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AS21
Componente Técnica
Índice
Introdução....................................................................................................................................3
Os Circuitos de informação na Rede Nacional de Cuidados de Saúde..........................................4
O transporte de informação do utente: procedimentos e protocolos.........................................5
Dados do utente.......................................................................................................................6
Exames.....................................................................................................................................7
Processo administrativo post-mortem.....................................................................................8
Outros......................................................................................................................................9
Introdução
Os Circuitos de informação na Rede Nacional de Cuidados de Saúde
O transporte de informação do utente: procedimentos e protocolos
O registo clínico em papel é uma forma de registo clínico, em que os dados clínicos
são introduzidos de forma manuscrita, e toda a informação clínica é anexada a este
processo em papel. Como se pode compreender a partir da organização do processo
clínico, os dados clínicos de um paciente têm origens muito diversas, desde história
clínica e exame objetivo até resultados de exames auxiliares de diagnóstico.
O registo clínico é um sistema de armazenamento de informação clínica, que serve de
base à prestação de cuidados de saúde. Assim, necessita de integrar informação
proveniente de diversas fontes. O registo clínico em papel corresponde à centralização
de todo a informação clínica do doente, não permitindo feedback desta informação. A
estruturação da informação clínica introduzida no processo em papel depende do
médico ou da organização do serviço ou departamento. É possível que os dados clínicos
não tenham qualquer estruturação. Tal como é habitual os dados são organizados de
forma cronológica.
Por este motivo a forma de acesso à informação está limitada.
Outros inconvenientes são:
Ilegibilidade dos registos médicos por outros profissionais de saúde;
Inconsistência de formato e de localização da informação;
Falta de estruturação interna dos registos;
Perda de informação;
Duplicidade de informação;
O Sinus foi substituído pelo Clínico, sistema informático usado neste momento. O
SClínico® é o sistema informático desenvolvido pelos serviços partilhados do
Ministério da Saúde para as instituições do Serviço Nacional de Saúde. A sua criação,
em 2013, permitiu a agregação dos 2 sistemas previamente existentes: o Sistema de
Apoio ao Médico (SAM) e o Sistema de Apoio à Prática de Enfermagem (SAPE).
O SClínico dispõe atualmente de duas versões, o SClínico Hospitalar que se encontra
instalado em mais de 50 Centros Hospitalares, Misericórdias e Institutos e que funciona
com a base de dados "Sonho V2". Por sua vez, o SClínico Cuidados de Saúde Primários
está presente em mais de 300 unidades funcionais, principalmente na região norte do
país e funciona sob a base de dados "Sonho-CSP". A vantagem da existência destas
duas versões consiste na melhor adaptação do layout gráfico e do método de colheita de
dados ao tipo de trabalho de cada profissional de saúde.
É importante referir que os registos clínicos eletrónicos vão muito além da informatização dos
registos em papel.
Estes sistemas permitem:
Um registo clínico eletrónico pode conter os dados relativos à história clínica, exame físico,
evolução no internamento, diagnósticos, intervenções cirúrgicas, introduzidos e visualizados
de forma estruturada, bem como resultados de exames complementares de diagnóstico,
imagem (raios X, ecografia) ou sinal (eletrocardiograma, cardiografia). Um registo clínico para
além de poder conter toda a informação clínica relativa a um paciente, independentemente da
origem, também pode permitir a visualização dos dados clínicos, sob várias formas, pode
partilhar informação entre vários utilizadores, pode restringir o acesso aos dados clínicos ou
mesmo disponibilizar formas de analisar a informação.
Benefícios
Legibilidade;
Informação atualizada;
Apoio à decisão;
Pouca flexibilidade nas restrições impostas ao acesso da informação (se a pessoa que
tem acesso não está disponível o acesso não se realiza);
Por vezes os sistemas não estão disponíveis, algo que não acontece nos registos em
papel;
Habitualmente as notas são feitas por médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde.
Estes registos contêm considerações, achados, resultados de meios complementares de
diagnóstico e informações sobre o tratamento do processo patológico.
À história clínica;
Exame físico;
Diário;
Diagnósticos;
Tratamentos efetuados;
Testes laboratoriais;
Relatórios de meios complementares de diagnóstico;
Rx, tomografias computorizadas, ecografias;
Testes de função respiratória;
ECG;
Endoscopias;
O processo clínico propriamente dito envolve uma série de etapas como observação, decisão e
plano de ação. Só se pode perceber a organização do processo clínico em geral, e do processo
clínico em papel ou eletrónico, em particular se se conhecer os vários tipos de informação que
se dispõe para se tomar uma decisão clínica.
Numa primeira fase, a partir da observação de dados recolhidos do utente, que incluem dados
narrativos, como a história clínica ou a opinião do médico, medidas numéricas, como dados do
exame físico (temperatura, tensão arterial, idade, etc.) é gerada informação. Depois com base
no conhecimento do clínico, existe uma interpretação desta informação que dá origem a
hipóteses de diagnóstico. Em presença do diagnóstico (doença) é iniciada uma ação
terapêutica.
É com base nesta informação que é organizado o processo clínico. Este contém toda a
informação relativa à saúde e à doença de um utente desde o momento que ele contactou o
profissional de saúde. A informação existente num registo clínico corresponde a informação
maioritariamente alfanumérica, ou seja, que pode ser representada por caracteres ou dígitos.
A restante informação não textual, fundamentalmente aquela proveniente e dos meios
complementares de diagnóstico, como sinal ou imagem, habitualmente não está disponível
juntamente com o processo clínico (ex: imagens das endoscopias só são visualizadas quando
explicitamente solicitadas), não ficando toda a informação clínica de um dado doente
disponível como um todo. Neste tipo de registo podemos normalmente distinguir na sua
organização dados de:
Carácter administrativo:
Nome;
Data de nascimento;
Identificação do doente;
Dados médicos fixos (ocorrências singulares):
o Sexo;
o Grupo sanguíneo;
o Alergias;
o História clinica;
o Exame objetivo;
o Diagnósticos;
o Procedimentos;
o Terapêutica;
Exames
Mensalmente, o Arquivo Clínico faz o ponto da situação e são solicitados aos requisitantes os
processos clínicos não devolvidos. Dentro das instalações do Arquivo deverá existir uma área
de máxima reserva, onde serão guardados os processos ou partes do processo, que pela sua
natureza exijam cuidados excecionais de proteção.
O Arquivo Clínico deverá articular-se com os demais Serviço do Hospital de modo a garantir
aos utentes os melhores níveis de prestação de cuidados. A circulação de processos será
sempre protocolada e inventariada na saída e retorno, sendo feita em caixa ou pasta fechada,
garantindo-se que somente profissionais de saúde tenham acesso ao seu conteúdo, nos
termos da legislação em vigor. Sempre que se entenda necessário o acesso a informação
clínica contida nos processos sujeitos a máxima reserva, o mesmo deverá ser solicitado ao
Diretor Clínico, através do Responsável pelo Arquivo.
Procedimentos
Definições
O transporte de amostras biológicas: Procedimentos e Protocolos
Especificações do recipiente:
Bocal largo;
Data da requisição;
Motivo do exame;
Transporte de amostras:
Recolha de urina:
Em caso de demora na entrega, deve-se conservar a amostra num refrigerador (2-5º C),
sendo às vezes, necessário o uso de conservantes:
A urina poderá ser processada até 24 horas após a sua colheita. Neste caso deve ter-se
particular atenção ao volume da urina (possibilidade de falsos negativos quando
o volume de urina é muito pequeno).
Amostras de Fezes
Coprocultura;
Tipos de amostras:
Fezes Frescas:
Colocadas num recipiente sem qualquer tipo de conservante. Podem ou não, ser
enviadas imediatamente, já que as estruturas procuradas (ovos, cistos ou larvas) são
bastante resistentes às condições ambientais. Podem permanecer até 24 horas no
frigorífico.
Fezes Recentes:
Fezes frescas enviadas imediatamente (até 30 minutos após a colheita) são utilizadas
para pesquisa de microrganismos pouco resistentes a condições ambientais.
Fezes Fixadas:
Formol a 5 ou 10%;
Álcool polivinílico;
Mercúrio – cromo;
Exames
Os exames de fezes normalmente realizados são: parasitológico, elementos anormais
nas fezes, pesquisa de sangue oculto, pesquisa de rotavírus, pesquisa de gordura.
Parasitológico:
Este tipo de exame de fezes é feito para a pesquisa de helmintos e protozoários nas
fezes. O paciente deve evacuar num recipiente limpo e seco e transferir uma porção das
fezes para o frasco, tendo cuidado para não ultrapassar a metade deste. O paciente não
deve fazer o uso prévio de laxantes ou supositórios. O material deve ser mantido sob
refrigeração.
Três dias antes da realização do exame é necessário que o paciente inicie uma dieta livre
de carnes e seus derivados, bem como alimentos coloridos e que possuam alta atividade
de peroxidase, especialmente beterraba, espinafre, rabanete, nabo, brócolos, maçã,
banana, couve-flor e melão.
O paciente também não deve usar fármacos irritantes da mucosa gástrica, tais como:
Outra precaução que deve ser tomada é evitar o sangramento gengival durante
a higiene bucal, e também, nos casos de hemoptise (sangramento nasal) ou
sangramento anal, a coleta deverá ser evitada.
No terceiro dia de dieta, o paciente deve colher uma amostra de fezes e enviar
ao setor de coleta no mesmo dia ou, no máximo, até o dia seguinte, desde que o material
fica sob refrigeração.
Pesquisa de Gordura:
O paciente deve evacuar num recipiente limpo e seco, transferindo, o material emitido
para o frasco, não devendo ultrapassar a metade do frasco.
As fezes devem ser mantidas sob refrigeração até serem enviadas para o laboratório.
O exame metamucil contraste interfere no resultado da pesquisa de gordura nas fezes,
devendo-se esperar uma semana para a realização do exame.
Amostras de Vómito
O tipo de material que será eliminado dependerá do tempo desde que a pessoa se
alimentou até ao momento do vómito e do tipo de problema que o está a causar.
Tipos de vómitos:
Vómitos em Jato: São vómitos explosivos, que podem denotar aumento da pressão
intracraniana e indicar risco de morte iminente;
Exsudados são fluidos que passam através das paredes vasculares em direção aos
tecidos adjacentes. Estes fluidos envolvem células, proteínas e materiais sólidos. O
exsudado pode apresentar cortes ou locais onde haja inflamação ou infeção.
Exsudado da nasofaringe: Utiliza-se uma zaragatoa com uma haste fina e flexível que
se introduz, aproximadamente 5 a 6 cm, seguindo a base interior da narina na direção da
região posterior da nasofaringe. Após a colheita, os tubos devem ser bem vedados, as
rolhas envolvidas em parafilm e, seguidamente, desinfetados exteriormente com
solução de hipoclorito de sódio a 0,5%.
Almofadar os tubos durante o transporte, para que, estes sejam sujeitos o menos
possível a oscilações para impedir a lise dos glóbulos vermelhos.
Deverá haver papel absorvente suficiente em volta dos tubos de sangue de forma a
absorver todo o líquido em caso de extravasamento. O recipiente externo deverá conter
a identificação do centro de recolha, a pessoa a contactar em caso de problemas, o
recetor e as seguintes inscrições:
Material biológico;
A colheita depende do local anatómico, mas deve seguir-se sempre uma técnica
asséptica. Para o estudo bacteriano é recomendado um volume mínimo de amostra de 1
ml. Para a pesquisa de micobactérias ou fungos é necessário, quando possível, um
volume superior (10 a 20 ml).
Condições de recolha:
https://pdfcoffee.com/ufcd-6585-circuitos-e-transporte-de-informaa-ao-nas-unidades-e-
servia-os-da-rede-nacional-de-cuidados-de-saade-pdf-free.html