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IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS MODELOS DE

CONCESSÃO RODOVIÁRIA UTILIZADO NO BRASIL E NO MUNDO

Geraldo Lopes Oliveira Filho²


Márcio Silva dos Santos¹
Paulo Henrique Torres³

Prof.ª. Me. Izabel Cristina de Souza Amaral (Orientadora)

RESUMO

As concessões das rodovias brasileiras tem sido uma forma de promover o desenvolvimento da malha
rodoviária existente e garantir que a mesma possa permanecer trafegável e em condições de apoio
suficientes para atender o crescimento econômico, servindo de suporte para o sistema de logística
intermodal de pessoas e cargas no país. Tendo em vista que a infraestrutura logística é a base para o
avanço de um braço forte para o desenvolvimento do país.

Este trabalho apresenta um apanhado bibliográfico sobre os sistemas de concessões utilizados no Brasil,
bem como suas características e peculiaridades. Apresenta uma revisão histórica sobre o processo de
concessões no País e definição dos modelos de parcerias entre o Estado e a iniciativa privada praticada
no Brasil e no mundo.

*Artigo apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Logística Ferroviária e Intermodalidade
dos sistemas de transportes

1-Engenheiro Agrimensor e Pós – Graduando em Engenharia Ferroviária;


2-Engenheiro Civil e Pós – Graduando em Engenharia Ferroviária;
3-Engenheiro Agrimensor e Pós – Graduando em Engenharia Ferroviária;
1. INTRODUÇÃO

O modal rodoviário é um dos meios de transporte mais utilizado como forma de deslocamento
de pessoas, produtos e mercadorias no país. Isso é resultado de um investimento político,
financeiro e estratégico em longo prazo no setor. Porem, a ampliação da malha fez com que
surgisse um problema que o governo teria que resolver para manter as rodovias como um
braço forte para o desenvolvimento do Brasil.

Em 1940, a malha rodoviária brasileira ocupava 192 mil quilômetros, dos quais apenas 775
eram pavimentadas. Isto representa pouco mais que a distancia entre São Paulo e Rio de
Janeiro (625 quilômetros). (MACHADO, 2005).

A manutenção dessas estradas começou a onerar o estado publico situação essa que fez com
que o governo começasse a abrir mão do direito de manutenção e ampliação das rodovias
brasileiras. Neste senário, surgiram às concessões como forma de fazer com que qualquer
empresa privada pudesse adquirir o direito de uso das rodovias brasileiras desde que fosse
assumido o compromisso de manutenção e investimentos no trecho cedido pelo governo
federal sob forma de outorga, ou seja, o direito de uso por um tempo determinado. E entrega
do trecho cedido em perfeitas condições ao final do tempo de concessão.

A expansão do transporte rodoviário, após a segunda guerra mundial, foi impulsionada pelo
desenvolvimento da indústria automobilística e pelos baixos custos do petróleo. (BNDES)

A concessão das rodovias foi uma solução encontrada pelo governo federal para garantir que
suas estradas permanecessem em condições de uso, promover o desenvolvimento e ampliação
das mesmas sob cuidado da iniciativa privada.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Brasil antes do programa de concessões

Diante de um cenário politico conturbado, diante da instabilidade mundial no pós-segunda


guerra, o Brasil pensa em maneiras de recuperar sua economia, como aquecer o comércio
interno e fazê-lo seguir em frente. O governo busca formas de garantir o desenvolvimento.
Então o estado lança mão de investir em infraestrutura e permite que a iniciativa privada
possa explorar as rodovias por um determinado tempo e devolvê-lo, caracterizando uma
concessão.

De acordo com (Machado, 2005), a média de investimentos em infraestrutura no Brasil é


muito baixa, enquanto nos países desenvolvidos têm-se um investimento mais ousado em
infraestrutura, o Brasil investe em torno de 2% do PIB (Produto Interno Bruto) em
Infraestrutura. Os ou outros países chegam a investir cerca de 8% do seu PIB em condições
necessárias para investimentos em logísticas e etc.

Como alternativa para viabilizar o financiamento de obras públicas, governos de diversos


países, em diferentes épocas, buscaram a associação com a iniciativa privada, visando alocar
os recursos técnicos e matérias das empresas para implementar obras e serviços de interesse
pulico. (MACHADO, 2005)

O Brasil começa a pesquisar sobre modelos de parcerias envolvendo o estado e a iniciativa


privada por meio das concessões.

Didaticamente podemos identificar alguns modelos de parceria que servirão como base para
entendimento dos modelos de concessões utilizados no Brasil.

Esses modelos são definidos por, (LASTRAN,1998, apud SERMAN,2008,p.48-49), em três


tipos:

 Concessões Subsidiadas: São aquelas que necessitam de aporte de facilidades


financeiras pelo Governo, de modo a complementar as receitas oriundas da cobrança
de pedágio, possibilitando um nível tarifário adequado à capacidade de pagamento dos
usuários. O subsídio governamental é constituído, geralmente, pelo pagamento de
contraprestações periódicas associadas à execução de obras e serviços. O Governo

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poderá, ainda, assumir despesas relativas a algumas obras ou às desapropriações
necessárias à implementação do projeto.
 Concessões gratuitas: São aquelas cujo volume de tráfego e os encargos da
concessionária estão suficientemente equilibrados para propiciar um nível de tarifa de
pedágio adequado à capacidade de pagamento dos usuários. Neste caso, não há
necessidade de aporte de recursos adicionais pelo Governo.
 Concessões onerosas: São aquelas em que a rentabilidade do empreendimento pode
ser alta o suficiente para permitir a exigência de pagamentos pela concessionária para
a outorga efetuada. Neste caso, a arrecadação adicional de recursos pelo Governo
poderá ser destinada à execução de obras de recuperação e manutenção em outras vias,
constituindo, desta forma um subsídio cruzado.

Existe ainda um quarto tipo de concessão, denominada no Reino Unido por “Shadow Toll”
(Pedágio Sombra) e no México por “Projetos de Prestação de Serviço – PPS”, pela qual o
Governo contrata uma empresa privada para projetar, construir, manter e operar uma rodovia.
Em contrapartida, a empresa recebe do Governo (não há cobrança de pedágio) pagamentos
periódicos baseados num mecanismo que leva em conta a disponibilidade da via e seu nível
de uso, ou seja, o valor a receber depende do número de veículos que passam pela rodovia.

No Brasil, o modelo adotado para a primeira etapa do Programa de Concessões de Rodovias


Federais baseou-se na justa medida entre encargos e receitas, caracterizando as concessões
como gratuitas. Já no caso das rodovias paulistas, o modelo foi de concessão onerosa.
Atualmente, estão em desenvolvimento procedimentos licitatórios para implantação de
concessões subsidiadas.

2.2. Concessões Rodoviárias

De acordo com o Aurélio [Do lat.Concessione.] s.f. 1. Ação de conceder; permissão,


consentimento. 2. Ato de ceder seu direito, do seu ponto de vista, em favor de outrem;
condescendência. 3. Econ. Privilégio que o governo concede a uma empresa para que explore,
em regime de monopólio, um serviço de utilidade publica. 4. Econ. Privilégio concedido pelo
Estado a uma empresa ou indivíduo para que explore, mediante contrato, recursos naturais
cuja propriedade, segundo a constituição, não pode ser privada.

O contrato de concessão é um instrumento complexo, que busca – em tese – a maximização


do bem-estar do consumidor, condicionada a um retorno atrativo para o investidor. O contrato

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compreende diversos elementos interdependentes – valor e prazo da concessão, regras de
fixação de tarifas, condições de financiamento, direitos e obrigações durante a vigência da
concessão e ao final do contrato (MACHADO, 2005).

A partir desta definição pode-se apresentar um pouco do histórico e da representatividade das


concessões como um sistema de manutenção e investimento de um bem público, seja ela no
setor de infraestrutura, objeto do nosso estudo, ou em outra área de atuação do poder público.

2.2.1. Programa Federal

O Programa de Concessões de Rodovias Federais começou a ser implantado com a licitação


dos cinco trechos que haviam sido pedagiados diretamente pelo Ministério dos Transportes,
numa extensão total de 858,6 km, enquanto estudos eram realizados para identificar outros
segmentos considerados técnica e economicamente viáveis para inclusão no Programa.
Inicialmente, foram analisados 18.059,1 quilômetros de rodovias, dos quais 11.191,1
quilômetros foram considerados viáveis para concessão e 6.868 quilômetros viáveis somente
para a concessão dos serviços de manutenção. (DNIT)

Tradicionalmente, Brasil, os investimentos em rodovias foram realizados com recursos


públicos, originários dos tesouros nacional, estaduais e municipais […] em 1948 e 1988, a
infraestrutura rodoviária foi financiada principalmente pelo Fundo Rodoviário Nacional, FRN
(Fundo Rodoviário Nacional), composto de verbas provenientes de impostos sobre
combustíveis e lubrificantes. (MACHADO, 2005).

Em 1937 foi criado o DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), cujo objetivo
era conduzir a politica rodoviária sob jurisdição federal, bem como aplicar recursos do FRN
reservados à União.

De acordo com o mesmo autor, o pedágio foi instituído formalmente pela constituição de
1946. A partir de então foi estabelecido o uso deste recurso exclusivamente para despesas
com construção, manutenção e melhoramento de estradas.

A partir de então o Estado começou a utilizar o sistema de cobrança de pedágio para


manutenção e recuperação das rodovias brasileiras.

O ministério dos transportes, por meio da portaria n° 10/93, criou o programa de concessões
rodoviárias federais, conhecido como PROCROFRE (Programa de Concessão de Rodovias
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Federais), cuja finalidade de conceder ao setor privado a exploração de aproximadamente
25% dos 52 mil quilômetros de rodovias pavimentadas da rede rodoviária federal. Até 1997, o
DNER transferiu à iniciativa privada, via concessões, cinco trechos de rodovias federais em
um total de 856 quilômetros. Conforme tabela a seguir:

Tabela 1 - Primeiras concessões realizadas no Brasil.

Rodovias Trecho Extensão(Km)

BR-116/RJ/SP (NOVA
RIO DE JANEIRO – SÃO PAULO 402,0
DUTRA)

BR-040/MG/RJ (CONCER) RIO DE JANEIRO – JUÍZ DE FORA 179,9

RIO DE JANEIRO – TERESÓPOLIS–ALÉM


BR-116/RJ (CRT) 142,5
PARAÍBA

BR-290/RS (CONCEPA) OSÓRIO – PORTO ALEGRE 121,0

BR-116/293/292/RS (ECOSUL) POLO DE PELOTAS 457,3


Fonte: ANTT, 2015.

A partir de então o Brasil começou a envolver a iniciativa privada nos processos de licitação
das rodovias do Brasil. Como descreve (DUARTE, 1992, Apud MACHADO (2005, p.102),
“A primeira tentativa de execução de obra pública (no setor de transportes) sob regime de
concessão à iniciativa privada foi iniciada pelo governo federal em 1987”.

Conforme o (VII CONGRESSO DE GEOGRÁFOS, 2014, p.1 e 2) há diversas formas de


contratos para concessões de rodovias, porém no Brasil não se utiliza contratos em que o
concessionário deve construir as infraestruturas, diferentemente do que ocorre em países
como a Espanha ou o México. Para as concessionárias uma preocupação antes de assinarem
um contrato é a da garantia de Volume Diário Médio (VDM) alto durante o período de
vigência do contrato. Assim, praticamente todos os tipos de contratos há como um delineador
das possíveis vantagens futuras dos trechos a serem concedidos as estimativas futuras de
VDM. Desta forma, pode-se dizer que esse é um fator presente em todas as concessões de
rodovias no mundo.

A Espanha possui vários órgãos que tem competências relacionadas às infraestruturas de


transportes, sendo o principal, inclusive no que se refere à disponibilização de dados o
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Ministério de Fomento. Para esse trabalho foram utilizados os resultados da pesquisa na
Espanha e um breve levantamento da atual fase das concessões no Brasil com o objetivo de
estabelecer comparações entre esses dois países e seus programas de concessões e os
ensinamentos que o Brasil pode ter em razão das consequências da crise espanhola para as
concessões de rodovias.

2.2.2. A PARTICIPAÇÃO PÚBLICO PRIVADA (PPP’s)

Com o advento da Lei n.º 11.079, de 30 de dezembro de 2004, as Concessões Subsidiadas


passaram a receber a denominação de Parcerias Público-Privadas, sendo subdivididas em
Concessões Patrocinadas, quando existe cobrança de pedágio, e Concessões Administrativas,
para as quais todos os encargos são financiados com recursos públicos (SEMAN, 2008).

Conforme apresenta a Associação Brasileira de Concessões Rodoviárias – ACBR, as


parcerias caracterizadas como publico privadas ainda não deslanchou no brasil. Mas há dois
contratos assinados e em funcionamento nesta modalidade de concessão: a PPP da MG-050 –
com duração de 25 anos e extensão de 371,35 quilômetros, entre Juatuba ( MG) e São
Sebastião do Paraíso, e que está sob responsabilidade da concessionária Sol Nascente;

E a PPP da Praia do Paiva em Pernambuco, que estabelece a construção de uma ponte de 320
metros de comprimento sobre o rio Jaboatão e uma via de 6,2 quilômetros de extensão, que
dá acesso ao complexo turístico e lazer do Paiva (ACBR).

3. METODOLOGIA

Neste trabalho foi utilizada a metodologia histórica de trabalho científico que é caracterizado
como a investigação dos fatos passados sobre um determinado assunto e como o seu
acontecimento foi importante para o entendimento de conceitos e comportamentos no
presente e futuro.

Conforme conceitua (PRODANOV & FREITAS), (2013, p. 36-37), “No método histórico, o
foco está na investigação dos acontecimentos ou instituições do passado, para verificar sua
influência na sociedade de hoje; considera que é fundamental estudar suas raízes visando a
compreensão de sua natureza e função”.

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3.1. Caracterização dos modelos de participação publico privada.

Conforme (MACHADO, 2005 p.50), podemos classificar didaticamente os modelos de


parceria publico privada como segue na tabela a seguir:

Tabela 2 - Modelos de Parceria Público Privada

MODELOS CLASSICOS DE PARCERIA PUBLICO PRIVADA


TIPO DE CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS OBSERVAÇÕES
PARCERIA
Régie O setor privado, sob contrato, atua em nome do poder Contratos de gerenciamento de
Intéressée público; não recebe tarifas, mas pagamentos do poder serviços de interesse público.
público, e não assume riscos.
Affermage O setor privado, sob contrato, conserva, opera e cobra Também denominado de leasing na
tarifas; retém parcela da receita e repassa o restante ao França
poder público; o governo detém a propriedade dos bens.
Consessão O setor privado, sob contrato de concessão, constrói, Pode ser do tipo subsidiada, gratuita
conserva, opera e cobra tarifas; formas variadas de ou onerosa, e ser constituída sob
garantias; ao final, os bens retornam à administração do modelo de risco total, parcial ou
poder público. compartilhada.
BOT Build, O setor privado, sob contrato de concessão, constrói (na Compreende variantes, como: BOO,
Operate, forma pura, detém a propriedade), conserva, opera e Build, Own, Operate; BOOT, Build,
Transfer cobra tarifas; as garantias geralmente são limitadas ao Own, Operate and Tranfer; BTO,
empreendimento; ao final, os bens revertem ao domínio Built, Tranfer, Operate e outras.
público.
DBFOT Baseia-se na teoria de que o setor privado é mais Nesse mecanismo, a iniciativa
Design, eficiente no gerenciamento de recursos das rodovias. privada define, constrói, financia,
Built, administra e retorna ao Estado a
Finance, rodovia construída.
Operate,
Transfer
BTO Build, O setor privado constrói o empreendimento e entrega ao Nesse caso o Estado poderá dar o
Own, Estado. direito de exploração a mesma
Operate empresa ou a outra.
BOO Buy, Análogo ao BOT, sendo que a propriedade do projeto é Não há retorno para o Estado do
Own, totalmente privada. empreendimento.
Operate
BBO Buy, Aplicável no caso de o Estado desejar vender ao setor Nesse caso não há obrigação de se
Build, privado algum ativo em operação. promover a operação e a expansão do
Oerate ativo
LDO Lease, O estado concede um ativo existente ao setor privado e Nesse caso é firmado um contrato de
Develop, exige a realização de melhorias. operação privada.
Operate

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3.2. Concessão das rodovias Brasileiras
Em 15 de agosto de 2012, o Governo Federal brasileiro lançou o Programa de Investimentos
em Logística (PIL). O programa inclui um conjunto de projetos que contribuirão para o
desenvolvimento de um sistema de transportes moderno e eficiente e serão conduzidos por
meio de parcerias estratégicas com o setor privado, promovendo-se sinergias entre os modais
rodoviário, ferroviário, hidroviário, portuário e aeroportuário.

No setor rodoviário, o programa prevê a concessão de 7,0 mil quilômetros de rodovias. O


investimento estimado é de R$ 46 bilhões.

O programa rodoviário tem como diretrizes principais: a provisão de uma malha rodoviária
ampla, moderna e integrada; cadeias de suprimentos eficientes e competitivas; e modicidade
tarifária.

Foi realizado um levantamento bibliográfico e histórico sobre os principais sistemas de


concessão rodoviária utilizado no Brasil, conforme a Agencia Nacional de Transportes
Terrestres – ANTT:

 (LEILÃO HOMOLOGADO) BR-101 RJ – PONTE RIO – NITERÓI:

Objetivo:

O projeto apresenta uma extensão total de 13,2 quilômetros, compreendendo o trecho acesso à
ponte Presidente Costa e Silva (Niterói).
Inclui todos os elementos integrantes da faixa de domínio, bem como pelas áreas ocupadas
com instalações operacionais e administrativas relacionadas à Concessão.

Descrição:

Concessão para exploração da infraestrutura e da prestação do serviço público de operação,


manutenção, monitoração, conservação e implantação de melhorias do Sistema Rodoviário.
Principais obras obrigatórias:

 Implantação de uma alça de ligação do Sistema Rodoviário à Linha Vermelha


(extensão de cerca de 2,5 quilômetros km);
 Implantação de uma passagem subterrânea sob a Praça Renascença em Niterói;
 Implantação da Avenida Portuária (extensão de cerca de 3,1 quilômetros km),
permitindo o acesso dos veículos da Avenida Brasil à área portuária.

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 (PMI – ESTUDO SELECIONADO) RODOVIAS BR-476/153/282/480 (PR/SC):

Objetivo:

O projeto apresenta uma extensão total de 493,3 quilômetros, compreendendo as rodovias:

 BR-476/PR, no trecho entre Lapa e União da Vitória;


 BR-153/PR/SC, no trecho entre União da Vitória e a divisa SC/RS;
 BR-282/SC, no trecho entre o entroncamento com a BR-153 e o entroncamento com a
BR-480; e,
 BR-480/SC, no trecho entre o entroncamento com a BR-282 e Chapecó.

Descrição:

Concessão da infraestrutura com ampliação da capacidade, recuperação, operação,


manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias.

 (PMI – ESTUDO EM ELABORAÇÃO) Rodovia BR-364 (GO/MG):

Objetivo:

O projeto apresenta uma extensão total de 439,2 quilômetros, compreendendo a rodovia BR-
364/GO/MG, no trecho entre o entroncamento com a BR-060 (Jataí) até o entroncamento com
a BR-153/262(Comendador Gomes).

Descrição:

Concessão da infraestrutura com ampliação da capacidade, recuperação, operação,


manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias.

 (PMI – ESTUDO EM ELABORAÇÃO) Rodovias BR-163/230 (MT/PA)

Objetivo:

O projeto apresenta uma extensão total de 976,0 quilômetros, compreendendo as seguintes


rodovias:

 BR-163/MT/PA, do entroncamento com a MT-220 até o entroncamento com a BR-


230;

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 BR-230/PA, do entroncamento com a BR-163 (Campo Verde) até Miritituba.

Descrição:

Concessão da infraestrutura com ampliação da capacidade, recuperação, operação,


manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias.

 (PMI – ESTUDO EM ELABORAÇÃO) Rodovias BR-163/230 (MT/PA)

Objetivo:

O projeto apresenta uma extensão total de 703,7 quilômetros, compreendendo as seguintes


rodovias:

 BR-364, no entroncamento com a BR-163 (Rondonópolis) até o entroncamento com a


BR-060 (Jataí);
 BR-060, do entroncamento com a BR-364 (Jataí) até Goiânia.

Descrição:

Concessão da infraestrutura com ampliação da capacidade, recuperação, operação,


manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias.

 (CONTRATO ASSINADO) Rodovia BR-153 (GO/TO)

Objetivo:

O projeto compreende a rodovia BR-050 nos Estados de Goiás (GO) e Minas Gerais
(MG), desde o entroncamento com a rodovia BR-040 (Cristalina/GO) até as divisas dos
Estados de Minas Gerais e São Paulo, com uma extensão total de 436,6 quilômetros. Incluem
todos os elementos integrantes da faixa de domínio, além de acessos e alças, edificações e
terrenos, pistas centrais, laterais e locais, ciclovias, acostamentos, obras de arte especiais e
quaisquer outros elementos localizados nos limites da faixa de domínio, bem como pelas
áreas ocupadas com instalações operacionais e administrativas relacionadas à concessão.

Descrição:

Concessão da infraestrutura com ampliação da capacidade, recuperação, operação,


manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias.

 (CONTRATO ASSINADO) Rodovia BR-050 (GO/MG)


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Objetivo:

O projeto apresenta uma extensão total de 624,8 quilômetros, compreendendo a rodovia BR-
153 nos Estados de Goiás (GO) e Tocantins (TO), desde o entroncamento com a rodovia BR-
060 (Anápolis, GO) até o entroncamento com a rodovia TO-070 em Aliança do Tocantins
(TO).
Incluem todos os elementos integrantes da faixa de domínio, além de acessos e alças,
edificações e terrenos, pistas centrais, laterais e locais, ciclovias, acostamentos, obras de arte
especiais e quaisquer outros elementos localizados nos limites da faixa de domínio, bem como
pelas áreas ocupadas com instalações operacionais e administrativas relacionadas à concessão.

Descrição:

Concessão da infraestrutura com ampliação da capacidade, recuperação, operação,


manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias.

 (CONTRATO ASSINADO) Rodovias BR-060/153/262 (DF/GO/MG)

Objetivo:

O projeto apresenta uma extensão total de 1.176,5 quilômetros, compreendendo as rodovias:

 BR-060 no Distrito Federal (DF) e no Estado de Goiás (GO), desde o entroncamento


com a rodovia BR-251 (DF) até o entroncamento com a rodovia BR-153 (GO). BR-
153 nos Estados de Goiás e Minas Gerais (MG), desde o entroncamento com a rodovia
BR-060atéaDivisaMG/SP.
 BR-262 no Estado de Minas Gerais, desde o entroncamento com a rodovia BR-153
(MG) até o entroncamento com a rodovia BR-381 (Betim/MG).

Incluem todos os elementos integrantes da faixa de domínio, além de acessos e alças,


edificações e terrenos, pistas centrais, laterais e locais, ciclovias, acostamentos, obras de arte
especiais e quaisquer outros elementos localizados nos limites da faixa de domínio, bem como
pelas áreas ocupadas com instalações operacionais e administrativas relacionadas à concessão.

Descrição:

Concessão da infraestrutura com ampliação da capacidade, recuperação, operação,


manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias.

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 (CONTRATO ASSINADO) Rodovia BR-163 (MT)

Objetivo:

O projeto compreende a rodovia BR-163 no Estado de Mato Grosso (MT), desde a divisa com
o Estado de Mato Grosso do Sul até o entroncamento com a rodovia MT-220, com uma
extensão total de 850,9 quilômetros. Inclui todos os elementos integrantes da faixa de
domínio, além de acessos e alças, edificações e terrenos, pistas centrais, laterais e locais,
ciclovias, acostamentos, obras de arte especiais e quaisquer outros elementos localizados nos
limites da faixa de domínio, bem como pelas áreas ocupadas com instalações operacionais e
administrativas relacionadas à concessão.

Descrição:

Concessão da infraestrutura com ampliação da capacidade, recuperação, operação,


manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias.

 (CONTRATO ASSINADO) Rodovia BR-163 (MS)

Objetivo:

O projeto apresenta uma extensão total de 847,2 quilômetros da BR-163 no Estado de Mato
Grosso do Sul, desde a divisa com o Estado de Mato Grosso até a divisa com o Estado do
Paraná.

Incluem todos os elementos integrantes da faixa de domínio, além de acessos e alças,


edificações e terrenos, pistas centrais, laterais e locais, ciclovias, acostamentos, obras de arte
especiais e quaisquer outros elementos localizados nos limites da faixa de domínio, bem como
pelas áreas ocupadas com instalações operacionais e administrativas relacionadas à concessão.

Descrição:

Concessão da infraestrutura com ampliação da capacidade, recuperação, operação,


manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias.

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 (CONTRATO ASSINADO) Rodovia BR-040 (MG/GO/DF)

O projeto compreende a rodovia BR-040 nos Estados de Minas Gerais (MG), Goiás e Distrito
Federal, desde a cidade de Juiz de Fora (MG) até a cidade de Brasília, com uma extensão total
de 936,8 quilômetros. Inclui todos os elementos integrantes da faixa de domínio, além de
acessos e alças, edificações e terrenos, pistas centrais, laterais e locais, ciclovias,
acostamentos, obras de arte especiais e quaisquer outros elementos localizados nos limites da
faixa de domínio, bem como pelas áreas ocupadas com instalações operacionais e
administrativas relacionadas à concessão.

Descrição:

Concessão da infraestrutura com ampliação da capacidade, recuperação, operação,


manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias.

Prazo de Concessão:

30 anos.
Extensão a ser duplicada:

557,2 km até o 5º ano do Prazo da Concessão.


Extensão para conversão de subtrecho em multifaixas para via duplicada:

144,8 quilômetros até o 5º ano do Prazo da Concessão.

 RODOVIA BR-116 (MG)

Objeto:

O projeto compreende a rodovia BR-116 no Estado de Minas Gerais, com uma extensão total
de 816,7 quilômetros. Inclui todos os elementos integrantes da faixa de domínio, além de
acessos e alças, edificações e terrenos, pistas centrais, laterais e locais, ciclovias,
acostamentos, obras de arte especiais e quaisquer outros elementos localizados nos limites da
faixa de domínio, bem como pelas áreas ocupadas com instalações operacionais e
administrativas relacionadas à concessão.

Descrição:

Concessão da infraestrutura com ampliação da capacidade, recuperação, operação,


manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias.

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 RODOVIA BR-101(BA)

Objeto:

O projeto compreende a rodovia BR-116 no Estado de Minas Gerais, com uma extensão total
de 816,7 quilômetros. Incluem todos os elementos integrantes da faixa de domínio, além de
acessos e alças, edificações e terrenos, pistas centrais, laterais e locais, ciclovias,
acostamentos, obras de arte especiais e quaisquer outros elementos localizados nos limites da
faixa de domínio, bem como pelas áreas ocupadas com instalações operacionais e
administrativas relacionadas à concessão.

Descrição:

Concessão da infraestrutura com ampliação da capacidade, recuperação, operação,


manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias.

Prazo de Concessão:

30 anos.
Extensão a ser duplicada:

551,3 quilômetros até o 5º ano do prazo de concessão.

 RODOVIA BR-262(MG/)

Objeto

O projeto compreende a rodovia BR-262 nos Estados de Espírito Santo e Minas Gerais, desde
o entroncamento com a rodovia BR-101 (Viana) até o entroncamento com a BR-381 (João
Monlevade), com uma extensão total de 375,6 quilômetros. Inclui todos os elementos
integrantes da faixa de domínio, além de acessos e alças, edificações e terrenos, pistas
centrais, laterais e locais, ciclovias, acostamentos, obras de arte especiais e quaisquer outros
elementos localizados nos limites da faixa de domínio, bem como pelas áreas ocupadas com
instalações operacionais e administrativas relacionadas à concessão.

Descrição

Concessão da infraestrutura com ampliação da capacidade, recuperação, operação,


manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias.

Prazo de Concessão

15
30 anos.
Extensão a ser duplicada

188,8 quilômetros até o 5º ano do prazo de concessão.

A Seguir será apresentada uma tabela resumida com as rodovias concessionadas no Brasil:

Tabela 3 – Concessões Rodoviárias vigente no Brasil

RODOVIA EMPRESA CONCESSÃ TRECHO EXTENSÃO ASSINATURA INÍCIO PRAZO


CONTROLADOR O (Km) (anos)
A
Nova Dutra CCR BR-116/RJ/SP Rio de Janeiro/RJ- 402 31/10/95 01/03/96 25
São Paulo/SP

BR-040 CONCER BR- Juiz de Fora/MG- 180 31/10/95 01/03/96 25


040/MG/RJ Rio de Janeiro/RJ
BR-116 CRT BR-116/RJ Além Paraíba- 142,5 22/11/95 22/03/96 25
Teresópolis

BR-290 TRIUNFO Concepa BR-290/RS Osório-Porto 121 04/03/97 04/07/97 20


Alegre/Ent. BR-
116/RS

BR-116/BR- ECOSUL/Ecorodovi BR-116/RS, BR-116/RS, 392/RS 457,3 15/07/98 30/11/98 25


392/RS as -Grant 392/RS
BR-116/PR/SC ARTERIS S/A Autopista Curitiba-Divisa 413 14/02/08 18/02/08 25
Planalto Sul SC/RS
BR-116/376/PR ARTERIS S/A Autopista Curitiba-Palhoça 405,94 14/02/08 18/02/08 25
e BR-101/SC Litoral Sul

BR-116/SP/PR ARTERIS S/A Autopista São Paulo-Curitiba 402 14/02/08 18/02/08 25


Regis
Bittencourt
BR-381/MG/SP ARTERIS S/A Autopista Belo Horizonte - 562 14/02/08 18/02/08 25
Fernão Dias São Paulo

BR-101/RJ- ARTERIS S/A Autopista BR-101/RJ-Divisa 320 14/02/08 18/02/08 25


Divisa RJ/ES Fluminense RJ/ES

BR-153/SP Triunfo Rodovia Divisa MG/SP-Divisa 321 14/02/08 18/02/08 25


Transbrasiliana Transbrasilian SP/PR
a

BR-393/RJ Acciona Rodovia do Divisa MG/RJ-Ent. 413 26/03/08 28/03/08 25


Concessões Aço BR-116(Dutra)
BR- Via Bahia Via Bahia BR-116/324/BA e 680 03/09/09 20/10/09 25
116/324/BA e Concessionária de BA526/528
BA526/528 Rodovias
BR- MGO-Rodovias MGO BR-050/GO/MG- 436,6 05/12/13 08/01/14 30
050/GO/MG EntBR-040-Divisa
MG/SP

BR- CONCEBRA TPI BR- 1176,5 05/12/13 08/01/14 30


060/153/262/ 060/153/262/DF/G
DF/GO/MG O/MG
BR-163/MT- ROTA DO OESTE CRO BR-163/MT-BR-163 850,9 12/03/14 21/03/14 30
BR-163 E E MT407/MS-Ent.
MT407/MS MT-220

BR-163/MS CCR MS Via MS VIA Divisa/MT- 847,2 12/03/14 11/04/14 30


Divisa/PR

16
BR- INVEPAR VIA 040 Brasília/DF-Juiz de 936,8 12/03/14 22/04/14 30
040/DF/GO/M Fora/MG
G

BR-060/GO- GALVÃO Rodovia Galvão Anápolis/GO- 624,8 12/09/14 31/10/14 30


TO-070/TO BR-153 Engenharia Aliança do
S.A Tocantins/TO
PONTE RIO- Ecorodovias ECOPONTE Ponte Rio-Niterói 13,2 18/05/15 01/06/15 30
NITEROI Infraestrutura e
Logística
Fonte: ANTT, 2015.

4. CONCLUSÃO

O Brasil com processos de concessões mais recentes é flexível com as concessionárias e


tomou medidas que as agravam menos em casos de crises se comparado com a Espanha.

Porém, há problemas sendo enfrentados na Espanha que podem ocorrer de forma similar
no Brasil, conforme demonstrado, como a possiblidade de diminuição drástica de VDM, e
como consequência a falência de concessionárias. Já o estudo das privatizações e das
concessões de rodovias na Espanha traz a luz algumas conclusões.

Em relação à implementação de concessões de rodovias, sabe-se que não se trata de


medida que resolverá problemas de infraestruturas de transportes de forma definitiva,uma
vez que à inciativa privada só interessa entrar no “negócio” das concessões em razão das
possibilidades de lucros.

Assim, os trechos onde não há possibilidades atuais de lucros atuais e de projeções não
interessam à iniciativa privada. Os contratos de concessões na maioria dos casos contam
com ampla proteção estatal em caso de diminuição do lucro, por motivos como
diminuição do VDM em períodos de crises e recessões.

No caso da Espanha isso ficou muito evidente, pois com a crise que a Espanha enfrenta
desde 2007 e todas suas consequências para uma economia capitalista o VDM diminuiu
muito em várias rodovias com trechos concedidos.

Há trechos em que aparecem em análises sobre as concessões como rodovias fantasmas,


uma vez que o número de veículos que cruzam as praças de pedágio é muito pequeno,
podendo às vezes em uma tarde não cruzar nenhum.

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5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bibliografia

ABCR. (s.d.). Relatório Anual de Sustentabilidade. Acesso em 23 de 06 de 2015, disponível


em ABCR-Relatório Anual de Sustentabilidade:
http://www.relatorioweb.com.br/abcr/?q=pt-br/home

ANTT. (s.d.). Agencia Nacional de Transportes Terrestres. Acesso em 30 de 06 de 2015,


disponível em Portal ANTT: http://www.antt.gov.br/

BNDES. (s.d.). O Banco Nacional do Desenvolvimento. Acesso em 25 de 06 de 2015,


disponível em
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos
/conhecimento/infra/info_30.pdf

DNIT. (s.d.). Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Acesso em 25 de 06


de 2015, disponível em DNIT-DNIT: http://www.dnit.gov.br/

Faculdade Estácio de Sá. (s.d.). Manual Básico de Trabalho de Conclusão de Curso. Acesso
em 16 de 07 de 2015, disponível em
http://sis.posestacio.com.br/sistema/Turmas/CadernoDoAluno_81/manual_tcc_estacio
.pdf

Machado, L. C. (2005). Concessões de Rodovias - Mito e Realidade. São Paulo: Prêmio


Editorial Ltda.

PRODANOV, C. C., & FREITAS, E. C. (s.d.). Metodologia de Trabalho Científico. Acesso


em 12 de 07 de 2015, disponível em Universidade FEEVALE:
http://www.feevale.br/Comum/midias/8807f05a-14d0-4d5b-b1ad-1538f3aef538/E-
book%20Metodologia%20do%20Trabalho%20Cientifico.pdf

Serman, C. (Janeiro de 2008). Tese de Doutor em Ciências. ANÁLISE DOS ASPECTOS


CRÍTICOS EM PROCESSOS DE CONCESSÃO DE. Rio de Janeiro, RJ, Brasil:
COPPE/UFRJ.

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