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POLÍTICAS

PÚBLICAS NA
NUTRIÇÃO
P R O F E S S O R A : N A Y A R A P A I VA
O QUE SÃO AS POLÍTICAS PÚBLICAS?
• Políticas Públicas são ações pensadas, estruturadas e aplicadas em favor da resolução de um
problema público. Algumas teorias classificam Política Pública somente quando esta ação parte
de órgãos ou “personagens” estatais, ou seja, quando as ações partem da esfera do Governo,
essa é a abordagem estadista em relação às Políticas Públicas.;

• Portanto, Políticas Públicas podem ser entendidas como estratégias para a resolução de um
problema, mas, o que é considerado um problema em nível público? Quando a coletividade é
afetada por uma inadequação, essa situação é considerada um problema público, como
exemplos, temos epidemias, contaminações ambientais, desastres naturais, etc.
CONCEITOS GERAIS EM POLÍTICAS
PÚBLICAS
• A classificação mais utilizada é a de Howlett e Ramesh (2013) que dividem o processo de uma Política
Pública em 5 fases, que são: formação da agenda, formulação da política, tomada de decisão,
implementação e avaliação.

• Após a Constituição Federal de 1988, os serviços de saúde são encarados como direito da população,
oferecidos de modo igualitário a todos os que precisam. Com a implementação da Constituição Federal,
as Políticas Públicas em Saúde passaram a ser orientadas por alguns princípios básicos, sendo eles a
Universalização, a Equidade e a Integralidade, além de seguirem princípios organizativos que incluem a
Regionalização e Hierarquização, a Descentralização e o Comando Único sempre contando com a
Participação Popular. Esses são os pilares para o planejamento e realização das ações que envolvem o
SUS.
SUS (SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE)

• https://goo.gl/Mjcbs3
• https://goo.gl/Mjcbs3
• https://goo.gl/Mjcbs3
CAPÍTULO 2: SEGURANÇA
ALIMENTAR E NUTRICIONAL
• A alimentação é um direito inalienável a todos e faz parte dos Direitos Humanos, o que por si
só o torna independente de legislações nacionais. A Declaração Universal dos Direitos dos
Humanos (1948) traz em seu 25o Artigo o seguinte texto, sendo que a alimentação é o primeiro
item colocado como essencial à vida:

• Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a
saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à
assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no
desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios
de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.
OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL (ODS)
GUIA ALIMENTAR DA POPULAÇÃO
BRASILEIRA
• O Guia Alimentar para a População Brasileira estimula o maior consumo de alimentos in
natura, como frutas, legumes e verduras, e os minimamente processados em detrimento do alto
consumo que vemos hoje de alimentos processados e ultra processados, ou seja, os
industrializados. Esse é um ponto que deve ser trabalhado a favor da segurança nutricional.

• A Vigilância Alimentar e Nutricional verifica justamente qual o perfil nutricional da população


e quais são os fatores (escolhas e hábitos alimentares, socioeconômicos, demográficos, entre
outros) que influenciam neste perfil. Para isso, a VAN analisa e avalia como, que e por que os
brasileiros comem, a fim de oferecer subsídios para o planejamento de Políticas Públicas que
serão aplicadas nas esferas do SUS.

• Os hábitos alimentares alteram-se dependendo da região brasileira analisada.


GUIA ALIMENTAR DA POPULAÇÃO
BRASILEIRA
• De acordo com o clima, o solo e outros recursos naturais a disponibilidade de alimentos será
diferente, o que pode influenciar diretamente os hábitos alimentares da população. Algumas
dessas diferenças foram representadas no Guia Alimentar para a População Brasileira
(BRASIL, 2014). Assim, as análises realizadas pela VAN também colaboram para
reconhecimento das diferenças alimentares existentes nas diversas regiões brasileiras e como
elas podem, ou não, afetar a segurança alimentar e nutricional.

GUIA ALIMENTAR DA POPULAÇÃO
BRASILEIRA
PNAN – POLÍTICA NACIONAL DE
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
• O Brasil possui desde 1999 a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), que
integra as ações desenvolvidas para a segurança alimentar e nutricional ao SUS, sendo elas
baseadas no respeito, proteção, promoção e provimento dos direitos humanos à saúde e à
alimentação;
• A PNAN propõe melhorias nas condições de alimentação, nutrição e saúde dos brasileiros,
aplicando estratégias que envolvem a vigilância, promoção, prevenção e cuidado integral de
agravos relacionados à alimentação e nutrição, com ênfase para os indivíduos acima do peso
ideal. Para tanto, utiliza os resultados de pesquisas epidemiológicas e inquéritos alimentares
que permitem entender o que e por que a população come.
PNAN – POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E
NUTRIÇÃO
• Hoje, a PNAN, após as adequações em 2011, articula-se muito mais ao SUS. Ela estabelece uma
ponte entre o SUS e o SISAN e, desse modo, os projetos conversam promovendo a intersetorialidade.
Entende-se, portanto, que as ações da PNAN são transversais, influenciam e são influenciadas por
vários outros projetos relacionados à alimentação e nutrição.
PNAN – POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E
NUTRIÇÃO
CAPÍTULO 3: PROGRAMA DE
ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT)
• A alimentação é um dos requisitos importantes para que o trabalhador tenha energia em
quantidade adequada para exercer as suas atividades laborais. Além desse objetivo imediato, de
oferecer energia, o profissional que possui hábitos alimentares saudáveis, assim como
segurança alimentar e nutricional em seu domicílio, apresenta menos afastamentos em
decorrência de doenças, maior bem-estar e disposição, o que colabora para a redução das taxas
de absenteísmo nas empresas.
CAPÍTULO 3: PROGRAMA DE
ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT)
• Esse benefício não necessariamente é oferecido por meio da alimentação dentro do espaço da
empresa, dado que o PAT permite que as organizações escolham como colaborarão à saúde do
trabalhador por meio da alimentação, sendo que podem optar por maneiras diretas ou indiretas.

• A primeira opção de maneira direta é quando a empresa oferece a alimentação em suas próprias
instalações; por exemplo, uma metalúrgica, um hospital ou uma indústria têxtil precisará ter um
quadro de funcionários à parte de seu conjunto original, isso porque os trabalhadores
responsáveis pela produção de alimentação não executam a atividade principal da organização..
CAPÍTULO 3: PROGRAMA DE
ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT)
• O PAT também pode ser realizado pelas maneiras indiretas, entre as quais o oferecimento de
vales-alimentação ou refeição que atualmente são entregues ao trabalhador em forma de cartão
magnético. Antigamente, o trabalhador recebia esse vale em formato de tíquetes de papel que
eram aceitos pelos estabelecimentos de venda de refeições, casos de restaurantes, lanchonetes e
padarias; ou de alimentos no geral, tais como os mercados e hortifrútis.

• De acordo com a Portaria citada, as refeições principais, sendo estas almoço, jantar e ceia,
deverão conter de 600 a 800 calorias, podendo ocorrer um acréscimo de 20% – 400 calorias –
em relação ao Valor Energético Total (VET) de 2.000 calorias por dia; deverão ainda
corresponder de 30 a 40% do VET diário. Já as refeições menores, tais como desjejum e lanche,
deverão conter de 300 a 400 calorias, podendo ocorrer também um acréscimo de 20% em
relação ao VET de 2.000 calorias por dia e precisarão corresponder de 15 a 20% desse valor.
CAPÍTULO 3: PROGRAMA DE
ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT)
PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA
• O Programa Bolsa Família (PBF) é um dos projetos idealizados pelo governo federal com o
objetivo de reduzir a pobreza e as desigualdades em distribuição de renda no território nacional
por meio de ações de políticas públicas. Tem como unidade de intervenção a família – como o
próprio nome evidencia.
• Este programa destina auxílio financeiro às famílias classificadas como pobres ou
extremamente pobres e reúne quatro programas de transferência de renda existentes
anteriormente: bolsa escola, auxílio-gás, bolsa alimentação e o cartão alimentação, hoje sob
gestão unificada.
• Na prática, podem se inscrever atualmente no Programa todas as famílias com renda per capita
de até R$ 85,00 mensais e aquelas com renda per capita entre R$ 85,01 e R$ 170,00 mensais –
neste caso, desde que tenham crianças ou adolescentes de zero a dezessete anos de idade.
PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA
• Algumas exigências às famílias cadastradas, o que chamamos de condicionalidades e que
abrangem outros setores de políticas públicas; de modo que nesse programa algumas
condicionalidades acompanhadas periodicamente são as seguintes:
• Manutenção de ações de profilaxia – vacinação;
• Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças menores de sete anos de
idade;
• Acompanhamento nutricional para as mulheres na faixa entre 14 e 44 anos de idade;
• Acompanhamento das gestantes ou nutrizes na realização de pré-natal e de seu estado de saúde,
assim como do bebê;
• Acompanhamento da frequência escolar mensal mínima de 85% da carga horária para crianças e
adolescentes com idade entre seis e quinze anos e 75% para os estudantes entre dezesseis e
dezessete anos.
CAPÍTULO 4: PROGRAMA NACIONAL
DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR - PNAE
• O Brasil tem, desde 1955, um programa específico para manter o oferecimento de alimentos
aos escolares em toda a sua extensão territorial. É popularmente conhecido como merenda
escolar, mas é intitulado Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), gerenciado pelo
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia federal vinculada ao
Ministério da Educação

• Atualmente, o público beneficiado com o Pnae é composto pelos alunos de toda a rede pública
da Educação Básica, que compreende a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino
Médio e a Educação de Jovens e Adultos. Precisam estar matriculados em escolas públicas,
filantrópicas ou em entidades.
CAPÍTULO 4: PROGRAMA NACIONAL
DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR - PNAE
• O Pnae também favorece e estimula a aquisição de produtos locais, como os provenientes da
agricultura familiar. Esses produtos são, na maioria das vezes, mais frescos, cultivados de
acordo com a sazonalidade e por isso apresentam melhor valor nutricional. O estímulo à
agricultura familiar também permite que o caminho existente entre cultivo, venda e consumo
seja reduzido, fator que aumenta a qualidade dos alimentos, pois permanecem menor tempo no
transporte, reduzindo custos e favorecendo o desenvolvimento local e sustentável das
comunidades.
CAPÍTULO 4: PROGRAMA NACIONAL
DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR - PNAE
• https://www.youtube.com/watch?v=OGNvyi2CWoI
PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE
ALIMENTOS - PAA
• Esse programa possui como finalidades básicas dois aspectos: promover o acesso à alimentação e
incentivar a agricultura familiar. Ademais, pode ser executado em seis modalidades:
1. Compra com doação simultânea;
2. Compra direta;
3. Apoio à formação de estoques;
4. Incentivo à produção e ao consumo de leite;
5. Compra institucional;
6. Aquisição de sementes.
PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE
ALIMENTOS - PAA
• O PAA compra os alimentos que foram produzidos pela agricultura familiar, sem a exigência de
licitação e os destina aos programas de oferecimento de alimentos para os indivíduos que se
encontram em situação de insegurança alimentar e nutricional. Esses alimentos são destinados,
por exemplo, às pessoas que participam de programas socioassistenciais e pelas instituições de
ensino da rede pública e filantrópica.
LISTA DE EXERCÍCIOS

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