustadas diferentemente para cada projeto ou cada organização, considerando, para tal, seus objetivos e valores, cultura,
filosofia e políticas organizacionais. Todos os produtos devem ser avaliados e aprovados pelos envolvidos no planejamento. A
metodologia não deve limitar a criatividade dos envolvidos, mas deve ser um instrumento que determine um planejamento
metódico, harmonizado e dinâmico, coordenando os múltiplos e diferentes interesses dos envolvidos. O que limita a criatividade
não é a metodologia, mas os requisitos de competência dos envolvidos e de qualidade, produtividade e efetividade do projeto.
As avaliações e aprovações do projeto de planejamento estratégico organizacional são os momentos de apresentação para
todas as pessoas envolvidas. A apresentação pressupõe análises de cada fase do projeto e de seus documentos que formalizam o
projeto final. Nessas análises deve-se verificar o grau de satisfação e atendimento aos requisitos do projeto e às necessidades da
organização, obedecendo aos padrões de qualidade, produtividade e efetividade estabelecidos. A fase que deve ser formalmente
aprovada é a que estabelece as estratégias da organização, que é elaborada a partir das suas diretrizes e análises. Essa aprovação
visa evitar problemas, desgastes e perdas de tempo, de investimento e de retrabalho.
Antes de adotar uma metodologia para elaborar o planejamento estratégico organizacional, os envolvidos no projeto devem
pesquisar, estudar e discutir diferentes metodologias, para posteriormente escolher a mais adequada para a organização. A
metodologia escolhida e adotada para a elaboração do referido planejamento deve auxiliar o desenvolvimento desse projeto, de
modo que todos os envolvidos entendam o empreendimento. Deve ser de todos os envolvidos e para toda a organização. A
metodologia deve estar adequada às necessidades da organização e deve possibilitar relacionar os recursos necessários e
destacar os prazos ideais para cada fase do projeto. Ela pode ser revisada, atualizada e complementada na medida do
desenvolvimento do projeto.
São três as premissas para a elaboração do projeto de planejamento estratégico organizacional de forma metodológica:
modularidade; existência; e equipe multidisciplinar ou comitês de trabalho. A modularidade requer o desenvolvimento do
projeto em partes ou fases integradas. A segunda premissa retrata que sempre um projeto deve ser desenvolvido com uma
metodologia, mesmo que ainda não esteja sedimentada. A terceira premissa exige que o projeto seja elaborado por equipes
multidisciplinares ou comitês de trabalho capacitados e integrados.
Uma efetiva metodologia de planejamento estratégico deve ser determinada. Para elaborar, gerir e implementar o Projeto de
Planejamento Estratégico Organizacional sugere-se a metodologia com as seguintes fases: diretrizes organizacionais; análises
organizacionais; estratégias organizacionais; e controles organizacionais e gestão do planejamento (REZENDE, 2015).
As quatro fases propostas para o planejamento estratégico organizacional podem ser elaboradas de forma sequencial, mas
também podem ser elaboradas concomitantemente e de forma integrada e complementar uma da outra. Essas fases devem ser
precedidas da “Fase 0 – Organização, divulgação e capacitação” no projeto de planejamento estratégico organizacional.
A partir da metodologia proposta, uma estrutura (roteiro) para o Projeto de Planejamento Estratégico Organizacional pode
ser sugerida. Apesar de ser uma estrutura flexível, alguns componentes mínimos devem ser descritos. O projeto pode ser
dividido em partes, tais como: capa do projeto; resumo do projeto; sumário do projeto; dados da organização; fase 0 –
organização, divulgação e capacitação; fases do projeto; e anexos e apêndices.
Para a elaboração de algumas subfases, recomenda-se a criação de formulários para documentar as respectivas atividades.
Esses formulários podem conter: nome da organização; nome do projeto; nome do documento; responsável(eis) pelo
preenchimento; data da elaboração ou referência; e respectivos campos a serem preenchidos. Ainda, ao final de cada fase,
podem-se elaborar quadros-resumos (sintéticos ou gerais) que visam à apresentação para os interessados ou investidores que
eventualmente não estavam completamente integrados ao projeto e que nem sempre dispõem de muito tempo para o
acompanhamento e para as aprovações do projeto e de suas necessidades.
A fase 0 (zero) versa sobre a preparação ou o planejamento do Projeto de Planejamento Estratégico Organizacional. Suas
subfases essencialmente propõem organizar e divulgar o projeto, bem como capacitar os envolvidos na metodologia adotada.
Essas subfases ou atividades, apesar de opcionais, devem ser elaboradas antes das demais fases do projeto. Elas podem ser
elaboradas sequencialmente ou concomitantemente.
Para tanto, é fundamental antes de iniciar o projeto reconhecer ou saber onde ele será elaborado e onde a organização está
ou será instalada. Quando a organização já existe, também é relevante conhecer o seu negócio (incluindo produtos e serviços),
local de atuação, seus gestores e sua estrutura organizacional. Nesse caso, o organograma pode esclarecer a estrutura de poder
da organização. Algumas literaturas descrevem essa atividade como a identificação da organização ou o perfil organizacional,
enfatizando o entendimento da organização.
Os conceitos de planejamento estratégico devem ser amplamente discutidos na organização e, posteriormente, após
entendidos, deve ser adotado e divulgado um conceito para deixar claro o que é planejamento estratégico para a referida
organização. Deve ser discutido, entendido, adotado e divulgado o objetivo do referido projeto, deixando claro por que ele está
ou estará sendo elaborado. Uma metodologia para o projeto deve ser discutida, entendida, adotada e divulgada, para formalizar
como ele será elaborado por meio de fases, subfases, produtos e pontos de avaliação. Necessariamente se exigirá a formalização
de uma equipe multidisciplinar para elaborar o projeto.
Uma ampla e participativa divulgação do projeto deve ser feita para todas as pessoas na organização, incluindo, por opção, o
meio ambiente externo envolvido. A capacitação de todas as pessoas que serão envolvidas no projeto deve ser providenciada,
principalmente para os componentes da equipe multidisciplinar, incluindo respectivos planos de trabalho do planejamento.
Para gerir as atividades requeridas na metodologia, bem como os planos de trabalho com seus responsáveis, tempo, recursos
e demais detalhes do projeto, é necessária a escolha de pelo menos um instrumento ou técnica de gestão de projetos. Inúmeras
são as opções fornecidas pelo mercado, tais como: PODC; PDCA; ISO; 5S; PERT/CPM; PMBOK/PMI; dentre outros, sejam de
terceiros ou próprios da organização.
A fase 0 do projeto planejamento estratégico organizacional pode ser formalizada por meio de subfases específicas (ver 3.5,
Parte 1 – Elaborar fase 0 do projeto).
As “diretrizes organizacionais” também são chamadas de diretrizes estratégicas, diretrizes do meio ambiente, entre outros
nomes correlatos. O Projeto de Planejamento Estratégico Organizacional pode ser iniciado tanto pela elaboração das “diretrizes
organizacionais” como pelas “análises organizacionais”. Recomenda-se iniciar pelas “diretrizes organizacionais” quando se
deseja um novo empreendimento, negócio ou atividade. Recomenda-se iniciar pelas “análises organizacionais” quando a
organização já está estabelecida, embora todas essas atividades possam ser elaboradas concomitantemente e ainda, como opção,
por diferentes equipes integradas.
Para organizações já estabelecidas ou constituídas juridicamente, todas as subfases das “diretrizes organizacionais” podem
ser elaboradas, por opção, em duas formas: atual (situação existente) e futuro (situação proposta e desejada ou condição
potencial da organização). O futuro está mais direcionado para os cenários estratégicos que podem estar fundamentados na
atitude e no pensamento estratégico da organização. Para organizações que serão criadas, obviamente não existe situação atual,
só proposta.
O processo de estabelecer formalmente a fase “diretrizes organizacionais” pode obedecer a diversas e a diferentes
metodologias. A referida fase pode ser desmembrada em subfases. Dentre essas subfases, destacam-se como fundamentais a
formalização do negócio ou atividade e dos objetivos da organização.
A palavra negócio está mais direcionada para as organizações privadas. E a palavra atividade está mais direcionada para as
organizações públicas. Alguns autores preferem chamar a atividade pública de vocação pública.
O negócio é a atuação principal e diferenciada da organização privada. Pode ser conceituado como o ramo ou segmento em
que a organização atua. É o entendimento do principal benefício esperado pelo cliente da organização. Está relacionado com a
atitude da organização.
A atividade é a atuação principal e diferenciada da organização pública. Ela define, valida ou revisa os serviços das
organizações públicas. Deve resultar em ganhos sociais, ou seja, avanços para a sociedade civil organizada e melhoria da
qualidade de vida do cidadão, preferencialmente focados na realidade construtiva e positiva.
Um slogan e uma “marca” também podem ser definidos, além da razão social da organização.
Como o negócio ou a atividade pode ser muito abrangente, a definição dos produtos ou serviços da organização é requerida
para facilitar o seu entendimento. Produto é aquilo que é produzido ou fabricado. Serviço é aquilo que é prestado ou fornecido,
independentemente de sua venda ou doação. Ambos podem ser oferecidos para satisfazer necessidades ou desejos.
Além da definição do negócio ou atividade e dos respectivos produtos ou serviços, o mercado-alvo também pode ser
descrito. O mercado-alvo diz respeito a quem a organização privada quer vender ou para quem a organização pública quer
prestar serviços (cobrados ou doados). Também pode ser entendido como público-alvo ou clientes pretendidos.
Para complementar a descrição do negócio, dos produtos ou serviços e do mercado-alvo, o local de atuação também pode
ser descrito. O local de atuação diz respeito a onde a organização privada quer vender ou onde a organização pública quer
prestar serviços (cobrados ou doados). Também pode se entendido como lugar para exercer suas atividades. Em algumas
literaturas é chamado de arena competitiva.
A missão é a descrição de forma diferenciada do negócio ou atividade da organização. Está relacionada com o propósito, a
razão, a função, a finalidade, o encargo, a incumbência ou o ofício da organização. Deve focar a competência essencial ou o
núcleo (core competence) da organização. Precisa ser peculiar, específica e única para a organização.
Na descrição da missão da organização, sugerem-se mencionar informações relacionadas com os seus produtos ou serviços,
seus valores e, ainda, direcionar palavras para os seus respectivos clientes ou consumidores.
Está relacionada com o presente e não como futuro. Dessa forma, na frase que descreve a missão não se deve adicionar data
ou tempo.
A visão é a descrição do cenário ou do sonho da organização. Está relacionada com a projeção de oportunidades futuras da
organização, questionando-a aonde quer chegar e como quer ser percebida ou reconhecida pelo meio ambiente interno e externo
que a envolve.
Na descrição da visão da organização, sugere-se mencionar o que se consegue enxergar dentro de um período de tempo mais
longo e uma abordagem mais ampla, visualizando e explicitando estrategicamente os seus produtos ou serviços, seus valores e,
ainda, direcionando palavras para os seus respectivos clientes ou consumidores.
Está relacionada com o futuro e não com o presente. Apesar de a visão estar relacionada com o futuro, a definição de tempo
para a visão da organização é opcional na sua descrição (por exemplo, até o ano de x …).
Os valores relatam o que a organização acredita e pratica. Também são chamados de princípios da organização. Estão
relacionados com “algo atribuído” de grande estima ou valia, apreço, consideração e respeito. Referem-se aos preceitos de
talento, coragem, intrepidez, ousadia, valentia, ânimo, força, audácia, vigor e outras palavras correlatas.
No relato dos valores da organização, sugerem-se mencionar itens que possam ser entendidos e vivenciados por todos na
organização. Tais itens que relatam as atitudes, filosofias, os códigos de conduta, credos e comportamentos proativos
igualmente referem-se às ações éticas, morais, criativas e produtivas das pessoas das organizações que podem contribuir
efetivamente com os seus processos decisórios e consequentemente com a sua inteligência organizacional.
As políticas relatam as orientações ou regras gerais de administração da organização. Elas tendem a ser mais perenes na
organização. Também podem ser definidas como um conjunto de intenções emanadas da alta administração das organizações.
Estão relacionadas com pensamentos e desejos estratégicos organizacionais como orientações preestabelecidas para decisões e
ações alinhadas com o negócio ou atividade da organização.
No relato das políticas organizacionais, sugerem-se mencionar frases abrangentes que possam ser absorvidas e praticadas
por todos na organização. Podem ser estabelecidas pela gestão, solicitadas pelo corpo técnico da organização e ainda imposta
por fatores externos (inclusive oriundas de legislações). Tais frases abrangentes posteriormente serão detalhadas pelos
procedimentos operacionais para executar e viabilizar as referidas políticas.
Os objetivos relatam alvos devidamente qualificados e quantificados da organização. Também podem ser definidos como as
grandes metas a serem atingidas pela organização. Estão relacionados com os resultados que a organização pretende atingir em
determinado prazo para consolidar seu negócio ou atividade.
Na descrição dos objetivos da organização, deve-se mencionar “quanto” e “quando” para sua realização. Ou seja, determinar
números, unidades ou volumes e um período de tempo, explicitando formalmente o que se quer estrategicamente conseguir,
obter ou alcançar em relação aos seus produtos ou serviços. Devem ser coerentes entre si, desafiantes, porém viáveis. São para
os objetivos organizacionais que toda a organização deve direcionar sua atenção e seus esforços.
Em determinadas metodologias de planejamento estratégico, os objetivos não são qualificados e quantificados,
correspondendo assim aos “macro-objetivos organizacionais” ou “objetivos estratégicos” da organização, que também podem
ser entendidos como “cenários estratégicos”. Nesse caso exigem que posteriormente as ações correspondentes sejam
qualificadas e quantificadas. Em outras metodologias, os objetivos qualificados e quantificados podem corresponder às metas da
organização ou aos seus objetivos operacionais.
Para as organizações privadas, os “macro-objetivos organizacionais” ou “objetivos estratégicos” estão relacionados com os
temas: lucro e outros recursos financeiros; crescimento e aprendizagem; desenvolvimento e inovação; perenidade e
sobrevivência; reconhecimento, respeito e prestígio; processos, qualidade, produtividade e efetividade; dentre outros.
A modelagem dos processos ou a formalização dos procedimentos operacionais da organização é a descrição detalhada da
“elaboração” e “comercialização” dos produtos ou serviços correspondentes ao negócio ou atividade da organização. Está
relacionada com a competência essencial (core competence) ou núcleo da organização, em outras palavras, com o seu “segredo”
do negócio ou atividade.
Na descrição detalhada da modelagem dos processos da organização ou dos procedimentos operacionais da organização,
sugere-se a formalização minuciosa do passo a passo de como “fazer” e de como “vender” cada produto ou serviço da
organização.
Podem ser levadas em conta as quatro grandes fases convencionais do processo de inovação nas organizações, que
essencialmente são: pesquisa (básica ou aplicada); desenvolvimento (elaboração do produto ou serviço); controles ou testes ou
análises ou avaliações; e manutenção ou monitoramento ou disseminação ou pós-venda.
As “análises organizacionais” também são chamadas de diagnóstico estratégico, análises estratégicas, análise do meio
ambiente, entre outros nomes correlatos. Todas as subfases das “análises organizacionais” podem ser elaboradas, por opção, em
duas formas: atual (situação existente) e futuro (situação proposta e desejada ou condição potencial da organização).
As funções organizacionais são as macroatividades das organizações, sem as quais elas não funcionariam em sua plenitude.
Estão presentes em todas as organizações privadas ou públicas, independentemente do seu tipo de negócio, de atividade, de
objetivo e de tamanho. Nas organizações privadas também podem ser chamadas de funções empresariais. Não devem ser
confundidas com unidades departamentais ou setores da organização, pois algumas organizações não necessariamente têm todas
as funções organizacionais com departamentos equivalentes e com o mesmo nome.
As organizações privadas ou públicas e o seu sistema organizacional em sua estrutura podem ser subdivididos em seis
funções organizacionais (ou subsistemas organizacionais): produção ou serviços; comercial ou marketing; materiais ou
logística; financeira; recursos humanos; jurídico-legal. Essas seis funções organizacionais devem ser integradas por meio dos
módulos ou subsistemas em que se decompõem. Os módulos podem se apresentar de forma diferente de organização para
organização. Algumas literaturas clássicas apresentam apenas quatro funções organizacionais, juntando a função “materiais ou
logística” com a de “produção ou serviços” e ignorando a função “jurídico-legal”.
A função organizacional “produção ou serviços” pode conter os seguintes módulos ou subsistemas ou subfunções:
planejamento e controle de produção ou serviços; pesquisa, desenvolvimento e engenharia do produto ou serviços ou projetos;
sistemas de qualidade e produtividade; custos de produção ou serviços; monitoração, manutenção de equipamentos, produtos ou
serviços.
A função organizacional “comercial ou marketing” pode conter os seguintes módulos ou subsistemas ou subfunções:
planejamento e gestão de marketing; clientes, consumidores e prospects ou potenciais; vendas; faturamento; contratos e
distribuição; pesquisas e estatísticas; exportação.
A função organizacional “materiais ou logística” pode conter os seguintes módulos ou subsistemas ou subfunções:
fornecedores; compras ou suprimentos; estoque; recepção e expedição de materiais; importação.
A função organizacional “financeira” pode conter os seguintes módulos ou subsistemas ou subfunções: contas a pagar;
contas a receber; movimentos bancários; fluxo de caixa; orçamentos; administração do capital.
A função organizacional “recursos humanos” pode conter os seguintes módulos ou subsistemas ou subfunções:
recrutamento e seleção; administração de pessoal (admissão, demissão e férias); folha de pagamento; cargos e salários;
treinamento e desenvolvimento (capacitação); benefícios e assistência social; segurança e medicina do trabalho.
A função organizacional “jurídico-legal” pode conter os seguintes módulos ou subsistemas ou subfunções: contabilidade;
ativo fixo ou patrimônio; impostos e recolhimentos; livros fiscais de entrada e saída.
A estrutura organizacional está relacionada com a formalização das responsabilidades, autoridades, comunicações e
decisões das unidades organizacionais da organização, projetando, ordenando, padronizando e coordenando as atividades e os
relacionamentos dos seus níveis hierárquicos e suas decisões. Requer a distribuição das pessoas nas posições e papéis a serem
desempenhados pelas mesmas por meio da estruturação dos seus processos para produzir os produtos ou elaborar os serviços,
atingir os objetivos organizacionais e facilitar seu negócio ou atividade.
Pode ser representada por um organograma da organização, contendo cargos ou funções. Ela determina a estruturação de
atividades, divisão de trabalho, formalização da hierarquia de poder, determinação de autoridade, definição de responsabilidade
e outras formalidades. Pode ser de estrutura linear, que se baseia no princípio da unidade de comando, na hierarquia, nas linhas
formais de comunicação, na centralização das decisões e no seu aspecto nitidamente piramidal. Pode ser de estrutura funcional,
que se baseia no princípio funcional, ou seja, no princípio da especialização, na autoridade funcional ou dividida, nas linhas
diretas de comunicação e na descentralização das decisões. Pode ser de estrutura divisionada, que se baseia na divisão da
organização em regiões diferenciadas, em serviços, produtos ou clientes diversificados. Pode ser de estrutura matricial, que se
baseia na determinação de funções com objetivos específicos e delimitados no tempo, destinados principalmente para projetos
que requerem a participação de especialistas. E ainda pode ser por meio de comissões, colegiados ou comitês multidisciplinares.
O modelo de gestão pode ser entendido como um sistema de regras relativas à gestão do negócio ou atividade da
organização e dos seus produtos ou serviços. Está relacionado com ações delineadoras de gestão e com atividades
condicionadoras de execução pelos subordinados, formalizando a maneira pela qual a organização busca solucionar seus
problemas e gerir suas funções organizacionais. Busca a interação entre os níveis hierárquicos (alta administração, corpo gestor
e corpo técnico ou operacional) coordenando processos de trabalho e equipes de pessoas. Pode basear-se na premissa de que as
pessoas em todos os níveis hierárquicos devem conhecer os objetivos da organização, dominar atividades técnicas de trabalho,
promover melhorias, identificar contribuições, buscar alternativas, compreender impactos e facilitar a inteligência dos negócios
ou atividades.
O modelo e a forma de gestão da organização estão intimamente ligados aos seus sistemas organizacionais e sua respectiva
estrutura organizacional. Resumidamente, as organizações estão vinculadas a quatro modelos de gestão ou a mescla dos
mesmos: autoritário; democrático; participativo; e situacional.
A análise setorial está direcionada ao segmento, setor ou ramo em que a organização atua ou atuará. Permite entender,
verificar e conhecer o contexto, principalmente econômico, em que a organização está produzindo ou prestando serviços,
identificando tendências, impactos e outras questões favoráveis ou desfavoráveis. Perceber como a organização se posiciona no
seu respectivo setor de negócio ou atividade é o foco dessa análise. Também é chamada de análise das cinco forças de Porter ou
análise simplificada de Porter (PORTER, 1990), que contempla as abordagens: clientes; fornecedores; concorrentes existentes;
novos concorrentes ou novos entrantes; produtos ou serviços substitutos.
O cliente pode ser entendido como a pessoa física ou jurídica que paga por um produto ou serviço. O consumidor pode ser
entendido como a pessoa física ou jurídica que utiliza, aplica, usa ou gasta um bem, produto ou serviço. O “prospect” ou
potencial pode ser entendido como o cliente futuro ou consumidor potencial de um produto ou serviço, normalmente
identificado antecipadamente.
O fornecedor pode ser entendido como quem abastece ou provê produtos ou serviços para a atual organização em análise ou
a futura organização a ser estabelecida. O fornecedor para organizações de serviços, por exemplo, consultoria, pode também ser
a mão de obra ou parceiros de serviços prestados.
O concorrente pode ser entendido como quem faz exatamente o mesmo produto ou presta literalmente o mesmo serviço que
a atual organização em análise ou a futura organização a ser estabelecida. Também é chamado de concorrente direto. Se não for,
o mesmo produto ou serviço pode ser entendido como produto ou serviço substituto. A análise dos concorrentes da organização
pode ser dividida em dois tipos: os concorrentes existentes e os novos concorrentes ou entrantes.
O produto ou serviço substituto pode ser entendido como produto ou serviço semelhante que é produzido ou prestado por
outras organizações. Tais organizações também podem ser chamadas de concorrentes indiretos. Em outras palavras, é quando
um cliente deixa de comprar um produto, pagar ou utilizar um serviço da organização em análise ou da futura organização a ser
estabelecida e tem o mesmo resultado esperado.
Os fatores críticos de sucesso ou êxito da organização são elementos essenciais do negócio ou atividade, sem os quais a
organização não tem ou terá resultado positivo ou adequado. São as capacidades e os recursos absolutamente necessários para a
organização atuar e se constituem em pontos fortes da organização. Podem definir atividades de desempenho para a organização
alcançar seus objetivos, completar sua missão, concluir sua visão e formalizar suas políticas.
Tais elementos essenciais da organização são atividades fundamentais ou partes críticas dos processos do negócio ou
atividade que efetivamente necessitam ser muito bem elaboradas para que a organização alcance seus objetivos. Eles podem
indicar e explicitar variáveis peculiares que fazem a diferença entre a organização e seus concorrentes. É para onde a
organização deve direcionar seus esforços e atenção.
Os sistemas de informação e a tecnologia da informação da organização são recursos fundamentais e inexoráveis para a
agilidade, a efetividade, o sucesso ou êxito e a inteligência da organização. Mesmo para as pequenas organizações, esses
recursos são indispensáveis, pois as relações com o meio ambiente externo requerem sua utilização. É muito difícil construir e
utilizar sistemas de informação nas organizações sem envolver a inexorável tecnologia da informação.
Além da análise de custos, benefícios, riscos e viabilidade, ainda será necessário dar atenção para mais estas questões:
respeitar a legislação vigente, evitando a pirataria; estabelecer um plano de contingência para atender a eventuais deficiências de
funcionamento; focar a competitividade e a inteligência organizacional e não a tecnologia propriamente dita; elaborar um plano
de gestão da mudança decorrente da introdução ou da efetividade da tecnologia no contexto organizacional (REZENDE, 2013;
REZENDE, ABREU, 2013).
As análises elaboradas até esse ponto do projeto ainda podem ser complementadas com as outras análises. São inúmeras as
variáveis a serem avaliadas na elaboração de um planejamento estratégico.
A escolha das mesmas, o nível de aprofundamento e detalhamento de cada análise depende de cada organização e de sua
respectiva equipe do projeto. Como exemplos podem ser citadas as análises dos seguintes ambientes: social; cultural; político;
natural, ecológico ou meio ambiente; legal ou de legislação; econômico; tecnológico e inovador; e outras eventuais análises
ainda podem ser elaboradas para sedimentar o projeto de planejamento estratégico organizacional.
A estratégia pode ser entendida como atividades ou caminhos para atender aos objetivos da organização. As estratégias da
organização constituem-se numa das atividades mais relevantes, questionadoras e intelectuais na elaboração do planejamento
estratégico, preconizando o sucesso ou o êxito no projeto e na gestão da organização.
A ideia mais resumida e simples de estratégia é “a arte de planejar”. A estratégia compreende um dos vários conjuntos de
regras de decisão para orientar o comportamento da organização, vista como uma ferramenta para trabalhar com as turbulências
e as condições de mudanças que cercam as organizações (ANSOFF, 1988). É uma forma de pensar no futuro, integrada no
processo decisório, com base em procedimentos formalizados e articulados em resultados. Pode-se relacionar a estratégia com a
palavra guerra e a tática com a palavra batalha. Mas na prática organizacional uma relação pode complementar a outra e, ainda,
estratégia e tática podem ser vistas de formas diferentes pelos diversos gestores, conforme a escala ou perspectiva de ação. A
estratégia deve ser definida de acordo com o tipo do negócio ou atividade organizacional, pois são decisões que devem ser
sempre muito bem pensadas antes de sua execução (MINTZBERG; QUINN, 2001).
A literatura nacional e internacional sugere inúmeros tipos ou classificações de estratégias, tais como: alianças; ampliação;
analítica; aprendizagem; clientes, consumidores e potenciais; combinadas; competitivas; concentração; consolidação;
contingência; continuidade; crescimento; custos; defensiva; desenvolvimento; desinvestimento; diferenciação; distribuição;
diversificação; efetividade; empreendedora; enfoque; escala; estabilidade; exportação; extensão; financeiras; financiamento;
foco em; garantia; horizontalização; imagem; inovação; internacionalização; liderança; localização; logística; lucro;
manutenção; mudança; parcerias; participação no mercado; participativas; perenidade; posicionamento; pós-venda; preço;
prestígio; processos; produtividade; prospectiva; qualidade; racionalização; reativa; reconcepção; reconhecimento;
reconhecimento ou prestígio; recursos; redirecionamento; redução de custos ou despesas; respeito; resultado econômico-
financeiro; segmentação; segurança; sobrevivência; social; tecnologia; terceirização; verticalização; virtualização; entre outras.
Os cenários podem ser entendidos como as grandes estratégias da organização. Estão relacionados com panoramas,
observações, temas de maior amplitude e com acontecimentos que podem ocorrer no futuro. Também podem ser relacionados
com modelos para análises estratégicas da organização, construídos a partir de dados, indicadores, informações, conhecimentos
e métodos ou critérios. São exercícios de situações futuras ou projeções em determinados ambientes, utilizando ou não
hipóteses. Podem articular diferentes caminhos a serem descobertos, adotados e seguidos. Na prática, é onde a organização deve
“situar-se estrategicamente”.
Os cenários estão orientados para o direcionamento das estratégias da organização. Os cenários de posicionamentos
estratégicos ou macroestratégias também são conhecidos como “mapa estratégico da organização” e têm relação direta com os
“macro-objetivos organizacionais” ou “objetivos estratégicos” da organização. Além da relação com os objetivos da
organização, também devem levar em conta a visão da organização.
Para as organizações públicas, tal como nos macro-objetivos, os cenários de posicionamentos estratégicos estão
relacionados com a primazia ou excelência na prestação dos serviços, no desenvolvimento social, econômico, ambiental e
sustentável, na transparência pública, na participação da sociedade, na qualidade de vida dos cidadãos e outros cenários
correlatos.
Como exemplos de cenários de posicionamentos estratégicos ou macroestratégias, podem ser utilizados os diversos tipos ou
classificações de estratégias disponíveis nas literaturas.
Os planos de ações das estratégias da organização são as atividades para atender (ou detalhar) às estratégias formalizadas.
Também podem ser chamados de execução do planejamento estratégico. Já foi chamado de cronograma de atividades. Para
alguns administradores, o plano de ações é chamado de “plano de trabalho”.
Devem ser formalizados por meio dos planos de trabalho com atividades para toda equipe multidisciplinar envolvida,
definindo: ações ou atividades ou tarefas a serem elaboradas; responsáveis pelas ações; período ou tempo para realização das
ações; e recursos necessários para realização das ações.
Uma vez que os objetivos e as respectivas estratégias da organização foram formalizados e as ações foram detalhadas em
seus planos de trabalho, buscam-se a validade e a viabilidade para as referidas estratégias da organização, por meio da análise
de custos, benefícios, riscos e viabilidade.
A análise de custos, benefícios, riscos e viabilidade é uma atividade que deve ser elaborada no projeto de planejamento
estratégico, deixando claro o investimento e respectivos retornos. A necessidade e a adequação são as palavras-chaves nessas
análises (e não o estado da arte disponível no mercado). Toda organização tem ou terá uma realidade econômica e financeira
que deve ser respeitada pelos seus planejadores e gestores. Esta realidade deve ser confrontada com os recursos e as tecnologias
disponíveis no mercado, comparando-os de um lado o estado da arte e no outro extremo a sucata.
Deve-se necessariamente elaborar a análise de custos, benefícios, riscos e viabilidade para cada uma das estratégias da
organização e também a viabilidade do projeto de planejamento estratégico como um todo (elaborando um mapa-resumo, ou
seja, juntando os custos, benefícios, riscos e a viabilidade de todas as estratégias da organização).
As receitas estão relacionadas com as entradas de dinheiro na organização, ou seja, com as contas a receber ou faturamento.
Uma forma simples de fazer o cálculo da receita é multiplicar a quantidade de unidades vendidas do produto ou serviço pelo seu
preço unitário. Como exemplos de receitas podem ser citados: vendas de produtos; vendas de serviços; elaboração de projetos;
consultorias; e outras entradas.
As despesas estão relacionadas com as saídas de dinheiro na organização, ou seja, com as contas a pagar. Correspondem ao
bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para obtenção de receitas. Como exemplos de despesas podem ser citados:
pagamentos a fornecedores; salários; comissões; encargos sociais; aluguéis; contratos; seguros; energia; água; comunicações;
manutenções; impostos; e outras saídas.
O ponto de equilíbrio (do inglês break-even-point) é a denominação dada quando o valor total das receitas é igual ao valor
total das despesas (incluindo os custos fixos e variáveis). Neste ponto o resultado, ou lucro final, é igual a zero. As vendas
acima desse nível passam a resultar num lucro real para a organização e vendas abaixo representam prejuízo. O referido ponto
de equilíbrio permite determinar o nível mínimo de produção ou serviço que a organização pode suportar sem sofrer prejuízo.
Também pode fornecer a quantidade mínima que a organização deve vender para obter lucro.
As literaturas de administração financeira, de contabilidade e de custos são as mais indicadas para leitura e compreensão
desses temas.
Os “controles organizacionais e gestão do planejamento” constituem-se na quarta e última fase do Projeto de Planejamento
Estratégico Organizacional. Porém, essa fase pode ser elaborada desde o início juntamente com as demais fases, pois esse
projeto é um processo cíclico e integrado.
Como conceito, controle é fazer algo que aconteça da forma como foi planejado. Consiste em um processo que oriente a
atividade exercida para um fim previamente determinado. Está relacionado com a monitoração, acompanhamento e avaliação
do processo de administração estratégica visando melhorar, corrigir e garantir o funcionamento adequado de processos ou
funções.
Os controles organizacionais podem ser divididos em estratégico, tático ou gerencial e operacional ou técnico. Podem
envolver quatro etapas clássicas: estabelecer critérios, bases, normas, medidas, indicadores ou padrões; acompanhar e avaliar
processos, produtos, desempenhos ou resultados; comparar os resultados com os padrões predefinidos; direcionar e agir de
forma corretiva ou disciplinar quando ocorrem dificuldades, dispersões ou desvios.
Os controles estratégicos concentram-se na monitoração e avaliação do processo da administração estratégica para garantir o
funcionamento integral do planejamento estratégico organizacional. É empreendido para garantir que todos os resultados
estratégicos planejados durante o projeto materializem-se de fato. São tratados no nível estratégico da organização, referindo-se
aos seus aspectos globais e ao envolvimento e responsabilidade da alta administração da organização na implementação do seu
planejamento estratégico. Normalmente, sua dimensão de período ou tempo é o longo prazo. Seu conteúdo tem caráter mais
genérico e sintético.
Os controles táticos ou gerenciais concentram-se na monitoração e avaliação do processo da administração estratégica para
garantir o funcionamento tático ou gerencial do planejamento estratégico organizacional. É empreendido para garantir que todos
os resultados táticos planejados durante o projeto materializem-se de fato. São tratados no nível tático ou gerencial da
organização, referindo-se aos seus aspectos intermediários e ao envolvimento e responsabilidade do corpo gestor (ou nível
organizacional intermediário) na implementação do seu planejamento estratégico. Normalmente, sua dimensão de período ou
tempo é o médio prazo. Seu conteúdo tem caráter mais intermediário, ou seja, entre o genérico e o específico que se refere aos
controles operacionais.
Os controles operacionais ou técnicos concentram-se na monitoração e avaliação do processo da administração estratégica
para garantir o funcionamento operacional e cotidiano do planejamento estratégico organizacional. É empreendido para garantir
que todos os resultados operacionais ou técnicos planejados durante o projeto materializem-se de fato. São tratados no nível
operacional da organização, referindo-se aos aspectos cotidianos ou técnicos e ao envolvimento e responsabilidade do corpo
técnico (ou operacional) na implementação do seu planejamento estratégico. Normalmente, sua dimensão de período ou tempo é
o curto prazo. Seu conteúdo tem caráter mais específico e analítico.
Um processo de controle organizacional enfatiza o estabelecimento de critérios, bases, normas, medidas, indicadores ou
padrões para posterior acompanhamento, avaliação, comparação e direcionamento dos resultados com os padrões predefinidos.
A partir da formalização dos níveis de controles, descrevendo “o que” controlar e “quem” são os responsáveis, será
necessário definir os meios para tais controles, sejam procedimentos manuais ou sistemas informatizados. Os controles
informatizados também são chamados de controles eletrônicos, como, por exemplo, sistema eletrônico, auditoria eletrônica por
meio de software. Os meios de controles estão direcionados para “como” e “quando” controlar. Para tanto, determinadas
providências que podem impactar no desempenho organizacional devem ser formalizadas.
A avaliação dos controles do planejamento e da organização faz parte de um processo cíclico, interativo e participativo, com
documentações do quê, como e quando exatamente se pretende controlar. Para tanto se exigirá o estabelecimento de critérios,
bases, normas, medidas, indicadores ou padrões, incluindo quesitos quantitativos e qualitativos. Podem ser utilizados os
controles por meio de: auditoria; sistemas de indicadores; sistemas de informação e sistemas de conhecimentos; tecnologia da
informação; Balanced Scorecard (BSC); e por outros meios.
Como o Projeto de Planejamento Estratégico Organizacional é um processo cíclico, ele deve formalizar o seu período de
validação e o seu período de revisão. Dessa forma, a organização passa a ter esse projeto como um constante instrumento de
gestão e de inteligência organizacional.
O projeto deve ser elaborado para um período ou tempo coerente com os objetivos e as ações das estratégias da organização.
A visão da organização também pode ser considerada na determinação do período de validação do projeto de planejamento
estratégico organizacional.
Também deve ser revisado em um determinado período ou tempo para verificar se o seu andamento está ou estará de acordo
com o alcance dos objetivos da organização e coerente com as estratégias e as ações das estratégias da organização. Dessa
forma, nesse referido período será possível tomar decisões em tempo hábil para evitar problemas ou transtornos para a
organização. O período ou tempo de revisão do planejamento estratégico organizacional também está relacionado com o
período ou tempo formalizado nos objetivos e nas ações das estratégias da organização, ou seja, eles devem ser
proporcionalmente coerentes. As revisões podem ser, por exemplo: bimestral, trimestral, quadrimestral, semestral ou
excepcionalmente anual (quando o planejamento estratégico organizacional for superior a cinco anos).
Evidentemente que, mesmo com esse período ou tempo definido para as revisões, qualquer mudança no meio ambiente
externo ou qualquer impacto no meio ambiente interno possibilitará uma imediata revisão no planejamento estratégico
organizacional. Essas revisões são chamadas de ocasionais ou situacionais, que ocorrem principalmente quando os resultados ou
os cenários forem diferentes do planejado. Com as revisões, o planejamento estratégico torna-se mais dinâmico e contínuo na
organização, facilitando suas versões subsequentes. É importante lembrar que, ao terminar o relatório final do planejamento
estratégico organizacional, imediatamente se inicia sua segunda versão.
Um instrumento de gestão de projetos faz-se necessário para lidar com os recursos humanos, materiais, financeiros e
tecnológicos que são requeridos pelo planejamento estratégico organizacional. Seja quando foi iniciado, seja no
desenvolvimento ou ainda após a conclusão, a gestão desse projeto é fundamental para seu sucesso e para gerar os resultados
profícuos para a organização.
São inúmeras as teorias ou modelos e instrumentos ou técnicas de gestão de projetos disponibilizadas pela ciência da
administração e da engenharia, dentre os quais se destacam o PODC (Planejamento, Organização, Direção e Controle), o
PERT/CPM (Program Evaluation Review Technique/Critical Path Method) e o PMBOK (Project Management Body of
Knowledge) do PMI (Project Management Institute). O PODC tem forte relação com a administração e ciências correlatas, e o
PERT/COM, com as engenharias. Atualmente, vem sendo muito utilizado pelas organizações o PMBOK/PMI.
O planejamento estratégico público é um processo dinâmico e interativo para determinação dos objetivos, estratégias e
ações de uma organização pública ou de um governo (federal, estadual ou municipal). É elaborado por meio de diferentes e
complementares técnicas com o total envolvimento dos atores sociais, ou seja, cidadãos, gestores locais e demais interessados.
É formalizado para articular políticas federais, estaduais e municipais visando produzir resultados e gerar qualidade de vida
adequada aos envolvidos. É um projeto global que considera os aspectos sociais, econômicos, territoriais e outros. É uma forma
participativa e contínua de pensar no presente e no futuro (REZENDE, 2015).
A metodologia para o projeto em organizações públicas pode contemplar as fases: análises estratégicas públicas; diretrizes
estratégicas públicas; estratégias e ações públicas; e controles públicos e gestão do planejamento. Podem ser elaboradas de
forma sequencial ou concomitantemente, de forma integrada e complementar uma da outra. É um ciclo retroalimentado e em
constante amadurecimento.
Os municípios também podem fazer seu planejamento estratégico por meio de uma metodologia com as fases (e subfases):
dados do município; análises municipais (análises da cidade; análises externas à cidade; análises da administração municipal);
diretrizes municipais (diretrizes da cidade; diretrizes da administração municipal); estratégias e ações municipais (estratégias
municipais; ações municipais; viabilização das estratégias e ações municipais); e controles municipais e gestão do planejamento
(REZENDE; CASTOR, 2006).
As análises municipais (também chamadas de diagnósticos municipais) procuram identificar qual a real situação do
município, de seu entorno e de sua administração, incluindo variáveis internas e externas. Podem ser divididas em funções
públicas ou temáticas municipais, como, por exemplo: agricultura; ciência e tecnologia; comércio; cultura; educação; esporte;
habitação; indústria; lazer; meio ambiente; saúde; segurança; serviços; social; transporte; turismo; urbana e rural. No caso de
uma organização pública, essas temáticas são substituídas pelas funções organizacionais públicas (serviços públicos, divulgação
de informações públicas ou marketing, materiais ou logística, finanças, recursos humanos e jurídico-legal). A viabilidade das
estratégias públicas e de suas respectivas ações públicas pode ser de cunho financeiro e não financeiro. Ambas as viabilidades
possuem vantagens e desvantagens, bem como envolvem custos e gastos públicos.
Os controles públicos devem atender a duas necessidades simultaneamente: todas as exigências legais; e as necessidades de
gestão municipal, ou seja, o fornecimento de informações relevantes, confiáveis, oportunas e personalizadas, para que o
administrador público possa tomar decisões apropriadas.
Os produtos das ações públicas definidas podem ser medidos por meio de indicadores. Os sistemas de informação e os
sistemas de conhecimentos também se constituem em relevantes meios de controles do planejamento estratégico público, bem
como a tecnologia da informação e o governo eletrônico (REZENDE, 2005).
2
O planejamento estratégico organizacional (seja para organização privada ou pública) deve ser complementado pelo
Planejamento de Sistemas de Informação, Conhecimentos e Informática (Psici). Esse planejamento também pode ser chamado
de Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação (Peti). Ambos os planejamentos devem ser integrados e alinhados.
As mudanças constantes da sociedade da informação e a necessidade de que as organizações sejam inteligentes fazem com
que elas também se modifiquem e requeiram planejamento das suas informações, de seus conhecimentos e de sua tecnologia da
informação.
Os conceitos de administração estratégica, pensamento estratégico, funções organizacionais, empreendedorismo, liderança,
inovação, gestão de projetos e inteligência organizacional estão intimamente relacionados com o projeto de Planejamento de
Sistemas de Informação, Conhecimentos e Informática. Esses conceitos devem estar presentes nesse projeto para que as
organizações exercitem a inteligência organizacional. As organizações, para serem inteligentes, precisam disponibilizar
produtos ou serviços de qualidade, praticar bom atendimento, adequar sua política de venda e preços aos clientes, cumprir
prazos predefinidos e estar atentas às mutações do mercado. Essas exigências forçam as organizações a reverem seus valores
comerciais, humanos e tecnológicos, o que, por si só, não garantem as principais metas organizacionais e a inteligência
organizacional. Esses valores merecem atenção especial das organizações com a sua análise estratégica e seu planejamento
efetivo, envolvendo toda a organização, principalmente no que tange à adoção dos sistemas de informação, dos sistemas de
conhecimentos e da tecnologia da informação e respectivos recursos com o objetivo de alcançar os objetivos organizacionais.
A competitividade e a inteligência competitiva são componentes do conceito de inteligência organizacional, constituindo em
fatores vitais para as organizações. Complementando, a globalização ampliou significativamente os negócios mundiais, fazendo
com que as organizações busquem as novidades e que seus negócios cresçam, agregando valor aos seus produtos ou serviços.
Todas essas questões influenciam o posicionamento estratégico e operacional das organizações, exigindo qualidade,
produtividade e efetividade dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da tecnologia da informação,
constituindo-se em fatores de sobrevivência e sucesso das organizações.
São diversos os conceitos de sistema. Destacam-se os seguintes: conjunto de partes que interagem entre si, integrando-se
para atingir um objetivo ou resultado; partes interagentes e interdependentes que formam um todo unitário com determinados
objetivos e efetuam determinadas funções; em informática, é o conjunto de software, hardware e recursos humanos;
componentes da tecnologia da informação e seus recursos integrados; empresa ou organização e seus vários subsistemas.
Nas organizações privadas, o enfoque dos sistemas está no negócio empresarial, e nas organizações públicas, nas atividades
principais. Em ambos os tipos de organizações, os sistemas objetivam auxiliar os respectivos processos decisórios.
O dado é um conjunto de letras, números ou dígitos que, tomado isoladamente, não transmite nenhum conhecimento, ou
seja, não contém um significado claro. Pode ser entendido como um elemento da informação. Pode ser definido como algo
depositado ou armazenado. Como exemplos, podem ser citados: 5; maio; valor; xyz.
A informação é todo o dado trabalhado ou tratado. Pode ser entendida como um dado com valor significativo atribuído ou
agregado a ele e com um sentido natural e lógico para quem usa a informação. Pode ser definida como algo útil. Como
exemplos, podem ser citados: nome do cliente; cor do automóvel; número de equipamentos; data de nascimento; valor do saldo
bancário. Observa-se que sempre uma informação requer mais de uma palavra.
Quando a informação é “trabalhada” por pessoas e pelos recursos computacionais, possibilitando a geração de cenários,
simulações e oportunidades, pode ser chamada de conhecimento. O conceito de conhecimento complementa o de informação
com valor relevante e propósito definido. Pode ser definido como percepções humanas (tácitas) ou inferências computacionais.
Como exemplos, podem ser citados: percepção da dificuldade de reversão de prejuízo futuro de uma atividade da organização;
práticas que podem ser utilizadas em virtude do cenário atual, com base em experiências semelhantes anteriores; concepção de
quais equipamentos, materiais e pessoas são vitais para um serviço; entendimento de quais contratos ativos podem ser
negociados, visando adequar-se à realidade de uma atividade.
Os dados, as informações e os conhecimentos não podem ser confundidos com decisões (atos mentais, pensamentos), com
ações (atos físicos, execuções) ou com processos ou procedimentos. Como exemplos, podem ser citadas as seguintes ações: ir
ao banco; somar os valores; calcular os juros; pagar a conta. Observa-se que sempre um verbo no infinitivo é necessário para
caracterizar uma decisão ou ação ou processo.
As informações para serem úteis para as decisões devem conter as seguintes características ou premissas: possuem conteúdo
único; exigem mais de duas palavras; sem generalizações; não são abstratas; sem verbos; e, ainda, são diferentes de
documentos, programas, arquivos ou correlatos.
A informação possui conteúdo único; significa que a cada momento a informação tem um conteúdo, expresso por meio de
números, letras ou ambos. Por exemplo: o nome do cliente só contém um nome; o número do CPF só pode ter um número; o
valor do preço do produto só tem um valor por produto; a data da venda só pode ser de um dia. Quando a informação possuir
mais de um conteúdo, os mesmos devem ser explicitados. Por exemplo: estado civil (solteiro, casado, divorciado); cor do
produto (verde, azul, vermelho); gênero do filme (ação, policial, romântico); forma de pagamento (a vista, a prazo); tipo de
pagamento (dinheiro, cartão, cheque). Embora em cada momento da informação o conteúdo será único.
A informação exige mais de duas palavras para deixar claro a que se refere, do que se trata, de qual objeto, a quem se
destina etc. Ao contrário, não seria correto. Por exemplo: saldo (saldo de quê?); data (data da?); nome (nome de quem?);
veículo (nome, tipo ou cor do veículo?).
A informação não pode ser generalizada, ou seja, cada informação é expressa no seu detalhe, é específica, exclusiva,
determinada. Não pode ser múltipla, estendida, abrangente ou confusa. Erros comuns podem ser exemplificados: endereço;
cadastro; perfil; balanço; características. Cada uma dessas palavras possui muitas informações concentradas.
A informação não pode ser abstrata, de compreensão difícil, obscura, vaga, irreal ou imaginária. Deve ser real, verdadeira,
concreta. Confusões comuns podem ser exemplificadas: qualidade; virtude; espécie; frequência; belo; grande; inferior. Cada
uma dessas palavras possibilita múltiplas interpretações.
A informação não pode ser formalizada por meio de um verbo no seu início, principalmente no tempo infinitivo, por
exemplo: calcular; controlar; pagar; cobrar. Da mesma forma é errado: cálculo; controle; pagamento; cobrança. Essas palavras
não são informações, mas podem ser decisões, ações ou processos.
A informação não é um documento, programa, arquivo ou correlato. Tais palavras referem-se onde os dados ou informações
podem ser armazenados, ou seja, eles podem conter dados e informações. Por exemplo: um extrato bancário contém dados
(números ou letras) e pode conter informações, tal como um livro, um balanço contábil, um laudo médico, uma planilha
eletrônica, um software qualquer, uma pasta de arquivo entre outros repositórios de dados.
Para facilitar o entendimento das características ou premissas da informação, as informações a seguir podem responder a
pergunta: quais são as informações necessárias para gerir uma conta bancária por meio de um talão de cheques?. Dentre as
diversas informações, essas podem ser sugeridas como exemplo: número do banco; número da agência; número da conta;
número do cheque; valor do cheque; nome do favorecido; data da emissão; número de folhas disponíveis; valor total dos
créditos; valor total dos débitos; valor do saldo disponível; valor do saldo disponível futuro; tipo de cheque (simples; especial);
data de compensação do cheque; tipo de despesa (alimentação; diversão; escola; vestuário).
As informações também podem ser separadas por conjuntos, coisas, assuntos, objetos, grupos, módulos ou sistemas de
informações. Por exemplo, quando uma organização “vende algo”, as informações necessárias podem ser separadas por: cliente
(nome do cliente; CPF do cliente; telefone celular do cliente etc.); produto (nome do produto; preço do produto; cor do produto
etc.); venda (quantidade vendida; valor total da venda etc.); estoque (quantidade disponível; preço de aquisição etc.); contas a
receber (data do recebimento; valor total a receber etc.); e contabilidade (natureza do lançamento; valor do lançamento etc.) e
outras separações.
Posteriormente, essas informações ainda podem ser separadas por diversos tipos de informações, tais como: operacional;
gerencial; estratégica; trivial; personalizada; oportuna.
A informação e seus respectivos sistemas desempenham funções fundamentais nas organizações, apresentando-se como
recurso estratégico para projetar e gerir organizações de forma competitiva e inteligente.
Toda e qualquer informação peculiar ou específica pode ser chamada de informação personalizada. Seja da “persona” física
ou jurídica, de um negócio, de um produto ou de um serviço diferenciado. Também pode estar relacionada com uma
característica ímpar de um prospect, cliente, consumidor ou concorrente e até mesmo de um produto ou serviço.
Como exemplos de informações personalizadas podem-se citar: cor preferida de um cliente; marca de um produto predileto
de um consumidor; peso de um hóspede de hotel; nome de uma doença peculiar de um paciente; data escolhida para visita de
um vendedor; nome do banco eleito pelo pagador; nome de um serviço escolhido por um cidadão.
Toda e qualquer informação de qualidade inquestionável, porém antecipada, pode ser chamada de informação oportuna. A
informação oportuna é a antítese da informação do passado e a que não gera um cenário futuro e indiscutível.
Como exemplos de informações oportunas podem-se citar: quantidade de matéria-prima faltante no dia seguinte; número de
unidades habitacionais disponíveis do hotel na semana seguinte; valor do saldo negativo bancário amanhã; número de peças
produzidas na próxima hora; data do feriado do mês vindouro. Os dias, horas e demais números devem sempre ser definidos.
Todo sistema, usando ou não recursos de tecnologia da informação, que manipula dados e gera informação pode ser
genericamente considerado sistema de informação.
Os sistemas de informação podem assumir diversas formas convencionais, tais como: relatórios de controles (de sistemas ou
de determinadas unidades departamentais) fornecidos e circulados dentro da organização; relato de processos diversos para
facilitar a gestão da organização; coleção de informações expressa em um meio de veiculação; conjunto de procedimentos e
normas da organização, estabelecendo uma estrutura formal; e, por fim, conjunto de partes (quaisquer) que geram informações.
Quando utilizam os recursos da tecnologia da informação, podem ser entendidos como um grupo de telas e de relatórios,
habitualmente gerados pela tecnologia da informação da organização e seus recursos. Também podem ser entendidos como o
conjunto de software, hardware, recursos humanos e respectivos procedimentos que antecedem e sucedem um software.
O sistema de informação organizacional pode ser conceituado como a organização e seus vários subsistemas internos,
contemplando ainda o meio ambiente externo. E também como um subsistema do sistema empresa ou sistema organização.
Os sistemas de informação, independentemente de seu nível ou classificação, objetivam auxiliar os processos de tomada de
decisões na organização. Se os sistemas de informação não se propuserem a atender a esse objetivo, sua existência não será
significativa para a organização.
O foco dos sistemas de informação está direcionado principalmente ao negócio empresarial nas organizações privadas e às
atividades principais nas organizações públicas. O caso contrário seria se os esforços dos sistemas de informação estivessem
direcionados aos negócios secundários ou de atividades de apoio. Para facilitar o entendimento deste foco, o exemplo pode ser
de uma indústria que deve ter seus sistemas de informação direcionados ao processo fabril, efetivamente auxiliando nos
processos de produção e comercialização dos referidos produtos industrializados por ela. Este foco está intimamente
relacionado com os quesitos de qualidade, produtividade, efetividade e inteligência organizacional. No caso de uma prefeitura,
por exemplo, os sistemas de informação devem estar direcionados à prestação de serviços ao cidadão e ao município.
2.4.1 Classificações de sistemas de informação
Os sistemas de informação podem ser classificados de diversas formas. Essas classificações visam contribuir para as
atividades de planejamento, desenvolvimento ou aquisição de soluções para as organizações.
Segundo o critério de suporte a decisões, a classificação dos sistemas de informação pode ser: operacional, gerencial e
estratégico.
Os sistemas de informação operacionais (SIO) também são chamados de sistemas de apoio às operações organizacionais,
sistemas de controle ou sistemas de processamento de transações. Contemplam o processamento de operações e transações
rotineiras quotidianas, em seu detalhe, incluindo seus respectivos procedimentos. Controlam os dados detalhados das operações
das funções organizacionais imprescindíveis ao funcionamento harmônico da organização (privada ou pública), auxiliando a
tomada de decisão do corpo técnico ou operacional das unidades departamentais. As informações são apresentadas no menor
nível, ou seja, analíticas, detalhadas, e apresentadas no tempo gramatical singular.
Os sistemas de informação gerenciais (SIG) são também chamados de sistemas de apoio à gestão organizacional ou sistemas
gerenciais. Ainda, são conhecidos por sua sigla em inglês MIS (Management Information Systems). Contemplam o
processamento de grupos de dados das operações e transações operacionais, transformando-os em informações agrupadas para
gestão. Trabalham com os dados agrupados (ou sintetizados) das operações das funções organizacionais auxiliando a tomada de
decisão do corpo gestor (nível médio ou gerencial) das unidades departamentais, em sinergia com as demais unidades.
Resumindo, é todo e qualquer sistema que manipula informações agrupadas para contribuir para o corpo gestor da organização
privada ou pública. As informações são apresentadas em grupos, ou sintetizadas, tais como totais, percentuais, acumuladores, e
normalmente apresentadas no tempo gramatical plural.
Os sistemas de informação estratégicos (SIE) são também chamados de sistemas de informação executivos ou sistemas de
suporte à decisão estratégica. Ainda, são conhecidos por sua sigla em inglês EIS (Executive Information Systems). Contemplam
o processamento de grupos de dados das atividades operacionais e transações gerenciais, transformando-os em informações
estratégicas. Trabalham com os dados no nível macro, filtrados das operações das funções organizacionais, considerando, ainda,
os meios ambientes internos ou externos, visando auxiliar o processo de tomada de decisão da alta administração da
organização privada ou pública. As informações são apresentadas de forma macro, sempre relacionadas com o meio ambiente
interno (funções organizacionais) ou externo da organização privada ou pública.
Segundo a abrangência da organização, os sistemas de informação estão nos níveis: pessoal; de um grupo ou departamental;
organizacional; e interorganizacionais (KROENKE, 1992).
Do ponto de vista do ciclo evolutivo, os sistemas de informação podem ser classificados em: manuais; mecanizados;
informatizados; automatizados; e gerenciais e estratégicos. Os sistemas de informação mecanizados dizem respeito aos sistemas
que utilizam os recursos da tecnologia da informação de forma mecânica, ou seja, sem valor agregado. Os sistemas de
informação informatizados referem-se aos sistemas que utilizam os recursos da tecnologia da informação de forma inteligente e
com valor agregado.
Segundo a entrada na organização e a partir do planejamento das necessidades de informação na organização, os sistemas de
informação podem ser classificados em: desenvolvimento; aquisição; e manutenção ou adaptação.
O modelo dinâmico dos sistemas de informação é derivado do modelo convencional de sistemas de informação.
No modelo convencional, a ênfase está nos “tipos” de informação (operacional, gerencial e estratégica), onde atribui suas
relações de interdependências entre os níveis dos sistemas, níveis ou tipos das informações e níveis hierárquicos (corpo técnico,
corpo gestor e alta administração). Esses níveis estabelecem uma relação de sinergia e coerência em todos os sentidos, vertical e
horizontal. Em sua base de dados, estão armazenados todos os dados detalhados das funções empresariais, contemplando
inclusive o meio ambiente externo (MAIE). É chamado de convencional por ser conhecido há muito tempo e ter forma simples
de entendimento.
À medida que aumenta a complexidade interna, os negócios e os objetivos organizacionais, o processo de tomada de decisão
tende a tornar-se também mais complexo, requerendo agilidade, dinamismo, utilidade, inteligência e precisão das ações, das
informações e dos conhecimentos organizacionais. Para atender a essas necessidades, um modelo dinâmico de sistemas de
informação se faz necessário.
No modelo dinâmico aparecem três novas características: inexistência da separação formal dos sistemas de informação
operacional, gerencial e estratégico; criação de uma base de dados única, ou seja, sem redundância dos dados; e a geração de
informações oportunas, ou seja, informações de qualidade inquestionável, porém antecipadas em forma de cenários, alertas,
dicas etc.
Dessa maneira, a organização torna-se uma info-organização, ou seja, com base em informações personalizadas e oportunas,
a organização atua de forma dinâmica, flexível e ágil, permitindo a interação e o envolvimento de todos e a definição dos níveis
de acesso e de detalhamento da informação. No modelo dinâmico, a ênfase está no “uso” da informação, independentemente do
seu “tipo” (operacional, gerencial e estratégica).
O modelo dinâmico de sistemas de informação pode ser graficamente representado pela Figura 2.1.
A seleção dos dados para serem incluídos na base de dados única deve ser criteriosamente realizada. Para geração das
informações oportunas, são de fundamental importância o levantamento, a triagem, a análise e a avaliação da necessidade dos
dados, pois, caso contrário, as informações geradas podem ser inoportunas. Neste modelo, as informações oportunas e
posteriormente informações personalizadas devem contribuir significativamente com a inteligência organizacional.
O modelo dinâmico dos sistemas de informação é complementado pelo “modelo de sistemas de informação com tecnologia
da informação”, com a utilização dos recursos tecnológicos disponíveis no mercado. A ideia fundamental é a viabilização dos
sistemas de informação por meio da tecnologia da informação, pois atualmente é praticamente impossível desenvolver e
implantar sistemas de informação nas organizações sem o uso desses recursos tecnológicos. A tecnologia da informação permite
a geração das informações oportunas e personalizadas, também chamadas de informações executivas ou “inteligentes”, ou seja,
não apenas as triviais.
Com o objetivo de auxiliar os processos de tomada de decisão, principalmente de ordem tática e estratégica, são elaborados
os modelos decisórios, adequados à situação e às peculiaridades de cada organização, buscando sempre fornecer as informações
relevantes, personalizadas e oportunas.
O modelo decisório dinâmico é derivado do modelo decisório convencional. No modelo convencional, os dados são
transformados em informações e essas em conhecimentos. Os dados, as informações e os conhecimentos possibilitam aos
gestores tomar decisões (atos mentais, pensamentos) e consequentemente agir (atos físicos, execuções). As ações trabalhadas
pelos gestores geram resultados, sejam positivos ou negativos, retroalimentando este ciclo decisório.
No modelo decisório dinâmico, as necessidades de informações modeladas pelos gestores, por meio de atividades de
levantamento de dados e programação de software, geram os dados a serem transformados em novas informações e novos
conhecimentos com mais qualidade e utilidade. O destaque neste modelo é a necessidade de informação e não o tratamento de
dados.
O conhecimento na organização também pode ser chamado de capital intelectual, competências, habilidades, inteligências,
ativos intangíveis.
A gestão do conhecimento pode ser entendida como o compartilhamento do conhecimento ou a disseminação das melhores
práticas das pessoas nas organizações.
Todo e qualquer sistema que manipula ou gera conhecimentos organizados para contribuir com os seres humanos, com as
organizações e com a sociedade toda pode ser chamado de sistema de conhecimentos. Os sistemas de conhecimentos podem ser
compostos pelos recursos emergentes da tecnologia da informação ou por simples softwares específicos, onde são geradas
informações com conhecimentos agregados.
O modelo dos sistemas de conhecimentos com os sistemas de informação pode ser graficamente representado pela Figura
2.2. Para que as organizações obtenham as vantagens e utilidades efetivas desses sistemas, é exigido o emprego e a integração
dos recursos da tecnologia da informação (TI).
Figura 2.2 Modelo de integração dos sistemas de conhecimentos com sistemas de informação e tecnologia da informação.
Os sistemas de informação operacionais, gerenciais e estratégicos manipulam e geram as respectivas informações oportunas
a partir da base de dados única. Essas informações são expressas, respectivamente, no detalhe, em grupos e macrorrelacionadas
com o meio ambiente interno ou externo da organização.
Os sistemas de conhecimentos manipulam e geram conhecimentos a partir das “bases de conhecimentos”. As bases de
conhecimentos se constituem no local onde são depositados conhecimentos expressos em dados não triviais, imagens, sons,
raciocínios elaborados etc. Os conhecimentos são oriundos da “base de dados” e do meio ambiente interno e externo à
organização. Ambas as bases (de dados e de conhecimentos) são criadas pelas pessoas da organização e acionadas por meio dos
recursos da tecnologia da informação.
Os recursos e os componentes da tecnologia da informação são os responsáveis pelas atividades de geração, troca e
integração (sinergia) dos dados, informações e conhecimentos. Esses recursos podem ser qualquer software desenvolvido em
linguagens de programação convencionais ou também software específico para esse fim, tais como recursos de inteligência
artificial ou sistemas especialistas, sistemas gerenciadores de banco de dados, ferramentas baseadas na Internet e portais,
gerenciamento eletrônico de documentos, automação de processos, e outras ferramentas ou aplicativos.
Toda a sinergia desses sistemas é trabalhada pelos técnicos e gestores da organização com seus respectivos capitais
intelectuais, competências, habilidades e conhecimentos tácitos e explícitos.
O modelo de informações organizacionais descreve todas as informações necessárias para gestão dos negócios e das funções
organizacionais.
O mapa de conhecimentos organizacionais descreve os conhecimentos das pessoas das organizações que podem ser
compartilhados. Nesses mapas são descritos os conhecimentos das pessoas da organização a partir de seus respectivos capital
intelectual, competências, habilidades e percepções para disseminar as melhores práticas da organização por meio de cenários,
alertas, combinações, resultados de análises com reflexão, síntese e contextos orientados para ações.
As informações necessárias podem ser estruturadas em níveis ou tipos de informações (NI), ou seja, estratégica, gerencial e
operacional. Podem estar distribuídas nas respectivas funções organizacionais (FO): produção ou serviços; comercial ou
marketing; materiais ou logística; financeira; recursos humanos; e jurídico-legal. E consequentemente desmembradas ou
decompostas em seus respectivos módulos (ou subsistemas).
No documento do modelo de informações são descritas apenas as informações. Em outro documento devem ser elaboradas
as ações e descritos os procedimentos de como construir as respectivas informações necessárias. Nesse caso, a ênfase não está
na ação, nos processos ou nos requisitos funcionais. Nesse documento serão relatadas as informações estratégicas (de forma
macrorrelacionadas com o meio ambiente interno ou externo), as informações gerenciais ou táticas (agrupadas ou sintetizadas) e
as informações operacionais (no detalhe ou analítica). Como exemplos, os modelos de informações podem ser assim
documentados:
Pode-se observar que as informações contêm as seguintes características: possuem conteúdo único; exigem mais de duas
palavras; sem generalizações; não são abstratas; sem verbos; e, ainda, são diferentes de documentos, programas, arquivos ou
correlatos (ver 2.2, Características da informação).
É importante ressaltar o princípio da sinergia (coerência ou integração) entre as informações. As informações devem ser
integradas nos seus níveis (operacional, gerencial e estratégico), ou seja, para se obterem as informações gerenciais e
estratégicas, as informações operacionais no detalhe devem existir.
As informações operacionais são transformadas em dados que deverão estar armazenados nas respectivas bases de dados
quando do uso de software nos sistemas de informação.
O modelo de informações pode conter informações integradas dos seguintes tipos: convencional (trivial), personalizada e
oportuna. Estes dois últimos tipos de informação, também chamadas de informações executivas ou inteligentes, facilitam o
mapeamento dos conhecimentos organizacionais.
Na fase inicial dos projetos basta apenas relatar as informações necessárias, o que significa responder à seguinte pergunta:
quais são as informações necessárias para gerir determinado negócio privado (ou módulos de uma função organizacional) ou
para gerir uma atividade pública? Nas fases seguintes do projeto, será necessário ainda responder a mais essas duas perguntas:
como são construídas (elaboradas) as informações?; e como são apresentadas (mostradas) as informações? A primeira diz
respeito às fórmulas ou aos cálculos (algoritmos no caso de software) e a descrição detalhada (passo a passo) de como chegar à
informação para ser disponibilizada ao seu usuário. A última pergunta diz respeito a como serão apresentadas as informações
nos documentos (relatórios) ou nas telas dos sistemas de informação com suas respectivas máscaras ou leiaute.
A informática ou tecnologia da informação pode ser conceituada como recursos tecnológicos e computacionais para guarda,
geração e uso da informação e do conhecimento. Está fundamentada nos seguintes componentes: hardware e seus dispositivos e
periféricos; software e seus recursos; sistemas de telecomunicações; gestão de dados e informações.
Todos estes componentes interagem e necessitam do componente fundamental que é o recurso humano, peopleware ou
humanware. Embora conceitualmente esse componente não faça parte da tecnologia da informação, sem ele esta tecnologia não
teria funcionalidade e utilidade.
O hardware contempla os computadores e seus respectivos dispositivos e periféricos. O software contempla os programas
nos seus diversos tipos, tais como o software de base ou operacionais, de redes, aplicativos, utilitários e de automação. Eles
dirigem, organizam e controlam os recursos de hardware, fornecendo instruções, comandos, ou seja, programas.
Os sistemas de telecomunicações são recursos que interligam o hardware e o software. As comunicações podem ser
definidas como as transmissões de sinais por um meio qualquer, de um emissor para um receptor. As telecomunicações referem-
se à transmissão eletrônica de sinais para comunicações, inclusive meios como telefone, rádio e televisão. As comunicações de
dados são um subconjunto especializado de telecomunicações que se referem à coleta, processamento e distribuição eletrônica
de dados, normalmente entre os dispositivos de hardware de computadores.
A gestão de dados e informações com seus respectivos recursos, parte integrante da Tecnologia da Informação, também são
subsistemas especiais do Sistema de Informação global das empresas. Os dados, quando a eles são atribuídos valores,
transformam-se em informações. A gestão de dados e informações compreende as atividades de guarda e recuperação de dados,
níveis e controle de acesso das informações. Essa gestão contempla quatro atividades relevantes: esquema de guarda de dados
(cópia ou backup), recuperação de dados, controle de acesso e níveis de acesso ou de navegação sistêmica, requerendo para essa
gestão um completo plano de contingência e um plano de segurança de dados e informações.
Informação, sistema de informação, informática ou tecnologia da informação possuem conceitos amplamente citados nas
literaturas nacionais e internacionais pertinentes, o que não ocorre com conhecimentos, sistemas de conhecimentos e
planejamento de informações.
Como conceito, o planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática (Psici) ou planejamento estratégico
da tecnologia da informação (Peti) é um projeto, posterior processo dinâmico, sistêmico, coletivo, participativo e contínuo para
formalização estruturada das informações e dos sistemas de informação necessários para gestão da organização e para auxiliar
as suas decisões nos níveis operacionais, táticos e estratégicos. E, como consequência, para a adequação dos recursos da
tecnologia da informação e dos conhecimentos das pessoas envolvidas.
Outros conceitos também podem ser observados. Para Lederer e Sethi (1988), o planejamento de sistemas de informação e
da tecnologia da informação é o processo de identificação das aplicações baseadas em computadores para apoiar a organização
na execução do seu plano de negócios e na realização dos seus objetivos organizacionais. O planejamento de sistemas de
informação é o recurso usado para auxiliar o planejamento estratégico da organização, na identificação das oportunidades de
sistemas de informação para apoiar os negócios organizacionais, no desenvolvimento de arquiteturas de informação baseadas
nas necessidades dos usuários, e no desenvolvimento de planos de ação dos sistemas de informação em longo prazo
(PREMKUMAR; KING, 1992). Complementando esse conceito, Strechay (2000) descreve o planejamento de sistemas de
informação e da tecnologia da informação como um plano para suprir direção, esforço de concentração, consistência de
propósito, flexibilidade e continuidade dos recursos da tecnologia da informação. Esse plano compreende a preparação, coleção,
transporte, recuperação, armazenamento, acesso, apresentação e transformação de informações nas mais variadas formas,
movimentadas entre humanos e máquinas (BOYNTON; JACOBS; ZMUD, 1992; BOAR, 1993). No planejamento de sistemas
de informação e da tecnologia da informação também se decide aonde a organização quer chegar e quais os recursos da
tecnologia da informação que serão necessários para suportar as decisões, representando o movimento de passagem da
estratégia presente para a estratégia futura, por meio da apresentação de direções, concentrações de esforços, flexibilidade e
continuidade dos negócios em áreas estratégicas (BOAR, 1993).
Apesar de tratar os recursos técnicos, o planejamento de sistemas de informação e da tecnologia da informação difere do
antigo Plano Diretor de Informática (PDI), que tem seus esforços mais direcionados para o plano de informática e seus
respectivos recursos tecnológicos (REZENDE, 1999). O planejamento de sistemas de informação e da tecnologia da informação
é o processo de identificação de software, de hardware e principalmente de banco de dados para suportar a clara definição e
documentação do planejamento estratégico de negócios da organização (LEDERER; MAHANEY, 1996).
O planejamento de informações e de informática ou tecnologia da informação é um conjunto de ferramentas e técnicas que
possibilitam a definição de estratégias de ação ao longo de um período de aproximadamente um a três anos. Visa identificar as
informações e os conhecimentos necessários à gestão da organização, para tomada de decisões em todos os níveis (estratégicos,
táticos e operacionais).
A relevância desse planejamento está direcionada para a estruturação de todas as informações e de todos os conhecimentos
necessários para o funcionamento harmônico da organização. Também estrutura toda a tecnologia da informação e seus
recursos emergentes para apoiar a organização nas decisões, sejam operacionais, táticas ou estratégicas, no que diz respeito a
sua qualidade, produtividade, efetividade, rentabilidade, modernidade, inteligência competitiva e inteligência organizacional.
Outros objetivos podem ser citados quando da sua elaboração do planejamento de informações, conhecimentos e
informática: contribuir com o desempenho ou efetividade da organização; auxiliar as organizações na obtenção de melhor
desempenho com baixos custos, diferenciação do concorrente e concentração de mercado; utilizar como uma ferramenta de
gestão; apoiar a geração de oportunidades e vantagens competitivas aos negócios, com redução de custos de tecnologia da
informação; integrar o planejamento estratégico de informações no processo de incorporação de novas tecnologias da
organização; alinhar os sistemas de informação, os sistemas de conhecimentos e a tecnologia da informação aos negócios e
apoiar na vantagem competitiva da organização; posicionar-se como uma importante fonte de produtividade e competitividade;
propiciar o pensamento estratégico para criar ambientes, recursos e estratégias informacionais; promover capacidades criativas
para antecipar futuras tendências nos negócios; agregar desempenho e valor organizacional como um dos meios de realizar
metas organizacionais, aplicados na sua cadeia de valor (KING, 1978; BOAR, 1997; TALLON et al., 1997; COOK, 1999;
STRASSMANN; BIENKOWSKI, 1999; TAURION, 1999; GRAEML, 2000).
Complementando esses objetivos, alguns benefícios do planejamento de informações, conhecimentos e informática podem
ser citados para a organização agregar algumas vantagens: integridade, provendo um processo compreensivo para a execução de
todos os passos inerentes a cada etapa do plano, desde a elaboração até a implementação; integração, propiciando integração
entre visões tecnológicas diferentes, com múltiplas perspectivas; bases analíticas, ultrapassando uma visão superficial do
processo estratégico na área de sistemas de informação e sistemas de conhecimentos; participação, propiciando a participação
de todos na organização e não somente do pessoal da área de tecnologia; foco na qualidade, estabelecendo mecanismos para
avaliar e medir a qualidade na área de sistemas de informação (BOAR, 1993).
Para ser relevante, esse planejamento deve: alinhar os sistemas de informação, os sistemas de conhecimentos e a tecnologia
da informação com as metas dos negócios organizacionais; explorar a tecnologia da informação para vantagem competitiva;
direcionar seus recursos para uma gestão efetiva; desenvolver arquiteturas e políticas de tecnologia; e gerar um ambiente
informacional que favorece a geração de estratégias organizacionais. As organizações não podem adiar a necessidade de
compreender e aprender a aproveitar os benefícios da tecnologia da informação (PARSONS, 1983; EARL, 1993;
DAVENPORT; PRUSAK, 1998; PRAHALAD, 2000).
É fundamental o planejamento da tecnologia da informação antes da sua utilização para evitar que a organização corra riscos
desnecessários, pois o uso crescente da tecnologia da informação, ao mesmo tempo em que potencializa a capacidade das
organizações em obter, manter ou combater vantagens competitivas, também eleva os riscos de gestão inerentes a qualquer tipo
de decisão e ação (McGAUGHEY JR., SNYDER; CARR, 1994).
Alcançar os objetivos fixados para o futuro reitera a relevância do planejamento de informações, conhecimentos e
informática, principalmente na alocação e desempenho dos recursos e na obtenção de vantagens competitivas alinhadas com
negócio organizacional, utilizando-o como uma ferramenta de gestão e desenvolvendo-o com metodologia efetiva
(BRANCHEAU; WETHERBE, 1987).
Não há dúvida sobre a relevância da elaboração formal do planejamento de informações, conhecimentos e informática,
como poderá ser observado nas metodologias a seguir relatadas. Esse planejamento nas organizações tem sido um dos temas
mais relevantes, principalmente quando existe ligação entre o planejamento de informações, conhecimentos e informática e o
planejamento estratégico organizacional, onde a gestão da organização deve dominar essas ferramentas para poderem atuar
nesse sentido (LEDERER; MENDELOW, 1988; GALLIERS, 1994; REICH; BENBASAT, 1996).
2.9 Metodologias e implementação do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da
informática
A relevância do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática ou tecnologia da
informação é reiterada pela escolha de uma metodologia para sua implementação adequada, dinâmica e inteligente.
Muitas metodologias são apresentadas pela literatura para contribuir com o planejamento dos sistemas de informação, dos
sistemas de conhecimentos e da informática ou tecnologia da informação e com planejamento estratégico das organizações
privadas e públicas com maior grau de efetividade no tocante ao alinhamento estratégico desses planejamentos. Essas
metodologias normalmente descrevem processos de elaboração do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de
conhecimentos e da informática e são desmembradas em passos ou fases, estruturadas em subfases que geram produtos para
avaliação dos envolvidos. Toda metodologia de planejamento de informação, conhecimentos e informática deve ter qualidade e
efetividade no seu processo, mas também deve apresentar flexibilidade para atender às turbulências do ambiente das
organizações (PREMKUMAR; KING, 1994; SALMELA; LEDERER; REPONEN, 2000; PARTNER, 2001).
A tecnologia da informação por meio de metodologias de planejamento de informação, conhecimentos e informática pode
apoiar as organizações nas atividades mercadológicas competitivas, planejando, gerindo e flexibilizando sua infraestrutura, para
permitir gerar informações necessárias de forma oportuna para uso estratégico (PRAGER, 1996).
As informações e os conhecimentos organizacionais, por meio de suas metodologias, também podem contribuir no grande
desafio da tecnologia da informação nesta década: gerir a infraestrutura de tecnologias, preservando os investimentos em
tecnologia da informação e em arquiteturas escaláveis e introduzindo novas tecnologias que agreguem valor e propiciem
vantagem sobre os concorrentes; gerir o orçamento financeiro da infraestrutura para obter vantagens competitivas por meio da
tecnologia que esteja alinhada aos interesses da organização; e buscar novas arquiteturas necessárias à transformação
organizacional nos processos de negócio e de tomada de decisões organizacionais (LUCAS JR., 1986; CHILD, 1987;
MARKUS; BENJAMIN, 1997; BENAMATI; LEDERER, 2001).
Juntamente com o planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática, as
arquiteturas e a infraestrutura de tecnologia da informação devem ser metodologicamente planejadas para não causar danos e
investimentos desnecessários e efetivamente apoiar as organizações. As metodologias são construídas para facilitar o trabalho
dos planejadores e os gestores organizacionais nas atividades de alinhamento dos recursos de sistemas de informação e da
tecnologia da informação com as estratégias da organização, identificando oportunidades para utilizar esses recursos na
obtenção de vantagens competitivas (SEGARS; GROVER, 1998; BROADBENT; WEILL; CLAIR, 1999).
2.9.1 Metodologias de planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática
As primeiras metodologias foram criadas no final da década de 60 e dentre elas destacam-se essas precursoras: BSP
(Business Systems Planning), SSP (Strategic Systems Planning), IE (Information Engineering), CSF (Critical Success Factors),
o modelo eclético de Sullivan e a abordagem por estágios de crescimento da organização (PARSONS, 1983; NOLAN, 1993;
ROCKART; MORTON, 1984; SULLIVAN JR., 1985; LEDERER; SETHI, 1988; MARTIN, 1991; GOLDSMITH, 1991).
A metodologia BSP, da organização IBM, explora o planejamento de sistemas de informação e as relações deles aos
negócios, de maneira que os sistemas de informação possam dar suporte às necessidades organizacionais. Ela é composta por
duas grandes fases: a primeira, mais genérica, que tem ênfase na visão estratégica da organização, e a segunda fase está
direcionada para a gestão operacional dos dados. A primeira fase tem os seguintes passos principais: adesão da alta gestão;
preparação do projeto; iniciação do projeto; definição dos processos de negócios; definição das classes de dados; análise dos
atuais sistemas de informação para suporte ao negócio; determinação das perspectivas da organização; classificação dos
problemas; definição da arquitetura de informação; determinação de prioridades; revisão dos sistemas de informação;
desenvolvimento de recomendações e dos planos de ação; e elaboração dos relatórios de resultados. Como essa metodologia
tem seu foco nos processos da organização, acaba dando mais atenção aos sistemas de informação transacionais e gerenciais
básicos (TORRES, 1989).
A SSP é a metodologia que define um modelo funcional de negócios pela análise funcional das áreas da organização, que
geram a arquitetura dos dados combinada com a necessidade de informações da organização. A metodologia IE estabelece
técnicas para construção de modelos organizacionais, modelos de dados e modelos de processos (LEDERER; SETHI, 1988;
MARTIN, 1991).
A metodologia CSF procura identificar as necessidades de sistemas de informação da alta administração da organização, em
que os principais fatores críticos de sucesso são descritos para a gestão, numa abordagem top-down (ROCKART; MORTON,
1984). Mas ela não pode ser aplicada isoladamente, pois requer uma metodologia de Peti propriamente dita. A metodologia CSF
e a IE podem ser mescladas para contribuir na geração de negócios organizacionais com resultados satisfatórios que asseguram
um bom desempenho competitivo para a organização (PARSONS, 1983; TORRES, 1989; GOLDSMITH, 1991).
O modelo eclético de Sullivan estabelece uma matriz entre infusão e difusão dos fatores organizacionais, sistêmicos e
tecnológicos da organização (SULLIVAN JR., 1985). A infusão refere-se ao grau de penetração da tecnologia da informação na
organização em termos de importância, impactos e significados. A difusão ou descentralização refere-se ao grau de
disseminação ou multiplicação da tecnologia da informação por toda a organização (TORRES, 1989).
A abordagem por estágios de crescimento da organização apresenta uma metodologia com um critério de administração da
evolução dos sistemas de informação na organização (NOLAN, 1993). Os estágios dessa evolução são: iniciação, contágio,
controle, integração, administração de dados e maturidade. O conhecimento pode ser chamado de sétimo estágio, mais
abrangente que o simples tratamento e uso da informação, com o sentido de adicionar para as organizações uma vantagem
competitiva por meio dos recursos da tecnologia da informação e do conhecimento (PARSONS, 1983; NOLAN, 1993;
MARKUS, 2001).
Outras metodologias precursoras também podem ser destacadas: Method/1, Information Quality Analysis, Business
Information Analysis and Integration Technique, Planejamento Apoiado no Conhecimento, Business Process Redesign,
Business Information Characterization Study, Ends/Means Analysis, Nolan Norton Methodology, Portfolio Management,
Strategic Set Transformation, Value Chain Analysis, Customer Resource Life Cycle e Critical Success Factors (HAMMER
1990; DAVENPORT, 1994; KETTINGER; TENG; GUHA, 1997; BROADBENT; WEILL; CLAIR, 1999; MARKUS, 2001;
BASSELLIER; REICH; BENBASAT, 2001).
Além dessas metodologias precursoras de planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da
informática, muitas outras foram desenvolvidas e pesquisadas nessas últimas décadas. As mais relevantes são descritas a seguir
por ordem cronológica de publicação.
Para King (1978), a metodologia do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da
informática contempla as fases: processos, procedimentos e análises. Nessas fases são elaborados roteiros de planejamento de
atividades, de desempenho, de definição de papéis dos participantes, de reuniões de trabalho e de revisões de ações.
As questões elementares a serem consideradas numa metodologia de planejamento dos sistemas de informação, dos
sistemas de conhecimentos e da informática são: filosofia de informações, carteira de aplicações e plano de desenvolvimento e
capacitação da tecnologia da informação. Essas três questões norteiam a metodologia proposta por Torres (1989), que tem as
seguintes partes do processo de planejamento de sistemas de informação e tecnologia da informação, chamado Plano Diretor de
Informática (PDI): plano de capacitação em tecnologia da informação; filosofia da organização quanto ao uso da tecnologia da
informação; projeto da carteira de aplicações ou necessidades de sistemas de informação e de automação; projeto básico geral
para os sistemas de informação, estrutura de dados, segurança, auditoria, documentação, norma de desenvolvimento de sistemas
de informação e treinamento; projeto geral de hardware; seleção de linguagens e software operacional e de apoio; alternativas
de hardware e software; análise econômico-financeira do projeto; e programação de ações e responsabilidades.
O planejamento dos sistemas de informação deve ser elaborado metodologicamente em quatro fases e respectivas subfases
(FURLAN, 1991): iniciar o planejamento; analisar a situação atual; elaborar as soluções; e desenvolver os planos.
Na metodologia de Premkumar e King (1992) é avaliada a relação entre desempenho organizacional, o papel dos sistemas
de informação e a qualidade e efetividade do que se está planejando. O processo do planejamento dos sistemas de informação
compreende: a avaliação do ambiente externo; o atendimento dos requerimentos interno; a identificação das novas aplicações
para os sistemas; o desenvolvimento de um conjunto de ações estratégicas para a organização para alinhamento da tecnologia da
informação ao planejamento organizacional, por meio de um comitê facilitador.
No entendimento de Fernandes e Alves (1992), a metodologia de planejamento dos sistemas de informação e da informática
deve contemplar a definição de oportunidades e vantagens competitivas com o uso da tecnologia da informação, seguindo as
etapas: entendimento dos conceitos de forças competitivas e estratégias; definição das forças competitivas críticas para a
organização; definição das estratégias que a organização adota; avaliação do impacto da tecnologia da informação; definição do
grau de dependência da organização em relação à tecnologia da informação; e definição das oportunidades de aplicação
estratégica da tecnologia da informação. Essas fases permitem que os gestores e as organizações direcionem os recursos
alocados à tecnologia da informação aos alvos importantes do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de
conhecimentos e da informática e do planejamento estratégico, efetivando-os por meio do chamado Plano de Ação em
Tecnologia, que endereça as questões mais críticas ao uso competitivo-estratégico da tecnologia da informação. Esse plano está
dividido em dez fases: quadro conceitual; análise prospectiva da tecnologia da informação; impacto da tecnologia da
informação sobre o ramo do negócio; utilização da tecnologia pelos principais competidores; estágio atual da tecnologia na
organização; tecnologias com potencial estratégico para a organização; modelo proposto para a gestão de tecnologia; estratégias
de implantação; plano de trabalho; e plano de investimentos e despesas operacionais.
A metodologia Navegator desenvolvida por Lederer e Mahaney (1996) apresenta o planejamento dos sistemas de
informação numa série de oito estágios: iniciação e preparação da equipe; análise estratégica da organização; avaliação dos
atuais sistemas de informação; análise das operações da organização; elaboração do modelo de negócios da organização;
desenvolvimento da arquitetura de informações da organização; desenvolvimento do plano de sistemas de informação
estratégicos; e planejamento da avaliação e revisão das fases.
Formular o planejamento dos sistemas de informação e da informática sob quatro grandes estágios é o modelo de Turban,
McLean Wetherbe (1996): planejamento estratégico; análise dos requerimentos das informações organizacionais; alocação de
recursos; e projeto de planejamento. O primeiro estágio é dividido em: conjunto da missão do sistemas de informação; avaliação
do ambiente; avaliação das estratégias e objetivos organizacionais; e conjunto de estratégias, objetivos e políticas de sistemas de
informação. O segundo em: avaliação dos requerimentos das informações organizacionais; e reunião para desenvolvimento do
plano principal. No terceiro está o desenvolvimento do plano das tendências e dos recursos do projeto, incluindo os financeiros,
os materiais e os de tecnologia da informação. E no quarto estágio o projeto é avaliado e complementado pelo desenvolvimento
dos planos de ação do projeto de planejamento. Como planos de ação são considerados os desenvolvimentos dos sistemas de
informação em seus respectivos ciclos de vida.
Das metodologias precursoras de planejamento dos sistemas de informação e da informática, a Business Process Redesign
(BPR) foi a que mais sofreu adaptações. Os pesquisadores Kettinger, Teng e Guha (1997) relatam o modelo BPR em sete
visões: fatores ambientais; gestão; processos de negócios; estrutura organizacional; pessoas; tecnologia e informação; produtos,
serviços e desempenho.
Para Audy e Martins (1997), a metodologia para planejamento de sistemas de informação e tecnologia da informação tem
uma abordagem top-down, ou seja, informatização da organização toda, vista de cima para baixo e não apenas um setor da
mesma. Essa metodologia é dividida em passos: objetivos organizacionais; diagnóstico organizacional; validação dos processos
de trabalho; análise das estratégias de processamento; sistemas aplicativos propostos; dimensionamento da estrutura de
hardware, software e peopleware; plano financeiro; opções de financiamento; cronograma físico; e cronograma financeiro.
Os principais componentes básicos da metodologia do planejamento estratégico de sistemas de informação e da tecnologia
da informação de Cassidy (1998) são: análise da situação; formulação de estratégias; e implementação das estratégias.
Os pesquisadores Mirchandani e Lederer (1998) relatam a metodologia para elaboração do planejamento de sistemas de
informação e da tecnologia da informação dividida em dimensões: atividades e estágios. A primeira dimensão representa os
recursos gerais do planejamento. A segunda representa as fases do planejamento de sistemas de informação e da tecnologia da
informação com vários estágios.
A metodologia apresentada por Graziadio et al. (1998) descreve o planejamento dos sistemas de informação e da
informática nas seguintes fases: definição do problema a ser resolvido; mapeamento do ambiente externo; mapeamento do
ambiente interno; transformação das informações internas e externas em soluções; e definição da estratégia tecnológica. Está
baseada no método de Zawislak, Nascimento e Graziadio (1997), que também considera a fase de inteligência competitiva, para
transformar as informações inteligentes em soluções organizacionais efetivas.
O modelo proposto por Audy, Becker e Freitas (1999) apresenta uma nova visão com relação ao processo de planejamento
estratégico de sistemas de informação e tecnologia da informação, incluindo os conceitos e percepções do processo decisório
organizacional e da aprendizagem organizacional. As duas áreas complementares pressionam de forma equivalente o sentido de
mudanças na postura gerencial e nos aspectos referentes à implementação de planos de sistemas de informação. Nesse modelo
são contemplados os impactos relativos à nova visão em termos de condução do processo decisório, na linha do
incrementalismo lógico e da aprendizagem organizacional como base do processo de implementação do plano de base
tecnológica e a mudança organizacional resultante (SABHERWAL; KING, 1995). Para esses autores, tradicionalmente as
metodologias de planejamento dos sistemas de informação com uso dos recursos da tecnologia da informação têm sido
orientadas para a prospecção dos processos básicos da organização, centrando suas atenções sobre os sistemas de informação
tradicionais e de suporte administrativo. Isto é decorrente das deficiências das metodologias existentes, que não apresentam uma
abordagem sistemática para a orientação estratégica do uso da tecnologia da informação; desintegração das abordagens
estratégica, funcional e operacional; e excessiva orientação para processos e funções, para dentro da organização (TORRES,
1995; AUDY; LEDERER, 2000).
O planejamento da tecnologia da informação para vantagem competitiva é a abordagem de Teixeira Filho (2000), onde o
processo se divide em três grandes etapas: identificação de oportunidades do planejamento tecnológico; internalização da
tecnologia; e avaliação de impactos.
Para Rezende e Abreu (2013), o planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática
deve ser dividido em fases que podem ser elaboradas concomitantemente por equipe multidisciplinar ou multifuncional, visando
facilitar a administração de tempos, recursos, qualidade, produtividade e efetividade. As etapas podem ser adequadas para cada
organização e para cada projeto. As fases devem ser individualmente apresentadas, desmembradas em subfases (e produtos),
avaliadas e aprovadas pelos envolvidos.
O planejamento da tecnologia da informação deve possuir uma metodologia que seja parte de um Plano Estratégico de
Negócios (PARTNER, 2001). A tecnologia da informação precisa ser definida com a arquitetura de aplicações; as ferramentas
de desenvolvimento; os recursos da tecnologia da informação; os mecanismos de proteção do patrimônio da informação; as
pessoas; e a estratégia de gestão com a definição das métricas e indicadores que ajudarão a manter a boa relação da tecnologia
da informação com a organização. Por fim é necessário elaborar uma boa previsão dos investimentos e despesas da área e o
cronograma de implantação.
Com o entendimento de todas essas metodologias, alguns quesitos complementares são relevantes no momento da
elaboração de um modelo de planejamento dos sistemas de informação e da informática, onde alguns fatores-chaves não podem
ser esquecidos (LEDERER; SETHI, 1996): entender que o planejamento dos sistemas de informação e da informática é uma
atividade metodológica importante por ajudar os CEOs e os CIOs nas aplicações estratégicas e no alinhamento de negócios e
tecnologia da informação; preparar o planejamento e a migração dos sistemas de informação e da tecnologia da informação,
considerando um plano de atividades dos envolvidos, a definição de prioridades, o papel dos executores, as revisões de tarefas,
a organização da migração para as novas situações planejadas etc.; relatar claramente as informações desejadas pela
organização convergidas para os requerimentos organizacionais; avaliar as potencialidades e fraquezas da tecnologia da
informação e dos recursos disponíveis; estudar os potenciais dos recursos humanos e considerar o estilo gerencial da
organização e o comprometimento nas atividades a serem trabalhadas; e possibilitar a redução dos custos, com adição de valor e
a criação de vantagens competitivas organizacionais (PARSONS, 1983).
Como se pode observar, os modelos para elaboração do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de
conhecimentos e da informática não devem ser modelos estáticos; eles devem ser dinâmicos, interativos, flexíveis, adaptáveis e
inteligentes, bem como devem apresentar uma justificativa para sua elaboração. Além disso, esse processo deve permitir que
todos os envolvidos da organização tenham condições de avaliar os produtos gerados nas subfases, registrando sua parcela de
participação, para que o resultado do projeto seja de qualidade inquestionável e contribua com o alinhamento do planejamento
dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática ao planejamento estratégico da organização.
Dessa forma, um dos elementos-chaves de planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da
informática é a integração e o alinhamento com o planejamento estratégico e as estratégias de negócios da organização. Essa
integração habilita os sistemas de informação e a tecnologia da informação a apoiar as estratégias organizacionais mais
efetivamente e reitera a necessidade de alinhamento entre esses planejamentos (KING; TEO, 1997).
Além do processo metodológico, o planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da
informática contemporaneamente deve ser operacionalizado em multidimensões, tais como: compreensão por todos na
organização; formalização e documentação; focado na criatividade, inovação e integração; definição dos papéis e
responsabilidades; participação dos envolvidos no projeto; consistência, evolução e revisão do planejamento. Devem-se
considerar, ainda, os aspectos de racionalidade e adaptação, associados para a busca da efetividade do planejamento, os quais
devem ser observados quando da implementação e avaliação do Peti (SEGARS; GROVER; TENG, 1998).
2.9.2 Implementação do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática
A partir de todas essas descrições de metodologias de planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de
conhecimentos e da informática, sua implementação merece criteriosa análise, avaliação e planejamento.
O planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática requer uma implementação
como um processo de organizar e executar mudanças planejadas, desenvolver, treinar e instalar recursos definidos para
sistemas, para as tecnologias e para os usuários e gestores. Ela se constitui na etapa mais crítica do processo de planejamento,
pois enquanto na formulação dos planos ou metodologia são simuladas as mudanças, na implementação são trabalhadas as
realidades da organização, considerando tantos os aspectos tecnológicos como os organizacionais de toda a organização
(LEDERER; SALMELA, 1996; MARKUS; BENJAMIN, 1997; AUDY; MARTINS, 1997).
A execução do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática pode ser descrita
como uma série de passos que devem ser elaborados concomitantemente por diferentes profissionais. Tem sido objeto de estudo
de diversos autores, onde sua dificuldade reitera a relevância do papel estratégico da tecnologia da informação e a relevância da
formalização da avaliação dos resultados da implementação desse planejamento, que nem sempre satisfazem as organizações.
Essas atividades de execução do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática não
são tarefas fáceis. A dificuldade de implantar esse planejamento é considerada crítica e constitui-se na principal limitação das
estratégias da tecnologia da informação (REICH; BENBASAT, 1996). A partir dessa problemática, Gottschalk e Lederer (1997)
descrevem quatro grupos de barreiras para sua implementação: suporte gerencial; envolvimento dos usuários; disponibilidade de
recursos; e documentação do plano gerado. Essas barreiras são reiteradas por Gottschalk e Hogskolen (1997), que as
complementam com a falta de: compromisso da gestão da organização, de apoio, de monitoramento e de competência; recursos
competentes, especialmente de especialistas em implementação; documentação do planejamento com qualidade; e
envolvimento de usuário na implementação. O fracasso da implementação e implantação do planejamento dos sistemas de
informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática pode levar a organização a perder oportunidades de negócios, aos
esforços e trabalhos duplicados, aos sistemas incompatíveis e às perdas de recursos diversos.
A implementação do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática não é uma
tarefa individual, exige uma equipe multidisciplinar ou multifuncional. Essa equipe, que atua de forma interdisciplinar, é parte
fundamental para a implementação, implantação e avaliação desse planejamento. Formada por diferentes talentos profissionais,
os principais componentes da equipe com respectivos planos de trabalho são: patrocinador, gestor, clientes ou usuários e
executores técnicos. Outro aspecto que limita a implementação é a capacitação da equipe (GALLIERS, 1994; REICH;
BENBASAT, 1996; DAVENPORT; PRUSAK, 1998; FIORELLI, 2000).
A competência e a capacitação dos envolvidos é fundamental para o sucesso da implementação do planejamento dos
sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática. Entretanto, somente a capacitação da equipe
envolvida não basta; é necessário que a alta administração da organização esteja comprometida e que toda essa equipe
multidisciplinar tenha um sistema de monitoração, acompanhamento e retorno da implementação. Para obter sucesso com esse
planejamento, é essencial convencer a alta administração da organização da importância do planejamento (PREMKUMAR;
KING, 1994; SABHERWAL, 1999).
As dificuldade e implicações da implementação e avaliação do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de
conhecimentos e da informática serão apresentadas por ordem cronológica. A implementação do planejamento estratégico de
sistemas de informação e da tecnologia da informação deve suportar as estratégias organizacionais e alinhar as estratégias de
sistemas de informação e da tecnologia da informação com a missão do negócio (KING, 1978).
Cinco fatores são problemáticos na implementação de sistemas de informação e tecnologia da informação: o planejamento e
o envolvimento de toda a organização; as ações de implementação; a organização do banco de dados da organização; a
infraestrutura disponível de hardware; e o planejamento de custos (LEDERER; SETHI, 1991). Três categorias podem ser
utilizadas para avaliar o resultado do planejamento de sistemas de informação e da tecnologia da informação nas organizações:
método ou metodologia aplicada pela organização; processos do planejamento; e implementação do que foi planejado (EARL,
1993). O fundamental na implementação é o mecanismo e a montagem de um sistema de monitoração para acompanhar a
implementação e gerar feedback dos resultados (PREMKUMAR; KING, 1994). A falta de uma perspectiva comum entre os
envolvidos limita o sucesso da implementação do planejamento de sistemas de informação e da tecnologia da informação nas
organizações. Isso pode ser minimizado por treinamento apropriado, por novos métodos de desenvolvimento, por investimentos
em tecnologia e por reestruturações organizacionais. A maioria das causas do insucesso são de natureza social, por dificuldade
no entendimento dos problemas dos envolvidos, preconceitos predefinidos, interesses adquiridos e resistência para mudar
(ABREU, 1995).
Quatro categorias resumem os problemas da implementação e avaliação do planejamento de sistemas de informação e da
tecnologia da informação: desalinhamento dos planos de sistemas de informação e tecnologia da informação com os planos
organizacionais; integração das diversas bases de dados do projeto da arquitetura de informações da organização;
desenvolvimento dos sistemas de informação e dos recursos operacionais concorrendo com o funcionamento das aplicações
cotidianas; e finalização dos projetos no tempo correto e de acordo com o orçamento (TURBAN; MCLEAN; WETHERBE,
1996). Diversos estudos de implementação do planejamento de sistemas de informação e da tecnologia da informação
identificam principais objetivos desse processo: melhorar a performance dos sistemas de informação; alinhar os sistemas de
informação com as necessidades do negócio; buscar vantagens competitivas a partir dos sistemas de informação; obter
comprometimento da alta administração da organização; antecipar futuras tendências; aumentar o nível de satisfação dos
usuários; melhorar as funções dos sistemas de informação (GOTTSCHALK; LEDERER, 1997).
O planejamento de sistemas de informação unido ao negócio organizacional é um processo que para ser implementado e
avaliado com sucesso deve considerar sete diretrizes práticas: o preparo da implementação; o entusiasmo para o rápido
planejamento; o valor do negócio demonstrado no planejamento; a equipe do planejamento entendendo a organização; o modelo
das atividades organizacionais; a metodologia formalmente organizada e documentada; e o uso de experientes consultores
externos (LEDERER; SETHI, 1998). As dificuldades para elaboração e execução desse planejamento independe do tamanho da
organização. O que era considerado exclusivo do domínio das grandes corporações é agora uma missão crítica para
organizações de todos os tamanhos e de todos os segmentos (LATHAM, 1998; FORDHAM, 1998).
A avaliação e o sucesso do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática pode
ser medido pela multidimensionalidade de fatores, que é o modelo proposto por Segars e Grover (1998), de base quali-
quantitativa que avalia o sucesso do processo de planejamento de sistemas de informação e da tecnologia da informação.
A execução do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática pode ser mais
bem elaborada por meio de uma matriz com dez fatores fundamentais: recursos necessários para a implementação;
envolvimento de usuário durante a implementação; análises da organização; mudanças antecipadas no ambiente; soluções para
resistências potenciais durante a implementação; tecnologia da informação a ser implementada; a relevância dos projetos para o
plano organizacional; responsabilidades para a implementação; apoio da alta administração para a implementação; e claridade
da documentação (GOTTSCHALK, 1999).
Com a organização e formalização do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da
informática as dificuldades para implementação e para avaliação podem ser minimizadas. Isso inclui um trabalhado em
conjunto por uma competente equipe multidisciplinar com definição de papéis e responsabilidades (SCALET; LOW, 2001). A
realização e a concretização efetiva desse planejamento é um ciclo retroalimentado de aprendizado, onde as constantes
atividades fazem com que toda a organização melhore sua competência e capacitação na formulação das estratégias
organizacionais, o que exige a integração da tecnologia da informação e dos negócios. Esse ciclo deve ter o planejamento dos
sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática alinhado aos negócios para a busca de vantagens
competitivas e de inteligência organizacional, utilizando os amplos recursos da tecnologia da informação, o que retrata o
sucesso da implementação e da avaliação dos seus resultados (BRANSON, 2000; MINTZBERG; QUINN, 2001).
Os detalhes relatados sobre a implementação e avaliação do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de
conhecimentos e da informática descrevem diversas observações, positivas e negativas, que devem ser consideradas nessa
atividade antes de sua execução. Os gestores das organizações devem observar os inúmeros problemas e limitações da
implementação e avaliação do planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática, como
alertas dos fatores de insucesso desse planejamento. Esses fatores reforçam a necessidade de adaptar os planejamentos à
realidade dos recursos da organização. Essas dificuldades e as respectivas implicações estratégicas da tecnologia da informação
e as demais considerações descritas sobre o planejamento dos sistemas de informação e dos sistemas de conhecimentos reiteram
a necessidade da relação dinâmica do alinhamento desse planejamento ao planejamento estratégico da organização. Isso vem ao
encontro das estratégias genéricas propostas por Mintzberg e Quinn (2001), que reiteram a importância da integração entre
gestão organizacional e gestão da tecnologia da informação (WILLIAMS, 2001).
O planejamento estratégico organizacional e o planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e
da informática ou tecnologia da informação devem estar integrados, ou seja, com as estratégias alinhadas e com sinergia entre
si. Os sistemas de informação e os sistemas de conhecimentos juntamente com tecnologia da informação devem desempenhar
um papel estratégico e agregar valores aos produtos ou serviços da organização, promovendo vantagem competitiva sobre seus
concorrentes com vistas a sua inteligência organizacional. O trabalho conjunto, harmonioso e competente relacionado com
estratégia organizacional e informação facilita muito o planejamento estratégico e a gestão integrada das respectivas tecnologias
da informação empregadas.
A integração dos planejamentos pode ser graficamente representada pela Figura 2.3. A parte superior apresenta o
planejamento estratégico organizacional (PE) que essencialmente desmembra os objetivos e as estratégias das funções
organizacionais: produção ou serviços (PROD SERV), comercial ou marketing (COM MKT), materiais ou logística (MAT
LOG), Financeira (FIN), recursos humanos (RH) e jurídico-legal (JL).
Os objetivos e as estratégias da organização direcionam o planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de
conhecimentos e da informática ou tecnologia da informação (Psici) ou o planejamento estratégico da tecnologia da informação
(Peti). O Psici ou Peti quando integrados, também subsidiam a elaboração dos objetivos e das estratégias da organização que a
disponibilização de informações e conhecimentos.
O Psici ou Peti basicamente planejará os sistemas de informação (SI operacionais, gerenciais e estratégicos), os sistemas de
conhecimentos (SC). A partir desses sistemas, organizará a necessidade da informática ou tecnologia da informação (TI) e seus
recursos (hardware, software, sistemas de telecomunicações e gestão de dados e informações) juntamente com a definição dos
perfis das pessoas ou dos recursos humanos coerentes com as propostas da organização.
Figura 2.3 Integração dos planejamentos.
Todas essas variáveis devem contemplar o princípio da sinergia, ou seja, coerên cia, integração e alinhamento vertical e
horizontal que é representado pelas flechas (↔?). Isso significa dizer que todos os sistemas que são planejados devem estar
relacionados com as estratégias e o planejamento estratégico organizacional (REZENDE, 1999).
A grande proliferação de equipamentos, de hardware e de software por toda a organização e também a difusão da tecnologia
da informação nos seus diversos níveis e negócios dá forte motivação para a elaboração de ambos os planejamentos.
O planejamento estratégico é a etapa inicial da gestão da tecnologia da informação nas organizações, em que se estabelecem
os propósitos básicos para que elas possam implantar sistemas computadorizados estáveis e de apoio à tomada de decisões.
Portanto, pode-se definir o planejamento estratégico da tecnologia da informação como parte integrante do planejamento
estratégico organizacional. Esses planejamentos têm o foco na gestão da organização para desenvolver planos de sistemas e
bases de dados, com a informação e os conhecimentos como recursos estratégicos, na definição de projetos e no
estabelecimento de prioridades de forma contínua. Nesse sentido, esses planejamentos constituem-se de ferramentas quotidianas
e vitais para os gestores da tecnologia da informação (CIOs) da organização.
Além de definir ou rever todos os componentes da diretriz organizacional (negócio, missão, visão ou cenários, valores ou
princípios, políticas e objetivos organizacionais), o planejamento estratégico e o planejamento dos sistemas de informação, dos
sistemas de conhecimentos e da informática ou tecnologia da informação também criam oportunidades de identificar funções
duplicadas, apontar problemas e principalmente, oportunidades. Também visam fornecer uma boa base para o desenvolvimento
de estratégias de recursos humanos, software, hardware, sistemas de telecomunicações, gestão de dados e informações.
Os objetivos do planejamento estratégico organizacional com o uso da tecnologia da informação devem ser, entre outros:
investigar as oportunidades de ganho e as vantagens competitivas por meio do melhor uso de tecnologias; estabelecer objetivos
e fatores críticos de sucesso para a organização; facilitar a consecução dos objetivos organizacionais mediante a análise de seus
fatores críticos de sucesso; determinar quais as informações e conhecimentos que podem auxiliar a gestão a realizar melhor seu
trabalho; priorizar o uso da tecnologia da informação em função das necessidades, prioridades e capacidades da organização;
criar um modelo funcional e de dados do negócio, de modo que permita à alta administração visualizar o negócio em termos dos
objetivos, funções, informações, fatores críticos de sucesso e estrutura organizacional; contribuir efetivamente com a
inteligência organizacional (REZENDE; ABREU, 2013).
O aprofundamento e amadurecimento dessa integração dos planejamentos originaram o modelo de alinhamento estratégico
dos planejamentos (REZENDE, 2002).
Nesse desenho pode ser observado que o alinhamento estratégico entre os planejamentos acontece quando é sustentado
pelos coerentes, adequados e essenciais recursos sustentadores: tecnologia da informação, sistemas de informação e sistemas de
conhecimentos, pessoas ou recursos humanos e contexto ou infraestrutura organizacional.
Os esforços centralizam-se em três dimensões: planejamento estratégico de tecnologia da informação (Peti) e de seus
recursos e ferramentas; planejamento estratégico organizacional (PE) e de seus negócios empresariais ou atividades públicas; e
recursos sustentadores do alinhamento Peti ao PE.
As dimensões do modelo são desmembradas em construtos. O conjunto de construtos foi dividido em cinco partes:
tecnologia da informação; sistemas de informação e sistemas de conhecimentos; pessoas ou recursos humanos; contexto ou
infraestrutura organizacional e alinhamento estratégico entre Peti e PE. E cada construto é formado pelas respectivas variáveis
do modelo, as quais de fato sustentam o alinhamento estratégico do Peti ao PE.
A dimensão do Peti fornece a visão geral de conceitos, modelos, métodos e ferramentas de tecnologia da informação
necessárias para facilitar a estratégia de negócios e suportar as decisões, as ações empresariais e os respectivos processos da
organização. Além de relatar as configurações da tecnologia da informação (software, hardware, sistemas de comunicação e
recursos de gestão de dados e informação), descreve também sobre a estrutura estratégica, tática e operacional das informações
organizacionais, os sistemas de informação e sistemas de conhecimentos, as pessoas envolvidas e a infraestrutura necessária.
A dimensão do PE fornece uma visão geral de conceitos, modelos, métodos e instrumentos de como fazer acontecer à
estratégia de negócios empresariais ou atividade pública. Ela possibilita uma clara e adequada compreensão da situação
organizacional atual e proposta, contemplando o seu ambiente interno e externo. Pode relatar também as ameaças,
oportunidades, potenciais, fatores críticos de sucesso, atuação no mercado, satisfação dos clientes, estrutura organizacional,
competências essenciais, capacitação dos recursos humanos e outros fatores fundamentais para a atuação organizacional.
A dimensão dos “recursos sustentadores do alinhamento Peti ao PE” fornece uma visão geral das atividades, variáveis e
fatores que facilitam o referido alinhamento. Essa dimensão é composta pelos quatro construtos: tecnologia da informação,
sistemas de informação e sistemas de conhecimentos, pessoas ou recursos humanos e contexto ou infraestrutura organizacional.
Os construtos estão organizados em suas respectivas variáveis. O construto “alinhamento estratégico entre Peti e PE”
contempla as variáveis: sinergia das funções empresariais; adequação das tecnologias disponíveis; gestão dos planejamentos
Peti e PE; inteligência competitiva e inteligência organizacional.
O construto “tecnologia da informação (TI)” envolve as variáveis: hardware; software; sistemas de telecomunicação; e
gestão de dados e informação. O construto “sistemas de informação e sistemas de conhecimentos (SI)” envolve as variáveis: SI
operacionais; SI gerenciais; SI estratégicos; e sistemas do conhecimento. O construto “pessoas ou recursos humanos (RH)”
envolve as variáveis: valores e comportamentos; perfil profissional; competências e capacitação; plano de trabalho;
planejamento informal participativo; comunicação e relação; multiequipe e parcerias; clima, ambiente e motivação; vontade e
comprometimento; e consciência e participação efetiva.
E finalmente o construto “contexto ou infraestrutura organizacional (CO)” envolve as variáveis: imagem institucional;
domínio do negócio e preocupação com resultados; missão, objetivos e estratégias; modelos decisórios; processos e
procedimentos; e metodologia ou processo formal de planejamento; cultura, filosofia e políticas empresariais; estrutura
organizacional departamental; investimento e custos; e infraestrutura organizacional.
Para estabelecer a integração e o alinhamento dos planejamentos nas organizações públicas ou no governo (federal, estadual
ou municipal), é necessário considerar esses dois projetos: planejamento estratégico público e planejamento de informações
públicas (REZENDE, 2005; REZENDE; CASTOR, 2006). Para tanto, os sistemas de informações e de conhecimentos
empresariais serão substituídos pelos sistemas de informações públicas e pelos sistemas de conhecimentos públicos; na
tecnologia da informação, os conceitos de governança eletrônica (e-gov) são contextualizados; e o perfil profissional contempla
os servidores públicos e os cidadãos. Em ambos os planejamentos são enfatizados os serviços públicos e seus respectivos
objetivos públicos e consequentemente as estratégias e ações pertinentes integradas.
Uma vez discutidos os conceitos e os modelos de integração e de alinhamento estratégico do planejamento dos sistemas de
informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática ou tecnologia da informação e do planejamento estratégico, uma
metodologia para sua implementação nas organizações se faz necessária.
3
Adequação, dinamismo e inteligência são requisitos inexoráveis para elaborar com êxito projetos de planejamento nas
organizações. Para tanto, uma metodologia é requerida para a elaboração do Planejamento de Sistemas de Informação,
Conhecimentos e Informática (Psici) ou Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação (Peti).
Uma metodologia completa constitui-se de uma abordagem organizada para atingir um objetivo, por meio de passos
preestabelecidos. É um roteiro, um processo dinâmico e interativo para desenvolvimento estruturado de projetos, visando a
qualidade, produtividade e efetividade de projetos. A metodologia é um roteiro que permite o uso de uma ou várias técnicas por
opção dos desenvolvedores de um projeto. A metodologia deve auxiliar o desenvolvimento de projetos, de modo que estes
atendam de maneira adequada às necessidades do cliente ou usuário, com os recursos disponíveis e dentro de um prazo ideal
definido em conjunto com os envolvidos. Não deve limitar a criatividade profissional, mas deve ser um instrumento que
determine um planejamento metódico, que harmonize e coordene as áreas envolvidas. O que limita a criatividade não é a
metodologia, mas os requisitos de qualidade, produtividade e efetividade de um projeto. A metodologia deve ser de toda a
organização e para toda a organização, de maneira que seja elaborada e utilizada por todos. Ela deve ser amplamente discutida e
detalhadamente avaliada por todos na organização, ou seja, por uma equipe multidisciplinar. Também deve ser revisada,
atualizada e complementada na medida do desenvolvimento dos projetos.
As premissas da metodologia são a modularidade e sua própria existência, além da necessidade de uma equipe
multidisciplinar para o projeto. A modularidade não tolera o desenvolvimento de projetos sem metodologia. A segunda
premissa retrata que sempre um projeto deve ser desenvolvido com uma metodologia, mesmo que ainda não esteja fortemente
sedimentada.
Todo e qualquer projeto deve ser elaborado por meio de metodologia estruturada, moderna, inteligente e que ofereça
documentação completa. Toda organização deve ter uma metodologia, visando à efetividade, continuidade, perenidade,
segurança e transparência, aceita e implementada pelos gestores, clientes ou usuários e desenvolvedores de projetos, sistemas ou
software, sejam componentes internos da organização ou dos prestadores de serviços.
As justificativas do desenvolvimento de projetos por meio de metodologias devem ser formalizadas de modo que seus
produtos: forneçam a visão do estado do projeto a qualquer instante; sirvam como meio de comunicação entre os envolvidos;
indiquem o nível de participação de todos os envolvidos; detalhem nos níveis adequados aos interesses da equipe envolvida;
mantenham um histórico documental do projeto; sejam sempre bases para as fases e subfases seguintes. Todas essas
justificativas reiteram a importância de uma metodologia de desenvolvimento estruturado de projetos.
A metodologia requer seu desmembramento em fases, essas por sua vez em subfases, as quais geram um produto ou mais
produtos que devem ser avaliados e aprovados pela equipe do projeto. Pode-se generalizar o conceito de que “produto” é tudo
que é externado no desenvolvimento das subfases de um projeto. As subfases funcionam como guia básico e podem ser
ajustadas diferentemente para cada projeto ou organização, considerando para tal seus valores organizacionais, sua rea lidade e
tipo de organização, bem como a técnica e a filosofia a ser utilizada.
As avaliações do projeto são os momentos de apresentação e de aprovação para toda a equipe multidisciplinar do projeto,
para verificação do grau de satisfação e atendimento às necessidades e aos requisitos do projeto, obedecendo aos padrões de
qualidade, produtividade e efetividade estabelecidos. Principalmente o patrocinador e cliente ou usuário devem avaliar a
qualidade do projeto. A avaliação, revisão e aprovação devem ser elaboradas em todas as passagens das partes ou fases do
projeto, considerando: revisão da(s) partes ou fase(s) imediatamente anterior(es); apresentação dos produtos à gestão da
organização, ao patrocinador, aos gestores, aos clientes ou usuários e demais envolvidos; e deferimento formal dos envolvidos.
A documentação do projeto constitui-se na realização dele e nos relatórios, diagramas, papéis de trabalho e descrições
formais de cada produto elaborado nas respectivas subfases.
Como a metodologia é uma ferramenta de trabalho de toda a organização, suas fases e subfases devem ser elaboradas por
uma equipe multidisciplinar ou multifuncional atuando de forma interdisciplinar.
Em algumas organizações também são chamadas de comitês ou times de trabalho ou células de negócios. Como premissa,
essa equipe multidisciplinar reúne talentos de diversas áreas e funções da organização, somando conhecimentos para geração de
um produto consistente. Os prestadores de serviços devem enquadrar-se na metodologia estabelecida pela organização
contratante.
A equipe deve ser adequada para cada projeto e para cada organização, respeitando sua cultura, filosofia e políticas.
Todos os componentes devem possuir seus respectivos planos de trabalho, individuais e coletivos. As principais figuras ou
papéis de um projeto são: patrocinador, gestor, clientes ou usuários e executores:
O patrocinador do projeto (ou executivo principal) normalmente é o presidente da organização, um sócio, diretor ou um
gerente da função organizacional ligada ao “negócio” ou um representante do cliente da organização contratante. Tem alto
poder de decisão, formal e informal, que determina os objetivos específicos e os prazos. Possui forte influência política junto
aos outros diretores ou gerentes. Negocia planos de trabalho, datas, recursos humanos e materiais. Participa das principais
reuniões, aprovações e avaliação dos resultados e produtos do projeto.
O gestor do projeto é um cliente ou usuário diretamente ligado aos procedimentos operacionais e sistêmicos do projeto. É o
“dono” executivo do projeto. Deve ter poder de decisão. Tem participação direta e efetiva no projeto, em todas as reuniões e
aprovações e avaliação de todos os resultados e produtos. É responsável pela elaboração do projeto e pela gestão dos planos de
trabalho, datas, recursos humanos e materiais.
Recomenda-se que o gestor do projeto sempre seja um componente da equipe do cliente ou usuário, principalmente que
detenha conhecimento do negócio em questão. E que a Unidade de Tecnologia da Informação (ou organização contratada) fique
na posição de assessora ou prestadora de serviço, auxiliando e orientando a gestão do projeto. O cliente como gestor do projeto
tem mais força política na organização, facilitando a determinação dos prazos e dos recursos para o desenvolvimento do projeto,
gerando, com isso, mais satisfação e motivação no projeto.
Essa equipe é composta por técnicos do “negócio”, engenheiros, assistentes e auxiliares. Deve contemplar pelo menos um
representante de cada função organizacional. São os executores das atividades operacionais planejadas para elaboração do
projeto.
Pode existir no projeto mais de uma equipe cliente, principalmente quando serão atribuídas atividades especiais ou
predefinidas por um tempo limitado.
Ainda podem aparecer outros componentes para grandes projetos, tais como gestor técnico, assessores externos e outros
especialistas.
O gestor técnico normalmente está diretamente ligado aos procedimentos técnicos da tecnologia da informação do projeto
em questão e pode ser o responsável pelo apoio em tecnologia da informação à equipe. Os assessores externos podem dar
suporte a uma determinada atividade necessária no projeto, relacionada ao negócio ou as funções organizacionais. O especialista
pode ser um engenheiro do conhecimento com domínio em particular em um negócio determinado ou em uma ferramenta
específica dos recursos da tecnologia da informação.
Essa equipe pode ser modificada ao longo do andamento do projeto para ajustar ou redirecionar os seus objetivos e
resultados.
Um projeto deve conter uma estrutura flexível, mas alguns componentes mínimos podem ser sugeridos. Nesse caso, cada
item deve ser descrito, deixando claros seus objetivos para facilitar a compreensão dos produtos que devem ser gerados.
O projeto pode ser dividido em (três) grandes partes: capa do projeto; apresentação do projeto e da organização;
desenvolvimento do projeto.
Para projetos em organizações, a capa do projeto deve apresentar pelo menos o nome da organização, o nome do projeto, o
local e a data da realização.
Para trabalhos acadêmicos, a capa do projeto deve apresentar o nome da instituição, do curso, da disciplina, do professor,
dos alunos e respectivos números. Também pode constar o nome do projeto, o nome da organização e dos responsáveis pelas
informações (se for um trabalho real ou estudo de caso) ou então, a anotação “trabalho intuitivo – exercício”. E finalmente o
local e a data da realização.
Nas primeiras páginas do projeto recomenda-se elaborar uma apresentação da organização, como seus dados cadastrais, tipo
de negócio e mercado que atua. Como opção, um histórico da organização, o nome do corpo diretivo ou composição societária,
descrição do produto ou serviço etc.
Também é oportuno descrever um contexto atual da tecnologia da informação na organização e um contexto ou cenário
desejado, explicitando o que a organização e seus gestores esperam do projeto, destacando seus pontos positivos e eventuais
pontos negativos.
Nesse tipo de projeto não é necessário obedecer fielmente às regras da ABNT, porém um sumário deve ser elaborado,
incluindo o número das respectivas páginas (de – até).
Também se recomenda um resumo do projeto.
É opcional no final do projeto estabelecer uma conclusão ou descrever reflexões finais com pareceres dos componentes da
equipe multidisciplinar.
O desenvolvimento do projeto apresenta e descreve todas as suas partes, fases e subfases, onde são gerados e aprovados seus
respectivos produtos.
3.4 Partes e fases da metodologia do projeto
Algumas organizações preferem elaborar o projeto estruturado pelas partes sugeridas. Outras elaboram o projeto com as
subfases agrupadas por finalidade, tais como: organizar o projeto; identificar e avaliar determinados itens; propor ou planejar
determinados itens; executar o planejamento; e outras. É possível, também, elaborar os produtos como versões e “lapidá-los”
nas discussões e aprovações das equipes.
As fases ou etapas, subfases e tarefas podem ser adequadas, complementadas ou suprimidas de organização para
organização e de projeto para projeto.
O nível de detalhamento de cada subfase deve ser determinado pela equipe multidisciplinar do projeto, de acordo com o
grau de necessidade da organização e do momento que ela se encontra.
Para a elaboração de algumas fases recomenda-se a criação de formulários para documentar as respectivas atividades. Esses
formulários podem conter: nome da organização; nome do documento; responsável (eis) pelo preenchimento; data da
elaboração ou referência; e respectivos campos a serem preenchidos.
Ao final de cada subfase recomenda-se a elaboração de quadros-resumos (sintéticos ou gerais) que têm como objetivo
principal a apresentação para a alta administração da organização, a qual frequentemente não dispõe de muito tempo para o
acompanhamento e as aprovações do projeto.
A fase 0 (zero) versa sobre a preparação ou planejamento do projeto de Planejamento de Sistemas de Informação,
Conhecimentos e Informática (Psici) ou Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação (Peti). Suas subfases
essencialmente propõem organizar e divulgar o projeto, bem como, capacitar os envolvidos na metodologia adotada pela
organização privada ou pública. Essas subfases ou atividades, apesar de opcionais, devem ser elaboradas antes das demais
partes e fases do projeto.
Pode-se relacionar a fase 0 com as fases ou processos de iniciação e planejamento do PMBOK/PMI™.
Nas organizações privadas ou públicas todos os projetos deveriam ser iniciados com a fase 0 incluindo, por exemplo, os
projetos de planejamento estratégico da organização, plano de negócios, planejamento de informações, sistema de informação,
sistemas de conhecimentos, tecnologia da informação, busca de consumidores, recuperação de clientes, manutenção industrial,
qualidade de serviços, entre outros projetos. As organizações que aceitam, entendem e praticam os conceitos e preceitos de
inteligência empresarial ou organizacional (ver 1.1.9, Inteligência organizacional) elaboram projetos contemplando a fase 0.
No projeto Psici ou Peti, a fase 0 pode ser formalizada por meio de suas subfases. As subfases podem ser elaboradas
sequencial ou concomitantemente, mas sempre coletiva e participativamente.
A parte 2 do projeto está relacionada com a revisão, complementação ou elaboração do Planejamento Estratégico (PE) ou
Plano de Negócios (Business Plan) da organização privada ou pública (REZENDE, 2015).
Se o planejamento estratégico organizacional estiver elaborado e atualizado, as subfases dessa parte estão praticamente
prontas, bastando copiar e ajustar. Se estiver desatualizado ou não existir, o planejamento estratégico organizacional deverá ser
elaborado antes do projeto Peti, para que possa ter integração e alinhamento entre os dois planejamentos.
Para facilitar a elaboração dessa fase, vide Capítulo 1, Planejamento estratégico organizacional. Pode-se enfatizar a
elaboração ou revisão dos quatro componentes essenciais do planejamento estratégico organizacional: problemas; objetivos;
estratégias; e ações (ver 1.3.5, Primeira versão do planejamento estratégico organizacional).
A parte 3 do projeto está relacionada com a complementação do planejamento estratégico elaborado na organização e com a
identificação, modelagem e mapeamento de informações e de conhecimentos organizacionais.
Função organizacional:
Módulo ou subsistema:
Informações estratégicas
Informações gerenciais
Informações operacionais
Quando a organização possui um banco de dados com os campos (ou elementos de dados) bem estruturados e refletindo as
informações operacionais, uma opção para tornar essa atividade mais dinâmica é elaborar o Modelo de Informações
Organizacionais com apenas as informações inexistentes ou desejadas, ou seja, excepcionalmente relacionar as exceções. Nesse
caso, o dicionário de dados do respectivo banco de dados deve ser listado e anexado no projeto.
É importante lembrar que não se deve focar nos sistemas existentes, pois há uma tendência de copiar suas informações.
Deve-se focar na necessidade de informações, independente de sua existência e de sua dificuldade de obtê-las.
Elaborar o Modelo de Informações Organizacionais descrevendo todas as informações necessárias. Dar atenção especial
para as informações estratégicas e gerenciais e também para as informações oportunas e personalizadas.
Ver conceitos e exemplos na seção 2.6, Modelo de informações e mapas de conhecimentos.
Por opção, antes de modelar as informações organizacionais, pode-se elaborar uma lista de atividades ou processos
organizacionais para facilitar o entendimento e a estruturação dos módulos ou subsistemas da organização. Para tanto, é
sugerido o seguinte esquema:
1. Nome da atividade 1
2. Nome da atividade 2
n. Nome da atividade n
As atividades ou processos organizacionais podem ser formalizados por meio de frases curtas, com verbo no infinitivo,
expressando o que é feito, e por opção, como é feito as referidas atividades ou processos organizacionais em uma determinada
Unidade Departamental ou Função Organizacional. Esses exemplos podem facilitar o entendimento dessa listagem: atender
pessoa física ou jurídica; receber documentos; avaliar documentos; registrar dados cadastrais; distribuir materiais; imprimir
documentos etc.
Dessa forma, cada uma ou um conjunto de atividades ou processos organizacionais pode se converter em um módulo ou
subsistema de uma função organizacional.
Função organizacional:
Módulo ou subsistema:
Conhecimentos estratégicos
Conhecimentos gerenciais
Conhecimentos operacionais
A parte 4 está direcionada para a identificação e para análise de todos os atuais sistemas de informação e de conhecimentos
da organização.
Como consequência, serão ajustados ou propostos e planejados novos sistemas de todos os tipos e níveis.
A parte 5 está direcionada para a identificação e para a análise de todos os recursos atuais da tecnologia da informação da
organização.
Como consequência, serão ajustados ou propostos e planejados novos recursos tecnológicos necessários para atender a todos
os sistemas propostos.
A parte 6 está direcionada para a análise dos atuais perfis de recursos humanos da organização.
Como consequência, serão capacitadas as pessoas ou serão propostos e planejados novos perfis de recursos humanos
necessários para atender a todos os sistemas propostos e toda a tecnologia da informação proposta.
A sétima parte está direcionada para a priorização, avaliação e custeio do projeto, a partir da avaliação e planejamento dos
sistemas, da tecnologia da informação e dos recursos humanos. Na prática, nesse momento o projeto Peti propriamente dito já
está planejado.
A parte 8 está direcionada para a execução do projeto propriamente dito, a partir de toda a elaboração do projeto. Nesse
momento o projeto deve ser colocado em prática e iniciada a sua segunda versão.
A parte 9 do projeto deve ser elaborada juntamente em todas as outras fases, ou seja, no início, no desenvolvimento e na
conclusão.
Tal como a parte 1, essas atividades da parte 9 são vitais para o sucesso do projeto. A parte 9 também pode ser
complementada com fase 0 do projeto (ver
3.5, Parte 1. Elaborar fase 0 do projeto).
O planejamento da tecnologia da informação e da cidade digital estratégica, incluindo governo eletrônico e seus recursos
tecnológicos, também pode se constituir em instrumento complementar de gestão competente de municípios, prefeituras e
organizações públicas municipais. O planejamento estratégico do município deve ser complementado pelo planejamento de
informações municipais, de sistemas de informações e dos recursos da tecnologia da informação.
Para elaboração do planejamento da tecnologia da informação e da cidade digital estratégica, é relevante discutir
coletivamente seu significado integrado, adotar um conceito e vivenciar o conceito adotado.
Cidade digital estratégica pode ser entendida como a aplicação dos recursos da tecnologia da informação na gestão do
município e também na disponibilização de informações e de serviços aos munícipes ou cidadãos. Tem como base os objetivos
e as estratégias da cidade e não da prefeitura.
É um projeto mais abrangente que apenas oferece Internet para os cidadãos por meio de recursos convencionais de
telecomunicações. Vai além de incluir digitalmente os cidadãos na rede mundial de computadores, pois os projetos abrangentes
incluem: sistemas de informações para a gestão municipal e para os serviços aos cidadãos; e também sistemas de segurança
municipal.
Os textos clássicos relacionam a cidade digital com a coleta, estruturação e disponibilização de informações por meios
digitais para que os cidadãos possam interagir entre si e com o governo, interligando-os na rede digital de um determinado
território. Posteriormente, essa rede pode possibilitar a integração de recursos tecnológicos e disponibilizar serviços públicos e
respectivas informações em diferentes realidades virtuais ampliadas do espaço urbano e rural. Os referidos serviços municipais
podem facilitar a vida dos cidadãos em termos de tempo, espaço e até de qualidade de informações, possibilitando inclusive
ampliar a participação do cidadão na gestão do município.
Para sua implantação adequada, exige a elaboração dos projetos: planejamento estratégico do município (PEM) com os
objetivos e estratégias do município por meio das funções ou temáticas municipais; planejamento de informações municipais
(PIM); e planejamento da tecnologia da informação (PTI) do município, prefeitura e organizações públicas municipais
envolvidas. Os modelos de informações das funções ou temáticas municipais são os principais produtos do projeto PIM que são
pré-requisitos para o planejamento dos sistemas de informações (SI) e sistemas de conhecimentos (SC) municipais e respectivos
perfis de recursos humanos necessários (RH), sejam dos gestores locais, dos servidores municipais ou dos munícipes ou
cidadãos. O projeto PTI possibilitará o planejamento dos respectivos serviços municipais oferecidos pelo município aos
munícipes ou cidadãos e dos recursos da tecnologia da informação (TI). Essas integrações (↔?) dos projetos municipais podem
ser observadas na Figura 4.1, Modelo de cidade digital estratégica.
O modelo de cidade digital estratégica proposto deve ser estudado, discutido, planejado e implantado de “cima para baixo”.
Porém, por opção do município, pode ser implantado de forma segmentada ou parcial.
Quando a tecnologia da informação é aplicada na gestão pública (nas esferas do governo federal, estadual ou municipal),
pode ser chamada de governo eletrônico (e-gov). Assim, o governo eletrônico pode ser entendido como a aplicação dos recursos
da tecnologia da informação (TI) ou da tecnologia da informação e comunicação (TIC) na gestão pública e nas políticas das
organizações federais, estaduais e municipais, incluindo a prefeitura e as organizações públicas municipais.
Pode envolver ações de governo para governo ou de governo para com a sociedade e seus munícipes ou cidadãos (e vice-
versa), disponibilizando informações públicas em meios eletrônicos.
Para implementação do governo eletrônico é necessário planejamento participativo e envolvimento dos interessados nos
projetos municipais. Também são necessários os recursos de informática, tais como: sistemas de telecomunicações, redes de
computadores, softwares específicos relacionados com Internet, bancos de dados e outros recursos tecnológicos. Os sistemas de
informações podem ser expressos por meio de portais ou cidades digitais onde os gestores locais, servidores municipais,
munícipes ou cidadãos recebem e enviam informações que podem ser compartilhadas de formas oportunas e personalizadas.
Essas tecnologias envolvem profundas mudanças organizacionais e culturais. Ainda, não podem ser considerados produtos
acabados, pois estão sempre em franco desenvolvimento participativo.
Essas perspectivas e exigências podem facilitar a inteligência pública no cumprimento da missão, no alcance dos seus
objetivos e na realização das estratégias municipais.
Para elaboração adequada do projeto de planejamento da tecnologia da informação e da cidade digital estratégica uma
efetiva metodologia é requerida.
Tal como a metodologia para o planejamento estratégico do município e para planejamento de informações municipais, a
metodologia do projeto de planejamento da tecnologia da informação e da cidade digital estratégica pode se constituir em uma
abordagem organizada para alcançar o sucesso do projeto por meio de passos preestabelecidos ou roteiro.
Da mesma forma, a referida metodologia deve ser de e para todo o município, prefeitura e organizações públicas municipais
envolvidas, de maneira que seja entendida e utilizada por todos. Ela deve ser amplamente discutida e detalhadamente avaliada
por todos, ou seja, por uma equipe multidisciplinar ou comitê gestor. Também deve ser revisada, atualizada e complementada
na medida do desenvolvimento do projeto de planejamento da tecnologia da informação e da cidade digital estratégica.
O projeto de planejamento da tecnologia da informação e da cidade digital estratégica (PTI-CD) deve estar alinhado com os
projetos de planejamento estratégico do município e de planejamento de informações municipais (incluindo os sistemas de
informações e conhecimentos municipais).
A metodologia é composta pelas partes e fases do projeto de planejamento de informações municipais adicionando a
avaliação e planejamento da tecnologia da informação e seus recursos de infraestrutura paralela da cidade digital estratégica.
Esta parte do projeto está direcionada para a identificação e para a análise de todos os serviços municipais oferecidos pelo
município, prefeitura e organizações públicas municipais envolvidas.
O plano de trabalho para avaliar os serviços municipais implica no planejamento da identificação de todos os serviços
municipais oferecidos pelo município, prefeitura e organizações públicas municipais envolvidas.
Esse plano pode ser desmembrado nas etapas: preparação e controle; realização do levantamento de dados e identificação
dos serviços municipais; análise e interpretação desses serviços; e conclusão e documentação. A primeira etapa requer um plano
de trabalho para a equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto. As técnicas de levantamento de dados, tais como:
observação pessoal, questionário, entrevista, seminário e pesquisa, podem ser empregadas para essa atividade.
Elaborar o plano de trabalho para levantamento dos serviços municipais que contemple atividades de forma coletiva e
individual, definindo tarefas, responsáveis, prioridade, tempo (datas de início e fim), recursos necessários e status.
Todos os serviços municipais devem ser descritos e detalhados para que sejam conhecidos e avaliados.
A descrição dos serviços municipais pode apresentar os seguintes itens: nome, tipo ou classificação, objetivo,
características, cidadãos, clientes ou usuários, fornecedor, problemas, documentações e outros detalhes. Essa descrição deve
atender os níveis de detalhamento de acordo com os padrões exigidos pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto e
com o grau de necessidade do município e principalmente dos munícipes ou cidadãos. Os respectivos manuais organizacionais
podem contribuir na elaboração dessa atividade.
A avaliação dos serviços municipais deve considerar os sistemas de informação e de conhecimentos municipais propostos,
os recursos da tecnologia da informação disponíveis e os aspectos legais pertinentes.
Elaborar a descrição e a avaliação formal de todos os serviços municipais do município, prefeitura e organizações públicas
municipais envolvidas.
Uma vez que todos os serviços municipais do município, prefeitura e organizações públicas municipais envolvidas foram
identificados e descritos, os mesmos devem ser sumariados em um quadro demonstrativo.
Esse resumo é elaborado para fins de apresentação pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto e para aprovação
final do município.
Elaborar um quadro-resumo dos serviços municipais do município distribuindo os mesmos nos diversos tipos ou
classificações optados pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto. Tais classificações podem ser por tipo,
quantidades, cidadãos, clientes ou usuários, funções ou temáticas municipais, unidades departamentais envolvidas, fornecedores
ou prestadores de serviços.
No projeto de planejamento da tecnologia da informação e da cidade digital estratégica, a avaliação dos serviços
municipais deve contemplar a identificação, a descrição e a avaliação de todos os serviços existentes no município, na prefeitura
e nas organizações públicas municipais envolvidas.
As estratégias dos serviços municipais devem estar alinhadas com os objetivos e estratégias municipais, com as
informações, sistemas de informações e conhecimentos municipais e com os recursos da tecnologia da informação disponíveis.
Compreende as atividades dos vários conjuntos de regras de decisão para orientar o comportamento dos referidos serviços
municipais oferecidos.
O desenvolvimento dessas estratégias deve considerar principalmente o planejamento dos sistemas de informação e de
conhecimentos municipais propostos, bem como contemplar a avaliação formal de todos os serviços municipais avaliados.
As estratégias dos serviços municipais devem observar a visão dos gestores locais quanto aos serviços municipais
oferecidos e devem contribuir com a sua inteligência pública.
Definir e descrever as estratégias dos serviços municipais do município, prefeitura e organizações públicas municipais
envolvidas.
A partir da definição das estratégias dos serviços municipais, tais serviços devem ser formalizados em documentos
pertinentes.
A formalização dos serviços municipais pode apresentar os seguintes itens: nome, tipo ou classificação, objetivo,
características, cidadãos, clientes ou usuários, funções ou temáticas municipais, fornecedores ou prestadores de serviços,
desafios ou problemas pertinentes, componentes necessários de tecnologia da informação, de infraestrutura paralela e de
recursos humanos, documentações e outros detalhes. Essa descrição deve atender os níveis de detalhamento de acordo com os
padrões exigidos pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto e com o grau de necessidade do município e
principalmente dos munícipes ou cidadãos.
As técnicas e ferramentas formais ou informais de Organização e Métodos (O&M) podem contribuir na formalização dos
serviços municipais, tais como: formulários ou documentos específicos, diagramas, relatórios ou descrições formais, atas e
outros recursos.
Elaborar a formalização de todos os serviços municipais necessários para os munícipes ou cidadãos do município.
Uma vez que todos os serviços municipais foram formalizados a partir de suas estratégias, esses detalhes devem ser
sumariados em um quadro demonstrativo.
Esse resumo é elaborado para fins de apresentação pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto e para aprovação
final do município.
Elaborar um quadro-resumo dos serviços municipais oferecidos pelo município, prefeitura e organizações públicas
municipais envolvidas.
No projeto de planejamento da tecnologia da informação e da cidade digital estratégica, o planejamento dos serviços
municipais deve contemplar a identificação, estratégias e formalizações de todos os serviços municipais existentes no
município, na prefeitura e nas organizações públicas municipais envolvidas.
Essa parte do projeto está direcionada para a identificação e para a análise de todos os recursos atuais da tecnologia da
informação do município, prefeitura e organizações públicas municipais envolvidas.
Como consequência, serão ajustados ou propostos e planejados novos recursos tecnológicos necessários para atender todas
as informações e conhecimentos municipais e todos os sistemas municipais propostos para funcionamento efetivo da cidade
digital estratégica.
O plano de trabalho para avaliar a tecnologia da informação implica no planejamento da identificação de todos os seus
recursos existentes no município, prefeitura e organizações públicas municipais envolvidas.
Esse plano pode ser desmembrado nas etapas: preparação e controle; realização do levantamento de dados e identificação da
tecnologia da informação; análise e interpretação desses recursos tecnológicos; e conclusão e documentação. A primeira etapa
requer um plano de trabalho para a equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto. As técnicas de levantamento de dados,
tais como observação pessoal, questionário, entrevista, seminário e pesquisa, podem ser empregadas para essa atividade.
Elaborar o plano de trabalho para levantamento da tecnologia da informação que contemple atividades de forma coletiva e
individual, definindo tarefas, responsáveis, prioridade, tempo (datas de início e fim), recursos necessários e status.
Todos os recursos da tecnologia da informação existentes devem ser identificados e conhecidos. Essa atividade contempla
os seus componentes: hardware; software; sistemas de telecomunicação; gestão de dados e informação.
O software refere-se aos recursos programáveis, tais como: software de base ou operacionais, utilitários, linguagens, de
Internet, de automações bancárias, industriais, comerciais, de escritório e outros, exceto aplicativos municipais que são
considerados sistemas de informações municipais.
O hardware refere-se aos computadores, impressoras e seus respectivos dispositivos e periféricos e acessórios.
Os sistemas de telecomunicação referem-se aos recursos de comunicações (redes) ou transferência de dados entre os
dispositivos de hardware ou entre os programas computacionais (software) e sistemas de informação.
A gestão de dados e informação refere-se às atividades de guarda (cópias) e recuperação de dados, controle de acesso
(senhas) e níveis de navegação nas informações.
Essa atividade de identificação de toda a tecnologia da informação do município, prefeitura e organizações públicas
municipais envolvidas também é conhecida ou chamada de “parque da tecnologia da informação ou de informática do
município”.
Elaborar uma lista, tabela ou mapas (diagramas, licenças e garantias) dos recursos atuais da tecnologia da informação
distribuindo os mesmos nos diversos tipos ou classificações optados pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto.
Todo hardware identificado deve ser descrito e detalhado para que seus respectivos periféricos sejam conhecidos e
avaliados.
A descrição do hardware faz parte do inventário da tecnologia da informação e pode apresentar os seguintes itens: nome,
finalidade, quantidade, tipo, características, configuração, arquitetura, topologia, cidadãos, clientes ou usuários, fornecedor,
problemas, documentações e outros detalhes. Essa descrição deve atender os níveis de detalhamento de acordo com os padrões
exigidos pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto e com o grau de necessidade do município. Os respectivos
manuais organizacionais podem contribuir na elaboração dessa atividade.
A avaliação do hardware deve considerar os sistemas de informação e de conhecimentos municipais propostos e os aspectos
legais pertinentes.
Elaborar a descrição e a avaliação formal de todo o hardware do município, prefeitura e organizações públicas municipais
envolvidas.
Todos os sistemas de telecomunicação identificados devem ser descritos e detalhados para que seus respectivos recursos
sejam conhecidos e avaliados.
A descrição dos sistemas de telecomunicação faz parte do inventário da tecnologia da informação e pode apresentar os
seguintes itens: nome, finalidade, quantidade, tipo, características, configuração, arquitetura, topologia, cidadãos, clientes ou
usuários, fornecedor, problemas, documentações e outros detalhes. Essa descrição deve atender os níveis de detalhamento de
acordo com os padrões exigidos pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto e com o grau de necessidade do
município. Os respectivos manuais organizacionais podem contribuir na elaboração dessa atividade.
A avaliação dos sistemas de telecomunicação deve considerar os sistemas de informação e de conhecimentos municipais
propostos e os aspectos legais pertinentes.
Elaborar a descrição e a avaliação formal de todos os sistemas de telecomunicação do município, prefeitura e organizações
públicas municipais envolvidas.
Toda a gestão de dados e informação identificada deve ser descrita e detalhada para que seus respectivos recursos sejam
conhecidos e avaliados.
A descrição da gestão de dados e informação faz parte do inventário da tecnologia da informação que contempla a forma de
elaboração da guarda (cópias), da recuperação dos dados, do controle de acesso (senhas) e dos níveis de navegação nas
informações.
Para a guarda de dados a descrição pode apresentar os seguintes itens: nome, forma, finalidade, horário, dias semanais,
locais, dispositivos, quantidades, volumes, tipos, características, configuração, responsável, fornecedor, arquitetura, topologia,
problemas, documentações e outros detalhes.
Para recuperação de dados a descrição pode apresentar os mesmos itens da guarda de dados.
Para controle de acesso ao uso da tecnologia da informação a descrição pode apresentar os seguintes itens: nome, finalidade,
forma de acesso (login), tipo de senha, esquema de autenticação, alçada ou direcionamento, características, problemas,
documentações e outros detalhes.
Para controle dos níveis de navegação nas informações a descrição pode apresentar os seguintes itens: nome, forma,
finalidade, tipo, alçada ou direcionamento, sistemas, características, cidadãos, clientes ou usuários, problemas, documentações e
outros detalhes.
A descrição deve atender os níveis de detalhamento de acordo com os padrões exigidos pela equipe multidisciplinar ou
comitê gestor do projeto e com o grau de necessidade do município. Os respectivos manuais organizacionais podem contribuir
na elaboração dessa atividade.
A avaliação da gestão de dados e informação deve considerar os sistemas de informação e de conhecimentos municipais
propostos e os aspectos legais pertinentes.
Elaborar a descrição e a avaliação formal de toda gestão de dados e informação do município, prefeitura e organizações
públicas municipais envolvidas.
As políticas dos recursos componentes da tecnologia da informação contemplam as atividades dos planos de contingência,
logística, segurança e auditoria. As políticas podem ser interpretadas como regras gerais do município, as quais dependem de
seus procedimentos e respectivas normas ou regras. As regras de tecnologia da informação devem contemplar as normas e
padrões técnicos operacionais para software, documentações e gestão de projetos.
Um plano de contingência contempla as alternativas para a execução dos sistemas de informação e de conhecimentos do
município e para o completo funcionamento dos recursos da tecnologia da informação necessários para o processamento dos
respectivos dados. As alternativas podem ser manuais ou eletrônicas e em outro ambiente de hardware e software, interno ou
externo ao local físico atual. Fazem parte do plano de contingência os acordos com organizações correlatas, os contratos com
prestadores de serviços e fornecedores, no que diz respeito ao atendimento, suporte, substituição de equipamentos, de soluções
etc.
A logística da tecnologia da informação compreende os recursos necessários para sua guarda, transporte, distribuição e
manutenção.
A segurança da tecnologia da informação compreende os atos e as atividades pertinentes a guarda e recuperação de dados,
controle de acesso aos equipamentos e tratamento dos níveis de navegação das informações. Mas também está relacionada com
a logística e a auditoria dos recursos da tecnologia da informação, bem como a segurança organizacional, mobiliária, ambiental,
física, lógica e outras.
A auditoria da tecnologia da informação pode ser elaborada por atividades manuais ou por softwares específicos ou
convencionais (auditoria eletrônica), procurando gerar alertas e armazenar todas as operações elaboradas pelos usuários, logs
(in, de banco de dados, de comunicações, out e accounting, de rastreamentos), as tentativas de fraudes, de acessos não
permitidos, de manipulações em arquivos e outras checagens. Também pode ser utilizada como fechamento de valores, como
instrumento de suporte entre sistemas operacionais e sistemas comerciais, como fiscalizador de operadores de sistemas, relator
de falhas eletrônicas, perdas de dados, alternativas de recuperação de dados e outras diversas vulnerabilidades em que é
envolvida a engenharia de software.
Elaborar a descrição e a avaliação formal das políticas dos recursos componentes da tecnologia da informação,
contemplando as atividades e normas pertinentes aos planos de contingência, logística, segurança e auditoria do município,
prefeitura e organizações públicas municipais envolvidas.
Uma vez que todos os recursos da tecnologia da informação do município, prefeitura e organizações públicas municipais
envolvidas foram identificados e descritos, os mesmos devem ser sumariados em um quadro demonstrativo.
Esse resumo é elaborado para fins de apresentação pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto e para aprovação
final do município.
Elaborar um quadro-resumo das políticas e dos recursos da tecnologia da informação do município distribuindo os mesmos
nos diversos tipos ou classificações optados pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto. Tais classificações podem
ser por: tipo, fornecedor, quantidades, cidadãos, clientes ou usuários, funções ou temáticas municipais, unidades departamentais
ou por uso operacional, gerencial ou estratégico.
No projeto de planejamento da tecnologia da informação e da cidade digital estratégica, a avaliação da tecnologia da
informação deve contemplar a identificação, a descrição e a avaliação de todos os recursos tecnológicos existentes no
município, na prefeitura e nas organizações públicas municipais envolvidas.
As estratégias dos componentes da tecnologia da informação devem estar alinhadas com os objetivos e estratégias
municipais, com as informações e sistemas de informações e conhecimentos municipais e com as estratégias e o modelo de
gestão da unidade da tecnologia da informação.
Compreende as atividades dos vários conjuntos de regras de decisão para orientar o comportamento dos referidos recursos,
ligados principalmente a postura de atuação e forma de gestão da unidade da tecnologia da informação.
O desenvolvimento dessas estratégias deve considerar principalmente o planejamento dos sistemas de informação e de
conhecimentos municipais propostos, bem como contemplar a avaliação formal de todos os recursos municipais da tecnologia
da informação.
As estratégias da tecnologia da informação devem observar a visão dos gestores locais quanto aos serviços públicos
municipais oferecidos e devem contribuir com a sua inteligência pública.
Ao implantar as referidas estratégias, deve-se elaborar a validação com as políticas, com as normas e padrões técnicos
operacionais e com estrutura organizacional da unidade da tecnologia da informação, por meio de procedimentos formalizados e
articuladores de resultados.
Definir e descrever as estratégias de estratégias dos componentes da tecnologia da informação do município, prefeitura e
organizações públicas municipais envolvidas.
As políticas dos componentes da tecnologia da informação contemplam as atividades relacionadas a todos os recursos
computacionais do município e também os respectivos planos de contingência, logística, segurança e auditoria.
As políticas podem ser interpretadas como regras gerais relacionadas com a tecnologia da informação do município, as quais
dependem de seus procedimentos e respectivas normas detalhadas. Estão direcionadas ao “o que” fazer em termos de
orientações ou parâmetros gerais.
Das estratégias e políticas do município e da unidade da tecnologia da informação são geradas as políticas dos recursos da
tecnologia da informação do município que têm ação mais direta nos processos, nas normas, nos procedimentos e nos fluxos
quotidianos.
Ao implantar as referidas políticas, deve-se elaborar a validação com as políticas, com as normas e padrões técnicos
operacionais e com a estrutura organizacional da unidade da tecnologia da informação. Essas políticas devem atender as
estratégias de tecnologia da informação, as estratégias da unidade da tecnologia da informação e as estratégias municipais.
Definir e descrever as políticas dos componentes da tecnologia da informação do município, prefeitura e organizações
públicas municipais envolvidas com seus respectivos procedimentos.
As políticas dos recursos da tecnologia da informação orientam as normas e padrões técnicos operacionais do município.
As normas e padrões técnicos operacionais relatam detalhadamente como as regras são aplicáveis no município, com ênfase
nas questões técnicas, incluindo inclusive regras para estruturação, para documentação e para gestão dos recursos
computacionais. Tais normas estão direcionadas ao “como” fazer em termos de orientações ou parâmetros gerais. Abrangem
também os manuais, os formulários de trabalho, os leiautes padrões de documentos tecnológicos e os aspectos legais
pertinentes. Podem também estar adequadas a uma determinada ferramenta de qualidade ou de norma técnica escolhida pelo
município.
Além dos requisitos descritos nas normas e padrões técnicos operacionais da unidade da tecnologia da informação, as
normas e padrões técnicos operacionais devem contemplar as exigências de compatibilidade entre software e hardware; o
sistema de atualização, instalação e manutenção de software e hardware (sejam de terceiros ou próprios); os critérios de
controle, segurança, auditoria e avaliação permanente de software e hardware; e os padrões das respectivas configurações
pertinentes de telecomunicações e gestão de dados e informações.
No que tange a gestão de dados e informações, a configuração deve contemplar regras para: controle de acesso aos
softwares e aos sistemas; controle dos níveis de acesso ou de navegabilidade (alçada) nos sistemas; forma de cópias de dados e
esquema de backup; forma de guarda de dados e esquema de segurança; e forma de recuperação de dados.
Definir e descrever as normas e padrões técnicos operacionais dos componentes da tecnologia da informação do município,
prefeitura e organizações públicas municipais envolvidas.
Uma vez que todos os componentes da tecnologia da informação foram identificados e descritos, tais componentes devem
ser configurados para atender as estratégias e as políticas da unidade da tecnologia da informação e principalmente os sistemas
de informação e de conhecimentos municipais propostos.
Essa atividade também é conhecida ou chamada de “parque da tecnologia da informação ou da informática municipal”. O
referido mapa pode ser separado ou classificado por: arquitetura, sistema operacional, software de apoio, utilitários, ferramentas
office, linguagens e outras tipologias.
A compatibilidade entre todos os recursos da tecnologia da informação do município deve ser observada. É importante dar
atenção especial aos recursos governo eletrônico, cidade digital estratégica e de automação (municipal, de escritórios e
bancária), onde os equipamentos e programas desses recursos nem sempre são compatíveis e eventualmente podem exigir
software intermediário para compatibilizar os mesmos.
A configuração do software, hardware e telecomunicações faz parte do inventário da tecnologia da informação e pode
apresentar os seguintes itens: nome, finalidade, quantidade, tipo, características, configuração, arquitetura, topologia, cidadãos,
clientes ou usuários, fornecedor, problemas, documentações e outros detalhes. Essa descrição deve atender os níveis de
detalhamento de acordo com os padrões exigidos pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto e com o grau de
necessidade do município.
Deve-se também considerar o equilíbrio entre o estado da arte e a realidade econômica e financeira do município.
Os diagramas (desenhos) e os respectivos manuais organizacionais podem contribuir na elaboração dessa atividade.
Elaborar a configuração formal de todos componentes da tecnologia da informação necessários para o município, prefeitura
e organizações públicas municipais envolvidas.
O plano de trabalho para levantamento da infraestrutura paralela da cidade digital estratégica implica no planejamento da
identificação de todos os recursos auxiliares para funcionamento da informática no município, prefeitura e organizações
públicas municipais envolvidas.
A infraestrutura paralela (ou de apoio) está relacionada com as necessidades de equipamentos e instalações elétricas,
mobiliárias, prediais, de transportes e de materiais, tais como: aterramentos, cabeamentos, antenas, salas, obras civis, ar-
condicionado e outros recursos ambientais, alarmes e outros recursos de segurança etc.
Esse plano pode ser desmembrado nas etapas: preparação e controle; realização do levantamento de dados e identificação da
infraestrutura paralela; análise e interpretação desses recursos; e conclusão e documentação. A primeira etapa requer um plano
de trabalho para a equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto. As técnicas de levantamento de dados, tais como:
observação pessoal, questionário, entrevista, seminário e pesquisa, podem ser empregadas para essa atividade.
Elaborar o plano de trabalho para levantamento da infraestrutura paralela da cidade digital estratégica que contemple
atividades de forma coletiva e individual, definindo tarefas, responsáveis, prioridade, tempo (datas de início e fim), recursos
necessários e status.
Toda a infraestrutura paralela da cidade digital estratégica identificada deve ser descrita e detalhada para que seja conhecida
e avaliada.
A descrição da infraestrutura paralela pode apresentar os seguintes itens: nome, finalidade, quantidade, tipo, características,
configuração, arquitetura, topologia, cidadãos, clientes ou usuários, fornecedor, período de manutenção, problemas,
documentações e outros detalhes. Essa descrição deve atender os níveis de detalhamento de acordo com os padrões exigidos
pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto e com o grau de necessidade do município. Os respectivos manuais
organizacionais podem contribuir na elaboração dessa atividade.
A avaliação da infraestrutura paralela deve considerar os sistemas de informação e de conhecimentos municipais propostos,
a tecnologia da informação proposta e os aspectos legais pertinentes.
Elaborar a descrição e a avaliação formal de toda a infraestrutura paralela da cidade digital estratégica do município.
As políticas de infraestrutura paralela da cidade digital estratégica contemplam as atividades dos planos de contingência,
logística, segurança e auditoria. As políticas podem ser interpretadas como regras gerais do município, as quais dependem de
seus procedimentos e respectivas normas.
Um plano de contingência contempla as alternativas para o completo funcionamento de toda a infraestrutura paralela. As
alternativas podem ser manuais ou eletrônicas e em outro ambiente de hardware e software, interno ou externo ao local físico
atual. Fazem parte do plano de contingência os acordos com organizações correlatas, os contratos com prestadores de serviços e
fornecedores, no que diz respeito ao atendimento, suporte, substituição de equipamentos, de soluções etc.
A logística da infraestrutura paralela compreende os recursos necessários para sua guarda, transporte, distribuição e
manutenção. A segurança da infraestrutura paralela está relacionada com a logística e a auditoria dos recursos da tecnologia da
informação, bem como a segurança organizacional, mobiliária, ambiental, física, lógica e outras. A auditoria da infraestrutura
paralela pode ser elaborada por atividades manuais ou por softwares específicos ou convencionais (auditoria eletrônica).
Elaborar a descrição e a avaliação formal das políticas de infraestrutura paralela da cidade digital estratégica, contemplando
as atividades pertinentes aos planos de contingência, logística, segurança e auditoria. Nessa atividade devem ser acrescidos os
sistemas de atualização, instalação e manutenção, com seus respectivos critérios de controle.
Uma vez que toda a infraestrutura paralela da cidade digital estratégica foi identificada e descrita, a mesma deve ser
sumariada em um quadro demonstrativo.
Esse resumo é elaborado para fins de apresentação pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto e para aprovação
final do município.
Elaborar um quadro-resumo ou um diagrama de toda a infraestrutura paralela do município distribuindo os mesmos nos
diversos tipos ou classificações optados pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto. Tais classificações podem ser
por: tipo, fornecedor, quantidades, cidadãos, clientes ou usuários, funções ou temáticas municipais, unidades departamentais ou
por uso operacional, gerencial ou estratégico.
No projeto de planejamento de informações municipais, a avaliação da infraestrutura paralela da cidade digital
estratégica deve contemplar sua descrição inclusive das respectivas políticas existentes no município, na prefeitura e nas
organizações públicas municipais envolvidas.
As políticas de infraestrutura paralela da cidade digital estratégica contemplam as atividades relacionadas a todos os
recursos de infraestrutura paralela do município e também os respectivos planos de contingência, logística, segurança e
auditoria.
As políticas podem ser interpretadas como regras gerais relacionadas com os recursos de infraestrutura paralela do
município, as quais dependem de seus procedimentos e respectivas normas detalhadas. Estão direcionadas ao “o que” fazer em
termos de orientações ou parâmetros gerais.
Das estratégias e políticas do município e da unidade da tecnologia da informação são geradas as políticas de infraestrutura
paralela do município que têm ação mais direta nos processos, nas normas, nos procedimentos e nos fluxos quotidianos.
Ao implantar as políticas de infraestrutura paralela, deve-se elaborar a validação com as políticas, com as normas e padrões
técnicos operacionais e a com estrutura organizacional da unidade da tecnologia da informação. Essas políticas devem atender
as estratégias de infraestrutura paralela, as estratégias da unidade da tecnologia da informação e as estratégias municipais.
Por opção, as políticas de infraestrutura paralela podem ser elaboradas juntamente com as políticas de tecnologia da
informação e as políticas do município.
Definir e descrever as políticas de infraestrutura paralela da cidade digital estratégica do município com seus respectivos
procedimentos.
4.4.4.3 Definir normas e padrões técnicos operacionais de infraestrutura paralela da cidade digital estratégica
As políticas de infraestrutura paralela da cidade digital estratégica orientam as normas e padrões técnicos operacionais de
infraestrutura paralela do município.
As normas e padrões técnicos operacionais relatam detalhadamente como as regras são aplicáveis no município no tocante a
infraestrutura paralela, com ênfase nas questões técnicas, incluindo inclusive regras para estruturação, documentação e gestão
dos recursos de infraestrutura paralela. Estão direcionadas ao “como” fazer em termos de orientações ou parâmetros gerais.
Abrangem também os manuais, os formulários de trabalho, os leiautes padrões de documentos de infraestrutura paralela e os
aspectos legais pertinentes. Podem também estar adequadas a uma determinada ferramenta de qualidade ou de norma técnica
escolhida.
Além dos requisitos descritos nas normas e padrões técnicos operacionais da unidade da tecnologia da informação, as
normas e padrões técnicos operacionais de infraestrutura paralela devem contemplar as exigências de compatibilidade entre
infraestrutura paralela, software, hardware, sistemas de telecomunicação e gestão de dados e informações; o sistema de
atualização, instalação e manutenção de infraestrutura paralela (sejam de terceiros ou próprios); os critérios de controle,
segurança, auditoria e avaliação permanente de infraestrutura paralela; e eventualmente os padrões das respectivas
configurações pertinentes.
Essencialmente devem contemplar regras para controles de acessos; manutenção; engenharia; contingência e outros.
Por opção, as normas e padrões técnicos operacionais de infraestrutura paralela podem ser elaborados juntamente com as
normas e padrões técnicos operacionais da unidade da tecnologia da informação e do município.
Definir e descrever as normas e padrões técnicos operacionais de infraestrutura paralela da cidade digital estratégica do
município.
Uma vez que todos os recursos e esquemas de infraestrutura paralela da cidade digital estratégica do município foram
identificados e descritos, eles devem ser configurados para atender as estratégias e as políticas da unidade da tecnologia da
informação e principalmente os sistemas de informação e de conhecimentos propostos para o município.
Essa atividade também é conhecida ou chamada de “parque de infraestrutura paralela da tecnologia da informação ou da
informática” do município. O referido mapa pode ser separado ou classificado por modelos, esquemas, rotinas, formas de
integração e outras tipologias.
A compatibilidade entre todos os recursos de infraestrutura paralela deve ser observada, bem como entre os demais
componentes dos recursos da tecnologia da informação.
A configuração dos recursos de infraestrutura paralela faz parte do inventário da tecnologia da informação e pode apresentar
os seguintes itens: nome, finalidade, quantidade, tipo, características, configuração, arquitetura, topologia, cidadãos, clientes ou
usuários, fornecedor, problemas, documentações e outros detalhes. Essa descrição deve atender os níveis de detalhamento de
acordo com os padrões exigidos pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto e com o grau de necessidade do
município.
Os diagramas (desenhos) e os respectivos manuais organizacionais podem contribuir na elaboração dessa atividade.
Deve-se também considerar o equilíbrio entre o estado da arte e a realidade econômica e financeira do município.
Elaborar a configuração formal de todos os recursos de infraestrutura paralela da cidade digital estratégica necessários para
o município.
Uma vez que os recursos de infraestrutura paralela foram avaliados e configurados conforme necessidades da tecnologia da
informação e dos sistemas de informação e de conhecimentos do município, esses detalhes devem ser sumariados em um
quadro demonstrativo.
Esse resumo é elaborado para fins de apresentação pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto e para aprovação
final do município.
Elaborar um quadro-resumo dos recursos de infraestrutura paralela da cidade digital estratégica configurados para o
município.
No projeto de planejamento da tecnologia da informação e da cidade digital estratégica, o planejamento da
infraestrutura paralela da cidade digital estratégica deve contemplar as estratégias, políticas, normas e padrões técnicos
operacionais e respectivas configurações de todos os recursos tecnológicos paralelos existentes no município, na prefeitura e nas
organizações públicas municipais envolvidas.
O plano de trabalho para organização ou estruturação da unidade da tecnologia da informação implica no planejamento da
identificação de todos os seus recursos existentes no município. Esse plano pode ser desmembrado nas etapas: preparação e
controle; realização do levantamento de dados e identificação da unidade da tecnologia da informação; análise e interpretação
dos recursos e valores; e conclusão e documentação. A primeira etapa requer um plano de trabalho para a equipe
multidisciplinar ou comitê gestor do projeto. As técnicas de levantamento de dados, tais como observação pessoal, questionário,
entrevista, seminário e pesquisa, podem ser empregadas para essa atividade.
Elaborar o plano de trabalho para levantamento da unidade da tecnologia da informação que contemple atividades de forma
coletiva e individual, definindo tarefas, responsáveis, prioridade, tempo (datas de início e fim), recursos necessários e status.
A unidade da tecnologia da informação é a área, ou departamento, ou setor, ou seção responsável pelos serviços de
informática e pelos recursos de tecnologia da informação do município, anteriormente chamada de Centro de Processamento de
Dados (CPD).
Os municípios, prefeituras e organizações públicas municipais preocupados com sua inteligência pública estão realizando
trabalhos por objetivos ou tarefas, reduzindo os níveis hierárquicos, diminuindo o número de servidores municipais. Como
consequência, exige-se melhor capacitação dos profissionais que nela atuam, bem como a reorganização da unidade da
tecnologia da informação.
Toda a infraestrutura tecnológica e todos os recursos humanos unidade da tecnologia da informação do município devem ser
avaliados com base nos perfis propostos que estão relacionados com o conjunto das competências e habilidades necessárias para
que as pessoas possam atuar de forma efetiva.
Rever os objetivos e as atividades ou tarefas a serem elaborados pela unidade da tecnologia da informação visando atender o
município como um todo.
A avaliação de todos os recursos da unidade da tecnologia da informação do município deve considerar também as
estratégias municipais, os sistemas de informação e de conhecimentos municipais propostos, a tecnologia da informação
proposta e os aspectos legais, educacionais e sociais pertinentes.
Como opção, relatar as oportunidades e as ameaças e as forças e fraquezas dessa unidade.
Elaborar a avaliação formal dos recursos da unidade da tecnologia da informação do município.
As estratégias da unidade da tecnologia da informação devem estar alinhadas com os objetivos e as estratégias do
município.
Compreende as atividades e um dos vários conjuntos de regras de decisão para orientar o comportamento dos recursos da
tecnologia da informação do município, ligados principalmente à postura de atuação e à forma de gestão da unidade da
tecnologia da informação.
As estratégias da unidade da tecnologia da informação devem observar a visão, os serviços públicos municipais e a
contribuição com a inteligência do município.
Por opção, as estratégias da unidade da tecnologia da informação podem ser elaboradas juntamente com as estratégias
municipais e com o seu modelo de gestão.
Definir e descrever as estratégias da unidade da tecnologia da informação do município.
As estratégias do município e de tecnologia da informação poderão orientar o modelo de gestão mais adequado para a
unidade da tecnologia da informação.
Apesar da existência dos modelos de gestão autoritário, democrático e situacional, o modelo de gestão mais indicado para
unidade da tecnologia da informação é o participativo. O modelo de gestão participativo é convergente aos sistemas abertos e
utiliza equipes multidisciplinares (comitês) para elaboração de projetos, determinação de prioridades com planos de trabalho e
desenvolvimento das diversas atividades pertinentes a essa unidade, sob orientação de metodologias e a participação efetiva dos
gestores locais, servidores municipais, munícipes ou cidadãos.
O modelo de gestão participativo pressupõe um gestor da unidade da tecnologia da informação com as competentes
habilidades com pessoas ou recursos humanos, com processos ou atividades ou projetos municipais e com recursos diversos,
tais como: tecnológicos, financeiros, materiais, de tempo e outros. Ele deve atuar como um agente de mudanças, ativo, eclético,
transparente e efetivo.
Definir e descrever o modelo de gestão da unidade da tecnologia da informação do município.
As políticas da unidade da tecnologia da informação respondem pelas regras gerais da sua atuação e gestão no município e
pelo detalhamento de seus procedimentos. Estão direcionadas ao “o que” fazer em termos de orientações ou parâmetros gerais.
Das estratégias e políticas municipais são geradas as políticas de informações que envolvem os recursos e a unidade da
tecnologia da informação do município e respectivas políticas operacionais que têm ação mais direta nos processos, nas normas,
nos procedimentos e nos fluxos quotidianos. As políticas requerem a definição de seus respectivos procedimentos.
Ao implantar as políticas da unidade da tecnologia da informação, deve-se elaborar a validação com as políticas, com as
normas e padrões técnicos operacionais e com a estrutura organizacional da unidade da tecnologia da informação. Essas
políticas devem atender as estratégias da unidade da tecnologia da informação e as estratégias municipais.
Essas políticas devem considerar a cultura e a filosofia personalizada do município. Elas devem relatar seus princípios,
valores ou pressupostos, os quais se integram ao modelo de gestão adotado.
Merecem atenção especial os seguintes métodos de trabalho: metodologia de desenvolvimento de sistemas de informação e
de outros projetos; metodologia de tempos e custos para aquisição ou desenvolvimento de soluções de tecnologia da
informação; e metodologia de análise de custos, benefícios (mensuráveis e não mensuráveis), riscos e viabilidade.
Por opção, as políticas da unidade da tecnologia da informação podem ser elaboradas juntamente com as políticas de
tecnologia da informação e as políticas do município.
Definir e descrever as políticas e os procedimentos de tecnologia da informação do município.
As políticas da unidade da tecnologia da informação e de tecnologia da informação orientam as normas e padrões técnicos
operacionais do município. Estão direcionadas ao “como” fazer em termos de orientações ou parâmetros gerais. Abrangem
também os manuais, os formulários de trabalho, os leiautes padrões de documentos de software e os aspectos legais pertinentes.
Podem também estar adequadas a uma determinada ferramenta de qualidade ou de norma técnica escolhida pelo município.
As normas e padrões técnicos operacionais relatam detalhadamente as regras aplicáveis no município no tocante à
tecnologia como um todo, com ênfase nas questões técnicas, incluindo normas, padrões e regras para programação, para
documentação e para gestão de projetos. Abrangem também os manuais organizacionais, os formulários de trabalho e os
leiautes padrão de documentos de entrada, arquivamento e saída de dados.
No tocante a regras de programação de software, podem relatar a forma de uso de esqueletos de programas, normas de
codificação e programação, incluindo até nome de variáveis, elementos de dados (campos), rosto e comentários de programas
etc. Podem se enquadrar ou atender a padrões internacionais de qualidade e de modelagem dos recursos de tecnologia da
informação. Essas regras devem atender as exigências das fases, subfases, produtos e pontos de aprovação dos métodos de
trabalho definidos pelas políticas de tecnologia da informação.
Por opção, as normas e padrões técnicos operacionais da unidade da tecnologia da informação podem ser elaborados
juntamente com as normas e os padrões técnicos operacionais dos recursos de tecnologia da informação e do município.
Definir e descrever as normas e padrões técnicos operacionais de tecnologia da informação do município.
Uma vez que a unidade da tecnologia da informação do município foi avaliada e posteriormente definidas as suas
estratégias, políticas e normas, seu modelo de gestão e sua estrutura organizacional, esses itens devem ser sumariados em um
quadro demonstrativo.
Esse resumo é elaborado para fins de apresentação pela equipe multidisciplinar ou comitê gestor do projeto e para aprovação
final do município.
Elaborar um quadro-resumo das estratégias, políticas e normas, do modelo de gestão e da estrutura organizacional da
unidade da tecnologia da informação do município.
No projeto de planejamento da tecnologia da informação e da cidade digital estratégica, a organização da unidade da
tecnologia da informação deve contemplar a avaliação de propostas pertinentes. As propostas definem estratégias, modelo de
gestão, políticas, normas pertinentes e estrutura organizacional necessária para atender o município, a prefeitura e as
organizações públicas municipais envolvidas.
Após a elaboração das fases Avaliar e planejar tecnologia da informação e cidade digital estratégica e Avaliar e planejar
serviços municipais, pode-se rever a integração dessas fases com o projeto de planejamento de informações municipais e com o
projeto de planejamento estratégico do município.
O projeto de planejamento da tecnologia da informação e da cidade digital estratégica ainda pode ser complementado com a
elaboração das fases Avaliar e planejar recursos humanos (ver Parte 6, Avaliar e planejar recursos humanos), nesse caso
cidadãos e servidores municipais, e Priorizar e custear o projeto (ver Parte 7, Priorizar e custear o projeto).
Todos os projetos municipais devem ser iniciados pela Fase Zero – Organização, Divulgação e Capacitação (ver Parte 1,
Elaborar fase 0 do projeto).
5
5.1 Relações do projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática com o Cobit™
O Cobit (Control Objectives for Information and Related Technology) pode ser entendido como um “guia” para a gestão e
controle dos objetivos das atividades relacionadas com a unidade de tecnologia da informação nas organizações. O referido guia
sugere o compartilhamento de boas práticas por meio de uma estrutura (framework) lógica e flexível, a partir de consenso de
peritos, que focam os controles de atividades sem enfatizar sua execução. Tais práticas podem contribuir com o direcionamento
dos investimentos em tecnologia da informação, assegurar a entrega dos produtos e mensurar ações corretivas de erros e
métricas para avaliação dos resultados (COBIT, 2006).
Contempla sumário executivo, estrutura (framework), controles de objetivos, mapas de auditoria, instrumentos de
implementação e guia com técnicas de gestão. É recomendado pela ISACF (Information Systems Audit and Control
Foundation) e independe das plataformas de tecnologia da informação adotadas nas organizações. Sua primeira publicação foi
em 1996. Recebe contribuições de várias organizações e organismos internacionais relacionados com as atividades de sistemas
de informação e tecnologia da informação.
É direcionado para o negócio das organizações com possibilidade de fornecer informações para facilitar a gestão das
funções organizacionais e contribuir com a inteligência organizacional. Ele foi projetado para contribuir com os gestores, os
clientes ou usuários e os auditores. Os gestores podem e devem avaliar os riscos e os investimentos da tecnologia da informação
nas organizações. Os clientes ou usuários podem e devem ter garantias de que os serviços de tecnologia da informação e seus
produtos ou serviços para os clientes internos e externos estão sendo bem elaborados e geridos. Os auditores podem e devem se
apoiar nas recomendações do Cobit para avaliar a qualidade da gestão da tecnologia da informação e aconselhar os controles
das organizações.
O modelo de controle do Cobit propõe realizar a integração entre os produtos ou serviços de tecnologia da informação aos
requerimentos de negócio, bem como organizar as atividades de tecnologia da informação em um modelo previamente acordado
para identificar os recursos de tecnologia da informação a serem gerenciados e para definir os objetivos de controle a serem
considerados.
O Cobit define sete critérios de informação como requerimento de negócio que necessitam estar em conformidade com
critérios de controle: eficiência; efetividade; confidencialidade; integridade; disponibilidade; conformidade; e confiabilidade. A
eficiência trata do uso otimizado dos recursos para disponibilizar as informações de forma mais produtiva e econômica. A
efetividade consiste na disponibilização da informação no tempo certo, com consistência e de maneira apropriada para ser
relevante ao processo de negócio. A confidencialidade trata da proteção à informação contra acessos não autorizados. A
integridade garante o conteúdo da informação no que diz respeito à acurácia e completeza. A disponibilidade consiste na
disponibilização da informação no momento em que é requerida pelos processos de negócio e na garantia dos recursos e
capacidades necessários. A conformidade garante adequação às regulamentações externas e internas, sejam legais ou
contratuais. A confiabilidade trata de prover informações apropriadas para a gerência exercer suas responsabilidades de
governança e confidência.
É orientado aos processos e provê um modelo de processos de referência como uma linguagem padronizada de modo que
seja entendida e tenha visibilidade a todas as áreas ou unidades envolvidas e um modelo para monitorar o desempenho da
tecnologia da informação.
Os modelos de maturidade podem ser utilizados para o controle dos processos de tecnologia da informação e podem ser um
método efetivo para enquadrar o estágio da tecnologia da informação na organização e sua governança frente aos valores
agregados ao seu negócio. Essa abordagem é derivada do Capability Maturity Model for Software (SW-CMM) oriundo do
Software Engineering Institute (SEI), que contempla seis níveis de enquadramento (do inexistente ao otimizado).
Os domínios contemplados pelo Cobit são quatro: planejamento e organização; aquisição e implementação; entrega e
suporte; e monitoração. A estrutura do Cobit com os quatro domínios reiteram a necessidade de planejamento, alinhamento e
integração com o negócio das organizações. Os mapas de controles fornecidos pelo Cobit podem contribuir com os gestores, os
clientes ou usuários e os auditores para manter controles suficientes para garantir o acompanhamento das iniciativas da unidade
da tecnologia da informação nas organizações e recomendar a implementação de novas ou boas práticas, eventualmente
necessárias.
A ênfase está na gestão da informação com os recursos da tecnologia da informação para garantir o negócio das
organizações.
Cada um dos quatro domínios contempla um conjunto de processos para garantir a completa gestão da tecnologia da
informação. Somam-se 34 processos ao todo (COBIT, 2006).
Dispõe sobre o planejamento pelo qual a tecnologia da informação pode contribuir para atender aos objetivos de negócio.
O PO1 – Definir plano estratégico de tecnologia da informação propõe alinhar as atividades de tecnologia da informação
aos requisitos de negócio da organização, por meio de Planos Operacionais para os objetivos de curto prazo e Planos
Estratégicos para os objetivos de médio e longo prazo. As atividades recomendadas são: alinhar os objetivos de tecnologia da
informação aos objetivos de negócio; identificar as dependências críticas e o desempenho atual; elaborar um plano estratégico
de tecnologia da informação; elaborar planos táticos de tecnologia da informação; e analisar e gerir os portfólios de programas,
projetos e serviços.
Esse processo está diretamente relacionado com o projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e
informática proposto no Capítulo 3.
O PO2 – Definir arquitetura de informação propõe otimizar a organização dos sistemas de informação e garantir que sejam
utilizados de forma adequada, por meio de um modelo de informações de negócio. As atividades recomendadas são: criar e
manter o modelo corporativo de informação; criar e manter dicionários corporativos de dados; estabelecer e manter um esquema
de classificação de dados; prover procedimentos e ferramentas para classificar os sistemas de informação, identificando-os aos
respectivos proprietários, e utilizar o modelo proposto para planejar sistemas otimizados de negócio.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 3 – Planejar informações e conhecimentos – e parte 4 – Avaliar e planejar sistemas de informação e de
conhecimentos.
O PO3 – Determinar direção tecnológica propõe criar e manter um plano de infraestrutura tecnológica, de modo a extrair
vantagens dos recursos tecnológicos emergentes para a estratégia de negócio. As atividades recomendadas são: criar e manter
um plano de infraestrutura de tecnologia; criar e manter padrões de tecnologia; publicar padrões de tecnologia; monitorar a
evolução da tecnologia; e definir o uso estratégico das novas tecnologias.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 5 – Avaliar e planejar tecnologia da informação.
O PO4 – Definir processos, organização e relacionamentos de tecnologia da informação propõe definir papéis e
responsabilidades a toda a estrutura organizacional de tecnologia da informação e os relacionamentos com as áreas envolvidas.
As atividades recomendadas são: estabelecer a estrutura organizacional de tecnologia da informação; desenvolver um modelo
de processo de tecnologia da informação; identificar os proprietários dos processos; identificar os proprietários dos sistemas;
identificar os proprietários das informações; e estabelecer e implementar a definição de papéis e responsabilidades incluindo
supervisões e segregação de funções.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 5 – Avaliar e planejar tecnologia da informação (destacando a fase o – Organizar unidade da
tecnologia da informação) e a parte 6 – Avaliar e planejar recursos humanos.
O PO5 – Gerenciar investimentos de tecnologia da informação propõe definir e acompanhar um Plano Orçamentário que
garanta recursos financeiros para a gestão da tecnologia da informação. As atividades recomendadas são: manter o portfólio de
programas, projetos e serviços; estabelecer e manter o processo orçamentário de tecnologia da informação; e identificar,
comunicar e monitorar os investimentos de tecnologia da informação, seus custos e o valor para os negócios.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 7 – Priorizar e custear o projeto (destacando a fase t – Elaborar plano econômico-financeiro).
O PO6 – Comunicar objetivos e direcionamentos de gestão propõe desenvolver um modelo de comunicação da missão,
objetivos e políticas de tecnologia da informação, de modo a suportar o alcance dos objetivos da tecnologia da informação e de
maneira que garanta a compreensão dos riscos do negócio pelas áreas envolvidas. As atividades recomendadas são: estabelecer
e manter um modelo e um ambiente de controle; desenvolver e manter políticas de tecnologia da informação; e comunicar o
modelo de controle, objetivos e direção de tecnologia da informação.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 7 – Priorizar e custear o projeto (destacando a fase r – Estabelecer prioridades e necessidades), parte
8 – Executar o projeto e parte 9 – Gerir o projeto.
O PO7 – Gerir recursos humanos de tecnologia da informação propõe prover e manter uma equipe motivada, competente e
com perfil adequado às necessidades de cada responsabilidade das áreas de tecnologia da informação. As atividades
recomendadas são: identificar as habilidades, descrição de cargos, faixas salariais e referenciais de avaliação de desempenho do
pessoal de tecnologia da informação; executar políticas e procedimentos de recursos humanos relevantes para a tecnologia da
informação.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 6 – Avaliar e planejar recursos humanos e a parte 9 – Gerir o projeto.
O PO8 – Gerir qualidade propõe atender aos padrões de qualidade definidos no planejamento do sistema de gestão da
qualidade. As atividades recomendadas são: definir, estabelecer e manter um sistema de gestão da qualidade; elaborar e
comunicar padrões de qualidade para as áreas envolvidas; e medir, monitorar e revisar a conformidade com os padrões
definidos no plano da qualidade.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 9 – Gerir o projeto.
O PO9 – Avaliar e gerir riscos de tecnologia da informação propõe identificar, avaliar e mitigar riscos, e analisar e avaliar
os impactos decorrentes de riscos de tecnologia da informação. As atividades recomendadas são: determinar o alinhamento da
gestão de riscos; entender os objetivos estratégicos e de processos de negócios relevantes; identificar os objetivos de tecnologia
da informação e estabelecer o contexto de risco; identificar os eventos associados com os objetivos; avaliar os riscos associados
aos eventos; avaliar e selecionar as respostas aos riscos; priorizar e planejar atividades de controle; aprovar e garantir recursos
financeiros para os planos de ação para mitigar os riscos; e manter e monitorar os planos de ação para mitigar os riscos.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com o projeto como um todo, destacando a parte 4 – Avaliar e planejar sistemas de informação e de
conhecimentos, parte 5 – Avaliar e planejar tecnologia da informação e parte 9 – Gerir o projeto.
O PO10 – Gerir projetos propõe identificar e priorizar o portfólio de projetos que estejam alinhados ao plano operacional
pela adoção de técnicas de gestão de projetos. As atividades recomendadas são: definir um modelo de gestão de portfólio para
os investimentos de tecnologia da informação; estabelecer e manter um modelo de gestão, medição e monitoramento de
projetos; elaborar plano de gestão da comunicação e gestão de riscos; garantir a participação e o comprometimento das áreas
envolvidas no projeto; definir e implementar métodos de avaliação e revisão de projetos.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com o projeto em sua totalidade, destacando a parte 9 – Gerir o projeto, que é elaborada desde o início do projeto.
Dispõe sobre a identificação das necessidades a serem desenvolvidas ou adquiridas e sua integração ao processo de negócio,
além de garantir que as alterações continuem a atender aos objetivos de negócio.
A AI1 – Identificar solução de tecnologia da informação propõe definir as necessidades e avaliação das alternativas de
solução de mercado, objetiva garantir uma solução efetiva e eficiente que atenda aos requisitos de negócio. As atividades
recomendadas são: definir os requerimentos funcionais e técnicos do negócio; estabelecer processos que garantam a integridade
e validade dos requerimentos; identificar, documentar e analisar os riscos envolvidos; conduzir estudo de viabilidade e
avaliação de impacto sobre a solução proposta; avaliar os benefícios operacionais e de negócios da solução proposta;
desenvolver um processo de aprovação.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 2 – Revisar o planejamento estratégico da organização, parte 3 – Planejar informações e
conhecimentos, parte 4 – Avaliar e planejar sistemas de informação e de conhecimentos e parte 5 – Avaliar e planejar
tecnologia da informação.
A AI2 – Prover e manter aplicativos de software propõe prover funções automatizadas que suportem o processo de negócio,
por meio de desenvolvimento de softwares em conformidade com os padrões definidos. As atividades recomendadas são:
traduzir os requerimentos de negócio em especificações de desenvolvimento; preparar o projeto detalhado e os requerimentos
técnicos do software; especificar os controles da aplicação; customizar e implementar as funcionalidades desenvolvidas;
desenvolver um plano para a manutenção futura da aplicação.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 2 – Revisar o planejamento estratégico da organização e a parte 5 – Avaliar e planejar tecnologia da
informação.
A AI3 – Prover e manter infraestrutura tecnológica propõe elaborar um plano de evolução do parque de infraestrutura de
modo a suportar as aplicações de negócio com aquisições e implementações de hardware, software e administração dos
ambientes. As atividades recomendadas são: definir os procedimentos e processos de aquisição; discutir os requerimentos da
infraestrutura com os fornecedores selecionados; definir o plano de manutenção da infraestrutura e configurar os seus
componentes.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 2 – Revisar o planejamento estratégico da organização e a parte 5 – Avaliar e planejar tecnologia da
informação (destacando as fases l. Avaliar infraestrutura paralela e m. Planejar infraestrutura paralela).
A AI4 – Habilitar operação e uso propõe elaborar manuais de procedimentos operacionais e de treinamento para garantir a
utilização correta das aplicações e soluções tecnológicas. As atividades recomendadas são: desenvolver uma estratégia de
operacionalização dos procedimentos; desenvolver metodologias de treinamento; desenvolver documentação de procedimentos
para os usuários das áreas envolvidas; desenvolver documentação técnica para dar suporte às equipes de operação e de suporte;
desenvolver e promover treinamentos e avaliar seus resultados.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 8 – Executar o projeto e a parte 9 – Gerir o projeto, que é elaborada do início ao término do projeto,
mas que nesse caso é enfatizada pela continuidade, gestão e elaboração da segunda versão do projeto.
A AI5 – Adquirir e manter recursos de tecnologia da informação propõe elaborar procedimentos de seleção e contratação
de fornecedores de recursos de tecnologia da informação, incluindo pessoal, hardware, software e serviços, e definição
cláusulas contratuais que garantam recebimentos no prazo e custo acordados. As atividades recomendadas são: desenvolver
políticas e procedimentos de contratação de tecnologia da informação, alinhadas com as políticas da organização; desenvolver
processo de homologação de fornecedores; desenvolver contratos que garantam os interesses da organização; e contratar em
conformidade com o estabelecido.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 8 – Executar o projeto (destacando a fase u – Elaborar planos de ação).
A AI6 – Gerir mudanças propõe elaborar um sistema de gestão da mudança que garanta o funcionamento pleno da área de
tecnologia da informação nas situa ções de implementações de inovações tecnológicas e manutenção da infraestrutura existente.
As atividades recomendadas são: desenvolver e implementar um procedimento para registrar, avaliar riscos e priorizar as
requisições de mudança; avaliar o impacto e priorizar as mudanças baseado nas necessidades do negócio; garantir que todo
processo de mudança seja previamente aprovado; autorizar as mudanças e disseminar informações pertinentes às áreas
envolvidas.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 8 – Executar o projeto e a parte 9 – Gerir o projeto, que é elaborada do início ao término do projeto,
mas que nesse caso é enfatizada pela gestão das mudanças provocadas pelo projeto elaborado.
A AI7 – Instalar e aprovar soluções e mudanças propõe a verificação e confirmação de que a solução adotada está conforme
o previsto. As atividades recomendadas são: elaborar e revisar os planos de implantação; definir uma metodologia de teste
operacional; e recomendar a entrada em ambiente de produção dos novos procedimentos que estão conforme os critérios de
aceitação.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 8 – Executar o projeto e a parte 9 – Gerir o projeto, que é elaborada do início ao término do projeto,
mas que nesse caso é enfatizada pela gestão das mudanças provocadas pelo projeto elaborado e respectivas continuidade, gestão
e elaboração da segunda versão do projeto.
Dispõe sobre a garantia das entregas e gestão dos serviços de suporte ao cliente.
A DS1 – Definir e manter níveis de serviço propõe identificar as necessidades do cliente e disponibilidades da tecnologia da
informação, estabelecendo acordos de níveis de serviço que formalizem os critérios de prazo e qualidade do serviço entregue.
As atividades recomendadas são: criar um modelo para a definição dos serviços de tecnologia da informação; elaborar, revisar e
manter um catálogo de serviços de tecnologia da informação; definir acordos de nível de serviço (SLA); definir acordos de nível
operacional (OLA) para suportar os acordos de nível de serviço; monitorar, reportar e revisar os acordos de nível de serviço e
suas cláusulas contratuais; elaborar um plano de melhoria contínua dos serviços de tecnologia da informação.
A DS2 – Gerir serviços de terceiros propõe garantir que as responsabilidades de terceiros estejam aderentes à política da
organização e os papéis estejam claramente definidos nos acordos existentes. As atividades recomendadas são: identificar e
categorizar os serviços de terceiros; definir e documentar um processo de gestão de terceiros; estabelecer políticas de seleção e
avaliação de fornecedores; identificar, classificar, avaliar e mitigar riscos relacionados a recebimentos de fornecedores;
monitorar os recebimentos.
A DS3 – Gerir desempenho e capacidade propõe colecionar e analisar dados sobre desempenho e demanda de carga para
garantir disponibilidade otimizada de recursos no atendimento das necessidades. As atividades recomendadas são: estabelecer
um processo de planejamento para revisões periódicas do desempenho e capacidade dos recursos de tecnologia da informação;
elaborar um processo de planejamento de contingência para prevenir indisponibilidade de recursos; monitorar e reportar a
disponibilidade, desempenho e capacidade dos recursos de tecnologia da informação.
A DS4 – Garantir serviço contínuo propõe garantir que os recursos de tecnologia da informação estejam disponíveis para
cumprir os níveis de serviços acordados e que estejam alinhados com o plano global de disponibilidade da organização. As
atividades recomendadas são: desenvolver e testar regularmente um plano de continuidade de tecnologia da informação;
elaborar modelo de avaliação de riscos e análise de impacto no negócio; planejar e disponibilizar treinamento sobre a
continuidade de tecnologia da informação; planejar e implementar ações de retomada dos serviços de tecnologia da informação;
e estabelecer procedimentos para efetuar revisões no plano de continuidade pós-retomada.
A DS5 – Garantir segurança dos sistemas propõe garantir que informações e programas estejam seguros quanto a acessos
não autorizados, destruição, perda ou violação. As atividades recomendadas são: definir e manter um plano de segurança de
tecnologia da informação; definir estabelecer e operar um processo de gestão de identificação e autorização de acessos;
monitorar incidentes de segurança; revisar e validar periodicamente os direitos e privilégios de acesso.
A DS6 – Identificar e alocar custos propõe a identificação, apropriação e alocação de custos aos serviços de tecnologia da
informação. As atividades recomendadas são: mapear os recursos de tecnologia da informação por processos de negócio;
identificar e mapear os custos de tecnologia da informação sobre base unitária; estabelecer e manter um processo de
contabilização de custos; estabelecer e manter políticas e procedimentos de lançamento de custos aos serviços executados.
A DS7 – Educar e treinar usuários propõe garantir que todas as áreas envolvidas estejam treinadas e aptas a utilizar
efetivamente os recursos de tecnologia da informação disponibilizados e conscientes dos riscos e responsabilidades inerentes.
As atividades recomendadas são: identificar e caracterizar as necessidades de treinamento; estabelecer programas de
treinamento; conduzir atividades de conscientização, educação e treinamento; avaliar desempenho dos treinamentos; identificar
e avaliar métodos e ferramentas para execução de treinamento.
A DS8 – Gerir atendimentos e incidentes propõe estabelecer uma função de atendimento que registre e organize os
incidentes reportados por usuários, bem como encaminhe a resolução do problema. As atividades recomendadas são: elaborar
procedimentos para classificação dos incidentes baseados em critérios de severidade e impacto para a organização; atender,
registrar, resolver, recuperar e encerrar incidentes; manter os usuários informados sobre as ações pertinentes à recuperação do
incidente reportado; e produzir relatórios gerenciais.
A DS9 – Gerir configuração propõe verificar e controlar os componentes de tecnologia da informação quanto a alterações e
instalações não autorizadas. As atividades recomendadas são: desenvolver procedimentos para planejamento e gestão de
configuração; inventariar as configurações iniciais de todos os componentes para estabelecer uma base inicial de averiguação;
verificar e auditar periodicamente as informações de configuração em confronto com a base inicial para detecção de alterações
não autorizadas; atualizar a base de dados de configurações.
A DS10 – Gerir problemas propõe a criação de um sistema de gestão que garanta que problemas reportados sejam
identificados, classificados e resolvidos de forma a maximizar a disponibilidade dos serviços de tecnologia da informação. As
atividades recomendadas são: identificar e classificar problemas; executar análise de causa e efeito; resolver problemas;
acompanhar, gerar recomendações e manter registro dos problemas reportados.
A DS11 – Gerir dados propõe garantir que os dados armazenados atendam aos requisitos de qualidade, disponibilidade e
temporalidade, bem como estabelecer procedimentos para gestão do armazenamento e segurança física dos dados. As atividades
recomendadas são: estabelecer procedimentos para atender aos requerimentos de armazenamento e retenção de dados; definir,
implementar e manter procedimentos para gestão das mídias de armazenamento; executar procedimentos de cópia conforme
definido; definir, implementar e manter procedimentos para restauração de dados.
A DS12 – Gerir ambiente físico propõe disponibilizar ambiente físico apropriado e que proteja equipamentos de tecnologia
da informação e pessoas contra perigos naturais e de acesso não autorizado. As atividades recomendadas são: definir o nível de
proteção física requerido; selecionar o ambiente físico apropriado; gerenciar o ambiente físico; definir e implementar
procedimentos de acesso e manutenção.
A DS13 – Gerir operações propõe garantir que as funções operacionais de tecnologia da informação sejam executadas de
forma ordenada por meio de uma programação de atividades. As atividades recomendadas são: elaborar e manter procedimentos
de operação; escalonar a carga de trabalho por prioridades e disponibilidades de recursos; monitorar a infraestrutura,
processamento e resolução de problemas; gerenciar as saídas físicas de informação; solucionar problemas e implementar
mudanças no processamento e na infraestrutura; estabelecer e implementar um processo que garanta os componentes contra
interferência, perda e roubo; programar e executar manutenções preventivas.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, todos esses processos
estão relacionados principalmente com a parte 8 – Executar o projeto e a parte 9 – Gerir o projeto, que é elaborada do início ao
término do projeto. Enfatiza a garantia da entrega, segunda versão, continuidade e gestão de todos os produtos ou serviços
elaborados pela unidade da tecnologia da informação para os usuários ou clientes da organização. Tais produtos ou serviços
foram avaliados e planejados no projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática.
5.2 Relações do projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática com a ITIL™
A ITIL (Information Technology Infrastructure Library) pode ser entendida como um instrumento de desenho,
implementação e gestão de processos internos da unidade da tecnologia da informação, reunidas em suas práticas nas
organizações. É composta por um conjunto das melhores práticas para a definição dos processos necessários ao funcionamento
de uma área ou unidade da tecnologia da informação e propõe o seu alinhamento aos negócios ou atividades das organizações,
procurando garantir a geração e agregação de valores (ITIL, 2004).
A gestão dos serviços de tecnologia da informação é o instrumento inicial de adoção de uma postura proativa em relação ao
atendimento das necessidades da organização, contribuindo para evidenciar a sua participação na geração de valor ao negócio.
Essa gestão propõe alocar e gerir adequadamente os recursos disponíveis de forma integrada, fazendo com que a qualidade do
conjunto seja percebida pelos seus usuários ou clientes, evitando-se a ocorrência de problemas na entrega e na operação dos
serviços de tecnologia da informação (MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007).
Partindo da premissa da necessidade do alinhamento dos sistemas de informação, conhecimentos e informática ou
tecnologia da informação aos negócios ou atividades das organizações, o ITIL pode desempenhar um papel significativo. Nesse
sentido, a unidade da tecnologia da informação é orientada aos processos e aos serviços, atuando como prestadora de serviços
com qualidade, produtividade, efetividade e economicidade nas organizações.
Além do alinhamento estratégico e operacional da tecnologia da informação aos negócios ou atividades das organizações, o
ITIL define o custo, a qualidade e a independência em relação ao tempo, como parâmetros para medir o valor de um serviço da
unidade da tecnologia da informação nas organizações. O alinhamento mede o grau em que o serviço de tecnologia da
informação está alinhado com as atuais e as futuras necessidades do negócio. O custo mede o valor monetário desembolsado
pela disponibilização do serviço de tecnologia da informação e em cada interação. A qualidade mede o nível de atendimento do
serviço de tecnologia da informação em relação aos Acordos de Nível de Serviço (Service Level Agreement – SLA) e Acordos
de Nível Operacional (Operational Level Agreement – OLA), estabelecidos externa e internamente à área ou unidade da
tecnologia da informação, respectivamente. A independência em relação ao tempo mede a capacidade da área ou unidade da
tecnologia da informação em reagir a demandas de suporte e em atender às mudanças planejadas em relação ao serviço de
tecnologia da informação disponibilizado. Em todas as medidas, enfatiza-se a satisfação do usuário ou cliente da tecnologia da
informação nas organizações, incluindo a melhoria contínua da prestação dos seus serviços.
A ITIL descreve a base para a organização dos processos da área ou unidade da tecnologia da informação, visando à sua
orientação para a gestão de serviços de tecnologia da informação. As diversas práticas reunidas descrevem os objetivos,
atividades gerais, pré-requisitos necessários e resultados esperados dos vários processos, os quais podem ser incorporados
dentro das áreas ou unidades da tecnologia da informação. Não define os processos a serem implementados na área ou unidade
da tecnologia da informação. Em vez disso, procura demonstrar as melhores práticas que podem ser utilizadas para esta
definição. Tais práticas, por sua vez, podem ser adotadas do modo que melhor puder atender às necessidades de cada
organização. Por isto, a ITIL pode ser empregada por áreas ou unidade da tecnologia da informação que já possuam processos
orientados a gestão de serviços. A adoção da ITIL não obriga a uma nova maneira de pensar e agir. Essa adoção fornece uma
base onde colocar os processos existentes em um contexto estruturado, validando suas atividades, tarefas, procedimentos e
regras. Por evidenciar as relações entre os processos da área ou unidade da tecnologia da informação, qualquer falha de
comunicação ou falta de cooperação entre as várias funções da área ou unidade da tecnologia da informação pode ser detectada
e eliminada ou minimizada. A ITIL fornece um comprovado guia para o planejamento de processos padronizados, funções e
atividades para os integrantes da equipe de tecnologia da informação, com referências e linhas de comunicação apropriadas
entre elas (MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007).
A gestão ou o gerenciamento de serviços de tecnologia da informação baseia-se em processos. Cada um deles é constituído
por um conjunto de atividades inter-relacionadas, a partir de um objetivo estipulado, executadas para atingir os resultados
desejados. Um processo pode tornar-se bastante complexo, dependendo da organização, sendo que, para cada processo, existe
um método de gestão específico. Assim, também deve existir um gestor de processo designado formalmente pela área ou
unidade da tecnologia da informação para coordená-lo. Um determinado processo não deve ser visto como isolado dos outros
processos, pois eles estão inter-relacionados, razão pela qual a gestão de serviços de tecnologia da informação é necessária,
coordenando todos os processos de tecnologia da informação para a obtenção do mesmo objetivo (ITIL, 2004; MAGALHÃES;
PINHEIRO, 2007).
Além do alinhamento dos sistemas de informação, conhecimentos e informática ou tecnologia da informação aos negócios
ou atividades das organizações, os objetivos da gestão de processos estão direcionados para: aumentar a qualidade dos serviços;
ampliar a previsibilidade do comportamento; diminuir o custo alocado. Os processos de suporte aos serviços de tecnologia da
informação e de entrega de serviços de tecnologia da informação descritos pela ITIL podem ser classificados em táticos e
operacionais.
Os processos responsáveis pela entrega dos serviços de TI (Service Delivery) pertencem ao nível tático, enquanto aqueles
responsáveis pelo suporte dos serviços de tecnologia da informação (Service Support) são do nível operacional. Os processos do
nível tático baseiam-se no relacionamento entre a área ou unidade de tecnologia da informação e os seus clientes (áreas ou
unidades de negócio). Os processos deste nível são particularmente responsáveis por estabelecer e garantir o cumprimento dos
acordos efetuados com os usuários ou clientes, bem como monitorar o atendimento das metas acordadas para o desempenho dos
serviços de tecnologia da informação. Os processos do nível operacional respondem pela manutenção dos serviços de
tecnologia da informação sob as condições acordadas com os clientes. Em uma implementação da ITIL aos processos da área ou
unidade de tecnologia da informação, muitos procedimentos já existentes são preservados ou adaptados, pois podem já ser a
melhor prática para o desenvolvimento daquela tarefa, naquela área ou unidade de tecnologia da informação. Os procedimentos
envolvem pessoas, que são as responsáveis por certas tarefas que devem ser realizadas segundo os objetivos do processo. As
mesmas pessoas podem acumular a responsabilidade pela execução de mais de uma tarefa e o gerente do processo pode auxiliar
na coordenação desses recursos, de modo a não comprometer o fornecimento dos serviços de tecnologia da informação que
dependem daquele processo.
O modelo de referência de processos proposto possui duas áreas em que os processos da ITIL são fundamentais para a sua
operacionalização plena: suporte ao serviço (service support); entrega do serviço (service delivery).
Os processos de suporte ao serviço (service support) concentram-se nas tarefas de execução diária, necessárias para a
manutenção dos serviços de tecnologia da informação já entregues e em utilização pela organização, contemplando: gestão de
configuração (configuration management); gestão de incidente (incident management); gestão de problema (problem
management); gestão de mudança (change management); e gestão de liberação (release management).
Os processos de entrega do serviço (service delivery) concentram-se nas atividades de planejamento a longo prazo dos
serviços que serão demandados pela organização e na melhoria dos serviços já entregues e em utilização pela organização,
contemplando: gestão do nível de serviço (service level management); gestão de capacidade (capacity management); gestão da
disponibilidade (availability management); gestão da continuidade dos serviços de tecnologia da informação (information
technology service continuity management); gestão financeira (financial management).
Além dos processos destas duas áreas, o modelo de referência do ITIL ainda prevê: gestão de aplicação (application
management); gestão da segurança (security management); gestão da comunicação (communication management); e gestão do
relacionamento (relation management).
Ainda fazem parte da ITIL os processos de gestão de aplicação e segurança. A ITIL ainda descreve a função de central de
serviços (service desk), acrescida da proposição de uma central de monitoramento (command center). Complementando, a ITIL
não se limita aos processos citados, ou seja, compreende ainda vários outros aspectos e processos da área ou unidade da
tecnologia da informação.
A seguir serão detalhados os processos da ITIL constantes no modelo de referência de processos da área ou unidade da
tecnologia da informação (ITIL, 2004; MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007).
A gestão de configuração propõe controlar os seus meios de produção da organização como chaves para a criação de
produtos ou serviços a serem oferecidos aos clientes, pelos quais se pode criar valor para a organização. Como todos os demais
meios de produção, os da área ou unidade da tecnologia da informação devem ser controlados e gerenciados. É responsável pela
criação da base de dados da gestão de configuração (configuration management database), a qual é constituída pelos detalhes
dos itens de configuração (configuration items) empregados para o aprovisionamento e a gestão dos serviços de tecnologia da
informação. Contempla a infraestrutura de tecnologia da informação e seus componentes.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 5 – Avaliar e planejar tecnologia da informação contemplando as configurações de software,
hardware, sistemas de telecomunicação, gestão de dados e informação e infraestrutura paralela.
A gestão de incidente propõe tratar e solucionar todos os incidentes observados nos serviços de tecnologia da informação,
visando ao restabelecimento dos serviços no menor prazo possível. Para a sua operacionalização, ele se apoia na estrutura da
Central de Serviços. A Central de Serviços é um importante componente do aprovisionamento de serviços de tecnologia da
informação para a organização. Ela é frequentemente o primeiro ponto de contato dos clientes ou usuários que, ao utilizarem um
serviço de tecnologia da informação, percebem alguma coisa diferente do previsto. Os dois principais focos de uma Central de
Serviços são a gestão e a comunicação de incidentes. Há diferentes tipos de central de serviços, a seleção do mais apropriado
para uma dada organização dependerá das necessidades para a implementação de sua estratégia de negócio.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 5 – Avaliar e planejar tecnologia da informação contemplando planos de contingências de software,
hardware, sistemas de telecomunicação, gestão de dados e informação e da infraestrutura paralela. Tais planos de contingências
também consideram os sistemas de informação e de conhecimentos avaliados, planejados e em funcionamento na organização.
A gestão de problema propõe solucionar de forma definitiva e prevenir as falhas por trás dos incidentes que afetam o
funcionamento normal dos serviços de tecnologia da informação. Inclui assegurar que as falhas serão corrigidas, prevenir a
reincidência das mesmas e realizar uma manutenção preventiva que reduza a possibilidade de que venham a ocorrer.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 5 – Avaliar e planejar tecnologia da informação contemplando as alternativas de contingências de
software, hardware, sistemas de telecomunicação, gestão de dados e informação e da infraestrutura paralela, enfatizadas pela
manutenção preventiva desses recursos. Também está relacionado com a parte 4 – Avaliar e planejar sistemas de informação e
de conhecimentos e a parte 6 – Avaliar e planejar recursos humanos, pois essas partes levam em consideração as contingências
e a manutenção preventivas dos sistemas e das pessoas necessárias para o pleno funcionamento das funções organizacionais. Os
problemas podem ser minimizados quando a organização possui metodologia para desenvolvimento de projetos (inclusive de
sistemas de informação e de conhecimentos), metodologia de tempos e custos de projetos e respectivas normas e padrões
técnicos e operacionais.
A gestão de mudança propõe assegurar que todas as mudanças necessárias nos itens de configuração serão realizadas
conforme planejado e autorizado, o que inclui assegurar a existência de uma razão do negócio subjacente a cada mudança a ser
realizada, identificar os itens de configuração envolvidos, testar o procedimento de mudança e garantir a existência de um plano
de recuperação do serviço, na sua eventual ocorrência.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com todas as mudanças provocadas a partir da efetivação dos planejamentos oriundos da parte 4 – Avaliar e
planejar sistemas de informação e de conhecimentos, da parte 5 – Avaliar e planejar tecnologia da informação e da parte 6 –
Avaliar e planejar recursos humanos.
A gestão de liberação propõe implementar as mudanças no ambiente de infraestrutura de tecnologia da informação, ou seja,
pela colocação no ambiente de produção de um conjunto de itens de configuração novos ou que sofreram alterações, os quais
foram testados em conjunto. Uma vez que uma ou mais mudanças são desenvolvidas, testadas e empacotadas para
implementação, esse processo é responsável por introduzi-las na infraestrutura de tecnologia da informação e gerir as atividades
relacionadas com tal liberação. O processo de gestão de liberação também contribui para aumentar a efetividade da introdução
de mudanças no ambiente de infraestrutura de tecnologia da informação, combinando-as em uma única liberação e realizando a
implementação delas em conjunto.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo também
está relacionado com todas as mudanças provocadas a partir da efetivação dos planejamentos oriundos da parte 4
– Avaliar e planejar sistemas de informação e de conhecimentos, da parte 5 – Avaliar e planejar tecnologia da informação e
da parte 6 – Avaliar e planejar recursos humanos. Nesse processo são enfatizadas as mudanças mais significativas e a
introdução de relevantes itens de configuração.
A gestão do nível de serviço propõe a base para a gestão dos serviços que a área ou unidade de tecnologia da informação
fornece para a organização. Sua responsabilidade é assegurar que os serviços de tecnologia da informação, dentro dos níveis de
serviços acordados, serão entregues quando e onde os clientes ou usuários solicitarem.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 8 – Executar o projeto e seus planos de ação. Os planos de ação foram elaborados pela equipe
multidisciplinar do projeto, incluindo negociações com os clientes ou usuários, com decisões participativas sobre: ações ou
atividades ou tarefas a serem elaboradas; responsáveis pelas ações; período ou tempo para realização das ações; e recursos
necessários para realização das ações.
A gestão da capacidade propõe a disponibilização no tempo certo, volume adequado e custo apropriado dos recursos de
infraestrutura de tecnologia da informação necessários ao atendimento das demandas do negócio em termos de serviços de
tecnologia da informação, garantindo que os recursos disponíveis sejam utilizados da forma mais eficiente possível. É
imprescindível a identificação dos serviços de tecnologia da informação que serão requeridos pelos clientes ou usuários,
considerando: monitoração do desempenho; monitoração da carga de trabalho ou demanda; dimensionamento da aplicação;
projeção de recursos; projeção da demanda e estabelecimento de modelos.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 7 – Priorizar e custear o projeto, contemplando as prioridades e necessidades, os impactos e o plano
econômico-financeiro do planejamento dos sistemas de informação e de conhecimentos e dos respectivos recursos de tecnologia
da informação para a organização.
A gestão da disponibilidade propõe determinar os níveis de disponibilidade dos diversos serviços de tecnologia da
informação a partir dos requerimentos do negócio. Com a definição dos níveis de disponibilidade, estes devem ser discutidos
com os clientes ou usuários e formalizados nos acordos formais de nível de serviço.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 3 – Planejar informações e conhecimentos, parte 4 – Avaliar e planejar sistemas de informação e de
conhecimentos, parte 5 – Avaliar e planejar tecnologia da informação e a parte 6 – Avaliar e planejar recursos humanos.
Nessas partes, os componentes da equipe multidisciplinar do projeto (incluindo os clientes ou usuários) avaliam e planejam
dependendo da disponibilidade dos recursos disponíveis dos sistemas, tecnologia da informação, pessoas e finanças da
organização.
A gestão da continuidade dos serviços de tecnologia da informação propõe a validação dos planos de contingência e
recuperação dos serviços de tecnologia da informação após a ocorrência de acidentes. Trata também de medidas proativas
decorrentes de ações de mitigação dos riscos de ocorrência de desastres. Além de garantir a recuperação e a disponibilização
dos serviços, o Plano de Continuidade do Negócio é desenvolvido com visão de recuperação dos processos de negócio,
utilizando uma visão fim a fim, para que a organização retome suas operações o mais rápido possível, após a ocorrência de um
desastre.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 8 – Executar o projeto e seus planos de ação de continuidade dos sistemas de informação e de
conhecimentos e dos respectivos recursos de tecnologia da informação planejados para a organização, enfatizando sua
continuidade, gestão e elaboração da segunda versão do projeto.
A gestão financeira propõe determinar o real custo de todos os serviços de tecnologia da informação e demonstrar como a
organização deve entender e utilizar os processos de tomada de decisões. Também é responsável pelo estabelecimento dos
mecanismos que viabilizem a cobrança dos custos dos serviços de tecnologia da informação de seus respectivos clientes ou
usuários.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, esse processo está
relacionado com a parte 7 – Priorizar e custear o projeto, enfatizando o plano econômico-financeiro necessário.
5.3 Relações do projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática com a gestão de
projetos PMBOK/PMI™
A gestão ou o gerenciamento de projetos é um fator de sucesso para as organizações que elaboram projetos ou desenvolvem
soluções, principalmente porque o número de projetos que não chegam ao seu final com sucesso é muito alto. Isso ocorre
principalmente pela falta de acompanhamento do cliente do projeto (principalmente o patrocinador e o gestor), pela falta de
comprometimento da equipe do projeto, pela resistência ao planejamento, pela deficiência dos requisitos funcionais do projeto e
pela incompetência dos envolvidos.
O projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática ou tecnologia da informação nas
organizações deve ser visto como um empreendimento organizacional ou como parte desse empreendimento da organização. É
dessa forma que o PMI (Project Management Institute) enxerga todos os projetos. Essa instituição foi fundada em 1969 para
estabelecer padrões de gestão ou gerenciamento de projetos e divulgar esses padrões no PMBOK (Project Management Body of
Knowledge).
Um projeto é um esforço temporário (empreendimento) que tem o objetivo de criar um produto ou um serviço único. O
gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, perfis, técnicas e ferramentas às atividades do projeto,
para atingir ou exceder as necessidades e as expectativas dos envolvidos e os interessados no projeto (PMBOK, 2000). Os
projetos podem ser considerados como um conjunto de processos, estabelecidos em duas categorias de macroprocessos:
processos orientados ao gerenciamento de projetos (iniciar, planejar, executar, controlar e encerar) e processos orientados aos
produtos do projeto.
No caso do projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática ou tecnologia da informação
nas organizações, uma metodologia para a sua elaboração é fundamental. Essa metodologia pode ser complementada pelas áreas
do conhecimento do gerenciamento de projetos.
A gestão ou o gerenciamento de projetos é organizado em áreas de conhecimento, onde cada uma é descrita por meio de
processos. Essencialmente, cada área de conhecimento refere-se a um aspecto a ser considerado dentro da gestão de projetos.
São recomendadas nove áreas de conhecimento em gerenciamento de projeto para a obtenção de sucesso nessa atividade
(PMBOK, 2000).
O gerenciamento da integração é o subconjunto do gerenciamento de projetos que contempla os processos requeridos para
assegurar que todos os elementos do projeto sejam adequadamente coordenados.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, essa área está direcionada
na integração e alinhamento desse planejamento com o planejamento estratégico organizacional e com todas as demais partes e
fases desses planejamentos. Dessa forma fica evidenciado o plano global do projeto (desenvolvimento e execução), seus
controles ou ponto de aprovação e as eventuais mudanças, incluindo ou excluindo fases para adequar o projeto na organização.
O gerenciamento de escopo é o subconjunto do gerenciamento de projetos que contempla os processos necessários para
assegurar que no projeto esteja incluído todo o contexto requerido para elaboração bem-sucedida.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, essa área está direcionada
na abrangência desse projeto no tocante a suas partes, fases e subfases, ou seja, incluindo, eliminando ou adequando-as na
metodologia definida e capacitada. Também pode contemplar o controle dessas mudanças na metodologia.
O gerenciamento de tempo é o subconjunto do gerenciamento de projetos que contempla os processos necessários para
assegurar a conclusão do projeto no prazo previsto.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, essa área está direcionada
no plano de trabalho. Nesse plano são distribuídas de forma coletiva e individual as tarefas (ou subfases), os responsáveis, a
prioridade, o tempo (período ou datas de início e fim), os recursos necessários e status ou controle de andamento. Para alocação
de tempo, pode-se trabalhar com horas de trabalho estimadas por dia, semana e mês.
O gerenciamento de custos é o subconjunto do gerenciamento de projetos que contempla os processos requeridos para
assegurar que o projeto seja concluído de acordo com seu orçamento previsto.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, essa área está direcionada
nos orçamentos e nas análises de viabilidades das partes ou fases desse planejamento e do planejamento estratégico
organizacional. Essa análise deve contemplar os custos, benefícios (mensuráveis e não mensuráveis), riscos e o resultado da
viabilidade. Posteriormente, quando da execução dos planejamentos, uma ferramenta de controle, monitoração e avaliação de
custos deve ser utilizada.
O gerenciamento da qualidade é o subconjunto do gerenciamento de projetos que contempla os processos requeridos para
assegurar que os produtos ou serviços do projeto estarão em conformidade com o solicitado pelo cliente ou contratante.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, essa área inicia com a
definição e capacitação das metodologias em equipe multidisciplinar. Em seguida está direcionada na avaliação ou aprovação
da qualidade das partes e fases em elaboração e também nas finalizadas, onde são discutidas as satisfações dos envolvidos direta
e indiretamente. Outras técnicas de ferramentas e qualidade total podem ser utilizadas nas passagens das partes e fases,
pensando em controles e melhoria contínua dos planejamentos, principalmente nas próximas versões dos mesmos.
O gerenciamento de recursos humanos é o subconjunto do gerenciamento de projetos que contempla os processos
requeridos para envolver adequadamente as pessoas do projeto.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, essa área está direcionada
na definição e desenvolvimento ou capacitação das equipes multidisciplinares que atuam interdisciplinarmente nas partes e
fases da metodologia desse planejamento e do planejamento empresarial. É importante lembrar que uma equipe principal deve
atuar em todo o projeto e outras equipes específicas podem atuar em determinadas fases. Eventualmente, quando da capacitação
dos componentes das equipes, seja necessário recrutar novos talentos para compor o time de trabalho e facilitar a gestão do
projeto.
O gerenciamento das comunicações é o subconjunto do gerenciamento de projetos que contempla os processos requeridos
para assegurar que as informações do projeto sejam adequadamente obtidas, comunicadas e disseminadas.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, essa área está direcionada
na divulgação do projeto quando da elaboração da parte 9 – Gerir o projeto que se inicia junto da parte 1 – Planejar o projeto.
A divulgação contempla a sua articulação formal e informação e considera um planejamento das comunicações, distribuição das
informações, divulgação de documentos de desempenho e andamento do projeto e, ainda, relatórios de encerramento de partes,
fases e do projeto todo.
O gerenciamento de riscos é o subconjunto do gerenciamento de projetos que contempla os processos envolvidos com a
identificação, a análise e as respostas ao risco do projeto.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, essa área está direcionada
aos orçamentos e às análises de viabilidades onde também são descritos os eventuais riscos desse planejamento. Essa atividade
pode ser complementada com um detalhado planejamento e identificação de riscos, com análises qualitativa e quantitativa dos
riscos, com alternativas ou respostas para os eventuais riscos e posteriormente com um controle monitorado de riscos dos
planejamentos.
O gerenciamento de suprimentos e contratos é o subconjunto do gerenciamento de projetos que contempla os processos
requeridos para adquirir bens e serviços de fora da organização provedora do projeto.
Com relação ao projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática, essa área está direcionada
ao tratamento dispensado com os contratos dos prestadores de serviços para as soluções planejadas que requerem esse tipo de
alternativa, principalmente as que envolvem os recursos da tecnologia da informação, sejam técnicos ou humanos específicos.
Essa atividade considera o planejamento de suprimentos e do processo de requisição, a seleção de eventuais fornecedores
(internos e externos), a gestão, a avaliação e o encerramento de contratos. Podem ser incluídos nessa atividade os chamados
“contratos psicológicos” ou pactos de interesse e relações internas, visando atingir o objetivo dos planejamentos.
Dessa forma, a gestão e o plano de projeto devem ser constituídos de uma variedade de componentes para definir a forma
como deverá ser desenvolvido o projeto de planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática ou tecnologia
da informação nas organizações.
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