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GUIA PRÁTICO:

COMO FAZER UMA


GESTÃO EFICIENTE
EM INSTITUIÇÕES
DE SAÚDE?
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3
ENTENDA OS CONTEXTOS 6
CONHEÇA O PERFIL DOS PACIENTES 9
OFEREÇA RECEPÇÃO E ATENDIMENTO DE PRIMEIRA 11
TENHA A MELHORIA CONTÍNUA COMO META 14
OFEREÇA UMA ESTRUTURA DE QUALIDADE 17
TREINE OS PROFISSIONAIS COM FREQUÊNCIA 21
FAÇA UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COM CUIDADO 25
TENHA UM PROCESSO DE TROCA DE INFORMAÇÕES 30
FORTALEÇA OS VÍNCULOS COM FORNECEDORES 33
FAÇA UM CONTROLE FINANCEIRO EFICIENTE 36
CONCLUSÃO 38
SOBRE A MV 40
I N TRO D U ÇÃO
- I NTRO D U ÇÃO -

Nos dias de hoje, administrar um hospital


com eficiência é uma tarefa árdua. Não é
mistério nenhum, por exemplo, que a maior
parte dos produtos médico-hospitalares de
alta complexidade é importada. Assim, com
a alta do dólar, os custos com a aquisição
de insumos deram um pulo, aumentando
significativamente. Os valores dos
procedimentos presentes nas tabelas das
operadoras de planos de Saúde, bem como
nas tabelas do SUS são extremamente
baixos e desatualizados, muito aquém do
necessário para gerar um fluxo de caixa
saudável aos prestadores ou manter em
ordem as contas dos hospitais públicos.

Para piorar, a crescente pressão do


mercado pela aquisição de acreditações
e certificações impõe modificações
estruturais profundas nas instituições de
Saúde brasileiras, o que gera um impacto
ainda maior em seus custos fixos e variáveis.

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- I NTRO D U ÇÃO -

Diante desse cenário, como gerir um hospital com


eficiência? Como passar por cima da crise na Saúde pública
e privada, que tem provocado o fechamento em massa de
serviços pediátricos nas instituições particulares do País e
o encerramento de milhares de leitos do SUS nos últimos
anos, sobrecarregando ainda mais o setor privado?

A boa notícia é que, em meio a esse contexto nada simples,


há hospitais públicos e privados conseguindo nadar contra
a maré da crise, saindo do vermelho para se colocar em
uma posição confortável financeira e qualitativamente. Por
meio de um planejamento eficiente e da informatização,
esses hospitais vêm mostrando ao segmento que é sim
possível mudar os resultados de seus balanços e de sua
credibilidade no mercado, fazendo da crise um trampolim
para o domínio do setor.

Colhemos algumas das ações adotadas por essas


instituições de sucesso no intuito de mostrar a você, a
partir de agora, como revolucionar os números do seu
hospital por meio de uma gestão moderna e eficiente.
Acompanhe os próximos tópicos e tire suas
próprias conclusões!

-5-
E NTE NDA
O S CO NTE XTO S
- E NTE NDA O S CO NTE XTO S -

Antes de pontuarmos as estratégias dos melhores hospitais do


País, precisamos esclarecer algumas nuances que cercam as
redes pública e privada. Tudo bem que as diferenças entre as
gestões desses subsistemas de Saúde existem, mas os desafios
são semelhantes e seus resultados, interdependentes.

A perda de 1,3 milhão de conveniados das operadoras de planos


de Saúde em 2016, por exemplo, é desastrosa para o sistema
público, uma vez que, assim, a migração de um subsistema para
o outro se torna inevitável. Por outro lado, as filas que chegam
a anos para conseguir uma cirurgia no Sistema Único de Saúde
empurram os pacientes para a rede privada, sem que seus
hospitais tenham condições para se expandir adequadamente.
Por tudo isso e muito mais, o que fica claro é que há muito a ser
feito em ambas as esferas.

SISTEMA PÚBLICO

No subsistema público, os desafios de gestão passam


principalmente pela desatualização da tabela de procedimentos
do SUS, que não cobre todos os custos, pela baixa quantidade de
médicos nos hospitais, pela falta de capacitação dos servidores
públicos e pela infraestrutura obsoleta, ainda analógica.

-7-
- E NTE NDA O S CO NTE XTO S -

SISTEMA PRIVADO

No setor privado, os crescentes custos com novos


equipamentos e insumos hospitalares, os baixos valores
pagos pelas operadoras de planos de Saúde, a necessidade
de buscar acreditações para fortalecer a imagem da
instituição no mercado sem que para isso haja recursos
suficientes e a falta de informatização nos hospitais, que
gera baixa produtividade, erros reiterados e aumento de
despesas, ajudam a explicar por que o setor vive a maior
crise de sua história.

Inicialmente, o que deve ficar claro é que uma gestão


hospitalar eficiente é aquela que se preocupa com os
colaboradores, os processos, os fornecedores e os
pacientes de forma conjunta. Todas essas questões estão
integradas e devem ser otimizadas para que os objetivos
da instituição sejam atingidos e os envolvidos fiquem
satisfeitos com os processos e resultados. E isso passa pela
atenção a alguns dos pontos sobre os quais vamos tratar a
partir de agora — muitos deles relacionados à Tecnologia
da Informação em Saúde.

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CON HEÇA O P E R FI L
DOS PACI E N T E S
- CO NH E ÇA O PE RF I L D O S PAC I E NTE S -

Quantos pacientes dão entrada em seu hospital A possibilidade de ter acesso remoto aos dados do
mensalmente? Sua instituição possui um histórico prontuário com toda a segurança necessária para proteger
completo e digitalizado do quadro clínico de seus dados sigilosos, como backups automáticos, autenticação
pacientes? Quais são as patologias mais comuns? Sua de 2 fatores e login por reconhecimento facial ou pela
região possui alguma peculiaridade epidemiológica? digital, dá maior autonomia aos médicos para estudarem
Sem conhecer o perfil dos pacientes, é simplesmente as alterações de cada um dos pacientes.
impossível gerenciar um hospital com eficiência. Como o
conhecimento global sobre o público-alvo é um ponto que Com isso, é claro que a qualidade do atendimento
afeta bastante a gestão, o primeiro passo para adquirir vai às alturas!
esse controle é adotar o Prontuário Eletrônico do
Paciente (PEP). Da mesma forma, as informações globais da população
atendida também podem servir como base de dados
Esse sistema de registro eletrônico centraliza todo o para trabalho com Big Data Analytics, que, por meio de
histórico de saúde de quem é atendido pela instituição algoritmos e técnicas estatísticas complexas, é capaz de
desde sua primeira entrada, o que assegura uma visão estimar iminentes surtos epidemiológicos, aumentos
360º do quadro clínico do paciente. Esse nível de sazonais no fluxo de internações, elevação na procura por
informatização hospitalar contribui para a realização de especialidades específicas e muito mais.
diagnósticos mais rápidos e precisos, assim como para a
redução de erros médicos, cujos efeitos, além da perda de No fim das contas, a lógica se mantém: os hospitais que
vidas, incluem o pagamento de indenizações milionárias conhecem profundamente seus pacientes têm muito mais
em via judicial e a deterioração da credibilidade condições de oferecer um atendimento de excelência,
da instituição. ainda com custos mais baixos.

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O FE RE ÇA RE CE PÇÃO
E ATE ND IM E NTO
D E PRIM E IRA
- OFEREÇA RE C E PÇÃO E ATE ND I ME NTO D E PRI ME I RA -

O primeiro contato entre paciente e instituição de


Saúde pode ser determinante para toda a relação
que será estabelecida a seguir. Assim, uma falha
na recepção pode ser o primeiro passo para a
construção de uma imagem negativa do hospital.
Para evitar que isso aconteça, é fundamental levar
em consideração todas as questões envolvidas
no momento em que um paciente procura por
auxílio médico. Para garantir um bom atendimento,
portanto, suas necessidades emocionais devem ser
levadas em conta.

Da mesma forma, quem precisa de um atendimento


emergencial demanda rapidez na abordagem
médica. Sabendo disso, os melhores hospitais
brasileiros encontraram em modernos sistemas
de gestão hospitalar uma forma de reduzir esse
tempo de espera e criar um fluxo de atendimento
lógico, justo e organizado. Isso porque algumas
dessas soluções possuem módulos de classificação
de risco que gerenciam automaticamente a
ordem de atendimentos com base nas prioridades
estabelecidas nos protocolos adotados pelo hospital.

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- OFEREÇA RE C E PÇÃO E ATE ND I ME NTO D E PRI ME I RA -

Prover o pronto-socorro de inteligência operacional


provoca resultados imediatos, como redução das filas
nos prontos-socorros e aumento das notas médias
nas avaliações dos pacientes, assegurando que os
princípios do atendimento humanizado não fiquem
apenas nas declarações de missão da instituição.

A Santa Casa de Votuporanga, em São Paulo, é um


dos exemplos de instituições que mudaram sua
imagem no setor após a adoção de sistemas de
classificação de risco.

Outro bom exemplo é o do Hoftalon, de Londrina,


no Paraná. Integrando prontuário eletrônico e
sistema de classificação de risco, a instituição
reduziu o tempo de consulta de 25 para apenas 15
minutos, enquanto seu cadastro, que demorava
5 minutos, passou a ser feito em 40 segundos.
Imagine agora, em termos globais, o impacto que
isso traz para a gestão do hospital.

É simples: eficiência na gestão hospitalar passa pela


adoção de soluções de TI em Saúde.

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TEN HA A ME LH O RI A
CON TÍN UA CO MO ME TA
- TE NHA A ME L HO RI A CO NTÍ NU A CO MO ME TA -

Uma gestão eficiente em instituições de Saúde vai além da


adoção de práticas pontuais. Na verdade, o sucesso dessas
organizações e seu devido reconhecimento no mercado
dependem da busca pela melhoria contínua de seus processos
e de suas estratégias. Só assim será possível atender ao
crescimento contínuo das demandas dos pacientes.

O detalhe é que, enquanto a procura por serviços de Saúde


cresce exponencialmente, também aumentam os custos para
a manutenção operacional das instituições, sendo que os
investimentos nem sempre acompanham a evolução desses
custos. Assim, o desafio das organizações é manter os padrões
de qualidade apesar desse cenário.

Ao buscar a melhoria contínua de seus processos, as


instituições devem alinhar novos padrões a suas necessidades
particulares. Deve-se manter o foco em uma gestão de
qualidade, a fim de gerar nos públicos externo e interno
a percepção de valor desejada. Os esforços devem se
concentrar em oferecer um bom atendimento aos pacientes,
mas também em manter uma imagem positiva para os
próprios profissionais de Saúde.

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- TE NHA A ME L HO RI A CO NTÍ NU A CO MO ME TA -

MONITORAMENTO DE INDICADORES DE DESEMPENHO

A melhoria contínua deve ser feita com a revisão de processos operacionais e a minimização de vulnerabilidades. Todavia, para rever processos, é
preciso contar com os poderosos indicadores. O problema é que muitos hospitais não têm controle algum sobre seus referenciais de desempenho,
sem contar que usam sistemas diversos, espalhando as informações da instituição por inúmeros bancos de dados.

Contudo, a possibilidade de implementar sistemas hospitalares por meio do modelo de software como serviço (SaaS), que envolve o pagamento
de mensalidades, fez com que muitas instituições de médio e até pequeno porte implementassem sistemas inteligentes, baseados em Business
Intelligence. Dessa forma, conseguiram unificar os dados hospitalares e trazer valiosos indicadores de desempenho para a tomada de decisões
gerenciais, avaliando questões como:

## produtividade por setor e por médico ou enfermeiro;

## custos por procedimento, por convênio, por profissional e por especialidade;

## tendências epidemiológicas — análise preditiva;

## índices diversos, como duração média de internações, tempo médio de atendimento no pronto-socorro, taxa de rotatividade de leitos e taxa de
infecção hospitalar.

Essa maior consciência do negócio permite à gestão alcançar acreditações disputadas no setor, desenvolver programas de capacitação mais
eficientes, negociar melhores valores por procedimento junto às operadoras de planos de Saúde, bem como firmar contratos mais interessantes com
fornecedores, por exemplo. É isso mesmo: melhoria contínua em Saúde se faz com gerenciamento de indicadores!

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O FE RE ÇA U M A
E S TRU TU RA D E
Q U A L IDA D E
- O F E RE ÇA U MA E STRU TU RA D E Q U A L I DA D E -

A estrutura oferecida é um ponto crucial para garantir a satisfação dos pacientes e a entrega de um serviço de qualidade. Também é importante
ressaltar que a motivação e o desempenho dos profissionais da Saúde dependem diretamente da infraestrutura que o hospital ou a clínica oferece.
Mas para não restarem dúvidas, vamos explicar isso um pouco mais.

SISTEMA DE CHECAGEM À BEIRA DO LEITO

Acumular plantões em um hospital que exige que a equipe de


enfermagem memorize ou anote em planilhas a relação de
medicamentos, doses e horários de centenas de pacientes
definitivamente não é motivador. Lembre-se de que pressão
exacerbada e falta de instrumentos de apoio precedem o
erro. Portanto, onde não há infraestrutura é simplesmente
impossível encontrar excelência. Mas sistemas de checagem à
beira do leito podem reduzir esse problema.

Medicamento certo, paciente certo, dose certa, horário


certo e profissional certo: esses são os chamados 5 certos da
Enfermagem, que ganham materialidade com o uso desses
sistemas à beira do leito. Por meio de um assistente digital
pessoal (PDA) automaticamente alimentado com informações
do paciente, como prescrições médicas, anamneses e
resultados de exames, o trabalho dos enfermeiros é
significativamente facilitado.

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- O F E RE ÇA U MA E STRU TU RA D E Q U A L I DA D E -

Com esse sistema, no instante em que o fármaco chega ao leito,


o enfermeiro bipa a pulseira do paciente, o crachá do profissional
e o código de barras do medicamento.

Com essas informações, o software automaticamente aponta a


dose prescrita e os horários de administração da medicação. Há
inclusive o disparo de alertas no caso de combinações incorretas
ou doses equivocadas.

Na prática, tudo isso pode ser traduzido em excelência e


eficiência no processo de prescrição, dispensação, checagem e
administração de medicamentos.

A precisão nesse processo aliada às compras na quantidade


exata e ao controle milimétrico dos estoques resulta em
uma redução drástica de custos com aquisição de fármacos,
medicamentos, Órtese, Prótese e Material Especial (OPME) e
outros insumos.

A Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa, no Rio de


Janeiro, por exemplo, reduziu em 21% as compras efetuadas e
em 40% o valor do estoque, tudo em pouco mais de um mês!

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- O F E RE ÇA U MA E STRU TU RA D E Q U A L I DA D E -

INTEGRAÇÃO ENTRE PACS E RIS NA RADIOLOGIA

PACS e RIS integrados viabilizam o workflow sem papel, o que reduz custos e ainda confere mais velocidade à realização de exames. Por meio dessa
solução, as filas de tarefas são gerenciadas eletronicamente e a possibilidade de acesso remoto aumenta a produtividade do radiologista.

AGENDAMENTO ON - LINE DE CONSULTAS E EXAMES

Um sistema de agendamento eletrônico reduz a carga de trabalho do call center do hospital e, sobretudo, diminui as taxas de absenteísmo em consultas e exames.
Presentes em sistemas hospitalares, esses módulos costumam contar com recursos de disparos automáticos de SMS no dia anterior à visita agendada a fim de
alertar os pacientes, fazendo com que compareçam ao compromisso ou ao menos avisem no caso de algum imprevisto.

Esse cuidado reduz custos com contratos de centrais de contact center, garante maior previsibilidade à rotina da instituição, contribui para
minimizar a ociosidade de consultórios, equipamentos e profissionais, reduzindo o custo marginal por procedimento, além de conferir maior
liberdade ao paciente, que pode agendar seus procedimentos de qualquer lugar, 24 horas por dia, durante os 7 dias da semana.

Pode acreditar: implementações como essa são imprescindíveis para consolidar o equilíbrio econômico-financeiro de um hospital, especialmente em
tempos de crise. Com esses 3 exemplos já deu para ter uma boa ideia do quanto a infraestrutura é importante para fazer uma gestão eficiente em
instituições de saúde, certo?

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TREI N E O S
PROFIS S I O N A I S
COM F RE QU Ê N CI A
- T R E I NE O S PRO F I SSI O NA I S CO M F RE Q U Ê NC I A -

Uma das prioridades de uma gestão eficiente deve ser a valorização


do seu capital humano. Afinal, são as pessoas que formam uma
organização vencedora em todos os seus processos!

Atrair e reter talentos, treinar e qualificar profissionais são


ações essenciais para o sucesso operacional. Vale lembrar que a
capacitação deve ser frequente para manter todos os profissionais
sempre prontos para novos desafios que venham a surgir em suas
rotinas de trabalho.

Por mais que o capital humano esteja cada vez mais valorizado,
ainda há organizações que teimam em negligenciar a importância
dos programas de treinamento. Essa visão está atrelada à falsa
percepção de que a capacitação demanda um tempo que poderia ser
dedicado a ações vistas como mais urgentes.

O aumento das despesas para implementar essas iniciativas também


conta para esse descuido. Todavia, gestores bem-sucedidos não
falham em enxergar o treinamento como uma forma de investimento
para que as instituições se aproximem dos resultados desejados.

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- T R E I NE O S PRO F I SSI O NA I S CO M F RE Q U Ê NC I A -

ANÁLISE DO PERFIL DOS PROFISSIONAIS

A estrutura de um programa de treinamento deve partir


da análise do perfil dos profissionais e das demandas da
própria instituição de Saúde. Dessa forma, são identificadas
competências técnicas e comportamentais a serem
aprimoradas em cada membro da equipe, assim como
limitações e fraquezas da organização. Com essas informações
em mãos, será possível estabelecer estratégias para otimizar
a qualidade das entregas, o cumprimento de prazos e o
atendimento aos pacientes.

Uma forma de tornar os treinamentos mais eficientes é


personalizar programas de capacitação a fim de aprimorar
as habilidades de todos os profissionais. A qualificação será
feita com o objetivo de aperfeiçoar potencialidades e corrigir
limitações que tenham sido apresentadas no diagnóstico de
competências de cada um. A análise do perfil dos profissionais,
com competências técnicas e comportamentais, é o ponto de
partida para elaborar o planejamento de um treinamento, ainda
sendo fundamental para coletar informações que orientem
possíveis promoções internas.

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- T R E I NE O S PRO F I SSI O NA I S CO M F RE Q U Ê NC I A -

PONTOS FUNDAMENTAIS PARA O TREINAMENTO

O treinamento deve buscar a melhoria contínua das competências técnicas, bem como a atualização dos profissionais em relação a procedimentos
e novidades da área de Saúde. Isso pode ser feito com participações em congressos e seminários, assim como com a disponibilização de materiais
e artigos relevantes. As competências comportamentais, por sua vez, podem ser aprimoradas com sessões de coaching e de team building, que
fortalecerão a colaboração e o trabalho em equipe.

Além de desenvolver habilidades pessoais, a capacitação deve englobar a preparação para o uso de recursos tecnológicos essenciais à rotina de trabalho
nas instituições. E já que a adoção de softwares de gestão, de aplicativos e dispositivos móveis é uma alternativa para melhorar a produtividade individual
e coletiva, esse ponto também deve fazer parte dos programas de treinamento, a fim de contribuir para a gestão eficiente nas instituições de Saúde.

Cabe ao hospital criar uma cultura de troca de experiências para que novos profissionais possam aprender e ser orientados por
colegas de trabalho com mais expertise sobre a rotina de trabalho. Esse compartilhamento deve envolver também informações
relevantes a respeito da instituição e sua área de atuação.

A partir do momento em que estiverem devidamente informados e preparados para suas atividades, os profissionais se sentirão mais confiantes e
motivados a entregar os resultados esperados pela organização.

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FAÇA U M
PLA NE JA M E NTO
E S TRATÉ GICO
CO M CU IDA D O
- FAÇA UM PLA NE JA ME NTO E STRATÉ G I CO CO M C U I DA D O -

O planejamento estratégico é fundamental para orientar qualquer


empresa sobre o caminho a seguir para alcançar os objetivos
esperados. Sobretudo em instituições de Saúde, esse passo se
torna ainda mais vital, uma vez que os gestores costumam ter
grandes dificuldades em discernir os fatores envolvendo seu futuro.
Afinal, na área da Saúde, as instituições estão sempre sujeitas a
ver o surgimento de uma epidemia comprometendo sua gestão de
leitos, a lidar com novas imposições da Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) alterando a condução de seus processos ou
a superar os empecilhos criados pelas mudanças cambiais para o
abastecimento de medicamentos e materiais importados.

Para a criação de um planejamento estratégico, as instituições


de Saúde devem delinear sua missão, sua visão e seus valores. É
necessário, portanto, identificar qual será o diferencial em relação
a outras organizações do setor, qual a expectativa para o futuro e
que princípios guiarão suas decisões estratégicas. A partir dessas
informações, será possível construir os planos para a condução aos
resultados esperados em longo prazo, preparando a instituição para
reagir a fatores externos e para melhorar a relação com funcionários,
pacientes e demais públicos que a cercam.

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- FAÇA UM PLA NE JA ME NTO E STRATÉ G I CO CO M C U I DA D O -

DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO

A definição da visão de futuro e dos valores que


servirão como embasamento para as decisões da
instituição são os primeiros passos do diagnóstico
estratégico. Nesse momento, ainda é preciso analisar
fatores internos e externos. A forma mais comum de
realizar essa análise é por meio da metodologia SWOT,
que estabelecerá forças, fraquezas, oportunidades e
ameaças, facilitando a formulação de estratégias.

No caso das instituições de Saúde privada, é


imprescindível que também seja feita uma análise dos
concorrentes. Para isso, uma ferramenta bastante útil
é a análise das 5 forças de Porter.

Por meio dela são analisadas as ameaças impostas


pela possibilidade de novas instituições entrarem no
mercado, as ameaças de serviços substitutos, o poder
de negociação de pacientes e fornecedores, bem
como a disputa de mercado com concorrentes.

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- FAÇA UM PLA NE JA ME NTO E STRATÉ G I CO CO M C U I DA D O -

MISSÃO DA INSTITUIÇÃO

Já tendo sido feito o diagnóstico sobre as aspirações da Mas, a partir dessas análises, como definir os passos a
instituição no longo prazo, o planejamento deve se voltar serem colocados em prática no planejamento estratégico?
para a missão, que pode ser vista como a razão de sua Um método que auxiliará nesse momento é o Balanced
existência. Chegou a hora de definir o diferencial em relação Scorecard (BSC), cujo objetivo é traduzir a missão e os
às demais organizações presentes no mercado e em quais valores da organização em metas e indicadores objetivos
segmentos atuará. para cada um dos funcionários envolvidos.

Essa fase do planejamento estratégico ainda envolve a O BSC atuará em 4 perspectivas: das finanças, do
elaboração e o debate de cenário, com projeções do que deve paciente, dos processos internos e da aprendizagem, com
ocorrer futuramente. Para isso, são usadas projeções de dados consequente crescimento. Assim, serão acompanhados
socioeconômicos, como levantamentos do IBGE e da ANS, bem indicadores financeiros e não financeiros que facilitarão
como opiniões de especialistas do setor. a gestão, o gerenciamento da performance de todos os
colaboradores e as mudanças estratégicas necessárias em
Outros 2 pontos fundamentais a serem desenvolvidos são caso de alterações de cenário.
a postura estratégica da instituição, com as estratégias mais
adequadas a serem seguidas, e a definição de macroestratégias Para o monitoramento desses indicadores, devem ser usados
e macropolíticas, ações de cunho geral para a instituição sistemas de gestão de Saúde que permitam o cruzamento de
alcançar seus objetivos. dados e a integração de soluções.

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- FAÇA UM PLA NE JA ME NTO E STRATÉ G I CO CO M C U I DA D O -

ANÁLISE DE RESULTADOS

Após estabelecer todos os parâmetros


necessários para o planejamento estratégico,
é necessário verificar a eficiência das ações
adotadas com indicadores de desempenho e a
formulação de padrões.

Quando identificadas falhas em quaisquer


processos, devem ser definidas ações para corrigi-
las com o máximo de agilidade e precisão.

Para garantir a eficiência das estratégias a serem


seguidas pela instituição, é importante que as metas
sejam realistas e que se leve em conta a provisão de
glosas médicas e inadimplências.

As ações devem ser discutidas com os gestores de


cada área e colocadas em prática por etapas, sem
causar grandes choques.

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TEN H A U M
P ROCESSO D E T RO CA
DE IN FO R MAÇÕE S
- T ENHA U M PRO C E SSO D E TRO CA D E I NF O RMAÇÕ E S -

Considerando que a gestão da informação


é absolutamente fundamental para que
os processos e serviços mantenham um
alto índice de qualidade, essa é uma etapa
que jamais deve ser negligenciada pelas
instituições de Saúde.

Por meio dela, os gestores conseguem


identificar o estágio em que as organizações
se encontram, quais falhas devem ser
corrigidas e quais são as reais necessidades
de aprimoramento.

A fim de assegurar o melhor desempenho


possível de colaboradores e gestores, as
informações necessárias para as atividades da
instituição e a condução de suas estratégias
devem ser organizadas por um sistema
padronizado. Aqui entram os softwares de
gerenciamento, que tornam as instituições
mais eficazes no atendimento às demandas
dos pacientes.

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- T ENHA U M PRO C E SSO D E TRO CA D E I NF O RMAÇÕ E S -

Os sistemas de gestão são importantes


mecanismos para superar desafios da
administração hospitalar.

Com a reunião de informações sobre a


rotina dessas organizações, eles ajudam
a evitar desperdícios de materiais e
medicamentos, a controlar a gestão
de leitos e a assegurar a qualidade dos
serviços prestados aos pacientes.

O fluxo de informações se torna mais ágil com


a automatização de processos, que também
reduz o volume de trabalho administrativo
realizado pela equipe de Saúde.

Em contrapartida, observa-se o aumento


da produtividade em todos os setores da
instituição de Saúde, com significativa redução
das falhas humanas no preenchimento de
dados e nos formulários de controle.

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FO RTA L E ÇA O S VÍNCU LO S
CO M FO RNE CE D O RE S
- FORTA L E ÇA O S VÍ NC U LO S CO M F O RNE C E D O RE S -

A gestão eficiente em instituições de Saúde não deve


considerar apenas o público interno. Estabelecer uma
boa comunicação com os fornecedores é primordial para
garantir que os itens necessários para a execução de tarefas
hospitalares estejam disponíveis sempre que necessário.

Ao conduzir melhor sua gestão de suprimentos, a instituição


terá controle sobre o uso de insumos, diminuirá custos e evitará
desperdícios de materiais e medicamentos, além de eliminar a
obsolescência de produtos.

O fortalecimento do vínculo com fornecedores contribui para


o desenvolvimento de ações de correção de lacunas na cadeia
produtiva, o que pode ser feito tanto com a manutenção de uma
comunicação próxima com os responsáveis pelo abastecimento
de insumos quanto por meio de softwares de automação
integrados, ajudando no controle dos estoques.

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- FORTA L E ÇA O S VÍ NC U LO S CO M F O RNE C E D O RE S -

Uma alternativa que contribui diretamente nesse sentido é a


integração do sistema de gestão do estoque hospitalar com o
sistema de estoque do fornecedor.

Dessa forma, o fornecimento de materiais hospitalares será


agilizado e o abastecimento constante estará garantido,
tudo sem ser preciso fazer pedidos recorrentes para a
entrega de mais suprimentos. Nesse contexto, assim que os
insumos atingirem a quantidade mínima, o fornecedor será
automaticamente alertado para o envio de um novo lote.

O vínculo com fornecedores ainda pode ser fortalecido com


a integração do sistema de gestão hospitalar com portais de
compra on-line, o que otimizará processo de aquisições de
materiais e medicamentos.

Desse modo, os pedidos serão entregues no endereço indicado


e dentro de um prazo previamente programado.

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FAÇA UM CO N T RO LE
F INAN CEI RO E FI CI E N T E
- F AÇA U M CO NTRO L E F I NA NC E I RO E F I C I E NTE -

Embora tenhamos abordado diferentes fatores até aqui,


a gestão hospitalar só será realmente eficaz se todos os
processos administrativos estiverem sob controle.

Muitos hospitais sofrem com a demora no fechamento das


contas, com dificuldades para gerenciar a burocracia de
autorização de procedimentos junto às operadoras, com
o descontrole de estoques e com a falta de mecanismos
eletrônicos de cálculo de índices como ponto de pedido, giro
dos estoques e estoque mínimo.

Com a adoção de um sistema integrado, além dos benefícios


já citados ao longo deste e-book, é possível migrar dados
financeiros diretamente para os balanços contábeis eletrônicos,
reduzindo erros, aumentando a produtividade da equipe e
assegurando maior rapidez ao fechamento e à entrega das
contas médicas, à consolidação de balanços e à divulgação de
dados financeiros da instituição.

Isso gera mais saúde ao fluxo de caixa e mostra a força da


governança corporativa da instituição para, principalmente,
atrair investimentos.

- 37 -
CO NCL U S ÃO
- CO NC L U SÃO -

Com variações cambiais que encarecem o valor dos insumos e dos


equipamentos médicos tanto no setor público como no privado,
com os baixos valores recebidos por procedimento pela defasagem
da tabela do SUS ou dos planos de Saúde e com o alto índice de
glosas por erros administrativos, abdicar da informatização é negar
a possibilidade de consolidar uma gestão hospitalar eficiente.

Uma gestão integrada garante maior rapidez à comunicação com


operadoras de planos de Saúde e a consequente redução de glosas
médicas. Por sua vez, um controle automatizado de estoques
assegura precisão nas ordens de compra. Prontuário eletrônico,
sistemas automáticos de classificação de risco, protocolos clínicos
inteligentes e sistema de checagem à beira do leito diminuem
erros, aumentam a produtividade e aprimoram a qualidade de
serviços prestados no hospital.

A maioria desses recursos é parte integrante dos melhores


sistemas de gestão em Saúde, cujos custos de implantação
são muito inferiores ao retorno obtido a curto e médio prazos.
Portanto, se você busca uma gestão eficiente para sua instituição
de Saúde, não pode abrir mão dessas estratégias, que devem ser
trabalhadas em conjunto com um treinamento permanente e um
planejamento estratégico adequado!

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S OBRE S U A E MP R E S A

A MV é líder no mercado brasileiro de sistemas de gestão de Saúde.


Tendo como principal atividade o desenvolvimento de softwares,
complementado por serviços de consultoria, a empresa fornece
soluções que atendem a hospitais, operadoras de planos de Saúde,
centros de medicina diagnóstica e toda a rede de Saúde Pública,
incluindo a gestão de unidades, atenção primária, complexo
regulador, assistência farmacêutica e transporte sanitário. Mais
de 1.000 instituições e 375.000 usuários já integraram diversas
soluções MV aos seus cotidianos para responder com eficiência,
agilidade, precisão e segurança a todas as necessidades de gestão da
informação na Saúde. Outras informações no www.mv.com.br.

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