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Aluno: Henrique Gabriel Barbosa Santos Nº USP: 11798512

Relatório da palestra 26/06: Financiamento de Grandes


Obras de Infraestrutura

Sobre o palestrante:
Matheus Villar Ejima, após o término do Ensino Médio, ingressou no curso
de Ciências da Computação em 2006 no ICMC/USP, onde estudou durante um
ano, até migrar para o mesmo curso na UNICAMP em 2007. Estudou por dois
anos e no meio do ano de 2009 resolveu que não queria continuar cursando
Ciências da Computação, então trancou o curso. No ano de 2010 decidiu cursar
Administração de Empresas, com um maior foco em finanças, na FEA/USP, e se
formou em 2014. Atualmente está cursando o metrado em finanças também na
FEA/USP. Ainda na graduação, em 2011 fez um estágio na Greta Planejamento,
onde ficou até o ano de 2014. Após, trabalhou no Haitong Investment Bank de
2014 a 2015. Em 2015, foi chamado por amigos para trabalhar na consultoria
Una, até o ano de 2018 quando ouve uma fusão com a empresa Vallya, onde
trabalha atualmente.

Resumo da palestra:
Toda grande obra de infraestrutura passa por uma série de etapas, desde
a sua idealização até a operação. Esta palestra teve por objetivo detalhar como
funciona o mercado do financiamento dessas grandes obras, bem como os
órgãos responsáveis pelo seu planejamento, execução, operação e
manutenção.
Em geral, os grandes projetos de infraestrutura são responsabilidades do
governo. Normalmente as grandes obras são feitas pelo governo federal, como
as rodovias interestaduais (as BRs); as obras menores ficam sob a
responsabilidade dos governos estaduais e municipais. Essas obras e serviços
públicos oferecidos pelo governo são chamados “Monopólios Naturais”, os quais
possuem um volume de investimento muito grande e funcionam apenas no
sistema de monopólio, onde não há competição, por ser o único modelo viável
nesse setor.
Por mais que seja responsabilidade do governo oferecer obras de
infraestrutura para a população, ele não possui grandes construtoras, por esse
motivo a execução das obras de infraestrutura ficam a cargo das grandes
empreiteiras. É importante ressaltar que por conta das investigações e
apreensões da Operação Lava Jato, esse cenário mudou bastante, abrindo
espaço para outras empreiteiras como a Construcap e o GrupoServeng.
Por serem empresas privadas as contratadas para a execução das obras,
é necessário pagá-las de alguma forma pelo serviço prestado, é nesse ponto
que entra o financiamento das obras de infraestrutura, tendo como fonte o capital
público (governo federal) e o capital privado (grandes empresas privadas), além
do financiamento feito por pessoas físicas.
Há três formas de contratação das empresas privadas para projetos de
infraestrutura, são elas:
• Contratação Direta – Lei 8.666/93: nesse modelo, sempre que o
governo for realizar alguma obra ele abre uma licitação, a
construtora que ofertar o melhor preço para realizar o serviço
ganha a licitação e receberá pela execução da obra.
• Concessão – Lei 8.987/95: esse é o modelo mais aplicado em
grandes obras. O governo cede à uma SPE (Sociedade de
Propósito Específico) um contrato de concessão, no qual a SPE
firma obrigações com o governo, como a obrigação de executar,
operar e fazer a manutenção da obra com prazo estabelecido; e
direitos, como o direito de cobrar tarifas dos usuários a fim de obter
remuneração pela execução, operação e manutenção da obra. É
importante pontuar que uma concessão não é uma privatização,
uma vez que a empresa privada não tem a posse da obra, tendo
apenas o direito de explorá-la durante o período da concessão.
• Parceria Público-Privada (PPP) – Lei 11.079/04: muito semelhante
à concessão, porém nesse modelo o governo banca parte dos
custos da obra, ao invés de o pagamento pelo serviço prestado
pela iniciativa privada ficar inteiramente por parte dos usuários.
Como citado anteriormente, o financiamento das grandes obras de
infraestrutura vem de recursos públicos e privados, temos como fonte desses
recursos:
• Governo Federal: orçamento público, emissão de títulos de dívida,
financiamento de bancos comerciais e de bancos multilaterais,
como o banco do BRICS.
• Empresas Privadas: financiamento de acionistas, bancos
comerciais, bancos de desenvolvimento e mercado de capitais,
sendo essa última opção ainda muito insípida no Brasil.

O Brasil é um país que ainda carece de muito investimento em


infraestrutura, e como uma forma de melhorar esse cenário foi criado o Programa
de Parcerias de Investimento (PPI) pela Lei 13.334 de 2016, a fim de ampliar e
fortalecer a interação entre o governo e a iniciativa privada para garantir a
expansão com qualidade da infraestrutura pública, bem como ampliar as
oportunidades de investimento e emprego para estimular o desenvolvimento
tecnológico e industrial, entre outros objetivos.

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