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CONTABILIDADE GERENCIAL
Nelson Bueno de Oliveira
CONTABILIDADE GERENCIAL
1ª edição
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2020
2
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Presidente
Rodrigo Galindo
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Giani Vendramel de Oliveira
Henrique Salustiano Silva
Juliana Caramigo Gennarini
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Revisor
Mateus Modesto
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Gilvânia Honório dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-65-87806-78-5
CDD 657
____________________________________________________________________________________________
Raquel Torres – CRB 6/278
2020
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
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CONTABILIDADE GERENCIAL
SUMÁRIO
Definição, ação estratégica e processo decisório.____________________ 05
4
Definição, ação estratégica e
processo decisório.
Autoria: Nelson Bueno de Oliveira
Leitura crítica: Mateus Modesto
Objetivos
• Conhecer a definição de Contabilidade Gerencial
e as diferenças com a Contabilidade Financeira ou
Societária.
5
1. Definição de Contabilidade Gerencial
1.1 Introdução
6
1.2 Diretoria Financeira, Controladoria e Tesouraria
Nas organizações, cita, entre outros, Ross et al. (2013), tem-se o diretor
financeiro CFO (Chief Financial Officer), que possui duas áreas principais:
a Controladoria, que, normalmente, se ocupa com a Contabilidade
Financeira, Contabilidade Gerencial e Contabilidade de Custos,
planejamento tributário, planejamento em geral, orçamento e controle
e a gestão de riscos; e, a Tesouraria, que, geralmente, lida com as
decisões de liquidez (curto prazo, capital de giro líquido, por exemplo),
de financiamento e de investimento (longo prazo, orçamento de capital
ou CAPEX capital expenditure), obtenção de linhas de crédito, realização
de investimentos do caixa e das reservas financeiras e também gestão
de riscos.
7
Nas empresas de menor porte, o que ocorre é que um contador pode,
eventualmente, acumular todas essas funções. Tais funções são mais
caracterizadas em empresas de maior porte, como as sociedades por
ações de capital aberto.
8
diretamente aos produtos e serviços, objeto do negócio da entidade,
por exemplo, os custos dos produtos ou serviços vendidos. Despesas
são gastos de igual natureza, mas se relacionam mais com o período
do exercício (tempo) em si, e com a entidade como um todo, como
as despesas com as áreas administrativas, gestão de pessoas ou
departamento jurídico. Despesas e custos são denominados gastos de
forma geral.
9
Figura 1 – Sistemas de informações gerenciais para subsidiar a
tomada de decisão
10
advento dos padrões internacionais, representados pelas International
Financial Reporting Standards (IFRS), passa a ser um instrumento que
produz informação relevante, ou seja, capaz de municiar o usuário de
condições para sua tomada de decisão. O primordial das IFRS é que a
essência econômica de um fato deve prevalecer sobre a forma jurídica,
de um contrato, por exemplo. Isso significa que o contador deve sempre
ponderar o efetivo efeito econômico e financeiro que um contrato ou
fato provoca sobre o patrimônio da entidade. Os contratos de leasing
são um exemplo disso. Com o advento das IFRS, um contrato de
arrendamento mercantil é contabilizado como ativo imobilizado, no caso
dos aviões, e a obrigação em si é apropriada no passivo não circulante.
Na rigidez do contrato, isso não seria feito. A essência econômica é,
portanto, o que prevale no julgamento do contador que assim procede.
11
vendidos; quantidade de reclamações junto aos órgãos de proteção ao
consumidor; pesquisas de clima organizacional; indicadores de ausência
ao trabalho; indicadores de retenção de talentos; quantidade de
acidentes de trabalho; e toda uma gama de aspectos que devem incluir
a sustentabilidade, em seus pilares econômicos, sociais e ambientais.
12
2. Ação estratégica da Contabilidade Gerencial
13
No processo orçamentário, que é a ferramenta de curto prazo para ser
concatenada ao instrumento de longo prazo, que é o planejamento
estratégico, existe a figura da Contabilidade por responsabilidade. Isso
é importante porque vai evidenciar quem faz o que na organização e
em que tempo. A Contabilidade por responsabilidade é um sistema
de responsabilização, em que os gerentes são responsabilizados por
aqueles itens de receitas, despesas e custos, e investimentos (e somente
por eles), sobre os quais podem exercer um controle significativo. Os
gerentes são responsabilizados por diferenças entre os resultados
orçados e realizados.
14
2.2 Visão, missão, objetivos de longo prazo
15
como, por exemplo, o ROE semestral ou a geração de caixa semestral.
E o terceiro fator é meta, ou seja, é o valor específico que se deseja
alcançar, por exemplo, um ROE semestral equivalente a 8,0% a.a. ou
uma geração de caixa semestral de quinze milhões de reais. Também
deve existir uma delimitação temporal, por exemplo, ROE de 8,0% a.a.
para os próximos cinco. Tais objetivos devem ser flexíveis o suficiente
para poder admitir correções de rumo dependendo da volatilidade que
seja trazida pelo ambiente econômico e competitivo. Por outro lado,
devem ser rigorosos o suficiente para trazer sempre para a organização
um clima de luta para superação de desafios.
16
para os funcionários individualmente, de forma que cada funcionário
ou área da empresa possua suas próprias metas. O cuprimento
ou superação de tais metas depende, no longo prazo, da execução
consolidada dos objetivos estratégicos da empresa como um todo.
17
de apontamentos, de não conformidades, nos contratos formalizados
das operações de crédito (falta de assinaturas, falta das procurações
etc.), melhor será a nota atribuída a essa perspectiva.
18
O sistema de informação contábil gerencial só poderá ser executado de
forma eficiente por meio de um sistema integrado. O Enterprise Resource
Planning (ERP), que possui muitos fornecedores, é um software, um
sistema de gestão que permite acesso integrado e confiável aos dados
de uma empresa. A partir das informações levantadas pelo software,
é possível produzir relatórios e fazer diagnósticos sobre as medidas
necessárias que orientem a empresa para a eficácia, como otimizar
os custos e a produtividade, como remodelar a oferta de produtos e
serviços.
4. Conclusão
19
O propósito da controladoria é captar realidades do ambiente e da
empresa, o que inclui a Contabilidade Financeira e a Contabilidade de
Custos, e produzir índices, números, enfim, informações que venham
a instruir o processo decisório dos gestores. A visão maior é conseguir
compatibilizar as muitas ações diárias, do curto prazo, por intermédio do
processo de orçamento empresarial, com o atingimento dos objetivos
estratégicos do longo prazo, constantes do planejamento estratégico.
Isso tudo, certamente, demanda comprometimento e envolvimento
de todas as pessoas e áreas da companhia, desde os acionistas até os
funcionários operacionais.
Referências Bibliográficas
ATKINSON, A. A.; KAPLAN, R. S.; MATSUMURA, E. M. et al. Contabilidade gerencial.
4 ed. São Paulo: Atlas, 2015. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.
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CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Contabilidade gerencial. Teoria e prática. 8 ed.
São Paulo: Atlas, 2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
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FREZATTI, F. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 6 ed. São
Paulo: Editora Atlas, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.
br/#/books/9788597014099/cfi/0!/4/2@100:0.00. Acesso em: 21 set. 2020.
FIGUEIREDO, S.; CAGGIANO, P. C. Controladoria: teoria e prática. 5 ed. São
Paulo: Atlas, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
books/9788597010794/cfi/6/2!/4/2/2@0:0. Acesso em: 21 set. 2020.
GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER, P. C. Contabilidade gerencial. 14
ed. McGraw-Hill; Bookman. Porto Alegre: AMGH Editora Ltda., 2013. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580551624/
cfi/0!/4/4@0.00:0.00. Acesso em: 21 set. 2020.
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. Using the Balanced Scorecard as a Strategic
Management System. Boston USA. Harvard Business Review, 1996.
MARION, J. C. Contabilidade empresarial: instrumentos de análise, gerência
e decisão. 18 ed. São Paulo: Atlas, 2018. Disponível em: https://integrada.
minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597017977/cfi/6/2!/4/2/2@0:0. Acesso em: 21
set. 2020.
20
ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAN, B. D. et al. Fundamentos de
administração financeira. 9 ed. McGraw-Hill; Bookman. Porto Alegre: AMGH
Editora Ltda., 2013. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
books/9788580552256/cfi/0!/4/4@0.00:0.00. Acesso em: 21 set. 2020.
21
Gestão Estratégica. Informação de
Custos.
Autoria: Nelson Bueno de Oliveira
Leitura crítica: Mateus Modesto
Objetivos
• Aprofundar os estudos sobre Balanced Scorecard
BSC, como instrumento da gestão e da ação
estratégica, e como esse método utiliza os números
da Contabilidade Gerencial.
22
1. Ferramentas de gestão estratégica
1.1 Introdução
23
O Balanced Scorecard (BSC) visa ser uma ferramenta para viabilizar o
entendimento do contexto estratégico, para medição das realidades e
para ser um insumo para a tomada de decisão e para a viabilização do
controle e da avaliação de desempenho pelos gestores e pelas áreas
corporativas envolvidas. Vale mencionar que há outras ferramentas
de trabalho, para gestão estratégica, não contempladas no presente
estudo.
24
sistemas de controladoria usavam métricas como o lucro operacional e o
retorno sobre investimento, para motivar e avaliar o desempenho. Essas
métricas, somente financeiras, eram adequadas quando os principais
ativos que geravam o lucro e o valor da empresa eram ativos físicos e
tangíveis, como propriedade, fábrica, equipamentos, estoque e ativos
financeiros, incluindo caixa, disponibilidades e títulos a receber.
25
Figura 1 – O BSC traduz a estratégia para todos e indica o que deva
ser feito
26
da empresa. É também conhecido como um painel equilibrado de
indicadores.
27
em itens que o indivíduo pode influenciar pessoalmente e que estejam
diretamente relacionados às medidas de desempenho da unidade a
que pertençam. As medidas de desempenho desses Balanced Scorecards
pessoais não devem ser muito influenciadas por ações realizadas por
terceiros na empresa, ou por eventos que estejam fora do controle do
indivíduo, para que a autoridade e responsabilidade sobre o trabalho
existam de forma equilibrada. Além disso, o foco sobre a medida de
desempenho não deve levar um funcionário a realizar ações contrárias
aos objetivos da organização, como, por exemplo, no caso de metas
superdimensionadas que gerem pressão psicológica indesejável sobre
as pessoas e equipes, que os possam induzir ou levar a ações antiéticas.
28
(2018) afirma que a Contabilidade de Custos acabou por passar, nessas
últimas décadas, de mera ferramenta para avaliação de estoques e
lucros para fundamental artefato de planejamento, controle e processo
decisório. Com o significativo aumento de competitividade que vem
ocorrendo na maioria dos mercados, sejam industriais, comerciais
ou prestação de serviços, os custos tornam-se altamente relevantes
quando da tomada de decisões em uma empresa. Isso ocorre porque as
empresas já não podem mais definir seus preços apenas de acordo com
os custos incorridos, mas também com base nos preços praticados pelos
concorrentes no mercado em que atuam.
29
O procedimento é fazer com que cada produto ou produção ou
serviço absorvam parcela dos custos diretos e indiretos relacionados
à fabricação. É o método derivado da aplicação dos princípios de
Contabilidade e é, no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela
legislação tributária. O método de custeio por absorção é válido para
a apresentação de demonstrações contábeis e financeiras e para o
pagamento dos tributos.
30
3. Custeio por absorção
31
Martins (2018) esclarece que custeio significa apropriação de custos.
Custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios
de Contabilidade geralmente aceitos, nascido da situação histórica de
desenvolvimento das Ciências Contábeis. Consiste na apropriação de
todos os custos de produção aos bens elaborados, e somente aqueles
que sejam atrelados aos de produção; todos os gastos relativos ao
esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou
serviços executados. No Brasil, o custeio por absorção está contemplado
no pronunciamento técnico CPC 16, do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC), que trata da valoração de estoques.
32
a. Valores irrelevantes dentro dos gastos totais da empresa não
devem ser rateados. Se, exemplificativamente, o gasto com o
departamento de pessoal for menor que 0,5% dos gastos totais,
é preciso tratar o caso como despesa integralmente, sem rateio
para a fábrica, com base nos princípios contábeis da Prudência e
da Materialidade.
b. Valores relevantes, porém, repetitivos a cada período, que numa
eventual divisão teriam sua parte maior considerada como
despesa, não devem também ser rateados, tornando-se despesa
por seu montante integral, observado o princípio da prudência.
Por exemplo, a administração é centralizada, incluindo a da
produção. Em um critério de rateio, seria considerado que os
gastos de produção representam por exemplo 33% dos gastos
totais da empresa. Logo, os gastos que não são com produção
representam 67% dos gastos totais. No eventual rateio, guardada
a proporcionalidade, 2/3 dos gastos com administração ficariam
como despesas e 1/3 como custos dos produtos. Nesse caso
hipotético e nos afins, Martins (2018) diz que o melhor critério é
tratar os gastos com administração totalmente como despesa.
c. Valores cujo rateio é extremamente arbitrário devem ser evitados
para apropriação aos custos, observado o princípio da prudência.
Por exemplo, a apropriação dos honorários da diretoria só
seria relativamente adequada se houvesse um apontamento
do tempo e esforço que cada diretor devotasse ao processo
de administração e de vendas e ao de produção. Como isso,
é praticamente inviável e já que é arbitrário qualquer critério
de rateio, o mais indicado é seu tratamento como despesa no
período em que foram incorridos. Em suma, recomenda Martins
(2018), só devem ser rateados e ter uma parte atribuída aos custos
de produção e outra às despesas do período os valores relevantes
que visivelmente contêm ambos os elementos e podem, por
critérios razoavelmente lógicos e objetivos, ser divididos nos dois
grupos, despesas e custos.
33
Percebe-se que toda essa discussão indica que existe um grau relevante
de julgamento do contador no cálculo e apropriação dos custos de
produção. E, na Contabilidade Gerencial, esse desafio também se
revela. Por outro lado, isso é natural, pois Ciências Contábeis são
Ciências Sociais e não Exatas, o quefaz parte, portanto, de sua essência.
Os números contábeis são decorrentes das decisões e julgamentos
humanos.
34
externo, que observa a demonstração de resultados, sugere a divisão da
empresa em duas partes: a fábrica e as atividades que não são fábrica,
como administração, comercial, financeira etc.; f) atende à legislação
tributária e deve ser usado quando a empresa busca o uso do sistema
de custos integrado à Contabilidade; g) permite a apuração do custo por
centros de custos, visto que sua aplicação exige a organização contábil
direcionada nesse sentido.
35
Crepaldi e Crepaldi (2019) alertam que são desvantagens atribuídas
ao método de custeio por absorção: a) os custos indiretos, por não se
relacionarem com este ou aquele produto ou a esta ou aquela unidade,
são quase sempre distribuídos à base de critérios de rateio, quase
sempre com grande grau de arbitrariedade; b) o custo fixo por unidade
depende ainda do volume de produção; assim, o custo de um produto
pode variar em função da alteração de volume de outro produto; c) os
custos fixos existem independentemente da fabricação ou não desta ou
daquela unidade, e acabam presentes no mesmo montante, mesmo que
ocorram oscilações nos volumes de produção (obviamente o limite disso
é a capacidade instalada da empresa).
4. Conclusão
36
de indicadores e relatórios, integrados aos sistemas de informações
corporativos.
Referências Bibliográficas
ATKINSON, A. A.; KAPLAN, R. S.; MATSUMURA, E. M. et al. Contabilidade gerencial.
4 ed. São Paulo: Atlas, 2015. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.
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CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Contabilidade gerencial. Teoria e prática. 8 ed.
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FIGUEIREDO, S.; CAGGIANO, P. C. Controladoria: teoria e prática. 5 ed. São
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GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER, P. C. Contabilidade gerencial. 14
ed. McGraw-Hill; Bookman. Porto Alegre: AMGH Editora Ltda., 2013. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580551624/
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MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 11. Ed. São Paulo: Atlas, 2018. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597018080/
cfi/6/2!/4/2/2@0:0. Acesso em: 21 set. 2020.
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Custeio Variável. Análise Custo,
Volume e Lucro.
Autoria: Nelson Bueno de Oliveira
Leitura crítica: Mateus Modesto
Objetivos
• Dar sequência aos estudos sobre o uso das
informações da Contabilidade de Custos para
instruir a Contabilidade Gerencial.
38
1. Custeio variável ou custeio direto
39
volumes de produção. Porque se isso ocorresse, haveria necessidade
de investimentos para ampliação do parque industrial. Raciocínio
semelhante se aplica às atividades de comércio e de serviços.
40
ou custeio direto ganha preferência, em termos gerenciais, porque
ao utilizar somente os custos variáveis na composição do custo do
produto,– diminui a subjetividade, julgamento e arbitramento inerente
aos métodos que utilizam o rateio de custos fixos indiretos.
Ainda, Martins (2018) explica que o custeio variável possui uma lacuna
conceitual ao não respeitar integralmente o princípio contábil da
competência ou da confrontação entre receitas e despesas e custos,- em
um período. segundo o princípio da competência, deve-se apropriar as
receitas de vendas e delas deduzir todos os sacrifícios desenvolvidos
para sua obtenção. Se os custos fixos de um período, com o método de
custeio variável, são tratados como despesas desse período, os produtos
fabricados, que ainda estiverem nos estoques, aguardando o momento
de serem vendidos e se transformarem em custos dos produtos
vendidos, terão em seu bojo somente os custos variáveis e não os custos
fixos correspondentes, o que desrespeita o princípio da competência.
41
de cada produto. É a contribuição em valor que cada unidade de
produto efetivamente traz à empresa em termos do excesso de receita
em relação ao custo variável incorrido. Os custos variáveis em cada
produto são basicamente a matéria-prima e a mão de obra direta.
42
Assaf Neto e Lima (2017) informam que o ponto de equilíbrio
operacional ou contábil pode ser calculado por meio da seguinte
fórmula:
(CF )
q=
p − CVu
Em que: q = quantidade de vendas; p = preço de venda unitário; CVu =
custo (despesa) operacional variável por unidade; e CF = custo (despesa)
operacional fixo no período.
43
2.2 Análise custo, volume e lucro. Representação gráfica.
44
existente a partir do ponto de equilíbrio, a empresa gera lucro contábil,
porque a receita total é superior aos custos totais; g) lembre-se de que
custos totais é igual a custos variáveis totais mais custos fixos.
Assaf Neto e Lima (2017), assim, concluem este aspecto. A análise custo,
volume e lucro, ou análise do ponto de equilíbrio (break-even point), é a
quantidade necessária de vendas para cobrir todos os custos e despesas
operacionais, ou seja, no ponto de equilíbrio, o resultado operacional é
igual a zero. Para se chegar a esse resultado operacional, é necessário
separar o custo dos produtos vendidos e despesas operacionais
em custos fixos e custos variáveis. Como visto, os custos e despesas
fixos são aqueles que não dependem da quantidade de mercadorias
vendidas, por exemplo: aluguel ou depreciação dos imóveis e honorários
e salários de pessoal administrativo. Os custos e despesas variáveis são
aqueles que dependem da quantidade de produtos vendidos, como,
por exemplo, custo de entrega de produtos, consumo de matéria-prima,
mão de obra direta. O ponto de equilíbrio é a quantidade produzida que
conduz o resultado operacional a ser zero, ou seja, receita total sendo
igual aos custos totais (custos variáveis totais mais custos fixos).
45
3. Custeio variável ou custeio direto.
Aprofundamento. Uso gerencial dos métodos
de custeio.
46
administrativas são sempre tratadas como despesas nos dois métodos
de custeio; e) os custos variáveis indiretos ao serem apropriados aos
produtos, recebem um tratamento como se diretos fossem (um exemplo
seria a energia elétrica consumida especificamente na produção, medida
por instrumentos adequados.).
47
finanças. Para a decisão, por exemplo, de preços de venda o gestor,
entre outros, de marketing precisa conhecer os custos.
48
ficam mais viabilizados, isso porque, como não há rateios, a identificação
dos custos mais precisamente permite se evidenciar autoridade e
responsabilidade sobre os centros de custos; d) contém o conceito de
margem de contribuição.
4. Conclusão
49
que atingida a quantidade de produção correspondente ao ponto de
equilíbrio ou break-even point. Nesse ponto, o lucro contábil é zero.
Referências Bibliográficas
ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G. Fundamentos de Administração Financeira. 3. ed.
São Paulo: Atlas, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
books/9788597010145/cfi/6/2[;vnd.vst.idref=body001]!. Acesso em: 21 set. 2020.
ATKINSON, A. A.; KAPLAN, R. S.; MATSUMURA, E. M. et al. Contabilidade gerencial.
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CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Contabilidade gerencial. Teoria e prática. 8 ed.
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FREZATTI, F. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 6 ed. São
Paulo: Editora Atlas, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.
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Paulo: Atlas, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
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GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER, P. C. Contabilidade gerencial. 14
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MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2018. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597018080/
cfi/6/2!/4/2/2@0:0. Acesso em: 21 set. 2020.
50
Custeio ABC. Custo-Alvo.
Planejamento e Controle.
Autoria:Nelson Bueno de Oliveira
Leitura crítica: Mateus Modesto
Objetivos
• Dar sequência aos estudos sobre o uso das
informações da Contabilidade de Custos para
instruir a Contabilidade Gerencial.
51
1. Custeio Activity Based Costing (ABC), ou
custeio baseado em atividades
1.1 Definições
52
Figura 1 – Custeio ABC: descrição
53
nele gastos com corte, aplainamento, montagem, usinagem, moagem,
pintura, galvanização, refinaria, mistura engarrafamento, torragem etc.
54
reduzir o máximo possível a classificação de custos como indiretos.
Logo, o custeio ABC se propõe a tornar os gastos, no máximo possível,
classificados como se fossem custos diretos alocados aos produtos,
reduzindo-se, como se disse, a subjetividade, julgamento e arbitramento
no cálculo de custos.
55
custeio-alvo para focar esforços no produto e em seu design para que
tenha bom potencial frente ao ambiente competitivo.
56
mercado é uma informação existente, é um ponto fixado, no método do
custo-alvo, capturada pelas áreas de marketing da empresa.
57
o custeio por absorção, o custeio variável ou o custeio ABC, mas uma
técnica auxiliar.
Martins (2018, p. 317) ainda acrescenta que “de que valeria a existência
de um excelente Custo-Padrão, se a empresa não apurasse seu
verdadeiro custo de produção, o Custo Real, realmente incorrido?
Tomaria decisões em cima de um valor que não o verdadeiro? Como
saberia se de fato sua produção está sendo feita dentro do que deveria
estar?”
58
com o planejado, ou então para diagnosticar os eventuais gaps que
existam entre o realizado pelas atividades da empresa e o que estava
planejado, para, eventualmente, corrigir rumos ou mesmo revisar o
planejado.
59
Figura 2 – Ciclo de planejamento e controle
60
A atividade de feedback permite comparar constantemente o
desempenho realizado com os padrões planejados. Cita-se que os
padrões utilizados pelo controle são estabelecidos no processo de
planejamento, o que consolida a sua integração. Por feedback, entenda-
se, em um sistema, é o exame das informações de saída do processo
(o desempenho realizado) para buscar o aprimoramento do sistema
como um todo, retroalimentando, aprimorando a entrada do processo
(os valores e fatores orçados em função do planejamento) e assim
aprimorando o sistema. Lembre-se de quje, em função dos orçamentos
estabelecidos, as equipes balizam o seu trabalho, buscando o seu
atingimento e superação. Isso deve direcionar a companhia para a
eficácia.
4. Conclusão
61
de longo prazo, que concretize o cumprimento da visão e da missão
corporativa.
Por sua vez, os três métodos mais difundidos de custeio são o custeio
por absorção, custeio variável ou direto e o custeio Activity Based Costing
(ABC). A informação de custos é fundamental em praticamente todas as
decisões corporativas. O custo-padrão é uma ferramenta auxiliar desses
métodos de custeio.
Referências Bibliográficas
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Bons estudos!
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