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Os microfones devem permanecer no silencioso.


O chat ficará aberto durante toda a aula

para esclarecer dúvidas.

As aulas não podem ser gravadas.

As aulas serão disponibilizadas pelo IBEC.

Os horários acordados na agenda do curso devem ser respeitados.


Dias de semana das 18:30 às 22:00 com 15 minutos de intervalo às 20:30.
Aos Sábados das 9:00 às 17:00 com 15 minutos de intervalo às 10:30 e às 15:30. O
Almoço será das 12:30 às 14:00.

Tenham uma boa aula!


CUSTOS DE CONCESSÃO
Karla Evelyn Lopes Cuadra
Engenheira Civil (USU/RJ)
Espec. Engenharia de Custos (IBEC/UFF)
Espec. Negociação (FGV)
Espec. Ciências Ambientais (UFRJ)
MBA Gestão Ambiental (COPPE/UFRJ)

22 anos de experiência em gestão contratual, sendo:


Concessionária Rio Teresópolis S.A. - CRT/Invepar: 10 anos
Concessionária Autopista Fluminense S.A. - APF/Arteris: 7 anos
Concessionária BR-040 S.A. - Via040/Invepar: 1 ano
8 Concessões de Rodovias (Federal, Estadual e Municipal): Invepar S/A: 4 anos
Concessionárias ViaPaulista e Intervias - Arteris S/A: atual

Responsável pela Gestão dos Contratos de 8 Concessões de Rodovias


(Federal, Estadual e Municipal)

Consultora e Professora - IBEC

e-mail: cuadra.karla@gmail.com
Objetivos

Objetivos do Curso

i) Concessão x PPP: PMI;


ii) Nivelar Conceitos; Aplicação e Público alvo
iii) Difundir a Visão Macro do Contrato
de Concessão e conhecer os custos O treinamento de pessoas
envolvidos; estratégicas que disseminarão
e aplicarão os conceitos da
iv) Apresentar Fluxo de Caixa; Engenharia de Custos de
Concessões.
v) Entender Cálculo da Receita;
vi) Entender Desequilíbrio Contratual;
vii) Apresentar Programa de Exploração
da Concessão - “PEC”
Por que
existem
tarifas?
Quais
Tipos
de O que
O que é Concessão uma
Concessão? existem? Concessionária
faz?
Qual o papel
do Engenheiro
de Custos nas
Concessões?
Contextualizando
os cenários das Concessões
Cenário – Ago/17
Cenário – Mar e Abr/18
Cenário – Abr/18
Nov/18
Cenários Previstos de
2020 em diante
Cenário – Jan/20
LEILÃO PIPA/SP
Cenário – Fev/20
LEILÃO BR-101/SC
Mar/2020
Pandemia Covid-19
Projeção de
Cenário Futuro
Abr/20
Projeções
em
31/Mar/21
(CNN)
Continua...
31/Mar/21
(CNN)
Cenário Futuro
Abr/2021
Mercado aquece com Leilões
Otimismo
Ago/21
Cenário em Ago/21

Projeções para
2021 e 2022
1- BR-153-080-414:850 km (Goiás/Tocantins) - Jun./21

2- BR-163-230 : 970 km (Mato Grosso/Pará) - Prazo*:


10 anos (Ferrogrão) – Jun./21

3- BR-262-381 – BH-Vitória-Gov.Valadares: 672 km


(com duplicação quase integral) – Jul./21

4- Dutra: BR-116 RJ/SP (Tráfego de 1/3 PIB Nacional) +


BR-101 Av. Brasil a Ubatuba: 626 km Inovação: free-
flow – Ago/21

5- Nova “CRT”: BR-116/465/493/MG/RJ: 711 km –


Fev./22

6- Concessões do Paraná: convênio com o estado do


Paraná (3.800 km) – Abr./22

7- Nova “Concer”: BR-040 está em estudo agregar outro


trecho da BR-040 nessa concessão - Jun./21

8- Estudos BNDES: BR-364/060 (Rondônia) + malha no


Nordeste + Centro Oeste + BR-290/RS – 5.348 km
(Nov./22)

9- BR-135-316 MA - 438 km e
155-158 MT/PA - 1.130km -
Jan/23 (escoar produção)

10- Relicitações – Jan/23


Concessão, PPP e PMI
Cenário em 1995
 Retração da economia x indisponibilidade de recursos públicos
+
Necessidade urgente de modalidades de
contratações mais atraentes porque envolvem:
 Recursos do setor privado; e
 Investimentos em infraestrutura: cruciais para manter a economia aquecida e
fomentar o crescimento do PIB.

= Maior frequência de licitações nos modelos de


Concessões.

Mas o que são esses modelos?


O que são Concessão e PPP? E o que é PMI?
Como tudo aconteceu...

POR QUE?
Necessidade de promover a recuperação, manutenção, conservação,
operação e melhorias no sistema de infraestrutura sem recursos
públicos.

COMO?
Elaboração e divulgação do Edital de Licitação e realização de
Audiências Públicas e Leilão.
Obrigações
• Contrato de Concessão
Contratuais
• Programa de Exploração Concessão - PEC
• Definição da Matriz de Risco

Players interessados: apresentam propostas no Leilão.

Julgamento: Menor Tarifa, Maior outorga, Maior extensão, etc.

QUANDO?
Lei das Concessões 8.987/95, desde então ocorrem Leilões onde se julga
vencedora a proposta mais atrativa.
O que é CONCESSÃO?
O que é Concessão?
• Contrato entre a Administração Pública (Governo) e uma SPE (Privado);
• O regime das concessões está regulado pela Lei 8.987/95;
• Há uma delegação de poderes da Administração Pública (Poder Concedente);
• Os exemplos de concessões mais conhecidos são rodovias, aeroportos e ferrovias;
• O governo transfere a execução de um serviço público para um privado;
• O concessionário, desempenhando uma função pública, deve respeitar as instruções da
Administração, para que o serviço público concessionado mantenha a sua natureza;
• O Concessionário exerce o serviço em seu próprio nome e por sua conta e risco, mediante
tarifa paga pelo usuário, em regime de monopólio ou não;
• Ao final do período de concessão (geralmente entre 15 e 30 anos, prorrogáveis ou não),
os bens REVERSÍVEIS são transferidos ao Poder Concedente.
Obrigações do Poder Concedente x Concessionária
Concessões Rodoviárias Federais - Etapas
Concessões Rodoviárias Estaduais - SP
NOVAS CONCESSÕES - ARTESP
As etapas da estruturação de uma concessão de
rodovia e o papel de cada entidade envolvida
As etapas da estruturação de uma concessão de
rodovia e o papel de cada entidade envolvida
Infográfico de uma
CONCESSIONÁRIA
Infográfico de
uma
Concessionária
de Rodovia
(Fonte: ANTT.gov.br)
Concessões de Ferrovias
MRS
Rumo
VLI
Parceria Público Privada - PPP

• Quando a receita não cobre os custos e a conta não fecha;

• A concessão do serviço não é autossustentável. Como resolver isso?

• Através de uma Parceria Público-Privada (PPP), a Administração Pública complementa a


tarifa, efetuando o pagamento de uma contraprestação ao titular do contrato;

• Contratos de prestação de serviços de médio e longo prazo (de cinco a 35 anos) firmado
pela Administração Pública, cujo valor seja superior a R$ 20 milhões;

• É vedada a celebração de contratos que tenham por objeto único o fornecimento de mão
de obra, equipamentos ou execução de obra pública;

• O regime das PPP´s está regulado pela Lei 11.079/04;

• As PPPs destinam-se àqueles serviços e/ou obras públicas cuja exploração pelo contratado
não é suficiente para remunerá-lo (ex.: estádios de futebol ou ferrovias de baixo
movimento);
Parceria Público Privada - PPP

• Ou, que não envolve o pagamento de tarifa por seus usuários (ex.: construção e operação
de hospitais e presídios). Sendo assim, pela incapacidade de o empreendimento se pagar
por si só, o governo completa a remuneração do investidor privado, surgindo então uma
verdadeira parceria público-privada;

• As PPPs dividem-se em concessão administrativa e concessão patrocinada.


Procedimento de Manifestação de Interesse - PMI
• A administração pública convoca a iniciativa privada para apresentar estudos em diversos
projetos, principalmente de concessões e PPPs;

• Esse instrumento não depende somente da demanda da administração pública. Está


prevista também a Manifestação de Interesse Privado (MIP);

• A iniciativa privada e a sociedade civil também podem propor projetos de investimento ou


prestação de serviços que motivem a abertura do PMI. Assim, é possível que participem de
maneira proativa desde a fase de pré-licitação dos projetos;

• Vantagens do PMI para a administração pública:

 agilidade para tirar projetos do papel;


 Obtenção de várias visões e alternativas para um mesmo projeto;
 aumento da competitividade das licitações;
 aproveitamento da expertise da iniciativa privada;
 desenvolvimento do mercado nacional;
 economia, pois os recursos serão pagos pela empresa vencedora do leilão.
• Dispositivo criado pela Lei das PPPs e regulamentado pelo Decreto 8.428/15;

• Prática internacionalmente difundida;

• Agiliza a estruturação de PPPs e garante maior transparência e competitividade do


processo de seleção, modelagem, licitação e contratação de projetos de infraestrutura;

• A empresa que apresentar o melhor projeto ganha a disputa;

• Se efetivada, o vencedor do leilão paga ao autor do PMI o pré-estipulado no edital;

• E para a iniciativa privada, há riscos?

 Os projetos e estudos devem ser elaborados por conta e risco de seus autores. Ou
seja, não há garantias de que a licitação ocorra.

• A autorização para apresentação do PMI poderá ser: cassada, em caso de descumprimento


de seus termos; revogada, em caso de perda de interesse do Poder Público; tornada sem
efeito, caso surja dispositivo legal que impeça o recebimento dos projetos ou estudos; e
anulada, em caso de vício no procedimento.
Procedimento de Manifestação de Interesse - PMI
INSTRUMENTO CADA VEZ MAIS
UTILIZADO PARA CONCESSÕES E PPPS
RUMENTO CADA VEZ MAIS UTILIZADO PARA CONCESSÕES E PPPS

em 2015
Exemplos de
Concessões e
PPP´s que foram
estudados em
PMI
Salvador/BA
Aeroporto e Rodovia
ANTES E DEPOIS DE UMA
CONCESSÃO
Nivelamento de Conceitos
Contratos de Concessão

Receitas
Fluxo de Caixa
Equilíbrio do Contrato
Receitas dos Contratos de Concessão
• Receitas Tarifárias
 Tarifa (ex.: pedágio), passagem (ex.: trem urbano, BRT), transporte de carga
(ex.: ferrovia), taxa de embarque (ex.: aeroporto), etc.

• Receitas Financeiras
 Juros recebidos, descontos obtidos, lucro na operação de reporte, o prêmio
de resgate de títulos ou debêntures e os rendimentos nominais relativos a
aplicações financeiras de renda fixa, auferidos pela empresa no período de
apuração: compõem as receitas financeiras e como tal deverão ser incluídas
no lucro operacional.

• Receitas Não Tarifária (acessórias e/ou extraordinárias)


 Aluguéis (ex.: lojas, pátio, galpão, etc); publicidade; utilização da faixa de
domínio; etc...

Modicidade Tarifaria e/ou


Novos Investimentos
Mas qual o papel do Engenheiro de Custos?
. FLUXO DE CAIXA PLURIANUAL
. CÁLCULO VPL
Ano Concessão ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ... ANO 30
Descrição Observação
Cálculo VPL Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 ... Ano 29
Entradas
0
0 Veícul os equi va l entes (N ) x Ta ri fa Pedá gi o (R$ CAT1)
Receita Tarifária (N x R$ CAT1) + + + + + ... +
Receita Não Tarifária (R$) + + + + + ... +
Receitas Financeiras + + + + + ... +
Total Receitas + + + + + ... +
Saídas Curva de tráfego é fixa no FCC
Tributos sobre a receita total - - - - - ... -
Custos Operacionais - - - - - ... -
Custos administrativos - - - - - ... -
Conservação, Manutenção e Monitoração - - - - - ... -
Seguros Garantias - - - - - ... -
Total de Custos, sem depreciação - - - - - ... - Desconto contábil (virtual) para não incidir IR
Rusultado antes dos impostos = = = = = ... =
IR - - - - - ... -
CSLL - - - - - ... -
Resultado líquido = = = = = ... =
É devolvida porque não saiu do "bolso" e o fluxo de
Depreciação + + + + + ... + caixa é CAIXA
Fontes = =
Investimentos - -
Fluxo=- está=-equilibrado
=
-
...
...
VPL =
=-
0 Recuperação, Ampliações e Melhorias
Saldo de Caixa = = X Y Z ... W
VPL 0

Considerando que K é o Custo do Capital = TIR = 10% A TIR é fixa no FCC

X + Y ´+ Z ... W . DEVE SER IGUAL A 0 (ZERO) PORQUE PAGA OS CUSTOS;


CÁLCULO DO VPL . TEM FÓRMULA NO EXCEL;
1 2 3 29
(1+K) (1+K) (1+K) (1+K) . É O CUSTO DO CAPITAL (DINHEIRO NO TEMPO)
Definições e Considerações Importantes
• Fluxos de Caixa;
• Fluxo de Caixa Sem Financiamento (Não Alavancado);
• Fluxo de Caixa Com Financiamento (Alavancado);
• Fluxo de Caixa Contratual (Critérios do Edital) – O Poder Concedente utiliza
para reequilíbrio das Concessões com Planos de Negócios;
• Fatores de reequilíbrio (Fator C, Fator D, Fator Q, Fator X) – O Poder Concedente
utiliza para reequilíbrio das Concessões sem Planos de Negócios;
• Fluxo de Caixa Gerencial (Critérios Contábeis) – Resultado do Acionista;
• Fluxo de Caixa Marginal (para inclusão de novas obrigações);
• Receitas: entradas de Caixa da Concessão;
• Saídas: Encargos de Caixa da Concessão;
• Valor Presente Líquido - VPL (Cálculo do valor do dinheiro no tempo);
• Taxa Interna de Retorno – TIR (Taxa de Retorno de um empreendimento, que zera
o VPL e considera o valor do dinheiro no tempo).
Premissas a Serem Consideradas

Ano de Concessão  Ano de Concessão: se inicia no dia e mês da Assinatura


X do Contrato de Concessão; e
Ano Civil
 Ano Civil: se inicia em 1º de janeiro.

Data Base Contratual  Data Base Contratual é a data de referência da


proposta de preços da Concessionária (data de
assinatura do contrato) ou Data de Assunção do Bem.

 IRT: Índice de Reajuste Tarifário que será utilizado


IRT sempre que se desejar atualizar os valores de
referência contratual ou retroagir para a Data Base
Contratual. Os critérios de cálculo normalmente vem
estabelecidos em Contrato.
MATRIZ DE RISCO

Exemplos de Riscos:
A matriz de risco define e atribui o risco - Demanda;
- Financiamento;
a cada uma das partes:
- Quantidades;
- Licenciamento Ambiental;
- Poder Concedente; e - Desapropriação; e

- Custos;
- Concessionária.

O risco pode ser compartilhado ou


- Etc.
integral.

QUANTO MAIOR O RISCO


MAIOR O RETORNO EXIGIDO!!!
Veículos Equivalentes
 Veículos Equivalentes é a contagem
considerando a categoria do veículo
estabelecida em Contrato de acordo
com o nº de eixos e da rodagem.

Tarifa Homologada
X Tarifa Praticada
 Tarifa Homologada é a tarifa resultante
do equilíbrio econômico financeiro.

 Tarifa Praticada é a tarifa que foi


efetivamente praticada ao usuário, ou
seja, em seus valores estão
contemplados arredondamento e IRT
provisório (se couber).
Veículos Equivalentes
 As tarifas de pedágio deverão
ser diferenciadas por categoria
de veículos, em decorrência dos
desgastes físicos diferenciados
que os mesmos acarretam à
rodovia, que implicam custos
diferenciados de engenharia
rodoviária.
Pesquisa de tráfego
Ao se avaliar as pesquisas de tráfego, deve ter-se em mente que, dependendo do mês
em que as contagens são realizadas, o volume no período pode ficar acima ou abaixo
do Volume Diário Médio Anual (VDMA). A Figura abaixo mostra um exemplo das
variações de volume que ocorre ao longo de um ano.

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Para corrigir este efeito, ou seja, a sazonalidade do período de coleta é necessário


converter as contagens obtidas em campo por meio de fatores definidos em função de
séries históricas de contagens volumétricas. Assim, as contagens volumétricas são
transformadas em VDMA.
Primeira etapa Segunda etapa Terceira etapa Quarta etapa

Concessões Concessões Concessões Concessões


no PR no PR em SP em SP

1995 1997 1998 2000 2001 2007 2008 2009 2013 2016 2017 2018

1ª etapa de Concessões Criação 2ª etapa Concessões no 3ª etapa PPI 4ª etapa


concessões em RS e SP ANTT concessões NE e SP concessões O PPI foi criado para
concessões
Inicia-se com a concessão Concessão do Dentro do PIL, foram ampliar e fortalecer a 4ª Etapa de concessões
São concedidas 7
da Ponte Rio-Niterói, primeiro trecho na concedidos 7 trechos interação entre o rodoviárias inaugurada
rodovias federais.
totalizando 5 rodovias Região Nordeste. rodoviários. Estado e a iniciativa com leilão da RIS.
federais concedidas. privada.

6.000
Final do mandato
FHC alavancou as de Dilma registra
5.000
concessões federais, Novo programa federal grande extensão de Extensão CONCEDIDA
mas os estados de concessões com novo km concedidos (1994 a 2018)
foram responsáveis
Km concedidos

modelo de concessão
pela maioria da
4.000
extensão concedida
Total = 23.646 km
Pouco se Início da 4ª Média = 985 km/ano
3.000 concedeu no 2º etapa de
Período prolongado
mandato do FHC concessões
sem concessões no
2.000 início do governo Lula

1.000
Extensão A SER CONCEDIDA
(2019 a 2022)
0 Total = 16.912 km
Média = 4.228 km/ano

Mandato FHC Mandato Lula Mandato Dilma Mandato Temer

PIL – Programa de Investimento em Logística


PPI – Programa de Parcerias de Investimentos
RIS – Rodovia de Integração Sul
Com a concessão da RIS no fim de 2018, iniciou-se a 4ª etapa de
concessões rodoviárias federais, sendo marcada por diversas
mudanças regulatórias. 77
Nesta 4ª etapa de concessões, a ANTT focou no incentivo tarifário.

 Após a concessão da RIS, o modelo de concessão foi revisto para a concessão da BR-364/365;
 Análise intensiva do TCU até ser aprovada com ressalvas em maio/2019;
 Diversos pontos foram debatidos entre técnicos do governo e do TCU e representantes do mercado;
 A modelagem aprovada para a BR-364/365 servirá como padrão para projetos futuros do governo.

Principais pontos debatidos na modelagem


• Regras para inclusão de investimentos: aperfeiçoamento de regras de orçamentação
e de precificação de novos investimentos;

• Regras para prorrogação contratual;

• Garantias contratuais;

• Cronograma de investimentos da concessão; e

• Hipótese de extinção amigável da concessão.

Evolução no modelo de concessão

1ª e 2ª etapas 3ª etapa 4ª etapa

Parâmetros de
Plano de Negócio Incentivo Tarifário
Desempenho

78
Novo Modelo de Concessão Rodoviária Federal - EDITAL
Principais mudanças no Edital de Concessão

1 2
Simplificação dos
Critério híbrido de
atestados de qualificação
julgamento no leilão
técnica

Menor tarifa Maior outorga


(deságio limitado a 12%)

Atestado Atestado
Operação de Manutenção e
Caso nenhum participante oferte o desconto máximo
Rodovias Construção
na tarifa, vence quem ofertar o maior desconto;
Apenas será obrigatória a apresentação de
Caso um participante oferte o desconto máximo na atestado de qualificação técnica para operação de
tarifa, será declarado vencedor, considerando-se rodovias, não sendo mais prevista a entrega de
também o respectivo valor de outorga fixa ofertado; atestado de manutenção e construção em
empreendimentos semelhantes.
Caso mais de um participante oferte o desconto
máximo, e caso a diferença entre os valores de A medida objetiva afastar barreira de entrada a
outorga ofertados seja maior que 10%, será declarado novos atores, permitindo que empresas capazes
vencedor o participante com o maior valor de outorga. de operar os serviços não, obrigatoriamente,
sejam as construtoras.
Caso mais de um participante oferte o desconto
máximo, e caso a diferença entre os valores de
outorga ofertados seja igual ou menor que 10%, será
aberta a etapa de lances.

TIR do Projeto = 9,2% aa


TIR do Projeto (com desconto 12%) = 6,86% aa
79
Roadshow RIS
Concessões Rodoviárias Federais - Etapas

 Concessões da 1ª Etapa
- Preços Unitários e TIR Maior ~ 18,00%
- Inexecuções apuradas via Fluxo de Caixa

 Concessões da 2ª Etapa
- Preços Globais e TIR Menor ~ 13,00%
- Inexecuções apuradas via Fluxo de Caixa

 Concessões da 3ª Etapa
- Ganhos de Produtividade e Índices de Desempenho e TIR Menor ~ 7,00%
- Inexecuções apuradas via Fator de Desconto pré-determinado sobre a Tarifa

 Concessões da 4ª Etapa
- Ganhos de Produtividade e Índices de Desempenho e TIR Maior ~ 9,00%
- Inexecuções apuradas via Fator de Desconto pré-determinado sobre a Tarifa
- Outorga
3ª e 4ª Etapas de Concessões Federais
• Ganho do licitante que oferecer maior deságio tarifário;
• Não é apresentado Plano de Negócios (Fluxo de Caixa Contratual).

 Fator C: redutor ou incrementador da Tarifa Básica de Pedágio, utilizado como


mecanismo de reequilíbrio do Contrato aplicável sobre eventos que gerem impactos
exclusivamente na receita e nas verbas indicadas.

 Fator D: redutor ou incrementador da Tarifa Básica de Pedágio, utilizado como


mecanismo de aplicação do Desconto de Reequilíbrio relativo ao não atendimento aos
Parâmetros de Desempenho, às Obras de Ampliação de Capacidade e de Manutenção
do Nível de Serviço, ou como Acréscimo de Reequilíbrio no caso de antecipação na
entrega de obras.

 Fator Q: redutor ou incrementador da Tarifa Básica de Pedágio, utilizado como


mecanismo de aplicação de desconto por não atendimento aos indicadores de
qualidade previstos ou, conforme o caso, como acréscimo em razão do atendimento
desses mesmos indicadores..

 Fator X: redutor do reajuste da Tarifa de Pedágio referente ao compartilhamento, com


os usuários do Sistema Rodoviário, dos ganhos de produtividade obtidos pela
Concessionária.
Novo Modelo de Concessão Rodoviária Federal - CONTRATO

Principais mudanças no Contrato de Concessão

1 • Requalificação tarifária: proporcional ao trecho que foi duplicado;


• Para respeitar o fluxo de caixa do projeto, deve-se respeitar o
Tarifa Pista Simples x
cronograma de obras;
Pista Dupla
• Maior justiça tarifária ao usuário;
• Incentivo à execução das obras de ampliação de capacidade.

• Redução de 10% ou bonificação de 2,5% na tarifa;


2 • Avaliação do ID dividida em: Índice de Performance (IP) e Índice de
Atraso (IA);
Índice de Desempenho • Não representa composição de reequilíbrio;
• Critério objetivo para abertura de processo de caducidade;
• Deve ser comprovado através de relator independente.

• Maior estabilidade tarifária e previsibilidade regulatória;


3
• Utilização do Índice de Desempenho (ID) no processo da revisão;
Revisão Quinquenal • Inclusão de obras e demais alterações contratuais;
• Garante a discussão com a sociedade dos benefícios e custos de
investimentos não previstos originalmente.
83
Pergunta que não quer calar...

E COMO É
CALCULADA
A RECEITA DE
UMA
CONCESSÃO?
. FLUXO DE CAIXA PLURIANUAL
. CÁLCULO VPL
Ano Concessão ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ... ANO 30
Descrição Observação
Cálculo VPL Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 ... Ano 29
Entradas
0
0 Veícul os equi va l entes (N ) x Ta ri fa Pedá gi o (R$ CAT1)
Receita Tarifária (N x R$ CAT1) + + + + + ... +
Receita Não Tarifária (R$) + + + + + ... +
Receitas Financeiras + + + + + ... +
Total Receitas + + + + + ... +
Saídas Curva de tráfego é fixa no FCC
Tributos sobre a receita total - - - - - ... -
Custos Operacionais - - - - - ... -
Custos administrativos - - - - - ... -
Conservação, Manutenção e Monitoração - - - - - ... -
Seguros Garantias - - - - - ... -
Total de Custos, sem depreciação - - - - - ... - Desconto contábil (virtual) para não incidir IR
Rusultado antes dos impostos = = = = = ... =
IR - - - - - ... -
CSLL - - - - - ... -
Resultado líquido = = = = = ... =
É devolvida porque não saiu do "bolso" e o fluxo de
Depreciação + + + + + ... + caixa é CAIXA
Fontes = =
Investimentos - -
Fluxo=- está=-equilibrado
=
-
...
...
VPL =
=-
0 Recuperação, Ampliações e Melhorias
Saldo de Caixa = = X Y Z ... W
VPL 0

Considerando que K é o Custo do Capital = TIR = 10% A TIR é fixa no FCC

X + Y ´+ Z ... W . DEVE SER IGUAL A 0 (ZERO) PORQUE PAGA OS CUSTOS;


CÁLCULO DO VPL . TEM FÓRMULA NO EXCEL;
1 2 3 29
(1+K) (1+K) (1+K) (1+K) . É O CUSTO DO CAPITAL (DINHEIRO NO TEMPO)
CADUCIDADE?
CASSAÇÃO?
RELICITAÇÃO?
Agosto/2017

O CENÁRIO MUDOU?
Fevereiro/18

Por que?
Abril/18

A crise inviabilizou o Programa de Concessões?


O que aconteceu?
 Crise macroeconômica = Frustração de Receita x TIR antiga para um novo cenário;
 PIB projetado x PIB realizado

CRISE SEM PRECEDENTES DESDE QUE O PIB É MEDIDO!


 Carta de intenção de financiamento: até 70%;
 Insegurança Política;
 Órgão controlador (Tribunal de Contas) x Agência Reguladora;
 Ministério Público x Agência Reguladora;
 Agentes públicos respondem com seus CPFs e seus próprios bens;
 Agências Reguladoras com fiscalização mais rigorosa;
 Aplicação de penalidades/multas (R$ MM);
 Receio em aprovar pleitos de reequilíbrio das Concessionárias;

Se o Balanço “ativos x passivos” é negativo =

Destruição do valor do negócio.

ESTÁ PREVISTO NO PLANO DE NEGÓCIO?


Veículo: O Globo - RJ Data: 06/05/2018 - Página: 36 - Editoria: ECONOMIA

Concessão
O Brasil depende
dela para crescer!!!
Visão Geral do Contrato de
Concessão
Etapas da Concessão
6-12 meses 1-5 anos A partir da Recuperação até o fim da Concessão

Trabalhos Recuperação
Manutenção
Iniciais Estrutural

Durante todo o período da Concessão

Operação

A partir dos Trabalhos Iniciais até o fim da Concessão

Conservação

Monitoração

Investimentos : Ampliação, Melhorias e Obras por Gatilho


Obrigações de Investimentos
Vídeo Autopista Fluminense
Antes
Definições

O que seriam as Obrigações de Investimento


As obrigações de investimentos se assemelham a projetos e possuem
início, meio e fim na vigência do contrato de concessão.

Estão definidas nas frentes de Recuperação, Ampliação e Melhorias do


Programa de Exploração da Concessão e tem prazo estabelecido ou serão
acionadas por gatilho para que sua execução ocorra.

Como garantir que as Obrigações de Investimentos serão


cumpridas

A obrigação tem que ser cumprida nos prazos, quantidades e qualidade


previstas em contrato, atendendo inclusive o cumprimento de todas as
atividades relacionadas – marcos regulatórios (atividades antecessoras
e sucessoras).
Obrigações de Investimento

Trabalhos Iniciais: inicio da operação, cadastro inicial

Anteprojeto: aprovação do Poder Concedente e licenciamento


ambiental

Recuperação: atingir parâmetros de qualidade definidos no


contrato de concessão na estrutura existente;

Ampliação: acrescentar novas estruturas (duplicação, vias


marginais, OAE´s, contornos urbanos, novos fingers ou redes)

Gatilho: obras necessárias para manutenção dos níveis de


serviço (existente ou ampliada). Ex.: 3ª faixa, aumento do pátio
ou duplicação ferrovia

Obras Emergenciais: manter a fluidez do tráfego e a segurança


dos usuários
Trabalhos PEC
Outros Custos: seguro garantia, custos do financiamento,
Iniciais Investimentos rolagem da dívida, etc.

Passivos Ambientais: cadastro inicial da Rodovia e CREMA


Níveis de Serviço – HCM (2000)

NS A NS B

Nível em que
NS C NS D
a Rodovia
atinge sua
saturação,
isto é, sua
capacidade
NS E NS F
Figura 5.1 – Ilustração dos diferentes Níveis de Serviço (NS)
Fonte: HCM (2000).
Obrigações de Investimento
Quando o licenciamento for risco da Concessionária, prever:

Estudos de Impacto Ambiental: EIA/RIMA para emissão da LP

Atendimento das Condicionantes da LP para emissão da LI

Elaboração dos PBA´s e posterior cumprimento deles

Arqueologia (Portaria IPHAN, resgaste/monitoramento de sítios

Indígenas e Comunidades Quilombolas

Cavidades Naturais (estudos de relevância, desvios, supressão)

Construção das Passagens de Fauna

Monitoração da qualidade do ar, da água, da fauna, da flora

Obter ASV´s, licenças locais, outorgas, etc + Compensação da


lei do SNUC (até 5% do valor do empreendimento)
Novas tecnologias na execução das obras
Obrigações de Investimento

Delimitação da faixa de domínio e sistema de gestão (SIGVIA)

Desapropriação/Declaração de Utilidade Pública

Desocupação da faixa de domínio (incl. remanejamento)

Laçadores e guarda de animais

Remoção de Interferências

Remoção de famílias

Regularização de Acessos
Obrigações Contratuais
de Conservação e Manutenção
Cumprimento das obrigações contratuais de
conservação e manutenção, isto é, a aderência
ao escopo e aos parâmetros estabelecidos no
Contrato de Concessão.

O que seriam as Obrigações de Conservação e Manutenção?


São todas as demais obrigações contratuais que não se enquadram
como Investimentos ou gestão do negócio (custos administrativos);
Visam garantir o escopo e os parâmetros de qualidade e desempenho
estabelecidos no Contrato de Concessão.

Como garantir que as Obrigações de conservação e manutenção


serão cumpridas?
Atendendo aos prazos, parâmetros e/ou solicitações do Concedente;
Cumprindo os parâmetros, que poderão ser evidenciados nos relatórios
de monitoração e fiscalizações do Poder Concedente.
Obrigações de Conservação

Pavimento (tapa buraco, remendo localizado)

Elementos de Proteção e Segurança (substituição de


elementos danificados, recuperação e limpeza)
Obras de Arte Especiais (pintura, recobrimento armadura
exposta, desobstrução de buzinotes, reparo guarda-corpo)
Sistemas de Drenagem e Obras de Arte Correntes (limpeza e
desobstrução, recuperação de pequenos elementos)
Terraplenos e Estruturas de Contenção (limpeza, retirada de
vegetação das estruturas de contenção e da drenagem)
Canteiro Central e Faixa de Domínio (roçada, capina, limpeza,
pintura, plantio de vegetação)
Edificações e Instalações Operacionais (pintura, manutenção
predial, elétrica, hidráulica, mobiliário)
Sistemas Elétricos e de Iluminação (limpeza, substituição de
lâmpadas e/ou luminárias e/ou cabos)
Obrigações de Desempenho
Desempenho da Operação e TI

Atendimento médico, mecânico e guinchos

Serviço de Atendimento ao Usuário - SAUs

Postos de pesagem veicular

SAT – Sistema de análise de tráfego

Radares

Fibra óptica e CFTV

Câmeras e OCR

Ouvidoria e Comunicação
Verbas Regulatórias
O que são as Verbas
Regulatórias?

São rubricas ou valores estabelecidos


em Contrato que requerem algum tipo
de acompanhamento, aprovação e/ou
prestação de contas junto ao Poder
Concedente.

Seus valores podem ser definidos em


contrato e, caso não sejam utilizados,
vão para modicidade tarifária.

Ou podem ser um percentual da


receita.
Verbas Regulatórias

Desapropriações e Estudos Ambientais

RDT – Recurso de Desenvolvimento Tecnológico

Aparelhamento da Polícia Rodoviária

Taxa de Fiscalização
Vídeos
Rodovia
- Autopista Fluminense
Aeroportos
-Porto Alegre
- GRU
- Fortaleza
Reequilíbrio do Contrato
Equilíbrio Econômico Financeiro do Contrato
A maioria dos Contratos de Concessão instituem o equilíbrio econômico e
financeiro da Concessão como princípio fundamental do Contrato, estabelecendo
mecanismos para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente
entre os encargos da Concessionária e a retribuição dos usuários da Rodovia.

O que estabelece a Lei nº 8.987


– Lei das Concessões de Serviço Público
Capítulo IV
DA POLÍTICA TARIFÁRIA
Art. 9o A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e
preservada pelas regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato.
§ 1o ...
§ 2o Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio
econômico-financeiro.
§ 3o Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos
Com a adoção do Fluxo de Caixa Marginal
legais, após a apresentação da proposta, quando comprovado seu impacto, implicará a revisão da tarifa, para mais
ou para menos, conforme o caso.
poderá ser negociada nova Matriz de Risco.
§ 4o Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equilíbrio econômico-financeiro, o
poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à alteração.
Art. 10. Sempre que forem atendidas as condições do contrato, considera-se mantido seu equilíbrio econômico-
financeiro.
Fonte: Loar Engenharia
Exemplos de Eventos Geradores de Reequilíbrios
Contratuais, pois alteram a condição original do
contrato
• Modificação Unilateral pelo Poder Concedente;
• Criação ou Alteração de Tributos e Encargos Legais;
• Acréscimo ou Supressão de Obras ou Serviços (PEC);
• Força Maior, Caso Fortuito, Fato da administração ou Fato do Príncipe;
• Modificação Estrutural nos Preços dos Insumos (CAP em 2013 e 2018);
• Alteração Legislativa com Impacto sobre a Receita;
• Suspensão da Cobrança de Pedágio por Decisão Judicial

Formas de Restabelecimento do Equilíbrio


• Revisão do Valores das Tarifas de Pedágio;

Com a adoção do Fluxo
Modificação do Prazo do Contrato de Concessão;
de Caixa Marginal
• Compensaçãopoderá
Direta àser negociada(Aporte);
Concessionária nova Matriz de Risco.
• Reprogramação dos Investimentos (Antecipação ou Postergação);
• Qualquer Outra Alternativa Acordada entre as Partes.
Todo o reequilíbrio contratual pode
ocorrer de duas formas:

i) Estar estabelecido em contrato:


reequilíbrio via Fluxo de Caixa
Contratual; ou

i) Ocorrência de evento imprevisível a


época da proposta: reequilíbrio via
Fluxo de Caixa Marginal.
Fluxo de Caixa Contratual
X Fluxo de Caixa Marginal
A metodologia consiste na recomposição do equilíbrio contratual, na hipótese de
inclusão obrigações não previstas no Programa de Exploração da Concessão – PEC,
por meio da adoção de um Fluxo de Caixa Marginal, projetado em razão do evento
que ensejar a recomposição, considerando:

I - os fluxos dos dispêndios marginais resultantes do evento que deu origem à


recomposição; e
II - os fluxos das receitas marginais resultantes da recomposição do equilíbrio
econômico-financeiro para custear dispêndios marginais.

Com a adoção do Fluxo de Caixa Marginal


poderá ser negociada uma nova Matriz de Risco
e nova Taxa Interna de Retorno (TIR ou WACC).
Exemplo: Lei nº 13.103/2015. (Lei dos Caminhoneiros)
Art. 16. O art. 1o da Lei no 7.408, de 25 de novembro de 1985, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 1o Fica permitida, na pesagem de veículos de transporte de carga e de passageiros, a tolerância máxima de:
I - 5% (cinco por cento) sobre os limites de peso bruto total;
II - 10% (dez por cento) sobre os limites de peso bruto transmitido por eixo de veículos à superfície das vias públicas.
Parágrafo único. Os limites de peso bruto não se aplicam aos locais não abrangidos pelo disposto no art. 2o da Lei
no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, incluindo-se as vias particulares sem acesso à
circulação pública.” (NR)
Art. 17. Os veículos de transporte de cargas que circularem vazios não pagarão taxas de pedágio sobre os eixos que
mantiverem suspensos. (Regulamento)
Art. 17. Em todo o território nacional, os veículos de transporte de cargas que circularem vazios ficarão isentos da
cobrança de pedágio sobre os eixos que mantiverem suspensos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 833, de 2018)
§ 1º O disposto no caput abrange as vias terrestres federais, estaduais, distritais e municipais, inclusive as
concedidas. (Incluído pela Medida Provisória nº 833, de 2018)
§ 2º Os órgãos e as entidades competentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disporão
sobre as medidas técnicas e operacionais para viabilizar a isenção de que trata o caput. (Incluído pela Medida Provisória
nº 833, de 2018)
§ 3º Até a implementação das medidas a que se refere o § 2º, consideram-se vazios os veículos de transporte de
carga que transpuserem as praças de pedágio com um ou mais eixos que mantiverem suspensos, assegurada a
fiscalização da condição pela autoridade com circunscrição sobre a via ou pelo seu agente designado na forma prevista
no § 4º do art. 280 da Lei nº 9.503, de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro. (Incluído pela Medida Provisória nº 833, de
2018)
§ 4º Para as vias rodoviárias federais concedidas, poderá ser adotada a regulamentação da Agência Nacional de
Transportes Terrestres - ANTT. (Incluído pela Medida Provisória nº 833, de 2018)
§ 5º Ficam sujeitos à penalidade prevista no art. 209 do Código de Trânsito Brasileiro os veículos de transporte de
cargas que circularem com eixos indevidamente suspensos. (Incluído pela Medida Provisória nº 833, de 2018)
Fluxo de Caixa Principal – Previstos
(Premissas do Contrato de Concessão)
• Demanda projetada;
• Investimentos, despesas e custos previstos; e
• TIR da proposta do leilão proporcional ao deságio concedido.

Fluxo de Caixa Marginal - Extraordinários


(Resolução ANTT 3.651/2011 e 5.850/2019)
• Demanda projetada é substituída pela real;
• Despesas e Com a forem
custos: se adoção do Fluxo
novos serviços, devemdeser Caixa
orçados; Marginal
• Novas obrigações de investimentos: orçar pelas tabelas referenciais
poderá ser negociada nova Matriz de Risco.
(federal, estadual, municipal) ou coleta de preços de mercado; e
• TIR calculada por fórmula a definir entre Poder Concedente e
Concessionária.
Fluxo de Caixa de uma Concessão (Plurianual)

Entradas Saídas

Receitas Investimentos Taxa Interna de Retorno (TIR)


Tarifárias e Custos • FIXA no fluxo de caixa
contratual;
Receitas Não • Necessária para calcular o VPL
Tributos (custo do dinheiro no tempo);
Tarifárias
• Resultado previsto da
Receitas Custo do concessão.
Financeiras Capital (TIR) VPL = 0 (Fluxo Equilibrado)
Entradas – Saídas = VPL (R$ 0,00)

Fluxo de Caixa Equilibrado


. FLUXO DE CAIXA MARGINAL
. VPL COM NOVA TIR E DEMANDA
Ano Concessão ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ... ANO 30
Descrição Observação
Cálculo VPL Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 ... Ano 29
Entradas
0
0 Veícul os equi va lentes (N ) x Ta rifa Pedá gio (R$ CAT1)
Receita Tarifária (N x R$ CAT1) + + + ... +
Receita Não Tarifária (R$) +
Receitas Financeiras +
Total Receitas + + + ... + Curva de tráfego é a REAL no
Saídas
Tributos sobre a receita total - - - ... -
FCM
Custos Operacionais -
Custos administrativos -
Conservação, Manutenção e Monitoração -
Seguros Garantias -
Total de Custos, sem depreciação - - - ... - Desconto contábil (virtual) para não incidir IR
Rusultado antes dos impostos = = = ... =
IR - - -
Nova
...
obrigação
-
extracontratual.
CSLL - - - ...Inclusão
- no FCM do valor
Resultado líquido = = = orçado,
... =no ano que ocorreu ou
É devolvida porque não saiu do "bolso" e o fluxo de
Depreciação + + + ...irá ocorrer
+ o desequilíbriocaixa é CAIXA
Fontes = = = ... =
Investimentos - - Recuperação, Ampliações e Melhorias
Saldo de Caixa = Y Z ... W
VPL 0 Fluxo está equilibrado VPL = 0
Considerando que K é o Custo do Capital = TIR = (NOVA)% Nova TIR é definida entre as partes no FCM

X + Y ´+ Z ... W . DEVE SER IGUAL A 0 (ZERO) PORQUE PAGA OS CUSTOS;


CÁLCULO DO VPL . TEM FÓRMULA NO EXCEL;
1 2 3 29
(1+K) (1+K) (1+K) (1+K) . É O CUSTO DO CAPITAL (DINHEIRO NO TEMPO)
E quando ocorre um desequilíbrio (VPL # 0) por
solicitação de novos investimentos?

O que é necessário para a Inclusão de Novos


Investimentos?

• Orçamento com base em • Atestar que os valores dos


sistema de custo de referência. novos investimentos estão
Caso não seja possível, envio compatíveis com os preços
de três cotações. de mercado.
...
Composição do SICRO/PR – Obs.: DMT/inclusão transporte
SICRO/PR – Preços unitários do transporte de acordo com sua natureza
Preços Unitários DER/PR – Obs.: Transporte e BDI
Composição do DER/PR – cálculo do transporte
Elaboração de Orçamentos

Na elaboração de orçamentos, o que devemos considerar:

- Bonificação e Despesas Indiretas - BDI;


- Elaboração de Projetos e Levantamentos de Campo (Abertura de Poços
de Visita, Sondagens, Topografia) e Consultoria;
- Administração Local;
- Implantação, Manutenção e Desinstalação de Canteiro de Obras e
Acampamentos;
- Mobilização e Desmobilização;
- Sinalização de Obras;
- Supervisão, Acompanhamento e Controle Tecnológico;
- Gestão Ambiental;
- Administração da Concessionária.
BDI de Referencia do SICRO – ANTT/DNIT
Entendeu o papel
do Engenheiro de
Custos nas
Concessões?
Reajuste Anual
Objetivo

Garantir a manutenção do valor real


das tarifas de pedágio das
concessionárias em concordância com
o que dispõem os contratos de
concessão. Não Confunda!

Reajuste Anual com Reequilíbrio Tarifário


Teoria

1. Reajuste é para Compensar Aumentos dos Insumos

2. Reajuste é para Manter Poder Aquisitivo das Tarifas

3. Exemplos de Índices de Reajuste


- Fórmula Paramétrica Representativa dos Insumos
Exemplo: 15% Terraplenagem;
20% Pavimentação;
25% OAE; e
40% Consultoria

- Reajuste pela Inflação Oficial (IPCA)

4. Data de Reajuste Anual das Tarifas

5. Riscos Políticos de Atraso na Aprovação do Reajuste

Fonte: Loar Engenharia


Para se ter sucesso...
Os fatores mais importantes para
elaboração de uma proposta de custos
de concessão eficiente é a fluidez da
comunicação entre as áreas da
companhia, análise dos riscos de
suprimir obrigações e o completo
conhecimento do Edital, EVTE, Projeto e
Perguntas e Respostas!
Vídeos
Porto Maravilha

Rodovia
RAPOSO TAVARES - CART
Penalidades
Inexecuções ou atrasos
Ocorrência de Atrasos ou inexecuções
nos Cronogramas de Execução

Ocasionados por Ocasionados por


Eventos Atribuídos a Eventos de não
Concessionária na responsabilidade da
Matriz de Risco e que Concessionária e/ou
Não foram Repactuados foram Repactuados

Modicidade TBP Modicidade TBP


(Fator ou Calculo no (Fator ou Calculo no
FxCx) FxCx)

Multa Multa
Não-Conformidade
Cartão Amarelo

Fiscalização diária

Possuem prazo de atendimento

Podem se tornar multa ou a multa ser emitida


diretamente
Autos de Infração
Cartão Vermelho

O descumprimento, se houver, deve ser executado

Se não obtiver êxito nas esferas administrativa e judicial,


a multa deve ser paga e a inexecução executada

Alto custo com escritórios jurídicos e ações judiciais

Os contratos preveem arbitragem, porém o custo é elevado

Pode inviabilizar o negócio e destruir o valor da concessão

Se reiteradas, pode levar à caducidade do contrato


Ficou com alguma dúvida?

Aproveite este momento para fazer perguntas!


Custos de Concessão - Trabalho
- Objetivo: pesquisa e conhecimento de concessões, por meio do Estudo de Viabilidade, PMI,
Edital e/ou Contrato, e das obrigações contratuais que deverão ser consideradas/calculadas para
a elaboração de um orçamento/proposta ou gestão de uma concessão.
Como as aulas terão maior ênfase em concessões de rodovias, os grupos serão divididos nos
demais ramos do setor, para ampliar o conhecimento do negócio, conforme sugestão a seguir.

Grupo 1- Aeroporto (ANAC)


Grupo 2- Porto (ANTAQ)
Grupo 3- Ferrovia (ANTT)
.....
Grupo n- A definir

- Apresentação: Trabalho em Grupo (no mínimo __ alunos e no máximo __ alunos), a ser


apresentado em Power Point (.ppt) com, no máximo, 20 (vinte) slides. Na capa deve constar o
Objeto da Concessão (case real), datas das aulas, nome da matéria e nome COM SOBRENOME
de todos os membros do grupo.
Custos de Concessão - Trabalho
Data de envio dos trabalhos: 04/07/22 (não enviar antes ou depois)
- O trabalho será enviado pelos grupos no dia 04/07/22 para o e-mail cuadra.karla@gmail.com.

A apresentação deve compreender o que segue:


• Escolher um Objeto de concessão (ANAC, ANTT, ANTAQ) diferente dos demais grupos.
• Apresentar as obrigações contratuais de:
 Investimentos (ampliação, melhorias, recuperação, manutenção, licenciamentos, etc)
 Conservação
 Operação (desempenho, SLA)
 Custos para manutenção do contrato (seguros, garantias, taxas), etc
• Apresentar a Matriz de Risco – Concessionária x Concedente
• Apresentar as Receitas possíveis
• Apresentar as Penalidades previstas
• Apresentar Possibilidades de Reequilíbrio
• Apresentar Cronograma ou Fluxo de Caixa e a TIR do projeto (não é Demonstrativo Financeiro
ou Balanço Financeiro)
Muito obrigada!

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