Você está na página 1de 151

CTESP GESTÃO DE ALOJAMENTOS TURÍSTICOS

Contabilidade de Gestão

Formadora: Sandrina Coelho


Carga Horária:
MODELO EA.081.02
OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
 Identificar a importância da contabilidade nas empresas, bem
como dos vários ramos em que a mesma se subdivide;
 Assimilar os principais conceitos fundamentais inerentes à
contabilidade;
 Avaliar a importância da normalização contabilística e
familiarização com o Sistema de Normalização Contabilística
vigente, identificando o quadro e o código de contas;
 Realizar operações correntes de: compra, venda, gestão de
inventários, e processamento de salários, bem como de operações
de tesouraria, financiamento e investimento;
 Realizar operações de fim de exercício;
 Interpretar as principais demonstrações financeiras, tais como:
Balancetes, Balanços, e Demonstrações de Resultados. MODELO EA.081.02
A ATIVIDADE ECONÓMICA E A CONTABILIDADE

A EMPRESA E O CIRCUITO ECONÓMICO


A atividade económica é o conjunto de operações que
consistem em utilizar os recursos disponíveis para a
produção de bens e serviços e que se dirigem basicamente
à satisfação das necessidades, em que se estabelecem
múltiplas relações entre os diversos agentes económicos
que originam fluxos reais e fluxos monetários, tal como se
apresenta no circuito económico.

MODELO EA.081.02
A EMPRESA E O CIRCUITO ECONÓMICO

MODELO EA.081.02
A EMPRESA E O CIRCUITO ECONÓMICO

 As unidades produtivas têm no circuito económico um


papel fundamental como agente fornecedor e como
consumidor de bens e serviços;
 O tipo mais corrente de unidade produtiva é a
empresa, que consiste num conjunto complexo e
estruturado;
 Estabelece relações com o exterior, na forma de
prestações recebidas (compra de matérias-primas,
ferramentas, máquinas, mercadorias e serviços) e de
prestações cedidas (venda de produtos e prestações
de serviços). MODELO EA.081.02
A EMPRESA E O CIRCUITO ECONÓMICO

Na atividade da empresa podem ser consideradas


três perspetivas:
1. Financeira - diz respeito ao endividamento da
empresa perante o exterior;
2. Económica ou produtiva – está ligada à
transformação e incorporação dos diversos
materiais, mão de obra, etc., até se atingir o
produto (bem ou serviço) final;
3. Tesouraria ou caixa - corresponde às entradas e
saídas monetárias da empresa. MODELO EA.081.02
A CONTABILIDADE

 A contabilidade é uma ferramenta essencial na


gestão financeira de qualquer empresa;
 É com base nas informações contabilísticas que
são tomadas diversas decisões;
 A contabilidade também é obrigatória por lei, e
em Portugal, é regulada pelo SNC;

MODELO EA.081.02
TIPOLOGIAS DE EMPRESAS

As empresas são classificadas, para diversos efeitos


em função da sua dimensão. É usual ser seguida a
classificação constante da Recomendação
2003/361/CE da Comissão, de 6 de maio, que foi
revertida para o normativo português através do
Decreto-Lei nº 81/2017, de 30 de junho.

MODELO EA.081.02
TIPOLOGIAS DE EMPRESAS
MICRO
 Menos de dez trabalhadores;

 Um valor total de vendas anual igual ou inferior a 2 milhões de euros;

 Um balanço igual ou inferior a 2 milhões de euros.

PEQUENA
 Menos de 50 trabalhadores;

 Um valor de vendas anual igual ou inferior a 10 milhões de euros;

 Um balanço igual ou inferior a 10 milhões de euros.

MÉDIA
 Menos de 250 trabalhadores;

 Um valor total de vendas anual igual ou inferior a 50 milhões de euros;

 Um balanço igual ou inferior a 43 milhões de euros.

MODELO EA.081.02
A CONTABILIDADE

A contabilidade é uma técnica que tem como


finalidade descrever e registar os factos
patrimoniais ocorridos, tendo em vista obter
diversas informações, como, por exemplo:
 A posição devedora e credora da empresa;

 A composição e o valor do património;


 O custo dos bens e serviços vendidos;

 A origem e causa dos gastos e rendimentos;


 A natureza e importância dos resultados.
MODELO EA.081.02
A CONTABILIDADE

 Os fatos patrimoniais são acontecimentos que


vão alterar o património da empresa, quer na sua
constituição quer no seu valor.
 É com base na informação contabilística que a
empresa assume as dívidas: a sua posição
devedora, quando fica em dívida com terceiros, e
a sua posição credora, quando uma outra
entidade fica em dívida para com a empresa.

MODELO EA.081.02
A CONTABILIDADE

 A contabilidade regista, igualmente, todos os


acontecimentos que alterem quer a composição
quer o valor do património. Este registo é feiro
através dos lançamentos contabilístico.
 O apuramento do custo dos bens vendidos ou
produzidos e dos serviços prestados é outro dos
objetivos da contabilidade.

MODELO EA.081.02
A CONTABILIDADE

 Os gastos e rendimentos podem ser incorridos e


obtidos a partir da atividade corrente da
empresa ou da sua gestão financeira;
 A natureza e importância dos resultados está
diretamente relacionada com a informação
anterior.

MODELO EA.081.02
A CONTABILIDADE

Assim, podemos analisar a performance da área


operacional e financeira da empresa ao apurar
mais detalhadamente:

MODELO EA.081.02
A CONTABILIDADE

MODELO EA.081.02
A CONTABILIDADE

Podemos dizer que o grande objetivo da


contabilidade é fornecer informação de natureza
patrimonial, financeira, económica e monetária,
estruturada e relevante aos seus utilizadores.

MODELO EA.081.02
A CONTABILIDADE

 Informação estruturada: Fornecimento de dados


dentro de um esquema de planeamento
contabilístico e de um sistema de informação
específico e com parâmetros próprios;
 Informação relevante: Informação com
capacidade para alterar a perceção que o
utilizador tem da realidade, constituindo uma
base racional para a tomada de decisões.

MODELO EA.081.02
TIPOS DE CONTABILIDADE

 Contabilidade Financeira ou geral


 Contabilidade de Gestão ou analítica

MODELO EA.081.02
TIPOS DE CONTABILIDADE

 Contabilidade empresarial: Utilizada nas


entidades com fins lucrativos em geral;
 Contabilidade bancária: Utilizada nas entidades
bancárias e afins;
 Contabilidade de seguros: Utilizada nas
entidades seguradoras e afins;
 Contabilidade pública: Utilizada nas
administrações públicas.

MODELO EA.081.02
CONTABILIDADE FINANCEIRA

 Tem como objetivo principal o apuramento das


relações com terceiros (clientes, fornecedores,
pessoal, sócios ou acionistas, bancos, etc.), do
resultado do período e do valor do património da
entidade, tendo por base o seu balanço.
 Trata-se de uma contabilidade relativa aos
acontecimentos passados da entidade, uma vez que
todos os lançamentos contabilísticos pressupõem a
existência de documentos, os quais, por sua vez, só
existem após o acontecimento em si.
MODELO EA.081.02
CONTABILIDADE DE GESTÃO

 Tem como grande objetivo o apuramento e


analise dos custos incorridos na obtenção do
objeto de custo final, seja este um ativo, um
serviço, um cliente, um projeto, etc.;
 Está vocacionada para a previsão dos custos a
incorrer, auxiliando a tomada de decisões a todos
os níveis da entidade;
 Tem por base elementos da contabilidade
financeira, nomeadamente os custos e
rendimentos. MODELO EA.081.02
DIFERENÇAS
 A Contabilidade financeira apresenta uma visão global e
sintética do património da empresa;
 A Contabilidade de gestão analisa pormenorizadamente a
exploração da mesma;
 A Contabilidade financeira é essencialmente financeira,
havendo uma preocupação em registar os recebimentos e os
pagamentos;
 A Contabilidade de gestão apura os custos dos produtos, faz
funções e dos centros de custos;
 A Contabilidade de gestão reparte os gastos, os rendimentos e
os proveitos registados e classificados por natureza na
Contabilidade financeira em gastos e rendimentos por destino.
MODELO EA.081.02
A CONTABILIDADE

 Contabilidade histórica: reflete o passado, isto é,


regista os factos patrimoniais que a empresa
realizou num determinado período ou a sua
atividade interna passada;
 Contabilidade previsional: estabelece os
orçamentos, ou seja, quantifica a atividade a
desenvolver durante um certo período de tempo.

MODELO EA.081.02
UTILIZADORES DA INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA

Os utilizadores da informação contabilística e, em


particular, das demonstrações financeiras,
classificam-se genericamente por:
 Internos

 Externos

MODELO EA.081.02
INTERNOS

 Investidores / Administração: Determinar a


capacidade da empresa lhes pagar dividendos;
 Empregados e Grupos Representativos:
Estabilidade da empresa e capacidade em
proporcionar remunerações e emprego.

MODELO EA.081.02
EXTERNOS
 Financiadores / Bancos: Determinar se os juros e
empréstimos serão pagos no prazo estabelecido;
 Fornecedores e Outros Credores Comerciais: Determinar se
os valores devidos serão pagos no prazo de vencimento
 Clientes: Garantir a continuidade da empresa,
principalmente se estão dependentes da empresa ou se
efetuaram adiantamentos;
 Governo e seus Departamentos: Regular os setores de
atividade, para fins estatísticos e para determinar a política
de tributação;
 Público em Geral: Contribuir para a economia local e a
responsabilidade social das empresas. MODELO EA.081.02
UTILIDADE DA INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA
PARA A GESTÃO EMPRESARIAL

O conceito de empresa é genericamente visto


como sendo uma entidade organizada, com meios
materiais e humanos que, através da produção e
distribuição de bens e serviços, tem como objetivo
satisfazer necessidades de várias ordens da
comunidade onde se insere e que constitui a razão
da sua existência. O objetivo natural das empresas
é o retorno do investimento feito pelos seus
investidores (sócios e acionistas), acrescido da
retribuição por esse retorno (dividendos).
MODELO EA.081.02
UTILIDADE DA INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA
PARA A GESTÃO EMPRESARIAL

A constituição das empresas é, regra geral, por


tempo indeterminado. No entanto é possível
identificar três grandes fases no ciclo de vida de
uma empresa:
 Fase Institucional

 Fase de Funcionamento

 Fase de Liquidação

MODELO EA.081.02
UTILIDADE DA INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA
PARA A GESTÃO EMPRESARIAL

 Fase Institucional – É a fase de constituição da


empresa;
 Fase de Funcionamento – Quando a empresa
desenvolve todo o seu processo de produção e
distribuição de bens e serviços;
 Fase de Liquidação – face de extinção da
empresa

MODELO EA.081.02
UTILIDADE DA INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA
PARA A GESTÃO EMPRESARIAL

O apuramento dos resultados durante a fase de funcionamento é feito


por períodos, nomeadamente por exercícios económicos.
•O primeiro ano de funcionamento da empresa. Como o ano económico
termina a 31 de dezembro, se a atividade iniciar durante o ano, por exemplo,
em junho, então o primeiro ano de funcionamento corresponde a sete meses
e não a 12 meses;
•O último ano de funcionamento, em que a extinção da empresa também se
poderá dar durante o ano. Por exemplo, caso ocorra em agosto, o último
período de funcionamento da empresa será de oito meses, e não de 12 meses;
•No caso de a empresa fazer parte de um grupo económico internacional, em
que a Sociedade Gestora de Participações Sociais (SGPS), ou seja, a empresa-
mãe, utilize outro período que não o ano civil, a empresa poderá também
aderir a este período, embora seja, de igual forma, de 12 meses. Os períodos
mais comuns são de abril a março, e de outubro a setembro, ao invés de
janeiro a dezembro.
MODELO EA.081.02
UTILIDADE DA INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA
PARA A GESTÃO EMPRESARIAL

A contabilidade, além de uma obrigação legal da


empresa, é uma importante fonte de informação
para a gestão da mesma. Permite ao gestor tomar
as decisões com a base racional e rigorosa, tendo
em conta a situação atual da empresa.

MODELO EA.081.02
LIMITAÇÕES DA INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA

Apesar de todas as informações disponibilizadas


pela contabilidade, o modelo contabilístico em
vigor, elaborado para responder às necessidades de
informação económica e financeira dos vários
utentes, não revela a totalidade do ambiente da
empresa, nem do seu meio envolvente.

MODELO EA.081.02
LIMITAÇÕES DA INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA

Quanto à informação em termos temporais, a


informação contabilística baseia-se em
documentos, ou seja, em operações que já
ocorreram. As próprias normas contabilísticas
atuais também apresentam algumas limitações,
como, por exemplo:
O valor dos ativos intangíveis gerados
internamente;
 O custo histórico, como critério de valorização de
muitos ativos, é objetivo. MODELO EA.081.02
SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILISTICA (SNC)

O SNC entrou em vigor em Portugal no dia 1 de


janeiro de 2010, substituindo o anterior Plano
Oficial de Contabilidade, que já datava de 1977.
Este sistema é utilizado de forma obrigatória pelas
empresas com atividade em Portugal, à exceção das
empresas que usam contabilidade internacional.

MODELO EA.081.02
SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILISTICA (SNC)

A estrutura conceptual do SNC define e enquadra todo o


sistema contabilístico, introduzindo e explicando
exaustivamente as características qualitativas que as
demonstrações financeiras devem representar para que
possam corresponder aos objetivos dos utentes, assim
como os pressupostos na elaboração dessas
demonstrações financeiras, que devem ser tidos em conta
pelos respetivos preparadores. Define também as
próprias demonstrações financeiras e o CC como
instrumentos usados pelo sistema contabilístico para a
apresentação dos elementos financeiros aos utentes.
MODELO EA.081.02
EVOLUÇÃO HISTÓRICA E LEGAL DO SNC

 O homem desde sempre sentiu necessidade de


controlar os seus bens e, com a intensificação das
trocas comerciais, de saber quanto recebia e
quanto pagava, e com quanto é que ficava.
 Inicialmente, controlava as transações com a
memória, depois com a ajuda de um registo onde
especificava quanto recebia ou pagava de
dinheiro ou valores, utilizando o sistema
unigráfico.
MODELO EA.081.02
EVOLUÇÃO HISTÓRICA E LEGAL DO SNC

 Atualmente, para saber o valor do seu


património, o valor das trocas e o lucro que se
obtém, as empresas utilizam um sistema de
contas.
 A uniformização contabilística foi regulada pela
primeira vez em Portugal pelo Decreto-Lei nº
44/77, de 7 de fevereiro, que aprovou o Plano
Oficial de Contabilidade, a ser utilizado por todas
as empresas.
MODELO EA.081.02
EVOLUÇÃO HISTÓRICA E LEGAL DO SNC

 A partir de 1 de janeiro de 2010, passou a ser


utilizado o SNC (Decreto-Lei nº 158/2009, de 13
de julho), posteriormente retificado em algumas
das suas normas (Decreto-Lei nº 98/2015, de 2 de
junho). Estes normativos transpõem para Portugal
a lógica das normas internacionais de
contabilidade.

MODELO EA.081.02
EVOLUÇÃO HISTÓRICA E LEGAL DO SNC

Os grandes objetivos das normas internacionais e


do novo SNC são:
 Aumentar a transparência e comparabilidade das
informações financeiras a nível internacional;
 Melhorar o funcionamento do mercado de
capitais (na EU);
 Reforçar a liberdade de circulação de capitais;

 Proteger os investidores e aumentar a confiança


nos mercados financeiros.
MODELO EA.081.02
EVOLUÇÃO HISTÓRICA E LEGAL DO SNC

De acordo com o SNC, o sistema contabilístico a utilizar pelas empresas depende das
suas características:
 International Accouting Standards (IAS) / International Financial Reporting
Standards (IFRS) obrigatório, para empresas cotadas que apresentem contas
consolidadas;
 IAS/IFRS optativo, para qualquer empresa não cotada que apresente contas
consolidadas;
 SNC para as restantes empresas, existindo três modelos:
 Um geral, mais completo, para a generalidade das empresas;
 Outro mais simples, para as pequenas empresas;
 Um terceiro, ainda mais simplificado, para as microentidades. MODELO EA.081.02
ESTRUTURA CONCEPTUAL DO SNC

O SNC apresenta-se sob a forma de um conjunto de documentos


organizados e sistematizados, de acordo com a seguinte estrutura:
 Bases para apresentação das demonstrações financeiras
(BADF);
 Modelos de demonstrações financeiras (MDF);

 CC;

 Normas contabilísticas e de relato financeiro (NCRF);

 Normas contabilísticas e de relato financeiro para as pequenas


entidades (NCRF-PE);
 Normas contabilísticas e de relato financeiro para as
microentidades (NCRF-ME);
 Normas Interpretativas. MODELO EA.081.02
ESTRUTURA CONCEPTUAL DO SNC

 As BADF estabelecem os requisitos globais que


permitem assegurar a comparabilidade quer das
demonstrações financeiras de períodos anteriores
da mesma entidade quer com as demonstrações
financeiras de outras entidades.

MODELO EA.081.02
ESTRUTURA CONCEPTUAL DO SNC

 Os MDF foram transpostos da Diretiva nº


2013/34/EU do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 26 de junho de 2013. Assim as
entidades sujeitas ao SNC são obrigadas a
apresentar as seguintes demonstrações financeiras:
 Balanço;
 Demonstração dos resultados por naturezas;
 Demonstração das alterações no capital Próprio;
 Demonstração dos fluxos de caixa;
 Anexo.
MODELO EA.081.02
ESTRUTURA CONCEPTUAL DO SNC

 O CC está definido na Portaria nº 1011/2009, de


9 de setembro. Trata-se de um instrumento
contabilístico, de aplicação obrigatória para as
entidades sujeitas ao SNC.
 Este documento não é exaustivo e convém, no
essencial, o quadro-síntese de contas, o CC (lista
codificada de contas) e notas de enquadramento).

MODELO EA.081.02
ESTRUTURA CONCEPTUAL DO SNC

 AS NCRF constituem uma adaptação das normas


internacionais de contabilidade, sendo transpostas
para o ordenamento jurídico nacional a partir do
Regulamento (CE) nº 1606/2002, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 19 de julho. Esta
adaptação é feita tendo em conta o tecido
empresarial português e o facto de algumas
entidades se encontrarem obrigadas ou terem
opção de aplicar as citadas normas internacionais.
MODELO EA.081.02
ESTRUTURA CONCEPTUAL DO SNC
NCRF 1 Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras
NCRF 2 Demonstração de fluxos de caixa
NCRF 3 Adoção pela primeira vez das NCRF
NCRF 4 Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros
NCRF 5 Divulgações de partes relacionadas
NCRF 6 Ativos intangíveis
NCRF 7 Ativos fixos tangíveis
NCRF 8 Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas
NCRF 9 Locações
NCRF 10 Custos de empréstimos obtidos
NCRF 11 Propriedades de investimento
NCRF 12 Imparidades de ativos
NCRF 13 Interesses em empreendimentos conjuntos e investimentos em associadas
NCRF 14 Concentrações de atividades empresariais
NCRF 15 Investimentos em subsidiárias e consolidação
NCRF 16 Exploração e avaliação de recursos minerais
NCRF 17 Agricultura
NCRF 18 Inventários
NCRF 19 Contratos de construção
NCRF 20 Rédito
NCRF 21 Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes
NCRF 22 Subsídios e outros apoios das entidades públicas
NCRF 23 Os efeitos de alterações em taxas de câmbio
NCRF 24 Acontecimentos após data de balanço
NCRF 25 Impostos sobre o rendimento
NCRF 26 Matérias ambientais
NCRF 27 Instrumentos financeiros
NCRF 28 Benefícios dos empregados MODELO EA.081.02
ESTRUTURA CONCEPTUAL DO SNC

 A NCRF-PE tem como objetivo estabelecer os


aspetos de reconhecimento, mensuração e
divulgação extraídos das correspondentes NCRF,
tidos como os requisitos mínimos aplicáveis às
pequenas entidades. A regulamentação especifica
para estas entidades encontra-se no Aviso nº
15654/2009, de 7 de setembro.

MODELO EA.081.02
ESTRUTURA CONCEPTUAL DO SNC

 A NCRF-ME está prevista na Lei nº 35/2010, de


2 de setembro, que institui um regime especial
simplificado nas normas e informações
contabilísticas em vigor aplicáveis às designadas
microentidades. A regulamentação especifica
encontra-se no Decreto-Lei nº 36-A/2011, de 9 de
março

MODELO EA.081.02
ESTRUTURA CONCEPTUAL DO SNC

 As normas interpretativas decorrem de uma


necessidade de esclarecimento pontual relativo a
algumas matérias. Através do Aviso nº
15653/2009, de 7 de setembro, foram
homologadas, até ao momento, duas normas
interpretativas do SNC.
Norma interpretativa Assunto
Norma interpretativa 1 Consolidação - Entidades de finalidades especiais
Norma interpretativa 2 Uso de técnicas de valor presente para mensurar o valor do uso

MODELO EA.081.02
CARACTERISTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO
FINANCEIRA

As características qualitativas são os atributos que tornam a informação,


proporcionada nas demonstrações financeiras, útil aos seus utentes. As
características qualitativas previstas na estrutura conceptual do SNC,
nomeadamente no Aviso nº 15652/2009, de 7 de setembro, são as seguintes:
 Características Qualitativas
o Compreensibilidade
o Relevância
• Materialidade
o Fiabilidade
• Representação fidedigna
• Prudência
• Substância sobre a forma
• Plenitude
• Neutralidade
o Comparabilidade
MODELO EA.081.02
CARACTERISTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO
FINANCEIRA

 Compreensibilidade: Uma qualidade essencial


da informação proporcionada nas demonstrações
financeiras é a de que esta seja rapidamente
compreensível pelos utentes;
 Relevância: Para ser útil, a informação tem de
ser relevante pata a tomada de decisões dos
utentes;
• Materialidade: A relevância da informação é afetada
pela sua natureza e materialidade;
MODELO EA.081.02
CARACTERISTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO
FINANCEIRA

 Fiabilidade: Para que seja útil, a informação


também tem de ser fiável;
• Representação fidedigna: Para ser fiável, a
informação deve representar fidedignamente as
transações ou outros acontecimentos que ela pretende
representar ou possa razoavelmente esperar-se
representar;
• Substância sobre a forma: É necessário que as
transações e outros acontecimentos sejam
apresentados e contabilizados de acordo com a
substância e não meramente com a forma legal; MODELO EA.081.02
CARACTERISTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO
FINANCEIRA

• Neutralidade: Para ser fiável, a informação tem de ser livre de


preconceitos. As demonstrações não são neutras se, por via da
seleção ou da apresentação da informação, influenciarem a
tomada de decisão ou de um juízo de valor a fim de atingir um
resultado ou efeito predeterminado;
• Prudência: É possível e desejável integrar nas contas um grau
de precaução ao fazer as estimativas exigidas em condições de
incerteza sem, contudo, permitir a criação de reservas ocultas
ou provisões excessivas ou a deliberada quantificação de ativos
e rendimentos por defeito ou de passivos e gastos por excesso;
• Plenitude: Para que seja fiável, a informação nas
demonstrações financeiras deve ser completa dentro dos
limites da materialidade e de custos;
MODELO EA.081.02
CARACTERISTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO
FINANCEIRA

 Comparabilidade: Os utentes têm de ser capazes


de comparar as demonstrações financeiras de
uma entidade ao longo do tempo, a fim de
identificar tendências na sua posição financeira e
no seu desempenho.

MODELO EA.081.02
PRESSUPOSTOS SUBJANCENTES DO SNC

É no Aviso nº 15652/2009, de 7 de setembro, que se


enunciam os pressupostos que devem estar
subjacentes à elaboração das demonstrações
financeiras. Estes pressupostos devem ser tidos em
conta pelos preparadores das demonstrações
financeiras, mas também pelos utentes da
informação financeira, na sua análise.

MODELO EA.081.02
PRESSUPOSTOS SUBJANCENTES DO SNC

 Regime de acréscimo: A fim de satisfazerem os


seus objetivos, as demonstrações financeiras são
preparadas de acordo com o regime contabilístico
do acréscimo (ou da periodização económica).
Através deste regime, os efeitos das transações e
de outros acontecimentos são reconhecidos
quando ocorrem (e não quando são recebidos ou
pagos), sendo registados contabilisticamente e
relatados nas demonstrações financeiras dos
períodos com os quais se relacionem.
MODELO EA.081.02
PRESSUPOSTOS SUBJANCENTES DO SNC

 Empresa em continuidade: As demonstrações


financeiras são normalmente preparadas no
pressuposto de que uma entidade é uma entidade
em continuidade e de que continuará a operar no
futuro previsível.

MODELO EA.081.02
AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO SNC

As demonstrações financeiras previstas pelo SNC


no Decreto-Lei nº 98/2015, de 2 de junho, são as
seguintes:
 Balanço;

 Demonstração dos resultados por naturezas;

 Demonstrações dos resultados por funções


(facultativa);
 Demonstração dos fluxos de caixa;

 Anexo.
MODELO EA.081.02
AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO SNC

 Balanço é a demonstração financeira em que os


elementos patrimoniais estão agrupados segundo
a sua natureza. É através do balanço que se pode
analisar a empresa do ponto de vista financeiro.
Ativo = Capital próprio + Passivo

MODELO EA.081.02
AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO SNC

 Demonstração de resultados por naturezas é a


demonstração financeira que evidencia os
rendimentos e gastos, tornando possível o cálculo
dos resultados, por diferença. Apresenta a
situação económica da empresa.

MODELO EA.081.02
AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO SNC

 Demonstração dos resultados por funções não


é de produção obrigatória, sendo, no entanto, de
grande utilidade para a gestão da maioria das
empresas. Nesta demonstração financeira, os
custos das várias funções da empresa são
desagregados e apresentados por essas mesmas
funções.

MODELO EA.081.02
AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO SNC

 Demonstração das alterações no capital próprio


detalha os movimentos nas contas dos resultados
durante o ano. Esta demonstração não apresenta
informação nova. Todo o seu conteúdo é derivado do
balanço e da demonstração dos resultados. A regra diz
que:
 Sempre que o capital próprio de uma entidade aumentar,
sem que os acionistas tenham injetado fundos durante o ano,
significa que houve lucro;
 Quando houver uma redução no capital próprio, sem que
tenha havido distribuição de dividendos, implica que houve
prejuízo naquele ano. MODELO EA.081.02
AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO SNC

 Demonstração dos fluxos de caixa é uma demonstração financeira que


apresenta as origens e as aplicações de meios líquidos (caixa e
equivalente de caixa) numa empresa ao longo de um determinado
período.
 Atividades operacionais: são as principais atividades produtoras de réditos da
entidade e outras atividades que não sejam de investimento ou de
financiamento.
 Atividades de investimento: incluem a aquisição e alienação de ativos a longo
prazo e de outros investimentos não incluídos em equivalentes de caixa. Estas
atividades incluem, então, todos os pagamentos e recebimentos resultantes de
atividades não correntes, nomeadamente aquisição e alienação de ativos fixos.
 As atividades de financiamento: são atividades que têm como consequência
alterações na dimensão e composição do capital próprio contribuído e nos
empréstimos obtidos pela entidade. Compreendem, deste modo, as diferentes
formas de obtenção de fundos externos à empresa, junto dos acionistas, dos
investidores ou da banca. MODELO EA.081.02
AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO SNC

 Anexo compreende várias informações mais especificas


relativamente à entidade e às demonstrações financeiras
apresentadas e, ainda, notas explicativas relativas a cada uma das
últimas. O anexo deve:
 Apresentar informação acerca das bases de preparação das
demonstrações financeiras e das políticas contabilísticas usadas;
 Divulgar a informação exigida pelas NCRF que não seja apresentada na
face do balanço, na demonstração dos resultados, na demonstração das
alterações no capital próprio ou na demonstração dos fluxos de caixa;
 Proporcionar informação adicional que não seja apresentada na face do
balanço, na demonstração dos resultados, na demonstração das
alterações no capital próprio ou na demonstração dos fluxos de caixa,
mas que seja relevante para uma melhor compreensão de qualquer uma
delas.
MODELO EA.081.02
O CÓDIGO DE CONTAS (CC) DO SNC

O CC é o instrumento utilizado na contabilidade para


proceder aos lançamentos contabilísticos.
Este instrumento contabilístico, de aplicação obrigatória para
as entidades sujeitas ao SNC, poderá também ser utilizado
pelas entidades que apliquem as normas internacionais de
contabilidade, sendo que daí advém evidentes benefícios para
a comparabilidade das demonstrações financeiras.
É na Portaria nº 1011/2009, de 9 de setembro, que se
encontram regulamentados:
 O quadro-síntese de contas;
 O CC;
 As notas de enquadramento MODELO EA.081.02
O CÓDIGO DE CONTAS (CC) DO SNC
Classes Descrição

Esta classe destina-se a registar os meios financeiros líquidos que incluem quer o dinheiro (notas e
Classe 1: Meios financeiros líquidos
moedas), quer depósitos bancários, quer ativos ou passivos financeiros mensurados ao justo valor.

Esta classe destina-se a registar as operações relacionadas com clientes, fornecedores, pessoal, Estado e
outros entes públicos, financiadores, acionistas, bem como outras operações com terceiros que não
Classe 2: Contas a receber e a pagar tenham cabimento nas contas anteriores ou noutras especificas. Incluem-se ainda nesta classe os
diferimentos (para permitir o registo dos gastos e dos rendimentos nos períodos a que respeitam) e as
provisões.

Esta classe inclui os inventários: detidos para venda no decurso da atividade empresarial; no processo de
produção para essa venda; na forma de materiais consumíveis a serem aplicados no processo de produção
Classe 3: Inventários e ativos biológicos ou na prestação de serviços; os ativos biológicos (animais e plantas vivos), no âmbito da atividade
agrícola, quer consumíveis no decurso do ciclo normal da atividade quer de produção ou regeneração. Os
produtos agrícolas colhidos são incluídos nas apropriadas contas de inventário.

Esta classe inclui os bens detidos com continuidade ou permanência e que não se destinam a ser vendidos
ou transformados no decurso normal das operações da entidade, quer sejam da sua propriedade, quer
Classe 4: Investimentos estejam em regime de locação financeira. Compreende os investimentos financeiros, as propriedades de
investimento, os ativos fixos tangíveis, os ativos intangíveis, os investimentos em curso e os ativos não
correntes detidos para venda.

Relativamente às empresas sob forma de sociedade, esta classe respeita a: capital nominal subscrito;
Classe 5: Capital, reservas e resultados transitados/fundos patrimoniais reservas legais (obrigatórias) e estatutárias (obrigatórias, caso sejam impostas no pacto social) ou livres,
que resultam sempre de uma decisão de aplicação dos resultados positivos obtidos no exercício ou
transitados, tomada em assembleia geral de acordo com o Código das Sociedades Comerciais; resultados
líquidos e os dividendos antecipados, provenientes do exercício anterior.
Classe 6: Gastos Esta classe inclui os gastos respeitantes ao período.
Classe 7: Rendimentos Esta classe inclui os rendimentos respeitantes ao período.
Classe 8: Resultados Esta classe inclui os resultados obtidos no período e regista os dividendos antecipados.
MODELO EA.081.02
DINÂMICA EMPRESARIAL
Este capítulo apresenta as demonstrações financeiras mais importantes, e que permitem
uma análise económico-financeira completa de qualquer empresa. Trata-se de
demonstrações úteis para a divulgação das contas da empresa para os utentes em geral, mas
também de fundamental importância para a gestão e tomada de decisões.
Começa por dar a conhecer o património e o inventário. Posteriormente, apresentam-se as
demonstrações financeiras obrigatórias em qualquer empresa: o balanço e a demonstração
dos resultados. O balanço apresenta a situação financeira da empresa, incluindo o que a
empresa possui, mas também o que deve e o que lhe devem. Por sua vez, a demonstração
dos resultados apresenta a situação económica, que tem como principal objetivo apurar os
resultados que a empresa obteve ao longo do ano. Para o cálculo dos resultados, são
apresentados os rendimentos obtidos e os gastos incorridos ao longo desse período.
Apesar de não ser obrigatório em todas as empresas, apresenta-se também a demonstração
dos fluxos de caixa, que mostra as entradas e saídas de dinheiro da empresa em função das
suas atividades operacionais, de investimento e de financiamento. Trata-se de uma análise
numa ótica de tesouraria.
Por último, e porque estas demonstrações financeiras estão naturalmente relacionadas, irá
ser analisada essa mesma relação.
MODELO EA.081.02
CONTEXTUALIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS

Ao longo do ano, a empresa vai passando por diversos


acontecimentos, os quais são representados na contabilidade
sempre que alterem a composição ou o valor do seu património.
no final do ano, são elaboradas as demonstrações financeiras
que permitem divulgar às partes interessadas a situação
financeira, económica e de tesouraria da empresa:
 Balanço;

 Demonstração dos resultados por naturezas;

 Demonstrações dos resultados por funções (facultativa);

 Demonstração dos fluxos de caixa;

 Anexo.

MODELO EA.081.02
CONTEXTUALIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS

Entidades Demonstrações Financeiras obrigatórias

Microentidades  Balanço
 Demonstração dos resultados por naturezas, modelo microentidades.

Pequenas entidades  Balanço, modelo reduzido;


 Demonstração dos resultados por naturezas, modelo reduzido;
 Demonstração dos resultados por funções, modelo reduzido (facultativo);
 Anexo, modelo reduzido.

Médias e grandes entidades  Balanço;


 Demonstração dos resultados por naturezas;
 Demonstração dos resultados por funções (facultativo)
 Demonstração das alterações no capital próprio;
 Demonstração dos fluxos de caixa;
 Anexo

MODELO EA.081.02
CONTEXTUALIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS

Cada demonstração financeira deve apresentara


seguinte informação:
• O nome da entidade;
• Se a demonstração abrange a entidade
individual ou um grupo de entidades;
• A data do balanço ou o período abrangido
pelas demonstrações financeiras;
• A moeda de apresentação;
• O nível de arredondamento usado (euros,
milhares de euros)
MODELO EA.081.02
NOÇÃO E COMPOSIÇÃO DO PATRIMÓNIO

Património é o conjunto de bens, direitos e


obrigações que pertencem a cada um de nós.

 Bens - dinheiro, carro, mobília, vestuário, etc.;


 Direitos - depósitos, empréstimos concedidos;
 Obrigações - dívidas contraídas pela obtenção de
empréstimos ou por compras a prestações.

MODELO EA.081.02
NOÇÃO E COMPOSIÇÃO DO PATRIMÓNIO

Património Individual:
 Favorável: bens e direitos (aquilo que se possui e
que se tem a receber);
 Desfavorável: Obrigações (aquilo que se tem a
pagar e a cumprir.

MODELO EA.081.02
NOÇÃO E COMPOSIÇÃO DO PATRIMÓNIO

O património é constituído por um grande e


complexo número de elementos de natureza
diferente, que podem ser reunidos em grupos que
desempenham a mesma função económica e
financeira:
 Ativo

 Passivo

 Capital Próprio

MODELO EA.081.02
ATIVO

Bens e direitos ( valorizam positivamente o


património). É um recurso controlado por uma
entidade como resultado de acontecimentos
passados e do qual se espera que fluam benefícios
económicos futuros para a entidade.

MODELO EA.081.02
ATIVO
Conjuntos Elementos Patrimoniais
Meios financeiros líquidos Dinheiro em caixa, depósitos bancários e instrumentos financeiros, etc.
Contas a receber Montantes a receber de terceiros (clientes, outros devedores)
Bens que a empresa produz ou adquire para vender ou para utilizar na
Inventários e Ativos biológicos
fabricação de bens. Ativos biológicos consumíveis (animais e plantas)
Bens e direitos adquiridos não para venda ou transformação, mas para
rendimento, controlo de outras empresas ou para utilização. Ativos
biológicos de produção (animais e plantas).
Nos investimentos destacam-se:
• Ativos tangíveis (Edifícios, equipamentos, viaturas e equipamento
administrativo);
• Ativos intangíveis (trespasses, programas de computador e projetos de
Investimentos desenvolvimento);
• Investimentos financeiros (participações de capital noutras empresas)
• Propriedades de investimento

MODELO EA.081.02
PASSIVO

Obrigações (valorizam negativamente o


património). Trata-se de uma obrigação presente
na empresa, proveniente de acontecimentos
passados.

MODELO EA.081.02
PASSIVO
Conjuntos Elementos Patrimoniais
Contas a pagar (Passivo Dívidas a pagar com prazo inferior a um ano (dívidas a
corrente) fornecedores, ao Estado)
Contas a pagar (Passivo não Dívidas a pagar com prazo superior a um ano (dívidas aos
corrente bancos)

MODELO EA.081.02
CAPITAL PRÓPRIO

Valor do património (determinado pela diferença


entre o ativo e o passivo).

MODELO EA.081.02
CAPITAL PRÓPRIO
Conjuntos Elementos Patrimoniais
Inicial Valor inicial dos sócios e que se figura na escritura
Retido Resultados anteriores não distribuídos
Adquirido no exercício Resultados obtidos no próprio exercício

MODELO EA.081.02
INVENTÁRIO

 O inventário é a descrição do património da


empresa e consiste numa relação escrita de
todos os elementos do património, devidamente
caracterizados quanto à sua qualidade,
quantidade e valor.
 É um documento onde devem estar registados
todos os elementos do ativo e do passivo da
empresa. Permite observar a evolução do
património durante um período.
MODELO EA.081.02
INVENTÁRIO

A análise do património de uma sociedade


permite-nos concluir o seguinte:
• Estamos perante uma lista de todos os
elementos patrimoniais da sociedade e referentes
a uma data;
• Os elementos patrimoniais estão valorizados;
• Sabe-se o total do Ativo e do Passivo.

MODELO EA.081.02
INVENTÁRIO

Fases da preparação dos inventários:


1. Identificação
2. Descrição e Classificação
3. Valorização

MODELO EA.081.02
INVENTÁRIO

1. Identificamos quais os elementos patrimoniais


que existem, ou seja, reconhecemos os elementos
a incorporar no registo, seja numa lista, tabela ou
registo contabilístico.

MODELO EA.081.02
INVENTÁRIO

2. Organizamos os inventários consoante a sua


função em grupos homogéneos, ou seja, as classes
a que dizem respeito.
Neste sentido o inventário pode ser simples ou
classificado:  Bancos:
Classificado

Simples  10 notas de 20 euros

 2 viaturas  Ativos Fixos:

 2 computadores  2 viaturas

 10 notas de 20 euros  2 computadores

 500 sabonetes  Mercadorias:

 25 toucas  500 sabonetes

 40 kg de cenouras  25 toucas
 Matéria-prima:
 40 kg de cenouras
MODELO EA.081.02
INVENTÁRIO

3. Por último é atribuído um valor monetário a


cada elemento patrimonial, ou seja, é feita a sua
mensuração consoante o conjunto de bases de
mensuração definidos:
 Justo valor;

 Custo histórico;
 Valor presente;

 Valor realizável;
 Custo corrente
MODELO EA.081.02
INVENTÁRIO

A periocidade com que os inventários são


realizados está associada a dois sistemas distintos:
 O inventário permanente;
 O inventário periódico.

MODELO EA.081.02
INVENTÁRIO

O Decreto-Lei nº 98/2015, de 2 de junho, veio trazer um


conjunto de alterações ao Decreto-Lei nº 158/2009, de 13
de julho, que aprovou o SNC, no que concerne à utilização
do SIP (Sistema de inventário permanente).
De acordo com o artigo 12º, as entidades a que se aplique o
SNC ficam obrigadas a adotar o SIP na contabilização dos
seus inventários. Esta obrigação aplica-se às entidades que
ultrapassem dois dos três critérios seguintes:
 700 000 € de vendas líquidas;

 350 000 € de balanço;

 10 empregados.
MODELO EA.081.02
INVENTÁRIO - EXCEÇÕES

As microentidades ficam dispensadas desta obrigação, assim


como as entidades que se enquadrem nas seguintes atividades:
• Agricultura, produção animal, apicultura e caça;
• Silvicultura e exploração florestal;
• Indústria piscatória e aquicultura;
• Pontos de venda a retalho que, no seu conjunto, não
apresentem, no período de um exercício, vendas superiores a 300
000 € nem a 10% das vendas globais da respetiva entidade;
• Prestações de serviços que apresentem, no período de um
exercício, um custo das mercadorias vendidas e das matérias
consumidas (CMVM) que não exceda 300 000 € nem 20% dos
respetivos custos operacionais.
MODELO EA.081.02
INVENTÁRIO - EXCEÇÕES

As empresas que sejam obrigadas ao SIP deverão ter um


sistema que permita o controlo das entradas e saídas das
mercadorias de forma a que se consiga:
• Proceder às contagens físicas dos inventários com
referência ao final do período (mês) ou, a longo do
exercício, de forma rotativa, de modo a que cada bem seja
contado, pelo menos, uma vez em cada exercício;
• Identificar os bens quanto à sua natureza, quantidade
e custos unitários e globais, por forma a permitir a
verificação, a todo o momento, da correspondência entre
as contagens físicas e os respetivos registos contabilísticos.
MODELO EA.081.02
INVENTÁRIO
Relembramos ainda que a comunicação dos inventários valorizados à AT
deverá ser feita até 31 de janeiro. A atual redação do artigo 3º-A do
decreto-lei nº 198/2012, de 24 de agosto, refere que:
“1- As pessoas, singulares ou coletivas, que tenham sede,
estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território nacional, que
disponham de contabilidade organizada e estejam obrigadas de inventário,
devem comunicar à AT, até ao dia 31 de janeiro, por transmissão eletrónica
de dados, o inventário valorizado respeitante ao último dia do exercício
anterior, através de ficheiro com características e estrutura a definir por
portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças.
2 – Relativamente às pessoas que adotem um período de tributação
diferente do ano civil, a comunicação referida no número anterior deve ser
efetuada até ao final do 1º mês seguinte do termo desse período.”

MODELO EA.081.02
INVENTÁRIO

Estrutura da comunicação dos inventários à AT


Campos Descrição

ProductCategory Identificador do tipo de produto. Deve ser preenchido com uma das seguintes letras:
 M – mercadorias;
 P – matérias-primas, subsidiárias e de consumo;
 A – produtos acabados e intermédios;
 S – subprodutos, desperdícios e refugos;
 T – produtos e trabalhos em curso;
 B – ativos biológicos

ProductCode Este código deverá corresponder ao mesmo código utilizado no ficheiro SAT-T(PT) da faturação, quando aplicável. No caso de tipos de produtos não
transacionáveis e que sejam inexistentes ao nível da tabela de produtos do SAF-T(PT), deverá garantir-se uma codificação única para cada produto.

ProductDescription Descrição do produto.

ProductNumberCode Código European Article Nunber (EAN), ou seja, o código de barras. Deve ser utilizado o código EAN do Produto. Quando este não existir, preencher com o valor
do campo “Identificador do Produto”

ClosingStockQuantity Quantidade de existência final relativa ao período a que reporta.

UnitOfMeasure Unidade de medida usada (por exemplo: Kg, cm, m, unidade).

ClasingStockValue Valor da existência final relativa ao período a que reporta (valor total relativo à quantidade indicada)

MODELO EA.081.02
NOÇÃO DE CONTA

 Conjunto de elementos patrimoniais com


determinadas características comuns e
específicas.
 A conta constitui a base de toda a escrituração,
uma vez que é a partir desta que se desenvolve o
trabalho contabilístico, permitindo registar todas
as variações sofridas pelos elementos
patrimoniais.

MODELO EA.081.02
NOÇÃO DE CONTA

As contas apresentam características próprias:


 Compreensão – evidencia a propriedade comum
a todos os elementos patrimoniais que a
integram;
 Extensão – corresponde ao valor apresentado
pela Conta, expresso em unidades monetárias.

MODELO EA.081.02
BALANÇO

É a conta geral da empresa da qual estão reunidos


todos os elementos patrimoniais e onde se
evidencia a situação líquida, diferença entre ativo e
passivo.
Capital Próprio Balanço
Natureza Valor Expressão Geral
A » P ATIVO CP » 0 A = P + CP
A » P NULO CP = 0 A=P
A « P PASSIVO CP « 0 A = P - CP

MODELO EA.081.02
BALANÇO

Traduz três ideias fundamentais:


 A comparação entre o Ativo e o Passivo,
evidenciando o Capital Próprio;
 Um conjunto de contas, com valores de sinal
contrário, em equilíbrio;
 Um mapa ou documento em que se representa
aquela comparação e o equilíbrio das contas.

MODELO EA.081.02
BALANÇO

 Juristas – o Balanço representa a situação


patrimonial da empresa num dado momento;
 Economistas – o Balanço representa a estrutura
financeira da empresa num dado momento.

ATIVO – PASSIVO = SITUAÇÃO LÍQUIDA

MODELO EA.081.02
ATIVO

Trata-se de um recurso controlado pela empresa,


do qual se espera um influxo de benefícios
económicos futuros para a empresa, originado por
eventos passados.
O Ativo é apresentado no Balanço por ordem de
liquidez crescente.

MODELO EA.081.02
ATIVO
Ativo
Ativo Corrente Ativo não corrente
Espera-se que seja vendido ou consumido num ciclo operacional Ativo biológico

Detido com a finalidade de ser negociado Ativo fixo tangível

É caixa ou equivalente de caixa Ativo fixo intangível

Espera-se que seja realizado num período até 12 meses da data do Locação
Balanço
Esteja detido essencialmente para a finalidade de ser negociado Propriedade de investimento

Ativo contingente

Ativo detido para venda e unidades operacionais descontinuadas


(novo)

Inventários (existências) Máquinas

Ativos financeiros (dinheiro, ações, clientes, outras contas a receber Patentes e direitos

Outros ativos correntes, onde se incluem os acréscimos e


diferimentos

MODELO EA.081.02
PASSIVO

É uma obrigação presente da empresa, da qual se


espera um exfluxo de recursos da empresa,
originado por eventos passados. Deve ter-se
sempre presente a distinção entre uma obrigação
presente e um compromisso futuro.

MODELO EA.081.02
PASSIVO
Passivo
Passivo corrente Passivo não corrente
Espera-se que seja liquidado num ciclo operacional

Detido com a finalidade de ser negociado

Deva ser liquidado num período até 12 meses da data de Balanço

Fornecedores Empréstimos concedidos de longo prazo

Empréstimos a menos de 3 meses Provisão

Outras contas a pagar Outros passivos não correntes

Outros passivos correntes, onde se incluem os acréscimos e


diferimentos

MODELO EA.081.02
CAPITAL PRÓPRIO

É uma massa patrimonial que representa o


interesse residual nos Ativos da empresa, depois de
deduzir todos os passivos.
O capital próprio inclui, por exemplo:
 Capital;

 Reservas;

 Resultados transitados;

 Resultado líquido.

MODELO EA.081.02
ATIVO, PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO

Em suma, o balanço possui dois grandes membros: o


ativo e o passivo + o capital próprio, o que leva à
equação fundamental da contabilidade:
Ativo = Passivo + Capital Próprio
A equação fundamental da contabilidade permite
sempre o equilíbrio na movimentação dos diferentes
elementos patrimoniais, provocada pelos respetivos
factos patrimoniais que ocorrem na empresa, no
desenvolvimento da sua atividade.
O modelo oficial do balanço foi aprovado pela Portaria nº
220/2015, de 25 julho. MODELO EA.081.02
MENSURAÇÃO DOS ELEMENTOS DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Mensuração é o processo de determinar as


quantias monetárias pelas quais os elementos das
demostrações financeiras devam ser reconhecidos
e inscritos no balanço e na demonstração dos
resultados, ou seja, corresponde à valorização
destes elementos.

MODELO EA.081.02
MENSURAÇÃO DOS ELEMENTOS DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

A base de mensuração geralmente adotada pelas


entidades ao preparar as suas demonstrações
financeiras é o custo histórico. No entanto, o aviso
nº 15652/2009, de 7 de setembro, permite a
utilização de diferentes bases de mensuração em
graus diferentes e em variadas combinações nas
demonstrações financeiras.

MODELO EA.081.02
MENSURAÇÃO DOS ELEMENTOS DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

 Custo histórico;
 Custo corrente;

 Valor realizável;
 Valor presente;
 Justo Valor.

MODELO EA.081.02
CUSTO HISTÓRICO

Os ativos são registados pela quantia de caixa, ou


equivalentes de caixa paga, ou pelo justo valor da
retribuição dada para os adquirir no momento da
sua aquisição. Os passivos são registados pela
quantia dos proventos recebidos em troca da
obrigação ou, em algumas circunstâncias (por
exemplo, impostos sobre o rendimento), pelas
quantias de caixa, ou equivalentes de caixa, que se
espera que venham a ser pagas para satisfazer o
passivo no decurso normal dos negócios.
MODELO EA.081.02
CUSTO CORRENTE

Os ativos são registados pela quantia de caixa, ou


equivalentes de caixa, que teria de ser paga se o
próprio ativo ou um equivalente fosse
corretamente adquirido. Os passivos são registados
pela quantia não descontada de caixa, ou
equivalentes de caixa, que seria necessária para
liquidar corretamente a obrigação.

MODELO EA.081.02
VALOR REALIZÁVEL

Os ativos são registados pela quantia de caixa, ou


equivalentes de caixa, que possa ser
correspondente obtida ao vender o ativo numa
alienação ordenada. Os passivos são escriturados
pelos seus valores de liquidação, isto é, as quantias
não descontadas de caixa, ou equivalentes de
caixa, que se espera que sejam pagas para
satisfazer os passivos no decurso normal dos
negócios.
MODELO EA.081.02
VALOR PRESENTE (DE LIQUIDAÇÃO)

Os ativos são registados pela quantia de caixa, ou


equivalentes de caixa, que possa ser correspondente
obtida ao vender o ativo numa alienação ordenada.
Os passivos são escriturados pelos seus valores de
liquidação, isto é, as quantias não descontadas de
caixa, ou equivalentes de caixa, que se espera que
sejam pagas para satisfazer os passivos no decurso
normal dos negócios.

MODELO EA.081.02
JUSTO VALOR

Corresponde à quantia pela qual um ativo poderia


ser trocado ou um passivo liquidado, entre partes
conhecedoras e dispostas a isso, numa transação
em que não exista relacionamento entre elas.

MODELO EA.081.02
PRINCIPAIS CONTAS DO BALANÇO UTILIZADAS
NA HOTELARIA E NA RESTAURAÇÃO

A contabilidade deve ser percecionada como um sistema de


informação que servirá de apoio à tomada de decisão. A
contabilidade das empresas de hotelaria segue exatamente os
mesmos princípios de generalidade das empresas, ou seja, os
princípios definidos pelo SNC.
Pelo facto de ser uma área muito especifica, torna-se fundamental
recorrer à contabilidade de gestão como forma de obter uma
informação mais precisa para uma correta tomada de decisão a nível
operacional, estratégico e/ou financeiro.
Os elementos relacionados com a posição financeira da empresa, ou
seja, os ativos, passivos e capitais próprios, estão refletidos no
balanço. Estes permitem-nos analisar alguns indicadores financeiros,
como a liquidez, solvabilidade, autonomia financeira, entre outros.
MODELO EA.081.02
PRINCIPAIS CONTAS DO BALANÇO UTILIZADAS
NA HOTELARIA E NA RESTAURAÇÃO

 Classe 1: Meios financeiros líquidos;


 Classe 2: Contas a receber e a pagar;

 Classe 3: Inventários;
 Classe 4: Investimentos.

MODELO EA.081.02
PRINCIPAIS CONTAS DO BALANÇO UTILIZADAS
NA HOTELARIA E NA RESTAURAÇÃO

Classe 1 - meios financeiros líquidos, temos em


destaque a conta 11, caixa, e a conta 12, depósitos à
ordem (consultar o CC do SNC). Tendo em
consideração que uma unidade hoteleira pode ter
uma dimensão física considerável, é fundamental
que existam várias contas de caixa alocadas aos
vários centros de rendimentos. Também a conta 12
é habitualmente subdividida, tendo em
consideração que as entidades podem trabalhar com
várias entidades bancárias em simultâneo.
MODELO EA.081.02
PRINCIPAIS CONTAS DO BALANÇO UTILIZADAS NA
HOTELARIA E NA RESTAURAÇÃO

Classe 2 - contas a receber e a pagar, à


semelhança de todas as outras áreas, é fundamental
referir que todas as aquisições a fornecedores,
fornecedores de investimentos ou outras dívidas
para com os terceiros devem ser registados nesta
classe, de forma a existir um controlo interno em
todos os circuitos das operações das compras de
mercadorias.

MODELO EA.081.02
PRINCIPAIS CONTAS DO BALANÇO UTILIZADAS
NA HOTELARIA E NA RESTAURAÇÃO

Classe 3 - inventários, é essencial fazer a distinção entre a compra


de mercadorias, bens adquiridos pela entidade com o destino a
venda e que não sejam objeto de qualquer transformação
substancial, e a compra de matéria-prima, bens adquiridos pela
empresa que se destinam a ser incorporados no processo de
produção, com objetivo de obter produtos finais.
Embora a conta 31 não seja uma conta de balanço, mas sim uma
conta transitória, o seu saldo deve ser devidamente transferido para
a conta adequada de inventários:
 Saldo da conta 311, compras mercadorias –> conta 32
mercadorias
 Saldo da conta 312, matérias-primas –> conta 33 matérias-
primas, subsidiárias e de consumo. MODELO EA.081.02
PRINCIPAIS CONTAS DO BALANÇO UTILIZADAS
NA HOTELARIA E NA RESTAURAÇÃO

Classe 4 - investimentos, todos os ativos fixos tangíveis


devem estar claramente identificados, mesmo aqueles
que possam ser agregados e mensurados como um só.
Por exemplo, a cozinha de um hotel é equipada com
muitos itens que, individualmente, são insignificantes,
no entanto, estes podem ser agrupados e mensurados
como um só (por exemplo, os talheres de uma cozinha
podem ser agregados em faqueiros, os vários tachos e
panelas podem ser agrupados em trem de cozinha),
sendo que todos eles serão classificados como
equipamento básico.
MODELO EA.081.02
PRINCIPAIS CONTAS DO BALANÇO UTILIZADAS
NA HOTELARIA E NA RESTAURAÇÃO

Indicadores financeiros:
LIQUIDEZ SOLVABILIDADE AUTONOMIA FINANCEIRA
Capacidade que a empresa Avalia a independência da Capacidade que a empresa
tem de liquidar os seus empresa face a terceiros tem de liquidar os seus
passivos correntes passivos totais
Ativo Corrente Capital próprio Ativo total líquido

Passivo Corrente Ativo total líquido Passivo Total

MODELO EA.081.02
FACTOS PATRIMONIAIS

São todos os movimentos e ocorrências que


provoquem variações nos elementos do
património. São estes dados que há a registar na
contabilidade e cuja variação em quantidade e
qualidade provocarão alterações na situação
líquida da empresa.

MODELO EA.081.02
FACTOS PATRIMONIAIS

 Factos patrimoniais permutativos: Alteram a composição do


património, mas não o seu valor. Tal como o nome indica, na presença
deste tipo de factos, vai existir apenas permuta (troca) entre elementos
patrimoniais, sem que seja alterado o valor patrimonial. Dito de outra
forma, perante estes factos, a empresa não vai ficar mais rica nem mais
pobre.
 Factos patrimoniais modificativos: Alteram a composição e o valor do
património. Tal como o nome indica, perante estes factos, o património
vai modificar o seu valor. Em reforço, podemos dizer que, na presença
deste tipo de factos, a empresa vai ficar mais rica ou mais pobre. MODELO EA.081.02
FACTOS PATRIMONIAIS

Equação fundamental da contabilidade

Ativo = Capital próprio + Passivo

4 - Investimentos Capital próprio

3- Inventários e ativos biológicos 5 - Capital, reservas e resultados transitados

2 - Contas a receber 8 - Resultados

1 - Meios financeiros líquidos Passivo

2 - Contas a pagar

MODELO EA.081.02
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

A demonstração dos resultados é um mapa


financeiro que tem por finalidade evidenciar os
resultados (lucros e prejuízos) obtidos na atividade
desenvolvida pela empresa. Este mapa é elaborado
normalmente no final do ano, tendo por base os
gastos e os rendimentos existentes ao longo do
ano.

MODELO EA.081.02
RENDIMENTOS, GASTOS E RESULTADOS

O conceito fundamental da demonstração dos


resultados é o próprio conceito de resultado.
Assim, o resultado é sempre:
Resultados = Rendimentos – Gastos
Se Rendimentos > Gastos -> Lucro
Se Rendimentos = Gastos -> Resultado nulo
Se Rendimentos < Gastos -> Prejuízo

MODELO EA.081.02
RENDIMENTOS, GASTOS E RESULTADOS

 Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos: Inclui os


rendimentos e gastos relacionados com a atividades operacional normal da
organização;
 Resultado operacional: Além dos anteriores, inclui os rendimentos e gastos
relacionados com contas de redução do ativo devido a perda de valor dos ativos
não correntes (perdas por imparidades destes ativos, depreciações e
amortizações);
 Resultado antes de imposto (RAI): Além doa anteriores, inclui os rendimentos e
gastos financeiros;
 Resultado líquido do período: Calcula-se deduzindo ao RAI o imposto sobre o
rendimento. MODELO EA.081.02
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZAS

Rubricas Valor
Vendas e serviços prestados +
Subsídios à exploração +
Ganhos/Perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos +/-
Variações nos inventários da produção +/-
Trabalhos para a própria entidades +
CMVM -
Fornecimento e serviços externos -
Gastos com o pessoal -
Imparidade de inventários (perdas/reversões) -/+
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) -/+
Provisões (aumentos/reduções) -/+
Imparidade de investimentos não depresiáveis/amortizáveis (perdas/reversões) -/+
Aumentos/Reduções de justo valor +/-
Outros rendimentos +
Outros gastos -
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos
Gastos/Reversões de depreciações e de amortizações -/+
Imparidades de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) -/+
Resultado operacional (antes de gastos de financiamentos e impostos)
Juros e rendimentos similares obtidos +
Juros e gastos similares suportados -
RAI
Imposto sobre o rendimento do período -/+
Resultado líquido do período
MODELO EA.081.02
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR
FUNÇÕES

Os resultados apresentados na demonstração dos


resultados por funções dizem respeito a uma
classificação por funções, pelo que terão,
normalmente, conteúdos e expressões numéricas
diferenciados dos que constam da demonstração
dos resultados por naturezas, muito embora
conduzam ao mesmo resultado líquido. Uma vez
que os gastos e rendimentos são apurados por
funções, é necessário recorrer a técnicas de
contabilidade de gestão para a repartição dos custos
por natureza pelas funções da empresa. MODELO EA.081.02
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR
FUNÇÕES

Rubricas da demonstração dos resultados por funções:


 Vendas e serviços prestados: Rubrica que
corresponde ao rendimento ou ganho proveniente das
vendas e das prestações de serviços, líquidos dos
descontos e dos impostos inerentes;
 Custo das vendas e dos serviços prestados: Rubrica
cujo âmbito correspondente à quantia que a empresa,
de acordo com os procedimentos de custeio usados, o
custo dos inventários saídos para venda ou dos
serviços prestados, cujo rédito se exprime na rubrica
anterior.
MODELO EA.081.02
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR
FUNÇÕES

 Outros rendimentos: Rubrica que abrange todos os rendimentos


operacionais obtidos no período e que não estejam incluídos no rédito das
vendas e dos serviços prestados;
 Gastos de distribuição: Rubrica que abrange os gastos com a função de
distribuição, não imputáveis ao custo das vendas e dos serviços prestados;
 Gastos administrativos: Rubrica que abrange os gastos com a função
administrativa, não imputáveis ao custo das vendas e dos serviços prestados;
 Gastos de investigação e desenvolvimento: Rubrica que abrange gastos
com a investigação e o desenvolvimento;
 Outros gastos: Rubrica que abrange todos os gastos operacionais suportados
no período, que não estejam incluídos no custo das vendas e dos serviços
prestados nem sejam gastos de distribuição, administrativos ou de
investigação e desenvolvimento;
 Gastos de financiamento (líquidos): Esta rubrica corresponde aos gastos
financeiros, nomeadamente com juros incorridos e descontos de pronto
pagamento concedidos.
MODELO EA.081.02
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR
FUNÇÕES

Rubricas Valor

Vendas e serviços prestados

Custo das vendas e dos serviços prestados

Resultado bruto

Outros rendimentos

Gastos de distribuição

Gastps administrativos

Gastos de investigação e desenvolvimento

Outros gastos

Resultado operacional (antes de gastos de financiamentos e impostos)

Gastps de financiamento (líquido)

RAI

Imposto sobre o rendimento do período

Resultado líquido do período

MODELO EA.081.02
PRINCIPAIS CONTAS DA DEMONSTRAÇÃO DOS
RESULTADOS UTILIZADAS NA HOTELARIA E NA
RESTAURAÇÃO

O desempenho da empresa está associado à


demonstração dos resultados. Aqui podemos
analisar se uma unidade hoteleira tem lucro ou
prejuízo. Contudo é importante referir que o lucro
não significa mais dinheiro, pois depende
claramente dos prazos médios de recebimento e
pagamento que a entidades apresenta.

MODELO EA.081.02
RÁCIOS DE FUNCIONAMENTO OU ATIVIDADE

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO

Saldo médio dos clientes


* 365

(Vendas + Prestações de serviços) * (+IVA)

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS

Saldo médio dos fornecedores


* 365

Compras * (+IVA)

MODELO EA.081.02
PRINCIPAIS CONTAS DA DEMONSTRAÇÃO DOS
RESULTADOS UTILIZADAS NA HOTELARIA E NA
RESTAURAÇÃO

Relativamente às contas de demonstração dos resultados,


devemos ter em consideração a
Classe 6 - gastos, e a Classe 7 – rendimentos.
Na área da hotelaria e restauração, as contas mais utilizadas
são:
• 61 – CMVMC;

• 62 – Fornecimentos e serviços externos;

• 63 – Gastos com o pessoal;

• 64 – Gastos de depreciações e de amortizações;

• 71 – Vendas;

• 72 – Prestações de serviços.
MODELO EA.081.02
PRINCIPAIS CONTAS DA DEMONSTRAÇÃO DOS
RESULTADOS UTILIZADAS NA HOTELARIA E NA
RESTAURAÇÃO
É pertinente alertar para a distinção entre bens que podem ser classificados
como ativos fixos tangíveis e outros que podem ser classificados como
gastos.
Exemplo: temos os conjuntos de pratos em louça que são classificados
como equipamento básico, dentro da Classe 4 – investimentos, na conta
43 – ativos fixos tangíveis, e os conjuntos de pratos em papel e/ou plástico
que são descartáveis que, como tal, serão classificados como gastos, dentro
da Classe 6 – gastos, na conta 62 – fornecimentos e serviços externos.
Relativamente às prestações de serviços e vendas, iremos analisar este
assunto com maior detalhe no Classe 6 (Prestação de serviços). Contudo,
é importante salientar que na área da hotelaria e restauração a conta mais
utilizada é a conta 72 – prestação de serviços. Contudo, as refeições em
regime de take-away são classificadas como vendas, sendo registadas na
conta 71.
MODELO EA.081.02
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

É a demonstração financeira que apresenta as


alterações na posição financeira da empresa, ou
seja, permite verificar as suas atividades
operacionais, de investimento e de financiamento.
Está essencialmente vocacionada para todas as
operações que impliquem fluxos de caixa, pelo que
permite analisar a capacidade de a empresa gerar
dinheiro, ou seja, pode-se verificar onde a empresa
recebeu e entregou dinheiro.
MODELO EA.081.02
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

A demonstração dos fluxos de caixa apresenta os


recebimentos e pagamento consoante as seguintes atividades:
 Atividades operacionais: São todas as que constituem as
operações normais da empresa e todas as que não sejam
consideradas como de investimento ou de financiamento;
 Atividades de investimento: Incluem todos os pagamentos
e recebimentos resultantes de atividades não correntes,
nomeadamente aquisição e alienação de ativos fixos;
 Atividades de financiamento: Compreendem as diferentes
formas de obtenção de fundos externos à empresa, junto
dos acionistas, dos investidores ou da banca.
MODELO EA.081.02
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
Rubricas Valor
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimento de clientes
Pagamento a fornecedores
Caixa gerada pelas operações
Pagamento/Recebimento do imposto sobre o rendimento
Outros recebimentos/pagamentos
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1)
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis
Ativos intangíveis
Investimentos financeiros
Outros ativos
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis
Ativos intangíveis
Investimentos financeiros
Outros ativos
Subsídios ao investimento
Juros e rendimentos similares
Dividendos
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2)
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos
Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio
Cobertura de prejuízos
Doações
Outras operações de financiamento
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos
Juros e gastos similares
Dividendos
Reduções de capital e de outros instrumentos de capital Próprio
Outras operações de financiamento
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3)
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3)
Efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no início do período
Caixa e seus equivalentes no fim do período
MODELO EA.081.02
RELAÇÃO ENTRE BALANÇO, DEMONSTRAÇÃO DOS
RESULTADOS E A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Cada uma das demonstrações financeiras, balanço, demonstração


dos resultados e demonstração dos fluxos de caixa, representa um
fluxo específico da empresa.
O balanço representa o fluxo financeiro, ou seja, o que a empresa
tem, o que lhe devem (ativo), o que deve (passivo) e o capital
próprio conseguido até ao momento.
A demonstração dos resultados representa o fluxo económico, no
sentido em que mostra o resultado obtido como diferença entre os
gastos e os rendimentos.
Por último, a demonstração dos fluxos de caixa representa o fluxo
de tesouraria, numa ótica puramente monetária, apresentando o
saldo da empresa pela diferença entre os recebimentos e os
pagamentos efetuados ao longo do exercício. MODELO EA.081.02
RELAÇÃO ENTRE BALANÇO, DEMONSTRAÇÃO DOS
RESULTADOS E A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Ótica Conceito Demonstração financeira

 Ativos
 Passivos
 Capital Próprio
Financeira Balanço

 Rendimentos
Económica  Gastos Demonstração dos resultados

 Recebimentos
Tesouraria Demonstração dos fluxos de caixa
 Pagamentos

MODELO EA.081.02
RELAÇÃO ENTRE BALANÇO, DEMONSTRAÇÃO DOS
RESULTADOS E A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

A relação entre os três mapas permite uma análise


completa da situação económico-financeira da empresa
(Rodrigues, 2019). Por outro lado, as vertentes que
casa uma das demonstrações representa encontra-se de
alguma forma relacionadas com as restantes vertentes.
Por exemplo, uma venda (rendimento, na demonstração
dos resultados) vai levar a que diminuam os inventários
por força da sua venda (ativo, no balanço) e, por sua
vez, a que aumentem os meios líquidos financeiros
quando o cliente paga (recebimentos, na demonstração
dos fluxos de caixa). MODELO EA.081.02
RELAÇÃO ENTRE BALANÇO, DEMONSTRAÇÃO DOS
RESULTADOS E A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Em termos de representação destas relações entre


as demonstrações, podemos analisar mapa seguinte:

MODELO EA.081.02
RELAÇÃO ENTRE BALANÇO, DEMONSTRAÇÃO DOS
RESULTADOS E A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Os resultados líquidos apurados na demonstração


dos resultados vão fazer parte do capital próprio do
balanço, nomeadamente na rubrica de resultados
líquidos e, posteriormente, em resultados
transitados e/ou reservas.
Por último o saldo apurado na demonstração dos
fluxos de caixa também está representado no
balanço, nomeadamente no ativo corrente, nas
disponibilidades.
MODELO EA.081.02
ESTUDO DAS CONTAS SEGUNDO O SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA (SNC)

A informação presente nas demonstrações financeiras, como, por exemplo, o balanço


e a demonstração dos resultados, apresentam informação sintetizada e classificada de
todos os factos patrimoniais ocorridos na empresa durante um determinado período.
As contas servem para registar os aumentos e as diminuições das diferentes rubricas
ao longo do período, no sentido de se poder efetuar os diferentes mapas
contabilísticos, com a informação relevante sobre as empresas, para a tomada de
decisão.
As contas têm requisitos próprios que devem ser respeitados, nomeadamente os da
homogeneidade e integralidade. A homogeneidade consiste em agrupar elementos
patrimoniais com características idênticas entre si, de acordo com a sua natureza e
função na empresa, A integralidade significa que a conta deve ser suficientemente
distinta das outras contas.
Vamos estudar as contas em função da sua organização no CC, sendo posteriormente
as mesmas categorizadas em função de demonstração financeira em que terão
impacto. Além disso, vão ser tratadas as formas de movimentação das contas.

MODELO EA.081.02
A CONTA

Os diferentes elementos patrimoniais que compõem o


património da empresa, de acordo com a sua natureza e
função na empresa, devem estar em contas distintas
não só para podermos agrupar e organizar os elementos
patrimoniais que tenham características idênticas entre
si e que sejam suficientemente diferentes de outros
elementos patrimoniais, registados noutras contas, mas
também para proceder ao registo e à valorização dos
mais variados factos patrimoniais que irão provocar
aumentos e diminuições nessas mesmas contas.
MODELO EA.081.02
A CONTA

As contas são a base o trabalho contabilístico, pois


é onde registamos os diversos factos patrimoniais
ocorridos na empresa.

12 - Depósitos à ordem

Débitos Créditos

MODELO EA.081.02
A CONTA
Os elementos que constituem uma conta são:
 Código: Caracterização numérica da conta, de acordo com a sua
organização no CC do SNC (neste exemplo é o 12);

 Título: Designação pela qual a conta é conhecida. Deve ser claro e


esclarecer de forma inequívoca a característica comum que faz com
que agrupe determinados elementos patrimoniais. Neste caso,
depósitos à ordem. Registam-se nesta conta os elementos
patrimoniais com características comuns entre si, relacionados com
os direitos que a empresa tenha sobre instituições a crédito em
contas bancárias que estejam à sua ordem, ou seja, de movimentação
imediata. Se forem notas e moedas, terão de figurar noutra conta
(conta 11, caixa), uma vez que representam meios de pagamentos;
MODELO EA.081.02
A CONTA
 Valor: Consiste na valorização da conta, isto é, todos os
movimentos de aumentos ou diminuições das contas, que
são efetuados os débitos e créditos, devem ser registados
em unidades monetárias (em euros);
 Saldo: Resulta da diferença entre os aumentos e as
diminuições nas contas, ou seja, entre débitos e créditos
efetuados. Esse saldo deve ser:
• Devedor: Se o valor dos débitos for superior ao valor dos
créditos;
• Credor: Se o valor dos créditos for superior ao valor dos
débitos;
• Nulo: Se o valor dos débitos for igual ao valor dos créditos.
MODELO EA.081.02
A CONTA

De acordo com a sua decomposição, a classificação das


contas é a seguinte:
 Contas principais: Englobam muitos elementos
patrimoniais, necessitando de ser decompostas para
esclarecer melhor o seu âmbito;
 Subcontas: Englobam a decomposição das contas
principais, mas necessitam de outras decomposições para
serem ainda mais especificas;
 Contas elementares: Não admitem mais decomposições,
sendo o seu âmbito o mais específico possível. Estas contas
lançadoras, ou seja, as contas onde se vão efetuar os
lançamentos a débito e a crédito. MODELO EA.081.02
A CONTA
De acordo com a sua natureza, a classificação das contas é a seguinte:
 Contas de Ativo: Contas de bens e direitos a receber. Por exemplo: 32 –
Mercadorias; 43 – Ativos fixos tangíveis; 12 – Depósitos à ordem, entre
outras;
 Contas de Passivo: Contas de obrigações a pagar. Por exemplo: 25 –
Financiamentos obtido;
 Contas Mistas: Contas que são do ativo e do passivo. Por exemplo: 27 –
Outras contas a receber e a pagar;
 Contas de Capital Próprio: Contas de capital, reservas e de resultados. Por
exemplo: 51 – Capital subscrito, 55 – Reservas, 81 – Resultado líquido do
período, entre outras;
 Contas de Rendimentos: Contas de aumentos dos benefícios económicos
gerados no desenvolvimento da atividade durante um período económico.
Por exemplo: 71 – Vendas, 72 – Prestações de serviços, 79 – Juros,
dividendos e outros rendimentos similares; MODELO EA.081.02
A CONTA
 Contas de Gastos: Contas de diminuições dos benefícios
económicos suportados no desenvolvimento da atividade durante
um período económico. Por exemplo: 61- CMVMC, 62 –
Fornecimentos e serviços externos, 69 – Gastos de
financiamento, entre outras;
 Contas de regularização e/ou de redução dos Ativos: Contas
que servem para corrigir ou ajustar valores das contas anteriores,
para que fiquem mais de acordo com a realidade da situação da
empresa. Por exemplo: 219 – Perdas por imparidade acumuladas
em dividas a receber de clientes; 329 – Perdas por imparidades
acumuladas em mercadorias, 38 -Reclassificação e regularização
de inventários e ativos biológicos, 438 – Depreciações
acumuladas dos ativos fixos tangíveis, entre outras.
MODELO EA.081.02
O CÓDIGO DE CONTAS (CC)

O CC é uma lista onde figuram as contas-base que


podem ser movimentadas nos registos necessários
para refletir a situação verdadeira e apropriada da
empresa.
Existe também um quadro-síntese que dá uma
perspetiva resumida das classes e contas principais
que estão incluídas nessas classes.

MODELO EA.081.02
O CÓDIGO DE CONTAS (CC)
CLASSE 0
CLASSE 5 Capita, CLASSE 9
CLASSE 1 Meios CLASSE 2 Contas a CLASSE 3 Inventários CLASSE 4 CLASSE 7 Contabilidade
reservas e resultados CLASSE 6 Gastos CLASSE 8 Resultados Contabilidade
Financeiros líquidos receber e a pagar e ativos biológico Investimentos Rendimentos orçamental/ Contas
transitados analítica
de ordem

41 - Investimentos 81 - Resultado líquido


11 - Caixa 21 - Clientes 31 - Compras 51 - Capital subscrito 61 - CMVMC 71 - Vendas
financeiros do período

42 - Propriedades de 52 - Ações (quotas) 62 - Fornecimentos e 72 - Prestações de


12- Depósitos à ordem 22 - Fornecedores 32 - Mercadorias
investimento próprias serviços externos serviços

33 - Matérias-primas, 53 - Outros 73 - Variações nos


13 - Outros depósitos 43 - Ativos fixos 63 - Gastos com o
23 - Pessoal subsidiárias e de instrumentos de inventários da
bancários tangíveis pessoal
consumo capital próprio produção

14 - Outros 34 - Produtos 64 - Gastos de


24 - Estado e outros 54 - Prémios de 74 - Trabalhos para a
instrumentos acabados e 44- Ativos intangíveis depreciação e de
entes públicos emissão própria entidade
financeiros intermédios amortização

35 - Subprodutos,
25 - Financiamentos 45 - Investimentos em 65 - Perdas por 75 - Subsídios à
desperdícios, resíduos 55 - Reservas
obtidos curso imparidade exploração
e refugos

46 - Ativos não 66 - Perdas por


36 - Produtos e 56 - Resultados
26 - Acionistas/Sócios correntes detidos para reduções de justo 76 - Reversões
trabalhos em curso transitados
venda valor

77 - Ganhos por
27 - Outras contas a 57 - Ajustamentos em 67 - Provisões do
37 - Ativos biológicos aumentos de justo
receber e a pagar ativos financeiros período
valor

38 - Reclassificação e
58 - Excedentes de
regularização de 78 - Outros
28 - Diferimentos valorização em ativos 68 - Outros gastos
inventários e ativos rendimentos
tangíveis e intangíveis
biológicos

79 - Juros, dividendos
39 - Adiantamentos 59 - Outras variações 69 - Gastos de 89 - Dividendos
29 - Provisões e outros rendimentos
por conta de compras no capital próprio financiamento antecipados
similares
MODELO EA.081.02
O CÓDIGO DE CONTAS (CC)

 Como se pode verificar no quadro, todas as contas são decompostas


em classes:
 As contas da classe 1 à classe 8 são utilizadas na Contabilidade
Financeira;
 As contas da classe 9 estão reservadas à Contabilidade de Gestão;
 As contas da classe 0 normalmente destinam-se à Contabilidade
Orçamental, ou para tratamento de outras situações relevantes que
fogem do âmbito da Contabilidade Financeira ou de Gestão (contas
de ordem).
MODELO EA.081.02

Você também pode gostar