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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM

SAÚDE – INDICADORES DE SAÚDE


RENATA TIVERON
• Os Sistemas de Informação em Saúde, são sistemas
que reúnem, guardam, processam e facultam a
informação a uma organização de saúde, informação
que deve ser útil e estar acessível àqueles que dela
necessitam.
• Um sistema de informação é uma combinação de
procedimentos, informação, pessoas, tecnologias e
vários outros recursos.
• Compõem obrigatoriamente os sistemas de gerência
em saúde os sistemas informativos da condição do
doente, de sua vida, do meio ambiente e de outros
fatores que interferem no processo saúde-doença e
que constituem os Sistemas de Informação em Saúde
(SIS).
• A Organização Mundial de Saúde (OMS) define
Sistema de Informação em Saúde (SIS): “...é um
conjunto de componentes que atuam de forma
integrada por meio de mecanismos de coleta,
processamento, análise e transmissão da
informação necessária e oportuna para
implementar processos de decisões no Sistema
de Saúde. Seu propósito é selecionar dados
pertinentes e transformá-los em informações
para aqueles que planejam, financiam, provêm e
avaliam os serviços de saúde”
O sistema de informação em saúde se baseia em
3 pilares:
 dado: elemento mais simples deste processo.
 Informação: dado interpretado
 Conhecimento: resultado final para tomada de
decisão e conhecimento da realidade.
A informação em saúde não se refere somente à produzida pelo
setor Saúde, dados relacionados à qualidade de vida, são
importantes para a avaliação do nível de saúde da população, tais
como:
Condições demográficas;
Alimentação;
Educação; lazer e segurança
Condições de trabalho e emprego;
Transporte e condições de moradia;
Saneamento básico; acesso aos serviços de saúde
Política Nacional de Informação e
Informática
Definida pelo Ministério da Saúde (MS) e tem como propósito:
Promover o uso inovador, criativo e transformador da
tecnologia da informação, para melhorar os processos de
trabalho em saúde, resultando em um Sistema Nacional de
Informação em Saúde articulado, que produza informações
para os cidadãos, a gestão, a prática profissional, a geração de
conhecimento e o controle social, garantindo ganhos de
eficiência e qualidade mensuráveis através da ampliação de
acesso, equidade, integralidade e humanização dos serviços e,
assim, contribuindo para a melhoria da situação de saúde da
população

Este sistema cria condições para que gestores, trabalhadores e


cidadãos, por meio de um sistema articulado, obtenham
informações e conhecimentos de diversas realidades de
saúde.
DATASUS
Os SIS podem ser desenvolvidos

Os Sistemas de macro-economico, utilizados


em Ministérios, Secretarias de
Informação em Saúde Estado ou Prefeituras / micro-economico (clínicas,
podem ser Câmaras Municipais (neste hospitais, redes
desenvolvidos para caso condensando empresariais).
informações de outros
uso: subsistemas ou redes locais),
Os sistemas deverão informar sobre a doença dos
indivíduos e seu perfil na comunidade, sobre as causas e
condições que propiciam o aparecimento delas, sobre a
atividade clínica, condutas, normas técnicas, tecnologias
em saúde utilizadas, ações programáticas e resultados,
como extensão e impacto das ações na população ou
grupos de risco.

Na saúde, utiliza-se a informação para conhecer uma


determinada situação ou realidade. Assim, de posse
desse conhecimento, traçamos estratégias que possamos
modificá-la ou fundamentá-la.
Sistemas de Informações em Saúde:
Informações produzidas em nível local, sobre um território
determinado, devem convergir para um sistema regional e
nacional de informações em saúde.

Três níveis
do Municipal; Estadual; e nacional.
sistema:
CARACTERÍSTICAS
Os Sistemas de Informação em Saúde:
 devem incluir todos os dados necessários aos profissionais
de saúde e utilizadores dos sistemas, com o objetivo de
desenvolverem e protegerem a saúde das populações.
 Propiciam a geração de indicadores para subsidiar o
planejamento, gestão, monitoramento e avaliação de
políticas e ações de saúde.
 Cada sistema apresenta limitações e potenciais, Cobertura
e qualidade, apresentam variação por sistema e região do
país.
 pode envolver, ou não, a utilização de tecnologia
informática, por isso não se deve confundir sistema de
informação com um sistema informático.
PROGRAMAS MAIS UTILIZADOS NAS EQUIPES DE SAÚDE DA
FAMÍLIA

CADSUS - Sistema de Cadastramento de usuários do SUS- permite a geração do Cartão Nacional de


Saúde, que facilita a gestão do Sistema Único de Saúde e contribui para o aumento da eficiência no
atendimento direto ao usuário. O cadastramento permite a construção de um banco de dados para
diagnóstico, avaliação, planejamento e programação das ações de saúde.

Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES) - Esse sistema integra todas as informações
relacionadas aos recursos físicos e humanos disponíveis para o uso do SUS, permitindo aos gestores
saber qual o volume de equipamentos disponíveis para prestar assistência à saúde de sua população.
Com ele é possível saber, por exemplo, número de consultórios, número de equipamentos para
Suporte.

Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIASUS) - Esse sistema é utilizado para consolidar os
Boletins de Produção Ambulatorial (BPA) e Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade
(APAC), permitindo o repasse financeiro para estados e municípios segundo parâmetros
orçamentários estipulados pelos gestores. O BPA e a APAC são consolidados mensalmente a partir da
informação prestada pelos profissionais envolvidos na assistência ao cidadão.

Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) - Esse sistema permite o


monitoramento do programa de imunização a partir dos registros de aplicação dos imunobiológicos
realizados pelos profissionais da saúde, bem como o controle de estoque desses imunobiológicos.
Sistema de Informações do Câncer de Colo do Útero e Sistema de Informação do Câncer de Mama
(SISCOLO/SISMAMA) - Esse sistema faz parte do Programa Nacional de Controle de Câncer do Colo
de Útero e Mama, coletando e processando informações clínicas a respeito de pacientes e laudos de
exames, bem como informações demográficas e epidemiológicas para monitoramento da qualidade
na rede de coleta e diagnóstico desses exames.

Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (SISHIPERDIA) -Esse


sistema tem como objetivo cadastrar e monitorar pessoas com hipertensão arterial e Diabetes
Mellitus. Por ele obtêm-se informações relacionadas às medicações dispensadas e ao perfil clínico
dos pacientes.

Sistema de Acompanhamento da Gestante (SISPRENATAL) - Esse sistema foi elaborado para o


acompanhamento e o monitoramento das gestantes no Programa de Humanização do Pré-Natal e
Nascimento, de modo a dar informações que subsidiem o planejamento e a avaliação das ações de
assistência à gestante e à puérpera.

Sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES)- Seu objetivo é cadastrar


todos estabelecimentos de saúde, hospitalares e ambulatoriais, componentes da rede pública e
privada, existentes no país, e manter atualizados os bancos de dados nas bases locais e federal,
visando subsidiar os gestores na implantação/implementação das políticas de saúde, muito
importante para áreas de planejamento, regulação, avaliação, controle, auditoria e de
ensino/pesquisa.
Sistema de Acompanhamento da Gestante (SISPRENATAL) - Esse sistema foi elaborado para o
acompanhamento e o monitoramento das gestantes no Programa de Humanização do Pré-Natal e
Nascimento, de modo a dar informações que subsidiem o planejamento e a avaliação das ações de
assistência à gestante e à puérpera.

Sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES)- Seu objetivo é cadastrar todos
estabelecimentos de saúde, hospitalares e ambulatoriais, componentes da rede pública e privada,
existentes no país, e manter atualizados os bancos de dados nas bases locais e federal, visando
subsidiar os gestores na implantação/implementação das políticas de saúde, muito importante para
áreas de planejamento, regulação, avaliação, controle, auditoria e de ensino/pesquisa.

Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA-SUS) - Este é o sistema que processa todas as


apresentações ambulatoriais de Atenção Básica, Média e Alta Complexidade gerando arquivo para
compor o banco dedados nacional dos atendimentos ambulatoriais e subsidiar os gestores estaduais e
municipais no monitoramento dos processos de planejamento, programação, regulação, avaliação e
controle dos serviços de saúde, na área ambulatorial.

Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS) - Sua finalidade é registrar todos os atendimentos


provenientes de internações hospitalares que foram financiadas pelo SUS, e a partir deste
processamento, gerar relatórios para que os gestores possam fazer os pagamentos dos
estabelecimentos de saúde. Seu documento básico de registro das informações é a Autorização de
Internação Hospitalar (AIH), que habilita a internação do paciente e gera valores para pagamento.
Sistema Nacional de Agravo de Notificação (SINAN) - Seu objetivo é coletar, transmitir e disseminar dados
gerados rotineiramente pelo sistema de vigilância epidemiológica, nas três esferas de governo, para apoiar
processos de investigação e de análise das informações sobre doenças de notificação compulsória. É utilizado
em Vigilância em Saúde que, dentre outros, é utilizado para o acompanhamento e investigação de casos de
doenças (por ex. aids, hepatites virais, etc.), controlando o registro e o processamento desses dados em todo o
território nacional, Critérios para inclusão de doença e agravos na lista de notificação compulsória:
Vulnerabilidade;
Compromissos internacionais;
Ocorrência de epidemias, surtos e agravos inusitados à saúde;
Magnitude;
Potencial de disseminação;
Transcendência (severidade, relevância social, relevância econômica)

Há dois documentos básicos, que complementam entre si as informações sobre cada caso
notificado:
Ficha Individual de Notificação (FIN): preenchida pelas unidades assistenciais a partir da suspeita
clínica da ocorrência de algum agravo de notificação compulsória ou outro agravo sob vigilância. É
utilizada também para a Notificação Negativa
Ficha Individual de Investigação (FII): contém campos específicos de orientação para a
investigação do caso. Permite levantar dados que possibilitam a identificação da fonte de infecção
e dos mecanismos de transmissão da doença. Constam ainda do sistema a planilha e o boletim de
acompanhamento de surtos, assim como os boletins de acompanhamento de hanseníase e
tuberculose
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) -Desenvolvido para reunir informações
epidemiológicas referentes aos nascimentos informados em todo território nacional. Propicia um
aporte significativo de dados sobre nascidos vivos no país, como natalidade, morbidade e
mortalidade infantil e materna e sobre as características da atenção ao parto e ao recém-nascido. O
acompanhamento da evolução das séries históricas do SINASC permite a identificação de prioridades
de intervenção, o que contribui para efetiva melhoria do sistema e para a atenção integral à saúde da
mulher e da criança.

Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) - O SIM é o mais antigo sistema de informação de
saúde no país, dispondo de dados consolidados nacionalmente a partir de 1979. A partir da criação do
SIM foi possível a captação de dados sobre mortalidade, de forma abrangente, para subsidiar as
diversas esferas de gestão na saúde pública. Com base nessas informações é possível realizar análises
de situação, planejamento e avaliação das ações e programas na área da saúde de uma região. O
documento básico de registro das informações é a Declaração de Óbito (DO), padronizada
nacionalmente e distribuída pelo Ministério da Saúde. As variáveis mais importantes são causa básica,
sexo, idade, grau de instrução, ocupação habitual, local de ocorrência, assistência médica.

Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) - O SIAB é um instrumento muito importante no


planejamento das equipes, já que “...ele produz relatórios que auxiliarão as próprias equipes, as
Unidades Básicas de Saúde às quais estão ligadas e os gestores municipais a acompanharem o
trabalho e avaliarem a sua qualidade...”. Porém, é necessário salientar que as fichas para coleta de
dados são, na maioria das vezes, produzidas pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) a partir de
informações referidas na Visita Domiciliar (VD). Portanto, o entendimento correto dos conceitos de
cada item a ser anotado é muito importante, pois pode haver interpretações diferentes para cada ACS,
daí a necessidade de treinamento e alinhamento conceitual
FICHA A: Agrega informações relacionadas ao cadastro FICHAS B: gregam informações relativas ao
das famílias na microárea do ACS. Os dados coletados acompanhamento de clientes com as seguintes
irão alimentar o Relatório de Cadastro Familiar, o qual doenças: Diabetes Melittus (DM), Hipertensão Arterial
abordaremos mais adiante. A Ficha A nos permite (HA), Tuberculose (TB), Hanseníase (HAN), agregando
conhecer características importantes das famílias também informações de acompanhamento das
cadastradas. Entre os dados captados, podemos citar a Gestantes (GES). É importante salientar que essas
quantidade de pessoas por sexo e faixa etária, doenças fichas devem ser “abertas” pelo profissional técnico no
referidas, alfabetização, ocupação, informações de momento do diagnóstico, sendo o médico responsável
saneamento e moradia. Considerando o fato de que o por DM, HA, TB, HAN, GES, e o enfermeiro pelo
território e as famílias são dinâmicos e estão em diagnóstico da gestação. A seguir, essa ficha é entregue
constante mudança, não há por que as fichas serem ao ACS, para que ele possa anotar as informações
atualizadas somente uma vez ao ano. referidas pela família na VD.

FICHA C: é uma cópia da carteira de vacinação da


criança, chamada “cartão sombra”, no qual o ACS deve
anotar as informações obtidas na Visita Domiciliar, a
partir da visualização do cartão de vacinação original FICHAS D: agrega informações relacionadas às
na mão da família, pois, do contrário, a simples atividades da ESF sobre consultas médicas e de
pergunta “A criança está com as vacinas em dia?” enfermagem, solicitação médica de exames,
poderá induzir a uma resposta positiva, encaminhamentos médicos, internação domiciliar,
comprometendo assim a informação relacionada à procedimentos de enfermagem, marcadores,
cobertura vacinal em crianças de zero a dois anos de hospitalizações e óbitos.
idade na área de abrangência da equipe. Você pode
comparar a cobertura vacinal obtida na sala de
vacinação em sua Unidade com as informações do ACS.
INDICADORES
Através dos sistemas de informações surgem os indicadores que são
instrumentos utilizados para medir uma realidade, como parâmetro
norteador, instrumento de gerenciamento, avaliação e planejamento
das ações na saúde, de modo a permitir mudanças nos processos e
resultados.
O indicador é importante para nos conduzir ao resultado final das
ações propostas em um planejamento estratégico.

• A OMS classifica os indicadores em:

• ESPECÍFICOS, isto é, aqueles que refletem as mudanças decorrentes


da introdução de uma determinada medida de saúde;

• NÃO ESPECÍFICOS, aqueles que se referem a inúmeros fatores que


afetam o estado de saúde da população, como o desenvolvimento
sócioeconômico, as condições de vida, habitação, trabalho, dentre
outros.
• Indicadores de saúde são formas numéricas ou não, obtidos
a partir dos Sistemas de Informação, como saídas a partir
dos dados coletados, utilizados para se mensurar as
atividades realizadas, ou o grau de risco de um evento ou
agravo à saúde, e para atribuir valor a dados ou aspectos da
realidade que se deseja conhecer, quantitativa ou
qualitativamente, e, a partir desse conhecimento, intervir
para alcançar metas e objetivos.

• São variáveis passíveis de mensuração direta que podem


ser produzidas com periodicidade definida e critérios
constantes.
MACROINDICADORES:
referem-se à base
populacional. São
denominados de TAXAS.

MICROINDICADORES:
referem-se a qualquer
subconjunto inferiores à
população. São denominados
de COEFICIENTES.
A utilização de indicadores de saúde é necessária para:

1. analisar a situação atual de saúde;


2. fazer comparações;
3. avaliar mudanças ao longo do tempo

Podem ser expressos em números absolutos ou podem


ser construídos por meio de razões (frequências
relativas), em forma de proporções ou coeficientes.
COEFICIENTES DE MORBIDADE (DOENÇAS)
A morbidade é um dos importantes indicadores de
saúde. Morbidade é um termo genérico usado para
designar o conjunto de casos de uma dada doença
ou a soma de agravos à saúde que atingem um
grupo de indivíduos.
Medir morbidade nem sempre é uma tarefa fácil,
pois são muitas as limitações que contribuem para
essa dificuldade, como, subnotificação.
Letalidade: é uma medida da gravidade
da doença, calculada dividindo-se o
Mortalidade: é uma medida número de óbitos por determinada
muito utilizada como indicador doença pelo número de casos da mesma
de saúde; é calculada dividindo- doença. Algumas doenças apresentam
se o número de óbitos pela letalidade nula, como, por exemplo,
escabiose; já para outras, a letalidade é
população em risco. igual ou próxima de 100%, como a raiva
humana.

Nascido vivo: é a expulsão ou extração


completa do corpo da mãe, Óbito fetal: é a morte do produto de
independentemente da duração da concepção, antes da expulsão ou da
gravidez, de um produto de concepção extração completa do corpo da mãe,
que, depois da separação, respire ou independentemente da duração da
apresente qualquer outro sinal de vida, gravidez. Indica o óbito se o feto, depois
tal como batimentos do coração, da separação, não respirar nem
pulsações do cordão umbilical, estando apresentar nenhum outro sinal de vida,
ou não cortado o cordão umbilical e como batimentos do coração, pulsações
estando ou não desprendida a placenta. do cordão umbilical.

Óbito infantil: é a criança que,


nascida viva, morreu em
qualquer momento antes de
completar um ano de idade.
CONCEITOS:
A incidência representa a frequência com que surgem novos casos de
uma determinada doença num intervalo de tempo. Por exemplo, os novos
casos de dengue diagnosticados no município de São Luís durante o ano
de 2012. É, por conseguinte, uma medida dinâmica. Ou seja, os casos
novos, ou incidentes, são aqueles que não estavam doentes no início do
período de observação (tempo analisado), mas que adoeceram no
decorrer desse período.
A prevalência representa a proporção de indivíduos de uma população
que é acometido por uma determinada doença ou agravo em um
determinado momento, é análogo a uma fotografia. Ela engloba tanto os
casos novos que ocorreram no período quanto os casos pré-existentes. É
considerada uma medida estática

• a) Coeficiente de incidência da doença: representa o risco de ocorrência (casos


novos)
• de uma doença na população. Pode ser calculado por regra de três ou através da
seguinte
• fórmula:
b) Coeficiente de prevalência da doença: representa o número
de casos presentes (novos + antigos) em uma determinada
comunidade num período de tempo especificado. É
representado por:

O coeficiente de prevalência é igual ao resultado do coeficiente de


incidência multiplicado pela duração média da doença.

Entre os fatores que aumentam a prevalência, podemos citar:


a) a maior frequência com que surgem novos casos (incidência);
b) melhoria no tratamento, prolongando-se o tempo de
sobrevivência, porém sem levar à cura (aumento da duração da
doença).
DIMINUIÇÃO DA PREVALÊNCIA PODE SER DEVIDO À:
a) redução no número de casos novos, atingida mediante a prevenção primária (conjunto
de ações que atuam sobre os fatores de risco e que visam evitar a instalação das doenças
na população através de medidas de promoção da saúde e proteção específica);

b) redução no tempo de duração dos casos, atingida através da prevenção secundária


(conjunto de ações que visam identificar e corrigir, o mais precocemente possível,
qualquer desvio da normalidade, seja por diagnóstico precoce ou por tratamento
adequado), em razão do óbito mais precoce pela doença em questão, ou seja, menor
tempo de sobrevivência.

c) Coeficiente de letalidade: representa a proporção de óbitos entre os casos da doença,


sendo um indicativo da gravidade da doença ou agravo na população. Isso pode ser uma
característica da própria doença (por exemplo, a raiva humana é uma doença que
apresenta 100% de letalidade, pois todos os casos morrem) ou de fatores que aumentam
ou diminuem a letalidade da doença na população (condições socioeconômicas, estado
nutricional, acesso a medicamentos, por exemplo). É dado pela relação:

mortes devido à doença “X” em determinada comunidade e tempo x 100


casos da doença “X” na mesma área e tempo
COEFICIENTES DE MORTALIDADE
Outro indicador de saúde tradicional na saúde
coletiva é o coeficiente de mortalidade, o qual é
determinado de forma genérica pelo número de
óbitos dividido pela população exposta (total da
população em questão).

Ex.: Coeficiente de Mortalidade Geral; Coeficiente


de Mortalidade por causas; Coeficiente de
Letalidade; Coeficiente de Mortalidade Infantil.

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