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A Saúde do Trabalhador é uma área técnica da Saúde

Pública que busca intervir na relação entre o sistema


produtivo e a saúde, de forma integrada com outras
ciências da saúde, que visa à preservação da saúde dos
trabalhadores, com uma visão de prevenção, curativa,
reabilitação de função e readaptação profissional.
Finalidade: promover um meio ambiente laboral hígido e
livre de doenças e acidentes decorrentes do trabalho,
melhorando as condições de trabalho e minimizando as
consequências prejudiciais é contribuir na formação de
uma sociedade que promova a saúde preventiva através
dos espaços de trabalho.
Visão: visa à redução dos acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho, através de ações de
promoção, reabilitação e vigilância na área de saúde.
Diretrizes: compreendem a atenção integral à saúde, a
articulação intra e inter-setorial, a participação popular, o
apoio a estudos e a capacitação de recursos humanos.

Objetivo do programa Saúde do Trabalhador é prevenir e


diminuir riscos e doenças relacionadas ao ambiente de
trabalho, através de medidas como fiscalização e
promoção de eventos técnicos.
As ações de vigilância em saúde do trabalhador serão
desenvolvidas, de forma que o objeto de análise passe a
se constituir em objeto de pesquisa e investigação ao
longo do tempo, como preconiza a Portaria nº 3120.
A organização das informações, realização de
assistência, fiscalização do ambiente de trabalho e
municipalização fazem parte do processo de Vigilância
em Saúde do Trabalhador.
A Vigilância em Saúde do Trabalhador pauta-se nos
princípios do Sistema Único de Saúde, e, dadas as
peculiaridades da área, pode ter acrescidas outras
diretrizes plenamente compatíveis e que são resumidos da
seguinte forma. Universalidade, Integralidade,
Descentralização, Controle social, Intersetorialidade,
Interdisciplinaridade, Pesquisa-intervenção:
Portaria nº 1.339/GM, de 18 de novembro de 1999
Instituti a Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho, a
ser adotada como referência dos agravos originados no
processo de trabalho no Sistema Único de Saúde, para
uso clínico e epidemiológico, constante no Anexo I desta
Portaria.
Portaria nº 3.120, de 1º de julho de 1998
Aprovar a Instrução Normativa de Vigilância em Saúde do
Trabalhador no SUS, na forma do Anexo a esta Portaria,
com a finalidade de definir procedimentos básicos para o
desenvolvimento das ações correspondentes.
Regulamenta a NOB SUS 01/96 no que se refere às
competências da União, estados e municípios e Distrito
Federal, na área de Vigilância em Saúde, define a
sistemática de financiamento e dá outras providências.
Principais ações
 1.Implantação em unidades de saúde de serviços para
tratamento dos agravos relativos à saúde do
trabalhador.
 2.Fiscalização do ambiente e das condições de
trabalho para a proteção da saúde do trabalhador.
 3.Promoção de eventos técnicos sobre saúde do
trabalhador.
 4.Estudos e pesquisas sobre agravos à saúde do
trabalhador.
 1. Assistência ao trabalhador acidentado no
trabalho
 2. Informação em saúde do trabalhador
 3. Vigilância em Saúde do Trabalhador
 4. Controle social em saúde do trabalhador
 5. Atendimento a pacientes com doenças
ocupacionais;
 6. Atendimento em vigilância nutricional dos
trabalhadores,
 7. Apoio terapêutico aos portadores de LER/DORT;
 8. Vigilância de populações expostas aos
agrotóxicos;
 9. Estudo epidemiológico dos acidentes do trabalho
e investigação dos acidentes do trabalho fatais;
 10. Fomentar e implementar ações de saúde do
trabalhador no nível municipal;
 11. Desencadear ações visando conhecer o perfil de
morbimortalidade dos trabalhadores do Estado,
considerando a distribuição por sexo, faixa etária,
região geográfica, tipo de evento;
 12. Desenvolver/estimular a articulação entre as
diversas instituições que possuem interface neste
campo, visando otimizar as ações desta área.
 13. Criação da Comissão Interinstitucional de Saúde do
Trabalhador- CIST, reuniões mensais e cujo objetivo é
discutir, deliberar e encaminhar ações integradas de
saúde do trabalhador;
 14. Organização de uma Oficina de Trabalho com
apoio do CEREST Estadual para discutir uma proposta
de indústria de informação em Saúde e Trabalho;
 1- Mapear o parque produtivo do município,
quantificando as atividades econômicas e seus
trabalhadores;
 2- Implantar a Notificação Compulsória dos agravos
de Saúde do Trabalhador de acordo com a Portaria
GM 777/2004;
 3- Investigar os Óbitos notificados no SIM com causa
mortis “Acidente de Trabalho”;
 4- Implantar a Vigilância em Saúde do Trabalhador
através das fiscalizações nos ambientes de trabalho
normatizada pela Portaria GM 3.120/1998.
PORTARIA Nº 777/GM Em 28 de abril de 2004
Dispõe sobre os procedimentos técnicos para a
notificação compulsória de agravos à saúde do
trabalhador em rede de serviços sentinela específica, no
Sistema Único de Saúde – SUS.

 Agravos de Notificação
Objetivo: coletar, transmitir dados gerados pelo
sistema vigilância epidemiológica apoiando
processos pela investigação e analise das
informações de doenças de notificação compulsória
sendo operado a partir das unidades de saúde.
Lei 8080/90 "um conjunto de atividades que se destina,
por meios das ações da Vigilância Epidemiológica e
Vigilância Sanitária, a promoção e proteção da saúde
dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e
reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos
riscos e agravos advindos das condições de trabalho" (Art.
6°, § 3°).
 AGRAVOS RELACIONADOS AO TRABALHO
 ACIDENTE TIPO (TÍPICO)
 ACIDENTES DE TRAJETO
 DOENÇAS OCUPACIONAIS
 nI – Acidente de Trabalho Fatal;
 nII – Acidentes de Trabalho com Mutilações;
 nIII – Acidente com Exposição a Material Biológico;
 nIV – Acidentes do Trabalho em Crianças e Adolescentes;
 nV – Dermatoses Ocupacionais;
 nVI – Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas,
incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados);
 nVII – Lesões por Esforços Repetitivos (LER), Distúrbios
Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT);
 nVIII – Pneumoconioses;
 nIX – Perda Auditiva Induzida por Ruído – PAIR;
 nX – Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho;
 enXI – Câncer Relacionado ao Trabalho.
A ficha de notificação está disponível em todos os postos
e centros de saúde.

Todo e qualquer trabalhador tem direito ao registro do


acidente de trabalho e da doença ocupacional no
SINAN/SUS seja ele autônomo, informal, rural ou outros.
Em casos de acidente de trabalho e doença
ocupacional, o trabalhador possui o direito a ter o registro
na Previdência Social através do preenchimento da
Comunicação de Acidentes de Trabalho – CAT – em 24
horas.
O preenchimento da CAT é responsabilidade da
empresa. Deve ser emitida em 6 vias. Em caso de recusa,
o serviço de saúde pode emitir a CAT e mesmo o próprio
trabalhador pode preencher o impresso, que é
encontrado em sindicatos e até mesmo em papelarias.
A CAT garante que o acidente seja reconhecido como
decorrente do trabalho em qualquer etapa da vida do
trabalhador. Mas apenas os trabalhadores com carteira de
trabalho assinada ou os que contribuem para a Previdência
Social estão obrigados a emitir.
As notificações são devolvidas para os municípios sob a
forma de boletim e auxiliam no planejamento das
fiscalizações e das ações de assistência.

 CIST : Comissão Intersetorial de saúde do Trabalhador


(Instituído no Município de Aquidauana pela Resolução
Nº 24 de 18 de Maio de 2009)
Câmera Técnica do Conselho Municipal de Saúde
(Seguimento dos Trabalhadores, Usuários, Prestadores)
Todas as atividades profissionais que possam imprimir
algum tipo de risco físico para o trabalhador devem ser
cumpridas com o auxílio de EPIs – Equipamentos de
Proteção Individual, que incluem óculos, protetores
auriculares, máscaras, mangotes, capacetes, luvas, botas,
cintos de segurança, protetor solar e outros itens de
proteção. Esses acessórios são indispensáveis em fábricas
e processos industriais em geral.
O uso do EPI é fundamental para garantir a saúde e a
proteção do trabalhador, evitando consequências
negativas em casos de acidentes de trabalho. Além disso,
o EPI também é usado para garantir que o profissional
não será exposto a doenças ocupacionais, que podem
comprometer a capacidade de trabalho e de vida dos
profissionais durante e depois da fase ativa de trabalho.
Para que uma empresa possa conhecer todos os
equipamentos de proteção individual que devem ser
fornecidos aos seus funcionários, é necessário elaborar um
estudo dos riscos ocupacionais. Esse tipo de trabalho
facilita a identificação dos perigosos dentro de uma
planta industrial, por exemplo, e ajuda a empresa a
reduzi-los ou neutralizá-los.
O EPI é importante para proteger os profissionais
individualmente, reduzindo qualquer tipo de ameaça ou
risco para o trabalhador. O uso dos equipamentos de
proteção é determinado por uma norma técnica
chamada NR 6, que estabelece que os EPIs sejam
fornecidos de forma gratuita ao trabalhador para o
desempenho de suas funções dentro da empresa.
É obrigação dos supervisores e da empresa garantir que
os profissionais façam o uso adequado dos equipamentos
de proteção individual. Os EPIs devem ser utilizados
durante todo o expediente de trabalho, seguindo todas
as determinações da organização.
No caso de equipamentos perdidos ou danificados, é
responsabilidade da empresa substituí-lo imediatamente.
O uso adequado e responsável do EPI evita grandes
transtornos para o trabalhador e, também, para a
empresa, além de garantir que as atividades sejam
desempenhadas com mais segurança e eficiência.
Os equipamentos de proteção individual devem ser
mantidos em boas condições de uso e precisam ter um
Certificado de Aprovação do órgão competente para
garantir que estão em conformidade com as
determinações do Ministério do Trabalho. Empregados e
empregadores devem compreender a importância do
uso de equipamentos de proteção no dia a dia da
empresa.
 http://redehumanizasus.net/9536-saude-do-
trabalhador/
 https://www.saudeevida.com.br/importancia-do-uso-
de-epi/

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