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MODELO EA.077.01
Índice
A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NUMA EMPRESA........................................................3
Princípios e Conceitos Fundamentais......................................................................................4
O que é a contabilidade.......................................................................................................4
Qual o papel da contabilidade?...........................................................................................4
Qual a importância da contabilidade para as empresas?...................................................5
Objetivos da Contabilidade.....................................................................................................5
Evolução do conceito de contabilidade...................................................................................6
Divisões da Contabilidade.......................................................................................................7
Fluxos na Empresa...................................................................................................................8
Convergência Contabilística..................................................................................................11
Código de Contas...................................................................................................................19
Meios Financeiros Líquidos...................................................................................................30
Inventários e Fornecedores...................................................................................................33
Operações com outros gastos e rendimentos.......................................................................39
2
A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NUMA EMPRESA
A contabilidade é importante para o saudável desenvolvimento do negócio pois é a base que
oferece um grande apoio à gestão para o planeamento, controlo, e processo de tomada de
decisão. É com a ajuda fornecida pela informação da contabilidade que o desempenho de uma
unidade pode ser avaliado, enquanto os seus registos e gestões permitem que se livre das
fraudes, furtos ou incumprimentos involuntários.
No entanto, a informação produzida pela contabilidade não é relevante apenas internamente.
Uma empresa não existe isoladamente, está inserida num determinado sector e estabelece
relações a vários níveis com outros agentes económicos (clientes, fornecedores, bancos,
Estado, etc.). Também a essas entidades exteriores a contabilidade da empresa é essencial
pois permite-lhes saber se a empresa tem condições de cumprir as suas obrigações, sejam elas
de fornecer os seus serviços ou produtos a tempo e na melhor qualidade, seja pagar as suas
dívidas, cumprir com as suas obrigações fiscais, entre outras informações relevantes.
De um modo geral pode dividir-se a atividade da contabilidade e a sua importância em duas
vertentes – a financeira e a de gestão.
Na vertente financeira
Que é uma obrigação legal para as sociedades, por exemplo – o contabilista trata da
informação relevante acerca da empresa, disponibilizando-a aos proprietários do negócio e,
caso necessário, a entidades externas, como clientes, fornecedores ou o Estado. A sua
obrigatoriedade justifica-se por ser necessário tributar o lucro das empresas de forma
imparcial, funcionando ainda como uma forma de assegurar o correto tratamento dos factos
patrimoniais das empresas.
Na vertente da gestão
Processa-se a recolha e apresentação da informação financeira para que esta seja um
elemento a ter em conta pelos gestores nos processos de tomada de decisão.
Ao longo do tempo de vida de uma empresa a contabilidade permite-nos estabelecer padrões,
saber quais as variáveis com mais impacto no resultado, saber quais os aspetos que requerem
mais atenção. Podemos inclusivamente dizer que a contabilidade é o livro de uma empresa
onde tudo fica registado e a sua leitura permite tirar conclusões úteis, que se bem geridas
garantem a sua continuidade. Em suma, a contabilidade é um sistema de informação de gestão
que serve a própria entidade e a partes interessadas que com ela se relacionam.
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Longe de ser uma mera obrigação legal das sociedades, a contabilidade tem hoje um papel
muito importante na tomada de decisões.
E assim como escolher um bom contabilista para a minha empresa? Tenha sempre em mente
que uma boa assessoria em contabilidade é fundamental que seja sempre uma empresa que
assegure o melhor acompanhamento para a sua empresa.
O que é a contabilidade
A definição mais comum para contabilidade é: a ciência que estuda a variação patrimonial
(quantitativo/qualitativo) de uma entidade (pessoa física/ pessoa jurídica).
O objetivo da contabilidade é registar, informar, analisar e interpretar as mudanças dos bens,
direitos e obrigações (património) da entidade.
É uma ciência. Ciência é um conjunto de conhecimentos baseados em métodos científicos,
conseguidos através de observação, identificação, pesquisa e explicação de fatos. Por ser uma
ciência, os fatos estudados pela Contabilidade devem ser racionais e explicáveis.
Como ciência, a Contabilidade faz o estudo e a análise de documentos financeiros e
económicos, tanto nos aspetos quantitativos como qualitativos, de uma entidade para poder
observar as movimentações patrimoniais (bens, direitos e obrigações) e poder realizar os
registos corretamente, registando os fatos e atos de natureza económico-financeiro, podendo
prover alternativas práticas para os problemas. Podemos afirmar então que a Contabilidade é
uma ciência que mede a riqueza de uma entidade (Património) e sua evolução.
“É a ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos ocorridos no património das
entidades, mediante o registo, a demonstração expositiva e a revelação desses factos, com o
fim de oferecer informações sobre a composição do património, suas variações e o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza económica” (Hilário Franco).
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Essas informações envolvem contas a pagar e a receber, património, etc. A partir disso, são
geradas as demonstrações contabilísticas, tais como Balanço, Demonstração do Resultado do
Exercício, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
A partir dessas informações relevantes (que podem parecer mera burocracia), a contabilidade
assume seu papel mais impactante, porém menos conhecido: a ciência da riqueza. Um bom
contabilista utiliza todos esses dados para analisá-los dentro de um contexto de gestão. Após a
sua análise a mesma é passada para os empresários de modo a tomarem as melhores decisões
para a empresa.
É neste ponto que a contabilidade assume o papel de instrumento necessário no processo de
tomada de decisões de pequenos e grandes negócios. Em suma, os dados económicos são
coletados, mensurados monetariamente, registados e organizados em formas de relatórios ou
para o empresário. Munido dessas informações, ele traça as melhores estratégias para o
negócio.
Podemos dizer, assim, que o papel da contabilidade é medir os resultados das empresas,
avaliando o desempenho dos negócios, e, a partir daí, dar diretrizes para as tomadas de
decisões.
Objetivos da Contabilidade
Surgiu então a necessidade, por parte do homem, de preencher as limitações da memória. Isso
levou a que se criasse um processo de classificação e registo, permitindo recordar facilmente
os movimentos de uma empresa e aceder a qualquer momento da sua extensão.
O Objeto da Contabilidade é o Património. O Património é o conjunto de bens, direitos e
obrigações pertencentes à uma pessoa ou empresa.
Com a movimentação patrimonial são geradas demonstrações económico-financeiras. Esses
documentos servem principalmente como base para definição de decisões a serem tomadas
pela administração da entidade.
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Todos os dias, as empresas realizam compras e vendas; pagamentos e recebimentos; além de
outras movimentações entre as contas do Património. Essas alterações patrimoniais são
contínuas e fazem parte do dia a dia da Contabilidade.
O principal objetivo da contabilidade é oferecer informações sólidas e confiáveis do quadro
financeiro da empresa através de relatórios contábeis, que são utilizados, por exemplo, para a
coinfecção dos balanços patrimoniais.
Frei Luca Pacioli declara que o maior objetivo da contabilidade é fornecer ao dono informação
sobre os seus bens (ou seja o ativo) e as suas dívidas (ou seja o passivo), servindo assim de
base para a concessão de crédito
Com isto, a contabilidade tem vindo a modificar-se devido aos diferentes tipos de
organizações, ao âmbito geográfico das empresas, às necessidades de informação e aos meios
de processamento da mesma. Assim, a contabilidade tem de acompanhar o progresso social e,
em especial, o desenvolvimento económico e técnico. Passou, então, de uma atividade de
mero registo de transações para uma atividade que faculta informação sistematizada de modo
a suportar a tomada de decisões de gestão.
1. Avaliar a sua posição financeira, a variação dos seus resultados e a dos fluxos de caixa;
3. Assegurar o controlo dos custos dos produtos, dos serviços e das funções;
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5. Fornecer às entidades fiscais as informações indispensáveis à tributação (relacionado com
taxas) da riqueza gerada na empresa;
• Relato financeiro;
• Planeamento fiscal;
• Consultorias de gestão;
• Auditoria;
• Preparação de orçamentos.
• Obrigações contraídas;
• Direitos assumidos;
Divisões da Contabilidade
Contabilidade Financeira (externa) – também denominada de contabilidade geral ou
contabilidade externa, visa o relato financeiro para o exterior da empresa por via das
demonstrações financeiras.
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A contabilidade de gestão proporciona informação essencial para:
Fluxos na Empresa
Uma empresa é qualquer entidade que exerça uma atividade económica que consista na
oferta de bens ou serviços num determinado mercado, independentemente do seu estatuto
jurídico e do modo de funcionamento.
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A ótica financeira consiste em:
• Operações realizadas pela empresa com entidades externas e que originam obrigações e
direitos de natureza financeira (obrigação de pagar/ direito a receber)
produtivos)
• Receitas (direitos provenientes das vendas efetuadas e/ou dos serviços prestados.
Ou seja,
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A ótica económica ou produtiva:
• Transformação e incorporação dos diversos materiais, mão-de-obra, ect até se atingir o
produto (bem ou serviço) final
• Por sua vez, os produtos acabados de fabricar ou realizar e aptos para a venda designam-se
rendimentos.
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Convergência Contabilística
Harmonização Contabilística
As informações prestadas pela contabilidade ultrapassam, em larga escala, o âmbito da
empresa. Contabilidade trata dos investidores, credores, financiadores, fisco, estatisticas
nacionais e sectoriais… A normalização representa os métodos e procedimentos comuns,
conhecidos e aceites e permite a interpretação e comparação com os de outras unidades.
• Elaboração de um quadro de contas que deve ser seguido pelas unidades económicas;
• Definição dos princípios contabilísticos que devem ser seguidos na contabilidade das diversas
entidades envolvidas;
Com isto, a normalização contabilística consiste em criar uma metodologia comum a ser
seguida pelas unidades económicas visando a comparabilidade e universalidade dos dados
recolhidos e a sua compreensibilidade pelos diversos agentes económicos.
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Vantagens da normalização contabilística:
• A empresa passa a dispor de estatísticas de sector que mostrarão a sua posição relativa
• Dá um maior controlo e transparência dos elementos que servem de base à tributação das
empresas.
1966 – Acordo entre o Canadá, Reino Unido e Estados Unidos da América para constituir um
grupo de estudo com o objectivo de efectuar análises comparativas das tendências da
contabilidade nos três países;
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1997 – Foi formado o Standing Interpretations Committee (SIC) com o objectivo de emitir
interpretações das normas. Essas interpretações eram denominadas SIC;
As IAS emitidas continuam em vigor (a última foi a IAS 41), até que sejam revogadas,
coexistindo com as IFRS;
- Reportar ao Board e obter a sua aprovação para emissão das Interpretações na sua
forma final.
As IAS/IFRS foram desenvolvidas para grandes empresas tendo em conta as necessidades dos
investidores em mercados de capitais; com o objetivo de estender a sua aplicação a entidades
de menor dimensão o IASB emitiu uma norma aplicável a entidades de pequena e média
dimensão.
União Europeia
(4.a Directiva);
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- Assegurar a comparabilidade e equivalência da informação financeira divulgada.
1983 – Emissão da Directiva 83/349/CEE (7.a Directiva) que trata da divulgação de informação
sobre as contas consolidadas;
1986 – Emissão da Directiva 86/635/CEE que aborda questões específicas dos Bancos e outras
instituições financeiras;
2001 – Criação do European Financial Reporting Advisory Group (EFRAG) : órgão de cariz
técnico que tem como objectivo assessorar a Comissão na apreciação das normas emitidas
pelo IASB antes de serem aceites / adaptadas pela UE;
2001 – Publicação da Directiva 2001/65/CE que altera a 4.a Directiva, a 7.a Directiva e a
Directiva 86/635/CE relativamente às regras de valorimetria aplicáveis às contas anuais e
consolidadas, acolhendo-se o conceito de justo valor;
2002 – Emissão do Regulamento (CE) n.o 1606/2002 que obriga os grupos de empresas
cotadas a apresentar as demonstrações financeiras de acordo com as IAS/IFRS, a partir de 1 de
Janeiro de 2005, deixando aos Estados- membros a decisão de permitir a adopção das IAS/IFRS
noutros casos.
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IASC deu lugar ao (IASB) international accounting strandarts board. As normas emitidas pelo
IASB passaram a denominar-se (IFRS) financial reporting standards.
- Um primeiro momento, que abrange o período de 1974 até 1998, caracterizado, na sua
essência, pela criação de uma Comissão por parte do 1º Governo Provisório e, posteriormente
a Comissão de Normalização Contabilística (CNC) (criado em 1975 com o objetivo de emitir
normas e estabelecer procedimento contabilísticos harmonizados), bem como pela publicação
do primeiro Plano Oficial de Contabilidade para as empresas através do Decreto-Lei n.o 47/77,
de 7 de Fevereiro;
- Um segundo momento, que tem como referência temporal o período que medeia
entre 1989 e 2004, caracterizado pela convergência e ajustamento do normativo contabilístico
português com a quarta e a sétima Directivas do Conselho, assim como pela emissão de
Diretrizes Contabilísticas por parte da CNC;
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• Bases para a apresentação de demonstrações financeiras: estabelecem os requisitos
globais que permitem assegurar a comparabilidade quer com as demonstrações financeiras de
períodos anteriores da mesma entidade, quer com as demonstrações financeiras de outras
entidades. Enunciam as regras
sobre o que constitui e a que princípios essenciais deve obedecer um conjunto completo de
demonstrações financeiras
o Balanço
o Demonstração de resultados
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o Aplicação facultativa: contas individuais da empresa-mãe de grupos cotados e das suas
subsidiárias e ainda grupos que não possuem valores mobiliários admitidos À negociação em
mercado regulamentado.
o Aplicação Obrigatória: entidades que não façam parte de grupos económicos, desde
que ultrapassam dois dos três limites seguintes: total dos rendimentos de 1 000 000€, total do
ativo de 500 000€ e número de trabalhadores empregados em média durante o exercício = 20.
Ou então, não ultrapassando, quando por razões leais ou estatuárias tenham as suas
demonstrações financeiras sujeitas a certificação legal de contas.
o Aplicação Facultativa
▪ Entidades que não façam parte de grupos económicos e que não ultrapassem dois dos
três limites (total dos
pequenas entidades):
o Aplicação facultativa: entidades que não façam parte de grupos económicos e que não
ultrapassem dois dos três limites: total de rendimentos de 1 000 000€, total do ativo de 500
000 e nº de trabalhadores empregados em média durante o exercício = 20.
• 4º nível – Microentidades
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o Aplicação facultativa: entidades que não façam parte de grupos económicos, não
ultrapassando 2 dos 3 limites: total dos rendimentos de 500 000€, total do ativo de 500 000€ e
nº de trabalhadores = 5
comercial, industrial ou agrícola, não realizem na média dos últimos 3 anos um volume de
negócios superior a 150 000€.
▪ Balanço;
▪ Anexo.
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podendo apresentar modelos reduzidos relativamente às restantes demonstrações
financeiras.
o Adicionalmente, pode ser apresentada uma demonstração dos resultados por funções.
referência ao final do exercício ou, ao longo do exercício, de forma rotativa, de modo a que
cada bem seja contado, pelo menos, uma vez em cada exercício;
Contra-Ordenações
• A entidade sujeita ao SNC que não aplique e distorça com tal prática as demonstrações
financeiras é punida com coima de 500€ a 15000€;
• Entidade sujeita ao SNC que não apresente qualquer das demonstrações financeiras
que seja, por lei, obrigada a apresentar, é punida com coima de 500€ a 15000€
• Na graduação da coima são tidos em conta os valores dos capitais próprios e do total
de rendimentos das entidades, os valores
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Código de Contas
Objetivos das demonstrações financeiras
O principal objetivo é proporcionar informação acerca da posição financeira (balanço), do
desempenho económico (demonstração de resultados) e das alterações na posição financeira.
Informação essa que é útil aos utentes na tomada de decisões económicas. Assim, através das
demonstrações financeiras, torna-se possível perceber:
formos traduzir à letra, o ‘cash flow ‘significa fluxo de caixa e, no fundo, reflete as entradas e
saídas de dinheiro da empresa, num determinado período. Através do ‘cash flow’, é possível
identificar até que ponto a estrutura da empresa tem disponibilidade financeira para assegurar
as suas responsabilidades, cumprir as suas obrigações mensais e manter-se em
funcionamento.)
forma a tomar decisões económicas. Isto, pois a posição financeira de uma entidade é afetada
pelos recursos económicos que ela controla. Se houve capacidade de modificar estes recursos
no passado, pode indicar a mesma capacidade no futuro. Assim, as demonstrações financeiras
dão informação acerca de liquidez e capacidade da empresa satisfazer os seus compromissos
financeiros.
capacidade da utilização desses fluxos. Que pode ser compreendido através do balanço
(posição financeira) e da demonstração de resultados (desempenho).
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• Substância sobre a forma (os acontecimentos devem ser contabilizados de acordo com
a sua substância e realidade
económica)
• Neutralidade (para ser fiável, a informação contida nas demonstrações financeiras tem
de ser neutra, ou livre de
preconceitos)
• Plenitude (completa)
para puder identificar tendências na sua posição financeira e no seu desempenho. Os utentes
têm também de ser capazes de comparar as demonstrações financeiras de diferentes
entidades para avaliarem de forma relativa a sua posição financeira, o seu desempenho e as
alterações na posição financeira)
serão liquidados.
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de recursos, para obter informações a fim de regularem as entidades e para determinarem
políticas de tributação.
• Público
Ativo Fixo Tangível: ativos palpáveis, que possuem materialidade como mobília,
equipamentos, prédios, ou seja tudo o que a empresa possui de propriedade física.
Ativo Fixo Intangível: engloba o que não é “palpável”, ou seja pode ser a marca de uma
empresa, direitos de patentes e nomes…
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e o recebimento de um empréstimo bancário. Contudo, não quer dizer que seja um
compromisso futuro, pois pode ser liquidado. É apenas uma obrigação presente. As formas de
liquidar uma obrigação presente são:
• Pagamento a dinheiro;
• Prestação de serviços;
Capital Próprio
É o valor líquido do património de uma empresa, ou seja é a
diferença entre os ativos e passivos. Pode ser negativo no caso de os
Rendimentos
Operações que resultam num aumentos dos benefícios económicos para a entidade. Podem
ser:
Gastos
Operações que resultam na diminuição dos benefícios económicos para a entidade. Podem
ser:
• Gastos: provêm do decurso das atividades correntes (custo das vendas, salários
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• Perdas: outros itens que satisfazem a definição de gastos (alienação de ativos,
incêndios)
Reconhecimento
Processo de incorporar no balanço e na demonstração de resultados um item que possa trazer
algum benefício económico e que tenha um custo ou valor que possa ser mensurado com
fiabilidade.
Ativo: um ativo é reconhecido no balanço quando for provável que os benefícios económicos
futuros fluam para a entidade e quando o ativo tem um custo ou valor que possa ser
mensurado com fiabilidade.
Passivos: é reconhecido no balanço quando for provável que um exfluxo de recursos resulte da
liquidação de uma obrigação presente e quando a liquidação da sua quantia possa ser
mensurada com fiabilidade.
Gastos: os gastos são reconhecidos na demonstração de resultados quando tenha surgido uma
diminuição dos benefícios económicos futuros relacionados com uma diminuição num ativo ou
um aumento de um passivo e que possam ser mensurados com fiabilidade.
Mensuração
Processo de determinar as quantias monetárias pelos quais os elementos das demonstrações
financeiras devam ser reconhecidos e inscritos no balanço e da demonstração de resultados.
Critérios:
• Custo histórico
o Os ativos são registados pela quantia de caixa ou equivalentes de caixa paga ou pelo
justo valor da retribuição dada para os adquirir no momento da sua aquisição
o Os passivos são registados pela quantia dos ganhos recebidos em troca da obrigação
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• Custo corrente
o Os ativos são registados pela quantia de caixa ou equivalentes de caixa que teria de ser
paga
o Passivos: são escriturados pelos seus valores de liquidação, isto é, as quantias não
descontadas de caixa ou equivalentes de caixa que se espera que sejam pagas para satisfazer
os passivos no decurso normal dos negócios.
• Valor presente
o Ativos: são escriturados pelo valor presente descontando dos futuros influxos líquidos
de caixa que se espera que o item gere no decurso normal dos negócios.
o Passivos: são escriturados pelo valor presente descontando dos futuros influxos
líquidos de caixa que se espera que sejam necessários para liquidar os passivos no decurso
normal dos negócios.
passivo liquidado, entre partes conhecedores e dispostas a isso, numa transação em que não
exista relacionamento entre elas.
Noção de Conta
O património de uma empresa é constituído por um grande e complexo número de elementos
de natureza diferente. Esses elementos podem ser mensuráveis, ou seja, traduzidos numa
unidade de valor comum. Por exemplo, um televisor e um livro apresentam características
diferentes, mas graças à sua quantificação (tradução na mesma unidade) é possível
estabelecer uma relação e classifica-los.
Partes constitutivas
• Título (denominação própria): deve ser escolhido de tal forma que revele
imediatamente a natureza dos elementos que a compõem; nos dê a conhecer o conteúdo.
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Tem como finalidade identificar a conta e distingui-la de todas as outras, pelo que será fixo e
imutável.
em dado momento.
Requisitos
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Regras de Movimentação de Contas
Representação gráfica:
Método diagráfico ou das partidas dobradas: todo o dédito numa conta origina o crédito
noutra ou noutras e vice-versa. Cada facto patrimonial determina um registo em duas ou mais
contas, por forma a que o valor dos débitos seja sempre igual ao valor dos créditos.
Debitar uma conta significa inscrever uma certa quantia no lado do débito. Os valores
registados no débito denominam-se débitos.
Creditar uma conta é efetuar o registo dum valor no lado do crédito. Os valores registado no
crédito denominam-se créditos.
A diferença entre o débito e o crédito de uma conta chama-se de saldo dessa conta. Se:
• Débito > Crédito saldo devedor
• Débito = Crédito saldo nulo
• Débito < Crédito saldo credor
Uma conta sem saldo diz saldada.
Lançamento
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Registo (reconhecimento) de qualquer facto patrimonial na contabilidade. Compõe-se dos
seguintes elementos:
• Data
• Título ou cabeçalho: indicação das contas a debitar e a creditar;
• Descrição ou histórico: explicação sucinta do facto patrimonial que dá origem ao
lançamento;
• Valor: montante correspondente às variações provocadas nas contas.
Espécies de lançamentos: classificação segundo o nº de contas movimentadas
1. ª fórmula: um débito = um crédito
2. ª fórmula: um débito = vários créditos
3. ª fórmula: vários débitos = um crédito
4. ª fórmula: vários débitos = vários créditos
• lançamentos de abertura: registo dos valores iniciais de uma entidade no início da sua
atividade.
• Lançamentos correntes: registo das operações realizadas e dos acontecimentos
ocorridos durante cada exercício económico.
• Lançamentos de estorno: têm por finalidade retificar as omissões, duplicações e erros
cometidos.
• Lançamentos de regularização: visam retificar o saldo das contas que não
correspondem à realidade.
• Lançamentos de apuramento de resultados: têm por finalidade transferir os saldos das
contas de gastos e de rendimentos para as contas de resultados, permitindo a determinação
dos resultados da empresa.
• Lançamento de encerramento ou de fecho: são efetuados depois do
apuramento de resultados e da elaboração do balanço e permitem fechar as contas que
tiverem saldo.
• Lançamentos de reabertura: registam, no início de cada exercício, os
valores iniciais das contas (saldos finais das contas no exercício anterior).
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• Livros facultativos: são os que se utilizam normalmente como auxiliares do registo
efetuado nos livros obrigatórios; também são usualmente denominados de livros auxiliares.
• Diário: servirá para escriturar, dia a dia, por ordem cronológica, em
assento separado, cada um dos aros que modifiquem ou possam vir a modificar a composição
ou o valor do património.
• Razão: servirá para transcrever o movimento de todas as operações
do Diário, ordenadas a débito e crédito, em relação a cada uma das respetivas contas, para se
conhecer o estado e a situação de qualquer delas, sem necessidade de recorrer ao exame de
todos os lançamentos feitos no diário.
• Balancete: servirá para resumir os movimentos evidenciados no Razão, que por sua vez
espelham os registos originariamente efetuados no Diário.
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Meios Financeiros Líquidos
Esta classe destina-se a registar os meios financeiros líquidos que incluem, quer o dinheiro e
depósitos bancários quer todos os ativos ou passivos financeiros mensurados ao justo valor,
cujas alterações sejam reconhecidas na demonstração dos resultados.
Características: caracteriza-se como contas com a finalidade de expressar o dinheiro que a
entidade possui num determinado momento e como se encontra ligado. Abrange dinheiro
propriamente dito (notas e moedas nacionais e notas ou moedas estrangeiras) e dinheiro que
se encontra depositado em bancos (contas à ordem e contas a prazo). Inclui também, o
dinheiro aplicado nos investimentos financeiros de curto prazo, de elevada liquidez e sujeitos a
um risco insignificante em termos de alteração de valor (ações, obrigações, outras aplicações
financeiras, derivados financeiros).
Os meios líquidos e financeiros encontra-se na Classe 1 do Código de Contas.
Conta 11 – Caixa
Engloba os meios de pagamentos (notas e moedas metálicas de curso legal, cheques e vales
postais recebidos de terceiros, moeda estrangeira). O saldo desta conta é sempre devedor ou
nulo, nunca credor. O saldo é integrado no ativo corrente no item “Caixa e depósitos
bancários”.
Pagamento de despesas:
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Transferência entre caixas:
Diferenças de câmbio:
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Pagamento de despesas:
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Conta 13 – outros depósitos bancários
Depósitos exigíveis depois de prevenido o depositário com a antecipação fixada. Apenas
podem ser movimentadas, sem penalização de juro, após a data acordada entre as partes.
Inventários e Fornecedores
Inventários
Todos os bens armazenáveis adquiridos ou produzidos pela empresa e que se destinam à
venda ou a serem incorporados na produção. Segundo o NCRF 18, consideram-se como
inventários, os ativos que:
• Sejam detidos para a venda no decurso ordinário da atividade empresarial;
• Estejam no processo de produção para tal venda ou que possam vir a ser aplicados no
processo de produção ou na prestação de serviços.
Segundo as notas à classe 3 do SNC inclui também ativos biológicos (animais e plantas vivas),
no âmbito da atividade agrícola, como também produtos agrícolas colhidos. Assim, o
inventário inclui: matérias primas, matérias subsidiárias, produtos em curso, subprodutos e
resíduos, produtos acabados e mercadorias.
Preço de custo e valor realizável líquido
Valorização dos inventários – preço de custo: os inventários devem ser valorizados pelo preço
de custo, consistindo este em todos os encargos (transformação, colocação, etc) deduzidos
dos descontos comerciais.
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Valor líquido Realizável = Preço de venda normal – custos
necessários para efetivar a venda
Os ativos não devem ser escriturados por uma valor superior ao valor realizável líquido. O
custo dos inventários pode não ser recuperável se os inventários estiverem danificados, se se
tornarem total ou parcialmente ultrapassados ou se os seus preços de venda tiverem
diminuído. Reduzir o custo dos inventários para o valor realizável líquido tem o nome de “write
down”.
Os inventários devem ser mensurados pelo custo ou valor realizável líquido, dos 2 o mais
baixo.
Critérios Valorimétricos
Valorização à saída (aquando da venda):
• Custo específico: os produtos são avaliados pelo seu preço real ou efetivo. Inclui todos
os encargos de compra que lhe sejam diretamente imputáveis (ourivesarias, comércio de
automóveis, máquinas industriais)
• Custo cronológico direto (FIFO): valorizados pelos preços mais
antigos (first in first out). origina margens mais elevadas em períodos inflacionistas.
• Custo cronológico inverso (LIFO): valorizados pelos preços mais
recentes (last in first out). origina margens mais reduzidas em períodos inflacionistas. Deixou
de ser permitido pelas NIC em 1994.
• Custo médio ponderado: média ponderada do preço de compra e
do valor dos stocks em armazém. Critério mais utilizado na prática.
• Outros critérios de valorização: preço de reposição ou NIFO (next in first out), custo
padrão, custo orçamento, preço de venda, preço de venda deduzido duma margem, valor
realizável líquido.
Conta 31 – compras
Lança-se nesta conta o custo das aquisições de matérias-primas e de bens aprovisionáveis
destinados a consumo ou venda. Deve incluir as despesas adicionais de compra a ser
imputadas às contas de inventário. A conta compras não é de balanço pelo que no final do
período o saldo desta conta deve ser transferido para inventários.
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Conta 32 – Mercadorias
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Sistema de inventário Intermitente
Fornecedores
São todos os vendedores de bens ou de serviços
adquiridos pela empresa/ entidade. Esses bens e
serviços são detidos para a venda no decurso
ordinário da atividade empresarial, como podem ser
utilizados no processo de produção ou podem ser
matérias ou consumíveis a serem a aplicados no
processo de produção. Mensurado ao justo valor,
será o preço de transação.
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Conta 22 – Fornecedores
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nacional, por um sujeito passivo. Incide também sobre as importações de bens e as operações
intracomunitárias efetuadas no território nacional conforme definido no RITI.
Na realidade, todas as atividades económicas estão sujeitas a IVA estando definidas apenas
algumas exceções.
Nas transações intercomunitárias, para o vendedor a transmissão intercomunitária de bens
está isenta de imposto. Para o adquirente, torna- se tributável no estado membro de destino e
será simultaneamente deduzido conforme as regras gerais da CIVA e RITI.
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Conta 2434 – IVA Regularizações
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reparação adquiridos, bem como os serviços de conservação e reparação prestados por
terceiros.
• 6228 – outros: reconhecimento de gastos com serviços
especializados que não se encontrem previstos nas contas anteriores.
623 – Materiais:
• 6231 – ferramentas e utensílios de desgaste rápido: ferramentas e utensílios que cujos
custos unitários não ultrapassem 1000€
• 6232 – livros e documentação técnica: livros e documentação técnica a ser utilizada na
entidade
• 6233 – material de escritório: encargos com a compra de material de escritório de
consumo imediato (papel, lápis, canetas, faturas, pastas de arquivo, CD’s e outros)
• 6234 – artigos para oferta: aquisições de bens que se destinam a ser oferecidos a
terceiros
624 – energia e fluidos
• 6241 – eletricidade: encargos com o consumo de energia elétrica
• 6242 – combustiveis: encargos com combustiveis consumidos pela empresa (líquidos,
sólidos ou gasoso), mas não armazenável.
• 6243 – água: consumo de água pelas diversas secções da entidade
625 – deslocações, estadas e transportes
• 6251 – deslocações e estadas: transportes de pessoal, assim como as despesas com
refeições e alojamento que não estejam cobertas por ajudas de custo, quando o pessoal tenha
de prestar serviços fora do local de trabalho.
• 6252 – transportes de pessoal: despesas de carácter permanentes
com transportes, tais como contratos com empresas transportadoras, aluguer de transportes,
compra de passes sociais para trabalhadores, compra de senhas de transportes públicos.
• 6253 – transportes de mercadorias: gastos com transportes de
mercadorias vendidas quando estes são por conta do vendedor, assim como os transportes de
compras de bens armazenáveis, quando já não possam ser imputador ao seu preço de custo.
Pode ser também gasto com transportes de inventários entre armazéns da entidade.
626 – serviços diversos
• 6261 – rendas e alugueres: gastos com locações operacionais. Essas podem incluir
terrenos, edifícios ou parte deles, equipamentos (de escritório, fabris, de venda, etc)
• 6262 – comunicação: gastos de comunicação da entidade como telefones, telemóveis,
internet, faxes, correios, etc.
• 6263 – seguros: gastos com seguros que não sejam relativos a pessoal, compra de
inventários ou compra de investimentos. Incluem, normalmente, seguro de incêndio das
instalações e inventários, seguros contra roubos, seguro automóvel, etc.
• 6264 – Royalties: gastos com royalties devidos a terceiros por
licenças, marcas, patentes, processos de fabrico, etc.
• 6265 – contencioso e notariado: encargos com tribunais, notários, conservatórios, etc.
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Gastos com o pessoal
Todas as renumerações de carácter fixo e periódico atribuídas aos recursos humanos da
empresa (dirigentes e trabalhadores), como também os encargos sociais da conta da entidade
(parte patronal) e os gastos de carácter social, obrigatórios ou facultativos. Engloba também os
seguros relativos ao pessoal, nomeadamente os seguros do ramo vida, acidentes de trabalho e
doenças profissionais e seguros que garantam o benefício de reforma, invalidez ou
sobrevivência.
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Conta 631 – renumerações dos órgãos sociais: renumerações dos órgãos sociais da entidade
(mesa da assembleia-geral, conselho de administração, conselho fiscal, conselho geral,
direção,…).
Conta 632 – renumerações do pessoal: os ordenados e salários líquidos do pessoal, bem como
as renumerações adicionais. Subdividida por tipo de renumeração (ordenados e salários, horas
extraordinárias, subsídio de Natal, subsídio de férias, vencimento de férias, comissões,
prémios,…).
Conta 633 – benefícios pós-emprego:
• 6331 – prémios para pensões: prémios destinados a entidades externas a fim de que
estas venham a suportar oportunamente os encargos com o pagamento de pensões ao
pessoal.
• 6332 – outros benefícios pós-emprego: gastos com benefícios pós-
emprego que não sejam pensões e cuidados médicos pós-emprego e seguros de vida pós-
emprego.
Conta 634 – indeminizações: gastos com indeminizações ao pessoal e aos órgãos sociais, por
exemplo, cessação de contrato de trabalho.
Conta 635 – encargos sobre renumerações: gastos relativos às contribuições da entidade para
a Segurança Social, incidente sobre renumerações pagas aos órgãos sociais e ao pessoal, como
também, taxas de contribuição no regime geral (órgãos sociais: 20,30%, pessoal: 23,75%).
Conta 636 – seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais: gastos com prémios de
seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais.
conta 637 – gastos de ação social: gastos da entidade com ação social, nomeadamente
cantinas e refeitórios, creches, assistência e medicamentos, complementos de subsídios de
doença, gastos com atividades desportivas culturais.
Conta 638 – outros gastos com o pessoal: gastos como pessoal não previstos nas anteriores
contas como formação do pessoal, cursos e seminários, gastos com recrutamento de pessoa,
fardamentos,…
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Conta 2421 – retenções de impostos sobre rendimentos – trabalho dependente:
reconhecimento do imposto retido na fonte relativamente a rendimentos pagos.
Conta 245 – contribuições para a segurança social: dívidas à segurança social decorrentes das
contribuições da entidade patronal e das deduções efetuadas ao pessoal e aos órgãos sociais
(entidade patronal: 20,30% ou 23,75%; pessoal: 11%)
Conta 273: benefícios pós-emprego: registas as responsabilidades da entidade perante os seus
trabalhadores ou perante a sociedade gestora de um fundo autónomo.
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